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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E. 1

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Sumário

1 - Mensagem do Conselho de Administração 1

2 - Indicadores da actividade assistencial e económico-financeiros 3

3 - Órgãos Sociais 5

4 - Organograma 6

5 - Breve apresentação 7

6 - Actividade assistencial desenvolvida em 2010 15

7 - Avaliação da satisfação dos utentes 46

8 - Recursos humanos 54

Evolução dos efectivos 54

Segurança higiene e saúde no trabalho 58

Formação 61

9 - Sistemas de Informação 63

10 - Visão económica e financeira 67

Análise económica 69

Situação financeira e patrimonial 88

Investimentos 90

11 - Desenvolvimento estratégico e actividade para 2011 93

Principais linhas de actuação 93

Actividade assistencial prevista 95

Investimentos 97

12 - Proposta de aplicação de resultados 98

13 - Demonstrações financeiras 99

Balanço analítico 99

Demonstração de resultados 101

Demonstração dos fluxos de caixa 103

Demonstração de resultados por funções 104

14 - Anexo ao balanço e à demonstração de resultados 105

15 - Certificação legal de contas 115

16 - Relatório e parecer do Fiscal Único 117

17 - Governo da sociedade 118

18 - Mapas de controlo orçamental 134

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Mensagem do Conselho de Administração

Com a criação do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, em Fevereiro de 2009, foram

criadas as condições indispensáveis para uma melhoria dos cuidados hospitalares na parte

Norte do Distrito de Aveiro, com cerca de 330.000 habitantes. A integração das três

Unidades Hospitalares, localizadas em Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira

de Azeméis, veio facilitar a articulação entre os serviços de prestação de cuidados

diferenciados e clarificar o processo de encaminhamento dos doentes.

Saliente-se que, a partir de 2006, o processo de reorganização do dispositivo assistencial da

região sofreu um forte impulso, incidindo em particular na concentração do bloco de partos,

da urgência médico-cirúrgica e do internamento de pediatria no Hospital de São Sebastião.

Estas medidas impuseram-se pela necessidade de assegurar uma maior segurança no

tratamento dos doentes, pela dificuldade de contratação de equipas médicas adequadas, e

pela necessidade de uma utilização mais racional dos recursos materiais e financeiros

disponíveis, num contexto de promoção da sustentabilidade económica e financeira do

Serviço Nacional de Saúde.

Durante o exercício de 2009 foi decidido proceder a uma profunda reformulação da estrutura

organizativa existente nos três hospitais, atribuindo-se a responsabilidade pela gestão dos

serviços de prestação de cuidados e de gestão e logística a uma única chefia, de modo a

aligeirar o processo de tomada de decisão.

Por outro lado, foi necessário uniformizar os procedimentos de gestão de doentes inscritos

para consulta externa ou para realização de intervenção cirúrgica, cujas listas de espera

constituem dois dos principais problemas que se fazem sentir em muitos dos hospitais que

integram o Serviço Nacional de Saúde.

Em 2010, em especial, desenvolveu-se a cirurgia do ambulatório no Hospital de São João da

Madeira, melhorou-se o atendimento na área da psiquiatria com a criação de um hospital de

dia, centralizou-se a consulta da dor, alargou-se o programa de tratamento cirúrgico da

obesidade e desenvolveram-se programas de rastreio/tratamento de várias especialidades.

Conforme a informação divulgada regularmente pela Administração Regional de Saúde do

Norte, conseguiu-se uma forte redução do numero de doentes em lista de espera cirúrgica,

bem como na mediana do tempo de espera, quando se compara a evolução entre 2009 e

2010, para a data de 31 de Dezembro. Em linha com os objectivos definidos no contrato

programa, desenvolveram-se programas de recuperação das listas de espera para consulta

externa nas especialidades com maiores atrasos.

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Em termos económico-financeiros, sublinhe-se os resultados líquidos positivos alcançados

em 2010, ao contrário do registado no ano anterior, relevando-se a boa situação financeira

evidenciada no balanço do Centro Hospitalar no final do exercício e que tem permitido

manter um baixo prazo médio de pagamentos aos fornecedores de bens e serviços .

O ano de 2010 ficou marcado pela necessidade de reduzir a despesa do Estado, tendo-se

apresentado um plano de contenção de custos, conforme as orientações do Ministério das

Finanças e do Plano e da Ministra da Saúde. Relativamente ao ano anterior, os custos totais

evoluíram em queda (-2,5%), não só devido às medidas tomadas pelo Conselho de

Administração neste domínio, mas também como resultado da racionalização do dispositivo

assistencial e a reafectação dos recursos humanos.

Para 2011, está prevista uma redução nos preços de pagamento dos cuidados de saúde

prestados pelos Hospitais do SNS, no âmbito das medidas do Pacto de Estabilidade e

Crescimento, e a que corresponderá um significativo decréscimo no financiamento do Estado.

Mesmo assim, impõe-se o reapetrechamento dos serviços e o desenvolvimento de novas

áreas de actividade, de acordo com as responsabilidades assistenciais que lhe estão

atribuídas.

O empenhamento dos colaboradores tem sido decisivo na obtenção de um nível de

actividade assistencial elevado, impondo-se uma melhoria no controlo dos custos, alterando

processos de trabalho e eliminando desperdícios, de modo a manter o Centro Hospitalar

como uma instituição de referência na prestação de cuidados de saúde da Região Norte.

O Conselho de Administração

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Indicadores da actividade assistencial

2009 2010 (1 Fev.-31 de Dez.)

Internamento e Cirurgia de Ambulatório

Nº de Camas 403 409

Doentes Saídos

Internamento (com Berçário, sem OBS) 21.204 22.327

Cirurgia de Ambulatório 5.433 6.440

Total 26.637 28.767

Demora Média 4,7 4,8

Taxa de Ocupação 73,1 72,3

Doentes Tratados / Cama 53 55

Case - mix 0,95 0,97

Ambulatório

Consultas Externas

Total de Consultas 297.344 316.022

Nº de Primeiras Consultas 112.177 120.215

Primeiras Consultas / Total 37,73% 38,00%

Urgências 179.655 190.839

Urgências / Dia 538 523

Hospital Dia Oncológico (nº de sessões) 14.479 17.145

Outros

Medicina Física e Reab. (nº de sessões) 429.878 525.342

Serviço Domiciliário (nº de visitas) 1.963 1.979

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Indicadores económicos e financeiros

2009 2010 (1 Fev. - 31 de Dez.)

Contas de Resultados

Prestações de Serviços 82.501.920 89.965.065

Subsídios à Exploração 196.610 159.091

Resultados Operacionais -3.148.594 -1.526.461

Resultados Financeiros 693.017 726.226

Resultados Correntes -2.455.577 -800.235

Resultado Líquido -1.585.160 343.001

EBITDA 2.093.246 4.515.553

Estrutura do Balanço

Activo Fixo 26.354.391 24.560.858

Activo Circulante 82.736.842 87.168.132

Activo Total 109.091.233 111.728.991

Capital Próprio 76.704.095 77.188.664

Passivo Corrente 32.387.137 34.540.327

Rácios de Situação Financeira

Liquidez Geral 2,55 2,52

Liquidez Reduzida 2,48 2,46

Rácios de Estrutura

Autonomia Financeira 0,70 0,69

Solvabilidade 2,43 2,27

Rácios de Gestão

Prazo Médio Recebimento (em dias) 48 56

Prazo Médio Pagamento (em dias) 33 21

Duração Média Existências (em dias) 44 41

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Órgãos Sociais Conselho de Administração

Presidente Fernando Martins da Silva

Vogais Maria da Piedade Pacheco Amaro - Directora Clínica

José David dos Santos Ferreira – Enfermeiro Director

Pedro Nuno Figueiredo dos Santos Beja Afonso

Luís Manuel de Sousa Matias

António Cândido Ferreira Lima (1 de Janeiro a 30 de Novembro)

Fiscal Único

Efectivo Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Álvaro, Falcão &

Associados, representada pelo Dr. Guy Alberto Fernandes de Poças

Falcão

Suplente Dr.ª Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa

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Organograma

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Breve apresentação

Enquadramento

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., adiante designado por CHEDV,

com sede em Santa Maria da Feira, foi constituído a 1 de Fevereiro de 2009, por via do

Decreto-Lei n.º 27/2009, de 27 de Janeiro de 2009. Este agregou o Hospital de São

Sebastião, E.P.E. (Santa Maria da Feira), o Hospital de São João da Madeira e o Hospital São

Miguel (Oliveira de Azeméis).

A nova instituição passou a ser responsável pelos cuidados de saúde a uma população de

aproximadamente 350.000 habitantes, residentes nos concelhos de Santa Maria da Feira,

Arouca, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Ovar. Em resultado de

uma solicitação efectuada pela Administração Regional de Saúde do Norte, actualmente, o

CHEDV inclui também na sua área de influência algumas freguesias do concelho de Castelo

de Paiva.

A criação do Centro Hospitalar veio culminar um processo de reorganização dos cuidados

hospitalares na parte Norte do Distrito de Aveiro. Entre vários aspectos, esta reorganização

permitiu centralizar a área materno-infantil no Hospital São Sebastião, o que não invalida a

existência de consultas externas nas outras unidades hospitalares, e redefinir o papel dos

vários serviços de urgência que outrora existiam nesta zona do distrito de Aveiro.

O Hospital de São Sebastião (HSS), criado em 1996, entrou em funcionamento a 4 de

Janeiro de 1999, na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 151/98, de 5 de Junho. Foi

dotado com um modelo de gestão inovador, o qual definiu o estatuto jurídico pelo qual a

instituição passou a reger-se. Este diploma conferiu, pela primeira vez a um hospital público,

uma natureza empresarial, recorrendo aos métodos, técnicas e instrumentos habitualmente

utilizadas pelo sector privado, para a sua organização e gestão. Desses meios de gestão,

podem salientar-se, entre outros, a contratualização do financiamento em função das

actividades a prosseguir, o estabelecimento de contratos individuais de trabalho e de

incentivos aos profissionais, e a agilização da contratação dos meios necessários ao seu

funcionamento.

O Hospital de São João da Madeira (HSJM), instalado num edifício dos anos 60 do século

XX, que pertence à Santa Casa da Misericórdia local, foi integrado, em Dezembro de 1974,

na rede nacional de hospitais públicos (i.e. SNS), por força da nacionalização, consignada no

Decreto de Lei n.º 704/74, de 7 de Dezembro. O Hospital, ao longo dos anos, foi aumentado

e melhorado quer em instalações (consulta externa, blocos cirúrgicos, urgência, fisioterapia e

outros), quer em equipamentos. Até à constituição do CHEDV este hospital pertencia ao

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Sector Publico Administrativo (SPA), estando a sua organização e ferramentas de gestão

enquadradas neste estatuto.

Inaugurado a 1 de Julho de 1895, o Hospital de São Miguel (HSM), sediado em Oliveira

de Azeméis, foi erigido graças à determinação de beneméritos da então vila de Oliveira de

Azeméis e doado à Santa Casa da Misericórdia, entretanto fundada com o propósito de

assumir a sua gestão, o que aconteceu até 1975 - data da sua nacionalização, já com o

estatuto adquirido três anos antes de Hospital Distrital.

À semelhança do Hospital de São João da Madeira, esta unidade hospitalar sempre pertenceu

ao SPA. Trata-se de uma unidade que apresenta instalações degradadas e desadequadas

para as actuais exigências da prática médica, apesar de algumas remodelações de que foi

alvo nos últimos anos.

Em 1979, pelo Decreto de Lei n.º 3/79, de 24 de Fevereiro, é criado o “Centro Hospitalar de

Aveiro Norte”, juntando os hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis,

situação que se manteve até 1989. Desta fusão, pela nova organização, resultou a junção de

especialidades e respectiva distribuição pelas duas unidades, ficando em São João da

Madeira as especialidades cirúrgicas e em Oliveira de Azeméis as especialidades médicas e a

área materno-infantil - situação que se manteve, até a criação do CHEDV. Note-se que, no

momento da criação do CHEDV o Ministério da Saúde já tinha encerrado o Serviço de

Urgência existente no Hospital de São João da Madeira e a Maternidade do Hospital São

Miguel.

A transformação de diversos hospitais em Entidades Públicas Empresariais (EPE) teve o

seu início com o Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro. Desde então, vários

hospitais foram transformados em EPE, permitindo uma gestão com carácter empresarial,

orientada para a satisfação das necessidades dos utentes. Nos últimos anos, o Ministério da

Saúde tem optado por reorganizar a prestação dos cuidados de saúde hospitalares sob a

forma de Centros Hospitalares. Esta fusão de unidades hospitalares perspectiva que se criem

sinergias e que se melhore a organização da oferta de cuidados de saúde, com repercussões

nas vertentes da acessibilidade e segurança do doente, assim como da eficiência dos

cuidados prestados.

A constituição do CHEDV implicou, necessariamente, uma reorganização de todos os serviços

de apoio logístico do Centro Hospitalar e uma redefinição do perfil assistencial de cada

unidade. Esta reorganização teve por base a implementação de três princípios estratégicos,

em concreto:

a. Privilegiar a proximidade;

b. Assegurar os níveis máximos de segurança do doente;

c. Fomentar a eficiência.

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Relativamente aos serviços de apoio logístico centralizaram-se no HSS todas as actividades,

criando-se no HSM e no HSJM um serviço multifunções de apoio geral, no âmbito das

actividades relacionadas com o Serviço de Recursos Humanos, Serviços Financeiros e

Serviços de Aprovisionamento. Interveio-se nos serviços de limpeza e de apoio e vigilância

de cada unidade, optando-se pela implementação do modelo de insourcing, em uso no HSS.

Quanto ao Serviço de Limpeza e Tratamento de Roupa mantém-se, para o HSM e HSJM, o

modelo de outsourcing. Foi feito um redimensionamento dos serviços de Patologia Clínica, de

Imagiologia e dos Serviços Farmacêuticos, em cada hospital. Procedeu-se à concentração

dos Serviços de Esterilização das duas unidades satélite no HSJM.

A implementação de um serviço de transporte entre as várias unidades foi fundamental para

viabilizar a concentração de algumas actividades, em particular nas áreas laboratoriais,

farmacêuticas e de aprovisionamento geral. De modo a permitir uma ágil circulação dos

funcionários entre as várias unidades, criou-se um serviço de transfer, com horários fixos.

Em termos informáticos, é de referir que em Outubro de 2009 procedeu-se à unificação do

sistema de informação SONHO do HSJM com o do HSS. A integração do SONHO do HSM foi

realizada no dia 1 de Janeiro de 2010. O processo clínico electrónico utilizado no HSS e

desenvolvido internamente, denominado por Medtrix EPR, é actualmente utilizado nas

restantes duas unidades hospitalares.

No que se refere à componente de prestação de cuidados destacam-se as medidas

contempladas no quadro seguinte, desde a criação do CHEDV.

Principais medidas tomadas no âmbito da reorganização assistencial do CHEDV

Hospital São João da Madeira Hospital São Miguel

Abertura da Unidade de Cirurgia de Ambulatório

Dinamização da cirurgia de ambulatório

Redução no número de camas de internamento (de 60 para 32 camas)

Reestruturação das equipas da “Consulta de Medicina Geral”, em particular no período nocturno

Reestruturação das equipas médicas/enfermagem de apoio ao internamento

Dinamização da consulta de Psiquiatria

Criação da oferta da consulta de Pediatria

Criação do Hospital de Dia de Psiquiatria

Centralização do Hospital de Dia da Dor (HSS e HSM)

Encerramento do Internamento aos fins-de-semana, entre as 15h de Sábado e as 8h de Domingo

Encerramento do Serviço de Internamento de Pediatria

Dinamização dos meios de diagnóstico no âmbito da Cardiologia

Reestruturação do apoio médico de suporte avançado de vida

Reestruturação das equipas de enfermagem do internamento

Reestruturação das equipas médicas de apoio ao SUB

Fim da realização de actividade cirúrgica (cirurgia pediátrica de ambulatório)

Centralização da consulta de Neurologia no HSS

Centralização do hospital de dia da dor no HSJM

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Ao longo do ano de 2010 continuou-se com o projecto de unificação do Processo Clínico,

sendo o objectivo a existência de um processo clínico único por utente no CHEDV, de modo a

apoiar a avaliação clínica.

Para além de se continuar a aprofundar a reorganização dos serviços, efectuou-se ao longo

do ano de 2010 um conjunto de intervenções físicas / investimentos relacionadas com o

processo de integração das unidades, destacando-se a intervenção profunda que se fez no

piso de internamento, entretanto desactivo, do HSJM, de modo a criar o Hospital de Dia de

Psiquiatria do CHEDV, e a intervenção que se fez na cozinha do HSM.

O ano de 2010 foi um ano de consolidação e de aprofundamento de algumas das medidas de

reorganização, tomadas em 2009, uma vez que a concentração de alguns dos serviços de

logística, a mobilidade interna de alguns funcionários, a normalização de procedimentos, a

criação de novas competências e ofertas de serviços, a reorientação do perfil assistencial das

unidades, a implementação de novos sistemas de informação, o ajuste da tipologia da oferta

de serviços e a nomeação de lideranças únicas para os vários serviços que compõem o

CHEDV, são questões cujo impacto e as necessidades reorganizativas estendem-se no

tempo.

O facto do CHEDV ter sido constituído a 1 de Fevereiro de 2009, veio limitar as análises

comparativas aconselháveis a um Relatório e Contas. De modo a permitir uma análise mais

abrangente optou-se por apresentar os resultados, neste Relatório e Contas, da seguinte

forma:

• 2008 – resultados das três unidades hospitalares (HSS EPE, HSJM SPA e HSM SPA).

• Ano de 2009 – considera, para além dos resultados do CHEDV, o mês de Janeiro de

cada uma das unidades hospitalares.

• Ano de 2010 – resultados do CHEDV.

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Missão e valores

A missão do Centro Hospitalar passa por atender e tratar, em tempo útil, os doentes dos

concelhos da parte norte do distrito de Aveiro, com eficiência, qualidade e a custos

socialmente comportáveis, em articulação com a rede de hospitais que integram o Serviço

Nacional de Saúde, com a rede de cuidados de saúde primários e com a rede nacional de

cuidados continuados integrados. Faz, ainda, parte da sua missão a participação no ensino e

na formação pré e pós–graduada de pessoal técnico de saúde e o desenvolvimento de linhas

de investigação clínica.

O funcionamento do Centro Hospitalar e a actuação dos colaboradores regem-se por um

conjunto de valores que se podem sintetizar nos seguintes:

• Respeito pelo indivíduo - Procurando responder às necessidades dos doentes e dos

colaboradores, com respeito pela privacidade e encorajando a sua participação no

processo de decisão;

• Qualidade - Procurando a excelência na prestação de cuidados, utilizando modernas

tecnologias, num ambiente seguro, atractivo e amigável;

• Performance - Utilizando de modo eficiente os recursos da comunidade;

• Inovação - Incentivando e premiando a exploração de novas ideias e o

desenvolvimento de novas actividades;

• Ética - Advogando os mais elevados princípios de conduta em todas as acções e

decisões, como base para a confiança pública.

Os colaboradores do Centro Hospitalar regem-se ainda pelo Código de Ética da instituição,

que pretende definir as regras e os princípios a observar pelos colaboradores no exercício da

sua actividade profissional.

A especificidade como unidade prestadora de cuidados de saúde implica que os seus

colaboradores tenham normalmente a necessidade de tomar decisões em circunstâncias

complexas ligadas à saúde humana e às ciências da saúde. É neste espaço de actuação

individual e colectiva que os valores deontológicos assumem maior importância e significado.

Como tal, o Centro Hospitalar assume um conjunto de valores essenciais e de regras de

conduta que devem orientar e inspirar o comportamento de todos os colaboradores,

alcançando assim o reconhecimento do serviço público que presta à comunidade.

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Evolução da população residente na área de atracção

O CHEDV presta assistência a uma área que integra um conjunto de seis concelhos

localizados na região norte do distrito de Aveiro. Em 2007 a constituição do Centro

Hospitalar Gaia/Espinho veio alterar a rede de referenciação nesta região, uma vez que os

habitantes do concelho de Espinho passaram a ser referenciados para o Hospital de Gaia.

Este facto não invalida que os utentes deste concelho ainda recorram ao serviço de urgência

médico-cirúrgica existente no Hospital de São Sebastião.

A população residente nestes concelhos era constituída, segundo o último censo realizado

em 2001, por 332 milhares de habitantes, dos quais 170 milhares eram do sexo feminino e

162 milhares do sexo masculino, conforme se regista no quadro seguinte.

População residente por concelho

Concelho 1991 2001 v. 91-01

H M HM H M HM HM

Sta. Maria da Feira 57.573 61.068 118.641 66.601 69.363 135.964 14,6%

Ovar 24.181 25.478 49.659 26.936 28.262 55.198 11,2%

Arouca 11.609 12.285 23.894 11.891 12.337 24.228 1,4%

Sub-Total 93.363 98.831 192.194 105.428 109.962 215.390 12,1%

Oliveira de Azeméis 32.739 34.107 66.846 34.683 36.038 70.721 5,8%

Vale de Cambra 12.022 12.515 24.537 12.226 12.572 24.798 1,1%

S. João da Madeira 8.910 9.542 18.452 10.072 11.030 21.102 14,4%

Sub-Total 53.671 56.164 109.835 56.981 59.640 116.621 6,2%

Total 147.034 154.995 302.029 162.409 169.602 332.011 9,9% Continente 4.521.845 4.854.081 9.375.926 4.765.270 5.103.780 9.869.050 5,3%

Fonte: INE - Censos 2001

A população do concelho de Santa Maria da Feira representa cerca de 41% do total de

residentes nesta parte do distrito de Aveiro, sendo também este o concelho que apresentou

um maior crescimento entre 1991 e 2001. O crescimento populacional foi também

significativo nos concelhos de São João da Madeira e Ovar, enquanto que nos restantes

concelhos esse crescimento foi moderado.

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Caracterização do dispositivo assistencial

A prestação de cuidados hospitalares na parte norte do distrito de Aveiro é assegurada pelos

hospitais de Santa Maria da Feira, de Oliveira de Azeméis e de São João da Madeira, que

constituem o CHEDV, e pelos hospitais de Ovar e de Espinho, este último integrado no

Centro Hospitalar Gaia/Espinho, desde 2007.

Até 2006, os hospitais de Oliveira de Azeméis e de São João da Madeira

complementavam-se, sendo que ao Hospital São Miguel estavam cometidas

responsabilidades assistenciais nas especialidades de Cardiologia, Medicina Interna,

Ginecologia/Obstetrícia, Pneumologia e Pediatria, e ao Hospital de São João da Madeira

competia a assistência nas especialidades de Cirurgia Geral, Ortopedia, ORL, Oftalmologia e

Urologia.

Porém, a exígua dimensão dos quadros médicos destes dois hospitais em algumas

especialidades, a par da inexistência de unidades de cuidados intermédios ou intensivos,

transformaram o Hospital de São Sebastião no hospital de referência dos mesmos, em

especial na Oftalmologia, Cardiologia, Neurologia, Gastrenterologia, Urologia e Oncologia.

No que diz respeito ao Hospital de Espinho, uma vez integrado num Centro Hospitalar, ficou

perfeitamente definido o encaminhamento dos pedidos de consulta externa das diversas

especialidades e o fluxo de doentes para a urgência, tendo-se registado uma diminuição dos

que acorrem ao HSS, desde essa data.

O Hospital Francisco Zagalo - Ovar tem vindo a passar por uma reformulação da sua missão,

nomeadamente através da integração de uma unidade de prestação de cuidados

continuados. No entanto, apesar de não estar integrado no CHEDV e de pertencer a outra

Região de Saúde (centro), este deverá continuar a drenar parte dos doentes para o HSS, por

razões de acessibilidade e preferência da população.

A partir de 2006, assistiu-se a uma profunda reformulação do dispositivo assistencial desta

região, como consequência de um conjunto de reformas que foram definidas pelo Ministério

da Saúde e implementadas no âmbito do processo de reorganização do Centro Hospitalar.

Apresentam-se, de seguida, as medidas de reorganização que tiveram um maior impacto.

• Em 1 de Junho de 2006, na sequência do plano de reorganização da rede de

maternidades do país, foi encerrado o núcleo de partos do Hospital São Miguel, pelo que,

desde então, todos os partos passaram a ser realizados no HSS, assim como as

urgências obstétricas e ginecológicas.

• A partir de Março de 2007 o Hospital de São Sebastião deixou de ter um SAP a funcionar

nas suas instalações, que era assegurado por médicos do Centro de Saúde de Santa

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Maria da Feira, no período compreendido entre as 8 e as 24 horas. Este SAP funcionava,

desde 4 de Janeiro de 1999, com base num protocolo celebrado com a Sub-Região de

Saúde de Aveiro.

• Em Abril de 2007 foi encerrada a urgência e o internamento de pediatria do Hospital de

Ovar, competindo ao Hospital de São Sebastião a responsabilidade pelo atendimento na

urgência e no internamento de todos os doentes do foro pediátrico que até então eram

atendidos naquele hospital.

• Em Junho de 2007 o Hospital de São Sebastião passou a depender da Administração

Regional de Saúde do Norte, bem como os restantes hospitais atrás mencionados, com

excepção do Hospital de Ovar.

• Em Outubro de 2007 a urgência cirúrgica do Hospital de São João da Madeira passou a

ser assegurada integralmente pelo Hospital de São Sebastião, com base num protocolo

celebrado entre as duas instituições.

• Em Dezembro de 2007 foi encerrada a urgência do Hospital de Ovar, passando os

doentes a ser encaminhados para o Hospital de São Sebastião.

• Em Fevereiro de 2009 foi criado o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga,

integrando os hospitais de São Sebastião, de São João da Madeira e de Oliveira de

Azeméis.

• Em Março de 2009 foi inaugurada uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório no Hospital

de São João da Madeira, que resultou numa intervenção em cerca de 500 m2 do primeiro

piso. Esta unidade inclui, para além de gabinetes de consulta e de pequena cirurgia, uma

área de recobro pós-cirúrgico com 6 camas (e respectivo cadeirão de apoio) e 5

cadeirões.

• Em Maio de 2009 procedeu-se ao encerramento de um piso de internamento do Hospital

de São João da Madeira com 35 camas.

• Em Maio de 2009 o Hospital São Miguel deixou de ter internamento de Pediatria,

optando-se pela sua concentração no Hospital de São Sebastião.

• Em Julho de 2009 foram criadas as condições para a instalação de um Serviço de

Psiquiatria no CHEDV, de modo a dar uma resposta no âmbito da Saúde Mental.

• Em Abril de 2010 iniciou o Hospital de Dia de Psiquiatria do CHEDV, sediado no Hospital

de São João da Madeira.

• Em Outubro de 2010 abriu o Hospital de Dia da Dor, no Hospital de São João da Madeira,

centralizando a actividade desenvolvida, nesse âmbito, no HSS e HSM.

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Actividade assistencial desenvolvida em 2010 Internamento Em 2010 continuou a verificar-se uma diminuição no número de doentes saídos do

internamento, face a 2009 (-4,0%). Esta diminuição deveu-se essencialmente ao maior

desenvolvimento da cirurgia de ambulatório e à diminuição verificada nas áreas de

obstetrícia, pediatria e urologia. As especialidades cirúrgicas apresentam uma diminuição de

-3,7%, o berçário de -4,9% e as especialidades médicas tiveram um aumento de 1,3%.

De seguida, apresentam-se alguns factores, uns de natureza interna e outros de natureza

externa, que contribuíram para estes resultados:

• A redução da natalidade e consequente redução do número de partos tem sido uma

constante nos últimos anos, afectando o movimento do serviço de obstetrícia e do

berçário. Apesar de ter havido uma diminuição inferior à verificado no ano transacto

(-9,2%), em 2010 o berçário teve -114 recém-nascidos (-4,9%).

• O encerramento do Serviço de Internamento de Pediatria no HSM (14 camas), em Maio

de 2009, teve ainda repercussões em 2010. Esta medida implicou uma diminuição no

número de doentes saídos, uma vez que não se assistiu a uma exacta transferência do

número de episódios de internamento de pediatria do HSM para o HSS. Na realidade

assistiu-se, em 2010, a uma diminuição de -382 doentes saídos (-25,2%) no Serviço de

Pediatria.

• A reconfiguração acentuada no perfil assistencial do HSJM, em virtude da necessidade de

aumentar os níveis de segurança clínica, de acesso e de eficiência. O HSJM passou a ter

uma vocação essencialmente de ambulatório, havendo uma transferência de doentes

cirúrgicos do internamento para o hospital de dia cirúrgico, o que provocou um aumento

considerável da actividade desta linha de produção. Os impactos desta politica tiveram

também reflexos no ano de 2010, uma vez que esta só foi implementada já no fim do

primeiro semestre de 2009. Em 2010 o HSJM teve uma diminuição de -50% no número

de doentes saídos do internamento.

• O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório permitiu que se verificasse nesta área um

aumento de 9,3%, face a 2009, o que significou mais 549 doentes intervencionados e

que tiveram uma estadia inferior a 24 horas.

• A redução da actividade cirúrgica desenvolvida no âmbito do exercício da clínica privada,

tendo em 2010 sido realizadas apenas 9 cirurgias nesse âmbito (-55%).

Uma análise por unidade permite constatar que os factores explicitados anteriormente

tiveram um reflexo diferente em cada uma delas. O Hospital de São da Madeira teve uma

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diminuição no número de doentes saídos de -50,0%, o Hospital de São Miguel de -11,1% e

no Hospital São Sebastião assistiu-se a um acréscimo de 0,9%.

Evolução dos indicadores do internamento

Indicadores 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Total de doentes saídos 25.298 23.263 22.327 -4,0%

Doentes saídos sem Berçário e OBS 22.823 20.975 20.181 -3,8%

Berçário 2.573 2.336 2.222 -4,9%

OBS 18 0 0 -

Demora média 4,62 4,66 4,82 3,4%

Demora média sem Berçário e OBS 4,77 4,83 5,00 3,5%

Demora média do Berçário 3,10 3,03 2,95 -2,6%

Demora média do OBS 1,00 - - -

Taxa de Ocupação 73,9 73,5 72,3 -1,6%

Taxa de ocupação sem Berçário e OBS 74,7 74,0 73,1 -1,2%

Taxa de ocupação do Berçário 75,8 66,7 62,2 -6,8%

Taxa de ocupação do OBS 1,0 - - -

Doentes saídos por cama 59 58 55 -5,2%

Doentes saídos por cama s/ Berçário e OBS 57 56 53 -5,4%

Doentes saídos por cama no Berçário 89 81 77 -4,9%

Doentes saídos por cama no OBS 4 - - -

Verificou-se um aumento da demora média, associado ao facto de ter havido uma

transferência de doentes para a cirurgia de ambulatório, o que contribuiu para a diminuição

de -3,7% no número de doentes saídos dos serviços cirúrgicos. Outra das razões para o

aumento da demora média passa pelo facto de se ter verificado um maior número de

doentes saídos dos serviços médicos (+1,3%), uma vez que a demora média destes serviços

é 6,7 dias, contra os 3,5 dias dos serviços cirúrgicos.

No global, assistiu-se a uma ligeira diminuição da taxa de ocupação, verificando-se, no

entanto, um aumento da taxa de ocupação de 80,7% para 81,5% nos serviços médicos,

entre 2009 e 2010. A diminuição da taxa de ocupação do CHEDV está associada à

transferência de um número elevado de doentes para a cirurgia de ambulatório.

Apesar desta ligeira diminuição na taxa de ocupação, o hospital continua a ter uma forte

pressão na gestão de camas, uma vez que existe uma diferença significativa entre a

ocupação semanal e a ocupação aos fins-de-semana, devendo-se esta diferença à gestão de

camas efectuada pelas especialidades cirúrgicas.

Em Fevereiro de 2010 o Centro Hospitalar desactivou o seu Plano de Contingência para Gripe

A, que tinha activado em Novembro de 2009. Na realidade, a Gripe H1N1 não teve impacto

no movimento do internamento.

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No que respeita ao “índice case-mix” dos doentes internados, importa salientar que este

indicador tem vindo sempre a aumentar, tendo progredido de 0,93 (2008) para 0,97 (2010),

o que significa um maior nível de diferenciação dos cuidados prestados.

Evolução do índice case-mix (ICM) por unidade

Unidades 2008 2009 2010

Hospital de São Sebastião 0,95 0,95 0,97

Hospital São João da Madeira 0,94 1,01 0,99

Hospital São Miguel 0,80 0,88 1,00

O aumento do ICM do Hospital de São João da Madeira está relacionado com a deslocação de

um grande volume de doentes, com “case-mix” mais baixo, para a cirurgia de ambulatório, o

que implica necessariamente um aumento do “case-mix” dos doentes internados. Já no que

se refere à unidade de Oliveira de Azeméis a variação de 14% no ICM, entre 2008 e 2010,

relaciona-se com o fim do Serviço de Internamento de Pediatria nesta unidade, em Maio de

2009, que por norma tem um “case-mix” mais reduzido.

Evolução do ICM dos doentes saídos por serviço

Serviços 2008 2009 2010

Berçário 0,16 0,14 0,17

Cardiologia 1,67 1,52 1,49

Cirurgia Geral 1,06 1,09 1,14

Ginecologia 0,73 0,77 0,73

Medicina 1,18 1,14 1,12

Neonatologia 3,53 5,87 3,01

Neurologia 0,81 0,87 0,84

OBS - - -

Obstetrícia 0,51 0,50 0,50

Oftalmologia 0,69 0,72 0,69

Ortopedia 1,46 1,47 1,55

ORL 0,74 0,75 0,77

Pediatria 0,61 0,80 0,80

Pneumologia 1,00 1,10 1,01

Quartos Particulares 1,28 0,91 0,70

Unidade de Cuidados Intermédios 1,38 1,21 1,01

UCI Coronários 1,72 1,72 1,96

UCI Polivalente 3,52 3,69 3,13

Urologia 0,76 0,79 0,80

Total 0,93 0,95 0,97

Do quadro acima, realça-se o aumento do ICM da UCI Coronários (+13,7%), da Ortopedia

(5,4%) e da Cirurgia Geral (5,0%). O Serviço de Neonatologia retomou os valores de 2008,

note-se que o ICM deste serviço foi de 1,24 em 2006 e de 2,21 em 2007. Quanto à Pediatria,

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constata-se que este serviço tinha, em 2008, um ICM de 0,44 no HOAZ e de 0,72 no HSS. A

integração do serviço de pediatria, entre outros factores, levou a um aumento do “case-mix”

deste serviço em 2009 e que se manteve em 2010.

