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1 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L. Relatório e Contas 2015

Relatório e Contas 2015 - Banco de Portugal...com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Norte Alentejano, C.R.L.

Relatório

e

Contas 2015

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Índice

Página

1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 3 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUPO DO NORTE

ALENTEJANO

2.1.

2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.7. 2.8.

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

4 4 5 5 6 7

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3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3.1. 3.2. 3.3 3.4.

INTRODUÇAO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ANÁLISE FINANCEIRA

11 13 28 40

3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5 3.4.6. 3.4.7. 3.4.8. 3.4.9.

Quadro de indicadores Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito Concedido Crédito Vencido Movimento de Provisões Activos não correntes detidos para venda Activos Tangíveis e Intangíveis Investimentos e associadas e empreendimentos conjuntos

40 41 41 42 43 44 44 45 46

3.4.10. 3.4.11. 3.4.12. 3.4.13. 3.4.14. 3.4.15. 3.4.16. 3.4.17. 3.4.18. 3.4.19. 3.4.20. 3.4.21. 3.4.22. 3.4.23. 3.4.24.

Outros activos Recursos de clientes Crédito/Recursos por Agência Rácios de Crédito Vencido Bruto e Liquido por Agência Depósitos por Agência Evolução Crédito/Recursos por Agência Capitais Próprios Rendibilidade Resultado Liquido Margem Financeira Produto Bancário Custos Funcionamento Provisões/Imparidades Actividade Seguradora Movimento Associativo

47 48 48 49 50 51 51 52 52 53 53 54 55 55 57

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 59 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

5.1.

5.2. 5.3 5.4. 5.5.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 NOTAS ANEXAS ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEEZEMBRO DE 2015

61 62 63 64 65

6. 7.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS PARECER DO CONSELHO FISCAL

106 108

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L., pessoa colectiva nº 504056573,

com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo

Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com o capital social realizado de €

5.686.710,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos,

a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 24 de Março de 2016, pelas 17

horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola

relativo ao exercício de 2015 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das

políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão de outros assuntos que se afigurem de interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a

Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer

número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o

voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do

Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de

Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro.

Fronteira, 2 de Março de 2016.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

(Prof. Dr. José Manuel Malheiro Holtreman Roquette)

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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MUTO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.

2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

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2.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário.

2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral, eleita em 21.12.2012, para o triénio 2013/2015

Presidente – Prof. Dr. José Manuel Malheiro Holtreman Roquette Vice-Presidente – António José Forças Galvão Secretário – João Manuel Borralho Marques dos Carvalhos

2.3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

o Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

o Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

o Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; o Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; o Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior; o Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; o Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

o Decidir da alteração dos Estatutos.

2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e um suplente. O Conselho de Administração é composto por cinco membros, eleitos em Assembleia-Geral de 21.12.2012, com mandato para o triénio de 2013/2015.

2.4.1 Composição do Conselho de Administração Efectivos: Presidente – Dr. João José de Castro Mendes de Almeida Administrador – João Manuel Margarido da Silva Administrador – Miguel dos Prazeres Cabaço Administrador – Vítor Manuel Pereira Guimarães Administrador – Joaquim António de Brito Martins

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Suplente: Agostinho Joaquim Ribeiro Pinto

2.4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

actividades e de orçamento par ao exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos

ao exercício anterior; � Adoptar as medidas necessárias a garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola; � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 54 reuniões no ano de 2015. O valor remanescente de remuneração a alguns dos membros do Conselho de Administração deve-se à presença em actos em representação da Caixa.

O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos. Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração. 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividades e de orçamento.

2.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

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2.5.2. Composição do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros, eleitos em Assembleia Geral de 21.12.2012, com mandato para o triénio de 2013/2015. Efectivos: Presidente – Dra. Maria Teresa Rêa da Mota Machado Vogal – António Mateus Mendes Granadeiro Vogal – Dra. Joana Sequeira Garcia Marques Coelho

Suplente: Dr. Rui Pedro Arês Roque

2.5.3 Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado um total de 3 reuniões no ano de 2015.

2.6. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia-Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015 encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão e Associados, SROC, Lda., SROC nº. 64, representada por Nuno Miguel da Costa Tavares, ROC nº. 1582. Suplente: José Luís Guerreiro Nunes, ROC nº. 1098

2.7. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em Assembleia-Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL. apreciou-se e aprovou-se a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição. Nos termos e para os efeitos do nº. 4 do Artigo nº. 16º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

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“DECLARAÇÃO DE POLITICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.”

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contido que não sejam incompatíveis

com a nova redacção do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.

2. PRINCÍPIOS GERAIS Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição d e restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a

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sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por reunião, através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

• Presidente – 150,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que esteja presente.

• Vogais – 120,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que estejam presentes. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral.

• Nível 18 do ACT para o Crédito Agrícola atualizável na mesma percentagem que for determinada para os trabalhadores que integrem o referido nível.

A remuneração do Administrador Executivo consiste ainda numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral no valor de 120,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que esteja presente. Acresce a esta remuneração, para utilização de serviço da Caixa, o uso de telemóvel e viatura automóvel, bem como a despesas resultantes de deslocações e estadias com base nos valores atribuídos para a função pública. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: 5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”). 5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

• Presidente – 150,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que esteja presente.

• Administradores – 120,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que estejam presentes. Acrescem despesas resultantes de deslocações e estadias com base nos valores atribuídos para a função pública. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

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A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho Fiscal 1.170 € - 1.170 € Dra. Maria Teresa Rea Mota Machado António Mateus Mendes Granadeiro Dra. Joana Sequeira Garcia Marques Coelho

450 € 360 € 360 €

- - -

450 € 360 € 360 €

Remuneração

Fixa Variável Total

Conselho de Administração 72.954 € 72.954 € Dr. João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço Vítor Manuel Pereira Guimarães Joaquim António de Brito Martins

6.750 € 6.480 €

44.724 € 7.680 € 7.320 €

- - - - -

6.750 € 6.480 €

44.724 € 7.680 € 7.320 €

Revisor Oficial de Contas 18.000 €

Serviço de Auditoria 18.000 €

Durante o exercício de 2015 verificou-se o pagamento diferido de remunerações ao Conselho Fiscal, não existindo qualquer outra remuneração devida aos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização.

2.8. Politica de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº. 3 do artigo 16º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Atento o disposto no nº. 3 do artigo 17º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Nº. de Colaboradores Remunerações

2 Parte Fixa € 85.364,71

Parte Variável - Durante o exercício de 2015 não se verificaram admissões ou rescisões contratuais relativamente às funções acima referidas. À data de 31 de Dezembro de 2015 não são devidas quaisquer remunerações aos colaboradores referidos.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3.1 Introdução

No cumprimento do preceituado nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., no Código Cooperativo, no Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e na demais legislação aplicável, vem a Administração submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Tal como em anos anteriores, a CCAM do Norte Alentejano pautou a sua acção tendo em conta o cumprimento dos objectivos contidos no Plano de Actividades para 2015 aprovado em Assembleia Geral realizada no mês de Dezembro de 2014 e as orientações emanadas da Caixa Central. Pese embora as dificuldades sentidas ao longo do ano devido à forte concorrência que nos foi imposta, principalmente na competição pela captação de recursos, a CCAM do Norte Alentejano consegui potenciar a sua captação de recursos, registando um aumento de € 5.163.805, cifrando-se o total dos recursos em € 69.500.870. A par da estratégia adoptada pela CCAM do Norte Alentejano, para atingir os valores de recursos de balanço foi necessário, por vezes, dada a agressividade da concorrência, sacrificar a margem financeira, havendo, no entanto, a preocupação constante de manter as taxas de remuneração dos depósitos abaixo da média do SICAM. Para isso contribuiu o esforço constante efectuado pelas áreas de negócio da Caixa na negociação e análise, uma a uma, das propostas que nos foram sendo apresentadas ao longo do ano. Apesar da tendência generalizada, dada a fraca recuperação da economia, e do comportamento pouco dinâmico da procura, o crédito a cliente cresceu ligeiramente, quando comparado com os valores do ano anterior, totalizando no final do ano € 44.398.732. O volume de negócios da Caixa (Recursos + Crédito concedido) atingiu € 113.899.602 à data de 31 de Dezembro de 2015, representando um aumento em termos absolutos de € 6.036.077, face a igual período do ano anterior justificado, em grande parte pelo aumento dos recursos captados.

