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Leiria,
junho
de 2014
Relatório de
Atividades de 2013 ACeS Pinhal Litoral
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP
AGRUPAMENTO CENTROS DE SAÚDE – PINHAL LITORAL
Leiria, junho de 2014
MINISTÉ RIO DA SAÚ DÉ
ADMINISTRAÇA O RÉGIONAL DÉ SAÚ DÉ DO CÉNTRO, IP
AGRÚPAMÉNTO CÉNTROS DÉ SAÚ DÉ – PINHAL LITORAL
Relató rió de Atividades de 2013
DIRETOR EXECUTIVO
Maria Isabel Poças - Assistente Graduada de Medicina Geral e Familiar
PRESIDENTE DO CONSELHO CLÍNICO
Carlos Alberto Faria Ferreira - Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar
NÚCLEO DE PLANEAMENTO
Aline Oliveira Salgueiro - Técnica Superior
Rui Passadouro Fonseca - Assistente Graduado de Saúde Pública
Cristina Isabel Fernandes - Enfermeira Especialista Enf. Saúde Comunitária
Andreia Catarina Lopes - Técnica Superior Estagiária
Leiria, junho de 2014
i
ABREVIATURAS E SIGLAS
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde
ARS – Administração Regional de Saúde
CSD – Cuidados de Saúde Diferenciados
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DGS – Direção Geral da Saúde
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
INE – Instituto Nacional de Estatística
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PF – Planeamento Familiar
PL – Pinhal Litoral
PNV – Plano Nacional de Vacinação
ROR – Registo Oncológico Regional
SAPE – Sistema de Apoio à Prática da Enfermagem
SIARS – Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde
SINUS – Sistema de Informação para Unidades de Saúde
SISS – Sistema de Informação de Serviço Social
TOD – Toma Observada Direta
UAG – Unidade de Apoio à Gestão
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UCF – Unidade Coordenadora Funcional
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UF – Unidade Funcional
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USF – Unidade de Saúde Familiar
USP – Unidade de Saúde Pública
ii
ÍNDICE Introdução ..................................................................................................................................... 1
1. Caracterização do aces pinhal litoral .............................................................................. 3
1.1. Organograma do aces pl ................................................................................................... 3
1.2. Recursos humanos ............................................................................................................. 4
1.3. Área geográfica ................................................................................................................... 5
1.4. População .............................................................................................................................. 7
2. Contratualização e resultados ......................................................................................... 18
2.1. Indicadores do eixo nacional ....................................................................................... 18
2.2. Indicadores do eixo regional ........................................................................................ 19
2.3. Indicadores do eixo local ............................................................................................... 19
2.4. Outros indicadores de desempenho ........................................................................... 20
2.5. Processo de contratualização ....................................................................................... 21
3. Avaliação do plano de ação ............................................................................................... 22
3.1. Movimento assistencial .................................................................................................. 26
4. Plano de investimentos e orçamento económico ...................................................... 31
5. Considerações finais ........................................................................................................... 31
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Evolução da taxa bruta de natalidade (%0) por local de residência, 2000-2012 ...... 11
Gráfico 2 – Evolução da taxa bruta de mortalidade por local de residência 2000-2012 ............ 13
Gráfico 3 – Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2012 e linha de
tendência do ACES PL .................................................................................................................. 15
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Recursos Humanos por estruturas do ACeS PL .......................................................... 4
Quadro 2 – Recursos humanos em dezembro de 2013 e respetiva dotação ............................... 5
Quadro 3 – Utentes inscritos por unidade funcional em 31/12/2013 .......................................... 7
Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACeS PL, 2011 a 2013 ......... 8
iii
Quadro 5 – Índices de Dependência, 2001, 2011 e 2012 ............................................................. 9
Quadro 6 – Índice de Envelhecimento por local de residência ................................................... 10
Quadro 7 – Índice de Longevidade por local de residência ........................................................ 10
Quadro 8 – Total de nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe (Município); Anual ...... 11
Quadro 9 – Óbitos por local de residência 2000-2013 ............................................................... 12
Quadro 10 - Taxa de mortalidade infantil (‰), na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região
Centro e do Continente, nos anos 1960-2013 ............................................................................ 14
Quadro 11 - Indicadores de saúde por município, 2008-2012 (‰) ............................................ 15
Quadro 12 – Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACeS PL, 2010 a 2013 ........ 17
Quadro 13 – Indicadores de contratualização 2013, eixo nacional ............................................ 18
Quadro 14 – Indicadores de contratualização 2013, eixo regional ............................................ 19
Quadro 15 – Indicadores de contratualização 2013, eixo local .................................................. 19
Quadro 16 – Indicadores de Acompanhamento ......................................................................... 20
Quadro 17 – Consultas dos anos 2012/ 2013 e variação percentual, ACeS PL ........................... 26
Quadro 18 – Consultas de alcoologia e tabagismo ..................................................................... 27
Quadro 19 – Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde ............................................. 28
Quadro 20 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2012/2013 .................. 29
Quadro 21 – Consultas não médicas do ACeS PL ........................................................................ 29
Quadro 22 – Serviço Social do ACeS PL ....................................................................................... 30
Quadro 23 – Atividades desenvolvidas no CDP de Leiria ............................................................ 30
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
1
INTRODUÇÃO
Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) são considerados a base do sistema de saúde. O
Plano Nacional de Saúde (PNS) 2012-2016 recomenda a adoção de medidas que reforcem
a primazia dos CSP, como cuidados de proximidade, continuidade e transversalidade.
Devem ser a primeira linha no contacto entre a comunidade e o sistema de saúde,
assumindo uma importância relevante na melhoria do estado de saúde das populações,
através da promoção da saúde, prevenção da doença, prestação de cuidados e articulação
com serviços para continuação de cuidados.
Os ganhos em saúde, objetivados na esperança de vida à nascença, diminuição das taxas
de mortalidade infantil, neonatal e perinatal, ou a redução dos anos de vida potencial
perdidos, demonstram o sucesso dos cuidados de saúde em Portugal, sobretudo com a
implementação dos CSP a nível nacional.
A sustentabilidade do serviço nacional de saúde (SNS), na atual situação de restrição
orçamental, decorrente da situação financeira do País, coloca a contenção de gastos na
ordem do dia. Os CSP favorecem a sustentabilidade do sistema ao permitir a utilização
racional das tecnologias hospitalares, mais dispendiosas. É reconhecido que os cidadãos de
países com um melhor desenvolvimento dos CSP tendem a ter um melhor nível de saúde.
O envelhecimento da população, com necessidade de cuidados acrescida, associada à
escassez de recursos humanos e financeiros, obrigam a um rigor acrescido da governação.
O ACES deve ser sustentável, por um lado, mas deve continuar a prestar cuidados de
qualidade à população abrangida. Nunca foi tão pertinente a utilização dos critérios da
“Integrated Governance”, que concilia a “Corporate Governance” com a “Clinical
Governance”, tendo sempre em consideração o acesso dos cuidados, a segurança e a
melhoria contínua da qualidade.
O Relatório de Atividades 2013, constitui um documento de análise da execução global do
Plano de Atividades do ACES PL, procurando sintetizar o percurso efetuado ao longo do
ano, justificar os desvios, avaliar os resultados e estruturar informação relevante para o
futuro próximo, constituindo um documento de inegável interesse para a análise e reflexão
dos indicadores contratualizados e do seu impacto sobre a saúde (health impact
assessment).
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
2
A recolha de dados para a elaboração deste relatório baseou-se na informação obtida
através das aplicações informáticas Sistema de Informação das Administrações Regionais
de Saúde (SIARS), SINUS® (Sistema de Informação para Unidades de Saúde), SAPE® e SAM®,
bem como dados colhidos através do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Seguidamente apresenta-se a descrição das atividades desenvolvidas durante o ano de
2013, avaliando os resultados atingidos em relação ao desempenho planeado e aos
objetivos específicos, facultando informação relevante para o planeamento de atividades
futuras.
