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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do
Norte Alentejano, C.R.L.
Relatório
e
Contas 2015
2
Índice
Página
1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 3 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUPO DO NORTE
ALENTEJANO
2.1.
2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.7. 2.8.
ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES
4 4 5 5 6 7
10
3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
3.1. 3.2. 3.3 3.4.
INTRODUÇAO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ANÁLISE FINANCEIRA
11 13 28 40
3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5 3.4.6. 3.4.7. 3.4.8. 3.4.9.
Quadro de indicadores Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito Concedido Crédito Vencido Movimento de Provisões Activos não correntes detidos para venda Activos Tangíveis e Intangíveis Investimentos e associadas e empreendimentos conjuntos
40 41 41 42 43 44 44 45 46
3.4.10. 3.4.11. 3.4.12. 3.4.13. 3.4.14. 3.4.15. 3.4.16. 3.4.17. 3.4.18. 3.4.19. 3.4.20. 3.4.21. 3.4.22. 3.4.23. 3.4.24.
Outros activos Recursos de clientes Crédito/Recursos por Agência Rácios de Crédito Vencido Bruto e Liquido por Agência Depósitos por Agência Evolução Crédito/Recursos por Agência Capitais Próprios Rendibilidade Resultado Liquido Margem Financeira Produto Bancário Custos Funcionamento Provisões/Imparidades Actividade Seguradora Movimento Associativo
47 48 48 49 50 51 51 52 52 53 53 54 55 55 57
4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 59 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
5.1.
5.2. 5.3 5.4. 5.5.
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 NOTAS ANEXAS ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEEZEMBRO DE 2015
61 62 63 64 65
6. 7.
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS PARECER DO CONSELHO FISCAL
106 108
3
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, C.R.L.
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, C.R.L., pessoa colectiva nº 504056573,
com sede na Rua da Lagoa, 14, em Fronteira, matriculada na Conservatória do Registo
Comercial de Fronteira sob o mesmo número, com o capital social realizado de €
5.686.710,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos,
a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 24 de Março de 2016, pelas 17
horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte
ORDEM DE TRABALHOS
1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola
relativo ao exercício de 2015 e do relatório anual do Conselho Fiscal.
2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.
3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.
4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das
políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.
5. Discussão de outros assuntos que se afigurem de interesse para a Caixa Agrícola.
Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a
Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer
número.
Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o
voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do
Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de
Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro.
Fronteira, 2 de Março de 2016.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
(Prof. Dr. José Manuel Malheiro Holtreman Roquette)
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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MUTO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.
2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.
2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
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2.3. Assembleia Geral
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice Presidente e um Secretário.
2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral, eleita em 21.12.2012, para o triénio 2013/2015
Presidente – Prof. Dr. José Manuel Malheiro Holtreman Roquette Vice-Presidente – António José Forças Galvão Secretário – João Manuel Borralho Marques dos Carvalhos
2.3.2. Competência da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:
o Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;
o Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;
o Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; o Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; o Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de
organismos cooperativos de grau superior; o Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; o Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de
contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
o Decidir da alteração dos Estatutos.
2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e um suplente. O Conselho de Administração é composto por cinco membros, eleitos em Assembleia-Geral de 21.12.2012, com mandato para o triénio de 2013/2015.
2.4.1 Composição do Conselho de Administração Efectivos: Presidente – Dr. João José de Castro Mendes de Almeida Administrador – João Manuel Margarido da Silva Administrador – Miguel dos Prazeres Cabaço Administrador – Vítor Manuel Pereira Guimarães Administrador – Joaquim António de Brito Martins
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Suplente: Agostinho Joaquim Ribeiro Pinto
2.4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:
� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de
actividades e de orçamento par ao exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos
ao exercício anterior; � Adoptar as medidas necessárias a garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa
Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola; � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não
pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 54 reuniões no ano de 2015. O valor remanescente de remuneração a alguns dos membros do Conselho de Administração deve-se à presença em actos em representação da Caixa.
O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos. Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração. 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividades e de orçamento.
2.5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.
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2.5.2. Composição do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros, eleitos em Assembleia Geral de 21.12.2012, com mandato para o triénio de 2013/2015. Efectivos: Presidente – Dra. Maria Teresa Rêa da Mota Machado Vogal – António Mateus Mendes Granadeiro Vogal – Dra. Joana Sequeira Garcia Marques Coelho
Suplente: Dr. Rui Pedro Arês Roque
2.5.3 Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado um total de 3 reuniões no ano de 2015.
2.6. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia-Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015 encontrando-se designado para o cargo:
Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão e Associados, SROC, Lda., SROC nº. 64, representada por Nuno Miguel da Costa Tavares, ROC nº. 1582. Suplente: José Luís Guerreiro Nunes, ROC nº. 1098
2.7. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em Assembleia-Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL. apreciou-se e aprovou-se a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição. Nos termos e para os efeitos do nº. 4 do Artigo nº. 16º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
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“DECLARAÇÃO DE POLITICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL.”
Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORTE ALENTEJANO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos:
a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contido que não sejam incompatíveis
com a nova redacção do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.
2. PRINCÍPIOS GERAIS Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição d e restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:
a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;
b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;
c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a
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sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por reunião, através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.
• Presidente – 150,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que esteja presente.
• Vogais – 120,00 euros por cada reunião do Conselho Fiscal em que estejam presentes. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral.
• Nível 18 do ACT para o Crédito Agrícola atualizável na mesma percentagem que for determinada para os trabalhadores que integrem o referido nível.
A remuneração do Administrador Executivo consiste ainda numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral no valor de 120,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que esteja presente. Acresce a esta remuneração, para utilização de serviço da Caixa, o uso de telemóvel e viatura automóvel, bem como a despesas resultantes de deslocações e estadias com base nos valores atribuídos para a função pública. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: 5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”). 5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.
• Presidente – 150,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que esteja presente.
• Administradores – 120,00 euros por cada reunião do Conselho de Administração em que estejam presentes. Acrescem despesas resultantes de deslocações e estadias com base nos valores atribuídos para a função pública. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
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A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.
Remuneração
Fixa Variável Total
Conselho Fiscal 1.170 € - 1.170 € Dra. Maria Teresa Rea Mota Machado António Mateus Mendes Granadeiro Dra. Joana Sequeira Garcia Marques Coelho
450 € 360 € 360 €
- - -
450 € 360 € 360 €
Remuneração
Fixa Variável Total
Conselho de Administração 72.954 € 72.954 € Dr. João José de Castro Mendes de Almeida João Manuel Margarido da Silva Miguel dos Prazeres Cabaço Vítor Manuel Pereira Guimarães Joaquim António de Brito Martins
6.750 € 6.480 €
44.724 € 7.680 € 7.320 €
- - - - -
6.750 € 6.480 €
44.724 € 7.680 € 7.320 €
Revisor Oficial de Contas 18.000 €
Serviço de Auditoria 18.000 €
Durante o exercício de 2015 verificou-se o pagamento diferido de remunerações ao Conselho Fiscal, não existindo qualquer outra remuneração devida aos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização.
2.8. Politica de Remuneração de Colaboradores
Dando cumprimento ao disposto no nº. 3 do artigo 16º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Atento o disposto no nº. 3 do artigo 17º. do Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2 do artigo 1º. Do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:
Nº. de Colaboradores Remunerações
2 Parte Fixa € 85.364,71
Parte Variável - Durante o exercício de 2015 não se verificaram admissões ou rescisões contratuais relativamente às funções acima referidas. À data de 31 de Dezembro de 2015 não são devidas quaisquer remunerações aos colaboradores referidos.
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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
3.1 Introdução
No cumprimento do preceituado nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano, CRL., no Código Cooperativo, no Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e na demais legislação aplicável, vem a Administração submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Tal como em anos anteriores, a CCAM do Norte Alentejano pautou a sua acção tendo em conta o cumprimento dos objectivos contidos no Plano de Actividades para 2015 aprovado em Assembleia Geral realizada no mês de Dezembro de 2014 e as orientações emanadas da Caixa Central. Pese embora as dificuldades sentidas ao longo do ano devido à forte concorrência que nos foi imposta, principalmente na competição pela captação de recursos, a CCAM do Norte Alentejano consegui potenciar a sua captação de recursos, registando um aumento de € 5.163.805, cifrando-se o total dos recursos em € 69.500.870. A par da estratégia adoptada pela CCAM do Norte Alentejano, para atingir os valores de recursos de balanço foi necessário, por vezes, dada a agressividade da concorrência, sacrificar a margem financeira, havendo, no entanto, a preocupação constante de manter as taxas de remuneração dos depósitos abaixo da média do SICAM. Para isso contribuiu o esforço constante efectuado pelas áreas de negócio da Caixa na negociação e análise, uma a uma, das propostas que nos foram sendo apresentadas ao longo do ano. Apesar da tendência generalizada, dada a fraca recuperação da economia, e do comportamento pouco dinâmico da procura, o crédito a cliente cresceu ligeiramente, quando comparado com os valores do ano anterior, totalizando no final do ano € 44.398.732. O volume de negócios da Caixa (Recursos + Crédito concedido) atingiu € 113.899.602 à data de 31 de Dezembro de 2015, representando um aumento em termos absolutos de € 6.036.077, face a igual período do ano anterior justificado, em grande parte pelo aumento dos recursos captados.
