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RELATÓRIO DE RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICO AVALIAÇÃO ECONÔMICO - - FINANCEIRA FINANCEIRA CONCORRÊNCIA BACEN/PND N o 01/2000 “ SERVIÇO B ” (CONFIDENCIAL) Agosto / 2001 GOVERNO DO AMAZONAS BANCO CENTRAL DO BRASIL BANCO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A. BANCO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A.

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RELATÓRIO DE RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICOAVALIAÇÃO ECONÔMICO--FINANCEIRAFINANCEIRA

CONCORRÊNCIA BACEN/PND No 01/2000

“ SERVIÇO B ”(CONFIDENCIAL)

Agosto / 2001

GOVERNO DO AMAZONASBANCO CENTRAL DO BRASILBANCO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A.BANCO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A.

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Ao Banco Central do Brasil SBS – Quadra 3 – Bloco B, 12° andar Brasília - DF At: Sr. Hélio de Oliveira Rodrigues Assessor de Privatização Ref: Contrato de Prestação do Serviço BACEN/PND Nº. 01/2000 - Desestatização do Banco do Estado do Amazonas S.A. Prezados Senhores, Em atendimento ao item “XVII” da “Cláusula Segunda” do Contrato supracitado, estamos enviando, anexo; o Relatório Final de Avaliação Econômico-Financeira em três (03) vias impressas e em meio magnético. O presente Relatório, incluindo-se os demonstrativos e anexos, é parte integral de nossa avaliação econômico-financeira e contém em resumo a descrição das premissas, metodologias e considerações adotadas na determinação do valor econômico-financeiro do BEA, e não se destina à circulação geral ou publicação, assim como não pode ser reproduzido ou utilizado com nenhum outro propósito, além daquele supra citado, sem nossa prévia autorização por escrito. Não assumimos qualquer responsabilidade ou contingências por danos causados ou por eventual perda incorrida pelo BEA, seus acionistas ou parte envolvida, como resultado da circulação, publicação, reprodução ou uso desse relatório com outra finalidade diferente da proposta. Colocamo-nos à disposição de V. Sas. para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

Atenciosamente

Luiz Alberto Fiore Coordenador Geral

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG ÍNDICE Pág. 1/4

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. ANÁLISE GERAL DO BEA

2.1. Constituição

2.1.1. Breve Histórico

2.1.2. O Processo de Saneamento Financeiro

2.2. Aspectos Gerais do BEA

2.2.1. Estatuto Social

2.2.2. Sede/Estrutura de Agências

2.2.3. Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva

2.2.4. Estrutura Acionária

2.2.5. Recursos Humanos

2.2.6. Informática e Tecnologia

2.2.7. Parcerias

2.2.8. Acordo de Basiléia

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG ÍNDICE Pág. 2/4

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2.3. Diagnóstico Operacional

2.3.1. Base de Clientes

2.3.2. Perfil das Operações

2.4. Análise Retrospectivo-Financeira

3. MERCADO DE ATUAÇÃO E COMPETITIVIDADE

3.1. Breve Análise do Mercado de Atuação

3.2. Análise de Competitividade

4. PANORAMA MACROECONÔMICO DO ESTADO DO AMAZONAS

4.1. A Economia do Estado

4.2. Investimentos

4.3. Dados Demográficos

4.4. Evolução e Distribuição do PIB do Estado

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5. METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO ECONÔMICO FINANCEIRA

5.1. Introdução à Avaliação Econômico-Financeira

5.2. Metodologia de Avaliação

5.3. Taxa de Desconto

6. ESCOPO DE VERIFICAÇÃO

7. BALANÇO PATRIMONIAL AJUSTADO

8. PREMISSAS E CONSIDERAÇÕES

8.1. Principais Considerações

8.2. Cenário Macroeconômico

8.3. Projeção do Mercado Total

8.4. Projeção do Market Share do BEA

8.5. Premissas de Projeção

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9. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

10. ANÁLISE DE SENSIBILIDADES

11. MÉTODO DO MERCADO

12. RECOMENDAÇÃO DE PREÇO MÍNIMO

ANEXOS

! Fluxo de Caixa Projetado

! Demonstração de Resultados Projetada

! Balanço Patrimonial Projetado

! Indicadores Financeiros e Operacionais

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG CAPÍTULO 1 Pág. 1/2

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1. INTRODUÇÃO Os trabalhos de avaliação econômico-financeira, realizados pela Deloitte Touche Tohmatsu, conforme Contrato BACEN/PND no 01/2000 para o Banco do Estado do Amazonas (BEA), tiveram como objetivo as seguintes atividades: 1. Avaliação Econômico-Financeira do BEA com base no método do fluxo de caixa descontado considerando os seguintes elementos:

a. Valor presente líquido do Fluxo de Caixa Operacional para os acionistas, derivado das atividades operacionais para os próximos dez anos, apoiado por estudo detalhado da taxa de desconto utilizada;

b. Valor residual obtido pela hipótese de fluxo perpétuo a partir do décimo ano;

c. Valor líquido de realização dos ativos não operacionais;

d. Identificação de variáveis críticas e análise de sensibilidade;

e. Valor líquido da competitividade em relação aos principais concorrentes no País, compreendendo a análise do mercado bancário para os próximos anos, projeções de rentabilidade das operações bancárias, em função das perspectivas de mercado e níveis de taxas de juros praticados pelo sistema financeiro;

f. Avaliação das atividades operacionais atuais e potenciais do BEA;

g. Estudo comparativo com valores obtidos na avaliação econômico-financeira em operações de venda de empresas similares no âmbito nacional e internacional;

h. Análise de alienações recentes dentro e fora do Brasil, de bancos de atuação e porte comparáveis com o BEA;

i. Recomendação de preço mínimo de venda, para alienação, com base nos valores obtidos na avaliação econômico-financeira e em outros fatores relevantes.

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG CAPÍTULO 1 Pág. 2/2

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Variáveis Críticas que afetam o valor do BEA

Perda de Participação de Mercado / Perda

do Funcional. Publico

Negócios Estado Aumento

CompetiçãoReduções de Taxas Juros

Choques ExternosImpactandoEconomi

NecessidadeInvesti .

EstabilidadeEconômic

Crescimentdo Mercado/Economi

Novos ServiçosReduções Custo

FlexibilidadeRegulamentação

BACE

ELEMENTOS AFETANDO O VALOR DO BEA

Modelagemde Venda

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG CAPÍTULO 2 Pág. 1/68

BANCO CENTRAL DO

2. ANÁLISE GERAL DO BEA 2.1. CARACTERIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DO BEA 2.1.1. Constituição O BEA foi fundado em 18 de dezembro de 1956, sob a forma de Economia Mista integrada pelo Estado, Município e Particularidades, através da Lei no 98, de 18 de dezembro de 1956, contando com o capital de Cr$ 20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros) representado por 40.000 (quarenta mil) ações de valor nominal de Cr$ 500,00 (quinhentos reais). 2.1.2. Breve Histórico O BEA foi fundado com o objetivo de realizar todas as operações bancárias e de crédito permitidas em lei, assim como prestar assistência financeira visando principalmente o desenvolvimento econômico e social do Estado do Amazonas. Como parte da estratégia de transformação do Banco em uma entidade financeira com finalidade de desenvolvimento do Estado, foi garantido que todos os depósitos dos Governos Estadual e Municipal, das Autarquias e das Empresas de economia mista, fossem realizados na instituição. Em 17 de janeiro de 1957, o Governo do Estado nomeou uma Comissão sob a presidência de Gilberto Mestrinho, com o objetivo de proceder à organização do BEA. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado em 23 de janeiro de 1957, quando então entrou em vigor. Em 6 de abril de 1957, realizou-se a Assembléia Geral de Constituição por subscrição pública do seu capital, presidida pelo governador do Estado Plínio Ramos. Na assembléia foram aprovados os estatutos do Banco e procedeu-se à nomeação da Diretoria. Em 9 de setembro de 1957, a Diretoria reuniu-se ordinariamente para deliberar sobre a compra do primeiro prédio do banco situado na Av. Leonardo Malcher, nº 1.189, a fim de ser permutado com o prédio de propriedade do Governo do Estado, onde então funcionava a Imprensa Oficial do Estado na Av. 7 de Setembro, 867, local onde funcionou a sede do Banco.

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Em 9 de dezembro de 1957, os subscritores das ações do banco se reuniram em Assembléia Geral Extraordinária, na sua sede provisória na Rua Guilherme Moreira, 178, para alteração no Estatuto Social decorrentes das alterações da Lei nº 98, que foram feitas através da Lei nº 174, de 18 de novembro de 1957. Em 7 de dezembro de 1958, a Superintendência da Moeda e do Crédito expediu a Carta Patente do Banco (nº 5.016). Por fim, em 19 de maio de 1958, o Banco foi inaugurado, com a presença de autoridades e público em geral, tendo como seu primeiro gerente o senhor Expedito Lamy. Em 21 de maio de 1958, a Diretoria reuniu-se pela primeira vez na sua sede social, na Av. 7 de Setembro nº 867. Em 20 de dezembro de 1983, a sede social do Banco mudou-se para o atual endereço do BEA, a Rua Silva Ramos, 368. Da reestruração à federalização Durante todo o período de atuação, o BEA enfrentou muitos desafios para se manter como instituição financeira. Em 1982, os indicadores diagnosticavam um quadro de absoluta irreversibilidade. As receitas correspondiam em apenas 58% das despesas. O resultado negativo apresentava 12,54 vezes o capital social e o patrimônio líquido era negativo em 10,57 vezes o capital social. O saldo negativo das operações de crédito junto ao Banco do Brasil e Banco Central do Brasil (BACEN), representavam 14,57 vezes o capital social. O trabalho de recuperação econômico-financeira do Banco começou em 1983 e se estendeu até 1989. Este programa foi marcado pela adesão ao Programa de Recuperação Econômico-Financeira dos Bancos Estaduais (Proref) do BACEN, através da assinatura do contrato de gestão, com o compromisso de superar a situação de insolvência e iniciar o processo de reversão do quadro de falência técnica. Em setembro de 1989, o BEA pagou com recursos públicos, a última parcela da composição da dívida firmada com o BACEN. O resultado operacional positivo de 1989 correspondente a 80,59% do patrimônio líquido e a performance do Banco, permitiram o registro de um lucro líquido de Ncz$ 62.712 mil, equivalente a 25,6% de rentabilidade sobre o patrimônio líquido, significativamente superior a obtida em 1988, que foi de 2,1%. Esse desempenho permitiu a eliminação do prejuízo acumulado que se registrava desde 1982. Durante o período 1990-94, o BEA enfrenta novo período de instabilidade. Os funcionários tiveram que abrir mão de benefícios adquiridos em acordos coletivos e aplicaram valores decorrentes de Licença-Prêmio na compra de ações do banco. Apesar disso, o Banco apresentou resultado negativo em dezembro de 1994.

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Em 1995, foi iniciado novo processo de reversão e o Banco fechou o segundo semestre de 1996 com resultado positivo. Em 1997, o banco prossegue sua atuação direcionando suas ações estratégicas para a marca da sua essencialidade, consolidando sua atuação como agente de desenvolvimento do Estado do Amazonas, com ênfase nos pequenos negócios, alicerçada nos suportes operacionais da Área Comercial e de Prestação de Serviços, interiorizando suas ações através de aplicação dos recursos do Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e ao Desenvolvimento Social do Estado do Amazonas (FMPES) e dando atenção especial ao funcionalismo público. Em 1998, o governador Amazonino Mendes assinou o protocolo aderindo ao Programa Reestruturação dos Bancos Estaduais (Proes). A federalização (transferência de controle acionário à União) ocorreu no dia 3 de agosto de 1999, com a realização das assembléias gerais Extraordinárias de Acionistas para homologação do aumento do capital social do banco, aprovação do Estatuto Social, eleição dos novos integrantes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Com a federalização, o BEA passou por um processo de modernização tecnológica e reorganização administrativa, buscando a agregação de valor para a venda. Em março de 2001, data-base deste trabalho, o Banco possui 706 funcionários, quadro 35% menor quando comparado a janeiro de 1997, e sua rede de atendimento possui 66 pontos, sendo que destes, 10 agências e 23 pontos de atendimento bancário situam-se em Manaus. 2.1.3. O Processo de Saneamento Financeiro O processo de saneamento financeiro do BEA iniciou-se em 5 de junho de 1998, quando da assinatura do documento “TERMO DE COMPARECIMENTO”, resultante da inspeção efetuada pelo BACEN à Instituição, que teve como data-base 31 de dezembro de 1997. Como resultado desta inspeção, foi identificado a necessidade de se efetuar ajustes de natureza regulamentar, técnica e gerencial. A fiscalização do BACEN, apurou grave comprometimento da situação econômico-financeira, com risco aos credores, resultando na apuração de situação líquida ajustada negativa da ordem de R$ 52.463 mil, em decorrência dos ajustes demonstrados na tabela a seguir:

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Ajustes Valor em R$ mil Regulamentares 3.908 Técnicos 147.034 Gerenciais 424 Total dos Ajustes 151.366 Patrimônio Líquido Contábil em 31/12/97 98.903 Situação Líquida após os ajustes (52.463) Fonte: Memorando Informativo BEA

Adicionalmente, a inspeção efetuada apurou excessiva dependência do fluxo de recursos advindos dos depósitos do Governo do Estado do Amazonas, quantificados em R$ 190 milhões em dezembro de 1997, ou seja, correspondentes a 79% dos depósitos totais. No “TERMO DE COMPARECIMENTO”, o Banco Central notificou a Diretoria do BEA dos fatos constatados, enumerando as ações que deveriam ser praticadas para corrigir as disfunções encontradas, conforme demonstrado abaixo: a) aporte de recursos para recomposição patrimonial e resguardo dos credores da sociedade;

b) realização dos ajustes contábeis regulamentares relativamente às situações discriminadas no anexo ao documento;

c) apresentação de plano adicional de saneamento e capitalização, indicando as ações para efetiva implementação a curto prazo, visando atender aos limites mínimos de capital e patrimônio líquido estabelecidos pela Resolução 2.099/94, em documento que deveria necessariamente ser firmado pelo acionista controlador e entregue ao Banco Central no prazo máximo de 30 dias;

d) dar ciência do documento ao Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal e ao Auditor Independente, informando no prazo de 10 dias, por correspondência remetida à Delegacia Regional em Belém.

No documento foi alertado que o descumprimento do prazo e das medidas estabelecidas deixavam a Instituição ao alcance do regime previsto no artigo 15 da Lei 6.024/74. Por força das situações descritas, foi informado que seria mantido o BEA na relação de instituições “em evidência”, situação que o colocava sob restrição no âmbito do BACEN, sujeitando-o, bem como a seus administradores, às sanções previstas na Lei 4.595, de 31.12.64.

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Em 18 de junho de 1998, através da correspondência DIRET-98/1590, endereçada ao Governador do Estado do Amazonas, foi encaminhada cópia do Ofício DIFIS-98/1551.1, de 16 de junho de 1998, remetida ao Senhor Secretário de Estado da Fazenda Dr. Alfredo Paes dos Santos. A correspondência endereçada ao Senhor Secretário da Fazenda enumerava os principais problemas, comuns de uma maneira geral a todas as instituições públicas, e presentes também no BEA, conforme descrito abaixo: ! descontinuidade administrativa;

! deficiências no gerenciamento técnico, em todos os níveis de decisão;

! deficiência ou até inexistência de controles internos;

! inadimplência elevada, resultante de políticas de crédito equivocadas, sem a observância da boa técnica bancária;

! manutenção em contas de origem, de créditos que apresentam condições improváveis de recebimento;

! expressivos avais e fianças honradas, com poucas perspectivas de recebimento;

! concentração de empréstimos em carteiras de baixo retorno;

! ativação de créditos tributários cuja realização depende da geração de lucros expressivos, improváveis na conjuntura operacional do segmento;

! aplicações em direitos, títulos e valores mobiliários com baixa liquidez e rentabilidade, escriturados pelo valor de face;

! manutenção de bens não de uso próprio, em valores elevados, cuja realização pelos valores contabilizados seria improvável, pelas condições de mercado;

! estrutura de custos fixos incompatível com as receitas auferidas;

! existência de elevados passivos decorrentes de benefícios concedidos a seus funcionários, com destaque para complementação de aposentadoria;

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! elevados riscos contingências, decorrentes, principalmente, de ações trabalhistas;

! manutenção, no ativo diferido, em montante relevante, de despesas que não contribuirão para resultados futuros, dificultando as perspectivas de obtenção de lucro;

! manutenção de atividades e agências deficitárias.

Em 3 de julho de 1998, foi apresentado o documento “BEA: Posicionamento quanto ao cumprimento dos Ajustes Regulamentares e proposta de reconsideração da decisão do BACEN que indicava a necessidade de ajustes técnicos, a curto prazo”, em cumprimento a determinação contida no item “c” do Termo de Comparecimento firmado em 5 de junho de 1998, que previa a apresentação de Plano adicional de saneamento e capitalização firmado pelo acionista controlador. Em 10 de julho de 1998, foi assinado o “TERMO DE COMPROMISSO” entre o Estado do Amazonas e o BACEN, com a interveniência do Ministério da Fazenda e do BEA, objetivando a aprovação do financiamento que visava o estabelecimento da agência de fomento do Estado do Amazonas e a aquisição pela União do controle acionário do Banco do Estado do Amazonas S.A., além de estabelecer as obrigações das partes envolvidas no processo de saneamento, sendo as principais: Por parte da UNIÃO a) financiar o Estado para adquirir a totalidade da carteira imobiliária de titularidade do Banco, incluindo o FCVS, e criar meios para possibilitar ao Estado

o abatimento da dívida assim constituída com o produto da alienação dessa Carteira. O diferencial do desconto relativo à inadimplência, taxa de administração e à dívida a vencer seria financiada pela União nas condições da MP 1.702. A dívida de FCVS vencida amortizaria o financiamento pelo valor de face.

b) receber o FCVS da SUHAB-AM em amortização da dívida constituída em decorrência do acordo, sendo que a dívida vencida amortizaria o financiamento pelo seu valor de face.

c) financiar o capital inicial da Agência de Fomento do Estado do Amazonas, até o limite de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de reais).

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Por parte do ESTADO e do BEA Obter até 15 de novembro de 1998, as autorizações legais necessárias para assumir o financiamento que seria concedido pela União, destinado a suportar os ajustes patrimoniais solicitados pelo Banco Central, além de estabelecer ações a serem tomadas pelo Estado e pela Administração do BEA, visando a melhor gestão do Banco. Em 3 de agosto de 1999, cumprido as disposições da Lei Estadual nº. 2504/98, o Estado do Amazonas, transferiu o controle acionário que detinha no Capital Social do BEA à União Federal, com a assinatura do Termo de Transferência das ações. Nesta data, realizou-se a AGE nomeando o novo Conselho de Administração e Fiscal, que indicou a Diretoria. O recebimento dos recursos por parte do Estado, ocorreu em 2 de agosto de 1999, quando a Secretaria do Tesouro Nacional com base nas Portarias 322 e 357, emitiu R$ 312.554 mil em títulos públicos federais, repassando-os ao Governo do Estado.

Os títulos emitidos tiveram a seguinte destinação:

a) R$ 35.946 mil - (para a capitalização do Banco), sendo que a AGE que aprovou este aumento de capital ocorreu em 3 de agosto de 1999, mesma data da

transferência do controle acionário do Estado para a União; b) R$ 257.517 mil pela venda dos Créditos da Carteira Imobiliária ao Estado do Amazonas; c) R$ 18.758 mil pela venda de outros ativos ao Estado do Amazonas; d) R$ 333 mil – diferença registrada em Credores Diversos País à disposição do Governo.

Em 6 de setembro de 2000, com base na Portaria 444 da mesma data, em cumprimento ao disposto no Contrato de Abertura de Crédito e de Compra e Venda de Ações Sob Condição foi constituído pelo Estado do Amazonas o Fundo de Contingência, cujos recursos estão depositados na Caixa Econômica Federal, no montante de 51.761 – LFT-B (Letras Financeiras do Tesouro – Série “B”) com data de vencimento para 6 de setembro de 2015, com valor total de R$ 52.270.840,86, na referida data. O Fundo de Contingência tem como finalidade cobrir eventuais contingências fiscais, cíveis, trabalhistas, extrajudiciais e outras superveniências passivas de responsabilidade do BEA, cujos fatos geradores tenham ocorrido até 2 de agosto de 1999.

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2.2. ASPECTOS GERAIS DO BEA 2.2.1. Estatuto Social O Estatuto Social aprovado pela 93o Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas realizada em 3 de agosto de 1999, tem como destaque os seguintes pontos: ! O BEA é uma instituição financeira múltipla, organizado sob a forma de sociedade anônima aberta, de economia mista; ! Conforme o disposto no Art.4o, o BEA tem por objeto social a prática de operações ativas, passivas e acessórias inerentes às respectivas carteiras

autorizadas (comercial, de desenvolvimento, de crédito, financiamento e investimento, e de crédito imobiliário), inclusive câmbio, tudo em consonância com as normas legais e regulamentares pertinentes.

! O capital social, de acordo com o disposto no Art. 5o, é de R$ 177.899.394,15 (cento e setenta e sete milhões, oitocentos e noventa e nove mil, trezentos

e noventa e quatro reais e quinze centavos), e está representado por ações da seguinte forma:

Tipo Quantidade de Ações

Ordinárias 6.505.936.550

Preferenciais 4.711.173.255

Total 11.217.109.805 Fonte: Estatuto Social BEA

Ainda com relação ao Art. 5o, em seu parágrafo único, é informado a prioridade de distribuição de dividendos e reembolso de capital às ações preferenciais.

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! O BEA é administrado por um Conselho de Administração e uma Diretoria.

! O Conselho de Administração é um órgão de deliberação, orientação e consulta, composto por seis membros, sendo um deles o Presidente do Conselho, todos representantes dos acionistas eleitos pela Assembléia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo.

Este conselho é eleito para um mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição de seus membros. O Conselho de Administração reúne-se de forma ordinária bimestralmente e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente. Faz parte das atribuições do Conselho de Administração, entre outras: (i) a orientação geral quanto à política de negócios; (ii) eleição dos diretores; (iii) fixação de suas atribuições e fiscalização de seus atos; (iv) autorização para alienação de bens do ativo permanente e constituição de ônus reais; (v) declarar dividendos intermediários ou juros remuneratórios do capital próprio; (vi) convocar a Assembléia Geral e apreciar as matérias a serem submetidas pela Diretoria; e, (vii) manifestar-se sobre o relatório da Administração e as contas da Diretoria.

! A Diretoria do BEA é formada por 6 membros, sendo assim composta: (a) Presidente; (b) Diretor Comercial, de Crédito e de Gestão de Risco; (c)

Diretor de Finanças e Controle; (d) Diretor Administrativo e de Tecnologia; (e) Diretor de Gestão de Recursos de Terceiros; e, (f) Diretor de Relações Institucionais. Esta diretoria é renovada a cada dois anos, tendo mandatos coincidentes e admitindo-se a possibilidade da reeleição de seus membros.

Compete aos diretores, na forma das atribuições e alçadas fixadas pela Diretoria, conduzir os negócios de sua área, e à Diretoria compete estipular e definir as questões estratégicas do Banco, conforme disposto no Art. 15o do Estatuto Social do BEA, sendo assim definidas: (i) fixação das diretrizes operacionais e administrativas do Banco; (ii) definições sobre a rede de agências; (iii) propor destinação do lucro líquido; (iv) definir a política de juros ativos e passivos; (v) cumprir e fazer cumprir o Estatuto e as deliberações da Assembléia Geral e do Conselho de Administração; (vi) deliberar sobre matérias submetidas pelo Presidente e que sejam de sua responsabilidade; e, (vii) definir sobre a organização estrutural e funcional do Banco. A Diretoria se reunirá de forma ordinária semanalmente e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo seu Presidente.

! O BEA também possui um Conselho Fiscal, de funcionamento permanente, composto por 5 membros efetivos e suplentes em igual número, eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária, sendo permitida sua reeleição. O Conselho Fiscal reúne-se de forma ordinária mensalmente, e extraordinariamente, sempre que julgado conveniente, em atendimento à convocação do seu Presidente, do Presidente do Banco, ou da maioria de seus membros.

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! O exercício social é de um ano, com término em 31 de dezembro. Serão elaborados balanços semestrais, respectivamente no último dia dos meses de

junho e dezembro. ! Do lucro líquido do exercício, será deduzido 5% para constituição de Reserva Legal, até o alcançar o montante de 20% do capital social, tornando-se

então não obrigatória, sendo do lucro líquido ajustado, assegurado distribuição equivalente a, no mínimo, 25%, apurado em cada exercício social, como definido em Lei, garantido aos acionistas detentores de ações preferenciais o direito de dividendos no mínimo 10% maiores que os atribuídos às ações ordinárias.

! A Administração do BEA é especialmente vedado deferir operações de crédito a funcionários, bem como a sociedades de que façam parte, sem prévia e

expressa autorização da Assembléia Geral.