O Grupo de Planeamento
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
3
1. CARACTERIZAÇÃO DO ACeS PINHAL LITORAL
No capítulo da caracterização do ACeS Pinhal Litoral pretende-se apresentar o modelo
organizacional do mesmo, bem como efetuar um pequeno diagnóstico da situação de
saúde, identificando a população em risco e as características da mesma que predispõem
a uma maior procura de cuidados de saúde.
1.1. ORGANOGRAMA DO ACeS PL
A principal missão do ACeS é garantir a prestação de CSP à população da área geográfica
Pinhal Litoral. Integra os Centros de Saúde da Batalha, Leiria (Dr. Arnaldo Sampaio e Dr.
Gorjão Henriques), Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós e respetivas Extensões de
Saúde.
Com a reorganização dos CSP, prevista no DL 28/2008, iniciou-se a implementação das
diferentes unidades funcionais cuja estrutura formal se encontra representada pela figura 1.
Figura 1 – Diagrama Organizacional do ACeS PL
Fonte: ACeS, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
4
1.2. RECURSOS HUMANOS
Da análise do quadro 1 constatamos que a 31/12/2013 integravam o ACeS Pinhal Litoral 132 médicos de medicina geral e familiar (menos 10
relativamente ao ano anterior), 10 médicos de saúde pública, 150 enfermeiros, 136 assistentes técnicos e 61 assistentes operacionais.
Quadro 1 – Recursos Humanos por estruturas do ACeS PL Unidade
Funcional /Centro Custo
Local CARREIRA/CATEGORIA PROFISSIONAL
Médicos Enf. Assist. Tec
Assist. Oper.
TDT Téc. Sup. Saúde Téc. Superior Informática TOTAL P/
LOCAL MGF SP TSA Fisiot. Dietista H.
Oral Radiologia Ortóptica Farmácia Nutrição Psicolog. Serv.
Social Regime Geral
CS Batalha Batalha a) 2 2
USF Condestável Batalha 9 9 8 26
CS Dr. Arnaldo Sampaio
Leiria 25 a) 26 22 14 87
USF Santiago CS A.S. 6 5 3 1 15
CS Dr. Gorjão Henriques
Leiria 19 22 18 14 73
USF D. Diniz CS G.H. 6 6 5 17
USF Cidade do Liz
CS G.H. 6 6 4 16
CS Marinha Grande
Marinha Grande
18 a) 26 10 7 61
CS Pombal Pombal 13 a) 13 19 6 51
UCSP Marquês Pombal 6 5 4 15
UCSP Pombal Oeste
Pombal 5 6 6 17
UCSP S. Martinho
Pombal / Guia
6 6 2 1 15
CS Porto de Mós P. Mós 12 a) 17 13 7 49
UAG/ Gab.utente/ Outros
16 9 7 1 33
URAP 4 1 2 2 1 1 2 3 3 19
USP 10 3 8 10 31
Diretor Executivo
UAG 1 1
Total p/ Categoria
132 10 150 138 61 10 4 1 2 2 1 1 2 3 3 7 1 528
Fonte: ACeS PL – Recursos Humanos a 31/12/2013 Nota: a) incluídos na USP (1 Batalha; 4 CS AS; 2 CS MG; 2 CS Pombal; 1 CS PM)
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
5
Da análise do Quadro 2 verifica-se um défice de pessoal, relativamente à dotação
prevista. Esta carência é transversal a todos os grupos profissionais, com exceção dos
Técnicos Superiores de Saúde, e constitui um sério constrangimento à garantia dos
direitos ao acesso de cuidados de saúde com qualidade.
Quadro 2 – Recursos humanos em dezembro de 2013 e respetiva dotação
Mapa de pessoal do ACeS PL Dotação Existência Défice Défice
(%) Médicos de MGF 174 132 42 24%
Médicos de SP 12 10 2 18%
Enfermeiros 172 150 22 13%
Assistentes Técnicos 195 138 57 29%
Assistentes Operacionais 86 61 25 29%
TDT 29 20 9 31%
Técnico Superior Serviço Social 7 3 4 57%
Técnico Superior Saúde 6 6 0 0%
Técnico Superior Regime Geral 9 7 2 22%
Informática 3 1 2 67%
TOTAIS 693 528 165 24%
Fonte: ACeS, 2014
1.3. ÁREA GEOGRÁFICA
O ACeS PL insere-se no Distrito de Leiria e abrange a área geográfica dos concelhos da
Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós (Figura 2) com uma população
residente de 260.492 indivíduos, segundo os Censos de 2011. Cerca de metade dos
habitantes estão concentrados no município de Leiria. Considerando o eixo Pombal-
Leiria-Marinha Grande, esta proporção atinge os 84% da população residente. Os
municípios de Porto de Mós e da Batalha são os menos populosos, com valores
respetivos de 9% e 6% da população total da NUT III Pinhal Litoral.
Esta área geográfica tem expressão relevante em termos socioeconómicos e é
fortemente representativa do distrito de Leiria, juntando à agricultura e à pecuária
tradicionais, as indústrias de moldes, alimentos compostos para animais, moagem,
serração de madeiras, resinagem, cimentos, metais, serração de mármores, construção
civil, comércio e, mais recentemente, o turismo.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
6
Figura 2 – Área geográfica das Unidades de Saúde do ACeS Pinhal Litoral
Fonte: ACeS PL, 2014
Nº habitantes: 260942 (Censos 2011)
Distância máxima entre a Sede do ACeS e a Unidade mais distante (Redinha): ≈ 39 km
Densidade populacional: 149,7 hab/ km2 (Censos 2011)
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
7
1.4. POPULAÇÃO
Neste capítulo pretende-se fazer uma breve caracterização total da população inscrita
no ACeS PL, por unidade funcional, e apresentar alguns indicadores demográficos.
1.4.1. POPULAÇÃO INSCRITA
Da análise do Quadro 3 constatamos que a 31 de dezembro de 2013 o total de utentes
inscritos no ACeS PL era de 266.485, dos quais 45.144 (16,94%) não possuíam médico
de família.
A média de utentes por médico, no ACeS PL, era de 2034, identificando-se 45144 sem
médicos de família atribuído.
Quadro 3 – Utentes inscritos por unidade funcional em 31/12/2013
Unidade funcional Nº total de
utentes inscritos
Nº de utentes s/ MF (em espera)
MF c/ ficheiro
Média utentes/ médico
Nº de utentes
% Incluindo utentes s/
MF
Excluindo utentes s/
MF
Batalha - USF Condestável 15670 21 0,1 9 1741 1739
CS Arnaldo Sampaio s/ USF 53000 10989 20,7 25 2120 1677
USF Santiago 11035 101 0,9 6 1839 1822
CS Gorjão Henriques s/ USF 43865 14584 33,2 18 2437 1627
USF D. Diniz 11543 14 0,1 6 1924 1922
USF Cidade do Liz 11253 0 0 6 1876 1876
CS Marinha Grande 38507 8848 23 18 2139 1648
CS Pombal 55706 6910 12,4 30 1857 1627
CS Porto de Mós 25906 3677 14,2 13 1993 1710
TOTAL 266485 45144 16,94 131 2034 1689
Fonte: RNU, 2014
Da análise do Quadro 4 podemos constatar que houve um decréscimo de utentes
inscritos no ACeS PL de 2011 para 2013, justificado pela revisão de ficheiros de utentes
não utilizadores. A taxa de utilização teve uma diminuição de 63,99% para 62,37%, de
2011 para 2012, no entanto, no ano de 2013 essa taxa subiu para 67,53%.
