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Relatório de Estágio ProfissionalizanteO segundo tema, baseado na depressão, nasce da grande quantidade de pessoas com depressão e da necessidade de alertar os cuidadores e os

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Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Farmácia Santa Quitéria

janeiro de 2019 a julho de 2019

Soraia Daniela Monteiro Vaz

Orientador: Dra. Vânia Daniela Oliveira Gonçalves

Tutor FFUP: Prof. Doutor Paulo Alexandre Lourenço Lobão

julho 2019

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Declaração de Integridade

Declaro que o presente relatório é de minha autoria e não foi utilizado previamente noutro

curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros autores

(afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da atribuição, e

encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas, de acordo

com as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e auto-plágio

constitui um ilícito académico.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 16 de julho de 2019

Soraia Daniela Monteiro Vaz

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Agradecimentos

A elaboração deste estágio não teria sido possível sem a colaboração e estímulo de diversas

pessoas. Gostaria, deste modo, de agradecer a todos aqueles que direta e indiretamente

contribuíram para o seu desenvolvimento.

À Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e a todos aqueles que fazem parte dela,

pois foi para mim uma segunda casa ao longo desta jornada, gostaria de agradecer a todos

aqueles que se cruzaram comigo ao longo desta jornada pelos conhecimentos transmitidos,

pelas oportunidades dadas e pelos momentos e histórias vividos que ficarão para sempre

guardadas na memória e me permitiram crescer.

Ao meu tutor Prof. Doutor Paulo Alexandre Lourenço Lobão, obrigado pela disponibilidade,

orientação, apoio e acompanhamento na realização do presente relatório.

Quero deixar um agradecimento especial a toda a equipa da Farmácia Santa Quitéria:

À Dra. Joana Mesquita pela oportunidade de realizar o estágio nas suas instalações e por me

ter proporcionado a oportunidade de integrar a sua equipa e de crescer a nível profissiona l

com a sua ajuda.

À minha orientadora Dra. Vânia Daniela Gonçalves, pela orientação, dedicação apoio e

ajuda prestada.

À Carla Guimarães por toda a ajuda nos aconselhamentos ao utente e pela oportunidade de

realizar serviço noturno, por toda a ajuda prestada na realização e escolha dos projetos e pela

ajuda prestada nos aconselhamentos ao utente.

À Dra. Rosário Queiroz, por toda a ajuda prestada nos atendimentos ao utente, pela aula de

faturação e serviços de comparticipação.

À Dra. Joana Fernandes, pela grande ajuda prestada a nível do aconselhamento de produtos

cosméticos.

Ao João Silva, pelos conhecimentos transmitidos ao nível das encomendas, pela ajuda

realizada durante o aconselhamento aos utentes e pela alegria contagiante que apresentava

todos os dias e alegrava toda a equipa.

À Elisabete Martins, por toda a ajuda prestada durante os atendimentos, quer a nível de

descodificar receitas manuais como de indicação de dosagens a administrar aquando falta

dessa informação nas receitas.

Ao Márcio Marcelino, pelo incentivo e pelo primeiro “empurram” dado para a realização de

atendimentos ao utente e por toda a ajuda prestada durante aconselhamentos ao utente.

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À Joana Fernandes pela boa disposição e pela ajuda dada a nível da receção de encomendas

e armazenamento.

A toda a equipa deixo um enorme obrigada pela experiência que me permitiu crescer tanto

a nível pessoal como profissional e me permitiu mudar de opinião acerca do trabalho de um

farmacêutico comunitário, sem sombra de dúvida que se hoje em dia gosto da profissão deve-

se em parte a todos vocês pela oportunidade de integrar uma equipa fantástica como a vossa.

A todos os estagiários, Ana Patrícia, Tânia, Elisa e Sofia, que partilharam esta experiênc ia

comigo e pela ajuda prestada.

A todos aqueles que participaram nas atividades desenvolvidas ao longo do estágio.

Aos meus pais, por todo o apoio que me deram, por todos os valores morais que me

transmitiram e permitiram crescer como pessoa e pela oportunidade que me proporcionaram

de enriquecer o meu currículo académico.

Aos meus irmãos e cunhadas por todo o carinho e apoio que me transmitiram.

Ao meu afilhado e sobrinha pela alegria contagiante.

As minhas amigas, Ana Margarida, Ana Filipa, Ana Sofia e a todos aqueles que fizeram

parte desta jornada e deixaram a sua marca ao longo do meu percurso pela FFUP.

A todos aqueles que diretamente ou indiretamente tornaram possível a realização do estágio

profissionalizante o meu sincero e profundo agradecimento.

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Resumo

Para a aplicação de conhecimentos adquiridos ao longo do curso, o estágio

profissionalizante torna-se uma primeira etapa na qual é possível um primeiro contacto do

estudante com a profissão e aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. O primeiro

contacto com o utente é algo que assusta o estudante, numa fase em que este receia falhar e

apresenta uma enorme sensação de insegurança. A incorporação do estagiário numa equipa

torna a experiência mais fácil, aumentando gradualmente a segurança e autonomia como

resultado da prática da profissão.

O relatório apresenta como objetivo a elucidação das atividades desenvolvidas ao longo do

estágio profissionalizante, decorridos entre 15 de janeiro – 15 julho de 2019, na Farmácia

Santa Quitéria. O relatório está dividido em duas partes, sendo que a primeira parte diz

respeito a uma descrição do modo de funcionamento da Farmácia Santa Quitéria e das

atividades desenvolvidas e a segunda parte diz respeito aos temas desenvolvidos durante o

estágio. Os temas desenvolvidos foram escolhidos de acordo com as necessidades dos

utentes e pela prevalência de determinadas patologias entre os utentes. O primeiro projeto

assenta na necessidade de alertar a população para as doenças cardiovasculares, uma vez que

existe uma grande percentagem de doentes diabéticos, hipertensos, obesos e com

dislipidemias entre os utentes, para além do rastreio dos Diabetes, Hipertensão e IMC foi

ainda elaborado dois panfletos, um sobre a diabetes e outro sobre hipertensão, como auxiliar

na sensibilização dos participantes e utentes para estas patologias. O segundo tema, baseado

na depressão, nasce da grande quantidade de pessoas com depressão e da necessidade de

alertar os cuidadores e os próprios doentes para determinados cuidados que devem possuir,

como é um tema na qual as pessoas apresentam algum receio de falar abertamente sobre o

assunto o tema foi abordado em forma de panfleto. O terceiro teve como fundamento os

resultados obtidos durante a realização do rastreio cardiovascular, na qual uma grande

percentagem apresentava excesso de peso, o tema foi abordado como forma comemorativa

do dia da alimentação, em conjunto com uma degustação de gelatinas foi elaborado um

panfleto com dicas para uma alimentação mais saudável. Por último foi realizado uma ação

de sensibilização sobre a proteção solar como resposta a um pedido por parte da Escola

Secundária de Felgueiras para alertar os seus estudantes sobre o tema, para tal foi elaborado

um panfleto pelas estagiárias, foram expostos diversos tipos de protetores para auxílio na

escolha do protetor mais adequado, foram ainda divulgados diversos vídeos sobre proteção

solar das diferentes marcas envolvidas e das farmácias portuguesas.

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Índice

Declaração de Integridade ..................................................................................................... ii

Agradecimentos................................................................................................................... iii

Resumo................................................................................................................................ v

Índice ................................................................................................................................. vi

Lista de abreviaturas .......................................................................................................... viii

Índice de figuras ................................................................................................................... x

Índice de tabelas ................................................................................................................... x

Índice de gráficos ................................................................................................................ xi

Índice de anexos .................................................................................................................. xi

PARTE 1: DESCRIÇÃO DO MODO DE FUNCIONAMENTO DA FARMÁCIA SANTA

QUITÉRIA E DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS......................................................... 1

1. Introdução ........................................................................................................................ 1

2. Farmácia Santa Quitéria .................................................................................................... 2

2.1 Localização ................................................................................................................. 2

2.2 Horário de funcionamento ............................................................................................ 2

2.3 Recursos humanos ....................................................................................................... 2

2.4 Caracterização das instalações ...................................................................................... 2

2.5 Sistema informático ..................................................................................................... 5

2.6 Fontes de informação ................................................................................................... 5

3. Gestão de stock-encomendas e aprovisionamento................................................................ 6

3.1 Encomendas aos fornecedores ...................................................................................... 6

3.2 Receção, verificação e armazenamento de encomendas .................................................. 7

3.3 Gestão de stock ........................................................................................................... 9

3.4 Devoluções ................................................................................................................. 9

3.5 Controlo de prazos de validade ....................................................................................10

4. Dispensa de medicamentos e de outros produtos em Farmácia Comunitária .........................10

4.1 Medicamentos sujeitos a receita médica .......................................................................11

4.2 Medicamentos não sujeitos a receita médica .................................................................16

4.3 Outros produtos de saúde ............................................................................................16

4.4 Dispensa e aconselhamento farmacêutico .....................................................................18

5. Serviços e cuidados de saúde prestados na FSQ .................................................................20

5.1 Determinação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos ................................................20

5.2 Administração de injetáveis .........................................................................................20

5.3 Aconselhamentos de especialidade ..............................................................................20

5.4 Entregas ao domicílio .................................................................................................20

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5.5 VALORMED .............................................................................................................21

6. Outras atividades desenvolvidas na FSQ............................................................................21

7. Formações .......................................................................................................................21

8. Conclusão .......................................................................................................................22

PARTE 2: TEMAS DESENVOLVIDOS ...............................................................................22

Projeto I - Rastreio Cardiovascular (Diabetes, Hipertensão e IMC) ........................................22

1. Enquadramento e objetivo ................................................................................................22

2. Desenvolvimento .............................................................................................................23

2.1 Diabetes Mellitus (DM) ..............................................................................................23

2.2 Hipertensão arterial (HTA)..........................................................................................30

3. Métodos ..........................................................................................................................32

4. Conclusão .......................................................................................................................32

Projeto II - Depressão .........................................................................................................33

1. Enquadramento e objetivo ................................................................................................33

2. Desenvolvimento .............................................................................................................34

2.1 Depressão ..................................................................................................................34

3. Métodos ..........................................................................................................................36

4. Conclusão .......................................................................................................................36

Projeto III - Alimentação saudável ......................................................................................36

1. Enquadramento e objetivo ................................................................................................36

2. Desenvolvimento .............................................................................................................37

2.1 Obesidade ..................................................................................................................37

3. Métodos ..........................................................................................................................37

4. Conclusão .......................................................................................................................37

Projeto IV- Proteja a sua pele ..............................................................................................38

1. Enquadramento e objetivo ................................................................................................38

2. Desenvolvimento .............................................................................................................38

2.1 Radiação solar ............................................................................................................38

2.2 Proteção solar.............................................................................................................39

3. Métodos ..........................................................................................................................39

4. Conclusão .......................................................................................................................40

Referências .........................................................................................................................41

Anexos ...............................................................................................................................47

Anexo 1: Atividades desenvolvidas, equipa técnica e formações .............................................47

Anexo 2: Tema 1: Rastreio Cardiovascular ............................................................................48

Anexo 3: Temas 2: Depressão ..............................................................................................56

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Anexo 4: Tema 3: Alimentação Saudável ..............................................................................58

Anexo 5: Tema 4: Proteção Solar..........................................................................................60

Lista de abreviaturas

ADSE - Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas

ADT - Antidepressivos tricíclicos

AIM - Autorização de Introdução no Mercado

ANF - Associação Nacional de Farmácias

ARS-Norte - Administração Regional de Saúde Norte

AVC - Acidente Vascular Cerebral

BPF - Boas práticas farmacêuticas

BZDs - Benzodiazepinas

CCF - Centro de Conferência de Faturas

CNP - Código nacional do produto

CPV - Controlo do prazo de validade

DC - Doenças Coronária

DCI - Denominação Comum Internacional

DG - Diabetes Gestacional

DGS - Direção Geral de Saúde

DM - Diabetes Mellitus

DM - Depressão “Major”

DPP-IV - Dipeptidilpeptidase IV

DT - Diretor técnico

EAM - Enfarte Agudo do Miocárdio

FI - Folhetos informativos

FP - Farmacopeia Portuguesa

FSQ - Farmácia Santa Quitéria

GAD - Descarboxilase do ácido glutâmico

GLP-1 - Glucagon-like peptide-1

HAP - Hospital de Apoio Perinatal

HAPD - Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado

HC - Hidratos de carbono

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HTA - Hipertensão Arterial

IAA - Anticorpos anti insulina

ICA - Anti células dos ilhéus

iDPP-IV - Inibidores da dipeptidilpeptidase IV

IMC - Índice de Massa Corporal

INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.

Infomed - Base de dados de medicamentos do INFARMED

IVA - Imposto sobre o valor acrescentado

IV - Radiação infravermelha

LADA - Latent Autoimmune Diabetes in Adults

NC - Nota de Crédito

ND - Nota de Devolução

MG - Medicamento genérico

MM - Medicamentos manipulados

MNSRM - Medicamentos não sujeitos a receita médica

MSRM - Medicamentos sujeitos a receita médica

NaSSAs - Antagonistas dos receptores α2

OMS- Organização Mundial de Saúde

PA - Pressão arterial

PAD - Pressão Arterial Diastólica

PAS - Pressão Arterial Sistólica

PIC - Preço impresso na cartonagem

PRM - Problemas relacionados com o uso de medicamentos

PT - Prontuário Terapêutico

PTGO - Prova de Tolerância à Glicose Oral

PV - Prazo de validade

PVF - Preço do produto na fatura

PVP - Preço de venda ao público

PVU - Preço de venda unidade

RCM - Resumos das caraterísticas dos medicamentos

RIMA - Inibidores Reversíveis da mono-amino-oxidase A

RNM - Resultados negativos associados ao uso de medicamentos

SAMS - Serviço de Assistência Médico-Social

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SI - Sistema Informático

SNRI - Inibidores da Recaptação da Serotonina e noradrenalina

SNS - Sistema Nacional de Saúde

SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E.

SSCGD - Serviço Social da Caixa Geral de Depósitos

SSRI - Inibidores da recaptação da serotonina

UV- radiação ultravioleta

VIP’s - Very Importante Products

Vis - Radiação visível

Índice de figuras

Figura 1: Homeostasia da glicose

Figura 2: Farmacocinética da insulina

Figura 3: Roda dos alimentos para diabéticos

Figura 4: Classificação da hipertensão arterial

Figura 5: Árvore de decisão no tratamento da HTA

Figura 6: Árvore de decisão no tratamento da DM

Figura 7: Espetro de radiação eletromagnética

Figura 8: Radiação Ultravioleta

Índice de tabelas

Tabela 1: Cronograma de tarefas realizadas durante o estágio profissionalizante na FSQ

Tabela 2: Equipa Farmácia Santa Quitéria

Tabela 3: Formações realizadas durante o estágio na FSQ

Tabela 4: Dados recolhidos no rastreio cardiovascular

Tabela 5: Distribuição dos participantes no rastreio cardiovascular por género e faixa etária.

Tabela 6: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular

Tabela 7: Classificação do grau de obesidade de acordo com o IMC e atribuição de um grau

de risco de desenvolvimento de comorbilidades

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Índice de gráficos

Gráfico 1: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para o IMC em percentagem

Gráfico 2: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para o HTA em percentagem

Gráfico 3: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para a glicemia em percentagem

Índice de anexos

Anexo 1: Equipa técnica e formações realizadas

Anexo 1.1: Equipa técnica da Farmácia Santa Quitéria

Anexo 1.2: Formações realizadas durante o estágio

Anexo 2: Tema 1: Rastreio Cardiovascular

Anexo 2.1: Homeostasia da Glicose, farmacocinética da insulina e classificação da

HTA

Anexo 2.2: Cartaz de promoção do rastreio cardiovascular

Anexo 2.3: Panfletos desenvolvidos no âmbito no rastreio cardiovascular.

