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Tabuleiros Costeiros

RELATÓRIO DE GESTÃO · a compõe busca, a cada dia, enfrentar os novos desafios, promovendo alternativas gerenciais para apresentar soluções aos problemas emergidos da sociedade

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Tabuleiros Costeiros

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República Federativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Roberto RodriguesMinistro

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Conselho de Administração

José Amauri DimárzioPresidente

Clayton CampanholaVice-Presidente

Alexandre Kalil PiresDietrich Gerhard Quast

Sérgio FaustoUrbano Campos Ribeiral

Membros

Diretoria Executiva da Embrapa

Clayton Campanhola

Diretor-Presidente

Gustavo Kauark ChiancaHerbert Cavalcante de Lima

Mariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores

Embrapa Tabuleiros Costeiros

Lafayette Franco SobralChefe-Geral

Maria de Fátima Silva DantasChefe-Adjunto de Administração

Maria de Lourdes da Silva LealChefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

Luíz Alberto SiqueiraChefe-Adjunto de Comunicação e Negócio

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Aracaju/SEMarço, 2003

EQU IPECarlos Vinícius Vasconcelos Rodrigues

Ederlon Ribeiro de OliveiraÉdson Luís Bolfe

Emanuel Richard Carvalho DonaldLafayette Franco Sobral

Luíz Alberto SiqueiraMaria de Fátima Silva Dantas

Maria de Lourdes da Silva LealNilo Sérgio S. Dantas

Tereza Cristina de OliveiraSamuel da Mata

Tabuleiros Costeiros

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Embrapa Tabuleiros Costeiros

Av. Beira-Mar, 3250, Caixa Postal 44,

CEP 49001-970, Aracaju-SE

Tel (79) 226-1300

Fax (79) 226-1369

Portal: http//www.cpatc.embrapa.br

Endereço Eletrônico: [email protected]

Diagramação:

Maria Amélia Costa Araújo

_____________________________________________________________________________________________________

LEAL, M. de L. da S.; BOLFE, E. L.; DONALD, E.R.C.; SOBRAL, L.F.; Oliveira, E.R.;MATA, S. da; SIQUEIRA,

L.A. OLIVEIRA, T. C.; DANTAS, N. S. S.; DANTAS, M. de F. S.; RODRIGUES, C.V.V. Relatório de

Gestão 2002 – Embrapa Tabuleiros Costeiros. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2003. 75p.

_____________________________________________________________________________________________________

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Embrapa Tabuleiros Costeiros Relatório Gestão 2002

AA PP RR EE SS EE NN TT AA ÇÇ ÃÃ OO

O presente Relatório de Gestão 2002, de forma resumida, mostra com clareza aevolução da Embrapa Tabuleiros Costeiros, frente ao cumprimento da sua missão estratégica,tornando-a, a cada ano uma Unidade ágil, eficiente e competitiva. A equipe de colaboradores quea compõe busca, a cada dia, enfrentar os novos desafios, promovendo alternativas gerenciaispara apresentar soluções aos problemas emergidos da sociedade.

O Relatório revela com satisfação a evolução dos resultados obtidos, de acordo comas exigências previstas no Programa de Qualidade do Serviço Público, alinhados aos objetivospreconizados pelos Planos Diretores da Embrapa e da Unidade, bem como às diretrizesimplementadas pelo Governo Federal através do Plano Plurianual de Investimentos PPA-2000/2003.

Lafayette Franco SobralChefe-Geral

Embrapa Tabuleiros Costeiros

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Embrapa Tabuleiros Costeiros Relatório Gestão 2002

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SS UU MM ÁÁ RR II OO

PERFIL DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS......................................................... 8

1. Natureza............................................................................................................. 8

2. Porte e Localização............................................................................................... 8

3. Pessoas.............................................................................................................. 9

4. Principais Instalações, Tecnologias, Equipamentos e Processos Utilizados.................... 9

5. Requisitos dos Clientes......................................................................................... 10

6. Relacionamento com Fornecedores......................................................................... 10

7. Aspectos Competitivos.........................................................................................

8. Outros Aspectos Importantes.................................................................................

11

12

HISTÓRICO DA QUALIDADE..................................................................................... 12

ORGANOGRAMA.................................................................................................... 14

RELATO DA GESTÃO.............................................................................................. 15

1. Liderança............................................................................................................ 15

1.1 Sistemas de Liderança.................................................................................. 15

1.2 Responsabilidade Pública e Cidadania.............................................................. 16

2. Estratégias e Planos.............................................................................................. 18

2.1 Formulação de Estratégias............................................................................. 18

2.2 Operacionalização das Estratégias................................................................... 21

3. Clientes............................................................................................................... 26

3.1 Conhecimento Mútuo.................................................................................... 26

3.2 Relacionamento com o Cliente........................................................................ 27

4. Informação.......................................................................................................... 31

4.1 Gestão das Informações Organizacionais.......................................................... 31

4.2 Gestão das Informações Comparativas............................................................. 33

4.3 Análise Crítica do Desempenho Global............................................................. 34

5. Pessoas............................................................................................................... 37

5.1 Sistemas de Trabalho..................................................................................... 37

5.2 Educação, Capacitação e Desenvolvimento....................................................... 39

5.3 Qualidade de Vida......................................................................................... 41

6. Processos............................................................................................................ 42

6.1 Gestão de Processos Finalísticos..................................................................... 42

6.2 Gestão de Processos de Apoio........................................................................ 46

6.3 Gestão de Processos Relativos aos Fornecedores.............................................. 48

7. Resultados da Organização..................................................................................... 49

7.1 Resultados Relativos aos Clientes.................................................................... 49

7.2 Resultados Orçamentários/Financeiros.............................................................. 56

7.3 Resultados Relativos às Pessoas...................................................................... 59

7.4 Resultados Relativos aos Fornecedores............................................................ 60

7.5 Resultados Relativos aos Serviços/Produtos e aos Processos Organizacionais....... 61

GLOSSÁRIO............................................................................................................ 72

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Embrapa Tabuleiros Costeiros Relatório Gestão 2002

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PP EE RR FF II LL DD AA EE MM BB RR AA PP AA

TT AA BB UU LL EE II RR OO SS CC OO SS TT EE II RR OO SS

1. NATUREZA

O Centro de Pesquisa Agropecuária dos Tabuleiros Costeiros (Embrapa TabuleirosCosteiros), foi instituído através da deliberação 006/93, da Diretoria Executiva da Embrapa, em1º de abril de 1993, com o objetivo de gerar, adaptar e difundir tecnologias para odesenvolvimento sustentável da ecorregião dos tabuleiros costeiros, sendo uma das 40 UnidadesDescentralizadas da Embrapa.

No ano de 1999, face às mudanças nos cenários econômicos, sociais, políticos etecnológicos, a Embrapa Tabuleiros Costeiros procedeu o realinhamento estratégico do seu PlanoDiretor (PDU) e teve sua missão redefinida pela Diretoria Executiva da Empresa, através dadeliberação 03/2000, para “viabilizar soluções tecnológicas, competitivas e sustentáveis, para oagronegócio do ecossistema de tabuleiros costeiros, em benefício da sociedade.”

A programação de pesquisa e desenvolvimento desta Unidade Descentralizada daEmbrapa, contempla projetos que têm como finalidade estimular e promover a melhoria daeficácia e da eficiência dos sistemas de produção agropecuários, agroflorestais, agro-industriais eambientais do ecossistema dos tabuleiros costeiros.

2. PORTE E LOCALIZAÇÃO

A sede da Embrapa Tabuleiros Costeiros, está situada em Aracaju, Sergipe, em umaárea de 16 ha, sendo 6.000 m2 de área construída, na qual estão os laboratórios de nutriçãoanimal, fertilidade do solo, fisiologia vegetal, física do solo, entomologia, fitossanidade ebiotecnologia, geotecnologias aplicadas (LabGeo) e de sanidade animal, biblioteca, salas depesquisadores, salas onde funcionam os processos administrativos e de apoio e as salas daschefias. O Centro conta ainda com uma Unidade de Execução de Pesquisa, em Rio Largo - AL,funcionando nas instalações da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e campos experimentaisnos municípios de Umbaúba, Itaporanga d´Ajuda, Nossa Senhora das Dores, Neópolis, e FreiPaulo, todos dotados de casa, escritório, depósitos e galpões para máquinas agrícolas.

Adicionalmente, através de comodato, a Unidade obteve junto a CODEVASF áreasirrigadas, onde desenvolve trabalhos de pesquisa com melhoramento de milho e arroz,

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piscicultura e fruticultura. Em parceria com empresários, a Unidade utiliza áreas no projeto deirrigação do Platô de Neópolis, em Sergipe, para trabalhos de pesquisa e desenvolvimento,principalmente com coqueiro anão irrigado e, em Alagoas, para trabalhos com cana-de-açúcar.

O quadro de pessoal da Unidade soma 182 colaboradores. O orçamento aprovadopara 2002 foi de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais), consideradoinsuficiente, pois somente as despesas fixas (água, luz, telefone, xerox, vigilância e limpeza)consomem em torno de R$ 380.000,00 (Trezentos e oitenta mil reais). Vale salientar que para2002 não foram alocados recursos para manutenção das instalações nem para a gestão daUnidade.

3. PESSOAS

A força de trabalho da Unidade é composta por 182 colaboradores, dos quais 54 sãopesquisadores e 128 são de apoio a pesquisa. Dos 54 pesquisadores, 16 são doutores e osdemais são mestres. Dos 128 colaboradores de apoio, 16 são Técnico de Nível Superior, 46 sãoAssistentes de Operação e 66 Auxiliares de Operação. A relação pessoal de apoio/ pesquisador éde 2,37, considerada adequada considerando os padrões Empresa.

Consciente de que o sucesso de uma Instituição de P&D está, basicamente, nacapacitação da sua equipe, a Embrapa Tabuleiros Costeiros tem investido na qualificação damesma. Atualmente, oito pesquisadores estão em curso de doutorado, em áreas de interesse daUnidade, sendo dois deles em universidades americanas. Um técnico de nível superior está emcurso de mestrado em computação aplicada, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Além de cursos de pós graduação, a Unidade incentiva seus colaboradores queingressam em cursos superiores por meio de compensação de horas, flexibilizando seus horáriosde trabalho. Em 2002, a Embrapa Tabuleiros Costeiros ofereceu a seus funcionários cursos deinformática com ênfase em planilha eletrônica, com o objetivo de maximizar a eficiência notratamento dos dados de pesquisa.

Dos 182 colaboradores 173 são sindicalizados. Quanto ao nível de escolaridade,entre os Auxiliares de Operação predomina o primeiro grau, enquanto que entre os Assistentespredomina o segundo grau, sendo que destes últimos existem colaboradores com curso superiorcompleto.

4. PRINCIPAIS INSTALAÇÕES, TECNOLOGIAS, EQUIPAMENTOS E PROCESSOS UTILIZADOS

Para a condução da programação de P&D, os pesquisadores da Embrapa TabuleirosCosteiros contam com uma biblioteca física e podem acessar a biblioteca virtual da Empresa,através da internet. Contam também com laboratórios de nutrição animal, fertilidade do solo,fisiologia vegetal, física do solo, entomologia, fitossanidade e biotecnologia, geotecnologiasaplicadas e sanidade animal, além de campos experimentais localizados nos municípios deUmbaúba, Itaporanga d´Ajuda, Nossa Senhora das Dores, Neópolis, e Frei Paulo. Todos oscampos são dotados de casa, escritório, depósitos e galpões para máquinas agrícolas, comcomunicação por telefone, exceto o Campo localizado no município de Frei Paulo. Na sede, arelação pesquisador/computador é unitária e a impressão de documentos é realizada através deimpressoras laser de grande capacidade, ligadas em rede. A Unidade conta ainda com uma

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impressora de grande formato (plotter) utilizada para impressão de documentos cartográficos doLabGeo.

A rede de computadores conta com 5 servidores. O cabeamento é convencional e aconexão dos computadores com os servidores é feita por hubs/switches, limitando a velocidadede transmissão de dados.

Os processos mais importantes, como o controle do fluxo de publicações eacompanhamento orçamentário dos subprojetos, estão automatizados por meio de sistemasdesenvolvidos na Unidade e os dados são disponibilizados aos usuários, em rede. Esses sistemasconstituem-se importantes ferramentas de gestão.

5. REQUISITOS DOS CLIENTES

Em consonância com o explicitado em seu PDU, a Embrapa Tabuleiros Costeiros temo foco de sua programação nas demandas dos clientes, colhidas através de um processocontínuo de prospecção junto aos principais setores do agronegócio do ecossistema dostabuleiros costeiros.

Dentre os clientes e usuários da Embrapa Tabuleiros Costeiros, estão o próprioMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Ciência e Tecnologia(MCT), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituições de Desenvolvimento Regionais (Bancodo Nordeste, Codevasf), Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura, OrganizaçõesEstaduais de Pesquisa Agropecuária (OEPAS), Organizações Não Governamentais – ONG’s,agricultores familiares, cooperativas agropecuárias, associações de produtores, além de outrasinstituições de ensino e pesquisa e a sociedade em geral.

A Unidade, apesar de ser um Centro de Recursos, é referência nacional na pesquisacom o coqueiro e atua em vários Estados do Brasil, tanto desenvolvendo pesquisa, quantodesenvolvendo atividades de transferência de tecnologia para a cultura do coqueiro, através decursos, para técnicos e produtores.

Através de um processo contínuo, a Unidade está se consolidando como Centro deRecursos, visto que sua origem é de Centro de Produto. Para atingir esse objetivo estaadministração estruturou o laboratório de Geotecnologias Aplicadas e fez contratações depesquisadores nas áreas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, avaliação de impactosambientais e recursos genéticos. Recentemente foi realizado, em Aracaju, o I Simpósio deGeoprocessamento e Sensoriamento Remoto da Região Nordeste. Este evento contou com cercade 250 participantes e foi liderado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros. Outra demanda doecossistema que tem sido atendida é a agricultura ecológica. No corrente ano, a Unidadeorganizou o II Curso de Agricultura Ecológica, tendo trazido para Aracaju, profissionaisrenomados no assunto. A unidade também está desenvolvendo um projeto sobre o tema,financiado pelo PRODETAB.

6. RELACIONAMENTOS COM FORNECEDORES

Afora os fornecedores usuais de serviços básicos de telefonia, energia, água eesgoto, o fornecimento de materiais, equipamentos e serviços, é feito através de 273

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fornecedores devidamente cadastrados no Sistema Integrado de Cadastramento de Fornecedoresda Unidade. Destes, 99 foram mais utilizados no ano de 2002, pelo fato de serem fornecedoresde ração, sais minerais, fertilizantes, reagentes e materiais de laboratórios, serviços gráficos e dereprografia, combustíveis, lubrificantes e peças para veículos automotivos, além de materiais eequipamentos de informática, que são os principais insumos de uma Instituição de P&D.

Todo relacionamento da Embrapa Tabuleiros Costeiros com os seus fornecedores, éregido pela Lei de licitações e contratos administrativos e alterações posteriores (Lei 8.666 de21/06/93).

A Embrapa Tabuleiros Costeiros também tercerizou os serviços de mão de obra dacooperativa de trabalho, COOPERMULT, para trabalhos nos campos experimentais.

7. ASPECTOS COMPETITIVOS

Na área de atuação da Embrapa Tabuleiros Costeiros, também desenvolvem pesquisaagropecuária as Universidades Federais dos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, além das OEPAS: EBDA, na Bahia, o IPA, em Pernambuco,a EMEPA, na Paraíba, e a EMPARN no Rio Grande do Norte.

No Estado de Sergipe, embora a EMDAGRO detenha o mandato da pesquisaagropecuária, os trabalhos são desenvolvidos em convênio com a Embrapa Tabuleiros Costeiros,onde os pesquisadores são lotados.

Com tantos atores, a Unidade vê-se obrigada a procurar espaços para o cumprimentode sua missão, sem contudo duplicar estruturas, visando maximizar os recursos que sãoadvindos dos contribuintes. A estratégia utilizada são as parcerias e/ou convênios com outrasinstituições de pesquisa, de apoio à pesquisa e universidades. Com as universidades essaparceria também se efetiva através dos cursos de pós-graduação, possibilitando que estudantesdesenvolvam seus trabalhos de tese na Unidade, tendo como orientador ou conselheiro um deseus pesquisadores, desde que o tema esteja relacionado com sua missão. Um exemplo disto, éa parceria entre a Embrapa Tabuleiros Costeiros e a Universidade Federal de Sergipe, paradesenvolvimento do projeto “Geração de tecnologias, agregação de valor e pesquisa de mercadopara o desenvolvimento sustentável do agronegócio da fruticultura no Estado de Sergipe”, comrecursos da FINEP, os quais foram conseguidos pelo Governo do Estado de Sergipe através daFundação de Amparo a Pesquisa - FAP, onde três teses de doutorado serão desenvolvidas junto aUniversidade Federal de Campina Grande - PB, com a participação de pesquisadores da Unidade.

Em relação a área privada, a estratégia tem sido a parceria para utilização dacapacidade operacional instalada pelos empresários, para a realização de trabalhos de campo,reduzindo os investimentos necessários para a realização dos mesmos.

As demandas tecnológicas, são atendidas através da realização de reuniões, cursos eseminários, onde as tecnologias não protegidas são disseminadas. A agricultura familiar tambémtem sido contemplada, tanto com ações no campo da Agricultura Orgânica, quanto com adisseminação de tecnologias de criação do ovino Santa Inês, as quais têm sido repassadas emconvênio com o SEBRAE-SE, em eventos de Clínica Tecnológica, e material genético tem sidodisponibilizados para os pequenos produtores através de leilões públicos.

Em 2002, a Unidade teve sua capacidade de articulação na sua área de atuaçãomuito dificultada, pela ausência de recursos para a gestão, impedindo a realização da reunião do

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CAE - Conselho Assessor Externo e impedindo viagens de coordenação, tanto dos pesquisadoreslíderes de projetos quanto da chefia.

8. OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES

Em sintonia com os ajustes organizacionais, estratégicos e operacionais implantadospela Empresa, a Embrapa Tabuleiros Costeiros elaborou, em 2000/01, o seu Modelo de GestãoEstratégica (MGE), incorporando-o às ações do Centro. Esta mudança, tem permitido a inserçãode um processo sistemático participativo com o engajamento de empregados na formulação deestratégias, na visão e nos objetivos da Embrapa Tabuleiros Costeiros objetivando um perfeitoalinhamento e melhor compreensão das iniciativas em curso e da execução de ações futuras.

Em 2002, um importante marco para a Unidade foi a expansão de seu quadrofuncional, cujo recrutamento se deu via contratações através de concursos públicos etransferência de pessoal de outras Unidades da Empresa. Desta forma, o quadro da Unidade foireforçado com pesquisadores em áreas estratégicas como Avaliação de Impactos Ambientais,Ecofisiologia da Produção, Recursos Genéticos, Melhoramento Genético, Entomologia,Biotecnologia, Manejo e Conservação e Gênese e Classificação do Solo. Na área de apoio, acontratação de dois analistas de sistemas, e de um bibliotecário melhorou sensivelmente osuporte e o desenvolvimento na informática e da informação. Outro marco importante, foram osrecursos da ordem de R$ 311.660,00 (Trezentos e onze mil, seiscentos e sessenta reais) obtidosjunto a FINEP com interveniência da Fundação de Amparo a Pesquisa – FAP, os quaispossibilitarão implementar o arranjo produtivo da fruticultura em Sergipe.

A transformação do Escritório de Pesquisa de Rio Largo em Alagoas em Unidade deExecução de Pesquisa e a reincorporação do Campo Experimental Pedro Arle, em Frei Paulo,foram ações importantes na reestruturação funcional da Unidade.

HISTÓRICO DA QUALIDADE

Com a adoção, por parte da Embrapa, dos princípios e metodologias do planejamentoestratégico nas suas políticas de Pesquisa & Desenvolvimento, Negócios Tecnológicos eComunicação Empresarial, todas suas Unidades Descentralizadas passaram a internalizar e adotarum sistema de gestão focado no cliente e apoiada em princípios da Qualidade Total.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros, elaborou seu primeiro PDU para o período de 1994-1998. Naquela oportunidade foram analisados os ambientes externo e interno e principaisoportunidades e ameaças. A mobilização dos vários segmentos envolvidos no processo, culminouem um documento que sinalizava sua missão, objetivos e diretrizes, estratégias de ação,dimensionamento dos recursos humanos e bases físicas para o atingimento da sua nova missãoinstitucional.

Em 1999, a Unidade procedeu um realinhamento estratégico de suas ações aosnovos cenários, o que permitiu a elaboração do seu segundo Plano Diretor (II PDU), com adefinição de objetivos, metas, estratégias de ação e projetos estratégicos para o quadriênio2000-2003.

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Para proceder o gerenciamento dos seus projetos estratégicos e das metasnegociadas e acordadas com a alta direção da Embrapa, a Unidade utiliza os indicadores dedesempenho do Sistema de Avaliação das Unidades da Embrapa (SAU) e está em processo deimplantação do MGE.

A partir de 2001, a Embrapa Tabuleiros Costeiros passou a elaborar o seu relatóriode gestão, de acordo com a metodologia dos sete critérios preconizada pelo Programa deQualidade no Serviço Público.

Todas essas ações foram desenvolvidas visando melhorar a qualidade técnica eoperacional da Unidade. Entretanto, vale ressaltar que as fortes limitações orçamentárias efinanceiras ocorridas em 2002, afetaram significativamente o desenvolvimento da suaprogramação de P&D, bem como impossibilitaram investimentos na melhoria de processos, eaquisição de mobiliários, máquinas e equipamentos.

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OO RR GG AA NN OO GG RR AA MM AA

CHEFIA-GERAL

CAE CTI

UEP RIO LARGO ASSESSORIA

CAA CP&D CNT

Processos de

Administração

Processos: ACE ANT

Processos Campos

Experimentais

CLP

Informação

LEGENDA:

CAE – Comitê Assessor Externo.

CTI – Comitê Técnico Interno.

UEP RIO LARGO – Unidade de Execução de Pesquisa & Desenvolvimento de Rio Largo.

CAA – Chefia Adjunta de Administração.

CP&D – Chefia Adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento.

CNT – Chefia Adjunta de Negócios Tecnológicos.

ACE – Área de Comunicação Empresarial.

ANT – Área de Negócios Tecnológicos.

CLP – Comitê Local de Publicações.

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Embrapa Tabuleiros Costeiros Relatório Gestão 2002

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RR EE LL AA TT OO DD AA GG EE SS TT ÃÃ OO

1. LIDERANÇA

A liderança é um instrumento primordial para o bom desempenho de umaorganização. Passa por ela a definição, estruturação, implementação e gerenciamento dasestratégias planos e processos internos da Instituição, bem como a comunicação e internalizaçãodas mudanças organizacionais junto aos seus empregados.

1.1. Sistema de Liderança

O sistema de liderança da Embrapa Tabuleiros Costeiros é composto pela ChefiaGeral e, por duas Chefias-Adjuntas: Pesquisa e Desenvolvimento (CP&D) e Administração (CAA).À Chefia-Geral, a cargo do senhor Lafayette Franco Sobral, cabe a responsabilidade de coordenaro planejamento, a orientação, o acompanhamento e a avaliação das atividades técnicas eadministrativas da Unidade, bem como proporcionar o relacionamento e a integração desteCentro de Pesquisa com outras Unidades da Embrapa e demais organizações públicas e privadas.A Chefe-Adjunto de P&D, senhora Maria de Lourdes da Silva Leal, é responsável pelas atividadesreferentes aos processos de pesquisa e desenvolvimento, informação científica, captação derecursos via projeto de P&D e transferência de tecnologias. A CAA, ocupada pela senhora Mariade Fátima Silva Dantas, coordena as atividades referentes aos processos de recursos humanos,patrimônio e material, orçamento, finanças e apoio técnico.

As atividades de Comunicação e Negócios são desenvolvidas pelos supervisores dasÁreas de Comunicação Empresarial (ACE) e de Negócios para Transferência de Tecnologias(ANT), que têm a responsabilidade de desenvolver estratégias de comunicação e de política denegócios tecnológicos, viabilizando a transferência de tecnologia para o agronegócio.

