RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - AGERSA · 2019. 1. 2. · VIII. Relatório de ocorrências operacionais e comerciais, contendo todas as tipologias de serviços cadastradas na Prestadora

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA HÍDRICA E SANEAMENTO - SIHS

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E

DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO

MUNICÍPIO DE LAJEDINHO-BA

Salvador/BA

Novembro, 2018


AGÊNCIA REGULADORA DE SANEAMENTO BÁSICO

DO ESTADO DA BAHIA

Relatório: Fiscalização inicial dos serviços prestados através de sistemas de abastecimento

de água e de esgotamento sanitário.

Finalidade: Cumprir a determinação da Diretoria Colegiada da AGERSA para verificar as

condições técnicas e operacionais do sistema de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário do município inspecionado no período de 24 a 28 de setembro de 2018.

Município: Lajedinho-Ba

Prestadora: Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - EMBASA.

Presidente: Rogério Costa Cedraz

Endereço (sede): 4ª Avenida, nº 420, Centro Administrativo da Bahia - CAB, CEP 41.745-

002, Salvador, Bahia, Brasil.

Telefone: (71) 3372-4842 Home Page: http//www.embasa.ba.gov.br

Escritório Local: Lajedinho-Ba

Unidade Regional: Utinga-Ba

Gerente Local: Antônio Gilson Almeida Brito

Telefone: (75) 3337-1286

Período: 24 a 28 de setembro

Data de conclusão do relatório: 27/11/18

Responsáveis pelas Inspeções: Guilherme Sena Dourado, Maico Camerino dos Santos,

Adriana Machado

Revisão: Maico Camerino dos Santos


ABREVIATURAS E SIGLAS UTILIZADAS

AGERSA Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia

EMBASA Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.

EEAB Estação Elevatória de Água Bruta

EEAT Estação Elevatória de Água Tratada

ETA Estação de Tratamento de Água

NR Normas Regulamentadoras

RAD Reservatório Apoiado de Distribuição

RAP Reservatório Apoiado

REL Reservatório Elevado

SIAA Sistema Integrado de Abastecimento de Água

SES Sistema de Esgotamento Sanitário

SIHS Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento

RCE Roteiro de Caracterização de Empreendimento

RCC Relatório de Cumprimento de Condicionantes

VMP Valor Máximo Permitido


SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 5

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 5

3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 6

3.1 ITENS E SEGMENTOS DE ANÁLISE ......................................................................................... 6

3.1.1 Nos Sistemas de Abastecimento de Água: ................................................................................... 6

3.1.2 Nos Sistemas de Esgotamento Sanitário: .................................................................................... 7

3.2 INFORMAÇÕES TÉCNICAS E GERENCIAIS, DOCUMENTOS SOLICITADOS E

STATUS .................................................................................................................................................. 9

4 SITUAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS .............................................. 11

5 DESCRIÇÃO DO SISTEMA ..................................................................................... 12

5.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................................................... 12

5.2 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................... 14

6 NÃO CONFORMIDADES ........................................................................................... 15

6.1. NÃO CONFORMIDADES GERAIS: SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE

LAJEDINHO .......................................................................................................................................... 16

6.2. Não conformidades relacionadas à qualidade da água .................................................................... 24

6.3 Não Conformidades relacionadas ao tratamento de esgoto .............................................................. 26

7 CONTINUIDADE NO ABASTECIMENTO ............................................................ 28

9. ANEXOS ..................................................................................................................... 32

ANEXO A – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DAS NÃO CONFORMIDADES ............. 33

ANEXO B - LEGISLAÇÃO BÁSICA DE REFERÊNCIA ....................................... 118

ANEXO C: CROQUI DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO

DE LAJEDINHO .......................................................................................................... 119

ANEXO C: CROQUI DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO

DE LAJEDINHO .......................................................................................................... 120


5

1 APRESENTAÇÃO

A Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia - AGERSA, autarquia

em regime especial criada pela Lei Estadual nº 12.602, de 29 de novembro de 2012,

vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento – SIHS e sujeita ao regime

jurídico-administrativo próprio das entidades de regulação e fiscalização de serviços

públicos de saneamento básico, conforme previsto na Lei Federal nº 11.445, de 05 de

janeiro de 2007, informa que promoveu uma ação de fiscalização de acompanhamento

dos serviços públicos de abastecimento de água, bem como de esgotamento sanitário.

Neste sentido, este relatório apresenta os levantamentos e as análises realizadas pela

AGERSA com referência aos serviços prestados pela Empresa Baiana de Águas e

Saneamento S.A. - EMBASA no município de Lajedinho-Ba, no período compreendido

entre os dias 24 a 28 de setembro de 2018.

Como resultado desses trabalhos, são apontadas determinações à Prestadora,

considerando a necessidade da prestação de um serviço adequado ao pleno atendimento

dos usuários, especialmente quanto à satisfação de condições como as de regularidade,

continuidade, qualidade, eficiência e segurança, à luz das leis, das normas e dos

regulamentos aplicáveis.

Ressalta-se que, ao final de cada relatório, a AGERSA apresenta uma compilação de não

conformidades, como instalações físicas, continuidade no fornecimento, manobras,

qualidade da água, manutenção e operação do sistema entre outros; no entanto, ao longo

dos textos, para dar maior destaque, a Agência poderá apontar não conformidades, sobre

as quais a EMBASA deverá igualmente se manifestar e corrigir, nos prazos assinalados

neste documento.

2 OBJETIVOS

2.1 O objetivo geral desta ação foi o de obter um conjunto de evidências físicas,

documentais e analíticas das condições técnicas, operacionais e comerciais com que os

serviços de saneamento básico, nas suas componentes de abastecimento de água potável

e esgotamento sanitário, são prestados no município de LAJEDINHO-BA, o qual seja

apto a dar suporte às conclusões exaradas.