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As comissões líquidas atingiram € 840.014, aumentando face ao ano anterior, representando 28,66 % do Produto Bancário, contra 27,58 % verificado no ano anterior.

Na área seguradora verificou-se uma subida no ramo “Não Vida” (CA Seguros), e um ligeiro crescimento no total de apólices em carteira do ramo “Vida” (CA Vida). Verificou-se ainda um decréscimo dos prémios relativamente ao ano anterior, uma vez que este havia sido um ano excepcional e com a existência de produtos específicos e sazonais.

Sendo a diminuição do crédito vencido de primordial importância para a actividade da Caixa, continuou o Gabinete de Riscos e Recuperação de Crédito, em colaboração com o apoio jurídico, a sua acção de acompanhamento aprofundado de todas as situações, tentando dentro do possível a sua resolução sem recurso à via judicial. Fruto deste esforço conjunto, foi possível reduzir significativamente o crédito vencido face a 2014, tendo-se registado um montante global de € 2.737.387 e uma diminuição de 23,30% face ao ano anterior, representado em 2015, 6,28 % do crédito total. Para cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa, foram criadas provisões ao longo do exercício em análise, tendo-se ajustado este valor em função da recuperação de crédito, apresentando um valor acumulado de € 2.917.862, menos € 245.671 face ao ano anterior. A melhoria da margem financeira, aliado ao crescimento dos rendimentos de serviços e comissões, tiveram um impacto positivo no produto bancário, contribuindo para o seu aumento em cerca de 1,59%, aumento este que aliado à diminuição das provisões foram decisivos para o crescimento dos resultados líquidos da Caixa no exercício findo. Pelo Relatório e Contas, assim como pelo anexo, poderão os senhores associados verificar a evolução da Caixa. Durante o exercício de 2015 finalizou-se o processo de construção das novas instalações da Agência de Castelo de Vide, a única que se encontrava, parcialmente, instalada ainda em propriedade alheia. Após a sua conclusão todas as agências encontram-se a funcionar em instalações próprias da Caixa. Mantivemos, tal como em anos anteriores, o apoio aos agricultores através do acesso às candidaturas e nas ajudas ao rendimento. Estes processos são realizados em estreita colaboração com a Confagri e Fenacam e colocam a Caixa em lugar de destaque na prestação deste tipo de serviços nos conselhos em que está inserida. Resta-nos agradecer aos restantes Órgãos Sociais e aos trabalhadores da Caixa a colaboração prestada e aos nossos associados e clientes a confiança em nós depositada.

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3.2 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

3.2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no

update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou

um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento

face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas

e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a

continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental

menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios

macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de

matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior

decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica

para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição

gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de

matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma

aceleração em 2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um

decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação

económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta

evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política

monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra

de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao

impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção

de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos

efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos

produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing

aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de

crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de

desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação

ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p.

face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da

moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma

económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os

elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias

periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por

parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um

programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil

milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE

considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação,

compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2%

no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de

refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro

aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações

principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada

ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima

da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa

de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade

permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito

permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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3.2.2 ECONOMIA NACIONAL

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior

dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte

um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4

Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7

Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das

exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande

medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este

dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais

parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As

exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do

crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em

particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com

o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das

perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada

com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do

verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante

esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada,

agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande

medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward

(Janeiro 2016)

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desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766

milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na

transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do

PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para

o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente

de um aumento da receita superior ao da despesa.

3.2.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário

Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do

Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de

2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi

recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o

plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por

investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif

revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este

por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da

actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um

regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de

gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco

Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável,

sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de

Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de

institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de

2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de

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resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a

Comissão Europeia.

3.2.3.1 EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE DEPÓSITOS

(DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro

2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo

período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos

depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado

nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

-3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

-14,7% -19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

3.2.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro

2011 – Dezembro 2015)

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro

de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no

crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

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Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

-2,8%

-5,9% -5,3%

-7,9%

-4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

-2,3%-4,9% -4,5%

-8,8%

-3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

-3,5%-7,2% -6,3%

-13,9%

-5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o

crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois

dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu,

Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que

explica mais de 60% da quebra registada no país.

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Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso

total %

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo

deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao

período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares.

Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%,

agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a

perder peso no agregado de crédito.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à

redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde

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e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e

armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%,

respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os

sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades

imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito

a empresas.

Actividade económicaVar. Dez.

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

3.2.4. MERCADOS FINANCEIROS

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na

actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia,

no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal,

o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação

do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por

fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo

de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

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23

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa

de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de

aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a

Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que

conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um

aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Reunião Fed

Abrandono negociações

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

jan

eir

o 1

5

fev

ere

iro

15

març

o 1

5

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

jane

iro 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

rço 1

5

ab

ril 1

5

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mbro

15

outu

bro

15

nov

em

bro

15

de

zem

bro

15

Mercados acionistasMercados acionistasMercados acionistasMercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

Black

MondayEscândalo

VW

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a

dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos

depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em

manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas

dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3

meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês,

com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash

ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para

colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em

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Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25

p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as

desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de

Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC

avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de

venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do

“yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas

medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia

do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as

commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as

suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos

Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em

particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a

taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento

do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI)

reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida

dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida

do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela

primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a

estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do

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mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de

subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de

juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os

requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de

“yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função

da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha,

criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação

desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso

de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores.

Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e

de 12% no ano.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

jan

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2

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2

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3

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4

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5

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15

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5

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sete

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5

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15

'00

0 b

arri

s/d

ia

Produção total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

40

50

60

70

80

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5

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bro

15

dez

em

bro

15

USD

Cotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis

de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de

Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o

Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e

a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

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Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD

face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR

perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016.

Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se

ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação

ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-

primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna

na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma,

comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como

avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos

Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa

de chegar a níveis de inflação de 2%.

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente

variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos

mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o

rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de

dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto

à situação política e económico-financeira do país em 2016.

3.2.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências

impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central

Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal

(BdP).

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No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria

de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco

associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na

adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v)

nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas

de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a

implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo

dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as

sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas

autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento

(e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e

regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o

Grupo Crédito Agrícola.

2 European Securities and Markets Authority

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3.3 CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

3.3.1 RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e

Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e

não auditados.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%

Balanço

2014 2015Variação

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Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015

veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em

2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê

um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de

alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do

crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido

em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5

milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do

crédito bruto em 3,5%.

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41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano

anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta

quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos

financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em

2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o

que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado

através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da

alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da

CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação

que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada

em termos consolidados nas contas do Grupo.

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Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões

de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta

essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a

empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada

pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito

(Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos

recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua

margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas

semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se

mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as

Caixas Associadas.

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32

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto

bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de

euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i)

da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e

(ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das

provisões e imparidades do exercício.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil

euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5

milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira

nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de

contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela

redução das amortizações em 7,2%.

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33

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e

imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução

de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito

vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015,

prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta

matéria.

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total

do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de

euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282

milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das

aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

Page 34: Relatório e Contas 2015 - Banco de Portugal...com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com

34

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir

8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o

crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que

inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do

reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital

próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015

face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de

68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do

montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a

Page 35: Relatório e Contas 2015 - Banco de Portugal...com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com

35

clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos

bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

3.3.2 Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores,

pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta

instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante

os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados

obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que

revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os

portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas

recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento

ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de

empresas, donde se destacam:

Page 36: Relatório e Contas 2015 - Banco de Portugal...com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com

36

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª

edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o

posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido

empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do

sector hortofrutícola;

• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano

anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada

pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das

Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da

economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano

consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de

Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões

vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL,

em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez

consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e

apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se

pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola

foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca,

seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado,

pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000

World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o

primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito

Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora

Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um

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estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa

D&B.

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

(CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de

Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que

representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a

evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que

registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014.

