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RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL SISTEMAS ECOLÓGICOS IP4 (A4) - Túnel do Marão (em regime de Conceção / Construção) Fevereiro de 2016 Pagina 1 de 47 RMon27 Sistemas Ecológicos RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL RMon27 SISTEMAS ECOLÓGICOS Fevereiro de 2016 Preparado por: Verificado e aprovado por: Nome: Nome: David da Fonte, Dr. Susana Baptista, Dr. Rubrica: Rubrica: Data: 18 de fevereiro de 2015 Data: 18 de fevereiro de 2015

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RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL – RMon27

SISTEMAS ECOLÓGICOS

Fevereiro de 2016

Preparado por: Verificado e aprovado por:

Nome: Nome:

David da Fonte, Dr. Susana Baptista, Dr.

Rubrica: Rubrica:

Data: 18 de fevereiro de 2015 Data: 18 de fevereiro de 2015

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Índice

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3

1.1. Identificação e objetivos da monitorização ............................................................................................... 3

1.2. Âmbito ..................................................................................................................................................... 4

1.3. Enquadramento Legal .............................................................................................................................. 4

1.4. Apresentação da Estrutura do Relatório ................................................................................................... 5

1.5. Autoria Técnica do Relatório .................................................................................................................... 6

2. ANTECEDENTES........................................................................................................................................... 7

3. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO .................................................................................. 9

3.1. Parâmetros a Monitorizar ......................................................................................................................... 9

3.2. Locais de Amostragem ............................................................................................................................ 9

3.3. Periodicidade da Amostragem ............................................................................................................... 10

3.4. Técnicas e Métodos de Análise ou Registo de Dados ............................................................................ 10

3.4.1. Mamofauna e répteis .......................................................................................................................... 10

3.4.2. Lepidópteros ...................................................................................................................................... 11

3.4.3. Avifauna ............................................................................................................................................. 11

4. RESULTADOS DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO ............................................................................. 12

4.1. Resultados............................................................................................................................................. 12

4.1.1. Mamofauna e Répteis ........................................................................................................................ 12

4.1.2. Lepidópteros ...................................................................................................................................... 21

4.1.3. Avifauna ............................................................................................................................................. 26

4.2. Discussão, Interpretação e Avaliação dos Resultados ............................................................................ 30

4.2.1. Mamofauna e Répteis ........................................................................................................................ 30

4.2.2. Lepidópteros ...................................................................................................................................... 32

4.2.3. Avifauna ............................................................................................................................................. 33

5. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................ 34

6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................ 35

7. ANEXOS ...................................................................................................................................................... 36

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Identificação e objetivos da monitorização

O presente relatório respeita à sétima e oitava campanha de monitorização da mamofauna geral,

répteis e avifauna, e a sétima, oitava, nona e décima campanha dos lepidópteros, da fase de

construção, da Monitorização dos Sistemas Ecológicos do IP4 (A4) – Túnel do Marão (em regime de

Conceção / Construção), projeto promovido pela atual Infraestruturas de Portugal, S.A., que engloba

todo o conjunto de projetos e trabalhos a realizar para a conclusão da estrutura Túnel do Marão e para

a sua entrada em serviço nas condições de segurança requeridas pela legislação em vigor.

A implementação do programa de monitorização dos sistemas ecológicos pretende averiguar se a

empreitada do Túnel do Marão causa alterações nas comunidades faunísticas mais importantes da

região, nomeadamente através da perturbação de espécies mais sensíveis devido ao ruído, emissões

de poeiras, e outras atividades de obra, ou através da contaminação ou introdução de sedimentos no rio

Marão que possam afetar comunidades aquáticas. De igual modo, face à possibilidade de uma

utilização do Túnel do Marão como abrigo (permanente ou temporário) por parte da comunidade local

de quirópteros, o programa de monitorização dos sistemas ecológicos preconiza ainda, numa fase

prévia ao início dos trabalhos de construção, uma prospeção nos setores poente e nascente do Túnel

do Marão, para verificar a eventual utilização como abrigo.

O presente relatório contempla a sétima e oitava campanha de monitorização da mamofauna, répteis e

avifauna, correspondentes às duas campanhas previstas para o período de verão, e ainda quatro

campanhas de monitorização dos lepidópteros referentes ao período do verão. Estas campanhas

permitem uma análise de potenciais desvios à situação de referência, inerentes à presente empreitada,

e a verificação de tendências evolutivas nos efetivos populacionais dos grupos faunísticos

anteriormente citados, conforme previsto no Plano de Monitorização Ambiental da empreitada IP4 (A4)

– Túnel do Marão (em regime de Conceção / Construção).

A estrutura do presente relatório tem por base as indicações do anexo V da Portaria 395/2015, de 4 de

novembro, que define a estrutura dos relatórios de monitorização.

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1.2. Âmbito

O presente relatório de monitorização enquadra-se no âmbito do Plano de Monitorização Ambiental

(PMA) da empreitada IP4 (A4) – Túnel do Marão (em regime de Conceção / Construção), datado de

novembro de 2014, o qual foi elaborado com base no RECAPE (Volume III / V – Plano Geral de

Monitorização Ambiental, datado de agosto de 2009, relativo ao projeto de Construção do Túnel do

Marão, na Declaração de Impacte Ambiental e nas observações da Comissão de Avaliação ao

RECAPE.

Os trabalhos de monitorização dos sistemas ecológicos referente à sétima e oitava campanha da fase

de construção da mamofauna, répteis e avifauna, decorreram nos meses de julho e agosto de 2015,

mais precisamente nos dias 21 de julho e 11 de agosto. As quatro campanhas de monitorização dos

lepidópteros tiveram lugar nos dias 21 de julho, 11 de agosto, 4 de setembro e 22 de setembro,

respetivamente. Foram considerados os transetos / pontos de amostragem definidos no PMA,

designadamente os transetos / pontos T10, T16 e A14.

1.3. Enquadramento Legal

O relatório de monitorização é desenvolvido nos termos da legislação em vigor, dando cumprimento ao

Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 47/2014, de 24 de março,

que revogou o Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de maio, correspondente ao regime jurídico de Avaliação de

Impacte Ambiental, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 197/2005, de 8 de Novembro,

nomeadamente ao previsto no n.º 3 do artigo 26.º relativo à Monitorização. Este artigo estabelece que a

monitorização do projeto, da responsabilidade do proponente, deve ser realizada nos termos fixados na

DIA ou na decisão sobre a conformidade ambiental do projeto de execução, ou, na falta destes, de

acordo com o EIA ou o RECAPE apresentados pelo proponente, ou com os elementos referidos no n.º 1

do artigo 16.º ou no n.º 7 do artigo 20.º, e remeter à autoridade de AIA os respetivos relatórios ou outros

documentos que retratem a evolução do projeto ou eventuais alterações do mesmo.

A estrutura do Relatório é definida na Portaria n.º 395/2015, de 4 de novembro, que regulamenta as

normas técnicas para a sua elaboração, com as adaptações necessárias a este caso concreto.