6

2.2 Como objetivos específicos, têm-se verificar: a adequação da oferta à

demanda de água; a eficiência das atividades técnico-operacionais; a qualidade da água

disponibilizada à população, com atenção às normas de vigilância em vigor; a

abrangência e a eficiência do tratamento do esgoto; o estado de conservação de

instalações e equipamentos, bem como a sua atualidade; o cumprimento das normas de

segurança do trabalho; a existência de certificações de qualidade de processos

operacionais; a regularidade dos licenciamentos ambientais e do cumprimento das suas

condicionantes; a atenção aos usuários, especialmente quanto ao cumprimento dos prazos

para o atendimento; a existência de monitoramento de disponibilidade hídrica e de planos

de manutenção e de expansão dos sistemas; a quantificação das perdas reais e aparentes,

bem como os planos, as medidas, as metas e os prazos adotados para a sua redução; a

eficácia do controle pitométrico; a eficiência na resposta às interrupções dos sistemas.

3 METODOLOGIA

Neste processo de fiscalização, foram cumpridas as seguintes etapas:

a) Solicitação prévia de informações técnicas e operacionais à Prestadora dos

serviços objetos de estudo;

b) Formalização de processo administrativo;

c) Inspeções in loco, levantamentos em campo, coleta de informações em

nível local e registro fotográfico;

d) Processamento e análise das informações levantadas em campo e obtidas

diretamente da Prestadora;

e) Elaboração de relatório;

f) Notificação da Prestadora*.

*A etapa 'f' é cumprida após a conclusão do presente relatório.

3.1 ITENS E SEGMENTOS DE ANÁLISE São objetos de verificação os seguintes itens e segmentos de análise (listas não

exaustivas):

3.1.1 Nos Sistemas de Abastecimento de Água:

I Técnico-Operacional:

Manancial/Captação:

- Preservação e proteção;

- Operação e manutenção;


7

ETA:

- Segurança, conservação e limpeza;

- Filtração;

- Casa de química;

- Laboratório;

Adução:

- Operação, manutenção E controle de perdas;

Reservatórios:


- Limpeza e desinfecção;

- Controle de perdas;

Estações Elevatórias:


Rede de Distribuição:


- Continuidade;

- Pressões disponíveis na rede;

II Gerencial:

Informações Gerenciais:

- Nível de universalização;

- Plano de expansão dos serviços;

- Projetos e obras;

- Licenças ambientais;

III Qualidade e Controle:

Qualidade da Água Distribuída à População:

- Qualidade físico-química e bacteriológica da água na saída da

ETA;

- Qualidade físico-química e bacteriológica da água na rede de

distribuição;

IV Comercial:

Escritório / Loja de Atendimento / Almoxarifado:

- Instalações físicas do escritório e almoxarifado;

Serviços comerciais:

- Situação quanto ao atendimento ao usuário.

3.1.2 Nos Sistemas de Esgotamento Sanitário:

I Técnico-Operacional:

Rede Coletora:


- Limpeza e inspeção;

Emissário Submarino:

- Operação e manutenção (captação, processamento, ociosidade,

exclusive a parte marítima);

- Limpeza e inspeção;

Elevatórias:


ETE:


8

- Segurança, operação e manutenção;

- Corpo receptor;

- Saúde ocupacional dos operadores;

II Gerencial:

Informações Gerenciais:

- Nível de cobertura e atendimento;

- Plano de implantação/expansão dos serviços;

- Projetos e obras;

- Licenças ambientais;

III Qualidade e Controle:

Controle da qualidade do esgoto tratado:

- Monitoramento sistema de tratamento de esgotos;

- Laudos gerados pelo monitoramento da EMBASA;

IV Comercial:

Escritório / Loja de Atendimento / Almoxarifado:

- Instalações físicas do escritório e almoxarifado;

Serviços comerciais:

- Situação quanto ao atendimento ao usuário.


9

3.2 INFORMAÇÕES TÉCNICAS E GERENCIAIS, DOCUMENTOS

SOLICITADOS E STATUS

Descrição Status I. Informações gerais sobre os sistemas, tais como: nome, localidades atendidas,

índice de atendimento, número de ligações e economias, vazões do sistema,

índices de perdas, relatórios de interrupções, etc.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

II. Informações sobre produtos químicos utilizados

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

III. Certificados de Qualidade: apresentado em campo.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

IV. Relatórios mensais detalhados de calibração de equipamentos: apresentado

em campo.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

V. Descritivos de projetos de ampliação ou de melhoria de sistemas: apresentado

em campo.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

VI. Relatórios detalhados de higienização das redes e reservatórios.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

VII. Regularidade jurídica ambiental, contemplando os licenciamentos, o roteiro

de caracterização do empreendimento e o relatório de cumprimento de

condicionantes para obtenção da última licença.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

VIII. Relatório de ocorrências operacionais e comerciais, contendo todas as

tipologias de serviços cadastradas na Prestadora.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

IX. Plano de segurança das instalações.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

X. Relatório de disponibilidade hídrica de mananciais: apresentado em campo.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

XI. Relatório com a quantificação das perdas reais e aparentes, desde a sua

captação, bem como os planos, as medidas, as metas e os prazos adotados para a

sua redução. Relatórios de quantificação das reduções já obtidas.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

XII. Relatório de monitoramento da eficiência do tratamento de esgoto e da

situação do corpo receptor.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

XIII. Relatório das análises de qualidade da água bruta e tratada. Plano de

Amostragem, definido no art. 41 da Portaria de Consolidação do Ministério da

Saúde nº 5/2017.

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

XIV. Catálogo dos Sistemas (conforme já produzido pela Prestadora).

Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros

XV. Plano de Contingência. Fornecido

Não fornecido

Incompleto

Outros


10

De acordo com o quadro acima, observa-se a ausência ou incompletude de alguns itens.

A Prestadora deve apresentar os dados e os documentos apontados, ou mesmo as

justificativas para a sua falta ou inexistência, no prazo de até 10 (dez) dias a partir do

recebimento deste relatório.