Anexo 2.4: Dados recolhidos no rastreio cardiovascular e tratamento de resultados

Anexo 3: Tema 2: Depressão

Anexo 3.1: Árvore de decisão no tratamento da depressão

Anexo 3.2: Panfleto desenvolvido no âmbito da sensibilização para a depressão

Anexo 4: Tema 3: Alimentação Saudável

Anexo 4.1: Classificação dos graus de obesidade e atribuição do risco de

comorbilidades

Anexo 4.2: Panfleto desenvolvido no âmbito da promoção de uma alimentação

saudável

Anexo 5: Tema 4: Proteção Solar

Anexo 5.1: Panfleto desenvolvido no âmbito da promoção da proteção solar

Anexo 5.2: Espetro de radiação eletromagnética e tipos de radiação que atingem a

superfície terreste.

Anexo 5.3: Apresentação desenvolvida no âmbito da formação sobre proteção solar

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Relatório de estágio profissionalizante em farmácia comunitária | Farmácia Santa Quitéria | Soraia Vaz

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PARTE 1: DESCRIÇÃO DO MODO DE FUNCIONAMENTO DA FARMÁCIA

SANTA QUITÉRIA E DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1. Introdução

No culminar de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia

da Universidade do Porto foi realizado um estágio profissionalizante com a duração de 6

meses. No decorrer da unidade curricular a aplicação dos conhecimentos científicos

adquiridos ao longo do curso são colocados à prova, ocorre um contacto com o utente através

do aconselhamento farmacêutico, da dispensação medicamentosa e da realização de serviços

farmacêuticos. O estágio foi realizado na Farmácia Santa Quitéria (FSQ) entre o dia 15 de

janeiro e o dia 15 de julho, sob a orientação da Dr.ª Vânia Gonçalves. Em termos de horário

foi efetuado entre as 9 horas - 13 horas e entre as 14 horas - 18 horas. As atividades

desenvolvidas durante o estágio encontram-se descritas na Tabela 1.

Tabela 1: Cronograma de tarefas realizadas durante o estágio profissionalizante na FSQ

Atividades desenvolvidas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Fu

nçõ

es

dese

mp

en

ha

da

s

Adaptação e integração na

Farmácia x

Receção, verificação e

armazenamento de

medicamentos

x x x x x x x

Preparação de receituário

para entrega ao domicílio x x x x x x x

Serviços farmacêuticos x x x x x x x

Gestão de stock x x x x x x x

Atendimento ao utente x x x x x x x

Formações x x x x x x x

Pro

jeto

s

I- Rastreio Cardiovascular x

II- Depressão x

III- Alimentação saudável x

IV- Proteção solar x x

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Relatório de estágio profissionalizante em farmácia comunitária | Farmácia Santa Quitéria | Soraia Vaz

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2. Farmácia Santa Quitéria

2.1 Localização

A farmácia Santa Quitéria (FSQ) situa-se no edifício Santa Ovaia, localizada na Avenida

Agostinho Ribeiro. Como resultado da sua localização numa das principais avenidas da

cidade e da sua proximidade a diversas infraestruturas, Centro de Saúde, Hospital Agostinho

Ribeiro, clínicas médicas dentárias, biblioteca municipal, bancos, diversas lojas de comércio

local, cafés/pastelarias e posto de abastecimento de combustível, a FSQ apresenta uma

elevada afluência de utentes ocasionais e de utentes habituais de faixas etárias muito

variadas.

2.2 Horário de funcionamento

A nível do horário de funcionamento, a FSQ encontra-se em funcionamento das 9 horas às

13 horas e das 14 horas às 20 horas em dias úteis. Ao sábado, o horário de atendimento é

realizado das 9 horas às 13 horas, de acordo com as normas descritas na legislação em vigor

[1]. A FSQ apresenta ainda serviço contínuo ao longo de 24 horas efetuado de 6 em 6 dias,

de acordo com a escala de turnos estipulado pela Câmara Municipal de Felgueiras,

Associação Nacional de Farmácias (ANF) e Administração Regional de Saúde Norte (ARS-

Norte) [2].

2.3 Recursos humanos

A FSQ obedece aos requisitos descritos na legislação, na qual é indicado que “as farmácias

devem dispor, pelo menos, de um diretor técnico (DT) e de outro farmacêutico" e que “os

farmacêuticos podem ser coadjuvados por técnicos de farmácia ou por outro pessoal

devidamente habilitado” [3]. A equipa, descrita na Tabela 2, anexo 1.1, é formada por 4

farmacêuticos, 4 técnicos de farmácia e 1 auxiliar de farmácia.

2.4 Caracterização das instalações

2.4.1 Espaço físico exterior

De acordo com as boas práticas farmacêuticas para as farmácias comunitárias, o acesso à

farmácia deve assegurar a sua acessibilidade a todos os potenciais utentes. Para além da sua

acessibilidade o aspeto exterior da farmácia deve ser facilmente identificável e profissiona l

[4]. Devido à sua localização no rés do chão a acessibilidade é garantida através de rampas

e escadas. Para entrar na farmácia é necessário atravessar duas portas, na qual a primeira

encontra-se aberta e a segunda abre automaticamente após chegada do utente. A FSQ

encontra-se identificada pela cruz verde, iluminada com um letreiro na qual é identificado o

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nome da farmácia, o horário de funcionamento e as horas. Na porta principal da FSQ

encontra-se exposto o horário de funcionamento e a identificação das farmácias de serviço

permanente, uma placa com o nome da farmácia e do diretor técnico. A FSQ apresenta ainda

ao dispor da população de uma máquina de venda automática PharmaShop 24.

2.4.2 Espaço físico interior

De acordo com a legislação encontra-se definido que as farmácias devem dispor das

seguintes divisões: i) Espaço de atendimento ao público; ii) armazém; iii) laboratório; iv)

instalações sanitárias. Para além das divisões mencionadas anteriormente a FSQ apresenta

nas suas instalações um gabinete de atendimento personalizado, uma área de receção de

encomendas/ apoio ao atendimento e um gabinete administrativo.

i) Espaço de atendimento ao público

O espaço de atendimento ao público é o local na qual ocorre o primeiro contacto entre o

utente e o farmacêutico, deve proporcionar um ambiente profissional, calmo e com

condições que permitam uma boa comunicação entre o utente e o farmacêutico [4]. A FSQ

apresenta cinco postos de atendimento, acoplados de uma máquina registadora automática e

de um multibanco comum aos cinco postos de atendimento. O espaço é bastante amplo

equipado com um sofá para descanso dos utentes durante o período de espera. Encontram-

se visíveis vários expositores na qual são expostos produtos cosméticos e de higiene

corporal, organizados por gamas e por marca, produtos de puericultura, produtos destinados

a bebés como papas, leites, biberões, chupetas, entre outros, produtos de higiene oral,

ortopedia, dietética e medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), contudo os

MNSRM apesar de expostos nos lineares não se encontram ao alcance do utente, situando -

se na parte de trás dos balcões de atendimento. Nas gavetas, situadas atrás dos balcões e nas

gavetas dos balcões, encontram-se armazenados produtos de maior rotatividade, como por

exemplo paracetamol, ácido acetilsalicílico , anticoncecionais, produtos de protocolo

diabetes (tiras e sensores).

ii) Armazém

Na área de armazém é necessário assegurar condições de iluminação, temperatura, humidade

e ventilação adequadas às exigências específicas dos medicamentos e outros produtos

armazenados. Os parâmetros referidos devem ser verificados e registados de forma periódica

como descrito nas boas práticas farmacêuticas (BPF) [4]. O armazém na FSQ encontra-se

dividido em duas áreas. Na primeira área encontram-se armazenados os excedentes, produtos

adquiridos em grandes quantidades, produtos não expostos nos lineares, dispositivos

médicos, desinfetantes, produtos de higiene íntima e corporal e produtos de puericultura. Na

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Relatório de estágio profissionalizante em farmácia comunitária | Farmácia Santa Quitéria | Soraia Vaz

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segunda área encontra-se armazenados em gavetas e por ordem alfabética do princípio ativo

os medicamentos, os xaropes, pós, ampolas e produtos de uso externo encontram-se

armazenados nas gavetas inferiores do armário, nas gavetas mais à direita encontram-se

armazenados produtos destinados ao tratamento da asma, produtos de uso ginecológico,

cremes/pomadas/géis, suplementos alimentares, produtos de uso oftálmico. Os

medicamentos psicotrópicos, estupefacientes e de uso veterinário encontram-se

armazenados noutro local à qual só é permitido o acesso através da utilização de chaves que

abram o armário. Existem ainda 2 frigoríficos destinados ao armazenamento de produtos que

necessitem de ser armazenados no frio.

iii) Laboratório

O laboratório corresponde ao local na qual são preparados, acondicionados, rotulados e

controlados os manipulados. De acordo com as BPF o laboratório deverá ser um local

corretamente ventilado e iluminado, com parâmetros de humidade e temperatura adequadas

[4]. Na FSQ não ocorre a preparação de manipulados, contudo, o laboratório encontra-se

equipado com balanças, material de vidro, pedra de pomadas, almofariz, espátulas, varetas

de vidro, placas de Petri entre outros materiais de laboratório, encontram-se ainda

disponíveis farmacopeias, formulários e documentação oficial de acordo com a legislação e

normas em vigor.

iv) Instalações sanitárias

A FSQ dispõe de instalações sanitárias.

v) Gabinete de atendimento personalizado

O gabinete de apoio personalizado apresenta-se como um local na qual deve ser permitido

uma comunicação de forma confidencial entre o farmacêutico e o utente como descrito nas

BPF [4]. Na FSQ o gabinete destina-se à prestação de serviços farmacêuticos, tais como

administração de injetáveis, medição de diferentes parâmetros bioquímicos e fisiológicos.

Este espaço é ainda utilizado para serviços de nutrição e podologia.

vi) Zona de receção de encomendas/ apoio ao atendimento

Na FSQ esta zona encontra-se próxima ao espaço de atendimento ao público e ao armazém.

Encontra-se equipada com um computador, leitor de códigos de barras, impressora, telefones

e impressora de etiquetas. É neste local que ocorre a receção e verificação de encomendas.

Encontra-se ainda presente os dossiers na qual são arquivados todos os documentos, desde

os documentos de devolução, receção e dispensa de medicamentos psicotrópicos e

estupefacientes.

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vii) Gabinete adminidtrativo

O gabinete administrativo destina-se à execução de funções destinadas ao diretor técnico,

tais como tarefas de organização, administração e gestão da farmácia.

2.5 Sistema informático

De acordo com as BPF, os programas informáticos de uso clínico devem ser validados de

forma a respeitar a confidencialidade, integridade e proteção de dados, devem assegurar a

segurança da informação, incluindo a prevenção de acessos não autorizados e a evitar

possíveis erros. O acesso ao sistema informático deve ser limitado apenas a pessoal

autorizado [4]. Na FSQ encontra-se disponível o Sifarma 2000®. Este sistema informático

é utilizado como ferramenta de gestão e atendimento em farmácia comunitária, permitindo

o auxílio de processos de gestão, tais como a gestão dos produtos desde a sua receção à sua

dispensa. Como vantagem da utilização deste tipo de sistema encontra-se a ficha do utente

na qual é possível verificar o histórico de dispensas do utente, a identificação de interações

medicamentosas e de contraindicações [5].

2.6 Fontes de informação

É importante para os profissionais de saúde o usufruto de diversas fontes de informação

acerca dos medicamentos. Como farmacêuticos, durante o processo de dispensa de

medicamentos é importante a disposição de uma biblioteca atualizada e organizada de forma

que este possa prestar um serviço com a maior qualidade possível. As fontes de informação

são um local importante para o fornecimento de informações acerca de contraindicações,

interações medicamentosas e posologias. A FSQ dispõe nas suas instalações da Farmacopeia

Portuguesa (FP), do Prontuário Terapêutico (PT), do The Merck Index, da Farmacopeia

Lusitana, do Formulário Galénico Português, da compilação da Legislação Farmacêutica e

do Mapa Terapêutico. Como consequência de apresentar nas suas instalações de um fácil

acesso à internet é possível aceder a bases de dados dos medicamentos, como o Infomed

(Base de dados de medicamentos da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de

Saúde, I.P (INFARMED)), na qual é possível aceder aos resumos das caraterísticas dos

medicamentos (RCM) e folhetos informativos (FI). Para além das fontes de informação

inumeradas, o sistema Sifarma 2000® dispões de informações úteis acerca das indicações

terapêuticas, posologias e interações medicamentosas relativas aos medicamentos.

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3. Gestão de stock-encomendas e aprovisionamento

3.1 Encomendas aos fornecedores

A realização de encomendas é um processo fundamental para a gestão da farmácia. A sua

realização encontra-se limitada por diferentes fatores, como o stock da farmácia, histórico

de vendas, sazonalidade de determinados produtos, do poder económico, das bonificações e

dos descontos. Na FSQ, a realização de encomendas tem como objetivo manter condições

comerciais melhoradas e/ou descontos financeiros. Devido ao facto da FSQ ser inserida num

grupo de farmácias (Grupo Mesquita), consegue obter melhores negociações com os

distribuidores grossistas. A realização de encomendas, pode ser realizada de diferentes

formas, diretamente aos laboratórios ou a intermediários como armazenistas de distribuição

grossista. A aquisição de produtos aos armazenistas de distribuição grossista permite obter

uma entrega rápida, sem limite mínimo de quantidades e pode ser realizada diversas vezes

ao dia, o que permite garantir uma dispensa de forma eficaz dos produtos requeridos pelos

utentes, em casos de não constarem no stock existente. A realização deste tipo de

encomendas pode ser realizada de forma automática através da seleção da opção stock

mínimo e máximo definido na ficha do produto no programa Sifarma 2000®. Este tipo de

encomendas pode ainda ser realizado de forma direta através da via telefónica ou através da

utilização de gadgets eletrónicos disponibilizados pelos armazenistas. A seleção do

armazenista é realizada tendo em consideração vários fatores, tais como, rapidez, condições

comerciais oferecidas e flexibilidade de entrega. Na FSQ são realizadas encomendas diárias

a diversos distribuidores como à Cooprofar, na qual são realizadas três entregas diárias, à

Empifarma, realiza duas entregas diárias, e à Alliance Healthcare que realiza duas entregas

diárias. A maioria das encomendas de produtos na qual existe o preço de venda ao público

indicado na embalagem são realizadas à Empifarma e produtos na qual o preço de venda ao

público é definido pela farmácia são realizados à Cooprofar. O sistema informático Sifarma

2000® permite a realização de diferentes tipos de encomendas: i) encomendas diárias; ii)

encomendas instantâneas; iii) encomendas manuais.

i) Encomendas diárias: apresentam como base a existência de stocks mínimos e

máximos definidos na ficha de produto. Este tipo de encomendas é sugerido quando o stock

mínimo é atingido, a sua aprovação é realizada pelo responsável pela realização das

encomendas diárias que apresenta a capacidade de alterar a encomenda, tanto para aumentar,

diminuir ou até mesmo anular a encomenda.

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ii) Encomendas instantâneas: têm como fundamento os pedidos pontuais para os quais

a farmácia não apresenta resposta no momento. Este tipo de encomendas pode ser efetuado

aquando do atendimento, via telefónica ou através do uso dos gadgets dos armazenistas. As

encomendas realizadas através da via verde destinam-se aos produtos que apresentam

limitações nas quotas, como por exemplo produtos esgotados. A realização deste tipo de

encomendas exige o número da receita em questão aquando da solicitação do produto,

permitindo assim, a seleção da quantidade pretendida e do fornecedor [6].

iii) Encomendas manuais: as encomendas manuais são realizadas através de contacto

com o fornecedor ou através via portal. A realização deste tipo de encomendas apresenta

vantagens em casos de produtos rateados. Este tipo de encomendas é realizado de uma forma

direta ao laboratório por períodos regulares, pelo que, apresentam vantagens ao nível das

condições comerciais, uma vez que são negociadas com os delegados comercias de acordo

com as necessidades da farmácia e o seu histórico de vendas. Desta forma, permite a

obtenção de descontos e bonificações. A realização deste tipo de encomendas pode ser

realizada através do envio de um e-mail ou através da realização de uma reunião com o

delegado comercial, permitindo a emissão de uma nota de encomenda que é conferida no

momento da receção. A desvantagem associada a este tipo de encomendas é prendido num

período mais longo entre a realização da encomenda e da sua receção.

