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Relatório de Gestão Exercício 2017 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária www.embrapa.br

Relatório de Gestão Exercício

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Page 1: Relatório de Gestão Exercício

Relatório de Gestão Exercício 2017

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

www.embrapa.br

Page 2: Relatório de Gestão Exercício

Lista de siglas e abreviações

ABC: Agência Brasileira de Cooperação ACT: Acordo de Cooperação Técnica Afac: Adiantamento para Futuro Aumento de Capital AGC: Ação Gerencial Corporativa Agropensa: Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa Agrotag: Aplicativo sobre uso da terra AgrotiNet: Informática Agropecuária, Monitoramento de Tecnologia da Informação e Comunicação ALPA: Agenda Legislativa da Pesquisa Agropecuária APIs: Application Programming Interface APL: Arranjos Produtivos Locais ASP: Assessoria Parlamentar Ater: Assistência Técnica e Extensão Rural AUD: Auditoria Interna BI: Business Intelligence BNDES: Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CABMV: Cowpea Aphid Borne Mosaic Virus CAR: Cadastramento Ambiental Rural CARICOM: Comunidade Caribenha CentreFruit: Centro de Inteligência e Informações online sobre Fruticultura CGP: Comitê Gestor da Programação CGRFA: Comissão de Recursos Genéticos CGU: Controladoria-Geral da União CIAT: Centro Internacional de Agricultura Tropical CO: Clima Organizacional CONCEA: Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal CONPREES: Dados Meteorológicos Consistentes, Preenchidos e Espacializados Consad: Conselho de Administração ConviSeca: Conivência coma Seca CRP: Coordenação de remuneração de Pessoal CT&I: Ciência, Tecnologia e Inovação DAF: Departamento Administração Financeira DEIT: Diretoria Executiva de Inovação e Tecnologia DGP: Departamento de Gestão de Pessoas DPD: Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento DPS: Departamento de Patrimônio e Suprimentos DRES: Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo DTI: Departamento de tecnologia da Informação DTT: Departamento de Transferência de Tecnologia EFS: Entidades de Fiscalização Superior EMATER: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural Embrapa: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EmbrapaTec: Embrapa Tecnologia EnGenAgro: Engenharia Genética do Agronegócio ERP: Enterprise Resource Planning EVTE: Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica FAO: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura FGV: Fundação Getúlio Vargas GEE: Gás de Efeito Estufa Gestec: Gestão das Soluções Tecnológicas

Page 3: Relatório de Gestão Exercício

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Ideare: Sistema de Gerenciamento da Programação da Embrapa IGP-DI: Índice Geral de Preços iLP: Integração lavoura pecuária iLPF: Integração Lavoura Pecuária Floresta Integro: Sistema Integrado Gestão de Desempenho Institucional, Programático e de Equipes IPCA: Índice de Preços ao Consumidor - Amplo ISO: International Organization for Standardization ITPGRFA: Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura Labex: Laboratórios Virtuais no Exterior LC: Lagarta do Cartucho LCC: Líquido da Castanha do Caju LEAP: Parceria para Avaliação Ambiental e de desempenho da Pecuária LOA: Lei Orçamentária Anual Mapa: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Matopiba: Região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia MCTI: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações MDA: Ministério do Desenvolvimento Agrário MDIC: Ministério Indústria, Comércio Exterior e Serviços MMA: Ministério do Meio Ambiente MP/STIC: Ministério do Planejamento/Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação MPOG/STI: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão/ Secretaria de Tecnologia de Informação MRE: Ministério das Relações Exteriores NAP: Núcleo de Apoio a Programação NBC: Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público NPS: Net Promoter Score OCB: Organização de Cooperativas do Brasil ODS: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável OE: Objetivo Estratégico ONU: Organização das Nações Unidas P&D: Pesquisa e Desenvolvimento PAINT: Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna PCE: Plano de Carreiras da Embrapa PCMSO: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional PCR: Podridão Cinza da Raiz PCTs: Projetos de Cooperação Técnica PD&I: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação PDCA: Plan, Do, Check, Action PDE: Plano Diretor da Embrapa PDI: Plano de Desligamento Incentivado PDTI: Plano Diretor de Tecnologia da Informação PGRS: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRS: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PISA: Portfólio de Inovação Social na Agropecuária PLANAPO: Politica Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica PLOA: Projeto de Lei Orçamentária Anual PLS: Plano de Logística Sustentável PNCEBT: Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose PNRS: Politica Nacional de Resíduos Sólidos POME: Palm Oil Mill Effluent PortGeo: Portfólios de Cobertura da Terra no Território Nacional

Page 4: Relatório de Gestão Exercício

PPA: Plano Plurianual PPH: Podridão Parda da Haste PRA: Programa de Regularização Ambiental PRF: Podridão Radicular de Phytothora PROCISUR: Programa de Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul PROCITRÓPICOS: Programa de Desenvolvimento e Inovação Agrícola para os Trópicos Programa/Plano ABC: Plataforma Agricultura de Baixa Emissão de Carbono Pronasolos: Programa Nacional de Solos do Brasil QVT: Qualidade de Vida no Trabalho Regen: Gestão Estratégica de Recursos Genéticos para a Alimentação, a Agricultura e a Bioindústria RFN: Recursos Florestas Nativos RG: Relatório de Gestão SAC: Serviço de Atendimento ao Cidadão SAF: Secretaria de Agricultura Familiar SASE: Sucroalcooleiro Energético SECEX: Secretaria de Controle Externo do Estado de Goiás Secom: Secretaria de Comunicação SEG: Sistema Embrapa de Gestão SENAR: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SESCOOP: Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SGE/CCON: Secretaria Geral/ Gestão de Contratos e Convênios SGI: Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional SIBIVE: Sistema de Informações da Área de Vinhos e Bebidas SIC: Serviço de Informação ao Cidadão SIM: Secretaria de Inteligência e Macroestratégia SIN: Secretaria de Inovação e Negócios Sisgatt: Sistema de Gestão das Ações de Transferência de Tecnologia Sisgp: Sistema de Gestão da Carteira de Projetos SisPES: Sistema Esplanada Sustentável Sistema SIC: Sistema de Custos SNPA: Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária SNPs: Sistema Nacional de Polimorfismos SPD: Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento SPD: Sistema Plantio Direto SPM: Serviço Mercado de Sementes SRP: Sistema de Registro de Preços TAP: Plataforma para Agricultura Tropical TCU: Tribunal de Contas da União TI: Tecnologia da Informação TIC: Tecnologia da Informação e Comunicação TIR: Taxa de Interna de Retorno TRL: Technology Readiness Level TT: Transferência de Tecnologia TV NBR: TV Nacional do Brasil UCs: Unidades Centrais UDs: Unidades Descentralizadas UNFCCC: United Nations Framework Convention on Climate Change URT: Unidade de Referência Tecnológica USAID: United States Agency for International Development VANTs: Veículos Aéreos não tripulados Zarc: Zoneamento Agrícola de Risco Climático

Page 5: Relatório de Gestão Exercício

Lista de tabelas e figuras Tabela 1: Identificação da Unidade ....................................................................................................... 10 Tabela 2: Unidades Descentralizadas da Embrapa ............................................................................... 10 Tabela 3: Unidades Centrais da Embrapa ............................................................................................. 11 Tabela 4: Representações da empresa no exterior ............................................................................... 11 Tabela 5: Identificação dos administradores ........................................................................................ 11 Figura 1: Organograma da Embrapa ..................................................................................................... 12 Tabela 6: Missão, Visão e Valores ......................................................................................................... 13 Tabela 7: Normas da UJ ......................................................................................................................... 13 Figura 2: Mapa Estratégico da Embrapa ............................................................................................... 18 Tabela 8: Contribuições tecnológicas para o OE1: Aproveitamento Sustentável dos Recursos Naturais ............................................................................................................................................................... 20 Figura 3: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2016 e 2017............................................... 22 Figura 4: Indicadores de alcance de resultados para o OE1. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 22 Tabela 9: Contribuições tecnológicas para o OE2: Desenvolver Conhecimentos e Tecnologias Face às Mudanças Climáticas ............................................................................................................................. 24 Figura 5: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017..................................... 25 Figura 6: Indicadores de alcance de resultados para o OE2. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 25 Tabela 10: Contribuições tecnológicas para o OE3: Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia ....................................................................................................................................... 26 Figura 7: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017..................................... 27 Figura 8: Indicadores de alcance de resultados para o OE3. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 28 Tabela 11: Contribuições tecnológicas para o OE4: Automação, Agricultura de Precisão e Tecnologias da Informação e da Comunicação ......................................................................................................... 29 Figura 9: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017..................................... 30 Figura 10: Indicadores de alcance de resultados para o OE4. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 30 Figura 11: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 31 Tabela 12: Contribuições tecnológicas para o OE5: Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas ............................................................................................................................................................... 32 Figura 12: Indicadores de alcance de resultados para o OE5. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 34 Tabela 13: Contribuições tecnológicas para o OE6: Desenvolver Sistemas de Produção Inovadores.. 35 Figura 13: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 36 Figura 14: Indicadores de alcance de resultados para o OE6. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 37 Tabela 14: Contribuições tecnológicas para o OE7: Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde ....... 37 Figura 15: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 39 Figura 16: Indicadores de alcance de resultados para o OE7. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 39 Tabela 15: Contribuições tecnológicas para o OE8: Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde ..................................................................................................................................................... 40 Figura 17: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 41 Figura 18: Indicadores de alcance de resultados para o OE8. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 42 Figura 19: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 43 Tabela 16: Contribuições tecnológicas para o OE9: Mercado, Políticas e Desenvolvimento Rural ...... 43

Page 6: Relatório de Gestão Exercício

Figura 20: Indicadores de alcance de resultados para o OE9. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 44 Tabela 17: Contribuições tecnológicas para o OE10: Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica ........................................................................................................................................ 45 Figura 21: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 46 Figura 22: Indicadores de alcance de resultados para o OE10. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 46 Figura 23: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 48 Tabela 18: Contribuições tecnológicas para o OE11: Inovações Gerenciais nas Cadeias Produtivas ... 48 Figura 24: Indicadores de alcance de resultados para o OE11. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B) .......................................................................................................................................... 49 Figura 25: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017 ................................... 50 Tabela 19: Contribuições tecnológicas para o OE12: Comunicação Rural-Urbana ............................... 50 Tabela 20: Resultados físicos e financeiros previstos e alcançados ...................................................... 52 Tabela 21: Contribuições tecnológicas da Embrapa em 2017 para políticas públicas .......................... 55 Tabela 22: Indicadores de atuação da Assessoria Parlamentar ............................................................ 56 Tabela 23: Indicadores de processo número de resultados programados X número de resultado realizados por ano, com indicativo do percentual alcançado e farol (apenas para 2017) ................... 56 Tabela 24: Comparação de indicadores de resultado - Diretriz Gestão Organizacional - em três exercícios ............................................................................................................................................... 59 Figura 26: Evolução do fluxo de caixa ................................................................................................... 62 Figura 27: Soluções Tecnológicas cadastradas no Sistema de Gestão das Soluções Tecnológicas – GESTEC................................................................................................................................................... 66 Figura 28: Soluções Tecnológicas cadastradas no Sistema de Gestão das Soluções Tecnológicas – GESTEC e disponibilizadas no Portal da Embrapa ................................................................................. 66 Figura 29: Distribuição dos Agentes Multiplicadores por Unidade da Federação, Região e Tipos de URTs cadastrados no SISGATT ........................................................................................................................ 67 Tabela 25: Indicadores SRI 6 e 7 - abrangência e o envolvimento institucional nas ações de cooperação técnica ................................................................................................................................................... 72 Tabela 26: Indicador DGP 1 - Capacitações de curta duração .............................................................. 75 Tabela 27: Indicador DGP 2 - Empregados participantes dos Programas de Pós-Graduação Strictu Sensu e Cientista Visitante ............................................................................................................................... 75 Figura 30: Indicador DGP 3 - Quantitativo de informações qualificadas de gestão de pessoas disponíveis em tempo real* ..................................................................................................................................... 75 Figura 31: Indicador DGP 4 - Índice Fator Acidentário de Prevenção (FAP)* na Embrapa ................... 76 Tabela 28: Comparativa de indicadores em três exercícios .................................................................. 78 Tabela 29: Resultados planejados e alcançados na diretriz Tecnologia da Informação ....................... 81 Figura 32: Estrutura de Governança da Embrapa ................................................................................. 85 Tabela 30: Descrição atores e instâncias de governança da Embrapa ................................................. 86 Figura 33: Sistemática de atuação da nova área de controles internos da Embrapa ........................... 88 Tabela 31: Aspectos sobre a gestão ambiental e licitações sustentáveis ............................................. 90 Figuras 34 e 35: Canais de acesso do cidadão ....................................................................................... 92 Tabela 32: Carta de serviços ao cidadão ............................................................................................... 93 Tabela 33: Impactos gerados pelas tecnologias da Embrapa em 2017 ................................................ 93 Tabela 34: Acesso às informações da Embrapa .................................................................................... 94 Figura 36: Receitas por ano ................................................................................................................... 95 Tabela 35: Principais receitas ................................................................................................................ 95 Figura 37: Despesas por ano ................................................................................................................. 96 Tabela 36: Principais despesas .............................................................................................................. 96 Tabela 37: Notas explicativas ................................................................................................................ 97 Tabela 38: Quadro da situação de atendimento das demandas do TCU .............................................. 98 Tabela 39: Quadro da situação de atendimento das demandas do CGU ........................................... 101

Page 7: Relatório de Gestão Exercício

Tabela 40: Lista dos Objetivos Estratégicos do VI PDE da Embrapa ................................................... 103 Tabela 41: Contribuições dos Centros de Pesquisa aos Objetivos Estratégicos do VI PDE da Embrapa ............................................................................................................................................................. 104 Tabela 42: Valores totais liquidados, por exercício, em despesas de custeio administrativo (valores em reais) .................................................................................................................................................... 105 Tabela 43: Trabalhos programados e executados no Exercício 2017 ................................................. 106 Tabela 44: Constatações graves pendentes de solução ...................................................................... 107

Page 8: Relatório de Gestão Exercício

Sumário

1- Apresentação ........................................................................................................................... 9

2- Visão geral da unidade prestadora de contas .......................................................................... 10

2.1- Identificação da unidade ............................................................................................................ 10

2.2- Organograma ............................................................................................................................. 12

2.3- Finalidade e competências institucionais .................................................................................. 13

2.4- Ambiente de atuação ................................................................................................................. 14

3- Planejamento organizacional e resultados .............................................................................. 18

3.1- Resultados da gestão e dos objetivos estratégicos .................................................................... 18

3.2- Informações sobre a gestão ....................................................................................................... 54

3.3- Estágio de implementação do planejamento estratégico ......................................................... 82

4- Governança, gestão de riscos e controles internos................................................................... 85

4.1- Estrutura e Modelo de Governança ........................................................................................... 85

4.2- Gestão de riscos, controles internos e integridade ................................................................... 87

5- Áreas especiais da gestão ....................................................................................................... 90

5.1- Gestão ambiental e sustentabilidade ........................................................................................ 90

6- Relacionamento com a sociedade ........................................................................................... 92

6.1- Canais de acesso do cidadão ...................................................................................................... 92

6.2- Carta de serviços ao cidadão ...................................................................................................... 92

6.3- Aferição do grau de satisfação dos cidadãos-usuários .............................................................. 93

6.4- Mecanismos de transparência sobre a atuação da unidade ..................................................... 94

7- Desempenho financeiro e informações contábeis .................................................................... 95

7.1- Desempenho financeiro do exercício ......................................................................................... 95

7.2- Tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio e avaliação e mensuração de ativos e passivos ................................................................................... 96

7.3- Sistemática de apuração de custos no âmbito da unidade ....................................................... 97

7.4- Demonstrações contábeis exigidas pela Lei 6.404/1976 e notas explicativas ........................... 97

8- Conformidade da gestão e demandas de órgãos de controle ................................................... 98

8.1- Tratamento de deliberações do TCU ......................................................................................... 98

8.2- Tratamento de recomendações do Órgão de Controle Interno .............................................. 101

8.3- Demonstração da conformidade do cronograma de pagamentos de obrigações com o disposto no art. 5º da Lei 8.666/1993............................................................................................................ 102

9- Anexos e Apêndices ............................................................................................................... 103

9.1- Quadros, tabelas e figuras complementares ........................................................................... 103

9.2- Anexo do Parecer da Auditoria Interna ................................................................................... 106

Page 9: Relatório de Gestão Exercício

9 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

1- Apresentação No momento em que a Embrapa completa 45 de existência este Relatório de Gestão é uma

amostra de um trabalho competente e incansável construído por seu corpo técnico e gerencial. Criada em 1973 para modernizar a agricultura brasileira, de forma a promover a substituição de importações com o incremento da produção agrícola, a Embrapa cumpriu efetivamente seu papel, mas não deixou de acompanhar o desenvolvimento social e econômico da sociedade brasileira. Aliás, é parte de sua cultura se antecipar às mudanças de seu ambiente, pois a maior parcela dos resultados de suas pesquisas é decorrência de um longo processo de maturação, que necessita estar em sintonia com as demandas presentes e vindouras da sociedade e do mercado.

Assim, a atuação da Embrapa tem sido marcada, simultaneamente, pela avaliação dos resultados e impactos que gerou no passado, pelas demandas do presente e pelas projeções sobre o que precisa realizar para o futuro. Seu sucesso se deve, portanto, à qualidade do planejamento e gestão de suas pesquisas, garantias de eficiência e efetividade no cumprimento de sua missão. Conforme poderá ser observado nas páginas que seguem, em 2017 a Empresa continuou a dar prosseguimento naquilo que ela sabe fazer melhor: promover a geração de conhecimentos e de soluções tecnológicas. Em todo esse conteúdo, destaca-se um caso exemplar, que simboliza sua atuação. São os esforços que vêm sendo realizados para a internalização, na Embrapa, da Agenda 2030 da ONU, que enumera 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), visando a contribuição da Empresa aos compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro nesse sentido. A programação de PD&I da Empresa está alinhada aos desafios colocados por esta Agenda, em especial aquelas ações que contribuam para a erradicação da pobreza, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas, onde já existe uma participação efetiva da Embrapa.

Outro destaque da agenda da empresa em 2017 foi o processo de monitoramento de questões estratégicas e que tenham potencial para causar impactos sobre a agricultura brasileira. Foram elaborados diversos estudos com base nesse monitoramento explicitando os novos contornos que se apresentam à agricultura do País. Esse conteúdo consubstancia as megatendências que conformam o documento "Visão: O Futuro da Agricultura Brasileira" e que devem subsidiar a atualização do VI PDE (objetivos e diretrizes estratégicos). Também são relatados os principais processos e produtos tecnológicos e pré-tecnológicos gerados, as ações mais relevantes em transferência de tecnologia e de negócios e as melhorias introduzidas em processos organizacionais. Enfim, o relatório foca nas principais contribuições da Empresa ao desenvolvimento do país e da sociedade brasileira.

Em termos formais, este Relatório de Gestão (RG) referente ao exercício de 2017, representa o cumprimento, por parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dos termos dos artigos 70 e 71 da Constituição Federal, como instrumento de prestação de contas de suas atividades à sociedade. A elaboração do presente documento atendeu às disposições normativas do Tribunal de Contas da União (TCU), estabelecidas nas Portaria-TCU nº 65, de 28.02.18, Decisão Normativa-TCU nº 161, de 1/11/2017, Portaria Controladoria-Geral da União (CGU) 522/2015 e Instrução Normativa-TCU nº 63, de 01.09.10. O RG segue o formato customizado pelo TCU para a Embrapa, aprovado na Ata de 20/11/2017, buscando atender às necessidades do processo de prestação e análise de contas exigidas.

Page 10: Relatório de Gestão Exercício

10 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

2- Visão geral da unidade prestadora de contas

2.1- Identificação da unidade

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Tabela 1: Identificação da Unidade

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

Poder e órgão de vinculação

Poder: Executivo

Órgão de vinculação: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Código SIORG: 14

Identificação da Unidade Jurisdicionada (UJ)

Natureza jurídica: Empresa Pública do Governo Federal CNPJ: 00.348.003/0001-10

Principal atividade: Pesquisa e Desenvolvimento Experimental em Ciências Físicas e Naturais

Código CNAE: 7210-0/00

Código SIORG: 25 Código LOA: 22.202 Código SIAFI: 135037

Contatos

Telefones/fax: (61) 3448.4433, 3448.4036 / (61) 3448.4466

Endereço postal: Parque Estação Biológica, PqEB: Av. W3 Norte, ed. Sede, CEP 70.770-901

Endereço eletrônico: [email protected]

Página na internet: www.embrapa.br

Tabela 2: Unidades Descentralizadas da Embrapa

Unidades gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada

Código SIAFI

Nome Síntese Código SIAFI

Nome Síntese

135.001 Embrapa Rondônia 135.027 Embrapa Informática Agropecuária

135.002 Embrapa Acre 135.028 Embrapa Florestas

135.004 Embrapa Agroenergia 135.029 Embrapa Soja

135.005 Embrapa Roraima 135.030 Embrapa Suínos e Aves

135.006 Embrapa Amazônia Oriental 135.031 Embrapa Clima Temperado

135.007 Embrapa Pesca e Aquicultura 135.032 Embrapa Trigo

135.008 Embrapa Amapá 135.033 Embrapa Uva e Vinho

135.009 Embrapa Meio-Norte 135.035 Embrapa Pecuária Sul

135.010 Embrapa Caprinos e Ovinos 135.036 Embrapa Arroz e Feijão

135.011 Embrapa Algodão 135.038 Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

135.012 Embrapa Semiárido 135.039 Embrapa Cerrados

135.013 Embrapa Tabuleiros Costeiros 135.040 Embrapa Hortaliças

135.014 Embrapa Mandioca e Fruticultura 135.041 Embrapa Produtos e Mercado

135.015 Embrapa Gado de Leite 135.042 Unidade Experimental de Pesquisa – Recife/PE

135.016 Embrapa Milho e Sorgo 135.047 Unidade Experimental de Pesquisa – Parnaíba/PI

135.017 Embrapa Gado de Corte 135.048 Embrapa Agroindústria Tropical

135.018 Embrapa Pantanal 135.049 Embrapa Amazônia Ocidental

135.019 Embrapa Agropecuária Oeste 135.050 Embrapa Monitoramento por Satélite

135.020 Embrapa Agroindústria de Alimentos 135.081 Embrapa Informação Tecnológica

135.021 Embrapa Solos 135.082 Embrapa Cocais

135.022 Embrapa Agrossilvipastoril 135.084 Embrapa Quarentena Vegetal

135.023 Embrapa Agrobiologia 135.076 Unidade Experimental de Pesquisa– Rio Largo/AL

135.024 Embrapa Pecuária Sudeste 135.091 Embrapa Gestão Territorial

135.025 Embrapa Meio Ambiente 135.097 Embrapa Café

135.026 Embrapa Instrumentação

Page 11: Relatório de Gestão Exercício

11 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 3: Unidades Centrais da Embrapa

Código SIAFI

Nome Síntese Código SIAFI

Nome Síntese

130.033 Secretaria de Negócios 135.058 Departamento de Patrimônio e Suprimentos

135.034 Diretoria-Executiva de Transferência de Tecnologia

135.059 Diretoria-Executiva de Administração e Finanças

135.037 Coordenadoria de Orçamento e Finanças 135.060 Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento

135.046 Departamento de Administração Financeira 135.061 Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional

135.051 Gabinete da Presidência 135.063 Secretaria de Inteligência e Macroestratégia

135.052 Assessoria de Auditoria Interna 135.075 Departamento de Administração do Parque Estação Biológica

135.053 Assessoria Jurídica 135.083 Departamento de Transferência de Tecnologia

135.054 Secretaria de Comunicação 135.085 Secretaria de Relações Internacionais

135.055 Diretoria-Executiva de Pesquisa e Desenvolvimento

135.086 Coordenadoria de Convênios e Empréstimos

135.056 Departamento de Gestão de Pessoas 135.089 Assessoria Parlamentar

135.057 Departamento de Tecnologia da Informação 135.092 Ouvidoria/SIC

Tabela 4: Representações da empresa no exterior

Representações da Empresa no Exterior

Nome País/Cidade Responsável

Labex Europa França / Montpellier Pedro Luiz O. A. Machado

Labex EUA Estados Unidos/Washington DC Geraldo Bueno Martha Júnior

Tabela 5: Identificação dos administradores

Cargo Nome CPF Período de gestão*

Presidente da Embrapa Maurício Antônio Lopes 277.340.486-68 01.01 a 31.12.2017

Membros do Conselho de Administração:

Representante da Embrapa Maurício Antônio Lopes 277.340.486-68 Membro Nato

Representante 1 do Mapa - Presidente

Eumar Roberto Novacki 781.595.981-49 01.01 a 31.12.2017

Representante 2 do Mapa - Vago

Representante 3 do Mapa - Vice-Presidente

Odilson Luiz Ribeiro e Silva 258.260.776-20 03.05 a 31.12.2017

Representante do MP Cleiton dos Santos Araújo 851.631.201-15 01.01 a 31.12.2017

Representante do MF Francisco Erismá Oliveira Albuquerque 333.625.721-20 01.01 a 31.12.2017

Representante do MDA Maria Lúcia de Oliveira Falcón 187.763.105-15 01.01 a 19.07.2017

Representante do MDA José Ricardo Ramos Roseno 942.127.327-34 19.07 a 31.12.2017

Representante dos empregados da Embrapa

Antonio Maciel Botelho Machado 332.976.657-34 01.01 a 31.12.2017

Diretores:

Diretor-Executivo de A&F Vania Beatriz Rodrigues Castiglioni 705.536.107-91 01.01 a 19.07.2017

Diretor-Executivo de A&F Lúcia Gatto 445.476.840-49 19.07 a 31.12.2017

Diretor-Executivo de TT Waldyr Stumpf Junior 133.688.930-68 01.01 a 19.07.2017

Diretor-Executivo de TT Cleber Oliveira Soares 616.727.935-72 19.07 a 31.12.2017

Diretor-Executivo de P&D Ladislau Martin Neto 015.598.808-56 01.01 a 19.07.2017

Diretor-Executivo de P&D Celso Luiz Moretti 080.210.298-03 19.07 a 31.12.2017

Presidente da Embrapa Maurício Antônio Lopes 277.340.486-68 01.01 a 31.12.2017

Foram considerados os períodos de nomeação/exoneração publicados no D.O.U.

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12 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

2.2- Organograma

Figura 1: Organograma da Embrapa

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13 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

2.3- Finalidade e competências institucionais

Tabela 6: Missão, Visão e Valores

Missão Visão de futuro Valores

Viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira.

Ser referência mundial na geração e oferta de informações, conhecimentos e tecnologias, contribuindo para a inovação e a sustentabilidade da agricultura e a segurança alimentar.

Os princípios que balizam as práticas e comportamentos da Embrapa e seus integrantes, independentemente do cenário vigente, e que representam as doutrinas essenciais e duradouras da Empresa são:

Comprometimento: trabalhamos de forma engajada e responsável no cumprimento das nossas atividades.

Cooperação: prezamos o trabalho em equipe, com colaboração e transdisciplinariedade.

Equidade: acolhemos a todos e valorizamos as diferenças na consecução dos nossos objetivos.

Ética: trabalhamos para o bem comum, com respeito ao próximo e integridade.

Excelência: somos comprometidos com a realização do nosso trabalho e empenhados em entregar os melhores resultados com alto grau de qualidade.

Flexibilidade: adaptamo-nos às mudanças e buscamos soluções criativas para as necessidades e desafios da agricultura.

Responsabilidade socioambiental: buscamos soluções que possam devolver para a sociedade os investimentos realizados de forma comprometida com o meio ambiente.

Transparência: nossas ações são pautadas pela publicidade e compartilhamento de informações para uma comunicação aberta com todos os interlocutores.

Tabela 7: Normas da UJ

Normas da UJ Norma Endereço para acesso

Lei Nº 5.851/1972 – Autoriza a criação da Embrapa.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5851

Lei nº 12.383/2011 – altera a Lei 5.851/1972 – permite à Embrapa exercer atividades fora do território nacional.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12383

Decreto nº 7.766/2012 – Aprova o Estatuto Embrapa.

https://www.embrapa.br/estatuto

Alterações ao Decreto nº 7.766/2012, publicado no DOU Nº 101, Seção 1, página 8, de 29/05/2017

https://www.embrapa.br/group/intranet/busca-de-documentos/-/documentos/3409549/3/estatuto-da-embrapa

Regimentos Internos das Unidades Centrais e Descentralizadas

https://www.embrapa.br/acessoainformacao/regimentos

Outros documentos Endereço para acesso

Mapa estratégico https://www.embrapa.br/plano-diretor

Planejamento estratégico https://www.embrapa.br/plano-diretor

Organograma https://www.embrapa.br/organograma

Macroprocessos finalísticos https://www.embrapa.br/projetos

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14 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

2.4- Ambiente de atuação

2.4.1. Ambiente interno

Dentre os vários fatores positivos a serem considerados nesta análise, destaca-se a cultura interna da Embrapa, alicerçada ao longo de 44 anos. Essa cultura é marcada pelo compromisso de garantir a competitividade da agropecuária do país, sua independência e soberania tecnológica, além do abastecimento interno com alimentos de qualidade e na quantidade suficientes. Ademais, contempla a inclusão produtiva de milhões de pequenos agricultores e comunidades tradicionais que ainda se encontram alijados do acesso a conhecimentos sobre melhores técnicas de produção e que, por isso, compõe uma persistente paisagem de pobreza rural. Esses compromissos institucionais derivam da combinação entre a natureza da Empresa, seu objeto de trabalho e a realidade da produção agropecuária brasileira, que lhe emprestam significativo caráter estratégico para o futuro do país e uma inegável importância social no presente. Quanto à sua infraestrutura e pessoal, a Embrapa possui atualmente um quadro fixado em 9.767 vagas e 9.579 empregados efetivos, sendo 2.911 assistentes, 1.697 técnicos, 2.529 analistas e 2.438 pesquisadores. Destes últimos, 294 possuem mestrado nas suas áreas de formação, 1.821 possuem doutorado e 306 possuem pós-doutorado. Diante dos desafios próprios das atividades de pesquisa agropecuária, associados às dimensões continentais do país, a Embrapa utiliza 112.188 hectares de terras em mais de 120 propriedades distribuídas em todo o Brasil. Sua estrutura possui mais de 700 laboratórios e um parque tecnológico de aproximadamente 20.000 computadores, 10.000 equipamentos analíticos e 10.000 veículos, máquinas e implementos agrícolas. Todo esse arcabouço relativo à cultura interna, ao pessoal e à infraestrutura compõe alguns dos principais elementos de vantagem competitiva da Empresa, mesmo no contexto atual de contingenciamento e cortes orçamentários, que também representam alguns de seus maiores desafios. Ao mesmo tempo, desafios também se colocam à gestão de pessoas, devido ao envelhecimento de seu quadro de empregados. Essa questão torna vital para a continuidade da Empresa ações concomitantes para um Programa de Demissão Incentivada - PDI, associado a novos concursos. Trata-se, neste caso, de proceder uma transição do quadro sem rupturas nos processos e com a adequada gestão do conhecimento, ativo tão caro à organização. Estima-se que essa movimentação de pessoas seja da ordem de 25% do quadro. Dificuldades financeiras também têm impactado o programa de capacitação que, no ano de 2017, continuou registrando baixa atividade nas ações que necessitam de financiamento interno. O orçamento concedido pela União para o financiamento da Empresa em 2017 foi de R$ 3.445.847.149,00 (três bilhões, quatrocentos e quarenta e cinco milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, cento e quarenta e nove reais), sendo R$ 2,932 bilhões de reais para despesas obrigatórias com pessoal, 475 milhões de reais para despesas correntes gerais e 37 milhões de reais para despesas de capital que permitem investimentos. O orçamento concedido para as despesas discricionárias (custeio e investimentos) da Empresa é considerado insuficiente. Em muitas Unidades descentralizadas, a necessidade de priorizar o pagamento de despesas mensais para garantir o mero funcionamento do serviço, em detrimento das aplicações requeridas pelos projetos de pesquisa e de modernização dos ativos físicos, resultou no adiamento ou cancelamento de atividades de pesquisa com potencial prejuízo na obtenção de resultados. A infraestrutura física vem acumulando passivos de manutenção. A necessidade de investimentos também tem comprometido seriamente a execução da rotina e a manutenção de condições atualizadas e inovadoras para a pesquisa. Como forma de mitigação e preparação para os desafios do futuro, diante da crise política e econômica no país, os ajustes no Estatuto e na Estrutura Organizacional da Empresa foram mandatórios, considerando mudanças legais recentes, relacionadas à Lei das Estatais (Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016) e ao Decreto nº 8.945, de 27 de dezembro de 2016, que a regulamenta, além da Lei do Teto de Gastos Públicos (Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016) e do novo Marco Legal

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15 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

de CT&I (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016). Tais mudanças exigiram atualização de um modelo que perdurava há mais de quatro décadas, com acúmulo de ineficiências, redundâncias e elevado custo de transação. As orientações foram repassadas pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e pelo próprio Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Em um ambiente interno de análise, mapeamento e compreensão de processos, a Embrapa decidiu alterar seu macroprocesso de produção, reestruturando suas ações. Dentre as principais mudanças internas estão o fortalecimento da operação da Empresa segundo a lógica de processos; ajustes na sua relação com o mercado de inovações; aumento da eficiência na gestão de dados e informações; incorporação das novas ferramentas da Tecnologia de Informação e Comunicação e a consolidação do conceito "Embrapa Digital".

2.4.2. Ambiente externo

Nas últimas cinco décadas, a ciência, a tecnologia e a inovação, em conjunto com a disponibilidade de recursos naturais, a implementação de importantes políticas públicas, a competência dos agricultores e a organização das cadeias produtivas, tornaram o Brasil um grande protagonista na produção e exportação de produtos agrícolas. Esse desempenho do meio rural contribuiu significativamente para o desenvolvimento econômico, social e ambiental no país. Na safra 2016/2017 o país alcançou seu recorde de produção de grãos (258 milhões de toneladas). Isso permitiu melhorar a oferta interna de alimentos e ainda aumentar as exportações agrícolas em 13%, gerando um saldo na balança comercial de 81,8 bilhões de dólares. O Brasil exporta produtos agrícolas para mais de 150 países em todos os continentes. A produção de origem animal e vegetal no meio rural ultrapassa 400 produtos provenientes da agricultura em suas diferentes escalas e tamanho de unidades produtivas. Como principais benefícios dessa condição agrícola, pode-se destacar a geração de empregos e de renda, somada aos preços mais acessíveis dos alimentos aos consumidores brasileiros. Com o objetivo de subsidiar a definição de novas ações estratégicas em CT&I no desenvolvimento da agricultura e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, propostos pelas Nações Unidas, a Embrapa mantém observatórios e instrumentos que garantem o monitoramento do ambiente externo e a produção de informações estratégicas para apoiar a tomada de decisões nos setores público e privado que atuam na agricultura do país. O setor agroindustrial de alimentos, por exemplo, tem exigido da pesquisa agropecuária avanços em diversificação, agregação de valor, produtividade, segurança e qualidade, com velocidade e eficiência superiores àquelas alcançadas no passado recente. O aumento da demanda por alimentos, fibras e bioenergia exige sofisticação tecnológica que racionalize o uso dos insumos e serviços ambientais necessários à produção. Essa demanda, em nível mundial, é crescente em decorrência da expansão populacional e do aumento do poder aquisitivo de parte da população, especialmente nos países emergentes. Diferentes cenários e estudos indicam a necessidade de incrementar entre 30% a 50% a produção de alimentos e energia primária até 2030. A velocidade e a complexidade das transformações da agricultura exigem a implementação de uma lógica em que qualquer visão de futuro precisa estar em constante evolução. Um dos grandes desafios para o conjunto de instituições ligadas à pesquisa e inovação agropecuárias é produzir soluções tecnológicas que tragam as mudanças desejadas nas cadeias e que sejam reconhecidas como capazes de agregar valor e bem-estar a toda a sociedade. Tais soluções devem ainda apoiar a agricultura brasileira em sua contribuição para a segurança alimentar e para o desenvolvimento sustentável global. Para fazer face a esse desafio é preciso orientar o planejamento corporativo e, em especial, os centros de pesquisa da Empresa, para que proponham e desenvolvam projetos que gerem inovações que produzirão os impactos econômicos, sociais e ambientais esperados pela sociedade. Mudanças em fase de introdução no planejamento da Embrapa estão sendo alinhadas à orientação para impactos desejados com base na lógica de construção da Agenda Global 2030, no sentido de

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reforçar os propósitos da Empresa com seus públicos e para o estabelecimento de compromissos compartilhados com outros atores no sentido de alcançar as mudanças desejadas por todos. Uma prática que toma conta do mercado e de extrema importância é a adoção das mídias digitais para o relacionamento com os clientes. Os relacionamentos institucionais também são ativos que a Empresa precisa cultivar e gerenciar, essenciais para realizar sua missão. A articulação entre os atores envolvidos no processo de pesquisa e inovação para a agricultura é um passo decisivo para potencializar o uso do conhecimento gerado pela pesquisa, agregando mais valor para todo o setor.

2.4.3. Ameaças, Oportunidades e Estratégias de Enfrentamento

O mercado agropecuário está em processo de concentração, onde um pequeno número de produtores rurais responde por 90% do volume total da produção, que, em sua maior parte, é constituída por um conjunto reduzido de produtos in natura, integrantes das commodities direcionadas ao mercado exportador. A sua ação é global e depende de políticas e cenários externos. Por outro lado, 70% das pequenas propriedades, que ocupam apenas 11% do espaço agrícola, apresentam enorme potencial de crescimento pela diversificação, qualificação e agregação de valor aos seus produtos. O avanço tecnológico é essencial para o desenvolvimento do mercado e a parcela do setor agropecuário inserida nesta dinâmica demanda investimentos crescentes e requer empresas com foco em inovação e comprometimento com uma agenda ampla que abriga as questões produtivas, ambientais e sociais. O consumidor urbano também exerce influência nesse mercado. Tendências globais de consumo para 2020 indicam que o mercado alimentar será fortemente guiado pela preferência de alimentos saudáveis, seguros e de qualidade e sabores diferenciados. Diante da responsabilidade do Estado pela regulação e fiscalização da economia, a Embrapa, empresa pública, deve liderar a elaboração de estratégias de pesquisa e inovação para o setor que assegurem o crescimento e o desenvolvimento rural do país, permitindo que o produtor aumente sua rentabilidade e o consumidor urbano tenha seus novos critérios de consumo atendidos. Já no âmbito industrial, o setor é caracterizado pela concorrência aberta, a concentração de empresas e a existência de grandes corporações transnacionais que oferecem no mercado tecnologias similares às ofertadas pela Embrapa. Isso traz para a Empresa o risco de que seus produtos, ao serem lançados no mercado, já tenham ficado obsoletos, pois, devido ao grande aporte de recursos por estas empresas, as soluções tecnológicas disponibilizadas chegam ao mercado com mais rapidez do que a da Embrapa, cujo orçamento a cada ano precisa ser ajustado às contenções econômicas do Governo brasileiro. Por ser uma empresa que gera tecnologia para toda a sociedade brasileira, o enfrentamento a esta ameaça aos produtos da Embrapa no mercado inicia-se na diversificação de produtos que são disponibilizados. Com isso, hoje a instituição atua, também, inserindo soluções tecnológicas para mercados de nicho, menos atendidos pelas grandes empresas de tecnologia privadas transnacionais. A Embrapa opera ainda em sintonia com grandes empresas, por meio de parcerias estratégicas para o país e que garantem a permanência ou manutenção da empresa em áreas como a biotecnologia e a nanotecnologia, as quais demandam altos investimentos dos quais a Embrapa não dispõe. Esta presença é considerada fundamental para a defesa da soberania nacional na geração de conhecimentos que servirão de proteção para os agricultores brasileiros contra o monopólio das empresas internacionais na oferta de soluções, que os poderia levar à situação de dependência tecnológica. Infelizmente, somente por meio de parcerias que as entidades que não dispõem de altos recursos de investimento conseguem se manter nesses mercados. Uma das mais fortes mudanças e que direcionarão o mercado e o futuro de muitas empresas será o controle exercido pelo consumidor no seu relacionamento comercial e nas suas escolhas de compra. Esse movimento iniciou com o processo de globalização, entre o final do século XX e início do século XXI e permitiu a integração econômica, social, cultural e política de muitos países. Potencializado pelo desenvolvimento tecnológico do setor de comunicação, pelas ferramentas web e recentemente, pela maior conscientização coletiva de preservação do ambiente, o consumidor incorporou o poder de avaliar escolher, informar e influenciar milhares de outros consumidores quando da aquisição de produtos e serviços.

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A Embrapa utiliza-se ainda de ferramentas antecipatórias para construção de cenários e orientação futura. Por meio da sua Plataforma Agropensa, a empresa prevê cenários e tendências e mobiliza-se para atender às demandas de médio e longo prazo, para que possa acompanhar a escala exponencial de desenvolvimento e aceleração tecnológica. As empresas que estão atentas a essas mudanças enfrentam dilemas para operar com a efemeridade e a mutualidade, pois devem ampliar a velocidade em suas ações e decisões, ao mesmo tempo em que navegam na complexidade global do mercado. Por isso, a participação da Embrapa em diversas instâncias, tais como: câmaras setoriais, fóruns técnicos-científicos, fóruns estratégicos, eventos com empresas ligadas ao ecossistema de inovação. Mediante o acompanhamento de tendências de mercado, além das informações disponibilizadas pela Plataforma Agropensa, seus observatórios e também pelas Unidades da Embrapa, a empresa analisa os mercados de atuação e suas tendências. Em 2017 o setor privado brasileiro, via empresas privadas parceiras, desempenhou um papel essencial na mobilização de recursos extras para a superação dos desafios relacionados à agricultura e alimentação, na busca de soluções tecnológicas que podem ser implantadas em diferentes setores da indústria e agricultura. A Embrapa tem aprofundado suas ações em inteligência estratégica, entendida como sendo o resultado do desenvolvimento das competências cognitivas organizacionais e seu direcionamento para planejamento, tomada de decisão, melhorias no desempenho e no comprometimento social das instituições. Em outras palavras, representa o conjunto de conhecimentos, aprendizagens e escolhas inteligentes que uma organização consegue desenvolver e aplicar em prol de si mesma e de seus propósitos no contexto do ambiente que ocupa e compartilha com públicos de interesse, parceiros, clientes, usuários e demais tipo de públicos-alvo com os quais interage. Outras iniciativas externas para alavancar a inovação são os investimentos por fundos de capital, que também fortalecem as ações para o setor agropecuário e são direcionados por dois fatores primários: a. potencial de ganho a partir de produtos e derivados do setor agrícola; b. potencial de atração e retorno em outros investimentos. Em levantamento realizado pela FAO, o valor dos fundos de investimento para a agropecuária mundial é estimado entre US$ 22 e US$ 24 bilhões. Alguns fundos possuem grande parte dos investimentos em pesquisa e inovação voltados ao setor público ou em companhias globais de desenvolvimento regional. A quantidade estimada para esse segmento é superior a US$ 2,9 bilhões. As projeções da produção agrícola mundial para o longo prazo são indicativos direcionadores para investimentos pelos fundos de capital, que também avaliam o potencial de crescimento da bioeconomia e economia circular no Brasil e em países em desenvolvimento.

