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REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA INSPECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO RELATÓRIO DE AUDITORIA PEDAGÓGICA EBI DA LAGOA 2005

RELATÓRIO DE AUDITORIA PEDAGÓGICA - AzoresAnual de Actividades da IRE, permite, por parte da equipa inspectiva, uma dinâmica de intervenção pedagógica que articula a avaliação

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REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

INSPECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

RELATÓRIO DE

AUDITORIA PEDAGÓGICA

EBI DA LAGOA

2005

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________________________________________________________________ Inspecção Regional de Educação

ÍNDICE

CAPÍTULO I

Introdução .................................................................................................................... 3

Objectivos ……………………………………………………………………………. 4

Metodologia ………………………………………………………………………….. 6

CAPÍTULO II

1 - Caracterização da escola ………………………………………………………… 9

Identificação …………………………………………………………………… 9

Regime de funcionamento …………………………………………………….. 9

Órgãos de administração e gestão ……………………………………………... 10

2 - População escolar ................................................................................................... 10

Caracterização da população escolar ………………………………………….. 10

Apoios socioeducativos ……………………………………………………….. 14

Enquadramento sociocultural das famílias ……………………………………. 15

3 - Recursos humanos ……………………………………………………………….. 17

Caracterização do pessoal docente …………………………………………….. 17

Distribuição do serviço docente ……………………………………………….. 19

Caracterização do pessoal não docente ………………………………………... 20

Satisfação do pessoal docente, discente, não docente e encarregados de

educação ………………………………………………………………………..

20

4 - Recursos físicos …………………………………………………………………... 25

Espaços ............................................................................................................... 25

Equipamentos ………………………………………………………………….. 26

_________________________________________ Relatório de Auditoria Pedagógica 2005

EBI da Lagoa

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Qualidade e bem-estar das instalações ………………………………………… 26

5 - Recursos financeiros ……………………………………………………………... 27

Distribuição dos recursos financeiros da escola ………………………………. 27

6 - Projecto curricular ………………………………………………………………. 28

Ofertas curriculares ……………………………………………………………. 28

Cumprimento de programas …………………………………………………… 28

Tempo dedicado às aprendizagens …………………………………………….. 29

Apoio educativo ……………………………………………………………….. 30

Formação de professores ………………………………………………………. 30

7 - Contextos educativos ……………………………………………………………. 31

Participação da comunidade na vida da escola ………………………………... 31

Incidentes críticos ……………………………………………………………... 32

Participação da comunidade educativa nas decisões ………………………….. 32

Trabalho cooperativo entre professores ……………………………………….. 34

8 - Resultados dos alunos …………………………………………………………… 35

Qualidade do sucesso ………………………………………………………….. 35

Taxa de abandono real ………………………………………………………… 35

Percurso escolar de uma geração de alunos …………………………………… 38

CAPÍTULO III A. O desempenho da escola ………………………………………………….……… 39

Instrumentos de autonomia da escola …………………………………………. 39

Instrumentos de articulação curricular…………………………………………. 41

Funcionamento dos órgãos de gestão….………………………………………. 42

Observação de documentos……………………………………………………..

B. Recomendações………………………………………………………………

44

46

Apoio educativo……………………………………………………………….. 50

Avaliação dos alunos…………………………………………………………... 50

Anexos ……………………………………………………………………………….. 51

_________________________________________ Relatório de Auditoria Pedagógica 2005

EBI da Lagoa

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

A auditoria pedagógica, sendo uma modalidade de intervenção prevista no Plano

Anual de Actividades da IRE, permite, por parte da equipa inspectiva, uma dinâmica de

intervenção pedagógica que articula a avaliação interna da escola com a avaliação externa.

Esta actividade enquadra-se nas competências estabelecidas na alínea a) do artigo 3.º

do Decreto Regulamentar Regional n.º 21/2002/A, de 26 de Julho, que aprovou a orgânica da

Inspecção Regional de Educação. Incumbe-lhe, assim, “(…) conceber, planear, coordenar e

avaliar a execução de inspecções, auditorias e vistorias aos estabelecimentos e serviços

integrados no sistema educativo (…), recolher informações e elaborar relatórios sobre a

situação dos estabelecimentos e serviços em matéria pedagógica (…) no âmbito das acções

inspectivas efectuadas.” Nesse sentido, esta articulação não tem outro fim senão o de

garantir a convergência de interesses e assegurar o controlo e a dinamização do sistema e das

respectivas instituições.

Por outro lado, a auditoria enquadra-se numa filosofia que, sem esquecer a

conformidade normativa, privilegia não só a compreensão das soluções e das iniciativas das

escolas, como a necessidade de contextualizar certos aspectos, como garantia de um melhor

funcionamento e de melhores resultados no âmbito das respectivas autonomias.

Para além disso, a auditoria é, em si mesma, uma estratégia de diagnóstico e de

resolução de problemas, com capacidade mobilizadora das comunidades educativas.

Assim sendo, contribui para melhorar a qualidade da educação, na medida em que

permite a realização dum processo que é continuamente construído e reflectido.

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Sendo esta auditoria de carácter parcelar, o seu objecto centrou-se na avaliação dos

alunos, nas suas vertentes pedagógica e organizacional, pretendendo desta forma avaliar o

modo como a EBI da Lagoa organizou o respectivo processo.

A escolha desta área prendeu-se com a importância que o processo de avaliação dos

alunos desempenha no contexto do ensino/aprendizagem sem esquecer que a avaliação, como

elemento integrado, integrante e regulador da prática educativa, permite a recolha sistemática

de informações destinadas a apoiar a tomada de decisões adequadas à promoção da qualidade

das aprendizagens.

Na impossibilidade de análise do processo em todas as disciplinas do currículo, foi

seleccionada a disciplina de Língua Portuguesa, por constituir uma área de formação

transdisciplinar.

Tendo esta unidade orgânica passado por algumas fases organizacionais e decorrendo

a reorganização curricular no ensino básico, interessou de forma particular verificar o modo

como a escola em questão discutiu, pôs em execução e tem avaliado este novo modelo de

organização pedagógica.

OBJECTIVOS

A auditoria teve como objectivos:

1. Analisar o modo como a Escola Básica Integrada da Lagoa organiza o

processo de avaliação dos alunos.

Para isso foi necessário verificar se:

• Os documentos consolidadores da autonomia da escola contemplam o domínio

da avaliação dos alunos;

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• Os critérios gerais de avaliação estão definidos a nível de conselho

pedagógico, operacionalizados em conselho de departamento/grupo/disciplina e aplicados em

conselho de turma;

• Os critérios definidos contemplam o domínio dos conhecimentos,

competências, atitudes e valores;

• Os alunos e encarregados de educação são intervenientes no processo de

avaliação, de acordo com as normas previstas na lei;

• São praticadas as diferentes modalidades de avaliação;

• São utilizados meios de avaliação adequados e diversificados;

• São utilizadas diversas modalidades de apoio educativo;

• Os registos de avaliação dos alunos são elaborados com clareza e em

linguagem compreensível para os pais/encarregados de educação;

• A escola reflecte sobre os resultados obtidos pelos alunos;

• Essa reflexão conduz a alterações na organização do processo de

ensino/aprendizagem;

• É garantido a cada aluno, nos diversos ciclos de escolaridade e em cada

disciplina, o desenvolvimento de competências específicas nos domínios da compreensão,

expressão e conhecimento da Língua Portuguesa;

• A gestão curricular é o resultado da convergência de recursos e contextos

educativos;

• É garantida a avaliação no domínio da Língua Portuguesa em todas as

disciplinas;

• A variedade curricular dos programas específicos implementados responde às

necessidades específicas da escola.

2. Fomentar procedimentos indutores da auto-avaliação da escola, através da

avaliação externa, com vista ao controlo da qualidade educativa.

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Relatório de Auditoria Pedagógica 2005 EBI da Lagoa

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METODOLOGIA

A acção compreendeu a revisão e actualização prévias, em termos da legislação, do

material constante dos cadernos I e II.

O caderno I reúne um conjunto de materiais de suporte teórico e organizativo do

projecto de auditoria, com carácter de documento orientador. É um manual de apoio aos

inspectores auditores, bem como aos agentes das próprias escolas, ao mesmo tempo que

funciona como documento de registo da informação recolhida pela escola. Esta recolha

constituiu uma fase de auto-avaliação da escola e serviu de base ao trabalho dos inspectores

auditores.

O caderno II constitui o roteiro do trabalho da equipa inspectiva no terreno e contém a

indicação do tipo de informação a obter.