11

4 SITUAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS

O quadro abaixo expõe as informações fornecidas pela Prestadora sobre a situação

contratual da prestação dos serviços de água e esgoto:

Quadro 1: Situação da contratação dos serviços para o município de Lajedinho.

SITUAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS

Município Tipo de

concessão

Data de

assinatura

do Contrato

de

Concessão

Data de

vencimento do

Contrato de

Concessão

Nº da

lei Situação

Data de

assinatura

Convênio de

Cooperação

LAJEDINHO PLENA 22/07/2003 22/07/2023 066/02 VIGENTE -

Fonte: EMBASA, 2016.

A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a

administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina

mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária (Art.

10, Lei nº 11.445/2007). Desta forma é imperativa a celebração de nova contratação dos

serviços para a manutenção da prestação pela EMBASA com o município de Lajedinho.

Neste sentido, deverão ser envidados os esforços necessários à celebração de Contrato de

Programa para a prestação de serviços públicos de saneamento básico, contemplando as

condições para a sua validade estabelecidas na Lei nº 11.445/2007, tais como a existência

de plano de saneamento básico; a autorização para a contratação dos serviços, indicando

os respectivos prazos e a área a ser atendida; a inclusão, no contrato, das metas

progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso

racional da água e de outros recursos naturais, dentre outras.


12

5 DESCRIÇÃO DO SISTEMA

5.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Durante a visita em campo foram verificadas algumas alterações no sistema com relação

ao apresentado pelo croqui (Anexo C) enviado pela Prestadora. Sendo assim, a descrição

que se segue reúne também as informações coletadas in loco.

O sistema de abastecimento de água (SAA) de Lajedinho é abastecido por captação

superficial por intermédio de flutuante instalado no leito do Rio Utinga na localidade do

Chamego. O manancial carece de monitoramento mais eficaz, por estar enquadrado como

sistema em alerta para disponibilidade hídrica. Também observamos em fiscalização que

a região possui uma difusão da agricultura com auxílio de irrigação, potencializando

negativamente o nível do manancial.

Neste sistema o tratamento da água ocorre na ETA do Chamego, dotada de dois filtros

russos em chapa de aço carbono com fluxo ascendente, com capacidade de tratamento de

34,00 m³/h (capacidade de projeto). Também são adicionados hipoclorito de cálcio e

sulfato de alumínio no processo de tratamento químico.

Após o tratamento a água é bombeada pela estação elevatória de água tratada (EET I)

localizada na captação do Chamego e direcionada pela adutora de água tratada (AAT I)

até chegar ao reservatório apoiado (RAP I), e é por intermédio deste reservatório que a

água tratada é distribuída para Lajedinho e suas localidades.

Quadro 2: Informações gerenciais do SAA do município de Lajedinho (Embasa, 2018).

Segmento Quantidade

População Total do Município 3936 hab

População urbana 2160 hab

População urbana atendida 2160 hab

População Rural 1776 hab

População Rural Atendida 1658 hab

Índice de atendimento 99,0 %

Volume diário médio per capita disponibilizado 86,6 L/hab.dia

Volume diário médio per capita consumido 86,6 L/hab.dia

Índice de micromedição 99,79 %

Água não contabilizada 43,3 %


13

Tempo de operação da ETA 15 h/dia


Quadro 3: Informações do COPAE – Controle Operacional de Água e Esgoto do SAA

do município de Lajedinho (Embasa, 2018).

Economias faturadas 963 und

Ligações faturadas 963 und

Economias inativas 394 und

Ligações inativas 394 und

Volume disponibilizado 10.579 m3/mês

Volume faturado 7.355 m3/mês

Volume micromedido 5.569 m3/mês


A prestadora não apresentou a Licença de Operação do Sistema de Abastecimento de

Lajedinho.


14

5.2 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Durante inspeção realizada na sede do município de Lajedinho ocorrida no dia 26 de

setembro de 2018, foi constatada a existência de sistema de coleta, tratamento e

disposição final dos esgotos sanitários domiciliares. O sistema localizado de esgotamento

sanitário atende apenas um empreendimento com 231 unidades habitacionais, que

corresponde ao loteamento Maria José Pereira de Almeida, situado na zona alta da cidade

de Lajedinho.

Informações gerais do SES de Lajedinho (Embasa, 2018):

Início da operação: 2017

Número de Ligações: 231

População total atendida atual: 810 habitantes

Quantidade de ligações totais de esgotos: 231 ligações

Disposição final: Córrego

A rede coletora implantada possui em sua totalidade escoamento por gravidade e

contempla cerca de 37,5% da população urbana do município. A Estação de Tratamento

de Esgoto (ETE) de Lajedinho é do tipo compacta e atende um contingente operacional

de 810 habitantes.

A ETE é composta por:

Gradeamento;

Poço de sucção;

UASB;

FAS;

DEC;

TPP;

SDS.

É importante salientar que a ETE de Lajedinho apresentava deficiência em sua operação

no dia da vistoria, devido à alguns equipamentos necessários ao processo estarem fora de

operação, a saber, bomba de recirculação de lodo e sistema de filtro MEKA. Notamos

que ao final do processo de tratamento o efluente apresentava péssima qualidade na saída,

tendo uma cor muito escura, odor muito forte e formação de espumas.

A prestadora não apresentou a Licença de Operação do Sistema de Esgotamento Sanitário

de Lajedinho.


15

6 NÃO CONFORMIDADES

Deve a Prestadora dos serviços providenciar, pessoalmente ou por provocação aos

terceiros competentes, a conformação dos itens descritos a seguir, relativos às suas

instalações, seus equipamentos e seus serviços, com o intuito de concorrer para uma

prestação eficiente dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário, objetivando o pleno atendimento dos seus usuários e a proteção do meio

ambiente.

As conformações devem atender às normas de regência (inclusive as técnicas e

regulamentares), aos dimensionamentos e às especificações de projeto, assim como às

disposições contratualmente definidas com o(s) titular(es) dos serviços.