3.2 Receção, verificação e armazenamento de encomendas

O transporte das encomendas é realizado através das cadeias de distribuição dos

armazenistas em contentores selados, vulgarmente conhecidas como “banheiras”,

identificadas com o nome do fornecedor, da farmácia a que se destina e da respetiva fatura

ou guia de remessa (original e duplicado), de forma a que a sua integridade seja assegurada

ao longo do transporte. Produtos que necessitem de condições especiais, tais como produtos

que necessitem de ser acondicionados no frio e produtos termolábeis vêm devidamente

identificados e acondicionados. Na fatura consta a identificação do fornecedor, da farmácia

a qual se destina, a lista de produtos pedidos e enviados ordenados por ordem alfabética e

com as respetivas quantidades. Os produtos encontram-se identificados com o respetivo

código nacional do produto (CNP), preço de venda unitário (PVU), imposto sobre o valor

acrescentado (IVA), preço de venda ao público (PVP) e bonificações no caso de existirem.

Em casos específicos, como na presença de benzodiazepinas (BZDs), psicotrópicos ou

estupefacientes é necessário a assinatura do DT ou do farmacêutico adjunto substituto na

requisição dupla que os acompanha e na respetiva fatura. O processo de receção é dado

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através da utilização do sistema Sifarma 2000® através do separador denominado

“Encomendas” seguido de “Receção”, após selecionar o distribuidor é introduzido o número

da fatura e o valor total da mesma seguido da leitura dos CNP dos produtos, em simultâneo

é identificado o número de embalagens em stock, o prazo de validade (PV) e o preço do

produto na fatura (PVF) e na embalagem em casos de presença de preço impresso na

cartonagem (PIC) devendo verificar-se se corresponde ao descrito no sistema é ainda

analisado o estado da embalagem. Deve ser ainda analisado se os produtos rececionados

correspondem aos pedidos e se as bonificações correspondem às acordadas. Nos casos em

que é verificado um PIC é diferente aquando do armazenamento do produto deve ser

identificado de forma a que os medicamentos que apresentam o PIC antigo sejam vendidos

primeiro, quando não existem produtos em stock deve proceder-se à alteração do PIC

presente no sistema. Nos casos em que as embalagens não possuem PIC o PVP é definido

pela farmácia. A margem de comercialização estabelecida pela FSQ é definida de acordo

com o IVA a que o produto é sujeito. Produtos como leites e fórmulas apresentam uma

margem aplicada de forma diferente, dependendo se a aquisição foi realizada de forma direta

ou indireta. Medicamentos de uso veterinário apresentam uma margem própria. Após a

verificação da encomenda são impressas as etiquetas e etiquetados os produtos. Nas etiquetas

é encontrado o PVP, IVA e o código de barras dos produtos. Em casos em que o produto vai

ser comercializado pela primeira vez é criada uma ficha de produto na qual é indicado o

fornecedor e são definidos stocks mínimos e máximos. Quando é detetada alguma

incoerência relativa à encomenda, como por exemplo a falta de algum produto faturado, é

realizado uma reclamação via telefónica ao fornecedor a qual é registada no livro destinado

a este tipo de reclamações, quando resolvida é anotado a sua resolução. Após terminar a

receção é gerado de forma automática uma lista dos produtos em falta de forma a permitir

transferir para outro fornecedor ou a adicionar à encomenda diária. A nível do

armazenamento, produtos que necessitem de ser armazenados no frio são os primeiros a ser

armazenados no frigorífico a uma temperatura entre os 2-8ºC. No que diz respeito aos

restantes produtos são armazenados em condições de temperatura < 25ºC, humidade < 60%

e de luminosidade rigorosamente avaliadas.

A FSQ rege-se pelos princípios first in first out e first expired first out. O cumprimento destes

princípios permite evitar o término dos prazos de validade dos produtos, sendo que, os

produtos com prazo de validade mais curto são aqueles que devem ser dispensados em

primeiro, permitem ainda que sejam dispensados em primeiro lugar produtos rececionados

primeiro à mais tempo exceto em casos em que o prazo de validade não o permita. De forma

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a controlar melhor os prazos de validade, na FSQ foi criado uma secção de produtos VIP’s

(very importante Products) na qual são armazenados todos os produtos que possuem um

prazo de validade mais curto. A tarefa de receção, verificação e armazenamento de produtos

é uma tarefa bastante importante e que permite o fácil reconhecimento da localização dos

produtos na farmácia, permitindo efetuar uma dispensa dos medicamentos de forma mais

rápida e o conhecimento dos produtos comercializados na farmácia.

3.3 Gestão de stock

De forma a garantir a satisfação do cliente e a gestão financeira e dinâmica da farmácia é

essencial possuir o produto certo para o momento adequado e na quantidade correta. Desta

forma, a gestão é um pilar fundamental para o funcionamento da farmácia. Uma gestão

adequada do stock é fundamental para o bom funcionamento da farmácia. Permitindo a

obtenção de um stock adequado às necessidades da farmácia, garantir os níveis mínimos e

máximos de stock e evitar a sua obtenção em excesso, a sua rutura e a acumulação de

produtos de pequena rotação o que condicionaria a liquidez da farmácia [7]. O processo de

gestão do stock é realizado tendo em consideração: i) perfil de utentes; ii) histórico de

compras e vendas; iii) hábitos de prescrição dos médicos; iv) dias de serviço permanente; v)

sazonalidade; vi) campanhas publicitárias; vii) espaço disponível para o armazenamento;

viii) bonificações; ix) disponibilidade financeira. A gestão de stock é, em norma, realizada

pelo responsável pelas encomendas. O programa Sifarma 2000® facilita a tarefa permitindo

definir o stock mínimo e máximo do produto e ao permitir verificar o histórico de pedidos e

vendas do produto. Ao gerar as encomendas diárias, é criada pelo sistema uma sugestão de

produtos necessários após atingirem o stock mínimo definido para o produto em questão, a

encomenda dos produtos só é realizada após aprovação por parte do responsável pela gestão

de encomendas e stock. A verificação do stock é um processo fundamental para verificar e

ou corrigir possíveis disparidades entre as contagens do Sifarma 2000® e as contagens reais

dos produtos. Este tipo de situação pode ocorrer devido a: i) erros de receção das

encomendas; ii) erros de marcação de produtos sem PIC; iii) erros em vendas; iv) erros em

trocas ou empréstimos entre farmácias; v) erros em devoluções e quebras [8].

3.4 Devoluções

A realização de devoluções pode ser necessária devido a diversas situações tais como: i)

embalagens danificadas; ii) produtos com dosagens diferentes ou quantidades diferentes

verificadas aquando da receção de encomendas; iii) produtos com prazos de validade

expirados; iv) produtos debitados, mas não encomendados; v) emissão de circulares que

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suspendam a comercialização realizadas pelo INFARMED; vi) emissão de circulares de

recolha voluntária emitidas pelo detentor da autorização de introdução no mercado (AIM).

O processo de devolução é iniciado pela emissão de uma nota de devolução (ND) pelo

Sifarma 2000®, após seleção do menu Gestão de devoluções, seguido da identificação do

distribuidor e leitura ótica dos produtos a devolver. É necessário identificar o motivo da

devolução e o número referente à fatura de origem. As ND são emitidas em triplicado, na

qual duas das cópias são assinadas, carimbadas e enviadas com os produtos a devolver e a

terceira cópia é arquivada na farmácia pelo período em que a regularização é feita.

Posteriormente, a devolução pode ser aceite ou rejeitada, pelo que a sua regularização deve

ser efetuada no Sifarma 2000® através do menu Regularização de Devoluções. Nos casos

em que a devolução é aceite a regularização pode ser efetuada através da troca dos produtos

por produtos iguais ou do mesmo valor, aparecendo estes como bónus na próxima fatura ou

pode ocorrer através da emissão e envio de uma nota de crédito (NC). Nos casos em que a

devolução é rejeitada, o produto regressa à farmácia e traduz-se em prejuízo, sendo

necessário a indicação no sistema informático da rejeição e motivo pela qual a nota de

encomenda foi rejeitada.

3.5 Controlo de prazos de validade

O controlo do prazo de validade (CPV) na FSQ é realizado aquando da receção das

encomendas e pela emissão periódica de listagens dos produtos pelo Sifarma 2000®. O

responsável pelo CPV analisa as listagens dos produtos, anotando as quantidades de produtos

existentes e a validade dos mesmos, procedendo à correção da data de validade dos produtos

no SI e quando necessário retirar os produtos do stock de forma a que possa ser gerado uma

ND ao fornecedor justificado pelo motivo de fora de validade. Nos casos em que a ND seja

aceite é emitido uma NC ou então a sua substituição por produtos com PV mais extensos.

Nos casos em que a ND não seja aceite os produtos são devolvidos à farmácia e reconhecidos

como quebras de produtos.

4. Dispensa de medicamentos e de outros produtos em Farmácia

Comunitária

A dispensa de medicamentos e produtos de saúde é um dos atos farmacêuticos com maior

relevância em farmácia comunitária. Segundo as BPF a dispensa de medicamentos

corresponde ao ato na qual um profissional, após avaliação da medicação dispensa

medicamentos ou substâncias medicamentosas aos pacientes mediante prescrição médica ou

em regime de automedicação ou indicação farmacêutica, acompanhada de toda a informação

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indispensável para um uso correto dos medicamentos. O farmacêutico apresenta como

função identificar e resolver problemas relacionados com o uso de medicamentos (PRM), de

forma a evitar possíveis resultados negativos associados ao uso de medicamentos (RNM).

Aos farmacêuticos é incontida a responsabilidade de promover a saúde e bem-estar da

população, promovendo o direito ao tratamento com qualidade, eficácia e segurança.

Apresenta ainda a responsabilidade de promover o uso responsável e racional do

medicamento e a monitorização da sua utilização [4]. Os medicamentos dispensados ao

paciente pode ser: i) medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM); ii) medicamentos não

sujeitos a receita médica (MNSRM).

4.1 Medicamentos sujeitos a receita médica

Medicamentos sujeitos a receita médica, segundo o estatuto do medicamento dizem respeito

a todos os medicamentos que constituem um risco para a saúde do utente quando utilizados

sem vigilância médica ou quando utilizados com frequência em quantidades consideráve is,

medicamentos que possuem princípios ativos com atividades ou efeitos secundários que

necessitem de ser aprofundados ou quando são destinados a uma administração parentérica.

Os MSRM só devem ser dispensados mediante a apresentação de receita médica válida

prescrita por profissionais devidamente habilitados [9].

4.1.1 Prescrição médica

O ato de prescrição de medicamentos, incluindo substâncias estupefacientes e psicotrópicas

bem como outras substâncias comparticipadas são obrigatoriamente efetuadas por meios

eletrónicos reconhecidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E.

(SPMS), exceto situações legalmente previstas como falência informática, inadaptação do

prescritor, prescrição ao domicílio ou prescrição até 40 receitas por mês. Nestes casos, é

permitido recorrer à prescrição manual, com a indicação do motivo pela qual foi utilizado

este tipo de prescrição assinalado com uma cruz no canto superior direito da receita [10]. As

receitas manuais apresentam uma validade de 30 dias consecutivos, contabilizados a partir

da data de emissão. Em cada receita podem ser prescritos no máximo quatro medicamentos

distintos, numa totalidade de quatro embalagens por receita e no máximo de duas

embalagens por medicamento. Este tipo de receitas não apresentam um caráter renovável.

A utilização de receitas eletrónicas permite evitar erros a nível da dispensa e agilizar todos

os processos envolvidos na conferência do receituário. Apresentam ainda a capacidade de

conferir uma maior segurança a nível do processo de prescrição e facilitar a comunicação

entre os profissionais de saúde de forma a facilitar o processo [10]. A prescrição dos

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fármacos é realizada pela denominação comum internacional (DCI), seguida da dosagem,

forma farmacêutica, apresentação, tamanho da embalagem e posologia. Contudo, é possível

realizar a prescrição por nome comercial do medicamento quando é referente a um

medicamento de marca sem similar ou que não exista disponível um medicamento genérico

(MG). Pode ainda ser realizada a prescrição por nome comercial desde que seja alegado a

pré-justificação técnica pelo prescritor, sendo este obrigado a utilizar uma das exceções

previstas [11]. Ao nível da prescrição eletrónica é possível classificar em: i) prescrição

eletrónica materializada (em papel); ii) prescrição eletrónica desmaterializada (sem papel).

i) Prescrição eletrónica materializada (em papel)

Refere-se à prescrição que é impressa e entregue em papel e a respetiva guia de tratamento.

Este tipo de receitas engloba dois modelos: i) receitas renováveis; ii) receitas não renováveis.

As receitas não renováveis são constituídas por uma única guia., apresenta uma validade de

trinta dias após a sua emissão. De forma a que seja possível a renovação, os medicamentos

devem destinar-se a tratamentos de longa duração e deverá conter até três vias. Na receita

podem ser prescritos até quatro medicamentos distintos, num total de quatro embalagens, no

máximo de duas embalagens por medicamento exceto em medicamentos sob a forma

unitária na qual podem ser prescritos quatro embalagens.[10].

ii) Prescrição eletrónica desmaterializada (sem papel)

A utilização da prescrição eletrónica desmaterializada em todo o sistema nacional de saúde

(SNS) passou a ser obrigatória a partir do dia 1 de abril de 2016 [12]. O acesso a este tipo de

prescrição é realizado através de equipamentos eletrónicos na qual o software no momento

da prescrição necessita de validar e registar a receita no sistema central de prescrições [10].

Os dados da receita como o número da receita, o código de dispensa e o código de direito de

opção são enviados para o telemóvel do utente. Em cada linha de prescrição pode existir no

máximo duas embalagens, em casos de tratamentos de curta ou média duração, apresentando

uma validade de sessenta dias ou seis embalagens, em casos de tratamentos de longa duração,

apresentando uma validade de seis meses. Nas receitas desmaterializadas pode ocorrer a

prescrição excecional de um número superior de embalagens apresentando assim uma

validade de doze meses [10].

4.1.2 Validação e dispensa da receita médica

Aquando da dispensa de medicamentos, o farmacêutico necessita de avaliar a prescrição com

vista a garantir a conformidade com as normas em vigor [10]. Embora a prescrição de forma

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desmaterializada seja promovida, ainda existe a prescrição de receitas manuais e receitas

eletrónicas materializadas o que requer um especial cuidado na sua validação.

Ao nível das receitas manuais é necessário ter em consideração vários aspetos para a sua

validação tais como não poderem conter rasuras, não podem conter caligrafias diferentes ou

canetas diferentes sob a pena de os medicamentos presentes na receita perderem a

comparticipação. No momento da dispensa e no momento na qual é realizada a conferênc ia

de receituário, a validade da receita deve ser analisada. Pelo que, as receitas devem conter:

i) identificação do local de prescrição ou respetiva vinheta, nos casos na qual o paciente é

pensionista abrangido por regimes especiais, deve conter uma vinheta verde de identificação

da unidade de saúde; ii) vinheta identificativa do prescritor; iii) identificação do motivo pela

qual foi realizado a prescrição manual; iv) nome e número do utente; v) regime de

comparticipação; vi) identificação do medicamento; vii) data de prescrição; viii) assinatura

do prescritor [10,11].

Nas receitas eletrónicas materializadas de forma a que estas sejam válidas é necessário o

seu correto preenchimento e de forma legível de: i) local de prescrição; ii) identificação do

médico prescritor; iii) identificação do utente; iv) número de utente do SNS; v) regime de

comparticipação dos medicamentos; vi) identificação dos medicamentos; vii) identificação

quando aplicável de regimes de comparticipação especiais com o respetivo despacho; viii)

número de embalagens; ix) data de prescrição; x) validade da prescrição; xi) assinatura do

médico [11].

Nas receitas eletrónicas desmaterializadas não se verificam erros relativamente à sua

validade nem de incorreta identificação dos medicamentos observada a nível das receitas

manuais justificada pela caligrafia pouco percetível. A sua dispensa é realizada através do

número da receita, código de acesso e do código de opção [11].

Ao longo do estágio foi possível constatar que as receitas manuais eram aquelas nas quais

existiam mais erros de prescrição, como por exemplo, o esquecimento do motivo para o uso

de prescrição manual, o esquecimento da vinheta do médico prescritos, a falta de

identificação do regime de comparticipação, faltas de assinaturas por parte do médico, falta

da data de emissão e até mesmo a prescrição de quantidades superiores às permitidas em

receitas manuais.