A auditoria iniciou-se com o envio do ofício n.º 34, de 26 de Janeiro de 2005, pela

IRE, a dar conta da selecção da unidade orgânica para o projecto de auditoria e a informar da

data e hora da 1.ª reunião, a realizar com as diversas estruturas da escola.

A reunião de apresentação da auditoria à comunidade educativa realizou-se no dia 14

de Fevereiro de 2005 e foi conduzida pela inspectora Maria Amélia Campos, coordenadora

da acção, e pelos inspectores Maria Filomena Medeiros, Nuno António Gomes e Paulo Jorge

Pereira.

O trabalho de campo teve o seu início aos 7 dias do mês de Março de 2005, com a

apresentação da escola, onde intervieram os vários membros do Conselho Executivo, e com o

trabalho de recolha e validação de dados por parte da equipa inspectiva, tendo-se prolongado

até ao dia 11 do mesmo mês.

A sua realização foi da responsabilidade da equipa de inspectores acima referida.

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No âmbito do trabalho de campo procedeu-se:

1. À selecção da amostra:

• Seleccionaram-se, de forma aleatória, produções diárias de crianças e alunos

da educação pré-escolar e de algumas turmas de todos os ciclos de ensino

que a escola serve.

2. À análise de documentos:

• Projecto Educativo da Escola (P.E.E.);

• Plano Anual de Actividades (P.A.A.);

• Regulamento Interno (R.I.);

• Projecto Curricular de Escola (PCE);

• Actas da Assembleia de Escola;

• Actas do Conselho Executivo;

• Actas do Conselho Pedagógico;

• Actas do Conselho de Departamento de Línguas;

• Actas do Conselho de Grupo/Disciplina de Língua Portuguesa;

• Actas de Conselhos de Turma;

• Actas dos Conselhos de Núcleo;

• Projectos Curriculares de Turma;

• Pautas do 1.º período de duas turmas por ano de escolaridade;

• Produções das crianças da educação pré-escolar;

• Cadernos de registo diário das actividades dos alunos do 1.º ciclo;

• Cadernos de registo diário de actividades dos alunos, relativos à disciplina

de Língua Portuguesa, do 2.º ciclo;

• Dossiês de Directores de Turma;

• Dossiê de grupo e departamento de Língua Portuguesa;

• Livros de registo de sumários;

• Dossiê de arquivo de documentos relativos à avaliação.

(As actas solicitadas foram as posteriores a Maio de 2004)

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Relatório de Auditoria Pedagógica 2005 EBI da Lagoa

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3. Entrevistas a elementos da escola:

• Presidente e vice-presidentes do Conselho Executivo;

• Presidente do Conselho Pedagógico;

• Presidente da Assembleia de Escola;

• Presidente da Associação de Pais;

• Coordenador de Directores de Turma;

• Directores de Turma;

• Coordenadores de Núcleo

• Delegados/Representantes da disciplina de Língua Portuguesa do 2.º ciclo.

Concluído o trabalho de campo, a equipa elaborou o pré-relatório enviado à escola

pelo senhor Inspector Regional de Educação, através do ofício n.º 223, de 29 de Abril de

2005, a fim da unidade orgânica auditada poder fazer o contraditório. Foram disponibilizados

para o efeito, aproximadamente, 30 dias.

No pré-relatório apresentou-se uma primeira síntese da observação e das recolhas

efectuadas, representando o contraditório uma possibilidade de confronto das conclusões

apresentadas pela equipa inspectiva com as dos responsáveis pela escola.

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CAPÍTULO II

1 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Identificação: EBI da Lagoa

A Escola Básica Integrada da Lagoa fica situada no Rosário, Lagoa, na Rua Eng.º

Jaime Sousa Lima, 9560-119 - Lagoa, com o telefone n.º 296912800, fax n.º 296965160 e

correio electrónico [email protected].

A EBI da Lagoa é constituída por 10 edifícios localizados em espaços físicos

diferentes e dispersos, servindo uma população escolar oriunda de meios tipicamente rurais.

Regime de funcionamento

As escolas de 1.º ciclo com jardim-de-infância funcionam em regime normal e duplo,

compreendendo o tempo de abertura semanal, não só o atendimento das necessidades dos

alunos, mas, igualmente, os transportes e/ou as actividades promovidas.

O quadro seguinte apresenta, em síntese, essa distribuição:

EB1/JI Regime de

Funcion.

Horário de

Funcionamento

Tempo Real

Abertura Semanal

Francisco Machado de Faria e Maia Duplo 8:00/13:00 - 13:15/18:15 50:30 h

Atalhada Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Prof. Octávio Gomes Filipe Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Lagoa Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Marquês Jácome Correia Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Tavares Canário Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Dr. José Pereira Botelho Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Manuel de Medeiros Guerreiro Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Remédios Normal 8:30/16:15 50:30 h

EB 2 Padre João José do Amaral Normal 9:00/12:00 - 13:00/15:00 40 h

Quadro 1 _________________________________________

Relatório de Auditoria Pedagógica 2005 EBI da Lagoa

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Órgãos de administração e gestão

Os órgãos de administração e gestão da escola encontram-se devidamente

estruturados e desempenham as suas competências de acordo com o definido no Decreto-Lei

n.º 115-A/98, de 4 de Maio, alterado pela Lei n.º 24/99, de 22 de Abril e aplicado à Região

pelo Decreto Legislativo Regional n.º 18/99/A, de 21 de Maio, então em vigor.

2 - POPULAÇÃO ESCOLAR

A população escolar da EBI da Lagoa é constituída por um total de 1554

crianças/alunos.

Caracterização da população escolar

Distribuição da população escolar

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Ed. Pré-Escolar 1.º Ciclo 2.º Ciclo

Gráfico 1

Da leitura do gráfico 1 verifica-se existir um número elevado de alunos que

frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, quando comparado com a educação pré-escolar e 2.º

ciclo do ensino básico, num total de 773, 268 e 513 alunos, respectivamente.

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Educação pré-escolar

Crianças inscritas e admitidas

Idades Total de crianças

inscritas

Total de crianças

inscritas pela 1.ª vez

Total de

crianças

admitidas

Total de crianças

admitidas pela 1.ª

vez

3 anos 11 11 11 11

4 anos 86 78 86 78

5 ou + anos 171 90 171 90

Total 268 179 268 179 Quadro 2

A educação pré-escolar, sendo a primeira etapa da educação básica, pretende

contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso das

aprendizagens. Assim, é determinante que todas as crianças em idade pré-escolar tenham a

possibilidade de realizar actividades e experiências no seio do jardim-de-infância, com vista

a proporcionar-lhes oportunidades de aprendizagem idênticas ao iniciarem a escolaridade

básica.

Da leitura do quadro, constata-se que o total das crianças inscritas pela 1.ª vez

corresponde ao total das crianças admitidas. Pode concluir-se que a EBI da Lagoa tem criado

condições para o atendimento de todas as crianças.

Distribuição de crianças por grupo

Total de

grupos <= 9 10 a 14 15 a 19 >= 20

N.º de crianças

por grupo

N.º de grupo 16 1 13 2 Min. 13

Max. 20 Quadro 3

Da leitura do quadro, constata-se que, na distribuição das crianças por grupo,

predomina o valor que oscila entre 15 e 19, verificando-se que o n.º mínimo por grupo é de

13 e o máximo é de 20 crianças. Só 2 turmas têm um número total de alunos próximo do

legalmente estabelecido.

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Outros ciclos

A EBI em referência apenas contempla alunos desde a educação pré-escolar até ao 2.º

ciclo do ensino básico.

O gráfico 2 permite-nos uma leitura mais cuidada da dimensão e distribuição das

turmas:

Dimensão e constituição das turmas

6

22

13

3

9

1

45

1.º Ciclo 5.º Ano 6.º Ano

< 15 alunos

15 a 20 aluno

21 a 25 alunos

26 a 34 alunos

Gráfico 2

Das 41 turmas existentes no 1.º ciclo, verificamos que o número de alunos por turma

oscila entre menos de 15 e 21 a 25, predominando os 15 a 20 alunos por turma.

A existência de 6 turmas com um número de alunos inferior a 15, devidamente

autorizadas, é justificada com a diminuição da população escolar.

As 22 turmas do 2.º ciclo do ensino básico são constituídas por um número de alunos

que oscila entre as qualificações de menos de 15 e de 26 a 34, predominando a qualificação

21 a 25 alunos por turma. Uma das turmas do 6.º ano tem um número de alunos inferior a 15.