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3- Planejamento organizacional e resultados

3.1- Resultados da gestão e dos objetivos estratégicos O processo de planejamento estratégico, que se consolida no Plano Diretor da Embrapa (PDE), tem por objetivo essencial reafirmar e consolidar a Empresa como uma organizadora de conteúdos e soluções requeridas pelos arranjos e cadeias produtivas de base agropecuária, bem como aquelas correlacionadas a essa base. A amplitude dos sinais e a multiplicidade de temas impuseram a construção de um arcabouço que organizasse e desse foco à captura e à análise de dados e informações relevantes nas cadeias e arranjos produtivos. É um programa participativo e ascendente, elaborado com base nos objetivos governamentais e setoriais do Plano Plurianual do Governo Federal (PPA). O VI PDE foi precedido por dois anos de estudos e monitoramentos, nos quais a Embrapa instituiu um sistema de inteligência estratégica - o Agropensa - e preparou o documento Visão 2014-2034: o futuro do desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira, que estabelece o ponto de partida e cenários necessários ao planejamento da Empresa e de suas Unidades operacionais. Sobre os macrotemas deve incidir prioritariamente a gestão de P&D, de Transferência de Tecnologias, de Negócios e de Desenvolvimento Institucional, buscando criar impactos definitivos em cinco grandes eixos, a saber: 1) avanços na busca da sustentabilidade agropecuária, 2) inserção estratégica do Brasil na bioeconomia, 3) suporte à melhoria e formulação de políticas públicas, 4) inserção produtiva e redução da pobreza rural e 5) posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento. Por meio desses pilares, a Embrapa espera concretizar sua Missão e Visão institucional. Essa concepção que descreve o processo de produção da Empresa está sumarizada no Mapa Estratégico da Embrapa 2014-2034, que integra o VI PDE.

Figura 2: Mapa Estratégico da Embrapa

A partir da interseção dos macrotemas e eixos de impacto, é que o VI PDE deriva os objetivos e diretrizes estratégicas que devem r observados pelas Unidades da Embrapa na construção de suas Agendas de Prioridades. As agendas institucionais, elaboradas anualmente pelos centros de pesquisa e pelas unidades centrais, vão alimentar o processo de planejamento global da Embrapa (PDE a

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Agendas de Prioridades), através do Integro, o processo integrado de gestão da estratégia e do desempenho de Unidades e das equipes da Empresa. Esse encadeamento de vinculações entre o Plano Plurianual (PPA), Visão 2014-2034, PDE, Agendas de Prioridades e Institucionais, gerenciados por meio do Integro, busca garantir que cada equipe e profissionais envolvidos, ao desenvolverem suas atribuições, estejam vinculados ao planejamento corporativo. Como forma de organizar e vincular a agenda de pesquisa aos objetivos estratégicos da Empresa, o Sistema Embrapa de Gestão (SEG) é estruturado em arranjos e portfólios, que tem a função de reunir um conjunto de projetos e especialidades multidisciplinares visando buscar a inovação agropecuária, da pesquisa básica ao cliente. Tal agenda de pesquisa é vinculada ao PDE via Integro. As gestões da estratégia e do desempenho da Empresa e de suas unidades são realizadas via Integro, enquanto os projetos e planos de ação da programação de pesquisa dos portfólios e arranjos são registrados, monitorados e avaliados pelos sistemas Ideare e SISGP, todos integrados entre si.

3.1.1. Cenários inicial e atual

Nos últimos quatro anos, as condições macroeconômicas no país vêm se tornando, ano a ano, mais difíceis, trazendo restrições orçamentárias para o Governo Federal e, consequentemente, para o custeio do sistema nacional de ciência e tecnologia no país, assim como para o custeio de P&D na Embrapa. A Lei do Teto dos Gastos Públicos (Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016) já afetou a disponibilidade orçamentária dos recursos do Tesouro para a condução da agenda de pesquisa em curso, sendo que em 2017 os recursos previstos para custeio das pesquisas em andamento foram reduzidos em 50%. Nos últimos dois anos houve também alterações significativas em outras legislações, como a Lei das Estatais e o novo Marco de C&T, que já estão exigindo adaptações processuais e estruturais na empresa. Essas mudanças no cenário externo também trazem oportunidades para mudanças internas visando maior eficiência e efetividade. Ao mesmo tempo, trazem desafios para o cumprimento da agenda estratégica, principalmente quando ações de grande envergadura exigem maior disponibilidade de recursos financeiros e humanos. A implementação da Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no país a partir de 2016-2017 tem influenciado o planejamento do Governo Federal, assim como dos órgãos a ele vinculados. Por isso a Embrapa já está agindo pró-ativamente, alinhando seu planejamento estratégico com essa agenda. Assim, procurando estar constantemente conectada a essas transformações e suas implicações em CT&I para a agricultura, a Embrapa aprofundou seus estudos nesse período. Dessa forma, o conjunto mais recente de sinais e tendências globais e nacionais sobre as transformações na agricultura foram captados e analisados, dando origem a um grupo de sete megatendências: Mudanças socioeconômicas e espaciais na agricultura; Intensificação e sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas; Mudança do clima; Riscos na agricultura; Agregação de valor nas cadeias produtivas agrícolas; Protagonismo dos consumidores; e Convergência tecnológica e de conhecimentos na agricultura. Cada megatendência traz consigo desafios e oportunidades convergentes considerando o horizonte 2030. Essas megatendências sintetizam sinais e tendências que compreendem aspectos científicos, tecnológicos, socioeconômicos e mercadológicos emergentes, representando forças de transformação que devem moldar o futuro, influenciando a agenda das instituições de C&T, como a Embrapa, e outros atores ligados à agricultura. A programação de pesquisa da Embrapa está bem alinhada a esses desafios e possui mecanismos de indução para que metas para inovação sejam planejadas, executadas e transformem o ambiente agropecuário do país.

3.1.2. Resultados dos Objetivos Estratégicos

A Embrapa estabeleceu doze objetivos estratégicos para suas atividades de pesquisa e desenvolvimento. São eles: OE1-Aproveitamento sustentável dos Recursos Naturais; OE2-Desenvolver Conhecimentos e Tecnologias Face às Mudanças Climáticas; OE3-Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia; OE4-Automação, agricultura de precisão e tecnologias da

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informação e da comunicação; OE5-Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas; OE6-Desenvolver sistemas de produção inovadores; OE7-Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde; OE8-Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde; OE9-Mercado, Políticas e Desenvolvimento Rural; OE10-Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica; OE11-Gerar conhecimentos e tecnologias que promovam inovações gerenciais para tratar com eficiência, eficácia e efetividade a crescente complexidade e multifuncionalidade da agricultura; OE12-Comunicação rural-urbana. Para cada um dos doze objetivos estratégicos foi elaborada uma descrição, análise e conclusão, na perspectiva dos resultados e das formas de atuação apresentados a seguir de uma forma integrada. No Anexo 9.1.1. estão discriminadas as contribuições individuais de cada Centro de Pesquisa por Objetivo Estratégico.

3.1.2.1 - Aproveitamento Sustentável dos Recursos Naturais i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Desenvolver conhecimentos e tecnologias para o adequado manejo e aproveitamento sustentável dos biomas brasileiros.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI): Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. Devido à importância deste objetivo estratégico (OE1) para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira, à semelhança do que ocorreu em 2016, este objetivo foi o segundo mais contemplado no ano de 2017. A partir da contribuição de 155 projetos de pesquisa e inovação foram entregues 1.111 resultados de 1.129 planejados para 2017, o que gerou um índice de alcance de resultados de 98% índice similar ao obtido em 2016 (Figura 3). Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 92%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 170 novos avanços do conhecimento, 129 resultados do tipo enriquecimento e/ou manutenção de Coleção Biológica e 55 sistemas de informação, dentre outros (Figura 4). Na tabela 8, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 33 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 8: Contribuições tecnológicas para o OE1: Aproveitamento Sustentável dos Recursos Naturais

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Boas práticas para sanitização de frutos de açaí

Processo de sanitização de frutos de açaí descrevendo as práticas, que devem ser adotadas de forma sequencial, para eliminação de agentes patogênicos ao ser humano que geralmente estão associados aos frutos de açaí.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Norte

Programa BOManejo

Programa de computador com módulos para elaboração e submissão de plano de manejo florestal e monitoramento via cadeia de custódia visando dar celeridade, segurança e aumentar a eficiência de todas as etapas necessárias à exploração de madeira.

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtor Rural

Norte

Solarizador: equipamento de desinfestação de solo de baixo custo

Alternativa sustentável e de baixo custo para a esterilização de solos para uso como substrato na produção de mudas. Com ele é possível produzir mudas sem nematoides, uma das maiores preocupações dos produtores de todo o País.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Bioma Cerrado

WebAmbiente - Adequação ambiental nas mãos do produtor rural

O WebAmbiente é um sistema de informação interativo para auxiliar tomadas de decisão no processo de adequação ambiental da paisagem rural e contempla o maior banco de dados já produzido no Brasil sobre espécies vegetais nativas e estratégias para recomposição ambiental.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Processo industrial - alimento funcional com base de maracujá

Desenvolvimento da sopa integral com fibras de maracujás, requeijão rico em fibras e pães ricos em fibras. Adicionalmente, ajustes de ingredientes ricos em fibras e antioxidantes, além de

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

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21 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

processos para viabilizar o transporte a temperatura ambiente foram avaliados.

Rota dos butiazais

A Rota dos Butiazais é composta por 22 municípios do Rio Grande do Sul, 4 de Santa Catarina, 2 no Uruguai e 2 na Argentina. Valoriza a sociobiodiversidade, promove a inclusão social, o resgate e a preservação dos valores culturais.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Sul

BRS Guaraçá BRS Guaraçá é um híbrido porta-enxerto para goiabeira tolerante ao nematoide das galhas da goiabeira.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nacional

Cultivar ‘Sertão Forte’

A cultivar ‘Sertão Forte’ de maracujazeiro tolerante à seca e à fusariose.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nacional

Redução da pegada hídrica e de carbono na agricultura irrigada

Sistemas de produção que preveem o uso de adubos verdes utilizando espécies leguminosas, oleaginosas, gramínea e também espontâneas, associado ao mínimo revolvimento do solo ou semeadura direta

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nordeste

Variedades de umbuzeiro para consumo in natura e processamento

Registro e lançado de quatro cultivares de umbuzeiro, dois deles com frutos grandes (variando entre 81 e 96 g/unidade), com potencial para mesa, e outras duas variedades com frutos pequenos (42 a 51 g/unidade), com potencial para mesa e processamento.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Agricultura familiar

Nordeste

Conservação e extrativismo da mangaba: ações de PD&I e políticas públicas federais e estaduais

Os trabalhos realizados permitiram a obtenção de avanços significativos, a exemplo da promulgação da Lei Estadual nº 288/2010, que reconhece todas as catadoras de mangaba de Sergipe como grupo culturalmente diferenciado, e do Projeto de Lei n° 1.066-B/2015, em tramitação no Congresso Nacional, que proíbe o corte e derrubada das mangabeiras em todo o território brasileiro, dentre outras contribuições.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nordeste

Ferramenta ACHA: Avaliação da contaminação hídrica por agrotóxicos

Ferramenta computacional que tem por objetivo gerar estimativas de concentrações ambientais de agrotóxicos em compartimentos ambientais de cenários agrícolas brasileiros.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Diagnóstico rápido da estrutura do solo – DRES

Metodologia simples e de fácil aplicação em nível de campo, para avaliação rápida da qualidade física do solo.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Protocolo de intenções para o Programa Nacional de Solos do Brasil - PronaSolos.

Em dezembro de 2017, sob a liderança da Embrapa, vinte instituições brasileiras assinaram protocolo de intenções para realizar o maior empreendimento técnico-científico nacional na área de levantamento e mapeamento de solos no País: o Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos).

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Agricultura Brasileira

Nacional

Cadastro vitícola do RS: principal base de dados da viticultura brasileira completa 22 anos

O Cadastro Vitícola do RS compõe uma base de dados atualizada, on line e de fácil acesso, com dados de 22 anos de informações sobre a viticultura gaúcha. A base de dados foi disponibilizada para integrar os dados do Sistema de Informações da área de vinhos e bebidas (SIVIBE), coordenado pelo MAPA. Esse novo sistema abrigará o Cadastro Vinícola Nacional.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Sul

Plano de monitoramento ambiental para as zonas aquícolas em águas da União

Plano de monitoramento ambiental para as zonas aquícolas em águas da União, construído com base em diagnósticos e dados primários/ secundários do Reservatório de Peixe Angical, no Rio Tocantins, na região Sul do Tocantins.

Avanços na busca da sustentabilidade

Pescadores/ Piscicultores

Centro-Oeste

Sistema de Suporte à Decisão para Inserção de Árvores na Agricultura

O site (https://www.embrapa.br/agrobiologia/arvores-na-agricultura) abriga um sistema de suporte à decisão que permite ao usuário selecionar, a partir do tipo de solo da sua unidade produtiva, espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica voltadas a diferentes fins: i) espécies alimentícias; ii) madeireiras; iii) melíferas; iv) bioatrativas; v) fertilização do solo.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Identificação de pureza genética para prevenção de fraudes na comercialização em peixes

Com intuito de identificar níveis de parentesco de populações de bagres, montou-se um painel com 96 Polimorfismos de Base Única (SNPs) a partir de um conjunto de mais de 8 milhões de SNPs das seguintes espécies de bagres: cachara da Amazônia; cachara do Pantanal; pintado; barbado e jundiá da Amazônia. As informações geradas estão disponíveis no Alelo Animal.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Piscicultores Norte

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22 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 3: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2016 e 2017

Figura 4: Indicadores de alcance de resultados para o OE1. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE 1 representou 25,1% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Dentre os tipos de resultados alcançados, destaca-se o tipo “Manutenção e enriquecimento de germoplasma”, que diz respeito às ações de manutenção e enriquecimento dos Núcleos de Conservação Animal, das Coleções Biológicas de Microrganismos e dos Bancos de Germoplasma Vegetal da Embrapa. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 16 Portfólios e 26 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para este OE. Os Portfólios com maior contribuição foram “Gestão Estratégica de Recursos Genéticos para a Alimentação, a Agricultura e a Bioindústria” (Regen), “Convivência com a Seca” (ConviSeca) e “Pastagens”. Os projetos de PD&I vinculados a estes Portfólios desenvolveram conhecimentos e tecnologias que promovem a mitigação de impactos ambientais em sistemas de produção, seja por meio do melhoramento e seleção de genótipos adequados à um determinado ecossistema ou pela adoção de práticas conservacionistas da água e do solo. Além disso, a contribuição do Portfólio Regen tem relação direta com as ações de manutenção e enriquecimento dos bancos de germoplasma. Diferentemente do ano fiscal 2016, o Portfólio “Recursos Florestais Nativos” (RFN), teve menor contribuição para o OE1 em 2017. Embora menor quantitativamente, sua contribuição foi importante para o OE1, pois está associada aos projetos voltados à adequação ambiental e à recuperação de áreas degradadas.

iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho

O principal desafio relacionado às ações que contribuem para o Objetivo Estratégico "Aproveitamento sustentável dos Recursos Naturais" será a obtenção de recursos financeiros para a manutenção e enriquecimento dos bancos de germoplasma da Embrapa. Os recentes cortes orçamentários vêm impactando negativamente a execução de determinadas atividades que comprometem não apenas a

A B

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23 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

entrega de resultados como também a sobrevivência dos Núcleos de Conservação, Coleções Biológicas, Bancos Ativos e Coleções de Longo Prazo, colocando em risco o acervo de recursos genéticos, cuja conservação iniciou na Embrapa há exatos 41 anos. Na tentativa de contornar este problema, foi incluído em 2017 um Segmento Competitivo à estrutura do Portfólio Regen, cuja estrutura anterior contava apenas com segmento não-competitivo, com orçamento pré-fixado. Assim, a partir de 2018, o Portfólio poderá abrir chamadas específicas para projetos de pesquisa voltados para a agregação de valor aos recursos genéticos, usando como principal matéria prima o material armazenado nos Bancos de Germoplasma da Embrapa, colaborando indiretamente para sua manutenção.

3.1.2.2 - Desenvolver Conhecimentos e Tecnologias Face às Mudanças Climáticas

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Desenvolver conhecimentos e tecnologias e viabilizar soluções para ampliar a resiliência e a plasticidade dos ecossistemas nativos e dos sistemas de produção agropecuários, bem como ampliar a capacidade de adaptação da agricultura face às mudanças climáticas.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. No ano de 2017, o objetivo estratégico “Desenvolver conhecimentos e tecnologias face às mudanças climáticas” (OE2) obteve um alcance de resultados superior ao esperado para o período, o que gerou um índice de alcance de 106% (Figura 6). Foram entregues 267 resultados de 253 planejados para 2017, a partir da contribuição de 38 projetos de pesquisa e inovação. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 96%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 97 avanços do conhecimento, 29 capacitações e atualização tecnológica de agentes multiplicadores e 28 novas metodologias técnico científicas em P&D, TT ou Comunicação, dentre outros (Figura 7). Na tabela 9, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 28 unidades responsáveis por sua entrega. iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE 2 representou 6% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Dentre os tipos de resultados alcançados, destaca-se o tipo “Avanço do Conhecimento” que, em geral, serão base para o desenvolvimento de novas metodologias ou novo emprego de metodologias pré-existentes, novas formas de manejo, sistemas de informação e/ou análise de dados e outras ações semelhantes, que proporcionarão maior capacidade adaptativa e resiliência à agricultura, com foco na diminuição da emissão de gases de efeito estufa, e consequentemente menor impacto ambiental. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 8 Portfólios e 9 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para o OE2. Na Figura 8 é possível verificar o índice de contribuição dos Portfólios e Arranjos, de acordo com o número de resultados entregues. Os Portfólios com maior contribuição foram “Mudanças Climáticas” (Regen), “Pastagens” e “Integração Lavoura, Pecuária e Florestas – iLPF”. O desenvolvimento de técnicas e práticas para mitigação de emissões de gases de efeito estufa e para adaptação às mudanças climáticas são o principal objetivo dos projetos de PD&I que compõem estes Portfólios. Dentre os resultados obtidos nesta temática, podem ser destacadas as contribuições que possuem foco nas tecnologias elencadas no Plano ABC: recuperação de pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta, fixação biológica de nitrogênio, sistema plantio direto, florestas plantadas e tratamento de dejetos animais.

Page 24: Relatório de Gestão Exercício

24 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 9: Contribuições tecnológicas para o OE2: Desenvolver Conhecimentos e Tecnologias Face às Mudanças Climáticas

Contribuição Tecnológica

Descrição Destaque Eixo de Impacto Público

Alvo Região de

Abrangência

Quantificação dos riscos climáticos para regiões produtoras de arroz de terras altas e feijão-comum

Essa tecnologia permite analisar o impacto das mudanças climáticas na produtividade por meio da utilização de projeções climáticas. Como consequência, leva a se otimizar a alocação de ensaios em campo, reduzindo o custo dos programas de melhoramento de plantas, por meio da seleção de ambientes realmente contrastantes.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Balanço de carbono em agroecossistemas

O monitoramento de troca de gases iniciou-se em maio de 2012 em duas áreas de produção em integração lavoura-pecuária da Fazenda Capivara em Santo Antônio de Goiás (GO). O objetivo do sistema é medir as trocas gasosas entre os agroecossistemas e a atmosfera. Em 2017, os resultados deste trabalho contribuíram para avaliar a implementação do Acordo de Paris (COP21) e avaliação de cinco anos de implantação do Código Florestal.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Desenvolvimento de plantas cítricas tolerantes à seca

Este Destaque é composto de resultados básicos que permitirão o desenvolvimento de tecnologias de tolerância à seca. Esses resultados contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Agenda 2030)

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Produtores Rurais

Nacional

Ações para promoção da integração lavoura-pecuária e intensificação da agricultura no Sul do Brasil

Desenvolvimento de alternativas em genética e manejo de cereais de inverno, além de importantes ações de transferência de tecnologia para o aumento na produção de forragem no Sul do Brasil, tanto na forma de pasto, silagem ou feno, como de grãos, dando suporte ao deslocamento e crescimento da produção leiteira para o Norte do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná.

Avanços na busca da sustentabilidade

Pecuaristas

Sul

Política de Estado para biocombustíveis - RenovaBio

Avaliação de Desempenho Ambiental e Certificação do RenovaBio, responsável pela construção da base metodológica e da ferramenta para a contabilidade da intensidade de carbono de biocombustíveis. A ferramenta RenovaCalc (marca depositada no INPI sob nº 914103024 e registrada no GESTEC) está sendo aprimorada e, em parceria com o IBICT, será convertida em um aplicativo associado a um Banco de Dados para gestão pública.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Sistema para qualificação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta no Brasil - AgroTag

O aplicativo AgroTag foi desenvolvido para utilização em dispositivos móveis visando auxiliar no levantamento de dados em campo sobre a identificação de uso e cobertura das terras e qualificação de sistemas produtivos.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Metodologia de estimativa de emissões de CO2 e mudança de uso da terra para ACV (BRLUC)

A metodologia BRLUC é a primeira ferramenta capaz de estimar de forma consistente e quantitativa as taxas de emissão de gás carbônico (CO2) provocados por mudança de uso da terra (LUC, na sigla em inglês) para 64 culturas diferentes, pastagens e silvicultura no Brasil e em cada um dos seus 27 estados, com base em estatísticas de séries temporais e de acordo com padrões internacionais.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Pecuária com base em campo nativo: manejo, produção pecuária, sustentabilidade e serviço ecossistêmico

Envolve atividades de seis projetos distintos, com 12 resultados que dão suporte, além de outras ações gerenciais indiretas. Sob o ponto de vista de ganhos técnico-científicos temos o refinamento de práticas de manejo orientadas aos pecuaristas que buscam serviços ecossistêmicos tais como resistência a seca e estiagem, resistência a invasão de espécies indesejáveis, ciclagem de nutrientes, atividade biológica no solo, estoque de carbono orgânico e redução de emissão de gases de efeito estufa, todos associados ao incremento produtivo.

Avanços na busca da sustentabilidade

Pecuaristas

Sul

EEGEE-CANA – Ferramenta para avaliar a sustentabilidade ambiental de biocombustíveis

Criação de um “script” denominado EEGEE-CANA, que realiza os cálculos de consumo de energia fóssil e produção de Gases de Efeito Estufa (GEEs) a partir das informações sobre operações de campo, equipamentos e insumos utilizados em todas as etapas do sistema de produção da cana-de-açúcar.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Page 25: Relatório de Gestão Exercício

25 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Manejo de Feijão-Caupi

Tecnologia de manejo de diversos aspectos do feijão Caupi, tais como: determinação de níveis de danos econômicos de pragas importantes; diagnóstico sanitário de sementes; tecnologias de pós-colheita e industrialização; determinação de lâmina ótima de irrigação; recomendação de doses ótimas técnica e econômica de fósforo e zinco; aprimoramento no uso de inoculantes para incrementar a fixação biológica de nitrogênio; condução de unidades demonstrativas; atualização tecnológica de multiplicadores sobre sistemas de produção de feijão Caupi.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Produtores rurais

Nacional

Revisão e atualização do ZARC de culturas: soja, milho, cana-de-açúcar e algodão em MS

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é uma ferramenta de planejamento amplamente reconhecida e largamente utilizada no contexto da atual agricultura nacional por permitir quantificar níveis de risco decorrentes das características climáticas de uma região em função da época de plantio

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Produtores rurais

Nacional

Figura 5: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Figura 6: Indicadores de alcance de resultados para o OE2. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Devido às dimensões do País, com contrastes edafoclimáticos e diversidade de sistemas de produção muito grandes, serão necessários muitos anos para se reunir informação suficiente para que mudanças possam ser feitas com segurança em direção à sustentabilidade produtiva e ambiental. Neste sentido, para melhor desempenho institucional no tema, será necessário desenvolver mecanismos de comunicação, visando despertar o interesse das equipes em conhecer os Portfólios que atuam neste tema, além de promover a indução e articulação de novas propostas com foco a longo prazo e que atendam linhas de PD&I prioritárias, de forma coordenada e complementar.

A B

Page 26: Relatório de Gestão Exercício

26 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

3.1.2.3 - Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Ampliar a base de conhecimentos e a geração de ativos que acelerem o desenvolvimento e a incorporação aos sistemas agroalimentares e agroindustriais de soluções avançadas baseadas em ciências e tecnologias emergentes.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. No ano de 2017, o objetivo estratégico “Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia” (OE3) foi o terceiro em número de resultado entregues. Similar ao ano de 2016, foram entregues 413 resultados dos 448 planejados para 2017, a partir da contribuição de 69 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Este número gerou um índice de alcance de resultados de 92% (Figura 9). Já o índice médio de alcance de resultados para os últimos três anos fiscais é 88%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 133 novos avanços do conhecimento, 63 resultados do tipo sistema de informação e 54 metodologias técnico científicas em P&D, TT ou Comunicação, dentre outros (Figura 10). Na tabela 10, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 27 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 10: Contribuições tecnológicas para o OE3: Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Estratégias de adaptação de plantas cítricas à seca

Plantas cítricas tem a capacidade de se adaptarem à seca e transmitirem essas características através de suas gemas, as quais podem ser empregadas para a formação de mudas ‘aclimatizadas’ à condição de déficit hídrico. Ciclos alternados de seca podem induzir tais mudanças.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Agricultura familiar

Nacional

Bananeiras resistentes às principais doenças da cultura para geração de cultivares comerciais

Foram obtidos quatro novos diploides melhorados, produtos de cruzamentos entre diploides selvagens resistentes à Sigatoka-negra ou à murcha de Fusarium raça 1. Sua resistência foi confirmada em avaliações realizadas em área artificialmente infestadas ou por meio de inoculações em casa de vegetação. Trata-se de germoplasma com alto valor agregado para utilização pelo programa de melhoramento genético da Embrapa

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar/sociedade em geral

Nacional

Insumos estratégicos para produtos biotecnológicos: inovações na fronteira do conhecimento

Ferramentas de biologia molecular foram empregadas como instrumento de inovação. Em parceria com BNDES e uma empresa privada brasileira, foi utilizado gene de Bacillus thuringiensis (Bt), eficiente para controle da lagarta do cartucho, em um evento transgênico.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Agricultura familiar/sociedade em geral

Nacional

Cultivares de soja

No ano de 2017 foram registradas para lançamento comercial oito cultivares de soja todas com tolerância ao herbicida glifosato. Algumas são resistentes às principais doenças da soja, principalmente, à podridão parda da haste (PPH), ao Cancro da Haste (CH), à podridão radicular de Phytophora (PRF) e à Podridão Cinza da Raiz (PCR).

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtores rurais /sociedade em geral

Nacional

Programa facilita gestão Ambiental da Suinocultura

Foi desenvolvido um programa (software SGAS) que automatiza e padroniza a elaboração de projetos de gestão e licenciamento ambiental para a suinocultura, agilizando a construção do projeto, a análise dos processos e a emissão das licenças.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar/sociedade em geral

Nacional

Page 27: Relatório de Gestão Exercício

27 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Produção de extratos e compostos a partir de fungos fitopatogênicos

O Produto pré-tecnológico obtidos a partir de fungos fitopatogênicos isolados de Pinus (Armillaria sp. e Diplodia pinea). Espera-se que as substancias/moléculas descobertas possam ser empregadas na formulação de novos medicamentos para uso na saúde humana e novos medicamentos para emprego na medicina veterinária (antibióticos). Também, poderão se tornar em princípios ativos para controle de plantas daninhas (herbicidas) e de doenças de plantas (fungicidas).

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Incorporação de informações genômicas e econômicas no melhoramento genético de bovinos de corte

O uso de informações genômicas através de milhares marcadores genéticos foram validado e empregadoo em rebanhos da Associação de Criadores Conexão Delta G que através disso disponibilizou ao mercado em 2017 touros jovens com avaliação genômica para resistência ao carrapato. Além disso, foram desenvolvidos modelos bioeconômicos para as raças Hereford, Braford e Brangus.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Nanopigmentos magnéticos

Produção de nanopartículas magnéticas coloridas obtidas por meio de rotas de síntese sustentáveis, desenvolvida no âmbito de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e a empresa TecSinapse.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Sociedade em geral

Nacional

Tecnologias genômicas para a cadeia produtiva da cajucultura

Desenvolvimento de uma plataforma de genotipagem de 16.000 marcadores SNPs, que já foi usada na análise detalhada da diversidade do BAG, na geração de mapas genéticos densos, e é atualmente avaliada na seleção genômica ampla.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Região Nordeste

Mamona sem Ricina: nova fonte de proteína para alimentação de animais

Foram produzidas mamoneiras sem a presença de RICINA e RCA por silenciamento gênico. Esse resultado, uma vez incorporado na cadeia produtiva, terá grande impacto econômico na cadeia produtiva da mamona e da produção animal.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Produtores Rurais

Nacional

Peptídeos com atividade antimicrobiana

Foram desenvolvidos novos peptídeos potencialmente capazes de controlar doenças que acometem culturas importantes como soja, algodão e cacau. Os peptídeos obtidos são bons candidatos para o desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas visando o controle de fungos fitopatogênicos, além de apresentarem potencial de uso na indústria farmacêutica e alimentícia.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Cultivares de soja BRS 5980IPRO e BRS8980IPRO adaptadas às condições do Cerrado

As cultivares BRS 5980IPRO e BRS 8980IPRO apresentam rendimentos respectivamente de 2% e 4% superiores aos melhores padrões comercias regionais de mesmo ciclo. São cultivares de soja transgênicas com tolerância ao herbicida glifosato e resistente às lagartas alvo da tecnologia Intacta, aos nematoides causadores de galhas (M. javanica) e resistência ao nematoide do cisto da soja (raças 3, 4, 5 e 14).

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste

Figura 7: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Page 28: Relatório de Gestão Exercício

28 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 8: Indicadores de alcance de resultados para o OE3. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE 3 representou 9,3% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Resultados estes que promovem a expansão de tecnologias emergentes, como a genômica, proteômica, metabolômica, metagenômica, geo e nanotecnologias. Embora represente um percentual inferior ao obtidos nos dois últimos anos (12,09% em 2015 e 13,4% em 2016), quantitativamente este número é similar ao ano de 2016 e superior em relação ao ano de 2015 (439 e 176 resultados entregues, respectivamente). Exatamente 12 Portfólios e 18 Arranjos contribuíram para entrega destes resultados. Na Figura 11 é possível verificar o índice de contribuição dos Portfólios e Arranjos, de acordo com o número de resultados entregues. Os Portfólios com maior contribuição foram “Sanidade Vegetal”, “Engenharia Genética no Agronegócio” (EnGenAgro) e “Palma de Óleo”, respectivamente. Dentre os principais tipos de resultados entregues, incluem aqueles relacionados à identificação de novos genes e proteínas de interesse econômico para a agropecuária brasileira, representado pela crescente contribuição do Portfólio EngenAgro em relação ao ano fiscal 2016, e ao desenvolvimento de novas metodologias avançadas para análise sensorial e de nanocompostos. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos, agroenergia e outros produtos relacionados à agricultura do mundo, e um dos poucos países que poderá aumentar significativamente sua produção nas próximas décadas, sem destruir ambientes nativos ou preservados. Entretanto, hoje o germoplasma utilizado nas variedades brasileiras depende cada vez mais de tecnologias proprietárias que não pertencem, na sua maioria, a empresas públicas ou privadas brasileiras. Nesse contexto, é importante que a Embrapa se empenhe na aquisição e composição de um Portfólio de Ativos Biológicos (AB) proprietários, os quais sustentarão o desenvolvimento de seus produtos de forma individual ou através de parcerias.

3.1.2.4 - Automação, Agricultura de Precisão e Tecnologias da Informação e da Comunicação i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Desenvolver, adaptar e disseminar conhecimentos e tecnologias em automação, agricultura de precisão e tecnologias da informação e da comunicação para ampliar a sustentabilidade dos sistemas produtivos e agregar valor a produtos e processos da agropecuária.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos.

A B

Page 29: Relatório de Gestão Exercício

29 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

O objetivo estratégico “Automação, agricultura de precisão e tecnologias da informação e da comunicação” (OE4) foi o quinto mais contemplado no ano de 2017. Exatamente 27 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação contribuíram para a entrega de 328 resultados dos 401 planejados para o ano de 2017, obtendo um índice de alcance de resultados de 82%. Embora o índice de alcance de resultados seja inferior ao obtido em 2016 (Figura 12), quantitativamente o número de resultados entregue em 2017 para este OE praticamente triplicou em relação ao ano de 2016, quando foram gerados 120 resultados. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 84%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 147 sistemas de informação, 52 resultados do tipo avanço do conhecimento e 24 novas metodologias técnico científicas em P&D, TT ou comunicação, dentre outros (Figura 13). Na tabela 11, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 20 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 11: Contribuições tecnológicas para o OE4: Automação, Agricultura de Precisão e Tecnologias da Informação e da Comunicação

Contribuição tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Pasto Certo - Aplicativo sobre forrageiras tropicais

O Pasto Certo é um aplicativo para dispositivos móveis que permite o acesso, de forma rápida e integrada, às características das principais cultivares de forrageiras tropicais lançadas pela Embrapa e outras de domínio público.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Balança de Passagem BalPass

Tecnologia que permite o controle sistemático do peso de cada bovino, em qualquer ambiente, inclusive pastagem extensiva e piquetes, sem a necessidade de mão-de-obra no local, de uma forma totalmente automatizada.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

CustoBov

Trata-se de uma Planilha de Controle de Custos e Margens da Bovinocultura de Corte, software desenvolvido para facilitar a administração das fazendas de gado de corte. Sua principal funcionalidade é gerar os custos de produção da bovinocultura e as margens que refletem seu desempenho econômico.

Avanços na busca da sustentabilidade

Pecuaristas Nacional

GISLEITE

Aplicativo para dispositivo móvel visando a gestão de sistemas de produção de leite. Possui impacto potencial impacto na melhor gestão da propriedade rural e na simulação de diferentes conjunturas, auxiliando nos processos de planejamento e tomada de decisões.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Pecuaristas Nacional

Tanque-rede para cultivo aquícola no Estuário do rio Amazonas

Protótipo de tanque-rede obtido com a adoção de material de Poliestireno (OS). Sua resistência foi avaliada tanto em laboratório quanto no cultivo de peixes em pequena escala. Esse novo modelo é indicado para produção de peixes em piscicultura de tanques-rede na Amazônia.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Região Norte

SitIoT

Trata-se de um campo experimental, onde experimentos podem ser realizados para culturas anuais, culturas perenes (fruticultura) e ambiente florestal. Sua missão é reunir parceiros interessados em investigar, junto à Embrapa, problemas em redes de sensores, redes de atuadores, comunicação, visualização e análise de dados, visando desenvolver soluções para tomada de decisão e gerenciamento de risco na agricultura. Envolve desde técnicas de manejo integrado de doenças, cálculos matemáticos avançados usando aprendizagem de máquina e processamento de imagens, com informações obtidas a partir de sensores instalados em campo até o uso de imagens digitais, visando aperfeiçoar as técnicas para diagnóstico de doenças em plantas.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Sociedade em geral

Nacional

WebAgritec

O WebAgritec é um sistema de suporte à tomada de decisão que auxilia extensionistas e agentes de desenvolvimento, atuantes nas culturas de soja, milho, arroz, feijão e trigo, nos processos de orientação técnica junto aos agricultores. Para tanto, o sistema conta com sete módulos que abrangem as etapas de planejamento e condução das culturas citadas.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Sociedade em geral

Nacional

Page 30: Relatório de Gestão Exercício

30 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Banco de dados meteorológicos CONsistentes, PREenchidos e ESpacializados

O sistema CONPREES foi desenvolvido com os seguintes objetivos e funcionalidades: manter operando um sistema (a) de integração de dados meteorológicos de diversos tipos, formatos e instituições; (b) de controle de qualidade para identificação de dados inválidos; (c) de fusão ou mesclagem de bases de dados complementares; (d) de imputação para o preenchimento de falhas; (e) de espacialização de dados e geração de estações virtuais em grade regular de alta resolução.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Plataforma AgroAPI

A plataforma baseada no modelo de APIs (Application Programming Interface) viabiliza novos negócios promovendo inovação institucional: facilita a integração de sistemas de informação, reduz custos e tempo, melhora a interface com dispositivos móveis, amplia a capacidade de obter e disseminar dados e informações agropecuárias, economiza recursos computacionais, compartilha dados e serviços, facilita acordos com outras organizações e viabiliza maior alcance dos resultados da empresa e de seus parceiros.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Figura 9: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Figura 10: Indicadores de alcance de resultados para o OE4. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE 4 representou 7,4% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017, o que mostra a crescente evolução das pesquisas no tema na Embrapa, uma vez que os resultados que contribuíram para este OE nos anos anteriores corresponderam a apenas 2,16% dos resultados entregues em 2015 e 3,7% em 2016. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 10 Portfólios e 13 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para este OE. O Portfólio com maior contribuição para o OE4 foi o “Automação”, sendo que os demais portfólios contribuíram de forma igualitária para este objetivo. Diretamente relacionado ao OE 4, este portfólio possui projetos de PD&I em sua carteira cujos objetivos visam aumentar a eficiência e a capacidade de operação e de monitoramento do sistema de produção agrícola, pecuária e florestal, por meio da automação em

A B

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31 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

todos os elos da cadeia de produção, desde o pequeno ao grande produtor. Dentre as linhas de pesquisa contempladas no tema, estão a implementação de sistemas de alerta baseados em dados epidemiológicos, com apoio de modelagem e simulação, o aprimoramento de sistemas computacionais de simulação dos impactos das mudanças climáticas na agricultura e o desenvolvimento de soluções em modelagem matemática e inteligência computacional para o estudo de problemas complexos da agropecuária e da agroindústria de alimentos. Isso reflete o elevado número de resultados do tipo sistemas de informação obtidos em 2017.

iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Embora o tema tenha evoluído na programação de pesquisa da Embrapa, ainda existem linhas prioritárias de PD&I que necessitam ser atendidas através de novas submissões de projetos. Muito desta deficiência está relacionada com a falta de massa crítica para atender às demandas identificadas. Portanto, com o intuito de fortalecer o conceito de automação na Embrapa, o maior desafio será promover a capacitação de recursos humanos e a articulação de novas parcerias que possibilitem o pleno atendimento ao OE4.

3.1.2.5 - Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Promover e fortalecer PD&I para segurança biológica e defesa zoofitossanitária da agropecuária e produção florestal e aquícola brasileira.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. A partir da contribuição de 60 projetos de pesquisa e inovação, o objetivo estratégico “Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas” (OE5), em 2017, foi contemplado com a entrega de 371 resultados dos 431 planejados para o período. Este número gerou um índice de alcance de resultados de 86% (Figura 15). O índice foi inferior ao obtido em 2016 (Figura 15), entretanto, quantitativamente superior ao período anterior. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 88%. Como pode-se observar no Figura 16, os indicadores de resultados mostram a entrega de 176 resultados do tipo “Avanço do conhecimento”, 43 do tipo “Capacitação e atualização tecnológica de agentes multiplicadores” e 27 do tipo “Prática/processo agropecuário”, dentre outros. Na tabela 12, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 33 unidades responsáveis por sua entrega.

Figura 11: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Page 32: Relatório de Gestão Exercício

32 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 12: Contribuições tecnológicas para o OE5: Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas

Contribuição tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Sistema de criação de parasitoides de moscas-das-frutas

Com esta tecnologia foram definidas doses de radiação X, aplicada em fase adequada de desenvolvimento do ovo, que permite a eclosão dos ovos, o bom desenvolvimento das larvas e pupas da moscas-das-frutas, que são expostas ao parasitismo, mas impedindo a emergência de adultos de moscas-das-frutas. Isso permite multiplicar F. arisanus sem o perigo da emergência das moscas, obtendo uma estratégia de “criação limpa”.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nacional

Conhecimento e soluções tecnológicas para o controle do cancro europeu na cadeia produtiva de maçã

Participação na redação de duas instruções normativas e de um ato do MAPA (IN 20/2013, Ato 52/2013 e IN 12/2014), nos quais, além das recomendações para a produção de mudas, a comercialização de mudas e frutas e o controle da doença em pomares, consta a lista de agrotóxicos autorizados para uso. Além disso, foi desenvolvido um método de amostragem para estimação da incidência da doença no pomar.

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtores de maçã

Nacional

Monitoramento e controle de populações de mosca-da-carambola

Recomendações de atrativos alimentares e iscas tóxicos para monitoramento e controle de adultos da mosca-da-carambola, que é uma praga de importância quarentenária. Os novos atrativos permitirão reduzir os custos do programa de controle e aumentar a eficiência no monitoramento de adultos de mosca-da-carambola.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Apoio a políticas públicas HLB

Recomendações de ações para mitigar impactos ambientais e otimizar as práticas de gestão para controle de HLB são propostas como guias para melhorar a ação técnica de consultores e agricultores.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Parceria CREA-GO para difusão do manejo integrado de pragas (MIP)

Realização de workshops para demonstração do uso de Veículos Aéreos não Tripulados (VANTs ou Drones), produtos transgênicos e Manejos Integrado de Pragas e Doenças, armadilhas para o monitoramento de pragas e produtos biológicos já disponíveis no mercado.

