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Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

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ÍNDICE

1. Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva ………………………………………………………………………………. 5

2. O Novo Banco dos Açores ………………………………………………………………………………………………. 8 - Composição Acionista ………………………………………………………………………………………… 8 - Órgãos Sociais………………………………………………………………………………………………………… 9 - Principais Acontecimentos de 2016……………………………………………………………………… 11 - Presença Geográfica e Rede de Distribuição ……………………………………………………… 13 3. Enquadramento Económico ………………………………………………………………………………………… 15

- Breve caracterização da Economia Açoriana ……………………………………………………. 15 - Situação Económica Internacional ……………………………………………………………………… 18 - Situação Económica Nacional ……………………………………………………………………………. 20 - Situação Económica da Região Autónoma dos Açores ……………………………………. 23

4. Estratégia e Modelo de Negócio ……………………………………………………………………………………. 33 - Banca de Retalho……………………………………………………………………………………………………. 36 - Private Banking ……………………………………………………………………………………………………… 45 - Empresas …………………...…………………………………………………………………………………………… 46 - Municípios e Institucionais …………………………………………………………………………………… 48 5. Recursos Humanos ………………………………………………………………………………………………………… 51

6. Análise do Risco de Crédito ……………………………………………………………………………………………. 54

7. Análise da evolução da atividade …………………………………………………………………………….… 57 - Principais indicadores …………………………………………………………………………………………… 57 - Evolução previsível da Sociedade ………………………………………………………………………… 65

8. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………………………………………. 66

9. Notas finais ……………………………………………………………………………………………………………………… 69 - Declaração de Conformidade sobre a informação financeira apresentada …. 69 - Proposta de Aplicação de Resultados ………………………………………………………………… 71 - Agradecimento ……………………………………………………………………………………………………… 72

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10. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas …………………………………………………… 70

11. Anexo – Adaptação das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e do Commitee of European Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e Valorização dos Ativos …………………………………………………………………. 163

12. Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas …………………………………… 167

13. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………. 175

14. Informação sobre o Governo da Sociedade ……………………………………………………………………. 179

Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores………………… 179

Acionistas titulares de direitos especiais …………………………………………………………………. 179

Restrições em matéria de direito de voto…………………………………………………………………… 180

Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos estatutos da sociedade…………………………………………………………………………. 180

Poderes do órgão de administração……………………………………………………………………………. 181 Sistema de controlo interno e de gestão de risco………………………………………………………. 181 Crédito concedido a Membros dos Órgãos Sociais …………………………………………………. 184 Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais………………………………………………………. 185

– Política de Remunerações …………………………………………………………………………………… 185 – Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2016 ……………………………… 186

15. Anexo ………………………………………………………………………………………………………………………………. 187

Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A. ……. 187

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MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

Senhores acionistas,

O exercício de 2016 do Novo Banco dos Açores coincide com o último ano do mandato destes Órgãos

Sociais do Banco que foram eleitos em Assembleia Geral realizada em 27 de março de 2014. Não

obstante este mandato ter decorrido num contexto extremamente difícil para o desenvolvimento da

nossa atividade, é com muita satisfação que registamos que, em resultado de muito trabalho, foi

possível ao Novo Banco dos Açores, nos últimos três anos de atividade, apresentar, em termos

acumulados, um Resultado Líquido destes exercícios no montante de 3.4 milhões de euros. Como é

sabido, foi no decurso do mandato desta Administração que foi aprovada a Resolução que extinguiu o

BES e permitiu a criação do Novo Banco, que é o acionista de referência do Novo Banco dos Açores,

com 57,5% do capital, sendo que os restantes 42,5% estão repartidos pela Santa Casa da Misericórdia

de Ponta Delgada, com 30%, pelo Grupo Bensaúde, com 10%, e por outras 13 Santas Casas das

Misericórdias do Açores (2,5%) representativas de todas as ilhas dos Açores. Esta intervenção e

liquidação do BES trouxe muitas dificuldades ao desenvolvimento da nossa atividade, mas que

soubemos minimizar e mesmo ultrapassar, com muita resiliência e qualidade, de tal forma que os

nossos indicadores em 2016 encontram-se todos com desempenhos muito positivos. De recordar que o

BES dos Açores não foi alvo de Resolução do Banco de Portugal.

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Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de

Transformação de 100% e o rácio de Liquidez de 91%, o que atesta bem a posição de solidez do Banco.

De realçar que, no exercício de 2016, os Depósitos à Ordem tiveram um crescimento relativamente a

2015 de + 14,6%, passando de 63,2 para 72,4 milhões de euros, enquanto os Depósitos a Prazo passaram

de 275,4 para 278,5 milhões de euros, a que corresponde um crescimento de + 1,1%.

No que respeita ao Crédito, tivemos um ligeiro decréscimo de – 0,2% relativamente ao ano de 2015,

passando o Crédito Concedido de 377,4 para 376,5 milhões de euros. Outro dado muito significativo foi

que o Crédito Vencido, neste exercício de 2016, apenas cresceu 372 mil euros, evoluindo de 18,6 para

18,9 milhões de euros, enquanto em 2016 as Imparidades / Provisões para Crédito foram de 24,6

milhões de euros, o que atesta bem o grau de boa cobertura do Crédito Vencido do Banco. Acresce que

uma parte importante do Crédito Vencido tem garantias reais e algumas provisões constituídas, o que

certamente irá influenciar positivamente os resultados de exercícios futuros. Um dos pontos fortes do

Novo Banco dos Açores é precisamente o bom controlo do seu Crédito Concedido.

O Resultado Financeiro do Banco em 2016 situou-se nos 5,8 milhões de euros enquanto as Comissões

atingiram os 5,1 milhões de euros e o Resultado de Outras Operações Financeiras os 2,9 milhões de

euros, o que contribuiu para uma evolução positiva do Produto Bancário de 9,9%. Os Custos Operativos

também tiveram uma evolução favorável registando uma redução de 4,2%.

O ano de 2016 coincidiu também com a realização de uma ação de reestruturação que se traduziu

numa redução do número dos seus Colaboradores de 14 efetivos e num custo extraordinário com

reformas antecipadas de 1,05 milhões de euros. O objetivo é que estes custos extraordinários sejam

recuperados nos próximos exercícios contribuindo posteriormente para uma redução de custos.

Durante este exercício entregámos nos cofres da Região Autónoma dos Açores cerca de 5 milhões de

euros de Impostos, o que nos coloca certamente como uma das empresas que mais contribui

positivamente para a arrecadação de impostos na Região Autónoma dos Açores.

