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2018
RELATÓRIOE CONTAS
ÍNDICE
SUMÁRIO p. 7
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO p. 11
ATIVIDADE INDUSTRIAL p. 20
DISPOSIÇÕES LEGAIS p. 23
GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS p. 23
ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO p. 25
CONTAS E NOTAS ANEXAS p. 27
GESTÃO DE PESSOAS p. 21
GRÁFICOS p. 8
DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA p. 28
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL p. 31
ATIVIDADE FLORESTAL p. 19
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO p. 32
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA p. 34
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS p. 37
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS p. 24
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS p. 30
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL p. 117
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS p. 123
CONSIDERAÇÕES GERAIS p. 13
EVENTOS SUBSEQUENTES p. 23
MERCADO p. 16
SUMÁRIOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018 7
Empregados do quadroem 31 de dezembro (*)
1.000 Euros 2017
Vendas líquidas
Amortizações e depreciações
Resultados operacionais
Resultados líquidos
Capital próprio
Valor acrescentado
Investimento
2017 2016 2015 20142018
539.102
34.082
210.717
137.821
288.053
234.908
2.957
228
433.945
34.486
130.680
88.509
301.778
144.868
25.443
228
392.227
31.882
102.482
92.765
268.798
117.674
20.042
217
427.971
33.014
143.194
119.284
278.437
160.151
14.955
207
368.662
30.901
77.187
28.073
288.843
90.140
18.888
213
(*) Não inclui os Orgãos Sociais nem contratos a termo certo.
600
650
700
750
VENDAS DE PASTA DE EUCALIPTO(Milhares de toneladas)800
0
100
200
300
400
500
VENDAS LÍQUIDAS(Milhões de Euros)600
600
650
700
750
PRODUÇÃO DE PASTA DE EUCALIPTO(Milhares de toneladas)800
GRÁFICOS
RELATÓRIO E CONTAS 20188
RELATÓRIO E CONTAS 2018 9
100
150
200
250
300
CAPITAL PRÓPRIO(Milhões de Euros)350
0
50
100
150
200
RESULTADOS OPERACIONAIS(Milhões de Euros)250
0
5
10
15
20
25
INVESTIMENTO(Milhões de Euros)30
2018
RELATÓRIODO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO E CONTAS 201812
Neste contexto, o volume de comércio mundial desacelerou fortemente, sendo esta
evolução generalizada em termos de países, que se poderá alargar a 2019.
O abrandamento da atividade ocorreu quer no conjunto das economias avançadas quer
nas economias de mercado emergentes, mas com desempenhos diferenciados entre
países. Destacam-se a aceleração da economia norte-americana, que registou em 2018,
o nono ano consecutivo de expansão da atividade económica com o PIB a crescer 2,9%,
o elevado dinamismo da Índia (crescimento de 7,1%) e um ritmo de crescimento ainda
robusto, embora mais baixo, na economia chinesa atingindo 6,6% (face aos 6,9% em
2017). Em contraste, observou-se uma desaceleração no Japão, no Reino Unido, na área
do Euro e também nalgumas economias de mercado emergentes, como a Turquia e a
Argentina.
Introdução
Contrariamente ao otimismo inicial, a atividade económica mundial registou um
abrandamento em 2018, num contexto de tensões comerciais crescentes entre os EUA e
China, de deterioração das perspetivas quanto ao investimento, de incerteza quanto ao
curso das políticas em diversos países e de condições financeiras mais restritivas.
CONSIDERAÇÕES GERAISEXERCÍCIO DE 2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018 13
Relativamente às quatro maiores economias da Zona Euro, que representam cerca de
metade da procura externa portuguesa, o abrandamento foi menos acentuado na
economia espanhola, que continuou a apresentar uma taxa de crescimento anual mais
elevada do que nas restantes economias (2,6% em Espanha, face a 1,6% na França, 1,4%
na Alemanha e 0,7% na Itália).
Em 2018, o crescimento do PIB na Zona Euro caiu de 2,5 para 1,8%. A desaceleração da
atividade foi generalizada em termos de países e deveu-se sobretudo à evolução das
exportações.
Portugal
Para 2019 a previsão mais recente do BCE aponta para um abrandamento das
economias da Zona Euro para 1,1%, refletindo receios quanto ao impacto do
arrefecimento da economia global na procura externa, às incertezas do impacto das
políticas macroeconómicas, fiscal e monetária, assim como a permanência de fatores
internos de incerteza – Brexit e Itália.
A economia portuguesa registou em 2018 o quinto ano consecutivo de expansão
económica, embora em ritmo de desaceleração, de 2,8% em 2017 para 2,1% em 2018. O
crescimento continuou a ser suportado pela maior robustez da procura interna bem
como pelo bom desempenho das exportações, com especial destaque para o turismo. A
taxa de desemprego voltou a cair durante 2018 e a inflação média anual foi de 1%, abaixo
das previsões no início do ano e bem abaixo da média europeia de 1,9%.
Em geral as perspetivas para 2019 não são muito positivas prevendo-se a continuidade
da desaceleração do ritmo de crescimento, antecipando-se uma diminuição da taxa de
crescimento para 1,7%, segundo as últimas previsões do Banco de Portugal.
No conjunto do ano, as exportações desaceleraram de 5,5% para 3,1%, dado o
abrandamento da economia mundial e o aumento da incerteza associado às políticas
comerciais.
Europa
RELATÓRIO E CONTAS 201814
Celbi
Em De acordo com os dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC), World
Chemical Market Pulp Global 100 Report, em 2018 a procura total de pastas hardwood
cresceu cerca de 0,4%, o que se materializou num crescimento incremental absoluto de
0,35 milhões de toneladas.
No entanto, a travagem do consumo foi muito acentuada no mês de dezembro de 2018,
mês em que a procura de pastas hardwood ascendeu a 2,8 milhões de toneladas, o que
corresponde a um decréscimo de 18% face à procura registada no mês de dezembro de
2017.
Em 2018, a Celbi, uma vez mais, estabeleceu um novo record em termos de produção e
venda de pasta, fruto dos elevados níveis de eficiência que caraterizam a Empresa, bem
como dos investimentos realizados que permitiram uma melhoria significativa nos
processos de produção.
O 4º trimestre de 2018, em termos de evolução do preço da pasta BHKP, ficou
caracterizado por uma tendência de descida, tendo o preço médio atingido 1.045
USD/ton, o que compara com um preço médio de mercado (PIX) no 3º trimestre de
cerca de 1.050 USD/ton.
O total de vendas de pasta foi de 481,3 milhões de Euros, superior em 103,5 milhões ao
obtido em 2017. Para este aumento, o preço da pasta contribuiu com 91,6 milhões de
Euros e a quantidade vendida contribuiu com 11,9 milhões de Euros. O total dos
proveitos operacionais ascendeu a 548,9 milhões de Euros, o que representa um
acréscimo de 23,8% face ao registado no ano anterior.
Por outro lado, os custos com as Vendas, FSE's e Pessoal ascenderam a 328,8 milhões de
Euros, representando um acréscimo de 5,4% relativamente ao valor registado no ano
transato.
Setor
O EBITDA do exercício foi de 210,7 milhões de Euros, representado um aumento de 61,2%
em relação ao ano anterior. A margem sobre o total de proveitos foi de 38,4%, mais 8,9
p.p. do que o verificado em 2017.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 15
Finalmente, o Resultado Líquido da Celbi foi de 137,8 milhões de Euros, superior em 49
milhões ao obtido no ano de 2017.
Ao nível do investimento a Celbi continua a levar a cabo um programa de trabalhos
conducentes à melhoria do seu processo de fabrico, ao aumento da eficiência e da
sustentabilidade ambiental.
O endividamento nominal remunerado líquido deduzido de disponibilidades teve um
acréscimo de cerca de 13,6 milhões de Euros, sendo a mesma no final do ano de 334,1
milhões de Euros. Não obstante, os Custos Financeiros registaram uma redução, face ao
ano anterior, de cerca de 24%.
Perspetivas Futuras
Durante o primeiro trimestre de 2019 realizou-se a paragem programada para
manutenção da unidade industrial. Não serão de esperar alterações significativas nos
volumes a transacionar, considerando o nível de stocks acumulados nos meses
anteriores.
Os preços da pasta nos mercados internacionais mantêm a tendência de descida,
embora de forma suave, e com alguma compensação na paridade EUR/USD.
RELATÓRIO E CONTAS 201816
Para a Celbi, 2018 foi o melhor ano de sempre. Uma procura vigorosa, aliada a um
câmbio favorável bem como a um conjunto de eventos que mantiveram restringida a
disponibilidade de celulose no mercado foram os fatores que mais contribuíram para
um ano comercial excecional. O primeiro PIX do ano apresentava para a fibra curta
981,69 USD/ton e 1.003,33 USD/ton para o caso da fibra longa. A diferença do preço PIX
entre os dois tipos de celulose era, portanto, de 21,64 USD um valor claramente favorável
para a fibra curta cuja diferença de preço histórica tem ultrapassado em média os 100
USD/ton.
Após este começo desde logo interessante, fomos assistindo, ao longo do ano, a uma
subida gradual e constante dos preços de ambas as fibras até atingirem os 1.050
USD/ton na fibra curta em maio e os 1.230 USD no caso da fibra longa, durante o mês de
outubro. Com a cotação EUR/USD favorável, o PIX em Euros atingiu um máximo de
929,61 EUR/ton no caso do BEKP e 1.088,98 EUR/ton para o caso do NBSK.
MERCADOEXERCÍCIO DE 2018
VENDAS POR APLICAÇÃO FINAL - ALTRI
TISSUE 53%
P&W 23%
OTHER 2%
PACKAGING 2%
SPECIALTIES 11%
DISSOLVING 9%
RELATÓRIO E CONTAS 2018 17
EUROPE 70%
VENDAS POR REGIÃO - ALTRI
PORTUGAL 11%
ASIA 10%
OTHERS 9%
Vários fatores contribuíram para o aumento da procura e por consequência para estes
aumentos dos preços. O desempenho das principais economias mundiais, com especial
incidência para as da Ásia e da União Europeia que continuaram a apresentar
crescimentos económicos vigorosos, impulsionados por níveis de investimento
interessantes e forte crescimento dos consumos internos criando uma ligeira tendência
inflacionária que contrastou com os anos precedentes.
Outro fator determinante foi o desequilíbrio provocado por uma contração da oferta –
reduções imprevistas na produção e expedição de celulose – resultantes de uma greve
prolongada dos transportadores rodoviários no Brasil e dos problemas técnicos
recorrentes ocorridos na nova unidade de produção de celulose na Indonésia.
Acrescentam-se ainda algumas conversões de pasta papeleira para pasta solúvel que
ocorreram durante o ano, no continente asiático. Ainda do lado da oferta, não é
negligenciável o impacto da redução de importação de papel reciclável por parte da
China, que em 2018 contraiu 34% devido às apertadas regras a que o Estado Chinês
sujeitou a sua importação.
RELATÓRIO E CONTAS 201818
Do lado da procura, a China contribuiu com um aumento de 7,8% na procura de fibra
curta, com especial incidência na pasta branqueada de Eucalipto (BEKP).
O câmbio do EUR/USD foi outro fator que contribuiu diretamente para o resultado do
ano. O Euro começou por cotar 1,219 USD em janeiro, foi ficando favorável ao longo do
ano tendo terminado nos 1,137 USD.
No final do ano, as negociações contratuais para 2019 decorreram sob um cenário
macroeconómico favorável, permitindo à Celbi renovar os contratos com os seus
clientes, assegurando a sua habitual presença forte no mercado Europeu, visando ao
mesmo tempo uma distribuição equilibrada das suas vendas tanto do ponto de vista
geográfico como nos segmentos de mercado para os quais a sua celulose é mais
adequada.
A empresa apresentou um volume de vendas record de 764.639 tons, 3% acima do total
vendido em 2017. A aposta constante na melhoria da qualidade da pasta, resultante dos
vários projetos de investimento e de ações de melhoria contínua, permitiu que a Celbi
continuasse a consolidar a sua posição de produtor Europeu líder nas pastas
branqueadas de eucalipto.
Apesar de se perspetivar um abrandamento da economia global em 2019, o facto de
não se preverem entradas de novas capacidades de produção bem como a
manutenção das restrições, cada vez mais apertadas, na importação de fibra reciclável
por parte da China, deixam antever um ano de 2019 ainda assim bastante positivo para
o sector da celulose.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 19
A atividade florestal efetuada durante o ano de 2018, caraterizou-se pela gestão e
garantia do abastecimento de madeira à fábrica, pelas atividades nucleares referentes
ao fomento da gestão florestal sustentável e pelo incremento da qualidade da madeira
rececionada.
No que se refere ao abastecimento de madeira, a Celbi foi abastecida por madeira
providente do património florestal gerido pelo grupo Altri, do mercado nacional, da
Galiza e da América do Sul. O abastecimento proveniente de florestas geridas de acordo
com critérios de sustentabilidade, representou cerca de 60% do abastecimento total da
Celbi, contribuindo assim para uma maior sustentabilidade e garantia das boas práticas
silvícolas. Do património gerido pelo grupo Altri, o fornecimento de madeira situou-se
ao mesmo nível no ano anterior. O ano de 2018 foi um ano favorável às atividades
silvícolas tendo contribuído para um aumento do fornecimento de madeira do mercado
nacional face ao ano anterior. Dentro dos processos de melhoria continua, realizou-se no
presente ano a avaliação dos fornecedores de madeira da Celbi, procurando sempre
melhorar e reconhecer os fornecedores com base na qualidade da madeira fornecida e
fomentar a certificação da sua cadeia de responsabilidade.
ATIVIDADE FLORESTALEXERCÍCIO DE 2018
RELATÓRIO E CONTAS 201820
ATIVIDADE INDUSTRIALEXERCÍCIO DE 2018
Deu-se continuidade ao projeto “comportamentos responsáveis”, daí resultando o
decréscimo da sinistralidade relativamente aos últimos anos, tendo o programa
abrangido os prestadores de serviços. Em particular, a Celbi esteve fortemente envolvida
na divulgação e na realização de ações de formação do Programa CSIP (Cartão de
Segurança na Indústria Papeleira), destinado a trabalhadores de empresas externas.
A otimização das instalações processuais, decorrente dos projetos realizados nos anos
anteriores (novo lavador na lavagem de pasta crua, novo reator de branqueamento,
alteração do processo de cozimento, melhorias na máquina de secagem e nova linha de
descasque e processamento de madeira), conjugada com estratégias de manutenção
adequadas, permitiu melhorar a disponibilidade das instalações e a eficiência global da
fábrica, com resultados ambientais e económicos relevantes.
O ano de 2018 ficou caracterizado pela obtenção de um novo recorde anual de
produção, com um valor superior a 2017 em 7,3 %.
Foram ainda batidos recordes diários, mensais e trimestrais de produção. Os consumos
específicos de energia elétrica e gás natural e o uso específico de água foram inferiores
aos dos anos anteriores.
O “Projeto Eficiência Futuro”, baseado nos princípios KAIZEN e no acompanhamento de
indicadores, implementado em toda a fábrica, continuou a revelar-se fundamental na
consolidação das práticas de melhoria contínua, com impacte direto no desempenho e
na fiabilidade das instalações. Por outro lado, foi iniciado em 2018 um projeto de
aplicação industrial de ferramentas informáticas OPP (“Optimization of Process
Performance”), com metodologias tipo “Industry 4.0” com resultados imediatos no
aumento de capacidade e/ou melhoria de consumos nas áreas processuais abrangidas
por esta metodologia.
Em termos ambientais, nada de significativo merece ser mencionado quanto a
emissões gasosas, emissões líquidas e produção de resíduos.
Assistiu-se a uma melhoria das propriedades mecânicas do produto acabado, não se
tendo verificado reclamações de qualidade. A realização de campanhas de produção de
pastas especiais aumentou relativamente a 2016-2017.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 21
GESTÃO DE PESSOASEXERCÍCIO DE 2018
De destacar o programa iniciado no 2º semestre de 2018, em parceria com a Porto
Business School (PBS), designado por “Growth Program for Altri High Potencials” com o
objetivo de apostar nos quadros mais jovens das diversas áreas das empresas do Grupo,
a quem foi identificado potencial para poder exercer funções mais complexas e
exigentes no futuro.
O grande diferencial competitivo nas organizações é saber não só atrair, mas ser capaz
de reter os melhores profissionais de forma a assegurar a excelência da organização e
consolidar a sua imagem de referência. Por isso, a Celbi continua a apostar numa
estratégia que tem vindo a seguir de valorização e qualificação dos seus trabalhadores,
orientada para enfrentar os desafios futuros.
O programa foi estruturado para alinhar a estratégia de negócio, integrar os valores e a
cultura organizacional do grupo e desenvolver competências comportamentais e de
gestão críticas (liderança, cooperação e trabalho em equipa, negociação,
autoconhecimento, inteligência emocional e produtividade individual), de forma a que
os futuros líderes sejam capazes de responder aos desafios de um mercado cada vez
mais global e competitivo.
Assim, o ano de 2018 evidencia o esforço e investimento que a Celbi tem feito no
desenvolvimento das aptidões e competências dos seus trabalhadores. O volume total
de formação atingiu neste ano cerca de 12.382 horas (+ 33% que em 2017) representando
um esforço de cerca de 2,8% do total de horas de trabalho disponível e, em média, cerca
de 49,5 horas por trabalhador.
RELATÓRIO E CONTAS 201822
A Celbi termina o ano de 2018 com 250 pessoas, das quais 22 com contrato a prazo, e um
nível etário médio de 44,2 anos.
Resultante do trabalho de renovação do seu quadro de pessoal iniciado há uns anos a
esta parte, cerca de 25% dos trabalhadores da empresa foram admitidos nos últimos 5
anos. Por outro lado, cerca de 40% dos trabalhadores da empresa têm habilitações de
nível superior revelando a aposta na qualificação.
Como resultados visíveis do sucesso deste programa, observa-se um reforço do relacionamento
entre os participantes, um maior conhecimento das diferentes empresas do grupo Altri e
a otimização do trabalho em equipa.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 23
EVENTOS SUBSEQUENTES
DISPOSIÇÕES LEGAIS
GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
EXERCÍCIO DE 2018
Não ocorreram eventos significativos após 31 de dezembro de 2018 até esta data que
necessitem ser divulgados
Os princípios gerais da gestão de riscos financeiros da empresa encontram-se descritos
em detalhe da nota 2 do anexo às demonstrações financeiras.
Leirosa, 21 de março de 2019
Nos termos e para efeitos do disposto no art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais:
- Em 2018, não existiu qualquer negócio entre a Celbi e os seus administradores;
- Durante o exercício de 2018, não existiram operações de aquisição ou alienação de
ações próprias. Conforme referido na nota 18 do anexo, o número de ações próprias é
de 6.712 ações;
- A empresa não possui qualquer sucursal a 31 de dezembro de 2018.
RELATÓRIO E CONTAS 201824
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSEXERCÍCIO DE 2018
Conforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o Resultado Líquido do
Exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foi de 137.820.735 Euros. Aquele valor resulta
do facto da Empresa ter, nos termos das normas contabilísticas aplicáveis, reconhecido
como gasto nas contas do exercício, e pago a título de adiantamento, o valor de 1.777.178
Euros como montante afeto a distribuição de lucros pelos Colaboradores da Empresa.