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As comissões líquidas atingiram € 840.014, aumentando face ao ano anterior, representando 28,66 % do Produto Bancário, contra 27,58 % verificado no ano anterior.
Na área seguradora verificou-se uma subida no ramo “Não Vida” (CA Seguros), e um ligeiro crescimento no total de apólices em carteira do ramo “Vida” (CA Vida). Verificou-se ainda um decréscimo dos prémios relativamente ao ano anterior, uma vez que este havia sido um ano excepcional e com a existência de produtos específicos e sazonais.
Sendo a diminuição do crédito vencido de primordial importância para a actividade da Caixa, continuou o Gabinete de Riscos e Recuperação de Crédito, em colaboração com o apoio jurídico, a sua acção de acompanhamento aprofundado de todas as situações, tentando dentro do possível a sua resolução sem recurso à via judicial. Fruto deste esforço conjunto, foi possível reduzir significativamente o crédito vencido face a 2014, tendo-se registado um montante global de € 2.737.387 e uma diminuição de 23,30% face ao ano anterior, representado em 2015, 6,28 % do crédito total. Para cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa, foram criadas provisões ao longo do exercício em análise, tendo-se ajustado este valor em função da recuperação de crédito, apresentando um valor acumulado de € 2.917.862, menos € 245.671 face ao ano anterior. A melhoria da margem financeira, aliado ao crescimento dos rendimentos de serviços e comissões, tiveram um impacto positivo no produto bancário, contribuindo para o seu aumento em cerca de 1,59%, aumento este que aliado à diminuição das provisões foram decisivos para o crescimento dos resultados líquidos da Caixa no exercício findo. Pelo Relatório e Contas, assim como pelo anexo, poderão os senhores associados verificar a evolução da Caixa. Durante o exercício de 2015 finalizou-se o processo de construção das novas instalações da Agência de Castelo de Vide, a única que se encontrava, parcialmente, instalada ainda em propriedade alheia. Após a sua conclusão todas as agências encontram-se a funcionar em instalações próprias da Caixa. Mantivemos, tal como em anos anteriores, o apoio aos agricultores através do acesso às candidaturas e nas ajudas ao rendimento. Estes processos são realizados em estreita colaboração com a Confagri e Fenacam e colocam a Caixa em lugar de destaque na prestação deste tipo de serviços nos conselhos em que está inserida. Resta-nos agradecer aos restantes Órgãos Sociais e aos trabalhadores da Caixa a colaboração prestada e aos nossos associados e clientes a confiança em nós depositada.
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3.2 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
3.2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL
Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no
update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou
um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento
face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas
e emergentes, estas registaram evoluções distintas.
Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a
continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental
menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios
macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de
matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior
decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica
para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição
gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de
matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma
aceleração em 2015.
Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um
decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas.
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
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Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação
económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta
evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política
monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra
de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).
Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao
impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção
de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos
efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos
produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing
aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de
crescimento.
Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de
desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação
ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p.
face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da
moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma
económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os
elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias
periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
15
De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por
parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um
programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil
milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE
considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação,
compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2%
no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de
refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro
aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações
principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada
ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima
da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas.
Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa
de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade
permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito
permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
16
3.2.2 ECONOMIA NACIONAL
Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior
dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte
um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.
Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E
Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9
EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4
Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7
Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6
Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7
Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1
Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8
Exportações tav 6,1 3,4 5,3
Importações tav 2,8 6,2 7,3
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6
Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0
Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8
Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6
Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05
Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015
17
Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das
exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande
medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este
dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais
parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As
exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do
crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em
particular o Reino Unido e os EUA.
O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com
o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das
perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada
com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.
A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do
verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante
esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada,
agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.
O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande
medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward
(Janeiro 2016)
18
desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766
milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na
transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do
PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.
O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para
o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente
de um aumento da receita superior ao da despesa.
3.2.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL
O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário
Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do
Novo Banco.
A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de
2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi
recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o
plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por
investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif
revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este
por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da
actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um
regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de
gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco
Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.
Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável,
sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de
Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de
institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de
2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de
19
resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a
Comissão Europeia.
3.2.3.1 EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE DEPÓSITOS
(DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2015)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro
2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo
período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos
depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado
nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).
Depósitos de particulares
Depósitos totais de clientes
Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)
162 156 159 163 168
3,9%
-3,8%
2,3% 2,4% 3,1%
0
100
200
300
400
500
600
700
2011 2012 2013 2014 2015
Volume de depósitos Variação homóloga
Depósitos de empresas
129 129 131 133 138
10,1%
0,1% 1,5% 1,5%3,8%
2011 2012 2013 2014 2015
33 27 29 30 30
-14,7% -19,0%
6,3% 3,0% 0,2%
2011 2012 2013 2014 2015
+
Valores em mil milhões euros
3.2.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro
2011 – Dezembro 2015)
Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro
de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no
crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.
20
Crédito a particularesCrédito bruto total
265 249 236 210 201
-2,8%
-5,9% -5,3%
-7,9%
-4,2%
2011 2012 2013 2014 2015
Volume de crédito Variação homóloga
Crédito a empresas
150 142 136 124 119
-2,3%-4,9% -4,5%
-8,8%
-3,6%
2011 2012 2013 2014 2015
115 107 100 86 82
-3,5%-7,2% -6,3%
-13,9%
-5,0%
2011 2012 2013 2014 2015
+
Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)
Valores em mil milhões euros
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o
crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois
dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu,
Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que
explica mais de 60% da quebra registada no país.
21
Valores em milhares de euros
Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%
Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%
Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%
Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%
Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%
Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%
Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%
Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%
Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%
Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%
Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%
Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%
Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%
Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%
Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%
Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%
Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%
Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%
Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%
Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%
Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%
Var. 2014/2015Crédito Peso
total %
Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo
deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao
período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares.
Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%,
agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a
perder peso no agregado de crédito.
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %
Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%
Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%
Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%
Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%
Fonte: Banco de Portugal
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à
redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde
22
e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e
armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%,
respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os
sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades
imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito
a empresas.
Actividade económicaVar. Dez.
2014/2015Total Crédito Peso %
% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%
Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%
Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%
Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%
Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%
Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%
Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%
Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%
Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%
Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%
Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%
Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%
Total -5,0% 81.591 100% 15,4%
Fonte: PIN Mercado
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015
Valores em milhões de euros
3.2.4. MERCADOS FINANCEIROS
No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na
actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia,
no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal,
o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação
do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por
fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo
de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.
23
Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa
de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de
aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a
Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que
conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um
aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.
Reunião Fed
Abrandono negociações
Referendoe controlo de capitais
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
jan
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o 1
5
fev
ere
iro
15
març
o 1
5
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15
ma
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15
julh
o 1
5
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5
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ro 1
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5
no
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mb
ro 1
5
de
zem
bro
15
Mercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívida
Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y
80%
90%
100%
110%
120%
130%
140%
150%
160%
jane
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5
feve
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mbro
15
outu
bro
15
nov
em
bro
15
de
zem
bro
15
Mercados acionistasMercados acionistasMercados acionistasMercados acionistas
Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50
Black
MondayEscândalo
VW
Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a
dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos
depósitos em 0,25 p.p.
O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em
manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas
dos “fed funds” em 0% – 0,25%.
Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3
meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.
No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês,
com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash
ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para
colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em
24
Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25
p.p..
No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as
desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de
Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC
avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de
venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do
“yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas
medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia
do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as
commodities.
Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as
suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.
No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos
Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.
Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em
particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a
taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento
do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI)
reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida
dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida
do BCE.
Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela
primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a
estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do
25
mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de
subida da inflação no médio prazo.
Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de
juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os
requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de
“yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.
O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função
da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha,
criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.
No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação
desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso
de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores.
Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e
de 12% no ano.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
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Produção total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleo
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15
USD
Cotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTI
EUR/USD Brent Crude (WTI)
A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis
de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de
Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o
Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e
a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.
1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.
26
Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD
face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR
perdeu 10,2% face ao USD.
Principais focos em 2016:
A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016.
Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se
ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação
ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-
primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna
na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma,
comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como
avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos
Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa
de chegar a níveis de inflação de 2%.
Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente
variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos
mercados no ano de 2016.
Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o
rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de
dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto
à situação política e económico-financeira do país em 2016.
3.2.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016
O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências
impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central
Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal
(BdP).
27
No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria
de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco
associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na
adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v)
nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas
de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a
implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo
dedicação e orçamento acrescidos.
Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as
sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas
autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento
(e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e
regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o
Grupo Crédito Agrícola.
2 European Securities and Markets Authority
28
3.3 CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE
3.3.1 RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)
Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e
Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e
não auditados.
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%
Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%
Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%
Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%
Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%
Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%
Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%
Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%
Passivo + Capital
Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%
Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%
Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%
Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%
Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%
Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%
Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%
Balanço
2014 2015Variação
29
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%
Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%
Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%
Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%
Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%
Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%
Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%
Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%
Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%
Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%
Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%
Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%
Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%
Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%
Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%
2014 2015Variação
Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015
veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em
2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê
um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.
Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de
alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do
crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.
O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido
em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5
milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do
crédito bruto em 3,5%.
30
41,3
1,5
24,5
56,5
2012 2013 2014 2015
Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)
Valores em milhões de euros
Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15
Caixas Associadas 9 18 28 50
Caixa Central 13 1 2 5
SICAM (Consolidado) 22 20 31 57
Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano
anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta
quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos
financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em
2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o
que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado
através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da
alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da
CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação
que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada
em termos consolidados nas contas do Grupo.
31
Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%
Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%
Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%
Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%
Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%
Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%
*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital
A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões
de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta
essencialmente:
i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a
empresas;
ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada
pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;
iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito
(Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e
iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.
É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos
recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua
margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas
semelhantes às praticadas no mercado.
De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se
mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as
Caixas Associadas.
32
2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%
1,89% 1,78%1,66%
1,53%1,40%
1,25%
0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%
0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%
dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15
Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central
Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses
Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto
bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de
euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i)
da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e
(ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das
provisões e imparidades do exercício.
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 263 109 1 32 404
Caixa Central -18 22 98 116 100
SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503
Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil
euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5
milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira
nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de
contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela
redução das amortizações em 7,2%.
33
Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%
Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%
Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%
Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%
Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%
Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%
Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%
Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%
Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -
Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e
imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução
de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito
vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015,
prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta
matéria.
Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%
Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total
do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de
euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282
milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das
aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).
34
13.748
12.969
13.267
13.057
2012 2013 2014 2015
Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)
O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir
8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o
crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que
inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).
Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%
Imparidades 707 837 874 36 4,3%
Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%
O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do
reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital
próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219
Caixa Central 6.020 5.765 255
SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173
É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015
face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de
68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do
montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a
35
clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos
bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%
Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%
Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -
Evolução do crédito e recursos de clientes
3.3.2 Outros Factos Relevantes
Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores,
pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta
instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante
os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados
obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que
revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os
portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas
recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento
ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de
empresas, donde se destacam:
36
• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª
edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o
posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido
empresarial português;
• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do
sector hortofrutícola;
• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano
anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada
pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das
Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da
economia portuguesa;
• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano
consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de
Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões
vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL,
em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;
• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez
consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e
apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se
pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.
Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola
foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca,
seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado,
pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000
World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o
primeiro de capitais exclusivamente nacionais.
A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito
Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora
Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um
37
estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa
D&B.
O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela
Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.
(CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de
Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.
Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que
representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a
evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que
registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014.
No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%,
passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência
de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da
quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola
subiu 3% em 2015.
A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma
evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5%
face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço
Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em
2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de
pagamento automático do Crédito Agrícola.
Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de
pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a
carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um
crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de
débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de
cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções
38
com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor
(+6,3%).
No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento
institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação
Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um
protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação
social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.
Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos
meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de
entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos
meios de comunicação.
Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:
• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo
promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e
• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a
ganhar passagens áreas duplas para a Europa.
O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando
a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o
Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco
terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.
Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito
Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês
realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.
Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de
Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador,
denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre
39
a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no
canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a
notoriedade da marca CA.
Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica
de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:
• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;
• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no
Rali Dakar 2016, em motociclismo;
• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;
• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro
Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-
relógio, na categoria de cadetes;
• 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;
• Entre outros eventos e atletas.
A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre
as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar
e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos
Santos Populares em Paris.
40
3.4 ANÁLISE FINANCEIRA
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de
acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).
3.4.1 Quadro de indicadores
Variação %14/15 Rubricas 2013 2014 2015
Activo Líquido 72.323.325 72.816.959 81.359.282 11,73%
Crédito Vivo 40.169.681 39.785.580 41.473.742 4,24%
Crédito Vencido 3.170.118 3.569.713 2.737.387 -23,32%
Rendimentos a receber 312.445 297.489 321.496 8,07%
Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito
126.410 126.323 133.893 5,99%
Crédito sobre clientes (Valor Bruto) 43.525.834 43.526.460 44.398.732 2,00%
Provisão p/Crédito de cobrança duvidosa 212.231 302.352 608.040 101,10%
Provisão p/Crédito Vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822 -19,27%
Crédito total s/cientes (Valor Líquido) 40.648.870 40.362.927 41.480.870 2,77%
Provisão p/riscos gerais de crédito 380.135 394.440 409.836 3,90%
Recursos de O.I.C. 2.548.124 87.141 3.179.273 3548,42%
Recursos de clientes e outros empréstimos
61.972.719 64.337.065 69.500.870 8,03%
Capitais Próprios 6.653.913 6.944.500 7.412.136 6,73%
Fundos Próprios 6.296.437 6.959.859 6.767.725 -2,76%
Capital 5.043.370 5.441.875 5.683.210 4,43%
Resultado Líquido 538.089 281.267 607.358 115,94%
Cash-Flow Global 944.890 848.381 805.632 -5,04%
Margem Financeira 1.855.953 1.885.005 1.905.072 1,06%
Custos com Pessoal 1.149.012 1.251.722 1.261.009 0,74%
Gastos Gerais Administrativos 769.571 752.409 784.381 4,25%
Custos de funcionamento = Custos c/Pessoal + FST
1.918.583 2.004.131 2.045.390 2,06%
Amortizações 125.759 116.206 119.496 2,83%
Produto bancário 2.913.445 2.885.050 2.930.818 1,59%
41
3.4.2 Estrutura patrimonial
Em 31.12.2015, o Activo Líquido da Caixa era de € 81.359.282, apresentando um acréscimo relativamente ao ano anterior de € 8.542.321. As aplicações na Caixa Central totalizavam € 28.016.181. O Crédito a clientes apresentava o saldo de € 44.398.732, os recursos alheios apresentavam um saldo de € 69.500.870 e os capitais próprios, já incorporados dos resultados do exercício (€ 607.358), totalizavam € 7.412.136.
Estrutura Patrimonial 2013 2014 2015
Aplicações 25.141.110 24.609.543 28.016.181
Crédito concedido 43.525.834 43.526.460 44.398.732
Recursos de clientes e outros empréstimos 61.972.719 64.337.065 69.500.870
Capitais próprios 6.653.913 6.944.500 7.412.136
3.4.3 Aplicações em Instituições de Crédito
Os excedentes destinam-se a garantir a liquidez da Caixa e são depositados,
exclusivamente, na Caixa Central por imperativo legal. O montante do depósito na
Caixa Central era, em 31 de Dezembro de 2015, de € 28.016.181.
42
3.4.4 Crédito Concedido
O total do crédito concedido, em 31 de Dezembro de 2015, incluindo juros de crédito e
receitas com rendimentos diferidos associados ao crédito, era de € 44.398.732, valor
superior (+ € 872.272) a igual período do ano anterior, cuja evolução, no último triénio,
é representada no quadro e gráfico seguintes:
2013 2014 2015
Crédito a Empresas e SPA 15.821.354 15.955.189 16.240.189
Crédito a particulares 24.348.327 23.830.392 25.233.553
Total do Crédito Vivo 40.169.681 39.785.581 41.473.742
Total do Crédito vencido 3.170.118 3.569.713 2.737.387
Juros de Crédito 312.445 297.489 321.496
Receitas com rendimentos diferidos associadas ao crédito -126.410 -126.323 -133.893
TOTAL DO CRÉDITO + JUROS 43.525.834 43.526.460 44.398.732
43
3.4.5 Crédito Vencido
Em 31 de Dezembro de 2015 o crédito vencido totalizava € 2.737.387, registando-se
uma descida de 23,32% relativamente a 2014 e 13,65 % relativamente a 2013,
totalizando € 379.320 a < 3 meses e € 2.358.067 a > 3 meses. O crédito vencido
encontra-se coberto por provisões em 84,38% do seu montante.
O quadro e o gráfico que se seguem espelham a evolução do crédito vencido nos
últimos três anos.
2013 2014 2015
Crédito vencido < 3 meses 164.276 230.194 379.320
Crédito vencido > 3 meses 3.005.842 3.339.519 2.358.067
Crédito vencido Total 3.170.118 3.569.713 2.737.387
44
3.4.6 Movimento de Provisões
Fruto das preocupações que vêm sido sentidas com a evolução do crédito vencido,
tem a Caixa vindo a prestar especial atenção ao seu provisionamento o qual como
atrás se disse, atinge em 31 de Dezembro de 2015 o valor de € 2.917.862,
representando um grau de cobertura de 84,38%.
2013 2014 2015
Provisões para crédito vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822
Provisões para crédito de cobrança duvidosa 212.232 302.352 608.040
Total das provisões acumuladas sobre crédito de clientes 2.876.964 3.163.533 2.917.862
3.4.7 Activos Não Correntes Detidos para Venda
Decorrente das dificuldades sentidas no retorno do crédito concedido, adquiriu a Caixa
alguns imóveis por reembolso de crédito vencido, tendo, por isso, esta rubrica sofrido
um aumento de € 624.732, totalizando em 31 de Dezembro € 1.235.130.
