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1 Anexo II da Nota Técnica n° 0128/2016-SRD/ANEEL de 13/09/2016 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA AP N O 10/2016 Obter subsídios para o aperfeiçoamento dos artigos 16, I e 18 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, para tratar os aspectos comerciais relativos ao fornecimento de energia elétrica aos condomínios industriais. Aceita Parcialmente Aceita Não Aceita Não Considerada Já Prevista MINUTA - AP 010/2016 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA N o , DE DE DE 2016 Aprimora a Resolução Normativa nº 414/2010 em relação ao fornecimento de energia elétrica aos condomínios industriais. O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no art. 2º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, na Resolução Normativa n o 414, de 9 de setembro de 2010, o que consta no Processo n o 48500.004962/2015-18, e considerando: as contribuições recebidas na Audiência Pública n o 10/2016, realizada no período de 03 de março de 2016 a 03 de maio de 2016, resolve: Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL

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Anexo II da Nota Técnica n° 0128/2016-SRD/ANEEL de 13/09/2016

RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA AP NO 10/2016

Obter subsídios para o aperfeiçoamento dos artigos 16, I e 18 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, para tratar os aspectos comerciais relativos ao fornecimento de energia elétrica aos condomínios industriais.

Aceita Parcialmente Aceita Não Aceita Não Considerada Já Prevista

MINUTA - AP 010/2016

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA No , DE DE DE 2016

Aprimora a Resolução Normativa nº 414/2010 em relação ao fornecimento de energia elétrica aos condomínios industriais.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no art. 2º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, na Resolução Normativa no 414, de 9 de setembro de 2010, o que consta no Processo no 48500.004962/2015-18, e considerando:

as contribuições recebidas na Audiência Pública no 10/2016, realizada no período de 03 de março de 2016 a 03 de maio de 2016, resolve:

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL

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MINUTA - AP 010/2016

Art. 1o Alterar o inciso I do art. 16 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16. ................................................................................. I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL; e ................................................................................................”

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL ABRAGEL Art. 16. O fornecimento de energia elétrica a mais de uma

unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestação compartilhada, desde que atendidos os requisitos técnicos da distribuidora e observadas as seguintes condições: [...] I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas; ou II – unidades consumidoras não contíguas, localizadas em uma área geográfica delimitada por um raio de até 10 km de complexo industrial, desde que apresentem comprovações de que utilizam processo industrial ou compartilhem operações de unidades consumidoras pertencentes a esse mesmo complexo industrial; ou III – nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL.

A Nota Técnica n° 0104/2015-SRD/ANEEL objeto desta Audiência Pública propõe a melhoria da redação do inciso I do art. 16 da Resolução Normativa nº 414/2010, de forma a deixar mais clara a possibilidade de contemplar no compartilhamento unidades consumidoras não contíguas separadas por via pública, desde que seja obtido ato autorizativo pelo interessado junto à ANEEL. A proposta desta contribuição é fazer um processo mais expedito, que não exija a solicitação de emissão de atos autorizativos da ANEEL. Ao longo deste texto de contribuição serão expostos pontos de vista a respeito da importância de flexibilizar a classificação de unidades consumidoras reunidas por comunhão de fato, quando localizadas em um condomínio industrial ou próximas deste, para que os benefícios esperados na regulamentação que advirá desta audiência pública sejam de fato atingidos.

Não Aceita. Não é possível o estabelecimento de um raio de forma a definir uma poligonal “genérica”, sem que haja pelo menos um processo para obtenção de ato autorizativo, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 2010. Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por

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A proposta é que a existência de uma via pública - uma rodovia, por exemplo – deixe de descaracterizar a contiguidade entre unidades consumidoras quando localizadas em uma área geográfica delimitada por um raio em torno de um condomínio industrial. Ou seja, permitir que unidades consumidoras industriais não contíguas situadas em um determinado raio a partir do centro de um complexo industrial possam ser consideradas pertencentes a um único consumidor - o condomínio industrial - para fins de aquisição de energia elétrica no mercado livre – independentemente do fato de haver vias publicas entre estas unidades consumidoras.

meio de um processo individualizado.

C&T Assessoria e Gestão de Energia EIRELI

Art. 1º Alterar o inciso I do art. 16 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 16. ........................................ I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades próximas, acessantes da mesma rede elétrica, em propriedades contíguas ou não, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL;

Estabelecer a formação dos condomínios industriais por mesma propriedade ou em propriedades contíguas vai limitar as oportunidades para a indústria, que em sua maioria estão em propriedades próximas e conectadas a mesma rede elétrica. A conexão à mesma rede elétrica é uma condição que não vai sobrecarregar o sistema elétrico nem afetar os custos para a distribuidora, pois a remuneração do uso do fio será no mesmo formato: mediante formalização de contrato e pagamento da fatura de uso do Fio, além disso, vai propiciar o incentivo a geração própria de energia que vão contribuir no custo evitado em redes de transmissão. Se o objetivo dos condomínios industriais é o compartilhamento dos serviços para obter redução dos custos com a infraestrutura e suprimento de energia elétrica, será necessário ampliar as condições e requisitos para viabilizar um maior número de condomínios industriais. A competitividade da indústria

Não Aceita. O art. 16, I veda o compartilhamento caso seja necessária a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, entretanto é feita uma exceção às unidades consumidoras prestadoras do serviço de transporte público por meio de tração elétrica. Não obstante haver as vedações gerais no art. 16, I, para realização do compartilhamento, a ANEEL já concedeu autorizações específicas permitindo a utilização de vias públicas, sempre considerando

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brasileira é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do Brasil.

justificativas como a racionalidade econômica e o critério de mínimo custo global. Assim, propõe-se a melhoria da redação do inciso I do art. 16, de forma a deixar mais clara a possibilidade de contemplar no compartilhamento unidades consumidoras não contíguas, desde que seja obtido ato autorizativo pelo interessado junto à ANEEL.

Enel Brasil Alterar o inciso I do art. 16 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação (...) I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento;

Evitar problemas decorrentes do cruzamento das redes particulares com redes das concessionárias, dado o alto grau de risco de ocorrência de problemas e acidentes. Além disso, a exclusão deste trecho é necessária para evitar conflito com o disposto no parágrafo 5º do artigo 18 que está sendo proposto.

Não Aceita. A possibilidade já existe e a proposta é de melhoria da redação do inciso I do art. 16, de forma a deixar mais clara a possibilidade de obter ato autorizativo junto à ANEEL pelo interessado em compartilhar subestação com UC não contígua. Não colocar a ressalva no inciso citado não impossibilitaria o interessado de solicitar o ato autorizativo.

FCA Fiat Chrysler Brasil Ltda

Art. 16. O fornecimento de energia elétrica a mais de uma unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestação compartilhada, desde que atendidos os requisitos técnicos da distribuidora e observadas as seguintes condições: [...] I – as unidades consumidoras deverão ser definidas pelo objetivo final, sendo este a montagem, transformação de matérias-primas, peças e componentes desde que destinados a um mesmo produto final de venda direta ao consumidor,

O inciso I do Art. 16 da Norma Regulatória 414 cita o veto de travessia de linhas de transmissão privadas de vias públicas. Atualmente é comum o desconhecimento da possibilidade de obtenção de autorização da ANEEL para realizar este tipo de travessia em via pública, portanto, entendemos importante deixar explicitado no regulamento. Nossa proposta de alteração no Art. 16 da Regulação 414 consiste em:

Não aceita. O texto sugerido mistura os conceitos de subestação compartilhada com empreendimento de múltiplas unidades consumidoras. As possibilidades sugeridas estão previstas nos artigos 17, 18 e 19 da REN 414/2010 e na proposta

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independentemente de pertencerem às mesmas pessoas jurídicas; (...) § 6º Para os empreendimentos com subestação compartilhada por múltiplas unidades consumidoras do grupo A, onde haja após a subestação compartilhada uma rede de distribuição de propriedade e responsabilidade dos consumidores envolvidos neste compartilhamento, as medições para faturamento poderão ter as seguintes configurações: I - Medição unificada: Instalação de medidores no ponto de entrega da subestação compartilhada, com medição única para faturamento, prevista no Art. 18 desta regulamentação. II - Medição individualizada: Instalação de medidores na subestação compartilhada e medidores nas entradas das unidades consumidoras, proporcionando medição unificada e medições individualizadas para efeito de fatura. § 7º A administração responsável pelas unidades consumidoras deve manifestar -se, por escrito à distribuidora, sobre a opção da configuração de medição e faturamento nas condições previstas no § 6º deste artigo. Administração do contrato de energia, negociações no mercado e representação perante aos órgãos competentes pela empresa responsável pela manufatura do produto final;

Dar às empresas envolvidas no compartilhamento de uma subestação a flexibilidade para negociar energia no mercado livre, conforme estratégia de sua corporação. É comum um complexo industrial ser composto de empresas com múltiplas unidades instaladas em diversas regiões do país e com estratégia comercial corporativa divergente de outras corporações deste mesmo complexo industrial.

Minimizar impactor da Inadimplência–Entendemos que a fatura individualizada contribui para diminuição dos impactos desta natureza, possibilitando aplicar as sansões pertinentes, exclusivamente à(s) unidade(s) consumidora(s) inadimplente(s).

Redução dos custos de infraestrutura, viabilizando o uso de uma única rede de distribuição interna ao polo industrial, em substituição à múltiplas redes provenientes de múltiplos medidores na saída da subestação compartilhada.