Além da sua estrutura básica, a Unidade conta com um Comitê Assessor Externo(CAE), composto pelos senhores Lafayette Franco Sobral - Chefe-Geral da Embrapa TabuleirosCosteiros; Maria de Lourdes da Silva Leal - Chefe de P&D; Francisco de Paula Domingues Porto -Diretor-Presidente da ASBRACOCO; Mateus Rosas Ribeiro - Professor da UFRPE; José AprígioBrandão Vilela - Empresário do agronegócio no Estado de Alagoas; Marcelo Prado de Oliveira -Empresário do agronegócio no Estado de Sergipe; Eduardo Lacerda Ramos - Professor da UFBA;José Alexandre Felizola Diniz - Professor da UFS e José Marques Pereira - Pesquisador daCEPLAC. Este Comitê é responsável pela promoção da interface da Embrapa Tabuleiros Costeiroscom os diferentes segmentos da sociedade interessados em seus serviços, possibilitando assimuma avaliação permanente da sua missão e o redirecionamento das suas atividades de acordocom as demandas de pesquisa com foco no cliente. Internamente a Unidade conta com osseguintes comitês assessores: Comitê Técnico Interno (CTI), que tem como principal funçãocoordenar o processo de análise, seleção, acompanhamento e avaliação de projetos/subprojetos

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Embrapa Tabuleiros Costeiros Relatório Gestão 2002

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de pesquisa da Unidade, zelando pela sua qualidade técnica e sugerindo temas relevantes quepossam constituir futuros projetos de pesquisa ainda não contemplados na programação; ComitêLocal de Publicações (CLP), com função de avaliar a qualidade técnico-científica das publicaçõesgeradas pelos pesquisadores; e o Comitê Local de Propriedade Intelectual (CLPI), ao qual cabeassegurar aos autores os direitos referentes à propriedade intelectual das tecnologias, produtos eserviços desenvolvidos na Unidade.

Visando a melhor coordenação das atividades de pesquisa, foram criados NúcleosTemáticos (Recursos Naturais, Agronegócio do Coco, Agronegócio da Cana-de-Açúcar, SistemasAgrícolas Sustentáveis e Sistemas Pecuários Sustentáveis) que estão diretamente ligados àChefia de P&D, havendo, para cada um destes, um Gestor de Núcleo, responsável pelacoordenação das atividades dos mesmos.

Além do sistema de liderança observado no organograma da Unidade, devem serconsiderados ainda os líderes de projetos e responsáveis por subprojetos de pesquisa, bem comoos Gerentes de Objetivos Estratégicos do MGE. A Administração da Unidade internaliza junto aosseus líderes e demais empregados os valores organizacionais através de palestras e reuniõesilustrativas, onde são discutidas as estratégias para atingimento das metas propostas no seuPlano Diretor e no Plano de Trabalho da Chefia. Nestas reuniões são discutidas as oportunidadese ameaças, e os pontos relevantes são considerados para implementação de novas diretrizes e/oumelhorias.

Desta forma, busca-se que toda a comunidade tenha uma visão geral da Empresa ede seus negócios e se sinta comprometida com o cumprimento de sua missão e objetivosestratégicos. As habilidades de liderança são definidas, na Unidade, em função dos valores:capacidade organizacional, trabalho em equipe, criatividade e inovação. Os líderes sãoidentificados a partir do entendimento e do desempenho das pessoas nos processos aos quaisestão relacionadas.

Empregados potencialmente líderes apresentam, normalmente, interatividade e sãobem sucedidos nas suas respectivas áreas de trabalho, exercendo, portanto, influência nacomunidade.

As práticas relativas ao sistema de liderança são avaliadas com base no desempenhodos processos. Os líderes, com exceção das chefias, são avaliados por meio do Plano Anual deResultado do Trabalho Individual (PARTI), do Sistema de Planejamento, Acompanhamento eAvaliação do Trabalho Individual (SAAD-RH) e pelo Sistema de Avaliação e Premiação porResultados (SAPRE). As chefias são avaliadas pela Diretoria Executiva da Empresa, com base noSAU, que envolve os índices de eficácia, eficiência relativa, receita própria, metas qualitativas,satisfação dos clientes, qualidade técnica e produtividade.

1.2. Responsabilidade Pública e Cidadania

Os Tabuleiros Costeiros estendem-se do Rio de Janeiro ao Amapá. Entretanto, porquestões relacionadas a capacidade operacional, a área de atuação da Unidade está limitadaentre o Sul da Bahia e o Norte do Ceará, envolvendo sete dos nove estados do Nordeste. Apesardos Tabuleiros Costeiros e a Baixada Litorânea representarem 14% da área desses Estados, amesma abriga aproximadamente 45% de sua população, estando localizados nestesecossistemas os grandes centros consumidores da região. A baixa fertilidade e problemas decompactação dos solos e a deficiência hídrica na estação seca limitam os sistemas produtivos

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nos Tabuleiros Costeiros, reduzindo sua competitividade. Além disto, os pequenos produtoresnecessitam de tecnologias que viabilizem os sistemas produtivos, para melhorar a renda e aqualidade de vida dos mesmos. A responsabilidade da Unidade está justamente em gerar etransferir conhecimentos, que proporcionem ganhos de produtividade com sustentabilidadeambiental. Em adição, ainda existem bolsões de pobreza, onde praticamente não há renda e aspolíticas compensatórias a serem aplicadas precisam ser respaldadas em tecnologias adequadas,visando a inserção dos beneficiados nos mercados de trabalho e consumidor.

Para cumprir sua missão, a Unidade desenvolve ações de caracterização ezoneamento agroecológico de forma a subsidiar o desenvolvimento de agronegócios quepromovam a sustentabilidade econômica com equilíbrio ambiental dos tabuleiros costeiros.

Dentre as ações desenvolvidas, destacam-se as de avaliação de remanescentes daMata Atlântica e seleção de espécies florestais para florestamento, manejo de água e solos detabuleiros, produção integrada e controle biológico de pragas do coqueiro, sistemas de produçãoanimal e de frutas e produção orgânica de hortaliças.

O projeto "Desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para produção orgânica dehortaliças nos tabuleiros costeiros do Nordeste", financiado pelo PRODETAB e em parceria com aUFS, EMDAGRO e IPA, é um esforço da Unidade, para atender a produção orgânica dehortaliças. Ele é conduzido no município de Japoatã, Sergipe, junto a Escola Família Agrícola deLadeirinhas (EFAL), que é uma escola de primeiro grau, com sistema de alternância, em que osalunos passam 15 dias na Escola e 15 dias nas suas comunidades. A EFAL tem 60 alunos, filhosde produtores de seis municípios de Sergipe, que são beneficiados por este projeto. Por ocasiãodas atividades de pesquisa, são ministradas aulas aos alunos, os quais repassam à comunidadeos conhecimentos adquiridos. Em 2002 as atividades deste projeto foram prejudicadas pelocontingenciamento dos recursos financeiros.

A Unidade ainda desenvolve um relevante trabalho de ação solidária, a “Campanhado Vale-Alimentação”. Esta campanha foi iniciada em maio de 1999, numa ação espontânea dealguns empregados de prestar assistência ao orfanato Lar Imaculada Conceição, que abrigava, naépoca, 35 crianças (atualmente abriga 42), no município de São Cristóvão-SE. Nos últimos anos,o número de empregados engajados na campanha cresceu, tal que em junho de 2001 haviam 40participantes e, ao final de 2002, conta-se com 51 colaboradores. O número de criançasatendidas pela campanha também aumentou, praticamente triplicou, nesses três anos e meio. Em2001, foi incluída a assistência ao Orfanato Cristo Redentor, que abriga 40 crianças, em Aracaju-SE. A partir de março de 2002, esta ação solidária passou a dar assistência ao Lar LiliaGarangau, que abriga 43 crianças, ainda no município de São Cristóvão-SE. A cada uma destasinstituições são entregues, mensalmente, em nome da Unidade, R$ 170,00 (Cento e setentareais) em produtos básicos de alimentação e higiene. Adicionalmente, nas datas festivas, comoDia das Crianças e Natal, são realizadas campanhas para aquisição de brinquedos e lanches. Aentrega é feita em comemoração organizada pelos empregados, havendo, entre outrasatividades, a apresentação do coral da Unidade. A gerência da Unidade estimula estas ações pormeio da liberação de transporte, espaço físico e flexibilização do horário de trabalho, quandonecessários.

Em junho de 2002, a Unidade assinou um Convênio com a Cooperativa de AgentesAutônomos de Reciclagem de Aracaju – CARE, com a interveniência da Coordenação do ProjetoLixo e Cidadania em Sergipe, para a coleta de materiais inservíveis, visando sua reciclagem. Esteconvênio tem por objeto a disponibilização por parte da Unidade, de todo o lixo por ela produzido(papéis, vidros, plásticos e metais), passível de sofrer processo de reciclagem. A CARE, éformada, por ex-catadores de lixo, que viviam catando lixos nas ruas e nas lixeiras públicas de

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Aracaju. Através deste Convênio, a Embrapa Tabuleiros Costeiros colabora não apenas com asustentabilidade ambiental mas ajuda a promover ações sociais que permitem resgatar adignidade de tantos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros também é membro do Comitê de Entidades noCombate à Fome e Pela Vida - COEP, sendo representada pelo colaborador José Roque de Jesus.Assim, realizou importantes ações solidárias durante o ano de 2002, a exemplo da campanha“Troque um Cartucho por Leite”, onde foram arrecadados cartuchos vazios nas salas elaboratórios com posterior venda e aquisição 90 litros de leite, que foram repassados ao Comitê,para distribuição em comunidades carentes.

Em novembro de 2002, durante a 61° Feira Agropecuária de Aracaju, a Unidadepromoveu a arrecadação, junto aos expositores, de 120 litros de leite que foram distribuídos naComunidade de Siqueira Campos e no Asilo Rio Branco, em Aracaju. Em dezembro a Unidaderealizou, em seu auditório, o lançamento da campanha do “Natal Pela Vida”, onde estiverampresente 23 (vinte e três) órgãos de assistência públicos e privados. Naquela ocasião, foramarrecadados e repassados ao Comitê 600 Kg de alimentos, além de brinquedos, calçados eroupas infantis.

O programa Embrapa & Escola tem permitido ao público jovem uma conscientizaçãocom relação aos aspectos relacionados ao uso da terra de acordo com os conceitos desustentabilidade.

Os pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros são solicitados, freqüentemente,para ministrar cursos, realizar palestras e atuar como consultores, nas diversas áreas,contribuindo assim, para a disseminação dos conhecimentos gerados e sistematizados, visando ofortalecimento das cadeias produtivas dos Tabuleiros Costeiros.

A sociedade é estimulada a participar e controlar os resultados obtidos pela Unidadeatravés da avaliação periódica da satisfação do cliente, permitindo assim que se estabeleçamajustes da sua programação como um todo. O atendimento aos clientes é realizado através decorreio eletrônico, cartas e telefone.

A avaliação dos serviços prestados à sociedade, serve portanto como balizamentopara tomada de decisão por parte da administração da Unidade, no sentido de adequar as suasestratégias ao cumprimento mais eficiente da sua missão.

2. ESTRATÉGIAS E PLANOS

A estratégia de atuação da Embrapa Tabuleiros Costeiros está baseada no SegundoPlano Diretor da Unidade – II PDU, o qual foi revisado em 1999 e publicado em 2000. O II PDUincorporou novas demandas e paradigmas resultantes de mudanças ambientais, tecnológicas,sociais, econômicas e políticas ocorridas nos últimos anos.

2.1. Formulação de Estratégias

As ações implementadas pela Embrapa Tabuleiros Costeiros no ano de 2002 foram

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desenvolvidas com o foco na sua missão, buscando atender as expectativas dos clientes internose externos. Nos últimos anos, o Centro vem se empenhando em buscar e/ou aprimorarmecanismos de prospecção de demandas, de tal forma que suas estratégias e planos de açãoestejam o mais próximo possível da realidade do ecossistema dos tabuleiros costeiros e dosanseios dos produtores e da sociedade como um todo.

Em 1999, ao elaborar o II PDU, o Centro estabeleceu seu realinhamento estratégicopara o período 2000/2003, tendo como referência os objetivos e as diretrizes do terceiro PlanoDiretor da Embrapa (III PDE). Os temas estratégicos contidos no II PDU foram desdobrados em13 objetivos estratégicos, compondo o seu Modelo de Gestão Estratégica – MGE (tabela 1).

TABELA 1. MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS.

Temas (Estratégia desmembrada)Perspectivas Orientação para

o MercadoInovação e Qualidade

de P&DExcelência em Gestão

InstitucionalReconhecimento

Institucional

Institucional eFinanceiro

•• Aumentar o valoragregado dosprodutos e serviçosda Empresa

•• Buscar novasformas definanciamento depesquisas

•• Buscar melhoriada imagem daEmpresa

Clientes

•• Melhoraradministraçãode marketinge adistribuiçãodetecnologiasdesenvolvidas

•• Desenvolver eoferecer produtos eserviços dequalidade

•• Firmar maior númerode parcerias comorganizaçõesnacionais einternacionais

•• Gerar projetos queatendam àsdemandas domercado

ProcessosInternos

•• Melhorar acomunicaçãointerna e aintegração entreas áreas depesquisa, negóciose comunicação

•• Conquistareficiênciaoperacional

•• Administrar comeficiência os benspatrimoniais daEmpresa, gerindocustos

Aprendizagem eCrescimento

•• Disseminarinformaçõesestratégicas entrefuncionários daEmpresa de modo afacilitar a tomada dedecisões

•• Desenvolvercompetências ehabilidades

•• Motivar e valorizaros funcionários

As estratégias para assegurar o cumprimento da missão e o alcance dos objetivos emetas do II PDU são formuladas através das ações descritas a seguir: a) contínua análise do PDUcom o objetivo de manter o foco na missão, ajustando-o às macroorientações do Governo, ao III

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PDE e às demandas da sociedade; b) estudo de novos cenários em busca de oportunidades e declientes e parceiros potenciais, procurando identificar possíveis ameaças ao cumprimento dasmetas estabelecidas; c) implementação do MGE e d) prospecção de demandas com base naanálise dos ambientes interno e externo.

O envolvimento dos colaboradores no processo de formulação de estratégias severifica: a) por ocasião da análise do PDU, que envolve principalmente os líderes da Unidade; b)pela adoção de um modelo de gestão por processos; c) pelo estímulo à inovação mediantepremiação de melhorias de processos e de projetos criativos e d) pelo comprometimento de cadacolaborador por ocasião da elaboração do seu plano individual de trabalho, a ser acompanhado eavaliado, anualmente, por seus supervisores imediatos, no Sistema de Planejamento,Acompanhamento e Avaliação dos Resultados do Trabalho - SAAD/RH.

Dentre os instrumentos utilizados pela Unidade para assegurar a coerência entre suasestratégias e as necessidades de seus clientes, bem como para comunicar e internalizar osvalores e diretrizes da Empresa, constam: a) a análise das demandas que chegam à Unidadeatravés do Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC, reuniões técnicas, contatos cominstituições públicas e privadas, associações de produtores, etc.; b) a implantação do portal daUnidade e utilização da rede de comunicação da Embrapa, via satélite (Embrapa SAT), com oobjetivo de facilitar a difusão de informações entre Unidades da Embrapa e outras Instituiçõesparceiras; c) encontros da gerência com funcionários para avaliação de processos, definição denovas estratégias e estabelecimento/realinhamento de novas diretrizes; d) internalização doMANUAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE, com o objetivo de operacionalizar a estratégia daUnidade para melhorar o seu atendimento e e) realização de eventos (reuniões, seminários,simpósios, workshops) para apresentação e discussão de novas propostas de trabalhos,identificadas com as novas diretrizes do Governo e com base nos estudos de demandasrealizados.

As estratégias relacionadas a P&D, ou seja, à programação técnica, que envolve aformulação dos projetos de pesquisa da Unidade, são avaliadas e acompanhadas pelo ComitêTécnico Interno - CTI e pela Comissão Técnica de Macroprogramas - CTMP, e as informaçõesencontram-se disponíveis no Sistema de Informação Gerencial - SIGER.

Em 2002, o CTI padronizou critérios para a avaliação dos projetos/planos deação/atividades de pesquisa propostos pelo corpo técnico da Unidade, possibilitando a análisecrítica da formulação de estratégias em relação aos seguintes aspectos: a) conformidade com oPDU; b) conformidade com o edital a que se propõe; c) qualidade técnica e d) adequaçãoorçamentária da proposta.

Estas avaliações levam a um constante processo de melhoria da programaçãotécnica e, como resultado, espera-se uma maior competitividade desses instrumentos depesquisa na captação de recursos para a Unidade, viabilizando o cumprimento de suas metasinstitucionais.

Em geral, as estratégias gerenciais da Embrapa Tabuleiros Costeiros são desdobradasem metas que compõem o seu Plano Anual de Trabalho - PAT, cujas informações sãodisponibilizadas no Sistema de Gerenciamento dos Planos Anuais de Trabalho - SISPAT, quepermite o planejamento e acompanhamento dessas metas, bem como a elaboração de relatóriosgerenciais. Durante o acompanhamento, o índice de consecução das estratégias é avaliado,permitindo a renegociação das metas propostas com o Diretor Supervisor da Unidade,obedecendo a prazos pré-estabelecidos, e o realinhamento das estratégias de ação para atingi-las.

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Em 2002, em virtude da contenção orçamentária sofrida pela Embrapa, a estratégiautilizada pela Unidade para o cumprimento das metas do PAT foi a captação de recursosfinanceiros via parcerias.

2.2. Operacionalização das Estratégias

A Embrapa Tabuleiros Costeiros direcionou sua política de ação com base nasdemandas levantadas, as quais são ajustadas ao Plano Plurianual de Investimentos (PPA). Assim,os quatro grandes projetos estratégicos da Unidade, visando buscar soluções para os principaisproblemas do setor agropecuário dos tabuleiros costeiros são: 1) Levantamento de demandas etransferência de tecnologia; 2) Caracterização e zoneamento dos recursos naturais dos tabuleiroscosteiros; 3) Recursos genéticos e melhoramento do coqueiro e 4) Desenvolvimento de sistemasde produção sustentáveis prioritários para os tabuleiros costeiros.

Para gerir essas ações, a Unidade conta com a Chefia Geral e Chefias Adjuntas,ANT, ACE e CTI. Adicionalmente, a partir de 2001 foram constituídos cinco núcleos de gestãotecnológica, com os objetivos de apoiar a Chefia Adjunta de P&D na formulação e execução dapolítica de pesquisa e desenvolvimento e de atuar junto às ACE e ANT no processo detransferência de tecnologia e promoção de imagem, cuidando para que as ações, dentro de cadanúcleo, sejam orientadas para o atingimento da missão do Centro, prevista no II PDU. Os núcleosforam denominados: 1) Recursos naturais; 2) Agronegócio do Coco; 3) Agronegócio da Cana-de-Açúcar; 4) Sistemas Agrícolas Sustentáveis e 5) Sistemas Pecuários Sustentáveis. Paracoordenar as atividades de cada núcleo, foram designados gerentes, eleitos por seus pares, comreconhecida competência em relação às atividades de pesquisa e desenvolvimento geridas nonúcleo. Dentre as principais ações realizadas pelos núcleos, destacam-se: a) formar equipes detrabalho multidisciplinares e multiinstitucionais para atender às demandas explicitadas em editaisde projetos de P&D; b) planejar, a nível do núcleo, as ações de transferência de tecnologias econhecimento; c) estabelecer propostas gerenciais com a Chefia de P&D; d) analisar, junto àChefia de P&D e ao CTI, a programação de pesquisa, subsidiando a formulação do PAT daUnidade e e) propor ao CTI, contratações de pessoal para atender demandas não contempladaspelo atual quadro funcional.

Os temas priorizados no âmbito desses núcleos exigiram, para sua implementação, oestabelecimento de parcerias multiinstitucionais das quais participam universidades, empresasestaduais de pesquisa, órgãos de desenvolvimento regionais, outras unidades da Embrapa eentidades representativas do agronegócio dos tabuleiros costeiros. Em 2002, a articulação daANT com essas instituições proporcionou a ampliação das parcerias tanto na captação derecursos para a viabilização das ações de transferência de tecnologia e produção de publicações,quanto na prospecção de demandas, gerando projetos de P&D. Dentre as parcerias firmadas,destacam-se as seguintes:

a) Instituições Federais: Banco do Brasil, Universidade Federal de Sergipe - UFS,Universidade Federal de Alagoas - UFAL, INCRA, Petrobrás, SENAR, SEBRAE-SE eCodevasf;

b) Instituições Regionais: Banco do Nordeste, Conselho Regional de Engenharia eAgronomia - CREA, Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste - NEPEN, Programa deDesenvolvimento do Meio Ambiente - NESA/PRODEMA.

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c) Instituições Estaduais: Sindicato dos Engenheiros de Sergipe - SENGE-SE, Associaçãodos Produtores de Coco da Bahia e de Alagoas, Secretarias de Agricultura dos Estadosda Bahia, de Sergipe e de Alagoas, Fundação de Amparo a Pesquisa de Sergipe - FAP-SE, Superintendência de Recursos Hídricos de Sergipe - SEPLANTEC/SRH, Pró-Sertão,Federação da Agricultura do Estado de Sergipe - FAESE, Empresa de DesenvolvimentoAgropecuário de Sergipe - EMDAGRO, Companhia de Desenvolvimento Industrial deSergipe - CODISE, Companhia de Recursos Hídricos de Sergipe - COHIDRO, Fundaçãode Apoio a Pesquisa e Extensão de Sergipe - FAPESE, Associação dos Empregados daEmbrapa - AEE-SE, Secretaria de Turismo de Alagoas - SETURES.

d) Instituições Municipais: Secretaria Municipal do Planejamento - SEPLAN, Empresa deServiços Urbanos de Aracaju – EMSURB, Prefeituras Municipais de Carira, Simão Dias,Poço Verde, Rosário do Catete, N. S. das Dores, no Estado de Sergipe e PrefeituraMunicipal de Maragogi, em Alagoas.

e) Instituições Privadas: Universidade Tiradentes - UNIT, Santana Sementes e SOCOCO,Grupo João Lira.

Também com vistas a apoiar os núcleos temáticos na prospecção de fontesfinanciadoras, formação de parcerias e elaboração de projetos de P&D, está sendo estudada aimplantação, em 2003, da Oficina de Projetos, que será implementada por um assessor da chefiade P&D e que, para seu funcionamento, contará com o apoio do CTI e da ANT.

No âmbito do CTI, foi formatado um banco de projetos, onde atualmente estãosendo estruturados e cadastrados todos os projetos de P&D desenvolvidos na Unidade, com afinalidade de subsidiar a gerência no acompanhamento do PAT.

A programação de pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros, executada paraoperacionalização de suas estratégias, consta de projetos aprovados junto ao Sistema Embrapade Planejamento - SEP e por órgãos e agências de fomento externos.

Os projetos liderados pelo Centro e executados em parceria com outras instituições,vinculados ao SEP são: "Avaliação de remanescentes e seleção de espécies florestais para aregião de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil"; "Práticas de manejo na entrelinha de citrosvisando a estabilidade da matéria orgânica e a otimização do uso de água e nutrientes"; "Manejoe conservação de germoplasma de coco"; "Banco Brasileiro de Germoplasma do Ovino SantaInês"; "Alternativas integradas de manejo para o controle de doenças do feijoeiro causadas porpatógenos habitantes do solo"; "Utilização de resíduos da agroindústria na alimentação deovinos"; "Efeitos da colheita de cana crua no sistema de produção da cana-de-açúcar em área detabuleiro costeiro"; "Desenvolvimento de cultivares de coqueiro adaptadas a diferentesecossistemas do Brasil"; "Pragas da Cultura do Coqueiro: Geração e Validação no campo deEstratégias de Controle"; "Interrelações competitivas e sinérgicas em sistemas agroflorestaispecuários na agricultura familiar dos tabuleiros costeiros do nordeste"; "Estudos mercadológicose transferência de tecnologia agropecuária para pequenos produtores da região do Baixo SãoFrancisco"; "Seleção de cultivares de coqueiro adaptadas a diferentes condiçõesagroecológicas"; "Fertirrigação do coqueiro anão com base nas análises de solo e folha nos pólosde fruticultura irrigada do nordeste"; "Caracterização da demanda hídrica para o coqueiro sobirrigação localizada em diferentes ecossistemas do Nordeste" e "Comunicação para transferênciade tecnologia".