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Relatório de Auditoria Pedagógica 2005 EBI da Lagoa

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Número mínimo e máximo de alunos por turma

28

Gráfico 3

Da leitu

ensino básico v

O núme

ciclos, respectiv

Devem

a leitura do núm

1.º Ciclo

9

26

Mínimo

Máximo

ra do gráfico verificamos que o nú

aria entre os 9, no 1.º ciclo e os 11 alu

ro máximo de alunos, por sua vez, va

amente.

conjugar-se os dados fornecidos por

ero mínimo e máximo de alunos reti

__

13

2.º Ciclo

11

Mínimo

Máximo

mero mínimo de alunos por turma no

nos, no 2.º ciclo.

ria entre os 26 e os 28 alunos no 1.º e 2.º

este gráfico com os do seguinte, que faz

dos por turma.

_______________________________________ Relatório de Auditoria Pedagógica 2005

EBI da Lagoa

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Número mínimo e máximo de alunos retidos por turma

1

10

1

10

Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Mínimo

Máximo

Mínimo

Máximo

1.º Ciclo 2.º Ciclo

Gráfico 4

Da leitura do gráfico regista-se o elevado número de alunos com retenções que

integram algumas turmas, tanto do 1.º como do 2.º ciclo.

Apoios socioeducativos

De acordo com a informação da escola, 823 alunos beneficiam de auxílios

económicos directos (AED).

A EBI da Lagoa serve 1406 refeições por semana, sendo 979 subsidiadas.

O número de alunos com transporte subsidiado em carreira pública é de 233 e o dos

que beneficiam do circuito especial é de 16.

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Enquadramento sociocultural das famílias

Nível de escolaridade dos pais

Não concluiu o 1.º ciclo, mas sabe ler e escrever

11%

Não sabe ler nem escrever 4%

Ensino secundário4%

9.º ano de escolaridade8%

Ensino Superior2%

4.º ano de escolaridade45%

6.º ano de escolaridade25%

Ensino médio1%

Gráfico 5 Do total de 2619 pais inquiridos, regista-se que 1172 possuem o 4.º ano de

escolaridade e 645 o 6.º ano, havendo 216 que completaram o 9.º ano de escolaridade.

Apenas 108 concluíram o ensino secundário e 88 o ensino médio (28)/superior (60).

É de salientar que, no universo dos inquiridos, existem 114 que não sabem ler nem

escrever e 276 que, apesar de saberem ler e escrever, não concluíram o 1.º ciclo.

O quadro seguinte mostra, no universo dos inquiridos, a diferença de habilitações

existente entre pais e mães.

Caracterização socioprofissional dos pais

Habilitações académicas N.º Inq. Pais % N.º Inq. Mães %

Não sabe ler nem escrever 62 4,9 52 3,9

Não concluiu o 1º ciclo, mas sabe ler e escrever 157 12,3 119 8,9

4º ano de escolaridade 597 46,8 575 42,8

6º ano de escolaridade 291 22,8 354 26,4

9º ano de escolaridade 101 7,9 115 8,6

Ensino secundário 41 3,2 67 5,0

Ensino médio 6 0,5 22 1,6

Ensino Superior 21 1,6 39 2,9

TOTAL 1276 48,7 1343 51,3

Quadro 4 _________________________________________

Relatório de Auditoria Pedagógica 2005 EBI da Lagoa

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total de inquiridos, verifica-se que o nível de habilitações académicas das mães é

tende

Enquadramento socioprofissional familiar

No âmbito do nível profissional das famílias foram consideradas variáveis que se

rende

O gráfico abaixo apresenta, em termos de percentagens, as diferenças verificadas

Do

ncialmente superior ao dos pais.

p m com as actividades desenvolvidas nos sectores primário, secundário e terciário.

entre os pais e as mães, respondentes.

% Pais 5,9 4,1 4,2 24,9 26,8 14,5 1,6 0,9 0,4 0,0 0,3 3,1 2,4 11,0

% Mães 0,1 2,3 4,6 14,0 0,0 0,1 17,1 2,3 6,1 47,5 0,3 1,8 0,4 3,3

A B C D E F G H I J L M N O

Gráfico 6 (cfr. eixo nos anexos)

Assim, em termos profissionais, como se verifica no gráfico 6, a amostra recolhida

junto dos pais apresenta uma dispersão pelas actividades profissionais consideradas, com

maior incidência em algumas. Assim, nos pais, predomina o emprego na construção civil, no

comércio e serviços, no trabalho agrícola ou pesca e na agricultura e pesca independente. No

que concerne às mães, a actividade profissional situa-se predominantemente no trabalho

doméstico.

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EBI da Lagoa

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3 - RECURSOS HUMANOS

Caracterização do pessoal docente

Na EBI da Lagoa existem 149 docentes.

O gráfico 7 apresenta a distribuição dos docentes da escola pelas respectivas

categorias profissionais:

73%

6%

21%

Q.N.D Q.Z.P Contratados

Gráfico 7

Os docentes em serviço efectivo na EBI da Lagoa são significativamente do quadro

de nomeação definitiva, registando-se, porém, a existência de 31 docentes contratados.

Qualificação profissional dos docentes

99,3%

0,6%

Profissionalizados S/habilitação

Gráfico 8

Dos 149 docentes da escola em questão, 148 são profissionalizados e apenas 1 não

tem habilitação, conforme se pode constatar no gráfico 8.

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Experiência e antiguidade profissional

0 a 1 ano5 a 10 anos

> = 20 anos

14

30

23

53

29

Exp. Prof.

Gráfico 9

Relativamente à experiência profissional, constata-se que a maioria dos docentes

tem entre 10 a 20 anos de serviço, verificando-se, contudo, existir uma dispersão, de certo

modo equilibrada, pelas restantes variáveis consideradas.

No que concerne à antiguidade dos docentes, na escola verifica-se que a maioria tem

um desempenho da sua actividade docente entre 0 a 1 e 5 anos, embora seja também

significativo o número de docentes que trabalha de há 5 a 10 e de há 10 a 20 anos.

Relativamente à distribuição do serviço docente, foram distribuídos 143 semanários –

horários, todos completos.

O rácio semanário-horário/aluno é de 0,09.

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Distribuição do serviço docente

Qualificação profissional dos responsáveis de gestão intermédia

N.º de docentes profissionalizados

9 8

0 1

29

0

A B C D E F

Gráfico 10 (cfr. eixo nos anexos)

Relativamente à qualificação profissional dos responsáveis pela gestão intermédia,

verifica-se que é uma escola com docentes todos profissionalizados, o que poderá constituir,

deste modo, um importante factor de qualidade no cumprimento das funções dos diversos

órgãos.

Importa referir que existem 17 professores/educadores a prestar serviço em outras

escolas e 1 na Secretaria Regional da Educação e Ciência.

Serviços especializados de apoio educativo

Os serviços especializados de apoio educativo têm a distribuição que abaixo se

apresenta em quadro: Técnico

superior

Técnico Docentes

especializados

Docentes

não especializados

Outros

Serv. Psicol. e Orientação 2 - - - -

Núcleo Educ. Especial 2 - 8 - -

Equipa Multidisciplinar 4 1 - 4 1 a)

Outros serviços - - - - -

Quadro 5 a) Representante dos pais

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Caracterização do pessoal não docente

Pessoal não docente e categoria profissional

2 0

95

49

15

Téc. Sup. Téc. Prof. Adminis. Operário Auxiliares Assistente

Do Quadro Contratados

Gráfico 11

Da análise do gráfico, conclui-se que uma maioria significativa dos 71 indivíduos que

constituem o pessoal não docente pertence ao quadro da escola.

A maioria do pessoal não docente é constituída, naturalmente, pelo pessoal auxiliar.

O rácio funcionários/alunos é de 0,05.

Satisfação do pessoal docente, discente, não docente e encarregados de

educação

Como complemento da informação relativa aos dados quantitativos dos recursos

humanos da escola, interessou também analisar dados de carácter qualitativo, nomeadamente

dados relativos ao grau de satisfação/insatisfação sentida pelas pessoas que trabalham na

escola.

Entende-se este aspecto como essencial nesta análise, não só porque a satisfação

constitui uma condição indispensável para a realização de um trabalho de qualidade na

escola, mas também porque, resultando o grau satisfação/insatisfação de um conjunto de

circunstâncias que afectam directa ou indirectamente o clima da escola, ele afectará também

o trabalho individual dos diversos intervenientes no processo educativo.