São tidas igualmente em consideração na elaboração todos os diplomas legais aplicáveis, destacando-

se o Decreto-Lei n.º 156-A/2013, de 8 de novembro, que procede à segunda alteração ao Decreto-Lei

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n.º 140/99, de 24 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 49/2005, de 24 de fevereiro, que procedeu à

transposição para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril 1979,

relativa à conservação das aves selvagens (diretiva aves), e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de

21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens

(diretiva habitats), transpondo a Diretiva n.º 2013/17/UE, do Conselho, de 13 de maio de 2013, que

adapta determinadas diretivas no domínio do ambiente, devido à adesão da República da Croácia.

Este quadro legal visa a conservação dos habitats naturais da fauna e da flora selvagem,

nomeadamente mediante a criação de um conjunto de Sítios de Interesse Comunitário, designados

como zonas especiais de conservação (ZEC), para posterior definição de uma rede ecológica europeia

de zonas especiais de conservação, a Rede Natura 2000, que engloba as ZEC e as zonas de proteção

especial (ZPE). O Sítio Alvão / Marão (PTCON0003), onde se insere a área de implantação de projeto,

integra a lista nacional de Sítios de Interesse Comunitário desde 1997 (1ª fase – RCM n.º 142/97, de 28

de agosto).

1.4. Apresentação da Estrutura do Relatório

O relatório de monitorização dá cumprimento ao previsto nas normas técnicas constantes do Anexo V

da Portaria n.º 395/2015, de 4 de novembro, descrevendo-se:

Introdução – Com referência clara aos objetivos do programa de monitorização dos sistemas

ecológicos, aos objetivos específicos das referidas campanhas, ao âmbito temporal e espacial da

monitorização, bem como dos grupos faunísticos considerados, e ainda às obrigações e imposições

legais inerentes aos trabalhos de monitorização;

Antecedentes – Enquadramento geral das atividades de monitorização no plano geral de

monitorização, descrição breve do historial do processo com referência a decisões e demais

elementos das autoridades tutelares do projeto;

Descrição do programa de monitorização – Apresentação das metodologias adotadas, com

indicação dos indicadores e parâmetros de avaliação, materiais e métodos de trabalho e de

tratamento de dados;

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Resultados do programa de monitorização – Discussão, interpretação e avaliação dos resultados

obtidos face aos métodos e critérios definidos;

Conclusão – Resumo dos trabalhos desenvolvidos e resultados obtidos, bem como indicação de

medidas de prevenção e de mitigação para os impactes objeto de monitorização;

Anexos.

1.5. Autoria Técnica do Relatório

O presente trabalho foi desenvolvido pelo técnico David da Fonte (Licenciado em Biologia, Ramo

Científico-Tecnológico, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. A revisão do relatório foi

efetuada por Susana Baptista (Licenciada em Biologia, Recursos Faunísticos e Ambiente, pela

Faculdade de Ciências da Universidade Clássica de Lisboa; Mestre em Parasitologia Média pelo

Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa; Doutorada em Ciências Biomédicas

pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa).

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2. ANTECEDENTES

O lanço do IP4 entre Amarante e Vila Real foi sujeito em 2005, em fase de Estudo Prévio (EP), a

procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), tendo sido emitida uma Declaração de Impacte

Ambiental (DIA) favorável condicionada à Solução 2 até ao Nó de Parada de Cunhos.

Este lanço de autoestrada (AE) veio a constituir a Concessão Túnel do Marão (Decreto-Lei n.° 86/2008,

de 28 de maio), a qual foi atribuída à empresa Autoestrada do Marão, S.A. para conceção, construção,

aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação, com cobrança de portagem aos

utentes.

O lanço deu origem a quatro Projetos de Execução (Geraldes/Padronelo/Nó de Ligação ao

IP4/Campeã/Parada de Cunhos) e a dois Relatórios de Conformidade Ambiental do Projeto de

Execução (RECAPE), sendo que um respeita ao primeiro sublanço e o outro aos três últimos sublanços,

nos quais se insere o Túnel do Marão, mais concretamente no Sublanço Nó de Ligação ao IP4 /

Campeã.

Os trabalhos de escavação do Túnel do Marão iniciaram-se em julho de 2009, encontrando-se

suspensos desde 22 de junho de 2011. Conforme indicado no processo de concurso, desde essa data,

foram realizados exclusivamente trabalhos de manutenção e preservação da obra já executada, e de

monitorização da instrumentação instalada.

Em 26 de fevereiro de 2014, o Conselho de Administração da EP – Estradas de Portugal, S.A., tomou a

decisão de avançar com o presente procedimento de concurso público para a execução dos trabalhos

de conceção, projeto e construção da conclusão do Túnel do Marão, integrando o troço do IP4 (A4)

entre Amarante e Vila Real, designado por “IP4 (A4) - TÚNEL DO MARÃO” (procedimento n.

1060/2014), localizado nos distritos do Porto e Vila Real, concelhos de Amarante e Vila Real.

No âmbito desta nova empreitada foi definido um novo Plano de Monitorização Ambiental (PMA), que

considerou todas as especificações constantes do Anexo da Declaração de Impacte Ambiental

aplicáveis ao Túnel do Marão e tendo em conta também já os relatórios de monitorização elaborados na

anterior empreitada. O PMA é constituído, entre outros programas, pelo programa de monitorização dos

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Sistemas Ecológicos, que contempla os grupos faunísticos tidos como mais relevantes para a presente

empreitada, designadamente a avifauna, herpetofauna (anfíbios e répteis), mamofauna e lepidópteros.

O presente documento constitui o quinto relatório de monitorização dos sistemas ecológicos da

empreitada do Túnel do Marão, e é referente à sétima e oitava campanha de monitorização da

mamofauna geral, répteis e avifauna, e à sétima, oitava, nona e décima campanha dos lepidópteros, da

fase de construção. Este último foi elaborado com base na informação de campo recolhida durante os

meses de julho, agosto e setembro de 2015.

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3. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

3.1. Parâmetros a Monitorizar

Tendo em conta as características da empreitada do Túnel do Marão, e o Plano de Monitorização

Ambiental, foram avaliados, nas referidas campanhas, os seguintes parâmetros:

Censo da fauna (mamofauna / herpetofauna) para cálculo de parâmetros populacionais

(abundância relativa e riqueza específica);

Cálculo de abundância, riqueza específica e diversidade, através de censos da comunidade de

lepidópteros;

Censo da comunidade de aves para cálculo da densidade, abundância relativa, riqueza

específica e diversidade;

3.2. Locais de Amostragem

Os locais de amostragem dos diferentes grupos faunísticos (pontos de monitorização e transetos)

apresentam-se no Quadro 1 e no desenho constante do anexo I do presente documento.

A monitorização da mamofauna geral e répteis foi assegurada pela realização de dois transetos de

cerca de 500 m de extensão. O primeiro, ao longo de um trilho existente junto ao caminho de acesso ao

emboquilhamento poente à partir da EN 15 (transeto T10), o segundo, próximo do local de vazadouro

do emboquilhamento nascente (Transeto T16).