Possibilitar a atribuição das perdas elétricas nas instalações de propriedade e/ou responsabilidade das unidades consumidoras de forma proporcional ao consumo e demanda.

de alteração do art. 18.

Grupo Energisa I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento;

Evitar problemas decorrentes do cruzamento das redes particulares com redes das concessionárias, dado o alto grau de risco de ocorrência de problemas e acidentes. Além disso, a exclusão deste trecho é necessária para evitar conflito com o disposto no parágrafo 5º do artigo 18 que está sendo proposto.

Não Aceita. A possibilidade já existe e a proposta é de melhoria da redação do inciso I do art. 16, de forma a deixar mais clara a possibilidade de obter ato autorizativo junto à ANEEL pelo interessado em compartilhar subestação com

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UC não contígua. Não colocar a ressalva no inciso citado não impossibilitaria o interessado de solicitar o ato autorizativo.

Petrobras Art. 16. O fornecimento de energia elétrica a mais de uma unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestação e instalações compartilhadas de interesse restrito, desde que atendidos os requisitos técnicos da distribuidora e observadas as seguintes condições: [...] § 1º O compartilhamento de subestação e instalações de interesse restrito pertencente a consumidor responsável por unidade consumidora do grupo A, mediante acordo entre as partes, pode ser realizado com a distribuidora para atendimento a unidades consumidoras dos grupos A ou B, desde que haja conveniência técnica e econômica para os sistemas elétricos da concessionária local e do consumidor ao qual pertence a subestação e instalações compartilhadas, observados os incisos I e II do caput. [...] § 3º Na hipótese de titular de unidade consumidora de subestação compartilhada tornar-se consumidor livre, os medidores de cada unidade consumidora dessa subestação devem ser adequados às especificações técnicas aplicáveis ao seu grupo conforme definido em regulamentação específica.” [...] § 6º Na hipótese de compartilhamento de instalações de interesse restrito, o acordo celebrado entre unidades consumidoras deve estabelecer, entre outros pontos, a quem cabe as responsabilidades pela operação e manutenção dessas instalações.

A alteração no caput do artigo 16 da Resolução Normativa 414/2010 visa permitir que não somente a subestação de entrada possa ser compartilhada, mas também o sistema de distribuição interno ao complexo industrial e as subestações de unidades de processo. Essa sugestão é para evidenciar que a conveniência técnica e econômica se refere aos sistemas elétricos tanto da concessionária local quanto do consumidor ao qual pertencem a subestação e as instalações compartilhadas. Essa contribuição visa evitar custos de adequação da medição, por exemplo, de unidades consumidoras do grupo B ligadas a subestação e instalações compartilhadas. A inclusão de dois novos parágrafos tem por objetivo: I. caracterizar a responsabilidade das unidades consumidoras que compartilhem instalações de interesse restrito; e

Não Aceita. O artigo 16 trata apenas de compartilhamento de substação. O compartilhamento de instalações, redes e outras estruturas diversas da subestação não são tratados neste regulamento. Os casos de redes particulares e compartilhamento de rede são tratados em regulamento diverso. A adequação da medição é exigência da CCEE para viabilizar a contabilização da energia comercializada no ACL, além de não ser possível o compartilhamento de subestação diretamente com UC do grupo B. A norma não trata de compartilhamento de rede e autoprodução.

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§ 7º Na hipótese de unidades consumidoras em condomínio industrial serem autoprodutoras de energia e compartilhem suas instalações de interesse restrito, o acordo celebrado entre unidades consumidoras deve estabelecer, entre outros pontos, que cabe à Administradora do Condomínio a responsabilidade por todos os medidores das unidades consumidoras internas e das unidades geradoras.

II. caracterizar a responsabilidade da Administradora do Condomínio pelos medidores das unidades consumidoras que compartilhem instalações de interesse restrito.

PEUGEOT CITROЁN DO BRASIL AUTOMÓVEIS LTDA

Art. 16. O fornecimento de energia elétrica a mais de uma unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestação compartilhada, desde que atendidos os requisitos técnicos da distribuidora e observadas as seguintes condições: [...] I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL; e [...] § 6º Para os empreendimentos com subestação compartilhada por múltiplas unidades consumidoras do grupo A, onde exista após a subestação compartilhada, uma rede de distribuição de propriedade e responsabilidade dos consumidores envolvidos neste compartilhamento, as medições para faturamento poderão ter as seguintes configurações: I- Medição unificada: Instalação de medidores no ponto de entrega da subestação compartilhada, com medição única para faturamento, prevista no Art. 18 desta regulamentação. II- Medição individualizada: Instalação de medidores na subestação compartilhada e medidores nas entradas das unidades consumidoras, proporcionando medição unificada e medições individualizadas para efeito de fatura. § 7º A administração responsável pelas unidades consumidoras deve manifestar-se, por escrito à distribuidora, sobre a opção da

O inciso I do Art. 16 da Norma Regulatória 414 cita o veto de travessia de linhas de transmissão privadas de vias públicas. Atualmente é comum o desconhecimento da possibilidade de obtenção de autorização da ANEEL para realizar este tipo de travessia em via pública, portanto, entendemos importante deixar explicitado no regulamento. As propostas de alteração do Art. 18 consiste na possibilidade de tornar múltiplas unidades consumidoras em uma única unidade consumidora. A configuração de única unidade consumidora proporciona algumas restrições que desfavorecem a flexibilidade da negociação no mercado de energia. Nossa proposta de alteração no Art. 16 da Regulação 414, consiste em: Dar às empresas envolvidas no compartilhamento de uma subestação a flexibilidade para negociar energia no mercado livre, conforme estratégia de sua corporação. É comum um complexo industrial ser composto de empresas com múltiplas unidades instaladas em diversas regiões do país e com estratégia comercial corporativa divergente de outras corporações deste mesmo complexo industrial. Minimizar impactos da inadimplência - Entendemos que a fatura individualizada contribui

Não Aceita. O texto sugerido mistura os conceitos de subestação compartilhada com empreendimento de múltiplas unidades consumidoras. As possibilidades sugeridas estão previstas nos artigos 17, 18 e 19 da REN 414/2010 e na proposta de alteração do art. 18.

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configuração de medição e faturamento nas condições previstas no § 6º deste artigo. § 8º Quando optado pela configuração correspondente ao inciso II do § 6º, medição individualizada, cada unidade consumidora pertencente ao compartilhamento da subestação terá uma fatura individual correspondente ao consumo, demanda e perdas descritas abaixo: I- As perdas elétricas, detectadas pela diferença entre a medição unificada e somatória das medições individualizadas, serão imputadas nas faturas individualizadas das unidades consumidoras, proporcionalmente ao consumo e demanda utilizada.

para diminuição dos impactos desta natureza, possibilitando aplicar as sansões pertinentes, exclusivamente à(s) unidade(s) consumidora(s) inadimplente(s). Individualizar sansões por descumprimento de cláusulas contratuais: ultrapassagem da demanda contratada, desvio do fator de potência, etc... Redução dos custos de infraestrutura, viabilizando o uso de uma única rede de distribuição interna ao polo industrial, em substituição à múltiplas redes provenientes de múltiplos medidores na saída da subestação compartilhada. Possibilitar a atribuição das perdas elétricas nas instalações de propriedade e/ou responsabilidade das unidades consumidoras de forma proporcional ao consumo e demanda.

CEEE-D Art. 1o Alterar o inciso I do art. 16 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 16. ........................................ I – as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades vizinhas, sendo vedada a passagem dos condutores por vias públicas ou propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL; e

Por “propriedades contíguas” entendem-se aquelas separadas apenas por uma linha divisória. Neste caso, nunca haveria uma via pública ou uma propriedade de terceiro entre elas para dar motivo à solicitação de autorização da ANEEL. Utilizando-se a expressão “propriedades vizinhas” abre-se essa possibilidade. Também é proposta uma melhoria de redação, já que “passagem dos condutores” diz mais claramente o que se quer vedar e inclui, implicitamente, as opções “aérea” e “subterrânea”, ou qualquer outra forma que se possa produzir, como hipoteticamente cita-se uma passagem em dutos apoiados no solo (não é “aérea” nem “subterrânea”).

Não Aceita. A ressalva da proposta é justamente para unidades consumidoras que não sejam contíguas e que obtenham ato autorizativo junto à ANEEL para compartilhar subestação.

MINUTA - AP 010/2016

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Art. 2o Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. §1o O empreendimento deve atender pelo menos uma das seguintes condições: I - a propriedade de todos os compartimentos do imóvel, prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica; ou II - as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas. §2o A administração do empreendimento, regularmente instituída, deve se responsabilizar pelas obrigações decorrentes do atendimento, bem como pela prestação dos serviços comuns a seus integrantes. §3o O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo. §4o A administração deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica nas condições previstas neste artigo. §5o Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros. §6o O fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica. §7o Em caso de necessidade de implantação de instalações pelos interessados em local onde já exista rede de distribuição, o fornecimento de que trata este artigo fica condicionado à avaliação técnica e de segurança pela distribuidora, que terá o prazo de até 30 (trinta) dias para informar o resultado da análise a partir da solicitação. §8o Nos casos de que trata o parágrafo anterior, a distribuidora pode determinar que os interessados adotem padrões construtivos que não

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interfiram com a rede existente, tais como a adoção de sistemas subterrâneos. §9º Todos os custos decorrentes de eventual solicitação de individualização da medição das unidades atendidas na forma deste artigo são de responsabilidade exclusiva do interessado.”