Assim, mesmo neste contexto difícil, o Novo Banco dos Açores encerrou o exercício de 2016 com um

resultado liquido positivo de cerca de 1,7 milhões de euros.

Durante o exercício de 2016, o Novo Banco dos Açores e os seus Colaboradores participaram em

diversos eventos, encontros e reuniões com os nossos Clientes. O acompanhamento dos Clientes e as

ações tendentes a maximizar a qualidade na prestação de serviços aos nossos Clientes foram uma

constante em todo este exercício e que pode ser medida pelos níveis de Clientes muito satisfeitos e que

resultam dos inquéritos de satisfação realizados junto dos Clientes. No ano de 2016 foi possível captar

mais de 2.200 novos Clientes.

Em 2016 foi possível também reestruturar alguns dos serviços do Banco e criar uma unidade de

acompanhamento das novas exigências decorrentes da União Bancária Europeia, sendo que contamos

também com o apoio do Novo Banco para a concretização desse objetivo.

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O nosso agradecimento a todos os Colaboradores e Colaboradoras do Novo Banco dos Açores pelo seu

empenhamento e contributo para os Resultados obtidos no presente exercício, e que é extensivo ao

Novo Banco e a todas as empresas do Grupo com quem nos relacionamos num modelo em que a

externalização de serviços e produtos bem como das funções de Compliance, Análise do Risco,

Auditoria, Contabilidade, Marketing, entre outros, são muito importantes para a sustentabilidade e

desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.

Agradecemos às Autoridades Monetárias e Financeiras Nacionais e Regionais todo o apoio prestado,

com particular destaque para o Banco de Portugal e para a Vice-Presidência do Governo Regional dos

Açores, que tutela a área das Finanças Regionais, com as quais temos mantido uma cooperação muito

construtiva.

Registamos também um agradecimento muito especial aos nossos Acionistas e aos nossos Clientes,

empresas e institucionais, e particulares, sejam residentes nos Açores ou nas Comunidades de

Emigrantes, pela forte e valiosa contribuição para o desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.

Gualter José Andrade Furtado Jaime José Matos da Gama

Presidente da Comissão Executiva Presidente do Conselho de Administração

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O NOVO BANCO DOS AÇORES

Composição Acionista

Accionista Nº Acções%

Capital Social

Novo Banco, SA 2.144.404 57,5293%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações SGPS, SA 372.750 10,0000%

Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande 53.250 1,4286%

Santa Casa da Misericórdia de Nordeste 24.022 0,6445%

Santa Casa da Misericórdia da Horta 12.750 0,3421%

Santa Casa da Misericórdia da Calheta 500 0,0134%

Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo Maia 531 0,0142%

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto 266 0,0071%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Santa Cruz Flores 213 0,0057%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Santo António Lagoa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Praia da Graciosa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Madalena 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia do Corvo 21 0,0006%

Total 3.727.500 100,00%

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Órgãos Sociais

Os órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, face ao seu estatuto de sociedade anónima, são eleitos

em Assembleia Geral e estão localizados na sede social do Banco.

A gestão do Novo Banco dos Açores é assegurada por um Conselho de Administração com

competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, praticando

todos os atos necessários à prossecução das atividades do Banco.

O Conselho de Administração é composto por nove membros, dos quais seis são não executivos. A

gestão corrente da sociedade é delegada numa Comissão Executiva, composta por três membros.

O Conselho de Administração do NB dos Açores reúne, por norma, uma vez por mês, e reunirá

extraordinariamente sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois Administradores.

A composição dos Órgãos Sociais para o triénio 2014 – 2016 é atualmente a seguinte:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: - Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz

Vice-Presidente: - Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota

Secretário: - Dr.ª Maria Carolina Soares Carreiro

Conselho de Administração

Presidente: - Dr. Jaime José Matos da Gama

Vice-Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vogais: - Eng.ª Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão (*)

- Dr. Luís Miguel Alves Ribeiro

- Dr. Mário Jorge Tapada Gouveia

- Dr. José Francisco Gonçalves Silva

- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

(*) Em preparação o processo para o pedido ao Banco de Portugal de autorização do início de funções

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Comissão Executiva

Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vice-Presidente: - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Vogal: - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Conselho Fiscal

Presidente: - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha

Vogais: - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa

- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio

Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira

Revisor Oficial de Contas

Efectivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, Ld.ª, representada por Dr. José Manuel Henriques Bernardo ou Dr. Aurélio

Adriano Rangel Amado

Suplente: - Dr. Jorge Manuel Santos Costa

Comissão Executiva

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Vice-Presidente Gualter José Andrade Furtado

Presidente Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Vogal

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Principais Acontecimentos de 2016 28 janeiro - O Novo Banco dos Açores realiza a 2ª Convenção NBA, reunindo na cidade da Lagoa

todos os Colaboradores do Banco na Ilha de S. Miguel. Este evento é repetido no dia 3 de fevereiro na Ilha Terceira, para os colaboradores desta ilha.

19 fevereiro – O NB dos Açores divulga os resultados do exercício de 2015. O resultado líquido do exercício foi de 3.867 milhares de euros.

9 março - O Banco entrega aos seus Clientes os Diplomas PME Lider 2015.

12 março - É promovido o 3º Passeio Motard NBA com a participação de Colaboradores do Banco.

19 março - A equipa de futsal do Banco conquista o título de Campeã Regional no torneio de Futsal do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.

22 março - O Banco participa na Conferência “Motivação Empreendedora” promovida pelo Centro Empresarial dos Açores.

31 março – Reunião do Conselho Consultivo, com a participação do Administrador do Novo Banco, Dr. José João Guilherme, e do Departamento de Compliance.

- Em Assembleia-geral Anual os Acionistas aprovam o relatório de gestão, as contas do exercício e a aplicação dos resultados do exercício de 2015.

18 abril - O Novo Banco dos Açores apresenta-se como parceiro estratégico do Cartão Interjovem 2016, cujo objetivo é promover a mobilidade e o turismo juvenil nas ilhas dos Açores.

21 abril - O Banco participa na Sessão Comemorativa do 10º Aniversário do Microcrédito na Região Autónoma dos Açores.

26 abril - O NB dos Açores disponibiliza o Serviço MoneyGram que fica disponível para Clientes e não Clientes.