4.1.3 Dispensa de medicamentos psicotrópicos e estupefacientes

Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes encontram-se sujeitos a controlos especiais

aquando da sua dispensa. Os medicamentos sujeitos a este tipo de controlo encontram-se

listadas nas tabelas I e II da legislação em vigor para o efeito [11]. Aquando da dispensa

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deste tipo de medicamentos, o farmacêutico necessita de registar no sistema informático (SI)

os dados da pessoa que levanta a medicação e do paciente a qual se destina, indicando os

seguintes parâmetros: i) nome; ii) data de nascimento; iii) número do documento de

identificação (bilhete de identidade/cartão de cidadão, carta de condução ou passaporte); iv)

data de validade do documento de identificação; v) morada; vi) número da prescrição; vii)

nome da farmácia e número de conferência de faturas; viii) número de registo e da

quantidade de medicamento dispensada; ix) data da dispensa. Em casos de receita manual

ou materializada, o utente ou o seu representante necessita de assinar de forma legível o

verso da receita. A receita deve ainda conter a assinatura do responsável pela dispensa, a

data e o carimbo da farmácia. As receitas manuais ou materializadas devem ser arquivadas

pela farmácia durante três anos. Adicionalmente, a farmácia necessita de enviar ao

INFARMED através de correio eletrónico até ao dia 10 do mês seguinte à dispensa [11]. Os

balanços referentes as saídas e entradas deste tipo de medicamentos, deve ser enviada ao

INFARMED com uma periodicidade de seis meses [13].

Na FSQ o controlo de medicamentos estupefacientes e psicotrópicos é realizada no momento

da receção de encomendas e no momento da dispensa dos medicamentos. No momento da

receção da encomenda, os medicamentos psicotrópicos e estupefacientes são armazenados

num local fechado e distinto da outra medicação. A requisição em duplicado é assinada,

carimbada e datada por um farmacêutico. Sendo de seguida, o duplicado enviado ao

armazenista de distribuição grossista responsável pela entrega e o original é arquivado na

farmácia por um período mínimo de três anos. No momento da dispensa são preenchidos

todos os campos do formulário descrito nas normas relativas à dispensa de medicamentos e

produtos de saúde. No final da dispensa, é impresso um recibo de venda de medicamentos

psicotrópicos e estupefacientes nas receitas desmaterializadas, no caso de receitas manuais

ou materializadas o recibo de venda deve ser anexado à cópia da prescrição, de seguida são

arquivados por um período de três anos na farmácia.

4.1.4 Sistemas de comparticipação e regimes especiais

De acordo com a legislação em vigor, o SNS, pode comparticipar certos tipos de

medicamentos em regime de comparticipação geral ou especial, sendo as percentagens de

comparticipação definidas na legislação atual [14].

i) Regime de comparticipação geral

O regime de comparticipação geral é realizado em 4 escalões definidos pelo SNS: a) Escalão

A: comparticipação de 90% do PVP; b) Escalão B: comparticipação de 69% do PVP; c)

Escalão C: comparticipação de 37% do PVP; d) Escalão D: comparticipação de 15% do

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PVP. A atribuição do escalão de comparticipação é atribuída de acordo com a indicação

terapêutica e da classe farmacoterapêutica do medicamento [14,15,16].

ii) Regime de comparticipação especial

Os regimes de comparticipação especial são definidos em função das patologias ou grupos

especiais de utentes. São dependentes dos rendimentos do beneficiário e são acrescentados

diferentes valores de acordo com o escalão: a) Escalão A: comparticipação de 95% do PVP;

b) Escalão B: comparticipação de 84% do PVP; c) Escalão C: comparticipação de 52% do

PVP; d) Escalão D: comparticipação de 30% do PVP. A comparticipação em pensionis tas

na qual é acrescido um regime especial é de 95% nos casos em que o medicamento seja um

dos cinco mais baratos. O regime de comparticipação pode ainda depender do tipo de

patologia [17].

iii) Outros regimes de comparticipação

Em outros tipos de regimes de comparticipação são encontrados: a) Produtos destinados ao

controlo da Diabetes Mellitus, na qual as tiras de teste são comparticipadas a 95% e agulhas,

seringas e lancetas são comparticipadas a 100%; b) Medicamentos manipulados apresentam

uma comparticipação de 30%; c) Câmaras expansoras apresentam uma comparticipação de

80% na compra de uma por ano, desde que não exceda os 28,00€; d) Outros [11,17]. As

comparticipações podem ainda, ser realizadas por outras entidades comparticipantes e/ou

subsistemas de saúde para além do SNS, cujas percentagens de comparticipação variam de

acordo com a entidade. Este tipo de comparticipação é complementar à comparticipação do

SNS e é atribuída mediante a apresentação de um cartão do subsistema válido. Como

exemplos de subsistemas de saúde podemos enumerar: i) Serviço de Assistênc ia

Médico-Social (SAMS) dos sindicatos de bancários do Norte e Centro; ii) SAMS quadros;

iii) Multicare®; iv) Serviço Social da Caixa Geral de Depósitos (SSCGD).

4.1.5 Conferência, verificação do receituário e faturação

O processo de conferência, verificação do receituário e faturação permite validar as

prescrições de forma a verificar uma dispensa correta dos medicamentos de acordo com o

especificado [18]. Nas receitas manuais, no momento da dispensa é impresso no verso o

documento de faturação na qual são indicados os medicamentos dispensados e

comparticipados. No documento de faturação é incluído: i) identificação da farmácia; ii)

identificação do utente; iii) identificação dos medicamentos comparticipados; iv) quantidade

dos medicamentos comparticipados; v) valor pago pelo utente; vi) valor total da receita.

Posteriormente, o responsável procede à validação das receitas. Após a validação, as receitas

são organizadas em lotes de 30 unidades e emitido os verbetes de identificação dos lotes

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através da utilização do Sifarma 2000®, que serão carimbados e rubricados. No fim de cada

mês é emitido a relação de resumos de lotes e a fatura final mensal para cada entidade

comparticipante. A relação de resumos de lotes e a fatura final mensal, juntamente com os

lotes e os verbetes referentes ao SNS são posteriormente enviados via Centro de Conferência

de Faturas (CCF) até ao dia 5 do mês seguinte. As receitas referentes aos outros subsistemas

de saúde são envias por correio para a ANF até ao dia 10 do mês seguinte que posteriormente

procede ao reenvio para os respetivos subsistemas. Nos casos em que exista conformidade

com o definido legalmente é realizado o pagamento do valor comparticipado.

4.2 Medicamentos não sujeitos a receita médica

Medicamentos não sujeitos a receita médica dizem respeito a medicamentos que não

necessitam de receita para serem dispensados de acordo com o definido no Estatuto do

Medicamento. Os MNSRM não apresentam PIC e não são comparticipados salvo raras

exceções previstas na legislação [9]. A dispensa de MNSRM é muitas vezes realizada após

o ato de aconselhamento farmacêutico após a recolha do máximo de informação possível

acerca do problema e das expetativas do utente. O farmacêutico é responsável por detetar se

o utente percebeu a indicação terapêutica, a posologia, possíveis contraindicações e feitos

secundários. Ao longo do estágio várias foram as situações na qual tive a oportunidade de

realizar aconselhamento farmacêutico. Foi notório que consoante a época a procura por

determinados medicamentos aumenta ou diminui. No início do estágio, época de inverno,

era notório uma grande procura por antigripais e anti-histamínicos, na época da primavera a

procura por anti-histamínicos e colírios com funções calmantes e hidratantes aumenta e

durante a época de verão a procura de produtos destinados a queimaduras solares, protetores

solares e produtos destinados a picadas de insetos aumentou. Medicamentos com funções

laxantes, antidiarreicos e anti náuseas apresentam uma elevada procura durante todas as

épocas do ano.

4.3 Outros produtos de saúde

4.3.1 Medicamentos manipulados

Medicamentos manipulados (MM) correspondem a qualquer fórmula magistral ou

preparado oficinal dispensado por um farmacêutico [19]. Os MM sujeitos a

comparticipações encontram-se descritos na legislação em vigor referente aos manipulados

[11]. Na FSQ, não são preparados MM, sendo este tipo de medicamentos preparados na

Farmácia dos Clérigos e na Farmácia Barreiro.

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4.3.2 Medicamentos de uso veterinário

Os medicamentos de uso veterinário são essenciais para a manutenção da saúde e bem-estar

dos animais e promover a proteção da saúde pública. Nos medicamentos de uso veterinár io

são incluídas todas as substâncias ou associação de substâncias que possuam propriedades

curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas e que possam ser

utilizadas em animais com o objetivo de estabelecer um diagnóstico médico-veterinário ou,

exercendo ação farmacológica, imunológica ou metabólica em funções fisiológicas. As

embalagens devem apresentar a inscrição Uso Veterinário num fundo verde [20]. Na FSQ

os medicamentos de uso veterinário mais dispensados são antiparasitários de uso interno e

externo e contracetivos.

4.3.3 Medicamentos homeopáticos

Medicamentos homeopáticos são medicamentos obtidos a partir de “substânc ias

denominadas stocks” ou de matérias primas homeopáticas [9]. Na FSQ este tipo de

medicação não apresenta grande procura, pelo que quando solicitados são encomendados no

momento.

4.3.4 Suplementos alimentares

Os suplementos alimentares são definidos pelo Ministério da Agricultura, do

Desenvolvimento Rural e das Pescas como géneros alimentícios destinados a complementar

ou suplementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de

determinadas substâncias nutrientes ou outras com efeito nutric ional ou fisiológico, podendo

ser comercializadas sob diferentes formas farmacêuticas [21]. Na FSQ existe uma elevada

procura por suplementos alimentares como auxiliar no combate à fadiga física e intelectua l,

de forma a melhorar a memória e de produtos com capacidades termogénicas.

4.3.5 Produtos fitoterapêuticos

A designação de produtos fitoterapêuticos é definida a produtos preparados a partir de

plantas ou mistura de plantas com propriedades medicinais que possam apresentar

propriedades terapêuticas [22]. Existe cada vez mais uma procura maior por produtos à base

de plantas medicinais com o objetivo de prevenir, curar ou minimizar sintomas de doenças.

Contudo, o uso desse tipo de produtos não é inócuo pelo que devem ser utilizados com

cautela [23]. Foi possível verificar que na FSQ a procura por este tipo de medicamentos não

é muito grande e quando procurados destinam-se a combater problemas menores do sono ou

a obstipação.

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4.3.6 Produtos de puericultura

Na FSQ existem vários produtos de puericultura na qual se encontram disponíveis várias

marcas como a Chicco®, Nuk®, Dr. Browns®, Nutribén® entre outras, na qual é possível

encontrar diversos produtos como papas, leites, infusões, frutas, biberões e chupetas.

4.3.7 Produtos cosméticos e de higiene corporal

No que concerne aos produtos cosméticos e de higiene corporal, a legislação nacional define-

os como substâncias ou preparações destinadas a serem postas em contato com as diversas

partes superficiais do corpo, designadamente epiderme, sistemas piloso e capilar, unhas,

lábios e órgãos genitais externos, ou com dentes ou mucosas bucais com o objetivo de

corrigir odores corporais [24]. Na FSQ existe disponível uma grande variedade de produtos

cosméticos, sendo possível encontrar expostos várias marcas como Uriage®, Caudalie®,

Bioderma®, Lierac®, Esthederm®, La Roche-Posay®, Aveeno® e D'aveia®. Os produtos que

apresentam uma maior procuram são os produtos destinados à hidratação do corpo durante

e após o banho e os produtos utilizados em condições específicas como rugas, acne, pele

atópica, rosácea ou manchas. Na FSQ é possível encontrar produtos destinados a combater

a caspa, produtos para cabelo seco e para cabelo oleoso e produtos destinados a combater a

queda de cabelo. Nos produtos destinados à higiene íntima existem várias marcas como a

D'aveia®, Lactacyd®, Saugella® e Saforelle®. Ao nível da higiene oral é possível encontram

também uma grande variedade de produtos desde pastas de dentes, colutórios, escovas de

dentes e produtos destinados a placas dentárias de diferentes marcas como Vitis®, Corega®,

Colgate® e Elgydium®.

4.3.8 Dispositivos médicos

São considerados dispositivos médicos qualquer instrumento, aparelho, equipamento ou

material que isoladamente ou combinado apresenta como objetivo exercer um efeito

pretendido no corpo humano [25]. Na FSQ é notório uma grande procura por produtos

destinados ao controlo da glicémia desde lancetas, tirar de controlo, aparelhos e sensores.

Outros produtos com bastante procura são as meias de descanso e de compressão. Contudo,

na FSQ existem disponíveis vários produtos desde compressas, pensos rápidos, seringas

entre outros.

4.4 Dispensa e aconselhamento farmacêutico

O aconselhamento terapêutico é um serviço com grande importância e que permite marcar a

diferença entre as mais variadas farmácias e entre os diferentes profissionais. O

farmacêutico, como profissional de saúde, dotado de conhecimentos amplos deve apresentar

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uma atitude ativa no momento da dispensa do medicamento e no aconselhamento

farmacêutico de forma a satisfazer as necessidades dos utentes. Cabe ao farmacêutico a

importante tarefa de fornecer todas as informações necessárias para que exista um correto

uso do medicamento de forma adaptada ao utente em questão [28]. No decorrer do estágio

foi bastante notório a importância e relevância do aconselhamento farmacêutico de forma a

que exista um correto uso dos medicamentos e de forma a existir uma boa adesão à

terapêutica.

Aconselhamento 1:

Uma utente deslocou-se à farmácia e pediu alguma coisa para alivar a tosse da filha. Após

perguntar a idade da criança, se tinha algum problema de saúde , se apresentava mais algum

sintoma e se a tosse era seca ou produtiva, a utente referiu que a criança tinha 7 anos, não

possuía nenhum outro sintoma nem nenhum problema de saúde e que a tosse era com

expetoração. Após análise foi aconselhado ao utente um antitússico, neste caso Bisolvon

Linctus® criança numa posologia de 5ml, 3 x/dia [27].

Aconselhamento 2:

Uma utente deslocou-se à farmácia em busca de algo que lhe aliviasse a congestão nasal.

Após a recolha de várias informações, como se apresentava mais alguma queixa, se tinha

febre, a quanto tempo e se tinha algum problema de saúde. A utente respondeu que não pelo

que lhe foi aconselhado um anti-histamínico, mais propriamente HeperPoll® (Cetirizina

10mg) foi ainda aconselhada a fazer 1 comprimido/dia de preferência à noite uma vez que

poderia sentir alguma sonolência [28].

Aconselhamento 3:

Uma senhora deslocou-se à farmácia após tratamento com parafina quente no braço. A

senhora apresentava queixas de ardor, sensação de calor e apresentava a pele bastante

vermelha. A senhora dizia já ter lavado o local e aplicado um gel. Quando questionada sobre

qual o gel que tinha aplicado ela respondeu ter aplicado Biofreeze®. Após conversa com a

senhora foi aconselhada a lavar a zona com água, a não aplicar o gel devido à presença de

mentol e cânfora na sua constituição, uma vez que apresentam propriedades irritativas das

mucosas e devido a este destinar-se ao alívio de dores musculares, distensões muscula res,

articulações e dores causadas por lesões desportivas. A senhora foi aconselhada a aplicar

uma emulsão destinada ao tratamento de queimaduras como é o caso do Biafine® (Trolamina

(6,7 mg/g)) que é destinado ao tratamento de feridas superficiais não infetadas, queimaduras

de 1º grau e eritema solar (escaldão) [29, 30].

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5. Serviços e cuidados de saúde prestados na FSQ

Devido à proximidade das farmácias comunitárias com a comunidade a prestação de serviços

de saúde torna-se uma mais valia na promoção da saúde e bem-estar dos utentes. Entre os

serviços de saúde prestados pelas farmácias comunitárias podem ser incluídos serviços de

apoio ao domicílio, prestação de primeiros socorros, administração de medicamentos e de

vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação [31].