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2.2.2. Sede/Estrutura de Agências O BEA tem sua sede instalada à Rua Silva Ramos, 368 – Manaus, AM, e sua estrutura organizacional está demonstrada no organograma abaixo:

Conselho deAdministraçãoConselho de

Administração

AssembléiaGeral

AssembléiaGeral

PresidentePresidente

DiretoriaDiretoria

Conselho fiscalConselho fiscal

COGECCOGEC

GABINGABINCOJURCOJURAUPECAUPEC

Diretor Comercial, deCrédito e Gestão de Risco

DICOR

Diretor Comercial, deCrédito e Gestão de Risco

DICOR

COMICCOMIC

GENESGENES

GESECGESEC

DEFIPDEFIP

DECONDECON

DERADDERAD

ASTOCASTOC

Diretor de Finanças eControle

DIFIN

Diretor de Finanças eControle

DIFINDiretor de Relações

Institucionais

DIRIN

Diretor de RelaçõesInstitucionais

DIRINDiretor de Recursos

Humanos de Terceiros

DIRET

Diretor de RecursosHumanos de Terceiros

DIRETDiretor Administrativo e de

Tecnologia

DIATE

Diretor Administrativo e deTecnologia

DIATE

AGÊNCIASAGÊNCIAS

Fonte: Memorando Informativo BEA

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Estrutura de Agências O BEA conta hoje com uma rede de 36 agências e 23 postos de atendimento bancário. A distribuição das agências se dá como segue:

Distribuição Quantidade

Agências Metropolitanas 10

Agências do Interior 26

Total de Agências 36 Fonte: BEA

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Análise da Rede de Agências Operações de crédito e depósitos Atualmente, o BEA conta com 36 agências, estando 10 localizadas na capital e 26 no interior. Devido às características econômicas do Estado do Amazonas, a concentração das operações nas agências da capital é elevada, conforme demonstrado nos gráficos abaixo:

Fonte: BEA/ Análise Deloitte (não incluem operações da DIGER) Conforme demonstrado nos gráficos, é bastante evidente a participação muito mais efetiva das agências da Capital em relação às agências do Interior em termos operacionais. Cabe ressaltar que as operações de crédito e depósitos que são considerados como da Direção Geral (DIGER), não foram incluídos nesta análise, e caso fossem, a concentração de operações em Manaus seria ainda mais forte. Com relação as operações de crédito, a participação das agências da Capital está se mantendo em torno de 75%, enquanto que com relação aos depósitos, esta participação é ainda maior, e está se mantendo próximo a 90%.

64.859

7.742

92.492

12.177

92.765

12.136

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1999 2000 mar/01

Concentração dos depósitos - R$ Mil

Agências Capital Agências Interior

42.006

16.00683.801

28.023

96.545

35.098

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

1999 2000 mar/01

Distribuição das operações de crédito - R$ Mil

Agências Capital Agências Interior

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Ainda com relação a concentração da operação, podemos notar que as 8 principais agências em relação a realização de operações de crédito, correspondem a 72% do total das operações de crédito em aberto, tendo como base o saldo de março de 2001. Já com relação aos depósitos efetuados, podemos notar uma concentração ainda maior nas 8 principais agências, atingindo 86% dos depósitos em aberto em março de 2001. Em ambos os casos, entre as 8 principais agências, está apenas uma agência do Interior, Manacapuru e Itacoatiara, respectivamente para operações de crédito e depósito, o que reforça a participação modesta do Interior nas operações do BEA. É importante ressaltar, que as operações das duas principais agências do BEA, Boulevard e Aleixo, correspondem respectivamente a 41% e 43% do total das operações de crédito e depósitos do Banco.

Fonte: BEA/ Análise Deloitte Qualidade dos clientes Com relação a qualidade dos clientes, em termos de operações de crédito por contas correntes ativas, não há muita diferença entre a média verificada pelas agências da Capital em relação às agências do Interior. Com base nas operações de março de 2001, a média das agências da Capital ficou em R$ 1.069/ conta corrente ativa, enquanto que a média das agências do Interior esteve em R$ 1.064/ conta corrente ativa. A agência que apresentou melhor resultado nesta análise foi a da Cachoeirinha, localizada na Capital, que obteve a média de R$ 2.650/ conta corrente ativa. Com relação aos depósitos, a média das agências da Capital é bastante superior a média das agências do Interior, o que é explicado principalmente pelo fato do maior cliente do BEA, o Governo

Operações de crédito - principais agências

Boulevard36%

Demais exceto Diger28%

Educandos 3%

Barés3%

Manacapuru3%

Parque Dez3% Aleixo

7%

Cachoeirinha8%

Central9%

Depósitos - principais agências

Aleixo34%

Barés3%

Educandos 2%

Demais exceto Diger14%

Itacoatiara1%

Parque Dez3%

Boulevard9% Cachoeirinha

10%Central

24%

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Estadual, concentrar seus depósitos na Capital. Desta forma, a média de depósitos do Interior esteve em R$ 768/ conta corrente ativa, enquanto a média das agências da Capital ficou em R$ 3.450/ conta corrente ativa1. Base de clientes A base de clientes segue a tendência apresentada pelas operações do Banco, com forte concentração dos clientes em Manaus. Aproximadamente 67% das contas correntes ativas estão distribuídas entre seis agências: Boulevard, Central, Aleixo, Cachoeirinha, Parque Dez e Barés, todas localizadas em Manaus. Tal fato é principalmente derivado da concentração da população na Capital do Estado, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Distribuição das contas correntes nas cidades atendidas - Capital

Cidades/ agências População - 1996 Contas correntes ativas - mar/01

Contas correntes/ habitantes

Manaus 1.157.357 90.306 0,078 Aleixo 6.867 Alvorada 1.563 Barés 3.073 Boulevard 54.571 Cachoeirinha 3.963 Central 10.809 Cidade Nova 2.402 Compensa 1.789 Educandos 2.004 Parque Dez 3.265

Fonte: BEA/ FIBGE

1 Quando não considerado a participação do Governo Estadual, os depósitos nas agências da Capital têm sua média reduzida para R$ 1.683/ conta corrente ativa. O cálculo foi preparado considerando a distribuição das operações da Diger, nas agências de origem, conforme informações preparadas pela Administração do BEA.

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Distribuição das contas correntes nas cidades atendidas - Interior

Cidades/ agências População - 1996 Contas correntes ativas - mar/01

Contas correntes/ habitantes

Interior do Estado 773.006 32.983 0,043 Barcelos 16.091 644 0,040 Barreirinha 19.218 700 0,036 Benjamim Constant 23.633 1.673 0,071 Boca do Acre 24.460 1.196 0,049 Borba 23.673 1.281 0,054 Canutama 8.181 570 0,070 Carauari 20.907 587 0,028 Careiro 18.872 658 0,035 Coari 53.327 1.407 0,026 Codaiás 15.131 930 0,061 Eirunepé 25.776 1.216 0,047 Fonte Boa 22.257 999 0,045 Humaitá 25.496 1.662 0,065 Iranduba 26.612 620 0,023 Itacoatiara 64.937 2.474 0,038 Lábrea 27.517 1.120 0,041 Manacapuru 65.577 2.566 0,039 Manicoré 37.704 1.249 0,033 Maués 36.628 1.311 0,036 Nhamundá 14.384 583 0,041 Novo Aripuanã 14.275 1.050 0,074 Parintins 71.574 2.236 0,031

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Distribuição das contas correntes nas cidades atendidas – Interior (continuação)

Cidades/ agências População - 1996 Contas correntes ativas - mar/01

Contas correntes/ habitantes

Interior do Estado 773.006 32.983 0,043 Presidente Figueiredo 10.180 1.507 0,148 São G. da Cachoeira 26.992 1.484 0,055 Tefé 62.616 2.467 0,039 Urucará 16.988 793 0,047 Total atendido pelo BEA 1.930.363 123.289 0,064

Fonte: BEA/ FIBGE Conforme demonstrado na tabela, a população atendida pelo BEA está fortemente concentrada em Manaus, que corresponde a 60% da população total atendida. Da mesma forma, a base de cliente segue esta tendência e também se concentra nesta cidade. Analisando o indicador de contas correntes por população, podemos verificar uma pequena diferença entre a Capital e Interior, com melhor índice na Capital. Distribuição de funcionários Apesar de contar com maior número de agências, as agências do Interior possuem menor número de funcionários alocados que as da Capital. Isto é facilmente explicado por dois motivos principais: (a) o tamanho das agências, visto que as agências da Capital são maiores que as do Interior; e, (b) o fato do BEA contar com convênio com a Prefeitura de boa parte dos municípios em que o Banco possui agências no Interior, onde estas cedem funcionários próprios para que possa ser viabilizado a permanência da agência no município.

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Desta forma, o que podemos notar é uma grande diferença na quantidade média de funcionários por agência, quando comparamos Capital com o Interior, o que pode ser observado na tabela a seguir:

Alocação de funcionários nas agências

Descrição

Quantidade de funcionários

Quantidade de

agências

Quantidade média de funcionários por

agência Agências capital 252 10 25,2 Agências Interior 154 26 5,9 Total 406 36 11,3 Fonte: Memorando Informativo BEA

Adicionalmente, com relação às agências do Interior, o total de 85 funcionários são cedidos pelas Prefeituras das diversas municipalidades atendidas. Resultado das agências O resultado operacional das agências do 2o semestre de 2000, apresenta mais uma vez grande concentração, principalmente nas quatro principais agências do BEA. É interessante notar, que apenas duas agências do Interior apresentaram resultado operacional negativo no período descrito, sendo as agências Borba e Careiro, esta última com resultado negativo expressivo equivalente a R$ 238 mil, sendo inclusive superior às suas receitas apuradas no período.

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Ranking de resultados por agências – 2o semestre de 2000

Fonte: BEA

Central40%

Educandos10%

Demais34%

Boulevard9%

Barés7%

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2.2.3. Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva A composição do Conselho de Administração do BEA está apresentada no quadro abaixo:

Nome do Conselheiro Prazo do Mandato

Função

Marco Aurélio de Melo Vieira AGO/2001 Presidente

Sílvio Carlos do Amaral e Silva AGO/2001 Membro

Daniel Rodrigues Alves AGO/2001 Membro

Maria Virgínia Barbosa Vasconcellos AGO/2001 Membro

Silvestre de Castro Filho AGO/2001 Membro

Caixa de Previdência dos Funcionários - CABEA AGO/2001 Membro Fonte: BEA

A composição dos membros da Diretoria do BEA está apresentada no quadro abaixo:

Nome do Diretor Prazo do Mandato

Função

Fernando Lacerda Noronha AGO/2001 Presidente

Jorge Sakiyama AGO/2001 Diretor Comercial, de Crédito e Gestão de Risco

José de Carlos Miranda AGO/2001 Diretor Administrativo e de Tecnologia

Waldemir Barbosa Guimarães AGO/2001 Diretor de Gestão de Recursos de Terceiros

Paulo Roberto Brandão Pimentel AGO/2001 Diretor de Relações Institucionais

João Freire dos Santos AGO/2001 Diretor de Finanças e Controle Fonte: BEA

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A composição do Conselho Fiscal do BEA está apresentada no quadro abaixo:

Nome do Conselheiro Prazo do Mandato

Função

Kátia Aparecida Zanetti de Lima AGO/2000 Presidente

Ezio de Luna Freire Júnior AGO/2000 Membro efetivo

Alfredo Pessoa Corrêa AGO/2000 Membro efetivo

Maria Auxiliadora da Silva AGO/2000 Membro efetivo

Aderson Santos Frota AGO/200 Membro efetivo

Paulo Roberto Mendonça dos Santos AGO/200 Membro suplente

Ernesto Messias Neyrão Filho AGO/200 Membro suplente

Celmar Rech AGO/2000 Membro suplente

Inêz Maria Santos de Sá Araújo AGO/2000 Membro suplente

Francisco Renato de Aguiar Pimentel AGO/2000 Membro suplenteFonte: BEA

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2.2.4. Estrutura Acionária A estrutura acionária do BEA está caracterizada pela forte concentração de suas ações em poder da União.

Ordinárias Preferenciais Totais Acionistas Quantidade % Quantidade % Quantidade %

União Federal 6.471.229.116 99,47 4.581.733.716 97,25 11.052.962.832 98,54 CABEA 2.970.000 0,04 113.786.991 2,42 116.756.991 1,04 Outros Acionistas 31.737.434 0,49 15.652.548 0,33 47.389.892 0,42 TOTAL 6.505.936.550 100,00 4.711.173.255 100,00 11.217.109.805 100,00

Fonte: BEA

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2.2.5. Recursos Humanos Evolução do Número de Funcionários: O efetivo de funcionários do BEA vem apresentando reduções significativas nos últimos 5 anos, conforme demonstrado no quadro abaixo.

MESES 1996 1997 1998 1999 2000 2001 JANEIRO 1152 1084 1042 1001 930 708FEVEREIRO 1146 1081 1038 994 925 706MARÇO 1142 1077 1032 989 900 706ABRIL 1133 1071 1028 982 896 -MAIO 1127 1061 1023 977 894 -JUNHO 1122 1061 1018 971 720 -JULHO 1111 1058 1019 956 716 -AGOSTO 1102 1058 1013 950 715 -SETEMBRO 1098 1058 1011 946 715 -OUTUBRO 1097 1052 1009 946 713 -NOVEMBRO 1090 1049 1007 939 713 -DEZEMBRO 1087 1047 1003 935 710 -MÉDIA 1117 1063 1020 965 795 706Fonte: Departamento de Recursos Humanos BEA, 2001

Na tabela, não estão sendo considerados o Presidente e os Diretores que em março de 2001 totalizavam 06 (seis), e desta forma compondo o efetivo de 712 funcionários na data-base dos trabalhos. A redução expressiva de funcionários em cerca de 37%, é reflexo do processo de saneamento do BEA, sendo que a última redução significativa ocorreu em 2000 através de um PDVI, com a adesão total de 173 funcionários.

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Quantidade de funcionários por tempo de Empresa:

TEMPO DE EMPRESA SEXO TOTAL % MASCULINO FEMININO

ATÉ 3 ANOS 1 2 3 0,42%DE 3,1 A 6 ANOS 4 1 5 0,70%DE 6,1 A 9 ANOS 25 25 50 7,08%DE 9,1 A 12 ANOS 78 67 145 20,54%DE 12,1 A 15 ANOS 44 82 126 17,85%DE 15,1 A 18 ANOS 62 79 141 19,97%DE 18,1 A 21 ANOS 54 72 126 17,85%DE 21,1 A 24 ANOS 36 22 58 8,22%DE 24,1 A 27 ANOS 27 7 34 4,82 %DE 27,1 A 30 ANOS 14 - 14 1,98%MAIS DE 30 ANOS 3 1 4 0,57%TOTAL 348 358 706 100%

Fonte: Departamento de Recursos Humanos BEA, 2001

O quadro acima reflete a maior concentração de funcionários entre 9 e 12 anos de empresa, 20,54%, sendo também significativo o número de funcionários acima de 12 anos de serviços prestados, que totalizam 71,26%. Dentro destas faixas concentram-se 91,80% do efetivo total do BEA. A média de tempo de casa dos funcionários é de 13 anos. A população masculina representa 49,30% do efetivo total, enquanto 50,70% é representado pela população feminina.

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Número de Funcionários por Grau de Instrução:

GRAU DE INSTRUÇÃO SEXO TOTAL % MASCULINO FEMININO

Ensino Fundamental Incompleto 6 - 6 0,85%Ensino Fundamental Completo 6 - 6 0,85%Ensino Médio Incompleto 11 3 14 1,98%Ensino Médio Completo 240 220 460 65,16%Superior Incompleto 40 50 90 12,75%Superior Completo 45 83 128 18,13%Pós Graduação - 2 2 0,28%Mestrado - - - -Doutorado - - - -TOTAL 348 358 706 100% Fonte: Departamento de Recursos Humanos BEA, 2001

O nível de escolaridade dos funcionários do BEA é mediano, visto que 65,16% dos funcionários possuem o ensino médio completo, 18,13% graduação superior completa e 12,75% o nível superior incompleto. Por outro lado, 3,68% deles não concluíram o ensino médio ou possuem o ensino fundamental.

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Síntese da Folha de Pagamento de Março/01:

ITEM EM R$ #### EM US$ $$$$ A- ) SALÁRIO NOMINAL 378.855,54 175.331,14B- ) ADICIONAIS ­ ANUÊNIO 150.517,15 71.467,92­ GRATIFICAÇÃO DE FUÇÃO 173.761,07 82.504,50­ GRAT.COMPLEM. FUNCAO 3.961,60 1.881,03­ COMPLEMENTAÇÃO PROV. FUNÇÃO II 58.930,86 27.981,30­ GRATIFICAÇÃO PARA SUBSTITUIÇÃO 9.354,71 4.441,76­ RISCO/QUEBRA CAIXA 39.862,90 18.927,53­ REGULAR GRAT SUBST EVENTUAL 813,87 386,44­ RISCO QUEB CAIX PROPORC 1.298,04 616,33­ GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL 25% #### 207.431,90 98.491,94­ VANTANGENS DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO 3.437,69 1.632,27­ GRATIFICAÇÃO PARA SUBSTUIÇÃO II 1.929,34 916,08­ ADICIONAL .NOTURNO 1.704,22 809,19­ INSALUBRIDADE 60,40 28,68­ ADICIONAL LOTAÇÃO 10% 7.767,20 3.687,99­ DIÁRIAS 3.539,48 1.680,60­ OUTROS 78.252,30 37.155,43TOTAL DE ADICIONAIS 742.622,73 352.608,98C- ) REMUNERAÇÃO BRUTA ( A + B ) 1.864.101,00 885.104,55D- ) REMUNER.MÉDIA BRUTA (C÷ N.º FUNCIONÁRIOS) 2.666,81 1.266,24E- ) TOTAL ENCARGOS SOCIAIS 141.205,75 67.046,72

F- ) TOTAL ( C + E ) 2.005.306,75 952.151,27

#### Parcela paga todo mês.

$$$$ Taxa de conversão do Dólar = 2,10608 em 31.03.01.

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G- ) BENEFÍCIOS ­ AUXÍLIO DOENÇA 10.531,93 5.000,73­ AUXÍLIO CRECHE 36.600,00 17.378,26­ AUXÍLIO EXCEPCIONAL 390,00 185,18­ AUXÍLIO MATERNIDADE 2.770,42 1.315,44­ ASSISTÊNCIA ALIMENTAÇÃO 245.457,20 116.546,95­ SEGUROS DE VIDA 2.421,08 1.149,57­ ASSISTÊNCIA HOSPITALAR 35.438,72 16.826,86TOTAL BENEFÍCIOS 333.609,35 158.402,98H- ) TOTAL GERAL ( F + G ) 2.338.916,10 1.110.554,25I- ) MÉDIA GERAL ( H ÷ No FUNCIONÁRIOS ) 3.346,09 1.588,78

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2.2.6. Informática e Tecnologia Introdução Reconhecendo que os serviços relacionados com a Tecnologia da Informação não fazem parte do seu core business, o BEA optou pela terceirização dessa área funcional, adotando o outsorcing total das operações de informática. Este outsourcing, foi patrocinado por antigos profissionais da área de informática da instituição, que após o desligamento coletivo do quadro de funcionários, formaram uma cooperativa para prestar serviços de tecnologia e processamento de dados ao BEA. Dessa forma, o BEA manteve apenas uma área como ponto de contato entre os terceiros e os usuários/gestores internos, a ASTOC – Assessoria de Tecnologia, Organização e Métodos e Atendimento ao Cliente, a qual tem a responsabilidade de desenvolver e acompanhar a implantação de projetos, e administra os contratos, atividades e níveis de serviços, por empresa prestadora, de modo a manter todas as áreas da instituição suportadas pelos recursos tecnológicos disponibilizados. O processamento dos sistemas e a execução dos processos do BEA, estão ocorrendo em 3 ambientes distintos, parcialmente integradas. Tais ambientes são as seguintes: a. Canal de Atendimento

% Terminais ATM e Salas de Auto - Atendimento

% Terminais de Caixa

% Servidores Locais

% Call Center

% Rede Verde - Amarela

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b. Departamental

% Estações de Trabalho

% Servidor Corporativo

% Ferramentas de automação de serviços de escritório baseado em produtos Microsoft

c. Mainframe

% Estações de trabalho que emulam terminais Mainframe

Estrutura de Hardware a. Mainframe % CPU: IBM Multiprise 3000 7060-H50, Memória 2GB, 1 Processador 120 Mips, dividida logicamente em duas partições (Produção e Desenvolvimento),

utilizando recursos de LPAR, com 2 placas de rede Fast Ethernet, 8 Canais Paralelos e 12 Canais Escon

% Discos: 216 GB SSA RAID-5 e 1024 Mb de Cache

% Risc/6000: Modelo 43P 133Mhz

% Fita Rolo: Modelo 3420, com unidade de controle 3803

% Controladoras de Comunicação Remota: Modelo 3735, com 96 linhas

% Controladoras de Comunicação Local: Modelo 3174, com 32 terminais cada

% Conexão ao Mainframe: HUBS 8224 Ethernet Stackbale IBM, IBM 2210 NWAYS MULTIPROTOCOL ROUTER IBM 8271 NWAYS ETHERNET LAN SWITCH

% Placas Fast Ethernet

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b. Servidores Rede Padrão de Agências

% Pentium II 400 Mhz

% Memória 856 Mb

% Placa Procomp IPP-3040

% HD9610 SCSI 9 GB

% Drive de 1.2 Mb

% Monitor SVGA

% Teclado de 101 teclas

% Terminais de Caixa Pentium II 400 Mhz

% Terminais de Extrato CPU Pentium II 400 Mhz

% Estação de Retaguarda – DT 9500, CPU Pentium II 400 Mhz

% Terminais de Cash Dispenser ATM Full CD 3700

% Nobreak de 1.0 kva

c. Servidores e Estações de trabalho para automação de agências

% Servidores de arquivos, aplicação e comunicação: 59

% Terminais de Recepção e Retaguarda: 43

% Terminais de Extrato e Saldo: 43

% Terminais de Caixa: 43

% Impressoras Gráficas: 59

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d. Estações de trabalho da automação de escritório da Direção Geral

% Estações de trabalho: 304

e. Terminais de Auto - Atendimento

% Estações de Atendimento: 20 máquinas Procomp, modelo DT9529

% Atm Full: 40 máquinas Procomp, modelo CD 3774

% Terminais de Consulta: 48 máquinas Procomp, modelo TCV3704

Estrutura de Comunicação % Rede de comunicação por satélite, a velocidade de 64 Kbps A comunicação entre as agências e o sistema central (mainframe) é efetuada através dos seguintes meios: % Circuitos Transdat, velocidade entre 4.800 e 9.600bps

% Circuitos DataSat-bi

% Protocolos de Comunicação TCP-IP

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Software No ambiente das agência e postos é utilizada a seguinte configuração: % Sistemas Operacionais: Windows NT 4.0, Windows 95/98 e OS/390

% Linguagens: Visual Basic, C++ , Cobol Cics 2.0 e Natural 2.3.2

% Banco de Dados: SQL Server 7.0 e Adabas 6.2.1

% Outros: PC Anywhere

Software Básico – Grande Porte ACF/VTAM 3.4.0

ADABAS 6.2.1

CICS/ESA 4.1

NATURAL 2.3.2

OS 390 2.9.0

RACF 2.1.0

SOLVE 3.7.0 (EASINET, MAI, MAI/EF, NCL/DEBUG,OCS, SYSPLEX)

TCP/IP 3.1.0

TSO/E ENU 2.4.0

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Topologia, Arquitetura e Desenvolvimento a. Agências e Postos

% Hub 12 portas 3 Com

% Router Cisco Series 800

b. CPD e Diger

% Roteador, Hubs e Switches (IBM)

% Roteador MP/RT (Cyclades)

% Roteador Cisco

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2.2.7. Parcerias

O BEA mantém hoje uma série de parcerias com organismos públicos e privados. Cabe ao banco, por exemplo o pagamento de serviços prestados por fornecedores ao Governo do Estado, não sendo remunerado por esta atividade2. Dentre os principais serviços prestados pelo BEA, destacam-se: • Pagamento ao Funcionalismo Público (o BEA realiza o pagamento dos salários de cerca de 95.000 funcionários do Estado, cujos recursos giram em

torno de R$ 65 milhões/mês); • Pagamento aos Aposentados e Pensionistas (o BEA realiza o pagamento a cerca de 5 mil aposentados e pensionistas); • Pagamento aos Fornecedores do Estado;

• Centralização da Arrecadação dos Impostos Estaduais; • Convênios com Prefeituras e Câmaras Municipais; • Convênios com concessionárias; • Receita Federal (IRPF); e • Arrecadação e pagamento do INSS.

2 Os serviços prestados para o Governo do Estado e para a Prefeitura de Manaus não são remunerados devido ao volume de recursos depositados pelos mesmos no BEA. No caso dos serviços prestados para a União Federal, dependendo da natureza, os mesmos podem ou não ser remunerados. Já os serviços prestados junto ao Setor Privado são remunerados em sua totalidade.

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2.2.8. Acordo de Basiléia

O BEA atende as exigências do Acordo de Basiléia, apresentando um índice de 59,78%, ou seja, seu capital total corresponde a 59,78% do total de seus ativos ponderados de acordo com suas classes de risco. Tal índice supera os 11% mínimos exigidos pelo Acordo da Basiléia, indicando um excesso de Capital frente a atual configuração dos ativos do Banco, reflexo do aporte de Capital efetuado como parte do processo de federalização do BEA, a título de saneamento para o processo de privatização.

Descrição Valores em 31/03/2001 R$ Mil

A) Total do Ativo 527.263 B) Total do Ativo Ponderado 174.030 C) Patrimônio Líquido Ajustado 104.029 D) Patrimônio Líquido / Ativo Ponderado (C/B) - % 59,78%

Fonte: Memorando Informativo BEA

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2.3. DIAGNÓSTICO OPERACIONAL 2.3.1. Base de Clientes

Com atuação limitada ao Estado do Amazonas, o BEA possuia na data-base de 31 de março de 2001, 123.289 contas correntes ativas e 52.293 contas de poupança, as quais correspondem a 164.629 clientes. Comparativamente à população do Amazonas, assumindo-se que o número de clientes é igual a 1,064 contas (correntes e de poupança), conforme relação "clientes vs. contas correntes e poupanças", os clientes do BEA nesta data representavam aproximadamente 5,8% do total da população.

Relação dos 5 municípios com maior número de Contas Correntes

Municípios Contas Correntes

Manaus 90.212 Manacapuru 2.566 Itacoatiara 2.474 Parintins 2.236 Tefé 2.467 TOTAL DOS 5 MAIORES 99.955 Fonte: BEA

Cabe destacar que a base de clientes do Banco está significativamente concentrada na Capital do Estado, sendo que cerca de 76% dos negócios do BEA são realizados em Manaus. As operações efetuadas no interior do Estado representam 24% dos negócios do Banco.

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Analisando-se a distribuição de contas correntes ativas verifica-se uma concentração do número de contas correntes em 5 municípios, sendo esses, responsáveis por 83,6% do total de clientes do Banco.

Distribuição de CC Ativas

Municípios A84%

Municípios B16%

Fonte: BEA OBS.: Municípios A: Correspondem aos 5 municípios com o maior número de contas correntes

ativas. Municípios B: Correspondem aos demais municípios.