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________________________________________________________________ Inspecção Regional de Educação

Nível de satisfação dos professores

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Nível 3Nível 2Nível 1

Gráfico 12 – (cfr. legenda nos anexos)

Para se aferir o nível de satisfação dos docentes responderam a um inquérito

efectuado pela escola cerca de 45 professores. Observando os resultados apresentados no

gráfico, verifica-se que, de um modo geral, os docentes inquiridos assinalaram

maioritariamente com o nível 3 as afirmações que lhes foram apresentadas, concluindo-se,

assim, existir um elevado nível de satisfação por parte do pessoal docente.

O nível mais baixo de satisfação dos professores relaciona-se com as questões

números 5 e 7, a primeira relativa ao reconhecimento, por parte dos colegas, do desempenho

profissional do docente e a segunda referente à clareza e justiça das regras de funcionamento

da escola.

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-50

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1 2 3

Gráfico 13 – (cfr. legenda nos anexos)

Para se aferir o nível

elaborados pela escola, aos quai

A observação do gráf

inquiridos pelos três níveis poss

atribua nível 3, o que poderá sig

sua escola. Saliente-se, por um l

atribuídos e, por outro, os ite

atribuídos. Curiosamente, dos

alunos, de um modo geral, co

atribuíram-lhe o nível 2, enquan

Nível de satisfação dos alunos

4 5 6 7 8 9

Nível 3 Nível 2Nível 1

de satisfação dos alunos foram distribuídos inquéritos

s responderam, em média, 436 alunos.

ico permite verificar alguma dispersão de respostas dos

íveis, embora a maioria dos alunos, face aos diferentes itens,

nificar globalmente que os alunos têm uma visão positiva da

ado, os itens 2 e 6, que obtiveram o maior número de níveis 1

ns 7, 8 e 9, que obtiveram o maior número de níveis 2

433 alunos que foram confrontados com o item 5 – «Os

laboram para melhorar o tempo passado na escola» – 94

to 73 afirmaram não ter opinião a esse propósito.

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Nível de satisfação do pessoal não docente

0

5

10

15

20

25

30

1 2 3 4 5 6 7 8

Nível 3Nível 2Nível 1

Gráfico 14 – (cfr. legenda nos anexos)

Para se aferir o nível de satisfação do pessoal não docente foram distribuídos a esse

pessoal inquéritos elaborados pela escola, aos quais responderam, em média, 29 funcionários.

Os inquiridos assinalaram maioritariamente com nível 3 as afirmações que lhes foram

apresentadas, o que é indicativo, de um modo geral, do seu grau de satisfação relativamente à

escola em que exercem funções.

Assinale-se o facto de, relativamente ao item 6, 12 inquiridos terem atribuído nível 2,

o que permite concluir da existência de alguma insatisfação do pessoal não docente

relativamente ao respeito que os alunos demonstram pelo seu trabalho. Registe-se também o

facto de terem sido os itens 3 e 5 aqueles que mereceram maior concordância por parte dos

inquiridos, sublinhando-se, por um lado, a existência de inter-ajuda ao nível dos colegas de

trabalho e, por outro, a sua participação na organização do trabalho.

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Nível de satisfação dos encarregados de educação

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Nível 3Nível 2Nível 1

Gráfico 15 – (cfr. legenda nos anexos)

Para se aferir o nível de satisfação dos pais e encarregados de educação foram

realizados inquéritos, aos quais responderam, em média, 384 pais e encarregados de

educação.

Da leitura do gráfico, sobressai a predominância da atribuição, pelos inquiridos, do

nível 3 nos diferentes itens o que, de algum modo, parece evidenciar um nível positivo de

satisfação dos mesmos em relação à escola.

É de destacar o facto de o número mais elevado de níveis 3 atribuídos referir-se ao

item 5, considerando 363 pais e encarregados de educação que os seus educandos aprendem

na escola. Registe-se ainda o facto de 109 dos 380 inquiridos terem assinalado com nível 2 o

item 3, não concordando com a afirmação contida naquele item de que «os professores são

exigentes».

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Relativamente ao item 4, os inquiridos demonstraram alguma insatisfação no que se

refere aos serviços de apoio da escola (cantina e bar) e ao pessoal não docente, tendo 81 deles

atribuído neste item o nível 2 e 91 inquiridos o nível 1.

4 - RECURSOS FÍSICOS

Espaços

A Escola ocupa 10 edifícios, localizados em diferentes locais e freguesias do

concelho da Lagoa.

Possui 58 salas normais, consideradas, maioritariamente, pela escola como estando

em bom estado de conservação e com razoável estado de adequação e apetrechamento.

Possui ainda 32 salas específicas, 15 delas destinadas à educação pré-escolar, 14 a

laboratórios e às disciplinas de EVT e ET e ainda 3 salas adaptadas ao Programa Cidadania,

ao Projecto Crescer Cidadão e a Sala de Estudo; a maioria destas salas encontra-se, de acordo

com a escola, em bom estado de conservação e com um razoável estado de adequação e

apetrechamento.

Os 10 edifícios que compõem a EBI da Lagoa possuem balneários e pátios de recreio

para os alunos; existem ainda 4 gimnodesportivos com bom grau/intensidade de utilização, 2

bibliotecas, 2 cantinas, 2 reprografias, 2 salas de professores, 2 salas de Directores de Turma,

1 Gabinete de Psicologia e Orientação, 1 sala de pessoal não docente e 1 centro de recursos.

É de salientar que não existe em nenhum dos diversos edifícios uma sala para os alunos.

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Equipamentos

Equipamento tecnológico existente na Escola

69

5

2

0

0

1

2

1

0

0

0

0

0

0

computadores

retroprojectores

calculadoras científicas

viewscreen

câmaras de vídeo

máquinas fotográficas

projectores multimédia

outros Operacionais

Inoperantes

Gráfico 16

A EBI da Lagoa dispõe de algum equipamento tecnológico, do qual se destaca o

número de computadores existentes nos diferentes edifícios da mesma; deve destacar-se

ainda, por um lado, a quase ausência de equipamento inoperante e, por outro, o facto de, para

além de computadores, não existir grande variedade de equipamentos e recursos

tecnológicos.

Qualidade e bem-estar das instalações No âmbito da auditoria era também importante saber até que ponto alunos,

professores e pessoal não docente se sentem bem no espaço escolar, devendo, para esse

efeito ter sido realizados inquéritos àqueles membros da comunidade educativa, por forma a

avaliar o nível da qualidade e de bem-estar das instalações da escola. A escola, no entanto,

por sua opção, não efectuou aqueles inquéritos, conforme previa o Caderno I.

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ráfico 17

gerada qualquer receita, para além da proveniente das

ansferências para o Fundo Escolar.

5 - RECURSOS FINANCEIROS

Distribuição dos recursos financeiros da escola

708.093,39 €

15.461,65 €

0,00 €

1.022,95 € 0,00 €44.166,65 €

74.723,75 €99.720,00 €

4.185.024,79 €

3.794,00 €

Act ivida. Curriculares Act . Ext racurriculares Material Didáct ico Bens Duradouros

Bens Não Duradouros Aquisição de Serviço Despesas de Capital Auxilios Econ. Directos

Venc. P es. Docente Venc. P . não Docente

G De acordo com os dados fornecidos pela Escola, é visível no gráfico que a despesa

maior é feita com o pessoal docente, seguindo-se a despesa com o pessoal não docente. É de

salientar ainda que na Escola não é

tr

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- PROJECTO CURRICULAR

Ofertas curriculares

nível do ensino básico, os

rogramas Cidadania (16 alunos) e Oportunidade (103 alunos).

Cumprimento de programas

Cumprimento dos programas de Língua Portuguesa

6

No âmbito das ofertas curriculares a escola oferece, ao

P

3

9

11 10

0

2

4

6

8

10

12

5.º Ano 6.º Ano

Nº de turmas por ano

Total de turmas

Programas não cumpridos integralmente

Gráfico 1

scolaridade, não tendo sido

apresentada pela escola nenhuma justificação para esta situação.

8

O gráfico permite observar, considerando os dados fornecidos pela escola, que o

programa da disciplina de Língua Portuguesa, ao nível do 2.º ciclo, não foi cumprido

integralmente em 3 turmas do 5.º ano e em 9 do 6.º ano de e

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dedicado às aprendizagens

Tempo

175 175

147

173

5.º Ano 6.º Ano

Aulas previstas

Aulas dadas

Gráfico 1

enor diferença entre o número de

ero de aulas dadas.