Como contributo para o aumento do ICM merece também destaque, nas especialidades

médicas, o tratamento dos acidentes vasculares cerebrais e a utilização de técnicas nas

áreas da pneumologia e da gastrenterologia. Nas especialidades cirúrgicas é de referir a

utilização da cirurgia minimamente invasiva num grau mais elevado, bem como a utilização

generalizada de técnicas cirúrgicas por via laparoscópica. Deve ainda salientar-se a cirurgia

da obesidade por bypass (cirurgia geral), a cirurgia do fígado e do pâncreas (cirurgia geral),

a cirurgia da coluna, da anca, do joelho e da mão (ortopedia), a vitrectomia e o transplante

da córnea (oftalmologia) e a cirurgia guiada por computador (ORL).

Em 2010 verificaram-se algumas alterações no ranking dos dez Grupos de Diagnóstico e

Terapêutica (GDH) mais frequentes, tal como se pode ver pela tabela seguinte.

Dez GDH mais frequentes Evolução do ICM dos doentes saídos por serviço

Nº GDH GDH

Posição 2010

Posição 2009

Posição 2008

629 Recém-nascido, peso ao nascer > 2499g, sem procedimento

significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal

1 1 1

373 Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação 2 2 2 119 Laqueação venosa e flebo-extracção 3 4 3 371 Cesariana, sem CC 4 3 4 359 Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in

situ e/ou doença não maligna, sem CC 5 6 7

372 Parto vaginal, com diagnósticos de complicação 6 7 6 14 Acidente vascular cerebral com enfarte 7 9 9 162 Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade >17

anos, sem CC 8 5 5

494 Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC 9 11 10

541 Perturbações respiratórias, excepto infecções, bronquite ou asma, com CC major 10 8 8

Destaca-se o facto do GDH 359- Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in

situ e/ou doença não maligna, sem CC ter vindo a subir no ranking nos últimos três anos e a

subida de duas posições do GHD 14 – Acidente vascular cerebral com enfarte.

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Bloco Operatório O CHEDV possui três blocos operatórios, dois no HSS e um no HSJM. O primeiro bloco

localiza-se no piso 3 do HSS e tem seis salas de operações, com uma zona de recobro com

apenas 7 camas, o que provoca algumas limitações no fluxo normal dos doentes

intervencionados. O segundo localiza-se no piso 1 do HSS e tem apenas duas salas, sendo

utilizado em exclusivo pela oftalmologia e ORL. O terceiro bloco situa-se no HSJM e é

constituído por três salas de bloco com 4 camas de recobro, com possibilidade de activação

de um total de 7 camas de recobro.

A produção do bloco operatório foi muito semelhante à realizada em 2009, assistindo-se a

uma diminuição de -0,4% no número de doentes intervencionados (-64 doentes). Para uma

melhor compreensão dos resultados dever-se-á ter em consideração os seguintes aspectos:

• Diminuição de -8,2% (-251 doentes) no número de doentes intervencionados no

âmbito da cirurgia urgente.

• Diminuição de -11,4% na cirurgia obstétrica, em resultado da diminuição do número

de cesarianas realizadas (-91 cesarianas).

• Diminuição de -68,0% (17 doentes) no número de doentes intervencionados, no

âmbito da actividade cirúrgica realizada em regime de privada.

Como se pode verificar, a ligeira diminuição da produção cirúrgica relaciona-se com variáveis

exógenas, que não têm impacto nas dimensões do acesso e da rentabilização da capacidade

instalada. Aliás, como se verá nos quadros seguintes, houve um aumento da produção

cirúrgica electiva.

Número total de doentes intervencionados

Serviços 2008 2009 2010

∆% 09/10

Cirurgia Geral 5.117 4.780 5.100 6,7%

Cirurgia Pediátrica 123 75 0 -100,0%

Cirurgia Plástica 123 108 202 87,0%

Obstetrícia 1.141 1.048 930 -11,4%

Ginecologia 1.377 1.426 1.718 20,6%

Oftalmologia 3.272 3.566 2.962 -16,9%

ORL 1.339 1.467 1.459 -0,5%

Ortopedia 3.929 3.803 3.985 4,8%

Urologia 602 512 382 -25,4%

Cirurgia Privada 47 25 8 -68,0%

Total 17.070 16.810 16.746 -0,4%

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De destacar o aumento da produção em Cirurgia Plástica (+87,0%), consequência da

implementação de um programa especial para recuperação da lista de espera, e em

Ginecologia (+20,6%). A cirurgia plástica enquadra-se num âmbito de consultadoria externa

e tem como actividade principal a cirurgia reconstrutiva, sendo a sua intervenção

complementar a um procedimento ou tratamento prévio efectuado no CHEDV.

Destaca-se, também, o aumento de produção em Cirurgia Geral (+6,7%) e Ortopedia

(+4,8%), uma vez que o aumento da produção electiva conseguiu superar a diminuição do

números de doentes intervencionados em cirurgia urgente, -115 e -27 doentes,

respectivamente.

O facto do CHEDV ter integrado o Programa Nacional para Tratamento Cirúrgico da

Obesidade (PTCO) foi importante para o crescimento da produção cirúrgica em Cirurgia

Geral. No âmbito deste programa, o CHEDV cumpriu na totalidade a meta a que se tinha

proposto (300 doentes).

Verificou-se uma diminuição significativa no número de doentes intervencionados em

Oftalmologia (-16,9%), motivada pelo facto de em 2010 não ter existido o PACO (Programa

de Acesso à Cirurgia Oftalmológica), o que implicou necessariamente uma redução da

produção, sem haver, necessariamente uma diminuição do acesso. Este programa foi

desenvolvido pelas instituições do SNS de Julho de 2008 a Junho de 2009.

Assistiu-se, de igual forma, a uma diminuição significativa na produção cirúrgica de Urologia

(-25,4%), em resultado da saída de um urologista (em Fevereiro) em três médicos e da

ausência de um outro pelo período de três meses. De modo a colmatar esta insuficiência, foi

efectuada uma parceria com o Centro Hospitalar Gaia/Espinho, com vista a permitir a

continuidade da resposta urológica no CHEDV.

A produção existente de Cirurgia Pediátrica, em 2008 e 2009, é referente à actividade

cirúrgica desenvolvida no Hospital de São Miguel, que entretanto deixou de ser realizada. A

actividade cirúrgica a crianças e jovens com idade pediátrica passou a ser realizada no

Hospital São Sebastião, no âmbito de cada serviço.

Em sentido contrário ao que se vinha a verificar nos últimos anos, o serviço de ginecologia

apresenta uma tendência de recuperação da sua actividade cirúrgica, em resultado da

dinamização desta actividade no HSJM. Para uma melhor ilustração deste facto, refira-se

que, entre 2008 e 2010, a actividade cirúrgica de ginecologia triplicou no HSJM, passando de

209 doentes intervencionados em 2008, para 658 doentes em 2010. Aliás, antes da

constituição do CHEDV a actividade cirúrgica ginecológica já estava, de algum modo

suspensa por falta de recursos, sendo que em Janeiro de 2009, não há registo deste tipo de

actividade no HSJM.

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A referir, ainda, que a cirurgia privada desenvolvida no HSS tem mantido uma tendência

decrescente, o que levou, já em 2008, a uma diminuição no número de quartos particulares

reservados para esta actividade, de 5 para 3.

Número de doentes intervencionados em cirurgia programada por hospital

Serviços 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Hospital São Sebastião 10.418 10.593 9.617 -9,2%

Hospital São João da Madeira 3.565 3.078 4.316 40,2%

Hospital São Miguel 123 75 0 -100,0%

Total 14.106 13.746 13.933 1,4%

A politica definida por este Centro Hospitalar, de canalizar a produção cirúrgica de

ambulatório para o Hospital de São João da Madeira, permitiu que a produção cirúrgica nesta

unidade aumentasse 40,2%, face a 2009, atingindo-se o valor mais alto dos últimos anos.

Note-se que, em 2009 a redução verificada face a 2008 relacionou-se, essencialmente, com

a diminuição de 428 doentes operados no âmbito de um programa extraordinário para

recuperação da lista de espera SIGIC.

A diminuição da produção cirúrgica no Hospital São Sebastião foi acompanhada por um

aumento do “case-mix” dos episódios cirúrgicos, nomeadamente em Cirurgia Geral e

Ortopedia. No global, o CHEDV aumentou em 1,4% o número de doentes intervencionados

no bloco operatório, em cirurgia programada.

O Centro Hospitalar continua a manter um nível de actividade cirúrgica substancialmente

superior ao registado em hospitais com a mesma dimensão e diferenciação, tomando ainda

em linha de conta a quantidade de recursos humanos e as salas de operações disponíveis.

Número de doentes intervencionados por tipo de cirurgia

Áreas 2008 2009 2010

∆% 09/10

Programada convencional 9.450 7.855 7.493 -4,6%

Ambulatório 4.656 5.891 6.440 9,3%

Urgente 2.964 3.064 2.813 -8,2%

Total 17.070 16.810 16.746 -0,4%

Total doentes programados 14.106 13.746 13.933 1,4%

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Olhando especificamente para a cirurgia urgente, que é apenas realizada no HSS, observa-se

um decréscimo assinalável de -8,2%, que, surpreendentemente, apesar do encerramento

em 2006, do Serviço de Urgência do Hospital de São João da Madeira e consequente

transferência da actividade cirúrgica urgente para o HSS, o valor apurado em 2010 é o mais

baixo desde 2002. Foram intervencionados por dia 8,1 doentes em 2008, 8,4 em 2009 e 7,7

doentes em 2010.

A cirurgia de ambulatório teve, em 2010, um incremento muito significativo, mantendo-se a

tendência iniciada no ano transacto. Esta atingiu um peso relativo de 47,6% no total dos

GDH cirúrgicos programados, tal como se pode ver pela tabela seguinte, que ilustra a

concretização da orientação estratégica para o desenvolvimento da cirurgia de ambulatório,

no âmbito do Centro Hospitalar.

Evolução da taxa de cirurgia de ambulatório por hospital (GDH)

Áreas 2008 2009 2010

Hospital de São Sebastião 39,5% 41,6% 31,7%

Hospital São João da Madeira 13,6% 48,8% 81,7%

CHEDV 33,8% 43,5% 47,6%

Como se pode verificar, a conversão do Hospital de São da Madeira numa unidade de

cirurgia de ambulatório foi atingida, uma vez que mais de 80% do produção cirúrgica nesta

unidade é realizada nesse regime. Esta estratégia só foi concretizada pelo facto de se terem

eliminado áreas geográficas de referenciação dentro do Centro Hospitalar, vigorando como

critério de referenciação o tipo de cirurgia e a co-morbilidade associada ao doente. Desta

forma, o CHEDV consegue oferecer à sua população, além de melhores níveis de

acessibilidade, melhores níveis de segurança clínica.

Número de doentes intervencionados em cirurgia do ambulatório

Serviços 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Cirurgia Geral 525 658 1.179 79,2%

Cirurgia Pediátrica 123 74 0 -100,0%

Ginecologia 379 477 997 109,0%

Oftalmologia 2549 3.092 2.503 -19,0%

ORL 481 717 730 1,8%

Ortopedia 488 809 993 22,7%

Urologia 75 61 30 -50,8%

Outras 36 3 4 -25,0%

Total 4.656 5.891 6.440 9,3%

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Para além da Unidade de Cirurgia de Ambulatório do HSJM existem condições no HSS que

permitem o desenvolvimento da cirurgia do ambulatório, designadamente quando os doentes

não possuem condições para ter alta no próprio dia. Estão afectas, para o efeito, 10 camas

para os doentes que precisam de permanecer no hospital menos de 24 horas.

Entre 2009 e 2010, observa-se um aumento de 9,3% no número de doentes

intervencionados em regime de cirurgia de ambulatório, porém, é de realçar que, entre 2008

e 2010, esse acréscimo foi de 38,3%. Em 2010, verificou-se um grande desenvolvimento da

cirurgia de ambulatório em Ginecologia (+109,0%) e Cirurgia Geral (+79,2%). Note-se que,

entre 2008 e 2009, Ginecologia (+163,1%), Cirurgia Geral (+124,6) e Ortopedia (103,5%)

mais que duplicaram o número de doentes intervencionados em regime de ambulatório. O

crescimento da cirurgia de ambulatório só não foi maior devido à redução verificada em

Oftalmologia (-19%), pelos motivos expostos.

Para além da existência, no HSJM, da Unidade de Cirurgia de Ambulatório, contribuíram,

também, para os resultados alcançados, outras intervenções que se realizaram nesta

unidade hospitalar, nomeadamente, o alargamento de 4 para 7 camas no Recobro 1 e a

reformulação do Serviço de Esterilização, que permitiu o encerramento do Serviço de

Esterilização do HSM e a resposta no HSJM das necessidades de esterilização destas duas

unidades.

Em termos da lista de espera cirúrgica verifica-se uma diminuição de 1.087 doentes

(-19,8%), quando se confronta a situação existente em 31 de Dezembro de 2010 com a

mesma data do ano anterior. Observa-se, de igual forma, uma diminuição da mediana do

tempo de espera para cirurgia em -25%, passando o valor de 2,8 meses para 2,1 meses.

Este resultado é consequência da politica de gestão dos tempos de espera implementada no

CHEDV.

Para além do processo de contratualização interna, da preocupação na rentabilização da

capacidade instalada e do empenho no cumprimento dos tempos de espera clinicamente

aceitáveis, para 2010 o Centro Hospitalar definiu como uma das prioridades a diminuição dos

tempos máximos de espera para cirurgia. De modo a concretizar esse objectivo, foram

tomadas diversas medidas, nomeadamente:

• Reorganizou-se a produção cirúrgica, de acordo com a orientação estratégica

definida para o Hospital São João da Madeira.

• Concretizou-se um programa especial de recuperação de lista de espera cirúrgica

para cirurgia da coluna, sendo necessário, assim, redefinir a programação cirúrgica,

de modo a libertar tempos de bloco operatório e a aproveitar a consultadoria externa

que o CHEDV têm nesta área.

• Efectuou-se um programa especial no âmbito da Cirurgia Plástica e redefiniu-se o

modelo de referenciação interna.

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• Criaram-se modelos de reporting, de modo a permitir a monitorização e intervenção

neste processo ao longo do ano.

As medidas implementadas permitiram que se alcançassem os resultados expressos no

quadro seguinte:

Nº de doentes inscritos na lista de espera cirúrgica e tempo de espera

Serviço

31-Dez-08 31-Dez-08 31-Dez-09 31-Dez-10

HSS HSJM CHEDV CHEDV

Nº Doentes Mediana Nº Doentes Mediana Nº Doentes Mediana Nº Doentes Mediana

Cirurgia Geral 560 1,6 122 1,9 1.031 1,5 1.012 1,5

Cirurgia Plástica 170 9,6 - - 296 8,2 196 3,8

Ginecologia 315 1,9 76 7,5 319 1,7 202 1,4

Oftalmologia 1.259 3,2 128 1,7 992 2,4 748 1,4

Ortopedia 1.352 3,7 206 1,4 2.155 4,7 1.751 3,5

ORL 598 3,9 192 7,6 611 3,7 412 2,2

Urologia 77 1,8 132 6,0 84 2,1 80 1,1

Total 4.331 3,0 856 3,0 5.488 2,8 4.401 2,1

Fonte: SONHO

Para além da Cirurgia Plástica, que sofreu em 2010 um plano de intervenção específico e

apresenta uma evolução positiva bastante explicita, apenas a especialidade de Ortopedia

apresenta uma mediana de espera superior a 3 meses.

Analisando especificamente os tempos de espera para o HSJM, constata-se que a criação do

Centro Hospitalar veio oferecer à população do concelho de São João da Madeira melhores

níveis de acesso, sendo esse facto evidenciado de forma muito expressiva em Ginecologia,

Otorrinolaringologia e Urologia.

Em resultado da implementação pelo Ministério da Saúde do Programa de Acesso à Cirurgia

Oftalmológica (PACO), no segundo semestre de 2008, o Serviço de Oftalmologia que tinha

um peso de 26,7% na lista de espera do CHEDV a 31 de Dezembro de 2008, apresentou, a

31 de Dezembro de 2009 um peso de 18,1%. Apesar do PACO ter acabado em 2009,

continuou a verificar-se uma diminuição no peso que o serviço de oftalmologia tem na lista

de espera lista cirúrgica, atingindo, a 31 de Dezembro de 2010, 17,0%.

Em contrapartida, a Cirurgia Geral, que a 31 de Dezembro de 2008 tinha um peso de 13,1%,

considerando o HSS e o HSJM, passou, em 2009, para 18,8% e em 2010 para 23,0%. O

Serviço de Ortopedia é aquele que apresenta um maior peso na lista de espera cirúrgica,

pois cerca de 39,8% dos utentes em espera estão inscritos nesta especialidade, mantendo-

se este valor praticamente inalterado face ao ano transacto.

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De um modo geral, todos as especialidades diminuíram o número de utentes em espera para

cirurgia, sendo essa diminuição mais expressiva na Ginecologia (-36,7%), na Cirurgia

Plástica (-33,8%) e em ORL (-32,6%).

Para uma devida comparação entre os anos de 2008, 2009 e 2010, no que respeita ao

número de cirurgias (ver quadro “Actividade Cirúrgica – nº de cirurgias e doentes

intervencionados”), há que referir que no HSJM foi corrigido, a partir de Junho de 2009, o

registo de cirurgias oftalmológicas. Isto é, entre 2008 e 2009, passou-se de um rácio de 2,6

cirurgias por doente intervencionado para 1,7, nesta unidade de saúde.

Constata-se, assim, uma melhoria generalizada no acesso à cirurgia, a mencionar:

• Diminuição em -19,8% no número de inscritos para cirurgia;

• Diminuição em -25,0% na mediana do tempo de espera para cirurgia,

• Todas as especialidades tiveram um número de doentes em espera e uma mediana

do tempo de espera inferior ao verificado em 2009;

• O tempo máximo de espera para cirurgia baixou de 43 meses, a 31 de Dezembro de

2009, para 20 meses, a 31 de Dezembro de 2010;

• Redução de 368 doentes, que a 31 de Dezembro de 2009 tinham um tempo de

espera para cirurgia superior a 365 dias, para 45 doentes, a 31 de Dezembro de

2010 (-87,8%).

• O peso que os doentes com uma espera superior a 365 dias têm na lista de espera

passou de 6,8% para 1,0%, entre 2009 e 2010.

• Segundo o relatório da ARS Norte, dos hospitais que têm listas de inscritos com mais

de 3.000 doentes, o CHEDV é aquele que apresenta a média e a mediana do tempo

de espera para cirurgia mais reduzidas.

De modo a melhor ilustrar os bons resultados alcançados, refere-se que em 31 de Dezembro

de 2007 a mediana do tempo de espera dos doentes que aguardavam cirurgia no Hospital

São Sebastião era de 4,6 meses.

A Portaria nº1529, de 2008, veio definir os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG)

no acesso a cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde. Na tabela seguinte pode-se

verificar que o CHEDV cumpriu, em 2010, os TMGR para os quatro “níveis de prioridades”,

tendo melhorado em três dos quatro níveis. Realça-se a evolução muito positiva do Tempo

de Resposta (TR) alcançado no “nível de prioridade 4”.

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Nível de cumprimento dos tempos de resposta garantidos

Nível de acesso e tipo de cuidados TMRG (Portaria nº1529/2008) TMGR

TR 2009

TR 2010

∆% 09/10

Prioridade " de nível 4" de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar

72 horas após a indicação clínica

3 dias 5,6 0,4 -92,9%

Prioridade " de nível 3" de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar

15 dias após a indicação clínica

15 dias 9,2 7,7 -16,3%

Prioridade " de nível 2" de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar

60 dias após a indicação clínica 60 dias 51,8 54,3 4,8%

Prioridade " de nível 1" de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar

270 dias após a indicação clínica

270 dias 121,7 109,4 -10,1%

Pode-se, assim, afirmar que, para além de ter havido uma melhoria significativa e

sustentada, o CHEDV oferece, às populações que serve, um bom nível de acesso à cirurgia,

respeitando além do tempo de espera os respectivos níveis de prioridade.

Núcleo de Partos Como se pode verificar pelo gráfico seguinte, apesar de um ligeiro crescimento verificado em

2006, que coincidiu com o encerramento da maternidade do HSM (Oliveira de Azeméis),

concretizado em 1 de Junho de 2006, o número de partos apresenta uma tendência

decrescente, atingindo-se em 2010 o valor mais reduzido desde o inicio do HSS, em 1999.

Refira-se que no ano de 1999 as maternidades do Hospital de Ovar e do Hospital São Miguel

ainda estavam activas.

Na realidade, em consequência da baixa da taxa de natalidade que se tem vindo a sentir em

todo o país e do possível aumento da oferta, por parte do sector privado, na área obstétrica,

assiste-se a uma diferença de 742 partos (-24,4%), quando se compara o ano com maior

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número de partos (2000) com o de 2010. Entre 2009 e 2010 verificou-se uma variação

negativa de -4,2% (-100 partos) no número de partos, sendo, no entanto, uma redução

inferior à verificada no ano transacto (-9,9%). O número de partos por dia foi em 2010 de

6,3 partos.

Uma análise dos partos por concelho permite verificar que se continua a assistir a uma

diminuição acentuada nos partos cuja parturiente reside em Castelo de Paiva, -30,5% em

2009 e -37,1% em 2010, em relação ao ano transacto. Este facto resulta da alteração da

rede de referenciação, estando este concelho, na sua maioria, a referenciar para o Hospital

Padre Américo, EPE. Houve, também, uma redução significativa no número de parturientes

oriundas do distrito do Porto (-40,9%). Estes dois factos implicaram uma diminuição de -80

partos, num total de -100 partos verificados em 2010, face a 2009.

Movimento do núcleo de partos

2008 2009 2010 ∆% 09/10

Tipo de partos Eutócicos 1.546 1.384 1.340 -3,2%

Cesarianas 828 763 669 -12,3%

Ventosas 273 232 262 12,9%

Forceps 8 14 22 57,1%

Total 2.655 2.393 2.293 -4,2%

Taxa de cesarianas 31,2% 31,9% 29,2% -8,5% N.º de partos por dia 7,3 6,6 6,3 -4,2%

Com se pode verificar, assistiu-se em 2010 a uma diminuição na taxa de cesarianas de

-2,7 p.p.. Em doze anos de funcionamento da maternidade do Hospital São Sebastião apenas

em 2000, 2001 e 2010 é que o valor da taxa de cesarianas foi inferior a 30%. A

percentagem de partos eutócicos passou de 57,8% (2009) para 58,4%, em 2010.

De acordo com o relatório enviado pela ARS Norte que fez uma avaliação sobra a taxa de

cesarianas na região, podemos observar que, no segundo semestre de 2010, em treze

hospitais/centros hospitalares o CHEDV apresentou a 3º taxa de cesarianas mais reduzida

(28,2%). A Região Norte apresentou uma taxa de cesarianas de 32,0%.

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Consulta Externa

A consulta externa mantém uma dimensão muito significativa na actividade do CHEDV,

propiciando uma boa acessibilidade. No entanto, a criação do Centro Hospitalar permitiu

reorganizar a oferta de consultas, levando a alguns ajustamentos, que implicaram uma

diminuição da produção.

Em 2010, assistiu-se a uma diminuição de -2,7% no número de consultas externas, tendo-se

verificado uma diminuição mais significativa nas consultas subsequentes (-3,2%), do que

nas primeiras consultas (-1,9%). Houve na realidade um ajustamento das agendas, uma

normalização dos registos e uma menor duplicação de actos. Assistiu-se, também, à saída ou

ausência de alguns médicos, como no caso de Urologia (que apresenta cerca de menos duas

mil consultas que em 2009), e fim do PACO (Oftalmologia tem, em 2010, cerca de menos

três mil e setecentas consultas do que em 2009).

Evolução do número de consultas

2008 2009 2010 ∆% 09/10

Primeiras consultas 120.475 122.483 120.215 -1,9%

Consultas subsequentes 206.680 202.355 195.807 -3,2%

Total 327.155 324.838 316.022 -2,7%

Primeiras consultas / Total (%) 36,8% 37,7% 38,0% 0,9%

Analisando cada uma das unidades individualmente, face a 2009, verifica-se que o HSJM

apresenta uma variação positiva de +1,9% no número total de consultas, o HSS de -1,4% e

o HSM uma redução de -29,6%. A redução das consultas no Hospital São Miguel está muito

relacionada com a redução das consultas de Pediatria e de Anestesiologia (Dor).

Consultas Externas por hospital

Serviços 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Hospital São Sebastião 223.395 224.319 221.266 -1,4%

Hospital São João da Madeira 75.183 76.018 77.497 1,9%

Hospital São Miguel 28.577 24.501 17.259 -29,6%

Total 327.155 324.838 316.022 -2,7%

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Quanto ao Serviço de Pediatria, como já se referiu, este sofreu uma reestruturação ao longo

do ano de 2009, com a concentração do internamento no HSS, que teve repercussões

também no ano de 2010. Apesar de se ter mantido a área de ambulatório no HSM houve

uma evidente quebra na produção, sendo frequentemente a oferta de consultas superior à

procura. No que se refere à Anestesiologia procedeu-se a uma reformulação no tipo de

registos da actividade desenvolvida.

Excluindo as consultas realizadas no âmbito da “consulta de medicina geral” existente no

HSJM, o HSS representa 77,9% do total das consultas, o HSJM 16,1% e o HSM 6,1%.

As especialidades cirúrgicas apresentam uma redução de -5,1%, em particular devido a

Oftalmologia (-10,2%) e Urologia (-29,2%). Destacam-se as variações positivas verificadas

em Cirurgia Plástica (+7,8%) e Ortopedia (+0.4%). No caso de Urologia, para além da saída

de dois médicos em quatro, um em 2009 e outro em 2010, um dos restantes médicos esteve

ausente por um período longo. De modo a minorar os impactos negativos da falta de

médicos, o CHEDV solicitou o apoio do Centro Hospitalar Gaia/Espinho.

Refere-se que nas especialidades médicas, que tiveram uma redução global de -1,0%, a

Psiquiatria continua a apresentar crescimentos muito significativos (+82,2%), resultado da

contratação de psiquiatras no decorrer do ano de 2009. Esta é uma área que está em franco

desenvolvimento no CHEDV.

As perturbações, por saída/ausência de recursos médicos em Gastroenterologia (-13,5%) e a

reorganização nas áreas de Imuno-hemoterapia (-11,2%) e de Medicina Interna (-7,6%)

contribuíram em grande parte para a redução das consultas das especialidades médicas.

Excluindo a consulta de medicina geral existente no HSJM, o peso relativo das primeiras

consultas no total evoluiu positivamente, entre 2009 e 2010. Nas especialidades médicas o

peso das primeiras consultas passou de 29,9% para 30,6%, observando-se nas

especialidades cirúrgicas uma ligeira diminuição, passando-se de 31,8% para 31,6%.

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Nº de doentes (P1’s) a aguardar marcação de primeiras consultas

Serviço

31-Dez-08 (2) 31-Dez-09 (2) 31-Dez-10 (2)

CHEDV HSS HSJM HSM CHEDV CHEDV

Nº Doentes

TME (1) TME (1) TME (1) Nº Doentes

TME (1)

Nº Doentes

TME (1)

Anestesia (Dor) 1 51 48 24 4 19 3 13

Cardiologia 23 32 62 72 14 49 11 57

Cirurgia Geral 1603 81 55 0 658 40 1.166 55

Consultorias 8 57 0 0 1 42 4 47

Gastroenterologia 398 99 0 0 197 110 342 130

Ginecologia 340 52 84 79 473 125 423 98

Imuno-hemoterapia 1 39 0 32 0 28 2 28

Medicina Interna 58 35 37 59 27 40 31 36

MFR 40 90 29 17 33 62 9 66

Neurologia 36 20 0 170 44 36 32 29

Nutrição 19 134 0 172 1 0 0 79

Obstetrícia 16 20 0 47 15 25 60 26

Oftalmologia 2797 109 182 0 1.584 72 4.169 87

Oncologia 2 15 0 0 0 19 1 18

ORL 433 80 156 0 391 56 564 69

Ortopedia 662 140 50 0 1.065 84 1.561 101

Pediatria 46 41 0 37 130 77 3 54

Pneumologia 173 90 0 159 30 44 75 53

Psicologia 7 0 0 30 1 0 0 0

Psiquiatria 0 0 0 0 3 0 4 54

Reumatologia 19 178 0 0 1 56 2 67

Urologia 676 156 189 0 550 117 1.096 192

Total 7.358 90 91 60 5.222 66 9.558 77

(1) Tempo médio de espera para as consultas realizadas

(2) Fonte SONHO

No quadro anterior apresenta-se a evolução do número de doentes a aguardar marcação

para primeiras consultas no final de cada ano, constatando-se que, em 2010, houve uma

aumento significativo no número de doentes em espera e um acréscimo no tempo médio de

espera, sendo que o valor apurado é inferior ao observado em 2008. Dos 4.336 inscritos a

mais em lista de espera, face a 2009, 2.585 estão inscritos em oftalmologia, que contudo

originou um acrescimento pouco significativo no tempo de espera desta especialidade.

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Na análise do Tempo Médio de Espera para as consultas realizadas, constata-se um conjunto

de melhorias em várias áreas, nomeadamente nas áreas médicas. Destacam-se as seguintes

especialidades: Ginecologia, Medicina Interna, Neurologia e Pediatria.

Como se pode verificar houve, em 2010, um grande aumento das referenciações dos Centros

de Saúde, pois o número de inscritos em lista de espera aumentou muito mais do que a

ligeira diminuição verificada no número nas primeiras consultas.

A acessibilidade à consulta externa é reforçada através da tabela seguinte que indica, com

base nas consultas referenciadas através do programa Alert P1, qual a percentagem de

consultas que cumpre os requisitos, estipulados na Portaria n.º 615/2008, de 11 de Julho

(Consulta a Tempo e Horas), e na Portaria n.º 1529/2008, de 26 de Dezembro (Tempos

Máximos de Resposta Garantidos).

Cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG)

UUnniiddaaddee FFeevveerreeiirroo 22000099 FFeevveerreeiirroo 22001100 FFeevveerreeiirroo 22001111

HSS

In TMRG 84%

Out TMRG 16%

Mediana (dias) 72

HSJM

In TMRG 76%

Out TMRG 24%

Mediana (dias) 84

HSM

In TMRG 85%

Out TMRG 15%

Mediana (dias) 31

CHEDV

In TMRG 94% 90%

Out TMRG 6% 10%

Mediana (dias) 49 68

Fonte: Relatórios Consulta a Tempo e Horas - ARS Norte. Apesar de ter havido o aumento do tempo médio de espera em algumas especialidades,

considera-se que, de um modo geral, o Centro Hospitalar oferece aos seus utentes uma boa

acessibilidade à consulta externa.

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32

Esse dado é validado pelo facto de, segundo o Relatório Monitorização Mensal da Lista de

Espera para Primeira Consulta Externa, de Fevereiro de 2011, da Administração Regional de

Saúde do Norte, o CHEDV apresentar:

• Uma mediana do tempo de espera de 68 dias, face aos 86 dias apurados para a

Região Norte.

• A terceira mediana do tempo de espera para a consulta externa mais baixa, dos

hospitais/centros hospitalares doa Região Norte que têm mais do que cinco mil

utentes em lista de espera.

• Em 90,3% das referencias dos Centros de Saúde uma resposta inferior ao TMRG (In

TMRG), sendo em contrapartida o valor médio da Região Norte de 70,5%.

• O melhor In TMRG dos hospitais/centros hospitalares da Região Norte que têm mais

do que cinco mil utentes em lista de espera.

Da comparação dos resultados das três unidades, no momento de constituição do CHEDV

(Fevereiro de 2009), com o resultado do mês homólogo de 2011, constata-se que as

referências do Centros de Saúde (P1’s) estão a ter uma melhor resposta do que antes da

constituição do Centro Hospitalar, em particular no HSJM. No caso do Hospital São Miguel

convém assinalar que as consultas disponibilizadas nesta unidade, essencialmente de

Medicina Interna, Pediatria e Anestesiologia (Dor) têm, no CHEDV, um In TMRG de 100% e

uma mediana do tempo de espera de 10, 17 e 3 dias, respectivamente.

Segundo o mesmo relatório podemos verificar que em vinte especialidades quinze

apresentam uma resposta dentro dos TMRG, ou seja com um In TMRG de 100%. As

especialidades em que isso não se verifica são a Cirurgia Geral (99%), a Ortopedia (96%), a

Oftalmologia (94%), Gastrenterologia (70%) e a Urologia (42%). Em Cirurgia Geral,

Ortopedia e Oftalmologia o não cumprimento a 100% relaciona-se com casos muito

específicos e com o aumento considerável no número de referenciações. Já nos casos de

Gastrenterologia e Urologia há uma clara insuficiência de recursos médicos (oferta) face à

procura.