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Podemos inferir também, através da análise anterior, que a maior parte dos clientes do Banco concentra-se nas regiões urbanas do Estado, fato diretamente associado à distribuição sócio-econômica da população dos 26 municípios onde o BEA está presente. Verifica-se que para tais municípios aproximadamente 83% da população economicamente ativa é classificada como população urbana. Cabe destacar a relevância da cidade de Manaus nesta estatística, tendo em vista que se esta cidade fosse excluída da análise, a distribuição da população economicamente ativa seria de 57% para PEA urbana e 43% para PEA Rural.

PEA Urbana X PEA Rural

PEA Urbana83%

PEA Rural17%

Fonte: Análise DTT OBS: Análise considera apenas os municípios onde o BEA possui agências

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2.3.2. Perfil das Operações OPERAÇÕES DE CRÉDITO A carteira de crédito do BEA apresenta-se concentrada principalmente em créditos comerciais. Nos últimos anos, o BEA promoveu mudança em sua política operacional e, a partir do 2° semestre de 1999, a ênfase dos negócios que pratica são as operações destinadas ao funcionalismo público. As aplicações são pulverizadas, disseminadas no nicho de mercado integrado por funcionários públicos estaduais, municipais e aposentados do INSS. A principal garantia dos empréstimos é a autoliquidez, uma vez que os beneficiários têm seus proventos creditados no Banco. A característica dessa operação, apresenta reduzido nível de risco e consequente baixo índice de inadimplência.

Carteira de Crédito - Junho/99

1% 9%

2%

9%

78%

Adiantamento a Depositantes eTítulos Descontados

Empréstimos p/ FuncionalismoPúblico

Outros empréstimos

Financiamentos

Financiamentos imobiliários

Total da Carteira de Crédito - R$ 288.847 mil

Carteira de Crédito - Março/2001

8%

77%

5%

11%0%

Adiantamento a Depositantes eTítulos Descontados

Empréstimos p/ FuncionalismoPúblico

Outros empréstimos

Financiamentos

Financiamentos imobiliários

Total da Carteira de Crédito - R$ 150.087 mil

Fonte: BEA Tal mudança operacional foi consolidada através do processo de saneamento, o qual iniciou-se no 2° semestre de 1999 com a assinatura do Termo de Compromisso, onde as operações de crédito imobiliário foram alienadas para o Estado do Amazonas. Com o achatamento da carteira, o BEA possui atualmente uma reduzida quantidade de produtos, conforme demostrado a seguir:

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A. Crédito Comercial:

CREDIBEA Modalidade de crédito a qual destina-se à assistência ao funcionalismo público estadual e municipal, os quais recebem seus proventos através do Banco. Os produtos que compõem esta linha de crédito e suas características, são demonstrados na tabela abaixo:

Características Credisalário Crediescola Credi Informática Credi Bea Detran Credi Bea Celular Propósito Atender as necessidades

imediatas e eventuais dos funcionários públicos estaduais e municipais, através da antecipação do salário mensal.

Tem por objetivo prover os beneficiários com recursos para atender suas necessidades imediatas de aquisição de material escolar, fardamento, matrícula e mensalidades.

Linha especial de crédito destinada para a aquisição de computador e material de informática.

Linha de crédito para o pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, e demais despesas próprias de regularização do veículo.

Linha de crédito para aquisição e habilitação de aparelho(s) celular(es) através do convênio BEA/NBT (Norte Brasil Telecom).

Valor Mínimo de Concessão

R$ 200 R$ 200 R$ 200 R$ 200 Menor valor do aparelho constante da tabela de preços da NBT, mais os encargos operacionais.

Valor Máximo de Concessão

Até 8 vezes o salário líquido

Até 4 vezes o salário líquido

R$ 3.000 R$ 3.000 A soma de até três aparelhos conforme a tabela de preços da NBT e encargos operacionais.

Juros 3,75% am 2,70% am 2,95% am até 12 meses e 3,95% am acima de

2,95% am 2,95% am

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12 meses Prazo Máximo 36 parcelas mensais 12 parcelas mensais 24 meses 12 meses 24 parcelas mensais A política de concessão de crédito da linha Credibea segue a seguinte regra: ! máximo de três produtos da linha Credibea por funcionário público; e ! o total dos empréstimos tomados possuem o limite máximo de até 8 vezes o salário líquido. O Credisalário é o produto mais significativo da carteira de crédito de funcionalismo público, representando cerca de 88% do total desta carteira em março de 2001. Ainda nesse período, este produto contemplava 37.578 servidores.

-

40.000

80.000

120.000

160.000

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução da Carteira Média Credi BEA - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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CREDIPESSOAL Linha de crédito destinada para os clientes que necessitam de recursos para atender suas necessidades imediatas e eventuais. Os beneficiários desta modalidade de empréstimo são as pessoas físicas (assalariados e profissionais liberais). Em março de 2001, este produto contemplava 3.287 clientes. Suas características são: ! Valor de Concessão: mínimo de R$ 200 e máximo de 3,5 vezes o salário líquido; ! Prazo Máximo: 12 parcelas mensais; ! Juros: 4,5% am; ! Garantia: aval.

-

1.000

2.000

3.000

4.000

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução da Carteira Média de Credipessoal - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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CREDIGIRO Linha de crédito destinada às empresas com o objetivo de assisti-las em suas necessidades de capital de giro. Em março de 2001, este produto contemplava 594 clientes. Suas características são: ! Prazo Máximo de até 12 parcelas mensais; ! Garantia: nota promissória com avais podendo ser acrescentado alienação fiduciária e/ou caução de duplicatas; ! Os juros desta operação são definidos de acordo com as garantias apresentadas pelos clientes podendo variar de 2,44% am até 3,70% am.

-

3.000

6.000

9.000

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução da Carteira Média de Credigiro - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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CREDICHEQUE Destinado às empresas que aceitam cheques pós-datados, com antecipação de até 85% do valor apresentado pelo cliente. Em março de 2001, este produto contemplava 24 clientes. Suas características são: ! Prazo: mínimo de 10 dias e máximo de 120 dias; ! Garantia: Custódia de cheques.

-

100

200

300

400

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução da Carteira Média de Credicheque - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DE EMPRÉSTIMOS As receitas de Empréstimos (os quais são compostos pelos produtos anteriormente descritos) revelam-se como principal fonte de receita das operações de crédito do BEA, representando em março de 2001 cerca de 87,5% desta receita. A evolução destas receitas nos últimos quinze meses, deve-se principalmente ao fato do aumento dos prazos de pagamento dos produtos destinados ao funcionalismo público.

-

1.500

3.000

4.500

6.000

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução das Receitas de Empréstimos - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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CHEQUE ESPECIAL O Cheque Especial é um instrumento de crédito rotativo disponibilizado em conta corrente de pessoa física, para livre movimentação. É atualmente concedido a cerca de 5.411 clientes, com valor de crédito disponibilizado de R$ 7.791 mil e utilizado de R$ 1.992 mil. Em março de 2001, a receita acumulada de cheque especial foi de R$ 86 mil.

-

10

20

30

40

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução das Receitas de Cheque Especial- R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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TÍTULOS DESCONTADOS Modalidade direcionada às pessoas jurídicas, onde é feito o adiantamento de recursos sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança, de forma a antecipar o fluxo de caixa dos clientes do Banco. Em março de 2001, este produto contemplava 123 empresas e o saldo desta carteira representava cerca de 7,4% do total das operações de crédito.

-

150

300

450

Jan-00 Fev-00 Mar-00 Abr-00 Mai-00 Jun-00 Jul-00 Ago-00 Set-00 Out-00 Nov-00 Dez-00 Jan-01 Fev-01 Mar-01

Evolução das Receitas de Títulos Descontados - R$ Mil

Fonte: BEA – Gerência de Negócios e Serviços

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B. Produtos de Fomento: Embora tenha interrompido a operação de novos repasses após o processo de saneamento, o qual se iniciou no 2° semestre de 1998, o BEA está credenciado a repassar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Os saldos de repasses existentes referentes a empréstimos antigos vêm, em sua totalidade, diminuindo gradualmente à medida em que o Banco vai saldando os seus compromissos com repasses de instituições oficiais.

Evolução das Obrigações por Repasses - R$ Mil

0

15.000

30.000

45.000

60.000

Dez-98 Dez-99 Dez-00 Março de 2001 (*)

Tesouro Nacional BNDES CEF FINAME Outras Instituições

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas (*) Demonstrações Financeiras não auditadas

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OPERAÇÕES DE CAPTAÇÃO Como instrumentos de captação destacam-se as modalidades tradicionais existentes no mercado: depósitos à vista, depósitos de poupança e depósitos a prazo. Nota-se a redução das captações no ano e 1998, devido principalmente ao fato da diminuição dos depósitos de governo. A partir de 1999, verifica-se crescimento dos depósitos, que em conjunto cresceram em média 14% ao ano. Destacam-se os crescimentos médios anuais dos depósitos à prazo que a partir de 1999 apresentaram crescimento de 57%. Abaixo apresentamos o gráfico da evolução do total das captações realizadas pelo banco desde 1997.

Evolução das Captações de Depósitos - R$ Mil

-

100.000

200.000

300.000

400.000

Dez-97 Dez-98 Dez-99 Dez-00 Março de 2001 (*)

Depósitos à vista Depósitos de poupança Depósitos a prazo

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas (*) Demonstrações Financeiras não auditadas

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Deposito à Vista % Público alvo são pessoas físicas e jurídicas. Os depósitos de livre movimentação permanecem à disposição de seus correntistas para saques à vista.

Sobre os depósitos à vista, o BACEN não permite o pagamento de quaisquer rendimentos. Depósito de Poupança Os depósitos de poupança são destinados à pessoas físicas e jurídicas. A captação destes recursos deve ser destinada em 70% à aplicação em crédito imobiliário, no entanto, o BEA está efetuando recolhimento do valor correspondente aos referidos 70%, em TVM no BACEN. Este fato deve-se à alienação de sua carteira de crédito imobiliário, conforme mencionado anteriormente neste relatório. O BEA disponibiliza para os seus clientes o produto Multipoupança, cujas características são descritas abaixo: ! Poupador pode efetuar diversas aplicações no mês sem a necessidade de abrir novas contas; ! Uma única conta com várias datas de aniversário; ! Rentabilidade mensal nas diversas datas em que haja depósitos efetuados; ! Possibilidade de saques parciais, resguardando a rentabilidade sobre o menor saldo; ! Juros mensais de 0,5% + variação da TR da data da aplicação; ! Liquidez assegurada a qualquer dia; ! Garantia do Governo Federal até limite de R$ 5.000,00; ! Isenta de Imposto de Renda e IOF.

Depósito a Prazo % RDB - Recibo de Depósito Bancário – investimento que garante ao cliente o resgate do valor aplicado, acrescido do rendimento obtido por taxa de juros

negociada, ao final do prazo estabelecido, deduzidas as despesas de imposto de renda. Este recibo é intransferível.

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% CDB - Certificado de Depósito Bancário - investimento que garante ao cliente o resgate do valor aplicado, acrescido do rendimento por uma taxa de

juros negociada, ao final do prazo fixado, deduzidas as despesas de imposto de renda. O certificado pode ser endossado pelo cliente para outra pessoa ou instituição, após os primeiros 30 dias de prazo. O BEA disponibiliza para seus clientes CDB's nas modalidades pré e pós fixada. Dentro das captações de depósitos do BEA na data-base de 31 de março de 2001, verifica-se a relevância do montante dos Depósitos a Prazo em relação aos demais, representando 59,2% do volume total.

Composição dos Depósitos em Março de 2001

Depósitos à vista31%

Depósitos de poupança10%

Depósitos a prazo59%

Fonte: Demonstrações Financeiras não auditadas

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Fundo de Investimento Financeiro: BEAFIF Curto Prazo % Constituído em setembro de 1995, sob a forma de condomínio aberto, o BEAFIF Curto Prazo é um fundo de investimento financeiro com prazo de

duração indeterminado. O objetivo é propiciar a seus participantes rentabilidade e liquidez, mediante aplicação dos recursos em títulos de renda fixa. O fundo é administrado pelo BEA, sendo que a título de remuneração deste serviço é cobrado dos quotistas a taxa de 1% a.m. referente à administração dos recursos do Fundo. No caso da rentabilidade do fundo exceder a rentabilidade média dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI's), é adicionalmente cobrado dos quotistas a taxa de performance de até 10% a.m. A política de investimentos do BEAFIF CP é demonstrada a seguir:

1. A carteira do Fundo deverá subordinar-se aos requisitos de composição e diversificação impostos pelas normas em vigor, com preponderância em

títulos de renda fixa; 2. Administrador poderá, ainda, aplicar os recursos do Fundo em títulos de sua própria emissão ou de empresas a ele ligadas. Em março de 2001, a aplicação dos recursos do fundo e a composição de seu patrimônio líquido estavam assim distribuídas:

Aplicação dos Recursos

Títulos Públicos Federais - LFT's

87%

Títulos Privados CDB's do BEA

13%

Composição do Patrimônio Líquido

Governo88%

Pessoa Jurídica6%

Pessoa Física 6%

Fonte: BEA - Departamento Financeiro e de Planejamento

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2.4. ANÁLISE RETROSPECTIVO-FINANCEIRA Com base nas demonstrações financeiras auditadas dos últimos quatro exercícios, findos em 31 de dezembro de 1997, 1998, 1999, 2000 e do período de 3 meses não auditado findo em março de 2001 (data-base), procedemos a uma análise retrospectivo-financeira do BEA. Abaixo descrevemos os principais elementos constatados durante nossa análise. Origem dos Resultados O Sistema Financeiro Nacional, desde sua formação na década de 60, passou por várias fases, sem, contudo, conseguir estabilizar-se ou encontrar um caminho definitivo de atuação. A fase seguinte começava sem que a anterior houvesse terminado, fazendo da economia e do setor bancário um grande laboratório de testes. Nas três últimas décadas, o Sistema foi expandido, contraído, fusionado, direcionado para câmbio, crédito, financiamento das contas governamentais, demitiu, empregou, fechou agências, abriu postos bancários, informatizou-se, virtualizou-se, enfim, sem vida própria, seguiu as macro definições das políticas econômicas de estabilização, tentando encontrar seu próprio perfil, mas preso às inconstâncias do país. Após a implantação do último e mais duradouro Plano de Estabilização, que já dura 7 anos, o sistema precisou mostrar mais originalidade e desenvoltura para se adaptar a uma nova conjuntura de taxas reduzidas de inflação. Alguns bancos conseguiram transpor a fase de ganhos com float para os ganhos com spreads com relativa facilidade, pois já se preparavam internamente para um momento como o que ocorreu. Outros mostraram a verdadeira fragilidade de suas estruturas e sucumbiram no meio do processo. Os bancos estaduais, que tiveram sua performance mais afetada com o fim da inflação, vêm passando pelo Programa de Reestruturação dos Bancos Estaduais, promovido pelo Governo Federal desde agosto de 1996 através da Resolução 1.514. Essas oscilações se refletem no perfil das receitas e despesas do BEA. Na condição de banco estadual de varejo, a principal fonte de receita do banco é derivada das Operações de Crédito. Até 1998, o aumento do volume da carteira de crédito, e a manutenção dos spreads em níveis elevados, permitiram

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ganhos importantes nesta receita. Em 1999, como parte do processo de saneamento, houve a venda da carteira imobiliária ao Estado do Amazonas3, havendo grande retração na receita naquele ano. Em 2000, apesar da mudança de estratégia, a receita de operações de crédito derivada principalmente de operações efetuadas com funcionalismo público, apresentou uma pequena retração em virtude da queda das taxas de operação de crédito, como verificado no setor financeiro em geral. Nos últimos cinco anos, o BEA vem realizando esforços para reduzir as despesas administrativas e de pessoal, principalmente através do ajuste do quadro de funcionários, que apresentou sua mais forte redução em 2000. No entanto, as despesas referentes a esse ano incorporam gastos estruturais, mantendo-se em nível elevado. No período analisado, as despesas administrativas e de pessoal vêm se mostrando estáveis. Apesar da grande queda nos spreads, e da redução no ganho inflacionário com consequente queda na receita obtida com os floats, as receitas de Prestação de Serviços não tiveram crescimento expressivo até o ano de 1999, seguindo tendência verificada no setor financeiro nacional em geral. Já no ano de 2000 essa receita apresentou um crescimento expressivo, da ordem de 76%, devido ao fato da transferência dos recursos do governo aplicados em depósitos a prazo para a aplicação no Fundo de Investimento administrado pelo BEA. No tocante ao resultado, o prejuízo registrado em 1998 foi agravado pela necessidade de aumento das provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa, em função do ajuste imposto pelo Banco Central, visando o processo de saneamento do BEA. O resultado negativo apresentado no ano de 2000, foi principalmente motivado pela ocorrência de despesas conjunturais, tais como o PDVI e o complemento de provisão para operações de crédito, devido às novas regras de provisionamento estipuladas pelo Banco Central através da Resolução 2682 .

3 Em julho de 1998 foi assinado o "Termo de Compromisso" entre o Estado do Amazonas e o Banco Central, com interveniência do Ministério da Fazenda e do BEA, o qual dentre outras aplicações, atribuiu à União, a obrigação de financiar o Estado do Amazonas para adquirir a totalidade da Carteira Imobiliária do Banco do Estado do Amazonas. Esta carteira foi alienada à CEF pelo Estado.

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O BEA prioriza as captações em produtos tradicionais de mercado ao passo que títulos e valores mobiliários respondem por grande parte de suas aplicações.

ATIVOS

ESTRUTURA PATRIMONIAL - MARÇO/01PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Disponibilidades (4,1%)

Relações Interfinanceiras + Interdependências (11%)

Operações de Crédito (27,5%)

Outros Créditos (1,9%)Outros Valores e Bens (0,2%)

Ativo Permanente (3,1%)

Depósitos (63,9%), divididos em:• A vista (31,1%)• Poupança (9,8%)• A Prazo (59,1%)

Relações Interfinanceiras + Interdependências (1,5%)Obrigações por Empréstimos e Repasses (3,3%)

Outras Obrigações (7,2%)

Patrimônio Líquido (24,1%)

TOTAL= R$ 527 Milhões

Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (5,7%)

Títulos e Valores Mobiliários (46,5%)

Fonte: Demonstrações Financeiras não auditadas Análise: Deloitte

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ATIVO Aplicação dos Recursos % Inicialmente o BEA tinha as atividades voltadas à Carteira Comercial com a missão Institucional de contribuir para o desenvolvimento econômico e

social do Estado, através das operações bancárias de crédito e da prestação de assistência financeira a empreendimentos comerciais, industriais, agropecuários e extrativos. Na década de 90, o BEA passou a operar como Banco Múltiplo o que deflagrou o processo de remodelagem patrimonial, operacional e tecnológica da Instituição. Nos últimos anos, a principal aplicação do BEA é oriunda de operações de crédito voltadas ao funcionalismo público, uma vez que o Banco é responsável pelo pagamento do salário dos funcionários públicos do Estado do Amazonas. Como parte do processo de saneamento, a antiga carteira imobiliária foi vendida ao Estado do Amazonas e deste à Caixa Econômica Federal. A partir do 2° semestre de 1999, devido ao aumento de capital para recomposição patrimonial e absorção de prejuízos, o BEA passou a aplicar grande parte de seus recursos em títulos e valores mobiliários.

Operações com Títulos e Valores Mobiliários % Até 1999, esta aplicação não era representativa em sua estrutura, passando a ser privilegiada a partir do 2° semestre daquele ano, com a entrada de

recursos para aumento de capital. Esses recursos, oriundos do acordo entre a o Estado do Amazonas e o BACEN, com interveniência do Ministério da Fazenda e do BEA, foram direcionados para papéis líquidos (títulos públicos federais) que melhoraram sua condição de liquidez. Em 1999, apesar de não ser o foco do banco, tais operações representavam 56% do total de suas aplicações. As operações com Títulos e Valores Mobiliários registraram queda acentuada no ano de 2000, representando 24% do total das aplicações. Esta redução ocorreu devido a estratégia do Banco de destinar parte da carteira de Títulos Públicos (LFT's) para o Fundo de Investimento administrado pelo Banco. Em março de 2001, esses títulos retornaram para a carteira de Títulos e Valores Mobiliários do Banco, fazendo com que a mesma representasse 46% do ativo total do BEA4.

TVM - Vinculados ao Banco Central

4 Devido a transferência de Títulos Públicos da carteira de TVM para o Fundo de Investimento do BEA, ocorrida em 2000, os recursos do Governo contidos no Banco foram redirecionados para esta aplicação, visando uma melhor rentabilidade. Já em 2001, com a retorno destes títulos para a carteira de TVM do BEA, o Governo passa a priorizar suas aplicações em depósitos a prazo.

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% Devido à venda da carteira imobiliária ao Estado do Amazonas, de acordo com o contrato de aquisição de créditos, o BEA atualmente não possui carteira imobiliária para direcionar os recursos captados através de depósitos de poupança. Dessa forma, no sentido de corrigir a situação específica apresentada, sem haver a necessidade de efetuar-se novas operações relacionadas à carteira imobiliária, o BEA possui títulos vinculados ao BACEN em montante suficiente para cumprimento das exigências legais de direcionamento dos depósitos de poupança. Em março de 2001, tal montante representava 9,4% do total da carteira de títulos e valores mobiliários.

Operações de Crédito % Até 1998, as operações de crédito representavam aproximadamente 65% do ativo, representadas principalmente por operações efetuadas com

funcionalismo público e operações de crédito imobiliário. A partir do 2° semestre de 1999, com a alteração na estratégia operacional, as operações de crédito sofreram uma sensível diminuição devido à transferência da carteira imobiliária para o Estado do Amazonas, oriunda do processo de saneamento do Banco. Outro fator que impulsionou a redução da carteira de crédito foram as medidas tomadas visando a restrição de empréstimos em valores elevados, e também pelo grande complemento efetuado na provisão para créditos de liquidação duvidosa.

% No sentido de buscar alternativas de menor risco, a partir de julho de 1998, o banco passou a adotar as seguintes estratégias: (i) inibição de operações com valores elevados; (ii) não assumir passivos que impliquem aumento real das obrigações e despesas; (iii) restrições na concessão e renegociação de créditos; e, (iv) promover ações efetivas para recuperação de créditos em atraso, inscritos em CL ou compensados em prejuízo.

% Nos últimos anos o BEA vem aplicando seus recursos em operações de crédito voltadas ao funcionalismo público (crédito consignado) através de uma linha de crédito destinada aos funcionários públicos que recebem seus salários através da instituição (Credi Salário), além das operações relacionadas a conta garantida (cheque especial). O Banco possui também produtos destinados a pessoas físicas, tais como Crédito Pessoal e Cheque Especial, e produtos destinados para pessoa jurídica, tais como Credigiro, Credicheque e Títulos Descontados.

% O Credi Salário possui as seguintes características com relação à concessão de crédito: (i) concessão máxima limitada em até 8 salários líquidos; (ii) disponível somente para funcionários públicos estaduais e municipais, ativos, aposentados e pensionistas, da administração direta e indireta, que recebem salários no BEA através de crédito em conta corrente. Operacionalmente, esta linha de crédito possui as seguintes características: (a) prazo teórico de amortização de até 36 meses; e, (c) liberação simplificada de recursos, mediante consulta do sistema efetuada pelos caixas das agências.

% As vantagens obtidas pelo BEA com a implantação do Credi Salário foram: (i) ampliação das rendas de crédito; (ii) otimização do nível de fidelidade de seus clientes; (iii) risco mínimo de inadimplência; e, (iv) desburocratização do processo de liberação de crédito com consequente diminuição nas despesas relacionadas.

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% Atualmente, o BEA possui uma administração de crédito eletrônica, sendo que os serviços manuais restringem-se aos referentes à formalização de crédito.

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Inadimplência % O custo intrínseco deste setor de atuação é a inadimplência, que caminha lado a lado com a expansão do crédito. O baixo nível de inadimplência do

BEA, deve-se ao fato de sua carteira de crédito estar significativamente concentrada em crédito consignado junto ao funcionalismo público, o que minimiza o risco de inadimplência destas operações. Nos anos de 1998 e 1999, os índices de inadimplência do BEA correspondiam respectivamente a 0% e 0,2% da carteira média de crédito. O nível de inadimplência atingiu seu patamar mais elevado em 2000, correspondendo a 10,3% sobre a carteira média de operações de crédito. Esta evolução explica-se pela adequação da carteira de crédito às normas estipuladas pela Resolução 2682 do Banco Central. Em março de 2001, o nível de inadimplência recuou aos patamares anteriores representando 0,1% da carteira média (as operações de crédito consignado representavam 77% do total da carteira de crédito do BEA neste período).

PASSIVO

Captação de Recursos % Como típico banco de varejo, atestado pela base de cerca de 172 mil clientes ativos em março de 2001, sendo grande parte deles funcionários públicos,

tem os depósitos como sua principal fonte de captação. Dentro do grupo dos depósitos, a captação através de depósitos à vista foi a mais significativa nos anos de 1997 à 2000, representando respectivamente 60%, 50%, 38% e 46% do total dos depósitos nesses anos. Em março de 2001, a captação mais significativa foi através de depósitos à prazo, representando 59% do total. A captação de recursos através do Governo constitui significativa fonte de captação do BEA, representando 47% do total captado através de depósitos em março de 2001.

Depósitos a Prazo % Em 1998, o nível de captação através de depósitos a prazo apresentou sensível crescimento, porém ainda não apresentava proporção significativa do

total das captações. No ano de 2000, o nível de captação através de depósitos a prazo experimentou crescimento significativo e constituiu-se em importante fonte de captação para aquele ano. Em março de 2001, as captações de depósitos tornaram-se a fonte de captação mais significativa do BEA, representando 59% do total captado através de depósitos. Este aumento deveu-se ao fato de aplicação dos recursos do Governo, anteriormente aplicados em fundo de investimento, terem sido redirecionados para aplicação em CDB's do BEA.