De notar que o total da população inscrita a 31 de dezembro de 2013 é diferente nos
quadros 3 e 4, pelo facto das fontes de pesquisa serem diferentes (RNU e SIARS).
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
8
Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACeS PL, 2011 a 2013
ANOS/ACeS Nº INSCRITOS
(em 31/12)
Nº INSCRITOS
SNS (só CRSS)
Nº INSCRITOS INCLUEM TRANSF. E
ÓBITOS
Nº UTILIZADORES
Nº UTILIZADORES
SNS
TAXA DE UTILIZAÇÃO
2011 - PL 286.897 272.152 293.117 187.579 177.371 63,99
2012 - PL 285.696 272.128 291.849 182.017 171.493 62,37
2013 - PL 266.426 220.622 291.392 179.911 168.504 67,53
Fonte: SIARS, 2014
Da análise das pirâmides etárias da população inscrita no ACeS PL, de 2008 e 2013,
(Figura 3), verifica-se um estreitamento da base e um alargamento do topo, o que traduz
um envelhecimento da população. Salienta-se o grupo etário 25-29 anos, onde se
verifica uma diminuição acentuada da população inscrita.
Figura 3 – Pirâmide etária: população inscrita, ACeS PL, a 31/12 de 2008 e 2013
2008 2013
Fonte: SIARS, 2013
1.4.2. INDICADORES DEMOGRÁFICOS
A caracterização demográfica de uma população permite analisar a sua tendência, isto
é, o seu crescimento, envelhecimento e mobilidade. Quando efetuada em simultâneo
com os indicadores demográficos permite avaliar as necessidades em saúde de uma
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
9
população possibilitando comparações individuais e coletivas de forma a tomar decisões
e a planear intervenções adequadas.
Da análise do Quadro 5, verificamos que o índice de dependência total nas áreas
geográficas que compõem o ACeS PL apresenta valores inferiores quando comparado
com os valores da Região Centro e Continente, com exceção do concelho de Pombal,
tendência que se manteve semelhante nos Censos 2001 e 2011. Os concelhos de Pombal
e Leiria continuam com o maior e menor valor respetivamente, no entanto, verifica-se
um aumento do índice de dependência total em todas as unidades territoriais entre
2001 e 2011, fruto do aumento do índice de dependência de idosos.
Quadro 5 – Índices de Dependência, 2001, 2011 e 2012
Local de residência
Índice de dependência de jovens por Local de residência; Anual
Índice de dependência de idosos por Local de residência; Anual
Índice de dependência total por local de residência; Anual
Período de referência dos dados
2001 2011 2012 2001 2011 2012 2001 2011 2012
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Continente 23,7 22,5 22,4 24,8 29,3 30 48 52 52,3
Centro 23,2 21,3 21 30,3 34,2 34,6 53 57 55,6
Pinhal Litoral 24,5 22,5 22,1 24 28,8 29,4 48 52 51,4
Batalha 25,4 23,4 23 25,3 28 28,3 50 53 51,3
Leiria 25,2 22,5 22 20,6 25,4 26 45 49 48
Marinha Grande 21,7 22,6 22,5 22,4 28,1 29,2 43 51 51,6
Pombal 24,5 21,9 21,5 31,3 36,6 37 54 61 58,5
Porto de Mós 24,7 22,9 22,5 26,6 31,4 32,2 51 56 54,7
Fonte: INE, 2013
1.4.2.1. ÍNDICES DE ENVELHECIMENTO E DE LONGEVIDADE
Da análise efetuada ao quadro 6, constatamos que houve um aumento do índice de
envelhecimento em todos os locais de residência ou áreas geográficas na última década.
Nos locais que compõem a área de abrangência do ACeS PL, este índice apresenta
valores inferiores quando comparado com a área de abrangência pela ARSC, tendência
que se manteve semelhante nos valores dos censos de 2001 e 2011 e ano de 2012. O
concelho de Pombal é o que apresenta a maior taxa de envelhecimento e o concelho de
Leiria o que apresenta a menor.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
10
Quadro 6 – Índice de Envelhecimento por local de residência
Local de Residência
Índice de envelhecimento por Local de residência
2001 2011 2012
Continente 104,5 130,6 134
Centro 129,5 163,4 164,5
Pinhal Litoral 97,1 129,3 132,9
Batalha 100,5 119,9 123,4
Leiria 80,8 114,1 117,9
Marinha Grande 104,0 123,4 129,7
Pombal 125,2 170,4 171,9
Porto de Mós 108,3 138,3 142,6
Fonte: INE, 2014
O índice de longevidade representa a relação entre a população mais idosa e a
população idosa, definida como o quociente entre o número de pessoas com 75 ou mais
anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos (expressa habitualmente por 100
pessoas com 65 ou mais anos). Quando este índice é calculado para cidadãos com 80 e
mais anos sobre 65 e mais anos, passa a 27,2 para Portugal, 30,6 em Espanha, 32,1 em
França, 26,2 na Alemanha e 23,9 na Irlanda (Eurostat).
Pela análise do Quadro 7 verificamos que o índice de longevidade aumentou de 2001
até 2012, em todas as unidades geográficas apresentadas, em consequência do
aumento da esperança de vida.
Quadro 7 – Índice de Longevidade por local de residência
Local de Residência Índice de longevidade por Local de residência
2001 2011 2012
Continente 42,2 48,7 49
Centro 44,2 51,3 51,7
Pinhal Litoral 41,1 47,9 48,4
Batalha 42,5 49,8 50,2
Leiria 41,5 46 46,3
Marinha Grande 38 45,1 45,5
Pombal 41,4 51,5 52,1
Porto de Mós 41,4 50,3 51,5
Fonte: INE, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
11
1.4.2.2. NADOS-VIVOS E TAXA DE NATALIDADE
O número de nados-vivos decresceu em todos os municípios do Pinhal Litoral. No
período em análise o decréscimo de nascimento na área do Pinhal Litoral foi de 538
nados-vivos (Quadro 8).
Quadro 8 – Total de nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe (Município); Anual
Ano Local de residência da mãe
2008 2009 2010 2011 2012 2013 ∆ 2008 a 2013
Continente 99057 94324 96133 91701 85306 78607 -20450
Centro 20156 18934 19127 18342 17195 15733 -4423
Pinhal Litoral 2472 2381 2339 2300 2008 1934 -538
Batalha 160 143 151 146 134 112 -48
Leiria 1229 1200 1153 1211 1026 1011 -218
Marinha Grande 365 375 382 328 306 310 -55
Pombal 492 448 437 405 360 355 -137
Porto de Mós 226 215 216 210 182 146 -80
Fonte: INE, 2014 [link]
Perante a análise do Gráfico 1, verificamos que a taxa bruta de natalidade teve um
decréscimo em todas as unidades geográficas, no período de 2006 a 2012, sendo o
concelho de Pombal o que apresenta a menor taxa, 6,6%0.
Gráfico 1 – Evolução da taxa bruta de natalidade (%0) por local de residência, 2000-2012
Fonte: INE, 2013
11,5
11
10,710,8
10,5 10,510,4
9,79,5
9,19
8,8
7,7
10,510,7
9,5
9,8
9,4
9,9 9,8
8,7 8,8
8 7,9
7,3
6,6
6
7
8
9
10
11
12
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Centro Pinhal Litoral Batalha Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
12
1.4.2.3. ÓBITOS E TAXAS DE MORTALIDADE
No Quadro 9 apresentamos o número absoluto de óbitos por local de residência entre
os anos de 2000 e 2012, que serviram de suporte ao cálculo das taxas bruta de
mortalidade apresentadas no gráfico seguinte.