O CHEDV tem reforçado os mecanismos de aviso aos doentes, através de envio de

mensagens por SMS, mediante o acesso ao agendamento das consultas e exames registados

na aplicação de gestão de doentes SONHO, tendo sido esta prática estendia ao HSJM e ao

HSM. A implementação desta medida e o ajustamento das agendas de consulta externa

permitiu que no HSJM a taxa de faltas de comparência às consultas baixasse para 8,6%

(semelhante ao valor do HSS) e no HSM para 11,2%. Em 2009, esse indicador foi de 13,6%

no HSJM e de 14,6% no HSM.

O processo de reorganização do CHEDV, implicou, também, a concretização de alguns

ajustamentos na Consulta de Medicina Geral que actualmente existe no Hospital de São João

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

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da Madeira (HSJM), conhecida como “urgência”. O redimensionamento da equipa e do nível

de serviço não pôs em causa a acessibilidade do doente nem qualquer nível de segurança.

Entre 2009 e 2010 assistiu-se a uma variação negativa de -2,0%, no número de doentes que

acorre a esta consulta (cerca de 87 doentes/dia).

Serviço de Urgência

O Serviço de Urgência do CHEDV é composto por uma Urgência Médico-Cirúrgica, existente

no HSS, e pelo Serviço de Urgência Básica (SUB) do HSM.

Em 2010 a actividade do serviço de urgência registou uma variação de -3,4%, semelhante à

variação verificada, entre 2008 e 2009, de -3,5%. Assistiu-se a uma diminuição muito

acentuada no SUB do HSM (-14,4%), enquanto que na urgência médico-cirúrgica do HSS a

variação foi de apenas -0,3%.

Movimento da urgência

2008 2009 2010 ∆% 09/10

Atendimentos urgentes

Serviço de Urgência Básica - HSM 46.502 43.042 36.853 -14,4%

Urgência Médico-Cirúrgica - HSS 158.208 154.480 153.986 -0,3%

Total 204.710 197.522 190.839 -3,4%

Média diária 559 541 523

A variação negativa verificada na urgência médico-cirúrgica, sediada no HSS, representou

menos -494 episódios de urgência. No entanto, esta diminuição foi acompanhada por um

acréscimo no número de doentes mais graves. Entre 2009 e 2010, recorreram à urgência

médico-cirúrgica +417 doentes com “prioridade laranja” (+3,4%) e +2.172 doentes com

“prioridade amarela” (+3,6%). Em contrapartida houve um decréscimo de -2.809 doentes

“com prioridade verde”.

A diminuição de -3,4% (6.683 episódios) no total dos dois serviços de urgência está

relacionada, para além de uma diminuição da procura, com o facto de ter havido uma

integração dos sistemas de informação. Esse facto, implicou que as transferências de

doentes efectuadas entre os dois serviços de urgência passassem a ser registadas apenas

num dos serviços e não nos dois, como acontecia quando tinham sistemas de informação

independentes. Uma vez que a integração dos SONHOS, entre estas duas unidades, ocorreu

a 1 de Janeiro de 2010, houve um impacto de registo de -3.599 episódios nos dois serviços

de urgência, uma vez que este foi o número de transferências efectuadas entre as duas

urgências.

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Nesse sentido, é necessário considerar as 2.524 transferências de doentes que se realizaram

entre o SUB do HSM e a Urgência Médico-Cirúrgica do HSS, para melhor perceber a

diminuição tão significativa de -14,4% (-6.189 episódios) que se verificou no SUB do

Hospital São Miguel. Ainda assim , houve um decréscimo significativo no movimento do SUB.

A redução no número de urgências torna-se mais significativa, uma vez que em 2007 esta

região foi alvo de um conjunto de medidas que se inseriram no plano de reestruturação da

rede de urgências, a saber:

• O encerramento da urgência cirúrgica do Hospital de S. João da Madeira;

• O encerramento da urgência do Hospital de Ovar;

• A concentração do atendimento urgente e emergente de pediatria, existente nos

Hospitais de Ovar e de Oliveira de Azeméis;

• A transformação do serviço de urgência do Hospital São Miguel num Serviço de

Urgência Básica (SUB).

Em 2010 efectuou-se um conjunto de alterações organizacionais na Urgência Médico-

Cirúrgica, sustentadas pela implementação de um modelo de contratualização. A

implementação deste modelo permitiu uma melhoria generalizada dos indicadores de

desempenho, que se encontram na tabela seguinte.

Indicadores de Desempenho da Urgência Médico-Cirúrgica

Indicador 2009 2010 ∆% 09/10

% de reclamações 0,56% 0,35% -37%

Tempo médio de espera entre a triagem e a observação médica - "prioridade laranja" (min.) 20 16 -21%

Tempo médio de espera entre a triagem e a observação médica - "prioridade amarela" (min.)

59 41 -31%

% de reingressos em 72 horas 5,0% 5,5% 9%

% de abandonos 2,1% 1,3% -40%

Tempo médio de estadia na urgência (horas) 3,1 2,8 -11%

Tempo médio entre a admissão e o internamento (horas) 5,3 5,3 0%

Custo unitário por episódio em medicamentos 1,65 € 1,51 € -8%

Custo unitário por episódio em material de consumo clínico 1,95 € 1,81 € -7%

A destacar as diminuições significativas no âmbito das reclamações, dos tempos de espera,

dos abandonos e dos custos unitários.

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Proveniência dos doentes admitidos no serviço de urgência

Proveniência 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Sta. Maria da Feira 95.757 88.069 85.930 -2,4%

Ovar 23.223 24.470 24.934 1,9%

Oliveira de Azeméis 51.612 50.513 45.050 -10,8%

Arouca 6.240 6.507 5.636 -13,4%

S. João da Madeira 6.843 7.678 7.359 -4,2%

Espinho 2.401 2.038 2.267 11,2%

Vale de Cambra 6.978 7.101 8.927 25,7%

Castelo de Paiva 2.633 2.586 2.183 -15,6%

Outros concelhos do distrito de Aveiro 2.627 2.573 2.493 -3,1%

Distrito do Porto 3.645 3.371 3.197 -5,2%

Outros distritos 1.270 1.184 1.253 5,8%

Sem indicação de distrito 1.481 1.432 1.610 12,4%

Total 204.710 197.522 190.839 -3,4%

O número de doentes provenientes dos concelhos de Castelo de Paiva (-15,6%) e de Santa

Maria da Feira (-2,4%) continuou a evoluir no sentido de uma forte queda, à semelhança do

que se tinha passado no ano de 2008 e 2009. Por sua vez, há que registar o maior afluxo de

doentes provenientes dos concelhos de Vale de Cambra (+25,7%), Espinho (+11,2%) e de

Ovar (+1,9%).

O ainda impacto da reestruturação da rede de urgência, o melhor acompanhamento dos

doentes no ambulatório do CHEDV e a implementação da Reforma dos Cuidados de Saúde

Primários serão certamente variáveis que contribuíram para estes resultados.

Doentes transferidos para hospitais de nível superior ou especializados

Hospital 2008 2009 2010 ∆% 09/10

CHVNG – Gaia 885 765 745 -2,6%

H. Sto. António – Porto 384 397 342 -13,9%

H.S. João – Porto 237 367 560 52,6%

HUC – Coimbra 41 30 16 -46,7%

IPO – Porto 26 23 26 13,0%

H da Prelada – Porto 13 4 10 150,0%

HC Maria Pia – Porto 0 5 7 40,0%

H. Joaquim Urbano – Porto 9 3 4 33,3%

Maternidade Júlio Diniz – Porto 0 3 3 0,0%

Outros 22 39 40 2,6%

Total 1617 1.636 1.753 7,2%

Transferências / Doentes emergentes (%) 0,79% 0,83% 0,92%

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Entre 2009 e 2010 assistiu-se a uma subida na percentagem de doentes transferidos para

hospitais de nível superior, relacionada, com a maior severidade dos doentes atendidos na

Urgência Médico-Cirúrgica do HSS.

O Hospital de São João foi aquele onde, nos hospitais com maior número de transferências,

houve uma variação mais significativa (+52,6%) – algo que se verificou também no ano

transacto. Em contrapartida, houve uma diminuição nas transferências para o Hospital Santo

António (-13,9%) e continuou-se a assistir a uma redução nas transferências para o Centro

Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho (-2,6%). Estas variações são o resultado dos

ajustamentos que a ARS Norte fez nas redes de referenciação dos serviços de urgência.

Hospital de Dia

Em 2010 assistiu-se a uma variação positiva de +13,9% na actividade desenvolvida em

regime de hospital de dia, no entanto, ainda não se atingiram os valores observados em

2008. Note-se no entanto que, se, por um lado, há áreas que têm tido algum

desenvolvimento (i.e. Psiquiatria, Oncologia, Gastrenterologia, Medicina Interna e

Neurologia), por outro, efectuaram-se correcções de registos, em baixa, em determinados

hospitais de dia (i.e. Dor, Imunohemoterapia, Pediatria) desenvolvidos no Hospital São

Miguel.

Movimento em hospital de dia (sessões)

Hospital de Dia 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Cardiologia 2 22 33 50,0%

Dor 5.093 2.029 773 -61,9%

Gastrenterologia 304 433 461 6,5%

Imunohemoterapia 230 227 151 -33,5%

Medicina Interna 1.480 1.978 2.329 17,7%

Neurologia 399 378 483 27,8%

Oncologia 16.523 15.629 17.145 9,7%

Pediatria 742 391 173 -55,8%

Pneumologia 1.127 1.287 1.035 -19,6%

Psiquiatria 0 0 2.935 -

Urologia 203 29 0 -100,0%

Total 26.103 22.403 25.518 13,9%

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Destaca-se o inicio do Hospital de Psiquiatria, Abril de 2010, que está sediado no Hospital de

São João da Madeira. A criação deste hospital de dia veio permitir oferecer à população da

região norte do distrito de Aveiro cuidados numa área onde há grande carência. A sua

instalação no HSJM implicou a realização de obras num piso que entretanto (i.e. 2009) tinha

sido desactivado.

Refere-se, de igual forma, que em Outubro de 2010, o Centro Hospitalar optou por

centralizar no Hospital São João da Madeira a consulta da dor e hospital de dia da dor.

Para isso contribuíram os seguintes argumentos:

• A consulta da dor é uma das áreas desenvolvidas pelo Serviço de Anestesiologia,

havendo, até à integração, duas consultas no Centro Hospitalar - uma no Hospital

São Sebastião e outra no Hospital São Miguel. Com o fim da Maternidade no Hospital

São Miguel (2006) a consulta da dor passou a ser a única actividade a desenvolver

no âmbito da anestesia, naquela unidade de saúde. Até à centralização da consulta

da dor, no Hospital São Sebastião estavam envolvidos 5 médicos e no Hospital São

Miguel apenas um médico.

• A consulta da dor do Hospital de São Sebastião estava sobrelotada, sem capacidade

de crescimento.

• O Hospital de São João da Madeira tinha disponível uma área com condições muito

boas, que ainda foi alvo de reestruturação, junto da Unidade de Cirurgia de

Ambulatório e do Bloco Operatório. Na Unidade de Cirurgia de Ambulatório, para

além do recobro pós-cirúrgico, funciona também a consulta pré-anestésica e

actividade de pequena cirurgia.

• O Hospital de São João da Madeira dista 7km do Hospital São Sebastião e 10km do

Hospital de Oliveira de Azeméis. Por outro lado, cerca de 40% dos doentes da

consulta da dor são do concelho de Santa Maria da Feira e 30% pertencem ao

concelho de Oliveira de Azeméis.

• Assim, optou-se por centrar a consulta da dor no Hospital de São João da Madeira, o

que permitiu promover o trabalho em equipa, aumentar a capacidade de resposta,

disponibilizar melhores condições de trabalho, rentabilizar o trabalho dos médicos

anestesistas e proporcionar um acesso adequado, associado à centralidade que o

Hospital de São João da Madeira oferece no âmbito do CHEDV.

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Movimento em hospital de dia por hospital (sessões)

Hospital de Dia 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Hospital São Sebastião 18.361 18.256 20.281 11,1%

Hospital São João da Madeira 203 29 2.975 10158,6%

Hospital São Miguel 7.539 4.118 2.262 -45,1%

Total 26.103 22.403 25.518 13,9%

A tabela anterior ilustra claramente as reorganizações efectuadas nesta área. Pode-se

verificar um crescimento no HSS, um desenvolvimento exponencial no HSJM e uma

diminuição no HSM, motivada em grande parte pela correcção de registos efectuada.

O Hospital de Dia Oncológico constitui o sector do hospital com maiores taxas de

crescimento verificadas nos últimos anos. Em 2010, o CHEDV assegurou terapêuticas

oncológicas por quimioterapia e estabeleceu um protocolo com o IPO-Porto, no sentido de

este providenciar os tratamentos por radioterapia. Apenas para algumas situações de

doença, cujas técnicas terapêuticas são impossíveis de implementar localmente, é efectuado

o recurso a estes hospitais especializados.

Uma parte da procura corresponde a doentes residentes para além da área de

responsabilidade directa do hospital, não tendo o Conselho de Administração determinado

quaisquer medidas para condicionar o acesso destes doentes, dada a natureza da prestação

dos cuidados e a exigência de um tratamento o mais célere possível.

No ano de 2010 houve um aumento no número de doentes em tratamento por quimioterapia

(+2,4%) e no número de sessões de tratamento (+9,7%).

Hospital de dia oncológico

2008 2009 2010 ∆% 09/10

Nº de sessões de tratamento 16.523 15.629 17.145 9,7%

Nº de doentes em tratamento 1.946 1.736 1.778 2,4%

O volume de quimioterapia realizada no hospital, conjugado com o prolongamento dos

tratamentos e com o recurso a “novos” fármacos têm originado um acréscimo acentuado

com os custos com medicamentos oncológicos, como mais adiante se pormenoriza.

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INTERNAMENTO - Número de doentes saídos

Especialidade 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Cardiologia 494 575 508 -11,7%

Medicina Interna 3.122 3.589 3.728 3,9%

Neurologia 500 550 574 4,4%

Pediatria 1.447 1.186 1.131 -4,6%

Pneumologia 531 150 186 24,0%

Total das especialidades médicas 6.094 6.050 6.127 1,3%

Cirurgia Geral 6.148 5.699 5.610 -1,6%

Ginecologia 1.177 1.103 875 -20,7%

Oftalmologia 770 514 523 1,8%

ORL 966 892 899 0,8%

Ortopedia 3.875 3.471 3.437 -1,0%

Obstetrícia 3.133 2.860 2.740 -4,2%

Urologia 624 556 466 -16,2%

Quartos Particulares 55 28 9 -67,9%

Total das especialidades cirúrgicas 16.748 15.123 14.559 -3,7%

UCIC 247 248 228 -8,1%

UCIP 315 347 340 -2,0%

UC Intermédios 1.382 1.345 1.345 0,0%

Neonatologia 253 192 231 20,3%

Total de outras especialidades 2.197 2.132 2.144 0,6%

Total sem berçário e OBS (a) 22.823 20.975 20.181 -3,8%

Berçário 2.573 2.336 2.222 -4,9%

OBS 18 0 0 -

Total com berçário e OBS (a) 25.298 23.263 22.327 -4,0%

(a) Não estão incluídas as transferências internas

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INTERNAMENTO - Demora média dos doentes saídos

Especialidade 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Cardiologia 4,16 3,99 3,80 -4,7%

Medicina Interna 8,37 7,46 7,38 -1,0%

Neurologia 6,42 6,40 7,59 18,7%

Pediatria 4,33 4,57 4,89 7,0%

Pneumologia 7,55 12,03 10,05 -16,5%

Total das especialidades médicas 6,84 6,58 6,73 2,2%

Cirurgia Geral 3,60 3,58 3,74 4,5%

Ginecologia 3,16 3,21 3,50 9,0%

Oftalmologia 1,91 1,69 1,65 -2,2%

ORL 1,94 1,89 1,93 2,2%

Ortopedia 4,00 4,12 3,91 -5,0%

Obstetrícia 3,60 3,48 3,43 -1,3%

Quartos Particulares 3,60 4,00 3,22 -19,4%

Urologia 4,25 4,30 4,08 -5,2%

Total das especialidades cirúrgicas 3,51 3,52 3,53 0,3%

UCIC 1,90 1,89 1,98 4,6%

UCIP 9,90 8,25 9,01 9,3%

UC Intermédios 1,80 1,79 1,71 -4,8%

Neonatologia 9,60 13,09 11,08 -15,4%

Total de outras especialidades 3,80 3,87 3,90 0,8%

Total sem berçário e OBS (a) 4,77 4,83 5,00 3,6%

Berçário 3,10 3,03 2,95 -2,6%

OBS - - - -

Total com berçário e OBS (a) 4,62 4,66 4,82 3,4%

(a) Não estão incluídas as transferências internas

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INTERNAMENTO - Doentes tratados por cama

Especialidade 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Cardiologia 62 72 64 -11,7%

Medicina Interna 40 41 39 -3,8%

Neurologia 50 55 57 4,4%

Pediatria 52 49 51 4,2%

Pneumologia 41 30 37 24,0%

Total das especialidades médicas 44 45 44 -2,3%

Cirurgia Geral 79 90 89 -1,6%

Ginecologia 74 81 63 -22,5%

Oftalmologia 77 73 75 1,8%

ORL 60 74 75 0,8%

Ortopedia 73 55 55 -1,5%

Obstetrícia 78 72 69 -4,2%

Quartos Particulares 11 9 3 -67,9%

Urologia 48 64 58 -9,2%

Total das especialidades cirúrgicas 73 72 69 -3,7%

UCIC 124 124 114 -8,1%

UCIP 32 35 34 -2,0%

UC Intermédios 154 149 149 0,0%

Neonatologia 28 21 26 20,3%

Total de outras especialidades 73 71 71 0,6%

Total sem berçário e OBS (a) 57 56 53 -5,0%

Berçário 89 81 77 -4,9%

OBS - - - -

Total com berçário e OBS (a) 59 58 55 -5,2%

(1) Não estão incluídas as transferências internas

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CONSULTA EXTERNA - Nº total de consultas

Especialidade 2008 2009 2010 ∆% 09/10

Anestesia 20.207 19.833 19.101 -3,7%

Cardiologia 8.847 7.520 7.039 -6,4%

Gastrenterologia 3.636 3.515 3.039 -13,5%

Imuno-hemoterapia 10.181 8.508 7.554 -11,2%

Medicina Interna 13.031 12.852 11.875 -7,6%

MFR 14.746 13.834 13.319 -3,7%

Neurologia 7.460 7.049 7.947 12,7%

Oncologia 20.070 17.808 17.929 0,7%

Pediatria 18.449 17.894 19.037 6,4%

Pneumologia 7.415 8.087 7.939 -1,8%

Hematologia 371 122 0 -100,0%

Psiquiatria 1.295 2.238 4.077 82,2%

Endocrinologia 1.724 1.818 1.889 3,9%

Reumatologia 1.509 2.231 2.185 -2,1%

Clínica Geral 1.587 1.111 594 -46,5%

Medicina do Trabalho 1.201 1.878 1.527 -18,7%

Total das Especialidades Médicas 131.729 126.298 125.051 -1,0%

Cirurgia Geral 35.144 35.680 34.454 -3,4%

Cirurgia Pediátrica 523 281 0 -100,0%

Obstetrícia 9.798 9.569 9.579 0,1%

Ginecologia 13.077 12.038 11.674 -3,0%

Oftalmologia 33.747 36.855 33.095 -10,2%

ORL 16.029 15.777 15.212 -3,6%

Ortopedia 35.918 36.839 36.985 0,4%

Urologia 6.525 6.881 4.874 -29,2%

Cirurgia Plástica 1.262 1.158 1.248 7,8%

Total das Especialidades Cirúrgicas 152.023 155.078 147.121 -5,1%

Nutrição 5.172 4.572 4.851 6,1%

Psicologia 7.551 6.344 7.113 12,1%

Total Esp. Não Médicas 12.723 10.916 11.964 9,6%

Outras 30.680 32.546 31.886 -2,0%

Total 327.155 324.838 316.022 -2,7%

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43

CONSULTA EXTERNA - Nº de primeiras consultas e primeiras/total

Especialidade 2008 2009 2010 ∆%09/10 2008 2009 2010

Anestesia 13.416 13.528 13.894 2,7% 66,4% 68,2% 72,7%

Cardiologia 2.186 2.089 2.109 1,0% 24,7% 27,8% 30,0%

Gastrenterologia 1.234 1.293 1.022 -21% 33,9% 36,8% 33,6%

Imuno-hemoterapia 898 852 897 5,3% 8,8% 10,0% 11,9%

Medicina Interna 2.656 2.865 2.308 -19,4% 20,4% 22,3% 19,4%

MFR 5.551 5.260 5.134 -2,4% 37,6% 38,0% 38,5%

Neurologia 2.225 2.105 2.874 36,5% 29,8% 29,9% 36,2%

Oncologia 865 938 975 3,9% 4,3% 5,3% 5,4%

Pediatria 4.361 4.011 4.058 1,2% 23,6% 22,4% 21,3%

Pneumologia 2.196 2.522 2.293 -9,1% 29,6% 31,2% 28,9%

Hematologia 139 45 0 -100% 37,5% 36,9% -

Psiquiatria 380 719 1.724 139,8% 29,3% 32,1% 42,3%

Endocrinologia 415 493 448 -9,1% 24,1% 27,1% 23,7%

Reumatologia 312 380 250 -34,2% 20,7% 17,0% 11,4%

Clinica Geral 449 366 166 -54,6% 28,3% 32,9% 27,9%

Medicina do Trabalho 288 265 156 -41,1% 24,0% 14,1% 10,2%

Total Esp. Médicas 37.571 37.731 38.308 1,5% 28,5% 29,9% 30,6%

Cirurgia Geral 9.938 10.240 9.639 -5,9% 28,3% 28,7% 28,0%

Cirurgia Pediátrica 264 107 0 -100% 50,5% 38,1% -

Obstetrícia 3.016 3.108 3.456 11,2% 30,8% 32,5% 36,1%

Ginecologia 3.616 3.540 3.510 -0,8% 27,7% 29,4% 30,1%

Oftalmologia 15.094 16.627 15.283 -8,1% 44,7% 45,1% 46,2%

ORL 5.530 4.715 4.491 -4,8% 34,5% 29,9% 29,5%

Ortopedia 9.271 8.854 8.721 -1,5% 25,8% 24,0% 23,6%

Urologia 1.918 1.789 1.180 -34,0% 29,4% 26,0% 24,2%

Cirurgia Plástica 294 332 279 -16,0% 23,3% 28,7% 22,4%

Total Esp. Cirúrgicas 48.941 49.312 46.559 -5,6% 32,2% 31,8% 31,6%

Nutrição 1.566 1.415 1.537 8,6% 30,3% 30,9% 31,7%

Psicologia 1.716 1.479 1.925 30,2% 22,7% 23,3% 27,1%

Total Esp. Não Médicas 3.282 2.894 3.462 19,6% 25,8% 26,5% 28,9%

Outras 30.680 32.546 31.886 -2,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Total 120.474 122.483 120.215 -1,9% 36,8% 37,7% 38,0%

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44

ACTIVIDADE CIRÚRGICA - Nº de cirurgias e doentes intervencionados

Especialidade Número de cirurgias Número doentes intervencionados

2008 2009 2010 ∆%09/10 2008 2009 2010 ∆%09/10

Cirurgia Geral 5.516 5.037 5.207 -3,4% 5.117 4.780 5.100 6,7%

Cir. Pediátrica 128 81 0 -100,0% 123 75 0 -100,0%

Cir. Plástica 153 135 220 63,0% 123 108 202 87,0%

Obstetrícia 1.244 1.159 1.006 -13,6% 1.120 1.048 930 -11,3%

Ginecologia 2.766 2.388 2.927 22,9% 1.398 1.426 1.718 20,5%

Oftalmologia 4.266 4.118 3.198 -22,3% 3.272 3.566 2.962 -16,9%

ORL 2.207 2.338 2.356 0,8% 1.339 1.467 1.459 -0,5%

Ortopedia 4.414 4.093 4.173 2,0% 3.929 3.803 3.985 4,8%

Urologia 740 589 419 -28,9% 602 512 382 -25,4%

Cirurgia Privada 57 28 10 -64,3% 47 25 8 -68,0%

Total 21.491 19.966 19.516 -2,3% 17.070 16.810 16.746 -0,4%

CIRURGIA DO AMBULATÓRIO - Nº de cirurgias e doentes intervencionados

Especialidade

Número de cirurgias Número doentes intervencionados

2008 2009 2010 ∆%09/10 2008 2009 2010 ∆%09/10

Cirurgia Geral 572 690 1.192 72,8% 525 658 1.179 79,2%

Cir. Pediátrica 128 80 0 -100,0% 123 74 0 -100,0%

Ginecologia 966 724 1.615 123,1% 400 479 1.001 109,0%

Oftalmologia 2.884 3.521 2.657 -24,5% 2.549 3.092 2.503 -19,0%

ORL 728 1.044 1.119 7,2% 481 717 730 1,8%

Ortopedia 527 840 1.026 22,1% 488 809 993 22,7%

Urologia 78 64 30 -53,1% 75 61 30 -50,8%

Outras 18 2 4 100,0% 15 1 4 300,0%

Total 5.901 6.965 7.643 9,7% 4.656 5.891 6.440 9,3%

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45

URGÊNCIA - Nº total de doentes e por dia

Área Número de doentes Número de doentes / dia

2008 2009 2010 ∆%09/10 2008 2009 2010 ∆%09/10

HSS 158.208 154.480 153.986 -0,3% 432 423 422 -0,3%

HSM 46.502 43.042 36.853 -14,4% 127 118 101 -14,4%

TOTAL 204.710 197.522 190.839 -3,4% 559 541 523 -3,4%

HOSPITAL DE DIA ONCOLÓGICO - Nº doentes e tratamentos

Especialidade 2008 2009 2010 ∆%09/10

Nº de sessões de tratamento 16.523 15.629 17.145 9,7%

Nº de doentes em tratamento 1.946 1.736 1.778 2,4%

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

Especialidade 2008 2009 2010 ∆%09/10

Anatomia patológica 14.425 15.901 16.294 2,5%

Cardiologia 20.564 23.056 29.445 27,7%

Gastrenterologia 6.712 6.845 6.893 0,7%

Ginecologia/Obstetrícia 52.476 49.309 48.043 -2,6%

Imagiologia 147.302 159.679 184.765 15,7%

Imunohemoterapia (análises) 4.518 4.014 5.101 27,1%

Imunohemoterapia (transfusões) 5.619 5.750 6.058 5,4%

Neurologia 5.197 4.341 5.099 17,5%

MFR (exames) 1306 1974 1.104 -44,1%

MFR (tratamentos) 469.547 461.713 525.342 13,8%

Oftalmologia 18.599 20.708 22.677 9,5%

ORL 13.360 12.460 12.895 3,5%

Patologia clínica 1.379.828 1.391.356 1.670.146 20,0%

Pneumologia 16.251 18.300 28.600 56,3%

Oncologia 54.303 43.661 55.747 27,7%

Pediatria 458 417 2.617 527,6%

Psiquiatria de ligação 5.509 6.177 20.029 224,3%

Urologia 886 1.008 1.038 3,0%

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46

Avaliação da satisfação dos utentes

O grau de satisfação dos utentes é avaliado de duas formas distintas. Por um lado, através

de sondagens telefónicas e, por outro, pela análise das reclamações e dos elogios

apresentados, na sequência da prestação dos cuidados de saúde.

O ano de 2010 caracterizou-se pela unificação de procedimentos para as três unidades

hospitalares, relativamente à recolha e divulgação dos dados respeitantes às sondagens

telefónicas e ao tratamento das exposições registadas pelos utentes.

No que respeita ao primeiro dos aspectos, os valores apresentados para 2010 referem-se ao

Centro Hospitalar, sendo que os dos anos anteriores respeitam aos resultados obtidos para o

Hospital de São Sebastião, dado que apenas esta instituição utilizava este instrumento.

Já no que concerne ao segundo aspecto, procede-se a uma análise em separado para cada

uma das unidades hospitalares. Assinale-se que, até 2009, os Hospitais de São João da

Madeira e de Oliveira de Azeméis não tinham um registo sistematizado das exposições

entradas nos seus Gabinetes do Utente, não tendo por esta razão dados com a fiabilidade

necessária.

Centro Hospitalar - Sondagem telefónica

Desde a abertura do Hospital de São Sebastião, em 1999, o Conselho de Administração

decidiu que a avaliação de satisfação dos utentes deveria constituir um instrumento

indispensável para o acompanhamento do processo de produção e para a avaliação do

funcionamento dos diversos serviços, determinando os pontos fortes e fracos, na perspectiva

dos utentes. Pretendia-se realizar os ajustamentos indispensáveis, num período de tempo

relativamente curto, face às deficiências encontradas.

Desta forma, em todos os anos, procedeu-se à realização de um inquérito pré-definido

dirigido a todos doentes internados (cerca de dois meses após a alta do internamento), de

forma a avaliar o grau de satisfação, centrado nos atendimentos técnico e humano do

pessoal médico, do pessoal de enfermagem e do pessoal assistente operacional. Englobava

não só o internamento, mas também as outras áreas com as quais o doente teve contacto,

designadamente a consulta externa, o núcleo de partos e a urgência. Por outro lado,

procedia-se ainda à auscultação sobre a satisfação respeitante à alimentação e ao sistema

de visitas. Os doentes atribuíam as classificações de Bom, Satisfaz e Mau, em resposta aos

diversos aspectos para os quais são questionados.

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Em 2010 manteve-se o mesmo processo de auscultação dos utentes, alargado aos doentes

internados nas três unidades, embora o peso do internamento no Hospital de São Sebastião

seja manifestamente maioritário (acima de 80%). Foi possível recolher a opinião de cerca de

2/3 dos doentes internados. No gráfico seguinte regista-se a evolução da percentagem de

respostas a que foi atribuído o grau Bom, entre 2006 e 2010.

Evolução do grau de satisfação dos doentes/familiares de 2006 a 2010 (Nível Bom)

Da análise do gráfico, conclui-se que o nível de satisfação dos utentes se mantém elevado ao

longo dos anos considerados, tanto no que respeita ao atendimento médico, como ao de

enfermagem e ao dos assistentes operacionais, sendo que a média global do parâmetro Bom

se situa claramente acima dos 90%.

No que concerne aos restantes aspectos que são objecto de avaliação, a consulta externa

regista uma tendência descendente, posicionando-se em 2010 ligeiramente abaixo dos 75%.

De facto, o número elevado de consultas no Hospital de São Sebastião tem conduzido a

algumas dificuldades no cumprimento de horários estabelecidos, merecendo este aspecto

uma avaliação menos favorável por parte dos utentes.

Após a evolução negativa que se vinha registando desde 2007, em 2010 o serviço de

urgência teve uma subida acentuada no nível de satisfação (80,4%), enquanto que no ano

anterior este indicador apresentou um valor de 73,3%. A reorganização do serviço permitiu

a diminuição dos tempos de espera para o primeiro atendimento médico. Assinale-se ainda a

implementação da Lei nº 33/09, de 14 de Julho, que consagrou o direito dos utentes a terem

um acompanhante durante o tempo de permanência no serviço de urgência.

O núcleo de partos apresentou um nível de satisfação de 81,3%, invertendo a tendência de

melhoria registada nos últimos anos, apresentando um quebra de aproximadamente 4 p.p.

comparativamente com o ano anterior. Em relação à alimentação, mantém-se a tendência

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de subida do nível de satisfação, constatando-se uma subida de 2 p.p em 2010, quando se

coteja com o valor obtido na sondagem do ano anterior.

Avaliação do grau de satisfação dos doentes internados no ano 2010

Áreas Bom % Satisf. % Mau % Total

Internamento Médicos 6.184 95,4% 177 2,7% 118 1,8% 6.479

Enfermeiros 6.276 96,9% 130 2,0% 73 1,1% 6.479

Assistentes Operacionais 6.332 97,7% 102 1,6% 45 0,7% 6.479

Alimentação 4.585 83,4% 676 12,3% 234 4,3% 5.495

Actos Administ. / Gestão 5.394 86,2% 800 12,8% 61 1,0% 6.255

Núcleo de partos 733 81,3% 80 8,9% 89 9,9% 902

Consulta externa 4.238 74,0% 1.378 24,1% 113 2,0% 5.729

Urgência 1.936 80,4% 357 14,8% 115 4,8% 2.408

Os dados apresentados permitem concluir que a inclusão dos utentes dos Hospitais de São

João da Madeira e de Oliveira de Azeméis nas sondagens telefónicas, não alterou de forma

assinalável o nível de satisfação que se vinha registando ao longo dos anos no Hospital de

São Sebastião. Sublinhe-se que em 2010 apenas a consulta externa se situou abaixo da

fasquia dos 80%.

Hospital de São Sebastião – Exposições

O Hospital de São Sebastião possui, desde a abertura, um registo de todas as exposições

entradas no Serviço de Relações Públicas, mesmo as que não são formalizadas no Sistema

Nacional de Registo de Sugestões e Reclamações (Sim-Cidadão).

No que diz respeito às exposições entradas no Serviço de Relações Públicas, quer seja por

via espontânea (presencial, carta, e-mail e telefone) ou registadas no Livro de Reclamações

(Livro Amarelo), constata-se um decréscimo de 14,3% em 2010, por comparação com o ano

de 2009. Importa realçar que um exponente pode apresentar várias exposições em

simultâneo, e por esta razão o número de exponentes não é necessariamente igual ao

número de exposições

Entre os anos de 2009 e 2010 deve realçar-se uma descida acentuada no número de

reclamações (-28,1%), ao contrário dos pedidos de esclarecimento que apresentaram uma

variação positiva de 69,1%.