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Depósitos à Vista % Os depósitos à vista experimentaram queda significativa em 1998 e 1999, devido principalmente ao fato diminuição dos depósitos de governo. Em

2000, os depósitos à vista experimentaram recuperação em relação às sucessivas quedas dos anos anteriores, sendo que em março de 2001, os níveis destes depósitos demonstraram-se praticamente estabilizados. Neste período, a captação de recursos à vista através de depósitos de Pessoa Jurídica, representava 38% do total captado. Esta constitui-se na principal fonte de captação de depósitos à vista do BEA, seguida da captação de recursos à vista junto ao Governo, a qual representava 33% dos depósitos à vista do Banco. Os depósitos à vista constituem-se fonte significativa de captação do BEA, representando 31% do total captado através de depósitos.

Depósitos de Poupança % Esta fonte de recursos experimentou crescimento moderado até 1999. Em 2000, a captação de depósitos de poupança sofreu uma queda significativa, da

ordem de 51%. Esta redução ocorreu principalmente devido a transferência de depósitos judiciais, os quais estavam contabilizados em depósitos de poupança, para o Banco do Brasil. Este medida foi adotada visando o atendimento de ofício do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. A importância que se dá a esta forma de captação se justifica pelo reduzido custo financeiro e relativa estabilidade da média dos depósitos. Em março de 2001, esta fonte de captação representava 10% do total captado através de depósitos.

Captações no Mercado Aberto % As captações no mercado aberto, através de carteira própria ou de terceiros, têm se mantido pouco representativas desde 1997, sendo que em março de

2001, o BEA não se utilizou desta modalidade como fonte de captação. Obrigações por Empréstimos e Repasse % As captações através deste tipo de modalidade têm se mostrado pouco representativas desde 1997. Atualmente, o BEA não tem efetuado novas

operações utilizando-se de recursos para repasse.

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Prejuízos Fiscais e Base Negativa da Contribuição Social % O BEA possui créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social, no montante de R$ 77.026 mil e R$ 127.465 mil,

respectivamente. Créditos Tributários Temporários % O BEA não efetuou contabilização de créditos tributários temporários em março de 2001, os quais são oriundos de saldos de prejuízo fiscal, base

negativa de contribuição social e diferenças tributárias. Se o fizesse, o montante registrado seria de R$ 29.430 mil5.

5 Considerou-se a alíquota de 8% de contribuição social, para cálculo desta estimativa.

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A seguir apresentamos uma série de gráficos, a partir do quadro abaixo, visando ilustrar os principais indicadores do banco.

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES

R$ Mil Descrição Dez-97 Dez-98 Dez-99 Dez-00

Ativo Total 510.476 414.808 448.856 405.496Patrimônio Líquido (PL) 98.902 93.051 126.626 123.510Receita Total 120.957 128.343 106.281 105.088Lucro Líquido (LL) 5.342 -5.851 161 -1.227LL/PL (%) 5,40 n/a 0,13 n/a

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas

Evolução da Receita Total - R$ mil

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

1997 1998 1999 2000

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas

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Despesas / Receitas Operacionais O índice apresentou comportamento estável durante o período analisado, demonstrando evolução mais significativa em 1998, onde as despesas representaram 101% das receitas operacionais. Esta evolução deveu-se principalmente ao sensível aumento nas despesas de intermediação financeira motivada pelo grande complemento efetuado na provisão para créditos de liquidação duvidosa, oriundo de ajuste do Banco Central. Os fatores que levaram a esta evolução foram resultado do início do processo de saneamento do BEA, e são fatores pontuais motivados pela necessidade da tomada de decisões estruturais. No ano de 1999, verifica-se uma pequena queda neste índice. Tal fato deveu-se principalmente aos seguintes fatores: (i) apesar da significativa queda da receita de intermediação, ocorrida devido à venda da carteira imobiliária para o Estado do Amazonas, as despesas operacionais apresentaram queda ainda mais acentuada que as receitas, explicadas principalmente pelo valor registrado em provisão para créditos de liquidação duvidosa ser muito inferior ao valor contabilizado no ano anterior, o qual foi motivado por ajuste do Banco Central; e, (ii) diminuição das despesas de captação neste período. Em 2000, o índice manteve-se praticamente estável, onde nota-se uma pequena variação negativa na receita de intermediação devido à queda das taxas de operação de crédito, verificado no setor financeiro em geral, e pequena redução das despesas operacionais.

92%

101%

97% 96%

1997 1998 1999 2000

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas Obs.: (1) Desp. Oper. = Desp. da Intermediação Financeira + Desp. Pessoal + Desp. Tributárias +

Desp. Administrativas + Outras Desp. Operacionais. (2) Receita Oper. = Receitas da Intermediação Financeira + Receitas de Prest. de Serviços + Outras Receitas Operacionais.

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Despesas de Intermediação / Ativo Total Médio Outro importante indicador de desempenho do banco, as Despesas de Intermediação sobre o Ativo Total Médio, apresentou um sensível aumento em 1998, motivado novamente pelo aumento na provisão para crédito de liquidação duvidosa. A partir de 1999, o índice manteve-se estável, devido principalmente a redução do valor registrado em provisão de créditos de liquidação duvidosa, visto que o aumento deste saldo no ano anterior foi motivado por ajuste do Banco Central e também impulsionado pela diminuição das despesas de captação.

8%

11%

6%6%

0%

5%

10%

15%

1997 1998 1999 2000

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas

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Receita de Serviços / Receita Operacional Após a implantação do Plano Real, todo o sistema bancário nacional passou a aumentar a participação de suas Receitas de Serviços sobre o total das receitas, uma vez que a queda da inflação e a estabilidade econômica impôs aos bancos a perda dos ganhos com o float. No caso do BEA, após a evolução em 1997, o mesmo sofreu pequeno aumento em 1998 e 1999, apresentando aumento expressivo em 2000. Este aumento deveu-se principalmente ao fato da maior participação das receitas oriundas da administração do Fundo de Investimento do BEA. Em 2000, o Banco adotou a estratégia de destinar parte da carteira de Títulos Públicos (LFT's) para este fundo. Consequentemente, o Governo visando melhor rentabilidade, efetuou a transferência dos seus recursos aplicados em depósitos a prazo para a aplicação no Fundo de Investimento administrado pelo BEA. Este fator foi preponderante para o aumento deste indicador. No período analisado, verifica-se que a participação da receita oriunda de administração do Fundo de Investimento vem se tornando mais significativa em relação ao total da receita de serviços. Em dezembro de 2000, esta receita representava 37% da receita total de prestação de serviços.

7%

9%

17%

6%

0%

10%

20%

1997 1998 1999 2000

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas

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Receita de Intermediação Financeira / Ativo Total Médio Com pequena oscilação entre os anos de 1997 e 1998, este índice sofreu pequena redução em 1999 mantendo-se estável em 2000. O decréscimo no índice em 1999, é motivado pelos seguintes fatores: (i) sensível redução da receita de intermediação devido à venda da carteira imobiliária para o Estado do Amazonas; e, (ii) queda nas taxas de juros. Em 2000, o indicador mantém-se estável, onde verifica-se pequena queda na receita de intermediação, mais uma vez acompanhando a redução queda das taxas de operação de crédito e, também, devido a pequena redução no ativo total médio ocorrido principalmente pela redução do saldo de Títulos e Valores Mobiliários.

19%19%

23%24%

10%

20%

30%

1997 1998 1999 2000

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas

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Total do Ativo Com relação ao gráfico a seguir, verifica-se redução do ativo total em 1998, devido principalmente ao decréscimo das operações de crédito e do saldo de aplicações interfinanceiras de liquidez. A partir de 1999, o ativo total apresenta crescimento, motivado principalmente pelas recomposições patrimoniais oriundas do processo de saneamento do Banco. Em 2000, o ativo total experimenta pequena redução sendo que em março de 2001, verifica-se um expressivo crescimento, o qual foi originado pelo aumento da carteira de Títulos e Valores Mobiliários devido a transferência de títulos públicos ao BEA, anteriormente alocados na carteira do Fundo de Investimento do Banco.

em R$ mil

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

1997 1998 1999 2000 2001 (*)

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas (*) Balancete não auditado em março/2001

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Patrimônio Líquido No ano de 1998, o Patrimônio Líquido do BEA sofreu uma pequena redução, refletindo o impacto do resultado negativo obtido neste ano. Em junho de 1999, a alta observada de seu patrimônio está ligada ao aumento de capital oriundo da assinatura do Termo de Compromisso, o qual tinha a finalidade de recomposição patrimonial e capitalização do BEA. No período entre os anos de 2000 e 2001 não houveram oscilações significativas no patrimônio líquido do BEA.

em R$ mil

98.90293.051

126.626 123.510 126.732

0

75.000

150.000

1997 1998 1999 2000 2001 (*)

Fonte: Demonstrações Financeiras auditadas (*) Balancete não auditado em março/2001

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3. MERCADO DE ATUAÇÃO E COMPETITIVIDADE 3.1. BREVE ANÁLISE DO MERCADO DE ATUAÇÃO O Setor Financeiro Nacional No passado recente, o sistema financeiro brasileiro foi afetado por dois fatores em especial. O primeiro refere-se ao fenômeno da globalização dos mercados financeiros, que provocou mudanças na sua estrutura regulatória e operacional, e em segundo a implantação do Plano Real, que trouxe a estabilização da economia, o estancamento do processo inflacionário e a redução gradual das taxas de juros. Os principais eventos que exerceram grande influência na reestruturação por que passa o setor são, dentre outros, a abertura do mercado nacional, com a entrada de novos “players”, gerando um aumento da competição na maioria dos mercados e crescimento dos fluxos de capitais internacionais em busca de altas taxas de retorno, e avanços tecnológicos; Estes eventos conduziram às seguintes modificações no setor financeiro nacional:

✔ Perda das receitas com “float” devido à queda das taxas de inflação;

✔ Diminuição das margens de intermediação financeira;

✔ Aumento dos riscos relacionados à concessão de crédito;

✔ Redução no número de agências por parte dos bancos comerciais;

✔ Redução no número de funcionários (downsizing);

✔ Diminuição da participação do setor no PIB brasileiro após a implantação do Plano Real;

✔ Correção de ineficiências operacionais surgidas durante a época de inflação elevada;

✔ Maior automação bancária devido aos avanços tecnológicos;

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✔ Diminuição do número de instituições participantes do sistema e sua concentração mediante fusões e aquisições; e

✔ Aumento da participação dos bancos estrangeiros no mercado nacional. Juros e Spreads Bancários no Brasil – Programa de Redução do Banco Central Especificamente com relação a redução nas taxas de juros e spreads obtidos pelos Bancos em operações de crédito, a partir do 2o semestre de 1999, o Banco Central adotou como uma de suas prioridades, a redução destas taxas, através da implantação de um programa de acompanhamento e medidas, visando sempre a redução das taxas de juros para o consumidor. Neste sentido, com o objetivo de redução efetiva da taxa cobrada na ponta final da linha de crédito, uma série de medidas foram tomadas, tanto de cunho regulatório quanto de cunho mais eminentemente operacional. Com aproximadamente 1 ano de implantação do programa, os primeiros reflexos positivos já podem ser sentidos e observados no setor bancário nacional. Como resultados já apurados, a taxa de aplicação geral teve redução de 12,5 pontos percentuais, caindo de 70,6% a.a., para 58,1% a.a., nos primeiros seis meses, ou seja, compreendendo o período de outubro de 1999 a abril de 2000. Para o período compreendido entre abril e outubro de 2000, uma redução das taxas também foi sentida, no entanto, para este 2o período, a redução foi menos expressiva, apresentando queda de 4,9 pontos percentuais, com a taxa de juros ficando em 53,2%1. O principal motivo da queda nas taxas de juros foi a redução dos spreads aplicados pelas instituições financeiras do setor bancário doméstico. Quando analisada a queda total das taxas de juros para o período compreendido entre outubro de 1999-2000, de 70,6% a.a. para 53,2% a.a., com redução total de 17,7 pontos percentuais, de acordo com as estatísticas apuradas pelo BACEN 15,7 pontos percentuais foram fundamentados pela redução nos spreads. Com relação a segregação das taxas de juros e spreads praticados para pessoa jurídica e física, com base em outubro de 2000, estas taxas situavam-se em 34,4% e 18,1%, respectivamente para taxa de juros e spread em operações de pessoas jurídicas, e 71,1% e 54,5%, respectivamente para taxa de juros e spread para operações realizadas com pessoas físicas. As taxas gerais ficaram em 53,2% e 36,9%, respectivamente para taxa de juros e spread. Outra constatação importante para este primeiro ano de implementação do programa, foi a expansão do volume de crédito proporcionado pela diminuição do spread bancário, especialmente nas operações realizadas com pessoas físicas. A significativa expansão do volume de crédito permitiu a redução em todas

1 Fonte: relatório “Juros e Spreads Bancários no Brasil – Avaliação de 1 ano de Projeto – novembro de 2000”, emitido Departamento de Estudos e Pesquisas – DEPEP do BACEN.

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as linhas de composição do spread bancário e manutenção da destinação de aproximadamente 35% do spread para composição da margem líquida dos Bancos.

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Adicionalmente, o setor bancário vem experimentando um aumento expressivo do crédito, porém de forma mais sustentada e gradual do que a expansão observada em 1994, quando em poucos meses a participação de créditos livres no total do ativo circulante e realizável a longo prazo ajustados, passou de 18,3% para 24,0%2. Atualmente este índice situa-se em 20,9%, tendo como base agosto de 2000. As medidas tomadas até o momento pelo BACEN para viabilização da redução nas taxas de juros, incluem: (a) redução na alíquota do IOF para pessoas físicas, de 6% para 1,5%; (b) diminuição das alíquotas de recolhimento compulsório de depósitos à vista de 65% (out-99) para 45% (a partir de jun-00); (c) adoção da alíquota de recolhimento compulsório para depósitos a prazo de 0% (a partir de out-99); (c) edição da Resolução 2.682 em dezembro de 1999, visando maior transparência e qualidade na análise de crédito. A partir da revisão dos resultados obtidos no 1o ano de implementação de ações para a diminuição dos juros e spreads bancários no Brasil, o BACEN reavaliou suas ações, emitindo um novo plano de trabalho, o qual tem como destaque:

✔ Promoção institucional da Central de Risco;

✔ Securitização e negociação de recebíveis, visando minimizar os custos de securitização e negociação;

✔ Regulamentação de derivativos de crédito, visando a transferência e redução de riscos de crédito;

✔ Maior concorrência no cheque especial;

✔ Portabilidade de informações cadastrais, visando maior facilidade de trânsito de clientes entre instituições financeiras;

✔ Aperfeiçoamento de instrumentos de garantia em operações de crédito, visando diminuição do risco com insolvência;

✔ Modificações na Lei de Falências no que tange os riscos relacionados às instituições financeiras;

✔ Fricções na intermediação financeira, visando a desoneração das operações de intermediação financeira.

2 Fonte: relatório “Juros e Spreads Bancários no Brasil – Avaliação de 1 ano de Projeto – novembro de 2000”, emitido Departamento de Estudos e Pesquisas – DEPEP do BACEN.

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Concentração do Setor Bancário Nacional O processo de concentração verifica-se através da análise da participação de cada instituição no total dos ativos do sistema. A tabela que segue ilustra a evolução dos ativos dos 20 maiores bancos nacionais.

Setor Bancário Brasileiro – Principais Bancos em Ativos (em R$ Bilhões) Posição em dezembro de 1994 Posição em dezembro de 2000 Banespa 42,73 Bradesco 83,45Bradesco 33,04 Itaú 65,44Itaú 14,91 Unibanco 48,49Bamerindus 12,96 Banespa 29,36Unibanco 11,05 ABN AMRO 28,94Nacional 10,11 Santander 25,18Real 8,86 Safra 25,10Safra 6,94 HSBC 21,56BCN 6,70 Bank Boston 21,13Econômico 6,61 Banco Nossa Caixa S.A. 18,48Credireal 5,09 Citibank 17,14Banrisul 3,99 Sudameris 15,41Lloyds 3,98 BBA – Creditanstalt 13,52Banerj 3,86 Bilbao Vizcaya 10,10B. Nordeste 3,81 B. Nordeste 8,64Finasa 3,52 Finasa 8,52Noroeste 3,37 Banrisul 7,67Sudameris 3,18 Votorantim 7,64BFB 3,04 Lloyds 6,18Bozano 2,91 Chase 5,70

Fonte: Gazeta Mercantil/ BACEN Nota: não estão considerados nesta tabela o Banco do Brasil, a CEF e o BNDES, bancos de controle estatal que possuem atividade altamente direcionada e específica, e com base em dezembro de 2000 ocupavam as 3 primeiras posições no ranking por ativos, totalizando cerca de R$ 366 bilhões de ativos.

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Conforme demonstrado na tabela anterior, o ranking de bancos em relação a total de ativos, modificou-se intensamente entre dezembro de 1994 e 2000. Seguindo a tendência de diminuição de instituições participantes do setor, no período em questão, ocorreram muitas negociações, o que também viabilizou a participação com mais força de bancos estrangeiros. Algumas das principais e mais recentes negociações foram a compra do Banespa pelo espanhol Santander, que antes já havia adquirido o Noroeste, e a compra do Banco Real pelo holandês ABN AMRO. As principais transações ocorridas no período encontram-se demonstradas na tabela abaixo:

Instituição Vendida Banco Comprador Ano da Transação Nacional Unibanco 1995 Econômico Excel 1996 Bamerindus HSBC 1997 Meridional Bozano 1997 Bandeirantes Caixa Geral de Depósitos 1997 Credireal Bradesco 1997 BCN Bradesco 1997 Banerj Itaú 1997 Bemge Itaú 1998 Excel Bilbao Viscaya 1998 Real ABN 1998 Bandepe ABN 1998 Baneb Bradesco 1999 Meridiona Santander 2000 Boavista Bradesco 2000 Bandeirantes Unibanco 2000 Banestado Itaú 2000 Banespa Santander 2000 Fonte: Banco Central/ Análise Deloitte

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Com todas as transações ocorridas no setor, a participação dos bancos estrangeiros consolidou-se, e deve continuar crescendo nos próximos anos de forma mais gradual. Enquanto que em dezembro de 1994, apenas um banco estrangeiro (o BFB) participava do ranking dos 20 maiores, em 2000, são oito. O destaque fica principalmente para os Bancos espanhóis, representados pelos bancos Santander e Bilbao Vizcaya. Comparando-se os oito maiores bancos em relação ao tamanho dos Ativos, podemos observar a mudança de seus integrantes, basicamente devido as profundas mudanças impostas após o lançamento do Plano Real, a entrada de novos competidores no mercado nacional, eliminação de instituições ineficientes e processos de fusões e aquisições no setor. Dos oito maiores bancos no ranking de dezembro de 94, observa-se a saída de três (Bamerindus, Nacional e Real), para a entrada de três novas instituições (ABN AMRO, Santander e HSBC). Nota-se também a forte evolução dos ativos destes oito maiores bancos a partir de dezembro de 1994 (quando somavam R$ 140,6 bilhões) em relação a dezembro de 2000 (somando R$ 327,5 bilhões), registrando crescimento de 133%. Em relação ao crescimento do ativo dos 20 maiores bancos, verifica-se aumento de 145% para o mesmo período, atingindo R$ 427,7 bilhões. Tais crescimentos altamente expressivos, que compõem taxa média de crescimento anual de ativo de 15% e 16%, respectivamente para os oito e os vinte maiores bancos, é também resultado da crescimento do nível de bancarização doméstico, que ainda é bastante inferior a países mais desenvolvidos.

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Fonte: Gazeta Mercantil e Banco Central / Análise Deloitte

Distribuição de ativos nos 20 maiores bancos (dez/00)

Bradesco18%

Itaú14%

Unibanco10%Banespa

6%

Outros31%

Safra5%

HSBC5%

Santander5%

ABN AMRO6%

Distribuição de ativos nos 20 maiores bancos (dez/00)

Bradesco18%

Itaú14%

Unibanco10%Banespa

6%

Outros31%

Safra5%

HSBC5%

Santander5%

ABN AMRO6%

Distribuição de ativos nos 20 maiores bancos (dez/94)

Banespa22%

Bradesco17%

Itaú8%

Outros26%

Safra4%

Real5%

Nacional5% Unibanco

6%Bamerindus

7%

Distribuição de ativos nos 20 maiores bancos (dez/94)

Banespa22%

Bradesco17%

Itaú8%

Outros26%

Safra4%

Real5%

Nacional5% Unibanco

6%Bamerindus

7%

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BANCO CENTRAL DO

3.2. ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE A seguir são apresentadas uma série de gráficos comparativos do mercado financeiro, onde pode-se obter uma perspectiva da inserção do BEA dentro do sistema financeiro nacional. Indicadores de Funcionários

0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5

BEA Ger al

BEA Inter ior

BEA Capital

Banco do Br as il

Br adesco

Itaú

Unibanco

ABN / Real

Santander Br as il

HSBC

F unc io ná rio s po r a g ê nc ia s

Fonte: Bancos, sites dos Bancos e BEA/ Análise Deloitte Nota: as informações referem-se a dez-2000, exceto para o BEA que refere-se a mar-2001

Em termos de funcionários, conforme demonstrado no gráfico acima, podemos verificar que as agências do BEA de Manaus estão relativamente parecidas com relação aos demais bancos demonstrados, no entanto, quando observamos as agências do Interior, notamos que a quantidade de funcionários por

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BANCO CENTRAL DO

agências é bem inferior a média apresentado pelos demais Bancos. Este fato, deve-se ao tamanho do mercado em que as agências do Interior estão inseridas, estando atuando em cidades com populações variando entre 8 mil e 70 mil habitantes, e contando com uma quantidade de contas correntes em um intervalo que varia desde 0,6 mil a 2,6 mil. Dessa forma, o tamanho destas agências é muito inferior também às agências da Capital do próprio BEA, que possuem em média de 9 mil contas correntes e estão atuando em um mercado com uma população de 1,2 milhão de habitantes. Vale ressaltar que a quantidade média de funcionários demonstrada dos demais bancos, está considerando o total de funcionários e não apenas os que estão diretamente alocados nas agências e, desta forma, a quantidade média de funcionários nestes bancos, se estivesse considerando apenas os funcionários alocados diretamente às agências, deveria ser um pouco inferior ao apresentado. De qualquer forma, uma melhor forma de comparação, seria em relação às próprias agências dos Bancos atuantes no Estado do Amazonas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

0 5 10 15 20 25 30

BEA Capital

Sudamer is Br as il

Bandeir antes

Banespa

Unibanco

Bilbao Viscaya

ABN / Real

Itaú

HSBC

Media sem BEA e Br adesco

F unc io ná rio s po r a g ê nc ia - B a nc o s A m a zo na s

Fonte: BEA (consulta efetuada ao Sindicato local – data-base mar/2001)/ Análise Deloitte

Ressaltamos que os Bancos demonstrados possuem agências apenas na Capital, e dessa forma, para que pudéssemos obter um padrão adequado de comparabilidade, só demonstramos a média de funcionários do BEA observada para as agências localizadas na Capital. Ainda por este motivo, não incluímos o Bradesco na amostra, tendo em vista que o mesmo possui 4 agências no Interior, o que distorceria a análise. É importante comentar que a média

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BANCO CENTRAL DO

de funcionários demonstrada, foi o resultado da aplicação da seguinte metodologia: a partir da informação do total de funcionários por Banco atuante na região, excluímos 2 funcionários por posto de atendimento de cada banco e o total remanescente de funcionários após esta exclusão, foi dividido pelo total de agências de cada Banco demonstrado. Com relação a média de funcionários que o BEA possui por agência da Capital, esta é a 2a maior entre os Bancos atuantes nesta região, sendo superior em relação a média geral dos bancos em cerca de 31% (média dos Bancos – 19,9 funcionários por agência; média BEA – 26,1 funcionários por agência). O fato do BEA possuir uma média superior de funcionários por agência na Capital, é principalmente derivado do seguinte: (a) menor automação das agências; e, (b) dificuldades para o desligamento de pessoal em uma instituição de administração pública. Operações Com relação às operações do BEA, quando comparadas a outras instituições Bancárias, podemos perceber que seus indicadores são modestos em relação a operações de crédito e similares em relação aos depósitos, conforme demonstrados nos gráficos abaixos:

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

BEA Ger al

BEA Inter ior

BEA Capital

Banco do Br as il

Br ades co

Itaú

Unibanco

ABN / Real

Santander Br as il

HSBC

De pó s ito s po r a g ê nc ia (R$ mil)

0 2.000 4.000 6.000 8.000 1 0.000 1 2.000 1 4.000 1 6.000 1 8.000

BEA Ger al

BEA Inter ior

BEA Capital

Banco do Br as il

Br adesco

Itaú

Unibanco

ABN / Real

Santander Br as il

HSBC

Ope ra ç õ e s de c ré d ito po r a g ê nc ia (R $ m il)

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BANCO CENTRAL DO

Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos (data-base dez/2000, exceto BEA – mar/2001)/ Análise Deloitte

A partir de uma análise sobre os gráficos acima, podemos concluir que o BEA é realmente dividido em duas operações completamente distintas: Capital e Interior. Enquanto as agências da Capital apresentam bom nível de operações de crédito e excelente nível de captação de depósitos, as agências do Interior são extremamente inferiores nestes indicadores. Tal fato pode ser explicado pelas populações atendidas pelas agências do Interior, conforme mencionado anteriormente, e devido à sua atuação ser de cunho mais social. Com relação às agências da Capital, o bom nível de atividade apresentado pelas mesmas, é justificado principalmente por: (a) depósitos do Governo Estadual; e, (b) linhas de crédito consignados destinadas ao funcionalismo que recebe seus proventos através do BEA. Adicionalmente, quando comparamos as operações do BEA como um todo em relação aos outros Bancos, tanto a média dos depósitos como a média das operações de crédito por agência são inferiores à média destas operações apresentadas pelos outros Bancos. Ainda com relação a atividade operacional, quando comparamos as agências do BEA em relação as agências do mercado bancário do Amazonas, segregando as mesmas em Interior e Capital, observamos operações de pequeno volume nas agências do Interior em ambos os casos (BEA e mercado), além de uma maior alavancagem das agências da Capital do BEA em termos de depósitos, enquanto que há maior alavancagem de operações de crédito nas agências de outros Bancos atuantes na Capital, conforme demonstrado nos gráficos abaixo:

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000

BEA Ge ra l

BEA Int e r ior

BEA Ca pit a l

Int e rior se m BEA

Ma na us se m BEA

Ope ra ç õ e s de c ré dito po r a g ê nc ia A m a zo na s (R $ m il)

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

BEA Ge ra l

BEA Int e rior

BEA Ca pit a l

Int e rior se m BEA

Ma na us se m BEA

D e pó s ito s po r a g ê nc ia A m a zo na s (R $ m il)

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BANCO CENTRAL DO

Fonte: BEA/ Sisbacen/ Análise Deloitte (base dez/2000, exceto BEA mar/2001) A menor alavancagem em termos de operações de crédito no BEA, é, entre outros motivos, resultante do processo de federalização do Banco, que restringiu política de crédito e risco, diminuindo a possibilidade de incremento dessas operações, tendo como objetivo principal a redução de risco aos índices mais baixos possíveis. Com relação a quantidade de correntistas por agências, quando comparado a outras instituições, o BEA apresenta uma média geral inferior à média das instituições pesquisadas, contudo, se compararmos com a média apresentada pelas agências da Capital, notamos que a média destas agências é significativamente superior à média dos demais Bancos. Cabe ressaltar, que boa parte das 119 mil contas correntes do BEA referem-se a servidores públicos que recebem seus vencimentos no Banco, tendo em vista os aproximadamente 95 mil funcionários do Estado do Amazonas encontram-se nesta situação.