45
3.4.8 Activos Tangíveis e Intangíveis (Imobilizado)
Nesta rubrica não se observaram variações significativas face a anos anteriores,
pese embora o facto de terem sido aplicadas as tabelas legais de amortização, por
força, não só, da aquisição de novos equipamentos, mas, principalmente pelos
encargos que tem vindo a ser suportados pela obra de construção das novas
instalações da Agência de Castelo de Vide, cuja conclusão ocorreu durante o ano
de 2015.
2013 2014 2015
Activos tangíveis 1.799.506 2.062.084 2.040.142
Activos intangíveis 0 0 0
Total 1.799.506 2.062.084 2.040.142
46
3.4.9 Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
O aumento de € 29.060 verificado nesta rubrica deveu-se exclusivamente ao aumento
de participação da Caixa no capital da Caixa Central. Os restantes investimentos em
empresas associadas não sofreu qualquer alteração durante o exercício de 2015.
2013 2014 2015
Caixa Central 616.960 665.390 694.450
Fenacam 175 175 175
CA Informática 16.317 16.317 16.317
CA Seguros 58 58 58
Total 633.510 681.940 711.000
47
3.4.10 Outros activos
2013 2014 2015
Outros activos 250.894 262.665 244.045
Despesas com encargos diferidos 84.092 87.387 34.132
Valores a regularizar 437.622 451.931 601.029
Imparidades – Outros activos
Total 772.608 801.984 879.206
48
3.4.11 Recursos de Clientes
No ano de 2015, como já se referiu atrás, verificou-se um aumento significativo dos
recursos de clientes conforme espelhado no quadro seguinte.
2013 2014 2015
Depósitos à ordem 21.563.733 22.673.961 24.938.847
Depósitos a Prazo e Poupanças 40.095.293 41.375.134 41.390.429
Outros Recursos 3.928 3.928 3.040.212
Total de Depósitos 61.662.954 64.053.023 69.369.488
Juros de Depósitos 309.765 284.041 131.382
Total de Depósitos + Juros 61.972.719 64.337.065 69.500.870
3.4.12 Crédito / Recursos por Agência
O quadro e o gráfico seguintes mostram-nos a distribuição do crédito (Vivo e vencido)
por Agência, em €.
Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa TOTAL
Crédito concedido vivo
1.626.252 6.563.609 3.726.074 20.296.647 2.808.317 3.251.318 1.302.555 1.898.970 41.473.742
Crédito vencido 99.252 319.191 700.439 1.030.967 71.746 302.966 77.940 134.885 2.737.386
Total 1.725.504 6.882.800 4.426.513 21.327.614 2.880.063 3.554.284 1.380.495 2.033.855 44.211.128
49
3.4.13 Rácios de crédito vencido bruto e líquido por Agência
Cabeço de Vide
Castelo de Vide
Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa
Rácio de crédito vencido bruto 5,75% 4,64% 15,82% 4,83% 2,49% 8,52% 5,65% 6,63%
Rácio de crédito vencido líquido
1,29% 0,71% 4,65% 0,68% 0,95% 0,75% 0,64% 0,12%
50
3.4.14 Depósitos por Agência
O quadro seguinte mostra-nos a prestação das Agências na captação de recursos em
31.12.2015.
Cabeço de Vide Castelo de Vide Crato Fronteira Gáfete Gavião Marvão Nisa
Depósitos 4.106.861 16.591.137 4.183.147 11.724.221 9.160.642 3.410.658 11.387.836 8.804.987
51
3.4.15 Evolução de Crédito / Recursos por Agência
2013 2014 2015
Depósitos Crédito Depósitos Crédito Depósitos Crédito
Cabeço de Vide 4.116.224 1.687.713 3.781.163 1.722.175 4.106.861 1.725.504
Castelo de Vide 15.830.185 6.353.019 16.589.631 6.675.769 16.591.137 6.882.800
Crato 3.677.689 4.333.738 4.184.401 4.289.632 4.183.147 4.426.513
Fronteira 7.861.271 20.301.711 8.357.452 20.276.975 11.724.221 21.327.614
Gáfete 9.245.037 2.834.323 8.981.937 2.818.316 9.160.642 2.880.063
Gavião 3.089.220 3.684.282 3.175.428 3.707.187 3.410.658 3.554.284
Marvão 10.399.065 1.438.091 10.964.727 1.305.520 11.387.836 1.380.495
Nisa 7.444.263 2.706.916 8.018.286 2.559.720 8.804.987 2.033.855
3.4.16 Capitais Próprios
2013 2014 2015
Capital Social 5.043.370 5.441.875 5.683.210
Reservas de reavaliação -25.356 -25.356 -107.912
Reservas e Resultados Transitados 1.097.818 1.246.714 1.229.480
Resultado Líquido do Exercício 538.089 281.267 607.358
Total 6.653.913 6.944.500 7.412.136
52
3.4.17 Rendibilidade
Rendibilidade 2013 2014 2015
Rendibilidade dos Capitais Próprios
Cash Flow Global/Capitais Próprios Resultado Líquido/Capitais Próprios
14,20% 8,09%
12,22% 4,05%
10,87% 8,19%
Rendibilidade do Activo Total
Cash Flow Global/Activo Total Líquido Resultado Líquido/Activo Total Líquido
1,31% 0,74%
1,17% 0,39%
0,99% 0,76%
3.4.18 Resultado Líquidos
2013 2014 2015
Valores 538.089 281.267 607.358
53
3.4.19 Margem Financeira
2013 2014 2015
Valores 1.855.953 1.885.005 1.905.072
3.4.20 Produto Bancário
2013 2014 2015
Produto bancário 2.913.445 2.885.050 2.930.818
54
3.4.21 Custos de Funcionamento
2013 2014 2015
Custos com Pessoal 1.149.012 1.251.722 1.261.009
Gastos Gerais Administrativos 769.571 752.409 784.381
Total 1.918.583 2.004.131 2.045.390
55
3.4.22 Provisões / Imparidades
2013 2014 2015
Para Crédito de cobrança duvidosa 212.232 302.352 608.040
Para Crédito vencido 2.664.732 2.861.181 2.309.822
Para Riscos Gerais de Crédito 380.135 394.440 409.836
Total 3.257.099 3.557.973 3.327.698
3.4.23 Actividade Seguradora
Ramos Reais Produto 2013 2014 2015 Δ % 14/15
Prémio Prémio Prémio Prémios
Acidentes Pessoais 30.520 33.011 33.685 2,04%
Acidentes de Trabalho 159.888 144.768 151.544 4,68%
Automóvel 271.182 261.488 259.338 -0,82%
Máquinas Agrícolas 16.772 16.594 16.293 -1,81%
Habitação 47.719 47.390 49.508 4,47%
Comércio e Serviços 36.710 37.141 37.004 -0,37%
Riscos Industriais 3.625 3.694 4.225 14,38%
Construção 0 0 104,65
Responsabilidade Civil 39.917 42.831 44.933 4,91%
Outros 17.947 17.582 21.561 22,63%
ENREN 986 1.035 1.109 7,13%
CCARD 35.572 36.766 42.961 16,85%
CA SAÚDE 41.870 44.429 48.949 10,17%
Total 702.708 686.728 711.215 3,57%
56
Ramo Vida
2013 2014 2015 Variação %
Nº de apólices
em carteira
Nº de apólices em carteira
Nº de apólices
em carteira
Nº de apólices
em carteira
Produto Prémios Prémios Prémios Prémios
Protecção família 109 27.998 107 28.508 117 26.813 9,35% -5,95%
CA Vida Plena 12 1.254 34 1.665 36 4.187 5,88% 151,45%
CA Mulher 39 4.798 35 5.095 37 4.460 5,71% -12,46%
Protecção Crédito habitação 242 80.671 240 80.738 253 83.082 5,42% 2,90%
Protecção crédito pessoal 208 34.849 186 31.240 217 32.877 16,67% 5,24%
Protecção empresa viva 0 0 0 0 0 0
Ca Pessoa Chave 1 1.143 0 1.539 3 526 -65,81%
Protecção P. Investimento 412 740.037 359 182.369 342 44.063 -4,74% -75,84%
CA Poupança Activa 322 211.017 397 458.997 428 795.631 7,81% 73,34%
CA Verão Renda Certa 237 3.152.947 273 759.939 266 0 -2,56% -100,00%
Protecção Poupança Educação 31 4.575 26 4.132 21 4.249 -19,23% 2,84%
Protecção Poupança Reforma 631 549.499 621 442.994 606 606.064 -2,42% 36,81%
Fundos de Pensões 57 29.320 67 27.130 76 28.925 13,43% 6,62%
Total 2.301 4.838.108 2345 2.024.346 2402 1.630.876 2,43% -19,44%
57
3.4.24 Movimento Associativo
Movimento de sócios durante o ano 2013 2014 2015
Sócios existentes no inicio do ano 3.628 3.622 3.628
Sócios admitidos durante o ano 35 47 73
Pedidos de demissão 41 41 35
Sócios existentes do fim do ano 3.622 3.628 3.666
58
59
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Deixando à consideração de V. Exas. as contas pelas quais, através dos mapas e
quadros que se juntam, das comparações com exercícios anteriores e ainda pelas
respectivas considerações, poderão analisar a evolução da Caixa no exercício de 2015,
propomos:
a) A aprovação do Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício de 2015;
b) Que o Resultado do Exercício, no montante de € 607.357,59 (seiscentos e sete
mil, trezentos e cinquenta e sete euros e cinquenta e nove cêntimos) seja
transferido:
a. Para Resultados Transitados € 79.111,00 (setenta e nove mil, cento e
onze euros)
b. Para Reserva Legal € 105.649,32 (cento e cinco mil, seiscentos e
quarenta e nove euros e trinta e dois cêntimos);
c. Para Reserva para Edução e Formação Cooperativa € 5.282,47 (cinco
mil, duzentos e oitenta e dois euros e quarenta e sete cêntimos);
d. Para Reserva para Mutualismo € 5.282,47 (cinco mil, duzentos e oitenta
e dois euros e quarenta e sete cêntimos);
e. Para Reserva Especial € 412.032,34 (quatrocentos e doze mil, trinta e
dois euros e trinta e quatro cêntimos).
c) Que da Reserva Especial sejam transferidos para Capital Social € 412.030
(quatrocentos e doze mil e trinta euros).