Esta distribuição foi aprovada em Assembleia Geral sob proposta do Conselho de
Administração. Em face das considerações anteriores o Conselho de Administração propõe à
Assembleia geral a seguinte aplicação:
Para Resultados Transitados 137.820.735 Euros
Leirosa, 21 de março de 2019
Agostinho Dolores Ferreira
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
José António Nogueira dos Santos
Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira
Carlos Alberto Sousa Vanzeller e Silva
João Manuel Matos Borges de OliveiraPaulo Jorge dos Santos Fernandes (Presidente)
Domingos José Vieira de Matos
RELATÓRIO E CONTAS 2018 25
ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO
EXERCÍCIO DE 2018
1. Nos termos do nº 5 do art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais e
relativamente às pessoas mencionadas nos nºs 1 e 2 do referido artigo:
1.1 Ações detidas em 31 de dezembro de 2018
Leirosa, 21 de março de 2019
2. Nos termos do nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:
encerramento do exercício:
Não existiu esta situação
2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. à data do
Altri - Participaciones y Trading, S.L. 15.993.288
RELATÓRIO E CONTAS 201826
CONTASE NOTAS ANEXAS
RELATÓRIO E CONTAS 201828
Ativo Notas 31.12.2018 31.12.2017
23.091.882
13.418
7.648.359
247.483
232.297.562
-
629.803.235
573.240
3.275.617
373.368
362.282.306
216.396
507.047
362.332.306
282.360
573.240
200.859.417
19.748.740
13.418
3.226.171
-
587.759.095
11
4
5
6
12 e 26
9 e 12
7
9 e 12
10
8
12 e 30
12 e 26
16
12 e 17
12,14,30 e 41
11
12,13 e 30
Total do ativo
29.913.953
78.913.906
6.004.246
70.138
889.804
2.623.844
16.928.752
135.344.643
87.346.575
94.063.454
297.736.653
6.115.040
98.873
1.021.331
71.343.722
37.747.658
885.495.748 765.147.878
Ativos por impostos diferidos
Total de ativos não correntes
Ativos correntes:
Clientes
Empresas do Grupo
Ativo:
Ativos biológicos
Ativos intangíveis
Propriedades de investimento
Investimentos em empresas subsidiárias
Investimentos em empresas associadas
Investimentos disponíveis para venda
Ativos não correntes:
Ativos fixos tangíveis
Outros investimentos financeiros
Instrumentos financeiros derivados
Inventários
Outros devedores
Outros ativos
Caixa e bancos
Instrumentos financeiros derivados
DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
Capital próprio e passivo Notas 31.12.2018 31.12.2017
Total do passivo e capital próprio
Total do passivo
RELATÓRIO E CONTAS 2018 29
77.500.000
16.100.235
119.669.311
88.508.855
301.778.401
859.414
289.490.455
6.966.251
27.000.000
240.146.582
14.094.340
423.868
-
-
46.294.213
65.981.995
6.216.583
1.088.675
3.765.931
9.407.523
173.879.022
22.509.804
18.614.298
288.052.854
80.000.000
137.820.735
54.131.884
16.100.235
4.369.035
21.000.000
312.001.424
249.588
350.331.518.
446.122
12.265.349
6.172.583
1.874.849
247.111.376
90.103.562
11.472.820
-
11.673.435
2.064.887
44.146.298
74.691.044
4.911.898
18
18
18
20
21
10
12 e 19
12 e 19
12 e 19
12 e 19
12,22 e 30
12 e 30
15
25
12 e 19
12 e 26
12 e 24
12 e 19
12 e 23
463.369.477597.442.894
765.147.878885.495.748
Capital próprio:
Capital Social
Reserva legal
Outras reservas
Resultado líquido do exercício
Total do capital próprio
Passivo:
Passivo não corrente:
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Outros passivos não correntes
Provisões
Total de passivos não correntes
Passivos por impostos diferidos
Outros credores
Incentivos reembolsáveis
Outros empréstimos
Imposto sobre o rendimento
Empresas do Grupo
Empréstimos bancários
Passivos associados a contratos com clientes
Passivo corrente:
Instrumentos financeiros derivados
Fornecedores
Outros passivos
Total de passivos correntes
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31.12.2018 31.12.2017
433.944.997
4.796.825
(34.486.261)
(14.270.000)
4.689.736
(1. 132.350)
88.508.855
88.508.855
5,7 1
102.778.855
21.758.733
(90.713.053)
280.473
(207.253.486)
55.000
(15.229.047)
(13 .932.7 12)
5,7 1
539.101 .704
5.088.983
4.724.295
(201.551.512)
(110.917.183)
(9.195.558)
-
(11.585.272)
22.921.480
187.970.505
(192.774)
(50.149.770)
137.820.735
137.820.735
(34.082.278)
(16.341.380)
8,6 1
8,6 1
30 e 31
30 e 31
30 e 32
11 e 30
28 e 37
29,30 e 38
10
29 e 33
39
36
30 e 34
4,5,6 e 35
20
30 e 34
36
Amortizações e depreciações
Custo das vendas
Diluído
Resultados por ação
Provisões e perdas por imparidade
Outros rendimentos
Outros gastos
Rendimentos financeiros
Impostos sobre o rendimento
Vendas
Prestação de serviços
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Resultados relativos a empresas associadas
Gastos financeiros
Resultados antes de impostos
Resultados depois de impostos
Resultado líquido do exercício
Básico
RELATÓRIO E CONTAS 201830
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31.12.2018 31.12.2017
RELATÓRIO E CONTAS 2018 31
88.508.855137.820.735
10
18 e 26
Resultado líquido do exercício
Outro rendimento integral:
Itens que não serão reclassificadospara o resultado líquido
para o resultado líquidoItens que podem ser reclassificados
de cobertura dos fluxos de caixa - valor brutoVariação no justo valor dos derivados
Variação no justo valor dos derivadosde cobertura dos fluxos de caixa - imposto diferido
Outros
Outro rendimento integral do exercício
Total do rendimento integral do exercício
-
-
(3.046.282)
-
(3.046.282)
134.774.453
-
4.471.295
4.471.295
92.980.150
-
-
1 . 184.666
(4.230.948) 5.973.185
(1.501.890)
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
Notas Capital socialAções próprias(valor nominal)
Ações próprias(descontos e
prémios)
Saldo em 1 de janeiro de 2017
Distribuição de dividendos
Aplicação do resultado de 2016
Aumento de capital
Total do rendimento integral do exercício
Saldo em 31 de dezembro de 2017
18
18
18
18
Aumento de capital
Saldo em 1 de janeiro de 2018
Aplicação do resultado de 2017
Total do rendimento integral do exercício
Saldo em 31 de dezembro de 2018
Distribuição de dividendos
-
-
77.500.000
-
77.500.000
-
77.500.000
80.000.000
-
2.500.000
-
-
(33.560)
(33.560)
-
-
-
-
(33.560)
-
-
(33.560)
-
-
33.560
-
-
-
33.560
-
33.560
-
-
-
33.560
-
RELATÓRIO E CONTAS 201832
Outras reservase resultadostransitados
Reservas dejusto valor
Outras reservas
Total outrasreservas
Resultadolíquido
Total docapital próprio
Reservalegal
82.432.832
(60.000.000)
4.471.295
-
1 19.669.3 1 1
92.765.184
-
1 19 .669.3 1 1
(151.000.000)
54.13 1 .884
(3.046.282)
88.508.855
-
(92.765.184)
-
88.508.855
88.508.855
92.765.184
137.820.735
88.508.855
-
-
137.820.735
(88.508.855)
(60.000.000)
-
268.798.251
301 .778.401
-
92.980.150
2.500.000
-
134.774.453
288.052.854
301.778.401
(151.000.000)
-
16.100.235
-
-
-
16.100.235
16.100.235
-
-
-
-
16.100.235
4.471.295
-
(2.403.940)
-
-
2.067.355
2.067.355
-
-
(3.046.282)
-
(978.927)
92.765.184
1 17.601.956
-
-
84.836.772
(60.000.000)
117.601.956
88.508.855
(151.000.000)
-
55.1 10 .8 1 1
-
RELATÓRIO E CONTAS 2018 33
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017
(Montantes expressos em Euros)
Notas 2018 2017
Recebimentos de clientes
Pagamentos a pessoal
Pagamentos a fornecedores
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
Pessoas Coletivas Impostos sobre o Rendimento de
operacionais (1) Fluxos gerados pelas atividades
(12.253.468)
537.588.636
(293.678.588)
425.362.795
(281.331.280)
(10.409.977)
(2.295.306)
(23.527.299)
(142.366)
(17.235.277)
205.203.975
205.203.975 116.243.895
116.243.895
Atividades operacionais:
Subsídios ao investimento
Subsídios ao investimento
Investimentos financeiros
Dividendos
Ativos fixos tangíveis
Juros e proveitos similares
Pagamentos relativos a:
Ativos fixos tangíveis
Investimentos financeiros
Ativos intangíveis
Empréstimos concedidos
de investimento (2) Fluxos gerados pelas atividades
220.500
777.546
1.747.075
19.000.000
283.551
(71.000.000)
(53.102)
(9.225.672)
(145.761)
-
105.631
19.555.000
2.740.623
338.469
192.200
(6.000.000)
(24.879.217)
(293.024)
-
(509.281)
22.028.672
(80.024.535)
(58.395.863)
(31.681.522)
(8.749.599)
22.931.923
17 e 30
17
Recebimentos provenientes de:Atividades de investimento:
Empréstimos obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Realizações de capital
Juros e custos similares
Empréstimos obtidos
Dividendos
Fluxos gerados pelas atividades de financiamento (3)
(43.477.849)
132.600.114
2.500.000
(10.295.675)
(151.000.000)
(213.700.000)
80.000.000
-
(8.353.384)
(60.000.000)
135.100.114 80.000.000
(204.773.524)
(69.673.410) (202.053.384)
(282.053.384)
18
Recebimentos provenientes de:Atividades de financiamento:
Variação de caixa e bancos: (1)+(2)+(3)
Caixa e bancos no início do exercício
Caixa e bancos no fim do exercício
16.928.752
77.134.702
94.063.454
1 1 1 .487.840
(94.559.088
16.928.75217
17
RELATÓRIO E CONTAS 201834
ANEXO ÀSDEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
(Montantes expressos em Euros)
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade de a Empresa operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, decorrente do disposto no Parágrafo 3 do Artigo 4º do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho. e tomando por base o custo histórico, exceto para os ativos biológicos e determinados instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adotadas pela União Europeia, em vigor para exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2018. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.
2. 1. BASES DE APRESENTAÇÃO
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são como segue:
A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa” ou “Celbi”) foi constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Figueira da Foz e tem como atividade principal a produção e comercialização de pasta de papel.
As demonstrações financeiras da Celbi são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pela Empresa nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.
1. NOTA INTRODUTÓRIA
Em agosto de 2006, na sequência do processo público de alienação pelo antigo acionista, a Altri, SGPS, S.A. (“Altri”), através da sua participada Altri - Participaciones y Trading, S.L. (“Altri SL”) adquiriu 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto, dado que a Empresa detém 6.712 ações próprias. Pelo que a Empresa se insere num grupo económico liderado pela Altri, SGPS, S.A. (“Grupo Altri”) e cotado na NYSE Euronext Lisbon.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 39
Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação.Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e
(i) Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas
O justo valor para efeitos de mensuração e divulgação nestas demonstrações financeiras é determinado na base atrás descrita, exceto no que se refere a locações que são tratadas no âmbito da IAS 17, e às mensurações com semelhanças ao justo valor, mas que não correspondem ao justo valor, tais como o valor realizável líquido preconizado na IAS 2 ou o valor de uso preconizado na IAS 36.
Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo;
Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujosprincipais inputs não são observáveis no mercado.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas com base no custo histórico, exceto para alguns ativos fixos tangíveis, para os ativos biológicos e para os instrumentos financeiros derivados, os quais foram mensurados ao custo revalorizado ou ao justo valor no final de cada período de reporte, tal como explicitado nas políticas contabilísticas abaixo.
Adicionalmente, para efeitos de relato financeiro, a mensuração a justo valor é hierarquizada em três níveis (Nível 1, 2 e 3), os quais têm em consideração, nomeadamente, se os dados utilizados são observáveis em mercado ativo e a significância dos mesmos ao nível da valorização dos ativos / passivos ou na divulgação destes.
Os ativos que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial são agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:
O justo valor é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas, independentemente de esse preço poder ser diretamente observável ou estimado utilizando outras técnicas de valorização. Ao estimar o justo valor de um ativo ou passivo, a Empresa considera as características que os participantes do mercado também teriam em consideração quando valorizassem o ativo ou passivo na data de mensuração.
Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória ao exercício iniciado em 1 de janeiro de 2018:
RELATÓRIO E CONTAS 201840
Norma / Interpretação ObservaçõesAplicável na União
Europeia nos exercícios iniciados
em ou após
IFRS 9 – Instrumentos financeiros
1-jan-18 Esta norma insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e à aplicação das regras de contabilidade de cobertura.
IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes
1-jan-18 Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as normas IAS 18 – Rédito, IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 – Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de Ativos Provenientes de Clientes e SIC 31 – Rédito - Transações de troca direta envolvendo serviços de publicidade.
Clarificações sobre a IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes
1-jan-18 Estas alterações vêm introduzir diversas clarificações na norma com vista a eliminar a possibilidade de surgirem interpretações divergentes de vários tópicos.
Emenda à IFRS 4: Aplicação da IFRS 9, Instrumentos financeiros, com a IFRS 4, Contratos de seguros
1-jan-18 Esta emenda proporciona orientações sobre a aplicação da IFRS 4 em conjunto com a IFRS 9. A IFRS 4 será substituída com a entrada em vigor da IFRS 17.
Emenda à IFRS 2: Classificação e mensuração das transações de pagamentos em ações
1-jan-18 Esta emenda vem introduzir diversas clarificações na norma relacionadas com: (i) o registo de transações de pagamentos com base em ações que são liquidadas com caixa; (ii) o registo de modificações em transações de pagamentos com base em ações (de liquidadas em caixa para liquidadas com instrumentos de capital próprio); (iii) a classificação de transações com caraterísticas de liquidação compensada.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 41
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2014-2016)
1-jan-18 com exceção das
alterações à IFRS 12, cuja data de
aplicação é 1-jan-17
Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro: elimina algumas isenções de curto prazo; IFRS 12 – Divulgação de interesses noutras entidades: clarifica o âmbito da norma quanto à sua aplicação a interesses classificados como detidos para venda ou detidos para distribuição ao abrigo da IFRS 5; IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos: introduz clarificações sobre a mensuração a justo valor por resultados de investimentos em associadas ou joint ventures detidos por sociedades de capital de risco ou por fundos de investimento.
IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira incluindo adiantamentos para compra de ativos
1-jan-18 Esta interpretação vem estabelecer a data do reconhecimento inicial do adiantamento ou do rendimento diferido como a data da transação para efeitos da determinação da taxa de câmbio do reconhecimento do rédito.
Emenda à IAS 40: Transferências de propriedades de investimento
1-jan-18 Esta emenda clarifica que a mudança de classificação de ou para propriedade de investimento apenas deve ser feita quando existem evidências de uma alteração no uso do ativo.
Emenda à IAS 12 - Reconhecimento de impostos diferidos ativos por perdas não realizadas
1-jan-17 Esta emenda vem clarificar as condições de reconhecimento e mensuração de ativos por impostos resultantes de perdas não realizadas.
Emenda à IAS 7 - Divulgações 1-jan-17 Esta emenda vem introduzir divulgações adicionais relacionadas com os fluxos de caixa de atividades de financiamento.
A IFRS 9 incorpora três vertentes distintas: classificação e mensuração de instrumentos financeiros, imparidade de ativos financeiros e contabilidade de cobertura.
A IFRS 9 foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2067/2016, de 22 de novembro de 2016, com data efetiva de aplicação obrigatória para exercícios com início a partir de 1 de janeiro de 2018, sendo a sua adoção antecipada permitida. Com exceção da contabilidade de cobertura, a aplicação retrospetiva é obrigatória, mas sem a obrigatoriedade de reexpressão de informação comparativa. Para a contabilidade de cobertura, os requisitos são geralmente aplicados prospetivamente, com algumas exceções.
IFRS 9 – Instrumentos financeiros
RELATÓRIO E CONTAS 201842
Norma / Interpretação ObservaçõesAplicável na União
Europeia nos exercícios iniciados
em ou após
No que respeita aos ativos financeiros disponíveis para venda, os mesmos passaram a ser registados ao justo valor e alocados à categoria de “ao justo valor através de resultados”. Desta reclassificação, não resultou qualquer impacto ao nível do capital próprio da Empresa.
e eliminou as categorias de: (i) empréstimos e contas a receber; (ii) detidos até à maturidade; e (iii) disponíveis para venda preconizadas na IAS 39.
Relativamente aos restantes ativos e passivos financeiros, exceto os associados a instrumentos financeiros derivados, os mesmos mantiveram-se mensurados ao custo amortizado.
Deste modo, as perdas de imparidade esperadas foram apuradas com base no histórico de perdas reais verificadas ao longo de um período considerado estatisticamente relevante, tendo sido estimadas taxas de perda por empresa e por tipologia de clientes.
A Celbi adotou esta norma na sua data de aplicação obrigatória e não procedeu à reexpressão da informação comparativa, conforme opção prevista na mesma.
(i) mensurados ao custo amortizado; (ii) ao justo valor através de outro rendimento integral; e (iii) ao justo valor através de resultados
Em 31 de dezembro de 2017, os ativos financeiros reconhecidos pela Empresa referiam-se maioritariamente às seguintes categorias:
(i) Clientes e outras dívidas de terceiros; (ii) Investimentos disponíveis para venda; e (iii) Instrumentos financeiros derivados.
A Celbi analisou as alterações decorrentes da adoção da IFRS 9 nos seus ativos e passivos financeiros, de forma a identificar e avaliar os impactos qualitativos e quantitativos da adoção da Norma.
A IFRS 9 apresenta uma nova abordagem de classificação e mensuração para os ativos financeiros a qual passa a refletir o modelo de negócio utilizado na sua gestão e as características dos fluxos de caixa contratuais. Deste modo, a IFRS 9 estabeleceu três categorias novas de classificação dos ativos financeiros:
Da análise efetuada, resultou que os ativos financeiros incluídos na categoria de empréstimos e contas a receber (rubricas de clientes e outros devedores) e os relativos a ativos financeiros detidos até à maturidade deveriam ser alocadas à categoria “deter para cobrar” e ser mensurados ao custo amortizado. Desta reclassificação, não resultou qualquer impacto ao nível do capital próprio na Empresa.
No que respeita ao cálculo da imparidade (e da passagem do modelo de perda incorrida para o modelo de perda esperada), a Empresa optou pela aplicação de uma matriz histórica de incobrabilidade (modelo simplificado) para a determinação da nova imparidade sobre as suas contas a receber (incluindo as decorrentes da adoção da IFRS 15), reconhecendo a estimativa de perdas de imparidade para a totalidade da vida dos créditos.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 43
Como resultado da adoção da IFRS 9 não foi apurado qualquer impacto no capital próprio da Empresa.
Por último, para efeitos de adoção da IFRS 9, a Empresa decidiu utilizar as faculdades previstas no regime transitório daquela norma, ou seja, a aplicação retrospetiva com o efeito cumulativo inicial reconhecido em outras reservas a 1 de janeiro de 2018.