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL ABRACE Opção (1)

§5º Para efeitos do que trata o inciso III do §1º desta resolução, fica autorizada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedade de terceiros. Opção (2) §5º As unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvidos no referido condomínio, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL;

Como é sabido, atualmente já existem conjuntos de indústrias que se caracterizariam por condomínios indústrias e, em parcela significativa deles, existem vias públicas internas. Porém, a alteração proposta pela Aneel no § 5º do artigo 18 da REN 414/2010 exclui a possibilidade de que se enquadrem como condomínios ao vedar a utilização de vias públicas e/ou propriedades de terceiros. A maioria dos distritos e zonas industriais já existentes no Brasil, e que abrigam indústrias potencialmente contempladas pela proposta de Resolução, possuem infraestrutura que inclui ruas e propriedades de terceiros. A aplicação dessa regra restringiria enormemente a quantidade de condôminos e, consequentemente, as vantagens dos condomínios industriais. No § 2º do art. 18 da minuta de resolução está prevista a atribuição da administração do condomínio das obrigações decorrentes do atendimento e prestação de serviços. Motivo pelo qual, na leitura da Associação, essa condição já seria suficiente para que a administração do condomínio seja responsabilizada pelas instalações e eventualidades relacionadas à infraestrutura sob responsabilidade do condomínio, mesmo que esta esteja localizada em áreas públicas ou de terceiros.

Não Aceita. Da análise da regulamentação setorial, avaliou-se não ser possível contemplar a sugestão quanto à possibilidade de inclusão das unidades consumidoras separadas por vias públicas ou propriedades de terceiros. Ressalta-se que a proposta se assemelharia a definição de uma poligonal “genérica”, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 20103 . Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por meio de um processo individualizado. Essa questão, portanto, não se confunde com

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Não havendo, portanto, necessidade de limitação do condomínio a áreas contiguas como forma de atribuir responsabilidade legal a agentes responsáveis pelos ativos em uso. Então, buscando obter maior eficiência e adesão à realidade propõe-se uma nova redação do § 5º do art. 18 Entretanto, considerando o argumento constante do item 31 da Nota Técnica 0104/2015-SRD/ANEEL (NT 104), a Associação propõe que, caso não seja possível acatar a proposta de redação pretendida acima, seja dado aos condomínios industriais o mesmo tratamento que é dado às subestações compartilhadas, isto é, que a ANEEL avalie caso a caso o enquadramento na condição de condomínios industriais de conglomerado de industrias que estejam localizadas em áreas que contem vias públicas e áreas de terceiros. Assim, caso a sugestão acima não seja atendida pela Aneel, apresentamos proposta alternativa de redação para o § 5º do art. 18, dando-lhe redação semelhante ao inciso I do art. 16. Outros pontos de atenção são resumidamente destacados a seguir e referentes ao aos seguintes parágrafos do art. 18: § 2º: A Abrace considera relevante a inclusão da previsão de um acordo operacional entre os membros do condomínio a fim de explicitar os deveres e direitos dos envolvidos; §3º: Além do valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema, os

a possibilidade de autorização para redes particulares. Quanto à opção (2), foi excluída da proposta a possibilidade de constituição de uma única unidade consumidora por propriedades contíguas, devido outras contribuições aceitas, mantendo-se a vedação de utilização de vias públicas pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possa ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global.

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custos relativos à infraestrutura e O&M também devem ser rateadas entre os integrantes, sem qualquer acréscimo; § 5º: Modificar a redação de acordo com uma das propostas do item I; §6º Excluir as palavras “um só” para permitir a aplicação do art. 46 da REN 414/2010; §7º Considerando a possibilidade de discricionariedade na avaliação técnica e de segurança a ser realizadas pelas distribuidoras - tendo em vista a ausência de normas explícitas - a Abrace sugere que tal avaliação tenha a forma de Laudo Técnico, elaborado por empresa terceira homologada ou cadastrada na Aneel, havendo abertura para eventual intermediação pela Agência caso alguma das partes sinta necessidade.

Não compete à ANEEL regulamentar e fiscalizar as instalações internas das unidades consumidoras, nem a forma de administração dessas unidades. Este acordo ficará a cargo da administração. O condomínio será uma unidade consumidora da classe industrial, tendo seu direitos e deveres já definidos na REN 414/2010 e outras normas. Sobre o único ponto de entrega, não é possível, mesmo com a aplicação do art. 46, haver mais de um ponto de entrega para uma mesma unidade consumidora, visto que este é o que caracteriza o limite de responsabilidade da distribuidora. O art. 46 permite haver mais de uma fonte de alimentação, porém no mesmo ponto de entrega. Quanto à avaliação do projeto caso haja rede da distribuidora existente, caso o consumidor perceba excessos por parte da distribuidora, ele poderá solicitar laudo de terceiro à suas expressas, para contestar o laudo da distribuidora, junto à mesma ou à ANEEL.

ABRACEEL Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial,

A possibilidade de comunhão de carga para condôminos é um aprimoramento importante para

Não Aceita. Da análise da regulamentação

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industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. §1º O empreendimento deve atender pelo menos uma das seguintes condições: I - a propriedade de todos os compartimentos do imóvel, prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica; ou II – as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas. [...] §5º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros, salvo nos casos em que o condomínio edilício obtiver ato aurotizativo da Aneel. [...]

a contratação de energia no mercado livre, entretanto, a impossibilidade de condomínios edilícios serem considerados com a passagem de vias públicas prejudica o pleito, já que estes consumidores já podem realizar comunhão de fato. Diante o exposto, buscando o aprimoramento de regulamentação para que condomínios edilícios possam realizar comunhão de carga, a Abraceel propõe que um conjunto de unidades consumidoras não contíguas possam ser consideradas uma única unidade consumidora, caso obtenha ato autorizativo da Aneel.

setorial, avaliou-se não ser possível contemplar a sugestão quanto à possibilidade de inclusão das unidades consumidoras separadas por vias públicas ou propriedades de terceiros. Ressalta-se que a proposta se assemelharia a definição de uma poligonal “genérica”, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 20103 . Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por meio de um processo individualizado. Essa questão, portanto, não se confunde com a possibilidade de autorização para redes particulares. Além disso, o escopo do artigo é a caracterização do empreendimento de múltiplas unidades como uma única unidade consumidora. Não se trata da comunhão de fato ou de direito citada na referida Lei,

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que é muito mais ampla e não requer que a comunhão seja tratada como uma única unidade consumidora. Não se trata de comprar energia em conjunto, o empreendimento é de fato uma única unidade consumidora.

ABRAGEL Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, que adquira energia elétrica proveniente de instalações de geração definidas em conformidade com o § 5o do art. 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, cuja atividade predominante seja residencial, comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo.

Regulamentando o § 5o do art. 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996. 1 , a ANEEL criou a figura do “consumidor especial”, como sendo a unidade consumidora ou unidades consumidoras reunidas por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500 kW e que não satisfaçam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995. Deve-se deixar explícito que a reunião dos consumidores, de fato ou de direito, para o atingimento da carga necessária ao seu fornecimento por agente diverso da Concessionária de Serviço Público, só foi legalmente autorizado para um conjunto específico de geradores, a saber: PCH’s, centrais hidrelétricas até 50 MW, CGHs, aqueles com base em fontes solar, eólica e biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 50.000 kW. Portanto, considerando–se que a Lei nunca contém expressões inúteis, a autorização que o Legislador concedeu a estas fontes, torna o fornecimento de energia por outras fontes, para reunião de consumidores de fato ou de direito, totalmente ilegal. Caso contrário não existiria esta especificidade na Lei e o Legislador teria autorizado outras fontes, ou no máximo, sido omisso com relação ao referido assunto. Dessa

Não Aceita. O escopo do artigo é a caracterização do empreendimento de múltiplas unidades como uma única unidade consumidora. Não se trata da comunhão de fato ou de direito citada na referida Lei, que é muito mais ampla e não requer que a comunhão seja tratada como uma única unidade consumidora. Não se trata de comprar energia em conjunto, o empreendimento é de fato uma única unidade consumidora.

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forma, o entendimento desta Associação é o de que deve ser previsto pela ANEEL, em ato normativo, que somente podem comercializar energia nas condições acima apresentadas aqueles empreendimentos com características definidas em Lei.

AES Brasil Art. 24º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: .......................... II – as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas. .............................