9 A observação do gráfico permite concluir que, tomando como referência o ano lectivo

de 2003/2004, foi no 5.º ano de escolaridade que existiu m

aulas previstas e o núm

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Apoio educativo

Distribuição dos apoios educativos por anos e n.º de alunos recuperados

45

100

64

31

6 4 59

35

82

47

28

01.

20

40

60

80

100

120

º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano 5.º ano 6.º ano Cidada. Oportun.

N.º de alunos apoiados

N.º de alunos recuperados

Gráfico 2

bora

desses alunos, bem

como dos dos Programas Cidadania e Oportunidade.

0 Observando o número de alunos apoiados e recuperados, através de apoio

pedagógico, nos vários anos de escolaridade, verifica-se no gráfico que, por um lado, foi nos

2.º e 3.º anos de escolaridade que houve maior número de alunos apoiados e recuperados,

em a taxa de sucesso seja superior nos alunos do 4.º ano.

Por outro lado, os alunos do 2.º ciclo foram aqueles que menos beneficiaram de apoio

educativo, não tendo a Escola fornecido dados relativos à recuperação

Formação de professores Foram realizadas as seguintes acções de formação, exclusivamente orientadas para

docentes: Saber mais sobre o processamento de texto como recurso didáctico - VI,

frequentada por 19 docentes, tendo tido a duração de 30 horas; Jogos Pedagógicos: a gestão

do Lúdico na sala, frequentada por 30 docentes, tendo tido a duração de 25 horas;

Actividades de exploração na natureza, frequentada por 28 docentes, com a duração de 30

horas; Educação Ambiental, frequentada por 18 docentes, tendo tido a duração de 30 horas;

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o de 30 horas;

Atelier de Estanho, frequentada por 27 docentes, com a duração de 25 horas.

e acordo com a informação fornecida pela escola, formação para o

essoal não docente.

7 - CONTEXTOS EDUCATIVOS

articipação da comunidade na vida da escola

ciclo e 30 do 2.º ciclo. Estes números correspondem a 2,95% do total dos

alunos matriculados.

lvidos em três projectos, 5 professores: clube “Artefactos” 2; clube de

Música 2; “Inserir” 1.

ode concluir da participação dos pais e dos

encarregados de educação nas actividades da Escola.

Prevenção Primária da Toxicodependência no meio escolar, frequentada por 17 docentes,

com a duração de 30 horas; Aprendizagens por tarefas e a promoção do aluno falante

plurilingue e pluricultural, frequentada por 7 docentes, tendo tido a duraçã

Não existiu, d

p

P

Participação dos alunos em actividades opcionais

No ano lectivo em questão, 38 alunos participaram em actividades opcionais: nenhum do

pré-escolar, 8 do 1.º

Número de professores envolvidos em projectos do PAA

Estiveram envo

Pais e encarregados de educação participantes em actividades da escola Pela informação prestada pela escola, não se p

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os por analisá-la. Assim, foram inquiridos

docentes, alunos, pessoal não docente e pais.

cionam-nos uma visão da forma como os respondentes

distribuíram as suas respostas.

Participação do pessoal docente na decisão

Incidentes críticos Não foram registados incidentes críticos de maior.

De 25 participações por indisciplina, resultou a aplicação de 1 sanção disciplinar.

Participação da comunidade educativa nas decisões O processo de decisão é um processo que se reveste de determinada complexidade, pois,

enquanto acto de gestão, compreende três fases: a apresentação de propostas, a discussão que

lhe decorre e, por fim, a decisão propriamente dita. Por considerarmos que esta envolve um nível

de participação diferente dos vários intervenientes, como a tomada de posições, análises, reflexões, reformulações, debates, entre outras, optám

Os gráficos seguintes propor

05

1015202530354045

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T

Nível 3

Nível 2

Nível 1

respeito

a decisões do Conselho Execu , Q e T.

a decisão A escola não fornece

Gráfico 21 – (cfr. legenda nos anexos)

Responderam ao inquérito 44 (29,5%) dos 149 docentes da escola. Verificamos que os

níveis mais valorizados se situam entre o 3 e o 2, com excepção daquelas áreas que dizem

tivo e da Assembleia de Escola, letras P

Participação dos alunos n

u elementos sobre este item.

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Participação do pessoal não docente na decisão

02468

101214161820

A B C D E F G

Nível 3

Nível 2

Nível 1

1 em D e E. Assim, a participação do pessoal não docente nestas

matérias é muito red

Participação dos pais e encarregados de educação na decisão

Gráfico 22 – (cfr. legenda nos anexos)

Em geral, responderam aos 7 itens 26% do total de 66 funcionários. De uma forma

evidente, sobressai o nível

uzida.

0

50

100

150

200

250

300

350

A B C D E F G H I J

Nível 3

Nível 2

Nível 1

(E) e nas relativas ao aproveitamento escolar do seu educando (G). Nas outras decisões, a soma

Gráfico 23 – (cfr. legenda nos anexos) Em média, responderam aos dez itens 381 pais/encarregados de educação. A participação

na tomada de decisão é evidente nas questões disciplinares e de comportamento do seu educando

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das respostas em bastante - nível 2 - e nunca - nível 1- corresponde, em média, ao número das

respostas em sempre.

Trabalho cooperativo entre professores A cooperação entre docentes foi analisada, considerando-se duas dimensões: os aspectos

gerais e os aspectos pedagógicos. Os aspectos gerais referem-se à carreira docente/profissional e

os pedagógicos à prática lectiva. Em média, responderam aos vinte itens 45 professores, 30,2% do

universo de 149.

0

5

10

15

20

25

30

A B C D E F G H I

Nível 3

Nível 2

Nível 1

Gráfico 24 – (cfr. legenda nos anexos)

Cooperação entre professores – aspectos gerais

A cooperação entre professores parece dar-se bastantes vezes, à excepção do item H,

preparação de reuniões com entidades exteriores à escola.

0

5

10

15

20

25

30

35

A B C D E F G H I J L

Nível 3

Nível 2

Nível 1

Gráfico 25 – (cfr. legenda nos anexos)

Cooperação entre professores – aspectos pedagógicos

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Aqui a cooperação entre os docentes é evidente. Todavia, há a destacar o item A,

colaboração com professores de outros ciclos de escolaridade, em que só sete afirmam colaborar

sempre, enquanto doze só às vezes e vinte e seis garantem nunca colaborar com professores de

outros ciclos. Conclui-se, assim, que a articulação vertical é reduzidíssima.

Releva-se, ainda, o facto de a cooperação entre os docentes ser mais significativa no que

respeita à discussão do aproveitamento dos alunos (B), discussão de questões disciplinares e de

comportamentos dos alunos (C), definição de objectivos pedagógicos para a turma (H) e

planificação de várias unidades orgânicas (I).

8 -RESULTADOS DOS ALUNOS

Qualidade do sucesso Taxa de abandono real

1.º ciclo

O aproveitamento dos alunos do 1.º ciclo, nos últimos três anos de escolaridade, está

presente no quadro seguinte:

ANOS DE

ESCOLARIDADE ALUNOS

TRANSITADOS ALUNOS RETIDOS

ABANDONO REAL

2.º 181 79 3.º 172 45 4.º 171 21

TOTAIS 524 145 Quadro 6 A taxa de abandono do ensino regular neste ciclo foi de 9,09%, correspondendo a 9

alunos, os quais estão integrados no Programa Oportunidade.

2.º ciclo

1. A taxa de abandono escolar apresenta-se no quadro seguinte: Nível de ensino N.º de matrículas N.º de abandonos Percentagem

2.º ciclo 475 8 1,68 Quadro 7

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2. No gráfico que se segue está patente a relação entre os alunos transitados e, de

entre estes, os que transitaram com aprovação a todas as disciplinas. A percentagem do

número de alunos transitados foi encontrada face ao universo dos alunos matriculados no início do

ano, pelo que os abandonos também foram contabilizados.

78,682,1

55,356

5.º Ano 6.º Ano

Transitados

Transitadosem todas asDisciplinas

Gráfico 26 Assim,

Anos de escolaridade

Alunos matriculados

Alunos transitados a) Alunos transitados a todas as disciplinas b)

5.º ano 258 202 (78,6%) 142 (55,3%) 6.º ano 217 179 (82,1%) 122 (56%)

Quadro 8 a) Número e percentagem sobre o total dos alunos matriculados; b) Número e percentagem sobre o total dos alunos transitados.

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3. O gráfico seguinte apresenta a percentagem dos alunos transitados sem

aproveitamento a uma disciplina e transitados sem aproveitamento a duas disciplinas. A

percentagem foi encontrada face ao universo dos alunos transitados.