Melhoria da gestão institucional e da eficiência de PD&I

Sociedade em geral

Goiás

Calendário de manejos reprodutivo, sanitário e zootécnico de bovinos de corte

Calendário de Manejos Reprodutivo, Sanitário e Zootécnico de Bovinos de Corte foi desenvolvido para atender a grande demanda de produtores por um calendário anual em que constassem recomendações técnicas preconizadas pela Embrapa para a produção de bovinos de corte.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Genotipagem de Mycobacterium bovis por análise genômica

Em 2017, o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT) foi revisado e os Estados brasileiros foram classificados quanto ao risco para essas duas enfermidades e ações regionalizadas serão adotadas em função de cada situação epidemiológica.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Bioacústica aplicada ao monitoramento do comportamento ingestivo de bovinos Nelore em pastagens

O comportamento ingestivo dos ruminantes pode ser utilizado como indicador da qualidade de seu ambiente pastoril, relacionado a fatores climáticos, espaciais ou alimentares/nutricionais. A bioacústica para registro de sons não-vocais é um método que pode ser utilizado. Os registros sonoros capturados em modo contínuo são transferidos como arquivos para um software livre de edição digital de áudio, para serem identificados manualmente e rotulados, a fim de que se possa contabilizar em minutos a duração das atividades.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Sociedade em geral

Nacional

Métodos de espectrometria de massas MALDI-TOF para detecção de bactérias em carcaças bovina

Foram desenvolvidas metodologias em espectrometria de massas MALDI-TOF que possibilitam a identificação e classificação segura de bactérias dos gêneros Salmonella spp. e Escherichia coli, bactérias patogênicas para bovinos.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Descoberta de maracujás resistentes à principal doença da cultura

A principal virose do maracujazeiro é o endurecimento dos frutos, causado pelo Cowpea Aphid Borne Mosaic Virus – CABMV. Em testes de resistência, 15 genótipos foram considerados resistentes e pertencem às espécies P. suberosa, P. malacophylla, P. cincinnata, P. setacea, P.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Page 33: Relatório de Gestão Exercício

33 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

gibertii e P. edulis f. flavicarpa (maracujá amarelo ou azedo).

Mitigação de impactos ambientais e disseminação do HLB dos citros

Para o controle do HLB foram desenvolvidas ferramentas de inteligência estratégica em apoio a políticas públicas, como a avaliação dos impactos ambientais e a exclusão da doença de outras regiões produtoras. Para exclusão da doença, foram desenvolvidos scripts para simulação computacional de epidemias, esquemas de amostragem e erradicação de plantas. A partir dos cenários de disseminação gerados otimizou-se o plano de amostragem inter pomares, intra pomares e da frequência e intensidade de amostragem para três regiões citrícolas.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Regiões NE e SE

Monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas

Desde dos anos 90 a Embrapa vem realizando diversos trabalhos relacionados à resistência de plantas daninhas espécies aos herbicidas. Foi encontrada população de Digitaria insularis (capim-amargoso) resistente ao glifosato (primeiro caso no mundo) em soja no PR, MT e SP e população de buva (Conyza spp.) também resistente ao glifosato (primeiro caso no mundo) no PR e MS e também a comprovação da resistência dessa espécie aos inibidores do fotossistema I.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Tratamento correto inativa vírus aviário residual na cama de frango reutilizada

Procedimentos de biosseguridade são exigidos dos compartimentos avícolas, e incluem o manejo da cama aviária reutilizada. Com o uso de um indicador viral foi avaliada a inocuidade da cama de frango tratada para reuso entre lotes. Essa estratégia mostrou que a fermentação plana da cama aviária é efetiva sobre o vírus da Doença de Gumboro, modelo viral altamente resistente ao ambiente, e é recomendada para inativar vírus aviários residuais com características de resistência equivalente.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Inventário de Tecnologias para Destinação de Animais Mortos na Granja

Foram avaliadas duas estratégias para destinação de carcaças: o tratamento dentro do estabelecimento agropecuário e a remoção e o transporte para centrais de tratamento. Considerando os diferentes tipos de públicos, foram recomendados: 1) Remoção dos animais mortos, armazenamento temporário das carcaças e seu transporte dentro da propriedade; 2) Tecnologias para pré-processamento (trituração e desidratação); 3) Tecnologias para tratamento e disposição final (compostagem tradicional, compostagem de grandes animais inteiros, compostagem acelerada ou rotoacelerador, biodigestão anaeróbia e incineração); 4) Parâmetros técnicos para dimensionamento dos sistemas de tratamento.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Região Sul

Sistema de pulverização eletrostática

Em 2015 a Embrapa solicitou patente de um dispositivo de indução eletrostática para ser adaptado aos convencionais bicos de pulverização hidráulica a qual foi depositada no INPI sob nº BR 10 2015 025940-9. Três empresas nacionais obtiveram licença de fabricação e comercialização desse dispositivo: Magno Cerâmica – Indústria e comércio Ltda (21/03/2016); Pulvertec Eletrostático Ltda-ME (20/05/2016) e B&D Equipamentos Agrícolas Ltda-ME (22/12/2017). Duas empresas nacionais: Magno Cerâmica – Indústria e comércio Ltda (08/03/2016) e AgroNZ comercial Agrícola Ltda (06/09/2017) e uma empresa americana: Sprayng System do Brasil Ltda (22/09/2017) contrataram a consultoria em pulverização eletrostática da Embrapa Meio Ambiente demostrando o grande interesse dessas empresas no assunto.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Page 34: Relatório de Gestão Exercício

34 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 12: Indicadores de alcance de resultados para o OE5. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE5 representou 8,4% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 10 Portfólios e 24 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para este OE. Na Figura 17 é possível verificar o índice de contribuição dos Portfólios e Arranjos, de acordo com o número de resultados entregues. Os Portfólios com maior contribuição foram “Sistemas de Produção de Base Ecológica”, “Sanidade Animal” e “Sanidade Vegetal”. Dentre as principais contribuições destes Portfólios pode-se indicar os resultados voltados para adaptação, desenvolvimento e validação de inovações tecnológicas aplicadas à detecção, controle e/ou prevenção de doenças emergentes, re-emergentes, zoonoses e patógenos transmissíveis por alimentos, desenvolvimento de métodos alternativos de controle de pragas, além de resultados expressivos que contribuíram para formulação de políticas públicas. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Por se tratar de um tema com ação transversal a diversas cadeias produtivas, existe a necessidade de desenvolver mecanismos de comunicação que despertem as equipes em relação à sua importância e promovam a indução e articulação de novas propostas, de forma coordenada e complementar, atendendo, assim, linhas de PD&I prioritárias.

3.1.2.6 - Desenvolver Sistemas de Produção Inovadores i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Desenvolver sistemas de produção inovadores capazes de aumentar a produtividade agropecuária, florestal e aquícola, com sustentabilidade.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. Nos últimos três anos o objetivo estratégico “Desenvolver sistemas de produção inovadores” (OE6) foi o que obteve maior número de resultados em comparação com os demais OE do VI PDE. Isso se deve à grande pluralidade dos sistemas de produção, uma vez que a agropecuária brasileira é bastante diversa quanto às suas características de clima, solo e vegetação. A partir da contribuição de 266 projetos de pesquisa e inovação foram entregues 1.211 resultados dos 1.255 planejados para 2017, o que gerou um índice de alcance de resultados de 96%. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 93%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 419 avanços do conhecimento, 172 capacitações e atualização tecnológica de agentes

A B

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35 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

multiplicadores e 158 novas práticas/processos agropecuários, dentre outros. Na tabela 13, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 42 unidades responsáveis por sua entrega. iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado Similar ao OE1, o OE6 representou 27,3% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Ambos objetivos representam mais de 50% dos resultados obtidos no período, o que reflete a preocupação da Empresa em desenvolver sistemas de produção inovadores e sustentáveis, para a intensificação da produção, a recuperação de passivos ambientais e a diversificação dos sistemas de produção nos diferentes biomas nacionais. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 16 Portfólios e 54 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para o OE. Os Portfólios com maior contribuição foram “Pastagens”, “Fixação Biológica de Nitrogênio” e “Suprimentos de Nutrientes para a Agricultura”, respectivamente. Dentre os resultados obtidos nesta temática, pode-se destacar aqueles provenientes da avaliação e validação agronômica de agrominerais e de resíduos de orgânicos, agroindustriais e urbanos como fontes de nutrientes, corretivos ou condicionadores do solo; identificação de novos microorganismos capazes de fixar nitrogênio e a identificação de materiais genéticos mais responsivos à FBN, como soja, feijão e cana, com indicação de genótipos e cultivares com elevado potencial para esta característica. Diferente de 2016, o Portfólio iLPF não está entre os três Portfólios com maior contribuição para o OE6 em 2017. Entretanto, este ainda segue forte no tema, contribuindo para o avanço territorial dos sistemas de produção integrados, que hoje abrangem 11,5 milhões de hectares do território nacional.

Tabela 13: Contribuições tecnológicas para o OE6: Desenvolver Sistemas de Produção Inovadores

Contribuição tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Contribuição do Sistema Plantio Direto para mitigação do Efeito Estufa

O Sistema Plantio Direto - SPD do algodoeiro, integrado ao esquema de rotação com milho, soja e braquiária ruziziensis, aumentou em 58% o teor de carbono orgânico do solo de Cerrado, na camada até 5 cm de profundidade, quando comparado com o monocultivo de algodão, com preparo do solo de forma convencional, no qual não houve aumento desse indicador.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Primeira cultivar transgênica brasileira de algodão de fibra longa: BRS 433 FL B2RF

Esta cultivar possui resistência a lepidópteros, tolerância a glifosato e fibra longa de elevada resistência, a melhor qualidade de fibra dentre as cultivares atualmente comercializadas no Brasil.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Validação do Sistema Integração Lavoura-Pecuária na Região Agreste do Nordeste

O Plano ABC nos estados do Nordeste está atrasado e a adoção de práticas como o ILPF ainda é muito pequena em comparação às demais regiões do Brasil. A adaptação dessa tecnologia para a região Agreste foi obtida após vários anos de pesquisa, e a validação/transferência por meio da Unidade de Referência Tecnológica – URT alcançou grande sucesso.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Produtores Rurais

Região Nordeste

Aumento do teor de óleo na semente para agregação de valor aos coprodutos do algodão

Neste estudo, foi demonstrada a possibilidade de ganhos genéticos no processo de melhoramento visando o aumento do teor de óleo na semente de algodão. Além do avanço no conhecimento sobre o teor de óleo na semente, foram identificadas fontes de alto teor de óleo e selecionadas linhagens que possibilitam rápida resposta a demandas por cultivares com esta característica.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Agroindústrias

Nacional

Avaliação Genômica de Fêmeas Jovens Girolando

A aplicação da seleção genômica para o melhoramento de bovinos permitiu ganhos expressivos na lucratividade em rebanhos leiteiros em comparação aos que utilizam a seleção tradicional. A implementação da seleção genômica coloca o Brasil na vanguarda do conhecimento mundial em genômica e melhoramento animal

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Pecuária Nacional

Page 36: Relatório de Gestão Exercício

36 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

BRS FC104 – Cultivar superprecoce de feijão-comum carioca.

A cultivar BRS FC104 destaca-se como um avanço tecnológico no mercado por ser superprecoce, sem redução significativa na produtividade de grãos e moderada resistência à antracnose, com adequada qualidade comercial dos grãos. Essa cultivar se apresenta como uma nova solução tecnológica para os produtores de feijão em todo o Brasil e contribuirá para a sustentabilidade da cultura do feijão-comum no agronegócio brasileiro.

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtores rurais

Nacional

Boas práticas agrícolas aumentam a eficiência tecnológica de sistemas de produção de milho em MG

Foram desenvolvidas ações para levar à região do Alto Paranaíba / MG os conceitos das boas práticas agrícolas na produção de milho visando a sustentabilidade do sistema produtivo. O sistema de rotação entre milho e soja, onde o milho foi cultivado em substituição à soja no verão, possibilitou obter, na safra seguinte, aumento da produtividade de soja e a maior rentabilidade do milho em relação à da soja.

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtores rurais

Região Sudeste

Híbridos e cultivares de girassol

A Embrapa desenvolveu o BRS 424, o primeiro híbrido de girassol alto oleico para as condições de cultivo do Brasil. Tem ótima produtividade com teor de óleo acima de 40%. O girassol apresenta ampla adaptabilidade às condições edafoclimáticas do país e com maior tolerância à seca, ao frio e ao calor do que a maioria das espécies cultivadas. Também foram identificadas cultivares de soja (BRS 321 e BRS 323) da Embrapa interessantes para cultivo em sucessão à soja em áreas com infestação dupla de P. brachyurus e M. javanica.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Produtores rurais

Nacional

Genes e mecanismos genéticos envolvidos na manifestação da hérnia escrotal e osteocondrose em suínos

Buscando esclarecer os mecanismos genéticos envolvidos na ocorrência da hérnia escrotal e osteocondrose, gerou-se o transcriptoma do anel inguinal e da cartilagem do fêmur de suínos normais e afetados com essas anomalias por meio da técnica de RNA-Seq. A partir da análise funcional, foi possível identificar diversos mecanismos biológicos, como por exemplo, aqueles relacionados à falha na vascularização e ossificação, os quais podem favorecer o aparecimento desta condição em suínos.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Suinocultores

Nacional

Figura 13: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Para a promoção de ações de PD&I que contribuam para o OE6, o principal desafio está também associado à capacidade de interação entre as equipes de pesquisa, de forma a evitar trabalhos redundantes e de baixo impacto para a produção agropecuária. Portanto, pretende-se fortalecer a ação dos diferentes Portfólios e Arranjos de projetos da Embrapa, com intuito de induzir o desenvolvimento de novos projetos que atendam linhas de pesquisa prioritárias e contribuam para o contínuo avanço e sustentabilidade da agropecuária nacional.

Page 37: Relatório de Gestão Exercício

37 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 14: Indicadores de alcance de resultados para o OE6. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

3.1.2.7 - Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Promover o avanço do conhecimento e soluções tecnológicas com foco na ampliação das contribuições da pesquisa agropecuária para a integração alimento, nutrição e saúde.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. Em 2017, o objetivo estratégico “Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde” (OE7) recebeu a contribuição de 34 projetos de PD&I. Dos 235 resultados programados, 220 foram entregues, gerando um índice de alcance de resultados de 94%. Comparado com os índices de anos anteriores (Figura 15), este foi o menor índice obtido, entretanto, o número de resultados obtidos é quantitativamente superior. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 111%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 86 novos avanços do conhecimento, 22 resultados do tipo imagem corporativa e 15 práticas/processos agroindustrial, dentre outros (Figura 16). Na tabela 14, estão descritas algumas das principais inovações tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 26 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 14: Contribuições tecnológicas para o OE7: Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público

Alvo Região de

Abrangência

Bebidas Funcionais

O desenvolvimento de novos produtos à base de frutas, práticos e seguros, além de apresentar características/propriedades funcionais, vai ao encontro das tendências de mercado e da necessidade de introdução de bebidas com menor densidade energética e/ou direcionadas a grupos populacionais específicos.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Métodos Moleculares para a análise da qualidade em blends de café torrado e moído

O desenvolvimento de métodos utilizando PCR para detecção de adulterantes e marcadores de qualidade é uma ferramenta que a médio e longo prazo tende a tornar-se cada vez mais rápida, prática e barata, com potencial desenvolvimento de kits do tipo “pronto para uso”.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Sociedade em geral

Nacional

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

Avanço do conhecimento

Prática/processo agropecuário

Apoio à formação de estudantes de…

Cultivar / linhagem

Produto Pré-Tecnológico

Sistema de informação

Prática/processo agroindustrial

Softwares para Clientes Externos

Estirpe/Raça/Tipo

Negócio Tecnológico

Protótipo de máquinas, equipamentos e…

Processo melhorado, metodologia ou…

Software Corporativo ou Específico

Realizado Programado

5%

38%

19%

31%

7%

Percentual de Resultados por Categoria

Ativo

Base para avançocientífico/tecnológico

Método/Processo de usodireto no segmento produtivo

Suporte a transferência e usode tecnologias

Tecnologias de uso direto nosegmento produtivo

A B

Page 38: Relatório de Gestão Exercício

38 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Biofortificação de Alimentos

Convênio entre a Embrapa e o Governo do Maranhão, onde a Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) implementou a utilização de cultivos biofortificados na região de Cocais em 2017, com possibilidade de expandir para todo o estado do Maranhão em 2018 sendo, portanto, o Maranhão o primeiro estado a adotar biofortificação como uma política de segurança alimentar.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Agregação de valor na cadeia da maçã

Criação de um banco com cinco extratos liofilizados de maçã, o qual ficará disponível para pesquisas futuras relacionadas a caracterização, avaliação e uso. Eles estão caracterizados quimicamente e algumas funções biológicas já foram estudadas como ação antioxidante, proteção de DNA, atividade antiproliferativa sobre melanoma.

Avanços na busca da sustentabilidade

Produtores de maçã

Região Sul

Produtos alimentícios derivados de banana, ricos em amido resistente

Foram selecionados sete genótipos de banana e as farinhas desses sete genótipos foram caracterizadas quanto aos aspectos físico-químicos e nutricionais. O pão com farinha de banana verde proporcionou 4,5 vezes mais amido resistente que o pão tradicional. A aceitação deste entre consumidores foi maior que 94%.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Sorgo na alimentação humana: alimentos funcionais e sem glúten

Desenvolvimento de mistura em pó à base de farinhas extrusadas de sorgos com e sem tanino para o preparo instantâneo de uma bebida nutritiva e com baixo teor calórico que teve índice de aceitação de 70,9 a 93,2%. Foi desenvolvido também um processo para a produção de hambúrgueres bovinos com adição de farinhas integrais de sorgo em substituição à soja.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

A identidade do trigo nacional definida a nível de cadeia - do produtor à indústria de transformação

No intuito de identificar cultivares de trigos específicos para panificação ou produção de biscoitos nas diferentes safras, novos materiais estão sendo desenvolvidos, de acordo com o tipo de produto e padrões de qualidade demandados pela indústria e pelo consumidor. Por exemplo, trigos com aptidão para a produção de biscoitos foram validados pela Nestlé e Mondeléz; trigos com perfil para panificação e farinha branqueadora foram validados pela Cooperativa Cotricampo.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Concessão de carta-patente para carriola com plataforma regulável

A concessão da carta-patente reconhece a inventividade embutida na carriola com plataforma regulável, um equipamento que facilita a técnica de colheita de hortaliças, frutas e flores. A carriola tem múltipla aptidão porque, além da utilidade na lavoura, pode ser usada por atacadistas para movimentação da carga e por varejistas para abastecimento das gôndolas.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Nacional

Aplicativo de Planejamento Forrageiro – PASTEJANDO

Aplicativo para smartphones com sistema operacional Android (disponível na Play Store) que calcula a necessidade de consumo de matéria seca (MS) do rebanho, a oferta de MS da propriedade, além de localizar áreas de plantio das forrageiras, utilizando-se de recursos gráficos e estatísticos para demonstrar dados úteis.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Pesquisa funcional: desenvolvimento de alimentos comprovadamente funcionais

Nesta pesquisa foi demonstrado que: 1) o consumo de suco produzido com o pó de tamarindo reidratado sinaliza potencial na redução de parâmetros como triglicerídeos, circunferência abdominal, colesterol total e Índice de Massa Corpórea; 2) o consumo de maracujá-alho não apresenta toxicidade aguda e subcrônica, podendo ser testado como alimento funcional para ansiedade, sono e convulsão e parkinsonismo; 3) o xarope de yacon apresentou resultados positivos, em testes clínicos com voluntários, relacionados à saciedade e 4) o extrato de carotenoides obtido a partir da fibra do pedúnculo de caju mostrou efeito contra 11 linhagens de células tumorais, especialmente tumor de mama.

Posicionamento da Empresa na fronteira do conhecimento

Sociedade em geral

Nacional

Gerenciamento hídrico em entrepostos de pescado

Estudos da Embrapa e parceiros mostraram a redução de quase 30% na quantidade mínima de água para a produção de filé de tilápia congelado, passando de 19,949 L/kg de produto acabado (PA) para 14,134 de PA. Outro aspecto refere-se aos efluentes, gerados durante o processamento, que apresentam alta concentração de carga orgânica. Estudos mostraram que alguns tipos de efluentes possuem potencial para o reuso.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Page 39: Relatório de Gestão Exercício

39 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 15: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Figura 16: Indicadores de alcance de resultados para o OE7. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE7 representou 5% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa no período, 7 Portfólios e 18 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para este OE. Os Portfólios com maior contribuição foram “Alimentos, Nutrição e Saúde”, “Química e Tecnologia da Biomassa” e “Alimentos Seguros”. A avaliação e caracterização de recursos genéticos quanto ao conteúdo de compostos bioativos promotores da nutrição e saúde e o desenvolvimento de estratégias de fortificação de alimentos são os principais objetivos dos projetos de PD&I destes Portfólios que contribuíram para o OE7. Os resultados entregues mostram que a área de desenvolvimento de novos produtos da Embrapa vem buscando atuar fortemente na elaboração de alimentos diferenciados, contribuindo com as tendências e necessidades do crescente mercado mundial por alimentos funcionais e com maior valor nutricional. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho O desenvolvimento e aplicação de métodos adequados para a avaliação da bioacessibilidade/ biodisponibilidade e eficácia in vitro e in vivo de compostos alvo e avaliações pré-clínicas e clínicas para comprovação de alegações de nutrição e propriedades funcionais e de saúde em alimentos, ainda são temas relativamente novos no escopo da Embrapa. Assim, para o desenvolvimento de tais ações de pesquisa, será extremamente importante proporcionar um ambiente favorável para construção de parcerias com instituições externas que possuam know how nestas metodologias.

3.1.2.8 - Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Gerar ativos de inovação agrícola baseados no uso de biocomponentes, substâncias e rotas tecnológicas que contribuam para o desenvolvimento de novas bioindústrias com foco em energia renovável, química verde e novos materiais.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

A B

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40 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. A partir da contribuição de 7 projetos de pesquisa e inovação em execução em 2017, o objetivo estratégico “Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde” (OE8) recebeu 95 resultados de 93 planejados para este ano o que gerou um índice de alcance de resultados superior ao esperado, no valor de 102% (Figura 17). Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 103%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 21 resultados do tipo “Avanço do conhecimento”, 15 do tipo “Metodologia técnico científica em P&D, TT ou Comunicação” e 13 do tipo “Apoio à formação de estudantes de graduação e pós-graduação”, dentre outros (Figura 18). Na tabela 15, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 10 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 15: Contribuições tecnológicas para o OE8: Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde

Contribuição tecnológica

Descrição Eixo de Impacto

Público Alvo Região de

Abrangência

Híbridos de capim-elefante para uso energético

Foram desenvolvidos dez híbridos com alelos de interesse, que servirão de base para programas de seleção ou para desenvolvimento de cultivares específicas para uso energético. A solução tecnológica visa subsidiar a estruturação do programa de melhoramento genético de capim-elefante da Embrapa, específicos para produção de bioenergia.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Sistema de produção de cana-de-açúcar para o Rio Grande do Sul

Definição de estratégias para o desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar no Estado e para o desenvolvimento de programa de capacitação para os técnicos de EMATER. O Lançamento do Sistema de produção de cana-de-açúcar para o Rio Grande do Sul permite que o produtor tenha informações que vão desde o conhecimento de clima e solo até os diversos usos da cana ou, ainda, informações para a produção agroindustrial.

Avanços na busca da sustentabilidade

Setor sucro-alcooleiro/ pequenos agricultores

Região sul

Processo de preparo de nano partículas de alumina para suporte de biocida com liberação lenta

O estabelecimento de condições de processo para modificar nano partículas de alumina e servirem como suporte de liberação lenta para o biocida Carbendazim, para aplicações em madeira, é um processo importante por permitir o desenvolvimento de formicidas a base de óleo de neem ou outros biocidas naturais (timol e capsaícina) ou aprovados pelo IBAMA (tebucanazol e carbendazim).

Avanços na busca da sustentabilidade

Industrias madeireiras

Nacional

Desenvolvimento de métodos analíticos para quantificação de compostos naturais

Os métodos de quantificação de substâncias bioativas constituem-se ferramentas básicas para o controle de qualidade, para o desenvolvimento de produtos, para avaliação da estabilidade e rendimento de matérias-primas. Os resultados são a base para o desenvolvimento de estudos e desenvolvimento de sistemas de produção de plantas fornecedoras de matérias-primas para indústrias, dentre muitas outras aplicações.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Agroindústria Nacional

Desenvolvimento de meio de baixo custo para a biossíntese de celulose bacteriana

O desenvolvimento do processo de adequação da matéria-prima, melaço de soja, como plataforma de cultivo, e a redução do custo do meio na síntese de CB em 99,6% possibilita por sua vez o avanço do projeto para as fases de ampliação da escala de produção e de teste de potenciais aplicações.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Purificação de ácidos anacárdicos

Cerca de 65% da composição do Líquido da Casca de Castanha de Caju (LCC) é formada por ácidos anacárdicos. Neste projeto equipes avaliam a aplicação destas substâncias em rações para controle de nematoides em ovinos e que realizam as análises clínicas das substâncias, além de definirem a separação dos ácidos anacárdicos para uma escala piloto.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral - extrativistas

Norte Nordeste

Agregação de valores

Para agregar valor aos grãos de feijão-caupi, inclusive naqueles envelhecidos e de regular a oferta em períodos de excedentes de produção, foram desenvolvidos dois tipos de farinhas instantâneas, sendo uma integral e outra a partir dos cotilédones. Também foram desenvolvidos no Piauí

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Agroindústrias Nacional

Page 41: Relatório de Gestão Exercício

41 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

projetos que ampliaram a oferta de matéria-prima para as indústrias de beneficiamento da castanha e o aproveitamento integral do excedente de produção do pedúnculo de caju, na produção de alimentos nutritivos e com valor agregado (suco, polpas, doces, rapadura e cajuína).

Banco de dados de metabólitos produzidos por leveduras fermentadoras de xilose

A construção e o melhoramento de linhagens recombinantes de S. cerevisiae permitiu a fusão de processos de produção de etanol de primeira geração com a produção de etanol 2G, resultando na produção com menor custo, a partir do maior aproveitamento da matéria-prima e melhor rendimento industrial.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Tecnologia BAHD para desconstrução da biomassa vegetal

O presente resultado está relacionado a construções genéticas contendo genes que codificam para acil transferases e promotores tecido-específicos e constitutivos. Esse resultado contribui para o desenvolvimento de biomassa vegetal com maior digestibilidade para aplicação em bioprocessos.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Bioindústrias Nacional

Processo de obtenção de extrato enzimático para hidrólise de biomassa lignocelulósica

Cepas de leveduras expressam xilanases heterólogas potencializadoras da desconstrução enzimática. Desenvolve um coquetel enzimático brasileiro para a desconstrução da biomassa a ser aplicado em biorrefinarias e outras indústrias.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Bioindústrias Nacional

Compostos fenólicos

Obtenção de compostos fenólicos a partir da hidrogenação catalítica de lignina. Esse resultado contribui para o desenvolvimento de um processo para valoração de resíduos agroindustriais, mais especificamente agregando valor à lignina pela produção de compostos aromáticos a partir de fonte renovável.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Sociedade em geral

Nacional

Desenvolvimento de processo para tratamento de efluente da agroindústria de palma-de-óleo

O palm oil mill effluent (POME) é o principal efluente líquido gerado pela indústria de extração do óleo de palma. Tradicionalmente, o POME é tratado em lagoas de estabilização num processo de até 100 dias. Esse resultado contribui para o tratamento de efluentes industriais e constitui um avanço para sustentabilidade ambiental e econômica da agroindústria Brasileira.

Inserção estratégica do Brasil na bioeconomia

Bioindústria Nacional

Figura 17: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Page 42: Relatório de Gestão Exercício

42 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 18: Indicadores de alcance de resultados para o OE8. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE 8 representou 2,1% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Embora percentualmente proporcional aos últimos dois anos, este OE vem recebendo maiores contribuições ao longo dos anos, culminando com um acréscimo superior a 100% no número de resultados obtidos em relação ao ano de 2015. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 7 Portfólios e dois Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para o OE. Os Portfólios com maior contribuição foram “Química e Tecnologia da Biomassa”, “Sucroalcooleiro Energético” (SASE) e “Aquicultura”, respectivamente. A geração de conhecimento e tecnologias para adequação e produção de biomassa visando a energia, materiais e produtos químicos, considerando inclusive o aproveitamento de subprodutos da agropecuária, é o principal objetivo dos projetos de PD&I que contribuíram para este OE. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Similar ao OE4, a principal dificuldade para o efetivo atendimento das linhas de PD&I relacionada aos temas abordados pelo OE8, continua sendo a identificação de competências necessárias para compor equipes de pesquisa. Portanto, será preciso promover a capacitação de recursos humanos e a articulação de novas parcerias que possibilitem pleno atendimento ao OE8.

3.1.2.9 - Mercado, Políticas e Desenvolvimento Rural

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Apoiar o aprimoramento e a formulação de estratégias e políticas públicas, a partir de análises e estudos alinhados às necessidades do mercado e do desenvolvimento rural.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. No ano de 2017, o objetivo estratégico “Mercado, políticas e desenvolvimento rural” (OE9) obteve um índice de alcance de resultados de 90%, o que denota desempenho superior ao obtido nos anos 2015 e 2016 (Figura 27). Foram entregues 93 resultados de 103 planejados para 2017, a partir da contribuição de 15 projetos de pesquisa e inovação. Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 80%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 22 avanços do conhecimento, 12 estudos prospectivos e 11 apoios à formulação ou execução de Políticas Públicas, dentre outros (Figura 28). Na tabela 16, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 20 unidades responsáveis por sua entrega.

A B

Page 43: Relatório de Gestão Exercício

43 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 19: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Tabela 16: Contribuições tecnológicas para o OE9: Mercado, Políticas e Desenvolvimento Rural

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público

Alvo Região de

Abrangência

Agenda Legislativa da Pesquisa Agropecuária

A Agenda Legislativa da Pesquisa Agropecuária (ALPA) é o principal instrumento elaborado e utilizado pela Assessoria Parlamentar (ASP) para definição de estratégias, prioridades, articulação política e participação da Embrapa na formulação de políticas públicas pelo Parlamento.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Atuação da Embrapa no Plano nacional de prevenção, controle e monitoramento do javali

O “Plano nacional de prevenção, controle e monitoramento do javali no Brasil”, publicado pelo MMA e MAPA, no DOU em 08/11/ 2017, é o primeiro Plano Nacional destinado à prevenção, controle e monitoramento de uma “espécie exótica invasora”. Os esforços para controle estão agora respaldados pelo Plano Nacional Interministerial e colocou tema “Javali” na agenda governamental e social.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Sociedade em geral

Nacional

Gestão territorial e de riscos para a produção de trigo

Em 2017 foram produzidos estudos embasados em ferramentas de geoprocessamento que permitiram análises de riscos e de aptidão, além do melhor entendimento da dinâmica - no espaço e no tempo - dos cultivos agrícolas temporários e das potencialidades regionais para o cultivo de trigo no País.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nordeste, Sul, Centro Oeste

Apoio à estruturação das cadeias e a diferenciação das carnes ovinas e bovinas no Sul do Brasil

Foi observado que agentes das cadeias das carnes ovina e bovina no sul do Brasil têm discrepância de interesses e há uma baixa interação entre os mesmos. Assim o (re)planejamento das cadeias das carnes ovina e bovina tem sido orientada à estruturação de Arranjos Produtivos Locais (APL) tendo como base a valorização dos “ativos territoriais” e a diferenciação das carnes.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Sociedade em geral

Sul

Melhoramento de Feijão-caupi

Em 2017, forma obtidas linhagens com maior tolerância à seca e altamente produtivas, adaptadas a ambientes com limitações hídricas. Em um cenário de mudanças climáticas, cultivares mais tolerantes à seca representam uma estratégia de mais baixo custo.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Sociedade em geral

Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste

Manual para pagamento por serviços ambientais hídricos

O Manual apresenta ao seu público-alvo (técnicos e gestores públicos) orientações que permitem a identificação e o monitoramento de áreas prioritárias para a implantação de programas ou projetos que incentivem o Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos (PSA hídrico), valorizando o papel do produtor rural ao reconhecer sua contribuição para a conservação deste recurso natural.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Page 44: Relatório de Gestão Exercício

44 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Sistemas de produção integrados, intensivos e sustentáveis

Um conjunto de ações tem contribuído com a consecução dos objetivos do Plano ABC, tanto no Tocantins como nos estados da região Norte e do MATOPIBA. Em Gurupi-TO, desenvolveu-se técnica de sobressemeadura de capins na cultura da soja como estratégia de reforma de pastagens. A articulação com as entidades públicas e privadas de ATER possibilitou a capacitação de mais de 1.200 multiplicadores em tecnologias de ILPF no Tocantins. Outro resultado importante para a adoção de tecnologias para o Plano ABC foi no sentido de recomendar a utilização do plantio direto na reforma de pastagens em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no Amazonas. Houve melhorias dos atributos químicos do solo na área de pastagem degradada com o manejo do solo no cultivo do milho.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Norte, Nordeste, Centro Oeste

Figura 20: Indicadores de alcance de resultados para o OE9. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado Similar aos anos de 2015 e 2016, o OE9 representou 2,1% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 8 Portfólios e 5 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para este OE. Na Figura 29 é possível verificar o índice de contribuição dos Portfólios e Arranjos, de acordo com o número de resultados entregues. Os Portfólios com maior contribuição foram “Integração Lavoura, Pecuária e Florestas - iLPF”, “Palma de Óleo” e “Inovação Social na Agropecuária” (PISA). Os projetos de PD&I vinculados a estes Portfólios desenvolveram conhecimentos sobre demandas nos diferentes setores da agropecuária nacional, estudos de cenários econômicos e sociais para palma de óleo e avaliação da adoção de sistemas iLPF, bem como ações para fortalecer, ampliar e gerar referências sobre as estratégias de construção social da inovação e a promoção do desenvolvimento territorial endógeno. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho No intuito de melhorar o desempenho das ações voltadas para o avanço dos mercados, políticas e desenvolvimento rural, o principal desafio será incorporar a abordagem de Sistemas de Inovação Agrícola nas diferentes esferas de gestão da Embrapa. Portanto, buscar-se-á desenvolver competências e estratégias de comunicação como forma de apoiar o intercâmbio de conhecimentos, o trabalho colaborativo e a governança das ações territoriais.

3.1.2.10 - Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Gerar conhecimentos e tecnologias e propor estratégias, localmente adaptados, que contribuam para a inclusão produtiva da agricultura familiar.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise

Page 45: Relatório de Gestão Exercício

45 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. O objetivo estratégico “Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica” (OE10) recebeu a contribuição de 23 projetos de pesquisa e inovação em 2017. Foram entregues 182 resultados dos 185 planejados para o ano, obtendo um índice de alcance de resultados de 98%. Índice superior ao obtido em 2015 e 2016 (Figura 21). Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 84%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 57 resultados do tipo “Avanço do conhecimento”, 45 do tipo “Capacitação e atualização tecnológica de agentes multiplicadores” e 23 do tipo “Imagem corporativa”, dentre outros (Figura 22). Na tabela 17, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 24 unidades responsáveis por sua entrega.

Tabela 17: Contribuições tecnológicas para o OE10: Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

Boas práticas para sanitização de frutos de açaí

Processo de sanitização de frutos de açaí descrevendo as práticas que devem ser adotadas de forma sequencial, peneiramento, lavagem, higienizados com água clorada e tratamento térmico (90°C) e resfriamento final para eliminação de agentes patogênicos ao ser humano que geralmente estão associados aos frutos de açaí.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Norte

Trilhadora de arroz

Equipamento acionado por pedal, de projeto simplificado, que demanda poucos materiais, pode ser construído em pequenas oficinas e apresenta desempenho significativamente superior aos métodos manuais empregados nas pequenas lavouras.

Avanços na busca da sustentabilidade

Pequenas propriedades e Agricultura familiar

Nacional

Estabelecimento da Rede Reniva no Território Velho Chico

As bases para a criação e manutenção de uma rede de multiplicação de material propagativo de mandioca com qualidade genética e fitossanitária nos Territórios de Cidadania priorizados pelo Plano Brasil Sem Miséria e localizados nas regiões brasileiras de clima semiárido foram estabelecidas.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Agricultura familiar

Nordeste

Pecuária com base em campo nativo: manejo, produção pecuária, sustentabilidade e serviço ecossistêmico

A pecuária do Rio Grande do Sul é dependente das pastagens naturais. Esses sistemas produtivos possuem grande potencial de associar produção e sustentabilidade. Levantamentos feitos pela Embrapa em 2017 estimaram que ainda restam 174 mil km² (62%) de pastagens naturais em todo o Rio Grande do Sul. Do ponto de vista de ganhos técnico-científicos houve o refinamento de práticas de manejo-resistência à invasão de espécies indesejáveis, ciclagem de nutrientes, atividade biológica no solo, estoque de carbono orgânico e redução de emissão de gases de efeito estufa, todos associados ao incremento produtivo. Esses avanços de conhecimento permitirão interferir em políticas públicas para incentivo aos pecuaristas que utilizam o campo nativo, bem como para a regulamentação de manejos possíveis em áreas de Reserva Legal do bioma Pampa.

Avanços na busca da sustentabilidade

Agricultura familiar

Rio Grande do Sul

Capacitação de produtores rurais para utilização de quintais produtivos

A fim de contribuir para a garantia da segurança alimentar e gerar renda para agricultores familiares do semiárido brasileiro foram implantadas Unidades de Referência Tecnológica em seis quintais de quatro municípios (dois no CE e dois no RN). A tecnologia é composta de: cisterna de 52000 l, calçadão de 200m², caixa d’água de 500 l, sistema de irrigação para 30 plantas e mudas de frutíferas. As cisternas-calçadão instigam os agricultores a implantarem os quintais produtivos. Neles é possível produzir hortas, plantas medicinais, pomares.

Melhoria da gestão institucional e da eficiência de PD&I

Agricultura familiar

Nordeste

Page 46: Relatório de Gestão Exercício

46 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Manejo, Uso e Conservação de Abelhas

Em 2017, foi organizado o “Simpósio sobre Perda de Abelhas no Brasil”. O evento subsidiou a elaboração de um documento orientador para o Governo Federal recomendando a criação de um Plano Nacional de Conservação dos Polinizadores. Os esforços realizados junto a produtores no Meio-Norte para mitigar a perda de enxames no período da estiagem mostraram impactos significativos que se tornaram evidentes em 2017; após o treinamento de mais de 150 multiplicadores, foi observada redução das perdas de colmeias, variando de 70% a até 100%.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Agricultura familiar

Nordeste

Cooperação Técnica com Governo do Maranhão para a transferência de tecnologia em biofortificados

O projeto HarvestPlus, iniciado em 2003 resultou em variedades de batata doce, milho e mandioca com teores elevados de carotenóides e arroz, feijão e feijão-caupi com alto conteúdo de ferro e zinco. Foi firmada uma parceria entre a Embrapa e o Governo do Maranhão para transferência de tecnologias de produtos biofortificados desenvolvidos pela Embrapa para pequenos agricultores.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Agricultura familiar

Nordeste

Avaliação de cultivar de batata-doce biofortificada para a região metropolitana de São Luís - MA

Foram avaliadas nove cultivares de batata-doce lançadas pela Embrapa em outras regiões do país, incluindo uma biofortificada. A cultivar biofortificada Beauregard alcançou um potencial produtivo que ultrapassou a marca de 25 t/ha. Ela apresenta 10 vezes mais betacaroteno do que as principais cultivares comerciais.

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Agricultura familiar

Maranhão

Figura 21: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Figura 22: Indicadores de alcance de resultados para o OE10. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE10 representou 4,1% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Embora pareça pequena a contribuição para a agricultura familiar, é importante salientar que este é um tema transversal aos demais OEs, portanto, diferentes resultados que contribuem para os demais objetivos também beneficiam a agricultura familiar. Dentre os tipos de resultados alcançados, seguindo a lógica dos anos anteriores, destacou-se o tipo “Capacitação e atualização tecnológica de agentes

Page 47: Relatório de Gestão Exercício

47 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

multiplicadores”. Relacionados às ações de promoção de cursos de capacitação e transferência de tecnologias, estes são instrumentos extremamente importantes para o contínuo crescimento do setor e aumento da renda familiar. Exatamente 6 Portfólios e 11 Arranjos apresentaram resultados que concorreram diretamente para este OE. Os Portfólios com maior contribuição foram “Sistemas de Produção de Base Ecológica”, “Recursos Florestais Nativos” e “Convivência com a Seca”, respectivamente. Dentre as linhas de pesquisa contempladas no tema estão aquelas relacionadas à disseminação de conhecimentos sobre sistemas de produção de base ecológica, articulação e gestão florestal, e estratégias para promover o bem-estar animal em ambiente de estresse hídrico e térmico, dentre outras. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho

O principal desafio para a contínua promoção do desenvolvimento da agricultura familiar será o fortalecimento da relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão rural. Para tal a Embrapa buscará fortalecer as parcerias já existentes e construir novas parcerias com as ATERs, órgãos governamentais, universidades públicas e privadas, institutos federais, escolas e demais organizações referências na atuação com a agricultura familiar. Além disso, também buscar-se-á promover o desenvolvimento de novos projetos em temas relevantes para o fortalecimento de redes sociotécnicas locais, para a agregação de valor aos produtos provenientes da agricultura familiar e ampliação do acesso aos mercados e canais alternativos de comercialização, tendo como foco o desenvolvimento territorial local.