Conforme se verifica da proposta da ANEEL, é necessária ao menos uma das condições a seguir para que o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras seja considerado como uma única unidade consumidora: (i) a propriedade de todos os compartimentos do imóvel, prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica; ou (ii) as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou (iii) as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas. Não obstante, propõe esta Agência que a administração do empreendimento deve ser regulramente instituída, a qual será responsável pelas obrigações decorrentes do atendimento e prestação dos serviços comuns a seus integrantes. Contudo, considerando o acima exposto, entende a AES Brasil haver redundância de previsões, vez que na condição em que unidades consumidoras localizadas em propriedades contíguas (item “iii” acima) optarem por estabelecer-se como empreendimento e que deverão instituir administração regular do empreendimento/condomínio, já estão abarcadas como condição para enquadramento no item “ii” supra. Em outras palavras, o que a AES Brasil assevera é que, conforme texto normativo

Aceita. Verificou-se a necessidade de restringir os critérios para propriedades do mesmo dono e para os condomínios, sendo excluída a possibilidade de propriedades contíguas formarem um condomínio. Analisando as diversas configurações possíveis, não só de unidades consumidoras industriais, mas também comerciais e de serviços, surgiu a preocupação com unidades contíguas que teriam se interligar internamente, sem ganhos de operação sincronizada, colocando suas instalações em risco, para serem atendidas como uma única unidade consumidora. Vale destacar que o condomínio edilício não se configura apenas pelo acordo entre as partes relacionadas, mas tem uma restrição mais firme, quanto à configuração da propriedade onde estão dispostos os lotes do

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proposto, unidades consumidoras localizadas em propriedades contíguas devem constituir de maneira regular a administração do empreendimento (ato este para instituição da figura do responsável por meio da união das vontades entre as unidades consumidoras), o que, por fim, representa o estabelecimento de condomínios na forma já prevista do item “ii” acima. Neste sentido, a proposta da AES Brasil tem como objetivo simplificar a previsão regulatória, mantendo-se, além da condição de que a propriedade do imóvel/prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica, aquela em que se permite que as unidades consumidoras que pertençam ao mesmo condomínio edilício podem ser consideradas como uma única unidade consumidora, desde que todos os condôminos subscrevam a solicitação. Releva-se que eventual contraponto de que a proposta da AES Brasil poderia privar determinadas unidades consumidoras de estabelecer-se como empreendimento e, por conseguinte, serem consideradas como uma única unidade consumidora, deve-se ser enfrentado, principalmente no ponto em que, eventual associação não regularmente instituída (p.ex., simples acordo entre as partes), pode resultar em situações como (i) preterição da vontade de unidades consumidoras hipossuficientes abrangidas por este atendimento, (ii) atos nulos ou sem legitimidade operados pela suposta “administração” ou (iii) ausência de eficácia de eventuais investidas pela distribuidora para o devido cumprimento dos deveres da “entidade”,

condomínio.

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provocando condições desproporcionais e, por fim, prejuízos, ao invés dos benefícios esperados.

AES Brasil Art. 24º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: .......................... §6º Os investimentos necessários, inclusive na rede de distribuição, para o fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente são de responsabilidade dos interessados, e dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica.

Para este item, a AES Brasil direciona sua contribuição no sentido de que, tratando-se de situação em que unidades consumidoras individuais já atendidas requeiram o seu atendimento por meio de um só ponto de entrega, devem todos os custos serem de responsabilidade do empreendimento, inclusive aqueles necessários na rede de distribuição para conexão do mesmo em um único ponto. Releva-se que nestes casos, todas as adequações imprescindíveis para viabilizar a formação do empreendimento são adicionais, tendo em vista que eventuais obras (reforço ou melhoria) podem ser necessárias para conexão deste empreendimento em um só ponto de conexão com a rede elétrica motivadas, especialmente, pela concentração da carga destas unidades, atendidas, outrora, de forma individual. Sendo assim, entende a AES Brasil que não prever que os custos supramencionados sejam de responsabilidade exclusiva do empreendimento, seria importar ônus adicional aos consumidores finais, pressionando ainda mais os valores de tarifa sem qualquer participação/benefício dos mesmos.

Não Aceita. Quanto aos investimentos necessários na rede de distribuição para atendimento da UC resultante do condomínio, a responsabilidade pelos custos envolvidos segue as regras hoje disciplinadas nos artigos 40 a 43.

Celesc-D §1º (...) III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas, tendo um único proprietário, ou com responsabilidade assumida em condomínio previamente constituído. (...)

A alteração do inciso III do §1º se mostra necessária a fim de definir a responsabilidade pelo atendimento nos casos de propriedades contíguas, pois na redação original referida condição não fica evidenciada, visto que os dois incisos anteriores fazem remição apenas a suas hipóteses específicas, as quais não devem mais ser atendidas conjuntamente na nova proposta de redação do §1º. Dado que a estrutura atual da distribuidora atende aos requisitos técnicos e regulatórios para

Não aceita. O inciso será excluído em função de outras contribuições. A previsão de acordo está no §2º. Quanto aos investimentos necessários na rede de

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§7º Serão de responsabilidade integral do interessado eventuais custos de adequação da rede de distribuição até o ponto de entrega nos casos de ligações novas de condomínios industriais, quando configurado o condomínio de unidades consumidoras já existentes e atendidas pela Distribuidora.

atendimento individual do fornecimento de energia elétrica a cada unidade consumidora hoje existente, nos casos de solicitações de ligações de condomínios industriais, caso haja necessidade de investimento em melhorias e adequações na rede de distribuição para atendimento a este único ponto de entrega, todo custo deverá ser arcado pelo interessado, considerando o atendimento hoje ser realizado dentro dos critérios definidos pela legislação setorial vigente. Ainda, cabe destacar a dificuldade para obtenção de licenças ambientais em instalações de distribuição em níveis iguais ou superiores a 69 kV, além da sabida enorme dificuldade física da instalação de estruturas dessa natureza em áreas urbanas.

distribuição para atendimento da UC resultante do condomínio, a responsabilidade pelos custos envolvidos segue as regras hoje disciplinadas nos artigos 40 a 43.

Cemig Art. 2º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. (...) §4º A administração deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica e pela conexão e uso do sistema de distribuição de energia elétrica nas condições previstas neste artigo, respeitando os contratos vigentes, ciente que o não cumprimento de suas obrigações poderá incorrer na suspensão do fornecimento de energia elétrica de todos os integrantes.

É importante evidenciar que os integrantes dos condomínios industriais possuem tanto o fornecimento de energia elétrica quanto a conexão e o uso do sistema de distribuição de energia elétrica compartilhados com o condomínio. Assim, todos os integrantes devem estar cientes que o descumprimento das obrigações contratuais para com a distribuidora poderá, mesmo que seja causado por apenas um dos integrantes, atingir todos os participantes do condomínio. Por fim, a CEMIG entende que os contratos vigentes devem ser respeitados, de forma que, quando da adesão de um cliente aos condomínios industriais, o mesmo seja tratado conforme a regra existente.

Não aceita. O rito de passagem de unidades já atendidas para o atendimento previsto no artigo 18 deve ser o o encerramento contratual das unidades existentes e a ligação nova da unidade consumidora resultante. Os critérios descritos nas normas setoriais para encerramento e ligação nova devem ser todos obedecidos, inclusive a suspensão do fornecimento por inadimplemento.

C&T Assessoria e Gestão de energia

Art. 2º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

Estabelecer a formação dos condomínios industriais por mesma propriedade ou em

Não Aceita. Da análise da regulamentação

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EIRELI “Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. .................. III – as unidades consumidoras devem estar conectadas a mesma rede elétrica. ...................... §5º Para efeito do que trata este artigo, a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros, será mediante autorização da ANEEL.

propriedades contíguas vai limitar as oportunidades para a indústria, que em sua maioria estão em propriedades próximas e conectadas a mesma rede elétrica. A conexão à mesma rede elétrica é uma condição que não vai sobrecarregar o sistema elétrico nem afetar os custos para a distribuidora, pois a remuneração do uso do fio será no mesmo formato: mediante formalização de contrato e pagamento da fatura de uso do Fio, além disso, vai propiciar o incentivo a geração própria de energia que vão contribuir no custo evitado em redes de transmissão. Se o objetivo dos condomínios industriais é o compartilhamento dos serviços para obter redução dos custos com a infraestrutura e suprimento de energia elétrica, será necessário ampliar as condições e requisitos para viabilizar um maior número de condomínios industriais. A competitividade da indústria brasileira é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do Brasil.

setorial, avaliou-se não ser possível contemplar a sugestão quanto à possibilidade de inclusão das unidades consumidoras “próximas”, ou conectadas à mesma rede. Ressalta-se que a proposta se assemelharia a definição de uma poligonal “genérica”, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 20103 . Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por meio de um processo individualizado. Essa questão, portanto, não se confunde com a possibilidade de autorização para redes particulares.

EDP §6º A eventual transferência de fornecimento de energia elétrica individual para um agrupamento de multiplas unidades consumidoras, nas condições previstas neste artigo, poderá ser autorizada pela Distribuidora, desde que, ressarcidos pelo interessado os eventuais ônus decorrentes de investimentos realizados no sistema elétrico, para o atendimento individualizado.

Transferência de Unidades Consumidoras atendidas por meio de ponto de entrega individual, para a condição de atendimento como multiplas unidades consumidoras, somente podem ser autorizadas pela Distribuidora, na hipotese de ressarcidos eventuais ônus decorrentes da

Não aceita. A redação da minuta já contempla a contribuição.

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desistência do consumidor do atendimento individualizado.

Enel Brasil Art. 2º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, desde que o fornecimento de energia seja efetuado através de um único ponto de conexão e seja observado o que estabelece este artigo. (...) § 2º Em quaisquer das hipóteses do parágrafo anterior, as redes internas do empreendimento devem ser construídas observando-se as normas técnicas e padrões construtivos da distribuidora acessada § 3º A administração do empreendimento, regularmente instituída, deve se responsabilizar pelas obrigações decorrentes do atendimento, bem como pela prestação dos serviços comuns a seus integrantes. §4º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo. §5º A administração deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica nas condições previstas neste artigo. §6º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros. §7º O fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente dependerá

Deixar evidente que o fornecimento a esses condomínios industriais se dará com um único ponto de conexão. As redes internas devem ser construídas já no padrão das distribuidoras para que se evitem problemas em futuras individualizações decorrentes de transferências de ativos construídos com características ou tensões diferentes das padronizadas pela distribuidora acessada. Deve ser garantido à distribuidora acessada o direito de rejeitar projetos que contemplem cruzamento de redes, em função dos riscos que representam. A distribuidora não pode ser obrigada a tomar este risco, mesmo com a opção de construção de rede subterrânea. A comunicação é necessária para verificação da manutenção do atendimento às condições estabelecidas nos artigos 15 e 16 a Lei 9074 ou do artigo 26 da Lei 9427 para migração ao ACL.