5.1 Determinação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos

Devido ao fácil acesso por parte da comunidade, as farmácias comunitárias tornam-se um

local de preferência por parte dos utentes para a medição de parâmetros fisiológicos e

bioquímicos. A avaliação de parâmetros como a pressão arterial (PA), glicemia, colesterol

total, triglicerídeos, a medição do peso e altura tornam-se importantes na promoção da saúde

e bem-estar da população. Na FSQ existe um gabinete destinado à avaliação de parâmetros

bioquímicos e fisiológicos, na qual são realizados a medição da PA, da glicemia, colesterol

total e triglicerídeos bem como realizado uma avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC).

Durante o estágio foi possível determinar diversos parâmetros bioquímicos e fisiológicos.

Como foi das primeiras tarefas realizadas na qual existiu contacto com os utentes, a

realização deste tipo de tarefas permitiu-me verificar o panorama geral dos utentes da FSQ

e permitiu escolher e desenvolver algumas atividades com impacto ao longo do estágio.

5.2 Administração de injetáveis

A FSQ realiza a administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação e

a administração de injetáveis, realizada por farmacêuticos acreditados para o efeito. Este

serviço constitui uma mais valia para os utentes devido a uma maior acessibilidade para os

utentes.

5.3 Aconselhamentos de especialidade

A FSQ disponibiliza para a população aconselhamentos de especialidade, como de nutrição,

realizadas pela Dr.ª Ana Estrela e podologia, realizadas pela Dr.ª Marta Carvalho, de forma

semanal após marcação prévia. De forma adicional, todos os meses são realizados rastreios

de audiologia.

5.4 Entregas ao domicílio

A FSQ fornece aos seus clientes a possibilidade de entrega de medicação ao domicílio.

Durante a manhã, a FSQ realiza o atendimento aos utentes, e posteriormente será preparado

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e entregue durante a tarde. Ao longo do estágio ficou percetível a importância deste tipo de

serviço principalmente para pessoas com dificuldade em deslocar-se à farmácia.

5.5 VALORMED

O VALORMED representa uma sociedade sem fins lucrativos responsável pela gestão de

resíduos de embalagens de medicamentos vazias, de medicamentos fora do prazo de validade

ou de medicamentos que já não sejam utilizados pelos utentes. Estes tipos de resíduos

necessitam de recolha e tratamento específico de forma a não constituírem riscos para a

saúde pública e para o meio ambiente. O VALORMED disponibiliza às farmácias sistemas

cómodos e seguros para recolha de embalagens, quando os sistemas se encontram cheios são

fechados, identificados com o nome e número da farmácia, data de recolha e rubrica do

responsável pelo fecho e posteriormente recolhidos pelos distribuidores e encaminhados

para as entidades responsáveis [32].

6. Outras atividades desenvolvidas na FSQ

A FSQ apresenta uma grande capacidade dinâmica pelo que, para além dos serviços e

cuidados de saúde prestados, desenvolve diversas atividades de forma a interagir com o seu

público alvo. As atividades desenvolvidas apresentam como objetivo a promoção da saúde

e bem-estar dos utentes. Durante o estágio tive a possibilidade de ajudar na realização de

diversas atividades tais como: a) Participar na criação de montras alusivas a várias datas em

específico; b) Participação no rastreio de saúde realizada no dia 6 de abril, nas piscinas

Municipais de Felgueiras na qual foram avaliados os parâmetros de glicemia, hipertensão e

peso; c) Participação na semana da saúde da Escola Secundária de Felgueiras, no dia 23 de

maio, com o objetivo de promover o uso de proteção solar adequada a cada pessoa e evitar

possíveis dados provenientes de uma exposição solar desprotegida; d) Participação na

caminhada solidária, realizada no dia 9 de junho em comemoração ao 10º aniversário da

FSQ; e) Participação na formação sobre protetor solar, realizada no dia 4 de julho no centro

de estudos Estudolândia.

7. Formações

Com base na constante evolução das ciências farmacêuticas e médicas, é essencial a

constante atualização dos farmacêuticos com o objetivo de melhorar e aperfeiçoar a sua

atividade. Como contributo para a constante atualização do farmacêutico são realizadas

diversas formações. Durante o estágio tive a oportunidade de participar em várias formações,

como listadas no anexo 1.2, realizadas na FSQ. As formações eram realizadas por

laboratórios/empresas que enviavam colaboradores à FSQ de forma a fornecerem a toda a

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equipa informações atualizadas sobre os seus produtos. Este tipo de formações constitui uma

mais valia na atualização de conhecimentos e aquisição de conhecimentos sob vários

produtos o que facilita o processo de aconselhamento ao utente.

8. Conclusão

Durante a realização do estágio foram bastantes os conhecimentos adquiridos ao nível do

plano de estágio que me permitiram crescer a nível profissional e pessoal. Sem sombra de

dúvida que o estágio permitiu aprofundar e desenvolver a profissão farmacêutica através do

contato com outros profissionais de saúde, utentes e colaboradores. O facto de a FSQ ser

uma farmácia muito ativa e dinâmica e com bastante movimento foram importantes para

conseguir aprofundar conhecimentos nos mais variados assuntos e permitiu-me o constante

contato com o utente de forma a promover a saúde pública. Na FSQ, graças a todo o apoio

prestado pela equipa durante o estágio e ao feedback recebido, consegui disfrutar de uma

experiência enriquecedora que me alertou para a importância do farmacêutico comunitá r io

e dos seus serviços prestados à população. Por tudo o apoio demonstrado, pelo incentivo,

pelas várias vezes em que me transmitiram confiança e me permitiram realizar atendimentos

sem medo, pelo ambiente entre a equipa, tenho a certeza de que a escolha da farmácia que

fiz para a realização do estágio foi a melhor que poderia ter realizado e que despoletou um

gosto pelo trabalho do farmacêutico comunitário.

PARTE 2: TEMAS DESENVOLVIDOS

Projeto I - Rastreio Cardiovascular (Diabetes, Hipertensão e IMC)

1. Enquadramento e objetivo

A realização de rastreios cardiovasculares constitui uma ótima forma de sensibilização da

população sobre a importância de adquirir estilos de vida saudáveis e de controlar fatores de

risco, como a hipertensão arterial, a diabetes e a obesidade, no desenvolvimento de doenças

cardiovasculares.

Segundo o SNS, estima-se que em Portugal, a diabetes afete cerca de 13,3% da população

com idades compreendidas entre os 20-79 anos. Estima-se ainda que, 44% não se encontra

diagnosticada e que diariamente sejam diagnosticados cerca de 200 novos casos [33].

Segundo dados fornecidos pelo SNS, a hipertensão arterial (HTA) afeta cerca de 36% da

população adulta em Portugal [34]. Contudo, apenas 50% sabe que sofre desta patologia,

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25% é medicado e apenas 11% apresenta a hipertensão controlada [35]. Ao nível do excesso

de peso, segundo o SNS, estima-se que 38,9% da população adulta, compreendida entre os

25-74 anos, apresentem excesso de peso e que 28,7% sofra de obesidade [36].

A realização do rastreio cardiovascular é justificada pela grande percentagem de doentes

hipertensos, diabéticos e obesos, tornando-se essencial a sensibilização dos utentes com o

objetivo de minimizar futuros problemas cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida

dos utentes.

2. Desenvolvimento

2.1 Diabetes Mellitus (DM)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DM diz respeito a um grupo de doenças

metabólicas, com etiologias múltiplas, caraterizada por hiperglicemias crónicas com

alterações no metabolismo dos hidratos de carbono (HC), lípidos e proteínas, resultantes de

defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambos. Clinicamente é

caraterizada por hiperglicemia em jejum e pelo aparecimento ao fim de alguns anos de

evolução de doenças vasculares, microangiopática e macroangiopática e de neuropatia [37].

A DM é considerada um problema de saúde pública no mundo, com uma prevalênc ia

crescente na qual em1980 afetava cerca de 108 milhões de adultos (4,7%) e em 2014 afetava

cerca de 422 milhões de adultos (8,5%). Apresenta ainda uma elevada taxa de mortalidade,

em 2012 representava cerca de 1,5 milhões de mortes [38].

2.1.2 Fisiopatologia da DM

O ser humano encontra-se sujeito a oscilações das concentrações plasmáticas de glicose,

quer sejam resultado da ingestão de alimentos ou por períodos longos de jejum, contudo, a

manutenção dos níveis sanguíneos de glicose constantes (70-110 mg/dL) é realizado pelo

sistema de controlo neuro - hormonal, esquematizado na figura 1, anexo 2.1.

Após um aumento dos níveis de glucose ocorre a secreção de insulina pelas células β

pancreáticas. O aumento dos níveis de glicose vão estimular a realização da glicogénese e

da glicólise com a consequente produção de glicogénio e piruvato. Pelo contrário, quando

ocorre uma diminuição dos níveis de glicose ocorre uma ativação de mecanismos de contra

regulação responsáveis pela produção de várias respostas hormonais. Numa fase inic ia l,

ocorre uma diminuição da produção de insulina e ocorre a produção de glucagon pelas

células α pancreáticas. O glucagon estimula a produção de glicose hepática através da

realização da glicogenólise e gliconeogénese [40,41,42].

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2.1.3 Complicações

A diabetes pode levar ao aparecimento de diversas complicações crónicas em diferentes

partes do corpo e aumenta o risco de morte precoce. As complicações resultantes da diabetes

podem incluir doenças cardiovasculares (acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfarte

agudo do miocárdio (EAM), doença coronária (DC)), nefropatias diabéticas, retinopatias

diabéticas, doença arterial periférica, neuropatia diabética e pé diabético. Na gravidez a

diabetes mal controlada aumenta o risco de morte fetal e o risco nascimento prematuro [38].

Como o objetivo de minimizar as complicações resultantes da diabetes é fundamental o

controlo rigoroso da glicemia, hipertensão arterial, colesterol e triglicéridos e dos órgãos

mais suscetíveis como os olhos, rins, nervos periféricos e sistema vascular de modo a

conseguir minimizar os danos resultantes de hiperglicemias permanentes [43,44,45,46,47,

48]. Como complicações agudas da diabetes podem surgir casos de hipoglicemia,

cetoacidose diabética e de síndrome hiperglicémico hiperosmolar não cetótico pelo que é

fundamental o alerta para os diabéticos de sintomas relacionados com as diferentes

complicações.

Como sintomas de hipoglicemia é possível destacar: i) fome súbita; ii) fadiga; iii) tremores;

iv) suores frios; v) palidez; vi) palpitações; vii) taquicardia; viii) cefaleias; ix) visão turva; x)

desorientação; xi) raciocínio lento, confusão; xii) perdas de consciência; xiii) coma.

Como sintomas de cetoacidose é possível destacar: i) glicosúria; ii) poliúria, noctúria; iii)

sede, polidipsia; iv) hipotensão; v) hiperventilação; vi) boca seca; vii) taquicardia; viii)

cetonúria; ix) desidratação; x) visão turva; xi) acidose, cetonemia, hálito cetónico; xii)

depressão do sistema nervoso central, confusão, coma.

Sintomas da síndrome hiperglicemia hiperosmolar não cetónica são destacados: i) fraqueza

num lado do corpo; ii) boca seca; iii) muita sede, com desaparecimento gradual; iv)

sonolência ou confusão mental; v) febres altas (>38ºC); vi) corpo quente, mas com pele seca

sem suor; vii) perda de visão; viii) alucinações; ix) glicemia >600 mg/dL[53,54,55].

2.1.4 Diagnóstico e classificação

Segundo a norma da Direção Geral de Saúde (DGS) 002/2011, o diagnóstico da DM deve

ser realizado com base nos seguintes parâmetros e valores para plasma venoso na população

em geral:

a) Glicemia de jejum (jejum ≥8horas) ≥ 126 mg/dL (ou 7,0 mmol/L);

b) Sintomas clássicos (polifagia, polidipsia, poliúria, perda de peso) + glicemia

ocasional ≥200 mg/dL (ou ≥ 11,1 mmol/L);

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c) Glicemia ≥ 200 mg/dL (ou 11,1 mmol/L) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose

(PTGO) com 75g de glicose;

d) Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5%.

O diagnóstico de diabetes numa pessoa assintomática não deve ser realizado com base num

único valor anormal de glicemia de jejum ou de HbA1c, devendo assim ser confirmado

através de uma segunda avaliação após uma ou 2 semanas.

O diagnóstico de hiperglicemia intermédia ou identificação de categorias de risco aumentado

para diabetes:

1. Anomalia da glicemia de jejum: glicemia de jejum ≥110 e <126 mg/dL (ou ≥6,1

e <7,0 mmol/L);

2. Tolerância diminuída à glicose: glicemia às 2 horas na PTGO≥ 140 e < 200 mg/dL

(ou ≥7,8 e < 11,1 mmol/L).

A diabetes gestacional (DG) deve realizar-se tendo em consideração os seguintes valores

para o plasma venoso:

1. Glicemia de jejum, a realizar na 1.ª consulta de gravidez, ≥ 92 mg/dl e < 126 mg/dl

(ou ≥ 5,1 e < 7,0 mmol/l);

2. Se glicemia de jejum < 92 mg/dl, realiza-se PTGO com 75 g de glicose, às 24-28

semanas de gestação.

É considerado critério de diagnóstico de diabetes gestacional, a confirmação de um ou mais

valores:

1. Às 0 horas, glicemia ≥ 92 mg/dl (ou ≥ 5,1 mmol/l);

2. À 1 hora, glicemia ≥ 180 mg/dl (ou ≥ 10,0 mmol/l);

3. Às 2 horas, glicemia ≥ 153 mg/dl (ou ≥ 8,5 mmol/l).

O diagnóstico de DG é realizado em 2 fases distintas: glicemia em jejum na primeira consulta

de vigilância pré-natal e prova de tolerância à glicose oral (PTGO) às 24-28 semanas de

gestação. É fundamental que uma mulher com o diagnóstico de DG seja referenciada para

vigilância num Hospital de Apoio Perinatal (HAP) ou Hospital de Apoio Perinatal

Diferenciado (HAPD). Após diagnostico de DG deverá ser realizado uma prova de

reclassificação entre a 6 a 8 semana após o parto. Na prova de requalificação da DG é

considerada a prova negativa quando os valores de glicemia em jejum < 110 mg/dL (6,1

mmol/L) e < 140 mg/dL (7,8 mmol/L) 2 horas após a sobrecarga de glicose [43].

A DM é classificada com base na sua etiologia em: i) DM tipo 1; ii) DM tipo 2; iii) DG; iv)

Outros tipos específicos [43].

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A DM tipo 1 corresponde a 5-10% de todos os casos de diabetes e é, em regra, mais comum

na infância e adolescência. Apresenta uma natureza autoimune ou idiopática, na qual ocorre

uma agressão das células β dos ilhéus de Langerhans pancreáticas o que origina a sua

destruição. A destruição das células β pancreáticas, uma insuficiente produção/secreção de

insulina torna indispensável a insulinoterapia de forma a prevenir o desenvolvimento de

cetoacidose, coma ou até mesmo a morte [43,44,49]. A fase pré–diabética pode durar anos,

nesta fase, é possível a deteção de anticorpos dirigidos contra as células β: anticorpos anti

células dos ilhéus (ICA), anti insulina (IAA), anti descarboxilase do ácido glutâmico (anti-

GAD), anti-tirosina fosfatase (IA2 e IA2β). Indivíduos HLA-DR3, HLA-DR4 encontram-se

geneticamente suscetíveis [43, 49]. Em crianças e adolescentes, por norma, a cetoacidose

pode ser a primeira manifestação embora possa surgir o aparecimento abrupto dos sintomas

(poliúria, polidipsia, xerostomia, polifagia, perda de peso e rápido agravamento). Em adultos

com idades compreendidas entre os 30-35 anos, existem algumas dificuldades de

diagnóstico, uma vez que se pode tratar de uma forma subaguda de evolução arrastada

designada por LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) [43,49]

A DM tipo 2 é a forma mais frequente de diabetes, resulta da existência de insulinopenia

relativa, com maior ou menor grau de insulinorresistência. Corresponde a cerca de 90% de

todos os casos de diabetes e, muitas vezes, está associada a obesidade, principalmente

abdominal, a hipertensão arterial e a dislipidemia. A diabetes tipo 2 é clinicamente silenc iosa

na maioria dos casos e é diagnosticada frequentemente em exames de rotina ou no decurso

de uma hospitalização por outra causa. A DM tipo 2 pode ainda ser dividia em 2 grupos:

a) Hiperinsulinémia e insulinorresistência: corresponde à maioria dos casos,

geralmente associada à obesidade e estilos de vida (sedentarismo e alimentação).

b) Hipoinsulinémina por secreção pancreática deficiente: resultante de formas

secundárias de falência de secreção de insulina por exaustão das células β [43,50,51].