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano CRL., 02 de Março de 2016.
60
Demonstrações Financeiras
61
5.1 Balanço em 31 de Dezembro de 2015
ACTIVO
Notas
Activo Bruto
2015 Provisões,
Imparidades e
amortizações
Activo
Líquido
2014
Activo Líquido
PASSIVO E CAPITAL
Notas
2015
2014
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos Financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em Filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos
3 4
5 6 7
8
9 10
11 12 12 13
763.767,07
5.612.965,14
27.952,01 28.016.181,39 44.398.732,22
1.290.402,49
3.789.792,99 673,50
711.001,00
10.760,42 581.306,45 879.205,91
2.917.862,17
55.271,89
1.749.651,39 673,50
763.767,07
5.612.965,14
27.952,01 28.016.181,39 41.480.870,05
1.235.130,60
2.040.141,60
711.001,00 10.760,42
581.306,45 879.205,91
776.559,12
2.225.534,49
390,54 24.609.543,16 40.362.926,79
610.397.96
2.062.083,56
681.941,00
685.599,58 801.983,78
Recursos em Bancos Centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital Outros passivos subordinados Outros passivos
14 15
16
17
3.179.273,36 69.500.870,27
409.835,64
857.166,40
87.140,91 64.337.064,65
394.440,21
1.053.813,83
Total do Passivo 73.947.145,67 65.872.459,60
Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Dividendos antecipados
18
19 19
5.683.210,00
(107.912,00) 1.229.480,38
607.357,59
5.441.875,00
(25.356,00) 1.246.714,32
281.267,06
Total do Activo
86.082.740,59
4.723.458,95
81.359.281,64
72.816.959,98
Total do Capital Total do Passivo e do Capital
7.412.135,97 81.359.281,64
6.944.500,38 72.816.959,98
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5.2 Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2015
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de DEZEMBRO de 2015 E 2014 (PRÓ FORMA)
(Montantes expressos em Euros)
RUBRICA Notas 2015 2014
(Pró forma)
Juros e rendimentos similares 20 2.404.635,65 2.608.947,63
Juros e encargos similares 21 499.563,48 723.943,06
Margem financeira 1.905.072,17 1.885.004,57
Rendimentos de instrumentos de capital 22 2,63 2,25
Rendimentos de serviços e comissões 23 916.184,61 867.588,07
Encargos com serviços e comissões 24 76.170,76 71.934,13
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda
Resultados de reavaliação cambial 25 330,08 742,59
Resultados de alienação de outros activos 26 375,32 (2.270,34)
Outros resultados de exploração 27 185.023,63 205.916,79
Produto bancário 2.930.817,68 2.885.049,80
Custos com pessoal 28 1.261.009,19 1.251.721,97
Gastos gerais administrativos 29 784.381,11 752.408,89
Amortizações do exercício 9 – 10 119.496,13 116.205,60
Provisões líquidas de reposições e anulações 16 15.395,43 14.395,43
Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber
de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (229.986,58) 289.472,73
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 16 32.119,34 17.527,34
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 16 117.858,50
Resultado antes de impostos 830.544,56 443.407,82
Impostos
correntes 12 143.391,84 129.603,23
diferidos 12 79.795,13 32.537,53
Resultado líquido do exercício 607.357,59 281.267,06
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5.3 Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2015
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (PRÓ FORMA)
(Montantes expressos em Euros)
2015 2014
(Pró forma)
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de juros e comissões 3.320.820 3.473.536
Pagamentos de juros e comissões (575.734) (795.877)
Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.039.544) (2.004.131)
Contribuições para o fundo de pensões (5.846)
(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (223.187) (162.141)
Resultados cambiais e outros resultados operacionais
Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 185.354 206.659
Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 661.862 721.046
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:
Activos financeiros detidos para negociação
Activos disponíveis para venda 59.681 17.918
Créditos a clientes 3.406.638 (531.567)
Derivados de cobertura 887.957 3.529
Activos não correntes detidos para venda 742.216 96.562
Outros activos (16.311) (3.162)
5.080.181 (416.721)
Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:
Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outas instituições de crédito 3.092.132 (2.460.983)
Recursos de clientes e outros empréstimos 5.163.806 2.364.345
Derivados de cobertura
Passivos não correntes detidos para venda
Outros passivos (196.647) 285.379
8.059.291 188.742
Impostos pagos
Caixa líquida das actividades operacionais 3.640.972 1.326.508
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Alienação de activos disponíveis para venda
Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda
Aquisições de activos tangíveis e intangíveis
Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 29.060 48.430
Vendas de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (3) (2)
Variação de activos tangíveis e intangíveis 97.554 381.053
Caixa líquida das actividades de investimento 126.612 429.481 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Aumento de capital 241.335 398.505 Dividendos pagos
Variação de passivos subordinados
Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros
Remuneração paga relativa a passivos subordinados Reservas (381.057) (389.185)
Caixa líquida das actividades de financiamento (139.722) 9.320
Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 3.374.639 906.347
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.002.094 2.095.746
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 6.376.732 3.002.094
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5.4 Demonstração de alteração de capital próprio em 31 de Dezembro de 2015
Outras Reservas e
resultados transitados
Reservas de Outras Resultados Resultado
do
Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2013 5.043.370 (25.256) 1.162.526 (64.716) 1.097.810 538.089 6.653.913 Amortização anual do impacto de transição das pensõea
Transferência para resultados transitados 30.526 30.526 (538.089) (507.563)
Constituição de reservas 389.185 118.378 118.379 507.563
Distribuição de dividendos
(…) (34.190) 34.190
Aumento de capital 56.675 56.675
Reembolso de capital (47.355) (47.355)
Alterações de justo valor líquidas de imposto
Resultado liquido do exercício de 2014 281.267 281.267
Saldos em 31 de Dezembro de 2014 5.441.875 (25.256) 1.246.714 1.246.714 281.267 6.944.500
Amortização anual do impacto de transição das pensões
Aplicação do resultado do exercício de 2014:
Transferência para resultados transitados
Constituição de reservas 281.267 281.267 (281.267)
Distribuição de dividendos
(…) (82.556) (79.111) (79.111) (161.667)
Aumento de capital 257.885 (219.390) (219.390) 38.495
Reembolso de capital (16.550) (16.550)
Alterações de justo valor líquidas de imposto
Resultado liquido do exercício de 2015 607.358 607.358
Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.683.210 (107.912) 1.308.591 (79.111) 1.229.480 607.359 7.412.136
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5.5 Notas anexas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2015 1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Norte Alentejano, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM NA é uma instituição de crédito constituída em 19 de Setembro de 1997 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua da Lagoa n.º 14, em Fronteira e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Fronteira, Crato, Nisa, Marvão e Gavião.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS
2.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores
(Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam
66
fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à
contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior
regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de
aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo
IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de
reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período
para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de
Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011e 2013.
Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso 7/2008, de 14
de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.
As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2014, estão
pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é
67
convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos
para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira
registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à
vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.
68
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho
(com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos
concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros
69
vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo
relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em
que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a
cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou
superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para
efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo
com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se
a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens
genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
70
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50%
dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de
acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de
capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados, investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo
valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade),
71
momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados
quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos
financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos
financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe
evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.
Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de
imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição
significativa ou prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
72
.
ii) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
iii) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de
instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi
criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
iv) Imparidade em activos financeiros
73
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de
activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade
numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no
montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência
objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência
de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
f) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição
74
(incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:
Anos de vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Despesas em edifícios arrendados 10
Equipamento informático e de escritório 4 a 10
Mobiliário e instalações interiores 6 a 10
Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
75
i) Activos tangíveis disponíveis para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.
j) Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 15).
k) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i)
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a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:
• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante
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este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Durante o Ano de 2008, o BP emitiu um novo Aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição por um período adicional de 3 anos.
k) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
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• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
k) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.
Diferimento de comissões (IAS 18)
De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações.