Não aceita. Definição de unidade consumidora já prevê apenas um ponto de entrega. No caso de individualização, a regra de atendimento já está estabelecida na regulamentação. Já prevista no §5º

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do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica e da inexistência de via pública ou terrenos de terceiros entre estas unidades. §8º Em caso de necessidade de implantação de instalações pelos interessados em local onde já exista rede de distribuição, o fornecimento de que trata este artigo fica condicionado à avaliação técnica e de segurança pela distribuidora, que terá o prazo de até 30 (trinta) dias para informar o resultado da análise a partir da solicitação. §9º Nos casos de que trata o parágrafo anterior, a distribuidora pode determinar que os interessados adotem padrões construtivos que não interfiram com a rede existente, tais como a adoção de sistemas subterrâneos ou rejeitar a implantação destas instalações. §10º Todos os custos decorrentes de eventual solicitação de individualização da medição das unidades atendidas na forma deste artigo são de responsabilidade exclusiva do interessado. §11º Na hipótese do empreendimento de múltiplas unidades consumidoras que já tenha migrado para o ACL(ambiente de contratação livre)possuir alguma unidade que venha a deixar o condomínio, edilício ou não, ou a comunhão de interesse de fato, a administração deve de imediato comunicar tal fato à distribuidora e à CCEE, sob pena de suspensão do fornecimento.

Previsão de avaliação do projeto no §8º da minuta. A distribuidora pode reprovar o projeto em função dos riscos e pode também propor uma forma específica de contrução de rede. Para isso serve a análise prévia. Mas não é permitido rejeitar de forma a inviabilizar o pedido de atendimento como única unidade consumidora. Quanto à compra de energia incentivada, é necessário destacar que o caso descrito neste artigo não trata de comunhão de fato ou de direito, mas de atendimento a uma única unidade consumidora em um único ponto de entrega e um único contrato de demanda.

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Portanto, caso haja redução de carga, implicará em redução de montante contratado, ficando a distribuidora ciente da redução, daí aplicam-se as regras para redução de demanda e energia.

Equatorial Energia Art. 2º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa no 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 18. [...] §6º Serão de responsabilidade dos interessados os investimentos necessários para adequação do fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente em um só ponto de entrega, e esta dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica.”

Os custos necessários para adequação do atendimento do empreendimento de múltiplas unidades consumidoras em um só ponto de entrega, sendo que este já está constituído por unidades consumidoras que já são atendidas individualmente, cada uma com seu ponto de entrega específico, devem ser de responsabilidade dos interessados, visto que se trata de um interesse específico. Se tais custos forem atribuídos à Distribuidora, haverá oneração da concessão, prejudicando os demais consumidores que não terão nenhum benefício com a obra em questão.

Não Aceita. Este dipositivo se refere a investimentos não amortizados feitos pela distribuidora caso as unidades individuais já sejam atendida e pretendam formar um condomínio. Depois que for formado o condomínio, os custos relativos às instalações internas da unidade consumidora são sempre de responsabilidade do interessado, independentemente se é um empreendimento de múltiplas unidades ou não. Já os custos da rede para atendimento devem ser repartidos conforme arts. 40 a 43.

FCA Fiat Chrysler Brasil Ltda

Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. §1º O empreendimento deve atender pelo menos uma das seguintes condições: IV - as unidades consumidoras deverão ser definidas pelo objetivo final, sendo este a montagem, transformação de matérias-primas, peças e componentes desde que destinados a

A ANFAVEA compartilha das alterações e justificativas já propostas pela ANEEL com base nas contribuições da ABRACE. Destacamos os benefícios:

Possibilidade de compartilhamento de subestações,

Redução dos custos de manutenção e infraestrutura elétrica para as indústrias,

Não aceita. Da análise da regulamentação setorial, avaliou-se não ser possível contemplar a sugestão quanto à possibilidade de inclusão das unidades consumidoras “próximas”, mesmo que tenham mesmo objetivo final. Ressalta-se que a proposta se assemelharia a

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um mesmo produto final de venda direta ao consumidor, independentemente de pertencerem às mesmas pessoas jurídicas; §3º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo, quando aplicável. Suprimir o parágrafo 5 do artigo 18.

Redução nos custos de energia e aumento da confiabilidade por conta da possibilidade de atendimento em tensões mais elevadas, As propostas de alteração do Art. 18 com siste na possibilidade de tornar múltiplas unidades consumidoras em uma única unidade consumidora, caso seja essa a opção do condomínio. A configuração de única unidade consumidora proporciona algumas restrições que desfavorecem a flexibilidade da negociação no mercado de energia. Acrescentamos em vermelho nossa contribuição por entender importante deixar explícito, à cada citação do veto a passagem por via pública e propriedade de terceiros não envolvido no compartilhamento, a possibilidade de obtenção de autorização da ANEEL. Este parágrafo não agrega à ideia de compartilhamento de energia via condomínios industriais conforme caracterizado na proposta do art. 16.

definição de uma poligonal “genérica”, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 20103 . Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por meio de um processo individualizado. Essa questão, portanto, não se confunde com a possibilidade de autorização para redes particulares. Sobre a contribuição para o §3º, não é possível legalmente qualquer outra forma de divisão dos custos referentes à fatura de energia que não seja o rateio sem acréscimo. Quanto à supressão do §5º, a vedação de utilização de vias públicas se dá pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possa ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve

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se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global.

GRUPO CPFL ENERGIA

Art. 4º Alterar o art. 18 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: §6º Os investimentos necessários, inclusive na rede de distribuição, para o fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente são de responsabilidade dos interessados, e dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica.

Renumeração do artigo em virtude das contribuições acima. A CPFL Energia direciona sua contribuição no sentido de que, tratando-se de situação em que unidades consumidoras individuais já atendidas requeiram o seu atendimento por meio de um só ponto de entrega, devem todos os custos ser de responsabilidade do empreendimento, inclusive aqueles necessários na rede de distribuição para conexão do mesmo em um único ponto. Releva-se que nestes casos, todas as adequações imprescindíveis para viabilizar a formação do empreendimento são adicionais, tendo em vista que eventuais obras (reforço ou melhoria) podem ser necessárias para conexão deste empreendimento em um sóponto de conexão com a rede elétrica motivada em razão da concentração da carga destas unidades, atendidas, outrora, de forma individual. Sendo assim, entende a CPFL Energia que não prever que os custos supramencionados sejam de responsabilidade exclusiva do empreendimento, seria importar ônus adicional aos consumidores finais, pressionando ainda mais os valores de tarifa sem qualquer participação/benefício dos mesmos.

Não aceita. Este dipositivo se refere a investimentos não amortizados feitos pela distribuidora caso as unidades individuais já sejam atendida e pretendam formar um condomínio. Depois que for formado o condomínio, os custos relativos às instalações internas da unidade consumidora são sempre de responsabilidade do interessado, independentemente se é um empreendimento de múltiplas unidades ou não. Já os custos para atendimento da nova unidade cormada pelo condomínio devem ser calculados conforme os artigos 40 a 43.

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Grupo Energisa “Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, desde que o fornecimento de energia seja efetuado através de um único ponto de conexão e seja observado o que estabelece este artigo. (...) § 2º Em quaisquer das hipóteses do parágrafo anterior, as redes internas do empreendimento devem ser construídas observando-se as normas técnicas e padrões construtivos da distribuidora acessada § 3º A administração do empreendimento, regularmente instituída, deve se responsabilizar pelas obrigações decorrentes do atendimento, bem como pela prestação dos serviços comuns a seus integrantes. §4º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo. §5º A administração deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica nas condições previstas neste artigo. §6º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros. §7º O fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente dependerá

Deixar evidente que o fornecimento a esses condomínios industriais se dará com um único ponto de conexão. As redes internas devem ser construídas considerando o padrão das distribuidoras, para evitar problemas em futuras individualizações decorrentes de transferências de ativos construídos com características ou tensões distintas das padronizadas pela distribuidora acessada. Deve-se garantir à distribuidora acessada o direito de rejeitar projetos que contemplem cruzamento de redes, em função dos riscos que representam. A distribuidora não pode ser obrigada a tomar este risco, mesmo com a opção de construção de rede subterrânea. A regulamentação não deixa claro que a responsabilidade em caso de acidentes/danos ocorridos na rede compartilhada, ou comprovadamente motivada por ela, é atribuída ao consumidor. A comunicação é necessária para verificação da manutenção do atendimento às condições estabelecidas nos artigos 15 e 16 a Lei 9074 ou do artigo 26 da Lei 9427 para migração ao ACL.