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BANCO CENTRAL DO

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000

BEA Gera l

BEA Int e r ior

BEA Ca pit a l

Banco do Brasil

Bradesco

It aú

Unibanco

ABN / Rea l

C o rre nt is ta s po r a g ê nc ia s

Fonte: BEA/ Bancos/ Análise Deloitte (base dez/2000, exceto BEA mar/2001)

Alavancagem das operações Através de uma rápida análise, podemos verificar no Gráfico da “Alavancagem” o baixo índice de alavancagem do BEA frente às demais instituições financeiras do mercado nacional, o que é basicamente reflexo das capitalizações efetuadas no Banco como parte do processo de saneamento. O índice apresentado vai de encontro à política de cunho conservador implantada no BEA, a partir, principalmente, de sua entrada no processo de federalização. No segundo gráfico, o BEA apresenta um índice adequado de participação da receita de prestação de serviços sobre as receitas operacionais (receita da intermediação financeira e receita da prestação de serviços), frente às demais instituições.

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BANCO CENTRAL DO

Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos/ Análise Deloitte (base dez/2000)

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%

BEA

Ba nco do Bra sil

S a nt ander

HS BC

Bra de sc o

It a ú

Uniba nc o

P L/ A t iv o s To ta is

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0%

BEA

Ba nc o do Bra sil

S ant a nde r

HS BC

Brade sc o

It a ú

Unibanc o

R e c S e rv iç o s / (R e c S e rv iç o s + R e c In te rm )

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BANCO CENTRAL DO

Influência das despesas nos resultados No gráfico “Despesas Administrativas e de Pessoal/ Receitas Operacionais”, fica evidenciado que o BEA se situa muito acima da média dos demais bancos apresentados. Mesmo quando comparado ao Banco do Brasil ou ao HSBC, que são os Bancos que possuem maior índice de despesa operacional/ receita operacional. Para se ter uma idéia, o Banco do Brasil e o HSBC, apresentam índice de 58,4% e 57,7% respectivamente, enquanto que o BEA apresenta índice de 78,2%, ou seja, aproximadamente 35% superior aos bancos citados, e aproximadamente 66% superior à média de 47% dos Bancos apresentados. Este fato é reflexo principalmente do excesso de pessoal, que ocorre devido a menor automação das operações do BEA, e também devido à dificuldade de se efetuar desligamentos.

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

BEA

Ba nc o do Bra sil

S a nt a nde r

HS BC

Bra de sc o

It a ú

Uniba nc o

D e s pe s a s a dm inis tra t iv a s e de pe s s o a l/ re c e ita o pe ra c io na l

Fonte: Demonstrações dos Bancos/ Análise Deloitte (base dez/2000)

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BANCO CENTRAL DO

Indicadores de contas patrimoniais No gráfico abaixo de “Ativos de Crédito/ Ativo Total”, a posição do BEA fica relativamente acima dos demais bancos, excetuando-se Unibanco e Bradesco, influenciado pelo processo de saneamento. No gráfico de “Provisão/ Ativos de Crédito”, a posição do BEA foi mais uma vez impactada pela política conservadora de risco do Banco, sendo que notamos que dentre os Bancos analisados, o BEA é o que possui o menor índice de provisão sobre seus ativos de crédito, reflexo também do processo de saneamento.

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

BEA

Ba nco do Bra sil

S ant a nde r

HS BC

Bradesco

It aú

Unibanco

A tiv o s de c ré dito / a t iv o to ta l

Fonte: Demonstrações Financeiras Bancos/ Análise Deloitte (base dez/2000)

0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0%

BEA

Banco do Bra sil

S ant ande r

HS BC

Brade sco

It aú

Unibanco

P ro v is ã o / A t iv o s de C ré dito

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BANCO CENTRAL DO

Com relação as aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e valores mobiliários sobre os ativos totais, conforme demonstrado nos gráficos abaixo, podemos notar que o BEA em comparação aos demais Bancos analisados, possui um dos índices mais elevados em relação a estes indicadores, principalmente em relação as aplicações interfinanceiras de liquidez. Este fato reflete o bom índice de capitalização do Banco, o que novamente é reflexo das capitalizações efetuadas como parte do processo de saneamento.

Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos (base dez/2000)/ Análise Deloitte

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0%

BEA

Banco do Bra sil

S a nt ander

HS BC

Bra de sco

It aú

Unibanco

A pl Inte rf Liq/ A t iv o To ta l

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

BEA

Ba nco do Brasil

S ant a nde r

HS BC

Bradesco

It aú

Unibanco

TVM 's / A t iv o To ta l

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BANCO CENTRAL DO

Índices de retorno Em relação ao retorno obtido pelo BEA em relação aos demais Bancos analisados, conforme demonstrado no gráfico abaixo, com base no resultado efetivo de 2000, observamos que o BEA ainda encontra-se em situação deficitária, não proporcionando retornos positivos derivados de suas operações. Em uma breve análise, percebemos que o BEA possui um bom resultado em termos de intermediação financeira, além de boa participação das receitas de prestação de serviços no resultado operacional. No entanto, o ano de 2000 foi marcado por um elevado nível de despesas operacionais, principalmente as de pessoal, o que foi reflexo do quadro aparentemente superior às necessidades operacionais do Banco, conforme mencionado anteriormente. Adicionalmente, durante o ano 2000, foram contabilizadas despesas conjunturais de pessoal, mais diretamente relacionadas ao Programa de Demissão Voluntária Incentivado – PDVI, em montante equivalente a R$ 10,5 milhões, o que teve impacto relevante no resultado apurado para o ano. A título informativo, se não houvesse a contabilização das despesas conjunturais de pessoal em 2000, o BEA apresentaria aproximadamente 7% e 2% de retorno, respectivamente sobre o PL e sobre os Ativos.

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BANCO CENTRAL DO

-5 ,0% 0 ,0 % 5 ,0 % 1 0 ,0 % 1 5,0 % 2 0 ,0 % 2 5,0 % 3 0 ,0 %

BEA

Banco d o Brasil

Santand er

HSBC

Brad esco

Itaú

Unib anco

RO E & RO A

ROE ROA

Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos (base dez/2000)/ Análise Deloitte

Aspectos regionais ! Segmentação do Mercado

Conforme mencionado anteriormente, o mercado financeiro do Estado do Amazonas, subdivide-se em duas regiões: Capital e Interior. A concentração das operações financeiras no Estado ocorre na Capital responsável por grande parte das operações realizadas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

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BANCO CENTRAL DO

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Op crédito

Depós itos

Segregação de operações de crédito e depósitos

Capita l Inte rio r

Fonte: Sisbacen/ Análise Deloitte

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BANCO CENTRAL DO

! Rede de agências

Com relação à rede de agências, observamos nos gráficos abaixo, que a participação do BEA é ampla, tanto na Capital, mas principalmente no Interior do Estado. Outro fato importante a ser notado, refere-se a presença de bancos privados no Interior do Estado, que exceção feita ao Bradesco, não possuem presença neste mercado.

Fonte: Memorando Informativo BEA

A presença do BEA no Interior do Estado, com quase 50% do total das agências, faz parte da estratégia de capilarização do atendimento do Banco, com o objetivo de atender principalmente as necessidades do Governo Estadual.

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 1 0,0% 1 2,0% 1 4,0% 1 6,0% 1 8,0% 20,0%

BEA

Banco do Br as il

BASA

CEF

Itaú

Br adesco

HSBC

ABN / Real

Unibanco

Outr os Pr ivados

S e g re g a ç ã o da R e de de A g ê nc ia s - M a na us

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0%

BEA

Ba nc o do Bra sil

BAS A

CEF

It a ú

Bra de sc o

HS BC

ABN / Re a l

Uniba nc o

Out ros P r iva dos

S e gre gaç ão da Re de de Agê nc ia - Inte rio r

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BANCO CENTRAL DO

! Market Share

A participação no mercado financeiro do Estado do Amazonas, conforme demonstrado no gráfico abaixo, é significativa, mas não reflete de forma proporcional a capilaridade da rede de atendimento. Com base em dezembro de 2000, a participação do BEA é equivalente a 11% e 14% do mercado, respectivamente para operações de crédito e depósitos, sendo que em junho de 1998, esta mesma participação atingiu seu pico dentre os últimos anos, chegando a 40% e 26%, respectivamente para operações de crédito e depósitos.

0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14%

De pósit os

Ope ra ç õe s de Cré dit o

P a rt ic ipa ç ã o no m e rc a do f ina nc e iro do A m a zo na s

Fonte: Sisbacen/ BEA/ Análise Deloitte (base dez/2000)

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BANCO CENTRAL DO

4. PANORAMA MACROECONÔMICO DO ESTADO DO AMAZONAS 4.1. A ECONOMIA DO ESTADO A Zona Franca de Manaus Histórico Quando se trata da economia do Estado do Amazonas, é muito importante lembrar que esta sempre esteve e permanece bastante dependente da Zona Franca de Manaus (ZFM). A ZFM foi idealizada pelo Deputado Federal Francisco Pereira da Silva e criada pela Lei no 3.173 de 6 de junho de 1957, como porto livre. Em 1967, o Governo Federal ampliou e regulamentou essa legislação, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário. O projeto teve como principal objetivo o desenvolvimento de uma área de difícil acesso, visando a sua integração à economia do país. O desenvolvimento da ZFM e sua atratividade está calcada em incentivos fiscais e extra-fiscais, e sua dinâmica pode ser dividida em 3 fases: ! De 1967-76: período de plena liberdade de importações, tendo como principais características: (a) predominância

da atividade comercial; (b) crescimento do fluxo turístico doméstico; (c) estabelecimento de limite para saída de bagagem; (d) expansão do setor terciário; (e) início da atividade industrial; e, (f) lançamento da pedra fundamental do Distrito Industrial em 30 de setembro de 1968.

! De 1976-90: contando com as seguintes características: (i) estabelecimento de índices mínimos de nacionalização

para produtos Industrializados na ZFM e comercializados nas demais localidades do Território Nacional; (ii) estabelecimento de limites máximos globais anuais de importação; (iii) acesso a modernas tecnologias; (iv) substituição de importações; e, (v) contribuição para o desenvolvimento de uma industria nacional de componentes e outros insumos, localizada no Centro-Sul do País, especialmente em São Paulo.

O Distrito industrial da SUFRAMA dispõe de uma área de 7.400 hectares, situada na zona leste da cidade de Manaus, conforme

demonstrado na figura acima.

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BANCO CENTRAL DO

Apesar das limitações impostas pelos índices de nacionalização, esta fase foi a que apresentou melhor desempenho, proporcionado principalmente pelo acesso a tecnologias modernas. Em 1990, melhor ano da ZFM, seu faturamento atingiu US$ 8,4 bilhões e houve geração de 80.000 empregos diretos.

! A partir de 1991: com a abertura do mercado nacional às importações, a ZFM entra nesta nova fase tendo que enfrentar a competição com os produtos

importados e a recessão advinda deste advento. Com isto, modificações na legislação visando a salvaguarda da ZFM foram criadas a partir da Lei 8.387 de 30 de dezembro de 1990, e incluiram: (a) criação de Regimes de Áreas de Livre Comércio (ALC); (b) eliminação dos limites máximos globais de importação; (c) substituição do critério de Índices Mínimos de Nacionalização pela prática de Processo Produtivo Básico (PPB); (d) desregulamentação de procedimentos; (e) criação do Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus – EIZOF; e, (f) eliminação dos limites máximos globais. Esta última fase, a partir de 1993, é marcada pelo início da recuperação da ZFM, e em 1996 já foi possível verificar um faturamento de US$ 13,2

bilhões.

Após 34 anos desde sua criação em 1967, quando teve a ampliação em sua regulamentação para inclusão de incentivos fiscais para implantação do pólo industrial, e após superar uma série de desafios, a ZFM está enfrentando um novo desafio, o de transformar-se em um modelo de desenvolvimento de tecnologia própria, com redução das importações. Desta forma, no âmbito de atuação da Federação das indústrias, está se buscando a redução de custos com a distribuição de produtos no mercado interno e externo, através da eliminação de entraves burocráticos e alfandegários e a melhoria de portos, aeroportos, hidrovia e estradas. No âmbito do comércio, a principal iniciativa em termos de redução de custos, está relacionada a criação da Central Atacadista, que consiste em um recinto com armazéns, infra-estrutura e legislação simplificada de tributos. Com relação ao campo tecnológico, o desafio exige que haja uma maior integração entre as instituições de pesquisas e ensino da Amazônia Ocidental (área abrangendo os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e as empresas do pólo industrial. Uma série de medidas visando a superação de novo desafio já estão sendo implementadas, dentre elas podemos destacar: ! Criação do Centro de Biotecnologia da Amazônia, que pretende se tornar excelência na pesquisa e desenvolvimento de um pólo de bioindústrias. ! Implantação do Centro de Tecnologia em Manaus. ! A criação do Instituto Genius da Gradiente, que objetiva o desenvolvimento de tecnologia em eletrônica digital e estará disponível à demanda de outras

Empresas, e no mesmo sentido, encontramos o Laboratório de Robótica da Universidade do Amazonas, financiado pela Nokia.

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Desempenho recente Durante o último período iniciado em 1991, o desempenho da ZFM foi marcado por uma série de sobressaltos, sendo no início da década marcado pelo processo de abertura do mercado interno às importações e mais recentemente em 1998, o desempenho foi manchado pela crise interna observada no mercado de eletroeletrônicos, especialmente no segmento de televisores. Com relação a este último sobressalto, a indústria local demonstrou uma capacidade reativa além da expectativa, e já em 1999 e 2000, mostram recuperação de faturamento, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Faturamento do Pólo Industrial de Manaus (em milhões de US$)

Anos Faturamento Evolução 1990 8.379 1991 5.984 -29%1992 4.543 -24%1993 6.636 46%1994 8.818 33%1995 11.767 33%1996 13.286 13%1997 11.731 -12%1998 9.929 -15%1999 7.180 -28%2000 10.313* 44% CAGR 2%Fonte: SUFRAMA * Estimado

Conforme demonstrado na tabela e mencionado anteriormente, os anos 90 foram marcados pela incerteza e por duros desafios. No início da década, a abertura de mercado atingiu em cheio a ZFM tendo como resultado quedas expressivas em seu faturamento global. Nesta época, os mais céticos diziam inclusive que o modelo desenvolvido para a ZFM não suportaria a investida dos produtos estrangeiros e sucumbiria.

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Entre os anos de 1990-96, o parque industrial passou por um processo de reestruturação que alterou seu perfil, com o surgimento de novos pólos, como os de concentrados de refrigerante e informática, o que colaborou para diversificação na origem do investimento. A partir de 1998, surgiu um novo desafio com a crise no setor de eletroeletrônicos, mas é importante notar a recuperação a partir de 1999, que apesar de ter demonstrado um faturamento menor em termos de dolares, não podemos deixar de lembrar que este ano apresentou variação cambial de cerca de 50%, mas em 2000, já houve expansão do faturamento em dolar em 44%. O principal setor continua sendo o relacionado a indústria de eletroeletrônicos, porém sua participação que em 1996 era de 64% no faturamento total, em 2000 apresentou redução e participou com 40% em 2000 (redução na participação de 37% em relação a 1996). Os destaques no período, ficaram por conta da participação: (a) da indústria de bens de informática, que em 2000 representou 18% do faturamento (crescimento de participação de 300% em relação a 1996); (b) da indústria de duas rodas, que em 2000 representou 15% do faturamento (crescimento de participação de 66% em relação a 1996); e, (c) do setor químico, que em 2000 representou 9% do faturamento (crescimento de participação de 67% em relação a 1996).

Segregação do faturamento do Pólo Industrial de Manaus

SUB-SETORES 1996 1997 1998 1999 2000

Eletroeletrônico 63,99 57,15 51,27 39,35 39,63 Bens de Informática 4,51 4,14 7,57 15,48 18,09 Duas Rodas 9,38 14,29 17,97 14,92 15,34 Químico 5,62 6,38 8,68 8,28 9,37 Ótico 1,98 2,32 3,36 4,07 3,42 Isqueiros, Canetas e Barbeadores Descartáveis 2,44 2,76 3,64 4,10 3,07 Metalúrgico 0,88 1,4 1,98 2,69 2,84 Termoplástico 2,45 2,24 2,48 2,19 2,35 Outros 8,75 9,32 3,05 8,91 5,89 T O T A I S 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: SAP/ DEMOI/ COISE

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Finalmente, é importante ressaltar que a economia do Estado do Amazonas é dependente em cerca de 80% da ZFM em sua capacidade de geração, e apesar de todos os sobressaltos sofridos nos anos mais recentes, a busca de tecnologia própria aliada a um novo modelo com a diversificação dos investimentos em vários setores, parece prenunciar que os anos futuros deverão ser mais calmos e poderão trazer grande desenvolvimento à região. 4.2. INVESTIMENTOS

Previsão de investimentos para 1998-2005

Setor Investimento previsto Participação Química e petroquímica 1.560 32,5%Eletroeletrônica 1.185 24,6%Serviços públicos 830 17,3%Informática e telecomunicações 230 4,8%Alimentos 155 3,2%Metalurgia 143 3,0%Autopeças e material de transporte 128 2,7%Mecância 95 2,0%Bebidas e fumo 83 1,7%Farmacêuticos/ higiene 64 1,3%Serviços gerais 61 1,3%Comunicação 48 1,0%Transporte e armazenagem 48 1,0%Madeira/ móveis/ papel 45 0,9%Comércio varejista 38 0,8%Outros setores 91 1,9%Total geral 4.804 100,0%

Fonte: Balanço Anual Gazeta Mercantil

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4.3. DADOS DEMOGRÁFICOS O Estado do Amazonas conta com uma área total de 1,6 milhões de km2, ocupando um total de 18,5% da área do país. O estado conta com uma população total de 2,46 milhões de habitantes, com grande concentração da população na Capital, Manaus, que detém 47% do total da população. Podemos notar ainda que se expandirmos a análise para os 10 principais municípios em termos de população, atingiremos 66,7% da população total do Estado, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Participação dos principais municípios na população do Estado

Manaus47%

Outros33%

Lábrea1%

Coari2%

Manicoré2%

Maués2%

Tefé3%

Itacoatiara3%

Manacapurú3%

Parintins3%

Tabatinga1%

Fonte: FIBGE/ Estudo do Estado preparado pela Universidade do Estado/ Análise Deloitte

A distribuição da população de forma concentrada é também denunciada pelo nível de densidade demográfica apresentada pelos municípios. Enquanto que o município de Manaus apresenta densidade de mais de 100 habitantes/km2, existe muitos municípios com densidade inferior a 0,5 habitantes/km2. Isto é principalmente reflexo da dificuldade de acesso e isolamento dos municípios mais distantes.

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Como era de se esperar, em termos de urbanização, Manaus está extremamente na frente dos demais municípios do Estado, contando com uma taxa de população urbana superior a 99%. A maior parte dos municípios mais urbanizados também são os que possuem maior população, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Principais Municípios em Termos de Taxa de Urbanização - 19961

Município Pop. Urbana Pop. Rural Total Manaus 99,4% 0,6% 100,0%Tefé 76,2% 23,8% 100,0%Tabatinga 73,4% 26,6% 100,0%S.Sebastiaõ do Uatumã 71,6% 28,4% 100,0%Carauari 70,5% 29,5% 100,0%Codajás 70,0% 30,0% 100,0%Humaitá 70,0% 30,0% 100,0%Parintins 69,5% 30,5% 100,0%Itapiranga 69,1% 30,9% 100,0%Itacoatiara 66,8% 33,2% 100,0%Lábrea 63,7% 36,3% 100,0%Manacapurú 61,4% 38,6% 100,0%Fonte: FIBGE/ Estudo do Estado preparado pela Universidade do Estado/ Análise Deloitte

Em termos gerais, o Estado do Amazonas apresenta índice de urbanização de sua população de 74%. O fato do Estado apresentar um índice de urbanização relativamente alto está basicamente associado ao peso que a característica de Manaus tem sobre o total da população do Estado. Quando analisamos o interior separadamente, o índice de urbanização sofre uma redução considerável, caindo para 50%.

1 De acordo com Estudo realizado pela Universidade do Estado.

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Com relação aos indicadores de estrutura social, medidos pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU)2, o Estado apresenta índice de 0,7753, o que indica um estágio intermediário de desenvolvimento. Com relação à expectativa de vida para o Estado, esta fica em 67,5 anos para homens e 75,3 anos para mulheres, enquanto que a taxa de crescimento populacional está em 1,03%. A taxa de natalidade está em 33,99/mil e a de mortalidade em 5,39/mil4.

2 O IDH é medido pela ONU desde de 1960, e mede a qualidade de vida nos países membro, segundo: (a) renda; (b) educação; e, (c) expectativa de vida. Mostra também a de Estados, Municípios e regiões do Brasil. As notas variam entre zero e 1, sendo analisados da seguinte forma: (i) abaixo de 0,500: indica baixo índice de desenvolvimento humano; (ii) de 0,501 a 0,799: considerado como estágio intermediário de desenvolvimento; e, (iii) acima de 0,800: indica alto nível de desenvolvimento humano. 3 Fonte: Balanço Anual Gazeta Mercantil – ano de 1996. 4 Fonte das estatísticas no parágrafo: Balanço Anual Gazeta Mercantil – ano de 1996.

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4.4. EVOLUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO PIB DO ESTADO O PIB do Estado do Amazonas tem apresentado crescimento inconstante, com crescimentos mais expressivos em moeda nacional no biênio 1995-96. Com relação a sua participação sobre o PIB do Brasil esta tem sofrido pouca variação nos últimos períodos, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Evolução do PIB do Amazonas e participação no PIB Brasil (R$ Milhões)

-

5.000

10.000

15.000

20.000

1994 1995 1996 1997 19981,5%1,6%1,6%1,7%1,7%1,8%1,8%1,9%

PIB a preços correntes Participação no PIB Brasil

Fonte: Estudo da Universidade do Estado

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Evolução da renda per capita (R$)

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

1994 1995 1996 1997 1998-10%0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

Renda Evolução

Fonte: Estudo da Universidade do Estado

Com relação a distribuição do PIB, este concentra-se nas atividades dos setores secundários e terciários, que nos últimos anos têm em conjunto, sido superiores à 95%.

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5. METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO ECONÔMICO FINANCEIRA 5.1. INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA A avaliação econômico-financeira teve por objetivo a determinação do valor econômico em 31 de março de 2001 (data-base), visando a determinação do preço mínimo a ser adotado no leilão de desestatização do BEA. Foi considerada na avaliação, a análise de dados operacionais até a referida data-base, conforme escopo de trabalho previsto no Contrato BACEN/PND no 01/2000. Definição de valor Na determinação dos valores estimados nos baseamos no conceito de "valor econômico", o qual é geralmente definido como o mais alto preço expresso em moeda ou valor equivalente, possível de se obter em um mercado aberto e sem restrição, entre partes informadas e prudentes, agindo com independência e sem qualquer coação. O "valor" de um negócio é geralmente uma função de diversos fatores tais como: a) Natureza das atividades da Empresa avaliada;

b) Porte do Banco;

c) Histórico e possíveis fluxos de caixa;

d) Condições econômicas e do setor em geral;

e) Perfil de liquidez do Banco; e

f) Confronto com valores de empresas similares, e com valores de mercado de empresas comparáveis nacionais e internacionais, quando aplicável.

"Valor Econômico", como acima definido, é um conceito de valor que pode ser igual ou não ao "preço de venda" que poderia ser obtido se as ações ou quotas fossem vendidas em uma transação real de mercado. Nesse caso, um comprador, para reduzir ou eliminar competição, assegurar o suprimento de materiais ou vendas, obter uma economia de escala e/ou uma sinergia em seu negócio, poderia pagar um preço maior do que outros compradores.

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5.2. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO Em geral, os métodos de avaliação podem ser divididos em três grupos: ! Método da Lucratividade;

! Método dos Ativos; e

! Método do Mercado.

Método da Lucratividade O Método da Lucratividade prevê a continuidade das atividades do empreendimento visando a sua probabilidade e capacidade potencial em gerar fluxo de caixa para o acionista. Nesse sentido, o valor da Empresa está representado pelo valor presente dos benefícios econômicos (descontado por uma taxa que reflete a estimativa do risco associado ao empreendimento) que serão gerados no futuro. Os empreendimentos em marcha são geralmente avaliados sob os seguintes enfoques: 1) Fluxo de caixa descontado a valor presente; e

2) Capitalização de lucros constantes.

Método dos Ativos O Método dos Ativos é geralmente empregado para avaliar certos tipos de negócios, tais como empresas imobiliárias ou empresas "holding"; para determinar o "goodwill" de um negócio; e quando um negócio é incapaz de gerar um retorno adequado do investimento, devendo ser liquidado. Esses métodos são às vezes combinados para avaliação de um negócio. Nesse caso, todos os ativos e passivos são avaliados individualmente, como negócio em marcha ou presumindo liquidação e então somados.