Quadro 9 – Óbitos por local de residência 2000-2013
Ano Continente Centro Pinhal Litoral
Batalha Leiria Marinha Grande
Pombal Porto de
Mós
2000 100021 27253 2233 124 882 344 623 260
2001 99706 27146 2276 140 925 311 622 278
2002 100880 27787 2355 127 987 299 712 230
2003 103321 28462 2424 148 1012 345 660 259
2004 96946 26368 2285 145 936 327 640 237
2005 102323 27700 2486 161 990 360 705 270
2006 97038 26206 2323 130 1012 348 606 227
2007 98668 26896 2404 111 1022 347 646 278
2008 99401 27072 2478 146 1066 362 668 236
2009 99335 26725 2475 150 1073 356 656 240
2010 100837 27080 2405 131 1025 345 676 228
2011 97968 26356 2345 140 998 342 617 248
2012 102821 28108 2523 133 1094 383 663 250
2013 101656 27415 2461 121 1045 360 696 239
Fonte: INE, 2014
A taxa bruta de mortalidade indica-nos o número de óbitos observado durante um
determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média
desse período.
Pela análise do Gráfico 2 constatamos que a taxa de mortalidade é mais elevada no
concelho da Batalha ao longo do período em estudo, quando comparada com os
restantes municípios. Sendo que Leiria é o concelho que apresenta a taxa mais baixa.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
13
Gráfico 2 – Evolução da taxa bruta de mortalidade por local de residência 2000-2012
Fonte: INE, 2014 [link]
A taxa de mortalidade infantil representa o número de óbitos de crianças com menos
de 1 ano de idade, em relação ao número de nados vivos do mesmo período
(habitualmente expressa em número de óbitos de crianças com menos de 1 ano por
1000 (10³) nados vivos (DGS, 2009).
Verificamos, da análise do Quadro 10, que esta taxa não apresenta valores constantes
para a mesma unidade territorial ou ano em estudo. Destacando-se o valor relativo ao
ano de 2008 na área de abrangência do ACeS PL, por ser bastante elevado quando
comparado com os restantes valores. O ano de 2012 foi especialmente preocupante,
com uma taxa de mortalidade infantil de 5,0‰, a que corresponde um número de 10
óbitos. Desses óbitos, 9 ocorreram no período neonatal e 4 no período neonatal
precoce. Em 2013 esta taxa voltou para valores semelhantes aos anos anteriores (1,6%0),
destacando-se Batalha, Marinha Grande e Porto de Mós com 0 óbitos. Por outro lado, o
concelho de Pombal mantem-se com taxas elevadas (5,6%0).
11,7 11,6 11,812,1
11,2
11,8
11,211,5 11,6 11,4 11,6
11,3
12,2
9 9,1 9,3 9,5
8,9
9,7
99,3 9,5 9,5
9,2 9
9,7
7
8
9
10
11
12
13
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Centro Pinhal Litoral Batalha Leiria
Marinha Grande Pombal Porto de Mós
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
14
Quadro 10 - Taxa de mortalidade infantil (‰), na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região Centro e do Continente, nos anos 1960-2013
Ano Área Geográfica
1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2013
PL (NUTS III) 52,1 15,8 3,5 3,6 1,7 1,3 1,3 5,0 1,6
Batalha 74,4 5,0 12,9 0,0 7,0 0,0 6,8 14,9 0,0
Leiria 56,2 15,2 3,1 3,7 1,7 1,7 0,8 4,9 1,0
Marinha Grande 52,5 13,7 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Pombal 37,1 16,0 0,0 3,3 0,0 2,3 0,0 8,3 5,6
Porto de Mós 60,9 28,0 11,3 7,8 4,7 0,0 4,8 0,0 0,0
Região Centro (NUTS II) 60,4 18,8 5,1 3,9 2,5 1,9 2,6 3,7 2,1
Continente (NUTS I) 74,6 21,4 6,6 4,8 3,6 2,5 3,1 3,3 2,9
Fonte: INE, 2014 [link]
A Figura 4 revela a diminuição histórica da taxa de mortalidade na década de 60 do
século XX e a manutenção das taxas reduzidas no ano de 2013.
Figura 4 - Taxa de mortalidade infantil de 1960 a 2013 (%0)
Fonte: INE, 2014 [link]
A taxa quinquenal de mortalidade infantil reflete o número de óbitos de crianças com
menos de 1 ano de idade observado no período relativo aos últimos cinco anos, referido
ao número de nados-vivos do mesmo período. Utiliza-se nas situações em que o
numerador traduz uma realidade com poucos indivíduos e por isso sujeito a grandes
variações percentuais, com pequena variação em número absoluto. Verifica-se uma
tendência de descida na área geodemográfica do ACeS PL. O município de Leiria
apresenta a taxa mais reduzida, 2,2‰, e Porto de Mós e Batalha os mais elevados com
3,8‰ e 8,2‰, respetivamente (Gráfico 3).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
1960 ┴ 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2013Continente Centro Pinhal Litoral Batalha
Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
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Gráfico 3 – Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2012 e linha de tendência do ACES PL
Fonte: INE, 2014 [link]
Relativamente aos indicadores de saúde (Quadro 11), a taxa de mortalidade por doenças
do aparelho circulatório foi de 2,6‰ no ACeS PL. O concelho de Leiria apresenta a taxa
mais baixa (2,2 ‰) e Pombal e Porto de Mós são as mais elevadas (3,3 ‰).
A taxa de incidência de doença de declaração obrigatória foi de 0,2 ‰, o que traduz uma
importante subnotificação (Quadro 11).
Quadro 11 - Indicadores de saúde por município, 2008-2012 (‰)
Taxa
quinquenal de mortalidade
infantil (2008/2012)
Taxa quinquenal de mortalidade
neonatal (2008/2012)
Taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório
(2012)
Taxa de mortalidade por tumores
malignos (2012)
Taxa de incidência de
casos notificados de doenças de
declaração obrigatória (2010)
Pinhal Litoral 2,9 2,2 2,6 2,3 0,2
Batalha 8,2 5,4 2,3 1,9 x
Leiria 2,2 1,7 2,2 1,9 x
Marinha Grande 2,3 1,7 2,4 2,7 x
Pombal 2,8 1,9 3,3 2,8 x
Porto de Mós 3,8 3,8 3,3 2,3 x
Fonte: INE, 2014 [link]
1.4.1.4. MORBILIDADE POR DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA
As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e
mundial. O aparecimento de novas doenças transmissíveis e o ressurgimento de outras
que se presumiam controladas apresenta-se como um desafio para a saúde pública. O
sistema de notificação das Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) é um dos principais
1
2
3
4
5
6
7
8
1998 -2002
1999 -2003
2000 -2004
2001 -2005
2002 -2006
2003 -2007
2004 -2008
2005 -2009
2006 -2010
2007 -2011
2008 -2012
Continente Centro Pinhal LitoralBatalha Leiria Marinha GrandePombal Porto de Mós Linear (Pinhal Litoral)
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
16
sistemas de vigilância epidemiológica usado pelos serviços de saúde pública para
monitorizar propensões, dimensionar problemas e tomar decisões sobre estratégias de
intervenção.
Apesar do número de notificações de DDO ter aumentado de 16% de 2011 para 2012, e
de 20,75% de 2012 para 2013, num total de 66 notificações para uma população
residente de 260942 habitantes, segundo os censos de 2011, (taxa de incidência
aproximada 25,2%000), considera-se que estes valores representam ainda uma
subnotificação considerável, que poderá ser atenuada com a entrada em produção da
plataforma SINAVE, no ano de 2014.
Em relação à tuberculose respiratória, depois do decréscimo de 2012, em 2013 foram
notificados 19 casos (Quadro 12).