Não aceita. A definição de unidade consumidora já prevê fornecimento por um único ponto, bem como o §6º do art. 18. A referência foi retirada do caput por haver redundância de conceitos. Depois que for formado o condomínio, os padrões e custos relativos às instalações internas da unidade consumidora são sempre de responsabilidade do interessado, independentemente se é um empreendimento de múltiplas unidades ou não. No caso de individualização, a

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do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica e da inexistência de via pública ou terrenos de terceiros entre estas unidades. §8º Em caso de necessidade de implantação de instalações pelos interessados em local onde já exista rede de distribuição, o fornecimento de que trata este artigo fica condicionado à avaliação técnica e de segurança pela distribuidora, que terá o prazo de até 30 (trinta) dias para informar o resultado da análise a partir da solicitação. §9º Nos casos de que trata o parágrafo anterior, a distribuidora pode determinar que os interessados adotem padrões construtivos que não interfiram com a rede existente, tais como a adoção de sistemas subterrâneos ou rejeitar a implantação destas instalações. §10º Todos os custos decorrentes de eventual solicitação de individualização da medição das unidades atendidas na forma deste artigo são de responsabilidade exclusiva do interessado.” §11º Na hipótese do empreendimento de múltiplas unidades consumidoras que já tenha migrado para o ACL (ambiente de contratação livre) possuir alguma unidade que venha a deixar o condomínio, edifício ou não, ou a comunhão de interesse de fato, a administração deve de imediato comunicar tal fato à distribuidora e à CCEE, sob pena de suspensão do fornecimento.

regra de atendimento já está estabelecida na regulamentação. Previsão de avaliação do projeto no §8º da minuta. A distribuidora pode rejeitar o projeto em função dos riscos e pode também propor uma forma específica de contrução de rede. Para isso serve a análise prévia. Quanto à compra de energia incentivada, é necessário destacar que o caso descrito neste artigo não trata de comunhão de fato ou de direito, mas de atendimento a uma única unidade consumidora em um único ponto de entrega e um único contrato de demanda. Portanto, caso haja redução de carga, implicará em redução de montante contratado, ficando a distribuidora ciente da redução.

Petrobras Art. 18. Não Aceita.

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[...] § 2º A administração do empreendimento condomínio, regularmente instituída, deve se responsabilizar pelas obrigações decorrentes do atendimento, bem como pela prestação dos serviços comuns a seus integrantes, inclusive pela medição de consumo e pela medição e controle da geração local. §3º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo, na proporção definida conforme subscrição dos condôminos na solicitação de que trata o §4º, e observado o §6º deste artigo. §4º A administração do condomínio deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica nas condições previstas neste artigo. [...] § 10º Na hipótese de existirem unidades autoprodutoras de energia, a definição do rateio entre os integrantes do condomínio deve considerar a autoprodução e o consumo das unidades, sendo permitido que os autoprodutores forneçam energia diretamente às unidades consumidoras participantes do condomínio, registrando na CCEE apenas o consumo ou a geração excedente no medidor de fronteira com a Distribuidora local. § 11º Na hipótese do condomínio optar por ser atendido na condição de Consumidor Livre, nos termos da Resolução Normativa nº 376 de 2009, a administração do condomínio, regularmente instituída, deve se responsabilizar por todas as obrigações atribuídas aos Consumidores Livres, nos termos da mesma resolução.

Essa sugestão é para responsabilizar a Administradora do Condomínio pelo serviço de medição e rateio da energia excedente gerada por autoprodutores integrantes do condomínio. O objetivo desta contribuição é permitir o fornecimento interno de excedentes de energia de autoprodutores, não injetados na rede da concessionária, entre os participantes do condomínio, sem a necessidade de registro na CCEE de pequenos consumos das unidades integrantes do condomínio. O objetivo desta contribuição é explicitar que a administração do condomínio, regularmente constituída, deverá se responsabilizar por todas as obrigações dos Consumidores Livres, caso este opte por ser atendido nesta condição.

A forma como será feita medição, rateio e divisão da fatura entre os componentes do condomínio não será objeto da regulamentação, sendo a responsabilidade por estes detalhes da administração do empreendimento. A administração será a responsável pela unidade consumidora perante a distribuidora e, se for o caso, a CCEE. A regra geral de atendimento a empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras é que cada fração seja uma unidade consumidora, entretanto, o consumidor tem a opção de ser atendido em um único ponto de entrega e ser considerado uma única unidade consumidora, independente de haver autoprodução de energia. Para casos que já sejam atendidas como unidades independentes e queiram compor uma única UC, atendendo aos critérios do art. 18, todas as responsabilidades anteriores devem ser satisfeitas, com o encerramento de contratos remanescentes para que as unidades existentes sejam extintas e formem uma única

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UC. PEUGEOT CITROЁN DO BRASIL AUTOMÓVEIS LTDA.

Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. [...] §5º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não envolvido no compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL. [...]

A PSA compartilha das alterações e justificativas já propostas pela ANEEL com base nas contribuições da ABRACE. Destacamos os benefícios: Possibilidade de compartilhamento de subestações, Redução dos custos de manutenção e infraestrutura elétrica para as indústrias, Redução nos custos de energia e aumento da confiabilidade por conta da possibilidade de atendimento em tensões mais elevadas, Acrescentamos em destaque nossa contribuição por entender importante deixar explícito, à cada citação do veto a passagem por via pública e propriedade de terceiros não envolvido no compartilhamento, a possibilidade de obtenção de autorização da ANEEL.

Não Aceita. A vedação de utilização de vias públicas se dá pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possam ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global.

CEEE-D Art. 2o Alterar o art. 18 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 18. ... ... III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades vizinhas. ... §5º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a passagem dos condutores por vias públicas ou propriedades de terceiros não envolvidos no referido compartilhamento, salvo nos casos em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL.

É necessário garantir a coerência entre a permissão para compartilhar a subestação particular que servirá ao condomínio ou conjunto de indústrias e a permissão para a unificação das unidades consumidoras. As demais alterações têm a mesma justificativa da proposta acima.

Não Aceita. Foi excluída da proposta a possibilidade de constituição de uma única unidade consumidora por propriedades contíguas, devido outras contribuições aceitas, mantendo-se a vedação de utilização de vias públicas pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possa ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC

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ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global.

Grupo NEOENERGIA

Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo. (...) §1º O empreendimento deve atender pelo menos uma das seguintes condições: I - a propriedade de todos os compartimentos do imóvel, prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica; ou II – as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas. (...) §3º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico de responsabilidade da administração do empreendimento, regularmente instituída, deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo, não podendo a distribuidora sofrer danos ou ser responsabilizada por eventual inadimplência deste rateio. (...) §5º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedade de terceiros, exceto nos casos de compartilhamento

A referência a “conjunto de edificações” poderia ser aplicada a edificações afastadas territorialmente, mesmo que sem passagem por via publica que só será permitida por anuência da ANEEL. O que poderia provocar problemas na manutenção das redes da concessão e das particulares, que estariam convivendo em um mesmo espaço. O pagamento da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser feito pelo titular responsável devidamente instituído, não cabendo à distribuidora interferir nas tratativas para pagamento do rateio entre os integrantes da unidade consumidora única e o titular responsável. O regulamento deve deixar claro que cabe ao responsável instituído pagar a fatura, independente das tratativas para pagamento entre os integrantes da unidade consumidora única.

Parcialmente Aceita. Caso não haja vias públicas ou propriedades de terceiros não há óbice no fato do consumidor construir rede em sua propriedade, o que já pode ocorrer pela redação atual do art. 18 quando a propriedade é grande, com diversas edificações e o ponto de entrega se situa no limite da propriedade. A responsabilidade pela UC deve ser assumida pela administração que responderá pelas obrigações da UC junto à distribuidora. Se houver inadimplência poderá ser feita a suspensão do fornecimento A vedação de utilização de vias

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de unidades consumidoras não contíguas em que o interessado obtiver ato autorizativo da ANEEL. (...) §6º O fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica, bem como do pagamento da multa por rescisão antecipada, quando pertinente. (...) §10º Aplica-se quando couber o §1º do artigo 128 desta resolução.

O artigo 16 é para os casos de compartilhamento de subestações onde, a princípio, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros, exceto se obtido ato autorizativo junto à ANEEL para o compartilhamento unidades consumidoras não contíguas. Já o artigo 18, aplica-se aos casos de considerar como uma única unidade consumidora o empreendimento com múltiplas unidades, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços. Neste caso é vedado a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros. Porém, se ocorrer a aplicação concomitante do art. 18 com o art.16 e for o caso de compartilhamento de unidades consumidoras não contíguas, também deve estar previsto a obtenção de ato autorizativo da ANEEL, se pertinente. Não somente é devido o ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, como também o pagamento da multa por rescisão antecipada, quando pertinente. Nos casos onde a distribuidora comprovar a aquisição por parte de pessoa jurídica, à exceção das pessoas jurídicas de direito público e demais excludentes definidas na legislação aplicável, por qualquer título, de fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e ficar caracterizado a continuidade na

públicas se dá pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possa ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global. Caso haja contrato vigente, a rescisão antecipada será devida normalmente, visto que a UC existente será encerrada para compor o condomínio/empreendimento de múltiplas unidades. A aplicação deste artigo não anula a aplicação do restante da resolução.

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(...) §11 Na hipótese da aplicação do caput deste artigo devem ser observado o artigo 6º desta Resolução

exploração da mesma atividade econômica, sob a mesma ou outra razão social, firma ou nome individual, independentemente da classificação da unidade consumidora, a distribuidora pode condicionar os atendimentos previstos nos incisos I e II, do art. 128 da resolução 414. A proposta do §11 visa fazer com que o regulamento deixe claro como será a classificação de unidade consumidora única, onde deverá ser considerado a maior parcela da carga instalada.