Os impactos resultantes da adoção da IFRS 9 na data de aplicação inicial (1 de janeiro de 2018) podem ser analisados como segue:
Reclacificações Saldo a 1/1/2018
Ativos fixos tangíveis
Ativos biológicos
Ativos tangíveis
Investimentos em empresas subsidiárias
Investimentos em empresas associadas
Outros investimentos financeiros
Ativos por impostos diferidos
Instrumentos financeiros derivados
Total de ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda
Propriedades de investimento
Saldo a 31/12/2017
232.297.562
373.368
3.275.617
362.282.306
573.240
7.648.359
-
23.091.882
247.483
13.418
629.803.235
-
(7.648.359)
-
-
-
-
7.648.359
-
-
-
-
247.483
13.418
232.297.562
362.282.306
373.368
3.275.617
573.240
-
7.648.359
23.091.882
629.803.235
Total do ativo
Total do capital próprio
Total do passivo e do capital próprio 765.147.878
765.147.878
301.778.401
765.147.878
301.778.401
765.147.878
-
-
-
IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes
A IFRS 15 prevê um modelo de cinco passos para a contabilização do rédito proveniente de contratos com clientes e requer que o rédito seja reconhecido por um valor que reflita a retribuição a que uma entidade espera ter direito em troca dos bens e/ou serviços que serão transferidos para o cliente.
A IFRS 15 veio substituir a IAS 11 Contratos de Construção, a IAS 18 Rédito e as Interpretações relacionadas com estas normas e aplica-se, com raras exceções, a todo o rédito proveniente de contratos com clientes.
RELATÓRIO E CONTAS 201844
A IFRS 15 requer que o órgão de gestão faça julgamentos, considerando todos os factos e circunstâncias relevantes quando aplica cada um dos cinco passos do modelo aos contratos com os seus clientes. A norma também especifica como devem ser contabilizados os custos incrementais para a obtenção de um contrato e os custos diretamente incorridos no cumprimento de um contrato. Adicionalmente, a norma exige divulgações mais extensas.
As reclassificações resultantes da adoção da IFRS 15 na data de aplicação inicial (1 de janeiro de 2018) podem ser resumidas na discriminação na face da Demonstração da Posição Financeira nas rubricas de “Ativos associados a contatos com clientes” e de “Passivos associados a contratos com clientes”.
A Empresa adotou a IFRS 15 usando o método retrospetivo modificado, com data de aplicação inicial de 1 de janeiro de 2018. De acordo com este método, a norma pode ser aplicada, na data de aplicação inicial, a todos os contratos ou apenas aos contratos que não estejam concluídos nessa data. A Empresa optou por aplicar a norma aos contratos que não estavam concluídos em 1 de janeiro de 2018.
Da análise efetuada, a Empresa não identificou impactos da adoção da referida norma, uma vez que os critérios anteriormente considerados para reconhecimento da generalidade das tipologias de rédito ao abrigo da IAS 18 coincidem com os critérios que resultam desta nova norma.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 45
Total do capital próprio
Total do passivos não correntes
Total do ativo
289.490.455
301.778.401
765.147.878 -
-
-
Total de passivos correntes
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Passivos associados a contratos com clientes
Outros credores
Imposto sobre o rendimento
Outros passivos
Incentivos reembolsáveis
Fornecedores
Empresas do Grupo
65.981.995
3.765.931
6.216.583
22.509.804
1.088.675
9.407.523
46.294.213
173.879.022
-
18.614.298 (2.681.317)
-
-
-
-
-
-
-
2.681.317
-
Total do passivo e capital próprio
Total do passivo 463.369.477
765.147.878
463.369.477
765.147.878-
-
765.147.878
301.778.401
289.490.455
46.294.213
3.765.931
2.681.317
173.879.022
1.088.675
6.216.583
65.981.995
22.509.804
9.407.523
15.932.981
Reclacificações Saldo a 1/1/2018Saldo a 31/12/2017
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:
(ii) Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros
Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adotadas pela Empresa em 2018, em virtude de a sua aplicação não ser ainda obrigatória. Com exceção da IFRS 16 – Locações, não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das referidas normas.
IFRS 16 - Locações 1-jan-19 Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que A IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.
Emenda à IFRS 9: caraterísticas de pagamentos antecipados com compensação negativa
1-jan-19 Esta emenda vem permitir que ativos financeiros com condições contratuais que preveem, na sua amortização antecipada, o pagamento de um montante considerável por parte do credor, possam ser mensurados ao custo amortizado ou a justo valor por reservas (consoante o modelo de negócio), desde que: (i) na data do reconhecimento inicial do ativo, o justo valor da componente da amortização antecipada seja insignificante; e (ii) a possibilidade de compensação negativa na amortização antecipada seja única razão para o ativo em causa não ser considerado um instrumento que contempla apenas pagamentos de capital e juros.
IFRIC 23 - Incertezas no tratamento de imposto sobre o rendimento
1-jan-19 Esta interpretação vem dar orientações sobre a determinação do lucro tributável, das bases fiscais, dos prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto em cenários de incerteza quanto ao tratamento em sede de imposto sobre o rendimento.
RELATÓRIO E CONTAS 201846
Norma / Interpretação ObservaçõesAplicável na União
Europeia nos exercícios iniciados
em ou após
No âmbito da norma, os locatários passam a ter de remensurar o passivo da locação quando ocorrem certos eventos (como, por exemplo, uma alteração no período da locação, uma alteração nos pagamentos da locação em consequência de uma alteração num indexante ou numa taxa usados para determinar esses pagamentos). Os locatários irão reconhecer o montante dessa remensuração no passivo da locação como um ajustamento ao ativo sob direito de uso.
A norma prevê duas isenções de reconhecimento para os locatários - contratos de locação em que os ativos tenham pouco valor (como, por exemplo, um computador pessoal) e contratos de locação a curto prazo (isto é, contratos com uma duração de 12 meses ou inferior).
IFRS 16 - Locações
A IFRS 16, que entra em vigor nos períodos que se iniciam em ou após 1 de janeiro de 2019, requer dos locadores e dos locatários divulgações mais extensivas do que as requeridas pela IAS 17.
A contabilidade do locador de acordo com a IFRS 16 permanece substancialmente inalterada face à contabilização atualmente prevista na IAS 17. O locador continua a classificar todas as locações usando o mesmo princípio de classificação da IAS 17 e distinguindo entre dois tipos de locação: locações operacionais e financeiras.
A IFRS 16 foi emitida em janeiro de 2016 e veio substituir a IAS 17 Locações, a IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação, a SIC 15 Locações Operacionais – Incentivos e a SIC 27 Avaliação da Substância de Transações que Envolvam a Forma Legal de uma Locação.
A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à apresentação e à divulgação das locações e requer que os locatários contabilizem todas as locações nos respetivos balanços de acordo com um modelo único semelhante ao previsto atualmente na IAS 17 para as locações financeiras.
Na data de início da locação, o locatário irá reconhecer o passivo relativo aos pagamentos futuros da locação (isto é, o passivo da locação) e o ativo que representa o direito de uso do ativo durante o período da locação (isto é, o ativo sob direito de uso). Os locatários terão de reconhecer separadamente o custo financeiro relacionado com o passivo da locação e o custo com a depreciação ou amortização do ativo sob o direito de uso.
Transição para a IFRS 16
A Celbi optou pelo modelo de transição retrospetivo modificado da IFRS 16, previsto nos seus parágrafos C3(a), C7 e C8, tendo consequentemente, determinado a taxa de desconto com base na taxa de juro incremental assumindo a moeda, maturidade e perfis de cash flow inerentes à locação e o próprio risco de crédito da Empresa.
A Celbi irá adotar a IFRS 16 retrospetivamente a cada período de reporte apresentado nas demonstrações financeiras. A Empresa irá aplicar a norma a todos os contratos que foram anteriormente identificados como locações ao abrigo da IAS 17 e da IFRIC 4. Consequentemente, a Empresa não irá aplicar a norma a contratos que não tenham anteriormente sido identificados como contendo uma locação.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 47
RELATÓRIO E CONTAS 201848
Consequentemente, os impactos estimados de aplicação da IFRS 16 na Celbi, a 1 de janeiro de 2019, são de um incremento do valor do ativo em cerca de 5,6 milhões de Euros relativos ao “Direito de Uso”, um incremento do valor do passivo em cerca de 6,3 milhões de Euros relativos ao “Passivo de locação” e uma redução dos capitais próprios em cerca de 0,7 milhões de Euros. No que se refere à demonstração dos resultados de 2019, a Empresa estima um aumento de cerca de 1,7 milhões de Euros em “Fornecimentos e serviços externos”, um aumento de cerca de 1,5 milhões de Euros e de 0,1 milhões de Euros nos “Gastos financeiros” e em “Amortizações e depreciações”, respetivamente.
As seguintes normas contabilísticas e interpretações foram emitidas pelo IASB e não se encontravam ainda aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:
Os impactos divulgados tratam-se de uma estimativa atual passível de alteração com a finalização do apuramento de impactos, bem como decorrente de esclarecimentos adicionais a serem obtidos junto do IFRS Interpretations Committee (“IFRS-IC”), nomeadamente, relativamente a esclarecimentos solicitados pelo European Securities and Markets Authority (“ESMA”).
(iii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adotadas pela União Europeia
A Empresa decidiu aplicar as isenções previstas na norma para contratos de locação cujo período da locação termine nos próximos 12 meses desde a data de aplicação inicial.
IFRS 17 - Contratos de Seguros 1-jan-21 Esta norma estabelece, para os contratos de seguros dentro do seu âmbito de aplicação, os princípios para o seu reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação. Esta norma substitui a norma IFRS 4 - Contratos de Seguros.
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2015-2017)
1-jan-19 Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais: requer remensuração de interesses anteriormente detidos quando uma entidade obtém controlo sobre uma participada sobre a qual anteriormente tinha controlo conjunto; IFRS 11 – Empreendimentos conjuntos: clarifica que não deve haver remensuração de interesses anteriormente detidos quando uma entidade obtém controlo conjunto sobre uma operação conjunta; IAS 12 – Impostos sobre o rendimento: clarifica que todas as consequências fiscais de dividendos devem ser registadas em resultados, independentemente de
Norma / Interpretação ObservaçõesAplicável na União
Europeia nos exercícios iniciados
em ou após
Emenda à IAS 19 – Alteração do Plano, Restrição ou Liquidação
1-jan-19 Se uma emenda, corte ou liquidação do plano ocorrer, agora é obrigatório que o custo do serviço corrente e os juros líquidos do período após a remensuração sejam determinados usando os pressupostos usados para a remensuração. Além disso, foram incluídas alterações para esclarecer o efeito de uma alteração, redução ou liquidação do plano sobre os requisitos relativos ao limite máximo do ativo.
Emenda à Estrutura Conceptual dos IFRS's
1-jan-20 Corresponde a emendas em diversas normas (IFRS 2, IFRS 3, IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS 37, IAS 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22 e SIC 32) em relação a referências à Estrutura Conceptual revista em março de 2018. A Estrutura Conceptual revista inclui definições revistas de um ativo e de um passivo e novas orientações sobre mensuração, desreconhecimento, apresentação e divulgação.
Emenda à IAS 28: Investimentos de longo prazo em associadas e acordos conjuntos
1-jan-19 Esta emenda vem clarificar que a IFRS 9 deve ser aplicada (incluindo os respetivos requisitos relacionados com imparidade) a investimentos em associadas e acordos conjuntos quando o método da equivalência patrimonial não é aplicado na mensuração dos mesmos.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 49
como surge o imposto; IAS 23 - Custos de empréstimos obtidos: clarifica que a parte do empréstimo diretamente relacionado com a aquisição/construção de um ativo, em dívida após o correspondente ativo ter ficado pronto para o uso pretendido, é, para efeitos de determinação da taxa de capitalização, considerada parte integrante dos financiamentos genéricos da entidade.
Emenda à IFRS 3 – Definição de negócio
1-jan-20 Corresponde a emendas à definição de negócio, pretendendo clarificar a identificação de aquisição de negócio ou de aquisição de um grupo de ativos. A definição revista clarifica ainda a definição de output de um negócio como fornecimento de bens ou serviços a clientes. As alterações incluem exemplos para identificação de aquisição de um negócio.
Norma / Interpretação ObservaçõesAplicável na União
Europeia nos exercícios iniciados
em ou após
RELATÓRIO E CONTAS 201850
Até 31 de dezembro de 2018, estas normas não tinham ainda sido adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram aplicadas pela Empresa no exercício findo em 31 de dezembro de 2018. Não se estima que da futura adoção das mesmas decorram impactos significativos para as demonstrações financeiras da empresa.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração da Celbi entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.
Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso (ver Nota 2.3).
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Empresa em 31 de dezembro de 2018 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017, exceto no que diz respeito às alterações descritas na Nota 2.1 (i) acima.
Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações financeiras são os seguintes:
2. 2. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.
Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como gastos na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os gastos são capitalizados como ativos intangíveis.
a) Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
As depreciações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).
b) Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas por imparidade.
Anos
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Outros ativos fixos tangíveis
Edifícios e outras construções
Equipamento administrativo
Terrenos e recursos naturais
Equipamento básico
7 - 50
3 - 20
6
5 - 10
10 - 50
3 - 15
3 - 20
As perdas por imparidade detetadas no valor de realização dos ativos fixos tangíveis são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.
A rubrica “Terrenos e recursos naturais” para além dos terrenos inclui estradas, pavimentações, esgotos, ramal de caminho de ferro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são depreciáveis os anos de depreciação dizem respeito exclusivamente às restantes componentes desta rubrica.
Os terrenos (solos florestais) não são sujeitos a depreciações.
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 51
Os ativos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros rendimentos” ou “Outros gastos”.
c) Locações
A determinação se um acordo é, ou contém, uma locação baseia-se na substância do acordo no início do acordo, que é a data mais antiga entre a data do acordo e a data do compromisso pelas partes em relação aos principais termos do acordo, com base em todos os factos e circunstâncias. O acordo é, ou contém, uma locação se o cumprimento do acordo está dependente do uso de um ativo ou ativos específicos e o acordo transmite um direito de usar o ativo, mesmo que esse ativo não esteja explicitamente identificado no acordo. A duração da locação é a soma do período durante o qual a locação não pode ser cancelada com um período adicional que esteja previsto o locatário ter a opção de manter a locação e, no início do contrato, a Empresa tem uma certeza razoável que o locatário a vá exercer.
A classificação das locações como financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A análise de transferência de riscos e benefícios inerentes à posse do ativo toma em consideração diversos fatores, nomeadamente, se a posse está ou não contratualmente condicionada a assumir a propriedade do bem, o valor de pagamentos mínimos a efetuar ao abrigo do contrato, a natureza do ativo sob locação e a duração do contrato tendo em consideração a possibilidade de renovação.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
As locações financeiras são registadas no ativo pelo seu justo valor ou, se menor, ao valor atual dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos mínimos da locação são repartidos entre o encargo financeiro e a redução do passivo pendente de forma a produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os encargos financeiros são registados na demonstração dos resultados como gastos financeiros. O ativo locado é depreciado durante a sua vida útil (as depreciações são registadas como gastos na demonstração dos resultados do período a que respeitam, tal como descrito na Nota 2.2. b)). No entanto, se não houver certeza razoável de que o locatário virá a obter a propriedade no fim do prazo da locação, o ativo é depreciado durante o prazo da locação ou da sua vida útil, dos dois o mais curto.
RELATÓRIO E CONTAS 201852
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos”. Esta reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
É efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos da Empresa à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável.
d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são registados na rubrica “Outros rendimentos” da demonstração dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.
Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de ativos fixos tangíveis são registados na demonstração da posição financeira como “Outros passivos” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respetivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.
A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
e) Imparidade dos ativos fixos tangíveis e dos ativos intangíveis
Os incentivos financeiros recebidos para financiamento de ativos fixos tangíveis são registados na rubrica “Incentivos reembolsáveis” do passivo corrente e não corrente de acordo com o plano de reembolsos definido pelas entidades atribuidoras.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 53
Parte da atividade do Grupo Altri, grupo no qual a Celbi se insere, consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Os solos florestais que são propriedade da Empresa estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2. b) e são apresentados na rubrica “Ativos fixos tangíveis” da demonstração da posição financeira.
i) Propriedades de Investimento
A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.
f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos
g) Inventários
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida quando aqueles ativos estão disponíveis para utilização ou no final da construção do ativo ou quando o projeto em causa se encontra suspenso.
h) Ativos biológicos
Por considerar que não existem diferenças materiais entre o custo histórico e o justo valor dos ativos biológicos, e tendo em consideração o valor absoluto registado nas demonstrações financeiras, o Conselho de Administração optou por registar os ativos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.
As propriedades de investimento da Empresa correspondem essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empresas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, ou para venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.
RELATÓRIO E CONTAS 201854
RELATÓRIO E CONTAS 2018 55
Ativos e passivos financeiros
Política contabilística adotada em 2018 relativamente a ativos e passivos financeiros (ao abrigo da IFRS 9).
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira da Empresa quando este se torna parte das disposições contratuais do instrumento.
Os ativos e passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo seu justo valor. Os custos de transação diretamente atribuíveis à aquisição ou à emissão dos ativos e passivos financeiros (que
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, que no caso das propriedades de investimento varia entre 7 e 50 anos.
As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transação) e, subsequentemente são mantidas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.
j) Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para gastos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.
A Empresa assegura um complemento de reforma através de um plano de contribuição definida contabilizando como gastos do exercício as contribuições que efetua. A contribuição varia anualmente em função dos resultados (EBITDA) do Grupo Altri, atribuindo a cada trabalhador do quadro permanente uma percentagem do seu salário pensionável (remuneração base + isenção de horário + prémio de turno) em função do seu tempo de serviço.
l) Instrumentos financeiros
k) Complementos de reforma
A Empresa adotou no exercício de 2018 a IFRS 9 não tendo reexpressado a informação comparativa relativa ao exercício de 2017 que se encontra apresentada de acordo com a IAS 39.
os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, a fluxos de caixa que são apenas pagamentos de capital e juros sobre o valor do capital em dívida.
A receita associada aos juros é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos e ganhos financeiros”, através do método da taxa de juro efetiva, para os ativos financeiros registados subsequentemente pelo custo amortizado ou ao justo valor através da demonstração dos resultados. A receita de juros é calculada aplicando-se a taxa de juro efetiva à quantia escriturada bruta do ativo financeiro.
o ativo financeiro é detido tendo em conta um modelo de negócio cujo objetivo é mantê-lo de forma a receber os seus fluxos de caixa contratuais; e
Os instrumentos de dívida de rendimento fixo e as contas a receber que cumpram as seguintes condições são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado:
O método da taxa de juro efetiva é um método de calcular o custo amortizado de um instrumento financeiro e de alocar o respetivo juro durante o período da sua vigência.
Para os ativos financeiros que não sejam adquiridos ou originados com imparidade (ou seja, ativos com imparidade no reconhecimento inicial), a taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (incluindo fees e comissões pagas ou recebidas que fazem parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e outros prémios ou descontos) durante a vida esperada do instrumento na sua quantia escriturada bruta na data do seu reconhecimento inicial.
Classificação de ativos financeirosi) Instrumentos de dívida e contas a receber
O custo amortizado de um ativo financeiro é o montante pelo qual o mesmo é mensurado no reconhecimento inicial deduzido dos reembolsos de capital, mais a amortização acumulada, utilizando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante inicial e o montante do seu reembolso, ajustado por eventuais perdas por imparidade.
RELATÓRIO E CONTAS 201856
Os custos de transação diretamente atribuíveis à aquisição de ativos ou passivos financeiros reconhecidos pelo justo valor através da demonstração dos resultados são reconhecidos imediatamente na demonstração dos resultados.