18 maio - Participação no Fórum “Conversas de Agricultura” promovido pela Agrogarante, realizado em Ponta Delgada.

9 junho - O Banco esteve presente na Feira Agrícola da Ilha Terceira – Agroter 2016, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.

12 junho - O Banco esteve presente na Feira Agrícola da Praia da Vitória, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.

17 junho - O Novo Banco dos Açores apoia a Edição de 2016 da Priolo Cup, Torneio de Futebol Infantil organizado pela Câmara Municipal do Nordeste.

24 junho - O Banco participa na Feira Agrícola de S. Miguel, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.

1 julho - Participação da equipe de futebol do NB dos Açores no torneio “NAFISM CUP 2016” tendo conquistado o Troféu Cartão Branco (Fair Play).

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- Participação do Banco no Fórum da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.

8 julho - O Banco participa na Feira Agrícola da Ilha do Pico, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.

18 julho - No dia do 502º Aniversário do Concelho, a Câmara Municipal do Nordeste atribuiu a Chave de Honra do Município ao Dr. Jaime Gama (Presidente do Conselho de Administração do Banco) pelo relevante trabalho desenvolvido em benefício da Comunidade Açoriana.

20 julho - O NB dos Açores divulga o resultado do primeiro semestre de 2016 que foi positivo em cerca de 1.054 milhares de euros.

24 agosto - Participação na Conferência “Memórias do Primeiro Presidente da República” promovida pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores em parceria com a Associação de Antigos Alunos do Liceu da Horta.

15 setembro - No primeiro dia de aulas na Universidade dos Açores o Banco promove, junto dos alunos dos Cursos de Economia e Gestão, a divulgação do Protocolo assinado com a Universidade.

29 setembro - Disponibilização do MBway aos Clientes do NB dos Açores.

10 outubro - O Banco promove uma sessão de dinamização junto dos alunos do Curso de Medicina da Universidade dos Açores.

14 outubro - O Banco apoia e participa no XVII Fórum Nacional da Apicultura e XV Feira nacional do Mel, evento realizado na Praia da Vitória e promovido pela Associação Agrícola da Ilha Terceira.

21 outubro - O NB dos Açores apoia e participa no evento organizado pela Associação dos Jovens Agricultores Micaelenses para entrega do Prémio Produtor Excelente 2015.

25 outubro - Visita de trabalho do Conselho de Administração do Novo Banco, presidido pelo Dr.

António Ramalho, ao Novo Banco dos Açores.

- O NB dos Açores promove conferência na Universidade dos Açores em que participou o Dr. Luís Ribeiro, Diretor Coordenador do Departamento de Empresas Sul do Novo Banco.

- Atribuição do prémio de melhor aluno dos cursos de Economia e Gestão da Universidade dos Açores do ano letivo 2015/2016, à estudante Carlota de Andrade André.

10 novembro - O Banco participa numa Conferência nas Furnas organizada pela Ordem dos Economistas.

25 novembro - O NB dos Açores participa no 8º Festival “O Mundo Aqui” promovido pela AIPA.

17 dezembro - O Banco participa na sessão comemorativa do Dia Internacional das Migrações/ Migrantes promovida pela AIPA.

31 dezembro - O Novo Banco dos Açores termina o ano com um resultado líquido positivo de 1.678 milhares de euros.

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Presença Geográfica e Rede de Distribuição

Telefone 296 307 000 Fax 296 307 006

Telefone 296 309 000 Fax 296 309 001

SEDE - PONTA DELGADARua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada

CENTRO DE EMPRESAS DE PONTA DELGADAPraça Gonçalo Velho, 2 - 1º - Ponta Delgada

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AGÊNCIAS

S. MIGUEL TERCEIRA

SEDE ANGRA DO HEROÍSMORua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta Delgada Rua de S. João, 45 - Angra do Heroísmo

Telefone - 296 628 345 Fax - 296 307 054 Telefone - 295 215 125 Fax - 295 217 546

ANTERO DE QUENTAL PRAIA DA VITÓRIAAvenida Antero de Quental, 37 Ponta Delgada Rua de jesus, 2 - Praia da Vitória

Telefone - 296 629 047 Fax - 296 301 624 Telefone - 295 543 200 Fax - 295 543 001

ARRIFESLargo da Saúde - ArrifesTelefone - 296 682 002 Fax - 296 301 694 FAIAL

CENTRO NB 360º E PRIVATE HORTARua Vasco da Gama - Horta

Telefone 296 287 231 Fax 296 629 416 Telefone - 292 292 902 Fax - 292 202 194

FAJÃ DE BAIXORua do Vigário Geral, 1 e 1A - Fajã de Baixo PICOTelefone - 296 630 510 Fax - 296 630 511

MADALENAHOSPITAL DIVINO ESPÍRITO SANTO Rua Engº Alvaro de Freitas, s/nº - Madalena

Grotinha - Arrifes Telefone - 292 628 510 Fax - 292 628 511

Telefone - 296 282 167 Fax - 296 307 684

NORDESTE SANTA MARIAEstrada Regional, 9 - Lomba da Fazenda

Telefone - 296 488 048 Fax - 296 480 184 VILA DO PORTORua Dr. Luis Bettencourt - Vila do Porto

RABO DE PEIXE Telefone - 292 307 033 Fax - 292 307 035

Rua Infante D. Henrique, 10 - Rabo de Peixe

Telefone - 296 492 115 Fax - 296 490 284

RIBEIRA GRANDERua El-Rei D. Carlos I, 49 - Ribeira Grande

Telefone - 296 472 850 Fax - 296 470 524

VILA FRANCA DO CAMPORua Teófilo Braga, 17 - Vila Franca do Campo

Telefone - 296 582 007 Fax - 296 539 184

NBNET DOS AÇORES www.novobancodosacores.pt

NBDIRECTO DOS AÇORES 707 296 365

Praça Gonçalo Velho, 2 - r/c

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Breve caracterização da Economia Açoriana

A Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) é constituída por 19 concelhos distribuídos por nove ilhas. O

Grupo Ocidental abarca os concelhos do Corvo, Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores. Os concelhos

de Santa Cruz da Graciosa, Vila da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Velas, Calheta, Horta, São

Roque do Pico, Madalena e Lajes do Pico constituem o Grupo Central. O Grupo Oriental é formado

pelos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Nordeste,

Povoação e Vila do Porto.