Para as não conformidades adiante apresentadas e descritas, fica obrigada a corrigi-las de

imediato, sempre que as ações não dependam de procedimentos especiais de contratação

e/ou de execução como, por exemplo, necessidade de licitação.

No caso da impossibilidade de solução imediata pela Prestadora, fica assinalado o prazo

geral de 30 (trinta) dias, contados a partir do recebimento deste Relatório, excetuada

previsão distinta constante dos próprios itens, para o envio do Plano de Ação.

O relatório de resposta final compilado, assim, apontará as ações adotadas imediatamente,

acompanhado do respectivo registro probatório documental e fotográfico, além do

referido Plano de Ação.


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6.1. NÃO CONFORMIDADES GERAIS: SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE LAJEDINHO

Segmento Descrição Registro (s)

Captação Flutuante

1. Ausência de sinalização identificadora, de restrição ao acesso e de riscos específicos. 127

2. Ausência de mapa de risco. Sem registro

3. Equipamentos degradados. 128, 129

4. Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. 130, 132

5. Condições de trabalho inadequadas (iluminação). Sem registro

6. Mata ciliar degradada (ocupação irregular e assoreamento). Sem registro

7. Bomba de sucção (intermitência de operação). Sem registro

Tratamento

ETA Chamego


9. Isolamento inadequado. 158

10. Instalações físicas inadequadas. 173, 174, 177


12. Equipamentos inadequados. 167, 178

13. Condições de trabalho inadequadas (iluminação). 159

14. Acondicionamento inadequado de materiais. 156

15. Caixas de passagem inadequadas (tampas). 161, 162, 163

16. Destinação de resíduos inadequado. Sem registro

17. EPI’s fora da data de validade. 164

18. Ausência de limpeza com periodicidade do tanque de contato. Sem registro

19. Ausência de macro medidor (entrada e saída). Sem registro

20. Ausência de vazamentos. 160

21. Ausência de sala para operador. Sem registro

22. Ausência de processo de reaproveitamento de água. Sem registro

23. Ausência de pontos adicionais para aplicação de mais de um produto químico na coagulação. Sem registro

24. Ausência de cortina de água uniforme na saída do filtro. 178

25. Falta de local apropriado para acondicionamento do lodo. Sem registro

RAP 150m³ (ETA)


27. Isolamento inadequado. Sem registro



17



30. Caixas de passagem inadequadas (tampas). 196, 197

31. EPI’s fora da data de validade. Sem registro

32. Escada inadequada (deteriorada, guarda corpo, sistema de bloqueio). 193

33. Ausência de macromedidor. Sem registro

34. Ausência de medidor de nível. Sem registro

35. Ausência de dispositivo de controle de nível. Sem registro

36. Proximidade de atividades potencialmente poluidoras (plantação de banana). Sem registro

37. Ausência de guarda corpo. 198

38. Abertura de inspeção inadequada. 175

39. Ventilação inadequada. 176

40. Ausência de descarga de fundo. Sem registro

41. Ausência de sistema de identificação na base do reservatório. Sem registro

42. Ausência de periodicidade na higienização do reservatório Sem registro

Casa de bombas

(ETA)


44. Instalações físicas degradas. 210, 204


46. Equipamentos degradados. 212



49. Caixas de passagem inadequadas (tampas). 213


51. Vazamentos. 200, 206, 207

52. Horímetro fora de operação. Sem registro

53. Ausência de manômetro. Sem registro

54. Ausência de bomba reserva. Sem registro

Casa de química e

deposito de

produtos químicos


56. Instalações físicas degradas. 191


58. Equipamento degradado. 189

59. Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. 185, 186, 187

60. Condições de trabalho inadequadas (iluminação, ventilação e exaustão). Sem registro

61. Armazenamento inadequado de produtos químicos (armazenagem, ventilação e temperatura). 180, 181


18


62. Armazenamento de outros tipos de materiais. 182

63. EPI’s fora da data de validade. 164

64. Ausência de chuveiro de emergência. Sem registro

65. Ausência de agitadores. Sem registro

66. Ausência de sistema de contenção contra vazamento. Sem registro

67. Ausência de rotulo com prazo de validade em produtos químicos. 190

Laboratório

(ETA)


69. Armazenamento e organização inadequada de reagentes. Sem registro

70. Reagentes fora do prazo de validade. 137


72. Condição de trabalho inadequada (ventilação e exaustão). Sem registro

73. Ausência de equipamento (PHmetro). Sem registro

74. Extintor de incêndio (sinalização inadequada) 135


Distribuição

RAP 300m³


77. Isolamento inadequado. Sem registro

78. Instalações físicas degradas. 244, 245



81. Presença de animais. 243

82. Ausência de registro de ocorrência em livro. Sem registro


84. Escada inadequada. 239


86. Ausência de dispositivo controlador de nível. Sem registro



89. Ventilação inadequada e sem proteção. 236

90. Ausência de sistema de identificação de vazamento na base do reservatório. Sem registro

91. Ausência de dispositivo limitador de nível. Sem registro

92. Ausência de periodicidade na higienização do reservatório Sem registro

RAP 04 150m³

(sede)


94. Isolamento inadequado. 282, 299


19


95. Instalações físicas degradas 282, 283, 284,

286, 307, 308



98. Condições de trabalho inadequadas (iluminação e segurança). Sem registro

99. Indícios de presença de animais. Sem registro


101. Caixas de passagem inadequadas (tampas). 302, 304, 305

102. Limpeza ineficiente. 297

103. Escada inadequada (ausência de guarda corpo e sistema de bloqueio). 287

104. Vazamento na estrutura do reservatório. 306



107. Guarda corpo da laje de cobertura parcialmente danificado. 290


109. Ausência de sistema de ventilação. Sem registro

110. Ausência de ventosa na parte externa do reservatório. Sem registro



113. Ausência de periodicidade na higienização do reservatório. Sem registro

RAP 50m³

(Arrecife)



116. Instalações físicas degradas 359



119. Indícios de presença de animais. Sem registro


121. Caixa de passagem degradada. 358

122. Necessidade de limpeza e capina. 361

123. Ausência de escada. 362





20


127. Ausência de sistema de ventilação. Sem registro




RAP 50m³

(Caetano)