Ativos financeiros
não sejam ativos ou passivos financeiros mensurados pelo justo valor através da demonstração dos resultados) são adicionados ou deduzidos ao justo valor do ativo ou passivo financeiro, conforme o caso, no reconhecimento inicial.
Todas as compras e vendas de ativos financeiros são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data da sua liquidação financeira. Todos os ativos financeiros reconhecidos são mensurados subsequentemente ao custo amortizado ou, ao seu justo valor, dependendo do modelo de negócio adotado pela Empresa e das características dos seus fluxos de caixa contratuais.
Os dividendos associados a investimentos em instrumentos de capital próprio reconhecidos ao justo valor através de outro rendimento integral são reconhecidos na demonstração dos resultados no momento em que são atribuídos / deliberados, a menos que os mesmos representem claramente uma recuperação de parte do custo do investimento. Os dividendos são registados na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos financeiros”.
Os instrumentos de dívida e as contas a receber que cumpram as seguintes condições são mensurados subsequentemente a justo valor através de outro rendimento integral:
os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, a fluxos de
caixa que são apenas pagamentos de capital e juros sobre o valor do capital em dívida.
ii) Instrumentos de capital designados ao justo valor através de outro rendimento integral
No reconhecimento inicial, a Empresa pode efetuar uma escolha irrevogável (instrumento financeiro a instrumento financeiro) de designar determinados investimentos em instrumentos de capital próprio (ações) a justo valor através do outro rendimento integral quando eles satisfazem a definição de capital prevista na IAS 32 Instrumentos financeiros: Apresentação e não são detidos para negociação. A classificação é determinada instrumento a instrumento.
A designação a justo valor através de outro rendimento integral não é permitida se o investimento for mantido para efeitos de negociação ou se resultar de uma contraprestação contingente reconhecida no âmbito de uma concentração de atividades empresariais.
ele for adquirido principalmente com o propósito de alienação no curto prazo;
no reconhecimento inicial, fizer parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que a Empresa administra em conjunto e em que existe evidência de um padrão real recente de obtenção de lucros a curto prazo; ou
o ativo financeiro é detido tendo em conta um modelo de negócio cujo objetivo prevê
Os investimentos em instrumentos de capital próprio reconhecidos ao justo valor através de outro rendimento integral são mensurados inicialmente pelo seu justo valor acrescido dos custos de transação. Posteriormente, são mensurados ao seu justo valor com os ganhos e perdas decorrentes da sua variação reconhecidos no outro rendimento integral. No momento da sua alienação, o ganho ou a perda acumulada gerada com estes instrumentos financeiros não é reclassificado para a demonstração dos resultados, mas sim transferido somente para a rubrica de “Outras reservas”.
Um instrumento de capital é mantido para negociação se:
quer o recebimento dos seus fluxos de caixa contratuais, quer a sua alienação; e
se for um instrumento financeiro derivado (exceto se se encontrar afeto a uma operação de cobertura).
Na primeira aplicação da IFRS 9, a Empresa designou os investimentos em instrumentos de capital próprio que não eram mantidos para negociação como valorizados ao justo valor através de resultados.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 57
Os ativos financeiros registados ao justo valor através da demonstração dos resultados são mensurados pelo justo valor apurado no final de cada período de relato, sendo os respetivos ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração dos resultados, exceto se fizerem parte de uma relação de cobertura.
A quantia de perdas esperadas de imparidade para os ativos financeiros acima referidos é atualizada a cada data de relato de forma a refletir as alterações no risco de crédito ocorridas desde o reconhecimento inicial dos respetivos ativos financeiros.
Imparidade de ativos financeiros
A Empresa reconhece perdas de imparidade esperadas para instrumentos de dívida mensurados ao custo amortizado ou ao justo valor através de outro rendimento integral, bem como para contas a receber de clientes, de outros devedores, e para ativos associados a contratos com clientes.
A perda por imparidade destes ativos é registada em função das perdas por imparidade esperadas (“expected credit losses”) daqueles ativos financeiros. O montante de perdas esperadas é atualizado em cada data de reporte para refletir alterações no risco de crédito desde o reconhecimento inicial do respetivo instrumento financeiro. O valor da perda é reconhecido na demonstração dos resultados do exercício em que tal situação ocorra.
iii) Ativos financeiros ao justo valor através da demonstração de resultados
De acordo com a abordagem simplificada prevista, a Empresa reconhece as perdas por imparidade esperadas para a vida económica das contas a receber de clientes e outros devedores (“lifetime”). As perdas esperadas sobre estes ativos financeiros são estimadas utilizando uma matriz de imparidade baseada na experiência histórica de perdas por imparidade da Empresa, afetada por fatores prospetivos específicos relacionados com o risco de crédito esperado dos devedores, pela evolução das condições económicas gerais e por uma avaliação das circunstâncias atuais e perspetivadas à data de reporte financeiro.
Os ativos financeiros que não cumpram os critérios para serem mensurados pelo custo amortizado ou ao justo valor através de outro rendimento integral são mensurados ao justo valor através da demonstração dos resultados. Estes ativos incluem ativos financeiros detidos para negociação, ativos financeiros designados no momento de reconhecimento inicial como mensurados ao justo valor através dos resultados, ou os ativos financeiros que obrigatoriamente têm de ser mensuradas ao justo valor.
As perdas de imparidade esperadas para crédito concedido (contas a receber de clientes e outros devedores e de ativos associados a contratos com clientes) são estimadas utilizando uma matriz de incobrabilidade baseada no histórico creditício dos devedores da Empresa nos últimos anos, bem como pelas condições macroeconómicas que se estimam para o futuro.
RELATÓRIO E CONTAS 201858
Mensuração e reconhecimento das “expected credit losses”
Até 31 de dezembro de 2017 a Empresa avaliava as imparidades em contas a receber com base nas perdas incorridas (IAS 39). A partir de janeiro de 2018, a Empresa passou a avaliar de forma prospetiva as perdas de imparidade esperadas, de acordo com a IFRS 9.
A avaliação da probabilidade de default e de perda devido a esse default é baseada na informação histórica existente, ajustada de informação previsional futura conforme acima descrito.
Estratificação dos clientes por tipo de rédito associado;
Fruto da rigorosa política de controlo de crédito da Empresa os créditos incobráveis têm sido quase inexistentes.
Segregação dos saldos em aberto tendo em consideração a existência de seguro de crédito e cartas de crédito;
Para os saldos não cobertos por seguro de crédito apuramento da taxa histórica de incobráveis nos últimos dois anos;
Ajustar as taxas obtidas acima com uma componente forward looking com base em projeções futuras de evolução do mercado;
Quanto à exposição ao default, para ativos financeiros, a mesma é representada pelo valor contabilístico bruto dos ativos em cada data de reporte. Para ativos financeiros, a perda por imparidade esperada é estimada como a diferença entre todos os fluxos de caixa contratuais devidos à Empresa em conformidade com o acordado entre as partes e os fluxos de caixa que a Empresa espera receber, descontados à taxa de juro efetiva original.
A mensuração das perdas por imparidade esperadas reflete a probabilidade estimada de default, a probabilidade de perda devido a esse default (i.e., a magnitude da perda caso ocorra um default) e a exposição real da Empresa a esse default. A Empresa, à semelhança do que presume a IFRS 9, considera 60 dias após a data de vencimento como “default”.
O modelo utilizado para apuramento das imparidades de contas a receber consiste em:
Análise do histórico de incobráveis e “default” para as subpopulações identificadas;
Aplicar as taxas apuradas ao saldo de clientes em aberto na data de relato.
Da análise efetuada, a Empresa concluiu que a adoção da IFRS 9 não tem impacto nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2018.
Além disso, a Empresa mantém imparidades reconhecidas em exercícios anteriores em resultado de eventos passados específicos e com base em saldos específicos analisados de forma casuística.
A Empresa reconhece ganhos e perdas relativos às imparidades na demonstração dos resultados para todos os instrumentos financeiros, com os correspondentes ajustamentos ao seu valor contabilístico através da rubrica de perdas por imparidade acumulada na demonstração da posição financeira.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 59
No desreconhecimento de um ativo financeiro mensurado ao custo amortizado, a diferença entre a sua quantia escriturada e a soma da retribuição recebida e a receber é reconhecida na demonstração dos resultados.
Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, estando, portanto, ao seu justo valor.
Para todas as outras situações e naturezas de saldos a receber, a Empresa aplica a abordagem geral do modelo de imparidade, avaliando a cada data de relato se existiu um aumento significativo do risco de crédito desde a data do reconhecimento inicial do ativo. Se não tiver existido um aumento do risco de crédito, a Empresa calcula uma imparidade correspondente à quantia equivalente às perdas esperadas num prazo de 12 meses. Se tiver existido um aumento do risco de crédito, a Empresa calcula uma imparidade correspondente à quantia equivalente às perdas esperadas para todos os fluxos de caixa contratuais até à maturidade do ativo. A avaliação do risco de crédito é efetuada de acordo com os critérios divulgados nas políticas de gestão de risco de crédito.
Por outro lado, no desreconhecimento de um ativo financeiro representado por um instrumento de capital registado a justo valor através de outro rendimento integral, o ganho ou a perda acumulado na reserva de reavaliação é reclassificado para a demonstração dos resultados.
iv) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio Classificação como passivo financeiro ou como instrumento de capital próprio
Desereconhecimento de ativos financeiros
A Empresa desreconhece um ativo financeiro apenas quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando transfere o ativo financeiro e substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua propriedade para outra entidade. Quando não foram transferidos nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios decorrentes da propriedade de um ativo, nem transferido o controlo do ativo, a Empresa continua a reconhecer o ativo transferido na medida do seu envolvimento continuado. Nesse caso, a Empresa também reconhece o passivo correspondente, o ativo transferido e o passivo correspondente são mensurados numa base que reflete os direitos e obrigações que a Empresa reteve. Se a Empresa retiver substancialmente todos os riscos e benefícios associados à propriedade de um ativo financeiro transferido, a Empresa continua a reconhecer o mesmo e reconhece adicionalmente um empréstimo pelo montante entretanto recebido.
No entanto, no desreconhecimento de um ativo financeiro representado por um instrumento de capital designado no reconhecimento inicial irrevogavelmente como registado a justo valor através de outro rendimento integral, o ganho ou a perda acumulada na reserva de reavaliação não é reclassificado para a demonstração dos resultados, mas sim transferido para a rubrica de “Outras reservas”.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados como passivo ou como capital próprio de acordo com a substância contratual da transação.
RELATÓRIO E CONTAS 201860
no reconhecimento inicial, fizer parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que a Empresa administra em conjunto e em que existe evidência de um padrão real recente de obtenção de lucros a curto prazo; ou
Os passivos financeiros que não são designados para registo ao justo valor através da demonstração dos resultados são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado utilizando-se o método da taxa de juro efetiva.
Passivos financeiros mensurados subsequentemente ao custo amortizado
O método da taxa de juro efetiva é um método de calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e de alocar o respetivo juro durante o período da sua vigência.
se for um instrumento financeiro derivado (exceto se se encontrar afeto a uma operação de cobertura).
for adquirido principalmente com o propósito de alienação no curto prazo;
Um passivo financeiro é classificado como detido para negociação se:
Os passivos financeiros registados ao justo valor através da demonstração dos resultados são mensurados pelo seu justo valor com os respetivos ganhos ou perdas decorrentes da sua variação reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura.
Capital próprio
São considerados pela Empresa instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que a Empresa detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos.
Os instrumentos de capital próprio emitidos pela Empresa são reconhecidos pelo montante recebido, líquido dos custos diretamente atribuíveis à sua emissão.
Passivos financeiros
Após o reconhecimento inicial, todos os passivos financeiros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado ou ao justo valor através da demonstração dos resultados.
Os passivos financeiros são registados ao justo valor através da demonstração dos resultados quando:
A recompra de instrumentos de capital próprio emitidos pela Empresa (ações próprias) é contabilizada pelo seu custo de aquisição como uma dedução ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação de ações próprias são registados na rubrica “Outras reservas”.
o passivo financeiro resultar de uma contraprestação contingente decorrente de uma concentração de atividades empresariais;
quando o passivo for detido para negociação; ou
quando o passivo for designado para ser registado a justo valor através da demonstração dos resultados.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 61
Tipologias de passivos financeiros
Os empréstimos sob a forma de emissões de papel comercial são classificados como passivos não correntes quando têm garantia de colocação por um período superior a um ano e é intenção do Conselho de Administração da Empresa utilizar essa fonte de financiamento igualmente por um período superior a um ano.
Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”
A Empresa desreconhece passivos financeiros quando, e somente quando, as obrigações da Empresa são liquidadas, canceladas ou expiraram.
De igual forma, a Empresa contabiliza as modificações substanciais nos termos de uma responsabilidade existente, ou em parte dela, como uma extinção do passivo financeiro original e o reconhecimento de um novo passivo financeiro.
Desreconhecimento de passivos financeiros
Caso a modificação não seja substancial, a diferença entre: (i) a quantia escriturada do passivo
A diferença entre a quantia escriturada do passivo financeiro desreconhecido e a contraprestação paga ou a pagar é reconhecida na demonstração dos resultados.
Os outros passivos financeiros referem-se, essencialmente, a operações de factoring e de locação financeira, as quais são inicialmente registadas pelo seu justo valor. Estes passivos financeiros são, subsequentemente ao seu reconhecimento inicial, mensurados pelo custo amortizado, através do método da taxa de juro efetiva.
A Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando a Empresa transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.
Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras da Empresa até ao momento do seu recebimento. Em 31 de dezembro de 2018 não existiam operações de factoring denominadas de “sem recurso”.
A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (incluindo fees e comissões pagas ou recebidas que fazem parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e outros prémios ou descontos) durante a vida esperada do passivo financeiro na sua quantia escriturada na data do seu reconhecimento inicial.
Quando a Empresa troca com um determinado credor um instrumento de dívida por outro com termos substancialmente diferentes, essa troca é contabilizada como uma extinção do passivo financeiro original e o reconhecimento de um novo passivo financeiro.
RELATÓRIO E CONTAS 201862
Até 1 de janeiro de 2018, a Empresa designava todos os contratos forward como instrumento de cobertura. Qualquer ganho ou perda decorrente de alterações no justo valor dos derivados eram registados diretamente na demonstração dos resultados, exceto a parcela eficaz das coberturas de fluxos de caixa as quais eram registadas no rendimento integral e posteriormente reclassificadas para a demonstração dos resultados quando o item coberto afetava também a demonstração dos resultados.
antes da modificação; e (ii) o valor presente dos fluxos de caixa futuros após a modificação é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou perda da modificação.
Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura económica dos riscos podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:
(i) À data de início da transação a relação de cobertura se encontre identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efetividade da cobertura;
(ii) Exista a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da operação e ao longo da sua vida;
A Celbi utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação.
A partir de 1 de janeiro de 2018, a Empresa designa apenas o elemento à vista dos contratos forward como instrumento de cobertura. O elemento forward é reconhecido no rendimento integral e acumulado numa componente separada de capital próprio.
Instrumentos derivados
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta.
(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da operação e ao longo da sua vida;
(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa, a probabilidade da sua ocorrência deverá ser elevada.
Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro ou de câmbio o justifiquem, a Empresa procura contratar operações de proteção contra movimentos adversos, através de instrumentos derivados, tais como, entre outros, interest rate swaps (IRS), collars de taxa de juro e de câmbio ou forwards cambiais.
Na seleção dos instrumentos de cobertura a utilizar são essencialmente valorizadas as suas características em termos da cobertura dos riscos económicos que visam cobrir. São
RELATÓRIO E CONTAS 2018 63
Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resultados.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objetivo específico de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração dos resultados, nas rubricas “Rendimentos financeiros” e “Gastos financeiros”.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a atualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.
igualmente tidas em conta as implicações da inclusão de cada instrumento adicional na carteira de derivados existentes, nomeadamente os efeitos em termos de volatilidade nos resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.
Se a contabilidade de cobertura de fluxos de caixa for interrompida, a quantia acumulada no Outro rendimento integral deve permanecer se se esperar que os fluxos de caixa futuros cobertos ainda ocorram. Caso contrário, a quantia acumulada é reclassificada imediatamente para a demonstração dos resultados como um ajustamento de reclassificação. Após a interrupção, assim que os fluxos de caixa coberto ocorram, qualquer quantia acumulada remanescente em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura” deve ser contabilizada de acordo com a natureza da transação subjacente.
Compensação de instrumentos financeiros
Ativos financeiros e passivos financeiros são compensados e o respetivo valor líquido é apresentado na demonstração da posição financeira se existir um direito presente de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas e existe a intenção de ou liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo.
RELATÓRIO E CONTAS 201864
Política contabilística adotada em 2017 relativamente a ativos e passivos financeiros (ao abrigo da IAS 39).
i) Investimentos em subsidiárias e associadas
Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
ii) Investimentos
Os investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:
Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do ativo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efetiva.
Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.
Investimentos detidos até à maturidade: designados como ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como ativos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor”
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para venda são incluídas no valor do ativo as despesas de transação.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 65
iii) Clientes e dívidas de terceiros
No caso de investimentos em partes de capital classificados como disponíveis para venda considera-se que um investimento se encontra em imparidade quando ocorre um declínio significativo ou prolongado do seu justo valor abaixo do seu custo de aquisição.
As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.
iv) Empréstimos e contas a pagar
incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.
Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e o Conselho de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.
As dívidas de clientes e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzidas de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflitam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.
Os empréstimos e as contas a pagar são registados no passivo pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, exceto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o exercício.
RELATÓRIO E CONTAS 201866
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de fixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta.
Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.
Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.
Consequentemente, e tendo em consideração que estes contratos não originam gasto financeiro para a Empresa, os montantes das faturas adiantadas aos fornecedores que aderem a estes contratos são mantidos no passivo na rubrica “Fornecedores – títulos a pagar”.
A Empresa contrata operações de confirming com instituições financeiras, as quais são enquadráveis como reverse factoring agreements. A Empresa não utiliza estes contratos como forma de gerir as suas necessidades de liquidez já que o pagamento das faturas se mantém na data do vencimento das mesmas; nessa data, a Empresa paga às instituições financeiras os valores adiantados.
vi) Caixa e equivalentes de caixa
vii) Instrumentos derivados
O passivo apenas é desreconhecido quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.
v) Fornecedores e outras dívidas a terceiros
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação.
espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
RELATÓRIO E CONTAS 2018 67
a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
viii) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.
a transação objeto de cobertura é altamente provável.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.
ix) Ações próprias
existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; e
Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resultados.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a atualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objetivo específico de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Rendimentos financeiros” e “Gastos financeiros”.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos ativos da Empresa após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afetando o resultado do exercício.
RELATÓRIO E CONTAS 201868
x) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, mas unicamente objeto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.
m) Caixa e bancos
Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e bancos” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.
Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras da Empresa até ao momento do seu recebimento. Em 31 de dezembro de 2017 não existiam operações de factoring denominadas de “sem recurso”.
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e bancos” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.
n) Ativos e passivos contingentes
Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.
A Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando a Empresa transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.
Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 69
é efetuada de acordo com as taxas que se espera que sejam de aplicar no período em que o ativo for realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e
o) Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida.
A Empresa é tributada segundo o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, sendo a Altri, SGPS, S.A. a sociedade dominante deste grupo fiscal.