A área total da R. A. Açores ascende a 2 322 Km2, cerca de 2,5% da superfície terrestre portuguesa. Em

2011, Ponta Delgada era o concelho mais populoso da região (37º no ranking de Portugal). Já Angra do

Heroísmo era aquele que apresentava maior densidade populacional (89º no ranking em Portugal).

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Segundo o Censos de 2011, a população residente era de 246.746 indivíduos o que equivale a um

crescimento populacional de 2,8% (4.983 indivíduos) nos últimos 10 anos representando 2,3% da

população residente em Portugal. Analisando a relação de masculinidade, traduzida pelo rácio

homens/mulheres, continuamos a ser uma região com mais mulheres do que homens, ou seja, 50,8%,

da população são indivíduos do sexo feminino (125.213) e 49,2% da população são indivíduos do sexo

masculino (121.533).

Este crescimento da população Açoriana é, maioritariamente, explicado pelo aumento do saldo natural

(nascimentos - óbitos) de 4.756 indivíduos, tendo sido o saldo migratório estimado (imigração –

emigração) negativo no montante de -417 indivíduos. O número de famílias (81.718) cresceu cerca de

13,5% na última década e o número médio de pessoas por família decresceu de 3,4 em 2001 para 3 em

2011.

De 2001 a 2011, apenas as ilhas de S. Miguel, Terceira e Corvo viram crescer a sua população em valores

superiores a 1%. A ilha do Faial manteve o seu nível de população, com uma ligeira variação, e as

restantes ilhas tiveram decréscimos populacionais superiores a 1%. Os crescimentos populacionais

refletiram-se em 7 dos 19 municípios da Região dos quais, se salientam os seguintes concelhos: Ribeira

Grande (12%), Ponta Delgada (4%), Praia da Vitória (4%) e Lagoa (2%).

Há uma tendência natural de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais

funções administrativas e económicas. Nos últimos anos, verifica-se que o crescimento demográfico

em algumas ilhas é a consequência da desertificação de outras, o que acontece devido aos fluxos

migratórios entre ilhas, tanto de mão-de-obra especializada, como de indiferenciada. Este movimento

migratório tem como objetivos a obtenção de emprego e de melhores condições de vida e é

essencialmente na ilha de S. Miguel que se verifica a concentração deste crescimento.

Os Açores são a Região do País com população mais jovem.

Qualquer que seja o cenário considerado estima-se que a população dos Açores continuará a crescer

lentamente nos próximos anos.

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Relatório e Contas de 2016 17

Também, no período de 2001 a 2011, assistimos a um crescimento significativo dos alojamentos (17,1%)

e dos edifícios (12,8%). Presentemente, na Região Autónoma dos Açores, o número de alojamentos é de

109.324 e o número de edifícios é de 98.807, ou seja, foram construídos mais 11.222 edifícios residenciais

na última década.

Para se fazer uma abordagem à Economia da Região e perceber o que se passou nos Açores em 2016, é

necessário proceder ao seu enquadramento no contexto Internacional, Europeu e Nacional.

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Relatório e Contas de 2016 18

Situação Económica Internacional

A Economia mundial no início do 4º trimestre de 2016 caracterizou-se por um período de desaceleração

da produção industrial mundial acompanhado de uma desaceleração global das trocas comerciais,

tanto das economias avançadas como das economias emergentes e em desenvolvimento.

No final do 3º trimestre de 2016, o PIB do G20 aumentou para 2,9%, em termos homólogos, refletindo as

melhorias do PIB dos EUA e do Japão, uma vez que, a economia europeia estabilizou. No caso dos Países

emergentes o PIB da China e da Índia manteve-se em 6,7% e em 7,2%, respetivamente. O PIB do Brasil

manteve um decréscimo de -2,9%.

Em relação ao 4º trimestre de 2016, nos EUA os indicadores registaram uma contínua melhoria da

atividade económica (produção industrial, vendas a retalho) e do mercado de trabalho. O consumo

privado continuou numa fase ascendente. Em novembro a taxa de desemprego reduziu para 4,6% e a

taxa de inflação subiu para 1,7%.

Os indicadores disponíveis para a China apontam para uma ligeira melhoria da atividade económica,

com o aumento da produção industrial e uma melhoria das trocas comerciais de bens.

No 3º trimestre de 2016 o PIB da União Europeia aumentou para 1,7% em termos homólogos,

expressando o abrandamento da procura interna e a melhoria do contributo das exportações. De

acordo com o indicador provisional de novembro do Banco de Itália, no 4º trimestre de 2016, o PIB da

União Europeia acelerou em virtude da melhoria de todos os indicadores de confiança. A taxa de

desemprego reduziu para 8,3% em outubro, a mais baixa desde 2009.

No final do ano de 2016 a taxa de inflação homóloga da Área do Euro subiu para 0,6%, em resultado da

aceleração dos preços dos bens alimentares não transformados e da quebra do preço da energia.

Em 2016 na UE assistiu-se a um abrandamento da produção industrial e das exportações de bens,

contudo, as vendas a retalho aumentaram.

Em dezembro do ano findo as taxas de juro de curto prazo na Zona Euro mantiveram a sua trajetória

descendente situando-se em média em -0,31% até ao dia 21 de dezembro. Como o BCE pretende

implementar políticas de estímulo monetário foram tomadas as seguintes medidas:

· Prolongar a compra de ativos até ao final de 2017 e, ao mesmo tempo, diminuir o montante de

compras mensais de 80 para 60 mil milhões de Euros.

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Relatório e Contas de 2016 19

· Manter as taxas de juro inalteráveis.

· Deixar cair o limite para as yields inferiores à sua taxa de depósito (-0,40%).

· Reduzir a maturidade residual mínima dos títulos elegíveis de dois para um ano, contribuindo

para alargar os ativos elegíveis.

Nos EUA verificou-se um movimento de subida das taxas de juro de curto prazo. A Reserva Federal

decidiu aumentar as taxas de juro federais para o intervalo entre 0,50% e 0,75%, mantidas desde 2015

entre 0,25% e 0,50%.

As taxas de juro de longo prazo subiram tanto na UE como nos EUA influenciados pelos

comportamentos do mercado norte-americano.

As políticas monetárias praticadas em 2016 pelo BCE e pela Reserva Federal dos EUA foram

divergentes, tendo como consequência uma desvalorização do Euro face ao Dólar. Em dezembro de

2016 o Euro valia 1,04 Dólares, o que representou uma desvalorização de 4,3%, face ao período

homólogo, onde o Euro valia 1,09 Dólares.