A monitorização de lepidópteros foi realizada nos mesmos transetos da mamofauna geral e répteis

(T10 eT16), numa extensão de cerca de 300 m.

Os pontos de observação / escuta da avifauna coincidiram igualmente com os locais de monitorização

da mamofauna geral e répteis.

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Quadro 1 – Locais de monitorização dos sistemas ecológicos

Grupo biológico Designação do local de amostragem

Mamofauna e Répteis T10 – Viveiro das Trutas Norte

T16 – Sarnado

Lepidópteros T10 – Viveiro das Trutas Norte (300m)

T16 – Sarnado (300m)

Avifauna T10 – Viveiro das Trutas Norte

T16 – Sarnado

3.3. Periodicidade da Amostragem

A monitorização da mamofauna, répteis e avifauna teve lugar nos dias 21 de julho e 11 de agosto de

2015. A monitorização dos lepidópteros teve lugar nos dias 21 de julho, 11 de agosto, 4 de setembro e

22 de setembro de 2015.

3.4. Técnicas e Métodos de Análise ou Registo de Dados

3.4.1. Mamofauna e répteis

A monitorização da mamofauna e anfíbios foi executada com base na procura de indícios de presença

(pegadas, rastos, trilhos, dejetos, entre outros) e por observação direta. Foram registadas as espécies e

número de indivíduos / indícios encontrados, ao longo dos transetos, e registados os locais de

ocorrência.

Foram registadas as espécies e número de indivíduos encontrados, bem como o local de ocorrência

com recurso a GPS, para integração dos dados num Sistema de Informação Geográfica (SIG).

Os resultados obtidos foram utilizados para calcular um Índice Quilométrico de Abundância (IQA) (n.º de

indícios por quilómetro). Os resultados obtidos permitem avaliar a distribuição das espécies ao longo

das duas frentes de obra (presença / ausência), bem como o grau de utilização destas áreas

(abundância relativa). Foram igualmente determinados os índices de diversidade de Shannon-Wiener e

equitabilidade Pielou.

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3.4.2. Lepidópteros

A monitorização dos lepidópteros foi efetuada com base na realização de transetos com extensão de

cerca de 300 m, em que foram registadas as espécies e número de indivíduos encontrados, numa faixa

de 2,5 m para cada lado do caminho. Os indivíduos foram recolhidos com uma rede entomológica para

identificação, com recurso a um guia de campo e libertados em seguida.

Os resultados obtidos foram utilizados para calcular um Índice de Abundância Relativa (n.º de indícios

por 100 metros). Os resultados obtidos permitem avaliar a distribuição das espécies ao longo das duas

frentes de obra (presença / ausência), bem como o grau de utilização destas áreas (abundância

relativa). Foram igualmente determinados os índices de diversidade de Shannon-Wiener e

equitabilidade Pielou.

3.4.3. Avifauna

A metodologia para cálculo da densidade, abundância relativa, riqueza específica e diversidade da

comunidade de aves na envolvente dos emboquilhamentos poente e nascente consistiu na realização

de pontos de escuta com 5 minutos de duração. Durante este período foram recolhidos dados relativos

às espécies observadas, respetivo número de indivíduos, distância ao observador e posição

relativamente ao observador. No registo das distâncias das aves ao observador foram consideradas 3

classes: até aos 50 m; dos 50 aos 100 m; sem limite de distância.

Foram registadas as espécies e número de indivíduos encontrados, bem como o local de ocorrência

com recurso a GPS, para integração dos dados num Sistema de Informação Geográfica (SIG).

Os resultados obtidos nos locais de amostragem permitiram determinar a riqueza específica (número de

espécies observadas por ponto de amostragem), e abundância relativa (número de indivíduos, por

espécie, observados por ponto de amostragem). Para cálculo de riqueza e abundância foram

consideradas todas as espécies e indivíduos identificados nas duas primeiras bandas (<50 m; 50 a

100 m). Foram igualmente determinados os índices de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade

Pielou.

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4. RESULTADOS DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

4.1. Resultados

4.1.1. Mamofauna e Répteis

Nas duas campanhas realizadas para o período de verão foram identificadas, nos transetos T10 e T16,

por observação direta e/ou indireta, um total de 5 espécies de mamíferos não voadores,

nomeadamente Martes foina, Oryctolagus cuniculus, Sciurus vulgaris, Sus scrofa e Vulpes vulpes

(Quadro 2).

Quadro 2 – Lista de mamíferos não voadores identificados na campanha 7ª e 8ª campanha da fase de construção

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Martes foina Res LC LR/lc1 - III -

Oryctolagus cuniculus Res NT* LR/lc1 - - -

Sciurus vulgaris Res LC NT2 - III -

Sus scrofa Res LC LR/lc1 - - -

Vulpes vulpes Res LC LC2 - - -

Res – residente; EndIb – Endemismo da Península Ibérica; LC – Pouco Preocupante; NT* – Quase ameaçado; 1 Estatuto IUCN versão 2.3 (1994);

2 Estatuto IUCN versão 3.1 (2001);

Nenhum destes taxa apresenta um interesse conservacionista relevante, tratando-se de espécies

comuns ao nível nacional (Quadro 2). As espécies identificadas apresentam um estatuto de

conservação de Pouco Preocupante, à exceção do coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus), que apresenta

um estatuto de Quase Ameaçado, fundamentada pela redução da sua população, no território nacional,

em consequência dos níveis de exploração (enquanto recurso cinegético) e efeitos de agentes

patogénicos (como a mixomatose).

No Gráfico 1 e Gráfico 2 apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados de abundância

relativa média e riqueza, por transeto, para as campanhas de referência e da fase de construção

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(período do outono, inverno, primavera e verão). No Gráfico 3 e Gráfico 4 apresenta-se uma análise

comparativa entre os resultados de diversidade e equitabilidade média, por transeto, para os mesmos

períodos.

Em termos de abundância relativa, expressa em Índice Quilométrico de Abundância (IQA), verifica-se

um aumento na abundância no transeto T10 no presente período de análise (IQA médio de 30,39),

comparativamente ao período anterior (primavera), mantendo-se claramente superiores aos registados

na campanha de referência (IQA médio de 11,76). Este aumento importante na abundância relativa

deve-se principalmente a um aumento significativo dos índices de presença da espécie Oryctolagus

cuniculus. No transeto T16 o valor de abundância relativa médio foi de 10,70, à semelhança da

campanha de primavera, mantendo-se assim um valor inferior aos registados em períodos anteriores,

nomeadamente de 15,27 para a situação de referência, 14,50 para o outono e 13,96 para o inverno. É

ainda de salientar que esta redução se deve principalmente a uma redução no número de indícios de

presença da espécie Sus scrofa.