MINUTA – AP 010/2016

Art. 3o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL

MINUTA – AP 010/2016

Contribuições encaminhadas dentro do prazo da AP 010/2016, mas que não fazem referência explícita ao texto normativo atual ou proposto.

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL

ABRACE

A Associação julga importante ressaltar a diferenciação entre condomínios e complexos industriais – estes previstos na Lei nº 9.074/1995. No entendimento da Abrace esses dois termos não são sinônimos e é importante que a Resolução estabeleça diferenças entre eles para que a aplicação da REN 414/2010 não se confunda com a lei citada. Ademais, após analisar os documentos

Comentário: A regulamentação da lei citada deve ser efetuada em regulamento diverso da REN 414/2010, por se tratar de norma relativa à comercialização de energia por produtores independentes.

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apresentados por essa Agência no âmbito da AP 10/2016, não ficou claro se a autorização do funcionamento de um condomínio industrial seria de responsabilidade da Aneel, por meio de publicação de despacho, assim como é feito com subestações compartilhadas e agentes comercializadores, de forma que é importante que a agência esclareça o procedimento a ser adotado.

Não haverá ato autorizativo para caracterização de um condomínio industrial como única unidade consumidora, como não existe esse ato para compartilhamento de subestação.

AES Brasil Art. 1º Alterar o art. 12 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 12. ........................................ §4º Para a definição da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras, a distribuidora deverá observar o somatório das demandas das unidades projetadas e os critérios estabelecidos neste artigo.” Art. 2º Alterar o art. 13 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 13. ........................................ §2Aº A condição apresentada no presente artigo aplica-se nos casos de definição da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras.”

Complementarmente às propostas apresentadas pela AES Brasil até o momento, releva-se que por vezes, as distribuidoras são questionadas pelos empreendedores sobre as regras de definição do nível de tensão de conexão dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras. Tal fato evidencia-se pela ausência de clara previsão na REN 414/2010 para a definição deste ponto, apesar do entendimento sedimentado do setor de que o mesmo deve também observar aquilo que dispõe os artigos 12 e 13 da referida resolução. Neste sentido, com a finalidade de esclarecer as regras de definição da tensão para conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras à rede de distribuição, a AES Brasil apresenta a proposta de inserir, nos artigos acima, disposição que traga equivalência destes casos àqueles critérios estabelecidos para definição da tensão de fornecimento de unidades consumidoras.

Comentário: O tema não é objeto da AP 10/2016. No caso da definição de tensão, a distribuidora deverá observar qual é a solicitação do interessado, visto que ele deve se manifestar por escrito pela opção de o empreendimento de múltiplas unidades consumidoras ser atendido como uma única unidade consumidora. A regra geral é considerar cada fração caracterizada por uso individualizado constitui uma unidade consumidora e daí seria determinada a carga de cada UC para se definir o nível de tensão do atendimento.

Equatorial Energia Art. 1º Alterar o art. 12 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 12. ........................................

§4º Para a definição da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras, a distribuidora deverá

Propõe-se a inserção deste parágrafo com vistas a esclarecer e consolidar as regras para estabelecimento da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras na REN 414/2010 em consonância com a definição da tensão de fornecimento de unidades consumidoras já existentes neste regulamento.

Comentário: O tema não é objeto da AP 10/2016. No caso da definição de tensão, a distribuidora deverá observar qual é a solicitação do interessado, visto que ele deve se manifestar por escrito pela opção de o

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considerar o somatório das demandas das unidades projetadas e os critérios estabelecidos neste artigo.”

empreendimento de múltiplas unidades consumidoras ser atendido como uma única unidade consumidora. A regra geral é considerar cada fração caracterizada por uso individualizado constitui uma unidade consumidora e daí seria determinada a carga de cada UC para se definir o nível de tensão do atendimento.

FCA Fiat Chrysler Brasil Ltda

Art. 19. ...................

§ 1º A distribuidora deve instalar medição totalizadora para faturamento entre o ponto de consumo e a entrada do barramento geral.

Em caso de subestação compartilhada, esta sugestão evita o investimento em múltiplas linhas de distribuição e torna viável a instalação onde não há espaço para múltiplas linhas de distribuição.

Comentário: Este artigo não trata de compartilhamento de subestação. A medição deve ser no ponto de entrega como regra geral.

FIRJAN A proposta de alteração da Resolução Normativa 414/2010 no que tange ao fornecimento de energia aos condomínios industriais é muito bem vinda. Visando colaborar com propostas que transforme o fornecimento de energia elétrica em fator de competitividade para a indústria brasileira, sugere-se que seja inserido na Resolução 414/2010: a. que empreendimentos organizados como condomínio industrial, com subestação compartilhada por múltiplas unidades consumidoras do grupo A e/ou grupo B, onde exista após a subestação compartilhada, uma rede de distribuição de propriedade e responsabilidade dos consumidores envolvidos neste compartilhamento, possam optar por se tornarem consumidores livres, considerando que a soma das

Comentário: A regra de atendimento a empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras é que cada fração seja uma unidade consumidora, entretanto, o consumidor tem a opção de ser atendido em um único ponto de entrega e ser considerado uma única unidade consumidora. Para casos que já sejam atendidas como unidades independentes e queiram compor uma única UC atendendo aos critérios do art. 18, todas as responsabilidades anteriores devem ser encerradas, com encerramento

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cargas das múltiplas unidades atenda ao exigido pela legislação para ser tornar consumidor livre b. que as unidades consumidoras pertencentes a um condomínio industrial, independentemente do grupo de tensão (A ou B) em que as unidades estejam alocadas, possam optar por se tornarem consumidores livres, considerando que a soma das cargas das múltiplas unidades atenda ao exigido pela legislação para ser tornar consumidor livre As propostas acima criam a possibilidade de o condomínio industrial negociar energia no mercado livre, trazendo maior flexibilidade para as indústrias em temos de volumes negociados, redução nos custos de energia e aumento da confiabilidade por conta da possibilidade de atendimento em tensões mais elevadas.

de contratos remanescentes para que as unidades existentes sejam extintas e formem uma única UC. Esta única UC formada pelas frações terá uma administração responsável pela UC e todas as regras referentes hoje a uma única UC serão aplicadas a esta UC, desde a contratação de demanda única e a compra de energia até as restrições ao inadimplente e suspensão do fornecimento.

GRUPO CPFL ENERGIA

Art. 1º Incluir no art. 12 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, § 4º, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 12.......................................... (...) §4º Para a definição da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras, a distribuidora deverá observar o somatório das cargas das unidades projetadas e os critérios estabelecidos neste artigo.

Art. 2º Incluir no art. 13 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, o § 2ºA, que passa a vigorar com a seguinte redação: (...) “Art. 13. ........................................ §2ºA A condição

Por vezes, as distribuidoras são questionadas pelos empreendedores sobre as regras de definição do nível de tensão de conexão dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras. Com a finalidade de esclarecer as regras de definição da tensão para conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras à rede de distribuição, apresentamos a proposta de inserir no artigo, disposição que traga equivalência destes casos àqueles critérios estabelecidos para definição da tensão de fornecimento de unidades consumidoras. Com a finalidade de esclarecer as regras de definição da tensão para conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras à rede de distribuição, apresentamos a proposta de inserir no artigo, disposição que traga

Comentário: O tema não é objeto da AP 10/2016. No caso da definição de tensão, a distribuidora deverá observar qual é a solicitação do interessado, visto que ele deve se manifestar por escrito pela opção de o empreendimento de múltiplas unidades consumidoras ser atendido como uma única unidade consumidora. A regra geral é considerar cada fração caracterizada por uso individualizado constitui uma unidade consumidora e daí seria determinada a carga de cada UC para se definir o nível

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apresentada no presente artigo aplica-se nos casos de definição da tensão de conexão de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras.

equivalência destes casos àqueles critérios estabelecidos para definição da tensão de fornecimento de unidades consumidoras.

de tensão do atendimento.

JACQUES HARATZ

Com o intuito de colaborar com os melhoramentos que permitem o fornecimento de energia a condomínio industriais, gostaria de sugerir a inclusão de FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA E UTILIDADES A PARTIR DE CENTRAIS DE UTILIDADES DOTADAS DE COGERAÇÃO QUALIFICADA. Esta inclusão ajudará no desenvolvimento da GERAÇÃO DISTRIBUIDA no Brasil através de sistemas de cogeração que empregam gás natural, pois permitirá o fornecimento não só de energia como também, vapor, água quente e água gelada para refrigeração. Este tipo de aplicação é comum nos países desenvolvidos e aqui no Brasil esbarra nas exigências e custos para fornecimento de energia para usuários que não sejam vizinhos de “muro”.

Comentário: A regulamentação desse assunto deve ser efetuada em regulamento diverso da REN 414/2010, por se tratar de norma relativa à comercialização de energia por produtores independentes e geração distribuída. No caso da geração distribuída, existe a possibilidade de compensação na forma de geração compartilhada, caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.

Petrobras Art. 1º-A Alterar o inciso LXXXV do art. 2º da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

O objetivo desta contribuição é compatibilizar a definição de unidade consumidora com o PRODIST, que prevê a integralização de energia de vários pontos de conexão, conforme

Comentário: A adequação foi feita na versão do Módulo 5 do Prodist aprovada pela REN 724/2016.