No final do ano de 2016 o preço do petróleo (Brent) teve uma subida bastante acentuada, 55 USD/bbl

(52€/bbl), em consequência das deliberações tomadas na reunião da OPEP, com a previsível redução

da produção em 1,2 milhões de barris/dia no início de janeiro de 2017. Por sua vez, o preço das matérias-

primas não energéticas cresceu 7,9% em termos homólogos com destaque para os metais e os inputs

industriais.

Com a eleição do novo Presidente dos EUA o mundo aguarda com expectativa os efeitos das políticas

“Trump” na economia mundial globalizada. Após as eleições presidenciais dos EUA, assistiu-se a uma

forte valorização dos índices bolsistas, influenciados pela perspetiva de um crescimento económico

mais robusto deste país, por uma orientação mais expansionista da política orçamental, menor

regulação bancária e melhoria da rentabilidade dos bancos.

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A situação Económica Nacional

Em Portugal, a retoma económica continua, apesar de lentamente, na sua trajetória ascendente mas

com maior dinamismo. No 3º trimestre de 2016, as Contas Nacionais Trimestrais do INE apontavam

para um crescimento do PIB de 1,6%, em termos homólogos, motivado pelo contributo positivo da

procura externa líquida. Em termos de procura interna a variação foi negativa, em função de um

acréscimo do consumo privado (1,9%), e de um decréscimo do investimento (3,1%) provocado pelo

comportamento das existências.

No que refere ao indicador de atividade económica do INE, em outubro, houve uma ligeira

desaceleração, embora tivesse havido um crescimento homólogo de 0,9%. Contudo, assistiu-se a uma

melhoria dos indicadores de confiança em relação à indústria e construção e uma evolução negativa

em relação ao comércio e serviços.

Até final do mês de outubro, em termos homólogos, o índice de produção na indústria transformadora

decresceu 1,7%, mas o índice de volume de negócios registou uma evolução positiva de 0,2%. Por sua

vez, o índice de produção na construção civil e obras públicas teve uma quebra de 3,0% e o índice de

volume de negócios nos serviços apresentou um acréscimo de 3,0%. O índice de volume de negócios do

comércio a retalho teve um incremento de 3,2%.

Em outubro de 2016, de acordo com as estatísticas do INE, a taxa de desemprego, situou-se nos 10,8%.

Em igual período a taxa de desemprego na UE era de 8,3%. Esta melhoria da taxa de desemprego foi

influenciada por uma redução da população desempregada em 12,7% acompanhada de um aumento no

emprego de 1,8%.

No final de novembro de 2016, estavam registados cerca de 486 mil desempregados nos centros de

emprego, o que representou uma descida em termos homólogos de 11,6% em relação a igual período do

ano anterior. As ofertas e as colocações de emprego em novembro tiveram decréscimos de 37,1% e

39,1%, respetivamente, face ao mês homólogo de 2015. O mês de novembro terminou com cerca de

1.293 mil trabalhadores abrangidos por instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho o que

representou um aumento de 58,3% em relação a novembro de 2015.

A taxa de inflação em Portugal em 2016 cifrou-se em 0,61%, enquanto a variação homóloga foi de 0,4%.

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Relatório e Contas de 2016 21

Em finais de 2016, os índices bolsistas internacionais evoluíram favoravelmente, influenciados pela

perspetiva de crescimento da economia americana, sendo que o índice PSI-20 não foi exceção e

valorizou também no final do ano. Apesar da valorização o valor do PSI-20 foi 13% inferior ao período

homólogo em 2015, motivado pela fragilidade económica do país, franca rentabilidade da banca e do

elevado grau de endividamento do setor público e privado.

Em outubro, a taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro foi de -2,0 %,

devido a uma melhoria dos empréstimos destinados às famílias e a uma deterioração do crédito às

empresas não financeiras.

A variação do crédito a particulares melhorou para -1,6% em outubro de 2016 (em outubro de 2015 era

de -3%), justificada pelo fortalecimento do crédito ao consumo. Em igual período, houve um

agravamento do crédito à habitação e do crédito para outros fins.

As taxas de juro das operações de crédito diminuíram tanto para as empresas como para os

particulares.

No final do mês de novembro, a execução orçamental das Administrações Públicas registou um saldo

global negativo de 4.336 M€, o que representou uma melhoria de 394 M€ face ao período homólogo,

cujo resultado assentou principalmente no aumento da receita efetiva.

A execução orçamental até ao final de novembro de 2016 e face ao período homólogo de 2015,

caracterizou-se por:

· Uma melhoria de 1,9% da receita total, que beneficiou da evolução positiva da generalidade das

suas rubricas, onde se destaca o incremento de 0,7% da receita fiscal proveniente do aumento

de 5,4% dos impostos indiretos.

· O aumento de 1,3% da despesa total, proveniente dos acréscimos das rubricas Despesas com

Pessoal (3,6%) e Juros e Outros Encargos (4,2%). Os aumentos das rubricas atrás referidas

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Relatório e Contas de 2016 22

foram compensados pela redução das Despesas de Capital (8,6%) e com a Aquisição de Bens e

Serviços (1%);

· Aumento dos excedentes da Segurança Social em 469,8 M€;

· Aumento dos excedentes da Administração Local e Regional em 180,2 M€.

No que refere às contas externas, os dados do INE relativos ao comércio internacional português, no

final de outubro 2016, em termos homólogos, apontavam para uma redução das importações de 0,6% e

de uma quebra das exportações de 0,8%. O decréscimo das exportações verificou-se apenas para o

mercado extracomunitário (-12,2%). As exportações para o mercado comunitário aumentaram 3,6%.

As importações de bens provenientes do mercado comunitário cresceram 1,3% em termos homólogos e

as importações provenientes do mercado extracomunitário sofreram um decréscimo de 7,0%, face ao

período homólogo.

No fim de outubro de 2016, o excedente acumulado da balança corrente foi de 777 milhões de Euros, o

que representou uma redução face ao período homólogo de 199 milhões de Euros, proveniente de uma

redução do saldo da balança de rendimentos primários e secundários de 484 milhões de euros e 537

milhões de euros, respetivamente, face a outubro de 2015. A balança corrente e de capital apresentou

uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 2.027 milhões de euros, um saldo

inferior ao excedente registado no mesmo período de 2015 no valor de 2.652 milhões de euros.