Relativamente aos resultados da riqueza, na totalidade dos dois transetos foram detetadas menos duas

espécies que nas campanhas da primavera, mantendo-se contudo o mesmo número de espécies

identificadas que para as campanhas de referência, outono e inverno. No transeto T10 o valor de

riqueza foi de 5, à semelhança das campanhas de referência, outono e inverno, verificando-se assim

uma ligeira redução relativamente às campanhas de primavera, onde foram detetadas adicionalmente

as espécies Crocidura russula e Talpa occidentalis. No transeto T16 o valor de riqueza foi 4, sendo

inferior ao registado para as campanhas de inverno e primavera, porém, claramente superior ao

verificado nas campanhas de referência e outono.

Da análise dos valores de diversidade de Shannon-Wiener (Gráfico 3), verifica-se para ambos os

transetos uma redução comparativamente à campanha de primavera, sendo que no caso do Transeto

T10, essa redução seja apenas de 1,55 para 1,54. Importa referir que no transeto T16, apesar desta

redução, os valores mantém-se claramente superiores aos verificados para as campanhas de

referência, outono e inverno (1,23 na campanha de verão, e 0,33, 0,21 e 1,08 nas campanhas de

referência, outono e inverno, respetivamente). A redução do valor de diversidade deve-se à

predominância dos índices de presença de uma espécie, nomeadamente de Oryctolagus cuniculus no

transeto T10 e de Vulpes vulpes no transeto T16.

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Gráfico 1 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza em mamíferos no transeto T10 para a

campanha de referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv),

primavera (T10 Pri) e verão (T10 Ver).

Gráfico 2 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza em mamíferos no transeto T16 para a

campanha de referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv),

primavera (T16 Pri) e verão (T16 Ver).

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Gráfico 3 – Diversidade e Equitabilidade média em mamíferos no transeto T10 para a campanha de

referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv), primavera (T10 Pri) e

verão (T10 Ver).

Gráfico 4 – Diversidade e Equitabilidade média em mamíferos no transeto T16 para a campanha de

referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv), primavera (T16 Pri) e

verão (T16 Ver).

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No que se refere aos valores de equitabilidade de Pielou (Gráfico 4), para o transeto T10 verifica-se

uma redução face às campanhas anteriores. À semelhança da diversidade esta redução é devida a um

aumento significativo nos indícios de presença da espécie Oryctolagus cuniculus. No transeto T16

mantém-se o valor elevado de equitabilidade registado na primavera, nomeadamente de 0,89.

Relativamente à comunidade de répteis, foram detetados, no período da primavera, nos transetos T10

e T16, um total de 2 espécies (as mesmas da campanha de referência), nomeadamente Podarcis

hispanica e Psammodromus algirus (Quadro 3).

Quadro 3 – Lista de répteis identificados na campanha 7ª e 8ª campanha da fase de construção

TAXA

Tip

o d

e

Oco

rrên

cia

Liv

ro V

erm

elh

o

do

s V

ert

eb

rad

os

de P

ort

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(2005)

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IUC

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2005)

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/2013 d

e 8

de

no

vem

bro

Co

nven

ção

de

Bern

a

Co

nven

ção

de

Bo

na

Podarcis hispanica Res LC LC2 B-IV III -

Psammodromus algirus Res LC LC2 - III -

Res – residente; EndIb – Endemismo da Península Ibérica; LC – Pouco Preocupante; NT* – Quase ameaçado; 1 Estatuto IUCN versão 2.3 (1994);

2 Estatuto IUCN versão 3.1 (2001);

Nenhum dos taxa anteriormente citados apresenta um interesse conservacionista relevante, tratando-se

de espécies com estatuto nacional de conservação de Pouco Preocupante. Não obstante, é de salientar

que a lagartixa-ibérica (Podarcis hispanica) consta do anexo B-IV do Decreto-Lei n.º 156-A/2013 de 8

de novembro, relativo às espécies animais e vegetais de interesse da comunidade que exigem uma

proteção rigorosa.

No Gráfico 5 e Gráfico 6 apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados de abundância

relativa média e riqueza, por transeto, para as campanhas de referência e da fase de construção

(período do outono, inverno, primavera e verão). No Gráfico 7 e Gráfico 8 apresenta-se uma análise

comparativa entre os resultados de diversidade e equitabilidade média, por transeto, para os mesmos

períodos.

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Em termos de abundância relativa, verifica-se uma ligeira redução, para ambos os transetos,

comparativamente à campanha de primavera. Estes valores mantêm-se contudo claramente superiores

aos valores registados nas campanhas de outono e inverno, tendo-se no presente período registado no

transeto T10 um valor de abundância relativa médio de 2,29, e no transeto T16 de 3,06. No caso do

transeto T16 o valor apresentado é igualmente superior ao valor registado na situação de referência,

sendo que no caso do transeto T10, à semelhança da campanha de primavera, o valor mantém-se

inferior à referência.

Quanto à riqueza, para o transeto T10 regista-se uma redução de duas espécies para uma, entre a

primavera e o presente período, mantendo-se contudo superior ao registado no outono e inverno, e

igual a valor registado na referência. No transeto T16, o valor de riqueza mantém-se ao registado na

primavera (2 espécies) e, consequentemente, superior ao registado nas campanhas anteriores

(referência, outono e inverno).

No que se refere à diversidade e equitabilidade, como o número de espécie foi geralmente de um por

transeto, à semelhança de campanhas anteriores, estes parâmetros não puderam ser calculados. No

presente período, apenas o transeto T16 apresentou um número de espécie superior a um, pelo que foi

possível determinar estes dois parâmetros. Os valores obtidos são ligeiramente inferiores aos

registados na primavera, nomeadamente uma diversidade de 0,56 (contra uma diversidade de 0,67 na

primavera) e uma equitabilidade de 0,81 (contra uma equitabilidade de 0,97 na primavera).

Comparativamente às restantes campanhas (referência, outono e primavera), onde o número de

espécies foi de zero ou um, verifica-se um aumento destes parâmetros.

A subida de valores para os diferentes parâmetros, relativamente às campanhas de referência, outono e

inverno era expectável, uma vez que nestas campanhas a temperatura registada foi sempre inferior a

10ºC, sendo pelo menos quatro dessas campanhas (outono e inverno) coincidente com o período de

inatividade invernal. Com a subida da temperatura, na primavera e no verão, verifica-se um aumento de

atividade dos espécimes constituintes desta comunidade e, consequentemente, da sua detetabilidade.

Todavia, importa salientar que mesmo nos períodos de maior atividade, a abundância mantém-se

relativamente baixa.

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O número de observações e valores de abundância relativa por espécie são apresentados no anexo 2

do presente relatório.

Gráfico 5 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza em répteis no transeto T10 para a

campanha de referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv),

primavera (T10 Pri) e verão (T10 Ver).

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Gráfico 6 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza em répteis no transeto T16 para a

campanha de referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv),

primavera (T16 Pri) e verão (T16 Ver).

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Gráfico 7 – Diversidade e Equitabilidade média em répteis no transeto T10 para a campanha de

referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv), primavera (T10 Pri) e

verão (T16 Ver).