No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%,

passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência

de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da

quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola

subiu 3% em 2015.

A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma

evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5%

face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço

Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em

2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de

pagamento automático do Crédito Agrícola.

Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de

pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a

carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um

crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de

débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de

cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções

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com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor

(+6,3%).

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento

institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação

Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um

protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação

social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos

meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de

entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos

meios de comunicação.

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo

promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a

ganhar passagens áreas duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando

a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o

Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco

terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito

Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês

realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de

Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador,

denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre

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a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no

canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a

notoriedade da marca CA.

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica

de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no

Rali Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro

Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-

relógio, na categoria de cadetes;

• 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

• Entre outros eventos e atletas.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre

as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar

e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos

Santos Populares em Paris.

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3.4 ANÁLISE FINANCEIRA

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de

acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).

3.4.1 Quadro de indicadores

Variação %14/15 Rubricas 2013 2014 2015

Activo Líquido 72.323.325 72.816.959 81.359.282 11,73%

Crédito Vivo 40.169.681 39.785.580 41.473.742 4,24%

Crédito Vencido 3.170.118 3.569.713 2.737.387 -23,32%

Rendimentos a receber 312.445 297.489 321.496 8,07%

Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito

126.410 126.323 133.893 5,99%

Crédito sobre clientes (Valor Bruto) 43.525.834 43.526.460 44.398.732 2,00%

Provisão p/Crédito de cobrança duvidosa 212.231 302.352 608.040 101,10%

Provisão p/Crédito Vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822 -19,27%

Crédito total s/cientes (Valor Líquido) 40.648.870 40.362.927 41.480.870 2,77%

Provisão p/riscos gerais de crédito 380.135 394.440 409.836 3,90%

Recursos de O.I.C. 2.548.124 87.141 3.179.273 3548,42%

Recursos de clientes e outros empréstimos

61.972.719 64.337.065 69.500.870 8,03%

Capitais Próprios 6.653.913 6.944.500 7.412.136 6,73%

Fundos Próprios 6.296.437 6.959.859 6.767.725 -2,76%

Capital 5.043.370 5.441.875 5.683.210 4,43%

Resultado Líquido 538.089 281.267 607.358 115,94%

Cash-Flow Global 944.890 848.381 805.632 -5,04%

Margem Financeira 1.855.953 1.885.005 1.905.072 1,06%

Custos com Pessoal 1.149.012 1.251.722 1.261.009 0,74%

Gastos Gerais Administrativos 769.571 752.409 784.381 4,25%

Custos de funcionamento = Custos c/Pessoal + FST

1.918.583 2.004.131 2.045.390 2,06%

Amortizações 125.759 116.206 119.496 2,83%

Produto bancário 2.913.445 2.885.050 2.930.818 1,59%

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3.4.2 Estrutura patrimonial

Em 31.12.2015, o Activo Líquido da Caixa era de € 81.359.282, apresentando um acréscimo relativamente ao ano anterior de € 8.542.321. As aplicações na Caixa Central totalizavam € 28.016.181. O Crédito a clientes apresentava o saldo de € 44.398.732, os recursos alheios apresentavam um saldo de € 69.500.870 e os capitais próprios, já incorporados dos resultados do exercício (€ 607.358), totalizavam € 7.412.136.

Estrutura Patrimonial 2013 2014 2015

Aplicações 25.141.110 24.609.543 28.016.181

Crédito concedido 43.525.834 43.526.460 44.398.732

Recursos de clientes e outros empréstimos 61.972.719 64.337.065 69.500.870

Capitais próprios 6.653.913 6.944.500 7.412.136

3.4.3 Aplicações em Instituições de Crédito

Os excedentes destinam-se a garantir a liquidez da Caixa e são depositados,

exclusivamente, na Caixa Central por imperativo legal. O montante do depósito na

Caixa Central era, em 31 de Dezembro de 2015, de € 28.016.181.

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3.4.4 Crédito Concedido

O total do crédito concedido, em 31 de Dezembro de 2015, incluindo juros de crédito e

receitas com rendimentos diferidos associados ao crédito, era de € 44.398.732, valor

superior (+ € 872.272) a igual período do ano anterior, cuja evolução, no último triénio,

é representada no quadro e gráfico seguintes:

2013 2014 2015

Crédito a Empresas e SPA 15.821.354 15.955.189 16.240.189

Crédito a particulares 24.348.327 23.830.392 25.233.553

Total do Crédito Vivo 40.169.681 39.785.581 41.473.742

Total do Crédito vencido 3.170.118 3.569.713 2.737.387

Juros de Crédito 312.445 297.489 321.496

Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito -126.410 -126.323 -133.893

TOTAL DO CRÉDITO + JUROS 43.525.834 43.526.460 44.398.732

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3.4.5 Crédito Vencido

Em 31 de Dezembro de 2015 o crédito vencido totalizava € 2.737.387, registando-se

uma descida de 23,32% relativamente a 2014 e 13,65 % relativamente a 2013,

totalizando € 379.320 a < 3 meses e € 2.358.067 a > 3 meses. O crédito vencido

encontra-se coberto por provisões em 84,38% do seu montante.

O quadro e o gráfico que se seguem espelham a evolução do crédito vencido nos

últimos três anos.

2013 2014 2015

Crédito vencido < 3 meses 164.276 230.194 379.320

Crédito vencido > 3 meses 3.005.842 3.339.519 2.358.067

Crédito vencido Total 3.170.118 3.569.713 2.737.387

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3.4.6 Movimento de Provisões

Fruto das preocupações que vêm sido sentidas com a evolução do crédito vencido,

tem a Caixa vindo a prestar especial atenção ao seu provisionamento o qual como

atrás se disse, atinge em 31 de Dezembro de 2015 o valor de € 2.917.862,

representando um grau de cobertura de 84,38%.

2013 2014 2015

Provisões para crédito vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822

Provisões para crédito de cobrança duvidosa 212.232 302.352 608.040

Total das provisões acumuladas sobre crédito de clientes 2.876.964 3.163.533 2.917.862

3.4.7 Activos Não Correntes Detidos para Venda

Decorrente das dificuldades sentidas no retorno do crédito concedido, adquiriu a Caixa

alguns imóveis por reembolso de crédito vencido, tendo, por isso, esta rubrica sofrido

um aumento de € 624.732, totalizando em 31 de Dezembro € 1.235.130.

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3.4.8 Activos Tangíveis e Intangíveis (Imobilizado)

Nesta rubrica não se observaram variações significativas face a anos anteriores,

pese embora o facto de terem sido aplicadas as tabelas legais de amortização, por

força, não só, da aquisição de novos equipamentos, mas, principalmente pelos

encargos que tem vindo a ser suportados pela obra de construção das novas

instalações da Agência de Castelo de Vide, cuja conclusão ocorreu durante o ano

de 2015.

2013 2014 2015

Activos tangíveis 1.799.506 2.062.084 2.040.142

Activos intangíveis 0 0 0

Total 1.799.506 2.062.084 2.040.142

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3.4.9 Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

O aumento de € 29.060 verificado nesta rubrica deveu-se exclusivamente ao aumento

de participação da Caixa no capital da Caixa Central. Os restantes investimentos em

empresas associadas não sofreu qualquer alteração durante o exercício de 2015.

2013 2014 2015

Caixa Central 616.960 665.390 694.450

Fenacam 175 175 175

CA Informática 16.317 16.317 16.317

CA Seguros 58 58 58

Total 633.510 681.940 711.000

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3.4.10 Outros activos

2013 2014 2015

Outros activos 250.894 262.665 244.045

Despesas com encargos diferidos 84.092 87.387 34.132

Valores a regularizar 437.622 451.931 601.029

Imparidades – Outros activos

Total 772.608 801.984 879.206

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3.4.11 Recursos de Clientes

No ano de 2015, como já se referiu atrás, verificou-se um aumento significativo dos

recursos de clientes conforme espelhado no quadro seguinte.

2013 2014 2015

Depósitos à ordem 21.563.733 22.673.961 24.938.847

Depósitos a Prazo e Poupanças 40.095.293 41.375.134 41.390.429

Outros Recursos 3.928 3.928 3.040.212

Total de Depósitos 61.662.954 64.053.023 69.369.488

Juros de Depósitos 309.765 284.041 131.382

Total de Depósitos + Juros 61.972.719 64.337.065 69.500.870

3.4.12 Crédito / Recursos por Agência

O quadro e o gráfico seguintes mostram-nos a distribuição do crédito (Vivo e vencido)

por Agência, em €.

Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa TOTAL

Crédito concedido vivo

1.626.252 6.563.609 3.726.074 20.296.647 2.808.317 3.251.318 1.302.555 1.898.970 41.473.742

Crédito vencido 99.252 319.191 700.439 1.030.967 71.746 302.966 77.940 134.885 2.737.386

Total 1.725.504 6.882.800 4.426.513 21.327.614 2.880.063 3.554.284 1.380.495 2.033.855 44.211.128

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3.4.13 Rácios de crédito vencido bruto e líquido por Agência

Cabeço de Vide

Castelo de Vide

Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa

Rácio de crédito vencido bruto 5,75% 4,64% 15,82% 4,83% 2,49% 8,52% 5,65% 6,63%

Rácio de crédito vencido líquido

1,29% 0,71% 4,65% 0,68% 0,95% 0,75% 0,64% 0,12%

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3.4.14 Depósitos por Agência

O quadro seguinte mostra-nos a prestação das Agências na captação de recursos em

31.12.2015.

Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa

Depósitos 4.106.861 16.591.137 4.183.147 11.724.221 9.160.642 3.410.658 11.387.836 8.804.987

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3.4.15 Evolução de Crédito / Recursos por Agência

2013 2014 2015

Depósitos Crédito Depósitos Crédito Depósitos Crédito

Cabeço de Vide 4.116.224 1.687.713 3.781.163 1.722.175 4.106.861 1.725.504

Castelo de Vide 15.830.185 6.353.019 16.589.631 6.675.769 16.591.137 6.882.800

Crato 3.677.689 4.333.738 4.184.401 4.289.632 4.183.147 4.426.513

Fronteira 7.861.271 20.301.711 8.357.452 20.276.975 11.724.221 21.327.614

Gáfete 9.245.037 2.834.323 8.981.937 2.818.316 9.160.642 2.880.063

Gavião 3.089.220 3.684.282 3.175.428 3.707.187 3.410.658 3.554.284

Marvão 10.399.065 1.438.091 10.964.727 1.305.520 11.387.836 1.380.495

Nisa 7.444.263 2.706.916 8.018.286 2.559.720 8.804.987 2.033.855

3.4.16 Capitais Próprios

2013 2014 2015

Capital Social 5.043.370 5.441.875 5.683.210

Reservas de reavaliação -25.356 -25.356 -107.912

Reservas e Resultados Transitados 1.097.818 1.246.714 1.229.480

Resultado Líquido do Exercício 538.089 281.267 607.358

Total 6.653.913 6.944.500 7.412.136

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3.4.17 Rendibilidade

Rendibilidade 2013 2014 2015

Rendibilidade dos Capitais Próprios

Cash Flow Global/Capitais Próprios Resultado Líquido/Capitais Próprios

14,20% 8,09%

12,22% 4,05%

10,87% 8,19%

Rendibilidade do Activo Total

Cash Flow Global/Activo Total Líquido Resultado Líquido/Activo Total Líquido

1,31% 0,74%

1,17% 0,39%

0,99% 0,76%

3.4.18 Resultado Líquidos

2013 2014 2015

Valores 538.089 281.267 607.358

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3.4.19 Margem Financeira

2013 2014 2015

Valores 1.855.953 1.885.005 1.905.072

3.4.20 Produto Bancário

2013 2014 2015

Produto bancário 2.913.445 2.885.050 2.930.818

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3.4.21 Custos de Funcionamento

2013 2014 2015

Custos com Pessoal 1.149.012 1.251.722 1.261.009

Gastos Gerais Administrativos 769.571 752.409 784.381

Total 1.918.583 2.004.131 2.045.390

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3.4.22 Provisões / Imparidades

2013 2014 2015

Para Crédito de cobrança duvidosa 212.232 302.352 608.040

Para Crédito vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822

Para Riscos Gerais de Crédito 380.135 394.440 409.836

Total 3.257.099 3.557.973 3.327.698

3.4.23 Actividade Seguradora

Ramos Reais Produto 2013 2014 2015 Δ % 14/15

Prémio Prémio Prémio Prémios

Acidentes Pessoais 30.520 33.011 33.685 2,04%

Acidentes de Trabalho 159.888 144.768 151.544 4,68%

Automóvel 271.182 261.488 259.338 -0,82%

Máquinas Agrícolas 16.772 16.594 16.293 -1,81%

Habitação 47.719 47.390 49.508 4,47%

Comércio e Serviços 36.710 37.141 37.004 -0,37%

Riscos Industriais 3.625 3.694 4.225 14,38%

Construção 0 0 104,65

Responsabilidade Civil 39.917 42.831 44.933 4,91%

Outros 17.947 17.582 21.561 22,63%

ENREN 986 1.035 1.109 7,13%

CCARD 35.572 36.766 42.961 16,85%

CA SAÚDE 41.870 44.429 48.949 10,17%

Total 702.708 686.728 711.215 3,57%

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Ramo Vida

2013 2014 2015 Variação %

Nº de apólices

em carteira

Nº de apólices em carteira

Nº de apólices

em carteira

Nº de apólices

em carteira

Produto Prémios Prémios Prémios Prémios

Protecção família 109 27.998 107 28.508 117 26.813 9,35% -5,95%

CA Vida Plena 12 1.254 34 1.665 36 4.187 5,88% 151,45%

CA Mulher 39 4.798 35 5.095 37 4.460 5,71% -12,46%

Protecção Crédito habitação 242 80.671 240 80.738 253 83.082 5,42% 2,90%

Protecção crédito pessoal 208 34.849 186 31.240 217 32.877 16,67% 5,24%

Protecção empresa viva 0 0 0 0 0 0

Ca Pessoa Chave 1 1.143 0 1.539 3 526 -65,81%

Protecção P. Investimento 412 740.037 359 182.369 342 44.063 -4,74% -75,84%

CA Poupança Activa 322 211.017 397 458.997 428 795.631 7,81% 73,34%

CA Verão Renda Certa 237 3.152.947 273 759.939 266 0 -2,56% -100,00%

Protecção Poupança Educação 31 4.575 26 4.132 21 4.249 -19,23% 2,84%

Protecção Poupança Reforma 631 549.499 621 442.994 606 606.064 -2,42% 36,81%

Fundos de Pensões 57 29.320 67 27.130 76 28.925 13,43% 6,62%

Total 2.301 4.838.108 2345 2.024.346 2402 1.630.876 2,43% -19,44%

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3.4.24 Movimento Associativo

Movimento de sócios durante o ano 2013 2014 2015

Sócios existentes no inicio do ano 3.628 3.622 3.628

Sócios admitidos durante o ano 35 47 73

Pedidos de demissão 41 41 35

Sócios existentes do fim do ano 3.622 3.628 3.666

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Deixando à consideração de V. Exas. as contas pelas quais, através dos mapas e

quadros que se juntam, das comparações com exercícios anteriores e ainda pelas

respectivas considerações, poderão analisar a evolução da Caixa no exercício de 2015,

propomos:

a) A aprovação do Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício de 2015;

b) Que o Resultado do Exercício, no montante de € 607.357,59 (seiscentos e sete

mil, trezentos e cinquenta e sete euros e cinquenta e nove cêntimos) seja

transferido:

a. Para Resultados Transitados € 79.111,00 (setenta e nove mil, cento e

onze euros)

b. Para Reserva Legal € 105.649,32 (cento e cinco mil, seiscentos e

quarenta e nove euros e trinta e dois cêntimos);

c. Para Reserva para Edução e Formação Cooperativa € 5.282,47 (cinco

mil, duzentos e oitenta e dois euros e quarenta e sete cêntimos);

d. Para Reserva para Mutualismo € 5.282,47 (cinco mil, duzentos e oitenta

e dois euros e quarenta e sete cêntimos);

e. Para Reserva Especial € 412.032,34 (quatrocentos e doze mil, trinta e

dois euros e trinta e quatro cêntimos).

c) Que da Reserva Especial sejam transferidos para Capital Social € 412.030

(quatrocentos e doze mil e trinta euros).