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A situação Económica da Região Autónoma dos Açores

A envolvente internacional e a situação económica

nacional, tiveram os seus reflexos na Região

Autónoma dos Açores em 2016. Até novembro de

2016, e na ótica da contabilidade pública, o excedente

orçamental na RAA foi de 3,2 M€ e assistiu-se a um

novo acréscimo do excedente orçamental no valor de

1,5 M€ em virtude de um ritmo idêntico de aumento

da despesa face ao da receita. Estes resultados foram

influenciados pelo aumento da receita efetiva de 6,5%,

face ao período homólogo e um aumento da despesa

de 6,4%, em igual período. Contribuíram para o efeito

o decréscimo de 1,5% da receita fiscal, refletindo a

redução dos impostos diretos, de juros e outros

encargos e de transferências recebidas. A execução

orçamental da Administração Regional, face a 2015,

caracterizou-se por:

· Um aumento da receita efetiva de 6,5% (63,6 M€),

sobretudo devido ao aumento da receita corrente

de 27,0% (186,1 M€), para o qual contribuíram as

reduções das receitas fiscais (-1,5%), das

contribuições para a segurança Social, CGA e

ADSE (-1,8%) e outras receitas correntes (-24,0%),

e o acréscimo de transferências correntes

(492,0%) no valor de 213,3 M€. Por sua vez as

receitas de capital reduziram 43,0% (122,5M€).

Estas reduções de capital verificaram-se nas

transferências da UE (-37,1%).

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• Um aumento da despesa efetiva de 6,4% (62.1 M€), que é explicado pelo comportamento crescente

das Despesas Correntes de 8,2% (66,3 M€), tendo contribuído para o efeito os acréscimos de

Despesas com Pessoal (5,2%), de Aquisição de Bens e Serviços (24,9%), de Transferências correntes

(492%) e de Outras Despesas Correntes (2,1 %) e um decréscimo de 7,6 M€ (13,4%) na rubrica de

Juros e Outros Encargos. As Despesas de Capital decresceram 2,6% (4,3 M€).

No final de setembro, a Região viu a sua taxa de desemprego reduzir para 10,7%, o que representou um

decréscimo de 1,4 p.p. face ao período homólogo.

Refira-se que, tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Açores era mais baixa do que no resto do

país. Esta situação inverteu-se, tendo este indicador atingido valores superiores à taxa de desemprego

nacional, que em igual período era de 10,5%. A taxa de desemprego tanto nacional como regional

apresenta tendências decrescentes. Tirar ticket verde do quadro abaixo

No terceiro trimestre de 2016, em termos

homólogos, a população total dos Açores

manteve-se estável, enquanto a sua

população ativa decresceu de 123.299

trabalhadores para 121.168 (-1,7%). Por sua vez

a população desempregada apresentou uma redução de 14.978 trabalhadores para 12.957 (-13,54%) e a

taxa de desemprego reduziu de 12,1% para 10,7%. Estes decréscimos podem ser explicados pela

emigração, por uma melhoria de oferta de emprego em alguns setores de atividade, como o do turismo,

pelo empreendedorismo, pela passagem à reforma de pessoas em situação de desemprego e pelas

políticas de apoio ao emprego do Governo Regional dos Açores.

Nos Açores, o setor com maior número de trabalhadores é o terciário onde estão incluídos os

trabalhadores da Administração Pública.

Comparando o terceiro trimestre de 2016

com o trimestre homólogo de 2015, verifica-

se uma degradação do emprego no setor

primário de -17,4%, o que implicou uma

redução de 2.209 postos de trabalho. A

mesma degradação do emprego verificou-se também no setor secundário (-1,9%) o que implicou uma

redução de 319 postos de trabalho. Comportamento inverso teve o setor terciário onde foram gerados

2.417 (3,1%) novos postos de trabalho. De setembro de 2015 a setembro de 2016, a população

empregada decresceu (-0,1%) o que significou uma perda de 110 empregados, passando de 108.321

trabalhadores para 108.211.

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Relatório e Contas de 2016 25

Para o desenvolvimento do setor terciário contribuíram os comportamentos favoráveis do turismo, dos

passageiros desembarcados, a venda de automóveis ligeiros, bem como o índice de vendas de produtos

alimentares, que também registou um crescimento positivo.

Até ao final de novembro de 2016, de acordo com os dados disponíveis pelo SREA, os diferentes setores

de atividade na Região, com exceção do setor primário, registaram uma evolução positiva. Esta

evolução positiva revelou--se através do IAE (indicador de atividade económica), que retrata o “estado

geral da economia”. Em novembro de 2016 este indicador era de 1,4% e refletia a continuação de uma

evolução favorável da economia regional. Contudo, o valor do referido indicador foi inferior ao do mês

homólogo de 2015 que era de 4,0%, de onde se conclui que a crise ainda se faz sentir nos Açores, a

dúvida no futuro persiste e as expectativas dos agentes económicos continuam a ser de alguma

incerteza, embora já com reflexos de retoma económica.

O tecido empresarial açoriano

continua a crescer. De janeiro a

novembro de 2016 surgiram na

Região 392 novas empresas, muitas

das quais, graças ao

empreendedorismo, ao microcrédito e

a políticas de apoio ao emprego do

Governo Regional. Em igual período

encerraram 134 empresas e foram

declaradas insolventes 54 empresas.

De acordo com a informação publicada pela D&B, em novembro do ano em curso, o tecido empresarial

da RAA era composto por 7.042 entidades, que representavam 1,56% do tecido empresarial nacional.

No mesmo período e segundo a mesma fonte, o tecido empresarial nacional era constituído por 449.233

empresas.

A Agricultura nos Açores manifesta um conjunto de peculiaridades que, no quadro económico atual e o

fim das quotas leiteiras, requer uma atenção especial por parte das entidades públicas e privadas,

porque concentra em si um potencial de criação de emprego, de inovação e de capacidade exportadora.