Gráfico 8 – Diversidade e Equitabilidade média em répteis no transeto T16 para a campanha de

referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv), primavera (T16 Pri) e

verão (T16 Ver).

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4.1.2. Lepidópteros

No decurso das quatro campanhas realizadas entre 21 de julho e 22 de setembro, correspondente ao

período de verão, foi possível identificar, no conjunto dos dois transetos amostrados, um total de 17

espécies (Quadro 4). Verifica-se para o referido período mais 13 espécies que as identificadas na

campanha (única) de situação de referência. De salientar ainda que das espécies identificadas na

situação de referência apenas uma não foi identificada neste período. Destaca-se o regresso da espécie

Leptotes pirithous como das mais abundantes em setembro, à semelhança do verificado na situação de

referência. Das 17 espécies identificadas, uma apresenta um estatuto de moderadamente ameaçada,

nomeadamente Euplagia quadripunctaria, constante do anexo B-II do Decreto-lei n.º 156-A/2013 de 8

de novembro.

Quadro 4 – Lista de lepidópteros identificados entre a terceira e sexta campanha da fase de construção

TAXA

Estado de Conservação

Planta Associada

Arethusana arethusa x Gramíneas

Aricia cramera x Erodium cicutarium

Brintesia circe x Festuca elegans

Coenonympha dorus x Agrostis spp.

Coenonympha pamphilus x Poa spp.

Colias croceus x Trifolium spp.

Euplagia quadripunctaria x Cytisus spp.

Hipparchia statilinus x Gramíneas

Lasiommata maera x Poa spp.

Lasiommata megera x Poa spp.

Leptotes pirithous x Tojo

Melanargia lachesis x Poa trivialis

Pararge aegeria x Poa spp.

Pieris brassicae x Brassica spp.

Pieris napi x Brassica spp.

Pontia daplidice x Sinapsis spp.

Rhodometra sacraria x Polygonum spp.

Espécie comum, em princípio não ameaçada; Espécie moderadamente ameaçada; Espécie em perigo de extinção;

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No Gráfico 9 e Gráfico 10 apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados de abundância

relativa média e riqueza, por transeto, para as campanhas de referência e da fase de construção. No

Gráfico 11 e Gráfico 12 apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados de diversidade e

equitabilidade média, por transeto, para as mesmas campanhas.

No que se refere à abundância relativa, verifica-se uma subida progressiva à partir da 2ª campanha de

monitorização da fase de construção para ambos os transetos, atingindo-se um pico por volta da 6ª/7ª

campanha. Após se atingir um pico de abundância, verifica-se uma redução progressiva da mesma nas

restantes campanhas. No caso do transeto T10, os valores das três últimas campanhas da fase de

construção mantém-se superior às quatro primeiras. Para o transeto T16, os valores de abundância

após o pico da 6ª campanha são superiores apenas às 3 primeiras campanhas da fase de construção.

No transeto T10 verifica-se uma subida de 1,33 para 12,33 indivíduos / 100 m, entre a 1ª e 7ª campanha

da fase de construção, e uma descida para 6,33 indivíduos / 100 m até à 10ª campanha. No transeto

T16 a subida gradual verifica-se entre a 1ª e 6ª campanha, de 0 para para 11,67 indivíduos / 100 m, e a

uma descida entre 6ª e 10ª campanha para 6 indivíduos / 100 m.

Quanto à riqueza, verifica-se aproximadamente a mesma tendência que para a abundância relativa. No

caso do transeto T10 verifica-se igualmente uma subida progressiva entre a 1ª campanha e 7ª

campanha, nomeadamente de 3 espécies para 6 e, posteriormente, uma ligeira descida entre a 7ª e 10ª

campanha de 6 espécies para 5. O número mínimo de espécie (1 espécie) é atingido na 2ª campanha,

e o número máximo (6 espécies), na 5ª, 6ª e 7ª campanha. No transeto T16 verifica-se uma subida

progressiva entre a 1ª campanha e 6ª campanha, de 0 para 10 espécies, e uma redução de 10 para 3

espécies entre a 6ª e 10ª campanha.

Para os valores de diversidade e equitabilidade verifica-se, igualmente, um decréscimo nestas quatro

últimas campanhas, tendo-se atingido os valores máximos entre a 5ª e 7ª campanha da fase de

construção. Importa referir que, para ambos os transetos, as quatro últimas campanhas, referentes ao

período em análise, apresentam valores de diversidade e equitabilidade superiores à campanha de

situação de referência, e às duas primeiras campanhas da fase de construção.

No transeto T10 verifica-se uma redução progressiva da diversidade no presente período,

nomeadamente de 1,52 para 1,11 entre a 7ª e 10ª campanha.

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Gráfico 9 – Abundância relativa e Riqueza em lepidópteros no transeto T10 para a campanha de

referência (T10 Ref) e as dez campanhas da fase de construção.

Gráfico 10 – Abundância relativa e Riqueza em lepidópteros no transeto T16 para a campanha de

referência (T16 Ref) e as dez campanhas da fase de construção.

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Gráfico 11 – Diversidade e Equitabilidade da comunidade de lepidópteros do transeto T10 para a

campanha de referência (T10 Ref) e as dez campanhas da fase de construção.

Gráfico 12 – Diversidade e Equitabilidade da comunidade de lepidópteros do transeto T10 para a

campanha de referência (T10 Ref) e as dez campanhas da fase de construção.

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No transeto T16 verifica-se uma redução de 1,09 para 0,63 entre a 7ª e 10ª campanha. Quanto à

equitabilidade, a tendência verificada é a mesma, sendo que os valores descem de 0,85 para 0,69 no

transeto T10, e de 0,61 para 0,57 no transeto T16. Como referido anteriormente, em ambos os

parâmetros os valores são superiores aos verificados na situação de referência, nomeadamente de 0,72

de diversidade e de 0,52 de equitabilidade para o transeto T10, e de 0,54 de diversidade e de 0,49 de

equitabilidade no transeto T16.

O número de observações e valores de abundância relativa por espécie são apresentados no anexo 2

do presente relatório.

4.1.3. Avifauna

No decorrer dos trabalhos de monitorização da avifauna foram identificadas 15 espécies de aves

(Quadro 5), mais uma espécie do que na situação de referência. Entre a campanha de referência e as

campanhas de verão verifica-se a existência de 9 espécies em comum, nomeadamente Aegithalos

caudatus, Buteo buteo, Emberiza cia, Erithacus rubecula, Parus cristatus, Picus viridis, Sitta europea,

Sylvia atricapilla e Sylvia undata. A maioria das espécies identificadas, no período de verão, são

residentes e apresentam um estatuto de conservação, para o território nacional, de Pouco Preocupante.

É contudo de salientar uma espécie constante do anexo A-I do Decreto-Lei n.º 156-A/2013 de 8 de

novembro, relativo às espécies de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de

zonas de proteção especial, a felosa-do-mato (Sylvia undata).