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
17
Quadro 12 – Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACeS PL, 2010 a 2013
Có
dig
o
Designação Doença
2010 2011 2012 2013
Bat
alh
a
Leir
ia
Mar
inh
a G
ran
de
Po
rto
de
Mó
s
Tota
l
Bat
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Mar
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Bat
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Mó
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Bat
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a
Leir
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Mar
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a G
ran
de
Po
rto
de
Mó
s
Po
mb
al
Tota
l
A15 Tuberculose respiratória 1 6 1 2 10 2 11 1 3 17 1 8 2 11 13 3 3 19
A16 T. Respiratória não confirmada 0 1 2 3 7 7
A19 Tuberculose miliar 7 3 0 1 1 0
A771 Febre escaro-nodular 10 7 7 4 2 6 1 6 1 3 11
A01 Febres tifoide e paratifoide 0 0 0
B15 Hepatite A 2 2
B171 Hepatite aguda C 0 1 1 4 1 5 1 1 1 3
A78 Febre Q 3 1 4 2 1 3 1 1 1 1 4 1 1 2
B50 Malária 2 2 0 1 1 1 1
B16 Hepatite aguda B 1 1 2 1 3 2 1 3 3 1 4
B26 Parotidite epidémica 0 1 1 0 5 1 6
A39.0 Meningite meningocócica 2 2 1 1 2 2 1 1
A39 Infeção meningocócica 0 0 2 2 1 1
A50 Sífilis Congénita 1 1 0 0 0
A51 Sífilis precoce 1 1 3 3 4 2 1 7 2 1 2 5
A23 Brucelose 0 0 3 2 2 2
A02 Outras salmoneloses 0 2 2 0 2 2
A481 Doença dos legionários 0 0 0
A27 Leptospirose 1 1 1 1 0 1 1 1 3
A54 Infeções gonocócicas 1 1 0
A37 Tosse convulsa 3 3 3 1 4
TOTAL 1 25 1 6 33 4 30 3 6 43 2 41 7 4 53 2 44 8 1 11 66
Fonte: USP, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
18
2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS
A contratualização é considerada um eixo primordial na reforma dos CSP na medida em
que incute maior responsabilidade e eficiência e, concomitantemente, melhores
resultados em saúde. É o resultado de um contrato relacional com os prestadores,
adequado a cada unidade de saúde e pressupõe uma negociação dinâmica e contínua a
nível externo e interno.
2.1. INDICADORES DO EIXO NACIONAL
Quadro 13 – Indicadores de contratualização 2013, eixo nacional
CONTRATUALIZAÇÃO 2013
Eixo Nacional
Código Indicador Meta
Contratualizada 2013
Resultado ACeS 2013
Resultado ACeS 2012
Resultado ACeS 2011
Resultado ACeS 2010
2013.006.01 Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos
83,00 86,65 81,10 novo novo
2013.004.01 Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1.000 inscritos
125,00 119,09 114,03 96,30 50,80
2013.066.01 Proporção de embalagens de medicamentos faturados, que são genéricos
45,00 N/D 34,85 31,09 26,48
2013.047.01 Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos
32,00 22,31 15,18 novo novo
2013.074.01 Proporção de consultas médicas presenciais que deram origem a pelo menos uma codificação ICPC-2
83,00 80,05 75,12 novo novo
GDH Taxa de internamentos por doença cerebrovascular, entre residentes com menos de 65 anos
7,59 - 7,89 GDH GDH
2013.052.01 Proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na área do planeamento familiar
- - - - -
GDH Proporção de recém-nascidos de termo, de baixo peso
2,60 - 3,08 - -
2013.064.01
Proporção de jovens com 14 anos com consulta médica de vigilância realizada no intervalo [11; 14[ anos e PNV totalmente cumprido até ao 14º aniversário
42,00 41,16 34,02 novo novo
GDH Incidência de amputações major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes
0,87 - 0,57 GDH GDH
2013.056.01
Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, no período em análise
70,50 64,70 65,21 novo novo
-- Percentagem de utilizadores satisfeitos ou muito satisfeitos
- - - - -
2013.068.01 Despesa média de medicamentos faturados, por utente utilizador (baseado no PVP)
170,00 € N/D 180,86 € 200,99 € 224,72 €
2013.069.01 Despesa média de MCDT´s faturados, por utente utilizador do SNS (baseado no preço convencionado)
48,00 € N/D 51,83 € 66,65 € 74,49 €
Fonte: SIARS, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
19
2.2. INDICADORES DO EIXO REGIONAL
Quadro 14 – Indicadores de contratualização 2013, eixo regional
Eixo Regional
Código Indicador Meta
Contratualizada 2013
Resultado ACeS 2013
Resultado ACeS 2012
Resultado ACeS 2011
Resultado ACeS 2010
2013.011.01
Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez, realizada no 1º trimestre
88,00 82,11 79,58 79,40 78,66
2013.020.01
Proporção de utentes com hipertensão arterial, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg
45,35 33,97 33,35 novo novo
2013.027.01
Proporção de crianças com 2 anos, com PNV totalmente cumprido até ao 2º aniversário
98,00 93,16 93,16 92,20 92,75
2013.045.01
Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpocitologia nos últimos 3 anos
37,50 32,37 26,04 20,52 13,44
Fonte: SIARS, 2014
2.3. INDICADORES DO EIXO LOCAL
Quadro 15 – Indicadores de contratualização 2013, eixo local
Eixo Local
Código Indicador Meta
Contratualizada 2013
Resultado ACeS 2013
Resultado ACeS 2012
Resultado ACeS 2011
Resultado ACeS 2010
2013.003.01 Taxa de consultas médicas no domicílio por 1.000 inscritos
13,00 7,74 7,33 5,31 3,35
2013.014.01
Proporção de recém-nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância realizada até aos 28 dias de vida
82,70 82,30 79,29 73,67 64,82
Fonte: SIARS, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
20
2.4. OUTROS INDICADORES DE DESEMPENHO
Quadro 16 – Indicadores de Acompanhamento
ACES Indicador Mês
2012 2013
dezembro dezembro
Métrica VALOR VALOR
Pin
hal
Lit
ora
l
2013.001.V1 Proporção de consultas realizadas pelo MF 81,11 81,28 2013.003.V1 Taxa de domicílios médicos por 1.000 inscritos 7,33 7,74 2013.005.V1 Proporção de consultas realizadas pelo EF 54,35 61,60 2013.007.V1 Proporção utiliz. referenciados p/ consulta hosp. 1,81 2,05 2013.008.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 28,12 31,01 2013.009.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 24,36 26,82 2013.012.V1 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 33,90 42,11 2013.013.V1 Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem 11,90 10,68 2013.014.V1 Proporção RN c/ cons. méd. vigil. até 28 dias vida 79,29 82,30 2013.015.V1 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 10,93 9,84 2013.016.V1 Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano 24,70 30,70 2013.017.V1 Proporção crianças c/ 3+ cons. méd. vigil. 2º ano 40,09 46,88 2013.018.V1 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 42,10 47,11 2013.019.V1 Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 40,63 39,89 2013.021.V1 Proporção hipertensos, c/ prescrição de tiazidas 21,91 21,37 2013.022.V1 Proporção hipertensos sem DM c/ prescrição ARA II 27,36 26,10 2013.023.V1 Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 2,06 7,69 2013.024.V1 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 0,03 0,10 2013.028.V1 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 92,89 95,32 2013.029.V1 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 80,24 84,76 2013.030.V1 Proporção inscritos com diabetes ou doença crónica ou doença
cardíaca crónica com idade >65 com vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses
N/D