A Empresa reconhece o ganho com incentivos fiscais ao investimento sob a forma de descontos à coleta de acordo com os critérios estabelecidos na “IAS 12 – Imposto sobre o rendimento“ para reconhecimento de ganhos com créditos fiscais. Deste modo, o ganho é reconhecido no momento em que é obtido o direito a utilizar o mesmo, sendo reconhecido um “Ativo por imposto diferido” caso não seja possível utilizar no exercício a totalidade daqueles créditos fiscais e seja expectável que no futuro a empresa gere resultados suficientes que permitam a sua utilização.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
A mensuração dos ativos e passivos por impostos diferidos:
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
reflete as consequências fiscais decorrentes da forma como a Empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos.
Não são reconhecidos impostos diferidos relativos às diferenças temporárias associadas aos investimentos em associadas e interesses em empreendimentos conjuntos por se considerar que se encontram satisfeitas, simultaneamente, as seguintes condições:
a Empresa é capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária; e
é provável que a diferença temporária não se reverterá no futuro previsível.
Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
RELATÓRIO E CONTAS 201870
As principais fontes de rédito da Empresa nos exercícios de 2017 e 2018 podem ser detalhadas como se segue:
1. identificação do contrato com um cliente;2. identificação das obrigações de desempenho;3. determinação do preço da transação;4. alocação do preço da transação a obrigações de desempenho; e5. reconhecimento do rédito quando ou à medida que a entidade satisfaz uma obrigação de desempenho.
(i) Pasta – vendas de pasta;(ii) Energia – venda de energia elétrica para a rede pública nacional.
A Empresa reconhece o rédito de acordo com a IFRS 15, que estabelece que uma entidade reconheça o rédito para refletir a transferência de bens e serviços contratados pelos clientes, no montante que corresponda à consideração que a entidade espera ter direito a receber como contrapartida da entrega desses bens ou serviços, com base no modelo de 5 passos abaixo:
No período comparativo, o rédito era mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber e era reconhecido, nomeadamente, quando os riscos e vantagens significativos associados à propriedade dos ativos vendidos fossem transferidos para o comprador.
(ii) Energia – Nesta área de negócio, a Empresa injeta energia elétrica na rede proveniente das suas centrais de cogeração sendo igualmente tratada como uma obrigação de desempenho única.
p) Rédito
Natureza, obrigações de desempenho e momento de reconhecimento do rédito
Os contratos comerciais com clientes referem-se essencialmente à venda de bens e numa extensão limitada ao transporte inerente a esses bens, quando aplicável, e de acordo com os
(i) Pasta – Nesta área de negócio, a Empresa celebra com entidades privadas diversos contratos de fornecimento de pasta com determinadas características (nomeadamente, nível de branqueamento); trata-se de obrigações de desempenho únicas que são integralmente satisfeitas com a entrega do produto final nas condições acordadas (nomeadamente, os incoterms acordados com o cliente).
A Empresa adotou no exercício de 2018 a IFRS 15, não tendo reexpressado a informação comparativa relativa ao exercício de 2017 que se encontra de acordo com a IAS 18.
O rédito no exercício de 2018 passou a ser mensurado de acordo com a retribuição especificada nos contratos estabelecidos com os clientes e exclui qualquer montante recebido por conta de terceiros. Deste modo, a Empresa passou a reconhecer o rédito quando transfere o controlo sobre um determinado bem ou serviço para o cliente.
O rédito é reconhecido líquido de bonificações, descontos e impostos (exemplo: descontos comercias e descontos de quantidade), e refere-se à consideração recebida ou a receber dos bens e serviços vendidos em linha com as tipologias de negócio da Empresa acima identificadas.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 71
Ativos associados a contratos com clientes
A transferência de controlo ocorre na mesma medida de que os riscos associados são transferidos, de acordo com as condições contratuais estabelecidas. A transferência de controlo dos bens ocorre na sua generalidade quando os bens são entregues nas instalações do cliente.
Um passivo de contratos com clientes é a obrigação de transferir bens ou serviços para os quais a Empresa recebeu (ou tem direito a receber) uma retribuição de um cliente. Se o cliente paga a retribuição antes que a Empresa transfira os bens ou serviços, um passivo contratual é registado quando o pagamento é efetuado ou quando é devido (dependendo do que aconteça primeiro). Os passivos contratuais são reconhecidos como rédito quando a Empresa executa as suas obrigações de desempenho contratuais.
Se a Empresa entrega os bens ou presta os serviços a um cliente antes do cliente pagar a retribuição ou antes da retribuição ser devida, o ativo contratual corresponde ao valor da retribuição que é condicional.
Um ativo de contrato com clientes é um direito a receber uma retribuição em troca de bens ou serviços transferidos para o cliente.
segmentos reportados. O rédito é reconhecido pelo montante da obrigação de performance satisfeita.
Os contratos com clientes que a Empresa tem não contemplam remunerações variáveis nem incluem componentes de financiamento significativas; adicionalmente, não existe historial de modificações aos contratos e de combinação de contratos.
Os contratos em vigor não têm garantias adicionais associadas. Para além disso, os custos de angariação de clientes são internos, na generalidade dos casos, já que os contratos são angariados pela equipa comercial interna do Grupo.
Relativamente ao preço da transação, este é uma componente fixa em função das quantidades vendidas.
Passivos associados a contratos com clientes
A Empresa considera os factos e circunstâncias quando analisa os termos de cada contrato com clientes, aplicando os requisitos que determinam o reconhecimento e mensuração do rédito de forma harmonizada, quando se tratem de contratos com características e em circunstâncias semelhantes.
Contas a receber de clientes
Os dividendos são reconhecidos como rendimentos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.
Uma conta a receber representa o direito incondicional (ou seja, apenas depende da passagem de tempo até que a retribuição seja devida) da Empresa em receber a retribuição.
RELATÓRIO E CONTAS 201872
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
r) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
s) Eventos subsequentes
t) Demonstração dos fluxos de caixa
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como rendimentos e gastos na demonstração de resultados do exercício, exceto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.
u) Ativos detidos para venda e operações em descontinuidade
q) Especialização dos exercícios
A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica “Caixa e bancos” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais (que englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos tangíveis).
Incluem-se nesta categoria os ativos ou grupo de ativos cujo respetivo valor seja realizável através de uma transação de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transação única, e os passivos diretamente associados a estes ativos que sejam transferidos na mesma transação. Os ativos e passivos nesta situação são mensurados ao mais baixo valor entre o respetivo valor contabilístico e o justo valor deduzido dos custos de vender.
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.
As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros ativos”, “Outros passivos”, “Outros ativos não correntes” e “Outros passivos não correntes”.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 73
Para que esta situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize num prazo inferior a 12 meses), e que o ativo esteja disponível para venda imediata nas atuais condições, para além de que a Empresa se tenha comprometido na sua venda.
(i) representa uma importante linha de negócios ou área geográfica de operações separada;
A amortização dos ativos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como detidos para venda e são apresentados como correntes em linhas próprias do ativo, passivo e capital próprio. Uma unidade operacional descontinuada é um componente (unidades operacionais e fluxos de caixa que podem ser claramente distinguidos, operacionalmente e para finalidades de relato financeiro, do resto da entidade) de uma entidade que ou foi alienada ou está classificada como detida para venda, e:
(ii) é parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de negócios ou área geográfica de operações separada; ou
(iii) é uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda.
Os resultados das unidades operacionais descontinuadas são apresentados como uma quantia única na demonstração dos resultados, compreendendo os lucros ou prejuízos após os impostos das unidades operacionais descontinuadas, adicionados dos ganhos ou perdas após os impostos reconhecidos na mensuração pelo justo valor menos os custos de vender ou na alienação de ativos ou de grupo(s) para alienação que constituam a unidade operacional descontinuada.
Os saldos e transações entre operações continuadas e operações descontinuadas são eliminados na extensão que representem as operações que deixarão de ser levadas a cabo pela Empresa.
2.3 JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS
Na preparação das demonstrações financeiras anexas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados.
Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso.
Os principais juízos de valor e estimativas, mais significativas, efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas incluem:
a) Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis
A Empresa revê as vidas úteis estimadas dos seus ativos tangíveis e intangíveis em cada data de relato. As vidas úteis dos ativos dependem de diversos fatores relacionados quer com a utilização dos mesmos, quer com decisões estratégicas da Empresa, quer ainda com a envolvente económica da Empresa.
RELATÓRIO E CONTAS 201874
b) Testes de imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis, bem como deinvestimentos financeiros
c) Determinação de perdas de imparidade em contas a receber
As perdas de imparidade em contas a receber são apuradas conforme indicado na Nota 2.2 l). Deste modo, a determinação da imparidade através da análise individual corresponde ao julgamento da Empresa quanto à situação económica e financeira dos seus clientes e à sua estimativa sobre o valor atribuído a eventuais garantias existentes, com o consequente impacto nos fluxos de caixa futuros esperados. Por outro lado, as perdas de imparidade esperadas no crédito concedido são apuradas tendo em conta um conjunto de informação histórica e de pressupostos, os quais poderão vir a não ser representativos da incobrabilidade futura dos devedores da Empresa.
d) Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados
Na valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos foram utilizadas técnicas de valorização assentes em métodos de fluxos de caixa descontados ou em múltiplos de transações de mercado. A determinação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados é geralmente efetuada pelas entidades junto das quais os mesmos foram contratados (contrapartes).
O Conselho de Administração da Empresa reconhece competência e objetividade às contrapartes.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração dos resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.
2.4 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
A Celbi encontra-se exposta essencialmente ao (a) risco de mercado, (b) risco de liquidez e (c) risco de crédito. O principal objetivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das atividades da Empresa. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração
As análises de imparidade requerem a determinação do justo valor e / ou do valor de uso dos ativos em questão (ou de algumas unidades geradoras de caixa). Este processo requer um elevado número de julgamentos, nomeadamente a estimação de fluxos de caixa futuros associados aos ativos ou às respetivas unidades geradoras de caixa e a determinação de uma taxa de desconto apropriada para o apuramento do valor presente dos referidos fluxos de caixa. Neste particular, a Empresa, mais uma vez, estabeleceu o requisito de ser utilizada a máxima quantidade possível de dados de mercado observáveis. Estabeleceu ainda mecanismos de monitorização dos cálculos assentes no desafio crítico da razoabilidade dos pressupostos utilizados, da sua coerência e consistência (em situações similares).
RELATÓRIO E CONTAS 2018 75
RELATÓRIO E CONTAS 201876
da Celbi, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração da Empresa.
a) Risco de mercado
Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.
Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para proteção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objeto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;
Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundo considerado no plano de negócios da Empresa.
A Celbi utiliza instrumentos derivados ou transações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na seleção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:
A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação ou especulação.
As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política da Empresa privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, a Celbi solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.
Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transação que está a ser coberta; e
(i) Risco de taxa de juro
Uma vez que a totalidade do endividamento da Celbi se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de proteção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respetivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos, a Celbi acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respetivos montantes nocionais acordados.
A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela Empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.
O objetivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua atividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.
O Conselho de Administração da Celbi aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).
Análise de sensibilidade a variações da taxa de juro
Na determinação do justo valor das operações de cobertura, a Celbi utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 26):
RELATÓRIO E CONTAS 2018 77
A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento médio (ativos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício.
Juros suportados (Nota 34)
Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento
Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento
7.792.130
3.500.000
(3.500.000) (3.500.000)
7.576.160
3.500.000
31.12.201731.12.2018
(ii) Risco de taxa de câmbio
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os saldos em Euros expressos em moeda diferente do Euro são como segue:
A Empresa está exposta ao risco de taxa de câmbio nas transações relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.
Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.
b) Risco de liquidez
A Empresa prossegue assim uma política ativa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção
O Conselho de Administração da Celbi entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras, quer pela dimensão dos ativos e passivos expressos em moeda estrangeira, quer pela reduzida maturidade dos mesmos.
Desenvolvendo a sua atividade num setor que transaciona commodities (pasta de papel), a Celbi encontra-se particularmente exposta a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.
O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transacionada pela Celbi durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 22,8 milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 26) e mantendo-se todas as outras variantes constantes.
O principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.
(i) Risco de variabilidade nos preços de commodities
Contas a receber
Contas a pagar
Depósitos bancários (Nota 17)
Factoring (Nota 19)
25.252.168
(12.360.794)
USD
13.730.229
(34.964)
873.819
31.12.201731.12.2018
SEK e GBP
-
(94.923)
-
(94.923)
-
USD
9.853.825
-
19.211.483
21.339.353
(7.725.955)
(26.390)
-
(26.390)
SEK e GBP
-
-
RELATÓRIO E CONTAS 201878
c) Risco de crédito
A respeito das novas normas, interpretações, emendas e revisões às IFRS ver nota 2.1. Não ocorreram durante o exercício alterações voluntárias de políticas contabilísticas, não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.
de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.
A Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito.
3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORREÇÕES DE ERROS
A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adotados procedimentos corretivos sempre que tal se julgue conveniente.
A quase totalidade das vendas que não estão abrangidas por um seguro de crédito são cobertas por garantias bancárias ou créditos documentários.
A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respetiva a cada classe de passivos financeiros.
O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa seleção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da atividade desenvolvida pela Empresa.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 79
Aumentos
Alienações e abates
Saldo inicial
Transferências
Saldo final
252.063
-
845
12.023.553
11.770.645
Terrenos e recursosnaturais
2018ATIVO BRUTO
Edifícios e outras construções
Equipamentobásico
Equipamento detransporte
-
60.193.527
(1.965.378)
-
62.158.905
221.426
(60.967.510)
893.518
689.691.795
628.839.229
214.125
-
708.226
(22.875)
899.476
Alienações e abates
Saldo inicial
Transferências
Saldo final
Aumentos
8.164.315
-
287.088
-
8.451.403
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS
491.661
56.189.009
(1.871.811)
57.569.159
-
465.241.123
32.839.798
(60.630.088)
-
437.450.833
-
706.068
43.270
745.838
(3.500)
3.572.150 4.004.518 1 91.388.396 153.638
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
Transferências
Saldo final
11.327.052
330.600
11.770.645
152.453
(39.460)
179.254
(3.917.103)
62.158.905
65.643.756
252.998
685.821.929
688.691.795
24.412.215
15.572.787
(37.115.136)
731.349
500
-
(23.623)
708.226
Saldo inicial
Alienações e abates
Aumentos
Transferências
Saldo final
7.927.294
276.481
-
8.164.315
(39.460)
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS
522.832
-
(3.917.103)
57.569.159
60.963.430 468.865.488
33.269.088
(36.893.453)
-
465.241.123
727.784
1.907
-
706.068
(23.623)
3.606.330 4.589.746 223.450.672 2.158
RELATÓRIO E CONTAS 201880
4. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
A respeito das novas normas, interpretações, emendas e revisões às IFRS ver nota 2.1. Não ocorreram durante o exercício alterações voluntárias de políticas contabilísticas, não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.
Terrenos e recursosnaturais
Edifícios e outras construções
Equipamentobásico
Equipamento detransporte
Terrenos e recursosnaturais
2017ATIVO BRUTO
Edifícios e outras construções
Equipamentobásico
Equipamento detransporte
Terrenos e recursosnaturais
Edifícios e outras construções
Equipamentobásico
Equipamento detransporte
RELATÓRIO E CONTAS 2018 81
7.470.206
2.446
7.550.583
42.089
(124.912)
Outros ativos fixos tangíveis
Adiantamentos porconta de ativos fixos Total
1.470.184
364.366
1.330.535
-
(224.717)
-
-
90.977
-
90.977
(63.343.794)
775.727.392
2.811.304
-
715.194.902
7.400.585
37.811
-
7.313.484
(124.912)
33.799.085
(62.893.430)
-
514.335.485
543.429.830
156.722 1.470.184 90.977 200.859.417
(4.551)
7.447.162
32.951
7.550.583
75.021
-
364.366
224.717
(16.394.615)
16.534.264
-
90.977
-
-
90.977
(262.534)
25.149.994
775.727.392
791.988.525
(41.148.593)
7.351.409
(4.551)
-
7.400.585
53.727
-
543.429.830
(40.926.910)
34.237.718
550.119.022
149.998 364.366 90.977 232.297.562
4.207.750
4.931.895
78.974
(263.119)
-
Equipamento administrativo
4.348.580
4.184.918
99.457
-
(263.119)
(48.720)
4.391.895
4.392.036
32.090
16.489
113.683
-
4.348.580
(48.720)
4.283.617
43.315
22.832
Ativos fixostangíveis em curso
Outros ativos fixos tangíveis TotalEquipamento
administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Adiantamentos porconta de ativos fixos TotalEquipamento
administrativoAtivos fixos
tangíveis em curso
Outros ativos fixos tangíveis TotalEquipamento
administrativo
Os movimentos verificados nos ativos fixos tangíveis em curso estão relacionados com o investimento de aumento de capacidade que a Empresa realizou, nomeadamente numa nova linha de corte de madeira e melhoria na eficiência na lavagem de pasta e seu branqueamento.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
5. ATIVOS INTANGÍVEIS
Saldo inicial
Alienações e abates
Saldo final
Transferências
Aumentos
2018ATIVO BRUTO
Software Outros ativos intangíveis Total
-
(738)
145.761
7.637.187
7.782.210
25.600
-
25.600
-
-
145.761
-
7.807.810
(738)
7.662.787
Transferências
Saldo final
Aumentos
Alienações e abates
Saldo inicial
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
(738)
263.769
7.263.819
-
7.499.850
-
-
25.600
25.600
- 236.769
7.289.419
(738)
7.525.450
-
282.360 - 282.360
Saldo inicial
Saldo final
Alienações e abates
Aumentos
Transferências
293.024
-
7.637.187
7.081.629
262.534
25.600
-
-
-
25.600
7.107.229
293.024
-
262.534
7.662.787
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
Transferências
Saldo final
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
-
196.208
-
7.263.819
7.067.611
-
-
25.600
25.600
- -
7.289.419
196.208
-
7.093.211
373.368 - 373.368
2017ATIVO BRUTO
Software Outros ativos intangíveis Total
Software Outros ativos intangíveis Total
Software Outros ativos intangíveis Total
RELATÓRIO E CONTAS 201882
RELATÓRIO E CONTAS 2018 83
Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram como se segue:
O montante registado em “Propriedades de investimento” em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é referente, essencialmente, a terrenos e edifícios arrendados.
6. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.
2018
ATIVO BRUTOSaldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo finalSaldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
5.244.376 - (30.050) - 5.206.326
1.968.759
3.275.617
46.424 (35.028) - 1.980.155
3.226.171
2017
ATIVO BRUTOSaldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo finalSaldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final
5.302.727 - (58.351) - 5.244.376
1.973.342
3.329.385
52.335 (56.918) - 1.968.759
3.275.617
7. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS
Em 31 de dezembro de 2018 as empresas subsidiárias eram as seguintes:
Sede Capital Próprio Resultadolíquido
Valor líquido contabilísticoEmpresa Percentagem
de detenção
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Altri Florestal, S.A.
Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A.
Caima Energia, S.A.
Constância
Constância
Constância
Vila Velha de Ródão
Lisboa
Porto
100%
100%
100%
100%
100%
100%
152.149.687
362.332.306
103. 1 16.056
17.000.000
87.000.000
466.563
2.600.000
107.794.991
108.219.522
42.758.775
14.041.753
450.036
79.476
12.235.690
2.230.608
4.880.693
(5.380)
7.883.761
(10.731)
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 a Empresa realizou prestações suplementares no valor de 50.000 Euros na sua subsidiária Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A.
Em 31 de dezembro de 2017 as empresas subsidiárias eram as seguintes:
Sede Capital Próprio Resultadolíquido
Valor líquido contabilísticoEmpresa Percentagem
de detenção
Altri Florestal, S.A.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Caima Energia, S.A.
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A.