Em 2002 a Embrapa instituiu um novo sistema de gestão de sua programação,vinculando-a a Macroprogramas de P&D, Transferência de Tecnologia, Comunicação Empresariale Desenvolvimento Institucional. Assim, no atual Sistema Embrapa de Gestão - SEG, os quinze

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projetos aprovados pelo SEP, listados anteriormente, fazem parte do Macroprograma deTransição. Dentro do novo Sistema, a Unidade aprovou o projeto "Aprimoramento doconhecimento cientifico e desenvolvimento de tecnologias para o controle das principais doençasdo coqueiro".

Adicionalmente a Embrapa Tabuleiros Costeiros também desenvolvesubprojetos/planos de ação/atividades de P&D em projetos liderados por outrasUnidades/Instituições. Toda a programação de P&D, Administração e DesenvolvimentoInstitucional da Embrapa Tabuleiros Costeiros em termos de subprojetos, está inserida em 11 dos19 programas do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Agropecuária PRONAPA(tabelas 2 e 3). Dos 63 subprojetos conduzidos no exercício de 2002, 25 serão concluídos e 40continuarão em 2003.

TABELA 2. SUBPROJETOS DE P&D DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS, VINCULADAS AO SEP. PERÍODO1999 – 2002.

Programas 1999 2000 2001 20021 Recursos naturais 14 10 10 62 Recursos genéticos 0 3 3 43 Pesquisas básicas em biotecnologia 0 3 2 04 Produção de grãos 6 4 5 65 Produção de hortaliças 0 5 6 06 Produção animal 4 4 6 47 Produção de matérias-primas 14 12 12 118 Produção florestal e agroflorestal 0 0 0 29 Produção da agricultura familiar 0 0 0 010 Colheita/extração, pós-colheita, transformação e

preservação de produtos agrícolas0 0 0 0

11 Proteção e avaliação da qualidade ambiental 0 0 1 112 Automação agropecuária 1 0 0 013 Desenvolvimento rural e regional 11 7 8 717 Produção de frutas 11 14 11 919 Produção de café 0 0 0 0Total 61 62 64 50

TABELA 3. SUBPROJETOS DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS,VINCULADAS AO SEP. PERÍODO 1999 – 2002.

Programas 1999 2000 2001 200214 Intercâmbio e Produção de Informação 0 0 1 015 Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária 1 0 0 016 Administração e Desenvolvimento Institucional 0 0 9 918 Transferência de Tecnologias: Comunicação e Negócios 0 0 4 4Total 1 0 14 13

Além dos projetos/subprojetos vinculados ao SEP, do projeto e dos planos de ação/atividades aprovados no âmbito dos macroprogramas, a Unidade coordena um projeto financiadopelo PRODETAB, em parceria com a UFS, EMDAGRO e IPA: “Desenvolvimento de tecnologiassustentáveis para produção orgânica de hortaliças nos tabuleiros costeiros do Nordeste".

A Unidade também é responsável pela execução de mais dez projetos aprovados

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junto aos órgãos de fomento externo, quais sejam: "Caracterização, preservação e utilização dacasca de laranja na alimentação de ovinos"; "Bases tecnológicas para composição de sistemassilvopastoris em propriedades leiteiras do nordeste"; "Controle das doenças foliares do coqueiro";"Produção integrada de citros em Sergipe"; "Produção de sementes híbridas de coqueiro";"Produção integrada de coco anão-verde em Sergipe"; "Produção massal e formulação de fungosentomopatogênicos para utilização no controle biológico de pragas do coqueiro";"Desenvolvimento e seleção de híbridos de coqueiro adaptados a diferentes ecossistemas deSergipe"; "Inovações tecnológicas para o desenvolvimento da fruticultura irrigada no Estado deSergipe" e “Geração de tecnologias, agregação de valor e pesquisa de mercado para odesenvolvimento sustentável do agronegócio da fruticultura no Estado de Sergipe”.

A evolução desses projetos financiados com recursos externos, nos dois últimosanos, por fonte de financiamento, é apresentada na tabela 4.

TABELA 4. PROJETOS DE P&D DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS COM FINANCIAMENTO EXTERNO.PERÍODO 2001 – 2002.

Agência / Órgão Financiador 2001 2002Conselho Nacional de Desenvolvimento e Científico e Tecnológico – CNPq 2 4Banco do Nordeste – FUNDECI/ETENE 1 3Fundação de Amparo a Pesquisa de Sergipe – FAP- SE 1 2Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP 0 1Total 4 10

Toda a política de P&D da Unidade é coordenada, internamente, pela chefia de P&De pelo CTI e, a nível de Empresa, pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento – DPD,localizado na Sede, em Brasília.

A execução dos projetos/planos de ação/atividades de pesquisa são acompanhadosde relatórios anuais, submetidos à avaliação do CTI, possibilitando a melhoria e realinhamentodos mesmos, quando necessário.

O gerenciamento das estratégias e planos da Embrapa Tabuleiros Costeiros vemsendo operacionalizado com o auxílio do seu modelo de gestão, cujos objetivos estratégicos sãodesmembrados em iniciativas e ações com metas a serem alcançadas a curto e longo prazos,dentro de um Plano de Ação Estratégica (PAE). As metas anuais são negociadas com a DiretoriaExecutiva e passam a compor o PAT. As informações gerenciais são organizadas e atualizadas noaplicativo SISPAT.

As metas de Pesquisa e Desenvolvimento, Transferência de Tecnologia,Comunicação Empresarial e Desenvolvimento Institucional da Unidade são mensurados eavaliadas nas seguintes categorias de desempenho:

1) Metas Quantitativas

1.1) Produção Técnico Científica

1.2) Produção de Publicações Técnicas

1.3) Desenvolvimento de Tecnologias, Produtos e Processos

1.4) Ações de Transferência de Tecnologia e Promoção de Imagem

2) Receita Própria

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3) Metas Qualitativas Nacionais

3.1) Melhoria de Processos

3.2) Racionalização de Custos

3.3) Ações de Parceria

3.4) Qualidade do Relatório de Gestão

3.5) Organização de Bases de Dados

4) Metas Técnicas

5) Avaliação de Impacto

6) Metas do MGE

Os principais indicadores das Metas Quantitativas, mensurados em cada uma dasquatro categorias em que elas se subdividem, são:

1.1) Produção Técnico Científica: artigos científicos publicados em periódicosindexados, capítulos em livros técnico-científicos, artigos e resumos emanais de congressos e orientações de teses de pós-graduação;

1.2) Produção de Publicações Técnicas da Embrapa: Boletim de Pesquisa eDesenvolvimento, Circular Técnica, Comunicado Técnico, SérieDocumentos, Sistema de Produção, além de organização/edição de livrose artigos de divulgação na mídia;

1.3) Desenvolvimento de Tecnologias, Produtos e Processos: organização debase de dados, geração e lançamento de cultivares, desenvolvimento demáquinas, equipamentos e instalações, metodologias científicas, insumosagropecuários, softwares, realização de monitoramentos e zoneamentosagrícolas, dentre outros;

1.4) Ações de Transferência de Tecnologia e Promoção de Imagem: cursosoferecidos, organização de dias de campo, eventos, unidadesdemonstrativas e de observação, realização de palestras e matériasjornalísticas, produção de folders e vídeos.

Anualmente o cumprimento das metas do PAT é analisado, avaliado e premiado pormeio do Sistemas de Avaliação e Premiação das Unidades SAU/SAPRE, sob a coordenação daSecretaria de Administração Estratégica - SEA. Esse sistema permite a geração de um Índice deDesempenho Institucional – IDI, de cada uma das Unidades da Empresa, através do qual aInstituição reconhece e premia os gestores das Unidade, suas equipes e colaboradores, commelhores desempenhos.

Ao final do processo, conhecidos os resultados obtidos na avaliação comparativa, aChefia da Unidade, junto aos demais líderes e colaboradores, estabelece o processo de melhoriana formulação/operacionalização das estratégias e planos, adequando-se às novas diretrizes daInstituição e do Governo Federal, considerando as necessidades de seus clientes, os recursosdisponíveis, dentre outros fatores, reiniciando, assim, um novo ciclo de gestão.

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3. CLIENTES

Tendo a missão de viabilizar soluções tecnológicas para o agronegócio de suaecorregião, a Embrapa Tabuleiros Costeiros tem um amplo leque de clientes, compreendendodesde o cidadão comum, passando pelo produtor rural, até as instituições públicas e privadas.

3.1. Conhecimento Mútuo

A Unidade, no cumprimento de suas competências institucionais, procurouidentificar, entender e classificar os seus clientes e suas necessidades, disponibilizar eaperfeiçoar canais de acesso para conhecimento das tecnologias, produtos e serviçosdesenvolvidos, bem como avaliar os níveis de satisfação desses clientes com os serviçosprestados.

A identificação desses clientes é feita das seguintes formas: a) através do cadastrodas pessoas que procuram a Unidade - pessoalmente, via Home Page, e-mail, telefone oucorrespondências; b) pelo conhecimento dos sistemas de produção existentes na ecorregião e c)obtendo-se cadastros de associações e cooperativas da região. Após a identificação, os clientessão classificados em grupos, utilizando-se os critérios: a) demanda (tecnologia, produtos ouserviços); b) atividade desenvolvida; c) região de origem e d) grau de envolvimento com aUnidade. Essa classificação permitiu a elaboração de um cadastro geral de clientes da EmbrapaTabuleiros Costeiros, utilizado para diversos fins pela Unidade, e que possibilitou, inclusive, aparticipação de segmentos representativos da sociedade na definição da missão, objetivos eprojetos estratégicos, principais demandas de tecnologias, produtos e serviços, do II PlanoDiretor da Unidade.

O conhecimento mútuo entre a Unidade e seus clientes é aprimorado também pelaidentificação das necessidades dos seus clientes atuais e potenciais. Essas necessidades sãolevantadas por meio das demandas apresentadas nos contatos realizados em visitas à Unidade,através do Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC, nos eventos de transferência detecnologia, nas pesquisa de satisfação dos clientes, e até pela tendência e comportamento domercado.

A crescente preocupação dos consumidores com a qualidade dos produtos e com apreservação ambiental levou a Unidade a aprofundar os seus estudos na área do controlebiológico de pragas e doenças, a promover a elaboração de projetos de produção integrada decoco e de citros, a discutir a introdução do sistema de plantio direto na ecorregião, antecipando-se à manifestação de interesse dos produtores, visando desenvolver tecnologias para a produçãode produtos mais saudáveis, sem agredir o meio ambiente, de acordo com a demanda domercado. Outro procedimento adotado é a revisão periódica da programação de pesquisa,adequando-a à conjuntura atual e às tendências do futuro, feita com a participação dos principaisclientes, parceiros e instituições e setores do negócio agrícola que influenciam a Unidade ou sãopor ela influenciados.

A qualidade do atendimento que é dispensado aos clientes da Unidade é avaliada pormeio de pesquisas coordenadas pela Assessoria de Comunicação Social (ACS) , através de umaempresa especializada, abrangendo uma amostra representativa dos clientes da Unidade, emtodo o país. As pesquisas avaliam o índice de satisfação do cliente, os índices de performancedos atendimentos ao cliente por telefone, carta e por e-mail, identificam as oportunidades demelhorias em cada um desses atendimentos e determinam o índice de performance geral da

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Unidade e a sua posição em relação às demais Unidades da Embrapa.

No âmbito interno, a partir do terceiro trimestre deste ano, foi aberto mais um canal [email protected] -específico para que os clientes manifestem a sua opinião, sugestão oucrítica sobre o atendimento que vem sendo dispensado pelo SAC da Unidade. O número dereclamações apresentadas em relação ao número de atendimentos realizados será mais umindicador para aferir a qualidade do atendimento que está sendo efetuado por esse serviço.

Para divulgar seus serviços/produtos/tecnologias e as suas ações aos seus clientes eà sociedade, de forma a garantir a sua credibilidade e confiança e reforçar a sua imageminstitucional, a Unidade promove, anualmente, a realização de dias de campo, cursos, palestras,seminários e eventos técnico-científicos, implanta unidades demonstrativas e participa de feiras eexposições em diversas regiões do país. Os eventos promovem a interação direta entre osclientes e os técnicos da Unidade, agilizando a divulgação e a transferência da tecnologia epermitindo a troca de experiências.

A Unidade também edita e promove a venda de publicações técnicas, mantémestreito relacionamento com a mídia e dispõe do Serviço de Atendimento ao Cidadão ( SAC), viainternet, à disposição dos seus clientes e da sociedade em geral, para atendimento de consultas,vendas de publicações e produtos, e informações gerais. O número de atendimentos realizados(via correspondências, telefone e visitas pessoais), o número de publicações vendidas e o índicede reclamações são os principais indicadores utilizados para medir a imagem da instituição e oconhecimento dos clientes acerca dos seus produtos e serviços.

3.2. Relacionamento com o Cliente

Manter o seu público de interesse continuamente satisfeito e particularmentesurpreendido com a qualidade do atendimento que lhe é dispensado é um compromisso daEmbrapa Tabuleiros Costeiros. Para isto, foram definidos e disponibilizados diversos canais deacesso para que os clientes solicitem informações e/ou esclarecimentos ou apresentem suassugestões e críticas, pessoalmente ou à distância.

Para disponibilizar, de forma rápida e eficiente as suas informações, a Unidade crioue vem aprimorando a sua "home page", www.cpatc.embrapa.br, onde os clientes podem teracesso a diferentes informações como: A Unidade; Pesquisas desenvolvidas; Produtos e Serviçosdisponíveis; Serviço de Atendimento ao Cidadão-SAC; Eventos programados; Artigos Técnicoselaborados; Licitações em andamento; Notícias em geral e Sugestões sobre a home page.

Para agilizar o atendimento, todas as consultas enviadas à Unidade, via e-mail, sãorecebidas e atendidas pelo SAC ([email protected]). O SAC está localizado na Área deComunicação Empresarial e dispõe de pessoal habilitado a fazer rapidamente esse atendimento,com o apoio do corpo técnico da Unidade, quando necessário. O SAC centraliza também oatendimento pessoal, por telefone e por correspondência. O endereço, telefone, fax e e-mail daUnidade são disponibilizados em suas publicações e divulgados na home page, em revistas ejornais e em materiais informativos distribuídos em palestras, congressos e outros eventos, parafacilitar o acesso dos clientes. Outros importantes canais de relacionamento com os clientes sãoo Ponto de Vendas e a Biblioteca. No Ponto de Vendas são encontradas publicações técnicasdesta e de outras Unidades da Embrapa, e produtos desenvolvidos pela pesquisa. Quando daparticipação da Unidade em feiras e exposições, congressos e outros eventos, o Posto émontado nesses locais para melhor atendimento aos clientes e para a divulgação dos produtos e

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serviços da Unidade.

A Biblioteca, com grande acervo de publicações técnicas e eficiente serviço de buscabibliográfica, é franqueada para consultas a estudantes, professores, produtores e outrosinteressados no setor agropecuário. Os eventos realizados para transferência de tecnologia, comodias-de-campo, unidades demonstrativas, cursos, visitas, seminários e palestras e a participaçãoda Unidade em exposições e feiras são outros canais de acesso para que os clientes tomemconhecimento das ações desenvolvidas, solicitem informações técnicas ou apresentem sugestõesou reclamações. A programação de eventos técnicos está disponibilizada na home page daUnidade, podendo também ser solicitada através do SAC.

O trabalho da Embrapa Tabuleiros Costeiros de se preparar para ser excelente norelacionamento com os seus clientes começou, efetivamente, em 1998, quando implantou oProcesso de Melhoria do Atendimento ao Cliente, dedicando especial atenção aos atendimentospor telefone, por carta, por e-mail e pessoal.

O detalhamento das ações vinculadas ao atendimento está presente no MANUAL DEATENDIMENTO AO CLIENTE, elaborado pela Empresa e distribuído a todos os empregados. Paraa organização de eventos, a Empresa também elaborou um manual específico : MANUAL DEORGANIZAÇÃO DE EVENTOS, distribuído entre os setores envolvidos.

Nos últimos anos, para internalização dos padrões de atendimento estabelecidos:rapidez no atendimento, identificação clara da empresa, cumprimento cordial, tratamento formale respeitoso, interesse, disponibilidade, segurança na informação, postura ética, presteza ecomprometimento, foram realizadas várias ações, como:

- Campanha de excelência em atendimento para todos os empregados;

- Palestras para chefias e gerentes ;

- Treinamentos em qualidade de serviços para motoristas, secretárias erecepcionistas, com distribuição de manuais operativos.

O cliente da Embrapa Tabuleiros Costeiros pode apresentar as suas sugestões oucríticas referentes a qualidade do atendimento que lhe foi dispensado ou ao tipo de serviço quegostaria de receber, utilizando os diversos canais que lhe são disponibilizados. A home pagedispõe de um link específico - Sugestões, o SAC pode ser acionado ou o cliente pode dirigir-se àprópria Chefia da Unidade, através do telefone (0xx79) 226-1353 ou pelo [email protected].

A avaliação da satisfação dos clientes com a qualidade dos serviços prestados e comos produtos adquiridos, é feita através de uma pesquisa realizada com o intervalo de dois anos,sob a coordenação da Assessoria de Comunicação Social- ACS.

Do cadastro de clientes da Unidade é retirada uma amostra representativa,observando os diversos perfis. Esses clientes recebem um questionário para preenchimento, comquestões relativas ao relacionamento com a Unidade, ao grau de satisfação para cada aspectoapresentado e ao grau de satisfação do cliente com sua experiência geral com a Unidade.

A participação dos clientes na fase de avaliação dos produtos ou tecnologias queestão sendo desenvolvidos, é também muito importante para a definição do seu lançamento.Testes de validação e unidades de observação são implantados no meio real, onde os futurosusuários vão conhecer todos os aspectos da tecnologia, sugerir os ajustes necessários e ajudarna decisão de efetuar ou não o lançamento da nova tecnologia.

Paralelamente ao desenvolvimento da pesquisa de avaliação da satisfação do cliente,

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a ACS também desenvolve uma pesquisa para determinar como estão se processando nasUnidades as práticas relativas ao relacionamento com o cliente.

Uma empresa especializada é contratada para fazer o papel do “cliente fantasma”,que efetua ligações telefônicas, envia cartas e e-mails às Unidades, solicitando informações,como se fosse um cliente real. A quantidade de contatos mantidos varia conforme o número deempregados de cada Unidade.

Em cada contato, o avaliador julga algumas características fundamentais, conforme opadrão de atendimento estabelecido pela Empresa , e os classifica em uma escala com trêsgraduações: Ideal ( 3), Aceitável (1) e Inaceitável (0). Para o atendimento telefônico sãoavaliados aspectos ou atributos relacionados com o atendimento inicial, com a exposição doproblema e com a resposta ou solução do problema. Para os atendimento por carta e e-mail, sãoavaliadas as dimensões relacionadas com o prazo de atendimento e a análise da resposta. Comos resultados, são determinados o Índice de Performance da Unidade por Atendimento , o Índicede Performance Geral do Atendimento ao Cliente na Unidade. Ao final do processo de avaliação,é feito o “ranking” das Unidades, posicionando o desempenho de cada Unidade da Empresa emrelação às demais e à média geral.

Em 2002, a Embrapa aderiu ao Programa de Qualidade no Serviço Público,colocando-se dentro de um ciclo de avaliações da Satisfação dos Cidadãos, usuários dos seusserviços.

Na Embrapa Tabuleiros Costeiros serão divulgados e acompanhados pela sociedadeos seguintes serviços:

- Atendimento pessoal na recepção;

- Consulta Pessoal à Biblioteca;

- Venda de publicações, vídeos e CD´s por carta, e-mail, telefone e por meio decontato pessoal.

Cada um desses serviços possui uma ficha de atributos pelos quais ele será avaliado,pelos clientes, numa Pesquisa de Satisfação dos mesmos.

A verificação se os padrões de trabalho estabelecidos estão sendo cumpridos é feita,mensalmente, no SAC, que é o principal meio de acesso utilizado pelos clientes. Determina-se,então, o índice de atendimentos realizados dentro do prazo estabelecido, em relação ao númerototal de consultas efetuadas. Visando assegurar o padrão de atendimento, a partir de setembrode 2002, a ACE adotou o procedimento de, ao receber uma consulta ao SAC, via e-mail, retornarao cliente, automaticamente, a informação sobre o prazo de atendimento (caso não possa serimediato), bem como o e-mail a ser utilizado - [email protected] - para reclamação aogerente da área responsável pela supervisão do SAC, se esse prazo não for cumprido.

Em função das sugestões e reclamações apresentadas espontaneamente pelosclientes e considerando os resultados das pesquisas de satisfação e da avaliação do atendimentoao cliente, a Unidade implantou em 2001 e veio mantendo e aperfeiçoando, em 2002, váriasações visando a melhoria no seu atendimento, tais como: a) reformulação de sua home page; b)remanejamento de pessoal com perfil mais adequado para o atendimento no Ponto de Vendas ; c)edição de novas publicações; c) repasse de informações básicas sobre a Unidade, ao pessoal daportaria; d) melhor localização do Ponto de Vendas, que recebeu um maior número depublicações para venda; e) melhoria na embalagem das publicações e outros produtos, parapostagem; f) reformulação do catálogo de publicações; g) disponibilização de novas linhas

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telefônicas; h) ampliação no número de materiais informativos para distribuição e i) o SACpassou a ter um responsável, supervisionado pelo gerente da ACE, com prazo determinado paraproceder o atendimento às consultas recebidas.

Na avaliação da Unidade quanto ao atendimento aos seus clientes são tambémconsideradas as ações de transferência de tecnologia e promoção de imagem, realizadas.

Em 2002, a política econômica de redução e contingenciamento dos gastos públicosdificultou a implementação das ações de transferência de tecnologia da Unidade. Este fato geroua necessidade de captar recursos para a realização das suas metas, comprometidas no PAT,nessa categoria de desempenho, exigindo para isso muito mais articulação institucional,criatividade, mapeamento de segmentos de oportunidades de mercado e de clientes, além dehabilidade para negociar parceiros, apoios e patrocínios.

A ANT da Embrapa Tabuleiros Costeiros ainda é muito incipiente, necessitandomelhorias na sua estrutura e organização. Apesar disto, algumas ações da área de negócios,realizadas no ano de 2002, merecem destaque: a) ampliação do número de parcerias nas açõesde transferência de tecnologia; b) ampliação da atuação da Embrapa Tabuleiros Costeiros emoutros Estados (São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Pernambuco, Pará e Bahia), na realizaçãoeventos de transferência de tecnologia, atendendo demandas prospectadas; essa ação, além demanter e conquistar mercados e clientes, também amplia a capacidade de negócios gerandonovas demandas; c) captação de recursos para a realização de cursos, dias de campo, unidadesdemonstrativas, palestras e eventos; d) negociação de parcerias para a editoração de publicaçõestécnicas; e) estabelecimento da política de negócios, para a cultivar protegida de milho AssumPreto, junto ao Escritório de Negócios de Petrolina, definindo royaltes para a Unidade (55%), nacomercialização do produto; f) implantação da Clínica Tecnológica, em parceria com o -SE, quepossibilitou o contato direto entre clientes e pesquisadores, atuando como um canal deprospecção de demandas, ao tempo em que apresentou soluções para problemas específicos,conquistando clientes de forma semelhante ao que acontece numa consulta médica; g) promoçãode melhorias no processo de comercialização das cultivares de milho Sertanejo e Asa Branca,diferenciando e posicionando esses produtos no mercado; h) utilização do marketing derelacionamento para clientes e parceiros, mantendo-os satisfeitos e fiéis ao tempo em que atrainovos; esse tipo de relacionamento fortalece a imagem da empresa, inserindo-a no contexto doagronegócio; i) ampliação significativa da inserção de movimentos sociais na programação detransferências de tecnologia da Unidade, por meio da isenção de taxas de inscrições paraparticipação em eventos; j) implantação do marketing societal por meio da disponibilização devariedades de sementes de milho e matrizes de ovinos para associações de pequenos produtorese comunidades indígenas; essa atuação fortalece a imagem da Unidade, no que concerne à suaresponsabilidade na promoção do desenvolvimento social, não atuando somente com o foco emlucros.