3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
79
4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 5.406.577 1.996.029,73Cheques a cobrar 206.388 229.503,94Outras disponibilidades
5.612.965 2.225.534
5. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Activos financeiros disponíveis para venda:Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida 27.022,50 Instrumentos de capital 930 391 *
27.952 391
Durante o exercício de 2015 foram subscritos 27.000 eur de Obrigações CA Vida, valor
este que está incluído na rúbrica “instrumentos de dívida”. 6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-201431-12-2015
761.391 771.4532.376 5.106
763.767 776.559
Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal
Disponibilidade sobre bancos centrais no estrangeiroDepósitos à ordemCheques a cobrarOutras disponibilidadesJuros a receber
763.767 776.559
80
31-12-2015 31-12-2014
Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancárioAplicações a muito curto prazoDepósitos 28.016.181 24.609.543EmpréstimosOperações de compra de acordo com revendaAplicações subordinadasOutras aplicações #
28.016.181 24.609.543
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:
7. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Até três mesesEntre três meses e um ano 28.000.000 24.500.000Entre um ano e três anosEntre três e cinco anosMais de cinco anos
28.000.000 24.500.000Juros a receber 16.181 109.543
28.016.181 24.609.543
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Empresas e Admnistração Pública
Contas C. Caucionadas 1.089.000 1.365.500Descobertos 150.040 12.108Outros empréstimos 15.001.149 14.577.581
16.240.189 15.955.189Particulares
Contas C. Caucionadas 771.500 631.625Descobertos 30.024 49.422Consumo 4.267.972 4.146.518Habitação 8.754.713 8.833.844Outros empréstimos 11.409.345 10.168.983
25.233.553 23.830.392
Total crédito vivo 41.473.742 39.785.581
ESTRUTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITO VENCIDO Crédito vencido 2.545.450 3.421.407 Juros vencidos 191.937 148.306Total crédito e juros vencidos 2.737.387 3.569.713
Total carteira de crédito 44.211.129 - 43.355.294
PROVISÕES Para crédito e juros vencidos (2.309.822) (2.861.181) Para crédito de cobrança duvidosa (608.040) (302.352)Total provisões (2.917.862) (3.163.533)
Total carteira crédito - Total provisões 41.293.267 40.191.761
RENDIMENTOS A RECEBERJuros de crédito a clientes 321.496 297.489
RECEITAS COM RENDIMENTO DIFERIDOAssociadas a operações de crédito (133.893) (126.323)
41.480.870 40.362.927
8. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
82
31-12-2015 31-12-2014
Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.218.140 663.985Equipamento 72.263 -Outros -
1.290.402 663.985
Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais -Associadas -Outros activos não correntes detidos para venda -
-
1.290.402 663.985Imparidade:
Imóveis (55.272) (53.587)EquipamentoOutros -
1.235.131 610.398
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:
31-12-2014 31-12-2015
Valor Utilização
de Dotações
de Reposições
de Valor Valor
Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido
detidos para venda
Imóveis 663.984 53.586 721.718 167.563 1.625 3.310 - 1.218.139 55.272 1.162.867
Equipamento - - 72.263 - - - - 72.263 - 72.263
Outros - - - - - - - -
663.984 53.586 793.891 167.563 1.625 3.310 1.290.402 1.235.130
31-12-2013 31-12-2014
Valor Utilização
de Dotações
de Reposições
de Valor Valor
Activos não corrente Bruto Imparidade Aquisições Alienações Imparidade Imparidade Imparidade Bruto Imparidade Líquido
detidos para venda
Imóveis 567.423 53.586 96.562 - - - - 663.984 53.586 610.398
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
567.423 53.586 96.562 - - - - 663.984 53.586 610.398
83
9. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Imóveis: De serviço próprio:
Terrenos 140.733 - - - - - - - 140.733Edificios 1.922.734 (617.967) - 417.231 - (61.425) - - - 1.660.572Outros - - - - - - - - - -
Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -
2.072.811 (627.311) - 417.231 - (61.425) - - - 1.801.305
Equipamento: Mobiliário e material 241.073 (228.842) - 7.365 - (6.147) - - - 13.449 Máquinas e ferramentas 137.072 (87.571) - 2.718 - (11.454) - - - 40.765 Equipamento informático 135.652 (123.430) - - (6.351) - - - 5.870 Instalações interiores 87.432 (53.496) - 1.158 - (6.218) - - - 28.876 Material de transporte 120.388 (78.952) - - (2.549) - - - 38.887 Equipamento de segurança 313.391 (256.573) - 18.299 - (14.295) - - - 60.822 Outro equipamento 239.905 (215.536) - 36.855 - (11.057) - - - 50.167
1.274.913 (1.044.401) - 66.395 - (58.071) - - - 238.836
Equipamento em locação financeira:
Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -
Equipamento - - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
12.008 (12.008) - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:
(…) - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso 386.072 - - 12.257 - - - (398.329) - -
3.745.803 (1.683.721) - 495.883 - (119.496) - (398.329) - 2.040.141
31-12-2014
Valor Amortizações Amortizações Alienações
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates
Imóveis: De serviço próprio:
Terrenos 140.733 - - - - - - - - 140.733Edificios 1.922.734 (562.127) - - (55.840) - - - 1.304.767Outros - - - - - - - - - -
Obras em imóveis arrendados 9.344 (9.344) - - - - - - - - Outros imóveis - - - - - - - - - -
2.072.811 (571.471) - - - (55.840) - - - 1.445.500
Equipamento: Mobiliário e material 240.692 (221.060) - 381 - (7.782) - - - 12.231 Máquinas e ferramentas 126.625 (100.357) - 25.885 20.089 (7.303) - - (15.437) 49.501 Equipamento informático 179.859 (161.397) - 3.328 47.536 (9.569) - - (47.535) 12.222 Instalações interiores 77.432 (47.545) - 10.000 - (5.951) - - 33.936 Material de transporte 120.388 (71.604) - - (7.348) - 41.436 Equipamento de segurança 308.914 (241.928) - 4.477 - (14.645) - 56.818 Outro equipamento 215.846 (207.890) - 24.179 120 (7.766) - (120) 24.369
1.269.756 (1.051.781) - 68.249 67.745 (60.365) - - (63.093) 230.512
Equipamento em locação financeira:Imóveis 12.008 (12.008) - - - - - - - -
Equipamento - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - -
12.008 (12.008) - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso 80.189 - - 305.883 - - - - 386.072
3.434.764 (1.635.260) - 374.132 67.745 (116.206) - - (63.093) 2.062.083
31-12-2014
31-12-2013
84
10. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:
31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
674 674 - - - - - - - -
31-12-2014Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 674 674 - - - - - -Outros activos intangíveis - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
674 674 - - - - - - - -
31-12-2014
31-12-2013
11. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço
Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014
Caixa Central Lisboa 0,2293% 694.450 665.390Fenacam Lisboa 175 175CA Informática Lisboa 0,2422% 16.317,30 16.317,30CA Seguros Lisboa 59 59
711.001 681.941
Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
Activo Liquido Situação Liquida Resultado Liquido
Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464
CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 -186
CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282
CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298
CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900
Fenacam 7.269.121 4.917.483 -346.093
a) todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de Auditoria e certificação de contas
85
12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 eram os seguintes:
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:
2015 2014A ctivo s po r im po sto s diferido s
P o r diferenças tem po rárias 581.306 685.600P o r pre juízo s f isca is repo rtáve is
581.306 685.600P assivo s po r im po sto s d ife rido s
P o r diferenças tem po rárias581.306 685.600
A ctivo s po r im po sto s co rrentesP agam ento s po r co ntaO utro sIm po sto so bre o rend im ento a recuperar 10.760
10.760 -P assivo s po r im po sto s co rrentes
Im po sto so bre o rend im ento a pagar 129.60310.760 129.603
Saldo Variação Variação Saldo em Adopção da REG em Resultados em em
31-12-2014 IAS 39 Transitados Reservas 31-12-2015
. Activos tangíveis e imparidade - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. P rémio de antiguidade - - 32.112 - - 32.112
. Encargos com saúde - - 6.438 - - 6.438
. Provisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 44.543 - 43.881 - - 88.424Provisões para crédito vencido 575.540 - (154.069) - - 421.471Provisões para riscos gerais de crédito 65.517 - (37.041) - - 28.476Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para imóveis - - - - - -Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. PensõesReformas antecipadas - - 4.385 - - 4.385Desvios actuariais - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -(…)
. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -
. Valias fiscais - - - - - -
. P rejuízos fiscais reportáveis - - - - - -
. Comissões - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -(…) -
685.600 - (104.294) - - 581.306
86
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:
2015 2014
Impostos correntes 143.392 129.603
Impostos diferidos 79.795 32.538Registo e reversão de diferenças temporáriasPrejuízos fiscais reportáveis - -
79.795 32.538
Total de impostos reconhecidos em resultados 223.187 162.141
Lucro antes de impostos 830.545 443.408
Carga fiscal 26,87% 36,57%
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como segue:
Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante
Resultado antes de impostos 830.545 443.408
Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 174.414 23,00% 101.984
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 21,00% 1.122.044 23,00% 1.182.167Diferimento de comissões 21,00% 23,00%Activos não correntes detidos para venda 21,00% - 23,00% -Activos tangíveis e intangíveis 21,00% 23,00%(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 21,00% - 23,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 21,00% - 23,00% -Variações patrimoniais negativas 21,00% (132.683) 23,00%Outras diferenças permanentes 21,00% 62.243 23,00% 22.880Tributações autónomas 0,42% 3.478 1,53% 6.771(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 398.729 385.916
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 21,00% 1.248.441 23,00% 981.742
Custo com imposto do exercício 16,44% 136.556 36,11% 160.115
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores
Impostos correntes sobre os lucros 136.556 160.115
2015 2014
87
13. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Outros activosOutros metais preciosos 5.083 5.083Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo
IVA a recuperar - -(…) - -
Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber - -Outros devedores diversos 238.963 257.583(…)
244.045 262.665Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 23.338 77.205Seguros 2.945 2.331SAMS - -Outras 7.849 7.851
34.132 87.387
Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -IAS 19 - -ATM'S (nº total ATM'S 13) 545.300 351.130Outras 55.729 100.801
601.029 451.931
Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos -(…) - -
- -
879.206 801.984 14. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rúbrica diz respeito exclusivamente ao Programa de operações de
refinanciamento direccionadas (TLTRO) definido pelo BCE em 5 de Junho de 2014, com
objectivo expresso de incentivar o crédito à economia mediante a garantia de
financiamento.