135. Indícios de presença de animais. 395



138. Escada inadequada. 388





143. Ventilação inadequada e sem proteção. 389

144. Ausência de ventosa na parte externa do reservatório. Sem registro

145. Ausência de descarga de fundo. Sem registro




Poço de sucção

(elevatório da

Vila)



151. Instalações físicas degradas 384, 386



154. Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. 385




158. Necessidade de limpeza. 376

159. Ausência de escada. Sem registro


21









Booster (Simpatia)


168. Instalações físicas degradas. 247, 249, 250





173. Ausência de extintor de incêndio. Sem registro

174. Necessidade de arrumação e limpeza. Sem registro



Casa de bombas

(Caetano)

177. Ausência de sinalização de restrição ao acesso e de riscos específicos. 363




181. Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. 369









190. Ausência de bomba reserva. 366

191. Ausência de bacia de contenção no ponto de recloração. 371



22


Casa de bombas

(Vila Santana)




196. Equipamentos degradados. 404, 406, 407,

408, 413



199. Caixas de passagem danificadas. 414, 418, 419

200. Destinação inadequada de resíduos. 417



203. Vazamentos. 410, 411, 412,

415


205. Ausência de bomba reserva. 403

Casa de bombas

(Conjunto

habitacional

Francisco Soares)





210. Necessidade de capina. 355


Laboratório

(Lajedinho)





216. Reagentes no prazo de validade. 230

217. Ausência de certificação e calibração dos equipamentos disponibilizado Sem registro

218. Equipamentos inadequado (colorímetro). Sem registro

219. Ausência de equipamento (turbídimetro). Sem registro

220. Desconformidade na análise da qualidade da água bruta e tratada conforme portaria ms nº

2914/2011 (momento da inspeção).

Sem registro

221. Desconformidade nos resultados de análise da qualidade da água tratada conforme portaria ms nº

2914/2011 (momento da inspeção).

Sem registro


23


Atendimento Escritório Local

222. Ausência de sinalização horário de atendimento. 214




226. Armazenamento inadequado de materiais. 222, 223


228. Extintor de incêndio (sinalização inadequada) 218

229. Ausência de regulamento da prestação dos serviços editado pela Agersa. Sem registro

230. Ausência de tabelas de preços e prazos dos serviços. Sem registro

231. Instalações inadequada para atendimento ao público (ausência de bebedouro). Sem registro


24

6.2. Não conformidades relacionadas à qualidade da água

QUALIDADE DA ÁGUA TRATADA

Utilizou-se para as avaliações seguintes, os resultados das análises de qualidade da água de

junho/2017 a maio/2018, na saída do tratamento e na rede de distribuição.

Não conformidades e determinações

Monitoramento na Saída do Tratamento

A Embasa forneceu os resultados das análises realizadas da água tratada, na saída do tratamento e na

rede, referentes ao período de julho/2017 a junho/2018, em meio eletrônico.

Quadro 4: Número total de amostras mensais coletadas na saída do sistema de tratamento do SAA

Lajedinho e seus respectivos percentuais de desconformidades apresentados pelas análises físico-

químicas das amostras de acordo com os padrões de potabilidade da Portaria de Consolidação MS nº

5/2017.

Total de

amostras

% de desconformidade

Cor Turbidez Cloro residual

livre

Coliformes

totais E. coli

jul/17 08 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

ago/17 09 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

set/17 09 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

out/17 01 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

nov/17 10 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

dez/17 09 11,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

jan/18 09 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

fev/18 01 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

mar/18 01 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

abr/18 01 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

mai/18 07 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

jun/18 06 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% *1 -Ausência ou dados incompletos.

Os resultados dos laudos físico-químicos produzidos pelo Laboratório de Lajedinho (Quadros 4),

provenientes de amostras coletadas na saída do sistema de tratamento do SAA de Lajedinho, no

período de julho/2017 a junho/2018, apresentaram as seguintes não conformidades com relação aos

padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria de Consolidação MS nº 5/2017:

Cor aparente: no mês de dezembro 11,00% das amostras do período apresentaram

desconformidades.

Determinação: Realizar intervenções no sistema de tratamento para obedecer ao padrão de

potabilidade da água previsto pela Portaria de Consolidação N°5, de 28 de setembro de 2017.


25

A prestadora deverá enviar para esta agência, os resultados das análises do mês seguinte ao do

recebimento deste relatório, devendo estar em conformidade com a portaria supracitada.

Monitoramento na Distribuição

Quadro 5: Número total de amostras mensais coletadas na rede de distribuição do SAA Lajedinho e

seus respectivos percentuais de desconformidades apresentados pelas análises físico-químicas das

amostras de acordo com os padrões de potabilidade da Portaria de Consolidação MS nº 5/2017.

Total de

amostras

% de desconformidade

Cor Turbidez Cloro

residual livre

Coliformes

totais E. coli

jul/17 12 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

ago/17 11 0,00% 0,00% 30,00% 30,00% 20,00%

set/17 06 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

out/17 06 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

nov/17 10 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

dez/17 *1 *1 *1 *1 *1 *1

jan/18 12 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

fev/18 *1 *1 *1 *1 *1 *1

mar/18 10 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

abr/18 08 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

mai/18 10 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00%

jun/18 10 0,00% *1 0,00% 0,00% 0,00% *1 -Ausência ou dados incompletos.

Os resultados dos laudos físico-químicos produzidos pelo Laboratório de Lajedinho (Quadros 5),

provenientes de amostras coletadas na rede de distribuição do SAA de Lajedinho, no período de

julho/2017 a junho/2018, apresentaram as seguintes não conformidades com padrões de potabilidade

estabelecidos pela Portaria de Consolidação MS nº 5/2017:

Cloro residual livre: no mês de agosto 30,00% das amostras do período apresentaram

desconformidades.