Entre as principais parcerias conquistadas em 2002, está a firmada com o SEBRAE-SE, para a realização dos seguintes eventos: I Simpósio de Geoprocessamento e SensoriamentoRemoto da Região Nordeste, o I Simpósio de Sistemas Agroflorestais de Sergipe, II Curso deAgricultura Ecológica; Curso de Coco e Outras Fruteiras, e Clínica Tecnológica, para a qualrepassou à Unidade a importãncia de R$ 24.430,00 (Vinte e quatro mil quatrocentos e trintareais), como contrapartida.

Um aspecto destacado, como conseqüência das parcerias e dos relacionamentosconquistados é a prospecção de demandas reais e potenciais de segmentos de mercado e declientes, possibilitando a geração de projetos de P&D com maior qualidade e competitividade e

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em sintonia com os anseios da sociedade.

Outras atividades da Área de Negócios da Unidade, catalizadoras de recursos são:leilões, vendas de produtos de comunicação, venda de sementes, realização de análiseslaboratoriais e de consultoria. A avaliação da qualidade desses serviços, junto aos clientes, érealizada através do SAC, sob a coordenação da Área de Comunicação Empresarial da Unidade.

4. INFORMAÇÃO

A sociedade e as organizações vêm sofrendo grandes transformações com aglobalização: de sociedade industrial para sociedade de informação; de organizações mecanizadase estruturadas em hierarquias para organizações informatizadas e baseadas na cooperação. Ofator gerador e base dessa nova sociedade é o acesso e a distribuição sem fronteiras, doconhecimento.

A gestão da informação se configura como uma área de estudos, cujos conteúdosteóricos e operacionais têm se transformado em ferramenta imprescindível para qualquerorganização que necessita produzir, localizar, coletar, tratar, armazenar, distribuir e estimular ouso da informação.

A informação é um recurso estratégico que tem custo, preço e valor. Como tal deveser gerenciada da mesma maneira como são gerenciados os recursos financeiros, materiais ehumanos dentro da organização. Ela é matéria prima para tomada de decisões e subsídio parasolução de problemas.

4.1. Gestão das Informações Organizacionais

A grande maioria das informações gerenciais da Embrapa Tabuleiros Costeiros éobtida por meio de sistemas corporativos informatizados, desenvolvidos ou providos pelaEmbrapa Sede, com base em indicadores de desempenho de eficácia e eficiência utilizados paraInstituições na área de Ciência e Tecnologia, com destaque para:

- Sistema de Informações Gerenciais da Embrapa – SIGER, que incorpora todas asinformações, organizadas e sistematizadas, sobre os projetos de P&D da Embrapa;

- Sistema de Gerenciamento do Plano Anual de Trabalho – SISPAT, que armazena edisponibiliza as informações sobre a atuação das Unidades da Embrapa, com relação às metasanuais negociadas com a Diretoria Executiva, nos diferentes indicadores de desempenhoabrangidos pelo sistema;

- Sistema de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação de Resultados doTrabalho Individual – SAAD-RH, no qual o colaborador estabelece, junto ao seu supervisorimediato, o seu plano de trabalho, tendo em vista o cumprimento das metas da Unidade;

- Sistema de Informações dos Recursos Humanos – SIRH, que armazena todas asinformações da vida funcional dos empregados;

- Sistema de Eventos da Embrapa – SIEVE, que armazena todas as informaçõesreferentes a capacitação dos empregados e terceiros.

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- Sistema de Seleção de Pós-Graduação – SSP, no qual são armazenadas todas asinformações dos candidatos ao processo de seleção do programa de Pós-Graduação;

- Sistema de Informação para Gerenciamento Integrado de Bases de DadosDocumentais e Processos Bibliográficos da Embrapa – AINFO, que gerencia o patrimôniobibliográfico de empresas e permite consultas por palavras-chave;

- Sistema de Administração do PAM-Embrapa – SISPAM, que administra todas asdespesas relativas ao plano de assistência médica da Embrapa.

As informações relativas à execução orçamentária/financeira dos projetos de P&D eDesenvolvimento Institucional são gerenciadas por meio do Sistema Integrado de AdministraçãoFinanceira – SIAFI. Outros sistemas de informação em uso na Unidade são: Sistema de Serviçosde Terceiros - SST, Serviços Prestados por Pessoas Jurídicas - SPJ, e Serviços Prestados porPessoas Físicas - SPF.

Por meio desses sistemas, as lideranças da Instituição acompanham o processo deelaboração e execução dos seus projetos de P&D, a vinculação dos mesmos com as metasnegociadas com a DE e formalizadas no PAT, a participação dos empregados no atingimentodestas metas, os recursos orçamentários disponíveis para execução dos projetos de pesquisa eadministrativos, dentre outras atividades.

Adicionalmente, outros sistemas internos, como o Sistema de AcompanhamentoOrçamentário – SAO, o Sistema de Acompanhamento do Processo de Publicação - CLP on Line eo sistema de comunicação interna (intranet), auxiliam os gerentes da Unidade na gestão deinformações internas.

Com base na análise das informações armazenadas nos diversos sistemas aquirelatados e na disponibilidade dos recursos, a gerência faz seu planejamento anual, elaborando oPAT, cuja execução é acompanhada e avaliada, ao final do ano. No acompanhamento, a gerênciaanalisa o cumprimento das metas quando, através de contatos individuais e/ou grupais com oscolaboradores, faz ajustes, corrige possíveis desvios, mantendo o grupo informado sobre agestão da Unidade.

A política relacionada à tecnologia da informação, na Embrapa, é coordenada peloDepartamento de Tecnologia de Informação – DTI, localizado na Sede.

Na Unidade , o setor de informática é o interlocutor entre a política de informação daEmpresa e as ações gerenciais, no tratamento das informações, demandadas por supervisores deprocessos, gerentes de objetivos estratégicos e chefias. É atribuição do supervisor de informáticaa integração das informações contidas em todos os sistemas, corporativos e locais, fazendo comque a alimentação dos dados nos referidos sistemas seja feita da maneira mais eficaz e eficientepossível, atendendo às necessidades da liderança da Unidade, na gestão dessas informações.

Para auxiliá-la no acompanhamento, avaliação e controle das atividades ligadas àinformação, a Unidade dispõe de uma Área de Comunicação Empresarial, de um supervisor deinformática e de gerentes do objetivo estratégico Gestão da Informação, do MGE, responsáveispela condução da política da informação da Unidade.

As práticas relativas à gestão da informação são avaliadas através da criação degrupos de trabalho e análise do clima organizacional. Os gerentes de informação, dentro daestrutura do MGE, são os responsáveis por esta avaliação e melhorias implementadas.

Com o público externo, a Unidade mantém um canal de comunicação e divulgaçãode informações (serviços, produtos, biblioteca virtual, publicações, vídeos), através do seu portal

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na Internet (http://www.cpatc.embrapa.br.), e do seu Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC([email protected]). Internamente, as informações fluem via intranet(http://intranet.cpatc.embrapa.br) e correio eletrônico, além de outros meios convencionais.

No âmbito das informações disponibilizadas ao público externo, o principal indicadorde desempenho é a natureza das demandas coletadas através do SAC e o número de acessos aoPortal da Unidade na Internet. Internamente, o desempenho é medido através de ferramentasestatísticas próprias que contabilizam o número de acessos à página da Unidade na Intranet.

Em 2002 foram implementadas melhorias no portal e na intranet, tanto naapresentação como na disponibilização das informações. Foi desenvolvido um processo dearmazenamento das principais informações da Unidade através de um sistema de proteção,"back-up", e arquivos físicos, que é controlado pelo setor de informática.

4.2. Gestão das Informações Comparativas

As informações comparativas representam um instrumento de gestão que permite aretroalimentação da Instituição, como forma de melhorar a eficácia e eficiência da mesma.Apesar da Embrapa Tabuleiros Costeiros sempre ter utilizado critérios objetivos para medir aprodutividade dos seus pesquisadores, foi a partir de 1996, com a implementação do Sistema deAvaliação das Unidades - SAU/SAPRE, que os critérios utilizados na avaliação de desempenhodas unidades organizacionais da Embrapa foram padronizados e passaram a fazer parte de umsistema de avaliação comparativo, com o objetivo de reconhecer e premiar Unidades, gestores ecolaboradores com melhores desempenhos.

As informações sobre o desempenho da Embrapa Tabuleiros Costeiros em relação àsdemais Unidades Centrais (UCs) e Descentralizadas (UDs) da Embrapa são obtidas por meio doSISPAT, desenvolvido pela própria Embrapa, que armazena e disponibiliza as informações sobre aatuação das Unidades da Embrapa, com relação às metas anuais negociadas com a DE, nosdiferentes indicadores de desempenho abrangidos pelo SAU/SAPRE. Os principais indicadoresutilizados nesta avaliação são os relativos às metas quantitativas e qualitativas das Unidades,descritas no item 2.2. A periodicidade da avaliação é anual e todo o processo é coordenado pelaSEA. Na Unidade, a recuperação e a atualização das informações no SISPAT são realizadas pelaschefias e supervisores de áreas, devidamente cadastrados e treinados no sistema, os quais sãointerlocutores no repasse das deliberações da SEA aos demais gestores de processos.

As informações comparativas geradas pelo processo de avaliação das Unidades sãodivulgadas nas reuniões gerenciais da Diretoria Executiva com os Chefes das UCs e UDs,realizadas duas vezes ao ano. Os resultados obtidos pela Embrapa Tabuleiros Costeiros sãorepassados pelo seu Chefe Geral, em reunião com todos os colaboradores, quando naoportunidade são discutidos os pontos que devem ser fortalecidos visando a melhoria dodesempenho da Unidade.

Neste contexto, o Chefe Adjunto de P&D também se reúne, pelo menos duas vezesao ano, com o quadro técnico para: divulgar possíveis mudanças no sistema de avaliação e noglossário dos indicadores de desempenho; discutir a adequação do Nível de Impacto dasAtividades (NIA), no instrumento de avaliação individual, SAAD/RH, aos pesos atribuídos pelaSEA, para cada indicador de desempenho das Metas Quantitativas utilizadas no SAU. Com estasações, a Gerência busca promover o alinhamento do SAAD com o SAU e garantir,conseqüentemente, o cumprimento das metas negociadas.

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A Chefia Adjunta de Administração, por sua vez, também se reúne,sistematicamente, com os supervisores dos processos de apoio à pesquisa para alinhar metas emétodos de trabalho, visando melhores desempenhos.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros utiliza as informações comparativas para orealinhamento de suas estratégias e planos, bem como para a negociação de metas estratégicasdiretamente com a Diretoria Executiva, por ocasião da formalização do seu PAT, tais como amelhoria de seus processos internos, incremento no número de publicações, produção detecnologias, produtos e processos, dentre outros.

Nos últimos três anos tem-se verificado uma maior compreensão, por parte doscolaboradores da Embrapa Tabuleiros Costeiros, sobre o processo de avaliação das Unidades.Este fato, aliado ao esforço empreendido em alinhar os sistemas de avaliação individual einstitucional e em difundi-los mais no âmbito da Unidade, contribuiu para que a mesma obtivesseganhos no seu desempenho nesse período. O processo de gestão comparativa tem continuidadeatravés da internalização das metas e comprometimento individual dos empregados com asmesmas, através do SAAD-RH. Este instrumento de gestão é utilizado, também, para premiaçãoe promoção de empregados. Suas informações comparativas internas são úteis para oacompanhamento do desempenho de empregados e identificação de necessidades decapacitação, constituindo-se numa ferramenta importante para a elaboração do Plano deCapacitação da Unidade, realizado anualmente.

Além das informações comparativas estabelecidas no SAU/SAPRE e gerenciadasatravés do SISPAT, a internalização de informações obtidas de outras Unidades da Embrapa e deorganizações com atividades correlatas tem proporcionado a introdução de novas práticas epadrões de trabalho. Um exemplo disto foi a estruturação dos Núcleos Temáticos de Pesquisa, naUnidade, segundo os padrões utilizados na Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Arroz e Feijão,onde esse organismo funciona com sucesso.

Os principais responsáveis pela gestão das informações comparativas, além daschefias, são os supervisores de processos, gerentes de OE’s e gestores de núcleos, cabendo aeles analisá-las, tomando-as como base para o estabelecimento de metas de desempenho maisaudaciosas e para a implantação de melhorias nos processos sob suas supervisões, quandonecessárias. As principais melhorias implementadas em função das informações comparativasforam: a) a melhoria no processo de publicações da Unidade, em 2000, que proporcionou umincremento de 94% na média de publicações de artigos em periódicos indexados, porpesquisador, no período 1998/2002; b) melhoria na gestão do Comitê Técnico Interno – CTI, queao adotar critérios mais definidos de avaliação da programação de P&D da Unidade, estimulou aelaboração de projetos mais competitivos, induzindo a um incremento significativo no número deprojetos aprovados nos editais externos à Instituição, no período 2001/2002, aumentando acaptação de recursos da Unidade.

4.3. Análise Crítica do Desempenho Global

O sistema dos indicadores de desempenho global da Instituição é definido em funçãodos planos governamentais que norteiam as ações do Governo Federal, a exemplo dos PlanosPlurianuais – PAA’s, e da necessidade de ajustamento da Empresa em função de préviasavaliações. A diretoria e o Conselho de Administração analisam os dados referentes aodesempenho do ano anterior e definem os indicadores e respectivos pesos para aferição do

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desempenho das Unidades, no ano subseqüente. Em reuniões com os Chefes das UnidadesCentrais e Descentralizadas a aplicabilidade dos indicadores é discutida, levando-se emconsideração a diversidade das UD’s, caracterizadas em Centros de Pesquisa de Produtos,Centros de Pesquisas Ecorregionais e Centros de Pesquisa em Temas Básicos.

Todas as alterações, reformulações e inclusões de novos critérios no Sistema deAvaliações das Unidades são regulamentadas e descritas no manual do SAPRE, e publicadas nosBoletins Administrativos – BCA’s, da Empresa.

O SAU avalia o desempenho das Unidades, segundo os critérios de Eficácia, o qual émedido pelas Metas Quantitativas, Receita Própria e Metas Qualitativas (Ações de Parceria,Melhoria de Processos, Não Conformidade de Auditorias, Racionalização de Custos,Cumprimento de Prazos e Qualidade do Relatório de Gestão). Em adição, o Sistema baseia-se nosindicadores de Eficiência Relativa, Avaliação de Satisfação dos Clientes e Avaliação do Impactodas Tecnologias, Produtos e Processos.

Com base na análise crítica, junto aos empregados, do desempenho da Unidade em1999, importantes decisões gerenciais sobre investimentos, ações de P&D e melhoria deprocessos foram tomadas, para implantação na gestão 2000/2003.

No ano de 2000, a Unidade promoveu melhorias no processo de produção depublicações e gestão do CLP.

Em 2001 foram feitos investimentos em informática e comunicação. O número decomputadores aumentou e uma nova central telefônica foi adquirida. O laboratório deGeoprocessamento foi reestruturado e a frota de veículos foi parcialmente renovada. Tambémforam feitos investimentos na reestruturação do Campo Experimental de Itaporanga e o quadrotécnico de pesquisadores foi ampliado, com a contratação de quatro pesquisadores, em áreasestratégicas.

Em 2002, o aumento no quadro de pessoal, via contratação e transferência, foi ummarco importante. O quadro da Unidade foi reforçado com pesquisadores nas áreas de Avaliaçãode Impactos Ambientais, Ecofisiologia da Produção, Recursos Genéticos, MelhoramentoGenético, Entomologia, Biotecnologia, Manejo e Conservação de Gênese e Classificação do Solo.Na área de apoio, a contratação de dois analistas de sistemas e de um bibliotecário melhorousensivelmente o suporte e o desenvolvimento da tecnologia da informação na Unidade. O pontoque mais restringiu o desempenho da Unidade em 2002 foi a forte limitação orçamentária e airregularidade do fluxo de recursos.

Estas estratégias gerenciais promoveram uma melhoria gradativa e consistente nodesempenho da Unidade, nos últimos três anos. Considerando o período de 1998 a 2001, oÍndice de Desempenho Institucional – IDI da Embrapa Tabuleiros Costeiros, passou de 0,5017para 0,8991 (figura 1) e a Unidade subiu do 32º para o 9º lugar na classificação geral das UD’s eUC’s. Os resultados relativos ao ano de 2002 ainda não foram avaliados e consolidados.

Além das ações descritas anteriormente, outros fatores foram de fundamentalimportância e contribuíram decisivamente para o crescimento institucional da Unidade, como: a)a conscientização dos colaboradores, em todos os níveis; b) o controle e automação dosprocessos de fluxo de publicações e orçamentário e c) o incremento nas ações de parceria.

Analisando-se o desempenho da Embrapa Tabuleiros Costeiros no cumprimento dasmetas do PAT, observa-se uma significativa taxa de crescimento nos resultados obtidos para amaioria dos indicadores avaliados, nos últimos quatro anos. Estes resultados são apresentadosno item 7.

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0,5017

0,5553

0,6682

0,8991

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1998 1999 2000 2001Anos

IDI*

IDI CPATC

IDI EMBRAPA

Figura 1. Evolução do IDI da Embrapa Tabuleiros Costeiros no períodode 1998 a 2001. Dados fornecidos nas reuniões da DE comos Chefes das Unidades. Pirinópolis, 1999/2002.

Um outro indicador considerado importante numa instituição de pesquisa é a médiade publicações por pesquisador. Neste contexto a Embrapa Tabuleiros Costeiros passou de umamédia de 0,31 artigos técnicos-científicos publicados por pesquisador, em 1998, para uma médiade 0,61, em 2002, com incremento de 94%, no período. Essa evolução, no período de 1998 a2002, comparada ao desempenho da Embrapa, como um todo, é mostrado na figura 2.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1998 1999 2000 2001 2002

Anos

Núm

ero

de a

rtig

os t

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s po

r pe

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sado

CPATC

EMBRAPA

Figura 2. Evolução do número de artigos técnico-científicos, porpesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros no períodode 1998 a 2002.

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5. PESSOAS

Numa empresa de pesquisa como a Embrapa, os recursos humanos são sem dúvidao seu maior patrimônio. Desde a sua criação, a Embrapa tem buscado, como seu principal fatorde crescimento, a valorização e o aprimoramento técnico de seus colaboradores. Nesta ótica, aEmbrapa Tabuleiros Costeiros tem tomado constantes medidas para que sua política de pessoalse mantenha ajustada aos objetivos da Empresa.

5.1. Sistemas de Trabalho

Durante o ano de 2002, a Embrapa Tabuleiros Costeiros continuou organizando asua força de trabalho em função dos processos mais importantes e que mais necessitaram deimplementação de melhorias, visando um melhor atendimento aos seus clientes internos eexternos. Embora os colaboradores permaneçam diretamente ligados a um ou mais processos, agerência da Unidade vem tendo a preocupação de remanejá-los de acordo com o crescimentomomentâneo de demandas ocorridos em alguns processos. Essa forma de gerenciamento, vem,visivelmente proporcionando que a Unidade atinja com as metas previstas no seu Plano Anual deTrabalho.

Em setembro deste ano, através da Deliberação nº 07 de 03.09.2002, publicada noBCA nº 37 de 09.09.2002, a Unidade passou por uma alteração na sua estrutura organizacional.O Escritório Regional de Pesquisa de Rio Largo, foi transformado em Unidade de Execução dePesquisa de Rio Largo e o Campo Experimental Pedro Arle em Frei Paulo - SE, foi reinserido noseu Regimento Interno. Com essas modificações o Centro passou a ter a seguinte estruturabásica de cargos e funções gerenciais: 01 Cargo em Comissão de Chefe Geral para gerir aUnidade como um todo, compreendendo planejamento, orientação, coordenação,acompanhamento e avaliação de suas atividades técnicas e administrativas, bem como orelacionamento e a integração da Unidade com outras Unidades da Embrapa e outrasorganizações públicas e privadas; 01 Função de Confiança de Chefe Adjunto de Pesquisa eDesenvolvimento para gerir programação, execução, coordenação, orientação, acompanhamentoe avaliação das atividades referentes aos processos de pesquisa, desenvolvimento, informaçãocientífica, captação de recursos via projetos de P&D e transferência de tecnologia noecossistema dos Tabuleiros Costeiros; 01 Função de Confiança de Chefe Adjunto deComunicação e Negócios para gerir programação, execução, coordenação, orientação,acompanhamento e avaliação das atividades referentes aos processos de comunicaçãoempresarial, informação sócio-econômica, editoração e negócios tecnológicos para transferênciade tecnologia; 01 Função de Confiança de Chefe Adjunto de Administração para gerirprogramação, execução, coordenação, orientação, acompanhamento e avaliação das atividadesreferentes aos processos de administração geral, recursos humanos, logística, orçamento efinanças e apoio técnico; 01 Função de Supervisão de Supervisor III para a Área de ComunicaçãoEmpresarial - ACE, destinada a gerir a programação, execução, acompanhamento e controle dasatividades necessárias à implantação da Política de Comunicação Empresarial da Embrapa, e dasestratégias de comunicação da Unidade, de modo a viabilizar a comunicação com seus públicosde interesse e a sociedade em geral; 01 Função de Supervisão de Supervisor III para a Área deNegócios para Transferência de Tecnologia - ANT, destinada a gerir a programação,acompanhamento e controle das atividades necessárias à implantação da Política de Negóciospara Transferência de Tecnologia da Embrapa, de modo a viabilizar a transferência de tecnologia

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para o setor produtivo; 01 Função de Confiança de Coordenador Técnico para dirigir a Unidadede Execução de Pesquisa de Rio Largo - UEP de Rio Largo; 01 Função de Supervisão deSupervisor III para o apoio técnico-administrativo das atividades do Comitê Técnico Interno - CTI,cujo ocupante é designado de acordo com normas vigentes na Embrapa; 02 Funções deSupervisão de Supervisor III para acompanhamento e controle de processos de trabalhos daUnidade, segundo atribuições a serem definidas pelo Chefe Geral; 07 Funções de Supervisão deSupervisor II para acompanhamento e controle de processos de trabalhos da Unidade, segundoatribuições a serem definidas pelo Chefe Geral; e 05 Funções de Supervisão de Supervisor I para,respectivamente, gerirem Campos Experimentais de Umbaúba - SE, Itaporanga d`Ajuda – SE,Jorge do Prado Sobral em Nossa Senhora das Dores - SE, Betume - SE e Pedro Arle em FreiPaulo (SE).

A seleção para o preenchimento dos cargos e funções é realizada da seguinte forma:o cargo de Chefia Geral é preenchido através de concurso público onde o candidato, para seinscrever, tem que possuir grau de Mestre, dez anos de experiência em pesquisa e três emadministração de pesquisa. O candidato tem ainda que obter 120 pontos, mediante análise doCurriculum Vitae. Finalmente, o candidato tem que preparar uma proposta de trabalho, a qual ésubmetida em exame público a uma banca examinadora composta por membros de reconhecidosaber na sua área de atuação.

As Chefias Adjuntas e a Coordenação Técnica da UEP Rio Largo, são selecionadasmediante análise da capacidade de liderança e competência. A Chefia Adjunta de Pesquisa eDesenvolvimento é ocupada, atualmente, por uma Pesquisadora graduada em agronomia commestrado em Estatística e Métodos Quantitativos. A Chefia Adjunta de Administração vem sendoocupada já há quase dois anos por uma Técnica de Nível Superior, graduada em administração deempresa, a qual já trabalhou em diversos processos, inclusive supervisionando alguns deles. Asatribuições da Chefia Adjunta de Comunicação e Negócios vêm sendo conduzidas pelos ChefesGeral e de P&D. A Coordenação Técnica da UEP Rio Largo vem sendo ocupado por umPesquisador, Doutor em Fitotecnia.

Os Supervisores, sejam eles I, II ou III, são selecionados através de análise criteriosa,considerando o perfil profissional e o domínio técnico-administrativo que cada um possui paradesenvolver as atribuições qualificadas que a função requer.