Até novembro de 2016, a Agricultura registou uma evolução negativa face ao ano anterior. O setor

primário, em especial a produção agropecuária, constitui um dos principais pilares da economia

açoriana. Na última década, os Açores mantiveram, em termos territoriais, uma grande especialização

na utilização dos solos dedicada ao setor pecuário, no âmbito da produção de leite, dedicando o seu uso

à produção forrageira (erva e milho). As ilhas de S. Miguel, Terceira e S. Jorge apresentaram uma forte

propensão para o aumento da produção leiteira. A produção açoriana de leite atual representa cerca de

um terço do leite produzido no país com apenas 2,5% da SAU (superfície agrícola útil), o que dá bem

conta da elevada produtividade do setor na Região. A estabilidade na recolha, transformação e acesso

aos mercados dos produtos lácteos, a regularidade do pagamento mensal do leite, apenas nas ilhas de

FONTE: D&B

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Relatório e Contas de 2016 26

S. Miguel, Terceira e São Jorge, e o investimento na modernização das unidades industriais e

explorações agrícolas têm contribuído para o fortalecimento desse setor. Nas restantes ilhas, com

exceção da ilha Graciosa, os investimentos no setor leiteiro não se traduziram em retorno visível pelos

seguintes motivos:

• Abandono sucessivo da atividade, devido ao preço do leite e à instabilidade de algumas

cooperativas, apesar do investimento em novas unidades industriais como é no caso das ilhas

do Pico, do Faial e das Flores.

• Criação de bovinos cuja finalidade é a produção de carne como um setor determinante, em

algumas ilhas, devido à atribuição de direitos de vacas aleitantes no âmbito do POSEI.

• O mercado de “exportação” para o continente português constitui o destino mais importante

dos produtos derivados do leite e da carne dos Açores. Relativamente às exportações para fora

do país, registam-se crescimentos sustentados, designadamente, no setor dos laticínios.

Através dos dados disponibilizados pelo

SREA, até novembro de 2016, constatou-se

uma evolução menos positiva do setor. De

janeiro a novembro do ano em curso, foram entregues nas fábricas 557.451 milhares de litros de leite, o

que representou um decréscimo de 1,2% (6.931 milhares de litros de leite), face ao período homólogo do

ano anterior. Contribuíram para este decréscimo os seguintes fatores:

• Delapidação a nível internacional do preço dos produtos lácteos e excesso de oferta no

mercado;

• Menor consumo de produtos lácteos;

• Embargo à Rússia;

• Desaceleração das exportações da Europa para o resto do mundo;

• A China como maior importador arranjou uma alternativa à Europa para a compra de produtos

lácteos, passando a comprar os referidos produtos na Nova Zelândia;

• Em 2016, pela primeira vez, duas das três grandes fábricas de transformação de leite na ilha de

S. Miguel e uma fábrica na ilha Terceira limitaram a produção aos seus produtores no período

de março a julho que consistiu na redução de 5% da produção, tendo como base a produção

homóloga do ano anterior, com penalizações para quem excedesse a produção;

• Aumento da carga fiscal e redução do preço do leite pago ao produtor a partir de novembro de

2014, especialmente na ilha de S. Miguel, onde o leite tem o preço mais elevado, devido à

existência de várias indústrias. Esta situação provocou discrepância no preço do leite pago ao

produtor, nas diferentes ilhas dos Açores.

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É de referir que desde novembro de 2014 até ao final do ano de 2016 o preço do leite pago ao produtor

baixou em média cerca de 10 cêntimos por litro, o que representou uma perda de receitas para os

produtores que rondou os 30 M€, montante idêntico ao das receitas perdidas pelos referidos

produtores em 2015.

Em 2016, verificou-se um decrescimento da produção leiteira nas ilhas dos Açores, excetuando as ilhas

de S. Jorge, Faial e Flores.

A produção leiteira açoriana é liderada pela ilha de S. Miguel (65%), seguindo-se da Ilha Terceira (25%) e

da Ilha de S. Jorge (5%). Estas três ilhas representam 95% da produção do leite na Região Autónoma dos

Açores.

De janeiro a novembro de 2016, e como

consequência imediata do decréscimo

da produção leiteira, alguns dos

principais produtos lácteos produzidos

nos Açores viram decrescer a sua

produção, com exceção da produção do

queijo que teve um crescimento de 6,3% (1.632 Ton.), face a igual período do ano anterior, da produção

de iogurte que cresceu 19,9% (72 Ton.), em relação ao período homólogo, e a produção de manteiga que

teve um incremento de 4,4% (468 Ton.), face a novembro de 2015.

Nas ilhas de S. Miguel e Terceira, a produção de leite e laticínios está estruturada e com capacidade de

acesso aos mercados com produtos de grande consumo, bem como, de outros de valor diferenciado e

acrescentado.

Em relação à produção total de carne na Região,

até ao final de novembro 2016, verificou-se um

acréscimo de 10,7% face ao mês homólogo de

2015. Contribuíram para este acréscimo o

aumento de produção de carne de bovinos

(20,3%). É de referir que a carne de bovino exportada é feita em carcaça, em detrimento da exportação

dos animais vivos para abate, que tem vindo a diminuir. As produções de carne de suínos e aves

decresceram 0,4% e 3,4% respetivamente face ao mês de novembro de 2015.

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Relatório e Contas de 2016 28

Dos setores emergentes, a produção de carne de elevada qualidade poderá ter potencial de exportação,

com vantagens para as ilhas onde a produção leiteira não tem uma dimensão exportadora significativa.

Apesar da situação económica atual e dos seus constrangimentos, o setor agropecuário da Região é

um setor de sucesso e deve-se em parte aos seguintes fatores:

• As empresas agrícolas manifestaram algum rejuvenescimento com a entrada no mercado de jovens

agricultores (projetos de 1ª instalação), principalmente, filhos de agricultores e reformas

antecipadas, através do Quadro Comunitário PRORURAL. O novo quadro comunitário

“PRORURAL+”, em vigor para o período de 2014 a 2020, já não contempla a possibilidade de

reformas antecipadas para os produtores de leite. Contudo, o Governo Regional dos Açores legislou

no sentido de possibilitar a continuidade das referidas reformas antecipadas dos produtores de um

modo mais restrito.

• As condições climáticas e de solos associadas ao know-how, adquirido nas últimas três décadas,

foram determinantes para a situação atual.

• A marca Açores, a qualidade e o sabor dos produtos açorianos estão a ser reconhecidos nos

mercados externos.

A lavoura Açoriana apresenta alguma expectativa e incerteza relativamente ao seu futuro face à

imprevisibilidade do comportamento dos mercados, devido aos seguintes acontecimentos:

· Liberalização da produção de leite na Europa com o fim das quotas leiteiras em 31 de março de

2015;

· O embargo russo;

· O aumento de produção de Leite na Europa, associado a constrangimentos no cumprimento por

parte da lavoura Açoriana dos seus compromissos bancários face às reduções do preço do leite

pago ao produtor desde novembro de 2014 nas ilhas com maior especialização para o setor

leiteiro.