Constância
Constância
Lisboa
Porto
Vila Velha de Ródão
Constância 100%
100%
100%
100%
100%
100%
152.149.687
466.563
87.000.000
103. 1 16.056
17.000.000
362.282.306
2.550.000
107.916.792
46.119.267
40.207
100.904.285
11.811.145
455.416 (5.994)
2.895.128
14.819.195
12.093.286
(4.820.306)
(12.429)
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Empresa subscreveu e realizou por entradas de dinheiro aumentos de capital nas suas subsidiárias Caima Indústria de Celulose, S.A., Caima Energia, S.A. e Celtejo – Empresa Celulose do Tejo, S.A. no valor de 2.000.000 Euros, por cada empresa.
A Empresa encontra-se dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em virtude de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Altri, SGPS, S.A.
8. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS
A empresa associada e a proporção do capital detido, em 31 de dezembro de 2018 e 2017, era conforme segue:
Sede CapitalPróprio
Resultadolíquido
Valor de balançoEmpresa Percentagem
de detenção
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
112.093
PróprioCapital Resultado
líquidoValor de balanço
Figueira da Foz
31.12.2018 31.12.2017
2.104.264573.240(14.283)2.089.982573.24033%
9. OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Os investimentos financeiros registados nesta rubrica encontram-se registados ao justo valor através de resultados.
O movimento ocorrido no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 na participação detida na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. corresponde a uma perda de imparidade decorrente da análise efetuada pela Empresa (Nota 34).
10. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança
Em 31 de dezembro de 2017, a rubrica “Outros investimentos financeiros (anteriormente denominada “Investimentos disponíveis para venda”) incluía, essencialmente, uma participação na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 a Celbi alienou a quase totalidade daquela participação tendo ficado com um investimento residual no montante de 68.493 Euros, correspondente a 0,02% do capital social da participada. A transação não teve impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras.
RELATÓRIO E CONTAS 201884
RELATÓRIO E CONTAS 2018 85
A Celbi é parte integrante de um grupo de empresas (em que a Altri, SGPS, S.A. é a sociedade dominante) que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do Grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.
O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:
Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2015 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018 e 2017.
Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi como segue:
Justo valor dos instrumentos derivados
Reavaliação de ativos
Outros
Provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente
578.169
19.748.740
-
1.504.467
17.666.104
31.12.201731.12.2018Ativos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidosAtivos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
(197.475)
-
(249.588)
(52.113)
-
23.091.882
-
21.642.646
1.449.236
-
-
(859.414)
(803.972)
-
(55.442)
Reavaliação de ativos
Saldo em 1.1.2018
Efeitos na demonstração dos resultados:
Aumento / (Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais
Outros efeitos
Efeitos em capitais próprios:
Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26)
Total de efeitos na demonstração dos resultados
Total de efeitos em outro rendimento integral
2018Ativos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
Saldo em 31 .12.2018
23.091.882
55.231
578.169
-
(3.921.311)
(3.976.542)
578.169
(859.414)
-
3.329
606.497
-
606.497
3.329
19.748.740 (249.588)
Outros efeitos
Saldo em 1.1.2017
Efeitos na demonstração dos resultados:
Aumento / (Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais
Reavaliação de ativos
Efeitos em capitais próprios:
Total de efeitos em outro rendimento integral
Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26)
Total de efeitos na demonstração dos resultados
2017Ativos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
Saldo em 31 .12.2017
(697.918)
-
19.507.758
4.059.794
4.282.042
222.248
(697.918)
(48.016)
-
(7.426)
-
(803.972)
(803.972)
(7.426)
23.091.882 (859.414)
RELATÓRIO E CONTAS 201886
De acordo com a legislação em vigor, a Empresa utiliza para cálculo dos impostos diferidos uma taxa de 28%, que corresponde à taxa efetiva expectável para a Celbi, exceto no que respeita a ativos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 21%.
Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a derrama estadual correspondeu à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros, de 5% sobre a parte do lucro tributável entre 7,5 e 35 milhões de Euros e de 9% sobre o lucro tributável acima de 35 milhões de Euros.
A Empresa optou em 2016 pela aplicação do regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento, previsto no Decreto-Lei nº 66/2016, de 3 de novembro. Neste âmbito, sobre a reserva de reavaliação constituída, incidirá tributação autónoma a uma taxa de 14%. De referir que a totalidade deste montante já foi paga em 2016, 2017 e 2018 (Nota 15). Adicionalmente, as respetivas depreciações deverão ser dedutíveis, para efeitos fiscais, a partir do exercício de 2018, para efeitos de determinação do lucro tributável, pelo que nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a Empresa registou um ativo por imposto diferido no montante aproximado de 17.600.000 Euros e 21.600.000 Euros, respetivamente. A alteração no montante registado de 2017 para 2018 decorre do facto de 2018 ser o primeiro ano em que a subsidiária deduziu, para efeitos fiscais, a depreciação da reavaliação efetuada ao abrigo do referido regime. Esta reavaliação, efetuada exclusivamente para efeitos fiscais não produziu qualquer impacto no valor contabilístico dos ativos fixos.
De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 21%.
A taxa de imposto diferido de 28% resulta, assim, da soma da taxa de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas aprovada para estar em vigor em 2018 e nos anos seguintes (21%), da derrama municipal, cuja taxa é 1,5% para a Empresa, e da derrama estadual expectável para a Empresa (5,5%), tendo em consideração que a mesma suporta atualmente derrama estadual à taxa máxima de 9%.
O saldo em 31 de dezembro de 2017 da rubrica do passivo “Estado e outros entes públicos” inclui cerca de 3.800.000 Euros relativos a tributação autónoma a pagar no âmbito do regime de reavaliação de ativos previsto no decreto-lei nº 66/2016 (Nota 15).
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 podem ser detalhados como segue:
A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:
RELATÓRIO E CONTAS 2018 87
Imposto corrente
Correção de anos anteriores
Taxa autónoma reavaliação de ativos
Imposto diferido
(46.287.941)
(3.917.982)
158.823
(102.670)
(50.149.770)
(19.814.446)
(39.705)
1.309.535
4.274.616
(14.270.000)
31.12.201731.12.2018
Resultado antes de impostos
Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama)
187.970.505
(42.293.364)
22,50% 22,50%
(23.125.242)
102.778.855
31.12.201731.12.2018
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas
Outros efeitos
Benefícios fiscais
Imposto sobre o rendimento
Reavaliação fiscal de ativos
Derrama estadual
Impostos períodos anteriores
Tributação autónoma
Eliminação dupla tributação dividendos
Impostos diferidos
Taxa autónoma reavaliação de ativos
54.924
-
(62.326)
(1 1 .353.747)
(3.917.982)
(102.670)
158.823
3.195.435
4.275.000
(103.863)
(50.149.770)
1.309.535
4.520.619
(5.077.813)
4.339.875
(20.289)
(58.926)
4.274.616
(452.670)
-
(14.270.000)
(39.705)
A linha “Benefícios fiscais” em 31 de dezembro de 2017 diz respeito à utilização do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da Celbi na inovação do processo produtivo (Projeto C17) (Nota 40).
A Empresa optou em 2016 pela aplicação do regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento, previsto no Decreto-Lei nº 66/2016, de 3 de novembro. Neste âmbito, sobre a reserva de reavaliação constituída, incidiu tributação autónoma a uma taxa de 14%, que está apresentada no quadro acima na linha “Taxa autónoma reavaliação de ativos”.
11. INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o montante registado na rubrica “Ativos biológicos” corresponde às florestas e encargos incorridos com as plantações efetuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como segue:
Valor bruto
Perdas de imparidade acumuladas em ativos biológicos (Nota 20) -
13.418
13.418
-
13.418
13.418
31.12.201731.12.2018
O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 ascendeu a 201.551.512 Euros e foi apurado como se segue:
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2018 e 2017, não existiam à guarda da Empresa, inventários cuja propriedade fosse de terceiros.
O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 ascendeu a 207.253.486 Euros e foi apurado como se segue:
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 existiam fora das instalações da Empresa os seguintes inventários:
Regularização de existências
Saldo inicial
Compras
Existências finais
22.967.176
(22.675.458)
209.560.217
-
209.851.935
34.142.371
(42.151.076)
209.560.217
-
201.551.512
RELATÓRIO E CONTAS 201888
Em portos comunitários
À guarda de terceiros 744.194
13.706.936
12.962.742
586.025
8.019.556
8.605.581
31.12.201731.12.2018
Produtos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
Matérias primas, subsidiárias e de consumo
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 20)
22.675.458
(4.390.000)
42.137.658
19.055.340
406.860
37.747.658 29.913.953
22.967.176
10.722.855
(4.215.000)
438.922
34.128.953
31.12.201731.12.2018
Produtos etrabalhos em
curso
Matérias-primas,subsidiárias e de
consumo
Produtosacabados eintermédios
Ativosbiológicos Total
-
10.722.855
(19.055.340)
(8.332.485)
-
438.922
-
-
32.062
(406.860)
13.418
-
-
(13.418)
-
Regularização de existências
Saldo inicial
Compras
Existências finais
25.213.993
(22.967.176)
-
201.812.119
204.058.936
39.583.738
207.253.486
-
201.812.119
(34.142.371)
Produtos etrabalhos em
curso
Matérias-primas,subsidiárias e de
consumo
Produtosacabados eintermédios
Ativosbiológicos Total
13.803.958
-
-
(10.722.855)
3.081.103
-
(438.922)
(17.912)
421.010
-
144.777
-
-
(13.418)
131.359
Instrumentos financeiros derivados
Caixa e bancos
Outros devedores
Outros investimentos financeiros
Instrumentos financeiros derivados
Ativos não correntes
Clientes
Empresas do Grupo
Ativos correntes
98.873
71.343.722
258.967.664
6.115.040
723.443
216.396
87.346.575
94.063.454
507.047
OutrosInvestimentos
finaceiros
Empréstimos econtas areceber
Derivados -justo valor Total
87.346.575
-
258.868.791
94.063.454
-
6.115.040
-
71.343.722
-
216.396
216.396
-
-
-
-
-
-
-
-
98.873
507.047
-
-
507.047
-
98.873
-
RELATÓRIO E CONTAS 2018 89
12. CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Ativos financeiros:
Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:
Notas
9
14
30
17
26
26
13
31 de dezembro de 2018
605.920 259.691.107216.396258.868.791
Ativos correntes
Instrumentos financeiros derivados
Clientes
Ativos não correntes
Instrumentos financeiros derivados
Empresas do Grupo
Caixa e bancos
Investimentos disponíveis para venda
Outros devedores 6.004.246
104.540.886
78.913.906
2.623.844
7.648.359
247.483
7.895.842
70.138
16.928.752
Empréstimos econtas areceber
Derivados -justo valor Total
-
-
-
6.004.246
70.138
-
78.913.906
101.917.042
16.928.752
-
-
7.648.359
-
7.648.359
-
-
-
- 2.623.844
-
2.623.844
-
247.483
247.483
-
-
-
Notas
26
17
26
13
9
30
14
31 de dezembro de 2017
2.871.327 112.436.7287.648.359101.917.042
Disponíveispara venda
RELATÓRIO E CONTAS 201890
Passivos não correntes
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Outros credores
Outros empréstimos
Passivos associados a contratos com clientes
Incentivos reembolsáveis
Fornecedores
Instrumentos financeiros derivados
Empresas do Grupo 44.146.298
1.874.849
11.472.820
2.064.887
337.370.459
74.691.044
4.369.035
90.103.562
235.437.941
312.001.424
6.172.583
21.000.000
4.911.898
Passivos financeirosregistados ao
custo amortizadoDerivados -justo valor Total
312.001.424
21.000.000
4.369.035
337.370.459
6.172.583
1.874.849
44.146.298
-
90.103.562
74.691.044
11.472.820
4.911.898
233.373.054
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2.064.887
-
2.064.887
-
Passivos financeiros:
Notas
19
19
19
19
19
22
19
24
30
23
26
31 de dezembro de 2018
2.064.087 572.808.400570.743.513
Empréstimos bancários
Instrumentos financeiros derivados
Empresas do Grupo
Incentivos reembolsáveis
Fornecedores
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Passivos não correntes
Outros empréstimos
Outros credores
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
-
27.000.000
240.146.582
6.966.251
274.112.833
1.088.675
46.294.213
22.509.804
6.216.583
65.981.995
9.407.523
151.498.793
Passivos financeirosregistados ao
custo amortizadoDerivados -justo valor Total
240.146.582
274.112.833
6.216.583
46.294.213
22.509.804
-
151.498.793
27.000.000
1.088.675
6.966.251
65.981.995
9.407.523
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Notas
19
19
19
19
22
23
26
19
30
19
31 de dezembro de 2017
- 425.611.626452.611.626
RELATÓRIO E CONTAS 2018 91
Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valor
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 não existem ativos financeiros cujos termos tenham sido renegociados e que caso não tivessem sido renegociados estariam vencidos ou em imparidade.
O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor (Nota 2.1).
Derivados (Nota 26)
Ativos financeiros mensurados a justo valor
Derivados (Nota 26)
Passivos financeiros mensurados a justo valor
31.12.2018 31.12.2017
-
-
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3
2.064.887
605.920 -
-
-
- -
2.871.327 -
-
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 esta rubrica tinha a seguinte composição:
A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Empresa, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.
13. CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada como segue:
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 20)
Clientes, conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
87.346.575
32.565
87.346.575
87.379.140
(32.565) (37.045)
78.950.951
78.913.906
37.045
78.913.906
31.12.201731.12.2018
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias
+ de 90 dias
30 - 90 dias
Não vencido 70.001.353
15.118.264
1.772.206
454.752
17.345.222
853.812
60.269.983
558.491
18.643.923
17.231.620
31.12.201731.12.2018
78.913.90687.346.575
A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como segue:
A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.
O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico de incobrabilidade e as características das contrapartes. Adicionalmente, a partir de 1 de janeiro de 2018, com a adoção da IFRS 9, a Empresa passou a apurar perdas de imparidade esperadas para as suas contas a receber de acordo com os critérios divulgados na Nota 2.2. l).
RELATÓRIO E CONTAS 201892
Com seguro de crédito
Sem seguro de crédito
75.823.420
87.379.140
11.555.720
63.407.165
15.543.786
78.950.951
31.12.201731.12.2018
14. OUTROS DEVEDORES
Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer indício de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o montante líquido dos saldos de “Outros devedores” encontra-se na totalidade não vencido.
O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico de incobrabilidade e as características das contrapartes. Adicionalmente, a partir de 1 de janeiro de 2018, com a adoção da IFRS 9, a Empresa passou a apurar perdas de imparidade esperadas para as suas contas a receber de acordo com os critérios divulgados na Nota 2.2. l).
Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a linha “Outros” corresponde, principalmente, a contas a receber relativas a imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros, processos fiscais (Nota 41) e empresas do Grupo Altri e partes relacionadas (Nota 30). Esta rubrica inclui também, em 31 de dezembro de 2018, o montante de 641.991 Euros (834.253 Euros em 31 de dezembro de 2017) a receber fruto da alienação da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A.
Outros
Adiantamentos a fornecedores
Contas a receber de Estado e outros entes públicos (Nota 15)
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 20)
6.115.040
3.327.175
3.207.696
238.524
6.773.395
(658.355)
3.207.245
368.971
6.662.601
3.086.385
6.004.246
(658.355)
31.12.201731.12.2018
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 estas rubricas do ativo e do passivo tinham a seguinte composição:
15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
RELATÓRIO E CONTAS 2018 93
Retenção na fonte
Total imposto sobre o rendimento
Saldos devedores:
Contribuições para a Segurança Social
Total outros impostos (Nota 14)
Total outros impostos (Nota 23)
Saldos credores:
Tributação autónoma reavaliação de ativos (Nota 10)
Imposto sobre o valor acrescentado
3.327.175
(242.388)
(1.41 1 . 182)
-
(1.168.794)
-
3.327.175 3.207.245
(3.765.931)
(233.902)
(992.293)
3.207.245
(3.765.931)
(758.391)
31.12.201731.12.2018
Seguros pagos antecipadamente
Juros pagos antecipadamente
Acréscimos de rendimentos:
Juros a receber
Rendas e alugueres pagos antecipadamente
Gastos a reconhecer:
391.506
1.021.331
533.865
90.869
5.091
498.541
-
889.804
-
391.263
31.12.201731.12.2018
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, esta rubrica tinha a seguinte composição:
16. OUTROS ATIVOS
Depósitos bancários
Caixa
94.063.454
94.063.454
- 1.998
16.926.754
16.928.752
31.12.201731.12.2018
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 os recebimentos relativos a
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o detalhe da rubrica “Caixa e bancos” era como segue:
17. CAIXA E BANCOS
Durante o exercício de 2017 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem à realização de aumentos de capital na Caima Indústria de Celulose, S.A., Caima Energia, S.A. e Celtejo – Empresa Celulose do Tejo, S.A. (Nota 7).
RELATÓRIO E CONTAS 201894
investimentos financeiros referem-se, essencialmente, ao pagamento parcial do valor de venda da subsidiária Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (alienada em 2011).
Durante o exercício de 2018 o pagamento relativo a investimentos financeiros inclui a realização de prestações suplementares na empresa Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A. no montante de 50.000 Euros (Nota 7).
Durante os exercícios de 2018 e 2017 os recebimentos relativos a dividendos são relativos às distribuições efetuadas pelas empresas associadas e subsidiárias da Empresa e dividem-se do seguinte modo:
Caima Energia, S.A.
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
Empresas associadas
Empresas subsidiárias
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Total empresas subsidiárias (Nota 34)
Total empresas associadas (Nota 39)
Altri Florestal, S.A.
Total
-
5.000.000
-
-
14.000.000
19.000.000
19.000.000
-
17.000.000
2.500.000
19.500.000
55.000
55.000
19.555.000
31.12.201731.12.2018
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2018 a Empresa detém 6.712 ações próprias.
Em 31 de dezembro de 2018, a Altri - Participaciones y Trading, S.L. (Nota 1) detém 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto.
18. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS
Em 31 de dezembro de 2018, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 16.000.000 ações com o valor nominal de 5 Euros cada ação.
Capital Social
Durante o exercício de 2018 a Empresa realizou uma operação de aumento de capital no valor de 2.500.000 Euros pela emissão de 500.000 ações no valor nominal de 5 Euros cada, tendo o mesmo sido subscrito e integralmente realizado pela Altri - Participaciones y Trading, S.L.
Reserva legal
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital.
Outras reservas
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:
A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz de cobertura, líquido e dos respetivos impostos diferidos (Nota 26).
RELATÓRIO E CONTAS 2018 95
Reservas de cobertura
Outras reservas e resultados transitados
(978.926)
55.110.810
54.131.884
117.601.955
2.067.356
119.669.311
31.12.201731.12.2018
19. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários”, “Outros empréstimos” e “Incentivos reembolsáveis” é como segue:
2018
Papel comercial
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Outros empréstimos
Empréstimos obrigacionistas
88.023.103
6.000.000
12.000.000
40.000.000
1.874.849
36.023.103
95.897.952
Corrente Não corrente Total
21.000.000
33.000.000
280.000.000
192.000
4.369.035
338.561.035
313.192.000
27.000.000
36.215.103
45.000.000
434.458.987
401.215.103
320.000.000
6.243.884
6.172.583
42.045.615
1.874.849
36.023.103
98.150.994
12.034.844
90.103.562
21.000.000
278.809.424
33.000.000
337.370.459
312.001.424
192.000
4.369.035 6.243.884
27.172.583
320.855.039
45.034.844
435.521.453
36.215.103
402.104.986
Valor nominal
Corrente Não corrente Total
(1)Valor contabilístico
2017
Outros empréstimos
Empréstimos bancários
Papel comercial
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
6.000.000
71.178.471
-
29.089.796
1.088.675
64.089.796
35.000.000
Corrente Não corrente Total
27.000.000
20.000.000
384.000
240.384.000
220.000.000
274.350.251
6.966.251
345.528.722
33.000.000
20.000.000
255.000.000
304.473.796
29.473.796
8.054.926 1.088.675
40.689
36.851.510
73.287.253
29.089.796
65.981.995
6.216.583
274.112.833
384.000
240.146.582
20.000.000
27.000.000
219.762.582
6.966.251
347.400.086
8.054.926
20.040.689
306.128.577
29.473.796
256.614.092
33.216.583
Valor nominal
Corrente Não corrente Total
(1)Valor contabilístico
(1) inclui acréscimo por especialização de juros
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 34).