1312,1

7,8

14

5.º Ano 6.º Ano

Transitados semaproveitamento 1Discipl.

Transitados semaproveitamento 2 ou+ Discipl.

Gráfico 27

Assim,

Anos de escolaridade

Alunos transitados Alunos transitados sem aproveitamento a uma disciplina

Alunos transitados sem aproveitamento a duas disciplinas

5.º ano 258 31 (12,1%) 36 (14%) 6.º ano 217 29 (13%) 17 (7,8%)

Quadro 9

4. No gráfico que se segue, mostra-se a percentagem dos alunos transitados, primeiro

sem aproveitamento a Língua Portuguesa, segundo sem aproveitamento a Matemática e

terceiro sem aproveitamento a Língua Portuguesa e Matemática.

6,2

4,6

5,4

2,3

1,6

0,5

5.º Ano 6.º Ano

Transitados semAproveitamentoPort.

Transitados semAproveitamento Mat.

Transitados semAproveitamento Port+ Mat.

Gráfico 28

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Assim,

Anos de escolaridade

Alunos transitados

Alunos transitados semaproveitamento a Língua Portuguesa

Alunos transitados sem aproveitamento a Matemática

Alunos sem aproveitamento a Língua Portuguesae Matemática

5.º ano 258 16 (6,2%) 14 (5,4%) 4 (1,6%) 6.º ano 217 10 (4,6%) 5 (2,3%) 1 (0,5%)

Quadro 10

Percurso escolar de uma geração de alunos No âmbito do sucesso escolar, interessou-nos particularmente ver o percurso de uma

geração de alunos, ou seja, aqueles que durante seis anos fizeram a sua escolaridade, tendo como

ano lectivo de referência o de 1998/99 com o número de 164 alunos matriculados no 2.º ano.

2.º ano 3.º ano 4.º ano 5.º ano 6.º ano 7.º ano Tranfer. Saída 98/99 164 99/00 51 96 17 00/01 9 82 5 01/02 12 69 1 02/03 7 61 1 03/04 6 55

Quadro 11

Assim, verifica-se que dos 164 alunos matriculados no 2.º ano em 1998/1999 somente 55

estavam em condições de ingressar no 3.º ciclo em 2003/04. A diferença entre o número de alunos

que entram na escola para o 2.º ano e aqueles que transitam para o 7.º ano num percurso regular é

extremamente significativa e fala por si.

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CAPÍTULO III

A. O DESEMPENHO DA ESCOLA

INSTRUMENTOS DE AUTONOMIA DA ESCOLA

PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA (PEE)

O documento contém princípios e valores orientadores que assentam na relação humana,

na autonomia, na cidadania, na formação e na acção pedagógica, dos quais resultam os

objectivos gerais.

Foram elaborados e aplicados questionários destinados à comunidade educativa, a partir

dos quais se identificaram situações problemáticas; das situações detectadas resultaram os

“indicadores a trabalhar no projecto” e foram traçados planos de acção.

No entanto:

Não se verifica, quer no PEE, quer mesmo no Projecto Curricular de Escola (PCE), a

concretização dos planos de acção traçados, para fazer face às situações problemáticas

detectadas;

A referência à avaliação do PEE é genérica, não se evidenciando como será objectivada.

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES (PAA)

Apresenta uma planificação global de actividades que conferem unidade à EBI, com

planificações por período, como comemorações de efemérides, convívios, visitas de estudo,

entre outras.

Apresenta planos de actividades para alunos que beneficiam de programas com

regulamentação própria, bem como actividades de complemento curricular, como o clube da

Criatividade e o clube dos Amigos da Música.

No entanto:

Não apresenta finalidades e objectivos, como documento global;

Não se articula de forma expressa com os princípios do PEE;

Não refere a sua verificação através de relatórios periódicos de execução, pois não prevê

formas de avaliação.

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REGULAMENTO INTERNO (RI)

Na introdução do documento é formulada a intenção de que a autonomia da escola seja

construída “de acordo com as especificidades da comunidade educativa que abrange parte do

concelho da Lagoa e com alunos oriundos de zonas urbanas e rurais, com diferentes níveis de

desenvolvimento e expectativas”.

Valoriza o estabelecimento de parcerias com o fim de formalizar a participação da

sociedade local, evidenciando abertura ao envolvimento da comunidade educativa.

Define critérios para a nomeação de directores de turma.

No entanto:

A intenção da abertura da escola à comunidade é contrariada pela participação desta,

incluindo pais e encarregados de educação, nas actividades escolares, bastante reduzida,

segundo dados fornecidos pela escola no preenchimento do Caderno I da presente Auditoria;

Não atende à especificidade da escola, quando transcreve quase na generalidade os

normativos legais existentes;

Não individualiza a legislação relativa à sua condição de EBI, dando origem a situações

que não têm aplicação na dimensão da escola, nomeadamente o artigo 94.º, referente à

associação de estudantes que a escola estatutariamente não possui;

Não prevê planos de evacuação;

Não prevê formas de estabelecimento de parcerias;

Não estabelece critérios para a constituição das turmas e distribuição do serviço docente;

Não existe coincidência entre o número de elementos constituintes da assembleia de

escola constante das actas e a composição prevista no artigo 9.º do RI.

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INSTRUMENTOS DE ARTICULAÇÃO CURRICULAR

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA (PCE)

O Projecto Curricular de Escola contempla as componentes do currículo de carácter

transversal: educação para a cidadania, compreensão e expressão em língua portuguesa e

utilização das tecnologias de informação e comunicação.

Refere modos e instrumentos diversificados de avaliação.

No 1.º ciclo, tem-se em conta a evolução do aluno ao longo do ciclo.

No entanto:

O PCE não está articulado com os documentos de autonomia, não cumprindo o seu papel

integrador;

As estratégias de diferenciação pedagógica estabelecem 5 objectivos, estando, apenas,

operacionalizado aquele que é denominado “educar para a cidadania”;

Não foi observada a forma como a auto-avaliação dos alunos é feita de uma forma

regulada.

PROJECTO CURRICULAR DE TURMA (PCT)

Os PCT observados estruturam-se segundo uma matriz elaborada para o efeito.

Contemplam:

A diagnose da turma, acentuando aspectos respeitantes a atitudes e aspectos

psicológicos;

Modos diversificados de avaliação;

Instrumentos diversificados de avaliação;

A valorização das áreas curriculares não disciplinares;

Actividades visando a valorização da oralidade;

Fichas de avaliação.

A grelha de orientação observada e destinada a avaliar as competências, no 1.º ciclo,

articula-se com o PCE.

Apresenta actividades tendentes a desenvolver conhecimentos, valores e atitudes.

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No entanto:

Não é feita a articulação curricular, nem apresentada a transversalidade dos conteúdos

curriculares;

As planificações, com excepção das relativas aos alunos do núcleo de educação especial,

não contemplam a heterogeneidade da sala de aula;

Não apresenta estratégias de diferenciação pedagógica;

Não prevê um espaço de reformulação e reajustamento em função das necessidades dos

alunos;

Não valoriza a evolução do aluno ao longo do ciclo;

Foram observados documentos iguais para turmas diferentes;

No 2.º ciclo, os instrumentos de avaliação reportam-se a atitudes e valores, verificando-

se, na generalidade dos casos observados, ausência de competências cognitivas a avaliar

e, consequentemente, ausência de critérios de avaliação dessas competências.

FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO

ASSEMBLEIA DE ESCOLA

Como determina o Decreto Legislativo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de Junho, compete

a este órgão de gestão, não só aprovar o RI, mas também o PAA e o PCT, verificando da sua

conformidade com o PEE.

Os documentos observados revelam o empenhamento do órgão em promover e incentivar

o relacionamento com a comunidade educativa.

CONSELHO EXECUTIVO

As actas referem:

a distribuição do serviço docente;

a definição de critérios para a constituição de turmas e a elaboração de horários;

a necessidade da adequação dos instrumentos de avaliação;

a análise da situação pedagógica dos alunos da EBI - resultados da avaliação,

alunos com necessidades educativas especiais e alunos em situação de retenção

repetida;

a necessidade da formação dos docentes e dos não docentes.

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CONSELHO PEDAGÓGICO

Os documentos analisados evidenciam a preocupação em fazer chegar a todos os

docentes o tema “ser cidadão”, como fio condutor das actividades a desenvolver na escola,

bem como dar a conhecer, junto dos mesmos, o Projecto Educativo da Escola – PEE.

Elabora a proposta do PEE e do PCE, com a participação dos diversos departamentos.