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano CRL., 02 de Março de 2016.

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Demonstrações Financeiras

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5.1 Balanço em 31 de Dezembro de 2015

ACTIVO

Notas

Activo Bruto

2015 Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

2014

Activo Líquido

PASSIVO E CAPITAL

Notas

2015

2014

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos Financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos

3 4

5 6 7

8

9 10

11 12 12 13

763.767,07

5.612.965,14

27.952,01 28.016.181,39 44.398.732,22

1.290.402,49

3.789.792,99 673,50

711.001,00

10.760,42 581.306,45 879.205,91

2.917.862,17

55.271,89

1.749.651,39 673,50

763.767,07

5.612.965,14

27.952,01 28.016.181,39 41.480.870,05

1.235.130,60

2.040.141,60

711.001,00 10.760,42

581.306,45 879.205,91

776.559,12

2.225.534,49

390,54 24.609.543,16 40.362.926,79

610.397.96

2.062.083,56

681.941,00

685.599,58 801.983,78

Recursos em Bancos Centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital Outros passivos subordinados Outros passivos

14 15

16

17

3.179.273,36 69.500.870,27

409.835,64

857.166,40

87.140,91 64.337.064,65

394.440,21

1.053.813,83

Total do Passivo 73.947.145,67 65.872.459,60

Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Dividendos antecipados

18

19 19

5.683.210,00

(107.912,00) 1.229.480,38

607.357,59

5.441.875,00

(25.356,00) 1.246.714,32

281.267,06

Total do Activo

86.082.740,59

4.723.458,95

81.359.281,64

72.816.959,98

Total do Capital Total do Passivo e do Capital

7.412.135,97 81.359.281,64

6.944.500,38 72.816.959,98

O responsável pela Contabilidade

Filipe Gonçalves (TOC nº. 85124)

O Conselho de Administração Dr. João José de Castro Mendes de Almeida

João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço

Joaquim António Brito Martins Vítor Manuel Pereira Guimarães

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5.2 Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2015

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de DEZEMBRO de 2015 E 2014 (PRÓ FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2015 2014

(Pró forma)

Juros e rendimentos similares 20 2.404.635,65 2.608.947,63

Juros e encargos similares 21 499.563,48 723.943,06

Margem financeira 1.905.072,17 1.885.004,57

Rendimentos de instrumentos de capital 22 2,63 2,25

Rendimentos de serviços e comissões 23 916.184,61 867.588,07

Encargos com serviços e comissões 24 76.170,76 71.934,13

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial 25 330,08 742,59

Resultados de alienação de outros activos 26 375,32 (2.270,34)

Outros resultados de exploração 27 185.023,63 205.916,79

Produto bancário 2.930.817,68 2.885.049,80

Custos com pessoal 28 1.261.009,19 1.251.721,97

Gastos gerais administrativos 29 784.381,11 752.408,89

Amortizações do exercício 9 – 10 119.496,13 116.205,60

Provisões líquidas de reposições e anulações 16 15.395,43 14.395,43

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (229.986,58) 289.472,73

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 16 32.119,34 17.527,34

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 16 117.858,50

Resultado antes de impostos 830.544,56 443.407,82

Impostos

correntes 12 143.391,84 129.603,23

diferidos 12 79.795,13 32.537,53

Resultado líquido do exercício 607.357,59 281.267,06

O responsável pela Contabilidade

Filipe Gonçalves (TOC nº. 85124)

O Conselho de Administração

Dr. João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva

Miguel dos Prazeres Cabaço Joaquim António Brito Martins

Vítor Manuel Pereira Guimarães

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5.3 Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2015

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (PRÓ FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

2015 2014

(Pró forma)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 3.320.820 3.473.536

Pagamentos de juros e comissões (575.734) (795.877)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.039.544) (2.004.131)

Contribuições para o fundo de pensões (5.846)

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (223.187) (162.141)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 185.354 206.659

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 661.862 721.046

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação

Activos disponíveis para venda 59.681 17.918

Créditos a clientes 3.406.638 (531.567)

Derivados de cobertura 887.957 3.529

Activos não correntes detidos para venda 742.216 96.562

Outros activos (16.311) (3.162)

5.080.181 (416.721)

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outas instituições de crédito 3.092.132 (2.460.983)

Recursos de clientes e outros empréstimos 5.163.806 2.364.345

Derivados de cobertura

Passivos não correntes detidos para venda

Outros passivos (196.647) 285.379

8.059.291 188.742

Impostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 3.640.972 1.326.508

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Alienação de activos disponíveis para venda

Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda

Aquisições de activos tangíveis e intangíveis

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 29.060 48.430

Vendas de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (3) (2)

Variação de activos tangíveis e intangíveis 97.554 381.053

Caixa líquida das actividades de investimento 126.612 429.481 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento de capital 241.335 398.505 Dividendos pagos

Variação de passivos subordinados

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros

Remuneração paga relativa a passivos subordinados Reservas (381.057) (389.185)

Caixa líquida das actividades de financiamento (139.722) 9.320

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 3.374.639 906.347

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.002.094 2.095.746

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 6.376.732 3.002.094

O responsável pela Contabilidade Filipe Gonçalves (TOC nº. 85124)

O Conselho de Administração Dr. João José de Castro Mendes de Almeida

João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço

Joaquim António Brito Martins

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64

Vítor Manuel Pereira Guimarães

5.4 Demonstração de alteração de capital próprio em 31 de Dezembro de 2015

Outras Reservas e

resultados transitados

Reservas de Outras Resultados Resultado

do

Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 5.043.370 (25.256) 1.162.526 (64.716) 1.097.810 538.089 6.653.913 Amortização anual do impacto de transição das pensõea

Transferência para resultados transitados 30.526 30.526 (538.089) (507.563)

Constituição de reservas 389.185 118.378 118.379 507.563

Distribuição de dividendos

(…) (34.190) 34.190

Aumento de capital 56.675 56.675

Reembolso de capital (47.355) (47.355)

Alterações de justo valor líquidas de imposto

Resultado liquido do exercício de 2014 281.267 281.267

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 5.441.875 (25.256) 1.246.714 1.246.714 281.267 6.944.500

Amortização anual do impacto de transição das pensões

Aplicação do resultado do exercício de 2014:

Transferência para resultados transitados

Constituição de reservas 281.267 281.267 (281.267)

Distribuição de dividendos

(…) (82.556) (79.111) (79.111) (161.667)

Aumento de capital 257.885 (219.390) (219.390) 38.495

Reembolso de capital (16.550) (16.550)

Alterações de justo valor líquidas de imposto

Resultado liquido do exercício de 2015 607.358 607.358

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.683.210 (107.912) 1.308.591 (79.111) 1.229.480 607.359 7.412.136

O responsável pela Contabilidade

Filipe Gonçalves (TOC nº. 85124)

O Conselho de Administração

Dr. João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva

Miguel dos Prazeres Cabaço Joaquim António Brito Martins

Vítor Manuel Pereira Guimarães

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5.5 Notas anexas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2015 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Norte Alentejano, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM NA é uma instituição de crédito constituída em 19 de Setembro de 1997 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua da Lagoa n.º 14, em Fronteira e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Fronteira, Crato, Nisa, Marvão e Gavião.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato

Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores

(Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam

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fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à

contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior

regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de

aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo

IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de

reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período

para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de

Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011e 2013.

Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso 7/2008, de 14

de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2014, estão

pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é

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convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos

para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira

registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à

vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

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d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho

(com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros

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vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo

relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em

que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a

cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou

superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para

efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo

com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se

a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens

genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

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- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50%

dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de

acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de

capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados, investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo

valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade),

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momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados

quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos

financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos

financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe

evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.

Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de

imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição

significativa ou prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

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.

ii) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de

instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi

criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

iv) Imparidade em activos financeiros

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A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de

activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade

numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no

montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência

objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência

de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição

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(incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

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i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 15).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i)

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a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante

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este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição por um período adicional de 3 anos.

k) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

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• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

k) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

Diferimento de comissões (IAS 18)

De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações.