2013.031.V1 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 58,17 69,51 2013.032.V1 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 40,49 47,35 2013.033.V1 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 26,07 32,73 2013.034.V1 Proporção obesos > 14A, c/ cons. vigil. obesid. 2A 39,71 40,60 2013.035.V1 Proporção DM com exame pés último ano 51,33 49,49 2013.036.V1 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 0,11 0,28 2013.038.V1 Proporção DM c/ 1 HgbA1c por semestre 42,56 44,07 2013.039.V1 Proporção DM c/ última HgbA1c <= 8,0 % 46,73 48,74 2013.040.V1 Proporção DM c/ exame oftalmológico último ano 13,81 15,31 2013.041.V1 Proporção DM2 em terapêut. c/ insulina 4,04 3,96 2013.042.V1 Proporção DM2 em terapêut. c/ metformina 45,38 46,69 2013.044.V1 Proporção mulheres [50; 70[ A, c/ mamogr. (2 anos) 46,13 48,11 2013.046.V1 Proporção utentes [50; 75[A, c/ rastreio cancro CR 19,14 25,13 2013.048.V1 Proporção fumadores, c/ consulta relac. tabaco 1A 23,00 24,49 2013.050.V1 Proporção grávidas c/ consulta RP efetuada 20,17 23,57 2013.053.V1 Proporção inscritos >= 14 A, c/ hábitos alcoólicos 15,02 19,97 2013.054.V1 Proporção utentes hábitos alcoól., c/ consulta 3A 68,79 66,32 2013.057.V1 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc 90,46 91,04 2013.063.V1 Proporção crianças 7A, c/ cons. méd. vig. e PNV 58,06 67,55 2013.065.V1 Proporção utentes >= 75 A, c/ presc. cró. < 5 fár. 22,79 51,61 2013.091.V1 Proporção DM < 65 A, c/ HgbA1c <= 6,5 % 23,87 24,27 2013.092.V1 Proporção hipocoagulados controlados unidade 18,48 16,04 2013.096.V1 Rácio despesa faturada DPP4 e antidiabét. orais 76,31 2013.097.V1 Proporção DM c/ microalbum. último ano 43,03 43,94 2013.098.V1 Proporção utentes >= 25 A, c/ vacina tétano 76,04 82,06 2013.099.V1 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 51,89 68,20
Fonte: SIARS, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
21
2.5. PROCESSO DE CONTRATUALIZAÇÃO
O processo de contratualização que teve o seu início em 2006, entre as ARS´s e as USF´s,
atualmente tem dois momentos distintos, a Contratualização Externa, formalizada com
a assinatura do Contrato Programa entre a ARS e o ACeS e a Contratualização Interna,
formalizada com a assinatura de Cartas de Compromisso entre o ACeS e cada Unidade
Funcional.
Os indicadores são monitorizados continuamente e constituem o suporte base para a
contratualização de objetivos de acessibilidade, efetividade, eficiência e qualidade para
os utentes inscritos nas unidades de saúde.
A seleção dos indicadores de desempenho propostos para o Contrato Programa
manteve a distribuição dos anos anteriores: 14 de nível nacional, 4 selecionados de nível
regional, de acordo com as áreas que cada ARS considera como prioritárias, e 2 definidos
localmente e que são específicos deste agrupamento.
No que se refere ao processo de contratualização, em 2013 salienta-se o facto de ter
decorrido tardiamente, traduzindo-se na incapacidade por parte das unidades em
responderem atempadamente aos eventuais desvios, com repercussão nas metas
contratualizadas e como tal no desempenho do ACeS.
Por outro lado, a relação direta entre desempenho dos prestadores e o respetivo
desempenho financeiro, condição inerente ao processo de contratualização, pode levar
a uma excessiva concentração em determinados indicadores, em detrimento de outros.
Será necessário reduzir as ineficiências, mas também promover a qualidade do serviço,
a segurança e a satisfação dos doentes. A monitorização torna-se fundamental por
permitir corrigir os desvios detetados.
Nenhum dos indicadores propostos favorece a investigação em saúde. Sabendo-se que
a investigação gera conhecimento que se poderá traduzir em novas estratégias,
tecnologias e intervenções efetivas que se devem disponibilizar para beneficiar as
pessoas, em particular, as mais pobres e vulneráveis, recomenda-se que sejam
considerados indicadores que promovam a prática da investigação nas UF do ACeS.
São inegáveis as vantagens que o processo de contratualização teve na evolução positiva
do ACeS, especialmente na dinamização das equipas ligadas às USF e nas vantagens
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
22
medidas em termos de custo-efetividade, sobretudo devido à redução dos custos em
medicamentos e meios complementares de diagnóstico e no aumento dos indicadores
de desempenho assistencial. Existe ainda um caminho a percorrer, que se espera não
seja longo, que passa seguramente pela implementação gradual das UCC e UCSP, de
modo a resolver as desigualdades na realização e satisfação profissional entre as várias
UF e a promover o acesso equitativo dos utentes, independentemente das UF onde
procurem cuidados de saúde.
3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
A avaliação do Plano de Ação do ACeS funciona como instrumento fundamental de
apoio à gestão.
O Plano de Ação de 2013 manteve a contemplação dos programas de saúde
considerados como prioritários, sendo apresentados os resultados obtidos dos
indicadores escolhidos, colhidos pela plataforma SIARS e que vão ao encontro dos
indicadores do Plano de Desempenho de 2013.
No sentido de cumprir as metas do plano de ação, foram desenvolvidas diversas
atividades, das quais se apresentam as mais relevantes:
Realização de ações de formação para médicos e enfermeiros nas áreas da
diabetes e doenças cardiovasculares, da iniciativa de cada UF. Dentro desta
mesma área foram desenvolvidas sessões de educação para a saúde com
distribuição de material pedagógico à população da área do ACeS.
Criação da Unidade Coordenadora Funcional para a Diabetes (UCFD), para uma
melhor coordenação entre níveis de cuidados e melhoria de todos os processos
de assistência e acompanhamento na diabetes.
O Grupo de Planeamento e Contratualização desenvolveu reuniões parcelares
com as diversas Unidades Funcionais do ACeS, no sentido de fazer a monitorização
das metas contratualizadas. Nestas reuniões para além de se divulgar o ponto de
situação foram feitas algumas recomendações, tais como:
- necessidade de registo sistemático dos atos médicos e de enfermagem;
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
23
- codificação dos atos médicos e dos diagnósticos em cada consulta;
- identificação e regularização de todos os casos em que o PNV não estava a ser
cumprido, sendo que os indicadores relacionados com a vacinação das
crianças dos 2 e 7 anos atingiram valores de imunidade de grupo;
- cumprimento dos Programas de Saúde seguindo as normas da DGS, sobretudo
nos programas de Saúde Infantil, Adolescentes e Jovens, Saúde Materna,
Planeamento Familiar, rastreios do foro oncológico e Idosos; na área da Saúde
Infantil destaca-se o bom resultado do indicador que mede a proporção de
recém-nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância até aos
28 dias de vida.
Destaca-se, neste ACeS, a existência de duas Unidades Coordenadoras Funcionais
(UCF), uma na área de saúde materna e neonatal e outra na área de saúde da
criança e do adolescente.
No âmbito da Promoção da Saúde em Meio Escolar (saúde individual e coletiva,
inclusão escolar, ambiente escolar e estilos de vida) as equipas de saúde escolar
têm desenvolvido o seu papel como interlocutores entre as várias UF e as escolas/
agrupamentos escolares, no sentido da concretização do PNSE e da otimização
dos recursos.
Uma referência especial ao “CAJ/NACJRISCO de Leiria”, pela comemoração do 25º
aniversário, com um percurso de consolidação das respostas e uma progressiva
estruturação, que vem tendo uma intervenção mais abrangente, e inclui diversas
vertentes desde um espaço de atendimento diário a outras complementares
nomeadamente a informação sobre cuidados de saúde, ISTs, sexualidade,
contraceção, e aconselhamento.
Em relação ao Programa de Saúde Oral, continua a ser manifesto o ganho para a
saúde oral, fruto das atividades desenvolvidas neste programa, uma vez que pelo
5º ano consecutivo, as taxas de utilização dos cheques-dentista emitidos têm
aumentado.