Os colaboradores são acompanhados e avaliados, individualmente, através doSistema de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação de Resultados do Trabalho - SAAD-RH,e os indicadores de desempenho variam de acordo com a atividade desenvolvida. Esse sistematem como princípio básico o acompanhamento constante e direciona sua avaliação para asatividades desenvolvidas no dia-a-dia pelo empregado, proporcionando um melhor planejamentoestrategicamente negociado com seu supervisor imediato, possibilitando ajustes na programaçãode trabalho por meio da identificação de problemas que possam interferir nos resultados edefinição de ações corretivas a serem adotadas. Ao final do processo de avaliação individual osistema processa, como resultado, o Escore de Avaliação Final – EAF.

Adicionalmente os colaboradores também são avaliados, semestralmente, nos seusaspectos comportamentais, tanto individual quanto em equipe, através da Avaliação de AspectosComportamentais – AAC. Esse processo busca avaliar o empregado no contexto interativo entreseus colegas, sejam eles supervisores, membros de equipes ou meros clientes de produtos eserviços por ele gerados.

Ambos os sistemas de avaliação têm como estrutura básica a agregação deempregados com atividades similares em agrupamentos funcionais, que são previamente

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definidos pela empresa. Durante o ano de 2002, o Grupo Gestor do SAAD-RH, na Unidade, veiotrabalhando na construção de novos agrupamentos, buscando atender ao novo perfil gerencialadotado pelo Centro, respeitando a ansiedade dos trabalhadores quanto a expectativa demelhorias no referido sistema de avaliação. A implantação dos novos agrupamentos está previstapara o primeiro trimestre de 2003. Com relação a AAC, foi realizada uma descrição sistemáticade todas as etapas do atual processo, visando alcançar maior clareza e, consequentemente,maior confiança dos empregados quanto aos critérios adotados, bem como proporcionar ummaior dinamismo e celeridade na sua operacionalização.

Tanto o escore EAF, da avaliação individual do SAAD, quanto a pontuação na AACsão utilizados nos processos de reconhecimento dos colaboradores da Unidade (promoção eprogressão salarial e premiação), os quais tem periodicidade anual, com caráter alternado, ouseja, os colaboradores são promovidos em um ano e no ano subsequente, serão premiados, eassim sucessivamente. Esta alternância possibilitou que os processos beneficiassem a um maiornúmero de colaboradores, uma vez que o limite anual dos recursos financeiros para promoção eprogressão salarial e premiação é função da folha de pagamento da Unidade, aumentando o nívelde satisfação dos empregados com os sistemas de avaliação.

Além da periodicidade, o processo de premiação possue critérios e finalidadesespecíficas que estão estabelecidos no Sistema de Avaliação e Premiação por Resultados daEmbrapa – SAPRE, que tem por objetivo reconhecer e recompensar os colaboradores e/ouequipes que tenham apresentado melhor desempenho e contribuições relevantes para a Unidadee para a Empresa, como um todo.

O sistema de remuneração está estruturado no Plano de Cargos e Salários (PCS), oqual é periodicamente revisto para adequação da remuneração, descrição das atividades,benefícios e obrigações dos empregados, em função das políticas de governo e dos saláriospraticados no mercado.

A gestão dos processos relacionados aos recursos humanos da Unidade écoordenada, internamente, pela Chefia Adjunta de Administração e pelo supervisor de RH. Anível de Empresa, os processos relativos à administração de pessoas são coordenados peloDepartamento de Administração de Pessoal – DAP, e aqueles que dizem respeito à capacitação edesenvolvimento dos colaboradores são coordenados pelo Departamento de Organização eDesenvolvimento – DOD, ambos localizados na Sede, em Brasília.

5.2. Educação, Capacitação e Desenvolvimento

O quadro de pessoal da Unidade em 2002 passou de 163 para 182 colaboradores.Dezoito destes colaboradores foram contratados no decorrer do ano através de concurso público,destinados ao preenchimento de 05 cargos de Pesquisador II, 04 cargos de Técnico de NívelSuperior I e II e 09 cargos de Assistente de Operações I. A maioria desses 18 profissionais foiinserida ao corpo técnico/administrativo, visando desenvolver atividades voltadas às açõesestratégicas previstas II PDU.

As vagas preenchidas por esses 18 profissionais, foram provenientes, em suamaioria, da saída de empregados do quadro efetivo do Centro por motivo de aposentadorias.Dentre as contratações realizadas, podemos destacar a importância que teve para a Unidade, acontratação dos 05 pesquisadores para atuarem nas áreas de Conservação e Uso de RecursosGenéticos; Genese, Morfologia e Física do Solo; Entomologia; Avaliação de Impactos Ambientais;

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e Fisiologia da Produção. Destaca-se ainda a contratação de 04 técnicos de nível superior dasáreas de Biblioteconomia, Medicina Veterinária e Análises de Sistemas, bem como oreenquadramento através de concurso público de 04 técnicos de nível superior das áreas deAnálise Química; Análise Química Instrumental; Marketing e Transferência de Tecnologia eDesenvolvimento Institucional.

Além dos novos empregados contratados, a Embrapa Tabuleiros Costeiros recebeu,transferidos de outras Unidades, 04 pesquisadores, mestres e/ou doutores, nas áreas deBiotecnologia; Manejo e Conservação de Solos; Estatística e Fitopatologia. Esses profissionaissomaram-se ao quadro de pessoal já existente no Centro e já estão inseridos na programação deP&D da Unidade.

Os pesquisadores contratados no decorrer do ano de 2002 receberam, inicialmente,um treinamento de 15 dias, pela Embrapa Sede, em Brasília, que lhes possibilitou conhecer aestrutura organizacional da Empresa. Ao ingressarem na Unidade, esses pesquisadores receberamda gerência, do supervisor do RH e de seus futuros colegas, todo o apoio necessário para a suaadaptação ao novo ambiente de trabalho. Os colaboradores de suporte à pesquisa, contratadosdurante o ano, participaram de um seminário com duração de 08 horas, em que foram proferidaspalestras pelos supervisores de processos e/ou áreas estratégicas da Unidade, o que lhespermitiu conhecer, preliminarmente, a dinâmica de trabalho do Centro.

Com relação às necessidades de educação e desenvolvimento pessoal, o programade capacitação da Embrapa compreende dois tipos de treinamento: 1) treinamento de longaduração (programas de Pós-Graduação); 2) treinamentos de curta duração (oficinas corporativascoordenadas pela Sede, cursos internos, treinamentos em empresas especializadas, participaçãoem congressos, reuniões técnicas, visitas técnicas a outras unidades da Embrapa, etc.).

As necessidades de capacitação são identificadas pelos supervisores de processos,através da análise do desempenho dos colaboradores sob suas supervisões. Anualmente vemsendo elaborado o plano de capacitação da Unidade, para o ano subseqüente, no qual sãodefinidos e priorizados os treinamentos, considerando as previsões dos recursos financeiros doano de sua implementação. A elaboração do plano de capacitação de curta duração é deresponsabilidade do supervisor de RH e do gerente do objetivo estratégico relacionado aHabilidades e Competências, do modelo de gestão da Unidade. Os planos das Unidades sãosubmetido à apreciação do DOD, que estuda a possibilidade de oferta dos treinamentoscorporativos. O plano de capacitação elaborado em 2001, para execução em 2002, não foiimplementado por falta de recursos financeiros, não sendo necessária a elaboração de um novoplano, no último ano.

Ainda que a limitação de recursos financeiros venha reduzindo cada vez mais aimplementação de programas voltados à capacitação de recursos humanos, a Unidade, combastante habilidade gerencial, vem conseguindo encontrar alternativas para continuarimplementando seu plano de capacitação e desenvolvimento de pessoal.

Em 2002, a Unidade incorporou mais 3 pesquisadores ao programa de pós-graduação da Embrapa, a nível de doutorado e 01 técnico de nível superior, à nível de mestrado.Este fato vem contribuir decisivamente para a evolução de capacitação de longa duração de seuscolaboradores. A Unidade conseguiu ainda inserir seus empregados em programas decapacitação de curta duração promovidos por outras Unidades da Embrapa e até por outrasinstituições públicas ou privadas.

O processo de treinamento de longa duração da Unidade é coordenado,internamente, pelo CTI, que identifica as áreas prioritárias que demandam pessoal qualificado e

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que, por meio de um processo seletivo, aprova os empregados aptos para este fim.

5.3 Qualidade de Vida

A Embrapa Tabuleiros Costeiros procura proporcionar aos seus colaboradores umambiente de trabalho com condições de segurança e conforto. Estas condições sãoperiodicamente avaliadas pelos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),que, em seus relatórios, mapeam e orientam os empregados para pontos de risco e subsidiam asgerências para adoção de medidas corretivas e preventivas.

Todos os colaboradores são submetidos a exames periódicos anuais de saúde eaqueles que desempenham atividades consideradas insalubres têm a periodicidade dos seusexames reduzida para seis meses, custeados totalmente pela Unidade.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros propicia a todos seus empregados e dependentesum Plano de Assistência Médica (PAM-Embrapa), onde a Empresa contribuiu com cerca de R$219.469,70 (Duzentos e dezenove mil, quatrocentos e sessenta e nove reais e setentacentavos), no exercício de 2002 e os empregados descontaram, mensalmente, 2% de seussalários-base. Para eventos de atendimento médico, o empregado custeia 30% das despesas, atéo limite de 20% do seu salário. Para atendimento em Aracaju, o PAM dispõe de,aproximadamente, 160 médicos credenciados em 43 especialidades e mantém convênio comcerca de 83 das melhores clínicas, hospitais e laboratórios do estado de Sergipe.

Com o objetivo de proporcionar informações com maior rapidez e eficiência aos seuscolaboradores, a Unidade através do seu setor de Recursos Humanos, editou em parceria com ainiciativa privada (patrocinadores), o Guia do Pam – Manual do Usuário, onde vem permitindo atodos os colaboradores acessar com rapidez e conforto as informações quanto asespecializações, clínicas e médicos credenciados pelo Plano, bem como seus endereços etelefones de contato. Essas informações também podem ser acessadas na intranet da Unidade.

A Unidade concede vale-alimentação, no valor de R$ 220,00 (Duzentos e vinte reais)a todos os seus colaboradores e de R$ 92,40 (Noventa e dois reais e quarenta centavos) a 14estagiários. A contribuição da Empresa varia de 88,7% a 96,2%, dependendo da faixa salarial doempregado.

A Unidade também disponibiliza um serviço de transporte para os seus colaboradorese estagiários, e aqueles que não são atendidos por este serviço recebem, mensalmente, vale-transporte, conforme determinação legal.

A Embrapa patrocina um plano de previdência privada (CERES) e 61% dosempregados da Embrapa Tabuleiros Costeiros contribuem com o plano que lhes garanteaposentadoria complementar e outros benefícios previstos no regimento interno da CERES.

A Unidade incentiva seus colaboradores a participarem de atividades sociais,culturais e religiosas, dentre estas, podemos citar a existência de um Coral, que vem fazendocom sucesso apresentações, tanto em eventos internos quanto externos. No início de cadaexpediente, no período da manhã, a Empresa libera seus colaboradores por 15 minutos paraparticiparem de uma reunião ecumênica, que tem o objetivo de proporcionar aos seusparticipantes alguns momentos de reflexão e meditação religiosa. A reunião é conduzida pelospróprios colaboradores e a todos é dado a oportunidade de trazer aos demais relatos eexperiências de vida. Ainda visando propiciar lazer e uma melhor qualidade de vida aos seus

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empregados, a Embrapa Tabuleiros Costeiros cedeu em comodato, uma área deaproximadamente um hectare para funcionamento da Associação de Empregados da Embrapa /AEE, onde são organizados eventos sociais e esportivos.

6. PROCESSOS

A Embrapa Tabuleiros Costeiros tem-se inserido no amplo processo de mudançaorganizacional promovido pela Embrapa nos últimos anos. Este processo iniciou-se com base nosprincípios do planejamento estratégico e, mais recentemente, foi implantado o Modelo de GestãoEstratégico – MGE, propondo modificações estruturais e organizacionais de suas Unidades,passando a compor um modelo de gestão por processos, que atenda às necessidades eexpectativas de seus clientes internos e externos.

6.1. Gestão de Processos Finalísticos

Com base em sua missão e seus objetivos estratégicos, definidos no PDU, e ematendimento aos objetivos estratégicos estabelecidos no MGE da Unidade, a Embrapa TabuleirosCosteiros estabeleceu 11 processos finalísticos nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento eTransferência de Tecnologia, os quais compõem o macroprocesso de Produção de InovaçãoTecnológica, a saber:

1. Prospecção de Demandas Tecnológicas;

2. Planejamento e Avaliação de Projetos de P&D;

3. Captação de Recursos via Projetos de P&D;

4. Execução de Projetos de P&D;

5. Produção, Acompanhamento e Controle de Publicações Técnico-Científicas;

6. Comercialização e Transferência de Tecnologia;

7. Comunicação Empresarial;

8. Relacionamento com Clientes;

9. Acompanhamento e Controle de P&D;

10. Avaliação de Resultados de Projetos de P&D;

11. Gestão da Informação.

Os objetivos estratégicos relacionados a estes processos são: Impacto Social eEconômico, Imagem de Excelência Institucional, Captação de Recursos, Parcerias, Produtos eServiços de Qualidade, Marketing e Transferência de Tecnologia, Projetos de P&D e Gestão daInformação. Os processos finalísticos são gerenciados pela Chefia de P&D, pelas ACE e ANT epelos gerentes dos OE´s, acima mencionados, com o apoio dos gestores dos Núcleos Temáticosde Pesquisa, citados no item 2.2. Para alguns desses processos foram criadas Secretarias que

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supervisionam as atividades operacionais envolvidas e dão suporte à Chefia de P&D noacompanhamento, controle e avaliação dos mesmos, a exemplo das secretarias do CTI e CLP.

Grupos de trabalho têm sido constituídos para análise e melhoria de processos,obedecendo a ordem de prioridade estabelecida segundo as metas da Unidade e as necessidadeslevantadas junto aos clientes internos e externos. A experiência e os conhecimentos acumuladosna melhoria de processos têm sido sistematicamente repassados aos supervisores ecolaboradores, através de reuniões das Chefias e das ANT e ACE com os colaboradores, bemcomo através das reuniões mensais do CTI e CLP. Por outro lado, a participação dos consultoresinternos, treinados na metodologia de Análise e Melhoria de Processos - AMP, nos diferentesgrupos de trabalho, garantem o repasse e propagação das experiências adquiridas dentro daorganização.

Os meios de comunicação internos da Unidade têm sido um fator preponderante dedivulgação e disseminação das melhorias implantadas, bem como das premiações eventualmenteconseguidas, e agem como um fator de estímulo e quebra da resistência a análise e melhoria denovos processos. No nível operacional, as principais ferramentas e práticas utilizadas na gestãodos processos finalísticos da Unidade são: a) os sistemas corporativos ou internos deinformações, para acompanhamento e controle, tais como o SIGER, o Sistema de Informações deEventos (SIEVE) e o CLP On Line; b) o Serviço de Atendimento ao Cidadão-SAC; c) os comitêsexternos e internos (CAE, CLPI, CTP, CTI, CLP); d) consultores "ad hoc"; e) Núcleos Temáticosde Pesquisa e f) reuniões de equipes de trabalho.

Em geral, os processos finalísticos têm metas de desempenho anual bem definidas,formulados no PAT, que são avaliadas por meio de indicadores específicos dasiniciativas/ações/atividades realizadas para atingi-las, que por sua vez estão descritas no Plano deAção Estratégica - PAE, do MGE da Unidade e metas anuais de desempenho formuladas no PlanoAnual de Trabalho da Unidade.

Para a operacionalização de suas ações de P&D e transferência de tecnologia, aEmbrapa Tabuleiros Costeiros conta, além dos seus colaboradores, com um sistema de parceriasinstitucionais, firmadas com organizações públicas e privadas. Essas articulações sãoextremamente relevantes para a consecução de projetos comuns, tanto no aporte de recursoscomo na agregação de novos conhecimentos, tecnologias e métodos de trabalho.

Dentre as articulações nacionais desenvolvidas pela Unidade, destacam-se asparcerias com: a) outras Unidades Descentralizadas (Centros de Pesquisa) da Embrapa; b)Unidades Centrais e de Serviços da Embrapa; c) Organizações Estaduais de PesquisaAgropecuária – OEPAS; d) universidades; e) fundações de apoio à pesquisa; f) organizações nãogovernamentais; g) organizações e associações de produtores, além de outros parceiros.

No ano de 2002, em função da escassez de recursos, foi desenvolvido um maioresforço para firmar parcerias institucionais, ampliando o número de parceiros, bem como o graude envolvimento das parcerias já existentes, de forma a sustentar as metas de produtividade nosníveis inicialmente propostos.

A seguir são apresentadas as articulações nacionais e internacionais da EmbrapaTabuleiros Costeiros visando, principalmente, a consecução de sua programação de Pesquisa eDesenvolvimento.

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a) Articulação Nacional em P&D

A evolução das parcerias firmadas pela Unidades com os diferentes segmentos járelacionados, no período 2000/2002 (tabela 5), evidencia um maior estreitamento das relaçõesda Unidade com as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária e a manutenção dosrelacionamentos já existentes, com outras Unidades da Empresa. Amparada nesse sistema deparceria, a Unidade tem 14 projetos aprovados, vinculados ao Sistema Embrapa, contemplando53 subprojetos/planos de ação nas áreas de: produção integrada de fruteiras (citros e coco),práticas de manejo agrícola, melhoramento e nutrição animal, controle biológico de pragas (citrose coco), produção de sementes híbridas (coco), demanda hídrica e fertirrigação do coqueiro,sistemas agroflorestais, dentre outras. Da mesma forma, foram aprovados 10 projetos comrecursos de fontes externas, dentro das áreas de: produção integrada de fruteiras (citros e coco),controle biológico de pragas (coco), nutrição animal, entre outras.

TABELA 5 . EVOLUÇÃO DAS PARCERIAS DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS, POR TIPO DE PARCEIROS, NAS

AÇÕES DE P&D. PERÍODO 2000/2002.

Tipos de Parceiros 2000 2001 2002Unidades Centrais e Serviços da Embrapa 0 3 3OEPAs 6 6 7Centro de Pesquisa da Embrapa 9 20 20ONGs 0 0 0Universidades 7 3 5Outros Parceiros 6 8 8Total 28 40 44

Embora a tabela acima mostre a evolução nas relações firmadas entre a Unidade eoutras instituições, por tipos de parceiros, ela não retrata o número de parceiros e de parceriasefetivamente realizadas, no período.

No ano de 2002, para atingir as metas de seus processos finalísticos, a EmbrapaTabuleiros Costeiros contou com a colaboração de 74 parceiros, entre novos e já existentes, osquais estão parcialmente listados no item 2.2.

b) Cooperação Internacional

Uma ação de cooperação internacional importante para a Unidade é o acordo firmadoentre a Embrapa e o IPGRI-COGENT (Coconut Genetic Resources Network) para odesenvolvimento de trabalhos de pesquisa com a cultura do coqueiro sob a responsabilidade daEmbrapa Tabuleiros Costeiros.

Em 2002 ocorreram atividades significativas no contexto dessa parceria: a) peloprojeto internacional “Coconut Germplasm Utilisation and Conservation to Promote SustainableCoconut Production”, através do “Common Fund for Commodities” – CFC, a Unidade recebeuU$11,000.00 (onze mil dólares) para condução dos experimentos do subprojeto “Banco Ativo deGermoplasma de Coco”, instalados no Campo Experimental de Itaporanga – CEI; recebeutambém 1200 sementes de coqueiro híbrido, provenientes da Estação Experimental Marc Delorm,

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Costa do Marfim, as quais estão em quarentena no Cenargen, Brasília; b) a Unidade recebeu, emjulho, a Missão FAO/CFC/IPGRI-COGENT para supervisão do citado projeto, a qual levou boaimpressão da condução dos experimentos instalados; c) essa missão aprovou a sugestão deimplantar o Banco Internacional de Germoplasma de Coco para a América Latina e Caribe, em 70ha disponíveis, no CEI; d) o CPATC participou, até dezembro/2002, juntamente com o México,do Comitê Executivo do COGENT, como representante da América Latina e Caribe; como partedessa representação, a Unidade recebeu U$500.00 (quinhentos dólares) para as despesas decomunicações.

O acordo com o IPGRI-COGENT também possibilitou a participação de umpesquisador da Unidade em quatro eventos de abrangência internacional, onde foram discutidosassuntos relacionados com o desenvolvimento da cultura do coqueiro: 1 - XI Reunião do ComitêExecutivo do COGENT, Bangcoc, Tailândia; 2 - XXXIX COCOTECH, Pattaya, Tailândia; 3 -Workshop sobre manejo de recursos genéticos de coqueiro utilizando um kit microssatélite e umprograma estatístico, Montpellier, França e 4 - Reunião de Avaliação do Projeto CFC/MultilocalTrials, Kingston, Jamaica.

O desempenho dos processos relacionados a P&D são acompanhados, analisados eavaliados, internamente, pelo CTI e gerentes de Objetivos Estratégicos correspondentes. Osprocessos de Prospecção de Demandas Tecnológicas, Comercialização e Transferência deTecnologias, Comunicação Empresarial e Relacionamento com os Clientes são acompanhados,analisados e avaliados pelas ACE e ANT e pelos gerentes de OE´s com esta perspectiva.

A Chefia de P&D conta com o CLP para analisar criticamente o processo deProdução, Acompanhamento e Controle de Publicações Técnico-Científicas. O processo deGestão de Informação é acompanhado pelo Supervisor de Informática e pelo gerente do OEcorrelato.

As informações sobre o cumprimento das metas de cada processo sãodisponibilizadas nos aplicativos SISPAT e SISPEM. Este último objetiva a premiação doscolaboradores de forma individual e por equipe, em intervalo bianual.

Os PAT´s das unidades são avaliados, comparativamente, pelo SAU/SAPRE, queprevê a premiação, a nível nacional, dos principais processos melhorados e dos melhores projetosde P&D, segundo os critérios de criatividade, qualidade técnica, captação de recursos eparcerias. Quase sempre, os resultados das avaliações comparativas e os percentuais decumprimentos de cada uma das metas estabelecidas fornecem o "feed back" aos processosfinalísticos internos, indicando quais e com que prioridade devem ser melhorados.

Dentre as melhorias implementadas no ano de 2002, destacam-se as atividades dosprocessos finalísticos inerentes ao CTI, tendo sido formulados e estabelecidos os seguintesinstrumentos de trabalho: a) reformulação e manutenção on-line de espaço virtual do CTI nosistema de comunicação interna (intranet); b) "mural eletrônico" com calendário interno e externoda programação de P&D; c) disponibilização on-line dos editais para a submissão de projetos deP&D; d) normatização da avaliação dos projetos de P&D submetidos à fontes financiadores; e)banco dos projetos de P&D submetidos (aprovados e não aprovados) e f) sistematização deavaliação dos relatórios dos projetos de P&D. Ressalta-se que a execução dessas atividades sãorelevantes para o processo de padronização, desburocratização e minimização de custosoperacionais, além de proporcionar maior competitividade dos projetos de P&D submetidos pelaUnidade e repassar a imagem de organização perante aos clientes internos e a sociedade.

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6.2. Gestão de Processos de Apoio

Com a reestruturação do organograma da Unidade que, a partir de março de 2000,passou a adotar a estrutura denominada semi-flexível, os processos de apoio da EmbrapaTabuleiros Costeiros foram definidos de acordo com suas prioridades internas, com foco emclientes e resultados, visando otimizar o desempenho de seus processos finalísticos.