A DG, diz respeito a qualquer anomalia resultante do metabolismo da glicose observado

pela primeira vez durante a gravidez [43,50,51].

Outros tipos específicos de diabetes englobam as situações em que a diabetes resulta de

processos etiopatogénicos identificados tais como: i) defeitos genéticos nas células β; ii)

defeitos genéticos na ação da insulina; iii) doenças do pâncreas exócrino; iv)

endocrinopatias; v) diabetes induzida por fármacos ou químicos [43].

2.1.5 Tratamento

O tratamento da DM deve ser realizado através da combinação de medidas não

farmacológicas e medidas farmacológicas [45,46,56,57].

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Medidas farmacológicas

Ao nível das medidas farmacológicas podemos dividir em: i) terapêutica com insulina; ii)

terapêutica com antidiabéticos orais.

• Insulina

A insulinoterapia é utilizada para a DM tipo 1, DG e em certos casos de DM tipo 2 como:

i) falência da terapêutica com antidiabéticos orais, mesmo após combinação de doses

elevadas; ii) descompensações hiperglicémicas agudas (>250 mg/dL); iii) intercorrênc ias

médicas graves (sépsis, cirurgia major, traumatismo grave, insuficiência cardíaca,

insuficiência renal ou insuficiência hepática aguda); iv) gravidez; v) perda de pesos não

explicada ou cetonúria intensa; vi) lesões isquémicas dos membros inferiores.

De acordo com as suas caraterísticas farmacocinéticas, representados na figura 2, anexo 2.1,

é possível classificar a insulina em: i) Insulina de ação rápida; ii) Insulina de ação interméd ia;

iii) Insulinas de ação lenta ou longa. Existem ainda análogos da insulina que podem ser

classificados em: i) ação ultrarrápida; ii) ação lenta ou longa.

A insulina de ação ultrarrápida (Aspart, Lispro) apresentam um início de ação de

aproximadamente 15 minutos, com um pico de ação entre as 1-3 horas pelo que deve ser

aplicada 15 minutos antes ou imediatamente após as refeições. A insulina de ação lenta ou

longa (Glargina) apresenta um início de ação entre 3-4 horas, geralmente apresentam uma

toma diária única.

Como efeitos secundários da terapêutica com insulina podem surgir hipoglicemias, aumento

de peso, rash cutâneo, lipohipertrofia e lipoatrofia [45,56,58].

• Antidiabéticos orais

Os antidiabéticos orais podem ser divididos consoante o seu mecanismo de ação em:

a) Estimulantes da secreção da insulina:

- Sulfunilureias

Apresentam uma ação principalmente a nível pancreático pela estimulação da libertação da

insulina pelas células β melhorando a resposta às concentrações sanguíneas de glicose.

Possui ainda a capacidade de atuar pela estimulação do uptake da glicose, mediado pela

insulina para o músculo e adipócitos, inibir a absorção gastrointestinal de glucose e de

diminuírem a neoglicogénese e oxidação de ácidos gordos. Como efeitos secundários mais

frequentes encontram-se a hipoglicemia e o aumento de peso. Pertencem a este grupo de

antidiabéticos a Glimepirida, Glibenclamida, Gliclazida e a Glipizida [45,56].

- Análogos da GLP-1 (glucagon-like peptide-1)

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Os análogos do GLP-1, são polipéptidos com estrutura semelhante ao GLP-1 intestina l,

apresentam modificações na sua estrutura que impedem a sua degradação pela DPP-IV.

Estimulam a secreção de insulina de forma dependente da glicose e inibe a secreção de

glucagon. Como principais efeitos secundários encontram-se as náuseas e como

desvantagem a necessidade de administração subcutânea realizada duas vezes por dia.

Pertencentes a este grupo temos o Liraglutido e o Exenatido [56].

- Inibidores da iDPP-IV (dipeptidilpeptidase IV)

A Sitagliptina, Vildagliptina, Saxagliptina, Linagliptina e a Alogliptina são exemplos de

inibidores da iDPP-IV. Apresentam como mecanismo de ação a inibição da DPP-IV,

responsável pela degradação do péptido intestinal GLP-1 após a chegada de alimentos,

estimulando a libertação de insulina pancreática e inibindo a libertação de glucagon [56].

- Secretagogos de ação rápida (glinidas)

Apresentam um mecanismo de ação semelhante ao das sulfonilureias, apresentam a

capacidade de estimular a libertação de insulina pancreática pós-prandial através da ligação

ao canal de potássio dependente de ATP. Apresentam como vantagem a capacidade de

diminuir o risco de hipoglicémias. Como fármacos pertencentes a este grupo temos a

Nateglinida e a Repaglinida [56].

b) Diminuidores da resistência à insulina:

- Biguanidas

Como biguanidas utilizadas no tratamento da DM tipo 2 é utilizada a Metformina. Não

apresenta efeito a nível da modificação da insulina, pelo que, raramente provoca

hipoglicemia, apresenta um ligeiro efeito anorexígeno, pelo que permite um melhor controlo

do peso. Ao atuar a nível do pós-recetor, apresenta a capacidade de melhorar o uptake de

glucose a nível periférico. Ao facilitar a ação da insulina circulante permite uma melhor ia

da insulinorresistência pelo que facilita a utilização da glucose periférica. Possui ainda a

capacidade de interferir no metabolismo dos lípidos. Apresenta ainda capacidade de inibir a

neoglucogénese, reduzir significativamente a incidência de complicações macrovascula res,

não produzir aumento de peso. Como efeitos secundários mais frequentes encontram-se os

efeitos gastrointestinais [56].

- Glitazonas

Apresentam como mecanismo de ação a sua ação direta ao nível do fígado, músculo

esquelético e tecido adiposo, na qual, promovem a ação da insulina através do aumento da

captação e uso de glucose no músculo e tecido adiposo e redução da insulina - resistência.

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Como efeitos secundários apresentam frequentemente edema e aumento de peso.

Pertencentes a esta classe temos a Pioglitazona e a Rosiglitazona [56,57].

c) Redutores da absorção de glicose:

-Inibidores da α glucosidases

Como inibidores da α glucosidade temos a Acarbose, o Miglitol e a Voglibose. Apresentam

como mecanismo de ação a capacidade de ligação reversível às α glucosidades, promovendo

um atraso na digestão e absorção dos hidratos de carbono, permitindo assim, reduzir os picos

glicémicos pós-prandiais. Como efeitos adversos apresentam a capacidade de provocar

aerocolia [56].

Medidas não farmacológicas

Tão importante como o tratamento farmacológico realizado de forma correta é fundamenta l

que o doente adquira um estilo de vida saudável através da realização de dieta e de exercício

físico.

- Dieta

A dieta dos diabéticos deve ser realista e adaptada a cada doente, uma vez que, apresenta

como objetivos: i) alcançar o peso adequado; ii) evitar situações de hipoglicemia ou

hiperglicemia; iii) obter um bom controlo da glicemia, colesterol, triglicéridos, pressão

arterial; iv) prevenir o aparecimento das complicações relacionadas com a diabetes.

Ao nível da dieta dos diabéticos esta deve ser: i) equilibrada e variada; ii) hipocalórica;

iii) fracionada em várias refeições durante o dia, mínimo de 5-6 refeições por dia; iv) pobre

em gorduras saturadas; v) realizada em horários regulares, não se deve observar espaços

entre refeições superiores a 3-4 horas; vii)reduzir a ingestão de gorduras e sal; viii) incluir as

porções corretas de nutrientes, vitaminas e hidratos de carbono, como pode ser observado na

figura 3, anexo 2.1; viii) rica em hidratos de carbono complexos e fibras alimenta res

[59,60,61].

- Exercício físico

De acordo com as orientações da união europeia para a atividade física é necessário a

realização de exercício físico de forma regular para tal, os diabéticos devem realizar no

mínimo 30-35 minutos, entre 4-5 vezes por semana de exercício aeróbico, como por exemplo

caminhadas, dança ou até mesmo natação. Contudo, é necessário antes da iniciação da

atividade física a realização da avaliação do risco cardiovascular, das neuropatias periféricas.

Deverá ainda iniciar-se a atividade física de forma gradual em termo de tempo e de

quantidade de esforço realizado [63].

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2.1.6 Acompanhamento e avaliação

Tendo em consideração os objetivos globais do tratamento da Diabetes Mellitus: i) manter

os doentes sem sintomas de hiperglicemia ou de hipoglicemia; ii) manter o crescimento e

desenvolvimento normal em crianças; iii) reduzir o risco cardiovascular; iv) controlar as co

morbilidades; v) integrar o doente na equipa de saúde, mediante programas de educação

específicas; vi) prevenir e minimizar o risco de complicações crónicas.

É essencial que os doentes realizem: i) Exames anuais: Oftalmológicos; Renais;

Neurológicos; ii) Análises sanguíneas: HbA1c; Perfil Lipídico; Função renal (creatinina,

microalbuminúria). iii) Autovigilância: Peso; Glicémia; Glicosúria; Pés; Sinais de infeção;

Sinais de hipoglicémia. iv) Terapêutica não farmacológica: Dieta; Exercício físico; Estilo

de vida saudáveis.

Ao nível da autovigilância é necessário proceder à educação do paciente de forma a que este

tenha algum controlo e conhecimento da doença, incluindo técnicas de controlo da glicemia

para poderem proceder diariamente à monitorização do perfil glicémico, o paciente deve

realizar como controlo a médio/longo prazo da HbA1c. É ainda essencial realizar a

motivação do paciente através da explicação de que o tratamento permitirá a ausência de

sintomas, a ausência ou diminuição do risco de complicações agudas e a diminuição do risco

das complicações tardias [64].

2.2 Hipertensão arterial (HTA)

2.2.1 Definição

De acordo com a DGS, a HTA é definida como uma doença crónica caraterizada pelo

aumento da pressão sanguínea [65]. A PA corresponde à força com que o sangue circula no

interior das artérias. A PA pode ser dividida em pressão arterial sistólica (PAS), vulgo

“máxima” e pressão arterial diastólica (PAD), vulgo “mínima”. A pressão arterial sistólica

corresponde ao momento na qual ocorre a contração do coração e a pressão arterial diastólica

corresponde ao momento na qual o coração descontrai [66,69].

2.2.2 Complicações

Uma HTA elevada é um fator de risco com elevada importância para o desenvolvimento de

doenças cardiovasculares. Ao longo do tempo, uma HTA descontrolada e elevada pode

originar lesões a nível dos vasos sanguíneos e dos principais órgãos, tais como, cérebro,

coração e rins. Como principais complicações resultantes são de destacar o: i) AVC; ii)

cardiopatias isquémicas, tais como a angina do peito, enfarte agudo do miocárdio e morte

súbita; iii) insuficiência cardíaca; iv) insuficiência renal [68,69].

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2.2.3 Diagnóstico e classificação

O diagnóstico da HTA é realizado em consultório através da avaliação e observação de uma

elevação persistente, observada em várias medições e em diferentes ocasiões, da PAS ≥ 140

mmHg e/ou de PAD ≥ 90 mmHg. A HTA pode ser classificada em três graus, em grau 1-

Hipertensão arterial ligeira, grau 2 – Hipertensão arterial modera e grau 3- Hipertensão

arterial grave, de acordo com a figura 4, anexo 2.1.

Os critérios de diagnóstico da HTA referidos anteriormente são considerados válidos para

pessoas com idade ≥ 18 anos, não sujeitas a tratamento com anti hipertensores, se não

apresentarem patologias agudas e se não se encontrem grávidas. É ainda de ressaltar que

para proceder ao diagnóstico de HTA é necessário observar uma manutenção dos valores de

PA elevados durante um mínimo de duas medições realizadas com um intervalo mínimo de

duas semanas. É essencial que durante a avaliação inicial de um hipertenso seja confirmado

o diagnóstico da hipertensão, sejam detetadas causas de hipertensão secundária e seja

avaliado o risco cardiovascular [67,69].

2.2.4 Tratamento

Não farmacológico

De forma a conseguir controlar a HTA é necessário que seja adotado um estilo de vida

saudável. Ao nível da alimentação deverá proceder-se à: i) diminuição do consumo de sal;

ii) moderação do consumo de álcool; iii) dieta variada e equilibrada, rica em legumes,

leguminosas, verduras e frutas e pobre em gorduras (totais ou saturadas); iv) aumento do

consumo de fruta, legumes e lacticínios com baixo teor em gordura. É recomendado a prática

de exercício físico de forma regular, no mínimo 30 minutos de exercício por dia, durante 4-

7 dias por semana. Recomenda-se a sessação tabágica e controlo e manutenção de um peso

adequado [69,70].

Farmacológico

O principal foco da terapia farmacológica para a HTA assenta na prevenção da ocorrência

de eventos cardiovasculares e renais ou no seu agravamento. Apresenta como objetivo a

diminuição da PA para valores considerados normais de forma a melhorar a qualidade de

vida dos hipertensos [69,70]. Os fármacos usados no tratamento da HTA devem ser

escolhidos com base nos fatores descritos na figura 5, anexo 2.1 [69,70].

O tratamento da HTA em casos na qual exista doença coronária associada ou insuficiênc ia

cardíaca, certo tipo de arritmias pode ser necessário utilizar bloqueadores adrenérgicos β

com efeitos vasodilatadores como por exemplo o Carvedilol ou o Nebivolol [69,70].

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2.2.5 Avaliação e acompanhamento

Ao longo da avaliação e acompanhamento é necessário verificar se os objetivos

estabelecidos para o tratamento são alcançados.

Os principais objetivos do tratamento da HTA são:

• PA < 140/90 mm Hg

• PA < 130/80 mm Hg em doentes com diabetes, doença renal crónica ou com HTA

na categoria normal - alta e três ou mais fatores de risco major, lesão dos órgãos alvo

ou doença/eventos cardiovasculares [69,70,71].

Deve ainda ser avaliado e identificados todos os fatores de risco major para o

desenvolvimento de eventos cardiovasculares tais como: i) hipertensão; ii) sedentarismo; iii)

obesidade; iv) diabetes Mellitus; v) dislipidemias; vi) idade ≥ 55 anos nos Homens e ≥ 65

anos nas Mulheres; vii) taxa de Filtração Glomerular (TFG) estimada < 60 ml/min; viii)

história familiar de doença cardiovascular prematura (< 55anos Homens e < 65 anos

Mulheres); ix) microalbuminúria; x) hábitos tabágicos; xi) proteína C reativa > 1mg/dl

[69,70,71].

Ao nível do acompanhamento é fundamental a: i) reavaliação da terapêutica de forma a

conseguir atingir o controlo desejável da HTA mensalmente, após estabilização poderão ser

realizadas com intervalos de 3-6 meses; ii) avaliação da creatininémia, caliémia 1-2 vezes

por ano [69,70,71].

3. Métodos

De forma a sensibilizar a população foi realizado um rastreio cardiovascular, na qual foram

avaliados de forma gratuita parâmetros de glicemia, hipertensão arterial e IMC durante a

semana de 8 de abril a 12 de abril. Com o objetivo de promover o rastreio foi elaborado um

cartaz, presente no anexo 2.2. Foram ainda desenvolvidos dois panfletos, ilustrados no

anexo 2.3, de forma a auxiliar na sensibilização da população para a Diabetes Mellitus e

Hipertensão Arterial na qual foram distribuídos aos utentes durante a realização do rastreio

e deixados nos balcões de atendimento ao alcance dos utentes. Foi ainda esclarecido dúvidas

demonstradas pelos utentes e prestado aconselhamento ao longo do rastreio.

4. Conclusão

A realização do rastreio cardiovascular despertou o interesse da população, os dados

recolhidos encontram-se representados na tabela 4, anexo 2.4. O rastreio cardiovascular

contou com a presença de 50 participantes, com a distribuição por género e faixa etária

representada na tabela 5, anexo 2.4.