Coliformes totais: no mês de agosto 30,00% das amostras do período apresentaram

desconformidades.

Escherichia coli: no mês de agosto 20,00% das amostras do período apresentaram

desconformidades.

Determinação: Realizar intervenções no sistema de tratamento para obedecer ao padrão de

potabilidade da água previsto pela Portaria de Consolidação N°5, de 28 de setembro de 2017.

A prestadora deverá enviar para esta agência, os resultados das análises do mês seguinte ao do

recebimento deste relatório, devendo estar em conformidade com a portaria supracitada.


26

Ressalta-se que as análises do laboratório de Lajedinho em algum mês não encontram em

conformidade com o Plano de Amostragem, definido na Portaria de Consolidação N° 5/2017 do

Ministério da Saúde. Com base no anexo 12 do anexo XX e anexo 13 do anexo XX, estabelece-se os

seguintes critérios para o município de Lajedinho levando em consideração o total de habitantes e o

tipo de captação.

Tabela 02: resumo anexo 12 do anexo XX.

Fonte: Portaria de Consolidação N° 5/2017 do Ministério da Saúde

Tabela 03: resumo anexo 12 do anexo XX e anexo 13 do anexo XX.

Fonte: Portaria de Consolidação N° 5/2017 do Ministério da Saúde

6.3 Não Conformidades relacionadas ao tratamento de esgoto

Não foram fornecidas análises físico-químicas e bacteriológicas do efluente, nem o relatório

de acompanhamento do corpo receptor a montante e jusante do ponto de lançamento. Ressalta-se que

os efluentes tratados devem atender aos parâmetros de lançamentos estabelecidos na Resolução Nº

430, de 13 de maio de 2011 (CONAMA,2011), que dispõe sobre condições, parâmetros, padrões, e

diretrizes para gestão de lançamento de efluentes em corpos de água receptores” (CONAMA, 2011,

p. 01).

Análises no Sistema de distribuição N° min de amostras / mês

Cor 10

Turbidez / Cloro 10

Coliformes Totais e Escherichia coli 10

Bactérias Heterotróficas 2

Análises na Saída do Tratamento N° min de

amostras

Cor 1 a cada 2 horas

Turbidez / Cloro 1 a cada 2 horas

PH / Flúor 1 a cada 2 horas

Gosto de odor trimestral

Produtos secundários da desinfecção trimestral

Demais Parâmetros semestral


27

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE LAJEDINHO


ETE


233. Gerador (tubulação de descarga) 331

234. Odor. Sem registro

235. Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. 328,

236. Equipamentos degradados. 319, 320, 322, 323



239. Extintores sem carga. 324, 325, 326

240. Necessidade de capina. 346


242. Tampas degradadas. 314, 318, 335

243. Destinação do lodo inadequada. Sem registro

244. Ausência de dosadores reservas. Sem registro

245. Armazenamento inadequado de reagentes. 344, 345

246. Ausência de análise de esgoto. Sem registro


28

7 CONTINUIDADE NO ABASTECIMENTO

O sistema de abastecimento de água do município de Lajedinho necessita de melhorias no que diz

respeito ao aumento da produção de água, visto que são constantes as interrupções no abastecimento.

A sede é abastecida por manobras divididas em duas zonas (alta e baixa), onde são feitos rodízios de

24 horas de abastecimento por zona. Nas localidades do município o gerenciamento da oferta de água

é feito por intermédio de boias automáticas de nível, instaladas nos reservatórios. E as interrupções

no fornecimento de água ocorre com maior frequência no verão, quando existe um maior consumo

de água.

O SAA de Lajedinho possui diversas ramificações em seu sistema, o que dificulta o combate e

prevenção de perdas de água no sistema. Com base no COPAE (EMBASA,2018) a média anual do

ANC para o município ficou em 43,3%. O número insuficiente de colaboradores alocados no

escritório local para atender a demanda de Lajedinho e suas localidades, dificulta o combate a esse

índice de perdas elevado.

Foi relatado por moradores que no ano de 2017 o nível do Rio Utinga ficou bastante comprometido

devido a utilização desordenada do manancial para fins agrícolas, o que forçou uma operação

conjunta do INEMA e Exército no sentido de coibir essas práticas e assegurar a disponibilidade do

manancial para consumo humano e dessedentação animal.

Em reunião com o prefeito do município de Lajedinho, foi mencionado que a prestadora de serviço

(Embasa) não dispõe de abastecimento alternativo para o município, sendo frequente a necessidade

de disponibilização por parte da prefeitura de carros pipas para suprir a demanda de água. Foi

informado que a prestadora possui quadro insuficiente de colaboradores para atender ao território e

que na localidade do Arrecife (500 habitantes) há relatos de constante desabastecimento de água.

Em relação a oferta de água, existem obras licitadas pela Embasa programadas para iniciar no mês de

outubro, contemplando melhorias na captação e distribuição da água para Lajedinho e suas

localidades.

Durante a visita em campo foram realizadas coletas e análise da água na rede de distribuição, com os

seguintes resultados:


29

Tabela 1: resultados da análises físico-químicas realizadas durante fiscalização em campo na rede de

distribuição da SAA Lajedinho no dia 25 e 27 de setembro de 2018.

Cloro

(mg/L) pH

Flúor

(mg/L)

Turbidez

(uT)

Cor

(uH)

Coliformes

totais

ETA –

Captação

do

Chamego

2,00 - - 0,60 5,00 -

Conjunto

habitacion

al Elza

Maria

3,00 - - 0,65 10,0 -

Rua Ruy

Barbosa 4,00 - - 0,50 10,0 ausente

Os resultados obtidos no dia da vistoria no que se refere a cloro, turbidez e cor, se encontram dentro

dos parâmetros estabelecidos pela Portaria de Consolidação MS nº 5/2017. Entretanto, em vistoria

aos laboratórios de Lajedinho, presenciamos a falta de equipamentos e reagentes básicos para as

referidas análises, a saber: o laboratório ETA Chamego não dispunha de pHmetro, medidor de flúor

e apresentava reagentes fora da data de validade; o laboratório EL Lajedinho, não dispunha de

turbidímetro, o colorímetro apresentava cubetas em mau estado de conservação, apresentando

distorções na leitura (as duas cubetas com água destilada apresentavam resultados incompatíveis) e

reagentes fora da data de validade.