No Gráfico 13 e Gráfico 14 apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados de abundância

relativa média e riqueza, por transeto, para as campanhas de referência e da fase de construção

(período do outono, inverno e primavera). No Gráfico 15 e Gráfico 16 apresenta-se uma análise

comparativa entre os resultados de diversidade e equitabilidade média, por transeto, para os mesmos

períodos. A análise comparativa incidiu nas espécies identificadas nas bandas até aos 100 m.

Em termos de abundância relativa, os resultados obtidos para o presente período apontam para

tendências evolutivas distintas entre os dois transetos amostrados. No caso do transeto T10 verifica-se

uma regressão comparativamente à primavera (de 1,30 para 0,95), para valores próximos das

campanhas de inverno (abundância relativa de 1,00 no inverno), e superiores ao valor registado na

referência (abundância relativa de 0,80). Para o transeto T16 verifica-se um aumento importante de

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abundância relativo, atingindo-se um máximo neste período (abundância relativa de 1,80),

comparativamente às restantes campanhas.

Quadro 5 – Lista de aves identificadas na campanha 3ª e 4ª campanha da fase de construção

TAXA

Tip

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co

rrên

cia

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(2005)

Liv

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o I

UC

N

(2005)

DL

n.º

156

-A/2

013 d

e 8

de

no

vem

bro

Co

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ção

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ern

a

Co

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ção

de B

on

a

Aegithalos caudatus Res LC LC2 - III -

Buteo buteo Res LC LC2 - II II

Dendrocopos major Res LC LC2 - II -

Emberiza cia Res LC LC2 - II -

Erithacus rubecula Res/Vis LC LC2 - II II

Parus ater Res LC LC2 - II -

Parus caeruleus Res LC LC2 - II -

Parus cristatus Res LC LC2 - II -

Picus viridis Res LC LC2 - II -

Regulus ignicapilla Res/Vis LC LC2 - II II

Serinus serinus Res LC LC2 - II -

Sitta europaea Res LC LC2 - II -

Sylvia atricapilla Res LC LC2 - II II

Sylvia undata Res LC LC2 A-I II -

Troglodytes troglodytes Res LC LC2 - II -

Res – residente; Vis – Visitante; LC – Pouco Preocupante;2 Estatuto IUCN versão 3.1 (2001);

A redução da abundância no transeto T10 encontra-se relacionada com a redução da riqueza,

passando de 10 espécies na primavera, para 8 espécies no verão. Este valor de riqueza é o segundo

mais importante, sendo os valores mais baixos registados na campanha de referência (6 espécies) e de

outono (7 espécies).

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Gráfico 13 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza da comunidade de aves no transeto T10

para a campanha de referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv),

primavera (T10 Pri) e verão (T10 Ver).

Gráfico 14 – Abundância relativa média (IQA) e Riqueza da comunidade de aves no transeto T16

para a campanha de referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv),

primavera (T16 Pri) e verão (T16 Ver).

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Gráfico 15 – Diversidade e Equitabilidade média da comunidade de aves no transeto T10 para a

campanha de referência (T10 Ref) e as campanhas de outono (T10 Out), inverno (T10 Inv),

primavera (T10 Pri) e verão (T10 Ver).

Gráfico 16 – Diversidade e Equitabilidade média da comunidade de aves no transeto T16 para a

campanha de referência (T16 Ref) e as campanhas de outono (T16 Out), inverno (T16 Inv),

primavera (T16 Pri) e verão (T16 Ver).

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No transeto T16 o aumento da abundância é acompanhado pelo aumento progressivo do número de

espécies ao longo da fase de construção. No presente período o número de espécies registado foi de

12 (igual ao registado na primavera), superior ao registado na situação de referência (7 espécies),

outono (5 espécies) e inverno (11 espécies).

Relativamente aos parâmetros diversidade e equitabilidade, para ambos os transetos, verifica-se uma

redução comparativamente à primavera. Os valores são contudo superiores aos verificados nas

campanhas de referência e de outono, e ainda, no caso do transeto T10, superior ao registado no

inverno. O transeto T10 apresentou, no presente período uma diversidade de 1,73 e uma equitabilidade

de 0,83, descendo assim de uma diversidade de 2,11 e equitabilidade de 0,91 na primavera. Os valores

permanecem contudo superiores aos verificados nas outras campanhas, em termos de diversidade,

nomeadamente de 1,67, 1,66 e 1,71, e semelhantes aos valores de equitabilidade das campanhas de

outono e inverno de 0,85 e 0,82. No caso do transeto T10 a redução dos valores de diversidade e

equitabilidade encontra-se relacionada com a descida da abundância e riqueza, e no caso do transeto

T16 na maior abundância de duas espécies (comparativamente às restantes), nomeadamente

Aegithalos caudatus e Parus cristatus.

O número de observações e valores de abundância relativa por espécie são apresentados no anexo 2

do presente relatório.

4.2. Discussão, Interpretação e Avaliação dos Resultados

O presente relatório compreende os resultados das campanhas de verão para mamofauna, répteis e

avifauna, e ainda as últimas quatro campanhas de lepidópteros da fase de construção. Nos pontos

seguintes é efetuada a discussão, interpretação e avaliação dos resultados das referidas campanhas,

nomeadamente através da comparação com os resultados obtidos nas campanhas anteriores

(referência, outono e inverno), para averiguação de eventuais perturbações da empreitada IP4 (A4) –

Túnel do Marão (em regime de Conceção / Construção) na comunidade faunística envolvente.

4.2.1. Mamofauna e Répteis

A amostragem direcionada para os mamíferos não voadores permitiu verificar que a comunidade se

encontra, em termos de estrutura e composição, equilibrada, mantendo-se valores elevados nos índices

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de diversidade e equitabilidade. Embora se verifique alguma variação sazonal, os valores de

diversidade e equitabilidade mantém-se elevados ao longo de todas as campanhas, o que corrobora o

facto da comunidade se manter equilibrada em termos de estrutura e composição, não havendo

nenhuma aparente alteração significativa da mesma. Importa ainda de salientar que as espécies de

presença mais comum, foram sendo constantemente identificadas ao longo das campanhas,

verificando-se apenas algumas variações na detetabilidade de indícios de presença.

É contudo de assinalar uma tendência regressiva da abundância relativa desde a campanha de

referência para o transeto T16. Esta redução encontra-se associada à redução de indícios de presença

de javali (Sus scrofa), em particular do número de trilhos.