Empréstimos bancários
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vencia juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo seria liquidado em 24 prestações mensais iguais e
RELATÓRIO E CONTAS 201896
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 15.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a doze meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado numa prestação única no final do contrato (setembro de 2022), pelo que o montante total do empréstimo se encontra classificado como dívida não corrente.
A rubrica “Papel comercial” corresponde a três programas de papel comercial. O primeiro programa, com o montante máximo de 12.000.000 Euros, vence-se em 21 de outubro de 2019, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2018 de 12.000.000 Euros. O segundo programa, com o montante máximo de 36.500.000 Euros, tem um prazo máximo de 4 anos a contar da respetiva data de assinatura, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2018 de 8.000.000 Euros. Por último, o terceiro programa, com o montante máximo de 25.000.000 Euros, vence-se em 30 de abril de 2021, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2018 de 25.000.000 Euros.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vencia juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo seria liquidado em 3 prestações anuais e sucessivas, com início a fevereiro de 2018. Em outubro de 2017, a Celbi procedeu ao reembolso antecipado da totalidade deste financiamento.
Os montantes totais utilizados em 31 de dezembro de 2018 ascendiam a 45.000.000 Euros e em 31 de dezembro de 2017 a 20.000.000 Euros.
Empréstimos obrigacionistas
sucessivas, com início em julho de 2017. Precisamente, em julho de 2017, a Celbi procedeu ao reembolso antecipado da totalidade deste financiamento.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros (atualmente 12.000.000 Euros em dívida), que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses acrescida de spread. Este empréstimo encontra-se a ser liquidado em 5 prestações anuais e sucessivas, com início em janeiro de 2016, pelo que o montante de 6.000.000 Euros se encontra classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente.
Papel comercial
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Celbi procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no valor de 80.000.000 Euros com um prazo de 5 (cinco) anos, tendo durante o exercício de 2015 sido adquiridas, pela Altri, SGPS, S.A. obrigações no montante de 10.623.100 Euros. Em outubro de 2016, a Celbi lançou uma oferta particular de troca, voluntária, dirigida apenas a investidores qualificados, sobre as 800 obrigações emitidas de valor nominal unitário de 100.000 Euros e global de 80.000.000 Euros, da emissão de obrigações denominada "Celbi 2014/2019" por novas obrigações Celbi com vencimento em 2024 (“Celbi 2016/2024”). Como resultado desta oferta, foram objeto de troca 473 obrigações (posteriormente amortizadas e canceladas), pelo que o empréstimo obrigacionista “Celbi 2014/2019” passou a estar representado por 327 obrigações, no montante nominal global de 32.700.000 Euros. Em março de 2017 a Celbi procedeu ao reembolso antecipado deste financiamento através do exercício da call option prevista na respetiva ficha técnica.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 97
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respetivo empréstimo (Nota 34).
(i) Factoring
As novas obrigações pelas quais foram trocadas as denominadas "Celbi 2014/2019", correspondem a obrigações que integram um novo empréstimo obrigacionista emitido em novembro de 2016, no montante de 65.000.000 Euros e com vencimento em fevereiro de 2024, denominado “Celbi 2016/2024”. Por sua vez, a Altri, SGPS, em 31 de dezembro de 2018, era detentora de obrigações “Celbi 2016/2024” no montante de 8.500.000 Euros (14.000.000 Euros em 31 de dezembro de 2017), pelo que o passivo do Grupo, em 31 de dezembro de 2018, relativo ao mesmo ascendia a 56.500.000 Euros (51.000.000 Euros em 31 de dezembro de 2017).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Celbi procedeu à emissão de três empréstimos obrigacionistas: um em fevereiro no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 6 anos, outro em agosto no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 2,5 anos (reembolsado na totalidade em fevereiro de 2018), e um outro em agosto no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 4 anos (este encontra-se classificado como passivo corrente uma vez que o seu vencimento ocorre em agosto de 2019). Todos estes empréstimos vencem juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017, a Empresa. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas, ambos em 14 de julho de 2017: um no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 8 anos e outro no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 10 anos, vencendo juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread. Por sua vez, a Altri, SGPS, em 31 de dezembro de 2017, era detentora de obrigações “Celbi 2017/2027” no montante nominal de 6.100.000 Euros, pelo que o passivo do Grupo, em 31 de dezembro de 2017, relativo ao mesmo ascendia a 33.900.000 Euros.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Empresa procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas: em 20 de abril de 2018, um empréstimo no valor de 50.000.000 Euros, com um prazo de 8 anos, vencendo juros a taxa igual a Euribor a 6 meses adicionada de spread e outro, em 28 de maio de 2018, no valor de 50.000.000 Euros, com um prazo de 10 ,anos, vencendo juros a taxa igual a Euribor a 6 meses adicionada de spread. Por sua vez, a Altri, SGPS, em 31 de dezembro de 2018, era detentora de obrigações “Celbi 2018/2028” no montante nominal de 5.000.000 Euros, pelo que o passivo do Grupo, em 31 de dezembro de 2018, relativo ao mesmo ascendia a 45.000.000 Euros.
Outros empréstimos
O Grupo Altri tem em vigor contratos de factoring com duas instituições, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 60.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread e/ou Euribor a 12 meses acrescida de spread (para nocionais em Euros) e Libor a 3 meses acrescida de spread (para nocionais em USD), sendo que em 31 de dezembro de 2018 o montante utilizado pela Empresa ascendia a 35.831.103 Euros (28.897.796 Euros em 31 de dezembro de 2017).
RELATÓRIO E CONTAS 201898
Incentivos reembolsáveis
Projeto C15
Projeto C17
A Celbi considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas se reconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2. l) iv).
Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de dezembro de 2016 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 1.747.075 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” (Nota 21) e “Outros passivos” (Nota 25) líquido do montante reconhecido diretamente como rendimento na demonstração dos resultados (Notas 32 e 40) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Em 31 de dezembro de 2018 o montante a liquidar relativo a este subsídio ascendia a 2.836.455 Euros (5.314.303 Euros em 31 de dezembro 2017), do qual o montante de 1.841.482 Euros está registado como passivo corrente.
Em dezembro de 2016 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do disposto no nº1 do artigo 5º do Decreto-lei nº 191/2014, de 31 de dezembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de competitividade e internacionalização, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 1 de janeiro de 2016, decorreu até 31 de dezembro de 2017 e o valor contratado ascende a 40.000.000 Euros, sendo que o Estado Português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 10% das despesas elegíveis. Em 31 de dezembro de 2018 o montante a liquidar relativo a este subsídio ascendia a 3.407.429 Euros, do qual o montante de 33.367 Euros está registado como passivo corrente.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos era como segue:
RELATÓRIO E CONTAS 2018 99
Outros empréstimos
Empréstimos obrigacionistas
Incentivos reembolsáveis
Papel comercial
Total
Empréstimos bancários 6.000.000
36.023.103
12.000.000
40.000.000
1.874.849
95.897.952
27.000.000
45.000.000
320.000.000
36.215.103
6.243.884
434.458.987
2019
6.000.000
7.618.769
-
-
1.426.769
192.000
68.653.837
35.000.000
-
-
33.000.000
653.837
15.000.000
2.288.429
-
-
245.000.000
262.288.429
2020 2021 >2021 Total (valor nominal)31.12.2018
Papel comercial
Incentivos reembolsáveis
Total
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos
Empréstimos bancários
35.000.000
29.089.796
71.178.471
-
1.088.675
6.000.000 33.000.000
20.000.000
255.000.000
29.473.796
8.054.926
345.528.722
2018
12.000.000
6.000.000
40.000.000
2.776.728
192.000
60.968.728
6.000.000
-
192.000
1.914.062
8.106.062
-
8.000.000
-
205.275.461
180.000.000
15.000.000
2.275.461
2019 2020 >2020 Total (valor nominal)31.12.2017
Recebimentos de empréstimos obtidos
Pagamento de empréstimos obtidos
Variação dos encargos com emissão de empréstimos
Variação da dívida
Subsídios reembolsáveis
Saldo em 31 de dezembro
Saldo em 1 de janeiro
(1.811.042)
(41.000.000)
88.121.367
(1.000.898)
435.521.453
131.933.307
347.400.086
2018
Em 31 de dezembro de 2018, a reconciliação da variação da dívida bruta com os fluxos de caixa é como segue:
O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 pode ser detalhado como se segue:
20. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE
Utilizações / Reversões
Saldo final
Aumentos
Saldo Inicial
-
22.254
446.122
423.868
Provisões31.12.2018Perdas de imparidade em
inventários e ativos biológicos (Nota 11)
TotalPerdas de imparidade em
contas a receber(Notas 13 e 14)
(4.480)
690.920
695.400
-
4.215.000
865.000
(690.000)
4.390.000
5.334.268
887.254
(694.480)
5.527.042
Saldo Inicial
Aumentos
Saldo final
Utilizações / Reversões
371.306
423.868
52.562
-
Provisões31.12.2017Perdas de imparidade em
inventários e ativos biológicos (Nota 11)
TotalPerdas de imparidade em
contas a receber(Notas 13 e 14)
-
(3.035)
698.435
695.400
4.545.000
640.000
(970.000)
4.215.000
5.614.741
(973.035)
692.562
5.334.268
RELATÓRIO E CONTAS 2018100
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, esta rubrica tinha a seguinte composição:
O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de dezembro de 2018 e 2017 corresponde à melhor estimativa da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos gerais da atividade da Empresa.
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.
23. OUTROS CREDORES
Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das utilizações/reversões verificados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.
21. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Outras credores” pode ser detalhada como segue:
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Celbi.
A rubrica “Outros passivos não correntes” corresponde às parcelas de subsídio ao investimento a reconhecer como rendimento no médio e longo prazo no montante de 12.265.349 Euros (Notas 25 e 40).
22. FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Fornecedores – títulos a pagar” refere-se aos saldos de fornecedores cedidos em operações de confirming, conforme descrito na Nota 2.2. l).
Fornecedores, títulos a pagar
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, faturas em receção e conferência
27.488.351
6.632.288
40.570.405
74.691.044
31.12.20180 - 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias
A pagar
40.570.405
6.632.288
74.691.044
27.488.351
-
-
-
-
-
-
-
-
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, faturas em receção e conferência
Fornecedores, títulos a pagar
7.275.888
19.798.679
46.294.213
19.219.646
31.12.20170 - 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias
A pagar
-
-
-
-
-
-
-
-
46.294.213
19.798.679
19.219.646
7.275.888
Contas a pagar ao Estado e outros entes públicos (Nota 15)
Fornecedores de ativos fixos
Outras dívidas
426.555
1.411.182
9.635.083
11.472.820
31.12.20180 - 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias
A pagar
1.411.182
426.555
11.472.820
9.635.083 -
-
-
- -
-
-
-
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Outros passivos” pode ser detalhada como segue:
Em 31 de dezembro de 2017 a rubrica “Outras dívidas” corresponde, principalmente, a imposto sobre o valor acrescentado a pagar a autoridades fiscais estrangeiras.
24. PASSIVOS ASSOCIADOS A CONTRATOS COM CLIENTES
A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de dezembro de 2018 e 2017 diz respeito a despesas relacionadas com a atividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.
Em 31 de dezembro de 2017 os saldos relativos a estes passivos foram apresentados na nota seguinte.
Em 31 de dezembro de 2018, a rubrica “Outras dívidas” inclui o montante de 6.933.529 Euros relativo à operação de transferência de instrumentos financeiros derivados de cobertura de preço da pasta de papel da Altri, SGPS, S.A. para a Celbi (Notas 26 e 30) e o imposto sobre o valor acrescentado a pagar a autoridades fiscais estrangeiras.
25. OUTROS PASSIVOS
Em 31 de dezembro de 2018 a rubrica “Passivos associados a contratos com clientes” pode ser detalhada como segue:
Fornecedores de ativos fixos
Contas a pagar ao Estado e outros entes públicos (Nota 15)
Outras dívidas
992.293
1.562.484
9.407.523
6.852.746
31.12.20170 - 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias
A pagar
-
-
-
-
-
-
-
-
RELATÓRIO E CONTAS 2018 101
1.562.484
992.293
9.407.523
6.852.746
Rappel e descontos a liquidar 4.911.898
4.911.898
31.12.2018
Encargos a liquidar
Remunerações a liquidar
Encargos com energia e gás a liquidar
Rappel e descontos a liquidar
Outros encargos a liquidar
Subsídios ao investimento (Notas 19, 21 e 40)
Rendimentos a reconhecer
3.722.456
8.711.475
3.293.348
-
2.961.960
1.695.671
2.961.960
1.643.057
2.903.357
2.817.178
15.797.120
2.817.178
8.569.389
2.681.317
31.12.201731.12.2018
11.673.435 18.614.298
O Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a Celbi teve em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados registados de acordo com o seu justo valor.
26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
(i) Derivados de cobertura de preço da pasta de papel
Na Celbi apenas se utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua atividade.
Por forma a mitigar a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, a Empresa detinha, a 31 de dezembro de 2018, derivados de cobertura do preço da pasta de papel, consubstanciado na compra de opções de venda de estilo asiático (“asian put options”) sobre o “FOEX PIX Pulp BHKP”, para cada um dos doze meses do ano de 2019, para um volume de 2.500 toneladas por mês (total de 30.000 toneladas). Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa não detinha posições em aberto de derivados de cobertura de preço da pasta de papel:
O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pela Empresa foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é atualizada para a data a que se reporta a avaliação.
(i) Derivados de taxa de câmbio
A Empresa utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efetuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, a Empresa, durante os exercícios de 2018 e 2017, contratou “opções” e “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.
Relativamente às opções, a Empresa contratou opções de venda e de compra de estilo asiático sobre o dólar dos Estados Unidos.
De acordo com as políticas contabilísticas adotadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”.
RELATÓRIO E CONTAS 2018102
Fair value negativo
dez/19
dez/19
Fair value positivo
dez/19
Quantidade coberta
(382.763)
98.873
(1.273.814)
(1.174.941)
(891.051)
98.873
Vencimento31.12.2018 31.12.2017
1.000 ton/mês
1.000 ton/mês
500 ton/mês
Justo valor
-
-
-
-
-
-
O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 pode ser detalhado como segue:
As variações do justo valor, durante o exercício de 2018, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IFRS 9), no montante de -3.155.353 Euros (5.973.185 Euros durante o exercício de 2017), foram registados diretamente no capital próprio, líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 606.497 Euros (-803.972 Euros em 31 de dezembro de 2017) (Notas 10 e 18).
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante os exercícios de 2018 e 2017, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados diretamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Nota 34).
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Empresa tem registado nesta rubrica os montantes de 99.348 Euros e 1.885.499 Euros, respetivamente, referente ao justo valor de instrumentos financeiros derivados cuja contraparte dos mesmos é a empresa-mãe do Grupo, Altri, SGPS, S.A. O Grupo tinha como objetivo cobrir o risco de taxa de câmbio das operações da Celbi para os exercícios de 2017 e 2018. Dado que algumas instituições apenas aceitavam entrar no contrato caso a contraparte fosse a Altri, SGPS, o Grupo contratou derivados de cobertura de taxa de câmbio através da Altri, SGPS, passando a totalidade da posição para a Celbi através dos contratos realizados entre as entidades.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 103
Efeitos no balanço
Efeitos em capitais próprios
Efeitos na demonstração de resultados
Saldo Inicial
Variação do justo valor/cessação
Saldo final
Derivados de taxa de câmbio
Derivados de pasta
(1.174.941)
(1.174.941)
(6.933.529)
-
6.933.529
2.871.327
(284.026)
(3.155.353)
-
-
(6.933.529)
(1.458.967)
(4.330.294)
2.871.327
6.933.529
Total
-
-
-
-
-
5.973.185
(3.101.858)
-
-
2.871.327
(3.101.858)
-
-
2.871.327
5.973.185
2017Derivados de
taxa de câmbioDerivados de
pasta Total
2018
Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, os principais passivos contingentes respeitavam a processos fiscais (Nota 41).
Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, as garantias prestadas tinham o seguinte detalhe:
27. PASSIVOS CONTIGENTES E GARANTIAS PRESTADAS
AICEP/API (Nota 40)
AD&C
Outros 344.791
1.281.280
2.954.647
1.328.576 1.455.896
1.281.280
3.081.967
344.791
31.12.201731.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018104
a) Fundo de pensões
28. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA
Em maio de 2014 após obtenção de todas as aprovações necessárias, a Empresa alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano de contribuição definida.
No exercício de 2018 as contribuições para o Fundo de Pensões ascenderam a aproximadamente 500.000 Euros.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 911.346 Euros e 1.247.716 Euros, respetivamente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.
O valor do Fundo foi repartido pelos participantes de acordo com as responsabilidades por serviços passados à data de 30 de abril de 2014, tendo a Entidade gestora aberto uma conta individual em nome de cada participante com este crédito inicial.
29. LOCAÇÕES OPERACIONAIS
A 31 de dezembro de 2018 e 2017 a Celbi tinha assumido compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis nos montantes de 3.876.403 Euros e 168.893 Euros, respetivamente.
b) Outros compromissos
Em 31 de dezembro de 2018 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:
Com esta alteração, a Empresa deixou de ter responsabilidades por benefícios futuros relacionadas com o Fundo de Pensões.
Até 1 ano
Entre 1 a 5 anos
Mais de 5 anos 55.218
1.850.074
174.536
1.620.320
Ano2018
Até 1 ano
Entre 1 a 5 anos
Mais de 5 anos
2.241.455
1.618.449
391.670
231.336
Ano2017
Em 31 de dezembro de 2017 o Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:
As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relacionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.
30. EMPRESAS DO GRUPO E PARTES RELACIONADAS
Em 31 de dezembro de 2017, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:
Em 31 de dezembro de 2018, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:
RELATÓRIO E CONTAS 2018 105
Empresa
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Altri, SGPS, S.A.
Bioelétrica da Foz, S.A.
Altri Florestal, S.A.
Caima Energia, S.A.
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Altri - Participaciones y Trading, S.L.
Altri Abastecimento de Madeira, S.A.
Ramada - Aços, S.A.
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
Cofina Media, S.A.
Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.
-
84
-
2.044.412
-
-
-
10.486
7.955
-
-
6.784
70.622
2.140.342
-
Clientes c/c Empresas Grupo Outros devedores
-
-
-
-
71.159.404
-
82.891
-
-
1.109
100.318
-
-
-
71.343.722
-
-
-
-
-
-
-
-
-
232.453
-
-
341.609
-
574.062
-
-
-
(337.107)
(8.842.520)
(30.070)
(21.701.382)
-
(2.616.422)
-
-
(29.812)
(4.266)
-
(33.561.578)
-
-
-
-
-
-
(44.146.298)
-
-
-
-
-
-
-
(44.146.298)
Saldos devedores Saldos credores
-
-
-
-
-
-
(6.933.529)
-
-
-
(6.933.529)
-
-
-
-
Fornecedores c/c Empresas Grupo Outros credores
Empresa
Altri, SGPS, S.A.