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O valor de liquidação é geralmente empregado para avaliar um negócio quando este é incapaz de gerar um retorno adequado do investimento em suas operações ou quando a natureza da empresa é tal que um comprador olharia apenas o ativo em si. A estimativa do valor de mercado, líquido dos custos relacionados à alienação desses ativos, é feita de uma maneira ordenada que minimiza as perdas e/ou impostos incidentes. Método do Mercado O Método do Mercado baseia-se no princípio da substituição, assumindo-se que um comprador prudente não vai pagar mais por uma atividade do que o custo de adquirir um empreendimento similar e com a mesma finalidade. Sob esta metodologia, há dois enfoques de avaliação: (1) Comparação com operações de fusões e aquisições recentes; e

(2) Múltiplos Comparáveis.

Complementaridade entre as Metodologias Considerando que, para a maioria das empresas, o valor desta depende da capacidade das operações de proporcionar uma taxa de retorno apropriada para remunerar os acionistas, o Método da Lucratividade normalmente precede aos demais. Então, como investidor prudente, o capitalista olhará para o mercado, checando e confirmando os preços das empresas comparáveis e de forma a identificar "guideline assets", verificando assim se possui alternativas de aquisição por preço mais favorável. Se empreendimentos idênticos, ou suficientemente similares, não são negociados no mercado, o empreendedor poderá usar o guideline mais semelhante e realizar ajustamentos considerando os elementos particulares, portanto adotando o Método do Mercado. Complementarmente, ao invés de o investidor adquirir o empreendimento considerando o projeto como um todo e em condições de operação, este prudente investidor poderá também verificar a opção de adquirir os ativos necessários ao empreendimento de forma fracionada no mercado a custo inferior. Assim fazendo, o comprador estima o custo de reposição dos ativos em novas condições, e realiza ajustamentos considerando o fato de que cada ativo não é novo e está sujeito a sua curva de depreciação e obsolescência, sobre o ponto de vista do Método dos Ativos.

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A moderna teoria de avaliação considera que as três abordagens "podem" ser consideradas em conjunto e de forma complementar, mas caberá ao avaliador - segundo as particularidades da empresa analisada, do segmento de atuação e, particularmente, do país onde a empresa se encontra e da qualidade e volume das informações disponíveis - julgar pela aplicação da metodologia mais adequada. Metodologia adotada para Avaliação Econômico-Financeira do BEA Com base em nossa experiência em avaliação de negócios em processos de fusão, aquisição, cisão e privatização e considerando os fatores acima citados, dentre outros, acreditamos que as três metodologias se aplicam na avaliação do BEA, considerando a sua configuração operacional atual. A metodologia do fluxo de caixa descontado para o acionista, utilizada na avaliação econômico-financeira do BEA, está fundamentada no conceito de que o valor econômico inerente a um ativo ou negócio está diretamente relacionado aos montantes e às épocas nas quais os fluxos de caixa, livres, oriundos destes ativos, estarão disponíveis. Isto porque somente o caixa gerado para o acionista pode ser usado para pagamento de dividendos ou novos investimentos. Portanto, para o acionista o valor das ações é medido pelo montante de recursos financeiros que, espera, sejam gerados no futuro pelo negócio, descontados ao seu valor presente. Por esta metodologia, portanto, pode-se estimar o valor econômico dos ativos operacionais, tangíveis e intangíveis. Como esse método reflete exclusivamente o valor dos ativos operacionais, isto é, aqueles que participam na geração dos fluxos de caixa para o acionista, devem ser somados ao valor presente dos fluxos para o acionista, os valores dos ativos redundantes ou não operacionais, assim, como deduzidos valores de financiamentos não equacionados com a geração de caixa operacional quando aplicável. A metodologia adotada, será complementada pela método dos ativos, através do ajuste dos bens considerados como redundantes1, a valor de liquidação, conforme apurado pelo serviço de avaliação patrimonial. Adicionalmente, a análise de operações e múltiplos comparáveis, conforme definido no método de mercado, será utilizada como forma de referência (cross check) do valor econômico apurado pelo fluxo de caixa descontado.

1 No caso específico do BEA, foram considerados como bens redundantes, os bens não de uso.

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A abordagem adotada no desenvolvimento da avaliação econômico-financeira pode ser resumida pelo quadro abaixo:

1. Diagnósticoda Operação

1. Diagnósticoda Operação

2. DesempenhoHistórico

2. DesempenhoHistórico

5. Montagemdo Modelo

5. Montagemdo Modelo

4. Tendências:Sist . Financeiro

Brasileiro

4. Tendências:Sist . Financeiro

Brasileiro

3. CenáriosEconômicos3. Cenários

Econômicos7. Implicações:Sist . Financeiro

Brasileiro

7. Implicações:Sist . Financeiro

Brasileiro

6. Diagnósticodo BANEB

6. Diagnósticodo BEA

8.Competitividade

do BANEB

8.Competitividade

do BEA

9. Avaliação9. Avaliação

10. Ajustes10. Ajustes

11.Recomendação:Preço Mínimo

11.Recomendação:Preço Mínimo

Fluxo de caixa descontadoValor Patrimonial AjustadoOperações Comparar/Múltiplos

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5.3. TAXA DE DESCONTO Conceitualmente, podemos dizer que existem duas formas clássicas para definição da taxa de desconto sendo: (i) a forma qualitativa, a qual consiste na formação da taxa de desconto através de variáveis subjetivas e ponderadas considerando seu peso relativo, através do julgamento do consultor (avaliador) e (ii) a forma quantitativa, que consiste na composição da taxa de desconto através de modelos matemáticos. Especificamente neste trabalho, pelas características do BEA e sua área de atuação, aplicamos o método quantitativo − formatado a partir de referências do mercado norte-americano, ajustado ao risco Brasil. A taxa de desconto utilizada é também conhecida como taxa de retorno esperada pelos investidores para direcionar recursos para um investimento específico. A taxa de desconto é uma taxa percentual composta que será aplicada para descontar a valor presente os fluxos de caixa gerados pela operação. Esta taxa é também análoga ao custo de oportunidade da Empresa que, em termos econômicos, pode ser definido como o custo da opção pela melhor alternativa de investimento em ambas: (i) oportunidades de risco equivalente, mas com um retorno esperado superior; ou (ii) oportunidades de menor risco e com o mesmo retorno esperado. Vários modelos matemáticos tem sido utilizados por consultores financeiros, corretores de ações e outros profissionais envolvidos em avaliações econômico-financeiras de empresas para definição da taxa de desconto. O modelo mais utilizado e de grande aceitação no mercado para avaliação de instituições financeiras é o Capital Asset Pricing Model (CAPM) ou custo do capital próprio. O custo de capital próprio é normalmente estimado observando o retorno obtido por investidores no mercado. O modelo denominado CAPM (Capital Asset Pricing Model), foi desenvolvido para facilitar e quantificar este tipo de observação. O modelo assume essencialmente que um investidor requer, no mínimo, o retorno oferecido por títulos considerados sem risco. São assumidos como títulos sem risco, os títulos de longo prazo do governo norte-amercano. Determinado o retorno exigido por um investidor em um título sem risco, é necessário determinar o risco excedente ou adicional para um investimento com risco maior. Esse excedente é determinado pela diferença entre o retorno histórico de mercado e o retorno proporcionado por um ativo sem risco. Para

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determinarmos o prêmio de risco do mercado, foi utilizado, como retorno de mercado, o retorno médio das ações de empresas americanas de pequeno porte, conforme calculado por Ibbotson Associates2, durante um período de 74 anos. Aritmeticamente, a fórmula de cálculo do CAPM é: Re= (Rf + ß (PRm) + e), onde: Re = Retorno exigido (ou esperado) pelo capital próprio

Rf = Retorno obtido em títulos sem risco

ß = Beta (*)

PRm = Prêmio de mercado

e = Riscos não medido pelo Beta (por exemplo risco país ou riscos específicos)

(*)Beta: O coeficiente beta, utilizado como medida do risco não diversificável de um ativo, pode ser visto como um índice do grau de conformidade de retorno do ativo com o retorno de mercado. Por definição, o beta de mercado é igual a 1 (risco médio de mercado), sendo os betas de todos os ativos de mercado medidos em relação a este valor.

Em nosso estudo consideramos os seguintes aspectos: ! Retorno exigido em títulos sem risco (Rf): Conceitualmente os títulos emitidos pelo governo são considerados "sem risco". Dada a situação econômica

do país (Brasil), que gera a necessidade de altas taxas de juros para poder rolar suas dividas, conter o consumo e atrair capital estrangeiro, dentre outros, adotamos a taxa média para aplicações de longo prazo em "US Treasury Bonds - 30 Years" dos Estados Unidos, à taxa de 5,86%.

! Prêmio de mercado (PRm): Uma vez que nosso mercado de capitais ainda não está devidamente desenvolvido, sendo suas operações concentradas em

poucas empresas, o que provoca um alto grau de volatilidade em sua rentabilidade, adotamos o retorno médio exigido por investidores norte-americanos (acima dos títulos sem riscos), como o prêmio do mercado medido por Ibbotson Associates de7,8%. Este prêmio foi medido para empresas com grande valor de capitalização de mercado, sendo o resultado da média aritmética dos retornos obtidos para o período compreendido entre 1926-2000.

2 Conforme determinado pela Ibbotson Associates, consideramos as Empresas classificadas como “micro companies”, que conforme a metodologia adotada pela referida instituição, refere-se a Empresas com capitalizações de mercado de até US$ 192 milhões.

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! Inflação norte-americana de longo prazo: estimada em 2,5% a. a.. ! Beta (ß): A fórmula utilizada para o cálculo do beta é baseada no beta ponderado para a indústria de bancos comerciais nacional. O beta é calculado

desalavancando-se o beta individual de cada banco e alavancando-o pela estrutura média de capital do setor. Os betas individuais são calculados em relação ao índice S&P 5003, que observa a volatilidade de grandes empresas, considerado mais adequado devido à menor concentração de papéis e a maior variedade de empresas.

! Taxa de imposto de renda: utilizada tanto para a desalavancagem como para a realavancagem, é de 33%4. ! Índice dívida/capital próprio: utilizado para realavancagem é de 326%.

Empresa Ativos Totais US$ Milhões

Beta (S&P500)

Relação Debt/Equity

Taxa de Tributação

Beta Desalavancado

Beta Alavancado

BANCO DO BRASIL 64.678 0,85 893% 33,0% 0,12 0,39 BRADESCO 29.900 0,91 319% 33,0% 0,29 0,92 ITAÚ 26.824 1,02 319% 33,0% 0,33 1,04 UNIBANCO 19.297 1,02 345% 33,0% 0,31 0,98 BANESPA 13.264 0,94 178% 33,0% 0,53 1,67 TOTAL 153.963 BETA PONDERADO 0,79 Fonte: Bloomberg/ Estudo Deloitte 3 O Standard & Poor’s 500 Stock Composite Index, é um índice que mede o retorno médio obtido por grandes empresas no mercado norte-amercano. 4 Apesar da taxa de tributação direta estar atualmente situada em 34%, sendo 25% de imposto de renda e 9% de contribuição social, como nossa projeção abrange um período de 10 anos com valor de perpetuidade calculado após este prazo, estamos adotando a taxa de 33%, sendo 25% de imposto de renda e 8% de contribuição, tendo em vista a alteração prevista na alíquota de contribuição social para 8% a partir de janeiro de 2003.

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! Riscos não medidos pelo coeficiente beta (e): Os chamados riscos não medidos pelo Beta, que também compõem o custo do capital próprio, são representados por três distintos elementos, conforme descrito abaixo:

a) Prêmio pelo tamanho da Empresa: representa o retorno adicional exigido pelo investidor por incorrer em um nível maior de risco por estar

investindo em uma Empresa menor que as consideradas para formação do índice S&P 500, índice base para definição do retorno de mercado. Em nossos estudos, classificamos o BEA como “Micro-Cap Company”, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ibbotson Associates, e associamos um prêmio adicional de 2,6%.

b) Prêmio para o risco país: este fator representa o prêmio adicional que o investidor institucional exige por estar exposto ao chamado “risco Brasil”.

Foi adotado um prêmio de 7,32% com base numa média ponderada do spread praticado entre as emissões de papéis do governo brasileiro e os títulos do governo americano de mesmo prazo, observando o período de 1996-2001.

De uma forma combinada, os riscos não medidos pelo Beta, foram estimados em 9,92%.

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Desta forma, após aplicação do método acima descrito, concluímos que a taxa de desconto adequada para cálculo do valor econômico-financeiro do BEA, é de 19,0% a. a. real, ou seja, líquida de inflação. A seguir, demonstramos a composição da taxa de desconto, sendo que no final deste relatório, apresentamos sensibilidades com diferentes taxas de desconto.

Demonstrativo da Composição da Taxa de Desconto Custo do Equity Baseado no cálculo do CAPM, ajustado para o risco país. Taxa Livre de Risco Igual à média dos Títulos de 30 anos do governo norte-americano. Prêmio do Mercado Calculado conforme Ibbotson Associates. Beta Cálculo baseado no beta ponderado da indústria de bancos comerciais

nacionais. Risco País Cálculo baseado no spread entre os títulos do governo brasileiro e os títulos

do governo norte-americano de mesmo prazo.

Taxa Livre de Risco (Treasury Bonds) 5,86% Prêmio de Mercado (Ibbotson) 7,80% Beta (Ponderado) 0,79 Riscos não medidos pelo Beta 9,92% CAPM Nominal 20,94% Taxa de Inflação esperada para os EUA 2,5% Taxa de Desconto (em termos reais) 18,97%

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6. ESCOPO DE VERIFICAÇÃO Em nosso processo de avaliação, baseamos nossas estimativas em documentos e informações, por nós revisados e considerados, os quais destacam-se, entre outros, os seguintes: ! Estatutos Social e organograma;

! Certificado de Autorização de Banco Múltiplo;

! Composição Acionária;

! Normas e contratos relevantes quanto ao processo de privatização;

! Demonstrativo dos spreads médios dos últimos meses;

! Evolução Histórica do CRELI;

! Descrição do Processo de Saneamento do Banco;

! Demonstrações Financeiras auditadas e parecer dos auditores independentes para os semestres findos em junho e dezembro de 1997, 1998, 1999 e 2000;

! Dôssie de crédito com a situação em junho de 1999 para os principais devedores;

! Histórico de recuperação de crédito;

! Relação histórica de operações que sofreram renegociações;

! Histórico das operações de crédito;

! Relatório de avaliação de desempenho das agências;

! Balancetes contábeis;

! Informações Anuais IAN de 1997 a 2000;

! Relação histórica com a evolução no número de empregados;

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! Relatório de consultor externo com a posição de créditos tributários em março de 2001;

! Cálculo do nível de enquadramento conforme acordo da Basiléia para março de 2001;

! Relatório de Avaliação Patrimonial;

! Relatório de Avaliação do Parque de Informática;

! Relatório de Auditoria Especial;

! Relatório de Avaliação Atuarial; e,

! Estudo do Estado do Amazonas, contendo principalmente dados sócio-econômicos e perspectivas, preparado pela Universidade Estadual, conforme contrato com o BEA.

Além da utilização dos documentos e relatórios acima mencionados, procedemos à reuniões com o corpo gerencial do BEA, em suas diversas áreas de negócios, buscando informações que nos permitissem maior precisão na determinação do valor econômico do BEA.

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7. BALANÇO PATRIMONIAL AJUSTADO

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AJUSTES PROPOSTOS PELA AUDITORIA 1. Disponibilidades: O ajuste negativo de R$ 561 mil, refere-se a uma pendência antiga na conta de depósito no exterior em moeda estrangeira equivalente a US$ 262 mil. 2. Investimentos: o ajuste negativo de R$ 34 mil, refere-se a complemento de provisão para desvalorização sobre os incentivos fiscais FINAM e FINOR. 3. Outros Créditos: o ajuste positivo de R$ 17.136 mil, refere-se ao montante total de cobertura do Fundo de Contingência do Estado, para os passivos contingentes. 4. Outros Valores e Bens: o ajuste positivo de R$ 2.114 mil, refere-se ao ajuste dos bens não de uso pelo valor de liquidação, apurado na reavaliação destes bens. 5. Imobilizado: o ajuste negativo de R$ 5.590 mil , refere-se a diferença entre o saldo contábil líquido e o valor de mercado apurado na reavaliação dos bens. 6. Diversas (passivo): o ajuste positivo de R$ 6.635 mil, refere-se ao complemento do valor de passivos contingentes de acordo com avaliação jurídica dos processos.

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AJUSTES PROPOSTOS PARA FINS DE AVALIAÇÃO ! AJUSTES CONTÁBEIS

1. Disponibilidades/ Serviço de Compensação de Cheques Ativo e Passivo: as disponibilidades foram ajustadas pelos valores constantes nas contas de serviço de compensação de cheques ativo e passivo, de acordo com o seguinte lançamento contábil:

D/C Conta COSIF Descrição Valor R$ Mil D 4.4.1 Serviço de compensação de cheque passivo 8.076 C 1.1.1.1 Caixa 2.116 C 1.4.1 Serviço de compensação de cheque ativo 5.960

2. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez/ Títulos e Valores Mobiliários: para fins de projeção, reclassificamos o valor de LFT classificado como títulos e valores mobiliários para o grupo de títulos e valores mobiliários, conforme o seguinte lançamento contábil:

D/C Conta COSIF Descrição Valor R$ Mil D 1.3.1 Títulos livres - renda fixa 30.005 C 1.2.1.1 LFT 30.005

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! AJUSTES ECONÔMICOS

Descrição Valor ajustado em R$ mil 1. Capital excedente 101.8581 2. Valor ajustado líquido de bens não de uso 3.009 3. Passivos contingentes ajustados (19.794) 4. Utilização do Fundo de Contingência 17.136 5. Polo ativo de processos cíveis e judiciais 3.793 6. Depósitos judiciais 2.156 7. Ajuste jurídico complementar (líquido) (588) Total 107.570

1. Caixa Redundante: O valor ajustado de capital excedente, foi determinado após cálculo do capital necessário para suportar as operações projetadas do BEA, tendo como parâmetro a meta de enquadramento de 15,2%. Este índice foi determinado, considerando-se a média atual de bancos de varejo. A amostra para determinação deste índice, foi composta de 30 grandes bancos de varejo nacional.

2. Valor ajustado líquido de bens não de uso: Corresponde ao saldo líquido contábil de bens não de uso, ajustado pela diferença apurada na reavaliação, de acordo com o valor de liquidação destes bens.

3. Passivos contingentes ajustados: Corresponde ao saldo líquido contábil de passivos contingentes, ajustado pela apuração da avaliação jurídica.

4. Utilização do Fundo de Contingência: Refere-se ao montante total de passivos contingentes que estão cobertos pelo Fundo de Contingência do Estado, para cobrir eventuais perdas cujo fato gerador seja anterior a federalização do Banco.

5. Polo ativo de processos cíveis e judiciais: Refere-se a possibilidade de ganho em processos em andamento de acordo com a apuração realizada pela avaliação jurídica.

6. Depósitos judiciais: Valor corrigido de depósitos judiciais de acordo com a apuração preparada pela avaliação jurídica.

7. Ajuste jurídico complementar (líquido): Refere-se ao recálculo preparado pela avaliação jurídica, onde foi adotado uma nova metodologia para definição do passivo contingente relacionado a reclamações trabalhistas por horas extras, conforme mencionado em correspondência datada de 17 de outubro de 2001, encaminhada à coordenação do Serviço B. O ajuste foi efetuado pelo efeito líquido no valor econômico.

1 Corresponde a somatória dos ajustes econômicos negativos de R$ 18.297 e R$ 83.000, efetuados respectivamente em disponibilidades e em títulos e valores mobiliários.

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8. PREMISSAS E CONSIDERAÇÕES 8.1. PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES Em nossa avaliação, baseamo-nos nas seguintes principais premissas e considerações principais: ! Nas projeções, buscou-se estimar o valor econômico do BEA adotando-se cenário operacional único, que considera os produtos e serviços atualmente

comercializados pelo Banco, mantendo-se a estrutura operacional vigente e incorporando-se as perspectivas do negócio.

! Valores projetados em moeda de poder aquisitivo constante - R$.

! Foi adotado 31 de março de 2001 como data-base da avaliação.

! Considerou-se um horizonte projetivo de 10 anos, calculando-se ao término desse período o valor da perpetuidade com base no fluxo estabilizado do último ano projetivo, ajustado pelos efeitos da perda do contrato de prestação de serviços com o Estado do Amazonas em 2011;

! Participação cada vez mais agressiva dos bancos internacionais e dos grandes bancos de varejo nacionais;

! Redimensionamento do custo operacional devido à otimização dos processos operacionais e operações do banco sob o enfoque de uma instituição privada, tendo como principal impacto as despesas com pessoal, com tecnologia e administrativas em geral;

! Para fins de projeção do Balanço Patrimonial, considerou-se como política, a distribuição de dividendos com base no fluxo de caixa disponível;

! As alíquotas dos impostos e taxas são as atualmente praticadas, não sofrendo modificações durante o período de projeção;

! Foram projetados investimentos para fazer frente às necessidades atuais de maior automação bancária, assim como para atender à expansão das operações atuais;

! O capital considerado como excedente em relação a estrutura operacional do BEA, foi somado ao valor econômico.

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8.2. CENÁRIO MACROECONÔMICO O cenário macroeconômico foi utilizado para projeção dos volumes operacionais, sendo considerando as seguintes condições: A. Cenário Externo:

A.1. Economia americana se recupera a partir do 2o semestre de 2001

A.2. Europa incorpora ganhos da nova economia

A.3. Ganhos de escala para empresas com a consolidação da União Monetária Européia

A.4. Argentina retoma o crescimento em 2002

B. Cenário Interno: B.1. Governabilidade estável, apesar da reestruturação política e metas inflacionárias do BC mantidas

B.2. Diretrizes básicas da economia (abertura, papel do mercado etc.) se mantêm em ritmo lento

B.3. Fluxo de investimento externo continua sem sobressaltos

B.4. Pontos de estrangulamentos (energia, infraestrutura etc.) superados gradualmente

C. Industria Bancária Nacional: C.1. Processo de reestruturação do setor bancário continua com ganhos de eficiência

C.2. Encolhimento do setor bancário público

C.3. Avanço lento da participação dos estrangeiros

C.4. Crescimento do nível de bancarização nacional

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D. Economia Amazonense: D.1. Zona Franca induz a crescimento da indústria regional

D.2. Agropecuária e agroindústria evoluem positivamente

D.3. Serviços se expandem para acompanhar setores primário e secundário

D.4. Taxa de participação no PIB brasileiro aumenta

E. Setor Bancário na Amazônia: E.1. Demanda por produtos e serviços bancários aumenta a taxas maiores que o crescimento

E.2. Nível de sofisticação financeira continua defasado

E.3. Spreads acima da média nacional

E.4. Bancarização menor que o padrão brasileiro, porém recuperando a diferença

Fontes Primárias utilizadas para pesquisa: IPEA, IBGE, OCDE, IIF, BBVA, ABN-AMRO, Citygroup, FMI, Banco Central do Brasil e Banco Mundial.

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INDICADORES MACROECONÔMICOS PROJETADOS

Variável 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Variação no PIB Brasil 2,8% 3,4% 4,2% 4,5% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% Variação no PIB Amazonas 2,8% 3,6% 4,7% 5,0% 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% 5,5% Crescimento do Investimento Privado 3,0% 4,0% 6,0% 7,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% Superávit Primário 3,4% 3,3% 3,0% 2,5% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% Inflação IGP-M 6,3% 4,1% 3,0% 3,0% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% Inflação IPCA 6,0% 3,8% 3,0% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% Exportações 54,0% 56,7% 60,0% 63,7% 67,5% 71,5% 75,8% 80,4% 85,2% 90,3% Importações 54,8% 57,1% 60,8% 63,8% 67,3% 71,0% 75,0% 79,1% 83,4% 88,0% Balança Comercial -0,8% -0,4% -0,8% -0,2% 0,1% 0,5% 0,9% 1,3% 1,8% 2,3% Conta Corrente -28,6% -29,2% -30,0% -30,0% -30,0% -30,0% -30,0% -30,0% -30,0% -30,0% Câmbio 25,0% 5,0% 3,0% 2,0% 1,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% Libor - 6 meses 4,2% 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% Juros Nominal – SELIC Bruta 18,0% 13,0% 12,0% 11,0% 10,5% 9,0% 9,0% 9,0% 9,0% 9,0% Crescimento de M4 16,0% 14,0% 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% Credito Bancário Privado/PIB 30,0% 32,0% 34,0% 36,0% 38,0% 40,0% 42,0% 44,0% 46,0% 48,0% Crescimento do Crédito Bancário Br 16,0% 13,0% 11,6% 11,2% 10,8% 10,5% 10,2% 10,0% 9,8% 9,6% Crescimento do Crédito Bancário AM 10,0% 12,8% 13,3% 12,9% 12,5% 12,1% 10,5% 10,2% 10,0% 9,7% Spread em Empréstimos Corporate 24,0% 21,0% 18,0% 15,0% 13,0% 12,0% 10,0% 10,0% 10,0% 9,7% Spread em CDC 57,0% 52,0% 47,0% 42,0% 37,0% 35,0% 35,0% 35,0% 35,0% 35,0%

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8.3. PROJEÇÃO DO MERCADO TOTAL Para fins de determinação do mercado total de atuação do BEA, procedemos inicialmente a seguinte divisão: ! Captações de depósitos e operações de repasses ! Operações de crédito e financiamento A seguir, detalhamos as considerações para cada uma das divisões: ! Captações de depósitos e operações de repasses

Para fins de projeção, os depósitos e as operações de repasses, foram subdivididas em dois grupos: (a) operações relacionadas a depósitos do Governo do Estado do Amazonas e aos depósitos do funcionalismo1; e, (b) operações normais de depósitos do mercado2. Esta segregação, foi efetuada de forma a obter-se um fator de crescimento mais adequado a cada caso, os quais definimos a seguir: (a) Operações relacionadas a depósitos do Governo do Estado do Amazonas e aos depósitos do funcionalismo:

Consideramos que o volume de recursos depositados pelo Governo do Estado, teria fator de crescimento equivalente à projeção de crescimento de PIB do Estado. Com relação aos depósitos do funcionalismo, consideramos que estes sofreriam aumento equivalente a 50% do aumento do PIB do Estado, devido principalmente: (a) a folha de pagamento do Estado não ter apresentado crescimentos reais nos últimos períodos; (b) às restrições para contratações e imposições de limites de gastos com a folha de pagamento imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal; e (c) repasse de parte do crescimento real de arrecadação viabilizado pelo crescimento econômico do Estado.