Tal facto poderá estar relacionado com condições de amostragem, nomeadamente com a redução da

precipitação ao longo dos períodos de amostragem. Nos períodos com maior precipitação as marcas de

pegadas são mais visíveis, o que se traduz numa maior detenção de indícios de presença. Contudo,

não se pode excluir que a redução de abundância poderá estar associada à perturbação humana,

nomeadamente sonora. De referir que o maior decréscimo da abundância relativa (correspondente ao

período entre o inverno e primavera), coincide com uma maior atividade da empreitada de Ligação do

Túnel do Marão a Parada de Cunhos, cujo traçado se encontra paralelamente ao transeto T16, e com

muita proximidade (sendo a atividade de construção facilmente audível aquando dos trabalhos de

campo). Outros fatores poderão estar relacionados com esta redução de abundância relativa,

designadamente desmatações do subcoberto da zona de pinhal atravessado pelo transeto T16 e as

atividades de corte de árvores realizados por madeireiros. Esta atividade representa, para além da

perturbação sonora, uma afetação de habitat, mais precisamente do subcoberto da zona florestal. É

ainda de referir que o caminho onde se realiza o transeto tem igualmente apresentado uma maior

utilização, quer por parte de veículos de obra, da empreitada de Ligação do Túnel do Marão a Parada

de Cunhos, bem como de alguns “privados” que têm realizado trabalhos de limpeza florestal no referido

local.

Convém no entanto reforçar novamente que, apesar desse decréscimo de abundância relativa, a

comunidade apresenta-se bem estruturada e sem grandes alterações. Importa ainda salientar que, face

à distância à frente de obra e ao circuito de passagem de veículos pesados entre a frente de obra

nascente e vazadouros, as possíveis alterações não se encontrarão associadas à empreitada do Túnel

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do Marão. Outro aspeto importante prende-se com o facto de a situação de referência ser caracterizada

por apenas uma campanha de amostragem. Caso a situação de referência contemplasse os diferentes

períodos amostragem considerados na fase de construção, eventualmente seria possível verificar se

esta tendência regressiva no número de indícios de presença se trata de uma situação natural ou

associada aos fatores antropogénicos anteriormente referidos.

Relativamente à comunidade de répteis verificou-se no presente período uma ligeira redução da

abundância relativa, embora seja de realçar que os valores registados neste período são superiores aos

verificados para os períodos de outono e inverno (como seria de esperar). No presente período apenas

foi possível calcular os índices de diversidade e equitabilidade para o transeto T10, uma vez que foi o

único onde foram identificadas pelo menos duas espécies. Face aos resultados obtidos, não é

percetível nenhuma perturbação na comunidade de répteis. Apenas se pode referir que ao longo do

tempo (para a referência e período de obra) a abundâncias e riqueza apresentadas, para esta

comunidade, foram reduzidas, não se verificando flutuações significativas, excetuando entre as

campanhas de outono / inverno e primavera / verão, que se deve essencialmente às condições

ambientais, mais precisamente de temperatura.

4.2.2. Lepidópteros

Nas campanhas de monitorização relativas ao período em análise verifica-se uma redução progressiva

para a generalidade dos parâmetros de avaliação, sendo que o valor dos mesmos se mantém contudo

superior às campanhas realizadas em março e abril. Foi possível no conjunto das campanhas

realizadas entre julho e setembro um total de 13 espécies, sendo as campanhas de julho e agosto

aquelas que apresentaram maior valor de abundância e riqueza. Tal era expectável, uma vez que o

período de maior ocorrência de lepidópteros encontra-se compreendido entre maio e agosto. A

comunidade apresenta elevados valores de diversidade e equitabilidade, sendo assim considerada de

equilibrada em termos de estrutura e composição. As campanhas de monitorização da fase de

construção permitiram confirmar a sazonalidade em termos de abundância e riqueza, destacando-se os

meses de maio a julho como os de maior atividade.

Face aos resultados obtidos no presente período de análise e na campanha de referência, não são

visíveis perturbações na comunidade de lepidópteros.

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4.2.3. Avifauna

A monitorização direcionada para a avifauna permite verificar que não existem alterações significativas

na comunidade. Mantiveram-se os valores de abundância e riqueza elevados, sendo de destacar que

ao longo de toda a monitorização a comunidade apresentou-se equilibrada, de um ponto de vista

estrutural e em termos de composição, conforme se pode verificar com os valores elevados de

diversidade e equitabilidade. Comparativamente com a campanha de referência os valores para os

diferentes parâmetros foram superiores, não sendo assim visível alterações ou perturbações

significativas da comunidade avifaunística.

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5. CONCLUSÕES

Dos resultados obtidos nesta fase (período de primavera), comparativamente às campanhas de

situação de referência, outono, inverno e verão, verifica-se o seguinte:

Não se verificam alterações ou indícios de perturbação significativos nas diferentes comunidades

faunísticas em análise, embora, de um modo geral, se verifique uma redução de valores para os

diferentes parâmetros em análise, comparativamente à primavera (importa contudo referir que,

de um modo geral os valores apresentados são superiores aos registados na campanha de

situação de referência);

As diferentes comunidades apresentam valores de diversidade e equitabilidade elevados, o que

indicia que as mesmas se encontram estruturalmente equilibradas;

Os resultados da monitorização ao longo da fase de construção demonstram alterações

sazonais em que, para a maioria dos grupos, se verifica um pico de abundância e de atividade

no período da primavera;

Uma tendência regressiva de valores de abundância relativa em mamíferos não voadores no

transeto T16, associado à redução de indícios de presença da espécie Sus scrofa, que poderá

estar relacionada, para além das condições ambientais de amostragem, com perturbações

inerentes à empreitada de Ligação do Túnel do Marão a Parada de Cunhos (contígua ao

transeto T16) e à atividade silvícola que se verifica na zona florestal atravessada por esse

mesmo transeto;

os resultados obtidos não evidenciam qualquer perturbação na comunidade faunística, com

origem na empreitada do Túnel do Marão. A comunidade faunística mantém-se equilibrada e

pouco perturbada, verificando-se nesta campanha condições ecológicas “iguais ou superiores”

da situação de referência, as quais eram expectáveis face ao período em análise (primavera)

que corresponde a um período de elevada atividade faunística.

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6. BIBLIOGRAFIA

Almeida, N.F., P.F. Almeida, H. Gonçalves, F. Sequeira, J. Teixeira & F.F Almeida (2001). Guias Fapas.

Anfíbios e Répteis de Portugal. FAPAS/Câmara Municipal do Porto, 249 pp.

Ambidelta 2008. Concessão Túnel do Marão: Auto-estrada do Marão (A4/IP4, Lanço Amarante/Vila

Real, Sublanço Padronelo/Nó de Ligação ao IP4/Campeã/Parada de Cunhos). Relatório de

Conformidade Ambiental do Projeto de Execução: Volume IV/V – Anexos Técnicos. Anexo 12 – Estudo

de Medidas de Minimização dos Sistemas Ecológicos. Ambidelta, Ambiente e Paisagismo, Lisboa.

Bibby, C.J., N.D. Burgess & D.A. Hill (1992). Bird Census Techniques. Ed. Academic Press. 257 pp.

Cabral, M.J. (coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N., Oliveira, M.E.,

Palmeirim, J.M., Queiroz, Al., Rogado, L. & Santos-Reis, M. (eds.). 2006. Livro Vermelho dos

Vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituito da Conservação da Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Carretero, M.A., J. Teixeira, F. Sequeira, H. Gonçalves, C. Soares & N. Ferrand (2002). Inventariação,

Distribuição e Conservação da herpetofauna do Sítio “Natura 2000” – Alvão-Marão. Centro de

Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) – ICETA/Universidade do Porto, 64pp.