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Através da análise dos resultados obtidos, representados na tabela 6, anexo 2.4 foi possível

observar que 38% dos participantes apresentavam excesso de peso, 34% apresentavam um

peso adequado e 28% apresentava obesidade, gráfico 1, anexo 2.4. Quando analisados os

dados obtidos em relação à HTA foi possível verificar que 34% apresentam HTA ótima,

18% HTA normal, 10% HTA normal alta, 24% HTA grau 1, 4% HTA grau 2; 2% HTA grau

3 e 8% hipertensão sistólica isolada, gráfico 2, anexo 2.4. Ao nível da glicémia e tendo em

consideração que os participantes tinham realizado uma refeição num espaço inferior a 2

horas foi possível concluir que 16% apresentavam valores de glicemia elevados e que 84%

apresentava valores de glicémia normais, gráfico 3, anexo 2.4.

Através dos resultados obtidos torna-se visível a importância da educação da população no

sentido de evitar problemas de saúde e das suas complicações. Esta iniciativa superou as

minhas expetativas em termos de adesão da população para este tipo de eventos e cumpriu

os objetivos estabelecidos de educação e alerta para as doenças cardiovasculares, diabetes e

hipertensão.

Projeto II-Depressão

1. Enquadramento e objetivo

A necessidade de sensibilização da população sobre a depressão surge da elevada afluênc ia

de utentes portadores de depressão e de pessoas que convivem com pessoas com depressão.

Surge como tentativa de alertar a população para esta patologia, desmistificar algumas

crenças, alertar para sintomas, formas de prevenção e ainda fornecer algumas informações

que permitam às pessoas lidar com o problema e direcionar os cuidadores para aquilo que

devem e não devem fazer.

Segundo da OMS, em 2017 mais de 300 milhões de pessoas sofria de algum tipo de

perturbação de ansiedade, na qual estava incluída a depressão. Em termos mundiais a

depressão, segundo dados da OMS, apresenta maior prevalência no sexo feminino (5,1%)

do que no sexo masculino (3,6%), as taxas de prevalência variem ainda de acordo com a

idade atingindo uma taxa mais alta na idade adulta. Contudo, é de ressaltar que a depressão

afeta também crianças e adolescentes com dades inferiores a 15 anos, nestas faixas etárias

os sintomas clássicos manifestam-se como alterações no comportamento, sono ou apetite e

ainda como dificuldades na concentração [72,73].

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2. Desenvolvimento

2.1 Depressão

Perturbações depressivas são caraterizadas por: i) tristeza; ii) perda de interesse ou prazer;

iii) sentimentos de culpa ou autoestima baixa; iv) perturbações do sono ou apetite; v)

sensação de cansaço; vi) baixo nível de concentração.

Ao nível da duração a depressão pode ser duradoura ou recorrente, pelo que apresenta a

capacidade de prejudicar substancialmente a capacidade funcional da pessoa até nas tarefas

mais básicas. Em situações mais graves, a depressão pode levar a situações fatais na qual o

deprimido coloca fim a sua própria vida [72,73].

2.1.1 Classificação e diagnóstico

Ao nível da classificação, as perturbações depressivas incluem duas subcategorias principa is

na qual são incluídas:

i) Perturbações depressivas major/episódios depressivos: envolve sintomas como humor

deprimido, perda de interesse e do prazer e diminuição da energia. Consoante a gravidade

dos sintomas depressivos podemos ainda subdividir em forma ligeira, moderada ou grave.

ii) Distimia: é caraterizada por uma forma persistente ou crónica de depressão lige ira,

apresenta sintomas semelhantes aos episódios depressivos, contudo, apresentam-se com

menor intensidade e com uma duração maior.

Em pessoas com ou sem história de episódios maníacos ou de expansão ou elação do humor

é importante ter em consideração as perturbações afetivas bipolares, a qual são

característicos por episódios maníacos e depressivos separados por períodos de humor

normais. Os episódios maníacos podem envolver um humor elevado com aumento da

energia, da qual resultam um excesso de atividade, pressão da fala/discurso e uma

diminuição da necessidade de sono [72,73].

Ao nível do diagnóstico da depressão “major” (DM), deve proceder-se a uma avaliação

inicial dos sintomas identificados tendo em consideração a sua gravidade. Essa avaliação vai

permitir estabelecer uma história clínica possibilitando a avaliação da evolução da patologia,

como por exemplo a remissão dos sintomas e eficácia/ ineficácia do tratamento. Na avaliação

inicial deve incluir-se assim: i) história da doença atual e o exame mental, na qual é registado

a evolução das alterações psicopatológicas, a sua gravidade e impacto funcional; ii) história

psiquiátrica; iii) história médica geral; iv) revisão de todos os medicamentos e/ou substâncias

usadas pelo paciente; v) história pessoal. É ainda fundamental que seja avaliado o risco de

suicídio, o risco de negligência pessoal, e o risco de heteroagressividade [74].

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2.1.2 Tratamento

O tratamento da depressão deve ser realizado de acordo com a fase na qual a pessoa se

encontra. Numa fase aguda, corresponde à primeira fase do tratamento, apresenta como

objetivo a remissão e apresenta um período de duração de 6-12 semanas. O tratamento na

fase aguda pode incluir farmacoterapia ou outras intervenções biológicas ou psicológicas.

Na fase de continuação, corresponde à segunda fase de tratamento, apresenta como objetivo

a manutenção do doente assintomático por mais de 4-9 meses, de forma a prevenir o

aparecimento de recaídas e apresenta uma duração variável tendo em consideração o número

de episódios anteriores. Na fase de manutenção, corresponde à terceira fase do tratamento,

o objetivo permanece na manutenção da prevenção de recorrências e apresenta um tempo

variável [74].

Farmacológico

Aquando do início do tratamento farmacológico é fundamental transmitir ao doente a

informação sobre os efeitos secundários decorrentes do início do tratamento, tais como,

náuseas, cefaleias, efeitos anticolinérgicos. A escolha do tratamento farmacológico deve ser

realizada tendo em consideração a árvore de decisão presente na figura 6, anexo 3.1 [74].

Como exemplos de antidepressivos temos os: i) Antidepressivos tricíclicos (ADT):

amitriptilina, clomipramina, dosulepina, imipramina, nortriptilina, trimipramina. ii)

Inibidores da recaptação da serotonina (SSRI): citalopram, escitalopram, fluoxetina,

fluvoxamina, paroxetina, sertralina. iii) Inibidores da Recaptação da Noradrenalina:

reboxetina. iv) Inibidores da Recaptação da Serotonina e noradrenalina (SNRI):

duloxetina, milnaciprano, venlafaxina. v) Inibidores da Recaptação da noradrenalina e

dopamina: bupropiom. vi) Inibidores Reversíveis da mono-amino-oxidase A (RIMA):

moclobemida, pirlindol. vii) Antagonistas parciais dos recetores 5-HT: trazodona. viii)

Antagonistas dos recetores 2 (NaSSAs): mianserina, mirtazepina. ix) Agonistas dos

receptores da melatonina e antagonistas 5HT2c: agomelatina x) Outros: maprotilina,

tianeptina [74,75,76,77].

Não farmacológico

Como medidas não farmacológicas pode proceder-se à: i) Psicoterapia como por exemplo a

terapia cognitivo-comportamental e a hipnose; ii) Fototerapia; iii) Eletroconvulsivoterap ia;

iv) Manuais de autoajuda; v) Treinos de relaxamento; vi) Higiene do sono; vii) Exercício

físico [76,77].

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3. Métodos

Com o objetivo de sensibilizar a população para a depressão, foi elaborado um panfleto na

qual foi indicado o que é a depressão, quais as causas e sintomas, qual é o tratamento e como

lidar com a depressão. Os panfletos, anexo 3, foram deixados nos balcões de atendimento

de forma acessível aos utentes, no dia 28 de abril e ficaram disponíveis até ao dia 8 de maio.

Foi ainda, mediante pedido por parte do utente, respondido qualquer tipo de questão

referente ao assunto.

4. Conclusão

Ao longo do período na qual os panfletos estiveram disponíveis ao público foi notório a

adesão da população ao tema, tanto a nível de pessoas com depressão, pessoas que lidam

com pessoas diagnosticadas com depressão e de pessoas que apenas apresentavam

curiosidade pelo tema. Foi ainda notório que a elaboração do panfleto foi a melhor opção

para abordar o tema devido ao sentimento de vergonha demonstrado por muitas pessoas com

depressão e medo de exclusão social. Vários foram os utentes que após leitura do panfleto

pediam opiniões e informações aos farmacêuticos de modo a desmistificar algumas dúvidas

que possuíam. O panfleto foi ainda importante para o aconselhamento para pessoas que

lidam com pessoas diagnosticadas com a depressão de modo a que estas conseguissem

compreender melhor o que é a doença e conseguissem ajudar, dentro dos seus limites,

familiares e/ou conhecidos com depressão. Foi ainda notório a adesão da população ao tema,

que nos dias que correm torna-se familiar para um elevado número de pessoas pelo que a

transmissão de conhecimentos e alertas para o tema tornam-se fundamentais.

Deste modo, fiquei com a impressão que o projeto desenvolvido no âmbito da depressão

cumpriu com os objetivos definidos de alerta, aconselhamento e consciencialização dos

utentes da FSQ para a depressão.

Projeto III- Alimentação saudável

1. Enquadramento e objetivo

Justificado pela grande percentagem de pessoas que no decorrer do rastreio cardiovascular

se encontravam com excesso de peso, muitas das vezes, associado à existência de diversas

doenças tais como Diabetes Mellitus, Hipertensão, Dislipidemias e Doenças

Cardiovasculares, torna-se fundamental a educação dos pacientes no âmbito de aquisição de

uma alimentação saudável como forma de adquirir um estilo de vida mais saudável e de

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prevenir o aparecimento de diversas doenças associadas. Com o objetivo a promoção de

uma alimentação saudável foi elaborado um pequeno panfleto na qual foram incluídas

diversas dicas para a obtenção de uma alimentação saudável.

2. Desenvolvimento

2.1 Obesidade

Segundo a DGS e SNS, a obesidade para além de uma patologia por si só, é também um

fator de risco para o desenvolvimento de diversas patologias. Estima-se que

aproximadamente 57% da população nacional apresente excesso de peso, com uma

distribuição por ordem decrescente em idosos (81%), seguidos de adultos do sexo masculino

(59%), adultos do sexo feminino (55%) por último aparecem as crianças com uma

percentagem de 25% [78].

A obesidade é definida, pela OMS, como uma doença na qual existe um excesso de gordura

corporal acumulada capaz de afetar a saúde. O excesso de gordura origina balanços

energéticos na qual existe uma ingestão superior de energia ingerida à quantidade de energia

gasta. O diagnóstico da presença ou ausência de algum tipo de grau de obesidade é realizado

através do cálculo do IMC calculado através da fórmula de cálculo: 𝐼𝑀𝐶 =𝑝𝑒𝑠𝑜

𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎2 . Segundo

a OMS podemos classificar o peso de acordo com o IMC e o risco de desenvolvimento de

comorbilidades como representado na tabela 7, anexo 4.1 [79].

3. Métodos

De forma a cativar a população, no dia 11 de junho foi realizado uma degustação de gelatinas

e distribuídos os panfletos, anexo 4.2, na qual foi reforçado a importância de praticar uma

alimentação saudável, foram ainda dadas algumas dicas de forma a facilitar a prática de uma

alimentação saudável. Mediante pedido por parte do utente respondido qualquer tipo de

questão referente ao assunto, foi realizado uma degustação de gelatinas saudáveis.

4. Conclusão

Através da realização deste projeto foi possível, através de umas simples dicas de

alimentação saudável, como as presentes no panfleto, fazer a diferença na vida das pessoas,

que muitas das vezes se queixavam que queriam realizar uma alimentação saudável mas que

não sabiam como o fazer e através de um simples conversa com os farmacêuticos poderiam

realizar pequenas mudanças na sua alimentação e desta forma melhorar resultados na

terapêutica que realizavam ou até mesmo na prevenção do desenvolvimento de diversas

doenças. Foi ainda muito gratificante, como através de um simples projeto com este

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conseguimos obter uma enorme satisfação por parte dos utentes que ficam muito satisfeitos

com este tipo de atividades.

Projeto IV- Proteja a sua pele

1. Enquadramento e objetivo

Como resposta ao pedido da escola secundária de felgueiras para a participação na feira da

saúde, realizada entre 23 de maio, com o objetivo de representar as farmácias portuguesas e

de alertar os alunos para a importância da proteção solar, foi desenvolvido em conjunto com

as outras estagiárias presentes um panfleto, anexo5.1. para além do panfleto desenvolvido

foi, em conjunto com várias marcas de protetores solares, criado uma banca na qual foi

exposto vários tipos de protetores solares, vários panfletos e vários vídeos desenvolvidos

pelas Farmácias Portuguesas e pelas próprias marcas como forma de alerta e sensibilização

da população para a importância da proteção solar.

De modo a promover uma proteção solar foi ainda realizada uma formação sobre proteção

solar no centro de estudos Estudolândia para crianças com idades compreendidas entre os 5-

10 anos.

2. Desenvolvimento

2.1 Radiação solar

A radiação solar é essencial para a manutenção da vida na Terra. Os efeitos da radiação no

Homem são dependentes de caraterísticas como a intensidade, frequência, tempo, tipo de

pele, estação do ano, localização geográfica, período do dia e condições climáticas. A

radiação solar é responsável por benefícios como o estímulo da produção de melanina e

sensação de bem-estar físico e mental. Contudo, como resultado de uma exposição

inadequada também podem surgir consequências negativas como por exemplo a

aparecimento de queimaduras solares, cancro de pele, alergias, rugas e manchas. O espetro

de radiação eletromagnética é constituído por diversos tipos de radiações, figura7, anexo

5.2, sendo destacado a radiação ultravioleta (UV), visível (Vis) e infravermelha (IV) como

principais tipos de radiações que atingem a superfície terreste. A reação do nosso organismo

as radiações podem levar simplesmente a uma estimulação da produção de melanina, reações

de inflamação, queimaduras ou cancro cutâneo em casos mais graves. A radiação UV é

responsável pela indução de reações fotoquímicas, apresenta uma capacidade de penetrar

mais profundamente a pele, devido ao seu comprimento de onda e é responsável pelo

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fotoenvelhecimento. A radiação UV pode ser dividida em três partes, figura 8, anexo 5.2,

em: i) UVA, ii) UVB e iii) UVC. A radiação UVA é responsável pela promoção do

bronzeamento através da estimulação da produção da melanina. A radiação UVB é

responsável pela formação de queimaduras solares e pelo envelhecimento precoce das

células, após exposição intensa e prolongada é ainda capaz de provocar cancro cutâneo

[82,83,84,85,86,87,88,89].

2.2 Proteção solar

Os efeitos da radiação solar podem ser reduzidos através do usso de protetores solares. Os

protetores solares apresentam como objetivo prevenir possíveis queimaduras e reduzir lesões

causadas pela radiação UV [90,91].

Segundo a OMS, o aumento da incidência de cancro de pele encontra-se relacionado com

as atividades realizadas ao ar livre e com a exposição solar recreativa. Devido aos efeitos

nefastos resultantes de uma exposição solar excessiva a nível da pele, olhos e sistema

imunológico é fundamental a aquisição de hábitos de proteção solar enumerados de seguida:

i) uso de roupas largas e frescas, chapéus de abas largas e óculos de sol; ii) uso de protetor

solar em todas as partes do corpo expostas, renovar a aplicação do protetor solar a cada 2

horas; iii) evitar exposição solar entre as 10 horas -16 horas uma vez que o índice de radiação

UV é superior [92].

3. Métodos

De forma a alertar os jovens para a importância do uso de protetores solares e em resposta

ao pedido da escola secundária de Felgueiras, foi montado uma banca, no dia 23 de maio,

no âmbito da feira da saúde. Na banca, foram expostas várias amostras de protetores solares,

panfletos com conselhos de como escolher o protetor adequado e com conselhos sobre

proteção solar. Os alunos aquando do contato com a banca foram questionados sobre os seus

hábitos de proteção solar, mediante resposta foram aconselhados a nível da escolha adequada

do protetor solar para o seu tipo de pele, cuidados a ter com a exposição solar e foram

informados sobre a importância de possuir cuidados diárias com a sua pele de forma a evitar

possíveis efeitos secundárias da exposição solar.