A CCAM do Norte Alentejano tem acesso a esta linha de financiamento por intermédio
de operações com CCCAM, através dos quais são efectuadas transferências de fundos
de acordo com o crédito concedido pela CCAM.
88
15. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
16. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:
31-12-2015 31-12-2014
Depósitos À ordem 24.938.847 22.673.961A prazo 26.883.623 27.730.377De poupança 14.506.806 13.644.757
Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagarOutros 3.040.212 3.928
Juros a pagar 131.382 284.041
69.500.870 64.337.065
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 302.352 1.087.156 781.468 608.040- Crédito e juros vencidos 2.861.182 774.428 1.277.984 47.804 2.309.822- Risco-país -
3.163.533 1.861.585 2.059.452 47.804 - 2.917.862Provisões: - Riscos gerais de crédito 394.440 61.174 45.779 409.836 - Outros riscos e encargos - - Riscos bancários gerais -
394.440 61.174 45.779 - - 409.836Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros - - - -- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 53.587 3.310 1.625 55.272Outros activos tangíveis -Outros activos -
53.587 3.310 - 1.625 - 55.272
3.611.561 1.926.069 2.105.231 49.429 - 3.382.970
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 212.232 1.058.130 947.655 20.355 302.352- Crédito e juros vencidos 2.664.733 1.025.360 828.835 77 2.861.182- Risco-país -
2.876.965 2.083.490 1.776.490 20.432 - 3.163.533Provisões: - Riscos gerais de crédito 380.134 75.064 60.759 1 394.440 - Outros riscos e encargos -
- Riscos bancários gerais -380.134 75.064 60.759 - 1 394.440
Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros - - - -- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 53.587 53.587Outros activos tangíveis -Outros activos -
53.587 - - - - 53.587
3.310.686 2.158.554 1.837.249 20.432 1 3.611.561
89
No âmbito do processo de recuperação de crédito do cliente NISACOOP – Cooperativa Agro-Pecuária de Nisa, CRL, verificou-se a existência de um valor global de 116.173,58 eur a favor dos trabalhadores desta entidade, sendo este montante graduado como privilegiado. Neste sentido, a CCAM do Norte Alentejano procedeu ao pagamento deste montante aos trabalhadores, a título de indemnizações, para posteriormente proceder à recuperação dos créditos vencidos. Contabilisticamente, este valor foi considerado na rúbrica “Perdas por Imparidade – Outros activos”.
17. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Credores e outros recursosCredores por operações sobre futurosSector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 50.028 58.772Contribuições para a Segurança Social 22.999 21.913Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.793
Cobranças por conta de terceiros 1.493 1.515Contribuições para outros sistemas de saúde 5.038 4.728Credores diversos:Empresas do Grupo 18.719 65.380Outras Empresas 71.793 163.297
Contribuições a entregar – Fundo de PensõesOutros credores 9.627 1.435
Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparadosComissões por operações sobre instrumentos financeirosPor gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias 135.043 139.678Prémio de antiguidade 132.211 133.238Subsídio de morteRemunerações variáveisOutros Gastos c/pessoal SAMS
Por gastos gerais administrativosOutros Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 2.529 3.528Outras operações associadas a Operações Crédito 8.604 8.749Emissão e anuidades de cartões 24.299 19.914Com abertura tx efectiva 101.865 97.659 Valores a regularizarPosição cambialOperações sobre valores mobiliários a regularizarOutras operações a regularizar (Compensação/MEP) 271.124 231.276
857.166 951.083
90
18. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:
Nº de Nº de Nº Nº deT´s Capital Accionistas T´s Capital Accionistas
1.172.632 3.206 1.088.347 3.169
1.172.632 3.206 1.088.347 3.169
20142015
NOTA: Não existem entidades com participação superior a 0,1% Em 2014, no nº de títulos de capital estão incluídos 908.841 por incorporação de
reservas. Em 2015 o nº de títulos por incorporação de reservas passou a 952.719. Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República
– I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.
19. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Reserva legal 1.191.535 1.135.282Outras reservas 117.056 111.433Resevas Reavaliação (79.111) (25.356)Resultados transitados 607.538 - 1.837.018 1.221.358Lucro do exercício 281.267 1.837.018 1.502.625
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou
para aumentar o capital.
91
20. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 527.870 547.923
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro
Juros de crédito a clientes
Crédito não representado por valores mobiliários
Crédito interno
Empresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 5.277 14.979
Empréstimos 677.953 715.414
Créditos em conta corrente 101.909 122.970
Descobertos em depósitos à ordem 32.693 26.070
Particulares
Habitação 93.821 117.613
Operações de locação financeira
Outros créditos
Consumo 247.070 256.298
Operações de locação financeira
Outros créditos
Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 153 237
Empréstimos 557.251 562.635
Créditos em conta corrente 62.258 65.790
Descobertos em depósitos à ordem 15.118 15.190
Juros de crédito vencido 63.256
145.817
Outros créditos 20.007 18.011
2.404.636 2.608.947
21. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Juros de recursos de outras instituições de créditono país 4.995 2.075no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 494.568 721.868Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinadosOutras comissões pagas:
operações de crédito - -Outros juros e encargos similares
499.563 723.943
92
23. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014Por garantias prestadas
Garantias e avales 23.438 22.445Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - * - *
Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 34.604 35.476Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.774 * 1.774 *
Compromissos revogáveis - -
Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 480 1.083Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários
Comissão de gestão 6Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -
Transferência de valores 7.942 15.570Gestão de cartões 111 426Anuidades 43.551 41.858Montagem de operações - -Operações de crédito
Por operações de factoring - -Outras operações de crédito-abertura 41.403 39.293 *Outras operações de crédito-processamento 52.202 48.038Outras operações de crédito 82.065 59.290
Outros serviços prestados 550 * 994Comissões INTER operações Crédito 36.138 32.636Comissões - Cartões 125.528 124.019
Comissões recebidas(Manutenção) 88.742 89.052 * Comissões recebidas(Cheques) 51.762 56.572Mora ou contencioso 65.484 75.614Com.Comercialização CA Seguros/CA Vida 240.619 205.254OIC'S A clientes
Outras 19.790 18.187916.185 - 867.588
24. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
25. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Operações cambiais à vista 330 743Operações cambiais a prazo - -
31-12-2015 31-12-2014
Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 578 1.537Operações de crédito - -Cobrança de valores 180 461Transferencia de valores 20.619 17.966OutrosCom.Interbancarias - cartões 54.628 51.811Outros - Caixa Central 166 130
Por operações realizadas por terceirosOutras comissões pagas 30
76.171 71.934
93
26. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Este valor resulta da alienação de activos não correntes detidos para venda. 27. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-20154
Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) -
Outros activos não financeiros -- -
Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 13.922 2.097Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis 69.740 113.419Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 185.644 179.178
Rendimentos da prestação de serviços diversos 54.083 39.964Outros 3.688 4.141
327.078 338.799
Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (13.410) (8.243)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (14.920) (25.235)Resultados de alienação de outros activos 2.270Perdas em activos não financeiros (2.270)Impostos (11.543) (10.205)Outros encargos e gastos operacionais (102.181) (89.199)
(142.054) (132.882)
185.024 205.917
94
28. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 73.494 78.491Empregados 916.717 896.025
Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 199.679 189.991SAMS 44.518 41.736Outros 5.846 -
Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 9.214 9.832
Outros - -
Encargos sociais facultativos - -
Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais 28.000Outros 11.541 7.647
1.261.009 1.251.722
O número médio de colaboradores da Caixa em 2015 e 2014 apresenta a seguinte composição:
ACTIVOS 2015 2014
DIRECÇÃO 1 1
COORDENAÇÃO GERAL 1 1
COORDENAÇÃO DE ÁREA 3 3
COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO 7 7
ÁREA TÉCNICA 2 2
ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 14 15
ÁREA ADMINISTRATIVA 2 1
SERVIÇOS DE APOIO 5 5
35 36
PRÉ-REFORMA / SUSPENSÃO CT / EXTINÇÃO CT 2015 2014
DIRECÇÃO
COORDENAÇÃO GERAL
COORDENAÇÃO DE ÁREA 1 1
COORDENAÇÃO DE DELEGAÇÃO
ÁREA TÉCNICA
ÁREA ACÇÃO COMERCIAL 4 3
ÁREA ADMINISTRATIVA
SERVIÇOS DE APOIO 2 2
7 6
95
No exercício de 2015 a remuneração do Revisor Oficial de Contas da CCAM do Norte Alentejano ascendeu a 18.000 eur.
29. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2015 31-12-2014
Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 43.661 44.285Material de consumo corrente 9.457 10.858PublicaçõesMaterial de higiene e limpeza 1.272 1.676Outros fornecimentos de terceiros 9.138 7.977 *
63.527 64.795Com serviços:
Rendas e alugueres 17.835 20.667Comunicações 81.066 93.495Deslocações, estadas e representação 15.285 21.781Publicidade e edição de publicações 31.654 25.347Conservação e reparação 14.160 13.626Transportes 7.828 13.399Formação de pessoal 845 2.430Seguros 17.052 15.448Serviços especializados:
Avenças e honorários 76.545 44.445Judiciais contencioso e notariado 5.716 13.035Informática 258.643 256.562Segurança e vigilância 3.694 933Limpeza 16.797 12.975InformaçõesBancos de dadosMão de obra eventualOutros serviços especializados:
Estudos e consultasConsultores e auditores externos 29.346 18.052Seviço Suporte ao Negócio 23.622 23.125Compensação 5.796 6.171Avaliadores externos 9.176 13.789SIBS 53.665 50.460Outros serviços de terceiros 52.129 41.873
720.854 687.613
784.381 752.409
30. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extra patrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
96
31-12-2015 31-12-2014
Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 616.179 720.444Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuais
Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis 3.498.783 3.476.810Compromissos revogáveis 434.362 383.543
Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores
Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 775 126Valores recebidos para cobrança 40.325 55.987Valores administrados pela instituiçãoOutras -
4.590.424 4.636.909
31. ENTIDADES RELACIONADAS
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 10), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
97
Associadas Coligadas
Outras empresas do
Grupo Total Associadas Coligadas
Outras empresas do
Grupo TotalActivos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito 5.612.234 - - 5.612.234 2.225.534 - - 2.225.534
Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -
Aplicações em instituições de crédito 28.016.181 - - 28.016.181 24.609.543 - - 24.609.543
Crédito a clientes - - - - - - - -0 0Invest.em filiais, associadas e empreend.conj. 694.450 - 16.551 711.001 665.390 - 16.551 681.941Outros activos 88.650 146.515 235.165 866.866 142.539 - 1.009.405
Passivos:
Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Recursos de outras instituições de crédito 3.178.973 - - 3.178.973 86.407 - - 86.407
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -
Passivos subordinados - - - - - - - -
Outros passivos 193 - 18.526 18.719 1.233 64.875 - 66.108
Custos:
Juros e encargos similares 4.995 - - 4.995 2.075 - - 2.075
Encargos com serviços e comissões 24.404 - - 24.404 21.904 - - 21.904
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -
Gastos gerais administrativos 5.903 - 420.946 426.849 13.288 362.409 - 375.696
Proveitos:
Juros e rendimentos similares 527.870 - 527.870 547.923 - 547.923
Rendimentos de instrumentos de capital - - 3 3 - 2 - 2
Rendimentos de serviços e comissões 36.138 - 240.619 276.758 37.602 204.863 242.465
Outros resultados de exploração - - - - - -
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -
Garantias recebidas - - - - - -
Compromissos perante terceiros - - - - - -
2015 2014
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.
32. PENSÕES DE REFORMA
De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.
98
Os impactos contabilísticos e fiscais incluídos no presente documento relacionados
com as responsabilidades com o SAMS têm como pressuposto que o financiamento
dessas responsabilidades passou a ser assegurado pelo fundo de pensões crédito
agrícola no exercício de 2008 no pressuposto de que:
1) O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) aprovou a a alteração do contrato
constitutivo do fundo de pensões crédito agrícola, com vista ao enquadramento da
cobertura dos encargos com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) no referido fundo
de pensões com produção de efeitos no exercício de 2008, conforme solicitado pela CA
Vida por carta dirigida àquele Instituto em 19 de Dezembro de 2008;
2) Após a obtenção da autorização do ISP, a CA Vida e a caixa central assinaram a
proposta de alteração do contrato constitutivo do fundo de pensões, a qual menciona,
na sua cláusula única, que a produção dos respectivos efeitos foi a partir de um
determinado dia de Dezembro de 2008;
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da
CCAM NORTE ALENTEJANO com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014
foram os seguintes:
31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit
Credit”“Projected Unit
Credit”
Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%
Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%
Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%
(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%
Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%
(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013
99
Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com
o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados
médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem
vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, é o seguinte:
31-12-2015
F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 820,542
F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 402,498
F.2 Com licenças sem vencimento 11,689
F.3 Com pré-reformados 44,953
F.4 Com pensões em pagamento 361,402
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência
referente à CCAM NORTE ALENTEJANO é o que a seguir se apresenta:
G.1 + Custo do serviço corrente 14,022
G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 785
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 120,740
G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados 58,697
G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos
62,043
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 135,547
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM NORTE
ALENTEJANO foi o seguinte:
A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 678,574
H.1 (+) Contribuições efectuadas 125,218
H.1.1 Pela CCAM NORTE ALENTEJANO 116,257
H.1.2 Pelos empregados 8,961
H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0
H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 2,650
H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8,648
H.9 (+) Participação de resultados no seguro 4,908
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 10,971
100
H.5.1 Por reformas antecipadas 656
H.5.2 Outros 10,315
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 6,209
H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 785,521
H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015
(H.7.2015 – A.4.2014) 106,947
O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das
responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:
F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 699,525
G.1 (+) Custo do serviço corrente 14,022
G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 5,061
H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 8,961
G.2 (+) Custo dos juros 18,894
G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 105,281
G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 10,971
H.5.1 Por reformas antecipadas 656
H.5.2 Outros 10,315
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 6,209
F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 820,542
K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 121,016
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo
com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:
F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 820,542
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 22,654
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 778,252
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101
A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:
I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 489,977
I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 160
101
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19
Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de
2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de
reavaliação”.
No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido
no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:
RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 16,568
RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e perdas
atuariais -124,481
RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -107,912
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de
antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a
seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2014
N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 123,374
N.2.2014 Com licenças sem vencimento 3,945
N.2014 Total 127,319
Prémio de Antiguidade 31-12-2015
N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 127,685
N.2.2015 Com licenças sem vencimento 4,525
N.2015 Total 132,210
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no ativo 4,311
O.2. Com licenças sem vencimento 580
O. Total 4,891
102
33. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Risco de crédito
Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das
contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2015 a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de
instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como
segue:
Patrimoniais:
Crédito a clientes 44.398.732 (2.917.862) 41.480.870Derivados de coberturaDisponibilidades em outras instituições de crédito 5.612.965 5.612.965Aplicações em instituições de crédito 28.016.181 28.016.181
78.027.879 (2.917.862) 75.110.017
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas 616.179 616.179Compromissos irrevogáveis 3.498.783 3.498.783
4.114.962 - 4.114.962
Risco de mercado
Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-
flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de
mercado, incluindo:
- risco cambial
- risco de taxa de juro
- outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços
de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco
de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada
103
instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos
financeiros similares transaccionados no mercado.
34. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Norte Alentejano está inscrita na
Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de
Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do
Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de
intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola,
designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos
Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para
todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros,
SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo
Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de
contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda
aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que
sejam entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas
seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela
colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em
Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na
Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões.
Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro
de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros
Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as
remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015,
encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros
auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
104
Origem Seguradora 2013 2014 2015 % por Origem 2015
Ramos Não Vida CA Seguros 128.246,97 133.942,26 170.130,98 70,8% Ramo Vida CA Vida 102.178,45 69.682,31 68.314,55 28,4% Fundos de Pensões CA Vida 1.003,67 1.238,59 1.688,42 0,7%
Total 231.429,09 204.863,16 240.133,95 100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua
a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros.
Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a
reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.
35. FUNDOS PRÓPRIOS
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola do Norte Alentejano
Em euros 2014 2015 Δ 14/15
Fundos Próprios totais 6.959.859 6.767.725 -2,8%
Common equity tier 1* 6.663.183 6.767.725 ---
Tier 1*
6.663.183 6.767.725 1,6%
Tier 2
296.675 0 -100,0%
Posição em risco de activos e equivalentes 74.199.443 82.645.505 11,4%
Requisitos de fundos próprios 42.388.075 44.127.837 4,1%
Crédito
36.177.939 38.114.433 5,4%
Operacional
6.210.135 6.013.405 -3,2%
CVA
--- --- ---
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* 15,7% 15,3%
Tier 1 * 15,7% 15,3% -0,4 P.P
Tier 2 0,7% 0,0% -0,7 P.P
Total* 16,4% 15,3% -1,1 P.P
36. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração,
para divulgação, no dia 02 de Março 2016.
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