Foto 01: Laboratório ETA Chamego, reagentes fora da data de validade

Com relação ao sistema de esgotamento sanitário, o atual sistema atende apenas 37,5% da população

urbana. De modo que a prefeitura solicitou ampliação do SES-Lajedinho, cujo projeto prevê cobertura

total da sede.


30

Quanto ao tratamento dos efluentes coletados, foi observado problemas na estação de tratamento,

como bombas de passagem do efluente entre etapas fora de operação, etapas fora de operação, by

pass, inexistência de recirculação do lodo e destinação do lodo do UASB e filtro junto com o efluente

tratado. Desse modo, o tratamento do efluente é ineficaz.

Quanto à segurança das instalações foi constatada a inexistência de planos de segurança para proteção

das instalações em casos de contingência e emergência.


31

8. CONCLUSÕES E DETERMINAÇÕES

A Prestadora deve apresentar num prazo de 30 dias a partir do recebimento deste relatório, planos

ou projetos de ampliação ou de melhoria para o sistema.

A prestadora deve com urgência providenciar a demolição ou recuperação da estrutura da casa

de química localizada no RAP 04 150m³ no município de Lajedinho; a mesma se encontra em

situação crítica e sua estrutura pode entrar em colapso a qualquer momento ocasionando perdas

humanas e físicas.

A Prestadora deverá adequar seu sistema de tratamento, seu laboratório e os procedimentos de

análise, de forma a atender a Portaria de Consolidação N°5, de 28 de setembro de 2017. A

prestadora deverá apresentar certificados de treinamento e relatório de aferições dos

equipamentos dentro de um prazo de 60 dias após o recebimento deste relatório;

A prestadora deverá treinar seus operadores para operação da ETE, bem como adquirir e realizar

manutenções nos equipamentos alocados na ETE, apresentando um plano de ação para

correção das não conformidades num prazo de 30 dias após o recebimento deste relatório.

A prestadora deverá apresentar as análises físico-químicas e bacteriológicas do efluente e o

relatório de acompanhamento do corpo receptor a montante e jusante do ponto de lançamento,

num prazo de 30 dias após o recebimento deste relatório.

Walter Antônio de Oliveira Júnior

Télkia Gonsalves Cajahyba Ramos Rios Diretor Geral

Diretora de Fiscalização


32

9. ANEXOS


33

ANEXO A – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DAS NÃO

CONFORMIDADES

Não Conformidade nº 1 – Captação - Flutuante

Ausência de sinalização identificadora, de restrição ao acesso e de

riscos específicos. Registro 127

Voltar

Não Conformidade nº 03 - Captação - Flutuante

Equipamentos degradados. Registro 128

Voltar


34



Voltar


Instalações elétricas em desconformidade com a NR10. Registro 130

Voltar


35



Voltar

Não Conformidade nº 08 – Tratamento – ETA Chamego



Voltar


36


Isolamento inadequado. Registro 158

Voltar


Instalações físicas inadequadas. Registro 173

Voltar


37



Voltar



Voltar


38


Equipamentos inadequados. Registro 167

Voltar


Equipamentos inadequados. Registro 178

Voltar


39


Condições de trabalho inadequadas (iluminação). Registro 159

Voltar


Acondicionamento inadequado de materiais. Registro 156

Voltar

3


40


Caixas de passagem inadequadas (tampas). Registro 161

Voltar



Voltar


41



Voltar


EPI’s fora da data de validade. Registro 164

Voltar


42


Ausência de vazamentos. Registro 160

Voltar


Ausência de cortina de água uniforme na saída do filtro. Registro 178

Voltar


43

Não Conformidade nº 26 – Tratamento – RAP 150m³ (ETA)



Voltar



Voltar


44



Voltar


Escada inadequada (deteriorada, guarda corpo, sistema de bloqueio). Registro 193

Voltar


45


Ausência de guarda corpo. Registro 198

Voltar


Abertura de inspeção inadequada. Registro 175

Voltar


46


Ventilação inadequada. Registro 176

Voltar

Não Conformidade nº 43 – Tratamento – Casa de bombas (ETA)



Voltar


47


Instalações físicas degradas. Registro 210

Voltar



Voltar


48



Voltar



Voltar


49



Voltar



Voltar


50



Voltar


Vazamentos. Registro 200

Voltar


51



Voltar



Voltar


52

Não Conformidade nº 55 – Tratamento – Casa de química e deposito

de produtos químicos (ETA)



Voltar




Voltar


53



Equipamento degradado. Registro 189

Voltar

Não Conformidade nº 59 – Tratamento e – Casa de química e deposito



Voltar


54




Voltar




Voltar


55



Armazenamento inadequado de produtos químicos (armazenagem,

ventilação e temperatura). Registro 180

Voltar



Armazenamento inadequado de produtos químicos (armazenagem,

ventilação e temperatura). Registro 181

Voltar


56



Armazenamento de outros tipos de materiais. Registro 182

Voltar



EPI’s fora da data de validade. Registro 164

Voltar


57



Ausência de rotulo com prazo de validade em produtos químicos. Registro 190

Voltar

Não Conformidade nº 68 – Tratamento – Laboratório (ETA)



Voltar


58


Reagentes fora do prazo de validade. Registro 137

Voltar


Extintor de incêndio (sinalização inadequada). Registro 135

Voltar


59

Não Conformidade nº 76 – Distribuição – RAP 300m³



Voltar



Voltar


60



Voltar


Presença de animais. Registro 243

Voltar


61



Voltar


Escada inadequada Registro 239

Voltar


62



Voltar



Voltar


63


Ventilação inadequada e sem proteção. Registro 236

Voltar

Não Conformidade nº 93 – Distribuição – RAP 150m³ (sede)