3.1.2.11 - Inovações Gerenciais nas Cadeias Produtivas i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Gerar conhecimentos e tecnologias que promovam inovações gerenciais para tratar com eficiência, eficácia e efetividade a crescente complexidade e multifuncionalidade da agricultura

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. A partir da contribuição de 9 projetos de pesquisa e inovação, foram entregues ao objetivo estratégico “Gerar conhecimentos e tecnologias que promovam inovações gerenciais para tratar com eficiência, eficácia e efetividade a crescente complexidade e multifuncionalidade da agricultura” (OE11) 70 resultados de 72 planejados para o ano de 2017. Este número gerou um índice de alcance de resultados de 97%, trinta pontos percentuais superior ao obtido em 2016 (Figura 23). Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 95%. Como pode-se observar na Figura 24, os indicadores de resultados mostram a entrega de 29 resultados do tipo “Capacitação e atualização tecnológica de agentes multiplicadores”, 15 do tipo “Imagem corporativa” e 8 “Avanços do conhecimento”, dentre outros. Na tabela 18, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 7 unidades responsáveis por sua entrega.

Page 48: Relatório de Gestão Exercício

48 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 23: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Tabela 18: Contribuições tecnológicas para o OE11: Inovações Gerenciais nas Cadeias Produtivas

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público Alvo Região de

Abrangência

CenterFrut: centro de inteligência e informações online sobre fruticultura

O CenterFrut permite: i) Concentrar, de forma organizada, informações estratégicas de cunho econômico, técnico e social que ofereçam suporte para elaboração de programas de desenvolvimento e para o aumento da competitividade do agronegócio frutícola, serviços esses a serem utilizados por todos os atores envolvidos com a cadeia, como pequenos e grandes produtores, industriais, comerciantes, estudantes, professores, pesquisadores e gestores públicos; ii) Subsidiar políticas públicas e tomadas de decisões voltadas à fruticultura; iii) Acompanhar os principais indicadores técnicos e econômicos do agronegócio de frutas, nas esferas regional, estadual, nacional e internacional; iv) Prospectar oportunidades ao desenvolvimento da fruticultura; v) Detectar ameaças à competitividade da cadeia; vi) Servir como mecanismo para a integração dos principais polos de fruticultura, troca de informações sobre novas oportunidades de negócios, preços de produtos agrícolas e insumos, além de informações técnicas como ocorrência de novas pragas ou doenças e seu controle, e novas tecnologias capazes de reduzir os custos econômicos ou perdas ambientais; vi) Divulgar eventos de cunho científico, tecnológico e comercial – a exemplo de rodadas de negócios, bem como seus resultados.

Suporte à melhoria e formulação de políticas públicas

Fruticultores Nordeste

Sistema para avaliação de impactos socioambientais de unidades de produção – Agrodimensões

Na Plataforma Agrodimensões (http://www.brasilgap.com.br/agrodimensoes) é possível o desenvolvimento de metodologias para avaliação de impactos socioambientais desde pequenas unidades produtivas e comunidades tradicionais até grandes estabelecimentos rurais e empresas de inserção internacional, fornecendo diversos indicadores de desempenho socioambiental. As dimensões avaliadas pelo sistema incluem 1) Ecologia da Paisagem e Eficiência Tecnológica, 2) Gestão e Administração, 3) Valores Socioculturais e Respeito ao Consumidor, 4) Valores Econômicos e 5) Qualidade Ambiental.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Nacional

Avaliação Nacional de Vinhos: 25 anos de contribuição para o sucesso do vinho brasileiro

Relatórios qualificados, com a pontuação de cada vinho, são emitidos graças a um Software desenvolvido pela Embrapa especificamente para o evento, permitindo que as empresas monitorem o desempenho alcançado por suas amostras inscritas, ensejando correções de processos. Anualmente, considerando o forte vínculo do clima de cada safra, com a qualidade das uvas e dos vinhos, é elaborado um Comunicado Técnico analisando em detalhes os dados meteorológicos e sua influência na matéria-prima, nas diferentes áreas de produção.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Sul

Flora Apícola, Caracterização e Valoração de Produtos

A Embrapa Meio-Norte, como ponto focal no Arranjo Abelhas, entregou uma série de resultados, os quais permitiram a formação de estudantes de graduação em análises para controle da qualidade de produtos apícolas e em manejo de colônias para produção de pólen e própolis. Permitiram também, um maior suporte às associações e entrepostos de mel por meio da prestação de serviço de análises para controle de qualidade de mel, com emissão de laudos para exportação desse produto.

Avanços na busca da sustentabilidade

Apicultores e sociedade em geral

Nacional

Page 49: Relatório de Gestão Exercício

49 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 24: Indicadores de alcance de resultados para o OE11. Resultados classificados por tipo (A) e categoria (B)

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE11 representou apenas 1,6% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Embora o percentual de resultados entregues para este OE tenha sido o segundo menor, ficando acima somente do OE “Comunicação Rural-urbana” (OE12), este número vem subindo ao longo dos anos. Em 2015 foram entregues apenas 9 resultados (0,8%) ao OE11, em 2016 foram 30 (09%) e em 2017 foram 70 resultados alcançados (1,6%) o que demonstra uma contínua evolução do tema na Embrapa. Mesmo assim, este OE recebeu a contribuição de resultados de apenas 1 Portfólio e 7 Arranjos em 2017. O Portfólio que contribuiu para o OE11 foi o de “Suprimentos de Nutrientes para a Agricultura”, cujos resultados obtidos em 2017 estão relacionados à prospecção de mercado, contratos tecnológicos e proteção de ativos relativos a novas tecnologias em fertilizantes. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Mesmo tendo apresentado desempenho superior em relação ao número de resultados obtidos em anos anteriores, ainda existe a necessidade de estimular a atuação das UDs da Embrapa nos temas abordados pelo OE11. Portanto, para melhor desempenho institucional no tema, será necessário desenvolver mecanismos de comunicação, visando despertar o interesse das equipes, e promover a indução e articulação de novas propostas que atendam linhas de PD&I prioritárias, visando contribuir para a maior eficiência da gestão da propriedade rural.

3.1.2.12 - Comunicação Rural-Urbana i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Desenvolver e disseminar produtos de informação e estratégias de comunicação que contribuam para a valorização da pesquisa agropecuária e para a ampliação do suporte da sociedade à agricultura brasileira.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI):Renata Bueno Miranda; 031498006-76 e Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03

ii. Análise iia. Análise dos principais indicadores de resultado e/ou macroprocessos, bem como visão geral da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para o alcance dos resultados obtidos. O objetivo estratégico “Comunicação rural-urbana” (OE12) foi o que obteve menor número de resultados em comparação com os demais OE do VI PDE. A partir da contribuição de 12 projetos de pesquisa e inovação foram entregues 68 resultados a partir dos 60 planejados para 2017, o que gerou um índice de alcance de resultados de 113% (Figura 25). Levando em consideração os últimos três anos fiscais, o índice médio de alcance de resultados é 92%. De acordo com os indicadores de resultados foram entregues 35 resultados do tipo “Imagem corporativa”, 16 do tipo “Capacitações e atualização tecnológica de agentes multiplicadores” e 9 do tipo “Apoio à formulação ou execução de Políticas

A B

A B

Page 50: Relatório de Gestão Exercício

50 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Públicas”, dentre outros. Na tabela 19, estão descritas algumas das principais contribuições tecnológicas entregues em 2017, conforme indicado pelas 7 unidades responsáveis por sua entrega.

Figura 25: Índice de alcance de resultados nos anos fiscais 2015, 2016 e 2017

Tabela 19: Contribuições tecnológicas para o OE12: Comunicação Rural-Urbana

Contribuição Tecnológica

Descrição Eixo de Impacto Público

Alvo Região de

Abrangência

Plataforma de transferência de tecnologia e conhecimentos sobre a cultura da soja

Em 2017, a Embrapa Soja promoveu e realizou 27 eventos de cunho técnico-científico e de transferência de tecnologia, atendendo cerca de 4.100 participantes (produtores rurais, assistência técnica pública e privada, estudantes, professores e pesquisadores) de diversos estados do país. A Unidade estruturou também estandes e vitrines tecnológicas em Congressos e em feiras agrícolas. Em eventos externos foram proferidas 514 palestras e, destas, 116 foram proferidas em Dias de Campo, abordando temas e áreas de conhecimentos relativos ao sistema de produção. O principal programa de visita foi o Programa Embrapa & Escola, que atendeu 1.344 alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e particulares de Londrina e região. Também foram recebidos 76 grupos para Visitas Técnicas e Institucionais, estudantes de cursos técnicos, de graduação e jovens filhos de agricultores do SENAR, totalizando 2.455 visitantes, além de 284 visitantes estrangeiros e 220 Produtores Rurais do Paraná e de São Paulo. Outro importante evento realizado na unidade foi o Nivelamento e Capacitação Interna de 32 participantes do projeto “Transferência e Comunicação de Tecnologias para Sistemas Sustentáveis de Produção de Soja” para capacitar técnicos de várias unidades da Embrapa e, assim, formar massa crítica no âmbito da Plataforma de Transferência de Tecnologia.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Sul

Avaliação Nacional de Vinhos: 25 anos de contribuição para o sucesso do vinho brasileiro

Através dos trabalhos de avaliação sensorial – seguindo os mais rigorosos critérios técnicos estabelecidos pela Embrapa – os enólogos puderam perceber as diferenças de cor, aroma e paladar, seus defeitos e atributos, nas diferentes categorias de produto: vinho branco aromático, branco não-aromático, tinto, tinto jovem e base espumante. Anualmente, considerando o forte vínculo do clima de cada safra, com a qualidade das uvas e dos vinhos, é elaborado um Comunicado Técnico analisando em detalhes os dados meteorológicos e sua influência na matéria-prima, nas diferentes áreas de produção.

Avanços na busca da sustentabilidade

Sociedade em geral

Sul

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)

Geração e validação de sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A Unidade lidera ações de Transferência de Tecnologias em ILPF para a região abrangida pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Oeste da Bahia - MATOPIBA, com a condução de Unidades de Referência Tecnológica, associada a uma série de ações de comunicação e marketing desse sistema, para maior popularização junto aos produtores. Foram realizados dias de campo em diversas fazendas, cursos sobre o sistema ILPF, treinamentos, palestras, formação de rede de multiplicadores e estudos que além de proporcionar ajustes e aprimoramento do sistema, preconiza o levantamento de aspectos químicos, físicos e biológicos do solo na região Meio-Norte e o levantamento de

Inserção produtiva e redução da pobreza rural

Sociedade em geral - projeto MATOPIBA

Nordeste

Page 51: Relatório de Gestão Exercício

51 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

impactos ambientais e econômicos do sistema. A adoção dos sistemas nessas áreas tem garantido a geração de impactos econômicos (estabilidade da produção e renda devido à diversificação - grãos, forragem, madeira, carne), impactos ambientais (resiliência às condições climáticas adversas do Meio-Norte, melhoria da fertilidade do solo, maior sequestro de carbono e redução das emissões de gases de efeito estufa, redução da pressão por novos desmatamentos), e impactos sociais (aumento da oferta de empregos na propriedade).

iii. Conclusão iii.a- Avaliação do resultado O OE12 representou apenas 1,5% do total de resultados entregues pela Embrapa em 2017. Embora o percentual de resultados entregues para este OE tenha sido o menor em relação aos resultados entregues para os demais OEs, este número é superior ao obtido em 2016 (30 resultados entregues, 0,8%). Dentre os tipos de resultados alcançados, o de “Imagem corporativa” foi o mais contemplado. Este compreende ações, eventos e instrumentos desenvolvidos e utilizados visando fortalecer ou consolidar a imagem da empresa junto a seus públicos, possuindo relação direta com este OE. Dos 25 Portfólios e 93 Arranjos de projetos em execução na Embrapa em 2017, 2 Portfólios e 6 Arranjos apresentaram resultados que contribuíram diretamente para o OE12. Os Portfólios que contribuíram foram “Pastagens” e “Monitoramento da Dinâmica do Uso e Cobertura da Terra no Território Nacional” (PortGeo). As linhas de pesquisa comtempladas no Portfólio de Pastagens foram aquelas relacionadas às ações de comunicação e transferência de informações obtidas a partir da prospecção, organização e qualificação de demandas. Já no PortGeo, os resultados alcançados contribuíram para o desenvolvimento de sistemas para armazenamento, organização, análise e disponibilização de dados e metadados geoespaciais da agricultura integrada à governança de TI da Embrapa. iii.b- Principais desafios para o exercício seguintes e ações para melhoria de desempenho Este objetivo estratégico possui uma característica transversal em relação aos demais OEs, uma vez que a construção de estratégias eficientes de comunicação com os públicos rural e urbano contribuem tanto para valorização quanto para o fortalecimento das diferentes ações de pesquisa desenvolvidas pela Embrapa. Portanto, a Embrapa sempre buscará estabelecer novos canais de diálogo e fluxos de informação que facilitem o trabalho em conjunto e gerem produtos comunicacionais que demonstram a capilaridade da atuação da empresa.

3.1.3. Resultados físicos e financeiros previstos e alcançados Os Resultados físicos e financeiros previstos e alcançados estão reunidos na Tabela 20 apresentada na próxima página. Informações complementares à Tabela 20, segundo o SIAFI e SIOP (www.siop.planejamento.gov.br). NOTAS: (1) Informações extraídas do Tesouro Gerencial. Em Reais; (2) Foi considerada a execução orçamentária (liquidado) de pessoal, custeio e investimento para recursos oriundos de todas as fontes: 0100-Tesouro, 0188-Tesouro, 0250-Arrecadação, 0280-Rendimento de Arrecadação, 0281-Convênios e 0263-Arrecadação. Inclui orçamento aprovado por Emendas Parlamentares; (3) Os Restos a Pagar ""Previstos"" incluem os Restos a Pagar Processados e Não Processados inscritos. (4) Os Restos a Pagar Realizados incluem os Restos a Pagar Processados e Não Processados Pagos no exercício 2017. (5) Informações de análise do Físico previsto e realizado constam no sistema SIOP (Base 2017, em 02 fev 18).

Page 52: Relatório de Gestão Exercício

52 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 20: Resultados físicos e financeiros previstos e alcançados

Exercício RAP Exercício RAP Exerc. Exerc.

2016 - PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS PARA

A AGROPECUÁRIA

0000 - Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias para a Agropecuária -

Despesas Diversas

0001 - P&D para Competitividade e Sustentabilidade das Cadeias de

Produtos da Agropecuária

0002 - P&D em Sistemas Inovadores para a Produção Agropecuária

Sustentável

0003 - P&D para a Sustentabilidade do Agronegócio e sua Adaptação as

Mudanças Ambientais Globais

0004 - P&D Para Competitividade da Produção Agropecuária de Base

Familiar e das Comunidades Tradicionais Com Sustentabilidade do Meio

Rural

0005 - Manutenção da Plataforma Nacional de Recursos Genéticos

260.030.344,00 96.136.074,74 135.880.265,35 67.761.209,95 915 706 pesquisa

desenvolvida

TOTAL - OBJETIVO 1028 260.030.344,00 96.136.074,74 135.880.265,35 67.761.209,95

8924 - TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS PARA

A AGROPECUÁRIA

0000 - Transferência de Tecnologias Desenvolvidas para a Agropecuária -

Despesas Diversas

0001 - Transferência de Tecnologias para a Agropecuária

0002 - Implantação de Unidades de Referência Tecnológica - URTS

(BSM)

29.595.779,00 21.889.620,53 10.909.930,75 16.874.598,35 65 64 tecnologia

transferida

TOTAL - OBJETIVO 1029 29.595.779,00 21.889.620,53 10.909.930,75 16.874.598,35

212H - OPERACAO E DESENVOLVIMENTO DA INTERNET NA

ASSOCIACAO REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA - RNP -

OS

4.069.538,00 4.069.538,00 7 7 serviço

prestado

116Z - APOIO A AMPLIACAO, A REVITALIZACAO E A

MODERNIZACAO DA INFRAESTRUTURA FISICA DAS

ORGANIZACOES ESTADUAIS DE PESQUISAS AGRICOLAS - OEPAS

0000 - Apoio à Ampliação, à Revitalização e à Modernização da

Infraestrutura Física das Organizações Estaduais de Pesquisas

Agrícolas - OEPAS - Despesas Diversas

ECOM - Emenda de Comissão - EIND - Emenda Individual

- 16.578.021,28 - 9.438.503,40 - entidade

apoiada

117A - CONSTRUCAO E IMPLANTACAO DE CENTROS DE PESQUISA

DA EMBRAPA

0000 - Construção e Implantação de Centros de Pesquisa da Embrapa -

Despesas Diversas

0002 - Construção e Implantação do Centro Embrapa Cocais

- 60.714,34 - - 1 -

unidade

implantada/ap

arelhada/adeq

uada

215C - AMPLIACAO, REVITALIZACAO E MODERNIZACAO DA

INFRAESTRUTURA FISICA DAS UNIDADES DA EMBRAPA 3.819.021,00 10.771.165,72 10.104.131,68 25 -

infraestrutura

adaptada/

modernizada

147T - CONSTRUCAO, EQUIPAMENTO E IMPLANTACAO DA

EMBRAPA QUARENTENA VEGETAL 2.500.000,00 734.586,00 1 - unidade

implantada

15LG - CONSTRUCAO E IMPLANTACAO DO CENTRO DE

PESQUISAS DE PRODUTOS - 1 - unidade

implantada

15LH - AQUISICAO E IMPLANTACAO DE SISTEMA INTEGRADO DE

GESTAO17.800.000,00 125.237,28 1 -

sistema

implantado

TOTAL - OBJETIVO 1030 28.188.559,00 28.144.487,34 4.194.775,28 19.542.635,08

0022 - CUMPRIMENTO DE SENTENCAS JUDICIAIS DEVIDAS POR

EMPRESAS ESTATAIS

0000 - Cumprimento De Sentenças Judiciais Devidas Por Empresas

Estatais - Despesas Diversas

0001 - Sentenças Judiciais De Empresas Estatais Dependentes

0002 - Depósitos Recursais Devidos Por Empresas Estatais

Dependentes

76.318.242,00 1.639.451,07 69.992.759,20 1.517.893,77 - - -

0536 - BENEFICIOS E PENSOES INDENIZATORIAS DECORRENTES

DE LEGISLACAO ESPECIAL E/OU DECISOES JUDICIAIS 320.268,00 320.268,00 7.863,94 - - -

2000 - ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE

0001 - Coordenação e Gestão da Pesquisa Agropecuária

0002 - Capacitação de Servidores Públicos Federais em Processo de

Qualificação e Requalificação

13.411.153,00 3.496.925,35 6.840.835,69 3.164.481,03 550 1.424

servidor

capacitado-

PO0002

2004 - ASSISTÊNCIA MEDICA E ODONTOLÓGICA AOS SERVIDORES

CIVIS, EMPREGADOS, MILITARES E SEUS DEPENDENTES

0001 - Assistência Medica e Odontológica de Civis - Complementação

da União

0002 - Exames Periódicos - Civis

57.544.504,00 1.466.826,70 57.003.837,35 1.242.900,51 35.820 26.589

pessoa

beneficiada -

PO0001

servidor

beneficiado -

PO0002

2010 - ASSISTENCIA PRE-ESCOLAR AOS DEPENDENTES DOS

SERVIDORES CIVIS E DE EMPREGADOS10.907.001,00 936.773,48 10.541.121,62 936.773,48 1.707 1.602

pessoa

beneficiada

2011 - AUXILIO-TRANSPORTE - CIVIS 408.996,00 79.957,72 387.088,29 18.172,55 167 96 pessoa

2012 - AUXILIO-ALIMENTACAO DE CIVIS 109.068.792,00 1.455.063,89 108.470.335,00 1.455.063,89 8.842 9.200 pessoa

20TP - PAGAMENTO DE PESSOAL ATIVO DA UNIAO 2.859.857.733,00 29.822.025,60 2.837.847.283,04 29.349.080,07 - - -

4641 - PUBLICIDADE DE UTILIDADE PUBLICA - - - - - - -

216H - AJUDA DE CUSTO PARA MORADIA OU AUXILIO-MORADIA A

AGENTES PUBLICOS195.778,00 5.780,88 69.830,53 5.780,88 3 3

agente

público

PROGRAMA 2042 - PESQUISA E INOVAÇÕES PARA A AGROPECUÁRIA

PROGRAMA - 2105 PROGRAMA DE GESTÃO E MANUTENÇÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

PROGRAMA 0909 - OPERAÇÕES ESPECIAIS: OUTROS ENCARGOS ESPECIAIS

OBJETIVO 1028 - PRODUZIR CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO PARA A GERAÇÃO DE INOVAÇÕES NA AGROPECUÁRIA

OBJETIVO 1029 - PROMOVER A INCORPORAÇÃO DE SOLUÇÕES INOVADORAS PELAS CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS DA AGROPECUÁRIA PARA AUMENTO DA

PRODUTIVIDADE, COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE

OBJETIVO 1030 - APRIMORAR PARCERIAS, PROCESSOS, RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURAS ESTRATÉGICAS NO PAÍS PARA A PESQUISA, O

DESENVOLVIMENTO E AS INOVAÇÕES DA AGROPECUÁRIA

PROGRAMA 0901 - OPERAÇÕES ESPECIAIS: CUMPRIMENTO DE SENTENÇAS JUDICIAIS

AÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Plano orçamentário

Orçamento Físico

Unidade de

medida

Previsto

(LOA+ adicionais) Realizado

Previsto

LOA

Reali-

zado

Page 53: Relatório de Gestão Exercício

53 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

3.1.4. Resultados decorrentes de ações realizadas em exercícios anteriores

Uma das grandes questões que geralmente se apresenta às instituições públicas de pesquisa, tanto brasileiras quanto de outros países, é a necessidade de justificar sua existência aos administradores, legisladores e à sociedade em geral. Isso acontece porque a atividade de pesquisa requer grandes investimentos de longo prazo para produzir, muitas vezes, resultados de lenta maturação. Grande parte de seu orçamento anual provém de recursos governamentais, sendo que a venda de tecnologias, produtos e serviços costuma, em geral, representar pequena fração de seu orçamento total. Diante dessa realidade, os questionamentos do poder público, dos formadores de opinião e de diversos setores sociais são inevitáveis: Qual o real valor dessas instituições para a sociedade? Quais são e onde estão os resultados que essas instituições deveriam gerar? Quais os impactos de ordem econômica, social e ambiental do trabalho por elas realizado? Entre as soluções encontradas para responder a essas questões encontra-se a criação e elaboração de Balanços Sociais. Apesar da primeira edição de seu Balanço Social ter sido publicada em 1997, a Embrapa já apresentava desde a década de 1980 uma metodologia de avaliação do excedente econômico dos impactos da pesquisa agropecuária. Posteriormente, propôs um modelo de avaliação multidimensional que incluiu na avaliação econômica dimensões de ordem social, ambiental e institucional de seu trabalho, entre outras. Em 1997 foi apurado apenas o impacto econômico das tecnologias em termos do aumento da renda nacional, bem como da redução de custos. Essa série de impactos foi posteriormente expandida de forma a acrescentar impactos referentes a incrementos de produtividade, expansão da produção em novas áreas e agregação de valor. De forma complementar as Unidades começaram também a resgatar os custos da tecnologia o que tornou possível a realização de análises da Taxa Interna de Retorno (TIR). Paralelamente, foram iniciados os estudos de avaliação de impactos sociais (emprego, renda, saúde, gestão e administração) e ambientais (alcance de determinada tecnologia, sua eficiência tecnológica, a conservação ambiental e qualidade do produto). A avaliação desses impactos foi realizada com base no uso dos sistemas Ambitec-Social e Ambitec-Ambiental, ambos desenvolvidos pela Embrapa Meio Ambiente. Apresentamos a seguir uma descrição sucinta dos tipos de impactos econômicos avaliados no Balanço Social da Embrapa e dos resultados obtidos:

Mais produtividade: Tecnologias que contribuem para aumentar a produtividade média da agricultura nacional e a oferta de alimentos para a população brasileira. Além do impacto econômico, a análise inclui a Taxa Interna de Retorno (TIR) e os índices de impacto social e ambiental das tecnologias, que podem variar de -15 a +15, obtidos segundo a percepção de uma amostra de produtores para cada tecnologia. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html.

Mais valor: Tecnologias que transformam produtos tradicionais aumentando o seu valor unitário e gerando mais renda para os produtores. Além do impacto econômico, a análise inclui a Taxa Interna de Retorno (TIR) e os índices de impacto social e ambiental das tecnologias, que podem variar de -15 a +15, obtidos segundo a percepção de uma amostra de produtores para cada tecnologia. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html .

Menor custo: Tecnologias que dão competitividade à atividade agropecuária e florestal por meio da redução nos custos de produção. Além do impacto econômico, a análise inclui a Taxa Interna de Retorno (TIR) e os índices de impacto social e ambiental das tecnologias, que podem variar de -15 a +15, obtidos segundo a percepção de uma amostra de produtores para cada tecnologia. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html .

Mais produção em novas áreas: Tecnologias que permitem iniciar ou recuperar atividades produtivas em áreas antes consideradas impróprias devido à carência de tecnologias adequadas. Ou então, recuperar atividades produtivas em áreas onde os sistemas tradicionais já não são competitivos. Além do impacto econômico, a análise inclui a Taxa Interna de Retorno (TIR) e os índices de impacto social e ambiental das tecnologias, que podem variar de -15 a +15, obtidos segundo a percepção de uma amostra de produtores para cada tecnologia. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html .

Page 54: Relatório de Gestão Exercício

54 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Cultivares Embrapa e parceiros: Impactos calculados sobre a participação das cultivares geradas pela Embrapa e seus parceiros no mercado nacional de sementes de algodão, arroz irrigado, arroz de sequeiro, feijão, milho, soja, sorgo e trigo.. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html .

Mais empregos: Estimativa de novos postos de trabalho que foram criados em 2015 pelos produtores que adotam soluções tecnológicas geradas pela Embrapa, nos vários segmentos da cadeia produtiva, ou seja, mede apenas os empregos adicionais relativos ao ano anterior. Em 2017 foram criados 68.310 empregos novos pelo uso de 113 tecnologias e cerca de 200 cultivares incluídas no Balanço Social. Este é um patamar mínimo pois se refere aos novos empregos gerados pelas tecnologias avaliadas no Balanço Social de 2017. Como a Embrapa, ao longo de sua história, gerou conhecimentos e tecnologias para a sociedade brasileira em número muito superior ao utilizado para estimar tais empregos, esse impacto, a cada ano é muito maior. Mais detalhes podem ser obtidos em http://bs.sede.embrapa.br/2017/impacto.html .

3.2- Informações sobre a gestão

3.2.1. Informações Estratégicas e Políticas Públicas

i. Descrição

Descrição geral da diretriz

Promover a geração contínua de informações qualificadas para orientar estratégias de PD&I e contribuir para políticas públicas

Responsável Secretaria de Inteligência e Macroestratégia (SIM): Elísio Contini; 053.610.440-91

ii. Análise

ii.a- Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior.

No tocante aos subsídios ao planejamento estratégico da empresa e de instituições parceiras, vale destacar os avanços ocorridos no Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa (Agropensa; www.embrapa.br/agropensa). No decorrer de 2017, a Rede de 29 Observatórios do Sistema Agropensa elaborou 60 Notas Técnicas sobre tendências em cadeias produtivas, temas e territórios visando subsidiar a atualização do documento de Visão produzido em 2014, para o horizonte 2030. Trata-se de documento estratégico da Embrapa que aponta sinais e tendências do futuro do desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira. A partir deste documento é feita a atualização do Plano Diretor da Embrapa (PDE), elaboração das agendas de prioridades das Unidades, ampliação das contribuições à formulação de políticas públicas, o que orienta a elaboração e submissão de projetos de pesquisa e inovação. Em 2017, o banco de dados do Agropensa, criado a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi enriquecido com informações sobre o comércio exterior do agronegócio brasileiro (MAPA e MDIC), dados apresentados na forma de dashboards acessíveis na página do Agropensa. Sob a coordenação do Agropensa, a Embrapa também participou ativamente da elaboração da publicação Brasil 2035: Cenários para o Desenvolvimento, lançado em 2017 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Vale destacar que neste mesmo ano, o Agropensa foi reconhecido internacionalmente, ao receber o prêmio Innovagro na categoria de Inovação Institucional (https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/25240884/agropensa-vence-premio-internacional-por-inovacao-institucional). Como forma de buscar alinhamento dos esforços da Embrapa com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Agenda 2030, e apoiar a internalização dessa Agenda na Empresa, foi constituído um Grupo de Trabalho na Sede da Embrapa e criada a Rede ODS Embrapa, envolvendo as equipes das Unidades (cerca de 300 colaboradores), com o primeiro desafio de compilar as soluções tecnológicas da Embrapa para o cumprimento das metas dos 17 ODS. Ações de comunicação da Embrapa sobre os ODS estão no link https://www.embrapa.br/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods.

Page 55: Relatório de Gestão Exercício

55 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

A atuação da Embrapa proporcionou diálogo qualificado com a sociedade civil nas audiências públicas realizadas neste ano, destacando-se o debate sobre a EmbrapaTec realizado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço da Câmara dos Deputados. Foi nesses fóruns, promovidos pelo legislativo federal, que os pesquisadores da Embrapa puderam contribuir com informações úteis para subsidiar discussão e votação dos parlamentares em assuntos de interesse da pesquisa agropecuária. Em 2017 essa contribuição com políticas públicas ocorreu por meio de 29 audiências públicas e de 21 notas técnicas contendo o posicionamento institucional sobre diversos temas estratégicos. Ciente da importância de promover melhorias no processo de contribuição para políticas públicas, a Embrapa deflagrou em 2017 uma ação gerencial para diagnosticar as práticas de gestão das Unidades em relação a políticas públicas, culminando no mapeamento do processo de contribuição da empresa para políticas públicas, a ser validado em 2018. Alguns exemplos de estudos e análises gerados em 2017, visando subsidiar políticas públicas são apresentados a seguir:

Tabela 21: Contribuições tecnológicas da Embrapa em 2017 para políticas públicas

Reestruturação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária – SNPA

http://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=7340931&disposition=inline

Contribuições para o Planapo - Agroecologia e produção orgânica

http://agroecologia2017.com/

Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC

(http://www.agricultura.gov.br/noticias/embrapa-lanca-plataforma-de-monitoramento-do-plano-abc)

Agrotag – aplicativo sobre uso da terra https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/26212425/agricultor-brasileiro-tera-aplicativo-sobre-uso-da-terra)

Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) (https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/30642724/ministro-da-agricultura-assina-decreto-que-cria-o-pronasolos)

Lei dos biocombustíveis (https://www.embrapa.br/pt/busca-de-noticias/-/noticia/29878499/renovabio-e-apresentado-como-pl-na-camara-dos-deputados)

Saneamento básico (https://www.embrapa.br/tema-saneamento-basico-rural)

Participação nas articulações para regulamentação do novo Marco Legal para CT&I

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/31854999/marco-legal-de-cti-e-regulamentado-e- abre-novas-perspectivas-de-atuacao-das-instituicoes-de-pesquisa.

ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos.

Os indicadores de resultados e processos para essa diretriz estão em construção, por não serem processos de rotina administrativa e ainda estarem em desenvolvimento e aprimoramento. Seguem informações quantitativas obtidas de relatórios internos das Unidades Centrais e Descentralizadas e do sistema informatizado de gestão da estratégia e do desempenho, Integro. As informações que estão no sistema foram alimentadas por cada Unidade e são passíveis de auditoria e comprovação pelas mesmas. Os indicadores de resultados para essa diretriz referem-se à atuação da Assessoria Parlamentar da Embrapa.

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56 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 22: Indicadores de atuação da Assessoria Parlamentar

Indicadores Resultado alcançado

2016 2017

Número de representação institucional em conselhos, comitês, comissões e fóruns externos

3 8

Número de nota técnica das Unidades com posicionamento institucional que subsidiaram a formulação de políticas públicas pelo Parlamento

7 19

Número de proposições legislativas monitoradas com prioridade e subsidiadas tecnicamente para formulação de políticas públicas

10 20

Em termos de indicadores de processo, estão apresentados na tabela 23, os tipos de resultados de projetos e ações gerenciais que as Unidades planejaram e realizaram relacionadas a essa diretriz. Como pode se observar, os resultados registrados no sistema Integro superaram significativamente os quantitativos planejados em muitos casos, razão pela qual o farol foi apresentado como amarelo, o que se observou também em anos anteriores. As razões para esse fato estão sendo apuradas pelos gestores do sistema. As hipóteses são: (i) falha na fase de planejamento, visto que o foco em políticas públicas é um processo recente para a Embrapa e, por esse motivo, os resultados esperados podem estar sendo subestimados no planejamento e (ii) como o sistema Integro ainda se encontra em fase de consolidação na Empresa, seus usuários podem estar alimentando o sistema de maneira equivocada. Qualquer que seja o motivo, a Embrapa tomará as medidas corretivas para ajustar a distorção identificada.

iii. Conclusão

iii.a- Avaliação do resultado

A Embrapa tem avançado no aprendizado organizacional concernente ao processo de inteligência estratégica e às estratégias estabelecidas para viabilizar sua contribuição para políticas públicas, seja no que diz respeito à formulação/melhoria ou execução/implementação. Não são poucos os exemplos de políticas públicas que foram iniciadas com aporte de informações estratégicas por parte da Embrapa e culminaram na sua aprovação, beneficiando diferentes setores que contribuem para o desenvolvimento sustentável do país. Os resultados alcançados em 2017 demonstram que houve aumento da participação da Embrapa em audiências públicas e diversos eventos e fóruns políticos-institucionais, tornando mais eficaz sua contribuição para formulação e implementação de políticas públicas, como por exemplo: adoção da fossa séptica biodigestora como política pública; formulação e aprovação Lei nº 13.576, de 26 de dezembro de 2017 (RenovaBio), encaminhamento para a Casa Civil / Presidência da República do Decreto PronaSolos.

Tabela 23: Indicadores de processo número de resultados programados X número de resultado realizados por ano, com indicativo do percentual alcançado e farol (apenas para 2017)

Tipos de resultado*

2015 2016 2017

Farol** Progra-mado

Reali-zado

Alcan-çado

Progra-mado

Reali-zado

Alcan-çado

Progra-mado

Reali-zado

Alcan-çado

Sistema de Informação ou análise

--- --- --- 5 5 100% 13 11 85%

Processo melhorado, metodologia ou estudo técnico, organizacional e gerencial

56 23 41% 90 50 55,50% 64 32 50%

Novo processo técnico 49 16 33% 59 39 66% 27 17 63%

Negócio Tecnológico --- --- --- --- --- --- 2 2 100%

Metodologia Técnico Científica em P&D, TT ou Comunicação

4 2 50% 4 3 75% --- --- ---

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57 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Melhoria Incremental ou Processo Técnico Administrativo executado

--- --- --- 11 7 64% 35 29 83%

Imagem Corporativa 57 18 32% 53 37 70% 24 18 75%

Estudo Prospectivo 60 31 52% 32 17 53% 29 11 38%

Estudo de avaliação 13 2 15% 28 3 11% 5 5 100%

Capacitação e atualização tecnológica de agentes multiplicadores

41 1 2% 23 23 100% 8 8 100%

Avanço do conhecimento

--- --- --- 9 9 100% 9 8 89%

Arranjos institucionais 8 1 12,50% 13 5 38,50% 25 12 48%

Apoio à formulação ou execução de PPs

1 1 100% 38 28 74% 26 28 108%

Fonte: INTEGRO – Painéis de gestão (consulta feita em 19/2/2018) (*) A redação dos tipos de resultados foi complementada, usando como base a matriz de resultados de 31/10/2017 [Resultado x Formas de Entrega Obrigatoria-31Out2017] (**) Situação em 19/2/2018 iii.b- Principais desafios para o exercício seguinte e ações para melhoria de desempenho

Os desafios mais expressivos relacionados a essa diretriz dizem respeito à gestão das informações estratégicas e à contínua incorporação das mesmas nos processos de planejamento estratégico, de forma que orientem as ações para a geração de impactos positivos para a sociedade, e que sejam percebidos pelos diferentes stakeholders da empresa. O monitoramento de indicadores para a gestão da estratégia já faz parte do rol de desafios que a gestão da empresa mapeou para os próximos anos. Outro desafio é o desenho de um modelo de governança do processo de contribuição da Embrapa para políticas públicas, incluindo a esfera municipal, estadual, nacional e internacional. Entende-se que aprimorar o processo de contribuição da Embrapa para políticas públicas promoverá a aproximação da empresa com o setor produtivo, oportunizando o atendimento de demandas de diferentes segmentos da sociedade brasileira. A sistematização de experiências da empresa na contribuição para políticas públicas e metodologia para avaliação do impacto desta contribuição são desafios que já estão sendo trabalhados.

3.2.2. Gestão organizacional

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Promover a excelência na gestão organizacional com base na economicidade, eficácia, eficiência e efetividade.

Responsável Secretaria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (SGI): Renata Bueno Miranda; 031498006-76

ii. Análise ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de 2017 em relação ao exercício de 2016

A excelência na gestão requer a continuidade de esforços em busca de resultados que de fato gerem inovações e impactos. Neste sentido, em 2017, de forma a avançar em conquistas de anos anteriores, ocorreram melhorias no Modelo Integrado de Gestão de Desempenho Institucional, Programático e de Equipes (Integro), onde, a partir da percepção dos clientes, o processo de planejamento foi facilitado com a eliminação de etapas ineficientes, que levavam a retrabalho ou não agregavam valor ao processo. Além disso, o sistema informatizado que apoia o gerenciamento do Integro passou por melhorias contínuas visando simplificar e tornar mais amigável sua operação. Outra atividade de 2017 foi para a construção de uma nova concepção do Macroprocesso de Inovação da Embrapa, para direcionar os esforços da empresa para ampliar o desenvolvimento, validação e adoção de soluções tecnológicas, aumentando sua eficiência e efetividade.

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58 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Outras atividades que geraram resultados em 2017 de destaque foram: i) Nova metodologia de planejamento, que agora faz parte do Modelo Integro; ii) Metas para Inovação, que exercita o planejamento de médio e longo com geração de resultados efetivos para a entrega de valor à sociedade; iii) Consolidação do Balanço Social, como a principal publicação de referência da Empresa, com papel essencial nas prestações de contas da instituição à sociedade, contribuindo para a melhoria de sua imagem no Brasil e no exterior; iv) Continuidade da institucionalização do processo de Gestão da Qualidade na Embrapa; v) Implantação dos controles básicos de segurança da informação e acompanhamento de seus níveis de maturidade; v) Implantação do sistema SEI (Sistema de Eletrônico de Informações) para produção de documentos e processos administrativos em meio eletrônico; e vi) Estudo para implantação do escritório de processos com inclusão no Regimento Interno da Secretaria de Desenvolvimento Institucional e com geração de resultados junto à identificação e mapeamento de processos internos a serem impactados com o disposto na Lei 13.303/2016, além de apoio à reestruturação da Sede com ferramentas e metodologias. Desse apoio foram gerados: mapa de relacionamento de entregas entre Secretarias, fluxogramas de macroprocessos e subprocessos em níveis estratégico, tático e operacional. ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos A tabela abaixo apresenta a evolução dos indicadores de resultado utilizados na Empresa desde 2015, que são extraídos do sistema Integro. Vale ressaltar três indicadores, que possuem valores muito elevados em relação aos demais em função de serem associados aos processos de rotina da empresa: “Melhoria Incremental ou Processo Técnico Administrativo executado”, “Novo processo técnico, organizacional ou gerencial”, e “Processo melhorado, metodologia ou estudo técnico, organizacional ou gerencial”. Essa associação dá a impressão de que muitos processos estão sendo melhorados quando, na realidade estão apenas em execução. Isso foi percebido e corrigido em uma das melhorias realizadas no Integro, que será percebida em 2018. Para representação da cor na coluna “Farol”, levou-se em consideração o percentual de alcance do resultado, sendo que a cor verde significa que o indicador foi realizado com um percentual próximo ao programado (3 indicadores); a cor amarela representa uma realização distante (para mais ou para menos) do programado (9 indicadores); e a cor vermelha significa que o alcance do indicador foi muito abaixo do programado (3 indicadores).

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59 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 24: Comparação de indicadores de resultado - Diretriz Gestão Organizacional - em três exercícios

iii. Conclusão

iii.a Avaliação do resultado

Importantes avanços ocorreram em 2017, em especial em relação ao Modelo Integro, que tem tido um gerenciamento cuidadoso devido sua importância para a execução da estratégia da Empresa, com constantes melhorias no processo e no sistema informatizado. Aliado a isto, a reestruturação do Macroprocesso de Inovação favoreceu um novo olhar de planejamento de médio e longo prazo da empresa voltado à inovação e ao impacto para o setor agrícola e organizacional. Esses dois elementos possuem a capacidade de mover a Empresa para outro patamar de efetividade, após a implantação das etapas necessárias. Desta forma, há um conjunto de importantes conquistas em andamento que deverão ser implementadas nos próximos anos visando a excelência na gestão organizacional com base na economicidade, eficácia, eficiência e efetividade.

iii.b Ações para melhoria de desempenho O processo de gestão da estratégia tem tomado novo grau de maturidade organizacional em busca de economicidade, eficácia, eficiência e efetividade. Todo trabalho realizado nos últimos anos, incluindo os realizados em 2017, tem promovido melhorias substanciais. Para a melhoria do desempenho, pretende-se continuar melhorando o processo e o sistema Integro, além de avançar no detalhamento do Macroprocesso de Inovação, na melhoria de indicadores de desempenho, de aumentar a ênfase do planejamento de médio e longo prazo com foco em inovação, de continuar a implantação da gestão da qualidade e de mapear e melhorar os processos da Empresa a partir das metodologias e ferramentas do escritório de processos.

3.2.3. Gestão administrativa, financeira e de infraestrutura

i. Descrição

Descrição geral da diretriz

Aprimorar a gestão administrativa, financeira e de infraestrutura, visando agilizar e modernizar a gestão organizacional.