Debruça-se, em documento elaborado, sobre a operacionalização de conhecimentos e

competências.

Pronuncia-se sobre os relatórios de actividades e relatórios finais de execução.

Propõe acções de formação para o pessoal docente e não docente.

Pronuncia-se sobre a proposta de Regulamento Interno.

No entanto:

Os departamentos curriculares estão organizados por ciclos de escolaridade (pré-

escolar, 1.º e 2.º ciclos), o que dificulta, quer a articulação curricular vertical, quer uma visão

curricular da escola no seu conjunto, tornando difícil o cumprimento da maior parte das

competências que a lei estabelece para o funcionamento deste órgão;

Não estão especificados em acta os critérios para a atribuição e a operacionalização

dos apoios e complementos educativos;

Não é garantido o cumprimento dos programas.

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Verifica-se, através da leitura dos documentos, haver cooperação entre os docentes do

departamento.

É assegurada a coordenação de procedimentos e de formas de actuação nos domínios

pedagógico e de avaliação das aprendizagens.

Verifica-se, no entanto, que:

Não há articulação com os outros departamentos, excepto o de Ciências Sociais e

Humanas;

Não se verifica a adequação dos currículos aos interesses específicos dos alunos,

desenvolvendo medidas de diversificação curricular e de adaptação específica à escola, o que

é valorizado no PAA;

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Nas actas, não se verifica a discussão das medidas destinadas a melhorar as

aprendizagens e a prevenir a exclusão, o que poderia levar a que os PEI e PE observados não

fossem tão estereotipados.

OBSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

Na educação pré-escolar existem estratégias/propostas, nas produções observadas,

visando desenvolver as competências das crianças no domínio da língua portuguesa.

Nas produções observadas é visível a intencionalidade educativa nos vários grupos de

crianças.

É visível a intenção organizativa e a articulação pedagógica nas capas observadas.

No entanto, predominam propostas de actividades constantes de fichas comerciais,

fotocopiadas.

PRODUÇÕES DOS ALUNOS

As produções diárias dos alunos observadas estavam em consonância com o

sumariado pelo docente.

As produções diárias dos alunos estavam organizadas e com sequencialidade de

conteúdos.

As produções diárias dos alunos estavam datadas e algumas delas eram cuidadas.

No entanto:

Verificam-se transcrições exaustivas de conceitos para os cadernos diários, constantes

dos manuais (1.º ciclo);

Existem, nos cadernos diários, exemplos de actividades repetitivas e rotineiras

propostas aos alunos (1.º ciclo);

Verifica-se o uso abusivo de fichas de trabalho comerciais, fotocopiadas (1.º ciclo);

Constata-se o uso frequente do corrector por parte dos alunos;

Não se verifica de que forma se executa o PCT, através da observação das produções

dos alunos.

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LIVROS DE SUMÁRIOS

Sumariam actividades com vista a valorizar a oralidade ( 1.º ciclo).

São visíveis propostas de actividades onde a leitura é utilizada com função recreativa.

Há correspondência entre a matéria sumariada e os registos feitos pelos alunos.

No entanto:

Não se verifica que sejam sumariadas actividades com vista a uma prática lectiva

individualizada;

Não foi visível, nos registos sumariados, a articulação curricular ou a

interdisciplinaridade;

Reflectem uma prática educativa docente centrada no manual;

Não foi visível nos sumários a existência de registos de valoração das diferentes áreas

curriculares (sobretudo no 1.º ciclo);

As áreas de expressão apresentam-se como subsidiárias das restantes áreas, quando

não inexistentes.

PROCESSOS INDIVIDUAIS DOS ALUNOS/DOSSIÊS DE DIRECÇÃO DE TURMA

Contêm as fichas de avaliação trimestral dos alunos, assim como algumas produções

de final de período.

Contêm documentação específica no caso de alunos com Necessidades Educativas

Especiais.

Contêm os registos dos contactos com os encarregados de educação.

Existem PEI e PE, quando é caso disso.

No entanto:

Não foram visíveis registos diversificados de auto-avaliação;

As informações trimestrais nem sempre estavam validadas com a assinatura do órgão

de gestão, ou em quem este delegasse esta competência;

Não estão definidos o que se considera registos significativos dos alunos.

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B. RECOMENDAÇÕES

PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA (PEE)

A unidade orgânica deve proceder à avaliação anual da concretização do PEE, bem como

a avaliação trimestral do plano de acção traçado.

Recomenda-se, igualmente, a articulação do Plano Anual de Actividades (PAA) e do

PCE com o PEE.

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES (PAA)

Recomenda-se:

A articulação do PAA com os princípios constantes no PEE;

A planificação e o enquadramento com o PEE das actividades constantes do Plano Anual

de Actividades, sobretudo no que respeita à comunicação em língua portuguesa;

A definição de finalidades e objectivos na dimensão que lhe é própria;

A promoção de uma maior articulação horizontal (departamentos e núcleos) e vertical

(ciclos), numa perspectiva de afirmação da escola como EBI;

O registo da data de aprovação do PAA, a sua conformidade com o PEE e a previsão da

sua avaliação.

REGULAMENTO INTERNO (RI)

O RI deve ser actualizado, por forma a adaptar a produção legislativa que vem sendo

publicada.

O normativo do RI deve ser coerente com a realidade da unidade orgânica.

Os objectivos explícitos ou implícitos no RI devem adequar-se aos princípios

orientadores/finalidades/objectivos formulados no PEE.

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA (PCE)

Recomenda-se:

A avaliação da operacionalização, nos Projectos Curriculares de Turma (PCT), dos

princípios de orientação curricular definidos no PCE;

A preocupação de operacionalizar conhecimentos e competências, quer horizontais, quer

verticais, como escola integrada que é.

PROJECTO CURRICULAR DE TURMA (PCT)

Recomenda-se que:

A situação pedagógica dos alunos seja caracterizada de forma mais objectiva e em

domínios mensuráveis;

Seja incentivada a prática da auto-avaliação como forma do aluno tomar consciência e

co-responsabilizar-se pelo seu processo de aprendizagem;

A avaliação seja feita de uma forma regulada;

O PCT seja convenientemente reajustado, sempre que isso for necessário, por forma a

poder operacionalizar uma aprendizagem, o mais individualizada possível, respondendo

às necessidades dos alunos;

Sejam definidos tipos e modalidades de apoio educativo;

O PCT seja valorizado, criando o seu percurso inter-anos e inter-ciclos.

ASSEMBLEIA DE ESCOLA

Este órgão de administração e gestão deve ter em atenção as disposições específicas para

actos eleitorais, previstas no Regime jurídico da criação, autonomia e gestão das unidades

orgânicas do sistema educativo da Região Autónoma dos Açores, aprovado pelo Decreto

Legislativo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de Junho.

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CONSELHO EXECUTIVO

Recomenda-se o cumprimento do estipulado na lei no capítulo da delegação de

competências.

CONSELHO PEDAGÓGICO

Deve ser justificada pedagogicamente a atribuição de cargos de coordenação por ano

e por ciclo.

Deverá o órgão tomar as medidas que entender necessárias para colmatar deficiências

de distinção conceptual existentes quando se fala em critério, parâmetro, objectivos e

competências, bem como tipos e formas de avaliação.

Deverá ser efectuada, no final do ano lectivo, uma avaliação do resultado da

implementação organizativa das aulas de Estudo Acompanhado no 2.º ciclo.

Deverá, igualmente, ser realizada, no final do ano, uma avaliação do resultado dos

parâmetros estipulados no contrato pedagógico, no sentido de aferir a qualidade do sucesso.

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Recomenda-se que:

Os docentes devam discutir, a nível do departamento, as acções de formação que

melhor se adaptem às suas necessidades;

O departamento forneça aos grupos disciplinares os instrumentos e o conhecimento

necessários à concretização das medidas educativas que forem entendidas como necessárias;

O departamento prepare acções e metodologias de articulação curricular destinadas a

ser postas em prática pelos docentes na sua actividade.

OBSERVAÇÃO DAS PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR

As propostas de actividades devem ser adequadas à capacidade de resposta das

crianças, considerando a individualização.

Deve existir um controlo das propostas de actividades com base em fichas comerciais.

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PRODUÇÕES DOS ALUNOS

Recomenda-se:

Maior atenção à correcção das produções dos alunos, considerando a faixa etária e o

ano de escolaridade;

Maior atenção no registo de determinadas noções didácticas;

A substituição do corrector por outras formas de reescrever;

A valorização das diferentes áreas curriculares com vista a uma aprendizagem

dinâmica activa e significativa;

A execução do PCT deve ser observável, sobretudo nas suas vertentes de articulação e

diversificação curriculares.