Os macroprocessos e processos de apoio definidos para a Unidade foram:

1. Gestão da Tecnologia de Informação

1.1. Automação de processos e atividades

1.2. Suporte ao usuário

1.3. Segurança da Informação

1.4. Administração de Banco de Dados

1.5. Suporte de Rede de Computadores

1.6. Administração de Recursos Computacionais

2. Gestão de Campos Experimentais

3. Gestão de Laboratórios

4. Administração Financeira e Orçamentária

5. Compras e Controle de Patrimônio e Materiais

5.1. Compras

5.2. Controle Patrimonial

5.3. Gestão do Almoxarifado

5.4. Gestão do Ponto de Vendas

6. Comunicação Administrativa

7. Gestão de RH

7.1. Planejamento e provimento de RH

7.2. Bem-estar de RH

7.3. Desenvolvimento de RH

7.4. Avaliação de RH

7.5. Segurança no Trabalho

7.6. Folha de Pagamento

7.7. Estágios de Complementação Educacional

8. Manutenção e Instalações

8.1. Gestão dos Recursos de Telefonia

8.2. Manutenção de Máquinas, Móveis e Equipamentos

8.3. Manutenção e Conservação de Bases Físicas

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8.4. Vigilância e Segurança

8.5. Protocolo

9. Concessão e Controle de Viagens a Serviço

10. Gestão da Biblioteca

11. Gestão de Veículos e Transportes

12. Acompanhamento do PAT

13. Acompanhamento do SAU/SAPRE

14. Assessoria

14.1. Assessoria Jurídica

14.2. Assessoria Técnica e Administrativa

Para a execução e gerenciamento dos principais processos e macroprocessos deapoio foram designados supervisores, dos quais as principais funções são: dar suporte àadministração da Unidade e garantir o atendimento dos requisitos dos seus processos finalísticos.

Para um melhor entendimento e gerenciamento dos processos, estão sendo feitas asdescrições dos mesmos, bem como elaborados seus fluxogramas. Esta ação faz parte dainiciativa de adoção da gestão por processos, em substituição às estruturas gerenciais em vigor,descrita no PAE do objetivo estratégico de Efetividade Operacional, do modelo de gestão daUnidade, implementado em 2000/2001. Foram elaboradas/adaptadas as descrições de seteprocessos (três finalísticos e quatro de apoio), cujos fluxos foram incorporados à estruturaorganizacional da Unidade.

As principais ferramentas e práticas utilizadas na gestão dos processos de apoio daUnidade são: a) os sistemas corporativos ou internos de informações, para acompanhamento econtrole, tais como o SIAFI, SIRH, SIEVE, Sistema de Informações do PAM-Embrapa e SAO; b)comitês internos; c)reuniões periódicas das chefias com supervisores; d) reuniões de equipes detrabalho. O desempenho destes processos é avaliado, periodicamente, através de indicadorespreviamente estabelecidos e validados, tais como a medida de satisfação dos clientes, reduçãode custos operacionais, atingimento de metas quantitativas e qualitativas, diretas e indiretas.Estes indicadores são acompanhados através dos sistemas internos de informação e reportadosao SISPAT e são referenciais para a introdução de medidas corretivas e de melhoria.

Ultimamente, apesar da escassez dos recursos, esforços tem sido aplicados nosentido de ampliar a automatização no levantamento e disponibilização dos indicadores dedesempenho dos diferentes processos, principalmente aqueles que já passaram por uma análise emelhoria, com o propósito de simplificar e sistematizar o acompanhamento dos mesmos.

Uma vez identificados os processos que necessitem melhoria, realiza-se a priorizaçãodos mesmos, em função de suas importâncias e desempenhos e as melhorias dos processospriorizados são negociadas com a Diretoria Executiva, como metas do PAT. A Análise e Melhoriade Processos - AMP é realizada utilizando-se metodologia preconizada pela Embrapa. Sãoformadas equipes multidisciplinares, composta de supervisores, clientes e orientadoresmetodológicos (consultores internos de AMP), que realizam o trabalho de compreensão dosprocessos, definição de seus fatores críticos de sucesso, consulta aos clientes, identificação dosproblemas e suas causas, propostas e implementação de soluções e avaliação dos resultados por

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meio de indicadores de desempenho. Anualmente são trabalhados pelo menos três processosque, uma vez melhorados, passam a ter um acompanhamento constante por parte de seussupervisores.

As ações de melhoria negociadas com a DE e constantes no PAT são avaliadas,anualmente, segundo os critérios estabelecidos no SAU/SAPRE, sob a coordenação doDepartamento de Organização e Desenvolvimento – DOD, na sede da Empresa.

De um modo geral, a definição dos processos de apoio a serem melhorados sãodefinidos em função dos resultados alcançados nos processos finalísticos, das prioridadesestabelecidas pelos clientes internos e externos e da previsão orçamentária. Tal fato se observa,por exemplo, na melhoria do processo de Gestão de Telefonia, priorizado principalmente emfunção da necessidade de incremento nos processos finalísticos de Comercialização eTransferência de Tecnologia, Comunicação Empresarial e Relacionamento com os Clientes. Deigual modo, foram priorizadas as melhorias nos processos de Compras e de Gestão de Veículos eTransporte.

Outro aspecto, importante, é a comutatividade de informações no que concerne amelhoria dos processos. Tal aspecto se verifica na ampla divulgação dentro da Empresa dosresultados obtidos com os processos melhorados. Na Embrapa Tabuleiros Costeiros, porexemplo, a melhoria alcançada no CLP foi publicada internamente em forma de documento, oqual foi repassado às demais Unidades da Embrapa. Por outro lado, aspectos levantados noProcesso de Compras de outra Unidade foram bastante úteis no equacionamento deste processodentro da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Em 2001 foram negociados com a Diretoria Executiva que seriam realizados ostrabalhos de AMP em três processos de apoio da Unidade: Gestão de Veículos e Transportes,Gestão dos Recursos de Telefonia e Acompanhamento do PAT. Todavia, as restrições financeirasimpostas à Unidade não permitiram a implementação das melhorias propostas. Em 2002, arealização das metas relacionadas aos dois primeiros processos foram renegociadas com a DE eincorporadas no Plano Anual de Trabalho da Embrapa Tabuleiros Costeiros, permitindo acontinuação dos trabalhos e implementação das melhorias previstas.

6.3. Gestão de Processos Relativos aos Fornecedores

O Processo de Compras na Embrapa Tabuleiros Costeiros obedece a lei 8666/93.Desde 1995, a Unidade adquiriu por concessão junto à Embrapa Agroindústria Tropical, umSistema de Cadastramento de Fornecedores de Materiais e Serviços, o qual vem sendoplenamente utilizado e que mantém um banco de informações sobre o nível de qualidade ecumprimento das obrigações contratuais de cada fornecedor, como garantia e manutenção.

Visando aumentar o número de fornecedores, assim como incrementar acomunicação com os já cadastrados na Embrapa Tabuleiros Costeiros, foi criado, em 2001, umsistema de divulgação de licitações pela Internet, através do Portalhttp://www.cpatc.embrapa.br. Para se obter parâmetros aceitáveis nos preços dos bens/serviçoslicitados, são realizadas, previamente, consultas a Internet, a catálogos de fornecedores e,quando for o caso, ao arquivo de notas de aquisições anteriores. A depender da natureza e dosvalores dos produtos/serviços a serem adquiridos, são feitas também consultas de referência àsdemais UD´s e a instituições públicas congêneres, em busca de especificações de demandassemelhantes. Para isto, o Processo de Compras participa de uma lista específica na Internet.

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Ressaltamos ainda que, quando a licitação envolve bens patrimoniais de valores expressivos denecessidade em várias UD´s, é prática da Embrapa efetuar uma única licitação a nível nacional,onde se obtém uma maior redução nos custos.

A avaliação e seleção de fornecedores obedecem aos requisitos de normalidadefiscal, tributária e de capacitação estabelecidos por força de legislação e, quando for o caso, avalidação de qualidade por instituições citadas como referência pelo fornecedor.

Os editais para aquisição de bens e serviços obedecem a padrões estabelecidos pelaEmbrapa e são especificados de forma clara, objetiva e rigorosamente correta nos moldes da lei.

O credenciamento dos profissionais de saúde para atenderem o PAM/Embrapa é feitotambém por Editais nos moldes da lei 8666/93. Nos processos licitatórios nas modalidades deCarta Convite, Tomada de Preços, Concorrência Pública e Pregão, os fornecedores tomamconhecimento do atendimento ou não dos requisitos exigidos, no decorrer do próprio processo.Nos processos de Dispensa de Licitação os fornecedores são informados, sob demanda, e pelomesmo meio de comunicação que solicitou, do resultado da licitação e dos fatores que levaramao seu descredenciamento e/ou desclassificação, quando for o caso.

A avaliação do atendimento dos requisitos exigidos nos produtos/serviços licitados éfeita por técnicos da área referente ao produto/serviço. Estes técnicos acompanham todo oprocesso licitatório, desde as especificações para o Edital até a conferência dosprodutos/serviços para o recebimento. Os serviços terceirizados são acompanhados e avaliadospelo supervisor do processo de Manutenção e Instalação, o qual mantém reuniões periódicas comas empresas prestadoras dos serviços onde são levantadas as necessidades de investimentos nacapacitação e motivação da mão-de-obra bem como de melhoria na qualidade dos produtos eserviços.

7. RESULTADOS DA ORGANIZAÇÃO

Pelo seu constante empenho em cumprir sua missão e os objetivos estratégicos deseu Plano Diretor, bem como atingir suas metas institucionais, buscando oferecer a seus clientesum excelente atendimento além de tecnologias, produtos e serviços de qualidade, a EmbrapaTabuleiros Costeiros é reconhecida e respeitada pela sua competência no agronegócio daecorregião na qual se insere. Nos itens seguintes são apresentados os principais resultadosobtidos pela Unidade, relativos aos seus clientes, recursos humanos e financeiros, fornecedores,às tecnologias, produtos e serviços gerados em 2002, ao tempo em que faz uma retrospectivada evolução do seu desempenho, nos últimos anos.

7.1. Resultados Relativos aos Clientes

A Embrapa Tabuleiros Costeiros vem se empenhando na busca pela excelência noatendimento aos clientes, consciente de que a imagem da Instituição é formada a partir de umconjunto amplo de situações, nas quais ela se projeta junto ao mercado. Em função dos diversosatributos necessários para este fim, a Empresa realiza pesquisas para aferir, em cada Unidade,como está se processando o atendimento dos clientes e o grau de satisfação destes com osserviços que lhes são prestados.

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Em 2001 foi realizada pela Embrapa uma pesquisa para avaliar o nível de satisfaçãodos seus clientes com o atendimento que lhes é dispensado, quando foram entrevistados 42clientes da Embrapa Tabuleiros Costeiros. No segmento para avaliar o grau de relacionamento docliente com a Unidade, duas questões foram apresentadas: a primeira indagava se o cliente foiprocurado pela Unidade após a aquisição de um produto, onde apenas 45% responderam SIM. Aoutra questão procurava saber se ele voltaria a procurar a Unidade para novos conhecimentos,consultas, produtos, serviços e tecnologias, sendo que 100% responderam SIM.

Mesmo considerando a predisposição de 100% de retorno de seus clientes,indicativo da credibilidade da Unidade, deve-se dar especial atenção ao compromisso de se fazero acompanhamento após o término dos serviços, para avaliar a satisfação do cliente, comopreconiza a Empresa. Este procedimento deverá ser fortalecido a partir de 2003.

A pesquisa também avaliou a satisfação dos clientes em 14 atributos relacionadoscom a qualidade dos serviços prestados pela Instituição. Os resultados indicaram que a médiaponderada dos atributos, para a Embrapa foi de 4,29 para uma nota máxima de 5, enquanto quea Embrapa Tabuleiros Costeiros ficou um pouco abaixo da média geral, com média ponderada4,16. Além do grau de satisfação medido para cada atributo, a pesquisa ainda avaliou o grau desatisfação global do cliente, levando em conta a experiência com a Unidade. O resultado destaavaliação, mostrou que a média da Embrapa foi de 2,78, enquanto que a da Embrapa TabuleirosCosteiros atingiu 3,76.

Os resultados obtidos pela Unidade sinalizaram que alguns aspectos no serviçoprestado não estavam sendo cumpridos de forma adequada, impedindo uma melhor percepçãodos clientes sobre a Unidade.

A avaliação de como estão se processando as práticas de relacionamento com ocliente na Embrapa Tabuleiros Costeiros foi realizada duas vezes nos últimos três anos, quandoforam avaliados os atendimentos por telefone, por carta e por e-mail. Para o atendimentotelefônico, a análise comparativa dos resultados mostrou que o índice de performance daUnidade permaneceu praticamente no mesmo nível nas duas avaliações. Entretanto, os pontosfortes e fracos foram detectados e esforços estão sendo direcionados para a melhoria daquelesitens que não atingiram ou se aproximaram dos padrões de excelência estabelecidos pelaEmpresa.

No tocante ao atendimento por carta, embora tenha havido a evolução de umasituação totalmente inaceitável, na primeira avaliação, para uma posição mais razoável, nasegunda, os resultados evidenciaram a necessidade de aprimoramento nos padrões para essaforma de atendimento. O ponto mais fraco da Unidade identificado na pesquisa, foi aapresentação visual dos materiais informativos disponibilizados para os clientes. Com a melhoriadesses materiais já sendo processada, como também de outros aspectos levantados, espera-seum melhor resultado na próxima avaliação.

O índice de performance do atendimento por e-mail, principal canal de acesso dosclientes, foi o que apresentou melhor resultado na última avaliação realizada, evoluindo de 25%para 62,5% o percentual de notas 3 dada pelos clientes a cada atributo questionado para estetipo de atendimento. Na Segunda pesquisa houve a Unidade obteve melhores notas em todos ositens, evidenciando que as medidas tomadas para a implantação do SAC estão surtindo efeito eque a tendência é a Unidade se aproximar mais ainda dos padrões de excelência estabelecidospela empresa. Neste atendimento, o índice da Unidade(62,5%) ficou acima da média geral daEmbrapa (52,15%).

A análise comparativa dos índices de performance geral da Unidade nos três tipos de

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atendimento ao cliente, nas duas avaliações realizadas, evidenciou que a Unidade melhorou em89% a qualidade do atendimento dispensado aos seus clientes, passando de um desempenho de28,3% em 1999, para 53,6%, em 2000. A posição da Embrapa Tabuleiros Costeiros no“ranking” das Unidades da Embrapa pelo Índice de Performance Geral do Atendimento ao Clientepassou do 47º lugar em 1999 para o 24º lugar em 2000. Em 1999, o desempenho da Unidade(28,3%) foi inferior ao desempenho médio das Unidades da Embrapa (39,9%); já em 2000, amédia da Unidade (53,6%) foi superior à média geral de todas as Unidades (51,8%). Estesresultados mostraram uma tendência de melhoria no desempenho da Unidade, evidenciando oesforço que a Unidade vem empreendendo para a melhoria da qualidade do atendimentodispensado aos seus clientes. A Unidade vem, nos últimos dois anos, tentando aperfeiçoar aindamais os seus procedimentos, identificando as oportunidades de melhoria nesses atendimentos eprocedendo as correções necessárias, visando atingir a meta da Embrapa, que é de um ÍndiceGeral de Performance de 80%.

A partir do último trimestre de 2002, a Unidade passou a aferir o índice dereclamações dos usuários desse serviço. Nos dois meses computados, este índice foi de apenas1,25%, o que evidencia a manutenção da boa qualidade do atendimento por e-mail na Unidade.A avaliação do número de atendimentos realizados pelo SAC no período 2000/2002, mostra umcrescimento de 79% das consultas por e-mail, que passaram de 482 para 861, justificando apreocupação da Unidade em promover melhorias para o aperfeiçoamento desse serviço. Por suavez, o número de atendimentos por cartas passou de 596 em 2000 para 164 em 2002, o que écompreensível dado os avanços da tecnologia de comunicação.

Os principais resultados da Embrapa Tabuleiros Costeiros junto a seus clientestambém são avaliados através do número da ações de transferência de tecnologia e promoção deimagem, realizadas; da sua atuação na comunicação para a transferência e nos negóciostecnológicos oferecidos à sociedade. Estes resultados são apresentados a seguir:

a) Transferência de Tecnologia

Conforme mostrado na tabela 6, a evolução do desempenho da Unidade narealização de atividades para a transferência das tecnologias geradas e para a promoção de suaimagem vem apresentando um crescimento gradativo, ano a ano, no período de 1998 a 2002.

TABELA 6. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E PROMOÇÃO DE IMAGEM DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS.PERÍODO 1998-2002.

Indicadores de Desempenho 1998 1999 2000 2001 2002 Taxa Cresc.(%)98/02

Curso Oferecido 216 216 260 240 381 76

Dia de Campo 17 30 27 28 29 70

Folder Produzido 12 21 10 14 11 -8

Organização de Eventos 7 10 13 20 24 242

Palestra 52 55 85 114 127 144

Matéria Jornalística 0 0 126 140 200 -

Unidades Demonstrativas/Observação 16 13 26 28 35 118

Vídeo Produzido (3 min) 0 0 0 7 24 -

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Neste período, os maiores crescimentos ocorreram nos itens Organização de Eventose Palestras (242% e 144%, respectivamente), atividades que reúnem grande número departicipantes. A taxa de crescimento de Cursos Oferecidos (76%) foi significativa e é atribuída,em grande parte, às parcerias firmadas pela Unidade, em 2002. Os itens UnidadesDemonstrativas/ de Observação e Dia de Campo, que visam a apresentação prática dastecnologias desenvolvidas pelos pesquisadores, também apresentaram acentuado crescimento noperíodo (118% e 70%, respectivamente).

O número de matérias jornalísticas realizadas nos últimos três anos (2000/2002),aumentou em 58%. É importante salientar que, além do crescimento no número de matérias, temocorrido o aumento do número de matérias veiculadas em órgãos de imprensa de outros estados,além de Sergipe. Em 2001 foram 12 matérias publicadas em veículos de outros Estados,passando para 36 em 2002, com incremento de 200%. Este índice mostra o esforço que vemsendo realizado para divulgar mais amplamente a Unidade, possibilitando que um maior númerode clientes e a sociedade em geral tomem conhecimento das ações que nela estão sendodesenvolvidas e ajudando a fortalecer a sua imagem na ecorregião dos tabuleiros costeiros.

Apesar das restrições orçamentárias enfrentadas pela Unidade em 2002, as metasde transferência de tecnologia e promoção da imagem foram alcançadas. Isto foi possível emfunção do próprio esforço da Unidade em se adequar às condições adversas, como também peloincremento das ações de parcerias com entidades públicas e privadas e com os produtores.

Atenta à sua missão, a Unidade deu ênfase à promoção de eventos com temasrelacionados com os recursos naturais do seu ecossistema, realizando o I Simpósio deGeoprocessamento e Sensoriamento Remoto da Região Nordeste, o I Simpósio de SistemasAgroflorestais de Sergipe, o II Encontro de Agrometeorologistas do Nordeste e o II Curso deAgricultura Agroecológica do Nordeste. Como unidade referencial para a cultura do coqueiro,destaca-se a promoção do I Encontro Nacional sobre a Cultura do Coqueiro, em Maragogi - AL eo IX Curso Nacional sobre a Cultura do Coqueiro, realizado em São José do Rio Preto - SP.

Outra importante ação desenvolvida em 2002 foi a retomada do Ciclo de PalestrasTécnicas da Unidade, permitindo que os diversos segmentos da sociedade interessados nasquestões do agronegócio participassem das discussões sobre as principais ações de pesquisa daUnidade.

b) Comunicação para Transferência

As ações conjugadas de transferência de tecnologia e de comunicação vêmpermitindo o cumprimento das metas estabelecidas, a manutenção de um número elevado devisitas de clientes à Unidade e aos seus campos experimentais e do número de consultastécnicas atendidas anualmente. O incremento de 80% no número de visitas e de 20% no númerode consultas verificado no período de 1999 a 2002 (tabela 7), é uma indicação de que osclientes da Embrapa Tabuleiros Costeiros estão sendo bem atendidos e que as suas expectativase necessidades estão sendo satisfeitas. Observa-se, também, que o maior incremento no númerode visitas dos clientes à Unidade ocorreu no período de 1999 a 2000, mantendo-se praticamenteconstante nos últimos três anos.

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TABELA 7. OUTRAS ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1999-2002.

Tipo de atividade 1999 2000 2001 2002Visitas de Clientes 2600 4621 4933 4704Consultas Técnicas de Clientes 2800 2984 3528 3348

c) Negócios Tecnológicos

No ano de 2002, apesar da área de negócios da Embrapa Tabuleiros Costeiros sofrerlimitações, como a escassez de recursos financeiros, número insuficiente de colaboradores efalta de treinamento e capacitação dos mesmos, algumas ações importantes foramimplementadas pela ANT, como a ampliação de parcerias e a captação de receita indireta,tornando a Embrapa Tabuleiros Costeiros mais contextualizada, competitiva, produtiva e menosdependente dos recursos da União.

Para o cumprimento das metas em ações de transferência de tecnologia,comprometidas no PAT/2002, a Unidade contou com a colaboração de aproximadamente 74parceiros, entre novos e já existentes, incluídos nos vários tipos de parceria mostrados na tabela5, através dos quais captou uma receita indireta em torno de R$ 163.000,00 (Cento e sessentae três mil reais). Vale ressaltar que nos anos anteriores, os recursos utilizados para a realizaçãodessas metas eram provenientes, em quase sua totalidade, da receita direta da Unidade. Arelação de grande parte das parcerias firmadas em 2002 é apresentada no item 6.1.

Ainda com relação aos benefícios das parcerias conquistadas pela Unidade, verifica-se uma intensificação no relacionamento desses parceiros, com um incremento significativo, nãosó no número de parceiros, como também no número de ações realizadas em parcerias. Observa-se que o marketing de relacionamento utilizado pela ANT promoveu uma maior interação daEmbrapa Tabuleiros Costeiros com seus parceiros, demonstrando sua capacidade de conquistar emanter relacionamentos duradouros, ampliando inclusive seu raio de ação para outros Estados econsolidando, assim, sua inserção no contexto das instituições parceiras e do agronegóciobrasileiro.

A captação de recursos por meio da comercialização de sementes do milho AssumPreto, em parceria com o Escritório de Negócios de Petrolina, possibilitou uma arrecadação dereceita indireta no valor referente aos royaltes da Unidade. Entretanto, essa arrecadação aindanão foi repassada para a Unidade, deixando de ser computada na captação de recursos.

Destaca-se ainda, em 2002, a ampliação da atuação da Embrapa TabuleirosCosteiros nos meios sociais, através de ações como: a) a disponibilização, em parceria com oEscritório de Negócios de Petrolina, de 8.970 Kg de sementes básicas de milhos Asa Branca eSertanejo, destinadas ao “Programa Nacional de Produção de Sementes Básicas em ComunidadesRurais“; b) a disponibilização de 60 animais ovinos para a comunidade indígena Fuly-Fulny-ô,situada no Estado de Pernambuco; embora esses negócios não gerem receita indireta, trazemresultados positivos sob o ponto de vista do balanço social, fortalecendo a imagem e missãoinstitucional; c) a reserva de vagas gratuitas em cursos, para atender aos diversos segmentosdescapitalizados de pequenos produtores; essa ação possibilita e garante o acesso dessessegmentos aos diversos treinamentos ofertados pela Unidade.

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No ano de 2002 a Unidade realizou a Clínica Tecnológica, que consiste num eventode contato pessoal e direto entre pesquisador e cliente. Geralmente, os clientes são grupos depequenos produtores que são excluídos dos eventos comuns de transferência de tecnologia, jáque as suas demandas muitas vezes não são nem expostas. Essa forma de atuação é inovadoraem dois aspectos: é fonte potencial de prospecção de demandas e é um veículo de transferênciae validação das tecnologias, produtos e serviços. Nesse processo, os atores são igualmentebeneficiados. Essa experiência foi fruto de uma parceria com o SEBRAE–SE, apresentando altonível de participação e excelente resultado, avaliado através de uma consulta de satisfação dosclientes, realizada durante o evento.

Além das ações realizadas em parceria com outras instituições, no ano de 2002, aUnidade também vislumbrou, através desses contatos, novas possibilidades de negócios, como:a) implantação e implementação de Clínicas Tecnológicas com diferentes parceiros e locais; b)articulação de financiamento junto ao SEBRAE-SE para o projeto PATME/SEBRAE; c) implantaçãode incubadoras sociais e de caracter produtivo, também em parceria; d) realização de prospecçãode demandas junto às associações, sindicatos, assentamentos e outras entidades dos diversossegmentos menos favorecidos, envolvidos com a Embrapa Tabuleiros Costeiros; e) mapeamentodas demandas e das tecnologias existentes, acessíveis a esses segmentos; f) inserção maisefetiva nos movimentos sociais descapitalizados, gerando maiores compromissos com osmesmos.