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Número de exposições por tipo de ocorrência – Hospital de São Sebastião

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Reclamações 859 76,9% 1.054 77,6% 758 65,1%

Pedidos de esclarecimento 145 13,0% 188 13,8% 318 27,3%

Sugestões 14 1,3% 10 0,7% 10 0,9%

Elogios 99 8,9% 107 7,9% 79 6,8%

Total 1.117 100,0% 1.359 100,0% 1.165 100,0%

O aumento de pedidos de esclarecimento teve a ver essencialmente com os seguintes

aspectos: informação sobre o funcionamento dos serviços; gestão de conflitos familiares

inerentes às visitas a doentes internados; agendamento de consultas externas; extravio de

pertences no serviço de urgência. Estes pedidos resultam, principalmente, de contactos

presenciais e telefónicos, em que os utentes solicitam colaboração na resolução das questões

levantadas, sem que isso represente, necessariamente, um motivo de insatisfação

relacionado com os serviços prestados pelo hospital.

Em relação à tipologia das reclamações, como se constata no quadro seguinte, em 2010

cerca de 52,5% dos motivos de insatisfação prende-se com a prestação de cuidados,

registando-se um decréscimo de cerca de 6,9 p.p., comparativamente com o ano de 2009.

Em 2010 as reclamações respeitantes a actos administrativos/gestão tiveram uma forte

baixa (-28,3%) face ao ano anterior, mantendo-se alguma estabilidade no que concerne às

decorrentes de aspectos relacionais/comportamentais. Às infraestruturas e outras

amenidades apenas se deveram 16 reclamações, um número consideravelmente inferior aos

valores referentes a 2008 e a 2009.

Tipologia das reclamações – Hospital de São Sebastião

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Prestação de cuidados 492 57,3% 626 59,4% 398 52,5%

Actos Administrativos/ Gestão 197 22,9% 237 22,5% 170 22,4%

Relacionais / Comportament. 142 16,5% 171 16,2% 174 23,0%

Infraestruturas / Amenidades 28 3,3% 20 1,9% 16 2,1%

Total 859 100,0% 1.054 100,0% 758 100,0%

Quando se analisa, de forma mais pormenorizada, as reclamações enquadradas na área da

prestação de cuidados, salienta-se uma queda assinalável no item tempo de espera (-

45,9%), o que tem a ver essencialmente com a melhoria do funcionamento do serviço de

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urgência. Esta tendência constata-se também na evolução das reclamações ocasionadas por

situações de doentes sem cuidados (44), ou seja uma variação de -21,4%, face a 2009. O

número de reclamações originadas por doentes com cuidados desadequados não sofreu

alteração nos dois últimos anos considerados (99), mas ainda assim muito abaixo do valor

de 2008 (122).

Nº de reclamações – Prestação de cuidados– Hospital de São Sebastião

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Cuidados desadequados 122 24,8% 99 15,8% 99 24,9%

Doente sem cuidados 46 9,3% 56 8,9% 44 11,1%

Tempo de espera 324 65,9% 471 75,2% 255 64,1%

Total 492 100,0% 626 100,0% 398 100,0%

Numa abordagem às reclamações por área de atendimento, deve reter-se as quebras

registadas tanto na urgência como na consulta externa, com variações de -37,9% e -16,8%,

respectivamente. O internamento apresenta um crescimento de 12,8%, embora com um

número absoluto relativamente pequeno (70 em 2010).

Em termos do peso relativo de cada uma das áreas de atendimento no ano de 2010, verifica-

se que a grande maioria das reclamações se refere ao serviço de urgência (59,5%), como

seria expectável no contexto do peso desta linha de produção nos hospitais do SNS,

seguindo-se a consulta externa com 15,0% e, por último, o internamento com 9,2%. Para

diversas áreas não especificadas cabe um valor de 16,2%.

Reclamações por área de atendimento – Hospital de São Sebastião

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Internamento 47 5,5% 62 5,9% 70 9,2%

Consulta Externa 77 9,0% 137 13,0% 114 15,0%

Urgência 612 71,2% 726 68,9% 451 59,5%

Outras Áreas 123 14,3% 129 12,2% 123 16,2%

Total 859 100,0% 1054 100,0% 758 100,0%

Comparando o número de reclamações com o número de episódios realizados em cada área

de actividade, constata-se que em 2010 ocorreu uma reclamação em cada 605 episódios de

atendimento no conjunto do internamento, consulta externa e urgência, claramente mais

favorável que os valores do indicador de 2009 (420) e mesmo do de 2008 (534).

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

51

Enquanto que para o internamento, nos três anos assinalados, se tem verificado um

aumento do número de reclamações em função do número de episódios, este indicador

apresenta uma baixa, entre 2009 e 2010, não só para a consulta externa, mas em especial

para a urgência.

Nº reclamações e episódios por área de atendimento – Hospital de São Sebastião

Áreas 2008 2009 2010

Episód. Reclam. % Episód. Reclam. % Episód. Reclam. %

Internamento 19.986 47 0,24% 19.738 62 0,31% 19.912 70 0,35%

Consulta externa 222.589 77 0,03% 224.319 137 0,06% 221.266 114 0,05%

Urgência 146.540 612 0,42% 142.933 726 0,51% 142.851 451 0,32%

Assim, no internamento registou-se uma reclamação por cada 317 doentes tratados,

enquanto que na consulta externa cada reclamação reporta-se a 1.941 episódios. No que

respeita à urgência registou-se uma melhoria, passando o número de reclamações/dia do

valor de 2,0 em 2009 para 1,2 em 2010.

Hospitais de S. João da Madeira e S. Miguel

Em 2010, à semelhança do que já acontecia no Hospital de São Sebastião, os Hospitais de

São João da Madeira e de São Miguel passaram a ter um registo sistemático das exposições

entradas nos Gabinetes do Utente das respectivas Unidades. No entanto, nestas duas últimas

unidades, o registo de exposições limita-se, quase em exclusivo, ao registo das reclamações

entradas via Livro de Reclamações, vulgo Livro Amarelo. Durante este ano, fez-se um

esforço adicional para sistematizar toda a informação que existia relativamente a 2009,

possibilitando uma análise comparativa dos dados deste ano com os de 2010.

Apesar de haver exactidão no registo do número de exponentes que apresentaram

exposições (reclamação, elogio, etc.), estas duas unidades faziam uma tipificação muito

superficial do seu teor, não procedendo ao tratamento adequado nas diversas vertentes, o

que leva a que a análise comparativa fique algo prejudicada em confronto com os critérios

actuais de análise e tipificação.

O número de exposições no Hospital de São João da Madeira evoluiu de 59 em 2009 para 70

em 2010, correspondendo a uma variação de +18,6%. No último ano, a totalidade das

exposições diz respeito a reclamações, não se tendo registado quaisquer pedidos de

esclarecimento, sugestões ou elogios.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

52

Número de exposições por tipo no Hospital de São João da Madeira

Tipologia

2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Reclamações 58 98,3% 70 100,0%

Pedidos de esclarecimento 1 1,7%

Sugestões

Elogios Total 59 100,0% 70 100,0%

A consulta de medicina geral é responsável por cerca de 50,0% do total das reclamações,

aumentando praticamente para o dobro, face ao ano anterior, seguindo-se a consulta

externa com 35,7% e o internamento com 11,4%. Para as outras áreas, em 2010, apenas se

registaram 2 reclamações.

Número de reclamações por área de atendimento no Hospital de S. João da Madeira

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Consulta de Medicina Geral 17 29,3% 35 50,0%

Consulta Externa 33 56,9% 25 35,7%

Internamento 4 6,9% 8 11,4%

Outras Áreas 4 6,9% 2 2,9%

Total 58 100,0% 70 100,0%

Já em relação ao Hospital de São Miguel, entre 2009 e 2010, registou-se um aumento

significativo dos exponentes (44,6%), conforme se pode verificar no quadro abaixo.

Número de exposições por tipo no Hospital de Miguel

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Reclamações 89 96,7% 132 99,2%

Pedidos de esclarecimento

Sugestões

Elogios 3 3,3% 1 0,8%

Total 92 100,0% 133 100,0%

Ao serviço urgência básica cabe mais de 90% do total de reclamações, a que não é alheio o

facto das equipas médicas serem pouco coesas, compostas na sua quase totalidade por

médicos contratados em regime de prestação de serviços.

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53

Número de reclamações por áreas de atendimento no Hospital de Miguel

Tipologia 2008 2009 2010

Quant. % Quant. % Quant. %

Urgência 75 84,3% 119 90,2%

Consulta Externa 3 3,4% 8 6,1%

Internamento 8 9,0% 5 3,8%

Outras Áreas 3 3,4% Total 89 100,0% 132 100,0%

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54

Recursos Humanos

Evolução dos efectivos

Em Fevereiro de 2009, à data da constituição do Centro Hospitalar, constatava-se que a

estrutura dos recursos humanos dos três hospitais era substancialmente distinta, no que

concerne ao regime jurídico dos colaboradores.

Por um lado, o Hospital de São Sebastião caracterizava-se por dispor maioritariamente de

trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho, nos termos do estatuto jurídico

fixado pelo Decreto-Lei nº 151/98, de 15 de Julho. Este diploma veio permitir a

implementação de um sistema de incentivos financeiros destinado ao pessoal técnico, de

modo a premiar o desempenho dos colaboradores. Pretendia-se, desta forma, a obtenção de

indicadores de produção e eficiência superiores aos verificados na generalidade dos hospitais

que integram o SNS.

Por outro, tendo em conta que os Hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis

integravam o sector público administrativo, a generalidade dos trabalhadores exerciam

funções com contratos de trabalho em funções públicas. A dimensão destes hospitais não

possibilitava a existência de economias de escala, com um baixo nível de actividade

assistencial, e apresentava uma forte debilidade na gestão dos recursos humanos.

Tanto em 2009 como em 2010, o processo de reorganização dos serviços de prestação de

cuidados, bem como dos serviços de gestão e logística, implicou a mobilidade de muitos

colaboradores entre os três hospitais. Este processo permitiu consolidar uma nova cultura

institucional, atenuando as disparidades existentes entre as três unidades hospitalares.

Número de colaboradores com vínculo permanente em 31 de Dezembro

Grupo profissional 2008 2009 2010

Conselho de Administração / Pessoal Dirigente 14 10 8 Médico 217 209 204 Enfermagem 427 423 436 Técnico Superior 43 49 52 Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 95 97 96 Outro Pessoal Técnico 6 5 6 Assistente Técnico 167 163 161 Assistente Operacional 478 477 478 Outro Pessoal 1 2 1

Total 1.448 1.435 1.442

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55

Em 31 de Dezembro de 2010, o Centro Hospitalar tinha 1.442 colaboradores a ocupar

lugares do quadro permanente, correspondendo a um acréscimo de 7 efectivos (cerca de

0,5%) em relação à data homóloga do ano anterior, mas ainda assim inferior ao número de

colaboradores registado no final de 2008, quando se considera os dados agregados das três

unidades hospitalares.

Os grupos de pessoal médico, com menos cinco colaboradores, e o pessoal dirigente, com

menos dois colaboradores, apresentam as maiores variações negativas, não se verificando

alterações sensíveis noutras categorias, com excepção do pessoal de enfermagem. Aqui

registou-se um acréscimo de 13 efectivos, como consequência da regularização de um

número significativo de contratos de trabalho a termo.

Como foi amplamente divulgado na comunicação social, acentuou-se a carência de pessoal

médico em diversas especialidades, não só devido a pedidos de aposentação antecipada e à

opção de muitos médicos pelo exercício de funções em instituições privadas, mas também

devido à forte concorrência entre os hospitais que integram o SNS. Sublinhe-se que os

hospitais da cidade do Porto, Gaia e Matosinhos, além de reterem uma grande parte dos

médicos que aí terminam o internato de especialidade, passaram a captar médicos em

hospitais mais periféricos.

Manteve-se uma grande carência de médicos nalgumas especialidades, como é o caso da

urologia, gastrenterologia e cuidados intensivos. Em 2010 não foi possível ainda recompor a

dotação das equipas da urgência do Hospital de São Sebastião, verificando-se também aqui

uma grande competição entre os hospitais, e, por força disso, a um crescimento dos custos

salariais. Para colmatar as necessidades de cobertura das equipas, a contratação de serviços

médicos para a urgência médico-cirúrgica do Hospital de São Sebastião assume um peso

significativo, com uma dependência ainda maior no serviço de urgência básica do Hospital de

Oliveira de Azeméis e na consulta de medicina geral do Hospital de São João da Madeira.

Número de colaboradores com vínculo à função pública e contrato ind. de trabalho

Grupo profissional 2008 2009 2010

FP CIT Total FP CIT Total FP CIT Total Conselho Adm./ P. Dirig. 10 4 14 6 4 10 3 5 8 Médico 62 155 217 57 152 209 49 155 204 Enfermagem 180 247 427 179 244 423 167 269 436 Técnico Superior 12 31 43 16 33 49 15 37 52 Téc. Diagnóstico e Terap. 42 53 95 42 55 97 36 60 96 Outro Pessoal Técnico 3 3 6 2 3 5 2 4 6 Assistente Técnico 82 85 167 74 89 163 69 92 161 Assistente Operacional 155 323 478 147 330 477 137 341 478 Outro Pessoal 1 0 1 1 1 2 1 0 1

Total 547 901 1.448 524 911 1.435 479 963 1.442 Dist.. % 37,8% 62,2% 100,0% 36,5% 63,5% 100,0% 33,2% 66,8% 100,0%

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56

Quanto à natureza do vínculo, do total de efectivos em 31 de Dezembro de 2010, 479

colaboradores exerciam funções no âmbito do regime jurídico da função pública (FP),

oriundos dos quadros de pessoal dos extintos Hospitais de São Paio de Oleiros, São João da

Madeira e Oliveira de Azeméis, representando 33,2% do total. Por outro lado, os 963

colaboradores vinculados com contrato individual de trabalho sem termo (CIT)

correspondiam a 66,8% dos efectivos totais.

No decurso do ano de 2010, manteve-se a tendência registada no ano anterior para o

decréscimo dos efectivos com vínculo à função pública (-45 colaboradores), compensada

com um aumento dos que exercem funções no âmbito do contrato individual de trabalho

(+52 colaboradores), não resultando uma grande variação no peso relativo de cada um dos

tipos de vínculo.

Número de colaboradores com vínculo por sexo

Grupo profissional 2008 2009 2010

H M Total H M Total H M Total Conselho Adm./ P. Dirig. 7 7 14 5 5 10 4 4 8 Médico 107 110 217 104 105 209 100 104 204 Enfermagem 77 350 427 78 345 423 77 359 436 Técnico Superior 12 31 43 8 41 49 8 44 52 Téc. Diagnóstico e Terap. 21 74 95 21 76 97 18 78 96 Outro Pessoal Técnico 2 4 6 4 1 5 5 1 6 Assistente Técnico 23 144 167 21 142 163 22 139 161 Assistente Operacional 79 399 478 79 398 477 77 401 478 Outro Pessoal 1 0 1 1 1 2 1 0 1

Total 329 1.119 1.448 321 1.114 1.435 312 1.130 1.442 Dist.. % 22,7% 77,3% 100,0% 22,4% 77,6% 100,0% 21,6% 78,4% 100,0%

A dotação de pessoal do Centro Hospitalar em 31 de Dezembro de 2010 é composta

maioritariamente por colaboradores do sexo feminino (superior a ¾ do total), tendência que

se tem vindo a acentuar desde há alguns anos.

Número de colaboradores com vínculo e por grupo etário

Grupo etário 2008 2009 2010

Total % %Acum. Total % %Acum. Total % %Acum.

Até 24 anos 8 0,6% 0,6% 5 0,3% 0,3% 5 0,3% 0,3%

25-29 anos 225 15,5% 16,1% 165 11,5% 11,8% 134 9,3% 9,6%

30-34 anos 336 23,2% 39,3% 372 25,9% 37,8% 384 26,6% 36,3%

35-39 anos 220 15,2% 54,5% 236 16,4% 54,2% 252 17,5% 53,7%

40-44 anos 194 13,4% 67,9% 189 13,2% 67,4% 193 13,4% 67,1%

45-49 anos 172 11,9% 79,8% 168 11,7% 79,1% 168 11,7% 78,8%

50-54 anos 169 11,7% 91,4% 172 12,0% 91,1% 170 11,8% 90,6%

55-59 anos 85 5,9% 97,3% 93 6,5% 97,6% 100 6,9% 97,5%

mais 60 anos 39 2,7% 100,0% 35 2,4% 100,0% 36 2,5% 100,0%

Total 1.448 1.435 1.442

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57

A incorporação dos Hospitais de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis no Centro

Hospitalar conduziu a uma redução significativa do número de colaboradores integrados nos

grupos etários mais baixos, situação que caracterizava a estrutura etária do Hospital de São

Sebastião.

Por força da proximidade temporal em relação ao início do funcionamento do Hospital de São

Sebastião (Janeiro de 1999), a idade média dos colaboradores era significativamente mais

baixa do que a da generalidade dos hospitais portugueses, sendo que o número total de

efectivos desta unidade hospitalar representava cerca de 70% do total de colaboradores do

Centro Hospitalar no início de Fevereiro de 2009.

O número de efectivos com idade inferior a 34 anos apresenta uma variação ligeiramente

negativa de 2009 para 2010, passando de 37,8% para 36,3% do total. Em sentido inverso, o

peso relativo dos colaboradores com 50 ou mais anos não registou um aumento assinalável,

passando de 20,9% do total em 31 de Dezembro de 2009 para 21,2% na mesma data do

ano de 2010.

Número de colaboradores com vínculo por nacionalidade

Grupo profissional 2008 2009 2010

Port. U E Out Total Port. U E Out Total Port. U E Out Total

C. Adm./ P. Dirigente 13 1 14 10 10 8 8

Médico 198 8 11 217 191 5 13 209 187 5 12 204

Enfermagem 394 33 427 390 33 423 404 32 436

Técnico Superior 42 1 43 42 6 1 49 51 1 52

Téc. Diag. e Terap. 94 1 95 96 1 97 95 1 96

Outro Pessoal Técnico 6 6 5 5 6 6

Assistente Técnico 166 1 167 162 1 163 160 1 161

Assistente Operacional 471 1 6 478 469 1 7 477 472 1 5 478

Outro Pessoal 1 1 2 2 1 1

Total 1.385 42 21 1.448 1.367 45 23 1.435 1.384 38 20 1.442

Dist.. % 95,6% 2,9% 1,5% 100,0% 95,3% 3,1% 1,6% 100,0% 96,0% 2,6% 1,4% 100,0%

No total dos efectivos, em 31 de Dezembro de 2010, havia 58 que não possuíam a

nacionalidade portuguesa (aproximadamente 4%), com especial destaque para o pessoal de

enfermagem, em cujo grupo profissional, num total de 436 colaboradores, 32 possuíam

nacionalidade estrangeira (cerca de 8% do total), sendo a Espanha o país de origem

predominante.

No que se refere ao pessoal médico verifica-se que o número de profissionais de

nacionalidade estrangeira ascende já a 9% do total (17 médicos num total de 204).

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Número de colaboradores com contrato de trabalho a termo

Grupo profissional 2008 2009 2010

CTTC CTTI Total CTTC CTTI Total CTTC CTTI Total Conselho Adm./ P. Dirig. Médico 4 4 Enfermagem 89 13 102 53 40 93 48 18 66 Técnico Superior 3 3 4 1 5 1 1 Téc. Diagnóstico e Terap. 9 5 14 10 3 13 6 5 11 Outro Pessoal Técnico 3 3 2 2 Assistente Técnico 8 6 14 4 4 8 3 6 9 Assistente Operacional 30 29 59 39 45 84 31 45 76 Outro Pessoal Total 143 53 196 113 93 206 91 74 165

Dist. % 73,0% 27,0% 100,0% 54,9% 45,1% 100,0% 55,2% 44,8% 100,0%

Para suprir necessidades temporárias, essencialmente, por férias, doença, licença de

maternidade ou, ainda, por acréscimo de actividade, no final de 2010 estavam contratados

165 profissionais, dos quais 91 a termo certo (CTTC) e 74 a termo incerto (CTTI), o que no

conjunto corresponde a aproximadamente 11% dos colaboradores do quadro. Nos grupos de

pessoal de enfermagem e assistente operacional, maioritariamente do sexo feminino, muitas

contratações a termo tornam-se indispensáveis para suprir ausências por maternidade e

assistência a menores, de forma a manter o funcionamento normal dos serviços de prestação

de cuidados.

No tocante à avaliação do desempenho, foi dada continuidade à implementação do SIADAP a

todos os colaboradores dos grupos profissionais que se enquadram no âmbito de aplicação

da respectiva legislação, tendo sido concluído o processo nas três unidades hospitalares.

Para os trabalhadores com contrato individual de trabalho das carreiras técnico superior,

assistente técnico e assistente operacional foi criado e a aplicado um modelo de avaliação

adequado.

Tendo presente que nos últimos anos foi publicado um conjunto de diplomas legais, como o

novo regime jurídico de vinculações, carreiras e remunerações, o novo estatuto disciplinar e

a nova figura do contrato de trabalho em funções públicas, que pela aplicação subjectiva aos

trabalhadores com relação jurídica laboral de emprego público, afectaram ainda que

indirectamente a política de gestão de recursos humanos no centro hospitalar.

Segurança, higiene e saúde no trabalho

Com a formação do centro hospitalar, o Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

(SSHST) do Hospital de São Sebastião, a funcionar desde 2005, passou a integrar o SSHST

do Hospital de Oliveira de Azeméis, criado em Outubro de 2008, na modalidade de serviços

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59

externos para as áreas de higiene, segurança e medicina no trabalho e a área de medicina

no trabalho do Hospital de São João da Madeira, existente na modalidade de serviço externo.

Desta forma o SSHST do Centro Hospitalar ficou sedeado no Hospital de São Sebastião,

assegurando com recursos próprios as área da higiene e segurança, enquanto que a

medicina do trabalho é assegurada mediante a contratação de serviços externos. O

desenvolvimento deste serviço constitui uma prioridade no âmbito da gestão dos recursos

humanos, melhorando o grau de satisfação dos colaboradores e potenciando uma mais

adequada organização e funcionamento dos serviços.

O serviço assegura a realização de consultas de medicina do trabalho e avalia os riscos

potenciais dos serviços, definindo as medidas preventivas e/ou correctivas de forma a

minimizar os mesmos riscos. Por outro lado, colabora também na formação dos

trabalhadores em questões de segurança, higiene e saúde, na recolha e tratamento das

participações respeitantes a ocorrências em serviço e na participação e acompanhamento das

doenças profissionais.

Número de exames realizados no âmbito do SSHST

Tipo de exame 2008 2009 2010

Exames de admissão 317 372 289

Exames periódicos 543 932 535

Exames ocasionais 267 308 431

Total 1.127 1.612 1.255

Considerando os dados recolhidos nas três unidades hospitalares, numa análise comparativa

entre os anos de 2009 e 2010, é possível constatar que se verificou um decréscimo

significativo no número de exames de admissão e nos exames periódicos, enquanto que os

exames ocasionais apresentam uma subida de 39,9%.

Em 2010 o número de acidentes de trabalho evoluiu de forma favorável relativamente ao

ano anterior, tendo sido reportados menos 26 acidentes, ou seja uma diminuição de -14,8%.

Nos anos de 2008 e 2009 o grau de sinistralidade foi muito semelhante, com 174 e 176

acidentes de trabalho, respectivamente.

Número de acidentes de trabalho por período de ausência

Nº de dias 2008 2009 2010

H M Total H M Total H M Total Inferior a 1 dia 41 103 144 25 108 133 24 91 115

De 1 a 3 dias 0 1 1 0 1 1 0 2 2

De 4 a 30 dias 6 15 21 3 20 23 5 22 27

Mais de 30 dias 5 3 8 4 15 19 1 5 6

Total 52 122 174 32 144 176 30 120 150

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Relativamente ao absentismo originado por acidentes de trabalho, e no que se refere ao

número de dias de ausência ao serviço, assinale-se que em 2010 apenas 33 acidentes de

trabalho tiveram como consequência um período de baixa superior a 3 dias (27 acidentes

entre os 4 a 30 dias e 6 com mais de 30 dias).

À semelhança dos acidentes de trabalho, as doenças profissionais também são registadas

pelo SSHST e são analisadas no sentido de se perceberem as causas e as condições dos

postos de trabalho que as poderão ter originado. No ano de 2010 foram registadas apenas

três doenças profissionais, estando a ser estudadas as medidas correctivas aplicáveis a cada

situação.

Em 2010 foi elaborado um plano de vacinação para os colaboradores, apresentando-se

abaixo um quadro com as vacinas administradas.

Vacinas administradas pelo SSHST.

Tipo de Vacina Homens Mulheres Total

Antitetânica 2 12 14

Hepatite B 0 20 20

Gripe A 4 11 15

Gripe Sazonal 87 294 381

Total 93 337 430

Relativamente ao ano de 2010 o SSHST desenvolveu ainda outras actividades, de que se

salientam as seguintes:

Visitas a serviços - Na sequência de visitas às Unidades de São João da Madeira e de

Oliveira de Azeméis foram elaborados os respectivos relatórios, pormenorizando-se as

deficiências encontradas e as medidas a adoptar. Na Unidade da Feira foram feitas visitas a

vários serviços de internamento, tendo sido abertas nove não conformidades, estando todas

a ser objecto de análise e tratamento.

Gestão de riscos – Nesta área merecem destaque as seguintes actividades: a avaliação da

concentração de formaldeído no ar no núcleo de partos; a avaliação do ruído nas salas de

desinfecção do bloco operatório; a avaliação do risco de incêndio segundo o método de

MESERI; a avaliação de riscos na lavandaria; a aquisição de equipamento de protecção

individual específico para alguns trabalhadores.

Realização de simulacro – Foi realizado um simulacro de incêndio na Unidade da Feira,

com a participação da Protecção Civil e trabalhadores do hospital. Pretendeu-se testar a

operacionalidade do plano de emergência, treinar as comunicações entre os intervenientes

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(internos e externos), utilizar os equipamentos de primeira intervenção (extintores e bocas

de incêndio) e melhorar a articulação da estrutura interna com os meios externos de apoio e

socorro.

Formação

A promoção da formação, do ensino e da investigação tem sido assumida pelo Conselho de

Administração como uma parte fundamental da missão do Centro Hospitalar. Por outro lado,

a implementação de processos de melhoria contínua é decisiva para a melhoria do

desempenho dos colaboradores e da prestação de cuidados de saúde aos utentes.

Tem-se assistido a um aumento progressivo do número de médicos a frequentar o internato

médico, tanto no que respeita ao ano comum como para a frequência da especialidade. Em

2010, foram aceites 33 novos médicos dos internatos médicos (25 do ano comum e 8 para o

internato de especialidade). Por outro lado, o internato de especialidade contou com um total

de 46 médicos.

Distribuição dos médicos do internato por especialidade

Especialidades Anos

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano Total Anestesiologia 1 1 1 3

Cardiologia 2 2

Cirurgia Geral 1 1 3 2 3 10

Medicina Interna 2 1 1 1 1 6

MFR 1 1

Neurologia 1 1 1 1 4

Oftalmologia 1 1 1 1 4

Oncologia Médica 1 2 3

ORL 1 1 2

Ortopedia 1 1 1 1 4

Patologia Clínica 1 1

Pediatria 1 1 1 1 4

Radiologia 1 1 2

Total 8 10 5 15 4 4 46

O centro hospitalar acolheu ainda um número significativo de médicos de outras instituições

nacionais (27 da especialidade de medicina geral e familiar e 15 de outras especialidades),

bem como estágios de médicos estrangeiros. Na sequência de protocolos formalizados com

instituições de ensino superior, o Centro Hospitalar recebeu ainda estagiários de

enfermagem e das carreiras técnica superior de saúde e técnica de diagnóstico e terapêutica.

Durante o ano de 2010, o Centro de Formação do Centro Hospitalar organizou 364 acções de

formação, a que correspondeu um conjunto de 710 horas de formação, frequentadas por um

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total de 4.753 colaboradores, distribuídas pelas três unidades hospitalares, conforme o

quadro seguinte. Deve salientar-se um acréscimo significativo relativamente à actividade

desenvolvida em 2009, correspondendo a uma variação de 28,6% no numero de acções e de

27,1% no número de formandos.

Actividade formativa desenvolvida em 2010

Unidades 2009 2010

Acções Horas Formandos Acções Horas Formandos

Hospital de São Sebastião 244 476 3.031 295 593 3.977

Hospital de São João da Madeira 20 27 376 43 80 458

Hospital de Oliveira de Azeméis 19 24 334 26 37 318

Total 283 526 3.741 364 710 4.753

Os serviços de prestação de cuidados tem desenvolvido uma actividade intensa na formação

em serviço, tendo estado envolvidos a maior parte deles em acções de diversa natureza. O

Hospital de São Sebastião realizou 133 acções de formação em serviço, o Hospital de São

João da Madeira realizou 30 e o Hospital de Oliveira de Azeméis realizou 12.

O plano de formação de pessoal contemplou um leque alargado de acções de formação,

destacando-se as seguintes pelo número de colaboradores envolvidos ou pela relevância

para a melhoria da qualidade da prestação de cuidados de saúde:

• Emergência e reanimação: Suporte básico de vida; Suporte avançado de vida;

Abordagem avançada da paragem cardiorespiratória; Triagem de prioridades na

urgência; Infecção e sépsis;

• Controlo da infecção hospitalar: Boas práticas na colheita de hemoculturas;

Utilização de equipamento de protecção individual; Higienização do ambiente

hospitalar; Higiene das mãos; Susceptibilidade dos microrganismos aos

antimicrobianos;

• Segurança, higiene e saúde no trabalho: Luta e prevenção contra incêndios,

emergência e evacuação; Plano de emergência interno específico; Segurança,

higiene e saúde no trabalho; Risco profissional; Risco eléctrico; Ergonomia;

Protecção radiológica em ambiente de trabalho; Gestão de stress laboral;

• Outras: Acolhimento a novos colaboradores; Formação para assistentes

operacionais; Resíduos hospitalares; Ética e eutanásia; Informática; Diagnóstico

laboratorial; Diagnóstico médico; Direitos dos doentes e humanização no

atendimento; Avaliação de desempenho; Rede nacional de cuidados continuados;

Formação de auditores internos; Nutrição e alimentação;

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Sistemas de Informação

Em 2009, com a criação do Centro Hospitalar, os sistemas de informação existentes nas

três unidades hospitalares tiveram de sofrer uma profunda reestruturação. De modo a

melhorar o funcionamento da nova instituição impôs-se a tomada de um conjunto de

medidas, devendo salientar-se as seguintes: a unificação do processo clínico dos utentes; o

acesso à informação clínica de forma integrada; a melhoria das comunicações entre as três

unidades hospitalares. De uma forma genérica, impunha-se a disponibilização das mesmas

ferramentas a todos colaboradores, independentemente da unidade onde, em cada

momento, exercem as suas funções.

No ano de 2010, no conjunto das actividades e medidas mais significativas, destacam-se as

seguintes:

• Na sequência do plano desenvolvido no ano anterior, procedeu-se à uniformização dos

três sistemas de informação dos laboratórios de patologia clínica num único sistema

de informação. Este sistema funciona agora de forma integrada e transparente para o

utilizador, permitindo um fluxo de trabalho uniforme com a aplicação de processo

clínico electrónico e independente da unidade hospitalar onde o profissional se

encontre. Foi englobado neste projecto o desenvolvimento de uma nova interface de

comunicação com o processo clínico electrónico MEDTRIX EPR segundo normas

internacionais HL7. Esta interface, além de garantir a interligação necessária com o

processo clínico electrónico, permite também a interligação a prestadores externos;

• Implementação de uma nova política de impressão, que permitirá reduzir custos nos

próximos anos. Assim, iniciou-se o reapetrechamento do parque de impressão do

Centro Hospitalar com a aquisição de sistemas multifuncionais para os serviços de

gestão e logística;

• Substituição, de forma faseada, dos equipamentos de voz móvel de tecnologia DECT

por equipamentos móveis de tecnologia GSM. Estes novos equipamentos, além de

terem um custo de exploração inferior, permitem a comunicação entre os

colaboradores, independentemente da unidade onde estejam, e apresentam

funcionalidades extra quando comparados com os anteriores equipamentos;

• Consolidação e optimização do data-center central da unidade de Santa Maria da

Feira. Na implementação deste projecto pretendeu-se alcançar os seguintes

objectivos:

- Redução de consumo de energia;

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- Redução de custos de manutenção;

- Melhoria da capacidade de tolerância a falhas, quer em termos de plataforma

computacional quer em termos de condições ambientais de operação (gestão

energia e gestão da temperatura);

- Adaptação de plataforma de computação;

- Aumento da capacidade de armazenamento.

• No âmbito da consolidação e optimização do data-center foram tomadas as seguintes

medidas:

- Mudança do sistema PACS para o data-center principal, eliminando os

equipamentos de arquivo de imagens radiológicas existentes no serviço de

imagiologia;

- Incremento da utilização de tecnologia de virtualização, de modo a melhorar

a eficácia dos equipamentos, a agilização de cópias de segurança e o

aumento de capacidade de armazenamento;

- Eliminação de hardware servidor com custo de exploração elevado e

conversão dos sistemas de informação aí instalados em servidores virtuais;

- Melhoria do sistema de refrigeração do data center, com a aquisição de um

novo equipamento, garantindo uma tolerância a falhas superior;

- Aquisição de nova plataforma de computação modular, formato BLADE, para

utilização em novos sistemas de informação e para reformulação de sistemas

existentes;

- Aquisição de novo equipamento de armazenamento com melhor performance

e maior capacidade de crescimento, para utilização em novos sistemas de

informação e para a reformulação dos sistemas já existentes.