Responsável Departamento de Administração Financeira (DAF): Eduardo Caputti; 137.372668-75 e Departamento de Patrimônio e Suprimentos (DPS): Luciano Sachetti; 835.141.041-15

Progra-

mado

Reali-

zadoAlcance

Progra-

mado

Reali-

zadoAlcance

Progra-

mado

Reali-

zadoAlcance Farol

Apoio à formação de estudantes de graduação e

pós-graduação3 0 0% 5 8 160% 1 2 200%

Apoio à formulação ou execução de Políticas

Públicas0 0 0 3 6 200% 3 6 200%

Arranjos institucionais 19 0 0% 17 34 200% 5 8 160%

Avanço do conhecimento 0 0 0 0 0 0 2 0 0%

Capacitação e atualização tecnológica de

agentes multiplicadores8 0 0% 6 12 200% 3 4 133%

Capacitação interna em áreas estratégicas 27 13 48% 10 19 190% 12 12 100%

Estudo de avaliação de impactos 2 4 200% 3 6 200% 22 2 9%

Estudo prospectivo 32 20 62% 37 58 157% 19 32 168%

Imagem corporativa 119 7 6% 124 217 175% 71 98 138%

Melhoria Incremental ou Processo Técnico

Administrativo executado1813 320 18% 2098 3856 184% 1769 3150 178%

Negócio Tecnológico 0 0 0 2 0 0% 8 5 62%

Novo processo técnico, organizacional ou

gerencial174 98 56% 196 345 176% 146 208 142%

Processo melhorado, metodologia ou estudo

técnico, organizacional ou gerencial517 126 24% 455 790 174% 640 733 115%

Sistema de informação 39 16 41% 27 40 148% 19 34 179%

Software Corporativo ou Específico 7 5 71% 0 0 0 5 5 100%

2015 2016Indicador

2017

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60 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

ii. Análise ii.a. Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior A velocidade das mudanças e avanços, em especial no contexto de tecnologia da informação, desafiam e motivam as empresas ao incremento qualitativo dos seus processos de gestão e governança para responder com rapidez e eficiência aos novos cenários. Para a realização dos seus objetivos estratégicos, a Embrapa fixa diretrizes de gestão administrativa em apoio e suporte aos esforços de PD&I. A gestão administrativa, financeira e de infraestrutura forma um escopo vasto e abrangente que oferece diferentes dimensões para observação de resultados. De maneira geral, o desempenho institucional nestes segmentos foi satisfatório ao prover meios de cumprimento das diretrizes específicas e de dar suporte às atividades finalísticas (PD&I) do processo de produção, especialmente se forem considerados os desafios organizacionais presentes, a força de trabalho disponível e as restrições de financiamento que limitam o andamento de novos projetos e ações. O exercício de 2017 foi marcado, sem dúvidas, pela superação exitosa de desafios na gestão organizacional, conforme demonstrado em seguida: No contexto em que efeitos da recente crise fiscal ainda se fazem sentir com intensidade nas

instituições dependentes do Tesouro da União, são naturalmente afetadas as aquisições de insumos e serviços, as negociações salariais, os projetos de capital e investimentos em geral para modernização da infraestrutura. A redução do financiamento público para despesas discricionárias incentivou ações para diminuir custos operacionais, oportunizando investimentos na execução de projetos que proporcionarão o aumento da eficiência geral da Empresa.

As adequações dos sistemas internos de governança e gestão para atendimento aos requisitos da Lei de Responsabilidade das Estatais (Lei) seguem o calendário fixado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento e motivam a oportuna reorganização dos processos com foco na prestação de serviço à sociedade.

Ainda no contexto desta Lei, cabe destacar que a Embrapa dedicou em 2017 intensos esforços de equipes especializadas para concluir a elaboração do seu Regulamento de Licitações e Contratos e normativas auxiliares que, depois de submetidas ao Conselho de Administração, serão colocadas em prática até o dia 30 de junho de 2018, conforme § 1. do art. 71 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016.

Ao término do mandato de três, dos quatro integrantes da sua Diretoria Executiva, a Embrapa logrou êxito mais uma vez ao conduzir, sob a liderança do seu Conselho de Administração, um processo público e de ampla concorrência para seleção de novos Diretores Executivos. Este processo se fez exemplar pela lisura, impessoalidade, moralidade e publicidade na condução dos procedimentos, o que é comprovado na indiscutível prevalência dos méritos técnicos, científicos e gerenciais dos novos administradores estatutários, selecionados e empossados.

A Embrapa continua investindo no desenvolvimento de um sistema integrado de desempenho que, a partir de indicadores, busca alinhar a atuação das suas unidades e equipes à agenda estratégica da organização. O sistema oferece elementos para monitorar a eficácia e eficiência da gestão e a avaliação da entrega de valor social, promovendo a apresentação de resultados no Balanço Social e Relatório de Gestão.

Devido à limitação de espaço, neste Relatório de Gestão, os resultados serão apresentados com base em informações referentes a três medidas de grande envergadura e impacto, que dão causa ou resultam do aprimoramento da gestão administrativa, financeira e de infraestrutura, com os objetivos de dar maior eficiência e de modernizar a gestão organizacional, a saber: (i) Contratação de um Sistema Integrado de Gestão; (ii) Reestruturação da arquitetura organizacional; e (iii) Redução das despesas de funcionamento.

Contratação de um Sistema Integrado de Gestão Após 24 meses de execução das fases de planejamento e seleção, a Embrapa logrou êxito na contratação de uma empresa especializada no fornecimento de licenças de direito de uso de software

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61 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

de uma Solução Integrada de Gestão - Solução ERP (Enterprise Resource Planning) e serviços para implantação, manutenção e evolução da solução, objeto do seu Pregão Eletrônico nº 20/2016. A implantação de um sistema ERP permitirá automatizar e integrar importantes processos de negócios da Empresa, abrangendo contabilidade, orçamento, finanças, controles, obrigações fiscais principais e acessórias, gestão de recursos humanos, logística, entre outros. Por efeito, deverá padronizar processos e sofisticar o fluxo de informação, automatizando a crítica de dados e o apontamento de erros de lançamento que poderiam gerar operações e pagamentos indevidos, reduzindo o risco de autuações por parte do fisco, uma vez que as regras de negócios são gerenciadas com observação automática da legislação fiscal tributária. O Sistema Integrado de Gestão supre a necessidade de emissão de relatórios analíticos para suporte à tomada de decisão, aumentando a eficiência organizacional. Além disso, elimina a necessidade de sistemas independentes e fragmentados, controles manuais, planilhas e anotações dispersas, e oferta meios para aprimorar o atendimento a requisitos empresariais de qualidade na gestão, integridade, compliance e gestão de riscos. Após a estabilização das ferramentas ora contratadas no ambiente de produção, observada a necessidade, oportunidade e conveniência da Empresa, a solução permite evolução e aumento da abrangência da integração no mesmo sistema, com módulos para gestão de projetos, de serviços corporativos, de infraestrutura e outros.

Reestruturação da arquitetura organizacional Ajustes no estatuto e na estrutura organizacional que já se mostravam necessários diante de um ambiente de atuação mais competitivo e exigente, muito diferente da realidade de 40 anos atrás, quando a Embrapa foi constituída, se tornaram mandatórios quando da promulgação da Lei de Responsabilidade das Estatais, da Lei do Teto de Gastos Públicos e do novo Marco Legal de CT&I. Tais mudanças exigiram rápidos esforços para atualização dos sistemas de governança e gestão em favor do aumento da eficiência, da redução dos custos de transação nas operações internas, do atendimento a requisitos de integridade, compliance e gestão de riscos, da adoção de práticas de gestão de processos e melhoria do relacionamento entre eles, com foco em agilidade, flexibilidade e uso aperfeiçoado dos escassos recursos. Os ajustes propostos pela Diretoria Executiva e aprovados pelo Conselho de Administração alcançaram todas as áreas do nível tático da gestão corporativa e, em 2018, chegarão às unidades descentralizadas. Ênfase foi dada para a reestruturação da arquitetura organizacional nas áreas funcionais relacionadas à gestão administrativa que incluem, entre outras, a gestão financeira e de infraestrutura. Essas mudanças foram profundas e sinalizam para grandes ganhos de efetividade e eficiência, que se espera obter a partir da melhor integração de processos, da redução dos níveis de alçada de decisão e da gestão adequada dos processos com redimensionamento de equipes e de comando.

Redução das despesas de funcionamento Diante de grave escassez de orçamento, no ano de 2017, a Embrapa intensificou as ações para redução desses e de outros gastos, incentivando a condução de campanhas internas para conscientização e engajamento dos empregados, paralelamente a uma ação coordenada que promoveu em todas as unidades organizacionais a revisão e renegociação de contratos com seus prestadores de serviços, reduzindo a quantidade e frequência de serviços até o limite possível, em conformidade com as necessidades operacionais básicas. Além de fomentar o engajamento de empregados e gestores, que termina favorecendo a formação de uma cultura interna mais consciente da conjuntura que a organização enfrenta e, portanto, mais capaz de se comprometer com objetivos e metas traçadas para a sustentabilidade empresarial e da sociedade como um todo, o conjunto das ações empreendidas trouxe resultados financeiros bastante significativos. ii.b. Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos A contratação de um Sistema Integrado de Gestão (ERP) exige o comprometimento de relevante esforço organizacional e investimentos de grande monta, onerando ainda mais a escassa disponibilidade. Todavia, os estudos preliminares realizados ao longo do extenso processo de

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planejamento foram capazes de afastar qualquer dúvida sobre a necessidade desse sistema para a melhoria dos processos de gestão, que impactam diretamente na entrega de resultados à sociedade e na própria continuidade da existência da estatal. Os benefícios diretos do projeto começarão a ser obtidos após a fase de implantação, que tem duração prevista para dezoito meses, e o estudo de viabilidade técnico-econômica (EVTE) do projeto estimou o seu payback (tempo de retorno) em seis anos a partir do início da implantação, com uma taxa interna de retorno (TIR) de 18,2% e valor presente líquido (VPL) projetado em mais de R$ 39.000.000,00 (trinta e nove milhões de reais) (2016). O estudo detalhado encontra-se disponível para consultas públicas como parte integrante do processo de Pregão Eletrônico n° 14/2015, que resultou na contratação da empresa Accenture do Brasil Ltda., especializada em consultoria técnica para prestação de serviço de suporte visando contratação de solução integrada de gestão – solução ERP (Enterprise Resource Planning).

Figura 26: Evolução do fluxo de caixa

A reestruturação da arquitetura organizacional trará ganhos de eficiência e eficácia aos processos de gestão administrativa, financeira e de infraestrutura, resultando em melhoria no desempenho geral da Empresa. Como resultado, cabe destacar que o Conselho de Administração aprovou a implantação, seguindo as tendências do mercado, de princípios de horizontalização na gestão organizacional, orientando a Empresa a afastar-se do modelo excessivamente hierarquizado para buscar o gerenciamento colaborativo de onde extrairá resultados positivos que vão da intensificação da descentralização administrativa à redução das gerências intermediárias com equivalente diminuição dos níveis de decisão e da burocracia. Se os antigos departamentos chegavam a possuir até seis diferentes níveis de decisão (chefe, coordenador administrativo, coordenador técnico, supervisor I, supervisor II e supervisor III), a arquitetura organizacional aprovada para as novas secretarias responsáveis por áreas funcionais da administração e desenvolvimento institucional fixa estes níveis em número máximo de três (chefe, gerente adjunto e supervisor III), os quais podem ser apoiados por núcleos especializados que atuam em linha de assessoramento, no apoio e execução de tarefas internas e sem poder de decisão em processos corporativos (coordenador, supervisor I e supervisor II).A redução das despesas de funcionamento das unidades da Embrapa, que para esta demonstração serão acrescidas dos demais gastos considerados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão como despesas de custeio administrativo dos órgãos públicos, foi significativa no exercício de 2017, registrando queda de 22,98% em relação ao total das mesmas despesas liquidadas em 2016. Tais despesas apresentaram, em 2017, o menor valor dos últimos cinco anos (Ver Anexo). iii. Conclusão

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63 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

No contexto do cumprimento da diretriz 3.1.2.3, que orienta o aprimoramento da gestão administrativa, financeira e de infraestrutura, visando agilizar e modernizar a gestão organizacional, a Embrapa empreendeu ações relevantes e obteve resultados importantes no exercício de 2017. iii.a- Avaliação do resultado A contratação do sistema integrado de gestão, a simplificação dos modelos de governança e gestão das unidades táticas responsáveis pelas áreas funcionais de gestão administrativa, financeira, de infraestrutura e de gestão organizacional, assim como as reduções observadas nas despesas de custeio administrativo, demonstram de maneira inequívoca o esforço empreendido pela Embrapa para agilizar e modernizar a gestão organizacional, aprimorando a gestão administrativa, financeira e de infraestrutura. iii.b- Principais desafios para o exercício seguinte e ações para melhoria de desempenho A fase de implantação do sistema integrado de gestão (ERP), que terá início em fevereiro de 2018, exigirá grande esforço e comprometimento para que o projeto seja executado a contento, mitigando riscos e evitando atrasos de cronograma, que aumentam os custos. Algumas premissas para o sucesso na execução desta fase são (i) a manutenção do patrocínio firme da alta administração da Empresa, compreendendo-se como tal a Assembleia, os Conselhos de Administração e Fiscal e a Diretoria Executiva; (ii) a garantia de financiamento do projeto em conformidade com o cronograma de desembolso; (iii) o comprometimento de todas as áreas táticas, quer sejam dedicadas à gestão de operações intermediárias ou finalísticas; (iv) o comprometimento dos gestores de todas as unidades e níveis; (v) a priorização de esforços e recursos organizacionais para a implantação do sistema integrado frente a qualquer outra iniciativa que envolva o desenvolvimento de sistema de informação; (vi) a gestão do projeto segundo as melhores práticas de mercado; e (vii) o envolvimento direto e priorização dos esforços dos empregados e equipes especializados nos processos abarcados pelas funcionalidades do ERP ou necessários à sua implantação. A reestruturação da arquitetura das secretarias responsáveis pela gestão tática de áreas de administração e desenvolvimento institucional, que foi implementada em 1º de fevereiro de 2018, exige o estabelecimento de um novo paradigma de relações, baseado na descentralização administrativa, na delegação de poderes, na adoção de metodologias consagradas para gestão de processos e dos princípios colaborativos da gestão por processos, bem como o rompimento da cultura de centralização de poder de decisão. O dimensionamento preciso das equipes e competências necessárias, que deve ser feito a partir do redesenho dos processos desenvolvidos em cada área, supervisão ou núcleo, deverá demandar a movimentação de pessoas e a redistribuição de espaço físico no ambiente da Sede da Empresa. Adicionalmente, o Plano de Carreiras da Embrapa (PCE) deverá ser ajustado ao novo modelo gerencial, assim como todas as normativas internas que remetam responsabilidade objetiva a elementos presentes nas estruturas que foram modificadas. Pode-se prever aumento no dispêndio total com as despesas de custeio administrativo em 2018, com relação a 2017, uma vez que foram identificados casos em que a renegociação de contratos afetou de maneira significativamente negativa a prestação do serviço contratado, especialmente na vigilância patrimonial, aumentando o número de sinistros. Considera-se que parte da redução nos gastos se deva à mera indisponibilidade de recursos financeiros, como no caso da manutenção de ativos físicos, trazendo riscos para a Administração. Finalmente, caberá acompanhamento e avaliação precisa sobre a relação da redução de alguns desses gastos como, por exemplo, energia, combustíveis, material de consumo, diárias e passagens, com eventual variação nos níveis de produção e produtividade geral da Empresa.

3.2.4. Eficiência na gestão de PD&I

i. Descrição Descrição geral do objetivo

Aumentar a eficiência na gestão de PD&I.

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64 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Responsável Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD): Celso Luiz Moretti; 080.210.298-03 e Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT): Fernando do Amaral Pereira; 013.377.018-40

ii. Análise ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de 2017 em relação ao exercício de 2016

Sob a ótica do processo de Transferência de Tecnologia (TT), a Embrapa possui dentre suas atividades, a gestão de uma plataforma composta por 6 ferramentas de registro e apoio à gestão de informações, que são as seguintes: 1) O Sistema de Gestão das Soluções Tecnológicas - GESTEC é utilizado para gerenciar as soluções tecnológicas (pré-produtos, produtos, processos, ativos de base tecnológica, sistemas, metodologias, práticas agropecuárias e serviços) desenvolvidas pela Empresa. Neste sistema foram adicionadas cerca de 20% a mais de informações do que existia em 2016. Até 25/01/2018 existiam 4.314 soluções cadastradas (https://sistemas.sede.embrapa.br/gestec) e 2.583 disponibilizadas no Portal da Embrapa (https://www.embrapa.br/solucoes-tecnologicas). 2) O Sistema de Gestão das Ações de Transferência de Tecnologia (SISGATT) é utilizado com o propósito de obter uma cartografia de atuação das ações de TT no Brasil. Em relação a 2016, a base de dados saltou de 1.388 para 3.454 Agentes Multiplicadores e de 1.032 para 2.454 URTs cadastradas, até 25/01/2018 (https://sistemas.sede.embrapa.br/sisgatt). 3) A Plataforma de Business Intelligence da Embrapa (BI) em 2017 teve o “Universo de TT” estruturado com mais informações, o que permite consultas estruturadas e sua disponibilização por meio de relatórios para os usuários dos sistemas. O BI é acessado no endereço: https://bi.sede.embrapa.br/BOE/BI. 4) A ferramenta Cortex Intelligence, adotada desde 2015, foi disponibilizada em 2017 para 19 Unidades, com a capacitação de 50 profissionais de TT. Com essa ferramenta foi possível subsidiar a operacionalização dos observatórios temáticos do Agropensa tais como: Agricultura Familiar; Solos e Fertilizantes/Fertpensa; Carne Bovina/Cicarne; Caprinos e Ovinos; Aquicultura; Pecuária Sul; Feijão Caupi; e Painel de Mídias Sociais, Observatório de GEO (Monitoramento por Satélite), AgroticNet (Informática Agropecuária - Monitoramento de TI – empresas de TIC), Observatório do NAE - Mandioca e Fruticultura; Mailing de monitoramento do Arroz e Feijão; Mercado de Sementes e os painéis da SIM, de Transferência de Tecnologia, e painéis de análises aos dados de projetos/atividades de Macroprograma (https://cortex.sede.embrapa.br/). 5) O processo de Qualificação das Soluções Tecnológicas foi definido pelo DTT em 2016 e, no decorrer do ano de 2017, foram implementadas novas funcionalidades no GESTEC de forma a atender esse processo. O módulo de Qualificação das Soluções Tecnológicas foi disponibilizado e internalizado nas Unidades para subsidiar na qualificação dos ativos associados aos projetos de pesquisa, de forma a considerar as etapas de Identificação do Resultado, Caracterização, Análise de Mercado e Finalização da Qualificação. 6) Em 2016 foi lançada a página do código florestal/Lei 12.651/2012 (https://www.embrapa.br/codigo-florestal) com diversos conteúdos técnicos, estratégias de recuperação, experiências realizadas, espécies de plantas nativas e soluções tecnológicas recomendadas para plantio, boas práticas agrícolas e outras informações. Em 2017, a página foi enriquecida com grande quantidade de novos conteúdos: onze novas experiências em recuperação ambiental e boas práticas agrícolas; quatro novas Unidades da Federação (PR, SP, GO e RS) com indicação de viveiros e produtores de mudas, sementes e materiais propagativos; novas informações das espécies nativas dos seis biomas nacionais; novos materiais de multimídia (vídeos, imagens) e novas publicações. Neste ano foram realizados mais cinco cursos sobre Produção de Mudas e Sementes de Espécies Nativas e Aspectos Legais em quatro biomas (Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa). No âmbito do Sistema Embrapa de Gestão (SEG), em 2017 foram desenvolvidas atividades técnico-administrativas no intuito de viabilizar a gestão da carteira de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) atuando como facilitadoras da articulação, composição, execução e acompanhamento da programação e da gestão das informações e resultados da pesquisa. Em 2017 foram realizadas as seguintes melhorias no processo de gestão de PD&I da Embrapa: a) Inclusão de novo dashboard no Painel de Indicadores da Programação, visando fornecimento de informações rápidas e sintéticas sobre a situação e o acompanhamento de cada um dos projetos;

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b) Implementação da funcionalidade de mapeamento de competências, que gera um indicativo de forma a se verificar as competências e Unidades envolvidas em cada linha prioritária de cada Portfólio ou Arranjo, ou seja, demonstra quais áreas de conhecimento e especialidades deveriam estar envolvidas nessas linhas e, se não estão, qual o motivo; c) Desenvolvimento e implementação de novas funcionalidades no Quaesta, tais como: Inclusão do recurso de ‘Busca avançada’, que permite fornecer palavra(s) para buscas solicitadas em partes especificas do projeto e não em todo o texto; Inclusão de toda a base histórica de projetos da Embrapa na busca, desde 1974; d) Implementação de relatórios executivos on-line, estruturados sob demanda dos gestores, fornecendo informações estratégicas sobre grupos de projetos afins; e) Melhorias na integração com o ambiente de Business Intelligence (BI) da Embrapa, que permite o cruzamento de informações vindas de várias plataformas tecnológicas (Integro, Ideare e SIRH); f) Nova forma de designação de Ad hocs: foi implantada uma nova funcionalidade no Ideare onde os Ad hocs devem responder se aceitam ou recusam a tarefa de avaliar a proposta designada. No caso de recusa, há necessidade de uma justificativa. O sistema foi parametrizado de forma a permitir o registro da resposta e justificativas de recusas. Tais informações permitiram promover, de forma mais rápida e eficiente, os ajustes nas solicitações, de forma a garantir que nenhuma submissão ficasse com poucos pareceres disponíveis, além de possibilitar melhor entendimento, por parte do DPD, dos principais motivos pelos quais a revisão de uma proposta é recusada. Como consequência foi possível aumentar o número de pareceres Ad hocs de 492 (média de 3,2 avaliações por submissão, na 43ª reunião do CGP/2016), para 1.936 pareceres (média de 4,6 avaliações por submissão, 44ª reunião do CGP/2017); g) Alteração do formulário de avaliação pelos Ad hocs. O Ad hoc deve analisar cada item, conforme instrução, e marcar um nível de atendimento ao mesmo (ruim; regular; bom; muito bom e excelente), também com espaço (caso queiram) para se inserir recomendações de ajustes ou outros comentários relativos a cada item. Com a marcação dos itens pelos Ad hocs, foi possível atribuir uma nota média de avaliação da proposta, considerando os pesos por itens definidos previamente. Além desta nota, foi possível calcular a média de cada item para todos os Ad hocs e a média total (todos os Ad hocs e todos os itens questões) por proposta, o que facilitou a análise das propostas pelos Comitês Técnicos de Macroprogramas (CTMPs); h) Alteração da metodologia de trabalho do Comitê Gestor da Programação (CGP) na avaliação dos destaques. Tradicionalmente, o Gestor do Macroprograma apresentava ao CGP a proposta e os motivos do destaque. Dois relatores do CGP previamente designados faziam seus comentários e o grupo, de forma colegiada, definia o seu parecer. Na nova forma de condução da reunião, dividiu-se o grupo em dois. Acompanhados pelo gestor do Macroprograma ao qual a proposta destaque foi submetida, os relatores apresentam a proposta e sua conclusão. O grupo discute as considerações dos relatores e gestor e definem o parecer. Em seguida, os relatores apresentam brevemente a discussão do grupo de trabalho ao plenário do CGP e a decisão final é tomada. Essa alteração na metodologia de trabalho permitiu aumento da eficiência e eficácia do processo, uma vez que os membros do CGP discutiram mais profundamente maior número de propostas sem aumento no tempo da reunião. Na 43ª reunião foram apresentados 12 destaques, enquanto na 44ª, 19 propostas foram destacadas. ii.b. Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos. Sobre a análise de indicadores do processo de TT e P&D, são inúmeros os dashboards e filtros que podem ser realizados nos sistemas informatizados das plataformas de TT e P&D (Gestec, Sisgatt, Cortex Intelligence, BI, Relatórios do PPA, SISGP), visando facilitar a tomada de decisão e o acompanhamento das atividades pelas Unidades.

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Fonte: GESTEC 24/01/2018

Figura 27: Soluções Tecnológicas cadastradas no Sistema de Gestão das Soluções Tecnológicas – GESTEC

Fonte: GESTEC 24/01/2018

Figura 28: Soluções Tecnológicas cadastradas no Sistema de Gestão das Soluções Tecnológicas – GESTEC e disponibilizadas no Portal da Embrapa

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Fonte: SISGATT 25/01/2018

Figura 29: Distribuição dos Agentes Multiplicadores por Unidade da Federação, Região e Tipos de URTs cadastrados no SISGATT

iii. Conclusão iii.a Avaliação do resultado As melhorias implementadas nos sistemas de informação da Embrapa, em 2016, proporcionaram agilidade e confiabilidade na produção e troca de informação entre seus usuários no ano de 2017. Diversos relatórios gerenciais com informações consolidadas sobre a programação passaram a ser desenvolvidos e disponibilizados em tempo real, auxiliando no acompanhamento e avaliação da programação de PD&I da Embrapa, focando-a em diferentes extratos, quais sejam: a) projetos que atendem a programas de governo; b) projetos elaborados como resultado de contratos e convênios; c) projetos resultantes de cooperação internacional; e d) projetos elaborados em resposta às chamadas normais do SEG. Uma ação planejada para 2017 foi a internalização do NAP (Núcleo de Apoio a Programação) nas UDs. Essa ação estava programada para o princípio de 2017 e envolveria todas as UDs, mas foi adiada em função das restrições orçamentárias. Dados de acessos mensais ao Quaesta, referentes ao ano de 2017, mostram que, de janeiro a dezembro de 2017 o número foi, em média, de 273 acessos. Além disso, as melhorias implementadas em 2016 nos sistemas Ideare e SISGP, relativas aos formulários de submissões do seu processo de avaliação, dos relatórios anual e final, viabilizou a avaliação de 1.698 relatórios de projetos em 2017. Observou-se uma queda no quantitativo de número de projetos em execução e consequentemente, no número de pesquisadores responsáveis por resultados em 2017, comparado a 2016. Este fato deve-se às restrições orçamentárias, que não permitiram abertura de novas chamadas para projetos. iii.b Ações para melhoria de desempenho Tendo em vista a nova estrutura e modo de operação das Unidades Centrais da Embrapa a ser implantada ao longo de 2018, o gerenciamento do macroprocesso de inovação será compartilhado entre as Secretarias de Inovação e Negócios (SIN) e de Pesquisa e Desenvolvimento (SPD), com a coordenação do planejamento, estruturação, articulação e acompanhamento da programação de pesquisa, desenvolvimento e validação técnica dos ativos de inovação. A revisão das normas do SEG, com novos tipos de projetos e nova metodologia de avaliação e novo processo de acompanhamento dos mesmos será realizada. Há a necessidade de adaptação dos

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sistemas informatizados para atendimento à nova estrutura, incluindo o desenvolvimento e implementação de novas funcionalidades aos mesmos. Com a nova estrutura da SPD, ocorrerá a implantação dos processos de comunicação científica visando melhor gestão da informação técnico-científica. A implementação de buscas no sistema Quaesta na base histórica de projetos da Embrapa, contemplando projetos desde sua fundação, será realizada.

3.2.5. Redes e parcerias

i. Descrição Descrição geral do objetivo

Ampliar a atuação em redes e as relações com parceiros nacionais.

Responsável Secretaria de Negócios (SNE): Vitor Hugo de Oliveira; 051.103.863-16

ii. Análise ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior Visando fortalecer o processo de protagonismo dos atores sociais na definição das agendas e no acompanhamento dos resultados de PD&I, exercitou-se em 2017, várias ações vinculadas ao processo de transferência de tecnologia. Uma primeira ação foi a construção de propostas de 19 projetos cofinanciados no âmbito do Fundo Amazônia. O processo de construção das propostas fortaleceu as parcerias com diferentes instituições que atuam no bioma Amazônia, entre universidades, empresas estaduais de pesquisa e extensão rural, institutos federais, representações dos movimentos sociais e dos agricultores familiares, entre outras instituições públicas que assumiram responsabilidades pela execução de atividades. Muitas outras parcerias não formalizadas foram fortalecidas e passaram a compor as Redes Sociotécnicas que implementarão os projetos aprovados. Foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica entre Embrapa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visando o lançamento do Prêmio BNDES de Boas Práticas em Agricultura Tradicional. O prêmio visa identificar Sistemas Agrícolas Tradicionais que conservam a agrobiodiversidade e conhecimentos tradicionais associados. Para lançamento do prêmio também foram mobilizados o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o escritório da FAO no Brasil, além das instituições representativas dos Povos e Comunidades Tradicionais em diferentes estados brasileiros. A Embrapa torna-se uma parceira para a qualificação dos serviços de ATER. Isso ocorre por meio da disponibilização de conhecimentos e tecnologias e da ampliação da interação entre a agricultura, pesquisa, ensino e ATER, assim como a promoção de redes de inovação. Tratam-se de estratégias para propiciar a articulação e integração dos diversos atores locais na busca de soluções tecnológicas e científicas, visando superar os desafios do meio rural em relação ao acesso, incorporação e adoção do conhecimento e tecnologias no ambiente produtivo. Para isso, realizou-se o Seminário de Inovação na Agricultura Familiar, com o objetivo de promover o diálogo sobre construção do conhecimento e inovação, de conhecer e trocar experiências de articulação entre pesquisa, ensino, ATER e agricultores, além de discutir conceitos, práticas e métodos de inovação na Agricultura Familiar, em parceria com os países do Cone Sul. O Seminário congregou um ambiente de diversidade de parceiros, contando com mais de 95 participantes e 24 diferentes parcerias das redes e ambientes interno e externo da Embrapa. A Embrapa e o SEBRAE, no âmbito do Convênio de Cooperação Geral entre as duas instituições, trabalharam a elaboração de 5 projetos cofinanciados. A construção dos projetos propiciou oportunidade de atuar em redes que incluíram as Unidades Descentralizadas da Embrapa, os SEBRAE Estaduais, as organizações públicas nos Estados e Municípios e representantes da Sociedade Civil. Para o caso do Projeto Balde Cheio em Rede, por exemplo, foram envolvidas 18 Unidades da Embrapa em sete Estados brasileiros com o objetivo de fortalecer as redes locais que incluem técnicos e associações/federações representativas de agricultores. Cabe ainda destacar a parceria da Embrapa com a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP), com o objetivo de qualificar o quadro técnico das cooperativas brasileiras na temática cereais de inverno (trigo, cevada, triticale, centeio e aveia) e, transversalmente, nas

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temáticas canola, soja, milho, feijão e leite. Desde o início da parceria já passaram pelos cursos mais de 76 técnicos, contabilizando mais de 500 horas de treinamento. A Embrapa também contribuiu para a regulamentação do novo Marco Legal de CT&I (Lei 13.243/2016), propondo sugestões que foram incorporadas em sua versão final, além da revisão, atualização e proposição de normas, procedimentos e orientações relacionadas à parcerias, negócios e inovação, como a Lei de Inovação (Lei 10.973/2004) modificada pela Lei 13.246/2016, que adequou a Norma de Relacionamento com Fundações (RC 130) e removeu entraves que impediam e limitavam a flexibilidade e agilidade da Empresa em celebrar parcerias. Além disso, realizou o credenciamento das Unidades da Embrapa que executam atividades com animais para seu licenciamento junto ao CONCEA - Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal de acordo com a Instrução Normativa 56/2008 e com a Lei 11.794/2008. Além disso, a Embrapa, em parceria com o fundo de Investimentos Cedro Capital, lançou o primeiro edital da iniciativa denominada “Pontes para Inovação”, que conectou parceiros e investidores que exploram comercialmente os produtos e tecnologias geradas pela Embrapa, acelerando os negócios com aporte de capital externo. Adaptou a escala TRL - Technology Readiness Level para os principais ativos que a empresa gera em seu Macroprocesso de Inovação para ser aplicada no processo de PD&I, permitindo aos gestores e parceiros um maior conhecimento sobre os ativos gerados, além de mensurar os esforços necessários à sua transformação em produto final para a sociedade. ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos As parcerias estabelecidas com organizações públicas e privadas, nacionais e internacionais, para a cooperação técnica e financeira em pesquisa agropecuária, incluindo a cooperação para melhoramento genético no ano de 2017, resultaram em 3.479 instrumentos jurídicos. Entre esses, 3048 contratos e 373 convênios são nacionais, onde 369 estão relacionados a contratos de direito sobre melhoramento genético, que geraram mais de R$ 8 milhões, 58 convênios de cooperação para melhoramento genético e 165 convênios de cooperação técnica em pesquisa agropecuária, que geraram R$ 5,9 milhões. Os convênios internacionais em Cooperação Técnica Agropecuária trouxeram investimentos de cerca de R$ 4,5 milhões para a Embrapa. Essas parcerias aportaram investimentos externos para a Empresa, no modelo de financiamento de pesquisas, pagamentos de royalties (aproximadamente R$ 9 milhões), investimentos e know-how que serão convertidos em bens para toda a sociedade. Uma das funcionalidades do SISGATT (Sistema de Gestão das Ações de Transferência de Tecnologia) é o registro das entidades parceiras das Unidades Descentralizadas da Embrapa. Em relação a 2016 a base de dados saiu de 388 para 611 Entidades Parceiras, até 25/01/2018 (https://sistemas.sede.embrapa.br/sisgatt). A figura a seguir traz um mapa destas parcerias por Estado. iii. Conclusão iii.a Avaliação do resultado Destaca-se como valorização de apoio de redes a criação de uma rede de inovação na Agricultura Familiar conectada com universidades, institutos federais, organizações de pesquisa estaduais, sociedade civil organizada e agricultores. A rede tem como principal objetivo aperfeiçoar a ampliar a estratégia de atuação do plano de inovação em nível regional na busca de referências tecnológicas que promovam emprego, renda e qualidade de vida para os agricultores. Em relação à parceria Embrapa – OCB, depoimentos dos envolvidos indicam que as capacitações estão trazendo resultados para centenas de produtores cooperados, através da qualificação das ações para ampliar a renda e reduzir os riscos relacionados à produção. No processo de construção de propostas para o Fundo Amazônia, exercitou-se, com êxito, o fortalecimento do protagonismo dos diferentes atores sociais na definição das agendas de PD&I, com reflexo direto nos objetivos dos projetos aprovados. A aproximação junto ao setor produtivo e a implantação de modelos que visam a otimização e agilidade dos processos, em conjunto com o uso eficiente da estrutura de pesquisa da Embrapa, mostrou que a Empresa, apesar da recessão econômica, ainda se posiciona como geradora de tecnologias e inovação em pesquisa agropecuária.

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A implantação de metodologias e a implementação de indicadores de eficiência buscando a melhoria dos processos internos de negociação e contratação e resultaram em trâmites de processos mais eficientes e ágeis para atender as demandas tecnológicas por parte a Embrapa e seus parceiros. Também resultaram em maior transparência na tramitação das tratativas internas e agilidade nas ações negociais entre a Empresa e as unidades descentralizadas, visando maior assertividade no entendimento e concretização do processo de contratação. iii.b Ações para melhoria de desempenho Na área de negociação da Embrapa, a implementação do Marco de CT&I (Lei 13.243/2016) propiciou maior agilidade no estabelecimento de parcerias. Com isso a Empresa pretende fortificar sua política de inovação, conforme preconiza a legislação, de forma a que se estabeleçam os seguintes objetivos e diretrizes (conforme a Lei 13243/2016): I - estratégicos de atuação institucional no ambiente produtivo local, regional ou nacional; II - de empreendedorismo, de gestão de incubadoras e de participação no capital social de empresas; III - para extensão tecnológica e prestação de serviços técnicos; IV - para compartilhamento e permissão de uso por terceiros de seus laboratórios, equipamentos, recursos humanos e capital intelectual; V - de gestão da propriedade intelectual e de transferência de tecnologia; VI - para institucionalização e gestão do Núcleo de Inovação Tecnológica; VII - para orientação das ações institucionais de capacitação de recursos humanos em empreendedorismo, gestão da inovação, transferência de tecnologia e propriedade intelectual e VIII - para estabelecimento de parcerias para desenvolvimento de tecnologias com inventores independentes, empresas e outras entidades.

3.2.6. Presença internacional

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Consolidar a presença internacional da Embrapa.

Responsável Secretaria de Relações Internacionais (SRI): Mario Alves Seixas; 494.377.048-72; Alexandre Morais do Amaral; 467.302.730-20

ii. Análise ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior As principais ações de cooperação científica internacional da Embrapa em 2017 foram organizadas em três eixos: a) impacto na programação de pesquisa; b) articulação externa de políticas de PD&I; e c) gestão, inovação e comunicação corporativas. Essas atividades permitiram o avanço da presença internacional da Embrapa em 2017 por meio de ações como: 1) Negociação e celebração dos acordos relacionados à implementação de projetos aprovados nas chamadas conjuntas finalizadas no ano anterior; 2) Estímulo ao programa Embrapa-Labex por meio da renovação da permanência dos pesquisadores lotados atualmente no programa e planejamento/gestões para ampliar as ações no âmbito desse programa em 2018; 3) Reforço da comunicação, em parceria com a SECOM, relacionada às atividades de cooperação científica, tanto para divulgação corporativa de oportunidades internacionais, como para incentivo à divulgação das ações de pesquisas com componente internacional; 4) Consolidação das consultas aos comitês gestores dos portfólios acerca de áreas de interesse para cooperação e indicação de potenciais parceiros internacionais. A Embrapa continuou também a assessorar o governo brasileiro no ambiente internacional no que diz respeito às políticas públicas de interesse da agropecuária. Em 2017, dando continuidade às atividades institucionalmente desenvolvidas desde a segunda metade da década de 90, tiveram destaque, como nos anos anteriores, os subsídios à posição do Brasil na Convenção de Mudanças do Clima (UNFCCC), nas negociações e discussões da Convenção de Diversidade Biológica (CBD) e nos Protocolos de Cartagena sobre Biossegurança e de Nagoia sobre Acesso e Repartição de Benefícios (ABS). No âmbito da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Embrapa continuou participando e apoiando, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), as atividades da Comissão de Recursos Genéticos (CGRFA) e dos grupos de trabalho associados ao Tratado

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Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura (ITPGRFA), à Aliança Global de Solos, à Parceria para Avaliação Ambiental e de Desempenho da Pecuária (LEAP) e à Plataforma para Agricultura Tropical (TAP). Em 2017, a cooperação técnica entre a Embrapa e o mundo tropical continuou a acontecer por meio de mecanismos público-privados de apoio à cooperação triangular e mecanismos públicos (Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e similares em outros países) de apoio à cooperação sul-sul. O número de países alcançados pela cooperação técnica em 2017 cresceu em relação a 2016 e foram mantidas as ações previstas da plataforma Agricultural Innovation Marketplace, em operação desde 2010, e da iniciativa M-BoSs: building on successes of the Marketplace, com a entrada em execução dos seis projetos conjuntos África-Brasil que haviam sido aprovados em 2016. A exemplo desse ano e dos anos anteriores, também cabe ressaltar o esforço e trabalho da Embrapa em 2017 como executora de Projetos de Cooperação Técnica em algodão financiados pela ABC/MRE. Merece destaque ainda, no ano passado, o envolvimento da Embrapa nas ações de articulação voltadas ao desenvolvimento e compartilhamento de conhecimentos com a África no que se refere à lagarta-do-cartucho (LC). Desde 2016, a LC vem se espalhando a um ritmo alarmante naquele continente e a expertise brasileira no manejo integrado dessa praga tem sido altamente demandada. Em 2017, a Embrapa participou de fóruns de discussão e workshops sobre o tema, realizados na África sob liderança da FAO e da CABI, e iniciou a elaboração de materiais de divulgação sobre o manejo da LC para o público africano. Além disso, em parceria com ABC e USAID, a Embrapa iniciou negociações para desenvolver um projeto triangular de manejo da LC com cerca de dez países africanos nos próximos dois anos. Por fim, é preciso mencionar as atividades de coordenação e representação institucional em programas internacionais de cooperação técnica, ação desenvolvida pela Diretoria Executiva de Inovação e Tecnologia (DEIT) - anterior Diretoria Executiva de Transferência de Tecnologia -. Em 2017, a DEIT continuou a representar a Embrapa nas comissões diretivas de dois programas de cooperação: o Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR) e o Programa Cooperativo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Agrícola para os Trópicos (PROCITRÓPICOS). Em 2017, o PROCISUR divulgou um catálogo de máquinas e ferramentas para a Agricultura Familiar disponíveis nos países membros, cujo rebatimento no Brasil se dá através do projeto “Máquinas Agrícolas para Agricultura Familiar”, liderado pela Embrapa Cerrados. A DEIT representou a Embrapa também na reunião do Comitê Executivo do Projeto “Cadeias produtivas e circuitos curtos: inovações nos esquemas de produção e comercialização para a agricultura familiar" (PROCISUR) e em reuniões de planejamento da agenda estratégica de cooperação com o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), na oportunidade das comemorações dos 50 anos daquela instituição. ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos

A SRI acessa seu portfólio de parceiros no Brasil e no exterior visando captar tendências, ameaças e oportunidades que possam ser relevantes para apoiar e fortalecer o processo de P&D na Embrapa. Em 2017, a SRI deu suporte à implementação de seis projetos relacionados às chamadas conjuntas realizadas no ano anterior; apoiou e orientou as UDs em 20 negociações com parceiros internacionais na área científica; renovou por mais um ano o período de permanência dos três pesquisadores selecionados em 2015 para o programa Labex; acompanhou e monitorou a iniciativa piloto com um pesquisador selecionado na chamada para Cientista Visitante e alocado na modalidade Labex Flex; realizou quatro missões internacionais; negociou, elaborou ou assinou vinte acordos internacionais de cooperação científica; e organizou ou participou de cerca de 35 reuniões com autoridades internacionais. Em 2017, os esforços em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foram continuados, garantindo eficiência nas decisões e rapidez de resposta às demandas oriundas das Convenções, Acordos, Protocolos e Tratados discutidos no âmbito das Nações Unidas (indicador 4). Ressalta-se que as demandas dessa natureza têm apresentado crescimento acentuado e, mesmo com as dificuldades causadas pelo contingenciamento de recursos financeiros e equipe reduzida, foi

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possível responder a todas as demandas. Ainda em coordenação com o MAPA, foram respondidas as demandas de comitês e comissões criadas pelo Governo Federal que têm por responsabilidade a implementação da política global aprovada pelos acordos, convenções, tratados e protocolos ratificados pelo Brasil (indicador SRI 5). Assim como ocorreu com as demandas multilaterais, as demandas provenientes de articulações nacionais e internacionais com referência a políticas públicas e impacto no setor agrícola apresentaram crescimento constante em 2017 em relação a 2016. Apesar das dificuldades já citadas, também foi possível responder a todas as demandas dessa natureza. Cabe destacar que a participação presencial dos técnicos da Embrapa em reuniões no exterior se manteve mínima devido à escassez de recursos financeiros. Entretanto, procurou-se mitigar essa ausência com o uso de meios eletrônicos de comunicação. Em 2017 a Embrapa realizou atividades em 18 diferentes Projetos de Cooperação Técnica (PCTs), com destaque para cinco projetos trilaterais, um em Gana (Alemanha-Brasil) para o fortalecimento da cajucultura; um no Suriname (Nova Zelândia-Brasil) com foco no cultivo de arroz de sequeiro; e três com a Comunidade Caribenha (CARICOM), com o objetivo de fortalecer capacidades em tecnologia de sementes, espécies florestais e pós-colheita de hortaliças. No âmbito da cooperação Sul-Sul, merecem destaque os projetos com Burkina Faso (pecuária leiteira), Colômbia (pastagens e soja), Peru (manejo florestal), Suriname (zoneamento agroecológico) e Togo (mandiocultura), todos com financiamento da ABC/MRE. Assim como em anos anteriores, os projetos com algodão, financiados com fundos do Contencioso do Algodão, também tiveram papel relevante na agenda de cooperação técnica da Embrapa em 2017: os PCTs multilaterais C4+Togo, envolvendo Benin, Burkina Faso, Chade, Mali e Togo, Moçambique e Malauí; e Shire-Zambeze, executado em Malauí e Moçambique, além dos trilaterais com a FAO, executados na América do Sul (Colômbia, Paraguai e Peru). No âmbito da plataforma MKTPlace, 14 projetos foram concluídos em 2017 que, somados àqueles concluídos em anos anteriores, já compõem um acervo de 64 projetos. Dezesseis projetos seguem em execução. Em 2017, os seis projetos aprovados pela iniciativa M-BoSs em 2016 entraram em execução na África (Benin, Etiópia, Gana, Nigéria, Quênia, Tanzânia e Uganda), coliderados pelas Embrapas Acre, Agrobiologia, Caprinos e Ovinos, Meio-Norte, Solos e Tecnologia de Alimentos. Os indicadores 6 e 7 apresentam a abrangência e o envolvimento institucional nas ações de cooperação técnica. O envolvimento de um menor número de centros de pesquisa em projetos de cooperação técnica em 2017 em relação aos anos anteriores reflete a demanda por cooperação e disponibilidade de recursos mais concentrados em alguns produtos e temas.