Na ação de formação sobre proteção solar realizada na Estudolândia foi utilizada a

apresentação presente no anexo 5.3, na qual as crianças foram questionadas sobre os seus

hábitos de proteção solar e sobre o que podiam fazer para uma exposição solar segura.

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4. Conclusão

A atividade desenvolvida na Escola Secundária de Felgueiras superou as minhas expetativas,

tendo em consideração a faixa etária do público alvo, uma vez que, foi notória a grande

adesão a este tipo de aconselhamento, na qual foi possível verificar que embora a maioria

conheça os possíveis efeitos secundários de uma exposição solar desprotegida não possuam

práticas que permitam uma proteção dessa exposição solar, foi ainda notório que aqueles

que exerciam medidas preventivas só as realizavam no verão negligenciando a exposição

solar durante o resto do ano. De uma forma geral e tendo em consideração o feedback obtido

após aconselhamento os jovens conseguiram entender a necessidade do uso de proteção solar

durante todo o ano de forma adequada e eficaz, conseguiram entender como devem realizar

a escolha do protetor solar de forma adequada ao seu tipo de pele, tanto a nível do fator de

proteção e do tipo de formulação que devem escolher.

A atividade desenvolvida no centro de estudo Estudolândia foi bastante gratificante uma vez

que no momento em que as crianças foram questionadas sobre proteção solar elas sabiam o

que fazer e como fazer, foi ainda possível verificar que as informações transmitidas as

crianças que demonstraram um elevado grau de interesse e atenção serão transmitidas aos

seus familiares de forma a que estes também adquiram hábitos para uma exposição solar

saudável.

Deste modo, foi notório a importância da realização deste tipo de aconselhamentos a esta

faixa etária que, para além de serem bastante curiosos e interessados por este tipo de assunto

permite a prevenção de efeitos secundários da exposição solar desprotegida não só neles,

mas também nos seus familiares.

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[10] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., Normas relativas à

prescrição de medicamentos e produtos de saúde. 2018

[11] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., Normas relativas à

dispensa de medicamentos e produtos de saúde. 2018

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Relatório de estágio profissionalizante em farmácia comunitária | Farmácia Santa Quitéria | Soraia Vaz

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[79] Circular Normativa nº 03/DGCG de 17/03/2005 https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-

circulares-normativas/circular-normativa-n-03dgcg-de-17032005.aspx [Acedido a: 2 de maio de 2019].

[80]https://www.google.pt/search?q=radia%C3%A7%C3%A3o+solar&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved

=0ahUKEwiC042wkKjiAhWVDGMBHammA7AQ_AUIDigB&biw=1356&bih=654#imgrc=NC5xPIx0EC

DYRM: [Acedido a: 19 de maio de 2019].

[81]https://www.google.pt/search?biw=1356&bih=654&tbm=isch&sa=1&ei=5pThXL6BOYmhUOfqsrgN&

q=radia%C3%A7%C3%A3o+solar+que+atinge+a+superficie+terrestre~&oq=rad&gs_l=img.1.0.35i39l2j0i6

7j0l4j0i67j0l2.14912.15394..17699...0.0..0.287.540.0j2j1......1....1..gws -wiz-img.952YBzQ4-

jI#imgdii=povjSqjUYseO0M:&imgrc=PCFhLisaom7VeM: [Acedido a: 19 de maio de 2019].

[82] Dossiê especial sobre o sol; Cosméticos e Perfumes 2003, 27, 29.

[83] De Paola, M. V. R. V.; Ribeiro, M. E.; Cosmet. Toil. (Ed. Port.) 1998, 10, 41

[84] Osterwalder, U.; Luther, H.; Herzog, B.; Cosmet. Toil. (Ed. Port.) 2000, 12, 52.

[85] Ruvolo Júnior, E. C.; Cosméticos On Line 1997, 19, 37.

[86] Thomas, M.; Ultraviolet and Visible Spectroscopy, 2nd ed., Wiley: New York, 2000

[87] Steiner, D.; Cosmet. Toil. (Ed. Port.) 1995, 10, 29.

[88] Streilein, J. W.; Taylor, J. R.; Vincek, V.; Kurimoto, I.; Shimizu, T.; Tié, C.; Coulomb, C.; Immunol.

Today 1994, 15, 174.

[89] Ultraviolet radiation and health: https://www.who.int/uv/uv_and_health/en/ [Acedido a: 19 de maio de

2019].

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[90] Taylor, C. R.; Stern, S.; Leyden, J. J.; Gilchrest, B. A.; J. Am. Acad. Dermatol. 1990, 22, 1.

[91] Ziegler, A.; Jonason, A. S.; Leffeti, D. J.; Simon, J. A.; Sharma, H. W.; Kimmelmann, J.; Remington, L.;

Jacks, T.; Brash, D. A.; Nature 1994, 372, 773.

[92] Sun protection: https://www.who.int/uv/sun_protection/en/ [Acedido a: 19 de maio de 2019].

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Anexos

Anexo 1: Atividades desenvolvidas, equipa técnica e formações

• Anexo 1.1: Equipa Sta. Quitéria

Tabela 2: Equipa Farmácia Santa Quitéria

Quadro farmacêutico

Drª Joana Mesquita Diretora técnica e farmacêutica

Drª Rosário Queirós Farmacêutica adjunta substituta

Drª Vânia Gonçalves Farmacêutica

Drª Joana Fernandes Farmacêutica

Quadro não farmacêutico

Carla Guimarães Técnica de farmácia

Elisabete Martins Técnica de farmácia

João Silva Técnico de farmácia

Márcio Marcelina Técnico de farmácia

Joana Gonçalves Técnica auxiliar

• Anexo 1.2: Formações realizadas durante o estágio

Tabela 3: Formações realizadas ao longo do estágio profissionalizante

Formação Local Data Duração

Repavar® Rosa Mosqueta FSQ 22-01-2019 2 horas

NUK®

Deuteride® Dentífricos FSQ 7-02-2019 2 horas

Antibióticos BIAL® FSQ 26-02-2019 2 horas

Colgate® FSQ 12-03-2019 2 horas

Fresubin® FSQ 13-03-2019 2 horas

Vichy® FSQ 27-03-2019 2 horas

Perrigo® FSQ 20-04-2019 2 horas

Salvat® FSQ 21-04-2019 2 horas

Formação Heliocare® ANF 22-04-2019 4 horas

Marini® FSQ 22-06-2019 2 horas

Kaisen® FSQ 26-06-2019 2 horas

Reumon® e Dormidina® FSQ 08-07-2019 2 horas

Elgydium® FSQ 11-07-2019 2 horas

Angelini® Quinta de Monserrate

Sport 12-07-2019 4 horas

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Anexo 2: Tema 1: Rastreio Cardiovascular

• Anexo 2.1: Homeostasia da glicose, farmacocinética da insulina, roda dos alimentos

para diabéticos, classificação da HTA e árvore de decisão no tratamento da HTA.

Figura 1: Homeostasia da glicose [adaptado de 39]

Figura 2: Farmacocinética da insulina adaptado de [52]

Nív

eis

pla

smáticos

de

Tempo (horas)

Ação ultrarrápida

Ação intermédia

Ação lenta ou longa

Figura 2: Farmacocinética da insulina adaptado de [52]

Pâncreas - células β - Produção de insulina

Insulina

Diminuição dos níveis de

glicose sanguíneos

Células musculares –

transformação da glicose em

energia e glicogénio.

Aumento da taxa de

glicose sanguíneos

Fígado – transformação

de glicose em glicogénio

Aumento dos níveis de

glicose sanguíneos

Diminuição da taxa de

glicose sanguíneos

Pâncreas - células α - Produção de glucagon

Fígado – transformação de

glicogénio em glicose

Glucagon

Homeostase

Taxa de glicose sanguínea normal

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Figura 5: Árvore de decisão no tratamento da HTA, adaptado de [69]

Classificação da Hipertensão arterial (mmHg)

PAS <120

PAD <80

PAS 120-129

PAD 80-84

PAS 130-139

PAD 85-89

PAS 140-159 PAD 90-99

PAS 160-180

PAD 100-109

PAS ≥180

PAD ≥110

PAS ≥140

PAD <90

Ótima Normal Normal alta Grau 1 Grau 2 Grau 3 Hipertensão

sistólica solada

Figura 4: Classificação da hipertensão arterial, adaptado de [67]

Porções

Porções

Porções

Porções

Porções

Porções

Porções

Figura 3: Roda dos alimentos para diabéticos adaptada de [62]

Controlado?

Não

Sim

Monitorização

Acrescido

alto

Acrescido

muito alto

Associação:

- D + IECA

- IECA + BCC

- D + ARA

- ARA + BCC

Controlado?

Monitorização

Consulta hospitalar

Sim

Não

Associação

3º fármaco

Sim

Monitorização

Acrescido

baixo

Acrescido

moderado

Monoterapia com:

- D

- BCC

- ARA

- IECA

Estratificação do RISCO Absoluto

Controlado?

Monitorização

Associação

2º fármaco

Sim

Não

Legenda: D= diuréticos, BCC=

Bloqueadores dos canais de cálcio;

ARA= Antagonistas dos recetores

da angiotensina e IECA= Inibidores

da enzima de conversão da

angiotensina

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• Anexo 2.2: Cartaz de promoção do rastreio cardiovascular.

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• Anexo 2.3: Panfletos desenvolvidos no âmbito no rastreio cardiovascular.

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• Anexo 2.4: Dados recolhidos no rastreio cardiovascular e tratamento de resultados

Tabela 4: Dados recolhidos no rastreio cardiovascular

Participante Idade Sexo Glicémia Pulsação Sistólica Diastólica Peso Altura IMC

1 51 1 76 70 128 94 79 1,7 27,34

2 18 2 92 72 99 60 55 1,59 21,76

3 22 2 90 80 135 99 52 1,54 21,93

4 32 2 84 90 124 85 54,5 1,55 22,68

5 29 2 69 67 112 74 58,5 1,65 21,49

6 33 1 91 72 121 74 72 1,7 24,91

7 22 2 88 70 96 62 70,9 1,76 22,89

8 61 2 98 83 99 60 55,3 1,63 20,81

9 24 2 94 88 102 69 54 1,6 21,09

10 49 1 134 54 153 92 87,9 1,61 33,91

11 22 2 89 100 113 71 60 1,65 22,04

12 67 2 117 108 108 73 85,4 1,65 31,37

13 47 2 157 90 113 73 66,3 1,65 24,35

14 36 2 116 77 126 82 84,4 1,68 29,90

15 67 2 241 64 194 93 62,9 1,52 27,22

16 62 1 103 63 143 89 92,3 1,72 31,20

17 75 1 88 67 143 83 69,9 1,66 25,37

18 64 1 148 121 165 105 85,6 1,66 31,06

19 55 2 100 99 152 105 113,1 1,53 48,31

20 59 2 91 58 113 74 77,1 1,58 30,88

21 60 2 180 84 119 54 72,3 1,55 30,09

22 56 2 92 50 125 74 80,6 1,65 29,61

23 29 1 95 61 100 62 92,7 1,89 25,95

24 61 2 80 58 140 93 61,4 1,6 23,98

25 66 2 89 89 128 80 85,9 1,52 37,18

26 58 1 119 68 115 78 64,1 1,69 22,44

27 73 1 101 78 156 95 77,4 1,85 22,62

28 63 2 130 69 143 85 57,1 1,51 25,04

29 45 2 82 95 97 69 68,7 1,55 28,60

30 70 1 170 84 154 92 82,3 1,73 27,50

31 78 2 133 94 150 81 75,8 1,55 31,55

32 64 2 85 70 137 75 51,3 1,45 24,40

33 65 2 128 86 176 103 79 1,64 29,37

34 65 2 183 77 134 84 79 1,64 29,37

35 41 2 91 80 127 87 66,8 1,63 25,14

36 71 2 83 63 137 77 72,8 1,55 30,30

37 57 2 109 114 140 93 90,8 1,51 39,82

38 72 2 68 146 76 88 71 1,58 28,44

39 29 2 114 70 133 84 78 1,54 32,89

40 40 2 84 65 120 83 60 1,6 23,44

41 62 2 99 59 110 60 74 1,56 30,41

42 67 1 142 65 125 74 79 1,72 26,70

43 39 1 93 74 140 96 87 1,72 29,41

44 55 1 257 74 140 78 78 1,7 26,99

45 66 2 93 62 157 92 64,3 1,56 26,42

46 36 2 81 71 154 95 55 1,59 21,76

47 20 2 76 77 112 65 57,6 1,6 22,50

48 25 1 100 60 130 80 60 1,59 23,73

49 30 2 90 90 140 90 65 1,7 22,49

50 34 1 80 80 120 80 100 1,8 30,86

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Tabela 5: Distribuição dos participantes no rastreio cardiovascular por género e faixa etária.

Tabela 6: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular.

Gráfico 1: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para o IMC em percentagem.

Dados Número Percentagem (% )

Género Masculino 15 30

Feminino 35 70

Faixa etária

[18-30] 10 20

[30-50] 12 24

[50-70] 22 44

>70 6 12

Total 50 100

Percentagem (% ) Número de

pessoas

IMC

Abaixo de peso 0 0

Peso adequado 34 17

Excesso de peso 38 19

Obesidade 28 14

HTA

Ótima 34 12

Normal 18 9

Normal alta 10 5

Grau 1 24 12

Grau 2 4 2

Grau 3 2 1

Hipertensão sistólica isolada 8 4

Glicemia <140 mmHg 84 42

>140 mmHg 16 8

34%

38%

28%

IMC

Peso adequado Excesso de peso Obesidade

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Gráfico 2: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para o HTA em percentagem.

Gráfico 3: Resultados obtidos no rastreio cardiovascular para a glicemia em percentagem.

84%

16%

Glicemia

< 140 mmHg > 140 mmHg

34%

18%10%

24%

4%

2% 8%

HTA

Ótima Normal

Normal alta Grau 1

Grau 2 Grau 3

Hipertensão sistólica isolada

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Anexo 3: Temas 2: Depressão

• Anexo 3.1: Árvore de decisão no tratamento da depressão

Figura 6: Árvore de decisão no tratamento da DM, adaptado de [74].

Diagnóstico da Depressão Major

Fase aguda

Qualquer

antidepressivo

Qualquer antidepressivo,

exceto ADT

≥55 anos

2ª avaliação, até 8 semanas

Monitorização

Não Sim

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• Anexo 3.2: Panfleto desenvolvido no âmbito da sensibilização para a depressão

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Anexo 4: Tema 3: Alimentação Saudável

• Anexo 4.1: Classificação dos graus de obesidade e atribuição do risco de

comorbilidades

Tabela 7: Classificação do grau de obesidade de acordo com o IMC e atribuição de um

grau de risco de desenvolvimento de comorbilidades, adaptado de [79].

Classificação IMC (kg/m2) Comorbilidades

Baixo peso < 18.5 Baixo risco

Peso normal 18.5-24.9 Médio

Pré- Obesidade 25-29.9 Aumentado

Obesidade grau 1 30-34.9 Moderado

Obesidade grau 2 35-39.9 Grave

Obesidade graus 3 40 Muito grave

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• Anexo 4.2: Panfleto desenvolvido no âmbito da promoção de uma alimentação

saudável

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Anexo 5: Tema 4: Proteção Solar

• Anexo 5.1: Panfleto desenvolvido no âmbito da promoção da proteção solar

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• Anexo 5.2: Espetro de radiação eletromagnética e tipos de radiação que atingem a

superfície terreste.

Figura 7: Espetro de radiação eletromagnética, adaptado de [80]

Figura 8: Radiação Ultravioleta, adaptado de [81]

Radiação UV

UVC (100-280 nm)

UVB

(280-315 nm)

UVA

(315-400 nm)

CAMADA DE OZONO

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• Anexo 5.3: Apresentação desenvolvida no âmbito da formação sobre proteção solar

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