1 Consideradas neste grupo, todos os recursos referentes ao Governo do Estado do Amazonas e do seu funcionalismo, que ficam depositados no BEA. 2 Considerados como sendo todos os depósitos do mercado financeiro do Amazonas que não estejam relacionados aos recursos do Governo do Estado e do funcionalismo que estejam depositados no BEA.

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(b) Operações normais de depósitos do mercado: Adotamos como fator de crescimento para estas operações, a projeção de crescimento para o M43 para o país. Foi adotado como base para projeção, o saldo destas operações em dezembro de 20004, para o Estado do Amazonas.

Projeção dos Depósitos e Operações de Repasse do Estado do Amazonas

(R$ Milhões)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

Mar/01 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

Depósitos e operações de repasse Crescimento

Fonte: projeções DELOITTE

3 O M4 é o agregado monetário que reúne: (i) moeda em circulação e depósitos à vista; (ii) fundos de investimento; (iii) títulos federais, estaduais e municipais em poder do público; (iv) depósitos de poupança; e, (v) títulos privados. 4 De acordo com informações divulgadas no SISBACEN.

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! Operações de crédito e financiamento

Para fins de projeção, as operações de crédito e financiamento, foram subdivididas em dois grupos: (a) operações de crédito do funcionalismo5; e, (b) operações de crédito e financiamento do mercado6. Esta segregação, foi efetuada de forma a obter-se um fator de crescimento mais adequado a cada caso, os quais definimos a seguir: (a) Operações de crédito do funcionalismo:

Potencialidade da linha de crédito: adotamos uma taxa de crescimento para o Credi BEA, equivalente a 25% do crescimento econômico projetado para o Estado do Amazonas. O índice adotado para o crescimento do potencial desta linha de crédito, foi consubstanciado nos seguintes fatores: (a) a folha de pagamento do Estado não ter apresentado crescimentos reais nos últimos períodos; e, (b) às restrições para contratações e imposições de limites de gastos com a folha de pagamento imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Crescimento de utilização do Credi BEA: adicionalmente ao crescimento de potencialidade deste produto, agregamos um crescimento na sua utilização, em concordância com o crescimento observado nos últimos meses. Este produto tem apresentado um nível crescente de utilização, estando atualmente utilizando cerca de 22%7 de seu potencial, conseqüência principalmente da melhor condição de liquidez do BEA a partir de sua federalização. Desta forma, para fins de projeção, estamos projetando um aumento na sua utilização, conforme demonstrado no gráfico a seguir.

5 Consideradas neste grupo, as operações do Credi BEA. O Credi BEA, consiste em um produto de crédito destinado exclusivamente aos servidores públicos com vencimentos recebidos através do BEA, e tem como condição de restrição, a utilização máxima de até 8 salários líquidos por funcionário. Para fins deste estudo, adotamos o recebimento 8 vezes a média líquida da folha de pagamento do Estado como potencial máximo desta linha de crédito. 6 Considerados como sendo todas as operações de crédito do mercado financeiro do Amazonas, que não as do Credi BEA. 7 A título comparativo, em dezembro de 2000, esta utilização estava em cerca de 17,5%, o que representa um extraordinário crescimento, tendo em vista que os 22% mencionados referem-se ao saldo de março de 2001, data base da avaliação.

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Evolução projetada na utilização do Credi BEA (R$ Mil)

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

Mar/01 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Potencial da linha Total utilizado % de utilização

Fonte: projeções DELOITTE

(c) Operações de crédito e financiamento do mercado: Adotamos como fator de crescimento para estas operações, a projeção de crescimento para o crédito bancário do Estado do Amazonas. Foi adotado como base para projeção, o saldo destas operações em dezembro de 20008 para o Estado do Amazonas. É importante ressaltar que a projeção de crescimento do crédito bancário no Brasil e no Estado do Amazonas, está principalmente fundamentada na tendência existente de maior bancarização no país, e o aumento da relação existente entre crédito bancário e PIB, que ainda é bastante inferior em relação a países mais desenvolvidos.

8 De acordo com informações divulgadas no SISBACEN.

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Projeção das Operações de Crédito e Financiamento do Estado do Amazonas (R$ Milhões)

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Mar/01 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

Total geral % de crescimento

Fonte: projeções DELOITTE

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8.4. PROJEÇÃO DO MARKET SHARE DO BEA Para fins de determinação da participação de mercado do BEA, procedemos inicialmente a seguinte divisão: ! Captações de depósitos e operações de repasses ! Operações de crédito e financiamento A seguir, detalhamos as considerações para cada uma das divisões: ! Captações de depósitos e operações de repasses

Para fins de projeção, os depósitos e as operações de repasses, foram subdivididas, conforme anteriormente definido para projeção de mercado, em dois grupos: (a) operações relacionadas a depósitos de Governo do Estado do Amazonas e aos depósitos do funcionalismo; e, (b) operações normais de depósitos do mercado. (a) Operações relacionadas a depósitos do Governo do Estado do Amazonas e aos depósitos do funcionalismo:

A participação de mercado do BEA sobre o volume de depósitos do Governo do Estado no BEA9, foi considerada como sendo equivalente a 100% para o período considerado de vigência do contrato entre o Estado do Amazonas e o BEA10.

(b) Operações normais de depósitos do mercado: Com base na observação da participação de mercado histórica que o BEA já obteve nos diversos tipos de depósitos, adotamos um ganho de participação de mercado, de acordo com as seguintes considerações:

9 Para fins deste estudo, o volume de depósitos do BEA foi segregado do total de depósitos do Estado. 10 O “Termo de Contrato de Prestação de Serviços”, celebrado em 16 de outubro de 2001 entre o Estado do Amazonas e o BEA prevê o prazo de vigência até 31 de dezembro de 2010, conforme descrito no parágrafo segundo da cláusula oitava.

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(i) Depósitos à vista, de poupança e a prazo # 2001: mantida a participação de mercado observada para dezembro de 200011. # 2002-2004: consideramos um aumento gradual de 10% na atual participação de mercado. Mesmo com o aumento da participação de

mercado considerado nas projeções, a sua participação será inferior a participação apresentada em períodos anteriores à federalização do Banco.

# A partir de 2005: mantida a participação de 2004.

Participação de mercado em depósitos12

Tipo de Depósito 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Depósitos à vista13 16,6% 16,6% 17,2% 18,0% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% Depósitos de poupança14 5,1% 5,1% 5,3% 5,5% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% Depósitos a prazo15 9,2% 9,5% 10,0% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% Fonte: projeções DELOITTE

(ii) Obrigações por empréstimos e repasses: consideramos que a participação do BEA em dezembro de 2000, sofreria uma queda de gradual de

5% até 2004, devido a alta participação do BEA neste tipo de captação. A participação atual do BEA neste mercado está em 48,4%, e foi estabilizada a partir de 2004 em 43,6%. É importante ressaltar, que apesar de ter uma participação elevada de mercado nesta linha de captação, esta é atualmente a forma menos representativa de captação do Banco, devido ao pouco volume destas operações no Estado do Amazonas.

11 Tal premissa está calcada no fato do processo de privatização encerrar-se apenas ao final do ano de 2001, impossibilitando medidas mais direcionadas ao ganho de market share, próprias de uma Empresa do setor privado. 12 Não inclui os depósitos do Governo do Estado e do funcionalismo. 13 A participação de mercado do BEA em depósitos à vista, em análise efetuada para os últimos anos, já esteve 21,9%. 14 A participação de mercado do BEA em depósitos de poupança, em análise efetuada para os últimos anos, já esteve 11,8%. 15 A participação de mercado do BEA em depósitos a prazo, em análise efetuada para os últimos anos, já esteve 15%.

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Participação de Mercado Projetada em Fontes de Captação (R$ Mil)

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

. Total das Fontes de Captação % Crescimento da captação Total

%.Market Share sobre a captação total

Fonte: projeções DELOITTE

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! Operações de crédito e financiamento Para fins de projeção, as operações de crédito e financiamento, foram subdivididas, conforme anteriormente definido para projeção de mercado, em dois grupos: (a) operações do Credi BEA; e, (b) operações normais do mercado. (a) Operações do Credi BEA:

A participação de mercado do BEA sobre o volume de crédito do Credi BEA, foi considerada como sendo equivalente a 100% para o período considerado de vigência do contrato entre o Estado do Amazonas e o BEA.

(b) Operações de crédito do mercado: Com base na observação da participação de mercado histórica que o BEA já obteve nos diversos tipos de produtos de crédito, adotamos um ganho de participação de mercado ao BEA, de acordo com as seguintes considerações: (i) Empréstimos e títulos descontados e operações de financiamento

# 2001: mantida a participação de mercado observada para dezembro de 2000. # 2002-2004: consideramos um aumento gradual de 10% na atual participação de mercado. Mesmo com o aumento da participação de

mercado considerado nas projeções, a sua participação projetada será inferior a participação apresentada em períodos anteriores à federalização do BEA.

# A partir de 2005: mantida a participação de 2004.

Participação de mercado em empréstimos e títulos descontados, e em operações de financiamento16

Tipo de Depósito 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Empréstimos e TD17 7,4% 7,6% 7,9% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% Financiamentos18 20,7% 21,4% 22,1% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% Fonte: projeções DELOITTE

16 Excluindo-se as operações do Credi BEA. 17 A participação de mercado do BEA nestas operações, em análise efetuada para os últimos anos, já esteve 9,5%. 18 A participação de mercado do BEA nestas operações, em análise efetuada para os últimos anos, já esteve 25,7%.

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(ii) Crédito imobiliário Enquadramento de destinação do saldo de depósito de poupança: # 2001: a destinação obrigatória de 65% para financiamento de operações de crédito imobiliário, foi redirecionada para a aplicação em títulos e valores e mobiliários. # De 2002-2006: enquadramento gradual da destinação dos depósitos de poupança para financiamento de operações de crédito, de acordo com as prerrogativas determinadas pelo “Edital de Abertura do Processo”. # De 2007-2010: considerado a destinação de 65% dos depósitos de poupança, conforme legislação vigente. Enquadramento de destinação sobre o excedente do saldo de depósito de poupança, a partir da privatização: considerado a destinação de 65% dos depósitos de poupança, acima do saldo de final de ano de 2001, de acordo com as prerrogativas do “Edital de Abertura do Processo”, descrito no item 5.4, que prevê: “d) que o enquadramento do cumprimento da obrigação de direcionamento dos recursos de poupança seja gradual, tomando-se por base o saldo do mês imediatamente anterior à privatização….

d.1) ….. o cumprimento da exigibilidade de aplicação apurada sobre o saldo base corrigido será de: • Ao final dos primeiros12 primeiros meses: 10%; • Ao final do 24o mês: 25%; • Ao final do 36o mês: 45%; • Ao final do 48o mês: 70%; • Ao final do 60o mês: 100%;

d.2) a parcela que exceder o saldo corrigido está sujeita à exigibilidade apurada segundo a regulamentação em vigor;

e) que a prerrogativa da alínea anterior seja estendida ao novo controlador”.

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Participação de Mercado Projetada em Operações de Crédito e Financiamento (R$ Mil)

-

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

. Cart eira de Crédit o . Market Share de Crédit os . Cresciment o da cart eira de crédit o

Fonte: projeções DELOITTE

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8.5. PREMISSAS DE PROJEÇÃO CARTEIRA DE DEPÓSITOS E OPERAÇÕES DE REPASSE A carteira de depósitos e de operações de repasse, para fins de projeção, foi considerada como sendo o produto do mercado projetado em relação à participação de mercado projetada para o BEA, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Projeção de Captação de Recursos do BEA – R$ Mil

Mercado Total Projetado Dez-2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Depósitos à vista – mercado 330.998 383.957 437.711 494.613 553.967 614.903 676.393 744.032 818.435 900.279 990.306 Depósitos à vista – Governo e funcionalismo 49.384 50.271 51.820 53.909 56.227 58.894 61.695 64.638 67.732 70.982 74.399 Depósitos de poupança - mercado 550.435 638.505 727.896 822.522 921.225 1.022.560 1.124.816 1.237.298 1.361.028 1.497.131 1.646.844 Depósitos de poupança - funcionalismo 4.619 4.667 4.751 4.863 4.985 5.122 5.263 5.408 5.557 5.710 5.867 Depósitos a prazo – mercado 597.907 693.572 790.672 893.459 1.000.674 1.110.748 1.221.823 1.344.005 1.478.406 1.626.247 1.788.872 Depósitos a prazo - Governo e funcionalismo 143.936 146.755 151.685 158.344 165.750 174.290 183.284 192.756 202.732 213.240 224.308 Operações por repasses 39.204 40.302 41.753 43.715 45.901 48.425 51.089 53.898 56.863 59.990 63.290 Mercado total projetado 1.716.483 1.958.029 2.206.288 2.471.425 2.748.729 3.034.942 3.324.363 3.642.035 3.990.753 4.373.579 4.793.886 Crescimento 14,1% 12,7% 12,0% 11,2% 10,4% 9,5% 9,6% 9,6% 9,6% 9,6%

Participação Projetada 19 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Depósitos à vista – mercado 16,6% 17,2% 18,0% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% 18,3% Depósitos à vista - Governo e funcionalismo 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Depósitos de poupança – mercado 5,1% 5,3% 5,5% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% 5,6% Depósitos de poupança – funcionalismo 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Depósitos a prazo – mercado 9,2% 9,5% 10,0% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% 10,1% Depósitos a prazo - Governo e funcionalismo 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Operações por repasses 48,4% 46,8% 44,4% 43,6% 43,6% 43,6% 43,6% 43,6% 43,6% 43,6%

19 Devido ao BEA ter passado a posição segregada dos depósitos com a identificação de depósitos para o funcionalismo, apenas para março de 2001, data-base da avaliação, extrapolamos a participação destes depósitos nas diversas modalidades de depósitos, de forma a obtermos a participação ajustada de mercado para o BEA em dezembro de 2000.

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Projeção de Captação de Recursos do BEA – R$ Mil (continuação)

Carteira Projetada mar/0120 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Depósitos à vista – mercado 55.527 63.737 75.082 88.948 101.154 112.281 123.509 135.860 149.446 164.391 180.830 Depósitos à vista - Governo e funcionalismo 49.384 50.271 51.820 53.909 56.227 58.894 61.695 64.638 67.732 70.982 74.399 Depósitos de poupança – mercado 28.522 32.564 38.360 45.444 51.681 57.366 63.102 69.412 76.354 83.989 92.388 Depósitos de poupança - funcionalismo 4.619 4.667 4.751 4.863 4.985 5.122 5.263 5.408 5.557 5.710 5.867 Depósitos a prazo - mercado 192.705 63.809 75.167 89.048 101.268 112.408 123.648 136.013 149.615 164.576 181.034 Depósitos a prazo - Governo e funcionalismo 6.134 146.755 151.685 158.344 165.750 174.290 183.284 192.756 202.732 213.240 224.308 Operações por repasses 17.624 19.506 19.535 19.395 19.994 21.094 22.254 23.478 24.769 26.132 27.569 Total de captação projetada 354.515 381.309 416.400 459.951 501.059 541.455 582.755 627.565 676.205 729.020 786.395 Crescimento 7,6% 9,2% 10,5% 8,9% 8,1% 7,6% 7,7% 7,8% 7,8% 7,9% Fonte: projeções DELOITTE

20 Apresentamos os saldos de março, apenas de forma ilustrativa, para observação do crescimento em 2001 a partir data-base da avaliação.

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DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS ! Depósito à vista

Projetado a 45% dos depósitos à vista, que efetivamente ficam recolhidos no BACEN. Adicionalmente, 25% destes depósitos foram destinados para aplicação em CDI Rural, conforme determina a legislação21. Os 30% restantes são destinados à aplicação livre. O depósito compulsório sobre depósitos à vista não são remunerados.

! Depósito de poupança Foram projetados de acordo com a legislação em vigência e representam 15% do total captado. Excepcionalmente para o período de 2001 a 2006, devido a não destinação obrigatória de 65% para crédito imobiliário sobre o saldo de final de ano de 2001 de depósitos de poupança, consideramos a diferença de não recolhimento como depósito compulsório. Os restantes 15%, foram considerados como de livre aplicação. Os valores projetados de depósitos de poupança mencionados são remunerados a taxa de 6% a.a..

Depósitos compulsórios projetados (R$ Mil)

Tipo de Depósito 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Depósitos à vista 50.403 56.206 63.386 69.921 76.129 82.442 89.324 96.830 105.018 113.953 Depósitos de poupança 29.785 28.061 25.789 21.903 16.448 10.255 11.223 12.287 13.455 14.739 Total 80.188 84.267 89.175 91.824 92.577 92.697 100.547 109.117 118.473 128.692 Fonte: projeções DELOITTE

21 De acordo com a legislação específica, é necessário destinar 25% destes depósitos para aplicação em operações de crédito rural, sendo facultado a opção de aplicação em operações de CDI Rural de outras instituições. A opção por aplicação em CDI Rural, que possui menor rentabilidade que operações de crédito rural, objetiva a manutenção das características de risco da carteira de crédito.

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APLICAÇÃO DE RECURSOS ! Operações de Crédito

As operações de crédito foram projetadas como sendo o produto do mercado total projetado em função da participação de mercado projetada para o BEA. Estas operações tiveram um spread nominal médio acima do custo de captação, variando no período projetivo entre 3,8% e 2,5% ao mês, para as operações relacionadas as pessoas físicas. As operações relacionadas à adiantamento a depositantes, foram projetadas com um spread nominal médio, variando no período projetivo entre 7,4% e 5,2% ao mês. As operações relacionadas a pessoas jurídicas, foram projetadas com um spread nominal médio, variando no período projetivo entre 1,8% e 0,8% ao mês. As projeções consideram, a partir de 2002, a aplicação de recursos captados através de poupança para a carteira de crédito imobiliário, conforme mencionado anteriormente. Os spreads médios considerados sobre o custo de captação de poupança foram projetados como da ordem de 0,7% ao mês para todo o período projetivo.

Estão demonstrados abaixo, a projeção das operações de crédito por tipo de produto:

Operações de Crédito Projetadas (R$ Mil)

Mercado Projetado 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Empréstimos e títulos descontados 286.744 315.418 355.792 403.112 455.113 512.002 573.954 634.219 698.909 768.800 843.374 Credi BEA 92.288 126.550 138.329 145.337 147.154 149.178 151.229 153.308 155.416 157.553 159.719 Financiamentos 83.666 92.033 103.813 117.620 132.793 149.392 167.468 185.052 203.927 224.320 246.079 Crédito Imobiliário 444.332 488.765 551.327 624.653 705.233 793.387 889.387 982.773 1.083.016 1.191.318 1.306.876 Outros Créditos 265.127 291.640 328.970 372.723 420.804 473.405 530.687 586.409 646.223 710.845 779.797 Mercado total projetado 1.172.157 1.314.406 1.478.231 1.663.445 1.861.097 2.077.364 2.312.725 2.541.761 2.787.491 3.052.836 3.335.845 Crescimento 12,1% 12,5% 12,5% 11,9% 11,6% 11,3% 9,9% 9,7% 9,5% 9,3%

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Operações de Crédito Projetadas - R$ Mil (continuação)

Participação Projetada 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Empréstimos e títulos descontados 7,4% 7,6% 7,9% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% 8,1% Credi BEA 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Financiamentos 20,7% 21,4% 22,1% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% 22,8% Crédito Imobiliário22 0,0% 1,1% 2,2% 3,1% 4,0% 4,8% 4,7% 4,7% 4,7% 4,7%

Carteira Projetada Mar/01 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Empréstimos e títulos descontados 18.787 23.341 27.206 31.819 37.046 41.677 46.720 51.625 56.891 62.580 68.651 Credi BEA 114.857 126.550 138.329 145.337 147.154 149.178 151.229 153.308 155.416 157.553 159.719 Financiamentos 16.400 19.051 22.206 25.970 30.237 34.017 38.132 42.136 46.434 51.078 56.032 Crédito Imobiliário 43 - 6.012 13.584 22.118 31.810 42.334 46.542 51.183 56.302 61.950 Total 150.087 168.942 193.753 216.710 236.555 256.682 278.415 293.611 309.924 327.513 346.352 Crescimento 12,6% 14,7% 11,8% 9,2% 8,5% 8,5% 5,5% 5,6% 5,7% 5,8% Fonte: projeções DELOITTE

22 As operações de crédito imobiliário não foram projetadas em função do market share, mas sim em função da obrigatoriedade de direcionamento de recursos captados através de depósitos de poupança, conforme mencionado anteriormente.

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! Títulos e Valores Mobiliários e CDI Rural

A segregação de recursos para aplicação em TVM’s, foi projetada de forma a atingir a meta de enquadramento de 15,2% determinada para o BEA23. A aplicação em CDI Rural foi definida como correspondente a 25% dos depósitos à vista, conforme mencionado anteriormente.

Evolução das aplicações em TVM’s e CDI Rural

R$ Milhões

-

100

200

300

400

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Aplicações em TVM Aplicações em CDI Rural Total

Fonte: projeções Deloitte

23 Equivalente a uma média de mercado composta por bancos de varejo nacionais, conforme descrito no Capítulo 7 deste relatório.

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! Receita da Intermediação Financeira

A receita de intermediação financeira foi projetada, considerando: (a) os saldos médios da carteira de aplicação do Banco, compreendida por empréstimos e financiamentos, carteira de crédito imobiliário e TVM, e as aplicações em CDI Rural; e, (b) as taxas médias reais projetadas para cada produto e para as operações de tesouraria representadas pela aplicação em TVM e CDI Rural. As taxas médias de juros reais e a receita de intermediação financeira, estão demonstradas nas tabelas a seguir:

Taxas de juros real projetada para as aplicações do BEA24

Produto 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Títulos públicos 10,5% 8,0% 8,1% 7,2% 7,2% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% Títulos privados 11,7% 8,9% 9,0% 8,0% 8,0% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% Empréstimos25 62,4% 56,8% 53,0% 47,0% 42,5% 39,0% 39,0% 39,0% 39,0% 39,0% Adiantamento a depositantes 140,8% 128,3% 117,7% 104,8% 93,4% 87,2% 87,2% 87,2% 87,2% 87,2% Títulos descontados 29,4% 25,8% 24,0% 20,0% 18,5% 16,0% 14,0% 14,0% 14,0% 13,7% Financiamentos 15,7% 12,9% 13,0% 12,0% 12,0% 10,5% 10,5% 10,5% 10,5% 10,5% CDI Rural 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% Financiamentos imobiliários 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% Fonte: projeções DELOITTE

A inadimplência efetiva da carteira de crédito, foi subtraída dos saldos projetados para cada produto de crédito, tendo como consequência a diminuição da receita de intermediação financeira. As taxas efetivas adotatadas foram estimada com base nas características de risco dos produtos, e tendo como base para projeção a adoção de benchmark do mercado nacional de grandes bancos de varejo para o período de projeção. As taxas projetadas de inadimplência estão demonstradas na tabela a seguir:

24 Refere-se as taxas médias de cada ano. 25 Inclui Credi Bea e outros empréstimos.

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Taxas de inadimplência para operações de crédito do BEA

Produto 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Emprest. e Títulos Descontados 6,9% 6,5% 6,0% 5,6% 5,2% 4,7% 4,3% 3,9% 3,4% 3,0% Credi BEA 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% Financiamentos 6,9% 6,5% 6,0% 5,6% 5,2% 4,7% 4,3% 3,9% 3,4% 3,0% Fonte: projeções DELOITTE

A inadimplência em 0,5% para o Credi BEA durante todo o período de projeção, está relacionado ao prazo de duração do contrato entre Governo do Estado e BEA. A inadimplência inicial de 6,9% para os demais produtos de créditos, é 50% maior que a média de grandes bancos de varejo nacionais26. A partir de 2003 adotamos uma queda gradual na taxa de inadimplência até atingir 3% em 2010. Tal premissa, está relacionada principalmente ao cenário adotado nas projeções, com quedas nas taxas de juros e spreads, o que tornará inevitável uma análise de crédito mais aprofundada e de melhor qualidade27.

Receita de intermediação financeira projetada (R$ Mil)

Produto 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Operações de crédito28 65.130 86.848 88.127 82.125 77.354 73.066 75.034 77.553 80.224 82.939 Rendas de TVM e de CDI Rural 14.617 13.162 14.182 14.126 15.652 14.391 15.765 17.215 18.798 20.529 Carteira imobiliária 2 451 1.470 2.678 4.045 5.561 6.666 7.329 8.061 8.869 Aplicação de recursos compulsórios29

1.102 1.735 1.616 1.431 1.151 801 644 705 772 846

Receita de intermediação total 80.851 102.196 105.395 100.360 98.202 93.819 98.109 102.802 107.855 113.183 Fonte: projeções DELOITTE

26 Conforme amostragem DELOITTE. Consideramos uma maior inadimplência no BEA devido às características de maior risco relacionados a bancos de menor porte. 27 Apenas para ilustrar, a inadimplência no mercado financeiro norte-americano apresenta índice médio de 0,8% nos últimos 5 anos, no entanto, o spread médio neste período esteve em 6,5% ao ano. Em nossas projeções, conforme mencionado, foi considerado uma queda nos spreads, no entanto, os spreads e o mercado projetado não serão compatíveis com o mercado norte-americano. Desta forma, julgamos adequado uma queda na taxa de inadimplência, porém de forma que as taxas projetadas não sejam equivalentes às taxas observadas no mercado norte-americano. 28 Inclui a receita com Credi BEA (94%), adiantamento a depositante e outros empréstimos. 29 Calculado em 6% sobre o saldo médio dos depósitos de poupança.