Mullarney, K. L. Svensson, D. Zetterstrom & P.J. Grant (2003). Guia de Aves. Assírio & Alvim Edts, 400

pp.

Rabaça, J. (1995). Métodos de Censo de Aves, Aspectos Gerais, pressupostos e Princípios de

Aplicação – SPEA

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7. ANEXOS

Anexo 1 – Desenhos

Desenho 1 – Locais de amostragem

Anexo 2 – Taxa Faunísticos Inventariados

Mamofauna

Avifauna

Lepidópteros

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ANEXOS

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ANEXO 1 – DESENHOS

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!R

!R

EAO

E

FO

A14

T10

Folha: 1/2 LOCAIS DE AMOSTRAGEM

¹

LegendaMonitorização dos Sistemas Ecológicos!R Ponto de Escuta - Avifauna (RECAPE)!R Ponto de Amostragem de Anfíbios

Transecto para a Fauna (RECAPE).

Empreitada e Locais de Apoio à ObraFrente de ObraEstaleiroEstrutura de Apoio à Obra

FO

E

EAO

0 250 500125m

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!R

EAO

FO

EE

EE

E

T16

Folha: 2/2 LOCAIS DE AMOSTRAGEM

¹

LegendaMonitorização dos Sistemas Ecológicos!R Ponto de Escuta - Avifauna (RECAPE)!R Ponto de Amostragem de Anfíbios

Transecto para a Fauna (RECAPE).

Empreitada e Locais de Apoio à ObraFrente de ObraEstaleiroEstrutura de Apoio à Obra

FO

E

EAO

0 250 500125m

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ANEXO 2 – TAXA FAUNÍSTICOS INVENTARIADOS

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MAMOFAUNA INVENTARIADA

21 de julho de 2015

Transeto Taxa Observação Indício N.º Observações IQA

T10

Oryctolagus cuniculus Indireto Dejeto 3 5,88

Sciurus vulgaris Indireto Marcas de alim. 2 3,92

Sus scrofa Indireto Marcas de alim. 1 1,96

Sus scrofa Indireto Dejeto 1 1,96

Vulpes vulpes Indireto Dejeto 3 5,88

T16

Martes foina Indireto Dejeto 1 1,53

Sciurus vulgaris Indireto Marcas de alim. 2 3,05

Sus scrofa Indireto Trilho 1 1,53

Vulpes vulpes Indireto Trilho 1 1,53

Vulpes vulpes Indireto Dejeto 3 4,58

11 de agosto de 2015

Transeto Taxa Observação Indício N.º Observações IQA

T10

Martes foina Indireto Dejeto 1 1,96

Oryctolagus cuniculus Indireto Dejeto 15 29,41

Sciurus vulgaris Indireto Marcas de alim. 2 3,92

Sus scrofa Indireto Marcas de alim. 1 1,96

Vulpes vulpes Indireto Dejeto 2 3,92

T16

Martes foina Indireto Dejeto 1 1,53

Sciurus vulgaris Indireto Marcas de alim. 1 1,53

Sus scrofa Indireto Trilho 1 1,53

Vulpes vulpes Indireto Dejeto 3 4,58

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RÉPTEIS INVENTARIADOS

21 de julho de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IQA

T10 Psammodromus algirus 1 1,53

T16 Podarcis hispanica 1 1,53

11 de agosto de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IQA

T10 Psammodromus algirus 2 3,05

T16 Podarcis hispanica 2 3,05

Psammodromus algirus 1 1,53

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AVIFAUNA INVENTARIADA

21 de julho de 2015

Transeto Taxa

Banda N.º Observações Abundância

Relativa

T10

Aegithalos caudatus 0-50 4 0,40

Dendrocopos major 0-50 1 0,10

Emberiza cia 0-50 1 0,10

Erithacus rubecula 0-50 1 0,10

Sylvia undata 0-50 1 0,10

T16

Aegithalos caudatus 0-50 1 0,10

Erithacus rubecula 0-50 2 0,20

Parus ater 0-50 1 0,10

Parus cristatus 0-50 3 0,30

Picus viridis 0-50 1 0,10

Regulus ignicapilla 0-50 1 0,10

Sylvia undata 0-50 1 0,10

Troglodytes troglodytes 0-50 2 0,20

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11 de agosto de 2015

Transeto Taxa

Banda N.º Observações Abundância

Relativa

T10

Aegithalos caudatus 0-50 3 0,30

Buteo buteo >100 1 0,10

Parus cristatus 0-50 1 0,10

Regulus ignicapilla 0-50 2 0,20

Sylvia undata 0-50 4 0,40

Troglodytes troglodytes 0-50 1 0,10

T16

Aegithalos caudatus 0-50 8 0,80

Erithacus rubecula 0-50 3 0,30

Parus caeruleus 0-50 1 0,10

Parus cristatus 0-50 5 0,50

Picus viridis 0-50 1 0,10

Serinus serinus 0-50 2 0,20

Sitta europaea 0-50 1 0,10

Sylvia atricapilla 0-50 1 0,10

Sylvia undata 0-50 1 0,10

Troglodytes troglodytes 0-50 1 0,10

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LEPIDÓPTEROS INVENTARIADOS

21 de julho de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IA

T10

Arethusana arethusa 9 3,00

Aricia cramera 1 0,33

Brintesia circe 7 2,33

Coenonympha pamphilus 16 5,33

Melanargia lachesis 1 0,33

Pieris napi 3 1,00

T16

Aricia cramera 1 0,33

Coenonympha pamphilus 15 5,00

Colias croceus 1 0,33

Euplagia quadripunctaria 1 0,33

Lasiommata megera 3 1,00

Melanargia lachesis 3 1,00

11 de agosto de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IA

T10

Arethusana arethusa 7 2,33

Brintesia circe 7 2,33

Coenonympha dorus 13 4,33

Hipparchia statilinus 4 1,33

Pontia daplidice 1 0,33

T16

Coenonympha pamphilus 8 2,67

Hipparchia statilinus 1 0,33

Leptotes pirithous 4 1,33

Lasiommata megera 4 1,33

Pieris brassicae 2 0,67

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04 de setembro de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IA

T10

Brintesia circe 2 0,67

Hipparchia statilinus 3 1,00

Lasiommata maera 2 0,67

Lasiommata megera 1 0,33

Pontia daplidice 5 1,67

T16

Leptotes pirithous 17 5,67

Lasiommata maera 3 1,00

Lasiommata megera 1 0,33

Pararge aegeria 1 0,33

22 de setembro de 2015

Transeto Taxa N.º Observações IA

T10

Hipparchia statilinus 1 0,33

Lasiommata megera 2 0,67

Leptotes pirithous 4 1,33

Pieris brassicae 1 0,33

Rhodometra sacraria 11 3,67

T16

Leptotes pirithous 15 5,00

Lasiommata maera 1 0,33

Lasiommata megera 2 0,67