Caima Energia, S.A.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Altri - Participaciones y Trading, S.L.
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
Altri Florestal, S.A.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Altri Abastecimento de Madeira, S.A.
Cofina Media, S.A.
Sociedade Bioelétrica do Mondego, S.A.
Bioelétrica da Foz, S.A.
Ramada - Aços, S.A.
F. Ramada, Imobiliária, S.A.
Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
-
-
79.660
-
2.157.608
1.704.941
7.955
-
132.149
-
-
32.209
71.089
-
92
-
129.514
Clientes c/c Empresas Grupo Outros devedores
-
68.417
-
1.109
70.138
-
-
-
612
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
115.785
-
-
-
-
-
360.260
476.045
-
-
(12.943.232)
-
(2.952)
-
(716.837)
-
-
(10.976.459)
-
-
(57.126)
(1.118.975)
-
-
(70.882)
-
-
-
-
(22.509.804)
-
-
(22.509.804)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Saldos devedores Saldos credores
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Fornecedores c/c Empresas Grupo Outros credores
RELATÓRIO E CONTAS 2018106
A conta a pagar à Altri Abastecimento de Madeira, S.A. resulta das operações de compra de madeira relacionadas com a atividade da Empresa.
Em 31 de dezembro de 2018, a conta a pagar à Altri, SGPS, S.A., registada na rubrica “Outros credores”, é relativa à operação de transferência de instrumentos financeiros derivados de cobertura de preço da pasta de papel para a Celbi (Notas 23 e 26).
Em 31 de dezembro de 2018 a rubrica “Empresas do Grupo” inclui o montante de 71.000.000 Euros relativo a um empréstimo corrente concedido pela Empresa à sua subsidiária, Caima Energia, S.A.
A conta a pagar à Altri, Participaciones y Trading, S.L. resulta das comissões de venda associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.
A conta a pagar à Altri, SGPS, S.A., registada na rubrica “Empresas do Grupo”, diz respeito, sobretudo, ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (Nota 10) em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
Em 31 de dezembro de 2018 a empresa-mãe do Grupo, Altri, SGPS, S.A., detinha obrigações sobre a Empresa no valor nominal de 18.598.250 Euros, que se vencem em fevereiro de 2024, em julho de 2027 e em maio de 2028 (Nota 19).
Em 31 de dezembro de 2017 a empresa-mãe do Grupo, Altri, SGPS, S.A., detinha obrigações sobre a Empresa no valor nominal de 20.098.250 Euros, que se vencem em fevereiro de 2024 e em julho de 2027 (Nota 19).
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a Empresa tinha registado no seu balanço, os montantes de 99.348 Euros e 1.885.499 Euros, respetivamente, na rubrica de instrumentos financeiros derivados, cuja contraparte dos mesmos era a empresa-mãe do Grupo, Altri, SGPS, S.A. (Nota 26).
As principais transações efetuadas no exercício de 2018 com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:
Empresa
Caima Energia, S.A.
Altri Florestal, S.A.
Altri - Participaciones y Trading, S.L.
Altri, SGPS, S.A.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Altri Abastecimento de Madeira, S.A.
Bioelétrica da Foz, S.A.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
Ramada - Aços, S.A.
Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.
Cofina Media, S.A.
-
-
-
-
-
-
(5.230)
-
(23.119)
-
-
(310.512)
(9.484.389)
(9.823.250)
Vendas eprestações de
serviços
-
-
-
-
(718)
(202.720)
-
(284.109)
6.933.529
-
(174.816)
-
-
6.271.166
135.413
-
-
-
-
170.507.345
-
-
-
129.964
171.676.152
-
903.430
-
8.321.546
31.847997
-
(2.640)
725.875
-
-
-
825.944
5.242.285
15.935.235
(859)
728.338
72.275
-
(14.000.000)
(19.159.404)
-
-
-
-
-
-
-
-
(5.000.000)
(159.404)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
4.730
-
4.730
Gastos erendimentosoperacionais
Compras dematérias-primas
e subsidiárias
Fornecimentos e serviçosexternos
Rendimentosfinanceiros
Compras deinvestimentos
As principais transações efetuadas no exercício de 2017 com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:
31. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
A Celbi adquire madeira à Altri Abastecimento de Madeira, S.A. (empresa do Grupo que se dedica à comercialização de madeira). A Altri - Participaciones y Trading, S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri, pelo que o montante da coluna “Outros fornecimentos e serviços externos” com esta entidade diz respeito a comissões de venda ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.
Na coluna de “Gastos e rendimentos financeiros” estão incluídos os dividendos recebidos pela Empresa durante os exercícios de 2018 e 2017 (Nota 34).
Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como segue:
Empresa
Altri Florestal, S.A.
Altri, SGPS, S.A.
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Caima Energia, S.A.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Altri - Participaciones y Trading, S.L.
Altri Abastecimento de Madeira, S.A.
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
Bioelétrica da Foz, S.A.
Ramada - Aços, S.A.
Ramada - Storax, S.A.
F. Ramada, Imobiliária, S.A.
Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.
Sociedade Bioelétrica do Mondego, S.A.
Cofina Media, S.A.
-
(79.923)
(9.709.944)
(429.734)
-
-
-
-
-
-
-
-
(10.574.953)
(355.351)
-
-
-
Vendas eprestações de
serviços
(129.514)
-
(30.432)
-
-
-
(6.210)
(126.225)
(217.139)
-
-
-
(203.665)
-
-
-
(713.184)
-
-
-
-
-
158.866.718
-
221.155
-
-
1.110.378
-
-
-
160.198.252
-
-
18.672.788
(1.777)
849.731
3.788.963
1.093.958
(861)
582.234
-
(14.737)
12.337.977
-
(1.320)
2.075
50
-
36.494
-
-
(2.500.000)
-
(55.000)
-
-
-
-
-
-
(19.555.000)
-
-
-
-
(17.000.000)
-
500
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
500
Gastos erendimentosoperacionais
Compras dematérias-primas
e subsidiárias
Fornecimentos e serviçosexternos
Rendimentosfinanceiros
Compras deinvestimentos
Mercado interno
Mercado externo
544.190.687
99.248.780
444.941.907
87.981.800
350.760.022
438.741.822
31.12.201731.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018 107
34. RESULTADOS FINANCEIROS
A rubrica da demonstração dos resultados “Outros rendimentos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 pode ser detalhada como se segue:
32. OUTROS RENDIMENTOS
33. OUTROS GASTOS
A rubrica “Outros gastos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 pode ser detalhada como se segue:
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 podem ser detalhados como segue:
Ganhos obtidos na alienação de ativos fixos
Licenças CO2
Subsídios ao investimento (Nota 40)
Outros 978.071
3.431.285
112.219
202.720
4.724.295
185.078
4.689.736
315.050
2.827.878
1.361.730
31.12.201731.12.2018
Impostos diretos e taxas
Perdas em contratos derivados de commodities (Nota 26)
Quotizações
Outros 722.207
9.195.558
1.390.542
6.933.529
149.280
431.801
-
167.368
533.181
1.132.350
31.12.201731.12.2018
Diferenças de câmbio favoráveis
Perdas em instrumentos derivados
Outros rendimentos e ganhos finaceiros
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Outros gastos e perdas financeiras
Gastos financeiros:
Perdas em investimentos disponíveis para venda (Nota 9)
Juros obtidos
Ganhos em instrumentos derivados
Juros suportados (Nota 19)
Rendimentos financeiros:
Dividendos (Nota 17)
(2.103.587)
(7.792.130)
(385.000)
(1.304.555)
2.796.667
(11.585.272)
304.450
-
19.000.000
694.656
125.707
22.921.480 21.758.733
(3.614.321)
(15.229.047)
(140.000)
(1.328.280)
(7.576.160)
42.097
1.920.264
(2.570.286)
19.500.000
265.742
30.630
31.12.201731.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018108
37. GASTOS COM O PESSOAL
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 254 e 248, respetivamente
Em 31 de dezembro 2018 e 2017 a rubrica “Gastos com o pessoal” apresenta o seguinte detalhe:
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu dividendos, no montante de 19.500.000 Euros, das suas subsidiárias Caima Indústria de Celulose, S.A. e Caima Energia, S.A. que se encontram registados na rubrica “Dividendos” (Notas 7, 17 e 30).
A rubrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” relativa a exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é composta como segue:
35. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES
36. RESULTADO POR AÇÃO
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Outros gastos e perdas financeiras” refere-se, essencialmente, gastos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (Nota 19).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 a Celbi recebeu dividendos, no montante de 19.000.000 Euros, das suas subsidiárias Altri Florestal, S.A. e Caima Indústria de Celulose S.A. que se encontram registados na rubrica “Dividendos” (Notas 7, 17 e 30).
RELATÓRIO E CONTAS 2018 109
Ativos intangíveis (Nota 5)
Propriedades de investimento (Nota 6)
Ativos fixos tangíveis (Nota 4) (33.799.085)
(46.424)
(34.082.278)
(236.769)
(52.335)
(34.237.718)
(196.208)
(34.486.261)
31.12.201731.12.2018
Número de ações para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído
Resultado para efeito do cálculo do resultado por ação líquido e diluído
16.000.000
137.820.735 88.508.855
15.500.000
31.12.201731.12.2018
Básico
Resultado por ação
Diluído
8,61
8,61 5,71
5,71
Outros
Remunerações
Benefícios ao pessoal
Indemnizações
Seguros
Encargos sobre remunerações
11.484.806
2.228.670
783.497
731.000
386.211
727.196
16.341.380
2.159.165
546.869
358.099
10.292.680
575.711
13.932.712
188
31.12.201731.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018110
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu dividendos da sua associada Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. no montante de 55.000 Euros, que se encontram registados na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas” (Notas 8, 17 e 30).
40. SUBSÍDIOS E INCENTIVOS
Em janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de janeiro de 2007 e 30 de junho de 2010 e o valor contratado ascendia a 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumprisse com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que correspondeu ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013 o prémio de realização encontrava-se totalmente recebido no montante total de 41.316.000 Euros, dos quais e durante o exercício de 2013, foi atribuído o montante de 16.526.400 Euros resultante da medição antecipada para 2012 com o acordo da AICEP (Nota 19). Os subsídios não reembolsáveis foram transferidos para as rubricas “Outros passivos não correntes” e ”Outros passivos” (Notas 21 e 25) líquido do montante reconhecido diretamente como rendimento na demonstração de resultados (Nota 32) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados.
Em 31 de dezembro 2018 e 2017 a rubrica “Fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:
38. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
39. RESULTADOS RELATIVOS A EMPRESAS ASSOCIADAS
i) PROJECTO C09
Energia
Comissões
Combustíveis
Transportes de mercadoria
Rendas e alugueres
Conservação e reparação
Seguros
Trabalhos especializados
Outros
28.628.144
20.993.451
16.086.778
9.163.792
14.959.380
8.868.253
1.544.796
911.346
9.761.243
110.917.183
25.069.003
12.502.778
9.641.264
16.885.727
7.524.285
9.657.941
6.759.172
1.247.716
90.713.053
1.425.167
31.12.201731.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018 111
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 o detalhe dos subsídios recebidos, mas ainda não reconhecidos como rendimento na demonstração de resultados, é como segue:
Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português atribuiu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de dezembro de 2016 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 1.747.075 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” (Nota 21) e “Outros passivos” (Nota 25) líquido do montante reconhecido diretamente como rendimento na demonstração dos resultados (Notas 32 na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados.
Em dezembro de 2016 a Celbi e a Altri assinaram um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 191/2014, de 31 de dezembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de competitividade e internacionalização, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 1 de janeiro de 2016, irá decorrer até 31 de dezembro de 2017 e o valor contratado ascende a 40.040.000 Euros, sendo que o Estado Português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 10% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos no final do ano de 2019, o Estado Português concederá ainda a Isenção de Reembolso correspondente a um máximo de 30% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15,75 % das aplicações relevantes. Até 31 de dezembro de 2018 a Celbi recebeu o montante de 3.407.429 Euros referente ao incentivo reembolsável.
ii) PROJECTO C15
iii) PROJECTO C17
Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 21 e 25)
Outros subsídios ao investimento 10.666
15.227.309
15.216.643
10.999
16.900.519
16.911.518
20172018
RELATÓRIO E CONTAS 2018112
Os movimentos nos incentivos ao investimento foram como segue:
iv) SIFIDE
Durante o exercício de 2017, a Empresa suportou despesas com Investigação e Desenvolvimento (“I&D”), as quais, no seu entendimento, eram suscetíveis de serem elegíveis para efeitos de aproveitamento do Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial II (“SIFIDE II”).
Neste sentido, relativamente ao exercício 2017 foi emitida a respetiva declaração, por parte da Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), relativa à recomendação de crédito fiscal, decorrente de atividades de I&D efetuadas naquele exercício, no montante de 299.907 Euros.
Por último, atentos os investimentos realizados em 2018 nesta área em particular, a Empresa está igualmente a desenvolver um conjunto de ações que permita apresentar, às entidades competentes, uma candidatura a este benefício fiscal.
v) RFAI
No âmbito do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (“RFAI”) a Celbi está a desenvolver um conjunto de ações que permitam preparar a documentação de suporte à utilização deste benefício para as despesas de investimento em ativos afetos à exploração, efetuadas durante o exercício de 2018, de forma a integrar o respetivo processo de documentação fiscal.
41. PROCESSOS FISCAIS
Adicionalmente, a Empresa foi ainda notificada para a regularizar montantes que se encontravam em falta relativos ao exercício de 2012. A empresa liquidou o montante que ascende a 254.349 Euros, tendo igualmente apresentado a respetiva impugnação judicial.
No âmbito da adesão ao Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado pelo Decreto-
Em resultado de uma inspeção ocorrida em 2008, relativa ao exercício de 2006, a Empresa recebeu uma notificação da Direção Geral dos Impostos onde se declarava a instauração de um processo de contraordenação motivado pela não liquidação do Imposto de Selo em Operações Financeiras com outras empresas do Grupo Altri porque os Serviços de Inspeção Tributária entenderam como não provado que os empréstimos concedidos se destinavam a carências de tesouraria. No início de 2012 a empresa recebeu uma nova notificação relativa ao mesmo assunto mas referente ao ano de 2009. A Empresa pagou os documentos de cobrança enviados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando em consequência a respetiva impugnação judicial. Os montantes pagos pela Empresa correspondem a 119.894 Euros relativos ao exercício de 2006 e 223.464 Euros relativos ao exercício de 2009.
Reconhecimento no resultado 2018 (Nota 32)
Reconhecimento no resultado 2017 (Nota 32)
Reconhecimento em resultados anteriores a 2017
Incentivos atribuídos e não totalmente reconhecidos
Saldo em 31 de dezembro de 2018
47.858.824
(3.431.285)
15.227.309
(2.827.878)
(26.372.352)
2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018 113
A aplicação do regime CELE teve o seu início em 2005, tendo decorrido entre 2005 e 2007 o primeiro período, considerado pela Comissão Europeia como experimental e essencialmente de aprendizagem para o período subsequente, 2008-2012 que coincidiu com o período de cumprimento do Protocolo de Quioto.
No período pós-2012, com a publicação da Diretiva 2009/29/CE, a nova Diretiva CELE, incluída no Pacote Clima Energia, estas regras mudam consideravelmente, verificando-se um alargamento do âmbito com a introdução de novos gases e novos sectores, a quantidade total de licenças de emissão determinada a nível comunitário e a atribuição de licenças de emissão com recurso a leilão, mantendo-se marginalmente a atribuição gratuita, feita com recurso a benchmarks definidos a nível comunitário. A 1 de janeiro de 2013 teve início o 3º período de aplicação tendo sido atribuídas à Celbi, a título gratuito, licenças para a emissão de 75.638 toneladas de CO2 para o ano de 2017 e 74.163 toneladas de CO2 para o ano de 2018.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 os montantes por receber relativos às situações atrás descritas estão incluídos na rubrica “Outros devedores”.
42. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS
Lei n.º 67/2016, de 3 de novembro (“PERES”) a Empresa liquidou voluntariamente, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, um montante de 541.914 Euros relativos ao processo instaurado pelo Instituto de Gestão da Segurança Social motivado pela não liquidação das contribuições para a Segurança Social respeitante aos prémios de gestão liquidados a colaboradores nos exercícios de 2008, 2009 e 2010, com a correspondente redução de juros de mora, juros compensatórios e custas do processo.
No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi criado o Comércio Europeu de Licenças de Emissão - CELE que, constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e que é aplicável, entre outras, à indústria de pasta e papel.
Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efetuada no início do ano seguinte, sendo os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efetuadas sujeitos a verificação por uma entidade acreditada.
Em 31 de dezembro de 2018 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.
Nos dois primeiros períodos de aplicação do CELE (2005-2007 e 2008-2012), genericamente, as regras base do regime foram a atribuição gratuita de licenças de emissão (LE), a obrigação de monitorização, verificação e comunicação de emissões e a devolução de LE no montante correspondente. A atribuição gratuita teve lugar através dos denominados planos nacionais de atribuição de licenças de emissão, PNALE I e PNALE II, que foram aprovados pela Comissão.
RELATÓRIO E CONTAS 2018114
43. EVENTOS SUBSEQUENTES
44. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Não ocorreram eventos significativos após 31 de dezembro de 2018 até esta data que necessitem ser divulgados.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 21 de março de 2019. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Acionistas.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
RELATÓRIOE PARECERDO CONSELHO FISCAL
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Sociedade”), relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.
1. Relatório sobre a atividade desenvolvida
Aos Acionistas daCelulose Beira Industrial (Celbi), S.A.
No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2018, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.
No âmbito das competências do Conselho Fiscal, declara-se que, tanto quanto é do nosso conhecimento e convicção, os documentos de prestação de contas atrás referidos, foram preparados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade, contendo uma adequada descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou regularmente a evolução da atividade da Sociedade, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efetuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e obtido da Administração e dos Serviços da Sociedade as informações e esclarecimentos solicitados.
2. Declaração de responsabilidade
O Conselho Fiscal procedeu ainda à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2018 e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Revisor Oficial de Contas da Sociedade e apreciou a Certificação Legal das Contas emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Sociedade, documento esse que não apresenta quaisquer reservas.
RELATÓRIO E CONTAS 2018 119
Guilherme Alexandre Dominguez Fernandes Cardoso RuanoVogal do Conselho Fiscal
3. Nada obsta à aprovação da proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração, que se encontra devidamente fundamentada.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Sociedade o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.
Porto, 24 de maio de 2019
1. Nada obsta à aprovação do Relatório de Gestão relativo ao exercício de 2018;
João da Silva NatáriaPresidente do Conselho Fiscal
3. Parecer
O Conselho Fiscal
Nestes termos, tendo em consideração as diligências desenvolvidas, os pareceres e as informações recebidas do Conselho de Administração, dos Serviços da Sociedade, do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal é de parecer que:
Adília Miranda dos AnjosVogal do Conselho Fiscal
2. Nada obsta à aprovação das Demonstrações Financeiras do exercício de 2018;
RELATÓRIO E CONTAS 2018120
CERTIFICAÇÃO LEGALDAS CONTAS
RELATÓRIO E CONTAS 2018124
RELATÓRIO E CONTAS 2018 125