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“Art. 2º. [...] LXXXV – unidade consumidora: conjunto composto por instalações, ramais de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação quando do fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica, com faturamento individualizado integralizando as medições individuais de um ou mais ponto de entrega, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas;”

estabelecido no Módulo 5 – Sistemas de Medição: “3.16 Localização dos pontos de medição para faturamento. ... 3.16.2 Para unidades consumidoras atendidas em MT e AT: ... e) para os casos de sistemas de medição individualizados, quando existirem vários pontos de conexão para a mesma unidade consumidora e na mesma classe de tensão, é permitido, se justificável, a integralização de energia e demanda para fins de faturamento de energia elétrica.“

Petrobras Art. 2º-C Alterar o art. 19 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 19º.

[...]

§ 3º Deve ser emitido ao responsável instituído para a administração do condomínio, segundo o(s) contrato(s) firmado(s), o faturamento da demanda e da energia elétrica, respectivamente, pela diferença positiva entre:

[...]

II – a energia elétrica apurada entre a medição totalizadora e a integralização das medições individuais de cada unidade consumidora; e

III - quando se tratar de unidade autoprodutora de energia, a demanda e a energia apurada pela medição totalizadora referente aos eventuais excedentes de energia de forma sincronizada e conforme o intervalo mínimo para faturamento.

[...]

§ 6º O eventual compartilhamento de subestação e instalações de interesse restrito de propriedade de consumidores

Sugere-se incluir o item III no artigo 19 da Resolução 414/2010 visando a medição de eventuais excedentes de energia de unidades autoprodutoras em empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras.

Comentário: O artigo 19 não trata de empreendimentos considerados como uma única unidade consumidora, mas de empreendimentos onde há utilização de energia de forma independente.

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responsáveis por unidades consumidoras do grupo A com a distribuidora deve constar do instrumento referido no § 5º .”

O objetivo desta contribuição é permitir que não somente a subestação de entrada possa ser compartilhada, mas também as instalações de interesse restrito.

VOTORANTIM ENERGIA LTDA

Condomínio Industrial em PIE Conforme mencionado no parágrafo 12 do Voto do Diretor-Relator anexado a este processo, a regulamentação proposta não restringe a possiblidade de autorização para redes particulares ou o tratamento diferenciado dado aos Produtores Independentes e Autoprodutores, disposto na Lei nº 9.074/1995 e no Decreto nº 2.003/1996. Contudo, a Votorantim Energia aproveita essa oportunidade para apresentar o que segue. Em regulamentação à Lei nº 9.074/1995, o Decreto nº 2.003/1996 estabelece condições para a comercialização de energia proveniente de Produtor Independente, conforme Art. 23 abaixo descrito: “Art. 23 O produtor independente poderá comercializar a potência e/ou energia com: (...) III – consumidores de energia elétrica integrantes de complexo industrial ou comercial, aos quais forneça vapor ou outro insumo oriundo de processo de cogeração.” No complexo industrial é essencial a sinergia de processos em troca de insumos variados, incluindo os energéticos, como eletricidade e/ou vapor. O fornecimento de vapor não ocorre em todos os complexos industriais, sem prejuízo da integração da cadeia produtiva do complexo. O inciso III do referido decreto menciona “outro insumo oriundo do processo de cogeração” o que permite o entendimento de que, caso a integração na cadeia produtiva do complexo seja comprovada através do fornecimento de outros insumos, a condicionante apresentada no decreto seria atendida. No entanto,

Comentário: A regulamentação desse assunto deve ser efetuada em regulamento diverso da REN 414/2010, por se tratar de norma relativa à comercialização de energia por produtores independentes.

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a interpretação estrita do Decreto no sentido de restringir a comercialização de energia elétrica sem que haja fornecimento de vapor, restringe os possíveis arranjos industriais. Como resultado, há retração de investimentos prejudicando a indústria nacional. 3 Entendemos que ao Decreto 2.003/1996 cabe a interpretação de que o fornecimento de insumos industriais, que permitam a caracterização da integração da cadeia produtiva do complexo deveria ser requisito suficiente para permitir a comercialização de energia elétrica entre as plantas industriais. Ademais, essa interpretação reflete, ao nosso ver, o espirito do legislador ao elaborar a Lei e o Decreto. Dessa forma, pleiteamos que o fornecimento de outros insumos industriais no complexo industrial seja requisito válido para permitir a venda de energia dentro de condomínios industriais.

MINUTA – AP 010/2016

Contribuições encaminhadas fora do prazo da AP 010/2016

Contribuinte Texto Sugerido Justificativa Análise ANEEL Anfavea Art. 16. O fornecimento de energia elétrica a mais de

uma unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestação compartilhada, desde que atendidos os requisitos técnicos da distribuidora e observadas as seguintes condições:

[...]

Proporcionar às empresas envolvidas no compartilhamento de uma subestação a flexibilidade para negociar energia no mercado livre, conforme estratégia de sua corporação.

o É comum um complexo industrial ser composto de empresas com múltiplas unidades instaladas em diversas regiões do país e com estratégia diferenciada de outras corporações

Comentário: O requisito para compartilhamento de subestação deve ser de viabilidade técnica e menor custo global, não importando a atividade das unidades consumidoras ou a titularidade.

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I – as unidades consumidoras deverão ser definidas pelo objetivo final, sendo este a montagem, transformação de matérias-primas, peças e componentes desde que destinados a um mesmo produto final de venda direta ao consumidor, independentemente de pertencerem às mesmas pessoas jurídicas;

deste mesmo complexo industrial; Reduzir os custos de infraestrutura,

viabilizando o uso de uma única rede de distribuição interna ao polo industrial, em substituição à múltiplas redes provenientes de múltiplos medidores na saída da subestação compartilhada.

Anfavea “Art. 18. O empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja comercial, industrial ou de prestação de serviços, pode ser considerado uma única unidade consumidora, observado o que estabelece este artigo.

§1º O empreendimento deve atender pelo menos uma das seguintes condições:

I - a propriedade de todos os compartimentos do imóvel, prédio ou conjunto de edificações deve ser de apenas uma pessoa física ou jurídica; ou

II – as unidades consumidoras devem pertencer ao mesmo condomínio edilício, devendo, neste caso, todos os condôminos subscreverem a solicitação de que trata o §4º; ou

III – as unidades consumidoras devem estar localizadas em propriedades contíguas.

IV - as unidades consumidoras deverão ser definidas pelo objetivo final, sendo este a montagem, transformação de matérias-primas, peças e componentes desde que destinados a um mesmo produto final de venda direta ao consumidor,

Quanto à exclusão do §5º, aclarar a possibilidade de obtenção de autorização especial da ANEEL para determinados tipos de travessia em via pública.

Quanto à inclusão do item IV, abranger a definição sugerida no Art. 16, I (acima).

Comentário: Da análise da regulamentação setorial, avaliou-se não ser possível contemplar a sugestão quanto à possibilidade de inclusão das unidades consumidoras “próximas”, mesmo que tenham mesmo objetivo final. Ressalta-se que a proposta se assemelharia a definição de uma poligonal “genérica”, o que poderia caracterizar uma espécie de exploração de serviços e instalações de energia elétrica dentro dessa área, o que não é possível ser tratado no âmbito da Resolução Normativa n° 414, de 20103 . Tais poligonais são estabelecidas, por exemplo, no caso das autorizações, permissões e concessões para distribuição de energia elétrica, de que trata a Lei nº 9.074/1995, o que é feito por

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independentemente de pertencerem às mesmas pessoas jurídicas.

§ 2º A administração do empreendimento, regularmente instituída, deve se responsabilizar pelas obrigações decorrentes do atendimento, bem como pela prestação dos serviços comuns a seus integrantes.

§3º O valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexão e uso do sistema elétrico deve ser rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acréscimo, quando aplicável.

§4º A administração deve manifestar-se, por escrito, sobre a opção pelo fornecimento de energia elétrica nas condições previstas neste artigo.

§5º Para efeito do que trata este artigo, é vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros.

§6º O fornecimento de energia elétrica em um só ponto a unidades consumidoras já atendidas individualmente dependerá do ressarcimento prévio à distribuidora de eventuais investimentos realizados, nos termos da regulamentação específica.

§7º Em caso de necessidade de implantação de instalações pelos interessados em local onde já exista rede de distribuição, o fornecimento de que trata este artigo fica condicionado à avaliação técnica e de segurança pela distribuidora, que terá o

meio de um processo individualizado. Essa questão, portanto, não se confunde com a possibilidade de autorização para redes particulares. Sobre a contribuição para o §3º, não é possível legalmente qualquer outra forma de divisão dos custos referentes à fatura de energia que não seja o rateio sem acréscimo. Quanto à supressão do §5º, a vedação de utilização de vias públicas se dá pela impossibilidade de autorizar que instalações internas de uma unidade consumidora possa ultrapassar vias públicas e propriedades de terceiros. Este ponto não deve se confundir com a autorização para que um ramal de determinada UC ultrapasse via pública ou propriedade de terceiro para que esta UC possa se ligar a uma subestação por ser a alternativa de menor custo global.

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prazo de até 30 (trinta) dias para informar o resultado da análise a partir da solicitação.

§8º Nos casos de que trata o parágrafo anterior, a distribuidora pode determinar que os interessados adotem padrões construtivos que não interfiram com a rede existente, tais como a adoção de sistemas subterrâneos.

§9º Todos os custos decorrentes de eventual solicitação de individualização da medição das unidades atendidas na forma deste artigo são de responsabilidade exclusiva do interessado.”