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! Despesa da Intermediação Financeira

A despesa de intermediação financeira foi projetada, considerando: (a) os saldos médios das carteiras de depósitos remunerados e das obrigações por empréstimos e repasse; e, (b) as taxas médias reais projetadas para cada produto. As taxas médias de juros reais, estão demonstradas na tabela abaixo:

Taxas de juros real projetada para as captações do BEA30

Produto 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Depósitos de poupança 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% Depósitos a prazo 11,7% 8,9% 9,0% 8,0% 8,0% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% Obrigações por empréstimos e repasse 11,7% 8,9% 9,0% 8,0% 8,0% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% Fonte: projeções DELOITTE A despesa com intermediação financeira projetada, encontra-se demonstrada na tabela abaixo:

Despesa de intermediação financeira projetada (R$ Mil)

Produto 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Despesa de captação de depósitos de poupança 1.583 2.410 2.803

3.209 3.575 3.926 4.296 4.702

5.148

5.639

Despesa de captação de depósitos a prazo 17.963 19.465 21.341

20.576 22.149 19.293 20.660 22.136

23.730

25.453

Despesa de juros com empréstimos repassados 1.629 1.737 1.752

1.576 1.644 1.409 1.486 1.568

1.654

1.745

Despesa de intermediação total 21.175 23.612 25.896 25.361 27.368 24.628 26.442 28.406 30.532 32.837 Fonte: projeções DELOITTE

30 Refere-se a média de cada ano.

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! Receita de Serviços

A receita de serviços foi calculada em função de sua participação na receita operacional31. Adotamos como benchmark grandes bancos de varejo nacional32, efetuando um aumento gradual da participação da receita de serviços até 2006, sobre a receita de intermediação financeira33. A partir de 2006, a participação foi mantida até 2010. A despesa tomada como base inicial para projeção, refere-se a despesa efetiva de 2000, ajustada: (a) pelas receitas consideradas como não recorrentes, de acordo com informações fornecidas pela Administração do BEA; e, (b) pelo efeito estimado da transferência dos recursos do Estado, anteriormente alocados no Fundo de Investimento, para aplicações em depósitos a prazo no BEA.

! Despesas Administrativas/ Outras

As despesas administrativas/ outras, são compostas por despesas administrativas, outras despesas e despesas tributárias. As despesas administrativas e outras, tiveram por base a média histórica verificada para as despesas incorridas nos últimos 27 meses34, ajustadas35 pelos efeitos do processo de saneamento financeiro. A mesma metodologia foi adotada para as despesas tributárias, no entanto, neste caso, foram excluídas as despesas de PIS, COFINS e CPMF, as quais foram calculadas separadamente.

Despesas administrativas/ outras (R$ Mil)

Descrição 200136 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Despesas totais 26.118 34.714 34.929 34.696 34.562 34.445 34.676 34.931 35.205 35.488 % sobre receita da intermediação 32,3% 34,0% 33,1% 34,6% 35,2% 36,7% 35,3% 34,0% 32,6% 31,4% Fonte: projeções DELOITTE.

31 Considerada neste caso, como sendo a somatória de receita de intermediação financeira e receita de serviços. 32 Amostra preparada pela DELOITTE. 33 Para 2001, a participação da receita de serviços foi mantida equivalente a observada em 2000. 34 Exceção feita a despesa com publicidade, que foi projetada tendo como base benchmark de grandes bancos de varejo do mercado nacional, e as despesas tributárias, que foram projetadas em função da legislação pertinente. 35 Nos últimos anos, devido ao processo de saneamento e federalização do Banco, houveram despesas conjunturais inerentes a estes processos, e que possuem caráter de não recorrência, tais como PDVI. Estas despesas foram eliminadas das despesas incorridas durante o período considerado base para a projeção, de forma a obtermos a média das despesas normalizadas. 36 Compreende o período de abril a dezembro.

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! Despesas de Pessoal

O quadro de funcionários na data-base, foi considerado como excedente, devido principalmente ao nível de automação bancária do BEA. Os ajustes de quadro foram estimados da seguinte forma: (a) Direção geral: com base nos investimentos projetados para obtenção de maior nível de automação bancária, os quais foram considerados em 200237,

consideramos que haveria redução de 45 pessoas na Gerência de Serviços – GESEC, sendo 35 em 2002 e 10 em 2003. (b) Agências da capital: conforme benchmark para bancos atuando na cidade de Manaus, verificamos que a média por agência é de 20 funcionários,

enquanto que o BEA possui 26 funcionários por agência. Consideramos que as agências, também beneficiadas pelos investimentos em maior automação bancária, ajustariam seus quadros de funcionários em 2002, implicando na demissão gradual de 60 funcionários, durante o período de 2002-2005.

Os custos de rescisão foram estimados de acordo com a média da despesa por funcionário, verificado para o último o PDVI efetuado pelo BEA em 2000, onde houve a adesão de 173 funcinários. O custo de rescisão por funcionário de acordo com este processo ficou em R$ 47,7 mil.

A partir do quadro projetado ao final de cada ano, calculamos o quadro médio de funcionários do período, e tendo como base a média histórica das despesas de pessoal por departamento38 dos últimos 27 meses, projetamos as despesas de pessoal. As despesas de contribuição ao fundo de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Estado da Amazonas - CABEA, foram projetados em 4,953% da despesa de pessoal (relacionado a proventos somente), de acordo com Relatório de Avaliação Atuarial da CABEA.

37 Devido cronograma do processo de privatização, com término previsto para o 2o semestre de 2001. 38 Considerando: direção geral, agências capital e agências interior. A média histórica foi ajustada pelos efeitos conjunturais do processo de saneamento, e foram equalizados com as condições de mercado.

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As despesas de pessoal encontra-se demonstradas na tabela abaixo:

Despesas de pessoal (R$ Mil)

Descrição 200139 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Salários e encargos 19.196 24.680 23.514 23.011 22.509 22.258 22.258 22.258 22.258 22.258 Previdência Complementar 532 684 651 638 624 617 617 617 617 617 Despesa de pessoal 19.728 25.364 24.165 23.649 23.133 22.875 22.875 22.875 22.875 22.875 Despesa média por funcionário 37,52 37,52 37,55 37,63 37,71 37,75 37,75 37,75 37,75 37,75 Quantidade média de funcionários 701 676 644 629 614 606 606 606 606 606 Fonte: projeções DELOITTE

39 Compreende o período de abril a dezembro.

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! Imposto de Renda e Contribuição Social

Os valores provisionados referem-se ao imposto de renda e à contribuição social devidos ao final de cada período projetivo. Estes valores foram calculados conforme a legislação pertinente em vigor na data-base da avaliação, a qual considera alíquotas conforme demonstrado na tabela abaixo:

Imposto Alíquota Imposto de Renda 15% Imposto de Renda – Adicional* 10% Contribuição Social 8% Total 33% * Aplicado somente sobre a parcela do lucro que exceder a R$ 20.000,00 mensal. ** Conforme legislação vigente, a Contribuição Social será cobrada com adicional de 1,0% no período de 1 de fevereiro de 2000 a 31 de dezembro de 2002, levando a alíquota total neste período à 34,0%.

A Empresa possuía na data-base, saldo de prejuízos fiscais e base negativa de R$ 74.912 mil e R$ 116.060 mil, respectivamente. Para fins de projeção, foi somado ao estoque de prejuízos fiscais e base negativa, o valor de ajuste de bens não de uso a valor de liquidação, cuja realização foi considerada através de ajuste econômico. A utilização dos benefício fiscal advindo do estoque de prejuízos fiscais e base negativa foi considerada no fluxo projetado.

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! Impostos Indiretos

Os impostos indiretos foram calculados de acordo com a legislação vigente, de acordo com o seguinte: (i) PIS e COFINS: calculados em 3,65% sobre a base de cálculo estipulada em legislação; (ii) ISS: calculado em 5% sobre a receita de serviços; e,

(iii) Fundo Garantidor de Crédito (FGC): calculado em 0,3% ao ano, sobre o saldo médio de depósitos.

! Investimentos

Os investimentos foram projetados da seguinte forma: (a) 2001: de acordo com a plano de investimentos do BEA, o qual prevê os seguintes investimentos:

Plano de Investimentos para 2001

Descrição Valor R$ Mil Implementação do Sistema de Pagamentos Brasileiro 1.000 Expansão da rede de auto-atendimento em 40 pontos, incluindo infra-estrutura 1.227 Informatização das agências CAINI 800 Total geral de investimentos previstos para 2001 3.027

Fonte: Relatório de Avaliação do Parque de Informática

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(b) 2002: foram considerados os investimentos necessários a maior automação do Banco, conforme demonstrado na tabela a seguir:

Plano de Investimentos para 2002

Descrição Valor R$ Mil Plano estratégico 200 Segurança física 2.000 Automação bancária 2.000 Internet banking e call center 3.500 Sistemas aplicativos 1.000 Atualização do parque de PC’s 300 Total geral de investimentos previstos para 2001 9.000

Fonte: Relatório de Avaliação do Parque de Informática

(c) 2003: considerado um reinvestimento com base em benchmark de grandes bancos de varejo nacional, e adotando como parâmetro de ajuste, o grau de imobilização do BEA em relação a amostra de bancos adotada.

(d) A partir de 2004: consideradou-se um reinvestimento equivalente ao valor determinado para 2003.

! Depreciação e Amortização

A depreciação dos ativos existentes, foi projetada com base nas taxas adotadas pelo BEA40. Os novos investimentos foram depreciados a uma taxa de depreciação ponderada média, com base na depreciação projetada para 200141. A amortização dos gastos diferidos foi projetada adotando-se as taxas atualmente praticadas pelo BEA42.

40 As taxas são equivalentes as fiscalmente permitidas. Foi considerado como base para depreciação, o valor do custo corrigido por classe de ativo, descontado o valor de bens totalmente depreciados na data-base. 41 Para cálculo da taxa média, foi considerado o efeito dos bens totalmente depreciados. Adicionalmente, foi desconsiderado o efeito da depreciação de edificações no cálculo da taxa média ponderada, tendo em vista que o BEA não deverá ter necessidade de investimentos neste tipo de bem.

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! Ajustes para determinação do valor de perpetuidade De acordo com o Contrato de Prestação de Serviços celebrado entre o Governo do Estado do Amazonas e o BEA, o prazo de vigência está previsto para encerrar em 31 de dezembro de 2010. Desta forma, com o objetivo de se obter um valor de perpetuidade em equilíbrio com a situação que o BEA irá apresentar a partir de 2011, alguns ajustes foram efetuados para estabilização do fluxo de caixa a ser perpetuado, os quais descrevemos abaixo: (a) Agências Capital: consideramos a manutenção de 4 agências a partir de 2011; (b) Agências Interior: consideramos a manutenção de 3 agências;

(c) Despesas de pessoal: além das demissões previstas com o fechamento das agências da capital e interior, consideramos a dispensa de 10% do quadro

de funcionários da direção geral, devido a grande diminuição nos níveis operacionais.

(d) Os custos de rescisão de pessoal foram estimados com base na despesa média por funcionário do PDVI realizado em 2000.

(e) Despesas administrativas: foram diminuídas da seguinte forma: (i) com base na redução da rede agências (12% das despesas de 2010); (ii) com base redução de quadro (20%); (iii) com base na redução de depósitos (47%); (iv) com base na redução da receita (20%); (v) mantidas fixas (1%).

42 Estas taxas estão de acordo com a legislação societária e fiscal.

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9. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA A avaliação econômico-financeira do BEA, foi calculada com base no valor presente líquido do fluxo de caixa operacional projetado e descontado para o acionista na data-base de 31 de março de 2001, conforme premissas e considerações mencionadas anteriormente neste relatório. Com base no escopo de nossa revisão, pesquisas, análises e informações obtidas, somos de opinião que pelo método da avaliação econômico-financeira selecionado, o valor econômico da totalidade das ações do BEA, consideradas em conjunto é de R$ 195.362 mil (cento e noventa e cinco milhões, trezentos e sessenta e dois mil reais), conforme demonstrado na tabela abaixo.

RESUMO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO - EM R$ MIL

. Valor presente do fluxo de caixa operacional 83.125

Valor da perpetuidade 4.667

. Valor presente das operações 87.792

Ajustes econômicos 107.570

. Valor econômico 195.362

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CONSÓRCIO DELOITTE / TREVISAN / SOUZA CAMPOS / ZALCBERG CAPÍTULO 10 Pag. 1/3

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10. ANÁLISE DE SENSIBILIDADES Em trabalhos de avaliação econômico-financeira é essencial chegar ao entendimento de quão consistentes são os resultados obtidos, isto é, quanta variação nas hipóteses e nas variáveis-chave pode ocorrer sem que haja alteração radical nos valores estimados. Dessa forma, apresentamos a seguir, algumas sensibilidades as principais variáveis chave na determinação do valor econômico do BEA. Os resultados da análise de sensibilidades efetuada, apresentam-se demonstradas na tabela a seguir:

ANÁLISE DE SENSIBILIDADES – EM R$ MILHÕES

Variável Sensibilizada Valor Operacional

Sensibilizado

Valor operacional base 87,8

Taxa de desconto 2% 82,1

-2% 94,2 Taxa de juros

0,3% 92,2 -0,3% 83,3

Spread 0,2% 93,9

-0,2% 81,5 Market share estabilizado em operações de crédito

1% 92,0 -1% 83,3

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ANÁLISE DE SENSIBILIDADES – EM R$ MILHÕES (CONTINUAÇÃO)

Variável Sensibilizada Valor Operacional

Sensibilizado

Valor operacional base 87,8

Market share estabilizado em depósitos 2% 91,8

-2% 83,5 Despesas operacionais

2% 82,9 -2% 92,6

Representatividade da receita de serviços 2% 92,7

-2% 83,1 PIB do Estado do Amazonas

2% 92,6 -2% 82,8

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COMPARAÇÃO ENTRE A IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS-CHAVE TORNADO DIAGRAM

(R$ MIL)

(16.000) (12.000) (8.000) (4.000) - 4.000 8.000 12.000 16.000

Repr rec s e rviço s

P IB AM

Taxa de des co nto

Des p o perac

Share depó s ito s

Share o p de cred

Taxa de juro s

Spread

s ens ibilidade a +0,5% s ens ibilidade a -0,5%

Fonte: projeções DELOITTE

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11. MÉTODO DO MERCADO O Método do Mercado baseia-se no princípio da substituição, assumindo-se que um comprador prudente não vai pagar mais por uma atividade do que o custo de adquirir um empreendimento similar e com a mesma finalidade. Sob esta metodologia, há dois enfoques de avaliação: (1) Comparação com operações de fusões e aquisições recentes; e

(2) Múltiplos Comparáveis de Empresas com ações negociadas em bolsa de valor. Especificamente para a avaliação do BEA, estamos adotando a “comparação com operações de fusões e aquisições recentes”, de forma a corroborar (cross check) o valor econômico apurado pelo método da lucratividade, utilizando o enfoque que considera o fluxo de caixa descontado. Neste enfoque, o método do mercado, baseia-se na pesquisa e identificação de transações que tenham envolvido Empresas referência (guidelines). Desta forma, pesquisamos as seguintes fontes de obtenção de informação para transações relevantes de Empresas referência, de capital aberto e de capital fechado: ! Bloomberg ! Merger Stat ! Internet Securities ! Thomson Financial As fontes demonstradas constituem-se nas principais, não foram as únicas fontes pesquisadas. A seguir, apresentamos o resultado das pesquisas efetuadas e ao final deste capítulos, apresentamos a aplicação dos múltiplos para avaliação do BEA.

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BANCO CENTRAL DO

Transações de Privatização

1,841,85

1,031,59

1,481,49

1,192,20

1,251,25

1,691,75

0,973,89

1,335,08

1,352,39

- 2,00 4,00 6,00

Banerj

Meridional

Credireal

Bemge

Bandepe

Baneb

Banestado

Banespa

Média

Bancos Estaduais - Preço Mínimo e Preço Pago sobre PL

Preço Mínimo / PL Preço Pago / PL

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BANCO CENTRAL DO

Transações com Bancos Privados Nacionais

3,47

0,96

1,25

2,75

0,80

1,85

- 1,00 2,00 3,00 4,00

Real

Bamerindus

Boavista Interatlantico

Bandeirantes

Banco Dibens SA

Média

Bancos Privados Nacionais - Preço Pago / PL

Apesar do período de 1994-2000 ter sido contemplado com inúmeras transações envolvendo o setor bancário privado nacional, as informações referentes a estas transações são em boa parte confidenciais e normalmente não contemplam os dados de forma exata. Desta forma, não foi possível estender a amostra para uma quantidade maior que a demonstrada no gráfico acima.

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BANCO CENTRAL DO

Transações no Setor Bancário Norte-Americano

Data da Instituição Vendida Instituição Compradora Valor Base Percentual PL da Inst Valor Pago/Transação Negociação Adquirido Vendida PL

30/03/00 Michigan Financial Corp. Wells Fargo & Co 191 100,0% 99 1,93 21/01/00 First Place Financial Corp. Wells Fargo & Co 187 100,0% 77 2,43 14/02/00 Merchants Bancorp Inc/Del Old Kent Financial Corp. 184 100,0% 72 2,54 02/04/01 Eldorado Bancshares Inc. Zions Bancorporation 183 100,0% 118 1,55 10/01/01 Shoreline Financial Corp. Chemical Financial Corp 176 100,0% 80 2,20 16/10/00 Scripps Financial Corp./CA US Bancorp/First Bank-Old 174 100,0% 45 3,84 01/03/00 Pacific Bank N.A. City National Corp. 145 100,0% 80 1,81 28/12/00 BankFirst Corp. BB&T Corp 137 100,0% 87 1,58 19/05/00 Coast Bancorp-Old Greater Bay Bancorp 128 100,0% 33 3,88 04/01/01 Firstier Corp Compass Bancshares Inc. 128 100,0% 49 2,63 28/01/00 North County Bancorp Wells Fargo & Co 108 100,0% 30 3,61 24/03/00 First Decatur Bancshares BankIllinois Financial Corp. 107 100,0% 53 2,01 21/03/00 American Bancshares/Fla Gold Banc Corporation Inc. 100 100,0% 27 3,63 18/02/00 Lake Ariel Bancorp Inc. NBT Bancorp Inc. 98 100,0% 38 2,58 03/07/00 Pioneer American Holding Corp. NBT Bancorp Inc. 91 100,0% 32 2,88 24/07/00 Bank Santa Clara Greater Bay Bancorp 90 100,0% 31 2,87 12/01/01 CNBT Bancshares Inc. BOK Financial Corporation 90 100,0% 30 3,01 14/05/01 First Liberty Bank Corp Community Bank System Inc. 88 100,0% 62 1,41 03/01/01 Letchworth Independent Bancp Tompkinstrustco Inc. 82 100,0% 34 2,45 06/11/00 Iroquois Bancorp Inc. First Niagara Financial Group 79 100,0% 39 2,02 27/02/01 Atlantic Financial Corporation F&M National Corp 75 100,0% 43 1,75 29/03/00 NMBT Corp. Summit Bancorp 69 100,0% 29 2,42 01/05/01 Bath National Corp Financial Institutions Inc. 63 100,0% 28 2,27 20/02/01 Carolina Southern Bank Synovus Financial Corp. 63 100,0% 22 2,79 04/12/00 VRB Bancorp Umpqua Holdings Corp. 55 100,0% 34 1,65

2,47 Média do Múltiplo

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BANCO CENTRAL DO

Transações no Setor Bancário Europeu

31/01/00 Espanha Argentaria, Caja Postal y Banc Banco Bilbao Vizcaya Argentari 11.197 100,0% 4.835 2,32 02/02/01 Austria Bank Austria AG Bayerische Hypo-und Vereinsban 7.314 100,0% 4.657 1,57 12/06/00 Luxemburgo Commercial Bank Of Greece Caisse Nationale Credit Agric. 3.948 6,8% 2.074 1,90 16/05/01 Austria Banque Generale du Luxembourg Fortis 3.471 47,0% 718 4,83 07/04/00 Portugal Banco Totta & Acores Banco Santander Central Hispano 1.175 94,4% 1.395 0,84 17/08/00 Finlandia Oesterreichische Postsparkasse Bank Fuer Arbeit und Wirtschaf 1.170 100,0% 813 1,44 02/01/01 Grécia Leonia Plc Sampo Oyj 761 100,0% 1.602 0,48 30/03/01 Itália Banco di Sardegna Banca Popolare dell'Emilia Rom 642 31,0% 664 0,97 18/01/01 Itália Banco di Sardegna Banca Popolare dell'Emilia Rom 495 20,0% 664 0,75

1,68

PL Inst. Vendida

Valor Base de Negociação Valor Pago / PL

Data da Transação Instituição VendidaPaís

Média do Múltiplo

Instituição CompradoraPercentual Adquirido

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BANCO CENTRAL DO

Média das Bases de Transações Bancárias Pesquisadas

1,411,69

1,352,39

1,85

2,47

1,68

1,352,09

Bancos Estaduais Nacionais sem Banespa eBanestado

Bancos Estaduais Nacionais

Bancos Privados Nacionais

Bancos Americanos

Bancos Europeus

Média

Médias dos Múltiplos - Preço Mínimo/PL e Preço Pago/PLBancos Estaduais e Privados Nacionais, Bancos Americanos e Bancos Europeus

Preço Mínimo / PL Preço Pago / PL

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BANCO CENTRAL DO

Múltiplos Aplicados ao BEA Para fins ilustrativos e baseado nos múltiplos anteriormente apresentados, os Preços Mínimo/PL e Pago/PL para o BEA atingiram os seguintes valores:

Valor do BEA com Base na Análise de Múltiplos – R$ milhões

133,1

187,7

224,9

PL BEA

Múltiplo de PreçoMínimo / PL

Múltiplo de PreçoPago / PL

Múltiplo 1,69 (a)

Múltiplo 1,41 (a)

Fonte: Bacen, Editais de Venda, Agências de Notícias / Principais Jornais do País / Demonstrações Finaceiras do BEG / Análise Deloitte

(a) Refere-se às médias dos múltiplos em operações similares de Bancos Estaduais, excluindo-se o Banespa e o Banestado.

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12. RECOMENDAÇÃO DE PREÇO MÍNIMO

Valor Econômico Apurado e Recomendação do Preço Mínimo O valor econômico apurado para o BEA foi calculado com base no valor presente dos fluxos de caixa gerados para o acionista pelas operações futuras, conforme premissas e considerações descritas neste Relatório. Esta metodologia é universalmente adotada em transações que envolvem venda ou transferência de controle acionário, sendo os fluxos de caixa descontado a valor presente por uma taxa que reflete: o grau de confiança atribuído às projeções e o risco associado à atividade econômica desenvolvida pela Empresa em questão. Adicionalmente, em entendimento às condições contratuais, determinamos o referencial de valor econômico do BEA em função de operações comparáveis, tomando-se como base as privatizações ocorridas e as operações de compra/venda de Bancos Estaduais, conforme indicado no Capítulo 11.

RESUMO DA AVALIAÇÃO – FLUXO DE CAIXA DESCONTADO X OPERAÇÕES SIMILARES

Descrição Valor em milhões

Valor Econômico pelo Fluxo de Caixa Descontado 195,4

Valor Equivalente por Operações Comparáveis

- Preço Mínimo / Patrimônio Líquido 187,7

- Preço Pago / Patrimônio Líquido 224,9

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Consequentemente, com base no escopo de nossa avaliação econômico-financeira, pesquisas, análises e conhecimentos adquiridos no exercício de nossos trabalhos, somos de opinião que o valor a ser adotado como parâmetro para estabelecimento do preço mínimo para a totalidade das ações do BEA, é de R$ 195,4 milhões (cento e noventa e cinco milhões e quatrocentos mil reais). Este Relatório de Avaliação não se destina à circulação geral ou publicação, assim como não pode ser reproduzido ou utilizado com nenhum outro propósito além daquele supra citado, sem nossa prévia autorização por escrito. Não assumimos qualquer responsabilidade ou contingência por danos causados por eventual perda incorrida pelo BEA, seus acionistas ou parte envolvida, como resultado da circulação, publicação, reprodução ou uso desse relatório com outra finalidade diferente da proposta. Reservamo-nos o direito (mas não nos obrigamos) de revisar todos os cálculos incluídos ou referidos neste relatório se julgarmos necessário, bem como revisar nossa opinião quanto ao valor econômico das ações do BEA, caso tenhamos conhecimento posterior de informações não disponíveis por ocasião da emissão deste Relatório.

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ANEXOS

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FLUXO DE CAIXA DESCONTADO

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PROJETADA

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Nota: o resultado de 2001, refere-se ao período de abril a dezembro, portanto está representando um período de 9 meses.

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BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO

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INDICADORES FINANCEIROS E OPERACIONAIS

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Taxas d e juro s p ro jetad as

32%31%

29%25%

22%20% 19% 18% 18% 18%

10%8% 8% 7% 7% 6% 6% 6% 6% 6%

20% 21%19%

16%14% 13% 12% 12% 11% 11%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010. Ta xa mé dia rea l de juros sobre a ca rt e ira de c rédit o e TVM

. Cust o mé dio de ca pt a çã o sobre a c a rt e ira de de pósit o e re passe s

. S pre ad médio proje t ado

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Evo lução do s A t ivo s (R $ M il)

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

900000

1000000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

. Ativo Total . Crescimento dos At ivos Totais

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Evo lução do Resultado da Intermed iação Financeira (R$ Mil)

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Rec Int Fin Desp Int Fin Re sult Int Fin

Cresc da Re c Int Fin Cresc Desp Int Fin Cresc Result Int Fin

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BANCO CENTRAL DO

Evo lução da Receita d e Serviços (R$ Mil)

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

. Rec e it a de S e rviç os . Cre sc ime nt o da Re ce it a de S e rviç os

. Rec e it a de S e rviç os/ Rec Ope rac iona l . Cobe rt ura das De spesa s de P e ssoa l

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Evo lução das Despesas Operacionais - R$ Mil

58.000

59.000

60.000

61.000

62.000

63.000

64.000

65.000

66.000

67.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

De sp Ope r Cresc Desp Oper Desp Oper/ Re c Ope r

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BANCO CENTRAL DO

Evo lução de Margens e do Resultado (R$ Mil)

(5.000)

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

. Result ado Opera c iona l . Result ado Lí quido . Ma rgem Ope ra c iona l . Marge m Lí quida