Tabela 25: Indicadores SRI 6 e 7 - abrangência e o envolvimento institucional nas ações de cooperação técnica

Indicador 2015 2016 2017

Número de pesquisadores no Programa Embrapa-Labex 7 5 3

Número de chamadas conjuntas negociadas, elaboradas ou abertas 3 2 0

Número de Acordos Internacionais de Cooperação Científica negociados ou celebrados pela SRI.

10 10 20

Respostas às demandas das Convenções e Fóruns internacionais 33/100 73/100 94/100

Respostas às articulações nacionais e internacionais com referência a políticas públicas com impacto no setor agrícola

55 97 126

Número de países em que a Embrapa esteve presente em 2016 em função de ações de cooperação técnica.

40 32 39

Número de unidades descentralizadas envolvidas em ações de cooperação técnica

26 24 21

iii. Conclusão

iii.a Avaliação do resultado

Em 2017, como nos anos anteriores, o impacto da restrição de recursos financeiros na agenda internacional se manteve. Ainda assim, foi possível otimizar recursos e renovar a permanência dos três pesquisadores selecionados em 2015 no âmbito do Programa Embrapa-Labex, bem como estender a permanência do pesquisador selecionado para a iniciativa Labex-Flex na última chamada corporativa para cientista visitante. A opção da Embrapa em reforçar a internacionalização da sua agenda de pesquisa para uso da ciência em benefício da agricultura brasileira foi favorecida também pelo reforço

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da divulgação e busca por parcerias e editais internacionais que permitissem a elaboração de projetos na modalidade cofinanciados. Os projetos de cooperação técnica que a Embrapa executa em apoio à cooperação do Estado brasileiro, as Plataformas MKTPlace e M-BoSs, bem como os projetos triangulares com financiamento público-privado, continuam sendo executados regularmente, assim como aqueles que utilizam recursos provenientes do Contencioso do Algodão. A experiência de execução de projetos de cooperação técnica nos últimos anos mostra que ações de médio prazo são mais adequadas, em função, sobretudo, dos diferentes tempos que envolvem os experimentos, a validação e a transferência de tecnologia na área de agricultura. Da mesma forma, projetos de dimensão média parecem ser os mais indicados para a cooperação prestada, tanto do ponto de vista dos resultados, em termos do alcance de atividades para desenvolvimento de capacidades, da adaptação de técnicas e da transferência de tecnologia do projeto, quanto de intercâmbio do conhecimento. iii.b Ações para melhoria de desempenho

Admitindo que mobilidade e a interação internacional possuem um custo inevitável, a SRI se debruçou a analisar possíveis oportunidades para captação de recursos internacionais e nacionais no biênio 2017-2018. Em relação à cooperação técnica, a mobilização e diversificação de fontes de financiamento, favorecidas pela credibilidade da Embrapa no cenário internacional, provaram ser e continuam sendo uma estratégia bem sucedida. Adicionalmente, um ganho salutar para a Embrapa é a incorporação de componentes de Pesquisa & Desenvolvimento em suas ações de cooperação técnica. Ações como intercâmbio de germoplasma, validação de materiais de interesse mútuo em condições adversas de outros agrossistemas e melhoramento preventivo são interessantes do ponto de vista científico e podem compor projetos de cooperação técnica, reforçando o caráter de benefício mútuo da cooperação técnica brasileira. No que concerne à cooperação técnica recebida pela Embrapa, historicamente as operações de crédito externo gerenciadas pela área internacional têm destaque relevante na estruturação das capacidades físicas e de competências da instituição. Para que seja possível a continuidade e melhoria dessas ações, sobretudo no atual cenário econômico e orçamentário do Governo Federal, torna-se necessária a captação de recursos financeiros para o fortalecimento institucional, ou seja, adaptação da estrutura física e desenvolvimento de capacidades para execução de projetos em áreas prioritárias, tais como bioeconomia, tecnologias para mitigação de efeitos de mudanças climáticas, uso racional da água na agricultura, fortalecimento da capacidade do agronegócio, uso sustentável de novas fronteiras agrícolas, todas de interesse do agro, em geral, e da Embrapa, em particular.

3.2.7. Desenvolvimento e Gestão de Pessoas

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Aprimorar e alinhar, continuamente, as políticas e processos de gestão de pessoas aos objetivos e metas organizacionais e à visão de futuro da Empresa.

Responsável Departamento de Gestão de Pessoas (DGP): Gustavo Simão Lima; 068.573.316-50

ii. Análise

ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência ao exercício anterior

Em 2017, a Embrapa continuou envidando esforços para consolidar as Pessoas como pilar fundamental para a gestão da Organização. As iniciativas aqui destacadas se alinham aos processos de gestão de pessoas da Empresa: (1) educação corporativa; (2) gestão funcional; (3) bem-estar; (4) remuneração de pessoal; (5) gestão de desempenho. 1. Educação corporativa: a Embrapa manteve as iniciativas de capacitação de seus empregados e implantou a primeira Trilha de Aprendizagem, representando o alinhamento com as tendências mais atuais de capacitação organizacional. As Trilhas consideram o desenvolvimento do empregado como uma trajetória contínua que permite caminhos diferentes de aprendizado. Está disponível aos

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empregados a Trilha com o processo de gestão de contratos e serviços terceirizados. Destaca-se também a manutenção do Observatório de Cursos Gratuitos, estratégia de indução de capacitações sem custos para a Embrapa. Consiste em divulgar periodicamente oportunidades de capacitação a distância e capacitações presenciais em Escolas de Governo. Pesquisa realizada em 2017 indicou que 35% dos empregados participantes sinalizam interesse e potencial de aproveitamento das capacitações divulgadas. As estratégias utilizadas pela Organização estão trazendo impactos positivos, como se pode ver no INDICADOR 1. Contudo, deve-se destacar que capacitações relevantes permanecem como necessidades prementes, como o Programa de Desenvolvimento Gerencial. Os Programas de Pós-Graduação Strictu sensu e Cientista Visitante também representam o esforço da Embrapa em manter sua força de trabalho com as competências necessárias para o cumprimento de sua Missão. O INDICADOR 2 apresenta o quantitativo de empregados participantes, com tendência de redução do número de participações em razão de restrições orçamentárias e elevação da qualificação do quadro. A Empresa tem possibilitado a participação dos empregados com financiamento externo. 2. Gestão funcional: desde 2014, a Empresa vem trabalhando na organização e prestação de informações qualificadas de gestão de pessoas para apoiar a tomada de decisão e minimizar falhas de execução de processos: o Observatório de Gestão de Pessoas (INDICADOR 3). Após a implantação do Painel Demográfico, em 2017, a Empresa organizou um Painel de Indicadores. A Empresa conta hoje com indicadores de reporte básico e alguns que possibilitam estatísticas e comparações. O esforço de estruturação desses indicadores será fortalecido com a implantação do ERP, com início previsto para 2018. A Embrapa também envidou esforços em 2017 para a revisão do processo de movimentação de empregados. Calcada nas premissas de valorização da Empresa, do empregado, meritocracia, desburocratização, celeridade do processo e transparência, a revisão propõe a Norma de Movimentação de Empregados da Embrapa. Destaca-se que a Norma está alinhada com a nova CLT e se adapta ao atual momento de reestruturação organizacional. A Norma será implantada em 2018. 3. Bem-estar: diante do compromisso de promover o bem-estar dos empregados, a Embrapa trabalhou em 2017 na padronização do processo, procedimentos e documentos de segurança de trabalho. Estabeleceu e disponibilizou às Unidades esse referencial, totalmente alinhado às Normas Regulamentadoras. O referencial está disponível na intranet corporativa e será objeto de divulgação e acompanhamento no exercício 2018. Outra iniciativa foi a proposição de mudanças ao Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). Após análise e consulta às Unidades que operacionalizam o processo, a Embrapa organizou um conjunto de 11 mudanças na normativa, com fins de eliminação de redundâncias e ambiguidades e aumento de eficiência nos trâmites. Essas iniciativas, aliadas a outras já rotineiras executadas pela Embrapa, ocasionaram uma redução de 11,35% no Fator Acidentário de Prevenção (FAP) nos últimos três anos, como se pode ver no INDICADOR

4. Essa redução gera uma economia no recolhimento de encargos patronais da ordem de 4,5 milhões de reais. É importante mencionar também a revisão do Modelo de Gestão de Clima Organizacional e Qualidade de Vida no Trabalho, adotando a ideia do ciclo de gestão PDCA e focando na gestão permanente, com programação e execução de medidas de curto, médio e longo prazo, em prol do alcance de impactos (compromissos), e não de entregas (produtos). 4. Remuneração de pessoal: outro esforço da Embrapa na área de gestão de pessoas está relacionado ao processo de gestão da folha de pagamento. A Empresa implantou um conjunto integrado de estratégias de mitigação de riscos do processo de gestão desse produto: contratação de assessoria especializada para a folha e elaboração de Manuais de Remuneração de Pessoal. No caso da contratação da assessoria, vem sendo negociada com a DE a contratação de empresa que preste serviço especializado de conferência de informações, análise e tratamento de inconsistências e orientação sobre questões jurídico-normativas, com expertise e autonomia. Foi elaborado Termo de Referência e a contratação deve ocorrer em 2018, após trâmites licitatórios. Quanto aos Manuais, observou-se, com base em diagnósticos e na percepção da equipe gestora do processo, que não havia padronização de procedimentos, gerando inconsistências e retrabalho. Assim, seis Manuais com procedimentos mais rotineiros foram criados para mitigar o problema. 5. Gestão de desempenho: após seu desenvolvimento em 2016, foram implantadas em 2017 três normativas relacionadas ao Modelo de Reconhecimento e Recompensa da Embrapa: a Norma de

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Premiação Institucional, a Norma de Avaliação de Desempenho Individual e a Norma de Progressão Salarial por Mérito e Antiguidade. Essas normativas alinham esses processos aos atuais instrumentos de gestão de desempenho e governança da Embrapa, dando ênfase especialmente às premissas voltadas para o foco em resultados e a perspectiva de trabalho sistêmico e cooperativo. No caso da premiação institucional, houve o primeiro ciclo do novo processo em 2017, estabelecendo níveis de desempenho para as Unidades e incentivando-as à melhoria contínua. As outras duas normas terão seu primeiro ciclo executado em 2018. Cabe, finalmente, informar o atual status do novo Plano de Carreiras da Embrapa (PCE), iniciado em 2013 e com avanços relatados em 2015 e 2016. Em 2017, a proposta de novo PCE foi elaborado e, atualmente, aguarda o término do processo de reestruturação organizacional ora em curso, para que a análise, eventual revisão, deliberação e submissão às instâncias superiores sejam retomadas. ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos.

Tabela 26: Indicador DGP 1 - Capacitações de curta duração

Participações* e empregados que realizaram capacitações de curta duração

2015 2016 2017

Participações Empregados capacitados

Participações Empregados capacitados

Participações Empregados capacitados

4.931** 2.869 10.352 3.802 11.830 5.369 *Um empregado pode ter participado de mais de uma capacitação de curta duração. ** Em 2015, foram contabilizadas apenas capacitações internas.

Tabela 27: Indicador DGP 2 - Empregados participantes dos Programas de Pós-Graduação Strictu Sensu e Cientista Visitante

Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu Programa de Cientista Visitante

Iniciaram Concluíram Em andamento Iniciaram Concluíram

Em andamento Mestrado Doutorado Mestrado Doutorado Mestrado Doutorado

2015 9 6 10 7 14 67 27 2 29

2016 5 9 3 17 14 49 3 21 7

2017 0 2 5 22 8 26 7 10 8

*Embora houvesse informações qualificadas disponibilizadas antes de 2016, elas não eram atualizadas em tempo real.

Figura 30: Indicador DGP 3 - Quantitativo de informações qualificadas de gestão de pessoas disponíveis em tempo real*

0

10

19

2015 2016 2017

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76 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

*FAP de 2016 corresponde a informações de 2013 e 2014; FAP de 2017, a informações de 2014 e 2015; FAP de 2018, de 2015 e 2016.

Figura 31: Indicador DGP 4 - Índice Fator Acidentário de Prevenção (FAP)* na Embrapa

iii. Conclusão

iii.a Avaliação do resultado

Em 2017, a Embrapa cumpriu as iniciativas necessárias para o atendimento da Diretriz Estratégica de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, reiterando a visão de Pessoas como pilar fundamental para a Organização. Esteve atenta à formação das competências necessárias para o cumprimento de sua Missão, por meio de robusto processo de educação corporativa; aprimorou a prestação de informações qualificadas e em tempo real sobre seus trabalhadores, bem como estabeleceu proposta de normativa que melhorará a movimentação de pessoal; padronizou o processo de segurança do trabalho, propôs melhorias significativas para o processo de saúde ocupacional, revisou seu Modelo de Gestão de Clima e QVT, com vistas para o bem-estar de sua força de trabalho; estabeleceu estratégias para mitigar riscos na gestão da folha de pagamento; e implantou normativas de reconhecimento e recompensa alinhadas aos instrumentos de governança e às premissas de foco em resultado e visão sistêmica e cooperativa. Todas essas iniciativas foram programadas para o exercício e, portanto, entregues conforme planejado. iii.b Ações para melhoria de desempenho

Para os próximos exercícios, a Organização planeja estratégias para angariar recursos para a realização de capacitações estratégicas, como o Programa de Desenvolvimento Gerencial, e garantir a manutenção das estratégias de desenvolvimento de competências de sua força de trabalho; continuar a aprimorar seus indicadores de gestão de pessoas, eventualmente com o apoio da implantação do ERP; implantar efetivamente o novo processo de movimentação de pessoas, com a aprovação da nova Norma; acompanhar a operacionalização padronizada dos processos de segurança do trabalho; aprovar as mudanças propostas no PCMSO; apoiar as iniciativas relacionadas aos processos de gestão de Clima e QVT; contratar a assessoria para a folha de pagamento e dar sequência às estratégias de mitigação de riscos da folha de pagamento; e executar os ciclos dos processos de avaliação de desempenho individual e progressão salarial, de modo a verificar os avanços e limitações das novas normativas aprovadas.

3.2.8. Comunicação

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Promover estratégias e ações de comunicação que contribuam para o processo de PD&I e para a interlocução da Empresa com a sociedade.

Responsável Secretaria de Comunicação (Secom): Gilceana Soares Moreira Galerani; 731.788.029-91

ii. Análise

ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior

0,8602

0,7741 0,7626

2016 2017 2018

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77 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Em 2017, a Comunicação manteve o foco em quatro frentes. Em Comunicação para C&T, destacaram-se: a) a forte presença na mídia: cerca de 17.500 citações à Embrapa (285 na grande imprensa). Em 2016 a Embrapa foi assunto em mais de 10,7 mil textos jornalísticos na imprensa brasileira. A distribuição de conteúdo adaptado às redações, a articulação da Secom com veículos e NCOs e o atendimento sistemático à imprensa na Sede e nas UDs resultaram na publicação de reportagens de alcance nacional. Durante 2017, por exemplo, 58 matérias foram veiculadas em canais ligados à Rede Globo. A Agência Embrapa de Notícias emplacou em média 201 inserções mensais como destaque nos principais veículos de comunicação brasileiros. O número de assinantes da Agência cresceu 21%, chegando a mais de 4500. A agência adotou novas formas de distribuição e passou a veicular tuítes. Em 2017 foram veiculados 50 boletins da Agência, com 150 matérias. Em 2016 foram 52 boletins, com 157 matérias. Os boletins são semanais e a meta estipulada com base na quantidade de semanas por ano. b) O programa Conexão Ciência, em parceria com a TV NBR, teve 34 edições em 2017 (em 2016 foram 41); c) a Revista XXI – “Ciência para a Vida” teve 2 edições publicadas (em 2016 foram três). Até maio de 2017, foram publicadas 16 edições impressas, todas disponíveis em www.embrapa.br/revista. Restrições orçamentárias e adequações ao novo contexto justificaram a decisão de interromper a impressão da publicação e acelerar o projeto da versão digital, finalizado em setembro de 2017, com lançamento previsto para abril de 2018. d) o Programa Embrapa & Escola atendeu 37.409 alunos em 2017, de 724 escolas, com 1.035 palestras proferidas. Em 2016, o Programa atendeu 42.048 alunos de 633 escolas, com 831 palestras. Dentre os avanços na Comunicação Digital, destacaram-se: a) Criação do Perfil Embrapa no Facebook: a partir da experiência com o perfil temático Agro Sustentável, análises apontaram necessidade do canal institucional para ampliar mensagens e ações e agregar o valor da marca Embrapa à informação, o que também oportuniza o fortalecimento da reputação. A Embrapa lançou seu novo perfil no início de 2017 e os dados de desempenho somados à sondagem realizada junto aos usuários revelaram o potencial da iniciativa. c) Lançamento da página especial (hotsite) sobre Qualidade da Carne (https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne/): para contribuir com a crise que atingiu o agro brasileiro, decorrente da Operação Carne Fraca, a Secom elaborou uma página especial no Portal Embrapa, organizando boa parte da informação técnica gerada pela Embrapa para colaborar com o esclarecimento de dúvidas, mostrando que do campo à mesa existe Ciência apoiando a forma de produzir, processar e distribuir a carne brasileira e que a pesquisa subsidiou políticas públicas e contribuiu para que o setor privado investisse em qualidade, sanidade, rastreabilidade, bem-estar animal e segurança. d) Reformulação da arquitetura de informação da página inicial do Portal Embrapa: lançada em maio de 2014, a nova versão do Portal Embrapa teve como princípio de arquitetura de informação o destaque a três seções: “produtos, processos e serviços”, “projetos” e “publicações”. Mas após o lançamento houve poucas visitas às três seções, quando comparadas com outras páginas. Análises e testes de usabilidade revelaram que o problema tinha a ver com a disposição das informações (design). Após a reformulação da página, foram expressivos os aumentos nos acessos às novas seções incluídas no menu principal. Acessos a “Produtos, Processos e Serviços” aumentaram 242%, a “Publicações” 200%, e a “Projetos” 78%. Na Comunicação Institucional, o Programa de Relacionamento “Diálogos”, no qual se destacam as comunidades virtuais (do total de 27, três foram criadas em 2017) e as reuniões gerais entre gestores e empregados, observou um aumento no número de Unidades que cumpriram a meta de realizar 4 reuniões no ano e no número total de reuniões realizadas. Em 2016, 65% das Unidades cumpriram a meta e houve 232 reuniões. Já em 2017, 79% das Unidades cumpriram a meta e foram realizadas 250 reuniões. Os resultados da articulação da Secom com as Unidades têm sido percebidos como importantes em avaliações das reuniões e na pesquisa de opinião sobre o programa Diálogos, realizada pela Secom, respondida por 3.904 pessoas (42% dos empregados). 87% dos participantes reconheceram que existem oportunidades de diálogo entre gestores e empregados e 90% afirmaram não enfrentar dificuldades para dialogar com gestores. Em termos qualitativos, os resultados da pesquisa de opinião evidenciaram que tanto gestores como empregados estão participando ativamente das reuniões gerais e que o diálogo tem melhorado.

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78 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Dentre as iniciativas de Comunicação Mercadológica, destacaram-se: a) o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). Em 2017 foram registrados 24.999 atendimentos, com 95,03% das solicitações atendidas no prazo ideal estabelecido (até 4 dias úteis). Em 2016 foram 23.792 atendimentos com 93% das solicitações atendidas no prazo. O tempo médio de atendimento passou de 2,35 dias para 1,7 dia. A Secom implementou uma série de melhorias. Inicialmente, o atendimento via redes sociais, telefone e portal foi unificado em uma só área, o que permitiu o atendimento segundo um padrão único e com uma visão integrada dos processos. O aprimoramento da mensuração da qualidade do serviço foi realizado com a reavaliação dos indicadores adotados. O questionário enviado automaticamente após cada atendimento foi reformulado, adotando escala de 5 pontos com 3 indicadores (1. Clareza das informações; 2. Cortesia no atendimento; 3. Qualidade técnica das informações). A média geral da satisfação foi de 4,68 (ago a dez/2017). Foi também adotado um novo método para mensurar a satisfação, o Net Promoter Score (NPS), que segue uma escala de 0 a 10. Aqueles que responderem de 0 a 6 são considerados cidadãos detratores; 7 e 8, neutros; e 9 e 10, promotores. O NPS da Embrapa foi considerado muito satisfatório para a marca, tendo 74,7% dos cidadãos como promotores, 19,9% como neutros e apenas 5,4% como detratores. Realizou-se também uma pesquisa com os mais de 40 mil cidadãos da base de dados do sistema do SAC desde 2014. O resultado demonstrou que o público possui alto grau de satisfação com o serviço prestado. Também foi implementada funcionalidade que permite a reabertura de uma ocorrência, possibilitando que um atendente possa fazer novo contato com o cidadão insatisfeito; e b) a participação em 12 feiras e exposições agropecuárias, promovendo soluções tecnológicas geradas pelas UDs de forma atrativa e didática, e oferecendo conhecimentos com apelo prático para o dia a dia do agricultor.

ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos.

Os dados da Tabela 29 são apresentados com bse em cinco indicadores :Índice de satisfação com o SAC; 2) Número percentual de atendimentos do SAC realizados no prazo estabelecido; 3) Número percentual de empregados satisfeitos com o diálogo entre gestores e empregados; 4) Número de acessos ao Portal Embrapa; e, Número de boletins veiculados da Agência Embrapa de Notícias.

Tabela 28: Comparativa de indicadores em três exercícios

Análise dos indicadores

2016 2017 2018

Previsto Realizado Previsto Realizado Meta

Indicador 1 - - 4 4,68 4

Indicador 2 90% 93% 90% 95,03% 90%

Indicador 3 - - 55% 60% 63%

Indicador 4 15.000.000 18.473.781 18.000.000 19.526.976 20.500.000

Indicador 5 50 52 50 50 50

Legenda Conforme planejado Merece atenção Desconforme

Em relação aos indicadores 1 e 2, referentes ao SAC, o novo índice de satisfação (indicador 1) foi criado em agosto de 2017. Numa escala de 0 a 5, a média geral da satisfação foi 4,68, superando a meta prevista. Dez Unidades da Embrapa alcançaram nota máxima. A maior parte das Unidades (59%) tem índice de satisfação entre 4,6 e 4,9 e apenas 2 Unidades não atingiram a meta. Já em relação ao indicador 2, o percentual de atendimentos realizados no prazo máximo estabelecido (4 dias úteis) foi de 95,03%, superando a meta (90%). O indicador 3 mostra o índice de empregados satisfeitos com o diálogo entre gestores e empregados (60% qualificaram o diálogo como ótimo ou bom), conforme mensurado em pesquisa aplicada em setembro de 2017. Observando o indicador 4, o número de acessos ao Portal Embrapa cresceu 5,7% em 2017, atingindo 19.526.976, resultado bastante expressivo. O indicador 5, que contribui muito para a repercussão positiva da Embrapa na mídia, manteve o índice de 2016. A Agência Embrapa de Notícias veiculou 50 boletins, alcançando a meta prevista.

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79 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

iii. Conclusão iii.a Avaliação do resultado

Em 2017, os resultados alcançados foram expressivos, com a maioria das metas superadas. A Agência Embrapa de Notícias produziu e disponibilizou conteúdo jornalístico completo, qualificado, sobre inovações, pesquisas e ações relacionadas à Embrapa e seus parceiros, sempre sob a perspectiva do interesse público. Foi aplicada uma pesquisa de opinião em 2016. 92,5% dos entrevistados declararam que o produto jornalístico ajuda em seu trabalho diário e a maioria dos entrevistados demonstrou satisfação com o produto informativo. As indicações de melhorias, implementadas no ano seguinte, foram relacionadas à adequação do tamanho dos textos e ao incentivo à produção de conteúdo multimídia. Nova pesquisa aplicada em novembro de 2017 reafirmou a importância do produto. O número de citações à Embrapa na mídia e o aproveitamento das matérias da Agência foram altos. Os esforços empreendidos na comunicação digital resultaram no sucesso do lançamento do Perfil Embrapa no Facebook que, em 10 meses, conquistou uma média de quase 200 novos fãs por dia, totalizando em torno de 50.000 seguidores. Foram realizados 528 posts até 30/11, ou seja, quase 2 por dia. Cada postagem alcançou, em média, 12.000 pessoas e contabilizou 1.100 ações de engajamento. As 10 postagens de maior impacto, juntas, totalizaram 18.000 acessos ao Portal Embrapa. Com a sondagem realizada com 236 respondentes, foi possível constatar que há significativa aceitação do conteúdo divulgado e, especialmente, há grande confiança na informação originada a partir da Embrapa. O SAC Embrapa passou por uma série de melhorias e manteve os altos índices de qualidade, aferidos pela satisfação do cliente, assim como a rapidez no atendimento. No Programa Diálogos, a pesquisa aplicada com os empregados, em setembro, evidenciou o sucesso da iniciativa, por meio dos resultados aferidos, quantitativos e qualitativos. Houve também o aumento no percentual de Unidades que cumpriam a meta de realizar 4 reuniões anuais entre gestores e empregados, seguindo a metodologia disponibilizada pela Secom. iii.b Ações para melhoria de desempenho

Em relação à Agência Embrapa de Notícias, a meta proposta para 2018 é a de manter em quantidade e qualidade a produção de conteúdos veiculados em 2017. Entre as sugestões de aprimoramento obtidas na pesquisa de 2017, que serão consideradas para 2018, estão: mais vídeos, mais podcasts (áudios) e mais pautas por boletim. Sobre o perfil Embrapa no Facebook, por meio da sondagem de 2017, foi possível classificar as respostas por tipo de público, o que possibilitou análise de deficiências e adequações por segmento. Como resultado, algumas estratégias e ações de curto prazo podem ser estruturadas com intuito de fortalecer e ampliar a atuação da Embrapa no Facebook: (a) Compreender mais qualitativamente o público que interage com a Embrapa neste ambiente. Quem são, quais seus hábitos, interesses e perfil; b) Compreender mais qualitativamente se as mensagens divulgadas estão adequadas ao meio e seguem as melhores práticas; c) Compreender mais qualitativamente quais os assuntos têm maior relevância para o público; d) Definir mais adequadamente quais as informações a Embrapa almeja difundir, em combinação com informações que os públicos têm interesse em receber; e) Capacitar as Unidades Descentralizadas em desenvolvimento de conteúdos para as mídias sociais. As reuniões gerais entre gestores e empregados serão mantidas, independente de continuarem como Ação Gerencial Corporativa (AGC), e a Secom promoverá nova sondagem para identificar pontos de aprimoramento nesta ação e no Programa Diálogos como um todo, a partir da visão dos empregados e de gestores. Com a reestruturação que ocorreu na Sede da Embrapa em fevereiro de 2018, quando foi criada a Secretaria de Inovação (SIN), que possui uma Gerência de Marketing à qual estão ligadas duas Supervisões de Comunicação (Comunicação para Inovação e Relacionamento com Clientes), a Comunicação Mercadológica deverá ser fortalecida na Empresa.

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80 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

3.2.9. Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs)

i. Descrição

Descrição geral do objetivo

Viabilizar soluções em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) de forma a contribuir para o desenvolvimento institucional.

Responsável Departamento de Tecnologia da Informação (DTI): Edméia Leonor Pereira de Andrade; 237.251.416-49

ii. Análise

ii.a Descrição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os principais avanços obtidos no exercício de referência em relação ao exercício anterior

Principais avanços de 2017 Projeto de Transformação Digital - Em 2016, visando estabelecer mecanismos para viabilizar a inserção de ativos e tecnologias agropecuárias geradas pela Embrapa que alcancem o mercado digital, por meio de parceiros, com a criação de novos produtos e serviços, foi apresentada e aprovada pela Diretoria, uma proposta de elaboração de um projeto abordando o tema de transformação digital. Devido à importância do tema, foi criada uma equipe multidisciplinar com a participação de diversas áreas do negócio. Sob a liderança do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), o projeto teve inicio em março de 2017, tendo como principais resultados: a) um diagnóstico abordando as perspectivas: TI Inovadora, Negócios Digitais e Dados Abertos, que subsidiará a elaboração dos cenários de implantação da transformação digital; b) uma proposta de Estratégia Digital para a Embrapa, de forma alinhada a nova versão do Documento de Visão (Agropensa) para auxiliar a Empresa na revisão do VI Plano Diretor da Embrapa (PDE), na elaboração do III Plano Diretor de TI (PDTI) e no planejamento das agendas das Unidades para os próximos anos; c) versão preliminar do modelo de negócio digital; e d) qualificação das tecnologias de gado de leite. No âmbito deste projeto, também foram realizados cinco workshops abertos a todas as Unidades, em que os participantes foram convidados a refletir e discutir sobre os temas: Contextualização da Transformação Digital; Dados Abertos; Princípios Digitais e Estratégia Digital (com transmissão via videoconferência). Hackathon Nacional - Em um mundo cada vez mais digitalizado, as novas gerações já nascem conectadas, totalmente familiarizadas com celulares, tablets e computadores. Usar tais dispositivos para promover a ciência de forma lúdica – educar divertindo – é um desafio constante quando se pensa na divulgação científica voltada para crianças e adolescentes. Estar em sintonia com a realidade tecnológica que cerca esse público pode ser uma estratégia eficaz para projetos e iniciativas de divulgação da pesquisa agropecuária desenvolvida pela Embrapa. Dessa forma, o DTI coordenou a realização de um Hackathon Nacional (https://www.embrapa.br/hackathon) e teve como resultados soluções de tecnologia da informação geradas para os seguintes temas: desafios para o açaí; feijão-caupi: manejo sustentável e mercado garantido; jogos eletrônicos/peças educacionais em suporte digital, com foco na ciência para crianças e adolescentes; solução mobile para difusão de informações tecnológicas e de levantamento de demandas de pesquisa, bem como para a produção sustentável com foco em atributos funcionais de plantas da mata atlântica e controle biológico conservativo. Nuvem Privada - Seguindo o conceito de Infraestrutura como Serviço (IaaS), foi implantada a nuvem privada no Datacenter Corporativo da Embrapa, visando garantir agilidade e economia na entrega de serviços de TI para as UDs, como o de hospedagem de seus serviços e produtos de TIC na nuvem. Implantação de novas soluções de comunicação - no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) realizado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), foram implantadas novas soluções de comunicação tais como: solução de videoconferência MCONF, que possibilita a todos empregados da Embrapa realizarem videoconferência, na internet, via browser do seu microcomputador, com qualquer pessoa em qualquer lugar, em uma interface com múltiplas presenças; ampliação do sistema de VoIP para 14 Unidades que ainda não tinham sido beneficiadas provendo uma economia de R$ 24.000 mensais com o custo de ligações interurbana realizada pela Empresa; aprimoramento do acesso à internet via RNP de alta capacidade para 16 Unidades da Embrapa com redução dos custos; implantação da

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81 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

infraestrutura para a criação da Rádio (inaugurada em abril de 2017 com 49.115 acessos) e TV Embrapa (em implantação); solução Eduroam que permite acesso a Internet a todos parceiros externos, membros de instituições de ensino e pesquisa, em visita às instalações da Embrapa, sem necessidade de autorização da área de TI. Implantação de Sistema Integrado de Gestão na Embrapa (ERP) – Em continuidade às ações de apoio à implantação da solução de ERP, foi realizada prova de conceito; a contratação da solução de ERP, o planejamento e a contratação da empresa que irá fiscalizar a implantação da solução de ERP. Business Intelligence - o uso de tecnologias de inteligência estratégica para subsidiar a tomada de decisão foi fortalecido em 2017, por meio das seguintes soluções de Business Intelligence: painel demográfico e de indicadores para a área de Gestão de Pessoas, relatórios gerenciais em WebIntelligence para apoiar a restruturação da Sede e a projeção de aposentadorias; novos módulos para o Painel de Indicadores da Programação de pesquisa; painéis de indicadores sobre a agropecuária e o comércio exterior do agro brasileiro (https://www.embrapa.br/agropensa); dashboard sobre a produção científica da Embrapa(Web of Science 1995 a 2016) e Ainfo. ii.b Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como da contribuição das Unidades Centrais (UCs) e/ou Unidades Descentralizadas (UDs) para os resultados obtidos

A Tabela 30 demonstra os Indicadores de processo para a Diretriz 9 dos últimos três anos: o número de resultados planejados pelo número de resultados realizados por ano, com indicação do percentual alcançado e farol (apenas para 2017).

Tabela 29: Resultados planejados e alcançados na diretriz Tecnologia da Informação

iii. Conclusão

iii.a Avaliação do resultado

Visando melhorar a qualidade dos produtos e serviços de TI e em continuidade à implantação dos processos de TI definidos no escopo do Modelo de Governança de TI, o DTI aprimorou a medição de desempenho da TI, por meio da coleta e análise de indicadores que possibilitam identificar oportunidades de melhorias nos processos. O resultado deste trabalho está refletido na avaliação externa de governança de TIC, realizada a cada dois anos pelo TCU com o objetivo de estabelecer os níveis de implantação da governança nos órgãos públicos. De acordo com a última avaliação realizada em 2016, cujo resultado foi apresentado em 2017, a Embrapa encontra-se no nível intermediário, passando do 57º posto, em 2014, para o 31º, em 2016, entre os 368 órgãos da administração pública avaliados. Entre as empresas públicas federais e as sociedades de economia mista, a Embrapa passou da 12ª para a 10ª posição, entre 35 entidades. O Projeto especial desenvolvido em 2017, sob a liderança do DTI, também contribui para a Empresa aprimorar as estratégias, modelo de negócio digital, essenciais para a implantação da transformação digital na Embrapa.

Programado Realizado Percentual Programado Realizado Percentual Programado Realizado Percentual Farol

Arranjos institucionais 4 0 0% 0 0 0% 1 1 100%

Capacitação interna em áreas estratégicas 15 6 40% 14 1 8% 5 0 0%

Estudo de avaliação de impactos 0 0 0% 0 0 0% 12 14 117%

Estudo prospectivo 11 0 0% 0 0 0% 10 16 160%

Imagem corporativa 13 2 16% 9 8 89% 0 0 0%

Melhoria Incremental ou Processo Técnico

Administrativo executado538 113 22% 606 427 0%

434 377 87%

Negócio Tecnológico 0 0 0% 1 0 0% 0 0 0%

Novo processo técnico, organizacional ou

gerencial83 33 40% 82 63 77%

63 39 62%

Processo melhorado, metodologia ou estudo

técnico, organizacional ou gerencial286 93 33% 313 237 76%

227 185 82%

Sistema de informação 84 7 9% 113 66 59% 102 52 51%

Software Corporativo ou Específico 49 12 25% 75 64 86% 79 52 66%

Softwares para Clientes Externos 4 3 75% 4 2 50% 7 8 114%

2015 2016 2017Tipo resultado

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82 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Outra iniciativa importante do DTI que contribui para a melhoria de seus resultados foi a formalização de parcerias como o Acordo de cooperação técnica (ACT) firmado pela Embrapa com o MCTI/RNP que visa implantar novas soluções de comunicação e o ACT assinado entre a Embrapa e MP/STIC que terá o foco de apoiar a Embrapa na implantação da governança digital e na gestão de dados abertos. Essas iniciativas têm possibilitado à Empresa minimizar custos e melhorar os processos, serviços e produtos de TIC, necessários para que as áreas finalísticas possam entregar resultados que tenham impacto para a sociedade e parceiros. iii.b Ações para melhoria de desempenho

Para 2018, o DTI continuará melhorando os processos definidos no Modelo de Governança de TI, de forma integrada com a estratégia e governança digital em fase de definição e buscando novas soluções de TI que visam agregar valor aos macroprocessos de P&D, de Tecnologia e Inovação e de gestão institucional, por meio de realização de provas de conceito sobre as novas tendências e soluções de TIC que possam agregar valor à Embrapa, tais como Analytics, aprimoramento da nuvem privada, implantação de cultura e métodos ágeis. Além destes desafios inovadores, o DTI estará totalmente envolvido em ações como: 1) implantação da solução de ERP contratada em 2017; 2) elaboração de diretrizes digitais e finalização da elaboração do III Plano Diretor de TI alinhado ao PDE; 3) apoio à SDI na definição e implantação da arquitetura empresarial; 4) aprimoramento da governança corporativa de TIC e início da implantação da governança digital; 5) apoio à implantação da gestão de dados abertos; 6) capacitação da equipe nas novas tendências de TIC, tais como: Analytics, Bigdata, Cloud, computação cognitiva, IoT; 7) promoção do trabalho em equipes multidisciplinares envolvendo analistas de TI, pesquisadores, estatísticos, cientista de dados para buscar, validar e gerar soluções inovadoras; 8) aprimoramento da segurança da informação. Para realizar algumas destas ações contaremos também com apoio do MPOG/STI e da MCTI/RNP, por meio dos Acordos de Cooperação Técnica assinados em 2017.

3.3- Estágio de implementação do planejamento estratégico

3.3.1. Estágio de desenvolvimento

Em 2017, foi exercitado o terceiro ano do Planejamento Estratégico da Embrapa, por meio do VI PDE. As rotinas e os indicadores têm sido implantados, avaliados e melhorados continuamente em busca da excelência organizacional. O documento que baliza a visão de futuro da Embrapa (Documento Visão 2014-2034) teve sua atualização iniciada, por meio de um exercício prospectivo envolvendo os stakeholders da Empresa pela Rede Agropensa. A gestão do planejamento estratégico é feita pela Alta Direção da Empresa por meio de um processo integrado envolvendo os níveis corporativo, de Unidades Centrais e Descentralizadas, de programação da pesquisa, de gestão e suporte e das equipes e colaboradores envolvidos. O Sistema Integro (Sistema Integrado de Gestão de Desempenho Institucional, Programático e de Equipes) permite que os gestores monitorem o cumprimento do VI PDE e das agendas de prioridades, seja em termos dos objetivos estratégicos, seja das diretrizes que tratam das mudanças e ajustes de gestão necessários para o alcance da Visão da Empresa. Essa gestão integrada da estratégia está em estágio de consolidação.

3.3.2. Metodologia de formulação, de avaliação e de revisão dos objetivos estratégicos

Os Objetivos e Diretrizes Estratégicos são formulados e revisados a partir de duas grandes iniciativas: 1)o exercício prospectivo para atualização do Documento Visão 2014-2034, no qual são identificados Macrotemas, Temas Transversais do agronegócio e temas de interesse da gestão, bem como 2) o monitoramento e a avaliação da implementação dos Objetivos e Diretrizes Estratégicos. A atualização do Documento Visão 2014-2034, foi iniciada no final de 2017 e é realizada pela Secretaria de Inteligência e Macroestratégia, por meio de observatórios estabelecidos em cada Unidade Descentralizada e consulta aos stakeholders da Empresa. Como parte de tal atualização serão definidas metas para os Eixos de Impacto do VI PDE, visando melhor orientar o processo de programação da Empresa. Com tais metas, a Embrapa estabelece os principais impactos esperados pelos resultados

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83 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

que serão gerados pelo VI PDE. O objetivo é garantir que os compromissos assumidos em cada eixo de impacto sejam cumpridos. De outro lado, o Sistema Integro permite monitorar e avaliar a implementação dos Objetivos e Diretrizes Estratégicos,monitorando o cumprimento das metas estabelecidas e os resultados alcançados. Os resultados do monitoramento e a avaliação dos Objetivos Estratégicos permitirão, juntamente com a atualização do Documento Visão 2014-2034, subsidiar a atualização do VI PDE.