Salientamos ainda a responsabilidade dos profissionais dos CSP na promoção do
acesso aos utentes a cuidados específicos de saúde oral designadamente utentes
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
24
com VIH/ SIDA e no âmbito do Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral
(PIPCO).
Em relação à prevenção e diagnóstico precoce do VIH/SIDA destaca-se a
implementação de testes rápidos de diagnóstico nos Centros de Saúde
disponibilizando alternativas facilitadoras e acessíveis contribuindo para um mais
precoce conhecimento do estado serológico dos utentes.
Projeto de intervenção em Rede na Violência Doméstica, após formação em
Coimbra/ ARS Centro, no âmbito do PIR e envolveu todos os concelhos do ACeS.
Em 2013, nos vários concelhos que integram o ACeS PL, à semelhança do ano
anterior, apenas a vertente do atendimento e encaminhamento das situações de
violência para os parceiros da rede decorreu com regularidade. O projeto de
formação de Professores (projeto do ACeS “Promoção não violência”), não se
desenvolveu em 2012 e 2013, por limitação na disponibilidade dos técnicos.
No que respeita ao Projeto Crianças e Jovens em Risco, foi dado apoio aos núcleos,
em termos de consultadoria, de forma a cumprir os objetivos do programa, e a
consolidar a formação dos profissionais.
No âmbito da estratégia nacional para a qualidade em saúde, tendo em vista a
prossecução dos objetivos expressos no Despacho n.o 3635/2013 foi criada a
Comissão de Qualidade e Segurança do ACeS PL em 25 de setembro de 2013. Esta
comissão faz parte integrante do grupo de trabalho multiprofissional, que engloba
a prestação de cuidados numa perspetiva integrada, com metas de segurança e
qualidade, ao nível dos cuidados de saúde primários e diferenciados do Centro
Hospitalar de Leiria e ACeS PL, denominando-se Unidade Funcional de Saúde de
Leiria (UFSL). A articulação entre as duas comissões visa o desenvolvimento de
atividades conjuntas que promovam a melhoria da qualidade.
No âmbito do Programa de Controlo de Infeção, a Comissão do ACeS PL
desenvolveu atividades cujos principais objetivos são a prevenção, deteção e
controlo de situações suscetíveis de causar problemas relaciondados com a
prestação de cuidados médicos. Para tal foram elaboradas orientações técnicas de
procedimentos clínicos, efetuadas auditorias internas com aplicação do
instrumento de avaliação, tratamento de eventos adversos comunicados,
efetuadas ações de formação em serviço e participação ativa no seminário –
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
25
Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, trabalho cujo tema era
“Contaminação do material de enfermagem em contexto domiciliário”. A 20 de
dezembro de 2013 com base no Despacho n.o 15423/2013 de 18 de novembro que
determina a fusão do Programa Nacional de Controlo de Infeção com o Programa
Nacional de Prevenção da Resistência aos Antibióticos, foi nomeado o Grupo de
Coordenação Local do PPCIRA.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
26
3.1. MOVIMENTO ASSISTENCIAL
Da análise do 17, verificamos que durante o ano de 2013 foram efetuadas 741280
consultas no ACeS Pinhal Litoral, a que corresponde um decréscimo de 2,1%
relativamente a 2012.
As consultas per capita efetuadas na área geodemográfica do ACES PL foram em 2012
de 2,9 (o cálculo foi realizado com base na população residente dos censos 2011).
Quadro 17 – Consultas dos anos 2012/ 2013 e variação percentual, ACeS PL
ACeS Pinhal Litoral
CONSULTAS Anual Desvio
2012/2013 Cresc.
2011 2012 2013 (%)
1. AMBULATÓRIO
1.1. S. ADULTOS +18ANOS
19-44 anos 143209 123000 121192 -1808 -1,5
45-64 anos 229169 214576 214223 -353 -0,2
+64 anos 286673 268371 260523 -7848 -2,9
SUBTOTAL S. ADULTOS 659051 605947 595938 -10009 -1,7
1.2. S. INFANTOJUVENIL (0-18 ANOS)
S.INFANTIL (0-23meses) - VIGILÂNCIA 13567 13455 12566 -889 -6,6
S.INFANTIL (2-13anos) - VIGILÂNCIA 11842 11766 11312 -454 -3,9
S.INFANTIL (0-23meses) - DOENÇA 4445 4402 3988 -414 -9,4
S:INFANTIL (2-13anos) - DOENÇA 22229 21213 20712 -501 -2,4
S.JUVENIL (14-18anos) - VIGILÂNCIA 1823 1524 1640 116 7,6
S.JUVENIL (14-18 anos) - DOENÇA 11852 10644 10529 -115 -1,1
SUBTOTAL S. INFANTOJUVENIL 65758 63004 60747 -2257 -3,6
1.3. SAÚDE DA MULHER
S.MATERNA - (inclui Rev. Puerp.) 7611 8111 8040 -71 -0,9
P.FAMILIAR + RASTREIO COLO ÚTERO 29530 26694 26439 -255 -1,0
SUBTOTAL (S. da MULHER) 37141 34805 34479 -326 -0,9
1.4. DOMICÍLIOS 2074 2144 2262 118 5,5
TOTAL DE CONSULTAS MGF incluindo Domicílios
764024 705900 693426 -12474 -1,8
SAP (Marinha Grande; Porto de Mós) 72353 51277 47854 -3423 -6,7
TOTAL GERAL DE CONSULTAS = MGF (incluindo Cons. Aberta) + SAP
836377 757177 741280 -15897 -2,1
CONSULTA ABERTA (A. Sampaio; G. Henriques; P. Mós) (valores incluídos nas Consultas MGF)
28129 26468 37863 11395 43,1
Fonte: SINUS, 2014
As consultas de Dependências/ Consultas de Desabituação desenvolvem-se no Centro
de Diagnóstico Pneumológico, nas USF D. Diniz e Santiago e no CS Pombal. O número de
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
27
consultas de desabituação do álcool tem vindo a diminuir desde 2011 (Quadro 18). No
ano de 2012 foram efetuadas 986 consultas e em 2013 um total de 892. Relativamente
às consultas de desabituação do tabaco, depois de uma diminuição em 2012, assistiu-se
em 2013 a um aumento de doentes assistidos, que atingiu 559 utentes, valor superior
ao de 2011 e 2012.
Quadro 18 – Consultas de alcoologia e tabagismo
Anos 2011 2012 2013
Local da Consulta ÁLCOOL TABACO ÁLCOOL TABACO ÁLCOOL TABACO
CDP 793 321 747 283 718 326
USF D. Diniz 129 130 119
USF Santiago 106 84 96
CS Pombal 110 104 109 99 55 137
TOTAL 1032 531 986 466 892 559
Fonte: SIARS (2014); SINUS (2014)
Ao analisar o quadro 19 observamos que durante o ano de 2013 foram efetuados um
total de 719322 contactos de enfermagem, apresentados por programa de saúde e de
acordo com a informação recolhida no SIARS. Este número representa um crescimento
de 12,5% no total de contactos de enfermagem realizados, tendo-se verificado uma
tendência positiva em todos os programas com exceção do Grupo de risco de diabetes.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
28
Quadro 19 – Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde
Total ACeS Pinhal Litoral
CONTACTOS DE ENFERMAGEM Anual
DESVIO CRESC.