• O desenvolvimento em parceria com uma entidade externa de um sistema de gestão

de nutrição hospitalar (NUTRIX). Este sistema permite a gestão de refeições nos

módulos de internamento, urgência, hospital de dia e de ambulatório. Esta aplicação

está devidamente integrada com o processo clínico electrónico e com o sistema de

informação da empresa de prestação de serviços de alimentação. O sistema substitui

e melhora o anterior processo baseado em papel, permitindo o pedido/registo de

refeições para os utentes, em conformidade com as prescrições do médico e do

nutricionista, melhorando o prazo de entrega das refeições e permitindo a conferência

da facturação das refeições consumidas.

• A aquisição de um sistema de informação de gestão de transportes de doentes, que

pretende alcançar os seguintes objectivos:

- Simplificação de todo o processo de gestão;

- Rentabilização dos transportes de doentes efectuados por veículo;

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- Redução de custos, com um reforço do controlo dos encargos com o transporte

dos utentes;

- Redução da carga de trabalho dispendida na conferência de facturas;

- Aumento da disponibilidade de informação, com acesso a dados de forma

automatizada e em tempo real ;

- Melhoria no relacionamento entre todos os intervenientes do processo: serviços

requisitantes; entidades transportadoras; entidades externas prestadoras de

MCDT; serviço de gestão de transportes; serviços financeiros.

• A implementação de um sistema de informação de gestão de risco.

O desenvolvimento do processo clínico electrónico

Desde o início de funcionamento do Hospital de São Sebastião em 1999, o Conselho de

Administração deu uma especial atenção ao desenvolvimento de um processo clínico

electrónico (Medtrix EPR), de modo a simplificar os processos de trabalho e a tornar a

instituição mais eficaz e eficiente na prestação de cuidados de saúde.

. Apresenta-se de seguida, de forma esquemática, uma evolução cronológica do

desenvolvimento do Medtrix EPR.

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O ano de 2010 revelou-se um ano particularmente importante neste domínio, tendo-se

procedido à substituição integral da versão do Medtrix EPR em Oracle Forms por uma nova

versão em tecnologia WPF.

Em temos sintéticos, devem salientar-se as seguintes medidas:

• Implementação do módulo de cirurgia segura salva vidas;

• Circuito cirúrgico: integração de decisão de consulta anestésica no módulo de

agendamento do bloco operatório;

• Desenvolvimento de novo módulo de integração requisições XML/HL7 com sistemas

externos;

• Reformulação de módulo de triagem da urgência existente para fazer face a novos

requisitos funcionais e técnicos. Implementação baseada em tecnologia

SILVERLIGHT;

• Alertas e notificação de novos resultados MCDT disponibilizados;

• Desenvolvimento de módulo de registo de administração de medicamentos;

• Disponibilização de um quadro com os doentes internados por serviço, com o

agendamento de MCDT, de tratamentos, da marcação de bloco operatório e da

nutrição;

• Desenvolvimento da integração do Medtrix EPR com a aplicação de gestão de

transportes de doentes.

Por último, sublinhe-se que, no âmbito do desenvolvimento do Medtrix EPR, o Centro

Hospitalar tem vindo a celebrar protocolos com diversas instituições de ensino superior, de

modo a propiciar campo de estágio para os seus alunos. Esta articulação tem permitido uma

melhor avaliação dos sistemas existentes e o desenvolvimento de novos módulos.

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Visão Económica e Financeira

Neste capítulo procede-se à explicitação das principais rubricas de custos e proveitos do

Centro Hospitalar em 2010, em confronto com os dados agregados dos três hospitais para o

ano de 2008 (durante os quais as instituições possuíam autonomia própria), bem como para

2009 (no período de 1 de Janeiro a 31 de Janeiro as instituições ainda estavam separadas).

A actividade económica e financeira das três instituições nos anos anteriores à constituição

do Centro Hospitalar era consideravelmente distinta, devendo caracterizar-se em termos

genéricos da seguinte forma:

• O Hospital de São Sebastião, E.P.E., a partir do ano 2003, apresentou anualmente

resultados líquidos marcadamente positivos, com uma estrutura de recursos

humanos adequada à actividade produtiva definida em sede dos contratos programa

anuais, caracterizando-se por ter uma sólida situação financeira.

• Os Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel apresentaram, por norma,

resultados de exploração negativos, e ainda manifestamente subavaliados, dado que

o financiamento obedecia a critérios de natureza histórica, não tendo uma

correspondência de acordo com a produção efectivamente realizada.

Entre 2003 e 2008, o Hospital de São Sebastião, E.P.E. beneficiou da alteração do processo

de contratualização da prestação de cuidados de saúde aos beneficiários do Serviço Nacional

de Saúde, obtendo sempre resultados líquidos positivos, próximos dos 2,5 milhões de euros,

apesar de não lhe serem dadas quaisquer verbas de convergência, as quais continuaram a

ser atribuídas a uma parte significativa dos hospitais transformados em entidades publicas

empresariais.

Assim, a alteração do modelo de financiamento dos hospitais, evoluindo da atribuição de

subsídios à exploração, efectuado por critérios essencialmente de natureza histórica, para o

pagamento dos cuidados de saúde efectivamente prestados aos beneficiários do Serviço

Nacional de Saúde, veio permitir uma mais clara detecção das ineficiências existentes nas

instituições e implicar os órgãos de gestão num maior esforço de racionalização dos custos

de exploração.

No entanto, este modelo de financiamento definido pelo Ministério da Saúde para o

pagamento dos cuidados de saúde dos beneficiários do SNS, revela nos últimos anos um

manifesto desajustamento, tendo não só em conta os preços estipulados de acordo com a

classificação dos hospitais, mas também que os custos de produção são normalmente mais

elevados para os hospitais com menores economias de escala ou com uma localização mais

periférica.

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Desta forma, a manterem-se preços de pagamento substancialmente mais baixos nos

Hospitais Distritais do que nos Hospitais Centrais, para prestações de cuidados idênticos ou

com o mesmo nível de complexidade, assistir-se-á a uma degradação contínua dos

resultados dos primeiros, prejudicando também a avaliação do nível de eficiência das

diferentes instituições que integram o SNS.

Por outro lado, os preços de pagamento de algumas linhas de produção não têm

acompanhado a evolução dos custos de produção, apesar de darem resposta à estratégia

definida pelo Ministério da Saúde na área de prestação dos cuidados hospitalares, sendo de

assinalar um conjunto de aspectos que condicionam o valor pago a titulo de prestação de

serviços:

• Os preços da cirurgia do ambulatório (cada vez com mais técnicas minimamente

invasivas), permanecem, na maior parte dos casos, abaixo dos custos de produção,

e muito inferiores aos praticados para o internamento;

• Os preços definidos para o hospital de dia oncológico não tomam em linha de conta a

totalidade dos encargos com os medicamentos utilizados, em particular com os

novos medicamentos que têm vindo a ser introduzidos;

• Os custos com os medicamentos cedidos para o ambulatório, fundamentalmente

para tratamento de doenças crónicas, também não são reembolsados numa grande

parte das situações;

• Os tratamentos de medicina física e reabilitação continuam a não ser contemplados

com qualquer pagamento específico;

• Nos encargos com a formação dos médicos, no âmbito do internato médico, apenas

uma pequena parcela é objecto de reembolso pela ACSS;

• Os custos suportados com a VMER são assumidos na íntegra pelo Centro Hospitalar;

• Não tem sido efectuada a actualização das tabelas de preços, em função do índice

case-mix do ano anterior, prejudicando os hospitais que têm evoluído no sentido da

diferenciação.

Algumas alterações estruturais registadas na actividade assistencial, por força das politicas

definidas pelo Ministério da Saúde, em especial o aumento da cirurgia do ambulatório e a

redução das taxas de cesarianas, influenciam negativamente os proveitos totais facturados à

ACSS.

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Análise Económica Resultados

Em 2010 o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga EPE obteve resultados líquidos

positivos próximos dos 343 milhares de euros, inflectindo-se o resultado negativo registado

no primeiro exercício (Fevereiro a Dezembro de 2009), período que em que se verificaram

resultados líquidos negativos próximos dos -1.585 milhares de euros. Por outro lado, dado

que no mês de Janeiro de 2009 os resultados do conjunto das três instituições foram

também negativos, para a totalidade do ano de 2009, apurou-se um valor negativo na

ordem dos –1.834 milhares de euros.

As medidas de reorganização dos serviços de prestação de cuidados e dos serviços de gestão

e logística tiveram um impacto económico mais forte no ano de 2010, permitindo anular, em

parte, os efeitos negativos decorrentes do facto dos Hospitais de S. João da Madeira e de S.

Miguel apresentarem uma estrutura de custos com recursos humanos desajustada da

actividade assistencial aí realizada.

Como adiante se explana, os resultados líquidos positivos deveram-se a uma redução

assinalável nos custos totais (-2,5%), apesar dos proveitos terem também registado uma

queda, embora com uma menor expressão. O valor do EBITDA apresentou em 2010 um

valor de 4.516 milhares de euros, ou seja +108,8% do que no ano de 2009, e +5,3% do que

o montante registado em 2008 (4.289 milhares de euros).

Os resultados correntes foram de novo prejudicados por um decréscimo nos resultados

financeiros, como consequência da descida das taxas de juro das disponibilidades financeiras

depositadas no Instituto de Gestão e Crédito Público e no Fundo de Apoio aos Pagamentos

do Serviço Nacional de Saúde. Este efeito negativo sobre os resultados foi ainda mais

acentuado no ano anterior, passando-se de 2.024,6 milhares de euros em 2008 para 781,2

milhares de euros em 2009.

Evolução dos resultados

Rubricas 2008 2009 2010

Resultados Operacionais -814.792 -3.357.511 -1.526.461

Resultados Financeiros 2.024.590 781.190 726.226

Resultados Correntes 1.209.798 -2.576.320 -800.235

Resultados Extraordinários 413.290 776.151 1.272.576

Resultado Liquido do Exercício 667.811 -1.834.263 343.001

EBITDA 4.289.343 2.165.955 4.515.553

Valores em euros

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Proveitos

A facturação das prestações de serviço a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde tem sido

determinante para o apuramento dos proveitos registados pelos hospitais, sendo que em

2009 representavam por regra mais de 90% dos proveitos globais. Face à determinação do

Ministério da Saúde de incluir os beneficiários da ADSE e de outros subsistemas de saúde

públicos no âmbito do Contrato Programa, a tendência vai no sentido de um aumento do

peso relativo, com uma taxa superior a 95%.

Tem-se assistido a alguma degradação dos preços de pagamento dos cuidados de saúde de

algumas linhas de produção, em particular na actividade cirúrgica. De facto, com o

desenvolvimento da cirurgia de ambulatório, com preços de pagamento claramente inferiores

aos do internamento convencional, não se assistiu à correcção dos preços nesta área.

Apesar de um maior cuidado no registo de dados, continua a verificar-se um conjunto de

situações que impedem que a facturação das prestações de serviços atinja a dimensão

exacta da totalidade dos cuidados de saúde prestados aos beneficiários do SNS, a saber:

• O modelo definido no âmbito do contrato programa apresenta uma grande rigidez,

no que respeita à segmentação das linhas de produção. Assim, só é possível a

facturação até ao limite de 10% da produção contratada, e, por outro lado, não é

possível a transferência entre as linhas de produção com a mesma natureza (por

exemplo entre o internamento urgente e o programado);

• A facturação a companhias de seguros, em especial nas situações de acidentes de

viação, é muitas vezes anulada passados meses ou anos, inviabilizando a facturação

dos respectivos valores à ACSS;

• Ainda que com uma importância inferior à de anos anteriores, e em especial para os

atendimentos no serviço de urgência, uma parte dos doentes não é objecto de

facturação, por impossibilidade de identificação ou por dificuldade na obtenção do

número do cartão de utente do SNS.

Evolução dos proveitos

Rubricas 2008 2009 2010

Proveitos Totais 98.777.077 95.704.894 95.502.338

Proveitos Operacionais 94.937.708 92.978.035 92.838.124

Proveitos Financeiros 2.033.004 800.483 739.539

Proveitos Correntes 96.970.713 93.778.518 93.577.662

Proveitos Extraordinários 1.806.364 1.926.376 1.924.675

Valores em euros

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71

Em 2010 os proveitos totais atingiram os 95.502 milhares de euros, ou seja praticamente o

mesmo valor registado em 2009 (-0,2%). No entanto, foram significativamente inferiores

aos registados em 2008 (98.777 milhares de euros), traduzindo uma variação de -3,3%.

Relembra-se que em 2008 os Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel obtiveram um

financiamento superior ao valor das prestações de cuidados de saúde realizadas.

Entre 2008 e 2010 também se verificou uma forte queda nos proveitos financeiros (-63,6%),

enquanto que nos proveitos extraordinários observou-se um crescimento com fraca

expressão (+6,5%).

A partir de 2009 os subsídios à exploração passaram a representar um peso muito reduzido

no conjunto dos proveitos totais, evoluindo de 2,1% em 2009 para 0,2% em 2010. No mês

de Janeiro de 2009 o financiamento da ACSS aos Hospitais de S. João da Madeira e de S.

Miguel foi efectuado por esta via, justificando a evolução atrás assinalada, bem como o peso

relativo no ano de 2008, onde se verificou idêntica situação para a totalidade do ano. Por

esta razão, na análise desta rubrica, os montantes dos subsídios à exploração não são

comparáveis entre os anos de 2008 e 2009.

Peso relativo das prestações de serviços e subsídios à exploração

Rubricas 2008 2009 2010

1. Proveitos Totais 98.777.077 95.704.894 95.502.338

2. Subsídios à Exploração 21.326.671 1.976.909 159.091

3. Prestação de Serviços 70.950.384 88.104.322 89.965.065

4. (2 ) / ( 1) 21,6% 2,1% 0,2%

5. (3 ) / (1) 71,8% 92,1% 94,2%

Valores em euros

Com a emissão de facturação dos cuidados de saúde prestados a beneficiários do Serviço

Nacional de Saúde à ACSS para a totalidade da produção das três unidades, para além da

que compete a terceiros legal ou contratualmente responsáveis, a rubrica prestação de

serviços do Centro Hospitalar passou a representar 94,2% dos proveitos totais.

Em 2010, o Centro Hospitalar assumiu objectivos de produção ambiciosos, que na

globalidade veio a atingir, com crescimentos sustentados no hospital de dia cirúrgico e no

hospital de dia de oncologia. No entanto, o número de doentes saídos do internamento

apresentou um decréscimo devido ao desenvolvimento da cirurgia do ambulatório e à

redução da pediatria, obstetrícia, ginecologia e urologia. Assinale-se ainda a redução no

número de atendimentos na urgência comparativamente com o ano de 2009, ano em que se

registou uma epidemia de Gripe A. Em termos relativos registou-se uma variação

praticamente nula no Hospital de São Sebastião e um forte decréscimo na urgência básica do

Hospital de São Miguel.

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Custos Em 2010 os custos totais ascenderam a 95.030 milhares de euros, inferiores não só aos

registados em 2009 (97.505 milhares de euros) como também aos de 2008 (97.154

milhares de euros).

Desta forma, entre 2009 e 2010, assistiu-se a um decréscimo de 2,5% nos custos totais.

Esta variação foi influenciada positivamente pelo queda dos custos extraordinários (-43,3%),

sendo que os custos operacionais apresentaram uma variação de -2,0% e os custos

financeiros uma redução de -31,0%.

Evolução dos custos

Rubricas 2008 2009 2010

Custos Totais 97.153.989 97.505.063 95.029.997

Custos Operacionais 95.752.500 96.335.545 94.364.585

Custos Financeiros 8.415 19.293 13.313

Custos Correntes 95.760.915 96.354.839 94.377.897

Custos Extraordinários 1.393.074 1.150.225 652.099

Valores em euros

Os custos com pessoal em 2010 apresentaram uma variação de -2,4%, comparativamente

com o ano anterior. Já em 2009 a variação nesta rubrica foi de +0,9%, muito abaixo da

actualização das tabelas salariais da função pública registadas neste ano (2,9%). Nas duas

outras rubricas com um maior peso nos custos de exploração, o custo das mercadorias

vendidas e das matérias consumidas e os fornecimentos e serviços externos registaram

variações distintas, com +3,0% e -7,9%, respectivamente, pelas razões que à frente se

pormenorizam.

Peso relativo das grandes rubricas de custos

Rubricas 2008 2009 2010

1. Custos Totais 97.153.989 97.505.063 95.029.997

2. Custos com o Pessoal 54.843.847 55.346.562 54.032.757

3. CMVMC 20.755.730 20.357.666 20.965.881

4. Forn. Serv. Ext. 15.327.303 15.763.105 14.522.383

5. (2) / (1) 56,5% 56,8% 56,9%

6. (3 ) / ( 1) 21,4% 20,9% 22,1%

7. (4 ) / (1) 15,8% 16,2% 15,3%

Valores em euros

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Relativamente ao custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, anote-se uma

subida no custo com os produtos farmacêuticos (3,8%), com especial incidência no hospital

de dia de oncologia e nos medicamentos cedidos para o ambulatório. No entanto, o

montante dos encargos suportados em 2010 (13.155 milhares de euros) ficou

aproximadamente 200 milhares de euros abaixo do valor registado no ano de 2008 (13.358

milhares de euros). Em 2009 o Centro Hospitalar beneficiou do alargamento dos protocolos

celebrados com diversas empresas fornecedoras, dado que em 2008 um conjunto

significativo de produtos eram adquiridos a preços mais elevados pelos Hospitais de S. João

da Madeira e de S. Miguel.

A exemplo do que aconteceu em 2009, nos fornecimentos e serviços externos a contratação

de serviços médicos assume um peso relativo importante, face à necessidade de assegurar a

cobertura das equipas médicas das urgências geral e pediátrica dos três hospitais. Tendo em

conta as dificuldades na contratação de serviços médicos, os custos por hora de trabalho

médico mantém-se a um nível elevado, dada a carência de pessoal e a competição entre os

hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Entre os anos de 2009 e 2010, o peso relativo das três principais rubricas nos custos totais

não apresenta grandes oscilações, devendo assinalar-se um ligeiro crescimento do peso dos

custos com pessoal, registando taxas de 56,8% e 56,9%, respectivamente. No mesmo

sentido evoluíram os custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, os quais

passaram de 20,9% para 22,1% dos custos totais nos dois anos em análise.

Em sentido inverso, os custos com fornecimentos e serviços externos registaram uma

variação negativa, evoluindo de 16,2% em 2009 para 15,3% em 2010.

Custos por grandes rubricas

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Em 2010, o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas apresentou uma

variação positiva (+3,0%), abaixo da meta fixada pelo Ministério da Saúde (+4%), e que

serviu como referencial aquando da elaboração dos Planos de Desempenho.

No que concerne às duas principais rubricas da despesa - produtos farmacêuticos e material

de consumo clínico – verifica-se uma evolução semelhante, quando se confrontam os custos

de 2010 com os registados no ano anterior, com taxas de crescimento de 3,8% e 2,7%,

respectivamente.

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Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Rubricas 2008 2009 2010

Produtos Farmacêuticos 13.358.413 12.671.897 13.155.493

Material de Consumo Clínico 6.448.259 6.627.618 6.807.745

Produtos Alimentares 10.035 12.049 7.659

Material de Consumo Hoteleiro 429.556 456.849 440.845

Material de Consumo Administrativo 264.620 298.722 279.013

Material de Manut. e Conservação 244.846 290.531 275.127

Total 20.755.730 20.357.666 20.965.881

Valores em euros

Para todas as restantes classes de produtos, entre os anos de 2009 e 2010, verificou-se uma

variação negativa nos encargos, como a seguir se pormenoriza:

• Os custos com material de consumo hoteleiro apresentaram uma ligeira descida

(3,5%), após terem sido supridas algumas carências de fardamento e roupa

hospitalar em 2009 e uniformização de procedimentos e material de higienização;

• Os custos com material de consumo administrativo apresentaram uma forte queda

em 2010 (-6,6%), invertendo o forte crescimento constatado em 2009 (+12,9%). O

processo de reorganização do Centro Hospitalar iniciado em 2009, em particular a

unificação dos processos clínicos das três unidades, conduziu a aquisições superiores

ao consumo normal, tanto de impressos como de pastas de processos clínicos;

• Os custos com a aquisição de material de manutenção e conservação, com cerca de

275 milhares de euros, corresponde a uma variação de -5,3%, comparativamente

com o montante dispendido em 2009 (290 milhares de euros). No que respeita ao

Hospital de S. Sebastião sublinhe-se que não tem havido substituição de muitos

equipamentos no final do período de amortização, optando-se pela aquisição das

peças necessárias à sua reparação, efectuada pelos colaboradores do serviço de

instalações e equipamentos

Em qualquer um dos anos assinalados, o peso dos encargos com produtos farmacêuticos e

material de consumo clínico aproxima-se dos 95% do total dos custos com mercadorias

vendidas e das matérias consumidas. Em 2010 o peso relativo da primeira classe de

produtos aproxima-se dos 63%, enquanto que a segunda representa cerca de 33%.

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Produtos farmacêuticos

Em 2009, comparativamente com o ano anterior, registou-se um decréscimo nos custos de

todas as rubricas que compõem os produtos farmacêuticos (medicamentos, reagentes e

gases medicinais), como consequência das seguintes medidas:

• Aquisição centralizada de todos os medicamentos, com alargamento dos protocolos

celebrados com diversas empresas farmacêuticas;

• Centralização de alguns tipos de análises no serviço de patologia clínica do Hospital

de São Sebastião;

• Renegociação dos contratos de fornecimento de gases medicinais utilizados nos

Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel

.

Estas medidas tiveram ainda um forte impacto nos custos de 2010, devendo assinalar-se que

neste ano se verificou, de novo, uma queda tanto nos custos com os reagentes (-2,2%),

como nos encargos com gases medicinais (rubrica outros), onde se alcançou uma redução

mais significativa (-27,8%). Deste modo, entre 2008 e 2010, os encargos com os reagentes

apresentaram uma variação de –10,2%, e os custos com gases medicinais reduziram-se

para menos de metade (-53,7%).

Decomposição dos produtos farmacêuticos

Rubricas 2008 2009 2010

Medicamentos 10.973.568 10.581.581 11.168.737

Reagentes 2.029.195 1.862.357 1.822.122

Outros 355.652 227.959 164.635

Total 13.358.414 12.671.897 13.155.494

Valores em euros

Quando se procede a uma análise mais pormenorizada sobre a evolução dos custos com

medicamentos nos três anos em apreciação, tendo em atenção os principais serviços/áreas

onde foram utilizados, importa apresentar as seguintes considerações:

• Nas áreas nas quais o hospital apresenta quantitativamente a maior parte dos

doentes tratados – Internamento, Consulta Externa, Hospital de Dia e Urgência –

observa-se uma descida acentuada, não só em 2009 (-5,6%), como no ano de 2010

(-2,8%);

• Os medicamentos imputados ao hospital de dia oncológico apresentaram uma

variação de -7,4% de 2008 para 2009, contrariando as fortes taxas de crescimento

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verificadas nos anos anteriores no Hospital de São Sebastião. Em 2010 regista-se

uma nova subida (+5,8%), devido ao crescimento do número de doentes tratados e

a uma maior utilização de antineoplásicos e imunomodeladores;

• Os medicamentos cedidos gratuitamente para uso em ambulatório (patologias renal,

neurológica, reumatológica e hepática, etc.), registaram em 2010 um aumento de

30,2%, fundamentalmente devido a um crescimento do número de doentes

tratados. Entre 2008 e 2010, o crescimento dos custos nesta área foi exponencial

(+52,4%), e reflecte as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde, no que concerne

à cedência de determinados medicamentos exclusivamente pelas farmácias

hospitalares.

Custo dos medicamentos por áreas

Rubricas 2008 2009 2010

Internam. / C. Externa / Urgência 5.139.794 4.849.460 4.715.446

Hospital de Dia Oncológico 4.475.440 4.142.321 4.382.983

Medic. cedidos para o Ambulatório 1.358.334 1.589.800 2.070.308

Total 10.973.568 10.581.581 11.168.737

Valores em euros

É de assinalar que uma grande parte dos medicamentos usados no tratamento das

patologias do foro oncológico apresenta preços unitários elevadíssimos, sendo normalmente

comercializados em situação de exclusividade pela empresa que desenvolveu a investigação

do produto. No entanto, para estes produtos e sempre que surge um genérico, após ter

expirado o período de protecção da patente, assiste-se a um abaixamento muito significativo

nos preços. No quadro abaixo apresenta-se a evolução dos encargos suportados com o

consumo de medicamentos registado entre 2008 e 2010, respeitante a todos os serviços do

centro hospitalar, e de acordo com a desagregação por famílias de produtos.

Custo dos medicamentos por famílias

Rubricas 2008 2009 2010

Antineoplásicos e imunomodelad. 4.946.767 4.892.338 5.663.961 Medicamentos anti-infecciosos 1.054.079 875.074 885.128 Sistema nervoso central 1.123.473 1.037.086 824.963 Vacinas e outros imunoterápicos 595.069 633.112 637.247 Correctivos da volémia 610.246 501.185 576.660 Sangue 516.003 527.845 443.545 Indefinido (Idursulfase) 257.985 288.648 289.896 Hormonas e outros esp. doenç. end. 242.974 232.050 256.949 Restantes grupos 1.626.973 1.594.244 1.590.388

Total 10.973.568 10.581.581 11.168.737 Valores em euros

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Da análise comparativa dos dados destes três anos sublinham-se as famílias com um maior

valor absoluto, as quais apresentam uma evolução distinta como a seguir se pormenoriza:

• Um crescimento sustentado nos antineoplásicos e imunomodeladores, com uma

variação positiva de 2009 para 2010 de 15,8%. Neste último ano, esta categoria de

produtos representou mais de metade dos encargos com medicamentos (50,3%);

• Uma forte redução nos custos com os medicamentos do sistema nervoso central, com

uma variação -7,7% em 2009 e -20,5% em 2010;

• Um abaixamento significativo dos custos com sangue de 2009 para 2010 (-16,0%);

No quadro indicado de seguida apresenta-se os dados respeitantes aos produtos utilizados

no hospital de dia oncológico com um encargo anual próximo ou superior a 100 milhares de

euros, referindo-se também o número de doentes em que foram administrados.

Este conjunto de dez produtos apresenta uma progressão de 21,4% entre 2008 e 2009 e

12,8% entre 2009 e 2010, denotando uma cada vez maior concentração dos encargos num

conjunto limitado de produtos. Assim, no primeiro ano, os mesmos representaram 20,8% do

total dos encargos com medicamentos, enquanto que em 2009 já representavam 26,2% e

em 2010 alcançaram um peso relativo de 28,0%.

Sublinhe-se o crescimento exponencial do medicamento Bevacizumab, evoluindo de 57

milhares de euros em 2008 para 589 milhares de euros em 2010. Neste ano também os

produtos cetuximab e rituximab apresentaram taxas de crescimento elevadas. Por outro

lado, em 2009 foi invertida a curva de crescimento do Transtuzumab, registada desde

2006. Mesmo assim, este medicamento apresenta o maior valor absoluto em 2010, com

custos próximos dos 631 milhares de euros.

Custo dos principais medicamentos usados no hospital de dia oncológico

Principio activo 2008 2009 2010

Nº doentes Valor Nº doentes Valor Nº doentes Valor

Trastuzumab 35 838.192 42 682.963 42 631.209

Bevacizumab 8 57.299 32 393.887 56 589.400

Cetuximab 22 287.156 21 233.921 47 508.365

Rituximab 25 208.032 28 247.956 34 400.269

Docetaxel 96 372.458 90 386.343 80 262.963

Capecitabina 163 158.204 172 220.636 132 188.688

Imatinib 8 99.131 7 153.309 10 166.363

Acido zoledrónico 79 71.084 113 152.808 93 144.581

Leuprorrelina 183 114.591 146 182.614 150 132.198

Sunitinib 6 77.871 7 117.721 4 103.565

Total 625 2.284.018 658 2.772.158 648 3.127.600

Valores em euros

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Material de consumo clínico

Em 2010 os encargos com material de consumo clínico apresentam uma variação de 2,7%,

em grande medida devido ao crescimento dos artigos cirúrgicos e material de osteosintese.

Apesar de uma ligeira baixa do número de doentes intervencionados, importa referir o

desenvolvimento do programa de tratamento cirúrgico da obesidade, com cerca de 300

doentes intervencionados. De modo a reduzir a lista de espera cirúrgica do serviço de

ortopedia foi implementado um programa para as próteses da anca, joelho e cirurgia da

coluna.

Custos com material de consumo clínico por rubricas

Rubricas 2008 2009 2010

Penso 239.076 235.356 221.172

Artigos Cirúrgicos 729.207 700.575 851.501

Tratamento 1.671.611 1.632.387 1.569.062

Electromedicina 75.401 76.187 60.037

Laboratório 176.913 161.181 154.614

Próteses 1.421.957 1.554.216 1.490.478

Osteosintese 519.205 634.150 717.715

Outro 1.614.889 1.633.566 1.743.166

Total 6.448.260 6.627.618 6.807.745

Valores em euros

Nas três principais categorias de artigos da rubrica de material de consumo clínico, o

material de tratamento e as próteses apresentam variações negativas, com -3,9% e -4,1%,

respectivamente, enquanto o outro material clínico regista uma variação positiva com

alguma expressão (+6,7%).

Importa salientar alguns aspectos que têm vindo a pressionar os encargos de algumas das

rubricas:

• O crescimento do número de procedimentos cirúrgicos onde é utilizada a cirurgia

minimamente invasiva nos serviços de cirurgia geral, ginecologia e urologia. Se por

um lado, se registam grandes benefícios traduzidos em menores tempos de

internamento e menores complicações pós-operatórias, por outro, passaram a ser

utilizados materiais significativamente mais caros;

• Uma maior utilização de material de uso único, em especial material de tratamento,

batas e campos operatórios, em sintonia com as politicas de controlo da infecção

hospitalar;

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• A progressiva diferenciação dos serviços no tratamento de diversas patologias, a

exemplo da cirurgia da obesidade (colocação de bypass gástrico), da cirurgia para

resolução da incontinência urinária (colocação de tvt) e da cirurgia oncológica;

• O alargamento da actividade do serviço de ortopedia, tanto para a colocação de

próteses, como para o desenvolvimento da cirurgia da coluna.

• Um acréscimo do número de cirurgias programadas para revisão de próteses,

constatando-se que uma parte de doentes não tinham sido submetidos a prótese

primária no hospital.

Custos com o pessoal

Em 2010 os custos com o pessoal apresentaram uma variação de -2,4%, relativamente ao

ano anterior. Refira-se que em 2009, apesar da taxa de actualização da tabela da função

pública (2,9%), se registou apenas um crescimento de 0,9%. Por outro lado, o peso relativo

dos custos com o pessoal no total dos custos aproximou-se dos 56,9%, muito próximo dos

valores de 2008 (56,5%) e 2009 (56,8%).

Evolução das rubricas dos custos com pessoal

Rubricas 2008 2009 2010

Remuneração órgãos de direcção 617.387 506.244 468.599

Remunerações base do pessoal 27.480.417 27.080.033 26.467.442

Suplementos de remunerações 13.253.428 13.735.488 13.397.232

Prestações sociais directas 304.197 280.260 246.421

Subsidio de férias e natal 4.530.530 4.662.158 4.403.065

Pensões 880.830 909.004 969.266

Encargos sobre remunerações 7.227.719 7.514.520 7.406.460

Seguro acid. trab./doenças profiss. 117.674 152.847 106.823

Outros custos com pessoal 431.665 506.007 567.450

Total 54.843.847 55.346.562 54.032.757

Valores em euros

Em 31 de Dezembro de 2010, o número de colaboradores com vínculo jurídico à função

pública e com contrato individual de trabalho sem termo aumentou cerca de 0,5%,

comparativamente com a mesma data do ano anterior, se bem que se tivesse registado uma

grande redução do número de colaboradores com contratos de trabalho a termo certo ou

incerto (-19,9%).

No âmbito da reorganização das estruturas assistencial e logística, por força da criação do

Centro Hospitalar, o Conselho de Administração tomou diversas medidas em 2009, com um

grande impacto também em 2010, com o objectivo de racionalizar os custos com pessoal,

destacando-se as seguintes:

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• Unificação de todos os serviços, os quais passaram a ter um único responsável;

• Centralização do internamento de pediatria no Hospital de São Sebastião, a partir de

Abril de 2009;

• Racionalização da cobertura médica de residência nos Hospitais de S. João da Madeira

e de Oliveira de Azeméis;

• Reestruturação dos serviços de patologia clínica e imagiologia dos Hospitais de S. João

da Madeira e de Oliveira de Azeméis;

• Redução do internamento do Hospital de S. João da Madeira, unidade que passou a

estar vocacionada preferencialmente para a cirurgia do ambulatório.

Como já foi referido atrás, a estrutura de recursos humanos existente nos Hospitais de S.

João da Madeira e de Oliveira de Azeméis era manifestamente desajustada face à actividade

assistencial desenvolvida, impondo-se a realização dos ajustamentos necessários.

Deve referir-se um conjunto de aspectos que influenciaram a evolução dos custos com

pessoal, a saber:

• Em 2010 os encargos sobre as remunerações ascenderam a 7,4 milhões de euros,

regredindo cerca de -1,4% em relação ao ano anterior (7,5 milhões de euros).

Registe-se um agravamento do peso relativo desta rubrica no total dos custos com

pessoal, atingindo um valor de 13,2% em 2008, de 13,6% em 2009 e de 13,7% em

2010;

• Entre 2009 e 2010, tanto as remunerações base como os suplementos de

remuneração registaram decréscimos consideráveis, com -2,3% e -2,5%,

respectivamente;

• De forma ainda mais acentuada, as remunerações dos órgãos de direcção e as

prestações sociais directas apresentam as maiores variações negativas, com -7,4% e

-12,1%, respectivamente.

• Pelo contrário, os encargos com pensões cresceram cerca de 6,6%, de 2009 para

2010, evoluindo no mesmo sentido que o registado entre 2008 e 2009 (+3,2%).