3.3.3. Alinhamento ao PPA e à Lei Orçamentária Anual

O atual Plano Diretor da Embrapa 2014-2034 (VI PDE) descreve os desafios e propostas de atuação para a Empresa neste período. Na elaboração do Programa 2042 – Inovações na Pesquisa Agropecuária, os Objetivos e Diretrizes Estratégicos do VI PDE foram mapeados e alinhados diretamente às iniciativas e ações orçamentárias deste Programa. A Embrapa, em articulação com o Mapa, mantém estreito acompanhamento da agenda do Governo Federal, a fim de garantir alinhamento entre os instrumentos internos e externos e assim cumprir com as metas estabelecidas.

3.3.4. Indicadores de desempenho relacionados à gestão estratégica

Tendo em vista a ligação entre o VI PDE e o PPA (2016-2019) foram estabelecidos os mesmos indicadores de impacto já usados no PPA 2012/2015: a) índice médio de impacto ambiental de tecnologias avaliadas no ano; b) índice médio de impacto social das tecnologias avaliadas no ano; c) número de empregos gerados pelas tecnologias avaliadas no ano; d) número de tecnologias, produtos e serviços desenvolvidos pela Embrapa no ano; e) valor do retorno dos investimentos em pesquisa na Embrapa para cada real (R$) aplicado. Entretanto, o desempenho relacionado à gestão da estratégia é também gerenciado pela Empresa com base em indicadores de resultados, tanto aqueles relacionados com PD&I como com a área de gestão. Tais indicadores também estão sendo monitorados no PPA 2016/2019.

3.3.5. Revisões ocorridas no planejamento estratégico, sua descrição e periodicidade

As revisões são realizadas à medida que surgem “sinais” no ambiente externo que sejam observados como relevantes para a Embrapa pela rede de observatórios Agropensa. Em 2017, não surgiram sinais que motivassem a necessidade de revisão do Plano Diretor da Embrapa.

3.3.6; Envolvimento da Alta Direção (Diretoria-Executiva)

Todo o processo de formulação estratégica da Embrapa conta com a participação efetiva da alta direção. Ao longo da elaboração, essa direção estabelece suas expectativas e participa das discussões e da revisão do documento. Os resultados do processo de monitoramento e gestão de desempenho institucional, programático e de equipes e empregados são também acompanhados pela alta direção, que os utiliza tanto para tomada de direção no realinhamento gerencial das Unidades Centrais e Descentralizadas quanto para o reconhecimento do quadro funcional.

3.3.7. Alinhamento das unidades ao planejamento estratégico

O VI PDE é operacionalizado por meio das Agendas de Prioridades, que correspondem aos planos estratégicos das Unidades Centrais e Descentralizadas da Embrapa. Todas as unidades da Empresa, sejam de pesquisa, serviço ou administrativa, elaboram uma Agenda de Prioridades com base nos objetivos e diretrizes estratégicos do planejamento corporativo e estabelecem contribuições e metas. Todas as ações das unidades mantêm alinhamento com o planejamento da organização e, de forma análoga, todas as equipes e colaboradores são alinhados às agendas das unidades. Isto significa que as agendas anuais de todos, unidades, equipes e colaboradores estão integradas ao planejamento da Empresa graças à integração dos processos de gestão da estratégia e do desempenho, consolidada a partir de 2016.

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84 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

3.3.8. Principais dificuldades e mudanças previstas

Os dois primeiros anos do atual ciclo de planejamento foram marcados pela supressão dos elementos visão, missão e valores relativos a cada Agenda de Prioridades em favor da “visão” corporativa do PDE e pela integração do processo de produção, desde o planejamento até a montagem e execução das agendas das equipes de trabalho. Superadas estas primeiras mudanças, busca-se agora aprofundar o processo de gestão das Agendas, fortalecendo o alinhamento nos níveis corporativo, de Unidades, programático e das equipes de trabalho. O Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 (Lei nº 13.249, de 13/1/2016, retificada em 31/8/2016) criou o Programa Pesquisa e Inovações para a Agropecuária, que traz um conjunto de metas aptas a orientar a atuação da política pública no desafio de garantir, em médio e longo prazo, mediante a geração e a adoção de soluções tecnológicas, o aumento da produtividade e da competitividade da agropecuária brasileira. O PPA também está sendo utilizado para o cumprimento dos compromissos pelo Brasil no que se refere aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Durante o processo de elaboração da PLOA 2018, a Embrapa apresentou solicitação de expansão para a dotação sugerida no valor total de 637 milhões de reais, buscando recompor o seu orçamento discricionário para outras despesas correntes e de capital ao montante aproximado de 957 milhões de reais, que, em valores corrigidos pelo IGP-DI/FGV, equivaleria, aproximadamente, ao volume disponibilizado para este mesmo fim durante a execução da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2010. Esta solicitação não foi considerada. Compreende-se que forte redução nos níveis de financiamento governamental para as atividades de pesquisa agropecuária desenvolvidas pela Embrapa poderá comprometer a qualidade e as quantidades dos resultados obtidos pela Empresa.

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4- Governança, gestão de riscos e controles internos

4.1- Estrutura e Modelo de Governança

Figura 32: Estrutura de Governança da Embrapa

O diagrama demonstra o funcionamento e a integração entre as dimensões Governança e Gestão, bem como o fluxo de retroalimentação existente entre a Embrapa e a sociedade, organizações superiores, instâncias de governança e gestão. Destacam-se nesse modelo as instâncias internas de apoio à gestão estabelecidas pela Embrapa para apoiar tecnicamente os processos finalísticos e de gestão dos níveis tático e operacional. Sua composição e funcionamento são definidos em normas próprias ou por meio de orientações contidas em documentos institucionais, as quais podem ser acessadas nos links https://www.embrapa.br/group/intranet/colegiados e https://www.embrapa.br/group/intranet/sistema-embrapa-de-gestao-seg-. Na tabela a seguir, encontram-se as descrições dos diferentes atores e instâncias de governança envolvidos nesse modelo.

Instâncias Internas de Apoio à Gestão

Conselho Assessor Externo

Comitê Gestor de Tecnologia da Informação

Comitê Gestor de Portfóliio

Comitê Gestor da Segurança da Informação

Grupo Gestor de Arranjo

Comitê Técnico Interno

Comitê Técnico da Sede

Comitê Gestor da Programação

GESTÃO

Organizações Superiores

Presidência da República

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Instâncias Internas de Governança e Gestão

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Alta AdministraçãoDiretoria-Executiva

GOVERNANÇA

Gestão Tática e Operacional

Unidades Centrais(Chefias)

Unidades Descentralizadas(Chefias)

Instâncias Externas de Apoio à Governança

Auditoria Independente

Controle Social Organizado

Instâncias Externas de Governança

Congresso Nacional

Tribunal de Contas da União

Controladoria Geral da União

Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Sociedade

Instâncias Internas de Apoio à Governança

Comitê de Elegibilidade

Comitê de Auditoria

Conselho Fiscal

Conselho Assessor Nacional

Comitê Gestor das Estratégias

Auditoria Interna

Ouvidoria

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86 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 30: Descrição atores e instâncias de governança da Embrapa

Instância de Controle Base Normativa Atribuições/ Forma de Atuação Assembleia Geral

Estatuto da Embrapa (Decreto nº 7.766, 25/6/2012 e Resolução 164, 29/9/2017, do Consad)

Órgão máximo com poderes para deliberar sobre todos os negócios relativos ao seu objeto.

Órg

ãos

Esta

tutá

rio

s

Conselho de Administração

Estatuto da Embrapa; RC nº 133, 31/10/2013: RI-Consad

Órgão de deliberação estratégica e colegiada da Empresa, ao qual cabe organizar, controlar e avaliar atividades da Empresa, especificamente: fixar e aprovar as políticas de ação e de gestão da Empresa, implementar e supervisionar os sistemas de gestão de riscos e de controle interno estabelecidos.

Alta Administração –Diretoria-Executiva

Estatuto da Embrapa; Deliberação 13, 20/9/1983, Atos de Gestão

Órgão executivo de administração e representação, cabendo-lhe assegurar o funcionamento regular da Embrapa. Cabe à Diretoria gerir e avaliar os resultados da Embrapa, monitorar a sustentabilidade dos negócios, os riscos e medidas de mitigação e demais atribuições constantes do Estatuto. Competências específicas: Presidente: Representar a Embrapa em juízo ou fora dele, receber as citações judiciais e constituir procuradores; dirigir, coordenar e controlar as atividades técnicas e administrativas da Empresa, dentro e fora do território nacional, para consecução dos objetivos da Empresa; atribuir responsabilidades específicas aos diretores-executivos e supervisionar seu trabalho, especialmente nas atividades para organização técnico-administrativa da Embrapa. Diretores-Executivos: Cumprir e fazer cumprir o Estatuto, as normas em vigor e as decisões emanadas do Consad; analisar e aprovar todos os assuntos e propostas a serem submetidos pelo Presidente da Embrapa à decisão do Consad. Planejar, orientar e coordenar o acompanhamento, o controle e a avaliação das ações específicas de suas responsabilidades, bem como supervisionar as Unidades responsáveis por estes processos.

Comitê Gestor das Estratégias

Estrutura do SEG – RN 18/2004, RN nº 12/2005.

Colegiado consultivo integrante do SEG, instituído com o objetivo de assessorar a Diretoria-Executiva no monitoramento do foco estratégico da Empresa, identificando informações relevantes dos seus ambientes externo e interno, integrando esse conhecimento e disponibilizando orientações estratégicas para seus agentes quanto à Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia e à Gestão Institucional.

Conselho Fiscal

Estatuto da Embrapa, Decreto 2.291, 5/8/1997, RI do Confis

Órgão permanente de fiscalização, de atuação colegiada e individual que tem por finalidade acompanhar a execução patrimonial, financeira e orçamentária, com poderes para examinar livros, quaisquer outros documentos e requisitar informações; fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração, erros, fraudes ou outras irregularidades de que tiver conhecimento, e sugerir-lhes as providências cabíveis; e demais atribuições referentes ao seu poder de fiscalização.

Conselho Assessor Nacional

Estrutura do SEG – RN 18/2004, RN nº 12/2005.

Colegiado consultivo de atuação junto à Diretoria-Executiva, cuja finalidade é assessorar na definição e compatibilização das ações estratégicas relevantes ao planejamento da programação da Empresa. Contribui também na análise das políticas públicas e arranjos institucionais necessários para maximizar o potencial de inovação tecnológica na agricultura brasileira.

*Comitê de Auditoria

Estatuto da Embrapa

Órgão de suporte ao Consad no que se refere ao exercício de suas funções de auditoria e de fiscalização sobre a qualidade das demonstrações contábeis e efetividade dos sistemas de controle interno e de auditorias interna e independente, que tem por finalidade supervisionar as atividades dos auditores internos e das áreas de controle interno, de auditoria interna e de elaboração das demonstrações contábeis, avaliar e monitorar exposição de riscos da empresa, dentre outras.

Comitê de Elegibilidade

Estatuto da Embrapa

Comitê que visa auxiliar na verificação da conformidade do processo de indicação e de avaliação dos administradores e conselheiros fiscais.

Inte

rnas

de

Go

vern

ança

Auditoria interna

Estatuto da Embrapa, Decreto nº 4304/2002, Deliberação 5, 28/4/2015

Unidade organizacional vinculada diretamente ao Consad, cuja competência é executar as atividades de auditoria contábil, financeira, orçamentária, administrativa, patrimonial e operacional; propor medidas preventivas e corretivas dos desvios detectados; verificar o cumprimento e a implementação das recomendações ou determinações dos órgãos de controle, bem como demais atividades correlatas a sua finalidade.

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87 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Instância de Controle Base Normativa Atribuições/ Forma de Atuação

*Gerência de Riscos, Integridade e Transparência

Regimento das Secretarias da Embrapa (Anexo à Deliberação 1, 1º/2/2018

Gerência vinculada à uma unidade organizacional do nível tático, vinculada à Diretoria-Executiva de Gestão Institucional, cujas atribuições são propor as diretrizes táticas de riscos, integridade e transparência; coordenar a implementação das diretrizes táticas de Riscos, Integridade, Transparência, Conformidade e controles internos; definir e coordenar as diretrizes de governança de dados, informações e conhecimentos; coordenar a implementação das diretrizes e das ações de governança de dados, informação e conhecimento; gerir dados, informações e conhecimento dos desafios organizacionais.

Ouvidoria Deliberação nº 5, 16/07/2013.

Unidade organizacional subordinada ao Consad e vinculada administrativamente ao Presidente da Embrapa, resguardada sua independência funcional no âmbito de suas atribuições, e é responsável, no âmbito de sua atuação, pelo aprimoramento das relações da Empresa com seus públicos interno e externo em suas diferentes instâncias administrativas. É responsável também pela implementação da LAI.

* Áreas contempladas no Estatuto da Embrapa que funcionarão a partir do exercício de 2018.

4.2- Gestão de riscos, controles internos e integridade

4.2.1. Gestão de Riscos e Integridade

O ano de 2017 foi um ano de fortalecimento e readequação organizacional para tratar dos temas de Controles Internos, Gestão de Riscos e Integridade. Com a publicação do Decreto no. 8945, em dezembro de 2016, que estabelece as regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e controle interno, foi necessário revisar a proposta de política e instâncias de vinculação de forma a garantir a atuação independente da área e, ao mesmo tempo, integrada aos vários temas correlatos que envolvem as funções da Auditoria Interna, Ouvidoria e Comitês. Portanto, o ano foi marcado por capacitações, estabelecimento de parcerias e reestruturação da área. A equipe participou de oficinas sobre os principais aspectos teóricos e práticos para elaboração de um programa de integridade organizado pela CGU, sendo uma delas envolvendo vários órgãos da administração direta e suas subsidiárias e outra voltada especialmente aos temas e equipe das subsidiárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Destacamos também, a capacitação no tema “Implementando a Gestão de Riscos no Setor Público” (MP), “Tratamento de denúncias” (PROFOCO/OGU) e a participação em inúmeros eventos sobre Governança Corporativa. Com a formação de competências e a evolução da maturidade organizacional na área, a Embrapa elaborou o Plano de Ação de Integridade que foi apresentado e aprovado pela CGU em maio deste ano. Outros fatos de destaque foram a adesão ao Programa de Fomento a Integridade Pública (PROFIP) e a participação como membro do Comitê Gestor do Programa "Selo Agro+ Integridade", destinado a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvam Boas Práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade, do MAPA. Com relação a readequação organizacional, foi estruturada uma Gerência de Riscos, Integridade e Transparência que possui a atribuição de a) Propor as diretrizes táticas de riscos, integridade e transparência em alinhamento com as diretrizes da governança corporativa; b) Coordenar a implementação das diretrizes táticas de Riscos, Integridade, Transparência, Conformidade e controles internos; c) Definir e coordenar as diretrizes de governança de dados, informações e conhecimentos em alinhamento com as diretrizes da governança corporativa; d) Coordenar a implementação das diretrizes e das ações de governança de dados, informação e conhecimento; e) Gerir dados, informações e conhecimento dos desafios organizacionais.

4.2.2. Avaliação da qualidade e da suficiência dos controles internos

A Embrapa possui um arcabouço normativo e de sistemas que amparam um grande conjunto de controles internos estruturados como normas, instruções de serviço, formulários, sistemas de gestão e outros mecanismos de controle que garantem o alcance dos objetivos organizacionais.

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88 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

No entendimento que a empresa deve demonstrar que administrou ou controlou os recursos que lhe foram confiados para execução da política pública de sua atribuição, é fundamental o estabelecimento de controles nas questões de ordem fiscal, gerencial e programática. Na dimensão programática, a Embrapa tem uma consolidada cultura de planejamento e avaliação de desempenho que vem desde a sua criação, em 1973, e se consolidou nos últimos 20 anos quando se adotou um novo processo de planejamento estratégico, baseado em estudos de cenários e estudos prospectivos, que nortearam os seus seis planos diretores da Embrapa (PDE) executados a partir de 1988. Todo este processo de inteligência e planejamento estratégico é realizado de forma integrada por modernos instrumentos de gestão da informação, inteiramente gerida na lógica da transformação digital, alinhando processos e controles para a gestão de planos estratégicos, desempenho institucional, programação de pesquisa e de suporte, gestão de pessoas e dos processos de reconhecimento e recompensa, monitoramento da adoção e avaliação de impactos. Essa ampla integração de processos, aliada a outras melhorias ocorridas nos demais instrumentos de gestão usados na Empresa (Ideare, Sisgp, Gestec, etc.), resultou em ganhos substanciais de eficácia, eficiência e efetividade de seus centros de pesquisa, programas (portfólios e arranjos) e de suas equipes de colaboradores. Na dimensão fiscal, a Embrapa possui inúmeros mecanismos de controle interno e uma instância de verificação, o Conselho Fiscal.A nova área de controles internos atuará no aprimoramento dos controles de maneira a reduzir os riscos organizacionais a partir da sistemática de auto análise do sistema, num processo de aprendizagem organizacional contínua. Esta gerência utiliza o conceito das três linhas de defesa da organização, conforme descrito na Instrução Normativa Conjunta no. 01 de 10/05/2016, do Ministério do Planejamento e Controladoria Geral da União, representado na figura abaixo:

Figura 33: Sistemática de atuação da nova área de controles internos da Embrapa

4.2.2. Avaliação dos controles internos pelo chefe da Auditoria Interna

As auditorias realizadas no exercício de 2017 evidenciaram lacunas e fragilidades nos controles internos, especialmente quanto aos seguintes componentes: avaliação de riscos, integridade, atividade de controle e monitoramento. Atualmente a Empresa encontra-se em processo de reestruturação, que foi iniciado em 2017, com sua Sede, e que terá seguimento em 2018, com a inclusão das Unidades Descentralizadas, distribuídas pelo território nacional. Essa reestruturação tem por objetivo, especialmente, atender às restrições orçamentárias e ao contexto do novo arcabouço legal que abrange as empresas estatais, com destaque para a Lei das Estatais (Lei nº 13.303/2016) e do Marco Legal de CT&I (Lei nº 13.243/2016). Em que pesem os impactos dessa reestruturação, os quais ainda estão por vir, a estrutura de governança da

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89 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Empresa vigente até 2017, que está fundamentada em normativos internos e sistemas de informação, assegurou o alcance de seus objetivos e diretrizes estratégicas, estando em consonância com princípios básicos da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Destaca-se que o sistema de governança da Empresa rege, controla e retroalimenta os seus principais processos, bem como definem: a) Os objetivos e as diretrizes estratégicas da Empresa; b) As responsabilidades, funções e competências dos gestores e colaboradores, que são norteadas pelas políticas, procedimentos, normativos internos, Código de Ética e Código de Conduta da Empresa; c) Os níveis e formas de gestão, os processos de trabalhos, os instrumentos de gestão, os fluxos de informações, os papéis dos agentes dos envolvidos, direta ou indiretamente, na avaliação, no direcionamento e no monitoramento da organização; e d) Os processos de planejamento, indução, execução, acompanhamento, avaliação e retroalimentação das atividades de PD&I, Comunicação Empresarial, Transferência de Tecnologia e Desenvolvimento Institucional. Sinergicamente, o modelo de gestão, os sistemas de informação e os mecanismos e procedimentos de comunicação permitem, com razoável segurança, que os principais processos e as informações relevantes sejam devidamente identificadas, documentadas e tratadas, de modo a alimentar e retroalimentar os processos de pesquisa e suporte à pesquisa, bem como a tomada de decisão. Nesse cenário, destaca-se o Modelo Integrado de Gestão de Desempenho da Embrapa: Institucional, Programático e de Equipes (Integro), que é um instrumento de gestão desenvolvido para articular a gestão de desempenho da Empresa, gestão da programação de pesquisa e de equipes. Por outro lado, ainda observa-se necessidade de melhorias nos processos atreladas à Ouvidoria, especialmente no caso de denúncias, haja vista a falta de institucionalização de todos os procedimentos e canais de comunicação utilizados para tratar e transmitir informações sensíveis (como atos ilegais ou incorretos) e riscos, que podem impactar o alcance dos objetivos institucionais. Em relação à gestão de riscos e à integridade, a estruturação desses processos no âmbito da Embrapa ainda está em andamento. Destaca-se que não foram publicadas políticas para tratar desses temas, porém, com a reestruturação foi criada a Gerência de Riscos, Integridade e Transparência, que tem, dentre outras, a responsabilidade de definir as diretrizes táticas de riscos, integridade e transparência na Empresa. Ressalta-se que a ausência de um processo estruturado de gestão de riscos compromete a identificação e análise dos riscos associados ao não cumprimento dos objetivos e das diretrizes estratégicas da Empresa. Quanto ao “Sistema de Controle Interno Administrativo da Embrapa”, por meio das auditorias realizadas, verificou-se fragilidades nas atividades de controle, tanto as de natureza de prevenção e como as de detecção, evidenciadas pelo não cumprimento dos dispositivos legais, pagamento indevido de benefícios e adicionais, dispensa indevida de licitação, cessão de bens sem amparo contratual, gestão inadequada de bens patrimoniais, gestão inadequada de contratos e convênios, empenho indevido de despesa, pagamento irregular de diárias, uso inadequado de veículos oficiais, irregularidades no controle de frequência de empregados, gestão insuficiente de ações relacionadas a políticas públicas, falhas e incongruências nos registros contábeis. Tal fato é potencializado pela deficiência no monitoramento, ao longo do tempo, dos controles internos pelos agentes que gerenciam e possuem propriedade sobre os riscos e pelo os que exercem as funções que supervisionam os ricos e controles (1ª e 2ª linhas de defesa), bem como pelo não atendimento tempestivo das recomendações da auditoria, que impacta diretamente no fortalecimento dos controles internos administrativos e consequentemente no grau de atingimento dos objetivos institucionais. Portanto, as impropriedades detectadas demonstram necessidades de melhorias nos “Controles Internos Administrativos” da Embrapa com relação, principalmente, aos componentes: Avaliação de Risco, Integridade, Atividades de Controle e Monitoramento. Dessa forma, deve-se implementar ações visando sanar as causas das fragilidades e lacunas identificadas, de modo a tornar controles internos adequados e efetivos, para que seja possível identificar, evitar e corrigir falhas e irregularidades, mitigando os riscos inerentes aos processos relevantes para a consecução dos objetivos e das diretrizes estratégicas.

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90 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

5- Áreas especiais da gestão

5.1- Gestão ambiental e sustentabilidade O Quadro a seguir está organizado de forma a se obter um panorama geral sobre a adesão da unidade a práticas que convergem para a sustentabilidade ambiental, principalmente no que diz respeito a licitações sustentáveis. Este questionário deverá ser preenchido por unidades integrantes da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional e empresas estatais dependentes.

Tabela 31: Aspectos sobre a gestão ambiental e licitações sustentáveis

Quadro panorâmico sobre sustentabilidade ambiental da Embrapa Avaliação

SIM NÃO

1 Sua unidade participa da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P)? X

2 Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação a associações e cooperativas de catadores, conforme dispõe o Decreto nº 5.940/2006?

X

3 As contratações realizadas pela unidade jurisdicionada observam os parâmetros estabelecidos no Decreto nº 7.746/2012?

X

4 A unidade possui plano de gestão de logística sustentável (PLS) de que trata o art. 16 do Decreto 7.746/2012? Caso a resposta seja positiva, responda os itens 5 a 8.

X

5 A Comissão gestora do PLS foi constituída na forma do art. 6º da IN SLTI/MPOG 10, de 12 de novembro de 2012?

X

6 O PLS está formalizado na forma do art. 9° da IN SLTI/MPOG 10/2012, atendendo a todos os tópicos nele estabelecidos?

X

7 O PLS encontra-se publicado e disponível no site da unidade (art. 12 da IN SLTI/MPOG 10/2012)?

Caso positivo, indicar o endereço: https://www.embrapa.br/acessoainformacao/plano-de-gestao-logistica-sustentavel-da-embrapa-pls

X

8 Os resultados alcançados a partir da implementação das ações definidas no PLS são publicados semestralmente no sítio da unidade na Internet, apresentando as metas alcançadas e os resultados medidos pelos indicadores (art. 13 da IN SLTI/MPOG 10/2012)?

Caso positivo, indicar o endereço: https://www.embrapa.br/acessoainformacao/plano-de-gestao-logistica-sustentavel-da-embrapa-pls

X

Considerações gerais No que se refere a contratações, em 2017 a Embrapa continuou intensificando a utilização do Sistema de Registro de Preços (SRP), a exemplo dos exercícios anteriores, buscando melhorar ainda mais o planejamento das contratações, tanto para serviços, quanto para aquisições de bens, evitando assim o desperdício de recursos públicos e gastos desnecessários com gerenciamento de contratos e estoques, promovendo maior celeridade no processo com um todo, diminuindo o custo processual e operacional para atender as formalidades das contratações, com a diminuição de processos licitatórios e estímulo às compras corporativas. Além disso, a Embrapa tem buscado atender os normativos legais no que diz respeito a sustentabilidade nas contratações, envolvendo os aspectos social, ambiental e econômico, promovendo assim, não só as “licitações verdes”, mas também ações como a adoção nos editais sobre o tratamento diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte, a utilização da margem de preferência, buscando apoiar uma melhor distribuição de renda aos potenciais fornecedores, bem como a negociação de contratos já firmados pela Embrapa, objetivando reduzir as despesas e custos operacionais com a otimização dos serviços contratados, e que geram maior impacto financeiro à Empresa. Ao longo do exercício em comento, a Embrapa orientou equipes e esforços ao desenvolvimento do seu Regulamento Geral de Licitações e Contratos, nos termos previstos na Lei de Responsabilidade das Estatais (Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016 e Decreto nº 8.945, de 27 de dezembro de 2016) e no

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91 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Marco Legal de C&T (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 e Decreto nº 9.283, de 7 de fevereiro de 2018). O novo diploma será aprovado pelo Conselho de Administração da Embrapa no primeiro semestre de 2018. Vai assegurar os princípios legais, morais e éticos que devem orientar o relacionamento comercial entre Estado e sociedade, assim como, fortalecer a eficiência, eficácia e efetividade nos processos de aquisição de serviços e insumos e na constituição de ativos físicos. No ano de 2017, a Supervisão de Eficiência na Cadeia de Suprimentos implementou, por meio de uma Ação Gerencial Corporativa intitulada área “Plano de Gestão de Logística Sustentável: implantação e monitoramento”, conduziu o processo de elaboração de todos os PLS da Embrapa Sede e Unidades Descentralizadas, obtendo 96% de participação. Além disso, a CSA segue gerenciando as contas de energia, água e esgoto de todas as Unidades da Embrapa por meio do Sistema Esplanada Sustentável (SisPES). Também foi elaborado um plano de ação com metas e indicadores para acompanhamento e avaliação destes custos, buscando melhorias na qualidade dos gastos. Na área de Gestão Ambiental, foi elaborado um Relatório Gerencial do Cadastro Ambiental Rural (CAR), demonstrando o status atual das inscrições dos imóveis com atividade rural da Embrapa, como resultado de uma Ação Gerencial Corporativa desenvolvida pela CSA em 2016. Após análise de todas as inscrições, 94% continuam em processamento, enquanto que 6% já apresentaram pendências de natureza gráfica ou documental, as quais estão sendo sanadas pelas Unidades envolvidas. Ainda em 2017, teve prosseguimento o processo de acompanhamento das áreas inscritas, com possíveis retificações se necessário, e futuras adequações ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), com resolução de passivos ambientais, recuperação de áreas degradadas e compensação ambiental das áreas de reserva legal. Além disso, também foi iniciado acompanhamento do status ambiental de cada unidade da Embrapa (com o objetivo de acompanhar possíveis fragilidades) e, em atendimento à Lei nº 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Decreto nº 7.404/2010, a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) das Unidades da Embrapa. Foi criada uma Ação Gerencial Corporativa intitulada “Gestão Ambiental: alinhamento das Unidades da Embrapa à legislação ambiental vigente”, onde 44 Unidades (Sede e Descentralizadas) e um Escritório de Negócios foram convidados a participarem do processo. O processo teve adesão total de 96% das Unidades, com alguns documentos necessitando de pequenos ajustes, que serão implementados no ano seguinte. Este processo é contínuo, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade da Gestão Ambiental na Embrapa.

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92 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

6- Relacionamento com a sociedade

6.1- Canais de acesso do cidadão

Canais de acesso

Informações sobre o atendimento

Natureza da demanda 2017 2016 2015

Denúncias 67 57 59

Reclamações 65 83 103

Sugestões 27 25 30

Elogio 6 3 4

Solicitação 156 134 134

Acesso a Informação 369 235 346

Consultas (CEE*) 6 - -

Denúncias (CEE*) 18 - -

SAC 24.999 23.820 19.434

Figuras 34 e 35: Canais de acesso do cidadão

A Empresa possui os seguintes canais de acesso do cidadão: 1) Ouvidoria <https://www.embrapa.br/ouvidoria>; 2) Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) <https://www.embrapa.br/acessoainformacao/servico-de-informacao-ao-cidadao-sic>, 3) Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) <https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac/> 4) Comissão de Ética da Embrapa (CEE) <https://www.embrapa.br/codigo-de-etica>. O Histórico de atendimento e demais estatísticas da Ouvidoria/SIC, estão detalhados nos anexos e podem ser consultadas também nos seguintes endereços eletrônicos: <https://sistema.ouvidorias.gov.br/salaouvidorias/index.html> e <https://esic.cgu.gov.br/sistema/Relatorios/Anual/RelatorioAnualRecursos.aspx>. O detalhamento dos dados de atendimento do SAC e da Comissão de Ética, seguem anexos. Independente da forma de entrada (e-mail, telefone, pessoalmente, sítio web etc.) as manifestações são registradas nos sistemas e-SIC, e-OUV ou Ocomon (SAC). Além desses canais, a Empresa possui canais oficiais nas seguintes redes sociais: Facebook, YouTube, Twitter e Flickr. Cabe ainda destacar que a Embrapa disponibiliza as suas publicações técnicas na Internet, via repositórios Alice, Ainfo e Infoteca. Em 2017 os controles de acesso a tais publicações registraram um montante de 24,5 milhões de downloads das publicações produzidas pela Empresa, acessadas principalmente por agente públicos e privados de assistência técnica e extensão rural e por produtores rurais. Por outro lado, no tocante à produção técnico-científica, em 2017, foram produzidos 2700 artigos, o que coloca a Embrapa entre as 10 instituições de C&T mais produtivas do Brasil. Por outro lado, as citações de tais artigos pela comunidade científica, ou seja, o uso dos conhecimentos nelas contidos, os números também são relevantes, pois foram mais de 33 mil citações nos últimos cinco anos.

6.2- Carta de serviços ao cidadão A Carta de Serviços ao Cidadão está estruturada para atender os requisitos do § 2º do Art. 11 do Decreto 9.094/2017. Por meio de suas Unidades (Centrais e Descentralizadas), a Embrapa presta hoje cerca de 520 serviços à sociedade brasileira. Entendemos como serviço qualquer solução tecnológica não material, de rotina ou de P&D e TT, sob contrato ou condição de prestação continuada, ofertada seja para o público interno, para o mercado ou para sociedade em geral. Nossos serviços estão classificados em seis categorias: Análise ou levantamento; Consultoria; Mapeamento ou zoneamento; Monitoramento; Serviço Web; Treinamento ou capacitação. A análise qualitativa dos serviços é realizada sistematicamente somente para algumas das categorias. A Empresa, no contexto de sua reestruturação estuda a sistemática para avaliar como os principais serviços descritos na carta de

18.967

2.058

1.489

576233 169

16571

49

15 Portal

E-mail

Telefone

Presencial

Facebook

Carta

YouTube

CCWeb*

Twitter

Outros meios

SAC

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93 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

serviços ao cidadão contribuem para os objetivos estratégicos aos quais estejam relacionados. Por meio da Adesão à Plataforma de Cidadania Digital, a Empresa está promovendo a transformação digital de serviços priorizados, em parceria com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Tabela 32: Carta de serviços ao cidadão

Documento Endereço para acesso Periodicidade de atualização

Carta de serviços ao cidadão

https://www.embrapa.br/carta-de-servicos-ao-cidadao

Quando ocorrem alterações

6.3- Aferição do grau de satisfação dos cidadãos-usuários

6.3.1. Satisfação dos cidadãos-usuários ou clientes

Conforme preceitua o Art. 20 do Decreto 9.094/2017, os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal deverão utilizar ferramenta de pesquisa de satisfação dos usuários dos seus serviços, constante do Portal de Serviços do Governo federal, e do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal, e utilizar os dados como subsídio relevante para reorientar e ajustar a prestação dos serviços. Nesse contexto, a Embrapa, em parceria com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão elaborou um Plano de Integração à Plataforma de Cidadania Digital, o qual consta dos anexos. De igual modo, os Laboratórios credenciados da Empresa possuem mecanismos de medição de satisfação dos serviços que prestam à sociedade.

6.3.2. Avaliação dos impactos dos produtos e serviços para os beneficiários

A avaliação de impactos de inovações tecnológicas na Embrapa é multidimensional e um processo regular nos seus centros de pesquisa desde 2001. Anualmente, cada centro de pesquisa avalia os impactos econômicos, sociais, ambientais, do ponto de vista do avanço do conhecimento e político-institucionais de uma amostra das tecnologias geradas e já adotadas. Esta avaliação é, portanto, descentralizada, mas coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Institucional, que além de suporte metodológico, analisa todos os relatórios com resultados gerados e orienta os centros de pesquisa quando verifica a necessidades de ajustes futuros nos relatórios. O foco da avaliação é mensurar os impactos que a adoção das tecnologias da Embrapa proporciona à sociedade. As informações geradas por estas avaliações de impactos econômicos, sociais e ambientais, materializadas em relatórios, que depois de usados para compor o Balanço Social são disponibilizadas na internet, via portal da Embrapa. A tabela a seguir apresenta o resumo dos impactos gerados pela adoção de uma amostra de 113 tecnologias da Embrapa, em 2017, impactos descritos em mais detalhes no item 3.1.4.

Tabela 33: Impactos gerados pelas tecnologias da Embrapa em 2017

1. Impactos Econômicos Mais Produtividade R$ 9.947.820.004,87

Menor Custo R$ 22.055.498.500,60

Mais Valor R$ 1.300.866.284,55

Mais Produção em Novas Áreas R$ 330.637.710,65

Cultivares R$ 2.515.713.668,49

Total de Benefícios Econômicos R$ 36.150.536.169,16

2. Impactos Sociais

Empregos gerados 68.310

Índice de impacto social - média 1,97

3. Impacto Ambiental

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94 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Índice de impacto ambiental - média 1,09

Mais informações sobre todas as avaliações de impacto poderão ser visualizadas no site do Balanço Social da Embrapa http://bs.sede.embrapa.br. A metodologia usada para avaliar os impactos das tecnologias está disponível na página: http://www.bs.sede.embrapa.br/2017/metodologiareferenciaavalimpactoembrapa.pdf e segue os padrões internacionais utilizados por diversas instituições públicas de pesquisa e amplamente presentes na literatura sobre o tema, em especial aquela que trata da pesquisa agropecuária. A avaliação de impactos da Embrapa procura demostrar em números e resultados o compromisso da empresa em atender as necessidades da sociedade. Quando se relaciona os impactos econômicos gerados e os demais benefícios laborais e indicadores sociais com a receita operacional líquida no ano de 2017, a taxa de retorno é de 11,06. Ou seja, para cada real investido na Embrapa houve um retorno para a sociedade de R$ 11,06. Por outro lado, a taxa interna de retorno dos investimentos feitos na geração das tecnologias avaliadas no Balanço Social indica um valor médio de 36,1%. Ambos os resultados indicam que a Empresa tem dado retorno à sociedade brasileira.

6.4- Mecanismos de transparência sobre a atuação da unidade

Tabela 34: Acesso às informações da Embrapa

Outros documentos Endereço para acesso Periodicidade de atualização

Mapa estratégico https://www.embrapa.br/plano-diretor

Quando ocorrem alterações Planejamento estratégico

Macroprocessos finalísticos https://www.embrapa.br/projetos Quando ocorrem

alterações

Balanço Social http://bs.sede.embrapa.br/ Anual

Relatórios de evolução dos objetivos estratégicos

https://sistemas.sede.embrapa.br/integro Anual

Indicadores de desempenho utilizados na gestão

https://www.embrapa.br/embrapa-em-numeros Anual

Balanços financeiros e orçamentários

https://www.embrapa.br/acessoainformacao/ demonstracoes-contabeis

Anual

Relatórios de gestão https://www.embrapa.br/relatorio-de-gestao Anual

Relatórios de auditoria de gestão

http://auditoria.cgu.gov.br/public/relatorio/consultar.jsf?windowId=6a6

Anual

Estrutura organizacional https://www.embrapa.br/organograma

Quando ocorrem alterações

Organograma

Regimentos internos https://www.embrapa.br/acessoainformacao/regimentos

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95 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

7- Desempenho financeiro e informações contábeis

7.1- Desempenho financeiro do exercício

Figura 36: Receitas por ano

Tabela 35: Principais receitas

Principais receitas (em milhares de reais) 2016 2017 2018

Receita com Vendas e Serviços 25.781 23.970 -

Receitas Operacionais 3.139.438 3.340.884 3.420.584

Receitas Financeiras 23.825 17.462 -

Outras Receitas 26.004 16.812 23.467

Total 3.215.048 3.399.128 3.444.051 * Os valores informados no ano de 2018 referem-se àqueles aprovados pela LOA, publicada em 03 de janeiro de 2018. Portanto, são valores previstos (ainda não executados).

Receitas de Vendas e Serviços - são as receitas provenientes da atividade fim da Empresa, incluindo a receita de produção vegetal, animal e derivados, da indústria de extração mineral e de transformação, bem como a receita originada de prestação de serviços científicos, tecnológicos e agropecuários. Receitas Operacionais - neste grupo merecem destaque: a) Subvenção para Custeio recebido pela Embrapa decorrentes de transferências financeiras correspondentes ao orçamento anual; b) as receitas recebidas por meio de transferências de convênios; c) as doações de estoque e bens imóveis e móveis de uso permanente recebidas pela Empresa; Receitas Financeiras - nesse grupo são registrados: a) os rendimentos brutos auferidos sobre as aplicações financeiras; b) a variação cambial positiva incidente sobre valores financeiros em moeda estrangeira; c) os rendimentos decorrentes da remuneração dos depósitos efetuados por determinação judicial; d) Juros e Encargos de Mora recebido por atrasos de pagamentos. Outras Receitas- Referem-se às receitas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa, merecendo destaque, no exercício de 2017: a) receitas decorrentes da apuração de ganhos na alienação de bens móveis; b) os sub-repasses recebidos pelas unidades gestoras; c) as transferências recebidas para pagamento de Restos a Pagar; d) as transferências de bens recebidos entre unidades gestoras da Embrapa; e) as transferências de valores referentes a adiantamento de férias e depósitos judiciais entre unidades gestoras da Embrapa.

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96 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Figura 37: Despesas por ano

Tabela 36: Principais despesas

Principais despesas (em milhares de reais) 2016 2017 2018 Impostos s/Vendas e Serviços 3.380 3.891 -

Custo com Mercadoria Vendida 4.773 4.429 -

Despesas Operacionais 3.359.852 3.464.269 3.420.584

Despesas Financeiras 317.113 261.246 -

Outras Despesas 12.994 59.910 23.467

Total 3.698.112 3.793.745 3.444.051

* Os valores informados no ano de 2018 referem-se àqueles aprovados pela LOA, publicada em 03 de janeiro de 2018. Portanto, são valores previstos (ainda não executados).

Impostos s/Vendas e Serviços – são registrados os impostos que incidente sobre as vendas de Mercadores e Serviços (ISS, ICMS, PIS e COFINS); Custos com Mercadoria Vendida - são registradas as baixas de estoque referentes, basicamente, a vendas de mercadorias. Despesas Operacionais - registra, sobretudo, as despesas realizadas para a manutenção dos serviços da Embrapa, como, por exemplo, as despesas com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros, depreciação e amortização. As despesas com as atividades de pesquisa estão incluídas nesse grupo. Despesas Financeiras - nesse grupo são registrados: a) a variação cambial negativa incidente sobre valores financeiros em moeda estrangeira; b) a atualização do Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) pela taxa Selic; c) os valores pagos a título de multas e juros. Outras Despesas - referem-se às despesas não decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa, merecendo destaque: a) os sub-repasses concedidos para as unidades gestoras; b) as transferências concedidas para pagamento de Restos a Pagar; c) as transferências de bens concedidas entre unidades gestoras da Embrapa; d) as transferências de valores referentes à adiantamento de férias e depósitos judiciais entre unidades gestores da Embrapa; e) Provisão para riscos trabalhistas.

7.2- Tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio e avaliação e mensuração de ativos e passivos A avaliação e a mensuração dos elementos patrimoniais da Embrapa obedecem aos critérios estabelecidos nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público: NBC 16.10: a) as disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial; b) as aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado; c) os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original; d) as provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos; e) os estoques são mensurados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção. A avaliação das saídas dos estoques é o custo médio

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97 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

ponderado; f) as participações nas empresas estaduais, nas quais a Embrapa é titular de mais de 20% do capital votante, são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As demais, pelo custo de aquisição; g) o ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é mensurado ou avaliado com base no valor de aquisição, produção ou construção; h) a depreciação e amortização são calculadas por meio do método linear. Os percentuais aplicados estão em consonância às normas fiscais vigentes; e i) os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção.