2012 2013 (%)
1. PROGRAMAS DE SAÚDE
S. Adultos +18anos 94639 109079 14440 15,3
S. Infantil 61052 63795 2743 4,5
S. Adolescentes 1225 1365 140 11,4
S. Juvenil 3189 3583 394 12,4
Saúde da mulher
S. Materna 7525 7935 410 5,4
Puerpério 3508 4185 677 19,3
S. Reprodutiva e P. Familiar 47607 49168 1561 3,3
Rastreio cancro do colo útero 26513 30452 3939 14,9
Saúde do idoso 75103 96156 21053 28,0
Saúde da família 15 95 80 533,3
Grupo de risco hipertensão 59119 59636 517 0,9
Grupo de risco diabetes 57077 56465 -612 -1,1
Grupo de risco cardiovascular 10295 12190 1895 18,4
Tratamento Feridas/ Ulceras 138872 162571 23699 17,1
Hipocoagulados 4594 7943 3349 72,9
Programa de narcóticos de substituição 1640 2780 1140 69,5
Ação contra o alcoolismo 767 810 43 5,6
Acompanhamento de doentes c/ tuberculose 347 410 63 18,2
Dependentes 8440 11041 2601 30,8
Ostomizados 441 541 100 22,7
Podologia 4106 4410 304 7,4
2. DOMICÍLIOS 33281 34712 1431 4,3
Total 639355 719322 79967 12,5
Fonte: SIARS, 2014
No Quadro 20 apresentamos os indicadores de avaliação de enfermagem nos anos de
2012 e 2013. Mesmo não fazendo parte da metodologia de contratualização, a avaliação
destes indicadores possibilitam a monitorização e acompanhamento do desempenho
dos profissionais na área de enfermagem, contribuindo para um processo de melhoria
contínua da qualidade.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
29
Quadro 20 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2012/2013
Indicador
Mês 2012 2013
Dezembro Dezembro
Métrica VALOR ACeS VALOR ACeS
2013.005.V1 Proporção de consultas realizadas pelo EF 54,35 61,60
2013.008.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 28,12 31,01
2013.009.V1 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 24,36 26,82
2013.012.V1 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 33,90 42,11
2013.013.V1 Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem
11,90 10,68
2013.015.V1 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 10,93 9,84
2013.018.V1 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 42,10 47,11
2013.019.V1 Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 40,63 40,77
2013.024.V1 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 0,03 0,10
2013.028.V1 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 92,89 95,32
2013.029.V1 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 80,24 84,76
2013.031.V1 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 58,17 69,51
2013.032.V1 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 40,49 47,35
2013.033.V1 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 26,07 32,73
2013.035.V1 Proporção DM com exame pés último ano 51,33 49,49
2013.036.V1 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 0,11 0,28
2013.057.V1 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc. 90,46 91,04
2013.092.V1 Proporção hipocoagulados controlados na unidade 18,48 16,04
2013.098.V1 Proporção utentes >= 25A, c/ vacina tétano 76,04 82,06
2013.099.V1 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 51,89 68,20
Fonte: SIARS, 2014
No Quadro 21 observamos que o número de consultas não médicas realizadas pelos
técnicos de saúde diminuiu de 2012 para 2013, sobretudo nos domínios da psicologia e
nutrição.
Quadro 21 – Consultas não médicas do ACeS PL
2012 2013
LOCAL Higiene Oral Psicologia Nutrição Higiene Oral Psicologia Nutrição
CAD 313 580
CAJ 387 362 416 320
Leiria - Arnaldo Sampaio 2073 1728
Leiria - Gorjão Henriques 594 1102 518 595 723 847
Marinha Grande 238 445 430 674 361
Pombal 1072 654 340 1038 487
TOTAL 832 3319 4037 935 2851 3743
9108 7529
Fonte: ACeS PL, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
30
No quadro 22 apresentamos de uma forma descritiva os dados referentes ao Serviço
Social, contudo não é possível efetuar comparações, uma vez que a forma de colheita
de dados e o período de tempo não é coincidente para todos os serviços.
Em 2012, nos CS Dr. Gorjão Henriques e Dr. Arnaldo Sampaio a colheita de dados foi
efetuada manualmente e só em 2013 começaram a utilizar o Sistema de Informação do
Serviço Social (SISS), plataforma utilizada desde 2012 no CS Pombal.
Quadro 22 – Serviço Social do ACeS PL
2012 2013
LOCAL CS Arnaldo
Sampaio CS Gorjão Henriques
CS Pombal CS Arnaldo
Sampaio CS Gorjão Henriques
CS Pombal
Atendimentos 157 427 389 446 339 313
Visitas domiciliárias 96 30 23 142 28 29
Contactos telefónicos 172 67 28 52 89 40
Articulação com outros serviços
168 99 134 190 275 138
Informações sociais 72 41 33 49 38 48
Outros 228 179 337 102 253 270
TOTAL 893 843 944* 981 1022 838**
(* 23/01/2012 a 3/08/2012 - ** 11/02/2013 a 31/12/2013) Fonte: SISS/ ACeS PL, 2014
Através da análise do quadro 23, verificamos que o número de consultas no CDP
diminuiu em 2012 face ao ano de 2011. Esta tendência inverteu-se em 2013, tendo sido
realizadas 501 consultas. Quanto às provas mantoux diminuiram significativamente de
2012 para 2013, com apenas 12 provas realizadas. As espirometrias e micros já não se
efetuam no CDP.
Quadro 23 – Atividades desenvolvidas no CDP de Leiria
ANO CONSULTAS
TESTES RX
Cutâneos Provas
Mantoux Espirometrias Micros Tórax Incidências
2011 421 0 55 189 55 82 79
2012 383 0 70 0 0 136 15
2013 501 0 12 0 0 232 0
Fonte: CDP de Leiria, 2014
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
31
4. PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO
O Plano de Investimentos e Orçamento Económico não foi apresentado no Plano de
Desempenho de 2013, uma vez que competia às ARS definir e implementar as
estratégias regionais de saúde. Assim sendo, não temos informação para apresentar o
nível de execução do mesmo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Relatório de Atividades é um documento essencial à gestão do ACeS, já que permite
a reflexão sobre o desempenho do período em análise, constituindo um documento de
inegável interesse para a governação, baseada em critérios clínicos e desempenho.
Os sistemas de informação são a base para a recolha de informação com vista à
contratualização e à avaliação do desempenho do ACeS. Apesar do investimento em
sistemas de informação de apoio à prática e decisão clínica e à gestão, as condições de
utilização continuam a ser desfavoráveis à boa prática. As limitações da largura de banda
continuam a ser um constrangimento para a concretização dos objetivos. Torna-se
urgente resolver esse problema técnico e colocar à disposição de todas as UF um sistema
de informação que permita a monitorização, análise estatística, alertas e dispositivos de
apoio á decisão clínica e à participação e envolvimento dos utentes.
A escassez de recursos humanos, em todos os setores profissionais, continua a interferir
no desempenho do ACeS, com reflexos importantes na qualidade dos cuidados postos
à disposição da população, com risco de iniquidade entre cidadãos, com e sem médico
de família, e mesmo entre as várias unidades funcionais do ACeS.
O conjunto de atividades que suportam o extenso número de indicadores reportados
neste documento foram desenvolvidas durante um ano de recessão económica
acentuada, com evidente reflexo nos profissionais e nos utilizadores dos serviços do
ACeS e nas suas famílias. Foi neste contexto que o ACeS Pinhal Litoral cresceu em alguns
indicadores e manteve outros.
A reorganização do ACeS e a implementação de novas UF e as reuniões periódicas com
os profissionais, com a finalidade de divulgar os resultados obtidos e, sobretudo, o
empenho das equipas têm permitido que os resultados obtidos fiquem dentro do
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 ACeS Pinhal Litoral
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esperado, em termos de cumprimento de objetivos e da prestação de cuidados à
população.
Destaca-se que a verdadeira motivação vem da realização, desenvolvimento pessoal,
satisfação no trabalho e reconhecimento. Só com profissionais motivados o ACeS
atingirá os objetivos a que se propõe cada ano.