Nesta rubrica deve sublinhar-se que os encargos que transitaram dos Hospitais de

S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis representam cerca de 75% do total;

• O aumento do número de médicos do internato médico colocados no hospital,

reembolsados apenas numa pequena parte pela ACSS;

• O Hospital não tem beneficiado do impacto da saída de pessoal por aposentação, ao

contrario da generalidade dos hospitais, tendo em conta o número reduzido de

colaboradores com vínculo jurídico à função pública.

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Custos com fornecimentos e serviços externos

Em 2010, os custos com fornecimentos e serviços externos atingiram um montante de 14,5

milhões de euros, apresentando uma queda assinalável em comparação com o ano de 2009

(-7,9%). De facto, registou-se uma descida nas duas rubricas, tanto nos fornecimentos e

serviços (-0,8%), como nos subcontratos (-17,6%).

Evolução dos custos com fornecimentos e serviços externos

Rubricas 2008 2009 2010

Fornecimentos e serviços 9.933.339 9.142.820 9.066.709

Subcontratos 5.393.964 6.620.285 5.455.674

Total 15.327.303 15.763.105 14.522.383

Valores em euros

Por outro lado, em 2010 o peso relativo dos custos desta rubrica nos custos totais situou-se

nos 15,3%, cerca de um ponto abaixo do ano anterior (16,2%).

No segundo semestre de funcionamento do Centro Hospitalar foram tomadas medidas de

contenção dos custos na rubrica fornecimentos e serviços, passando pela renegociação de

alguns contratos, com condições financeiras mais favoráveis, como a seguir se exemplifica:

• Prestação de serviços de electricidade para as três unidades hospitalares;

• Assistência técnica dos elevadores das três unidades hospitalares;

• Manutenção de equipamentos informáticos nos Hospitais de S. João da Madeira e de

S. Miguel;

• Manutenção dos equipamentos de radiologia nos Hospitais de S. João da Madeira e de

S. Miguel;

• Prestação de serviços médicos nos Hospitais de S. João da Madeira e S. Miguel.

Evolução dos custos com fornecimentos e serviços por rubricas

Rubricas 2008 2009 2010

Fornecimentos e serviços I 1.668.495 1.557.782 1.489.653

Fornecimentos e serviços II 2.816.704 2.103.183 2.341.924

Fornecimentos e serviços III 5.411.596 5.471.322 5.227.537

Outros fornecimentos e serviços 36.544 10.533 7.595

Total 9.933.339 9.142.820 9.066.709

Valores em euros

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82

Os subcontratos apresentam uma variação de -17,6% em 2010, sendo de assinalar o

decréscimo da rubrica meios complementares de terapêutica (-36,1%), fundamentalmente

devido à alteração no processo de referenciação dos doentes que carecem de radioterapia,

que passaram a ser da responsabilidade do Instituto Português de Oncologia do Porto a

partir de Janeiro de 2010, entidade que procede à contratualização para esta linha de

produção com a ACSS.

Por outro lado, os custos suportados com a aquisição de unidades de sangue fornecidas pelo

Instituto Português de Sangue mantêm-se a um nível muito elevado, passando de 1.231

milhares de euros em 2009 para 1.271 milhares de euros em 2010 (+3,2%). Sublinhe-se

que a alteração de preços determinada pelo IPS em 2009, implicou na prática uma

duplicação dos encargos no Hospital de São Sebastião relativamente aos suportados em

2008 (665 milhares de euros).

Evolução dos custos com subcontratos por rubricas

Rubricas 2008 2009 2010

Produtos Vendidos por Farmácias 0 0 0

Meios Complement. de Diagnóstico 2.537.624 2.794.303 2.592.177

Meios Complement. de Terapêutica 1.796.709 2.751.158 1.758.113

Transporte de Doentes 788.559 1.056.551 1.080.546

Outros 271.072 18.273 24.839

Total 5.393.964 6.620.285 5.455.674

Valores em euros

De igual modo, nos meios complementares de diagnóstico verificou-se uma evolução em

baixa, com uma variação de -7,2%, passando-se de 2.794 milhares de euros em 2009 para

2.592 milhares de euros em 2010. As áreas com um maior impacto nos custos - imagiologia,

medicina nuclear e anatomia patológica – sofrearam uma redução de custos entre 2009 e

2010. Refira-se que no Hospital de São Sebastião passaram a ser realizados diversos exames

que os Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel adquiriam no exterior (tomografias

axiais computorizadas, exames laboratoriais, ecografias, etc.).

Em 2009, o Centro Hospitalar passou a assumir novas obrigações no que concerne ao

transporte dos utentes dos concelhos de Arouca e Vale de Cambra, que em grande medida

eram assumidos pelos Centros de Saúde. Desta forma, houve uma progressão de 34,0% em

2009 (1.057 milhares de euros), comparativamente com o período anterior. No entanto, em

2010 assistiu-se a uma estabilização dos custos desta rubrica, com uma variação positiva de

2,3% (1.080 milhares de euros).

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A grande actividade assistencial do serviço de medicina física e reabilitação penaliza o Centro

Hospitalar, com uma forte pressão para a emissão de credenciais de transporte em

ambulância, não havendo financiamento especifico para esta linha de produção.

Amortizações

O montante de amortizações ascendeu a 4.442 milhares de euros em 2010, valor

ligeiramente superior ao contabilizado em 2009 (4.383 milhares de euros).

Durante os doze anos de funcionamento do Hospital de São Sebastião foi sempre calculada a

amortização do edifício, num montante aproximado de 1,6 milhões de euros por ano. Desta

forma, amortizou-se 60% do valor total investido pelo Estado (32 milhões de euros).

Em 2005 terminou a amortização de uma parte significativa dos equipamentos do hospital,

pelo que em 2006 se registou uma queda substancial no montante contabilizado nas rubricas

respectivas. Enquanto que nos primeiros anos de funcionamento as amortizações chegaram

a exceder os 6 milhões de euros, em 2008 atingiu-se um montante total de 3,6 milhões de

euros, correspondendo a uma variação de +9,6% face ao ano anterior.

Já no que respeita aos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, em que os edifícios

são propriedade da Santa Casa da Misericórdia local, o montante global de amortizações

aproxima-se dos 660 milhares de euros, ou seja menos de 15% do total. As amortizações

continuam a assumir um peso muito significativo nos custos de exploração, representando

cerca de 4,7% em 2010, ligeiramente acima dos valores registados em 2008 (4,6%) e em

2009 (4,5%).

Evolução dos custos com amortizações

Rubricas 2008 2009 2010

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 0 0 0

Edifícios e outras construções 1.915.479 1.939.241 1.985.173

Equipamento básico 1.716.697 1.689.316 1.817.588

Equipamento de transporte 5.940 14.431 14.990

Ferramentas e utensílios 2.221 1.630 1.040

Equipamentos adm. e informático 772.172 704.409 590.159

Taras e Vasilhame 64 64 182

Outras imobilizações corpóreas 35.585 33.596 30.149

Sub-total 4.448.160 4.382.686 4.439.281

Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação 0 0 3.101

Total 4.448.160 4.382.686 4.442.382

Valores em euros

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Proveitos

Não é possível proceder a uma comparabilidade adequada na evolução dos proveitos com

prestações de serviços entre os três anos em apreciação. De facto, tanto em 2008 como em

Janeiro de 2009, o financiamento atribuído pela ACSS aos Hospitais de S. João da Madeira e

de S. Miguel era classificado na rubrica subsídios à exploração.

Os proveitos totais de 2010 registaram uma variação de -0,2% comparativamente com o

ano anterior. Em grande medida esta evolução dos proveitos teve a ver principalmente com

a descida dos proveitos financeiros e a redução do montante facturado à ACSS, a titulo das

prestações de serviços ao Serviço Nacional de Saúde. Em termos de estrutura dos proveitos,

as prestações de serviços atingiram 94,0% do total, muito acima do valor registado em 2008

(71,8%) e 2009 (92,1%).

Prestações de serviços para o SNS – Contrato Programa

Linha de Produção 2008 2009 2010

Internamento 28.462.722 34.614.657 36.321.265 Cirurgia do Ambulatório 4.063.718 6.200.402 7.336.383 Consulta Externa 14.097.157 19.584.712 21.526.223 Urgência 9.130.074 11.305.386 11.675.645 GDH Médicos 3.300.944 3.085.060 4.361.563 Hospital de Dia 194.543 260.881 356.840 MCDT 1.045 19.168 21.736 Serviço Domiciliário 73.615 71.650 81.025

Sub-Total 59.323.818 75.141.916 81.680.680

Outras prestações de serviços 527.565 500.565 474.619

Total 59.851.383 75.642.481 82.155.299

Valores em euros

Em 2010, no que respeita ao contrato programa celebrado com a ACSS, para o período

compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010, o Centro Hospitalar emitiu

facturação no montante de 82.155 milhares de euros, dos quais 44,2% dizem respeito a

doentes tratados no internamento, 26,2% na consulta externa, 14,2% na urgência e 8,9%

na cirurgia do ambulatório.

O Centro Hospitalar colaborou activamente em dois programas do Ministério da Saúde –

tratamento cirúrgico da obesidade e tratamento da retinopatia diabética – apesar dos custos

elevados com pessoal e material de consumo clínico no primeiro caso. Por outro lado, tem

evoluído positivamente na colheita de órgãos e no transplante de córneas.

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Conforme o quadro abaixo, em 2010, o reembolso de medicamentos com doenças

lisossomais de sobrecarga (304 milhares de euros) foi ligeiramente inferior ao registado em

2009 (330 milhares de euros), não se tendo verificado o encaminhamento de doentes para

assistência no estrangeiro a exemplo do que aconteceu em 2009, e que em 2008 somaram

um total de 178 milhares de euros. Por outro lado, os incentivos institucionais calculados em

função do cumprimento de objectivos, apresentam um crescimento de 11,0% relativamente

a 2009. Este financiamento assumiu uma maior dimensão a partir de 2009, de acordo com

as linhas de orientação definidas pelo Ministério da Saúde, procurando o alcance de

objectivos, não só aos níveis financeiro e da produção, mas também de acesso e da

qualidade dos cuidados de saúde prestados.

Prestações de serviços para o SNS – Outras

Linha de Produção 2008 2009 2010

Retinopatia Diabética 11.492 40.362 0

Transplantes e Recolha de Órgãos 97.640 102.653 141.419

Doenças Lisossomais de Sobrecarga 240.825 329.550 304.200

Assistência Médica no Estrangeiro 177.608 0 0

Ajudas Técnicas 0 28.000 29.000

Incentivos Institucionais 925.248 3.143.100 3.488.400

Plano de convergência 0 349.147 0

Total 1.452.814 3.992.812 3.963.019

Valores em euros

Em 2010 com a inclusão da ADSE e de outros subsistemas de saúde no processo de

contratualização definido para os utentes beneficiários do Serviço Nacional de Saúde, as

prestações de serviços facturadas a subsistemas de saúde e a outras entidades legalmente

responsáveis, assim como os montantes cobrados a título de taxas moderadoras,

apresentam uma variação de -51,8% face ano anterior.

Evolução das prestações de serviços para subsistemas de saúde e outros

Linha de Produção 2008 2009 2010

Internamento 3.648.152 3.083.807 1.457.548 Cirurgia do Ambulatório 239.733 331.091 0 Consulta Externa 697.130 698.330 157.395 Urgência 2.333.256 1.861.539 1.038.028 GDH Médicos 374.756 505.479 57.632 Quartos Particulares 36.350 21.395 4.950 MCDT 1.028.564 1.054.492 234.349 Taxas Moderadoras 1.649.673 1.398.985 1.337.325 Serviço Domiciliário 1.746 2.220 912 Outras prestações de serviços 164.391 12.254 33.227

Total 10.173.751 8.969.593 4.321.366

Valores em euros

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Este processo traduziu-se numa efectiva perda de receita para os hospitais do nível do

Centro Hospitalar, porquanto as tabelas anteriormente utilizadas eram claramente mais

favoráveis, com uma perda estimada num montante próximo de 1,2 milhões de euros (cerca

de 26,8% da facturação que seria emitida). Pelo contrário, para os hospitais classificados

como centrais registou-se um ganho considerável.

Nas taxas moderadoras, em 2010 atingiu-se um montante de 1.337 milhares de euros,

ligeiramente abaixo do montante registado em 2009. No entanto, o valor cobrado nas três

áreas principais (consulta externa, urgência e meios complementares de diagnostico e

terapêutica) cresceu de 1302 milhares de euros para 1.315 milhares de euros. Sublinhe-se

uma forte redução na cobrança das taxas devidas por internamento e cirurgia do

ambulatório, cuja cobrança foi eliminada pelo Ministério da Saúde.

Evolução da cobrança de taxas moderadoras

Área de Actividade 2008 2009 2010

Consulta Externa 259.757 268.292 280.259 Urgência 595.198 460.071 454.865 MCDT 656.212 573.442 579.681

Sub-total 1.511.167 1.301.805 1.314.805 Internamento 126.300 87.922 19.298 Cirurgia do Ambulatório 12.206 9.258 3.222

Sub-total 138.506 97.180 22.520 Total 1.649.673 1.398.985 1.337.325

Valores em euros

A análise da evolução das prestações de serviços entre 2008 e 2010 é prejudicada pela

alteração da contabilização do pagamento dos cuidados de saúde prestados aos beneficiários

do SNS pelos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, no que respeita ao ano de

2008 e a Janeiro de 2009. A evolução desta rubrica apresenta-se no quadro seguinte

Evolução do total das prestações de serviços

Linha de Produção 2008 2009 2010

Internamento 32.110.874 37.698.463 37.778.813 Cirurgia do Ambulatório 4.303.451 6.531.493 7.336.383 Consulta Externa 14.794.287 20.283.042 21.683.618 Urgência 11.463.330 13.166.926 12.713.673 GDH Médicos 3.675.701 3.590.539 4.419.195 Hospital de Dia 194.543 260.881 356.840 Quartos Particulares 36.350 21.395 4.950 MCDT 1.029.609 1.073.661 256.085 Taxas Moderadoras 1.649.673 1.398.985 1.337.325 Serviço Domiciliário 75.361 73.870 81.937 Outras 164.391 12.254 33.227

Sub- total 69.497.569 84.111.509 86.002.046 Outras Prestações de Serviços 1.452.814 3.992.812 3.963.019

TOTAL 70.950.383 88.104.322 89.965.065 Valores em euros

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Procedendo a uma analise comparativa entre 2009 e 2010 das principais rubricas das

prestações de serviços verificam-se as seguintes variações:

Como foi atrás referido, as restantes rubricas representam um peso relativo de 5,8% no total

dos proveitos, destacando-se de seguida os montantes de 2010 e a sua evolução em

comparação com o ano anterior:

• Proveitos suplementares: 253 milhares de euros (-0.2%)

• Outros proveitos e ganhos operacionais: 2.461 milhares de euros (-6,9%)

• Proveitos e ganhos financeiros: 740 milhares de euros (-7,6%)

• Proveitos e ganhos extraordinários: 1.925 milhares de euros (-0,1%)

• Internamento 0,2%

• Cirurgia do Ambulatório 12,3%

• Consulta Externa 6,9%

• Urgência -3,4%

• GDH Médicos 23,1%

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Situação Financeira e Patrimonial

Balanço e Estrutura Patrimonial Em 31 de Dezembro de 2010 os fundos próprios do Centro Hospitalar ascendiam a 77.189

milhares de euros, apresentando uma evolução positiva relativamente à mesma data de

2009, embora ainda a um nível inferior à situação verificada em 1 de Fevereiro de 2009

(78.284 milhares de euros).

O imobilizado líquido em 31 de Dezembro de 2010, no montante de 24.561 milhares de

euros, apresenta uma variação negativa de -6,8% relativamente ao início do exercício,

porquanto o volume dos investimentos realizados não acompanhou o valor contabilizado a

título de amortizações. Esta evolução tem a ver também com o processo de inventariação

realizado nos Hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis, e que se traduziu

num montante elevado de abates e ajustamentos.

Em 31 de Dezembro de 2010, o activo circulante atingiu o montante de 60.722 milhares de

euros, equivalendo a uma variação de +1,1% em relação à mesma data do exercício anterior

(60.042 milhares de euros). Refira-se que em Dezembro de 2008 o Hospital de São

Sebastião, E.P.E. aplicou um montante de 35 milhões de euros no Fundo de Apoio ao

Sistema de Pagamentos do SNS, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde,

situação que se mantém no final do presente exercício.

Principais rubricas do balanço

Rubricas 2008 (a) 2009 2010 (31 Dez.) (31 Dez.) (31 Dez.)

Activo Imobilizado líquido 27.565.237 26.354.391 24.560.858

Circulante 65.078.392 60.041.527 60.722.523

Acréscimos e diferimentos 2.224.536 22.695.315 26.445.609 Total 94.868.165 109.091.233 111.728.991

Fundos Próprios e Passivo Património 78.532.795 76.704.095 77.188.664 Passivo Curto prazo 10.503.430 26.223.868 28.608.951

Acréscimos e diferimentos 5.831.941 6.163.269 5.931.376

Sub-Total 16.335.371 32.387.137 34.540.327 Total 94.868.165 109.091.233 111.728.991

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais Valores em euros

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Além do montante aplicado no Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS, o Centro

Hospitalar dispunha no final do exercício de disponibilidades financeiras de 13.728 milhares

de euros, muito acima das existentes em 31 de Dezembro de 2009 (9.106 milhares de

euros), ou seja uma variação de +50,8%. À data da constituição do Centro Hospitalar,

registavam-se dividas transitadas dos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, nos

montantes de 2.081 e 1.544 milhares de euros, respectivamente, cuja liquidação se

processou durante o ano de 2009.

No que respeita ao passivo a curto prazo, o montante contabilizado como adiantamento da

ACSS corresponde a 71,4% do total, enquanto que no final do exercício anterior ascendia a

64,9%. As dívidas a fornecedores c/c e a fornecedores de imobilizado c/c pesavam apenas

16,1% em 2009 e 10,1% em 2010.

Rácios O Centro Hospitalar apresenta uma elevada capacidade para satisfazer o pagamento das

dívidas em 31 de Dezembro de 2010, conforme se pode verificar na análise dos rácios de

situação financeira. Assim, o rácio de autonomia financeira (0,69) garante uma elevada

cobertura do passivo exigível, embora nos rácios de liquidez geral e reduzida se tenha

verificado uma pequena degradação, em relação a 31 de Dezembro de 2009.

Importa referir que estes indicadores, tanto em 2009 como em 2010, são prejudicados pela

contabilização das prestações de serviços ainda não concretizadas através de factura para a

ACSS (22 132 milhares de euros e 26 303 milhares de euros, respectivamente).

Alguns rácios de situação financeira

Rácios 2008 (a) 2009 2010

Autonomia financeira 0,83 0,70 0,69

Liquidez geral 4,12 2,55 2,52

Liquidez reduzida 3,99 2,48 2,46

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais

Tendo em conta a facturação de prestações de serviços ao SNS e o reembolso dos encargos

com medicamentos cedidos para ambulatório e com o internato médico nos termos dos

respectivos Contratos-Programa celebrados com a ACSS, em 31 de Dezembro de 2010 o

Centro Hospitalar não tinha verbas a receber desta entidade relativamente a exercícios

anteriores.

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No que respeita ao prazo médio de pagamento aos fornecedores, o Centro Hospitalar

apresenta um dos melhores indicadores de entre os hospitais constituídos em entidades

públicas empresariais, situando-se o mesmo nos 21 dias. Tendo em conta a boa situação

económica e financeira conseguiu-se alcançar um valor considerável a título de proveitos

financeiros, por antecipação de pagamentos a muitos fornecedores.

O prazo médio de recebimento apresentou um valor de 56 dias no final do exercício,

piorando relativamente à mesma data do ano anterior (49 dias). Assinale-se uma diminuição

da duração média das existências relativamente a 2009, indicador influenciado neste ano

pelo aumento dos stocks de produtos farmacêuticos e material de consumo clínico,

constituídos no âmbito do Plano de Contingência da Gripe A.

Alguns rácios de pagamentos/recebimentos/existências

Rácios 2008 (a) 2009 2010

Prazo médio de pagamento (nº de dias ) 45 33 21

Prazo médio de recebimento (nº de dias ) 51 49 56

Duração média das existências (nº de dias ) 41 44 41

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais

Investimentos Em 2010, o montante global dos investimentos realizados ascendeu a 2.515 milhares de

euros, situando-se a um nível claramente inferior ao registado nos anos anteriores, com

variações de -16,7% e -21,0%, em relação a 2009 e 2010, respectivamente. Em qualquer

dos anos considerados, os investimentos são inferiores ao valor contabilizado a título de

amortizações (cerca de 4,4 milhões de euros).

O Cento Hospitalar manteve uma política bastante restritiva neste domínio, a exemplo da

anteriormente adoptada, tentando prolongar a vida útil dos equipamentos, desde que dai

não resultem encargos adicionais na manutenção e simultaneamente não prejudique a

qualidade da prestação de cuidados de saúde.

As três principais rubricas - edifícios e outras construções, equipamento básico e

equipamento administrativo e informático – apresentam descidas nos valores dispendidos

entre 2009 e 2010, assumindo uma maior expressão na primeira (-41,5%).

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Evolução dos investimentos por rubrica

Rubricas 2008 2009 2010

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 0 0 0

Edifícios e outras construções 636.130 688.919 403.268

Equipamento básico 1.583.866 2.006.842 1.623.610

Equipamento de transporte 31.768 0 19.791

Ferramentas e utensílios 282 49 113

Equipamentos administrativo e informático 742.418 470.144 332.790

Taras e vasilhame 0 0 0

Outras imobilizações corpóreas 25.740 18.604 79.164

Sub-total 3.020.204 3.184.558 2.458.736

Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação 0 0 55.826

Total 3.020.204 3.184.558 2.514.562

Valores em euros

Os projectos que apresentam um montante superior a cem milhares de euros em 2010,

foram os seguintes:

• Aquisição de um equipamento de radiologia digital para o Hospital de São Sebastião,

permitindo melhorar a capacidade de resposta para os pedidos provenientes do

serviço de urgência (217 milhares de euros);

• Reapetrechamento do bloco operatório do Hospital de São Sebastião, com a

substituição de diversos equipamentos de ventilação de anestesia que equiparam o

hospital aquando da entrada em funcionamento em 1999 (144 milhares de euros);

• Realização de obras de remodelação de um piso do Hospital de S. João da Madeira

para instalação do hospital de dia de psiquiatria (121 milhares de euros);

No quadro seguinte são apresentados os investimentos que envolveram um custo mais

elevado, devendo salientar-se a aquisição de equipamentos de tecnologia médica de diversas

especialidades, substituindo alguns com dez anos de utilização intensiva. Por outro lado, as

opções de investimento contemplaram especialmente:

• A renovação de equipamentos da imagiologia e do bloco operatório;

• A renovação de equipamentos respeitantes a técnicas especiais da gastrenterologia,

pneumologia e neurologia;

• A renovação de equipamentos de armazenamento de dados do serviço de

informática;

• A substituição de coberturas do Hospital de S. Sebastião.

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92

Descrição dos principais investimentos realizados em 2010

Descrição Serviço

Substituição de parte da cobertura do edifício do Hospital de S. Sebastião Instal. e equipamentos

Construção de instalações para a VMER VMER

Aquisição de ecografo Obstetrícia

Aquisição de grupo de geradores Instal. e equipamentos

Aquisição de servidores Informática

Aquisição de computadores Bloco operatório

Aquisição de dissector ultra-sónico Bloco operatório

Estudo de perfil assistencial e viabilidade do novo H.O. de Azeméis Administração geral

Aquisição de equipamentos de endoscopia/colonoscopia Gastrenterologia

Aquisição de camas hospitalares Diversos serviços

Aquisição de pletismógrafo Pneumologia

Aquisição de monitores de sinais vitais Diversos serviços

Actualização do PACS Imagiologia

Aquisição de equipamento de armazenamento Informática

Aquisição de digitalizador de imagens Imagiologia

Aquisição de histeroscópio operatório Obstetrícia

Aquisição de aplicação de gestão de transporte de doentes Transporte de doentes

Aquisição de sistema de histeroscopia Ginecologia

Aquisição de vídeo EEG Neurologia

Aquisição de cardiotócografo Obstetrícia

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93

Desenvolvimento estratégico para 2011

Principais linhas de actuação

Não estando ainda aprovado o Plano de Desempenho para 2011, reproduzem-se de seguida

as principais linhas de orientação e a actividade prevista para o Centro Hospitalar, na

sequência do que tem sido o plano estratégico seguido nos últimos anos e a proposta

efectuada à Administração Regional de Saúde do Norte.

A actividade assistencial do Centro Hospitalar tem sido orientada para a satisfação de

necessidades de saúde que se têm vindo a manifestar, de modo a:

• Responder à procura na área do ambulatório, em particular na consulta externa,

como forma de suster o crescimento das listas de espera e moderar a procura

dirigida ao serviço de urgência;

• Dar resposta à lista de espera cirúrgica, respeitando os Tempos Máximos de

Resposta Garantidos e a rentabilização da capacidade instalada;

• Responder à doença oncológica, através do aumento da capacidade de oferta de

consultas e de sessões de quimioterapia;

• Promover a rápida reabilitação e integração social dos doentes, dando particular

ênfase ao funcionamento do serviço de MFR;

• Garantir que a avaliação médica tem acesso aos meios de diagnóstico necessários;

• Propiciar condições de amenidades adequadas a uma boa prestação de cuidados de

saúde;

• Oferecer aos utentes uma resposta de proximidade, conjugada com a garantia da

segurança clínica e com níveis de eficiência adequados.

Apesar de existir alguma limitação na contratação de recursos humanos, em particular de

médicos, o nível de resposta oferecido à população tem sido adequado. Existem, no entanto,

áreas criticas que requerem uma intervenção no ano de 2011, nomeadamente nos seguintes

serviços: Urologia, UCIP, Urgência, Gastrentereologia e Fisiatra.

As principais linhas de actuação definidas pelo Conselho de Administração para 2011

procuram dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde a

constituição do Centro Hospitalar, como a seguir se detalha:

Integração, articulação e desenvolvimento assistencial

• A continuação da implementação do processo de integração das três unidades

hospitalares que compõem o Centro Hospitalar;

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94

• A melhoria da articulação com as instituições de prestação de cuidados de saúde

primários, nomeadamente através da partilha dos processos clínicos electrónicos

existentes nos CSP e no CHEDV;

• A melhoria da articulação com as unidades de cuidados continuados;

• A redução do tempo de espera para a consulta externa e para a cirurgia nas

especialidades com maior atraso;

• O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório ou “cirurgia de um dia” (one day

surgery) - para os casos em que não é possível dar alta ao doente no mesmo dia;

• O desenvolvimento do Serviço de Psiquiatria;

• A reestruturação da urgência, em sintonia com a política definida para as redes de

referenciação da emergência hospitalar, através da implementação das várias vias de

acesso;

• A implementação de politicas de gestão do doente critico, de modo a melhorar os

níveis de segurança clínica.

Governação Clínica

• A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

introdução de protocolos clínicos ajustados a cada situação e através da dinamização

da Comissão de Farmácia e Terapêutica;

• O reforço das auditorias ao processo clínico, em particular na avaliação dos episódios

de mortalidade;

• A melhoria dos níveis de gestão do risco, em particular os associados à segurança

dos utentes e do medicamento.

Sistemas de informatização

• O desenvolvimento do processo clínico electrónico Medtrix EPR;

• A partilha da informação clínica informatizada entre os CSP e o CHEDV, e a troca de

mensagens entre os clínicos;

• O desenvolvimento de sistemas de informação, nomeadamente nas seguintes áreas:

Medicina Física e Reabilitação, Gestão de Transporte de Doentes e Gestão de

Equipamentos e Manutenção;

• A promoção de uma melhor integração dos vários sistemas de informação de apoio à

gestão e o desenvolvimento de novos instrumentos de reporting.

Infra-estruturas e equipamentos

• O alargamento da Unidade de Cuidados Intermédios, aumentando, assim a sua

lotação em mais quatro camas;

• O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares

de diagnóstico e terapêutica, em particular no serviço de imagiologia e no bloco

operatório;

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95

• O alargamento do Serviço de Medicina Interna, de modo a aumentar a sua lotação,

com o fim de se superar os constrangimentos existentes;

• A elaboração de um plano estratégico que direccione a organização e a criação de

novas instalações, nas áreas da gestão do doente critico e do doente oncológico.

Recursos humanos

• O aprofundamento da capacidade formativa, melhorando a integração de novos

colaboradores e o desenvolvimento das competências;

• O desenvolvimento de processos de avaliação.

Qualidade

• O desenvolvimento do processo de acreditação pela Joint Commission International

(conclusão prevista para o final de 2011).

• O reforço da auditoria dos processos respeitantes à actividade desenvolvida pelos

serviços de gestão e logística.

Redução de Custos

• A abertura/conclusão de concursos e a renegociação de contratos, que permitam a

redução de custos;

• O cumprimento das metas económico-financeiras previstas para 2011, que estimam

a redução de custos operacionais do Centro Hospitalar.

Actividade assistencial prevista para 2011

O Conselho de Administração tem procurado adequar a actividade produtiva do Centro

Hospitalar à procura de cuidados de saúde nas diversas especialidades da sua área de

influência.

Apresenta-se de seguida as tendências de evolução das principais linhas de produção do

hospital:

• Prevê-se um ligeiro aumento no número de doentes saídos, relativamente ao ano de

2010 (+1,4%), devido ao aumento do número de episódios das especialidades médicas;

• O peso relativo das especialidades cirúrgicas no total do internamento deverá manter-se

um pouco acima dos 61% do total, esta tem vindo a diminuir em consequência do

desenvolvimento da cirurgia do ambulatório;

• A demora média deverá manter-se próxima da registada em 2010 (4,8 dias), apesar de

um desvio significativo de doentes com “case-mix” inferior para a cirurgia de

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ambulatório. Mesmo assim, o resultado alcançado é, certamente, um dos melhores do

conjunto dos hospitais do SNS;

• A taxa de ocupação das camas do internamento deverá manter-se próxima dos 72,3%

registados em 2010;

• Na cirurgia do ambulatório, prevê-se um crescimento de 12% no número de doentes

intervencionados, evoluindo de 6.440 doentes em 2010 para 7.220 doentes em 2011;

• Entre 2009 e 2010 houve um decréscimo no total consultas realizadas (-2,7%). No

entanto a consulta externa mantém um indicador acima dos 37%, na relação de

primeiras consultas/total, demonstrando uma grande acessibilidade no atendimento de

novos doentes enviados pelos Centros de Saúde. Para 2011 prevê-se um crescimento de

4% no número total de consultas relativamente a 2010, embora se antevejam

dificuldades em algumas especialidades no cumprimento dos tempos de resposta

garantidos no Programa a Tempo e Horas, como é o caso de urologia e gastrenterologia;

• O serviço de urgência, apesar de continuar a registar um número elevado de

atendimentos por dia, deverá apresentar um número de episódios estável, em resultado

do processo de reorganização interna e do impacto da Reforma dos Cuidados de Saúde

Primários em curso;

• A actividade do hospital de dia oncológico, em consequência do elevado nível de

actividade cirúrgica e, ainda, à recidiva de muitos doentes tratados em anos anteriores,

deverá apresentar um crescimento (+3,4%).

Actividade assistencial prevista por linha de produção para 2011

Linhas de produção Unidade de medida Quantidade

Internamento Nº de doentes saídos 22.642

Cirurgia do ambulatório Nº de doentes 7.220

Consultas externas Nº de consultas 328.300

Urgência Nº de urgências 188.600

Hospital de dia oncológico Nº de sessões 17.730

Hospital de dia médico Nº de sessões 16.100

Serviços Domiciliários Nº de visitas 2.150

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97

Investimentos previstos para 2011

O Pano de Investimentos para 2011 atinge um montante de 5.467 milhares de euros, muito

acima do valor realizado em 2010 (2.515 milhares de euros). Uma parte significativa diz

respeito a edifícios e outras construções (2.990 milhares de euros, correspondendo a 55%

do total). De facto, torna-se indispensável proceder à adaptação de instalações do Hospital

de São Sebastião e à construção de um novo bloco, neste caso para dar resposta a

necessidades dos serviços de oncologia e psiquiatria. Por outro lado, prevê-se substituir um

conjunto significativo de equipamentos de tecnologia médica, em especial dos serviços de

imagiologia, bloco operatório e cuidados intensivos, muitos dos quais com mais de dez anos

de funcionamento.