LIVROS DE SUMÁRIOS

Recomenda-se que:

Os sumários reproduzam, de forma mais articulada e extensiva, as actividades de sala

de aula;

Os sumários evidenciem e valorizem a articulação curricular.

PROCESSOS INDIVIDUAIS DOS ALUNOS/DOSSIÊS DE DIRECÇÃO DE TURMA

Recomenda-se que:

As informações trimestrais sejam validadas com a assinatura do órgão de gestão ou a

de quem ele delegar;

Os registos de auto-avaliação sejam diversificados e considerados como uma das

dimensões da avaliação formativa;

Sejam registados, nos documentos de avaliação dos alunos, os conhecimentos e

competências adquiridos e, igualmente as que o não foram, para que a informação possa ser

significativa;

Seja definido pelas estruturas educativas o que se considera registos significativos dos

alunos;

O Processo Individual dos alunos contenha os aspectos relevantes da vida escolar do

aluno e deva acompanhá-lo ao longo da sua escolaridade.

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APOIO EDUCATIVO

De acordo com os dados recolhidos no Caderno I desta auditoria, o número de alunos

apoiados no 1.º ciclo é maior do que o dos do 2.º ciclo; o apoio educativo existe logo a partir

do 1.º ano de escolaridade, sendo a taxa de recuperação no 1.º ciclo sensivelmente superior à

das restantes escolas auditadas.

Relativamente aos alunos do 2.º ciclo, o número de alunos apoiados desce

consideravelmente, não havendo dados fornecidos que permitam aferir a taxa de recuperação

daqueles.

Esta constatação deveria servir de motivo de reflexão às estruturas de orientação

educativa da unidade orgânica.

AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

A Escola deve encontrar meios para reflectir sobre as formas e medidas de avaliação

implementadas, destinadas a promover uma maior articulação entre os diferentes ciclos de

ensino. Deve também ser criado o hábito de se avaliar o resultado das medidas pedagógicas e

organizativas implementadas, para se ir consolidando, de forma estudada e justificada, a

qualidade do sucesso educativo que todos perseguimos.

A equipa inspectiva

Maria Amélia Campos (coordenadora)

Maria Filomena Medeiros

Nuno António Gomes

Paulo Jorge Pereira

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ANEXOS 1. NÍVEL PROFISSIONAL DAS FAMÍLIAS

1.Agricultores e pescadores independentes 2.Empresário da indústria ou comércio 3.Quadro técnico 4.Empregado do comércio e serviços 5.Trabalhador da construção civil 6.Trabalhador agrícola ou da pesca 7.Pessoal dos serviços pessoais ou domésticos 8.Professor 9.Militar 10.Doméstica 11.Serviços temporários 12.Desempregados 13.Reformados 14.Outros

2. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS RESPONSÁVEIS DE GESTÃO INTERMÉDIA A. Coordenadores de núcleo/encarregado de estabelecimento B. Coordenadores de departamento C. Delegado de disciplina D. Coordenador de directores de turma E. Director de turma F. Outros 3. NÍVEL DE SATISFAÇÃO

3 – sempre; 2 – bastantes vezes; 1 – nunca.

Professores

1 Sinto-me integrado numa equipa 2 Quando preciso usar recursos audiovisuais, informáticos ou outros é fácil resolver a situação 3 A minha relação com os Serviços de Administração Escolar é amistosa e cordial 4 Sinto que os meus colegas confiam no meu trabalho 5 Os meus colegas reconhecem o meu desempenho profissional 6 A direcção da escola é muito importante 7 As regras de funcionamento são claras e justas 8 O sucesso dos alunos é a nossa preocupação e os resultados estão à vista 9 Mesmo que pudesse, não mudava de escola

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Alunos

1 A escola ajudou-me a escolher a área de estudos 2 Os meus professores expõem a matéria com clareza e tiram as minhas dúvidas 3 Os serviços de apoio e administrativos da escola funcionam de acordo com as minhas necessidades 4 Os funcionários da escola manifestam disposição para me ajudar quando preciso 5 Os alunos, de um modo geral, colaboram para melhorar o tempo passado na escola 6 Os alunos são informados com antecedência sobre tudo o que lhes interessa e diz respeito à vida da escola 7 A minha escola é divertida 8 A escola é exigente 9 Mesmo que pudesse não mudava de escola

Pessoal não docente

1 Os colegas de trabalho ajudam-se uns aos outros 2 Quando desempenho uma tarefa, sinto-me protegido pelo meu superior hierárquico 3 A organização do trabalho depende também das minhas sugestões 4 Os professores e os alunos da escola respeitam o meu trabalho 5 Quando não concordo, não tenho problema em fazer sugestões 6 Os alunos da escola respeitam o meu trabalho 7 Gostava de fazer outras coisas na escola 8 Acho que estou a trabalhar no lugar certo

Pais e encarregados de educação

1 A escola do meu educando inspira-me confiança 2 É fácil contactar com o DT ou o CE da escola do meu educando 3 Os professores são exigentes 4 Os serviços de apoio (cantina, bar) e o pessoal não docente satisfazem as necessidades do meu educando 5 De facto, o meu educando aprende nesta escola 6 A escola envia-me toda a informação sobre as suas actividades 7 As reuniões da escola são úteis 8 O meu educando está em segurança 9 Mesmo que pudesse, não mudaria o meu educando para outra escola

4. PARTICIPAÇÃO NA TOMADA DE DECISÃO

3 – sempre; 2 – bastantes vezes; 1 – nunca.

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Professores

ACTIVIDADES

1. Distribuição do serviço docente 2. Selecção e definição dos objectivos de orientação curricular da escola 3. Avaliação das aprendizagens: processos, instrumentos e resultados dos alunos 4. Gestão dos programas curriculares 5. Metodologias de ensino 6. Selecção de manuais escolares 7. Planificação e organização de visitas de estudo 8. Planificação e organização de festas e actividades culturais 9. Projecto educativo da escola 10. Plano anual da escola 11. Critérios de formação de turmas 12. Calendarização das reuniões 13. Organização do regulamento interno 14. Gestão dos espaços físicos 15. Projecto de orçamento da escola 16. Elaboração e gestão do orçamento do grupo 17. Aquisição de recursos materiais/equipamentos 18. Questões de ordem disciplinar 19. Organização de acções de formação

Pessoal não docente

ACTIVIDADES

1. Distribuição de serviço 2. Organização das escalas de serviço 3. Segurança das instalações 4. Distribuição dos espaços físicos (sala de funcionários, gabinete do chefe dos serviços...) 5. Elaboração de um plano de actividades de formação 6. Elaboração do orçamento (nas rubricas que lhes podem dizer respeito tais como aquisição de fardamento, artigos de limpeza, etc.) 7. Classificação de serviço

Pais e encarregados de educação

ACTIVIDADES

1. O regulamento interno da escola 2. O projecto educativo da escola 3. O plano de actividades culturais e desportivas 4. As questões disciplinares e de comportamento dos alunos em geral 5. As questões disciplinares e de comportamento do seu educando 6. As questões relativas ao aproveitamento escolar dos alunos em geral 7. As questões relativas ao aproveitamento escolar do seu educando 8. Criação e organização da Associação de Pais 9. As questões de segurança da escola 10. Organização do calendário escolar

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5. COOPERAÇÃO ENTRE PROFESSORES

3 – sempre; 2 – bastantes vezes; 1 – nunca.

DIMENSÕES DA COOPERAÇÃO

1. Apoio a colegas menos experientes 2. Preparação de aulas sobre novas matérias 3. Discussão de problemas de integração 4. Preparação de reuniões de pais 5. Construção de materiais de ensino 6. Elaboração de fichas de avaliação 7. Organização de actividades culturais 8. Preparação de reuniões com entidades exteriores à escola 9. Organização de apoios e complementos educativos 10. Colaboração com professores de outros ciclos de escolaridade 11. Discussão do aproveitamento dos alunos 12. Discussão de questões disciplinares e de comportamentos dos alunos 13. Discussão de estratégias a adoptar para alunos com problemas 14. Realização de experiências pedagógicas 15. Discussão de problemas da condição docente 16. Formulação de objectivos pedagógicos para a sua disciplina 17. Definição de objectivos pedagógicos para a turma 18. Planificação de várias unidades programáticas 19. Organização de projectos e iniciativas 20. Análise dos aspectos positivos e negativos do funcionamento da escola

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