3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 5.406.577 1.996.029,73Cheques a cobrar 206.388 229.503,94Outras disponibilidades

5.612.965 2.225.534

5. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Activos financeiros disponíveis para venda:Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida 27.022,50 Instrumentos de capital 930 391 *

27.952 391

Durante o exercício de 2015 foram subscritos 27.000 eur de Obrigações CA Vida, valor

este que está incluído na rúbrica “instrumentos de dívida”. 6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-201431-12-2015

761.391 771.4532.376 5.106

763.767 776.559

Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal

Disponibilidade sobre bancos centrais no estrangeiroDepósitos à ordemCheques a cobrarOutras disponibilidadesJuros a receber

763.767 776.559

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31-12-2015 31-12-2014

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancárioAplicações a muito curto prazoDepósitos 28.016.181 24.609.543EmpréstimosOperações de compra de acordo com revendaAplicações subordinadasOutras aplicações #

28.016.181 24.609.543

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

7. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Até três mesesEntre três meses e um ano 28.000.000 24.500.000Entre um ano e três anosEntre três e cinco anosMais de cinco anos

28.000.000 24.500.000Juros a receber 16.181 109.543

28.016.181 24.609.543

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Empresas e Admnistração Pública

Contas C. Caucionadas 1.089.000 1.365.500Descobertos 150.040 12.108Outros empréstimos 15.001.149 14.577.581

16.240.189 15.955.189Particulares

Contas C. Caucionadas 771.500 631.625Descobertos 30.024 49.422Consumo 4.267.972 4.146.518Habitação 8.754.713 8.833.844Outros empréstimos 11.409.345 10.168.983

25.233.553 23.830.392

Total crédito vivo 41.473.742 39.785.581

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VENCIDO Crédito vencido 2.545.450 3.421.407 Juros vencidos 191.937 148.306Total crédito e juros vencidos 2.737.387 3.569.713

Total carteira de crédito 44.211.129 - 43.355.294

PROVISÕES Para crédito e juros vencidos (2.309.822) (2.861.181) Para crédito de cobrança duvidosa (608.040) (302.352)Total provisões (2.917.862) (3.163.533)

Total carteira crédito - Total provisões 41.293.267 40.191.761

RENDIMENTOS A RECEBERJuros de crédito a clientes 321.496 297.489

RECEITAS COM RENDIMENTO DIFERIDOAssociadas a operações de crédito (133.893) (126.323)

41.480.870 40.362.927

8. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

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31-12-2015 31-12-2014

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.218.140 663.985Equipamento 72.263 -Outros -

1.290.402 663.985

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais -Associadas -Outros activos não correntes detidos para venda -

-

1.290.402 663.985Imparidade:

Imóveis (55.272) (53.587)EquipamentoOutros -

1.235.131 610.398

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2014 31-12-2015

Valor Utilização

de Dotações

de Reposições

de Valor Valor

Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido

detidos para venda

Imóveis 663.984 53.586 721.718 167.563 1.625 3.310 - 1.218.139 55.272 1.162.867

Equipamento - - 72.263 - - - - 72.263 - 72.263

Outros - - - - - - - -

663.984 53.586 793.891 167.563 1.625 3.310 1.290.402 1.235.130

31-12-2013 31-12-2014

Valor Utilização

de Dotações

de Reposições

de Valor Valor

Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido

detidos para venda

Imóveis 567.423 53.586 96.562 - - - - 663.984 53.586 610.398

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

567.423 53.586 96.562 - - - - 663.984 53.586 610.398

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9. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - 140.733Edificios 1.922.734 (617.967) - 417.231 - (61.425) - - - 1.660.572Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.072.811 (627.311) - 417.231 - (61.425) - - - 1.801.305

Equipamento: Mobiliário e material 241.073 (228.842) - 7.365 - (6.147) - - - 13.449 Máquinas e ferramentas 137.072 (87.571) - 2.718 - (11.454) - - - 40.765 Equipamento informático 135.652 (123.430) - - (6.351) - - - 5.870 Instalações interiores 87.432 (53.496) - 1.158 - (6.218) - - - 28.876 Material de transporte 120.388 (78.952) - - (2.549) - - - 38.887 Equipamento de segurança 313.391 (256.573) - 18.299 - (14.295) - - - 60.822 Outro equipamento 239.905 (215.536) - 36.855 - (11.057) - - - 50.167

1.274.913 (1.044.401) - 66.395 - (58.071) - - - 238.836

Equipamento em locação financeira:

Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 386.072 - - 12.257 - - - (398.329) - -

3.745.803 (1.683.721) - 495.883 - (119.496) - (398.329) - 2.040.141

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 1.922.734 (562.127) - - (55.840) - - - 1.304.767Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.072.811 (571.471) - - - (55.840) - - - 1.445.500

Equipamento: Mobiliário e material 240.692 (221.060) - 381 - (7.782) - - - 12.231 Máquinas e ferramentas 126.625 (100.357) - 25.885 20.089 (7.303) - - (15.437) 49.501 Equipamento informático 179.859 (161.397) - 3.328 47.536 (9.569) - - (47.535) 12.222 Instalações interiores 77.432 (47.545) - 10.000 - (5.951) - - 33.936 Material de transporte 120.388 (71.604) - - (7.348) - 41.436 Equipamento de segurança 308.914 (241.928) - 4.477 - (14.645) - 56.818 Outro equipamento 215.846 (207.890) - 24.179 120 (7.766) - (120) 24.369

1.269.756 (1.051.781) - 68.249 67.745 (60.365) - - (63.093) 230.512

Equipamento em locação financeira:Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -

Equipamento - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - -

12.008 (12.008) - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 80.189 - - 305.883 - - - - 386.072

3.434.764 (1.635.260) - 374.132 67.745 (116.206) - - (63.093) 2.062.083

31-12-2014

31-12-2013

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10. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

674 674 - - - - - - - -

31-12-2014Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

674 674 - - - - - - - -

31-12-2014

31-12-2013

11. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014

Caixa Central Lisboa 0,2293% 694.450 665.390Fenacam Lisboa 175 175CA Informática Lisboa 0,2422% 16.317,30 16.317,30CA Seguros Lisboa 59 59

711.001 681.941

Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Liquido Situação Liquida Resultado Liquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464

CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 -186

CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282

CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298

CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900

Fenacam 7.269.121 4.917.483 -346.093

a) todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de Auditoria e certificação de contas

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12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 eram os seguintes:

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

2015 2014A ctivo s po r im po sto s diferido s

P o r diferenças tem po rárias 581.306 685.600P o r pre juízo s f isca is repo rtáve is

581.306 685.600P assivo s po r im po sto s d ife rido s

P o r diferenças tem po rárias581.306 685.600

A ctivo s po r im po sto s co rrentesP agam ento s po r co ntaO utro sIm po sto so bre o rend im ento a recuperar 10.760

10.760 -P assivo s po r im po sto s co rrentes

Im po sto so bre o rend im ento a pagar 129.60310.760 129.603

Saldo Variação Variação Saldo em Adopção da REG em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Transitados Reservas 31-12-2015

. Activos tangíveis e imparidade - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. P rémio de antiguidade - - 32.112 - - 32.112

. Encargos com saúde - - 6.438 - - 6.438

. Provisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 44.543 - 43.881 - - 88.424Provisões para crédito vencido 575.540 - (154.069) - - 421.471Provisões para riscos gerais de crédito 65.517 - (37.041) - - 28.476Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para imóveis - - - - - -Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. PensõesReformas antecipadas - - 4.385 - - 4.385Desvios actuariais - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. P rejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -(…) -

685.600 - (104.294) - - 581.306

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Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2015 2014

Impostos correntes 143.392 129.603

Impostos diferidos 79.795 32.538Registo e reversão de diferenças temporáriasPrejuízos fiscais reportáveis - -

79.795 32.538

Total de impostos reconhecidos em resultados 223.187 162.141

Lucro antes de impostos 830.545 443.408

Carga fiscal 26,87% 36,57%

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 830.545 443.408

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 174.414 23,00% 101.984

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 21,00% 1.122.044 23,00% 1.182.167Diferimento de comissões 21,00% 23,00%Activos não correntes detidos para venda 21,00% - 23,00% -Activos tangíveis e intangíveis 21,00% 23,00%(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 21,00% - 23,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 21,00% - 23,00% -Variações patrimoniais negativas 21,00% (132.683) 23,00%Outras diferenças permanentes 21,00% 62.243 23,00% 22.880Tributações autónomas 0,42% 3.478 1,53% 6.771(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 398.729 385.916

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 21,00% 1.248.441 23,00% 981.742

Custo com imposto do exercício 16,44% 136.556 36,11% 160.115

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores

Impostos correntes sobre os lucros 136.556 160.115

2015 2014

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13. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros activosOutros metais preciosos 5.083 5.083Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -(…) - -

Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber - -Outros devedores diversos 238.963 257.583(…)

244.045 262.665Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 23.338 77.205Seguros 2.945 2.331SAMS - -Outras 7.849 7.851

34.132 87.387

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -IAS 19 - -ATM'S (nº total ATM'S 13) 545.300 351.130Outras 55.729 100.801

601.029 451.931

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos -(…) - -

- -

879.206 801.984 14. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rúbrica diz respeito exclusivamente ao Programa de operações de

refinanciamento direccionadas (TLTRO) definido pelo BCE em 5 de Junho de 2014, com

objectivo expresso de incentivar o crédito à economia mediante a garantia de

financiamento.