Descrição dos principais investimentos a realizar em 2011

Descrição Valor

Obras

Construção de bloco para instalação da Psiquiatria (hospital de dia e internamento) e Oncologia (hospital de dia e consultas externas)

1.650.000 €

Ampliação do internamento do serviço de Medicina Interna 750.000 €

Remodelação das instalações da Unidade de Cuidados Intermédios 210.000 €

Substituição de uma parte das coberturas do Hospital de S. Sebastião 170.000 €

Ampliação das instalações da Imagiologia para colocação de RM 120.000 €

Climatização de instalações de diversos serviços 90.000 €

Equipamentos

Aquisição de um equipamento de ressonância magnética (Imagiologia) 750.000 €

Aquisição de uma unidade de monitorização (Unidade de Cuidados Intensivos) 200.000 €

Aquisição de um equipamento de mamografia (Imagiologia) 130.000 €

Aquisição de microscópio operatório (Oftalmologia) 100.000 €

Aquisição de três ventiladores (Bloco Operatório) 85.000 €

Aquisição de central de monitorização (Neurologia) 85.000 €

Aquisição de um equipamento de Rx portátil (Imagiologia) 80.000 €

Aquisição de equipamento de monitorização completa (Bloco Operatório) 80.000 €

Aquisição de uma torre de laparoscopia (Cirurgia Geral) 55.000 €

Aquisição de duas incubadoras de alto risco (Neonatalogia) 55.000 €

Aquisição de quatro ventiladores (Unidade de Cuidados Intensivos) 45.000 €

Aquisição de dois equipamentos de electrocardiógrafia fetal (Obstetrícia) 45.000 €

Aquisição de equipamento para cirurgia lamelar da córnea (Oftalmologia) 45.000 €

Aquisição de coluna para mesa de operações e placa de carbono (Ortopedia) 45.000 €

Aquisição de cinco camas de parto (Obstetrícia) 40.000 €

Aquisição de ferros cirúrgicos e material de endoscopia (Div. Serviços) 35.000 €

Aquisição de seis camas (Unidade de Cuidados Intensivos) 30.000 €

Aquisição de equipamento de videonistagmografia e potenciais evocados (ORL) 25.000 €

Aquisição de electrocardiografo com módulo de esforço e tapete (Cardiologia) 25.000 €

Aquisição de máquina de desinfecção (Gastrenterologia) 25.000 €

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Proposta de aplicação de resultados

Nos termos da competência estatuária, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de

Entre o Douro e Vouga, E.P.E., vem propor que o resultado líquido do exercício, respeitante

ao período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010, no montante de

343.001,48 euros, seja transferido para as seguintes contas:

Reserva legal 68.600,30 euros

Resultados transitados 274.401,18 euros

Santa Maria da Feira, 24 de Março de 2011

O Conselho de Administração

Fernando Martins da Silva Maria da Piedade Pacheco Amaro

José David Ferreira dos Santos Pedro Nuno Figueiredo Beja Afonso

Luis Manuel de Sousa Matias

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99

Balanço valores em euros

Contas 31-Dez-10 31-Dez-09

Activo Bruto Amort./ Aj. Activo Liq. Activo Liq.

ACTIVO

IMOBILIZADO IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Despesas de instalação 55.826,20 3.101,16 52.725,04 0,00 Despesas investigação e desenvolvimento 0,00 0,00 Imobilizaç. em curso de imob. incorpóreas 0,00 0,00 Adiantamentos p/ conta imob.incorpóreas 0,00 0,00

Sub-Total 55.826,20 3.101,16 52.725,04 0,00 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e recursos naturais 560.164,00 0,00 560.164,00 560.164,00 Edifícios e outras construções 40.073.671,79 23.236.645,44 16.837.026,35 18.410.662,07 Equipamento básico 29.415.385,43 23.434.136,01 5.981.249,42 6.083.590,12 Equipamento de transporte 291.038,39 252.121,03 38.917,36 32.964,26 Ferramentas e utensílios 22.060,31 20.030,55 2.029,76 2.957,08 Equipamento administrativo e informático 7.048.440,00 6.112.075,71 936.364,29 1.164.325,65 Taras e vasilhame 3.640,89 2.535,92 1.104,97 90,78 Outras imobilizações corpóreas 548.859,73 397.582,46 151.277,27 99.636,65 Imobilizaç. em curso de imobil. corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00 Adiantament por conta de imob.corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-Total 77.963.260,54 53.455.127,12 24.508.133,42 26.354.390,61 INVESTIMENTOS FINANCEIROS 0,00 0,00 0,00 0,00 CIRCULANTE EXISTÊNCIAS Matérias-primas,subsid.e consumo 2.313.001,06 2.313.001,06 2.348.532,78 Sub-produtos, desperd. resíd. e refugos 0,00 0,00 Produtos acabados intermédios 0,00 0,00 Mercadorias 0,00 0,00 Adiantament por conta de compras 0,00 0,00

Sub-Total 2.313.001,06 0,00 2.313.001,06 2.348.532,78 DIVIDAS DE TERC. - Curto prazo Empréstimos concedidos 0,00 0,00 Clientes c/c 3.546.680,94 3.546.680,94 3.882.085,65 Utentes c/c 340.412,71 340.412,71 331.937,39 Instituições do Ministérios da Saúde 3.774.707,30 3.774.707,30 6.733.454,26 Clientes e utentes cobrança duvidosa 935.291,87 935.291,87 0,00 0,00 Devedores por execução do orçamento 0,00 0,00 0,00 Adiantamentos a fornecedores 4.984,59 4.984,59 8.906,06 Adiantamentos a fornec. imobilizado 0,00 0,00 0,00 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00 911.305,21 Outros devedores 2.014.523,14 2.014.523,14 1.719.447,72

Sub-Total 10.616.600,55 935.291,87 9.681.308,68 13.587.136,29 TÍTULOS NEGOCIÁVEIS Outras Aplicações de Tesouraria 35.000.000,00 35.000.000,00 35.000.000,00 DEPÓSITOS INST. FINANC./CAIXA Conta no Tesouro 13.687.666,57 13.687.666,57 0,00 Depósitos em instituições financeiras 38.351,59 38.351,59 9.103.216,71 Caixa 2.195,18 2.195,18 2.641,09

Sub-Total 13.728.213,34 13.728.213,34 9.105.857,80 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 26.404.518,73 26.404.518,73 22.530.944,03 Custos diferidos 41.090,39 41.090,39 164.371,20

Sub-Total 26.445.609,12 26.445.609,12 22.695.315,23 Total de amortizações 53.458.228,28

Total de ajustamentos 935.291,87

TOTAL DO ACTIVO 166.122.510,81 54.393.520,15 111.728.990,66 109.091.232,71

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100

Balanço valores em euros

Contas 31-Dez-10 31-Dez-09

FUNDOS PRÓPRIOS

Património 29.930.000,00 29.930.000,00

Reservas:

Reservas Legais 2.224.610,72 2.224.610,72

Reservas Estatutárias 11.065.298,25 11.065.298,25

Reservas Contratuais

Reservas Livres 35.210.913,31 35.069.346,75

Sub-Total 48.500.822,28 48.359.255,72

Resultados transitados -1.585.160,25

Resultado líquido do exercício 343.001,48 -1.585.160,25

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS 77.188.663,51 76.704.095,47

PASSIVO

PROVISÕES

Provisões para cobranças duvidosas

Provisões para riscos e encargos 368.672,33 368.672,33

Sub-Total 368.672,33 368.672,33

DIVIDAS A TERCEIROS - Médio longo prazo 0,00 0,00

DIVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo

Adiantamentos de clientes, utentes e instit. MS 20.159.226,88 16.776.544,23

Fornecedores c/c 2.040.521,35 3.065.531,74

Fornecedores - Facturas rec. e conferência

Empréstimos obtidos

Credores pela execução do orçamento

Fornecedores de imobilizado c/c 802.352,56 1.106.386,86

Estado e outros entes públicos 2.013.647,53 1.873.982,52

Outros credores 3.224.530,38 3.032.750,78

Total dividas a terceiros 28.240.278,70 25.855.196,13

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de custos 5.384.308,20 5.393.425,92

Proveitos diferidos 547.067,92 769.842,86

Total acréscimos e diferimentos 5.931.376,12 6.163.268,78

TOTAL DO PASSIVO 34.540.327,15 32.387.137,24

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 111.728.990,66 109.091.232,71

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101

Demonstração de Resultados Custos e Perdas valores em euros

Contas 2010 2009

1 Jan - 31 Dez 1 Fev - 31 Dez

Custos das merc.vend.e das mat. cons.

Mercadorias 0,00 0,00

Matérias de consumo 20.965.880,88 20.965.880,88 18.738.139,68 18.738.139,68

Fornecimentos e serviços externos 14.522.383,36 14.522.383,36 14.558.790,03 14.558.790,03

Custos com o pessoal

Remuner. dos orgãos directivos 468.598,70 451.702,86

Remunerações de pessoal 44.514.159,53 42.024.579,88

Pensões 969.266,19 845.560,44

Encargos sobre remunerações 7.406.459,73 6.887.885,55

Seguros acid trab e doenç profiss. 106.823,05 145.591,33

Encargos sociais voluntários 176.171,65 0,00

Outros custos com o pessoal 391.278,31 54.032.757,16 447.099,68 50.802.419,74

Transf. correntes conc. e prest. soc.

Amortizações do exercício 4.442.381,91 4.016.347,59

Ajustamentos do exercício 327.056,49 4.769.438,40 355.076,44 4.371.424,03

Outros custos e perdas operacionais 74.124,89 114.223,68

(A) 94.364.584,69 88.584.997,16

Custos e perdas financeiras 13.312,60 18.634,02

(C) 94.377.897,29 88.603.631,18

Custos e perdas extraordinárias 652.099,25 700.218,23

(E) 95.029.996,54 89.303.849,41

Imposto s/ rendimento do exercício 129.339,50 0,00

(G) 95.159.336,04 89.303.849,41

Resultado líquido do exercício 343.001,48 -1.585.160,25

Total 95.502.337,52 87.718.689,16

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102

Demonstração de Resultados Proveitos e Ganhos valores em euros

Contas 2010 2009

1 Jan - 31 Dez 1 Fev - 31 Dez

Vendas e prestação de serviços

Vendas 0,00 38,30

Prestação de serviços 89.965.065,13 89.965.065,13 82.501.881,68 82.501.919,98

Impostos, taxas e outros 0,00 0,00 0,00 0,00

Trabalhos para a própria instituição 0,00 0,00 0,00 0,00

Proveitos suplementares 253.239,96 253.239,96 233.175,71 233.175,71

Transferências e sub. correntes obtidos

Transferências - Tesouro 0,00 0,00

Transferências correntes obtidas 42.095,27 0,00

Subsidios correntes obtidos - Outros entes púbicos 116.995,85 196.609,58

De outras entidades 159.091,12 196.609,58

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.460.727,38 2.504.697,77

(B) 92.838.123,59 85.436.403,04

Proveitos e ganhos financeiros 739.538,73 711.651,47

(D) 93.577.662,32 86.148.054,51

Proveitos e ganhos extraordinários 1.924.675,20 1.570.634,65

(F) 95.502.337,52 87.718.689,16

Resumo

Resultados Operacionais: (B) - (A) -1.526.461,10 -3.148.594,12

Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) 726.226,13 693.017,45

Resultados Correntes: (D) - (C) -800.234,97 -2.455.576,67

Resultados Extraordinários: (F-D) - (E-C) 1.272.575,95 870.416,42

Resultados Antes de Impostos: (F) - (E) 472.340,98 -1.585.160,25

Resultados Liquido do Exercício: (F) - (G) 343.001,48 -1.585.160,25

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103

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Contas 2010 2009

1 Jan - 31 Dez 1 Fev - 31 Dez

ACTIVIDADES OPERACIONIAS

Recebimento de Clientes 94.415.000,2 79.346.996,1 Pagamentos a Fornecedores -36.327.602,0 -35.332.772,0 Pagamentos ao Pessoal -53.994.967,4 -50.442.128,3

Fluxos Gerados Pelas Operações 4.092.430,8 -6.427.904,1

Pagamento/Recebimento de Imp. s/ Rendimento 835.529,3 -966.687,9 Outros Recebimentos relativos à actividade oper. 2.301.188,9 1.416.142,8 Outros Pagamentos relativos à actividade oper. -566.724,6 -163.083,0

Fluxos Gerados Antes rub ext 6.662.424,4 -6.141.532,3

Recebimentos Relacionados com Rubricas Extr. 3.164,5 106.864,5 Pagamentos Relacionados com Rubricas Extr. -3.083,9 -20.475,2

Fluxos das Actividades Operacionais (1) 6.662.505,0 -6.055.143,0

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos Financeiros Imobilizações Corporeas Imobilizações Incorporeas Subsidios de Investimento 35.000,0 501.461,0 Juros e Proveitos Similares Dividendos

35.000,0 501.461,0 Pagamentos Respeitantes a:

Investimentos Financeiros Imobilizações Corporeas -2.740.694,5 -2.796.302,6 Imobilizações Incorporeas -55.826,2 -2.796.520,7 -2.796.302,6

Fluxos das Actividades de Investimento (2) -2.761.520,7 -2.294.841,6 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:

Emprestimos Obtidos Aumentos de Capital, Prest. Supl. e P. de Emissão Subsidios e Doações Venda de acções Próprias Cobertura de Prejuizos Juros e proveitos similares 734.683,9 688.933,6

734.683,9 688.933,6 Pagamentos Respeitantes a:

Emprestimos Obtidos Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares -13.312,6 -18.634,0 Dividendos Reduções de Capital e Prestações Suplementares Aquisição de Acções Próprias

-13.312,6 -18.634,0

Fluxos das Actividades de Financiamento (3) 721.371,3 670.299,6 Var. de Caixa e seus Equiv. (4) = (1) + (2) + (3) 4.622.355,5 -7.679.684,9 Efeitos das Diferenças de Câmbio Caixa e seus Equivalentes no Inicio do Periodo 44.105.857,8 51.785.542,7 Caixa e seus Equivalentes no Fim do Periodo 48.728.213,3 44.105.857,8

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104

Demonstração dos Resultados por Funções

Contas 2010 2009

1 Jan - 31 Dez 1 Fev - 31 Dez

Vendas e Prestações de Serviços 91.250.328,87 82.501.919,88

Custo das Vendas e das Prestações de Serviços -80.361.580,65 -75.678.945,84

Resultados Brutos 10.888.748,22 6.822.974,04

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 3.136.252,25 2.934.483,06

Custos de Distribuição

Custos Administrativos -7.210.749,47 -6.702.430,79

Outros Custos e Perdas Operacionais -6.958.827,29 -6.203.620,53

Resultados Operacionais -144.576,29 -3.148.594,22

Outros Juros e Proveitos Similares 739.538,73 711.651,47

Juros e Custos Similares -13.312,60 -18.634,02

Resultados Não Usuais ou Não Frequentes -109.308,86

Resultados Correntes 472.340,98 -2.455.576,77

Proveitos e Ganhos Extraordinários 1.570.634,65

Custos e Perdas Extraordinárias -700.218,33

Resultados Antes Impostos 472.340,98 -1.585.160,45

Imposto sobre o Rendimento do Exercício -129.339,50

Resultados Líquidos 343.001,48 -1.585.160,45

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105

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Exercício: 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2010

Nota introdutória

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., foi criado nos termos do Decreto-Lei

nº 27/2009, de 27 de Janeiro, agregando os Hospitais de S. Sebastião, E.P.E., Distrital de S.

João da Madeira e S. Miguel - Oliveira de Azeméis, sendo dotado com um estatuto jurídico

correspondente a um estabelecimento público dotado de personalidade jurídica, autonomia

administrativa, financeira e patrimonial e com natureza empresarial.

Enquanto que os dois últimos hospitais estavam integrados no sector público administrativo,

o Hospital de São Sebastião beneficiou desde 1999 de estatutos com natureza empresarial,

apresentando-se de seguida uma breve evolução do mesmo.

O Hospital de São Sebastião foi criado pelo Decreto-Lei n.º 218/96, de 20 de Novembro,

passando cerca de um ano e meio depois a ter o seu estatuto jurídico definido com a

publicação do Decreto-Lei n.º 151/98, de 5 de Junho, consagrando um modelo de gestão

inovador, o qual visava uma maior agilidade na contratação de recursos humanos e

materiais.

Em 4 de Janeiro de 1999 o Hospital iniciou a prestação de cuidados de saúde aos utentes

provenientes dos concelhos da região norte do distrito de Aveiro, com uma área geográfica

de atracção mais ou menos alargada consoante as especialidades clínicas.

Em 2002, com a publicação do Decreto-Lei n.º 296/2002, de 11 de Dezembro, o Hospital foi

transformado numa sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com efeitos a

partir de 12 de Dezembro de 2002. Foi dotado com uma dotação de capital inicial no

montante de 29.930 mil euros, integralmente subscrito e realizado pelo Estado.

Em 2005, com a publicação do Decreto-Lei n.º 233/2005, de 30 de Dezembro, teve lugar a

transformação em entidade publica empresarial, com efeitos a 31 de Dezembro de 2005.

Nota 1 – Apresentação das demonstrações financeiras

Os valores indicados são expressos em euros. Foram seguidos os critérios previstos no Plano

Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), criado pela Portaria n.º 898/2000,

de 28 de Setembro e, subsidiariamente, o que está definido no Plano Oficial de Contabilidade

(POC), aprovado pelo Decreto-lei nº 410/89, de 20 de Novembro.

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106

Nota 2 – Comparabilidade com exercícios anteriores

Os dados apresentados reportam-se a 2010, o primeiro ano completo de existência do

Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., por comparação com um período de 11

meses, compreendido entre 01 de Fevereiro e 31 de Dezembro de 2009.

Nota 3 – Bases de preparação das contas e critérios valorimétricos

As demonstrações financeiras foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos e

em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, consistência,

substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios. Foram utilizados os

seguintes critérios valorimétricos:

(a) Existências

As existências estão valorizadas ao custo médio de aquisição, considerando-se custo de

aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados para

o colocar no armazém. Como método de custeio das saídas, ou consumos, é utilizado o custo

médio ponderado.

(b) Imobilizações corpóreas

No final do exercício de 2003 foi realizada a inventariação e a avaliação dos bens do

imobilizado corpóreo do Hospital de S. Sebastião, com excepção dos terrenos e outros

recursos naturais, e dos edifícios e outras construções, por uma empresa contratada para o

efeito, a qual utilizou os seguintes métodos:

• Custo histórico – atribuição do valor contabilístico, mediante a informação

encontrada nas facturas.

• Comparativo – avaliação dos bens de acordo com o valor atribuído a outros com

as mesmas características.

• Valor do mercado – avaliação de acordo com o preço corrente no mercado.

Em 2010 foi realizada a inventariação e a avaliação dos bens do imobilizado corpóreo dos

Hospitais de S. João da Madeira e S. Miguel – Oliveira de Azeméis, com a utilização dos

mesmos métodos. Assim, relativamente a estas unidades, foi necessário proceder a

ajustamentos em algumas rubricas do imobilizado.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as taxas

previstas nas tabelas I e II anexas à Portaria n.º 737/81, de 29 de Agosto, com as alterações

que lhe foram introduzidas pelas Portarias n.º 990/84, de 29 de Dezembro, e n.º 85/88, de 9

de Fevereiro, pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, e ainda pelo Decreto

Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro.

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107

(c) Encargos com férias e subsídios de férias

No exercício de 2010 o Centro Hospitalar contabilizou, na rubrica acréscimos e diferimentos,

um montante total de 5.178 milhares de euros. Deste montante, aproximadamente 4.949

milhares de euros correspondem a encargos com férias e subsídios de férias deste ano, mas

só devidos em 2011.

Nota 7- Número de efectivos de pessoal

O número de colaboradores do Centro Hospitalar em 31 de Dezembro de 2010, com vínculo

à função pública ou com contrato individual de trabalho sem termo, é apresentado no mapa

abaixo. Por outro lado, na mesma data, havia ainda 165 colaboradores contratados a termo

certo ou incerto.

Efectivos de pessoal

Grupo profissional 31-Dez-09 31-Dez-10

Conselho de Administração / Pessoal Dirigente 10 8 Médico 209 204 Enfermagem 423 436 Técnico Superior 49 52 Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 97 96 Outro Pessoal Técnico 5 6 Assistente Técnico 163 161 Assistente Operacional 477 478 Outro Pessoal 2 1

Total 1.435 1.442

Nota 8 – Movimento da conta Outras Aplicações de tesouraria

Na conta 118111 – Outras Aplicações de Tesouraria – Unidades de Participação em Fundos

de Investimento Mobiliários – FASP SNS - está registado o valor de 35 milhões de euros

correspondente a 350 unidades de participação, aplicado no “Fundo de Apoio ao Sistema de

Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde”, com o valor nominal unitário de cem milhares

de euros.

Nota 10 - Movimento no activo imobilizado

Em 2010 foram feitos os estudos respeitantes à definição do perfil assistencial e viabilidade

económico-financeira do novo Hospital de Oliveira de Azeméis, com a contratação de uma

empresa. Na rubrica “Despesas de Instalação” são registados os respectivos encargos.

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108

Os edifícios e outras construções do Hospital de São Sebastião, sede do Centro Hospitalar,

estão registados pelos valores comunicados em 1999 pela Direcção Regional de Instalações e

Equipamentos da Saúde do Centro, não estando contabilizado o valor dos terrenos onde os

mesmos estão instalados. Os edifícios dos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel

são propriedade da Santa Casa da Misericórdia dos respectivos concelhos.

Na sequência da inventariação realizada ao longo deste ano, foram efectuados ajustamentos

com impacto negativo nas rubricas do imobilizado bruto, referentes a:

• Acertos de valores, correspondentes a correcções devidas por discrepâncias entre os

valores do imobilizado constantes da base de dados e os valores registados na

contabilidade;

• Abates de bens, na sua grande maioria já completamente amortizados, ou seja, cuja

vida útil já teria sido ultrapassada, e que já se encontravam demasiado degradados

para continuarem a ser utilizados, e abate das imobilizações incorpóreas por se

encontrarem completamente amortizadas;

• Doações de bens, em grande parte provenientes da Unidade de Vale de Cambra . Esta

unidade foi parte integrante do Hospital Distrital de S. João da Madeira até 2006.

Estes bens foram transferidos para o Hospital, aquando da desagregação, sem que

tenham sido registados na base de dados do inventário.

A contabilização destes ajustamentos foi feita por contrapartida de uma conta de reservas,

discriminando-se de seguida os valores respeitantes a cada uma das três Unidades:

• Hospital de S. Sebastião – 126 milhares de euros

• Hospital de S. João da Madeira – 1.480 milhares de euros

• Hospital de S. Miguel – 1.739 milhares de euros

Alterações nas contas do imobilizado

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienaç. Ajustament. Transf./abat. Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas Despesas de instalação 272.725 55.826 0 -272.725 0 55.826

Sub-total 272.725 55.826 0 -272.725 0 55.826

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 560.164 0 0 0 560.164

Edifícios e outras construções 39.834.145 403.268 0 -163.742 40.073.671

Equipamento básico 30.006.845 1.625.733 0 -2.034.116 183.077 29.415.385

Equipamento de transporte 275.096 19.791 0 -3.848 0 291.039

Ferramentas e utensílios 24.207 113 0 -2.260 0 22.060

Equipam. administ./informático 7.642.099 332.790 0 -873.433 53.016 7.048.440

Taras e Vasilhame 661 0 0 2.980 0 3.641

Outras imobilizações corpóreas 468.004 79.164 0 1.890 198 548.860

Sub-total 78.811.222 2.460.859 0 -3.072.530 236.290 77.963.260

Total 79.083.947 2.516.685 0 -3.345.256 236.290 78.019.086

Valores em euros

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109

Alterações nas contas de amortizações

Rubricas Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de instalação 272.725 3.101 -272.725 3.101

Sub-total 272.725 3.101 -272.725 3.101

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 0 0 0 0

Edifícios e outras construções 21.423.483 1.985.173 -172.010 23.236.645

Equipamento básico 23.923.255 1.817.588 -2.306.707 23.434.136

Equipamento de transporte 242.132 14.990 -5.001 252.121

Ferramentas e utensílios 21.250 1.040 -2.260 20.031

Equipamento administ. e informático 6.477.773 590.159 -955.857 6.112.076

Taras e Vasilhame 571 182 1.783 2.536

Outras imobilizações corpóreas 368.367 30.149 -934 397.582

Sub-total 52.456.832 4.439.281 -3.440.986 53.455.127

Total 52.729.557 4.442.382 -3.713.711 53.458.228

Valores em euros

Os ajustamentos acima referidos tiveram ainda impacto negativo nas respectivas rubricas

das amortizações acumuladas, a saber:

• Hospital de S. Sebastião – 131 milhares de euros

• Hospital de S. João da Madeira – 1.528 milhares de euros

• Hospital de S. Miguel – 1.826 milhares de euros

Refira-se ainda que durante o ano de 2010 se procedeu ao abate de imobilizado corpóreo do

Centro Hospitalar no montante de 236 milhares de euros, ao qual correspondem 229

milhares de euros de amortizações acumuladas.

Nota 12 - Reavaliação do imobilizado corpóreo

Não foi feita a reavaliação do imobilizado corpóreo, nem existem reservas a este título.

Nota 14 - Imobilizações corpóreas e em curso

Todas as imobilizações estão afectas à actividade do Centro Hospitalar. As unidades de São

João da Madeira e Oliveira de Azeméis encontram-se instaladas em edifícios que são

propriedade das respectivas Misericórdias.

Nota 15 - Locação financeira

Não existem bens em regime de locação financeira.

Nota 19 - Diferenças entre os valores do activo circulante e os de mercado

Não existem diferenças materialmente relevantes entre os valores do activo circulante e os

valores de mercado.

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Nota 21 - Provisões extraordinárias para o activo circulante

Não existem razões que levem à constituição deste tipo de provisões.

Nota 23 - Dívidas de cobrança duvidosa

Em 31 de Dezembro de 2010 o valor global dos créditos de cobrança duvidosa é de 935

milhares de euros, inscritos na rubrica clientes de cobrança duvidosa, sendo que cerca de

2/3 referem-se a companhias de seguros.

Dívidas de cobrança duvidosa

Contas 31-Dez-09 31-Dez-10

Companhias de seguros 673.990 613.803

Outros clientes 83.192 87.448

Utentes c/ corrente 224.006 234.041

Total 981.188 935.292

Valores em euros

Nota 28 - Dívidas em mora ao Estado e outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro de 2010, o Centro Hospitalar não tinha quaisquer dívidas em mora ao

Estado ou a outros Entes Públicos.

Nota 29 - Dívidas a terceiros há mais de cinco anos

O Centro Hospitalar possui em dívida um montante de 441 milhares de euros, há mais de

cinco anos, essencialmente para com as Administrações Regionais de Saúde do Norte e

Centro, e que se referem a encargos com meios auxiliares de diagnostico e terapêutica.

Nota 31 - Compromissos financeiros assumidos e não incluídos no balanço

Não existem compromissos financeiros assumidos e não incluídos no balanço.

Nota 33 - Diferenças entre as dívidas a pagar e as quantias arrecadadas

Não existem quaisquer diferenças nas dívidas a pagar e nas quantias arrecadadas, as quais

se encontram lançadas pelo seu valor exacto.

Nota 34 - Movimento das contas de provisões

Em 2010 foram constituídas provisões para cobranças duvidosas no valor de 327 milhares de

euros, respeitante a dívidas com dois ou mais anos de antiguidade ou com processos em

contencioso. Os valores registados na rubrica provisões para cobranças duvidosas não

sofreram grandes alterações, à excepção das referentes a Companhias de Seguros que

sofreram uma queda de cerca de 9%. A redução do valor constituído a título de provisões

tem a ver com a redução do montante de facturas em dívida. Neste caso, a anulação de

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provisões foi realizada na sequência do pagamento ou consideração de incobrável das

respectivas facturas.

Movimento das contas de provisões

Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final

Prov. p/ Cobranças Duvidosas

Companhias de seguros 673.990 177.363 237.549 613.804

Outros clientes 83.192 6.217 1.961 87.447

Utentes c/ corrente 224.006 143.477 133.442 234.041

Sub-Total 981.188 327.056 372.952 935.292

Prov. p/ Riscos e Encargos Processos Judiciais em Curso 368.672 0 0 368.672

Sub-Total 368.672 0 0 368.672

TOTAL 1.349.860 327.056 372.952 1.303.965

Valores em euros

O valor constante da rubrica provisões para riscos e encargos refere-se a um processo

judicial instaurado em 2006 por um utente contra o Hospital de São Sebastião, por alegada

assistência hospitalar deficiente, e para o qual se aguarda que seja proferido Despacho

Saneador e selecção da matéria de facto.

Nota 35 - Movimentos ocorrido no património

O património inicial do Centro Hospitalar é de 29.930 milhares de euros, correspondendo ao

património do extinto Hospital de São Sebastião, E.P.E.. Em relação aos fundos patrimoniais

dos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel, foram de acordo com nota técnica nº

2/2008 do SIDC, agregados na conta 5741 – Reservas do SPA.

Nota 40 – Variação das contas dos fundos próprios

As rubricas que compõem os fundos próprios, durante o exercício de 2010, apresentam os

seguintes movimentos:

Contas dos fundos próprios

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Património 29.930.000 0 0 29.930.000

Reservas de Reavaliação 0 0 0 0 Reservas Legais 2.224.611 0 0 2.224.611

Reservas Estatutárias 11.065.298 0 0 11.065.298

Reservas Contratuais 0 0 0 0 Reservas Livres 35.069.347 141.567 0 35.210.914

Resultados Transitados -1.585.160 0 -1.585.160

Resultados Líquidos -1.585.160 1.928.161 0 343.001 Total 76.704.097 484.568 0 77.188.664

Valores em euros

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Nota 41 - Demonstração do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

O valor do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2010

é apresentado no quadro seguinte. As existências finais apresentam praticamente o mesmo

montante em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 (2,3 milhões de euros).

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

Rubricas 2009 2010 (1 Fev.- 31 Dez.)

Existências iniciais 2.194.170 2.348.533

Compras 18.956.129 20.942.811

Regularização de existências -63.627 -12.462

Existências finais 2.348.533 2.313.001

Custos no exercício 18.738.140 20.965.881

Valores em euros

Nota 43 - Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais

No exercício de 2010 as remunerações abonadas aos membros que integram os órgãos

sociais corresponde aos seguintes valores.

Remunerações dos órgãos sociais

Órgãos Sociais 2009 2010 (1 Fev.- 31 Dez.)

Conselho de Administração 451.703 468.599

Fiscal Único 13.873 17.301

Mesa da Assembleia Geral 0 0

Valores em euros

Nota 45 - Demonstração dos resultados financeiros

No exercício de 2010 o Centro Hospitalar apresentou proveitos financeiros próximos de 740

milhares de euros, sendo que cerca de 50% deste valor se refere a juros obtidos com a

aplicação das disponibilidades financeiras (aplicações a prazo no IGCP) e os rendimentos

devidos pela subscrição de 350 unidades de participação do FASP - SNS.

Proveitos e ganhos financeiros

Rubricas 2009 2010 (1 Fev.-31 Dez.)

Juros obtidos 445.017 366.807

Diferenças de câmbio favoráveis 64 0

Descontos de pronto pagamento obtidos 256.570 360.404

Ganhos de alienação de aplicações financeiras 0 0

Outros proveitos e ganhos financeiros 10.000 12.328

Total 711.651 739.539

Valores em euros

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Custos e perdas financeiras

Rubricas 2009 2010 (1 Fev.-31 Dez.)

Juros suportados 11.051 3.614 Provisões para aplicações financeiras 0 0

Diferenças de câmbio desfavoráveis 0 996

Outros custos e perdas financeiras 7.583 8.703 Resultados financeiros 693.017 726.226

Total 711.651 739.539

Valores em euros

Os descontos de pronto pagamento obtidos cresceram mais de 40%, relativamente ao

exercício anterior. A boa situação financeira do Centro Hospitalar permitiu alcançar este

resultado, melhorando-se ainda de forma assinalável o prazo médio de pagamento aos

fornecedores de bens e serviços.

Nota 46 - Demonstração dos resultados extraordinários

No exercício de 2010, os resultados extraordinários tiveram um crescimento de quase 50%,

quando comparados com os 11 meses de 2009. A principal justificação para este acréscimo

prende-se com a facturação de prestação de serviços respeitantes ao exercício anterior. Os

montantes contabilizados nas rubricas proveitos e ganhos extraordinários e custos e perdas

extraordinárias são apresentados nos dois quadros seguintes.

Proveitos e ganhos extraordinários

Rubricas 2009 2010 (1 Fev.- 31 Dez.)

Recuperação de dívidas 290 2.301

Ganhos em existências 852 802

Ganhos em imobilizações 0 162 Benefícios e penalidades contratuais 0 0

Reduções de amortizações e provisões 489.431 372.952

Correcções relativas a exercícios anteriores 702.550 1.285.264 Outros proveitos e ganhos extraordinários 377.511 263.194

Total 1.570.635 1.924.675

Valores em euros

Custos e perdas extraordinárias

Rubricas 2009 2010 (1 Fev.- 31 Dez.)

Donativos 0 0

Dividas incobráveis 54.966 92.062

Perdas em existências 64.479 13.264 Perdas em imobilizações 4.859 7.279

Multas e penalidades 835 3.082

Aumentos de amortizações e provisões 0 0 Correcções relativas a exercícios anteriores 555.614 531.714

Outros custos e perdas extraordinários 19.466 4.698

Resultados extraordinários 870.416 1.272.576

Total 1.570.635 1.924.675

Valores em euros

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Nota 48 – Acréscimos e diferimentos

Contas do activo

Contas 31-Dez-09 31-Dez-10

Acréscimo de Proveitos

Juros a Receber 6.281 21.473

Outros Acréscimos de Proveitos 22.524.663 26.383.046

Custos Diferidos 164.371 41.090

Valores em euros

Contas do passivo

Contas 31-Dez-09 31-Dez-10 Acréscimo de Custos

Remunerações a liquidar 5.180.985 5.178.232

Juros a liquidar 0 0

Outros acréscimos de custos 212.511 206.077

Proveitos Diferidos

Subsídios para investimento 769.843 547.068

Valores em euros

Santa Maria da Feira, 24 de Março de 2011

O Conselho de Administração

Fernando Martins da Silva Maria da Piedade Pacheco Amaro

José David dos Santos Ferreira Pedro Nuno Figueiredo Santos Beja Afonso

Luis Manuel de Sousa Matias

O Técnico de Contas

Ângela Paula da Silva Fernandes

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Governo da sociedade

1. Missão, objectivos e políticas

1.1. Missão

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga , E.P.E. foi criado pelo Decreto Lei nº

27/2009, de 27 de Janeiro, agregando os Hospitais de S. Sebastião, E.P.E., o Hospital de São

João da Madeira e o Hospital de S. Miguel (Oliveira de Azeméis), com efeitos a 1 de

Fevereiro de 2009.