Voltar


64



Voltar



Voltar


65



Voltar



Voltar


66



Voltar



Voltar


67



Voltar



Voltar


68



Voltar



Voltar


69



Voltar



Voltar


70



Voltar


Limpeza ineficiente. Registro 297

Voltar


71


Escada inadequada (ausência de guarda corpo e sistema de bloqueio). Registro 287

Voltar


Vazamento na estrutura do reservatório. Registro 306

Voltar


72


Guarda corpo da laje de cobertura parcialmente danificado. Registro 290

Voltar



Voltar


73

Não Conformidade nº 114 – Distribuição – RAP 50m³ (Arrecife)



Voltar



Voltar


74



Voltar


Caixa de passagem degradada. Registro 358

Voltar


75


Necessidade de limpeza e capina. Registro 361

Voltar


Ausência de escada. Registro 362

Voltar


76



Voltar

Não Conformidade nº 131 – Distribuição – RAP 50m³ (Caetano)



Voltar


77



Voltar


Indícios de presença de animais. Registro 395

Voltar


78



Voltar


Escada inadequada. Registro 388

Voltar


79



Voltar


Ventilação inadequada e sem proteção. Registro 389

Voltar


80

Não Conformidade nº 149 – Distribuição – Poço de sucção (elevatório

da Vila)



Voltar


da Vila)


Voltar


81


da Vila)


Voltar


da Vila)

Instalações físicas degradas Registro 386

Voltar


82


da Vila)


Voltar


da Vila)


Voltar


83


da Vila)


Voltar


da Vila)


Voltar


84


da Vila)


Voltar


da Vila)

Necessidade de limpeza. Registro 376

Voltar


85


da Vila)


Voltar

Não Conformidade nº 167 – Distribuição – Booster (Simpatia)



Voltar


86



Voltar



Voltar


87



Voltar



Voltar


88



Voltar

Não Conformidade nº 177 – Distribuição – Casa de bombas (Caetano)

Ausência de sinalização de restrição ao acesso e de riscos específicos. Registro 363

Voltar


89



Voltar



Voltar


90



Voltar



Voltar


91



Voltar



Voltar


92



Voltar


Ausência de bomba reserva. Registro 366

Voltar


93


Ausência de bacia de contenção no ponto de recloração. Registro 371

Voltar

Não Conformidade nº 192 – Distribuição – Casa de bombas (Vila

Santana)



Voltar


94


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


95


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


96


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


97


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


98


Santana)


Voltar


Santana)

Caixas de passagem danificadas. Registro 414

Voltar


99


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


100


Santana)

Destinação inadequada de resíduos. Registro 417

Voltar


Santana)


Voltar


101


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


102


Santana)


Voltar


Santana)


Voltar


103


Santana)

Ausência de bomba reserva. Registro 403

Voltar

Não Conformidade nº 206 – Distribuição – Casa de bombas (Conjunto

habitacional Francisco Soares)


Voltar


104

Não Conformidade nº 210 – Distribuição – Casa de bombas (Conjunto

habitacional Francisco Soares)

Necessidade de capina. Registro 355

Voltar

Não Conformidade nº 212 – Distribuição – Laboratório (Lajedinho)



Voltar


105

Não Conformidade nº 216 – Distribuição – Laboratório (Lajedinho)

Reagentes no prazo de validade. Registro 230

Voltar

Não Conformidade nº 222 – Atendimento – Escritório local

Ausência de sinalização horário de atendimento. Registro 214

Voltar


106



Voltar



Voltar


107


Armazenamento inadequado de materiais. Registro 222

Voltar


Armazenamento inadequado de materiais. Registro 223

Voltar


108


Extintor de incêndio (sinalização inadequada). Registro 218

Voltar

Não Conformidade nº 232 – Tratamento – ETE


Voltar


109


Gerador (tubulação de descarga). Registro 331

Voltar



Voltar


110



Voltar



Voltar


111



Voltar



Voltar


112



Voltar



Voltar


113


Extintores sem carga. Registro 324

Voltar



Voltar


114



Voltar


Necessidade de capina. Registro 346

Voltar


115


Tampas degradadas. Registro 314

Voltar



Voltar


116



Voltar


Armazenamento inadequado de reagentes. Registro 344

Voltar


117


Armazenamento inadequado de reagentes. Registro 345

Voltar


118

ANEXO B - LEGISLAÇÃO BÁSICA DE REFERÊNCIA

Apresenta-se um panorama da legislação básica do saneamento básico, a qual subsidia a

atuação da Agência:

- Constituição da República Federativa do Brasil;

- Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007: Política Nacional de

Saneamento Básico;

- Decreto Federal nº 7.217, de 21 de junho de 2010: Regulamento da Política

Nacional de Saneamento Básico;

- Lei Federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005: Lei de consórcios públicos;

- Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995: Lei de concessões;

- Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214, de 08 de junho de 1978: Aprova as

Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação

das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho;

- Lei Complementar Estadual nº 41, de 13 de junho de 2014: Lei de criação da

entidade metropolitana;

- Lei Estadual nº 12.602, de 29 de novembro de 2012: Lei de criação da

AGERSA;

- Resolução AGERSA nº 002, de 17 de JULHO de 2017: Condições gerais da

prestação dos serviços de água e de esgoto;

- Lei Estadual nº 11.172, de 01 de dezembro de 2008: Política Estadual de

Saneamento Básico;

- Lei Estadual nº 7.307, de 23 de janeiro de 1998: Lei da obrigatoriedade de

ligação à rede de esgoto.

- Portaria de Consolidação n° 5 de 28 de setembro de 2017: Consolidação das

normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.


119

ANEXO C: CROQUI DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE LAJEDINHO Voltar


120

ANEXO C: CROQUI DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE LAJEDINHO Voltar

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - AGERSA · 2019. 1. 2. · VIII. Relatório de ocorrências operacionais e comerciais, contendo todas as tipologias de serviços cadastradas na Prestadora