A CCAM do Norte Alentejano tem acesso a esta linha de financiamento por intermédio

de operações com CCCAM, através dos quais são efectuadas transferências de fundos

de acordo com o crédito concedido pela CCAM.

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15. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

16. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos À ordem 24.938.847 22.673.961A prazo 26.883.623 27.730.377De poupança 14.506.806 13.644.757

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagarOutros 3.040.212 3.928

Juros a pagar 131.382 284.041

69.500.870 64.337.065

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 302.352 1.087.156 781.468 608.040- Crédito e juros vencidos 2.861.182 774.428 1.277.984 47.804 2.309.822- Risco-país -

3.163.533 1.861.585 2.059.452 47.804 - 2.917.862Provisões: - Riscos gerais de crédito 394.440 61.174 45.779 409.836 - Outros riscos e encargos - - Riscos bancários gerais -

394.440 61.174 45.779 - - 409.836Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 53.587 3.310 1.625 55.272Outros activos tangíveis -Outros activos -

53.587 3.310 - 1.625 - 55.272

3.611.561 1.926.069 2.105.231 49.429 - 3.382.970

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 212.232 1.058.130 947.655 20.355 302.352- Crédito e juros vencidos 2.664.733 1.025.360 828.835 77 2.861.182- Risco-país -

2.876.965 2.083.490 1.776.490 20.432 - 3.163.533Provisões: - Riscos gerais de crédito 380.134 75.064 60.759 1 394.440 - Outros riscos e encargos -

- Riscos bancários gerais -380.134 75.064 60.759 - 1 394.440

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 53.587 53.587Outros activos tangíveis -Outros activos -

53.587 - - - - 53.587

3.310.686 2.158.554 1.837.249 20.432 1 3.611.561

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No âmbito do processo de recuperação de crédito do cliente NISACOOP – Cooperativa Agro-Pecuária de Nisa, CRL, verificou-se a existência de um valor global de 116.173,58 eur a favor dos trabalhadores desta entidade, sendo este montante graduado como privilegiado. Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano procedeu ao pagamento deste montante aos trabalhadores, a título de indemnizações, para posteriormente proceder à recuperação dos créditos vencidos. Contabilisticamente, este valor foi considerado na rúbrica “Perdas por Imparidade – Outros activos”.

17. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Credores e outros recursosCredores por operações sobre futurosSector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 50.028 58.772Contribuições para a Segurança Social 22.999 21.913Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.793

Cobranças por conta de terceiros 1.493 1.515Contribuições para outros sistemas de saúde 5.038 4.728Credores diversos:Empresas do Grupo 18.719 65.380Outras Empresas 71.793 163.297

Contribuições a entregar – Fundo de PensõesOutros credores 9.627 1.435

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparadosComissões por operações sobre instrumentos financeirosPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 135.043 139.678Prémio de antiguidade 132.211 133.238Subsídio de morteRemunerações variáveisOutros Gastos c/pessoal SAMS

Por gastos gerais administrativosOutros Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 2.529 3.528Outras operações associadas a Operações Crédito 8.604 8.749Emissão e anuidades de cartões 24.299 19.914Com abertura tx efectiva 101.865 97.659 Valores a regularizarPosição cambialOperações sobre valores mobiliários a regularizarOutras operações a regularizar (Compensação/MEP) 271.124 231.276

857.166 951.083

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18. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

Nº de Nº de Nº Nº deT´s Capital Accionistas T´s Capital Accionistas

1.172.632 3.206 1.088.347 3.169

1.172.632 3.206 1.088.347 3.169

20142015

NOTA: Não existem entidades com participação superior a 0,1% Em 2014, no nº de títulos de capital estão incluídos 908.841 por incorporação de

reservas. Em 2015 o nº de títulos por incorporação de reservas passou a 952.719. Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República

– I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

19. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Reserva legal 1.191.535 1.135.282Outras reservas 117.056 111.433Resevas Reavaliação (79.111) (25.356)Resultados transitados 607.538 - 1.837.018 1.221.358Lucro do exercício 281.267 1.837.018 1.502.625

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou

para aumentar o capital.

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20. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 527.870 547.923

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 5.277 14.979

Empréstimos 677.953 715.414

Créditos em conta corrente 101.909 122.970

Descobertos em depósitos à ordem 32.693 26.070

Particulares

Habitação 93.821 117.613

Operações de locação financeira

Outros créditos

Consumo 247.070 256.298

Operações de locação financeira

Outros créditos

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 153 237

Empréstimos 557.251 562.635

Créditos em conta corrente 62.258 65.790

Descobertos em depósitos à ordem 15.118 15.190

Juros de crédito vencido 63.256

145.817

Outros créditos 20.007 18.011

2.404.636 2.608.947

21. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 4.995 2.075no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 494.568 721.868Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinadosOutras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares

499.563 723.943

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23. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Por garantias prestadas

Garantias e avales 23.438 22.445Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - * - *

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 34.604 35.476Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.774 * 1.774 *

Compromissos revogáveis - -

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 480 1.083Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão 6Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 7.942 15.570Gestão de cartões 111 426Anuidades 43.551 41.858Montagem de operações - -Operações de crédito

Por operações de factoring - -Outras operações de crédito-abertura 41.403 39.293 *Outras operações de crédito-processamento 52.202 48.038Outras operações de crédito 82.065 59.290

Outros serviços prestados 550 * 994Comissões INTER operações Crédito 36.138 32.636Comissões - Cartões 125.528 124.019

Comissões recebidas(Manutenção) 88.742 89.052 * Comissões recebidas(Cheques) 51.762 56.572Mora ou contencioso 65.484 75.614Com.Comercialização CA Seguros/CA Vida 240.619 205.254OIC'S A clientes

Outras 19.790 18.187916.185 - 867.588

24. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

25. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Operações cambiais à vista 330 743Operações cambiais a prazo - -

31-12-2015 31-12-2014

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 578 1.537Operações de crédito - -Cobrança de valores 180 461Transferencia de valores 20.619 17.966OutrosCom.Interbancarias - cartões 54.628 51.811Outros - Caixa Central 166 130

Por operações realizadas por terceirosOutras comissões pagas 30

76.171 71.934

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26. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Este valor resulta da alienação de activos não correntes detidos para venda. 27. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-20154

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) -

Outros activos não financeiros -- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 13.922 2.097Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 69.740 113.419Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 185.644 179.178

Rendimentos da prestação de serviços diversos 54.083 39.964Outros 3.688 4.141

327.078 338.799

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (13.410) (8.243)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (14.920) (25.235)Resultados de alienação de outros activos 2.270Perdas em activos não financeiros (2.270)Impostos (11.543) (10.205)Outros encargos e gastos operacionais (102.181) (89.199)

(142.054) (132.882)

185.024 205.917

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28. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 73.494 78.491Empregados 916.717 896.025

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 199.679 189.991SAMS 44.518 41.736Outros 5.846 -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 9.214 9.832

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais 28.000Outros 11.541 7.647

1.261.009 1.251.722

O número médio de colaboradores da Caixa em 2015 e 2014 apresenta a seguinte composição:

ACTIVOS 2015 2014

DIRECÇÃO 1 1

COORDENAÇÃO GERAL 1 1

COORDENAÇÃO DE ÁREA 3 3

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 7 7

ÁREA TÉCNICA 2 2

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 14 15

ÁREA ADMINISTRATIVA 2 1

SERVIÇOS DE APOIO 5 5

35 36

PRÉ-REFORMA / SUSPENSÃO CT / EXTINÇÃO CT 2015 2014

DIRECÇÃO

COORDENAÇÃO GERAL

COORDENAÇÃO DE ÁREA 1 1

COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO

ÁREA TÉCNICA

ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 4 3

ÁREA ADMINISTRATIVA

SERVIÇOS DE APOIO 2 2

7 6

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No exercício de 2015 a remuneração do Revisor Oficial de Contas da CCAM do Norte Alentejano ascendeu a 18.000 eur.

29. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 43.661 44.285Material de consumo corrente 9.457 10.858PublicaçõesMaterial de higiene e limpeza 1.272 1.676Outros fornecimentos de terceiros 9.138 7.977 *

63.527 64.795Com serviços:

Rendas e alugueres 17.835 20.667Comunicações 81.066 93.495Deslocações, estadas e representação 15.285 21.781Publicidade e edição de publicações 31.654 25.347Conservação e reparação 14.160 13.626Transportes 7.828 13.399Formação de pessoal 845 2.430Seguros 17.052 15.448Serviços especializados:

Avenças e honorários 76.545 44.445Judiciais contencioso e notariado 5.716 13.035Informática 258.643 256.562Segurança e vigilância 3.694 933Limpeza 16.797 12.975InformaçõesBancos de dadosMão de obra eventualOutros serviços especializados:

Estudos e consultasConsultores e auditores externos 29.346 18.052Seviço Suporte ao Negócio 23.622 23.125Compensação 5.796 6.171Avaliadores externos 9.176 13.789SIBS 53.665 50.460Outros serviços de terceiros 52.129 41.873

720.854 687.613

784.381 752.409

30. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extra patrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

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31-12-2015 31-12-2014

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 616.179 720.444Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuais

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 3.498.783 3.476.810Compromissos revogáveis 434.362 383.543

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 775 126Valores recebidos para cobrança 40.325 55.987Valores administrados pela instituiçãoOutras -

4.590.424 4.636.909

31. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 10), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

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Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5.612.234 - - 5.612.234 2.225.534 - - 2.225.534

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito 28.016.181 - - 28.016.181 24.609.543 - - 24.609.543

Crédito a clientes - - - - - - - -0 0Invest.em filiais, associadas e empreend.conj. 694.450 - 16.551 711.001 665.390 - 16.551 681.941Outros activos 88.650 146.515 235.165 866.866 142.539 - 1.009.405

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito 3.178.973 - - 3.178.973 86.407 - - 86.407

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos 193 - 18.526 18.719 1.233 64.875 - 66.108

Custos:

Juros e encargos similares 4.995 - - 4.995 2.075 - - 2.075

Encargos com serviços e comissões 24.404 - - 24.404 21.904 - - 21.904

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos 5.903 - 420.946 426.849 13.288 362.409 - 375.696

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 527.870 - 527.870 547.923 - 547.923

Rendimentos de instrumentos de capital - - 3 3 - 2 - 2

Rendimentos de serviços e comissões 36.138 - 240.619 276.758 37.602 204.863 242.465

Outros resultados de exploração - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - -

2015 2014

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

32. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

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Os impactos contabilísticos e fiscais incluídos no presente documento relacionados

com as responsabilidades com o SAMS têm como pressuposto que o financiamento

dessas responsabilidades passou a ser assegurado pelo fundo de pensões crédito

agrícola no exercício de 2008 no pressuposto de que:

1) O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) aprovou a a alteração do contrato

constitutivo do fundo de pensões crédito agrícola, com vista ao enquadramento da

cobertura dos encargos com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) no referido fundo

de pensões com produção de efeitos no exercício de 2008, conforme solicitado pela CA

Vida por carta dirigida àquele Instituto em 19 de Dezembro de 2008;

2) Após a obtenção da autorização do ISP, a CA Vida e a caixa central assinaram a

proposta de alteração do contrato constitutivo do fundo de pensões, a qual menciona,

na sua cláusula única, que a produção dos respectivos efeitos foi a partir de um

determinado dia de Dezembro de 2008;

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da

CCAM NORTE ALENTEJANO com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014

foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

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Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com

o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados

médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem

vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, é o seguinte:

31-12-2015

F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 820,542

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 402,498

F.2 Com licenças sem vencimento 11,689

F.3 Com pré-reformados 44,953

F.4 Com pensões em pagamento 361,402

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência

referente à CCAM NORTE ALENTEJANO é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 14,022

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 785

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 120,740

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados 58,697

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

62,043

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 135,547

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM NORTE

ALENTEJANO foi o seguinte:

A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 678,574

H.1 (+) Contribuições efectuadas 125,218

H.1.1 Pela CCAM NORTE ALENTEJANO 116,257

H.1.2 Pelos empregados 8,961

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 2,650

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8,648

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 4,908

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 10,971

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H.5.1 Por reformas antecipadas 656

H.5.2 Outros 10,315

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 6,209

H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 785,521

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015

(H.7.2015 – A.4.2014) 106,947

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das

responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 699,525

G.1 (+) Custo do serviço corrente 14,022

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 5,061

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 8,961

G.2 (+) Custo dos juros 18,894

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 105,281

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 10,971

H.5.1 Por reformas antecipadas 656

H.5.2 Outros 10,315

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 6,209

F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 820,542

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 121,016

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo

com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 820,542

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 22,654

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 778,252

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e

Fundos de Pensões em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 489,977

I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 160

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Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19

Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de

2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de

reavaliação”.

No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido

no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 16,568

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e perdas

atuariais -124,481

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -107,912

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de

antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a

seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 123,374

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 3,945

N.2014 Total 127,319

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 127,685

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 4,525

N.2015 Total 132,210

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo 4,311

O.2. Com licenças sem vencimento 580

O. Total 4,891

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33. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de crédito

Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das

contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2015 a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de

instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como

segue:

Patrimoniais:

Crédito a clientes 44.398.732 (2.917.862) 41.480.870Derivados de coberturaDisponibilidades em outras instituições de crédito 5.612.965 5.612.965Aplicações em instituições de crédito 28.016.181 28.016.181

78.027.879 (2.917.862) 75.110.017

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 616.179 616.179Compromissos irrevogáveis 3.498.783 3.498.783

4.114.962 - 4.114.962

Risco de mercado

Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-

flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de

mercado, incluindo:

- risco cambial

- risco de taxa de juro

- outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços

de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco

de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada

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instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos

financeiros similares transaccionados no mercado.

34. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Norte Alentejano está inscrita na

Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de

Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do

Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola,

designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos

Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para

todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros,

SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo

Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de

contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda

aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que

sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas

seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela

colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em

Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões.

Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro

de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros

Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015,

encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros

auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

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Origem Seguradora 2013 2014 2015 % por Origem 2015

Ramos Não Vida CA Seguros 128.246,97 133.942,26 170.130,98 70,8% Ramo Vida CA Vida 102.178,45 69.682,31 68.314,55 28,4% Fundos de Pensões CA Vida 1.003,67 1.238,59 1.688,42 0,7%

Total 231.429,09 204.863,16 240.133,95 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua

a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros.

Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a

reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

35. FUNDOS PRÓPRIOS

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola do Norte Alentejano

Em euros 2014 2015 Δ 14/15

Fundos Próprios totais 6.959.859 6.767.725 -2,8%

Common equity tier 1* 6.663.183 6.767.725 ---

Tier 1*

6.663.183 6.767.725 1,6%

Tier 2

296.675 0 -100,0%

Posição em risco de activos e equivalentes 74.199.443 82.645.505 11,4%

Requisitos de fundos próprios 42.388.075 44.127.837 4,1%

Crédito

36.177.939 38.114.433 5,4%

Operacional

6.210.135 6.013.405 -3,2%

CVA

--- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 15,7% 15,3%

Tier 1 * 15,7% 15,3% -0,4 P.P

Tier 2 0,7% 0,0% -0,7 P.P

Total* 16,4% 15,3% -1,1 P.P

36. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração,

para divulgação, no dia 02 de Março 2016.

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