Desta forma, procurou-se reformular a rede de prestação de cuidados hospitalares da parte

norte do distrito de Aveiro, introduzindo uma gestão empresarial para esta nova entidade,

em sintonia com o carácter inovador do estatuto jurídico de que o Hospital de São Sebastião

já beneficiava, desde o início do funcionamento em Janeiro de 1999.

A missão do Centro Hospitalar está centrada no atendimento e no tratamento, em tempo

útil, dos doentes dos concelhos da parte norte do distrito de Aveiro, com eficiência,

qualidade e a custos socialmente comportáveis, em articulação com a rede de hospitais que

integram o Serviço Nacional de Saúde, com a rede de cuidados de saúde primários e com a

rede nacional de cuidados continuados integrados. Faz, ainda, parte da missão, a

participação no ensino e na formação pré e pós–graduada de pessoal técnico de saúde e o

desenvolvimento de linhas de investigação clínica.

Nos termos do Regulamento Interno sublinham-se os valores da Instituição: Qualidade –

procurando a excelência na prestação de cuidados, utilizando modernas tecnologias, num

ambiente seguro, atractivo e amigável; Ética – advogando os mais elevados princípios de

conduta em todas as acções e decisões, como base para a confiança pública; Respeito pelo

indivíduo – procurando responder às necessidades dos doentes e dos colaboradores, com

respeito pela privacidade e encorajando a sua participação no processo de decisão;

Performance – utilizando de modo eficiente os recursos da comunidade; Inovação –

incentivando e premiando a exploração de novas ideias e o desenvolvimento de novas

actividades.

1.2. Objectivos e políticas

O Centro Hospitalar é responsável pela prestação de cuidados de saúde a uma população

relativamente elevada, pelo que importa adaptar os recursos humanos e materiais, bem

como as instalações físicas, de acordo com a evolução da procura de cuidados, sem prejuízo

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da articulação com as unidades de saúde mais diferenciadas. Tendo em conta que este é um

objectivo central, alinham-se de seguida as principais linhas de orientação:

- Reforço do dispositivo assistencial com a criação de novas especialidades, nos

termos das redes definidas pelo Ministério da Saúde;

- Melhoria da acessibilidade e equidade dos cuidados de saúde para as especialidades

mais carenciadas;

- Redução das listas de espera cirúrgicas e para atendimento na consulta externa;

- Melhoria da articulação e complementaridade entre as três unidades hospitalares que

o integram;

- Melhoria da articulação com os centros de saúde e as unidades de cuidados

continuados;

- Reforço dos investimentos dirigidos à substituição de equipamentos de técnica

médica;

- Reforço dos processos de controlo de custos, em especial nas rubricas com maior

peso nos custos de exploração;

- Promoção da melhoria contínua da qualidade em todas as áreas;

- Desenvolvimento dos sistemas de informação, em especial no que respeita ao

processo clínico electrónico;

- Reforço dos planos de formação anuais.

2. Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita

No diploma legal que transformou os hospitais em entidades públicas empresariais é referida

a sua natureza como pessoas colectivas de direito publico de natureza empresarial dotadas

de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A superintendência é da competência

do Ministro da Saúde e a tutela financeira é exercida em conjunto pelos Ministros da Saúde e

das Finanças.

Apresentam-se os principais diplomas legais e regulamentos que enquadram a actividade do

Centro Hospitalar:

- Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, que define o regime jurídico dos

Hospitais, com a transformação em entidades públicas empresariais;

- Decreto-Lei n.º 27/2009, de 27 de Janeiro, que criou o Centro Hospitalar de Entre o

Douro e Vouga, E.P.E.;

- Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro (com a redacção dada pelo Decreto-Lei

nº 300/2007, de 23 de Agosto). Define o regime jurídico do sector empresarial do

Estado e das empresas públicas;

- Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de 28 de Março. Define os princípios

de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado;

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- O regulamento interno do Centro Hospitalar, elaborado nos ternos do art. 22º do

Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, encontra-se em fase de homologação

pela tutela. Fazem parte deste documento, a missão, os valores, o objecto, a

legislação aplicável, a descrição dos órgãos sociais, de direcção técnica, de apoio

técnico e de auditoria interna; a organização dos serviços; a gestão de recursos e as

garantias.

3. Informação sobre transacções relevantes com entidades relacionadas

Relativamente a este ponto não há nada a assinalar.

4. Informação sobre outras transacções

Nos termos do regulamento interno do Centro Hospitalar, a aquisição de bens e serviços e os

contratos de empreitadas de obras públicas regem-se pelas normas do direito privado, sem

prejuízo da aplicação do Código dos Contratos Públicos e das directivas comunitárias.

As rubricas de produtos farmacêuticos e de material de consumo clínico são as que envolvem

maiores valores nas transacções com empresas do exterior. No que respeita à primeira, é

privilegiado o recurso ao Catálogo do Ministério da Saúde, procedendo-se à formatação de

pacotes de produtos por empresa, de modo a obter um benefício adicional para o Centro

Hospitalar, combinando produtos exclusivos e não exclusivos, sendo o fornecimento válido

para um período de um ano. Quanto à segunda rubrica, os procedimentos de concurso são

válidos igualmente por períodos de um a três anos, podendo ser objecto de revisão anual de

preços, se tal for do interesse do Centro Hospitalar. Para as restantes rubricas, o centro

hospitalar procura obter os mais baixos preços praticados pelo mercado, sem desprezar a

qualidade dos produtos seleccionados, de forma a proporcionar um elevado nível de

qualidade na prestação dos cuidados de saúde.

No desenvolvimento da actividade assistencial continua-se a incentivar a escolha de produtos

que garantam a qualidade dos cuidados de saúde, comparando os preços unitários propostos

pelos diversos fornecedores, e que ao mesmo tempo garantam a sustentabilidade económica

e financeira do centro hospitalar.

Em 2010, os fornecedores de bens e serviços que apresentaram um valor de facturação

superior a um milhão de euros foram as seguintes: Roche Farmacêutica Química, Lda.

(2.103 milhares de euros); Johnson & Johnson Medical (1.616 milhares de euros); Abbott

Laboratórios, Lda. (1.539 milhares de euros); Instituto Português de Sangue, IP (1.271

milhares de euros);

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5. Indicação do modelo de governo e identificação dos órgãos sociais

5.1. Identificação dos órgãos sociais

Cargo Órgãos Sociais Nomeação Mandato

Conselho de Administração Presidente Fernando Martins da Silva 01-02-2009 3 Anos Vogal (1) Dir. Clínica Maria da Piedade Pacheco Amaro 01-02-2009 3 Anos Vogal (2) Enf. Director José David dos Santos Ferreira 01-02-2009 3 Anos Vogal (3) Executivo Pedro Nuno Figueiredo dos Santos Beja Afonso 01-02-2009 3 Anos Vogal (4) Executivo Luís Manuel de Sousa Matias 01-02-2009 3 Anos Vogal (5) Executivo António Cândido Ferreira Lima 01-02-2009 3 Anos

Fiscal Único Efectivo Álvaro, Falcão & Associados, SROC 01-02-2009 3 Anos Suplente Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa 01-02-2009 3 Anos

5.2. Funções e responsabilidades.

De acordo com o regulamento interno, os órgãos sociais do hospital compreendem o

Conselho de Administração, o Fiscal único e o Conselho consultivo. Todos estes órgãos têm

as composições, mandato, competências e funcionamento descritas de uma forma genérica

nos Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. No que respeita

aos membros que integram o Conselho de Administração, identifica-se de seguida as suas

funções e responsabilidades.

Fernando Silva - Presidente do Conselho de Administração: Para além das funções de

representação do Conselho de Administração em juízo e fora dele, acompanha de uma forma

geral a actividade desenvolvida pelos serviços e coordena a actividade do Conselho de

Administração.

Maria da Piedade Amaro – Directora Clínica: Para além das funções de coordenação

técnica dos serviços de prestação de cuidados, coordena a actividade do serviço de higiene e

segurança no trabalho e o processo de avaliação mensal do desempenho dos serviços de

prestação de cuidados.

José David Ferreira – Enfermeiro Director: Para além das funções de coordenação

técnica e avaliação do desempenho nas áreas a que respeita, coordena a actividade do

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serviço de esterilização e monitoriza a actividade desenvolvida pelo serviço de nutrição e

alimentação.

Pedro Beja Afonso – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação de serviços

de suporte à prestação de cuidados e de logística, prepara e apresenta ao Conselho de

Administração um conjunto de matérias da competência deste, incluindo os planos anuais e

plurianuais da actividade, os orçamentos de exploração e investimento e as dotações de

pessoal necessárias.

Luís Matias – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação geral da actividade

da Unidade de São João da Madeira, integra e coordena grupos de trabalho sobre matérias

específicas, por designação do Conselho de Administração.

António Lima – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação geral da

actividade da Unidade de Oliveira de Azeméis, integra e coordena grupos de trabalho sobre

matérias específicas, por designação do Conselho de Administração. Este vogal aposentou-se

em 30 de Novembro de 2010, cessando funções no Conselho de Administração nessa data.

O Centro Hospitalar não tem ainda designado o Conselho Consultivo, sendo que o Fiscal

Único é representado pela Sociedade de Revisores de Contas Álvaro, Falcão &

Associados, SROC.

5.3. Estatuto remuneratório fixado

Conselho de Administração

A remuneração dos membros do Conselho de Administração é regulada pela RCM nº 29/89,

de 26 de Agosto, tendo sido atribuída ao Centro Hospitalar a classificação correspondente ao

nível A2. Nos termos do art.º 12º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho, foi efectuada uma

redução remuneratória entre Junho a Dezembro de 2010, incidindo ainda sobre os subsídios

de férias e de natal.

Presidente

• Remuneração Base – 4.204,18 €, 14 vezes por ano;

• Despesas de Representação – 1.471,46 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho;

• Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (1) Directora Clínica

• Remuneração Base (opção pela remun. de origem) – 5.239,94 €, 14 vezes por ano;

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• Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho:

• Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (2) Enfermeiro Director

• Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

• Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho:

• Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (3) Executivo

• Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

• Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho;

• Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (4) Executivo

• Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

• Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho;

• Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (3) Executivo

• Remuneração Base (opção pela remun. de carreira) – 5.523,24 €, 14 vezes por ano;

• Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

• Subsídio de Alimentação – 4,27 €, por cada dia de trabalho;

Fiscal Único

Fixada pelo n.º 2 do Despacho n.º 7107/2009, de 23 de Fevereiro, do Senhor Secretário de

Estado do Tesouro e Finanças, onde se refere que a remuneração anual ilíquida do fiscal

único efectivo do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E. tem como limite

máximo o equivalente a 25% da quantia correspondente a 12 meses do vencimento base

mensal ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do conselho de administração.

• Remuneração Mensal – 1.271,95 €, 12 meses por ano ( valor em Dez. 2010)

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6. Remunerações e outras regalias dos Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Presid. Vogal 1 Vogal 2 Vogal 3 Vogal 4 Vogal 5

1. Remuneração 1.1. Remuneração base/Fixa 58.859 € 74.720 € 52.068 € 50.580 € 52.068 € 86.785 € 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A /2010 1.892 € 1.674 € 1.674 € 1.674 € 1.674 € 1.488 € 1.3. Remuner. base/Fixa efectiva (1.1. - 1.2.) 56.967 € 73.046 € 50.394 € 48.906 € 50.394 € 85.297 € 1.4. Senhas de presença n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 1.6. Acumulação de funções de gestão n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 1.7. Remuneração variável (horas extraord.) n.a. 25.334 € n.a. n.a. n.a. n.a. 1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 2. Outras regalias e compensações 2.1. Gastos na utilização de telefones 476 € 439 € 71 € 502 € 533 € n.a 2.2. Valor de aquisição das viaturas de serv. 39.300 € 19.500 € 22.957 € 40.000 € (a) n.a 2.3. Valor do combustível com viaturas de serv. 2.159 € 615 € 1.333 € 3.682 € 3.000 € n.a 2.4. Subsídio de deslocação n.a n.a n.a n.a n.a n.a 2.5. Subsídio de refeição 1.008 € 914 € 1.072 € 935 € 952 € 901 € 2.6. Outros - Despesas de Representação 17.658 € 13.389 € 13.389 € 13.389 € 13.389 € 12.273 € 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime convencionado 6.665 € 11.208 € 5.449 € 10.748 € 7.810 € 11.642 € 3.2. Seguros de saúde n.a n.a n.a n.a n.a n.a 3.3. Seguros de vida n.a n.a n.a n.a n.a n.a 3.4. Outros n.a n.a n.a n.a n.a n.a 4. Parque Automóvel

4.1 Marca Audi Renault Renault Audi

Mercedes n.a 4.2 Modelo A4 Megane Megane A4 190 D n.a 4.3 Matrícula 79-47-XD 48-33-VO 55-BV-49 31-43-XB 66-22-RF n.a 4.4 Valor da viatura 39.300 € 19.500 € 22.957 € 40.000 € (a) n.a 4.5 N.º prestações b) n.a n.a n.a n.a n.a n.a 4.6 Valor de aquisição das viaturas de serviço 39.300 € 19.500 € 22.957 € 40.000 € (a) n.a 4.7 Ano de aquisição da viatura 2004 2003 2006 2004 2001 n.a 4.8 Valor do combustível com a viatura de serv. 2.159 € 615 € 1.333 € 3.682 € 3.000 € n.a 5. Informações Adicionais 5.1.Opção pela remuner. do lugar de origem Não Sim Não Não Não Sim 5.2. Regime convencionado n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 5.2.1. Segurança social Não Não Não Sim Não Não 5.2.2. Outro C.G.A. C.G.A. C.G.A. n.a. C.G.A. C.G.A. 5.3. Ano de aquisição da viatura de serviço 2004 2003 2006 2004 2001 n.a 5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo Não Não Não Não Não Não 5.5. Outras n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

(n.a.) nada a assinalar

(a) Viatura cedida pela Direcção Geral do Património em 2001 (Hosp. S. J.Madeira)

Fiscal Único Remuneração anual 15.200 €

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125

7. Análise da sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental

7.1.Estratégias adoptadas

Apesar do curto período de existência do Centro Hospitalar, cujo início de actividade se

reporta a 1 de Fevereiro de 2009, e de toda a reorganização resultante de um processo de

integração de três unidades hospitalares, com culturas institucionais distintas, o Conselho de

Administração tem pautado a sua actuação por uma estratégia de desenvolvimento da

actividade assistencial em função da procura efectiva de cuidados de saúde, em sintonia com

as orientações gerais fixadas pelo Ministério da Saúde. Assim, as principais linhas de

actuação são as seguintes:

• A melhoria da articulação e integração com as restantes instituições prestadoras de

cuidados de saúde da região de Aveiro Norte;

• A redução do tempo de espera para a primeira consulta em especialidades com

maior atraso;

• O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório ou “cirurgia de um dia” (one day

surgery) para os casos em que não é possível dar alta ao doente no mesmo dia;

• A reestruturação das urgência geral e pediátrica, em sintonia com a politica definida

para as redes de referenciação da emergência hospitalar;

• A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

implementação de protocolos clínicos ajustados a cada situação;

• O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares

de diagnóstico e terapêutica.

• Uniformização das práticas e procedimentos de gestão nas três unidades.

7.2. Grau de cumprimento das metas fixadas

A actividade assistencial de 2010 aproximou-se do que foi estabelecido no plano de

desempenho, conforme se pode observar no quadro apresentado na página seguinte. No

entanto, o número de consultas médicas não atingiu as metas definidas, ficando 4,4 %

abaixo do programado, tendo em conta a redução dos efectivos médicos do quadro e a saída

de alguns médicos aposentados que deixaram de exercer funções em regime de prestação

de serviços, por força da legislação que foi publicada durante o 2º semestre. Nesta área

sublinhe-se que o Centro Hospitalar realiza um número elevado de consultas e posiciona-se

entre os hospitais com melhores indicadores da Região Norte, de acordo com os dados

divulgados pela Administração Regional de Saúde do Norte.

Por outro lado, assistiu-se também a uma menor actividade do internamento,

comparativamente com o previsto, com o desenvolvimento da cirurgia do ambulatório, com

uma variação negativa de 4,5%. O serviço de urgência apresentou, do mesmo modo, uma

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evolução em queda, de acordo com a tendência que se vem registando nos últimos anos,

ficando 2,0% abaixo do estimado, com uma forte diminuição dos atendimentos no Hospital

de São Sebastião de utentes residentes em Santa Maria da Feira.

Pelo contrário, verificou-se uma produção claramente superior em diversos programas de

saúde na área da Obstetrícia / Ginecologia, em linha com as orientações do Ministério da

Saúde, como o diagnóstico pré-natal e a fertilização medicamente assistida. O Centro

Hospitalar cumpriu na íntegra o programa de tratamento cirúrgico da obesidade apesar dos

custos elevados com os recursos humanos e material de consumo clínico.

Movimento das principais linhas de produção

Linha de Produção Plano Desemp.

2010 Realizado

2010 Taxa de

Realização Consultas Externas (Médicas) Primeiras Consultas 120.475 116.479 96,7% Consultas Subsequentes 196.400 186.456 94,9% Nº Total Consultas 316.875 302.935 95,6% Internamento - Doentes Saídos GDH Médicos 12.400 12.403 100,0% GDH Cirúrgicos -Total 10.200 9.915 97,2% GDH Cirúrgicos - Programados 7.400 7.066 95,5% GDH Cirúrgicos - Urgentes 2.800 2.849 101,8% Urgência N.º de Atendimentos (sem Internamento) 183.000 179.391 98,03% Sessões em Hospital de Dia Imuno-hemoterapia 220 151 68,64% Psiquiatria 2.700 2.940 108,89% Outros 8.785 7.351 83,68% Serviços Domiciliários Total de Visitas Domiciliárias 2.250 1.979 87,96% GDH Ambulatório GDH Médicos (não inclui radioterapia) 15.900 15.267 96,02% GDH Cirúrgicos 7.050 6.423 91,39% Programas de Saúde Diagnóstico Pré-Natal - N.º Protocolos I 525 992 188,95% Diagnóstico Pré-Natal - N.º Protocolos II 90 113 125,56% Nº Doentes de Cirurgia de Bypass Gástrico 300 302 100,67% N.º IG Medicamentosa em Ambulatório 350 251 71,71% N.º IG Cirúrgica em Ambulatório 15 10 66,67% N.º Consultas de Apoio à Fertilidade 220 274 124,55% N.º Induções Ováricas 24 50 208,33%

Em 2010 os custos totais situaram-se 1,5% abaixo do previsto no Plano de Actividades e

Orçamento, com uma variação negativa mais acentuada nos custos com pessoal (-3,2%) e

nos encargos com fornecimentos e serviços (-1,4%), de entre as três rubricas com maior

expressão nos custos.

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127

Custos e perdas

Rubricas 2010

P. Activ.(1) Realizado(2) Var. % (2-1)

Custos com pessoal 55.840.500 54.032.757 -3,2%

Custo das mercadorias vend. e mat. cons. 20.927.000 20.965.881 0,2%

Fornecimentos e serviços de terceiros 14.723.100 14.522.383 -1,4%

Outros custos operacionais 117.000 74.125 -36,6%

Amortizações do exercício 4.050.000 4.442.382 9,7%

Provisões do exercício 350.000 327.056 -6,6%

Custos e perdas financeiras 10.500 13.313 26,8%

Custos e perdas extraordinárias 450.000 652.099 44,9% Total 96.468.100 95.029.997 -1,5%

(em euros)

O valor global dos proveitos e ganhos ficou 1,2% abaixo do orçamentado, sendo de salientar

a execução em baixa nas rubricas prestações de serviços, proveitos suplementares e

proveitos e ganhos financeiros. Neste último caso, a exemplo do ano anterior, assistiu-se a

uma redução das taxas de juro que remuneraram as disponibilidades financeiras depositadas

no IGCP e ainda no que respeita ao montante aplicado no Fundo de Apoio aos Pagamentos

do SNS.

Em 2010, com a inclusão da ADSE e de outros subsistemas de saúde no processo de

contratualização definido para os utentes beneficiários do Serviço Nacional de Saúde,

traduziu-se numa efectiva perda de receita para os hospitais do nível do Centro Hospitalar,

porquanto as tabelas anteriormente utilizadas eram claramente mais favoráveis, com uma

perda estimada num montante próximo de 1,2 milhões de euros (cerca de 26,8% da

facturação que seria emitida). Pelo contrário, para os hospitais classificados como centrais

registou-se um ganho considerável.

Proveitos e ganhos

Rubricas 2010

P. Activ.(1) Realizado(2) Var. % (2-1)

Vendas e prestações de serviços 92.000.920 89.965.065 -2,2%

Proveitos suplementares 262.000 253.240 -3,3%

Subsídios à exploração 315.000 159.091 -49,5%

Outros proveitos operacionais 2.704.290 2.460.727 -9,0%

Proveitos e ganhos financeiros 820.000 739.539 -9,8%

Proveitos e ganhos extraordinários 600.000 1.924.675 220,8%

Total 96.702.210 95.502.337 -1,2%

(em euros)

Como foi explicado no Relatório e Contas de 2009, a constituição do Centro Hospitalar veio

prejudicar os resultados positivos que o Hospital de São Sebastião registou desde 2003,

tendo em conta que as duas outras unidades hospitalares registavam uma actividade

produtiva manifestamente insuficiente para cobrir os custos com os recursos humanos e

materiais afectos à sua actividade.

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No entanto, em 2010, apesar de um agravamento dos resultados operacionais face ao

previsto no plano de actividades, os mesmos apresentam uma melhoria assinalável em

relação ao ano de 2009 (-3.358 milhares de euros). Por outro lado, tanto os resultados

líquidos (+46,5%) como o EBITDA (+18,1%), ultrapassaram largamente as estimativas

fixadas no documento previsional.

Resultados

Rubricas 2010

P. Activ.(1) Realizado(2) Var. % (2-1)

Resultados operacionais -725.390 -1.526.461 -110,4%

Resultados financeiros 809.500 726.226 -10,3%

Resultados extraordinários 150.000 1.272.576 748,4%

Resultados antes de impostos 234.110 472.341 101,8%

Resultados líquidos do exercício 234.110 343.001 46,5%

EBITDA 3.824.610 4.515.553 18,1%

(em euros)

7.3. Políticas de promoção da eficiência económica

À semelhança do que foi conseguido durante o período de funcionamento do Hospital de São

Sebastião, EPE, o Centro Hospitalar tem pugnado por apresentar os mais baixos custos de

produção na prestação de cuidados de saúde. De referir que em 2008, um documento

elaborado pela ACSS indicava que o Hospital de São Sebastião, EPE apresentava o mais

baixo custo unitário por doente padrão, no conjunto dos hospitais constituídos como

entidades públicas empresariais.

O Centro Hospitalar tem procurado o desenvolvimento e a diferenciação da actividade

assistencial procurando manter custos de produção inferiores à média dos hospitais do SNS,

alinhando-se algumas das políticas que vão de encontro a este objectivo:

• Racionalização da estrutura assistencial das três unidades, concretizada em

particular com o desenvolvimento da cirurgia do ambulatório em São João da

Madeira e flexibilidade no funcionamento de diversos serviços de apoio (imagiologia,

patologia clínica e farmacêuticos);

• Racionalização na composição das equipas médicas do serviço de urgência (Hospitais

de S. Sebastião e de Ol. de Azeméis) e de Medicina Geral (S. J. da Madeira).

• O ajustamento do número de efectivos de pessoal de acordo com o desenvolvimento

da actividade assistencial;

• A racionalização do consumo de medicamentos e de material clínico;

• O desenvolvimento de processos de negociação com os fornecedores para obtenção

dos mais baixos preços na aquisição de bens e serviços;

• A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

introdução de protocolos clínicos ajustados a cada situação;

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• O desenvolvimento dos sistemas de informação.

7.4. Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável

O Centro Hospitalar tem promovido a igualdade de oportunidades entre os sexos, tanto na

contratação dos recursos humanos como nas políticas remuneratórias. No total dos efectivos

do quadro, mais de três quartos são mulheres.

O Centro Hospitalar desenvolve um plano de formação dos recursos humanos, aumentando-

o significativamente de 2009 para 2010. Tem vindo a colaborar activamente com várias

escolas do ensino superior, autorizando a realização de estágios de enfermagem, técnicos de

diagnóstico e terapêutica, farmácia, serviço social, informática, etc. Por outro lado, tem

recebido um número significativo de médicos para frequência do ano comum ou para o

internato de especialidade. O Centro Hospitalar colabora ainda com diversas instituições na

formação de alunos do ensino técnico-profissional, bem como com o Instituto de Emprego e

Formação Profissional.

No que respeita à política ambiental, o Centro Hospitalar tem vindo a desenvolver práticas

ambientalmente correctas, assumindo o compromisso para com a melhoria do desempenho

ambiental, com inclusão da conservação e protecção de recursos naturais, minimização de

resíduos, controlo da poluição e melhoria contínua. Este comprometimento está presente em

particular: na implementação de políticas e planos, transversais a toda a instituição e

extensíveis a fornecedores de serviços; na busca e implementação de tecnologias e técnicas

inovadoras que visem a minimização do impacto da instituição sobre o meio ambiente; na

avaliação do desempenho da instituição através de análises de controlo ambiental aos pontos

críticos e de auditorias às práticas; no planeamento da formação e informação dos

trabalhadores, com foco na sensibilização para os problemas ambientais e na base

comportamental que os desencadeia.

Neste domínio tem-se procurado um maior envolvimento dos colaboradores, incidindo-se em

especial na gestão de resíduos hospitalares, no controlo ambiental/poluição e na diminuição

do consumo de recursos naturais. Foi implementado um conjunto significativo de medidas,

enumerando-se de seguida as que assumem um maior relevo:

• Realização de auditorias às práticas de triagem e acondicionamento de resíduos

perigosos;

• Aquisição de novos equipamentos para triagem e acondicionamento de resíduos

recicláveis;

• Devolução de embalagens usadas ao fornecedor para reutilização;

• Substituição de produtos perigosos por outros com menos riscos;

• Pedido do certificado VERDORECA aos nossos fornecedores de serviços na área da

restauração;

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130

• Recolha selectiva do papel e cartão inutilizado pelos serviços;

• Eliminação das películas do serviço de imagiologia;

• Contratação de empresas certificadas e autorizadas para realizar operações de

gestão de resíduos;

• Controlo e monitorização dos efluentes gasosos produzidos pela central térmica;

• Aplicação de redutores de fluxo nas torneiras das casas de banho e cozinha;

• Associação de sensores de movimento à iluminação em locais não frequentados

continuamente, como corredores e casas de banho;

• Aplicação de sensores crepusculares para regulação da iluminação em zonas com

iluminação natural;

• Substituição de lâmpadas por outras de menor consumo energético;

• Acções de formação e sensibilização de trabalhadores.

Resíduos produzidos (em Kg.)

2008(a) 2009(b) 2010(b)

Tipo de resíduos Grupo III 193.360 219.533 212.917

Grupo IV 230.901 245.189 195.545

Papel e cartão (a) 64.500 70.720 67.700

Plástico (a) 12.000 13.900 15.740

Vidro (a) 9.800 11.400 8.260

(a) Dados referentes só ao Hospital de São Sebastião

(b) Dados referentes ao Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (3 unidades)

7.5. Investigação e inovação

No que respeita a estas áreas é de salientar: a introdução, o aperfeiçoamento e divulgação

de novas técnicas médicas; o desenvolvimento do processo clínico electrónico; o

alargamento da radiologia digital a todos os serviços de prestação de cuidados; o

desenvolvimento de aplicações dirigidas aos serviços de gestão e logística; o reforço da rede

informática. Por outro lado, a par da realização de ensaios clínicos, a publicação de muitos

trabalhos científicos por parte de colaboradores médicos mantém-se a um nível elevado.

7.6. Qualidade

O Hospital de São Sebastião está envolvido no processo de acreditação junto da Joint

Commission International, com o envolvimento de todos os serviços na definição de politicas

e procedimentos conducentes a uma melhoria continua da qualidade na prestação dos

cuidados de saúde, estimando-se que o mesmo deva ficar concluído no final do ano de 2011.

Alguns serviços do Centro Hospitalar têm vindo a ser avaliados pela Entidade Reguladora de

Saúde, no âmbito do Projecto SINAS, salientando-se a ortopedia, a obstetrícia/ginecologia, a

pediatria e a neurologia.

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Em 2000 o Hospital de São Sebastião aderiu a um projecto de avaliação e melhoria contínua

da qualidade, agora alargado às restantes unidades que integram o centro hospitalar,

designado por PQIP (Portuguese Quality International Project), com recolha de indicadores

em áreas especificas.

8. Princípios de bom governo

A complexidade da organização hospitalar e natureza da prestação dos cuidados de saúde

não impedem o cumprimento dos princípios do bom governo. Sublinhe-se que os hospitais

possuem uma estrutura de recursos humanos muito diversificada, em que cerca de metade

dos colaboradores têm habilitações de nível superior, registando-se uma cada vez maior

especialização dos mesmos.

A contratualização da produção, por parte do Ministério da Saúde, tem vindo a ser objecto de

aperfeiçoamento em função das necessidades de saúde, subsistindo um desajustamento nos

critérios de pagamento dos cuidados de saúde, face aos preços definidos para as diversas

classes de hospitais.

Conforme o previsto na Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de 28 de Março, o

Centro Hospitalar cumpre os princípios de bom governo, com destaque para:

• A definição da missão, valores, objectivos e princípios gerais de actuação;

• A divulgação das remunerações e subsídios abonados aos membros dos Orgãos

Sociais, no Relatório e Contas anual, no sítio do SEE, e no sítio do Centro Hospitalar;

• A divulgação de informações relevantes através de comunicações internas, com

publicação na intranet ou no sítio da Internet do Centro Hospitalar;

• O desenvolvimento de um processo de melhoria contínua de qualidade, aderindo à

norma da Joint Commission International;

9. Código de Ética

O Centro Hospitalar tem em vigor um Código de Ética, integrando um conjunto de valores

essenciais e de regras de conduta, de modo a assegurar os direitos e garantias dos cidadãos

e que deve orientar e inspirar o comportamento de todos os colaboradores, alcançando

assim o reconhecimento do serviço público que presta à comunidade.

O Centro Hospitalar possui ainda uma Comissão de Ética, com a composição, mandato,

competências e funcionamento, conforme estabelece o Decreto-Lei nº 97/95, de 10 de Maio.

Refira-se que, todos os grupos profissionais são obrigados ao respeito pelos deveres de

lealdade, confidencialidade e sigilo profissional, devendo ainda respeitar as normas de

deontologia profissional previstas nos regulamentos.

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132

10. Sistema de controlo

De acordo com o regulamento interno, o Centro Hospitalar possui um auditor interno,

competindo-lhe proceder ao controlo interno nos domínios contabilístico, financeiro,

operacional, informático e de recursos humanos. Por outro lado, nos temos dos documentos

divulgados pela ACSS junto dos Hospitais, o Centro Hospitalar tem vindo a implementar um

conjunto de normas para proteger os investimentos e os seus activos.

11.Conflitos de interesses

Os membros do Conselho de Administração não detêm quaisquer participações patrimoniais

ou relações com fornecedores e clientes, susceptíveis de gerar conflitos de interesse, no

decurso da actividade normal. Por outro lado, cada membro abstém-se nas deliberações do

Conselho de Administração, onde eventualmente seja parte interessada.

12. Divulgação de informação

No termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de 28 de Março, o Centro

Hospitalar divulga informação actualizada no seu sítio da Internet, bem como no sítio do

SEE.

13. Gestão do risco financeiro

O Centro Hospitalar possui uma boa situação financeira, não se tendo recorrido a

empréstimos bancários. Deste modo, não é aplicável o Despacho nº 101/2009, de 30 de

Janeiro, do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, respeitante a procedimentos

adoptados em matéria de avaliação de risco, a políticas de reforço de capitais permanentes

adoptados e a procedimentos para a optimização da estrutura financeira.

14. Prazo médio de pagamentos

A boa situação financeira do Centro Hospitalar tem facultado a manutenção de prazos de

pagamento consideravelmente baixos. Assim, este indicador evoluiu de 33 dias em 2009

para 21 dias em 2010.

15. Deveres especiais de informação

O Centro Hospitalar remete os documentos previstos no Despacho do Ministro de Estado e

das Finanças nº 14.277/2008, de 23 de Maio, respeitantes a: Planos de actividades anuais e

plurianuais; Orçamentos anuais; Planos de investimentos anuais e plurianuais e respectivas

fontes de financiamento; Relatórios trimestrais de execução orçamental.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

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16. Recomendações aquando da aprovação das contas de 2009

Em 2010 o Centro Hospitalar adoptou um código de ética, cumprido a recomendação da

DGTF, aquando da aprovação do Relatório e Contas de 2009.

17. Actualização salarial

Em sintonia com o estabelecido para os trabalhadores em regime de funções públicas, em

2010 não se procedeu a actualização salarial.

18. Prémios de gestão

Em 2010 não se registou a atribuição de prémios de gestão aos membros do Conselho de

Administração.

19. Normas de contratação pública

Informação prestada no ponto quatro deste capítulo.

20. Redução remuneratória

A remuneração dos membros do Conselho de Administração sofreu a redução prevista nos

termos art.º 12º da Lei nº 12-A/2010, de 30 de Junho.

21. Unidade de tesouraria do Estado

As disponibilidades do Centro Hospitalar estão depositadas no IGCP. Uma grande parte das

disponibilidades está aplicada no Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço

Nacional de Saúde (35 milhões de euros).

22. Contabilização dos imóveis afectos à actividade

Os edifícios e outras construções do Hospital de São Sebastião, sede do Centro Hospitalar,

estão registados pelos valores comunicados em 1999 pela Direcção Regional de Instalações e

Equipamentos da Saúde do Centro, procedendo-se anualmente à respectiva amortização. Os

edifícios dos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel são propriedade da Santa

Casa da Misericórdia dos respectivos concelhos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

138

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

139

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

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RELATÓRIO E CONTAS 2010 | CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E.

144

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