Por fim, a filosofia ANT é de atender sempre que possível as demandas internas eexternas, articulando sempre com outros parceiros a fim de atrair resultados positivos para asociedade.

No tocante à comercialização de tecnologias, produtos e processos, a Unidade temprocurado incrementar seu desempenho, nos últimos anos, no investindo em melhorias no Pontode Vendas e a ampliando o seu acervo, com publicações e vídeos de outras Unidades que têminfluência no agronegócio da região. O demonstrativo de vendas de produtos de comunicação,mudas, sementes básicas e insumos agropecuários, no período de 2000 a 2002, consta nastabelas 8.

Em 2002 a Unidade vendeu 1628 publicações, entre livros, manuais e PublicaçõesTécnicas da Embrapa. O carro chefe do setor continua sendo o material relacionado ao coco,destacando-se o livro A Cultura do Coqueiro no Brasil, editado pela Unidade e que já está na suasegunda edição.

No que se refere a venda de sementes, a Unidade possui programas demelhoramento em parcerias com os Centros de Milho e Sorgo, e de Arroz e Feijão o que tempossibilitado produzir sementes básicas de arroz e de milho, que são utilizadas em projetos detransferência de tecnologia, em parceira com Órgãos de Assistência Técnica, SecretariasMunicipais de Agricultura, Associações de Produtores, cuja sobra é comercializada para ospequenos agricultores.

O produto Curadermite, desenvolvido pela Unidade e utilizado no controle dasdoenças que atingem os cascos de eqüinos, bovinos, ovinos, suínos e caprinos, continua sendobastante vendido, com um crescimento de 88% na sua comercialização, no ano de 2002,comparado a 2001.

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TABELA 8. EVOLUÇÃO DA VENDA DE PRODUTOS DE COMUNICAÇÃO, MUDAS, SEMENTES BÁSICAS E INSUMOS

AGROPECUÁRIOS. EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 2000-2002.

Produtos 2000 2001 2002Vídeos (un) 66 54 21Livros (un) 543 230 203Manuais (un) 1340 865 713Agenda (un) 0 26 1Publicações Técnicas (un) - - 712Mudas (un) 1673 4376 965Sementes de arroz (t) 5.3 0 6Sementes de milho (t) 16.2 20 10Curadermite (l) 2494 1610 3028

Com relação a programação de produção animal, a Unidade desenvolve trabalhoscom o melhoramento de ovinos da raça Santa Inês, cujos reprodutores selecionados sãocomercializados entre os produtores, visando a melhoria de seus rebanhos. O mesmo ocorre comos animais machos, oriundos do rebanho leiteiro da raça holandesa que, uma vez preenchidos oscritérios técnicos da raça, são vendidos para reprodutores. A evolução da venda desses animais,nos últimos três anos, é mostrada na tabela 9.

TABELA 9. EVOLUÇÃO DA VENDA DE GERMOPLASMA DE GRANDES ANIMAIS E PEQUENOS ANIMAIS

(UNIDADES) . EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 2000-2002.

Tipos de Germoplasma 2000 2001 2002Matrizes 0 14 20Grandes animais

(Gado de leite) Reprodutores 30 23 3Matrizes 79 19 0Pequenos animais

(Ovinos) Reprodutores 34 8 68

Além da venda de tecnologias e produtos, a Embrapa Tabuleiros Costeiros tambémoferece a seus clientes outros serviços, como treinamentos e análises laboratoriais (tabela 10).Com a contratação de novos pesquisadores, a Unidade diversificou sua oferta de treinamentos, aexemplo, dos cursos sobre a cultura da banana e de citros, e continuou a oferecer treinamentosna cultura do coco, tanto a nível da Unidade como em outros estados (São Paulo, Rio de Janeiro,Mato Grosso e Bahia).

TABELA 10. EVOLUÇÃO DA VENDA DE SERVIÇOS DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

Tipos 1998 1999 2000 2001 2002Público Treinado (nº. participantes) 422 703 227 495 294Análises laboratoriais para clientes (un) 0 503 580 224 153

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Outros indicadores de apoio tecnológico também mostram o desempenho da unidadena transferência de tecnologia e de suporte às suas atividades de pesquisa, tais como arealização de análises laboratoriais e concessão de estágios de complementação educacional. Aevolução desses indicadores, nos últimos quatro anos, é apresentada na tabela 11.

TABELA 11. OUTROS INDICADORES DE DESEMPENHO DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

Indicadores 1998 1999 2000 2001 2002Análises laboratoriais p/ subprojetos (nº) 0 8398 8862 7584 8419Estágio de Nível Médio (h) 0 17229 23355 25157 19213Estágio de Graduação (h) 0 8847 17331 37334 38885Estágio de Pós-Graduação (h) 0 0 3066 3543 3527

No período de 1999 a 2002, observou-se um incremento em todos os indicadores deapoio tecnológico e de suporte à pesquisa, desenvolvido pela Unidade, destacando-se os estágiosde graduação, para o qual houve uma taxa de crescimento de 395 %, no período.

7.2. Resultados Orçamentários e Financeiros

Neste item do relatório, são apresentados os resultados referentes aos recursosfinanceiros e orçamentários obtidos via Tesouro Nacional, Projetos com financiamentointernacional – PRODETAB (Recursos Externos) e convênios com e sem descentralização decrédito, os quais chegam à Unidade via SIAFI. Também são apresentados os resultadosreferentes a receita indireta, a qual é obtida junto a Agências Financiadoras, cujos recursos sãopassados direto aos pesquisadores ou administrados por Fundações.

a) Recursos Financeiros

A evolução das despesas da Embrapa Tabuleiros Costeiros no período de 1998 a2002, por fontes de financiamento, em valores corrigidos pelo INPC, encontram-se na Tabela 12.Observa-se uma forte redução dos recursos do Tesouro Nacional no ano de 2002, em relação a2001, em função da necessidade da obtenção pelo Governo Federal de superávit primário(receita menos despesas, excluídos os juros da dívida pública). Vale salientar também, que ofluxo de repasse foi descontínuo. A criação do critério “limite de pagamento“ definido como “aquantidade de recursos que pode ser utilizado em um determinado período” contribuiudecisivamente para o agravamento do fluxo de recursos, tendo havido inclusive, atraso nopagamento de despesas fixas com telefone, água, eletricidade, vigilância e limpeza. Observa-setambém, que o volume de recursos repassado pelo Tesouro em 2002, é o menor do período1998-2002. Em 2002, a receita própria foi menor que a obtida em 2001, a qual foi recorde doperíodo 1998-2002. Este fato deveu-se a alienação de bovinos e ovinos. No caso dos bovinos,foram vendidos os animais remanescentes do rebanho GIR leiteiro, valendo ressaltar que osanimais superiores foram enviados para a Embrapa Gado de Leite, em troca de animais da raçaHolandesa. Como as outras instituições governamentais também tiveram, em 2002, os mesmosproblemas orçamentários e financeiros e os recursos de convênios foram diminuídosdrasticamente.

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TABELA 12 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS RECEBIDOS POR FONTE DE FINANCIAMENTO EMBRAPA TABULEIROS

COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.R$ 1.000,00

Fonte de Financiamento 1998 1999 2000 2001 2002Tesouro Nacional 1410* 1238 1362 1489 886Receita Própria 326 401 316 407 325Convênios 147 92 66 96 16Recursos Externos 66 0 0 77 205Total 1949 1731 1744 2069 1432

*Valores corrigidos pelo INPC

Na Figura 3 são mostrados os recursos financeiros utilizados no período 1998 –2001 e os Índices de Desenvolvimento Institucional, obtidos pela Unidade no mesmo período.Observa-se que em 1998 os recursos recebidos foram relativamente maiores e que o IDI obtidofoi inferior ao dos anos subsequentes. Nos anos de 1999 e 2000 a situação inverteu-se e, apesarda diminuição dos recursos, a Unidade aumentou o seu IDI, demonstrando eficiência na utilizaçãodos mesmos. Em 2001, IDI e recursos recebidos foram equivalentes. Entretanto, observa-se umforte aumento do IDI no ano de 2001 em relação a 2000, o que elevou a classificação daUnidade do 28º para o 9º lugar, no Sistema de Avaliação de Unidades da Embrapa.

1400

1600

1800

2000

2200

1998 1999 2000 2001

Anos

Des

pesa

s R$ (x1

000)

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

IDI

DespesasIDI

Figura 3. Evolução das despesas e do IDI da Embrapa TabuleirosCosteiros, no período de 1998 a 2001.

b) Recursos Orçamentários

Na tabela 13 estão os recursos orçamentários recebidos por rubrica no período 1998a 2002. Observe-se que somando-se as rubricas outros custeios com a rubrica capital nestaúltima tabela, são obtidos os mesmos valores anuais, contidos na última linha da tabela 12. Istoindicaria, que os recursos orçamentários previstos foram plenamente utilizados. Entretanto, valesalientar que o orçamentos anuais sofreram cortes e ou contingenciamentos em função dapolítica econômica do Governo Federal. Portanto, os valores orçamentários foram ajustados aosvalores financeiros recebidos. Quanto a rubrica pessoal, a mesma foi aumentada em 2002, nãosomente devido a contratação de novos colaboradores (pesquisadores e pessoal de apoio) comotambém em função das despesas oriundas do dissídio coletivo. Quanto a rubrica capital, observa-

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se também uma forte retração em 2002, tendo sido um dos menores repasses do período, maiorapenas que o ocorrido em 1998. Observe-se que a rubrica capital é fundamental para aatualização de equipamentos de laboratório, informática e da frota de veículos. Vale salientar quede uma previsão para aquisição de trinta computadores foram adquiridos apenas 12. Quanto afrota de veículos, somente foi adquirido um veículo. Através de aquisição feita pela sede, aUnidade recebeu um ônibus novo, o qual veio solucionar um sério problema vinculado aos altoscustos de manutenção do antigo ônibus o qual encontra-se com vida útil esgotada.

TABELA 13 - EVOLUÇÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS RECEBIDOS POR CATEGORIA DE DESPESA.EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

R$ 1.000,00Categoria de Despesa

1998 1999 2000 2001 2002Pessoal 7455* 7150 7053 6972 8313Outros Custeios 1841 1463 1486 1718 953Capital 108 268 258 351 15Total 9404 8881 8797 9041 9281

*Valores corrigidos pelo INPC

c) Receita Indireta

No ano de 2002 a Unidade teve a sua receita indireta aumentada significativamente,conforme demonstra a tabela 14. Em 2002, o volume de recursos recebidos do CNPq para opagamento de bolsas, quase que dobrou em relação a 2001. O mesmo aconteceu com osrecursos obtidos junto a entidades parceiras para a realização de eventos. Vale citar as parceriascom o SEBRAE-SE, Federação da Agricultura do Estado de Sergipe, Secretarias Estadual eMunicipal de Ciência e Tecnologia, Fundação de Apoio a Pesquisa de Sergipe – FAP, Banco doNordeste e Banco do Brasil. Em termos de financiamentos de projetos de P&D, destacam-se osrecursos recebidos do CNPq, para a implementação de projetos nas áreas de Produção Integradade Frutas – Coco e Citros, Melhoramento Genético do Coqueiro e Sistemas Agrossilvopastoris.Através da FAP a unidade recebeu recursos da FINEP para implementação do projeto “Geraçãode tecnologia, agregação de valor e pesquisa de mercado, para o desenvolvimento sustentável doagronegócio da fruticultura no estado de Sergipe”. Estes recursos de receita indiretapossibilitaram a Unidade a superar a crise financeira decorrente das restrições orçamentárias, em2002, dando-lhe condições para o cumprimento de sua programação de P&D e transferência detecnologia. Vale salientar que os valores aqui apresentados não estão corrigidos pelo INPC.

TABELA 14 - EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DE RECEITA INDIRETA (RECURSOS RECEBIDOS DE TERCEIROS).EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 2001-2002.

R$ 1.000,00Fonte de Recursos

2001 2002Bolsas 52331 90029Outros Recursos 181366 237128Projeto de P&D 34710 645333

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7.3. Resultados Relativos às Pessoas

A evolução do quadro de pessoal da Embrapa Tabuleiros Costeiros no período de1999 a 2001 (tabela 15), evidenciou uma redução de 9,44% dos seus empregados, sobretudoem pessoal de apoio (15,33%). Este fato ocorreu em função dos planos de redução de pessoaladotados pela Empresa e das aposentadorias de empregados. Em 2002, a Unidade elevou para182 colaboradores, provenientes das 18 contratações obtidas através da realização de concursospúblicos, representando um acréscimo de 11,65% em seu quadro geral de pessoal, em relação a2001.

TABELA15 - EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1999-2002.

Ano Pessoal de apoio Pesquisador I Pesquisador II Pesquisador III Total1999 137 1 30 12 1802000 132 0 31 13 1762001 116 0 32 15 1632002 128 0 38 16 182

A contratação desses novos colaboradores vem proporcionando a oxigenação do seuquadro de pessoal e, conseqüentemente, o alinhamento de novos perfis profissionais às diversaslinhas de pesquisas do Centro.

A Unidade, através do programa de pós-graduação da Embrapa, continua elevando,anualmente, o nível acadêmico dos pesquisadores que compõem o seu quadro técnico-científico.Nos últimos quatro anos, as taxas de crescimento do número de pesquisadores II e III, foram de26,67 % e 33,33 %, respectivamente.

A evolução da capacitação dos empregados da Embrapa Tabuleiros Costeiros noreferido período, mostrado na tabela 16, evidencia um constante esforço da Unidade em investirno treinamento de seus colaboradores, tanto a nível de pós-graduação quanto em eventos decurta duração.

Em 2002, a Embrapa Tabuleiros Costeiros ofereceu a seus colaboradores cursos deinformática com ênfase em planilha eletrônica, com o objetivo de maximizar a eficiência notratamento dos dados de pesquisa.

O número de colaboradores inclusos no programa de pós-graduação cresceu em 50%, no ano de 2002 comparado a 2001, passando de 6 para 9 treinandos. O plano decapacitação de curta duração, atingiu pesquisadores e pessoal de suporte à pesquisa, num totalde 2054 horas/aula, incluindo os treinamentos internos em informática, oficinas corporativasoferecidas pela Sede, além de participações em congressos. Esse tipo de treinamento tem sidoconsideravelmente prejudicado pelas restrições orçamentárias ocorridas no último ano. Essestreinamentos estiveram mais direcionados ao corpo técnico do Centro, que conseguiuparticipação graças às parcerias firmados com outras Unidades da Embrapa e outras instituiçõespúblicas ou privadas.

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TABELA 16 – EVOLUÇÃO DA CAPACITAÇÃO DE EMPREGADOS DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS.PERÍODO 1999-2002.

Tipo de Treinamento Local Nível 1999 2000 2001 20020 0 0 15 8 6 6País

MestradoDoutoradoPós-doutorado 0 0 0 0

0 0 2 2

Pós Graduação(nº de pessoas)

Exterior DoutoradoPós-doutorado 0 0 0 0

1596 976* 492* 1668País

PesquisadoresSuporte à pesquisa 885 2287 316 330

0 0 0 56

Curta-Duração (horas/aula)

Exterior PesquisadoresSuporte à pesquisa 0 0 0 0

* Nos anos de 2000 e 2001 não foram contabilizadas as participações em congressos e visitastécnicas.

No sistema de alternância entre os processos de promoção por merecimento epremiação dos empregados da Embrapa, a Unidade premiou, em 2002, aproximadamente52,75% dos seus colaboradores, com bonificações que variaram de R$ 361,57 (Trezentos esessenta e um reais e cinquenta e sete centavos) a R$ 3.274,80 (Três mil duzentos e setenta equatro reais e oitenta centavos), o que resultou em um elevado índice de satisfação por parte damaioria dos mesmos.

7.4. Resultados Relativos a Fornecedores

No ano de 2002 a Embrapa Tabuleiros Costeiros teve muitas dificuldades pararealizar abertura de diversas modalidades licitatórias, devido a problemas orçamentáriosexistentes no período. Desta forma, grande parte das aquisições foram realizadas através deDispensa de Licitação, procurando, na medida do possível, ter três propostas, de forma aassegurar o melhor preço e desta forma, uma boa concorrência entre os fornecedores.

Dos pregões realizados, três tiveram que ser cancelados por motivo de falta derecursos orçamentários na Unidade. Parte desses produtos foram posteriormente adquiridos comrecursos do Prodetab, através do Shopping.

Atualmente a Unidade possui 257 fornecedores cadastrados no sistema de comprasda unidade, existindo, ainda, alguns que ainda não foram cadastrados. Este ano, foramconsultados 99 fornecedores e as consultas mais freqüentes foram a fornecedores decombustíveis, material de laboratório, reagentes, fertilizantes, ração, material de informática epeças para veículo.

Este ano, além de compras realizadas pelo Prodetab, a Unidade também realizoucompras pelos convênios do CNPq e FINEP para os pesquisadores que possuem recursosespecíficos nas referidas fontes financiadoras, através de projetos de P&D.

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7.5. Resultados Relativos aos Serviços/Produtos e aos Processos Organizacionais

A análise dos resultados obtidos pela Embrapa Tabuleiros Costeiros no contexto doSAU/SAPRE, nos últimos anos, mostra que no período de 1998 a 2001, a Unidade apresentouuma evolução significativa nos seus índices de Eficácia e Eficiência Relativa, que passaram de0,6579 e 0,2264, em 1998, para 0,9946 e 0,9759, em 2001, respectivamente, comoapresentada na Figura 4. Os resultados relativos a 2002 ainda não foram avaliados.

Figura 4. Evolução dos índices de Eficácia e Eficiência Relativa daEmbrapa Tabuleiros Costeiros no período de 1998 a 2001.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros encerrou o ano de 2002 com a execução de 16projetos e 63 subprojetos de P&D e de Desenvolvimento Institucional, vinculados ao SEP eincluídos em 11 dos 19 programas do PRONAPA (tabelas 2 e 3). Observa-se que, no período2001/2002, houve um decréscimo de 21,87% no número de subprojetos da programação deP&D da Unidade, vinculada ao SEP. Este fato foi previsto com a implementação do atual SistemaEmbrapa de Gestão, que incorpora a criação dos Macroprogramas. Dentro desta novasistemática, projetos/subprojetos vinculados ao SEP e que compõem o Macroprograma deTransição, serão gradualmente concluídos até 2004, sendo substituídos por uma novaprogramação com projetos, planos de ação e atividades nos moldes estabelecidos pela Empresa eaprovados em editais internos.

Por outro lado, verificou-se um incremento de 150% dos projetos de P&D aprovadoscom fontes externas de financiamento, passando de 4, em 2001, para 10 em 2002 (tabela 4).Os principais fatores responsáveis por esse incremento estão relacionados a estruturação dosnúcleos temáticos, pela Chefia de P&D, e a mobilização da equipe técnica da Unidade para aelaboração de projetos competitivos.

Os resultados da Unidade, relativos ao cumprimento de suas metas de P&D, nascategorias de produção técnico-científica, produção de publicações técnicas e desenvolvimentode tecnologias, produtos e processos, no período 1998/2002, são apresentados nas tabelas, 17,18 e 19, respectivamente.

0,6579

0,9446

0,8092

0,9946

0,2264

0,3378

0,5675

0,6824

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1998 1999 2000 2001

Anos

Índi

ces

de E

ficá

cia

e Ef

iciê

ncia

*

Eficácia

Eficiência

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TABELA 17. PRODUÇÃO TÉCNICO CIENTÍFICA DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

Indicadores de Desempenho 1998 1999 2000 2001 2002 Taxa Cresc. (%)98/02

Artigos Anais Congresso / Nota Técnica 17 20 14 10 72 317Artigos em Periódicos Indexados 17 17 20 25 33 94Capítulo em Livro Técnico-Científico 1 2 25 14 18 1700Orientação Teses Pós-Graduação 0 0 0 1 2 -Resumo em Anais Congresso 20 26 54 65 107 450

Observa-se, na tabela 17, que apesar da contenção de recursos financeiros ocorridaem 2002, os indicadores de produção técnico-científica da Unidade apresentaram taxas decrescimento significativos, com relação aos anos anteriores. Destacam-se os números obtidos emcapítulos de livros, resumos e artigos publicados em anais de congresso, que atingiram taxas decrescimento de 1700%, 450% e 317%, respectivamente, de 1998 a 2002. A evolução nonúmero de artigos publicados em periódicos indexados também foi notória, tal que a média depublicações por pesquisador passou de 0,31, em 1998, para 0,61, em 2002, com taxa decrescimento de 94%, no período.

O desempenho da Embrapa Tabuleiros Costeiros, nestes indicadores, tem evoluídogradativa e consistentemente nos últimos anos e isto deve-se, principalmente, aocomprometimento dos pesquisadores com as metas de seus projetos/subprojetos e,consequentemente, com as da Unidade e ao apoio da gerência a estas formas de publicação.

A evolução do total de publicações técnico-científicas da Embrapa TabuleirosCosteiros nos últimos 5 anos é também mostrada na figura 5.

Figura 5. Evolução da Produção Técnico-Científica da EmbrapaTabuleiros Costeiros no período de 1998 a 2002.

5565

113 115

232

0

50

100

150

200

250

Núm

ero

de P

ublic

açõe

s

1998 1999 2000 2001 2002

Anos

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A produção de publicações técnicas (tabela 18), também evoluiu consideravelmenteno período em análise, destacando-se o número de boletins de pesquisa, publicações na sériedocumentos, artigos de divulgação de mídia e organização/edição de livros, sendo que os trêsúltimos indicadores alcançaram, no período 2000/2002, taxas de incremento de 200%, 73% e67%, respectivamente. A estrutura de apoio e editoração criada a partir de 2000, no CLP, é umdos principais fatores responsáveis por esse crescimento.

TABELA 18. PRODUÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

Indicadores de Desempenho 1998 1999 2000 2001 2002 Taxa Cresc. (%)98/02

Artigos de Divulgação na Mídia 0 0 11 15 19 -Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 0 0 0 2 8 -Circular Técnica 0 7 6 8 8 -Comunicado Técnico / Rec. Técnicas 14 5 8 15 11 -21%Organização/Edição de Livros 0 0 3 2 5 -Série Documentos (Periódicos) 0 5 6 14 18 -Sistema de Produção - - - 0 2 -

A figura 6 apresenta o crescimento na produção de publicações técnicas da EmbrapaTabuleiros Costeiros, no período em análise.

1417

34

56

71

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Núm

ero

de P

ublic

açõe

s Té

cnic

as

1998 1999 2000 2001 2002

Anos

Figura 6. Evolução das Publicações Técnicas da Embrapa TabuleirosCosteiros no período de 1998 a 2002.

No desenvolvimento de tecnologias, produtos e processos, a Unidade destacou-secom o elevado número de cultivares testados e recomendadas, além dos projetos dezoneamentos e desenvolvimento de softwares (tabela 19). As ações de parceria com a EmbrapaMilho e Sorgo, a reestruturação do Laboratório de Geotecnologias Aplicadas e a contratação depessoal de apoio na área de informática foram os principais fatores pelos resultados alcançados.

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TABELA 19. DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA, PRODUTOS E PROCESSOS DA EMBRAPA TABULEIROS

COSTEIROS. PERÍODO 1998-2002.

Indicadores de Desempenho 1998 1999 2000 2001 2002 Taxa Cresc. (%)98/02

Base de Dados 0 0 0 0 1 -Cultivar Gerada/Lançada 0 0 2 1 0 -Cultivar Testada/Recomendada 1 0 2 16 27 2600Estirpe 0 0 0 0 1 -Máquinas, Equipamentos e Instalações 0 0 0 1 0 -Metodologia Científica 0 0 0 1 0 -Monitoramento/Zoneamento 1 0 0 0 4 300Software 0 0 0 2 2 -

As tecnologias, os produtos e os processos desenvolvidos pela Embrapa TabuleirosCosteiros, no ano de 2002, são descritos a seguir:

Base de Dados:

!! Bibliografia da cultura do coqueiro gerada pela pesquisa em Sergipe, no período1958/2001.