7.3- Sistemática de apuração de custos no âmbito da unidade O processo de apropriação dos custos na Embrapa consiste na totalização de todos os custos, fixos, variáveis diretos e indiretos por Unidades da Embrapa e Centros de Custos. Os custos possuem 03 níveis de agregação: macroprogramas, projetos e planos de ação. Os macroprogramas possem vários projetos e cada projeto possui vários planos de ação. Os custos são apropriados no menor nível dessa estrutura: os planos de ação. Com isso, os custos de um projeto representam a soma dos custos dos seus planos de ação. O custo de um Macroprograma é o somatório dos custos dos projetos. O maior custo da empresa refere-se às despesas com pessoal. Os Custos diretos dos pesquisadores são alocados de acordo com a quantidade de planos de ação em que participam. Após calcular os custos, as informações são disponibilizadas no Sistema de Custos - SIC. As unidades acessam o sistema e emitem os relatórios previamente definidos. Desde a implantação do Sistema de Custos – SIC ocorrida em 2006, a sistemática de apuração dos custos tem passado por diversas alterações a fim de se adequar à realidade da Empresa. A partir de 2015, além de continuar com o seu próprio sistema, a Embrapa resolveu também utilizar o sistema de custos do Governo Federal. O SIC do Governo, que funciona no momento da liquidação da despesa no SIAFI, serve como fonte de informações para o SIC Embrapa. Porém, os dados não estão detalhados em nível de projetos de pesquisa, que são os objetos de custos da Embrapa. Essa fase é realizada no SIC Embrapa. Portanto, trabalha-se com os dois sistemas sendo que o SIC do governo é utilizado para complementar os dados do SIC Embrapa. Essa sistemática de apuração dos custos, no entanto, passará por uma nova alteração. É que a Empresa, visando aperfeiçoar a gestão orçamentária e financeira, adquiriu um novo software de gestão empresarial, mais conhecido como ERP, cuja implantação ocorrerá a partir de 2018. Com isso, o processo de apuração dos custos será revisto e integrado aos demais processos de gestão institucional da empresa.

7.4- Demonstrações contábeis exigidas pela Lei 6.404/1976 e notas explicativas As demonstrações contábeis da Embrapa são elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em consonância com os dispositivos da Lei das Sociedades por Ações – Lei nº 6.404/76, com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 11.638, de 28/12/2007 e 11.941, de 27/5/2009, incluindo Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Tabela 37: Notas explicativas

Demonstração contábil/notas explicativas

Endereço para acesso

Demonstração

https://www.embrapa.br/acessoainformacao/demonstracoes-contabeis

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98 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

8- Conformidade da gestão e demandas de órgãos de controle

8.1- Tratamento de deliberações do TCU

Tabela 38: Quadro da situação de atendimento das demandas do TCU

Deliberação Ofício nº 24/2017/AECl/MAPA – MAPA, de 13/12/2017.

Descrição sucinta do item: Trata de diligência dirigida ao Secretário-Executivo/MAPA, em face da deliberação do TCU, constante do Acórdão nº 244/2017-TCU/1ª Câmara (TC nº 017.950/2014-7), na qual foi julgado IRREGULAR o processo de TCE instaurado pela Embrapa contra a Fundação de Apoio a Recursos Genéticos e Biotecnologia Dalmo Catauli Giacometti, solicitando por meio do Oficio nº 366/2017-TCU/SECEXSAUDE, de 16/10/2017, providências para inscrição do CADIN, caso ainda não tenha sido efetivada.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa efetuou o registro da Fundação Dalmo Giacometti no CADIN e a notificou sobre a inclusão por meio da Carta n°02/2018-DAF/CAF, de 22/01/2018. Efetuou ainda a inclusão do CPF do responsável arrolado no CADIN e encaminhou a Carta n° 03/2018-DAF/CAF para notificação sobre a inclusão, entretanto, o endereço encaminhado não confere (mudou-se) e foi devolvido. A Embrapa está articulando meios legais para notificação do responsável para posterior resposta ao MAPA.

2. Deliberação Ofício de Requisição 25-462/2016, de 16/1/2017 (Processo TC 029.130/2016-6).

Descrição sucinta do item: Informa que o TCU, com base na Portaria de Fiscalização nº 1.368/2016, está realizando auditoria financeira no Balanço Geral da União, cujo objetivo é verificar se o BGU de 2016 reflete, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial em 31/12/2016, e os resultados patrimonial, financeiro e orçamentário da União, de acordo com a Lei nº 4.320/64, a Lei de Responsabilidade Fiscal e demais normas contábeis. Solicita à Embrapa, que apresente à equipe de auditoria até 1/2/2017, a composição e documentos comprobatórios dos valores registrados a título de Capital Social Subscrito da entidade, em 31 de dezembro de 2016, incluindo certidão simplificada emitida pela junta comercial competente.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa encaminhou ao TCU a documentação solicitada, por meio da Carta nº 14/2017-GPR, de 31/1/2017.

3. Deliberação: Ofício de Requisição 10-452/2016-TCU/SecexAmbiental, de 8/2/2017 (Processo TC 028.938/2016-0).

Descrição sucinta do item: Informa que o TCU está realizando auditoria operacional com o objetivo de avaliar a preparação do governo federal brasileiro para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil. Solicita que a Embrapa encaminhe ao TCU as respostas aos questionamentos e os documentos/esclarecimentos, requeridos neste ofício até o dia 14/2/2017, preferencialmente em meio eletrônico.

Providências adotadas/Ações implementadas: A demanda foi atendida em 14/2/2017, pela Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa - SIM, Ofício nº 1/2017-SIM, de 14/2/2017, sendo o mesmo encaminhado ao TCU, por meio eletrônico e correio.

4. Deliberação: Ofício de Requisição 81-462/2016, de 13/3/2017 (Processo TC 029.130/2016-6).

Informa que o TCU, com base na Portaria de Fiscalização nº 1.368/2016, está realizando auditoria financeira no Balanço Geral da União, cujo objetivo é verificar se as demonstrações financeiras refletem, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial em 31/12/2016, e os resultados patrimonial, financeiro e orçamentário da União, de acordo com a Lei nº 4.320/64, a Lei de Responsabilidade Fiscal e demais normas contábeis. Informa ainda que foi constatado relevantes saldos registrados nas contas contábeis “1.1.3.1.1.01.01 – 13º Salário – Adiantamento” e “1.1.3.1.1.01.02 – 1/3 Férias – Adiantamento” na referida data e nas UGs Executoras sob responsabilidade da Embrapa. Solicita a Embrapa, que apresente à equipe de auditoria, até o dia 27/3/2017, o inventário das aludidas contas, acompanhado de descrição e documentação comprobatória dos valores que compõem os saldos registrados em 31/12/2016.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa encaminhou ao TCU as informações solicitadas, por meio da Carta nº 30/2017-PR, de 22/3/2017.

5. Deliberação Ofício 0232/2017-TCU/Sefit, de 31/5/2017. Comunica a prolação do Acórdão 882/2017-TCU-Plenário, Processo TC 008.127/2016-6

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99 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Descrição sucinta do item: Trata de Levantamento de Governança de Tecnologia da Informação (TI) com objetivo de acompanhar a situação atual e a evolução da governança de TI na Administração Pública Federal – Ciclo 2016. Foi determinado, mediante o item 9.3 do Acórdão 882/2017-TCU-Plenário que a Embrapa se manifeste sobre a classificação da informação das respostas oferecidas ao questionário de governança de TI de 2016, no prazo de 15 dias, a contar do recebimento da presente comunicação.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa se manifestou por meio da Carta nº 124/2017-GPR, de 27/6/2017 e em complementação encaminhou a Carta nº 136/2017-GPR, de 12/7/2017.

6. Deliberação Ofício 0186/2017-TCU/SecexAmbiental, de 20/6/2017. Comunica do Acórdão 1198/2017-TCU-Plenário, processo TC 016.633/2016-4

Descrição sucinta do item: Trata de Acórdãos 450/2014-TCU-Plenário e 20/2015-TCU-Plenário (Auditoria Operacional no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e no Zoneamento Agrícola de Risco Climático – ZARC), ref. TC 015.738/2013-2 e TC 022.254/2014-5, respectivamente. O referido acórdão considera atendidas as determinações constantes nos itens 9.1.1, 9.1.3, 9.3.1, 9.3.2, 9.3.4 e 0.4 do Acórdão 450/2014-TCU-Plenário e em cumprimento os itens 9.1.2, 9.2.1, 9.2.2, 9.2.4, 9.3.3, 9.5, 9.6.1, 9.6.2, 9.71 e 9.7.2 da mesma decisão, autorizando, em consequência, a SecexAmbiental a autuar, oportunamente, novo monitoramento dos itens pendentes de atendimento e determina o encerramento dos presentes autos, mediante o apensamento definitivo ao TC-015.738/2013-2, de acordo com os pareceres emitidos.

Providências adotadas/Ações implementadas: Encaminhado à área responsável para encerramento e arquivo.

7. Deliberação Ofício 0320/2017-TCU/SecexAdministração, de 14/7/2017. Comunica que o TCU iniciou levantamento (TC 017.245/2017-6)

Descrição sucinta do item: Comunica que o TCU iniciou levantamento (TC 017.245/2017-6), para coletar dados sobre governança e gestão das organizações públicas federais. O trabalho será realizado por meio de questionário eletrônico que deve ser respondido, impreterivelmente, até 18/8/2017. Solicita a designação de empregado como interlocutor da organização, a ser feita no próprio questionário eletrônico, no prazo de cinco dias a partir da ciência deste ofício.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa designou interlocutor da SGI, bem como encaminhou o questionário eletrônico respondido em 15/9/2017.

8. Deliberação Ofício 0300/2017-TCU/SecexAmbiental, de 18/9/2017.

Descrição sucinta do item: Comunica, para conhecimento, cópia do Acórdão 1968/2017–TCU-Plenário, processo TC 028.938/2016-0, que trata de Auditoria na preparação do Governo Federal para a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O referido Acórdão dá conhecimento deste, bem como do voto e relatório que o fundamentam.

Providências adotadas/Ações implementadas: Encaminhado à área responsável para apreciação e acompanhamento e arquivo.

9. Deliberação Ofício 4931/2017-TCU/Sefip, de 26/9/2017.

Descrição sucinta do item Comunica a Assessoria de Auditoria Interna da Embrapa que o referido Tribunal está realizando trabalho de fiscalização do tipo Acompanhamento (Registro Fiscalis nº 217/2017), que tem por objetivo apurar indícios de irregularidades identificados a partir de críticas executadas de forma contínua nas folhas de pagamento das Unidades Jurisdicionadas, bem como de acompanhar as providências adotadas.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa, por meio do DGP, respondeu em 20/10/2017, aos indícios de irregularidades afetos a Coordenação de Remuneração de Pessoal (CRP), em sistema próprio do TCU, conforme solicitado.

10. Deliberação Ofício 0896/2017-TCU/SECEX-RS, de 28/9/2017. Notifica a Embrapa do Acórdão 1953/2017-TCU-Plenário, por meio do qual o Tribunal apreciou o processo TC 012.914/2017-7

Descrição sucinta do item: trata de acompanhamento tendo como objetivo as transferências voluntárias operacionalizadas por intermédio do Siconv, para conhecimento e adoção das medidas previstas nos seus subitens 9.1.1 e 9.1.2, relativamente às Transferências Voluntárias identificadas, que conforme dados do Siconv, estão com a vigência expirada e não tiveram nenhum desembolso, levando a crer que deveriam estar na situação extinta ou anulada.

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100 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa, por meio da Secretaria Geral/Gestão de Contratos e Convênios – SGE/CCON encaminhou a Carta nº 48/2018-SGE/CCON, de 7/2/2018, informando as providências já adotadas e solicitando prorrogação de prazo por mais 60 (sessenta) dias, a contar desta data, para concluir a pendência, no que diz respeito à baixa dos convênios no SICONV.

11. Deliberação Ofício 1624/2017-TCU/Selog, de 29/9/2017. Em atenção ao Despacho do Relator proferido no processo TC 023.950/2017-0

Descrição sucinta do item: que trata de representação de licitante, com pedido de medida cautelar, inaudita altera parte, a respeito de alegadas irregularidades que teriam ocorrido no pregão eletrônico 20/2016, promovido pela Embrapa, destinado a contratação de empresa especializada para fornecimento, em caráter definitivo, de licenças de direito de uso de software de uma solução integrada de gestão – solução ERP (Enterprise Resource Planning) e serviços para implantação, manutenção e evolução da solução, promove a oitiva da Embrapa para que, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, se pronuncie quanto diversos pontos relacionados ao Pregão Eletrônico 20/2016, sem prejuízo de designação formal de interlocutor que conheça da matéria para dirimir eventuais dúvidas.

Providências adotadas/Ações implementadas: Por meio da Carta nº 241/2017-GPR/CHEFIA, de 11/10/2017, a Empresa encaminhou Nota Técnica, bem como indicou interlocutor para esclarecimentos adicionais, se necessário.

12. Deliberação Ofício 0958/2017-TCU/SECEX-RS, de 29/9/2017. Encaminha, para conhecimento, cópia do Acórdão 9029/2017–TCU-Primeira Câmara, por meio do qual o Tribunal apreciou o processo de Representação, TC 025.719/2017-3

Descrição sucinta do item: Trata de supostas irregularidades no pregão 56/2016, destinado à contratação de empresa prestadora de serviços de vigilância eletrônica para a Embrapa Pecuária Sul. O referido Acórdão propõe o não conhecimento da documentação presente como representação por não atender os requisitos de admissibilidade, bem com determina liminarmente, o arquivamento do processo.

Providências adotadas/Ações implementadas: Encaminhado à área responsável para encerramento e arquivo.

13. Deliberação Ofício 10-421/2017-TCU/SecexAmbiental, de 19/10/2017.

Descrição sucinta do item: Informa que o TCU está realizando auditoria operacional com vistas a avaliar a preparação do governo federal brasileiro para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil, em conjunto com outras Entidades de Fiscalização Superior (EFS) da América Latina e do Caribe, que estão realizando trabalho semelhante nos governos dos respectivos países. A auditoria aborda as estruturas de governança do Centro de Governo com vistas a permitir a implementação da Agenda 2030 no país, as questões de governança relacionadas à implementação da meta 4 do ODS 2 (sistemas sustentáveis de produção de alimentos) e, mais especificamente, as desonerações tributárias referentes às operações que envolvam agrotóxicos e afins. Solicita a Embrapa informações sobre os aspectos de governança: monitoramento integrado (monitoramento e avaliação) e transparência e participação (mecanismos de participação social), a ser encaminhado por meio eletrônico, até dia 27/10/2017.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa encaminhou resposta por meio eletrônico e por meio da Carta nº 252/2017-GPR/CHEFIA, em 27/10/2017.

14. Deliberação Ofício 0988/2017-TCU/SecexPrevidência, de 24/10/2017. Com vistas ao saneamento do processo TC 028.207/2017-3

Descrição sucinta do item: Representação que trata de Decisão Plenária, na sessão de 19/7/2017, foi determinado que fossem realizadas diligências dirigidas aos fundos de pensão com patrocínio federal, com o objetivo de obter informações a respeito do cumprimento da paridade contributiva, como determina a EC 20/98, a partir de 2001. Solicita que a Embrapa, no prazo de 15 dias, a contar do recebimento da comunicação, encaminhe a Secretaria os documentos solicitados.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa encaminhou os documentos solicitados por meio da Carta nº 267/2017-GPR, de 17/11/2017.

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101 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

8.2- Tratamento de recomendações do Órgão de Controle Interno

Tabela 39: Quadro da situação de atendimento das demandas do CGU

1. Deliberação: Solicitação de Auditoria nº 201603416/001, de 8/3/2017 (Processo nº 00190.102183/2017-63)

Descrição sucinta do item: Solicita informações e cópia de documentação com vistas a subsidiar os trabalhos de auditoria em consonância ao disposto no artigo 26 da Lei n° 10.180/2001.

Providências adotadas/Ações implementadas: Atendido por meio da Carta nº 13/2017-AUD/CPA, de 13/3/2017, onde a Assessoria de Auditoria Interna (AUD), da Embrapa encaminha as informações e documentação solicitadas.

2. Deliberação: Ofício nº 5351/2017/CGAGR/DE/SFC-CGU, de 30/3/2017 (Processo nº 00190.102183/2017-63)

Descrição sucinta do item: Encaminha o Relatório preliminar nº 201603416, referente à avaliação da CGU sobre a execução do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT) da Embrapa, exercício 2016, para eventuais considerações até o dia 3/4/2017.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa, por meio da Carta nº 15/2017-AUD/CPA, de 31/3/2017, apresentou considerações a CGU.

3. Deliberação: Ofício nº 5525/2017/CGAGR/DE/SFC-CGU, de 30/3/2017 (Processo nº 00190.102183/2017-63)

15. Deliberação Ofício 0377/2017-TCU/SecexAmbiental, de 21/11/2017. Encaminha cópia do Acórdão 9621/2017–TCU-2ª Câmara, processo TC 033.102/2016-3 (Prestação de Contas Ordinária da Embrapa – Exercício: 2015)

Descrição sucinta do item: Julga regulares as contas do Srs. Maurício Antônio Lopes, CPF nº ***.340.486-**; Tatiana Lipovetskaia Palermo, CPF ***.553.608-***; Marcelo de Lima e Souza, CPF ***.400.321-**; Andre Meloni Nassar, CPF ***..862.858-**; Luis Carlos Guedes Pinto, CPF ***..056.918-**; Maria Lucia de Oliveira Falcon, CPF ***.763.105-**; Francisco Erismá Oliveira Albuquerque, CPF ***.625.721-**; Ladislau Martin Neto, CPF ***.598.808-**; Vânia Beatriz Rodrigues Castiglioni, CPF ***.536.107-**; Waldyr Stumpf Junior, CPF ***.688.930-**, dando-lhes quitação plena, conforme proposta da unidade técnica, ratificada pelo representante do Ministério Público junto ao TCU.

Providências adotadas/Ações implementadas: Encaminhado à área responsável para encerramento e arquivo.

16. Deliberação Ofício 1175/2017-TCU/SECEX-RS, de 30/11/2017. Notifica a Embrapa do Acórdão 2598//2017-TCU-Plenário, por meio do qual o Tribunal apreciou o processo de Relatório de Acompanhamento, TC 013.365/2017-7

Descrição sucinta do item: Trata das transferências voluntárias operacionalizadas por intermédio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), para conhecimento e adoção da medida prevista no item 9.3. O referido item determina a Embrapa que, no prazo de 60 dias (5/2/2018) a contar da notificação (7/12/2017), esgote as medidas administrativas a seu cargo a fim de se manifestar sobre a prestação de contas do Convênio 702003, firmado com a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), e se for o caso, instaurar a devida tomada de contas especial.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Embrapa encaminhou em resposta ao item 9.3, por meio das Cartas nº 49/2018-SGE/CCON, de 09/02/2018 e n° 11/2018-AUD/CPA, de 15/02/2018, as justificativas e medidas adotadas.

17. Deliberação Ofício 2070/2017-TCU/Selog, de 8/12/2017. Acórdão 11211/2017-TCU-Primeira Câmara -TC 023.950/2017-0

Descrição sucinta do item: O Tribunal apreciou o processo de Representação TC 023.950/2017-0A respeito de alegadas irregularidades que teriam ocorrido no pregão eletrônico 20/2016, promovido pela Embrapa. O referido Acórdão considera improcedente a representação, indeferindo o pedido de concessão de medida

cautelar formulado pelo representante, encerrando o processo e determina o arquivamento dos autos.

Providências adotadas/Ações implementadas: Encaminhado à área responsável para encerramento e arquivo.

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102 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Descrição sucinta do item: Encaminha o Relatório nº 201603416, referente ao trabalho da CGU de avaliação da atuação da Auditoria Interna no exercício de 2016. Ressalta a importância de que as principais conclusões do trabalho da CGU, em complemento aos resultados da execução do PAINT da AUD/Embrapa, sejam apresentadas ao Conselho de Administração da Empresa.

Providências adotadas/Ações implementadas: A Auditoria da Embrapa, por meio do Memorando nº 223/2017-AUD, de 6/4/2017, encaminhou ao Presidente do Conselho de Administração da Embrapa o referido relatório, conforme estabelecido pela CGU. O assunto foi tratado na 151ª Reunião do Consad.

8.2.1. Parecer da Unidade de Auditoria Interna

Responsável pela informação: Assessoria de Auditoria, Ernane Rocha da Silva, A Assessoria de Auditoria Interna (AUD) da Embrapa tem por finalidade o assessoramento à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração (Consad) na verificação da aderência da aplicação dos dispositivos legais e na execução dos procedimentos internos administrativos e de controle, tendo como atribuições, dentre outras, examinar e emitir pareceres sobre o balanço patrimonial e demonstrações financeiras, sobre a prestação de contas anual da Empresa, conforme a alínea “e” do Anexo à Deliberação nº 5/2015, o Anexo da Instrução Normativa CGU nº 3/2017 e o § 6º, art. 15 do Decreto 3.591/2000. Em decorrência das atribuições da AUD e considerando o disposto no inciso III, art. 13, da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, elaboramos o referido parecer, estruturado por meio dos tópicos que se seguem, como peça do processo de contas da Embrapa. Com base nas questões tratadas no parecer detalhado no Anexo 9.2, e nos trabalhos de auditoria realizados no exercício de 2017, somos favoráveis à aprovação da Prestação de Contas da Embrapa, ressalvando as questões descritas neste Parecer, especialmente no que tange às constatações graves pendentes, ao estoque de constatações pendentes de regularização e à ausência das políticas de integridade e de riscos, cuja efetiva implementação irá aumentar a capacidade de prevenção, detecção e remediação das irregularidades que venham ocorrer na Empresa. Não obstante, destacamos que as impropriedades detectadas demonstram necessidades de melhorias nos “Controles Internos Administrativos” da Embrapa com relação, principalmente, aos componentes: Avaliação de Risco, Integridade, Atividades de Controle e Monitoramento. Dessa forma, deve-se implementar ações visando sanar as causas das fragilidades e lacunas identificadas, de modo a tornar controles internos adequados e efetivos, para que seja possível identificar, evitar e corrigir falhas e irregularidades, mitigando os riscos inerentes aos processos relevantes para a consecução dos objetivos e das diretrizes estratégicas.

8.3- Demonstração da conformidade do cronograma de pagamentos de obrigações com o disposto no art. 5º da Lei 8.666/1993 A Embrapa mantém cronograma de pagamento das obrigações conforme preconiza a legislação vigente, assim como prioriza as microempresas e empresas de pequeno porte, na forma da lei, nas contratações. Em situações de restrição de recursos financeiros são priorizadas as demandas sensíveis para a Empresa, tais como: pagamento de prestadores de serviços que tenham mão de obra envolvida diretamente na prestação; das Micro e empreendedor individual; bem como os processos que, caso não atendidos, criarão situações de possível prejuízos ao erário, como também pagamentos proporcional ao percentual de recursos recebidos para os demais fornecedores. Os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, são efetuados, salvo em períodos de restrição de recursos, conforme prazo estipulado pelo art. 5º, §3º da Lei 8.666/93, ou seja, no prazo de cinco dias úteis.

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103 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

9- Anexos e Apêndices

9.1- Quadros, tabelas e figuras complementares

9.1.1. Anexo das contribuições dos Centros de Pesquisa aos Objetivos Estratégicos do VI PDE

Tabela 40: Lista dos Objetivos Estratégicos do VI PDE

OE01 Aproveitamento sustentável dos Recursos Naturais

OE02 Desenvolver Conhecimentos e Tecnologias Face às Mudanças Climáticas

OE03 Novas Ciências: Biotecnologia, Nanotecnologia e Geotecnologia

OE04 Automação, agricultura de precisão e tecnologias da informação e da comunicação

OE05 Segurança Zoofitosanitária das Cadeias Produtivas

OE06 Desenvolver sistemas de produção inovadores

OE07 Segurança dos Alimentos, Nutrição e Saúde

OE08 Tecnologia Agroindustrial, da Biomassa e Química Verde

OE09 Mercado, Políticas e Desenvolvimento Rural

OE10 Agricultura Familiar, Produção Orgânica e Agroecológica

OE11 Inovações gerenciais nas cadeias produtivas

OE12 Comunicação rural-urbana

Objetivos Estratégicos

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104 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 41: Contribuições dos Centros de Pesquisa aos Objetivos Estratégicos do VI PDE

Total

OE1 OE2 OE3 OE4 OE5 OE6 OE7 OE8 OE9 OE10 OE11 OE12 Centro

Embrapa Acre 0,4 0,0 1,5 1,4 0,3 0,7 1,3 0,0 2,4 0,0 0,0 0,0 8,0

Embrapa Agrobiologia 1,4 0,7 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,5

Embrapa Agroenergia 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,5 0,0 0,0 0,0 0,0 9,8

Embrapa Agroindústria de Alimentos 0,5 0,0 2,0 0,0 1,6 0,4 31,4 0,0 0,0 2,3 0,0 0,0 38,2

Embrapa Agroindústria Tropical 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 1,3 2,1 0,0 0,6 0,0 0,0 4,4

Embrapa Agropecuária Oeste 2,4 1,5 0,0 0,0 4,9 9,3 0,0 0,0 0,0 12,6 0,0 0,0 30,8

Embrapa Agrossilvipastoril 2,0 6,7 1,2 3,6 6,0 4,5 0,4 15,8 0,0 0,0 79,7 7,1 127,2

Embrapa Algodão 2,6 0,0 0,7 0,4 0,0 2,5 0,0 0,0 12,9 1,1 0,0 0,0 20,3

Embrapa Amapá 1,4 0,0 0,0 0,0 3,0 0,3 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 5,9

Embrapa Amazônia Ocidental 1,8 0,4 0,2 0,0 2,2 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 6,6

Embrapa Amazônia Oriental 15,2 6,0 1,0 0,0 1,1 3,7 3,1 0,0 1,2 25,3 0,0 0,0 56,5

Embrapa Arroz e Feijão 0,8 4,9 1,0 1,1 3,0 1,2 0,9 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 13,5

Embrapa Café 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5

Embrapa Caprinos e Ovinos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3

Embrapa Cerrados 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5

Embrapa Clima Temperado 5,1 0,4 0,0 0,7 3,6 2,1 13,9 9,5 1,2 19,0 0,0 0,0 55,3

Embrapa Cocais 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,4 0,0 2,4 1,1 0,0 0,0 5,3

Embrapa Florestas 9,3 9,0 13,0 0,0 7,4 6,1 5,8 41,1 0,0 1,1 0,0 3,6 96,3

Embrapa Gado de Corte 0,1 0,0 2,4 2,2 6,0 1,4 0,0 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 18,0

Embrapa Gado de Leite 1,8 1,1 0,2 1,8 1,9 1,7 1,3 3,2 1,2 1,7 0,0 12,5 28,4

Embrapa Gestão Territorial 1,6 2,2 7,1 0,7 0,5 0,2 0,0 0,0 0,0 4,6 0,0 16,1 33,0

Embrapa Hortaliças 7,3 0,0 0,0 0,0 2,5 2,8 2,2 0,0 0,0 1,7 0,0 0,0 16,5

Embrapa Informática Agropecuária 2,9 10,9 13,9 43,8 2,7 3,3 0,0 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 83,4

Embrapa Instrumentação 0,0 4,5 16,4 27,2 0,3 0,1 16,6 4,2 7,1 1,1 0,0 0,0 77,4

Embrapa Mandioca e Fruticultura 0,0 1,9 5,1 0,0 2,5 0,8 0,9 0,0 0,0 0,6 1,4 0,0 13,2

Embrapa Meio-Norte 1,1 1,5 0,0 0,0 1,1 4,2 2,2 1,1 1,2 2,9 8,7 1,8 25,7

Embrapa Milho e Sorgo 2,0 3,0 3,7 0,0 4,6 2,9 2,7 12,6 0,0 1,7 0,0 0,0 33,3

Embrapa Monitoramento por Satélite 0,6 3,0 0,0 4,0 1,4 0,4 2,2 0,0 0,0 0,6 1,4 0,0 13,7

Embrapa Pantanal 3,0 0,7 0,0 0,0 1,4 0,7 0,4 0,0 1,2 3,4 0,0 0,0 10,9

Embrapa Pecuária Sudeste 1,5 1,9 2,4 4,0 3,3 4,7 1,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 19,1

Embrapa Pecuária Sul 2,6 0,7 1,7 0,7 0,3 1,2 1,8 0,0 3,5 3,4 0,0 0,0 16,0

Embrapa Pesca e Aquicultura 1,1 0,4 0,0 0,0 1,6 2,3 2,7 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 14,0

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 5,3 1,9 4,6 0,0 8,7 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,8

Embrapa Rondônia 0,1 0,0 0,0 0,7 0,3 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4

Embrapa Roraima 0,6 0,0 0,5 0,0 8,2 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,3

Embrapa Semiarido 7,5 4,5 2,4 0,0 2,5 16,3 0,0 0,0 0,0 4,6 0,0 0,0 37,7

Embrapa Soja 2,2 19,5 9,8 0,4 7,9 0,5 0,9 0,0 5,9 0,0 0,0 51,8 98,8

Embrapa Solos 7,9 8,6 1,7 2,9 0,0 3,9 0,4 0,0 12,9 0,0 5,8 0,0 44,2

Embrapa Suínos e Aves 0,6 0,0 5,4 0,0 2,7 1,2 1,3 0,0 10,6 2,3 0,0 0,0 24,1

Embrapa Tabuleiros Costeiros 4,4 0,0 0,0 0,0 1,4 4,5 0,0 1,1 4,7 4,6 0,0 0,0 20,6

Embrapa Trigo 0,7 0,0 0,7 0,4 1,4 8,3 3,1 0,0 11,8 0,0 0,0 0,0 26,4

Embrapa Uva e Vinho 0,9 0,0 0,2 0,0 3,8 1,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,1 13,9

Total da Contribuição 100,0 96,3 100,0 96,0 100,0 100,0 99,1 100,0 97,6 98,3 98,6 100,0 -

Centros de PesquisaPercentual de Contribuição/Resultados por Centro a cada Objetivo Estratégico

Page 105: Relatório de Gestão Exercício

105 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

9.1.2. Anexo da Gestão administrativa, financeira e de infraestrutura

Tabela 42: Valores totais liquidados, por exercício, em despesas de custeio administrativo (valores em reais)

Cod1

Grupo Cod2 item 2015 2016 2017

2 Material de Consumo 1 Combustíveis e Lubrificantes 8.521.792 8.716.523 6.896.210

1 Serviços de Apoio 2 Contratação Temporária - - -

3 Comunicação e Processamento de Dados

3 Despesas de Teleprocessamento 2.681.845 2.379.949 1.486.264

4 Locação e Conservação de Bens Imóveis

4 Locação de Imóveis 1.124.692 766.915 557.143

6 Locação e Conservação de Bens Móveis

5 Locação de Máquinas e Equipamentos

633.225 916.244 204.935

4 Locação e Conservação de Bens Imóveis

6 Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

1.706.449 1.870.600 1.191.975

6 Locação e Conservação de Bens Móveis

7 Manutenção e Conservação de Equipamentos

7.785.094 7.077.485 5.062.394

1 Serviços de Apoio 8 Locações de Mão-de-Obra e Terceirização

127.910 206.871 141.599

8 Outros Serviços 9 Serviços Bancários 17.067 3.399 -

5 Energia Elétrica e Água 10 Serviços de Água e Esgoto 2.292.678 2.795.803 1.970.821

3 Comunicação e Processamento de Dados

11 Serviços de Comunicação em Geral 2.824.649 2.694.864 1.545.571

8 Outros Serviços 12 Serviços de Cópias e Reproduções de Documentos

763.080 780.454 368.363

5 Energia Elétrica e Água 13 Serviços de Energia Elétrica 26.690.352 26.752.939 21.691.053

1 Serviços de Apoio 14 Serviços de Limpeza e Conservação 24.507.695 26.676.155 21.430.159

3 Comunicação e Processamento de Dados

15 Serviços de Processamento de Dados

2.349.593 1.603.780 832.822

3 Comunicação e Processamento de Dados

16 Serviços de Telecomunicações 2.950.722 2.736.760 1.718.696

1 Serviços de Apoio 17 Vigilância Ostensiva 36.797.372 39.969.335 35.041.575

8 Outros Serviços 18 Serviços de Consultoria 3.015.906 1.038.104 305.767

1 Serviços de Apoio 19 Apoio Administrativo, Técnico e Operacional

18.004.021 14.572.367 10.192.111

2 Material de Consumo 20 Material de Consumo 10.356.972 10.426.138 6.425.800

6 Locação e Conservação de Bens Móveis

21 Locação de Veículos 1.988.744 1.760.847 1.064.872

7 Diárias e Passagens 22 Diárias 9.993.267 8.829.614 7.027.123

7 Diárias e Passagens 23 Passagens e Despesas com Locomoção

2.900.034 3.568.296 2.804.643

Total das Despesas de Custeio Administrativo 168.033.160 166.143.442 127.959.897

Fonte: Tesouro Gerencial (extração de dados feita em 16/2/2018)

Page 106: Relatório de Gestão Exercício

106 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

9.2- Anexo do Parecer da Auditoria Interna A Assessoria de Auditoria Interna (AUD) da Embrapa tem por finalidade o assessoramento à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração (Consad) na verificação da aderência da aplicação dos dispositivos legais e na execução dos procedimentos internos administrativos e de controle, tendo como atribuições, dentre outras, examinar e emitir pareceres sobre o balanço patrimonial e demonstrações financeiras, sobre a prestação de contas anual da Empresa, conforme a alínea “e” do Anexo à Deliberação nº 5/2015, o Anexo da Instrução Normativa CGU nº 3/2017 e o § 6º, art. 15 do Decreto 3.591/2000. Em decorrência das atribuições da AUD e considerando o disposto no inciso III, art. 13, da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, elaboramos o referido parecer, estruturado por meio dos tópicos que se seguem, como peça do processo de contas da Embrapa. 9.2.1. Resultados detalhados dos Trabalhos de Auditoria Para o ano de 2017 foram planejadas 30 auditorias de conformidade, duas especiais (envolvendo a Caixa de Assistência dos Empregados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Casembrapa e a Ceres – Fundação de Seguridade Social), e uma compartilhada com a CGU, relacionada às ações da Embrapa no Plano Setorial Nacional de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura - Plano ABC, sendo cumprida a programação. Cabe ressaltar que foram realizados trabalhos não previstos no Planejamento Anual, tendo em vista, a adequação da programação para contemplar uma auditoria no Departamento de Administração Financeira - Balanço Dezembro/2017 (em atendimento a Resolução Normativa n° 20/CGPAR-MPO, de 17/04/2017) e uma auditoria específica sobre a execução da Plataforma MarketPlace por solicitação da alta gestão, conforme Tabela 1.

Tabela 43: Trabalhos programados e executados no Exercício 2017

Tipo de auditoria Quantitativo

Programado Realizado

Auditoria de conformidade 30 31

Auditoria especial 2 3

Auditoria operacional 1 1

Total 33 35

Esses trabalhos foram realizados nas Unidades Centrais e Descentralizadas da Embrapa, nas Instituições Conveniadas, na Casembrapa e na Ceres, sendo essas duas últimas instituições responsáveis pela administração do Plano de Saúde dos Empregados da Embrapa e dos Planos de Previdência Complementar, respectivamente. Na Tabela 27 apresentamos uma síntese das constatações classificadas como graves decorrentes dos resultados das auditorias de conformidade e especiais, realizadas no ano de 2017. Não obstante, cabe destacar as constatações classificadas como médias e formais também subsidiaram a elaboração desse parecer.

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107 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Tabela 44: Constatações graves pendentes de solução

Constatações Graves

RA Nº (*) Descrição resumida

3 16

Analisamos a Dispensa de Licitação nº 102/2016 e processo n° 175/2016, instruído em 20/12/2016, vigente por 90 dias e tendo como instrumento contratual a OCS n° 488/2016, e verificamos: a) Contratação de empresa por meio da Dispensa de Licitação em desacordo

com o disposto no inciso IV do art. 57 da Lei n° 8.666/1993. b) Contratação de prestação de serviços que ensejam obrigações futuras tendo

como instrumento jurídico uma ordem de compras e serviços. c) Atos de abertura do processo e de autorização de Dispensa de Licitação em

desacordo com a RN nº 24/2013. d) Ausência da nota de empenho e das respectivas ordens de pagamento.

37 Pagamento indevido do adicional de insalubridade, desde o mês de abril/2014.

10 2.3.7.3 Ausência de concessão do descanso semanal a empregados da Unidade.

11

2.2.2.2.3 Existência de bens patrimoniais cedidos pela Unidade sem os instrumentos jurídicos hábeis.

2.2.3.3 Bens patrimoniais não localizados quando da realização do Inventário 2016. (Ponto reincidente – NC. 16 do RA 24/2015)

2.2.5.2 Sondas de nêutrons radioativas sem utilização e guardadas em local impróprio.

2.3.20.2 Recebimento indevido de titularidade sem diploma, haja vista a não revalidação por instituição pública de ensino brasileira.

2.3.24.1 Compressores em uso na Unidade sem realização de inspeção periódica, e sem o livro de inspeção. (Ponto reincidente - NC 27 do RA 24/2015)

12

2.3.1.2 Retiradas de recursos financeiros (R$ 219.584,87) a título de despesas operacionais na proporção de 10% pela Funarbe.

2.3.1.3 Reembolso de despesas com passagem aérea para viagem internacional e inscrição em congresso para filha de empregada da Embrapa.

2.3.2.2 Contratação de empregados pela Fundação para atuarem no âmbito da Embrapa.

13 2.4.1.3.2 Falta de comprovação do cumprimento das cláusulas avençadas do Contrato nº 24200.14/0001-0.

15

2.1.3.2 Unidade instalada em área sem comprovação da propriedade.

2.2.1.3 Falhas no processo de contratação e execução do Pregão Eletrônico nº 16/2016.

2.3.3.1 Empregado cedido à instituição privada sem amparo legal.

17

1 Ausência de comprovação de realização dos serviços contratados e pagos trazendo prejuízos ao Convênio e à Embrapa, com indícios de apropriação indébita por parte de empregado e de empresas.

2

Simulação de viagens e pagamento de diárias para empregados sem evidências e sem comprovação que a viagem foi realizada, com pagamentos de diárias até para empregado que não solicitou a viagem, evidenciando declaração falsa contra a fé pública, indícios de apropriação indébita, afronta ao Código de Ética da Embrapa e de aplicação de recurso em desacordo com o convênio.

5 Notas de empenho emitidas com dados fictícios e registro de obrigações inexistentes.

7 Baixa contábil indevida no estoque de insumos, fragilidades no controle dos produtos controlados e existência de estoques paralelos na Unidade.

15 Inconsistências nos atos, procedimentos e formalização dos processos de contratação através de Inexigibilidade.

18 Bens móveis inservíveis e semoventes não localizados na Unidade.

19 Extensão da jornada de trabalho especial e ausência de concessão de intervalo para o almoço.

22 Empregados com saldo de horas crédito acima do limite permitido em desacordo com o ACT vigente.

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108 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Constatações Graves

RA Nº (*) Descrição resumida

23 Viagem de empregado em gozo de férias contrariando o Decreto-Lei nº 5.452/1943 - Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a Norma de viagem.

25 Ausência de concessão do descanso semanal remunerado aos empregados e horas extras realizadas acima do permitido.

18 13 Irregularidades apresentadas quanto à segurança do trabalho e ações da Cipa.

19 3 Nove empregados inelegíveis à progressão salarial e premiação receberam referência salarial e foram premiados.

20 5 Impropriedades na gestão do contrato de vigilância.

21 18 Rendimento de aplicação com valor negativo.

20 Atraso na aprovação ou não da prestação de contas de convênio.

22

12 Impropriedades verificadas no controle dos bens patrimoniais da Unidade.

14 Gestão deficiente de semoventes da Unidade.

17 Ausência de concessão do descanso semanal a empregados da Unidade quando trabalham sete dias corridos.

23

11 Ausência de apuração de responsabilidade quanto ao pagamento de multa por

infração referente à execução de horário de trabalho.

12 Empregados com saldo no banco de horas extrapolado.

13 Concessão de banco de horas e pagamento de horas extras aos mesmos empregados.

14 Pagamento de horas extras com constância e habitualidade.

16 Ausência de registro e reconhecimento por universidade brasileira de diploma obtido em instituição estrangeira.

17 Descumprimento de procedimentos relativos ao acompanhamento de curso de pós-graduação realizado pelo Programa de Educação Corporativa da Embrapa.

19 Ausência de efetuação do desconto semanal remunerado (DSR), quando do registro de falta injustificada.

21 Recebimento de auto de infração da SRTE devido à ausência de contratação de jovem aprendiz.

26 Concessão de veículos, fora das linhas de serviço de transporte para o deslocamento diário de empregados.

31 Indícios de que existam pesquisadores sem projetos de pesquisa.

24 A

8 Pagamento concomitante de duas contribuições patronais pela Ceres.

9 Insegurança jurídica com prejuízo financeiro constante e progressivo aos participantes e à patrocinadora do Plano Embrapa Básico em decorrência de empréstimo sem garantia para o Plano Embrater Básico.

25

12 Falhas processuais quando da alienação de semoventes.

16 Ausência de diploma e de registro e reconhecimento por universidade brasileira de diploma obtido em instituição estrangeira.

18 Divergência nos valores e nas descrições de registros quando da ocorrência de faltas injustificadas.

22 Inconformidades relativas ao registro de comparecimento ao serviço.

24 Pagamento de horas extras em desconformidade com a legislação.

28 Débito de R$ 638.608,12, decorrente de valor não quitado quando da rescisão de contrato de trabalho sem justa causa.

36 Pesquisador sem projeto de pesquisa e com aparente vínculo com instituição privada, sem firmar compromisso com a Administração Pública Federal para abster-se de ações que possam gerar possíveis conflitos de interesse.

26

9 Falta de encaminhamento das justificativas da Unidade à Assessoria Jurídica quanto ao não atendimento das recomendações consubstanciadas nos Pareceres da AJU/CNPAF.

23 Inobservância à área de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.

30 Galpão em construção sem que a Unidade tenha providenciado o diário de obra ou documento equivalente, projetos, especificações dos materiais empregados,

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109 Relatório de Gestão 2017 Embrapa

Constatações Graves

RA Nº (*) Descrição resumida

designação de técnico responsável pela fiscalização da obra (conforme art. 67 da Lei n° 8.666/1993), Alvará de Construção e registro no Crea.

27 4 Inscrição de despesas em restos a pagar sem amparo legal.

28 5 Inconsistências nos atos, procedimentos e formalização do processo de prorrogação do contrato SAIC nº 25200.14/0254-2-02, da dispensa de Licitação nº 33/2017-OCS 27 e respectiva contratação e do Pregão 05/2017.

29

6 Ausência de informação sobre ajustes contábeis realizados nas contas patrimoniais com redução de ativo.

7 Incorporação de bens móveis recebidos em doação sem informação de que houve avaliação para determinar o valor de mercado.

8 Ausência de documentação para dar suporte à baixa de bens patrimoniais.