A pesquisa com a cultura do coqueiro (Cocos nucifera, L.) surgiu em Sergipe nadécada de 40 e as primeiras publicações aparecem na década de 50, sendo que ostrabalhos foram intensificados a partir da criação da Embrapa, na década de 70,culminando com a maior produção nos dias atuais. Durante o período pesquisado,inúmeros documentos foram gerados. O objetivo deste trabalho foi organizar essasinformações em uma base de dados, cuja pesquisa foi realizada nos arquivos daEmbrapa Tabuleiros Costeiros, sendo catalogadas 329 referências, distribuídas emvários temas que compõem o sistema produtivo, e disponibilizá-la para a sociedade afim de contribuir para a competitividade do agronegócio do coco.

Cultivares Recomendadas:

!! Variedade de milho BRS Assum Preto - de porte baixo e ciclo superprecoce, dealta qualidade protéica, apresentando 50 % mais triptofano e lisina (aminoácidosessenciais) que os milhos normais. Após ser avaliada em diversos anos e locais doNordeste brasileiro, expressando bom desempenho produtivo, justifica suarecomendação para exploração comercial na região, principalmente nas áreas dedomínio do semi-árido.

!! Variedade de milho AL Bandeirante - de porte alto e ciclo semi-tardio, tolerante aoacamamento e quebramento do colmo, justifica sua recomendação para o

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Nordeste brasileiro, após expressar alto potencial para a produtividade em umarede de ensaios realizado em vários pontos da região.

!! Variedade de milho SHS 600 EX 200 - de polinização livre, de porte normal deplanta e de ciclo semi-tardio, de alto potencial para a produtividade expressadaem vários ensaios de competição de cultivares realizados em diversos locais doNordeste brasileiro, justificando sua recomendação para toda a região,principalmente, para as zonas do agreste e tabuleiros costeiros.

!! Variedade de milho AL 30 - de polinização livre, de ciclo semi-tardio e portenormal de plantas, de produtividade média alta, o que caracteriza boa adaptaçãoem todo o Nordeste do Brasil. Tal variedade possui ainda atributos agronômicosdesejáveis, o que aliado, à boa adaptação, justifica sua recomendação para todo oNordeste brasileiro, especialmente para as áreas do agreste e tabuleiros costeiros.

!! Variedade AL 34 - de produtividade média alta, o que evidencia boa adaptaçãoem todo o Nordeste do Brasil, com ciclo semi-tardio e porte normal de planta,tolerância ao acamamento e quebramento do colmo, de bom empalhamento,sendo também recomendada para o Nordeste brasileiro.

!! Variedade de milho AL 25 - de polinização livre , porte alto de planta, de ciclosemi-tardio, bom empalhamento e tolerante ao acamamento e quebramento docolmo, justifica sua recomendação para o Nordeste brasileiro, após expressar boaadaptação em uma rede de ensaios realizada na região.

!! Variedade de milho BR 5037 Cruzeta - de ciclo superprecoce e porte baixo deplanta e espiga, assegura sua recomendação para a safra 2002, especialmente,para as áreas de domínio do semi-árido do Nordeste brasileiro, após expressar boaadaptabilidade e estabilidade de produção em uma série de ensaios realizados naregião.

!! Variedade de milho BR 473 - portadora de altos teores de triptofano e lisina(aminoácidos essenciais), o que a caracteriza como material de alta qualidadeprotéica, tem expressiva importância para a região, para utilização em programasde combate a fome e a miséria. Detém alto potencial para a produtividade,comprovado em uma série de ensaios realizados na região.

!! Híbrido simples Colorado 9560 - de alta produtividade, o que retrata boaadaptação no Nordeste brasileiro, justificando, dessa forma, sua recomendação naregião, principalmente para os sistemas de produção de melhor tecnificaçãocomuns nas áreas de cerrados do Oeste baiano, Sul do Maranhão e sudoestepiauiense.

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!! Híbrido triplo Zeneca 8330 - vem expressando boa adaptabilidade e estabilidadede produção no Nordeste brasileiro, aliado a atributos agronômicos desejáveis,justificando sua recomendação para exploração comercial na região,principalmente nos sistemas de produção de médios e grandes produtores rurais.

!! Híbrido triplo Zeneca 8550 - apresenta atributos agronômicos desejáveis, comtolerância ao acamamento e quebramento do colmo, aliado a alto potencial para aprodutividade e boa estabilidade de produção. Sua recomendação é aconselhadapara sistemas de produção melhor tecnificados e o seu uso propiciará mudançassubstanciais no rendimento do milho.

!! Híbrido duplo Agromen 3100 - após ser submetido a diversos ambientes doNordeste brasileiro, mostrou possuir alta adaptabilidade e estabilidade deprodução em toda essa região, sendo dotado ainda de características agronômicasdesejáveis, justificando, dessa forma, sua recomendação para a safra 2002.

!! Híbrido duplo SHS 4040 - apresenta atributos agronômicos superiores, boaadaptabilidade e estabilidade de produção no Nordeste brasileiro, tendoimportância expressiva na agricultura regional. Desta forma tem a suarecomendação assegurada para a safra 2002, no Nordeste brasileiro.

!! Híbrido duplo BR 201 - de alto potencial para a produtividade, verificada em umarede de ensaios realizada em diversos ambientes do Nordeste brasileiro, o queassegura boa adaptabilidade. O referido híbrido detém ainda boa estabilidade deprodução na região, justificando sua recomendação para exploração comercial nasafra 2002.

!! Híbrido duplo BR 205 - vem expressando boa adaptabilidade e estabilidade deprodução no Nordeste brasileiro, detendo ainda boas características agronômicas,o que justifica sua recomendação para exploração comercial na região, na safrade 2002.

!! Híbrido triplo SHS 5070 - após ser avaliado em diferentes condições ambientaisdo Nordeste brasileiro demonstrou possuir boa adaptabilidade e estabilidade deprodução, justificando, dessa forma, sua recomendação para a região na safra2002.

!! Híbrido triplo BRS 3060 - após mostrar boa adaptabilidade e estabilidade deprodução em diversos ambientes do Nordeste brasileiro aliado a atributosagronômicos desejáveis, justifica sua recomendação para exploração comercial naregião, na safra de 2002.

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!! Híbrido simples Dina 657 - dotado de características agronômicas superiores eboa adaptabilidade e estabilidade de produção, tem sua recomendaçãoassegurada para a safra 2002 do Nordeste brasileiro, principalmente, para ossistemas de produção de melhor tecnificação comuns nas regiões de cerrados doOeste baiano, Sul do Maranhão e sudoeste piauiense e áreas dos tabuleiroscosteiros.

!! Híbrido triplo Colorado 32 - vem apresentando boa adaptabilidade e estabilidadede produção nos diversos ambientes do Nordeste brasileiro, associada a atributosagronômicos desejáveis, justificando sua recomendação para o NE brasileiro, nasafra de 2002.

!! Híbrido triplo SHS 5050 - apresenta atributos agronômicos desejáveis e altopotencial para produtividade, o que caracteriza boa adaptabilidade e estabilidadede produção em todo o Nordeste do Brasil, tem importância expressiva naagricultura regional, sendo, por isso, para toda essa região, na safra 2002.

!! Híbrido triplo Agromen 3150 - de produtividade média alta, o que caracteriza boaadaptabilidade em todo o Nordeste brasileiro, aliada a alta sustabilidade deprodução, tem justificada sua recomendação para essa região para utilização nossistemas de produção vigentes nessa região.

!! Híbrido triplo AG 8080 - após ser avaliado em vários anos e locais do Nordestebrasileiro demonstrou possuir boa adaptabilidade e estabilidade de produção,associado a boas características agronômicas, o que credencia sua recomendaçãonessa ampla região, para exploração nos diferentes sistemas de produçãoprevalescentes nessa região.

!! Híbrido simples AG 9010 - material dotado de atributos agronômicos desejáveis ede adaptabilidade ampla e alta estabilidade de produção, confirmada após sersubmetido a vários ambientes do Nordeste brasileiro, justificando suarecomendação para toda a região, especialmente, para os sistemas de produçãode melhor tecnificação.

!! Híbrido triplo A 3663 - de alto potencial para a produtividade e alta estabilidadede produção nos mais variados ambientes do Nordeste brasileiro, tem justificadasua recomendação para os diferentes sistemas de produção da região, o queimplica na melhoria da produtividade do milho a nível de produtor rural.

!! Híbrido duplo Cargill 435 - material dotado de atributos agronômicos desejáveis ede alta adaptabilidade e estabilidade de produção, tem justificada suarecomendação para toda a região Nordeste do Brasil, para os mais variadossistemas de produção. O material possui ainda boa tolerância ao acamamento e

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quebramento do colmo e bom empalhamento.

!! Híbrido triplo A 3565 - após ser avaliado em diversos ambientes do Nordestebrasileiro e demonstrar possuir alta adaptabilidade e estabilidade de produção nosmais variados ambientes dessa ampla região, justifica sua recomendação paratodos os sistemas de produção vigentes no Nordeste brasileiro.

!! Híbrido triplo AG 6690 - de produtividade média alta comprovada em váriosambientes de todo o Nordeste brasileiro e de alta estabilidade de produção, temjustificada sua recomendação para exploração nos diversos sistemas de produçãovigentes na Região Nordeste do Brasil.

Estirpe:

!! Cepa CPATC32 de Beauveria bassiana utilizada no controle biológico da broca-do-olho-do-coqueiro.

Com o uso da cepa 032 de B. bassiana conseguiu-se reduzir em mais de 70% apopulação do inseto da broca-do-olho-do-coqueiro, Rhynchophorus palmarum, nomunicípio de Malhador/SE liberando-se o fungo em iscas vegetais atrativas (cana-de-açúcar) expostas em armadilhas de auto-contaminação. Obteve-se o formuladoda cepa 032 em óleos vegetais emulsionáveis com umidade do fungo variandoentre 3% e 5%. Os formulados encontram-se em estudo para: tempo de prateleirae estabilização da formulação.

Software:

!! Sistema de Veículos - Sistema para controle e gerenciamento de veículos - osobjetivos deste sistema são: controlar e gerenciar o uso de veículos e automatizaro processo de viagens da Unidade (autorização de viagens e prestação decontas).

São funcionalidades do sistema:

1. Controle de gastos dos veículos por subprojeto;

2. Gerenciamento da manutenção dos veículos;

3. Geração de gráficos de controle;

4. Automação e informatização de autorização de viagens a serviço eprestação de contas;

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!! SICAA - Sistema centralizado de autorização de acesso - o objetivo principal destesistema é centralizar a autenticação dos usuários aos Banco de Dados e SistemasAplicativos da Embrapa Tabuleiros Costeiros. São funcionalidades do sistema:

1. Cadastro dos usuários num único Banco de Dados;

2. Autenticação segura e centralizada;

3. Controle do perfil do usuário, ou seja, o usuário só acessa o sistema quetem autorização para tal;

4. Registro e controle dos acessos dos usuários em todos os sistemas.

Monitoramento/Zoneamento:

!! Zoneamento agrícola para a cultura da mangaba na região centro-sul do Estado deSergipe.

Objetivando localizar as áreas aptas ao cultivo da cultura da mangaba no centro-suldo Estado de Sergipe, realizou-se o zoneamento agrícola para aqueles municípios queexistam levantamento de solos publicado e que pertençam ao Polo deDesenvolvimento Integrado do Sul de Sergipe. A metodologia utilizada foi a álgebrade mapas realizada através do aplicativo computacional SPRING (Sistema deProcessamento de Informações Georreferenciadas), que possui associado um módulode programação para tais operações (LEGAL - Linguagem de Algébrica de Mapas).Como resultado final, foi gerado o mapa temático de aptidão para o cultivo damangaba, onde as áreas preferencias, toleradas e inaptas foram geoespacializadas naregião avaliada. As informações geradas no zoneamento serão disponibilizadas paraconsulta via browser através de mapa na página da internet do Laboratório deGeotecnologias Aplicadas, bem como o relatório escrito sobre as atividadesexecutadas.

!! Zoneamento agrícola para a cultura do mamão na região centro-sul do Estado deSergipe.

Objetivando localizar as áreas aptas ao cultivo da cultura do mamão no centro-sul doEstado de Sergipe, realizou-se o zoneamento agrícola para aqueles municípios queexistam levantamento de solos publicado e que pertençam ao Polo deDesenvolvimento Integrado do Sul de Sergipe. A metodologia utilizada foi a álgebrade mapas realizada através do aplicativo computacional SPRING (Sistema deProcessamento de Informações Georreferenciadas), que possui associado um módulode programação para tais operações (LEGAL - Linguagem de Algébrica de Mapas).Como resultado final, foi gerado o mapa temático de aptidão para o cultivo domamão, onde as áreas preferencias, toleradas e inaptas foram geoespacializadas naregião avaliada. As informações geradas no zoneamento serão disponibilizadas paraconsulta via browser através de mapa na página da internet do Laboratório deGeotecnologias Aplicadas, bem como o relatório escrito sobre as atividadesexecutadas.

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!! Zoneamento agrícola para a cultura da banana na região centro-sul do Estado deSergipe.

Objetivando localizar as áreas aptas ao cultivo da cultura da banana no centro-sul doEstado de Sergipe, realizou-se o zoneamento agrícola para aqueles municípios queexistam levantamento de solos publicado e que pertençam ao Polo deDesenvolvimento Integrado do Sul de Sergipe. A metodologia utilizada foi a álgebrade mapas realizada através do aplicativo computacional SPRING (Sistema deProcessamento de Informações Georreferenciadas), que possui associado um módulode programação para tais operações (LEGAL - Linguagem de Algébrica de Mapas).Como resultado final, foi gerado o mapa temático de aptidão para o cultivo dabanana, onde as áreas preferencias, toleradas e inaptas foram geoespacializadas naregião avaliada. As informações geradas no zoneamento serão disponibilizadas paraconsulta via browser através de mapa na página da internet do Laboratório deGeotecnologias Aplicadas, bem como o relatório escrito sobre as atividadesexecutadas.

!! Zoneamento agrícola para a cultura do abacaxi na região centro-sul do Estado deSergipe.

Objetivando localizar as áreas aptas ao cultivo da cultura do abacaxi no centro-sul doEstado de Sergipe, realizou-se o zoneamento agrícola para aqueles municípios queexistam levantamento de solos publicado e que pertençam ao Polo deDesenvolvimento Integrado do Sul de Sergipe. A metodologia utilizada foi a álgebrade mapas realizada através do aplicativo computacional SPRING (Sistema deProcessamento de Informações Georreferenciadas), que possui associado um módulode programação para tais operações (LEGAL - Linguagem de Algébrica de Mapas).Como resultado final, foi gerado o mapa temático de aptidão para o cultivo doabacaxi, onde as áreas preferencias, toleradas e inaptas foram geoespacializadas naregião avaliada. As informações geradas no zoneamento serão disponibilizadas paraconsulta via browser através de mapa na página da internet do Laboratório deGeotecnologias Aplicadas, bem como o relatório escrito sobre as atividadesexecutadas.

Com relação aos resultados da melhoria de processos organizacionais, em 2001foram realizados trabalhos de análise e melhoria em três processos de apoio da Unidade: Gestãode Veículos e Transportes, Gestão dos Recursos de Telefonia e Acompanhamento doPAT.Todavia, as restrições financeiras impostas à Unidade não permitiram a implementação detodas as melhorias propostas.

Até dezembro de 2001, como resultados parciais das melhorias implementadas nagestão de veículos da Unidade, obteve-se uma redução de 28% no custo operacional dosveículos, em relação à média referente ao período de abril a agosto do mesmo ano. Houve umarenovação da frota e recuperação de veículos na ordem de 19,23% e 7,69%, respectivamente.Com relação à gestão dos recursos de telefonia, em novembro de 2001 foi adquirida uma novacentral telefônica, cuja instalação foi realizada no início de 2002. Como medidas de melhoria noacompanhamento do PAT, foi desenvolvido uma planilha para controle das receitas indiretas da

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Unidade, implantado o sistema SIEVE, e iniciada a criação de uma base de dados cominformações administrativas/gerenciais.

Em 2002, a realização das metas relacionadas aos dois primeiros processos foramrenegociadas com a DE e incorporadas no Plano Anual de Trabalho da Embrapa TabuleirosCosteiros, permitindo a continuação dos trabalhos e efetiva implementação das melhoriasprevistas, principalmente no processo de Gestão dos Recursos de Telefonia, com a instalação danova central telefônica, com recursos mais modernos e que atendem satisfatoriamente osrequisitos dos clientes internos e externos da Unidade.

O processo de Gestão de Veículos e Transportes ficou, ainda em 2002, prejudicadoem suas melhorias, face às restrições orçamentárias e contenção de gastos públicos, ocorridosneste ano. Assim, melhorias como a implementação de um cronograma de manutenção dosveículos e aquisição de novos veículos, não puderam ser realizadas. Este fato foi agravado pelocrescimento do quadro de pesquisadores da Unidade, principais clientes do processo,aumentando a relação pesquisador/veículo e, consequentemente, impactando de forma negativao nível de manutenção e conservação dos veículos da Unidade.

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GG LL OO SS SS ÁÁ RR II OO

AAC – Avaliação de Aspectos Comportamentais.

ACE – Área de Comunicação Empresarial.

ACS – Assessoria de Comunicação Social.

AEE – Associação dos Empregados da Embrapa.

AINFO – Sistema de Informação para gerenciamento integrado de bases de dados documentais eprocessos bibliográficos da Embrapa.

ANT – Área de Negócios Tecnológicos.

ASBRACOCO – Associação Brasileira dos Produtores de Coco.

CAA – Chefia-Adjunta de Administração.

CAE – Comitê Assessor Externo.

CARE – Coordenação do Projeto Lixo e Cidadania em Sergipe.

CCN – Chefia-Adjunta de Comunicação e Negócios.

CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.

CERES – Fundação de Seguridade Social dos Sistemas Embrapa e Embrater.

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

CLP – Comitê Local de Publicações.

CLPI – Comitê Local de Propriedade Intelectual.

CNT – Chefia-Adjunta de Negócios Tecnológicos.

CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco.

CODISE – Companhia de Desenvolvimento Industrial de Sergipe.

COEP – Comitê de Entidades no Combate à Fome e Pela Vida.

COHIDRO – Companhia de Recursos Hídricos de Sergipe.

COOPERMULT – Cooperativa Múltipla de Ttrabalho.

CP&D – Chefia-Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento.

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

CTI – Comitê Técnico Interno.

CTP _ Comissão Técnica de Programas.

DAP – Departamento de Administração de Pessoal.

DE – Diretoria Executiva.

DOD – Departamento de Organização e Desenvolvimento.

DTI – Departamento de Tecnologia de Informação.

EAF – Escore de Avaliação Final.

EBDA – Empresa Bahiana de Desenvolvimento Agropecuário.

EFAL – Escola Família Agrícola de Ladeirinhas.

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EMDAGRO – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe.

EMEPA – Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba.

EMPARN – Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte.

EMSURB – Empresa de Serviços Urbanos de Aracaju.

FAESE – Federação da Agricultura do Estado de Sergipe.

FAP – Fundação de Amparo a Pesquisa.

FAPESE – Fundação de Apoio a Pesquisa e Extensão de Sergipe.

FINEPE – Financiadora de Estudos e Projetos.

IDI – Índice de Desempenho Institucional.

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

IPA - Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária.

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano.

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia.

MGE – Modelo de Gestão Estratégica.

MMA – Ministério do Meio Ambiente.

NE – Nordeste.

NEPEN – Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste.

NIA – Nível de Impacto das Atividades.

OE – Objetivo Estratégico.

OEPAS – Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária.

ONG – Organização Não Governamental.

P&D – Pesquisa e Desenvolvimento.

PAE – Plano de Ação Estratégica.

PAM – Plano de Assistência Médica da Embrapa.

PARTI – Plano Anual de Resultados do Trabalho Individual.

PAT – Plano Anual de Trabalho.

PCS – Plano de Cargos e Salários.

PDE – Plano Diretor da Embrapa.

PDI – Programa de Desligamento Incentivado.

PDU – Plano Diretor da Unidade.

PDV – Programa de Demissão Voluntária.

PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S/A.

PPA – Plano Plurianual do Governo Federal.PRODEMA – Programa de Desenvolvimento do Meio Ambiente.PRODETAB – Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil.

PRONAPA – Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Agropecuária.

PTRES - Programa de Trabalho Resumido.

RH – Recursos Humanos.

SAAD-RH – Sistema de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação de Resultados do TrabalhoIndividual.

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SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão.

SAO – Sistema de Acompanhamento Orçamentário.

SAPRE – Sistema de Avaliação e Premiação por Resultados.

SAU – Sistema de Avaliação das Unidades.

SEA – Secretaria de Administração Estratégica.

SEBRAE-SE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe.

SEG – Sistema Embrapa de Gestão.

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

SENGE-SE – Sindicato dos Engenheiros de Sergipe.

SEPLAN – Secretaria Municipal do Planejamento.

SEPLANTEC – Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia.

SETURES – Secretaria de Turismo de Alagoas

SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira.

SIEVE – Sistema de Informações de Eventos.

SIGER – Sistema de Informação Gerencial.

SIRH – Sistema de Informação de Recursos Humanos.

SISPAM – Sistema de Administração do PAM.

SISPAT – Sistema de Informação do Plano Anual de Trabalho.

SISPEM – Sistema de Premiação de Empregados da Embrapa.

SPF – Serviço Prestado por Pessoas Físicas.

SPJ – Serviço Prestado por Pessoas Jurídicas.

SRH – Superintendência de Recursos Hídricos.

SSP – Sistema de Seleção de Pós-Graduação.

SST – Sistema de Serviços de Terceiros.

TNS – Técnico de Nível Superior.

UCs – Unidades Centrais.

UDs – Unidades Descentralizadas.

UEP Rio Largo – Unidade de Execução de Pesquisa & Desenvolvimento de Rio Largo.

UFAL – Universidade Federal de Alagoas.

UFBA – Universidade Federal da Bahia.

UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco.

UFS – Universidade Federal de Sergipe.

UNIT – Universidade Tiradentes.

Agronegócio " Engloba os fornecedores de bens e serviços à agricultura, os produtoresagrícolas, os processadores, os transformadores e os distribuidores envolvidos na geração e nofluxo dos produtos agrícolas até o consumidor final. Participam também do agronegócio osagentes que coordenam o fluxo dos produtos, tais como o governo, os mercados, as entidadescomerciais, financeiras e de serviços.

Cliente " É o adquirente do produto da Organização, ou o destinatário/receptor imediato doproduto.

Clientes potenciais " Compõem o conjunto de pessoas físicas e/ou jurídicas (públicas ouprivadas), que não demandam ou utilizam diretamente serviços/produtos da organização mas que

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integram o universo de clientes que a organização, em decorrência de sua missão e da sua visãode futuro, poderia atender.

Desempenho global " É o desempenho da organização como um todo, explicitado por meio deresultados que refletem as necessidades de todas as partes interessadas. Está relacionado comos resultados planejados na estratégia da organização.

Desenvolvimento sustentável " Arranjo político, sócio-econômico, cultural, ambiental etecnológico que permite satisfazer as aspirações e necessidades das gerações atuais e futuras.

Processos finalísticos" São os processos que compõem as atividades-fim da Organização,diretamente envolvidos no atendimento às necessidades dos seus clientes.

Sistema de liderança " Refere-se à forma como a liderança é exercida por toda a organização, demodo a captar as necessidades das partes interessadas e usar as informações para a tomada dedecisão e sua comunicação e condução em todos os níveis da Organização. Para se entender osistema de liderança é preciso entender a sua composição e a sua estrutura de funcionamento.

Valores organizacionais " Entendimentos e expectativas que descrevem como os profissionaisda Organização se comportam e sobre os quais todas as relações e decisões organizacionaisestão baseadas.

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agropecuária

dos Tabuleiros Costeiros

Ministério da Agricultura e do AbastecimentoAv. Beira-Mar, 3250, Caixa Postal 44

CEP 49001-970, Aracaju, SEFone (79) 226-1300 Fax (79) 226 1369

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