· Agravamento das contribuições para a Segurança Social para todos os novos produtores

instalados a partir de 2011, onde a contribuição passa a incidir sobre o volume da faturação

anual.

No quadro de referência estratégico que terminou em 2013, muitos investimentos agrícolas

transitaram para os instrumentos do período 2014-2020 (PRORURAL+). Este facto traduz alguma

apetência e atratividade do setor nas diversas vertentes, pecuária-leite, pecuária-carne e horto-fruti-

floricultura.

No setor das pescas, em 2016, verificou-se um

decréscimo de 30,2% (2.482.415 kg) na quantidade

total de pescado descarregado nos portos dos

Açores em consequência das condições marítimas

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Relatório e Contas de 2016 29

que se fizeram sentir nas ilhas durante o inverno, que não permitiram a saída para o mar da frota

pesqueira, especialmente os barcos de boca aberta, bem como a redução das quotas de pescado e

possível afastamento da costa dos cardumes. A diminuição da captura do atum foi uma das

responsáveis pela redução do pescado descarregado nos portos da Região.

O valor do pescado descarregado foi de 28.028 m€, o

que representou um decréscimo de 7,7% (2.152 m€)

em relação a dezembro de 2015, embora o setor das

pescas continue a oferecer um grande potencial de crescimento económico para a RAA.

A zona económica exclusiva dos Açores, com quase um milhão de km2 de superfície, possui uma rica e

diversificada população marinha, oferecendo um vasto leque de peixe fresco para consumo interno e

exportação, bem como para os enlatados. A espécie mais representativa em termos económicos é o

atum, a principal apanha das frotas pesqueiras comerciais, embora continuem a existir problemas

relacionados com a sua congelação, transformação e exportação.

No final do 3º trimestre de 2016 o setor secundário, para além do aumento do consumo de energia,

registou um comportamento positivo no emprego ao nível do setor da construção civil (10,9%), com a

criação de 678 postos de trabalho face ao período homólogo, e um comportamento inverso no setor

das indústrias transformadoras com a redução de 545 (-6,8%) postos de trabalho face ao período

homólogo.

O consumo acumulado de energia elétrica, até

novembro de 2016, apresentou um ligeiro

acréscimo face a igual período de 2015 (1,7%),

tendo-se verificado apenas uma redução de 4,3%

nos consumos de serviços públicos. Em igual

período verificaram-se aumentos no consumo

doméstico (2,4%), na indústria (2,9%), no comércio e serviços (2,5%) e na iluminação pública (0,1%).

No mesmo período, a produção acumulada de

energia elétrica teve um acréscimo de 1,3%, com

acréscimos na produção de energia térmica

(4,5%) e nas outras energias alternativas (22,2%),

tendo a produção de energia geotérmica decrescido

17,9%.

Durante o ano de 2016, as vendas acumuladas do

cimento cresceram 7,3% (7.740 Ton.) em relação a 2015.

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Relatório e Contas de 2016 30

A produção local acumulada de cimento, em igual

período, aumentou 14,6% e as importações de

cimento do continente decresceram 21,9%.

O número de licenciamentos de edifícios decresceu

6,2% (36 licenciamentos), de janeiro a novembro de 2016, passando de um total de 579 edifícios

licenciados em novembro de 2015, para 543 edifícios licenciados até ao final de novembro de 2016.

Verificou-se também, um aumento de

0,5% no número de edifícios novos em

construção para habitação. O aumento

das vendas de cimento e do número de

edifícios novos em construção revelam um comportamento de retoma ténue do setor da construção.

Em 2016, tal como em 2015, o setor da construção civil e obras públicas é sem dúvida um dos setores

mais afetados pela crise que se vive na Região Autónoma dos Açores. No entanto, até ao final do 3º

trimestre do ano, contribuiu positivamente para a criação de novos postos de trabalho, colaborando

para uma melhoria social na Região. Com o volume de obras públicas reduzido, com as limitações

impostas ao nível da diminuição dos rácios de transformação dos Bancos, associado a políticas de

conceção de crédito mais criteriosas e restritivas que resultam em menor crédito à habitação, ao

investimento e à construção e com a diminuição da procura provocada pela crise o futuro do setor

ainda apresenta incertezas.

Durante 2016 mantêm-se a opinião de que a evolução das vendas nos Açores continua a ser abaixo do

esperado, tanto no comércio por grosso como a retalho. As previsões para o volume de encomendas a

fornecedores no setor começaram a dar os primeiros passos para alterar o seu trajeto descendente. O

nível de aprovisionamentos em armazém, tanto no comércio por grosso como no comércio a retalho, é

considerado pelos empresários como estando abaixo do normal.

Com a redução do rendimento das famílias, os reflexos negativos no consumo privado fizeram-se sentir

no setor comercial. Contudo, existem neste momento sinais de melhoria no consumo privado.

A restauração melhorou influenciada pelo acréscimo de turistas que visitaram a Região.

Até novembro de 2016, as vendas de veículos

automóveis contribuíram favoravelmente para o

desenvolvimento do setor dos serviços com um

crescimento de 31,1%. As vendas de veículos de

mercadorias cresceram 21,8% (102 viaturas) e os veículos ligeiros, por sua vez, cresceram 33,0% (761

viaturas), influenciados pela aquisição de viaturas por parte das empresas de rent-a-car para

renovação e aumento das suas frotas, cuja taxa de utilização atingiu em alguns períodos do ano os

100% em resultado do aumento de turistas que visitaram os Açores.

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Relatório e Contas de 2016 31

O total de mercadorias

movimentadas nos portos de

Ponta Delgada e Praia da

Vitória até setembro de 2016

foi de 483.000 Ton., o que se

traduziu num acréscimo de 9,0% face ao período homólogo. O movimento total de mercadorias

aumentou 9,0% no porto de Ponta Delgada e 9,2% no porto da Praia da Vitória. Os portos de Ponta

Delgada e da Praia da Vitória registaram acréscimos

do movimento de mercadorias a nível internacional de

9,2% e de 28,1% respetivamente. Ao nível de

mercadorias nacionais houve um acréscimo do

movimento de mercadorias no porto de Ponta

Delgada de 8,9% e no porto da Praia da Vitória de 2,3%, face ao período homólogo.

No que refere ao tráfego nacional, até ao final do 3º Trimestre de 2016, foram carregadas nos portos

dos Açores 134.000 Ton. de mercadorias e foram descarregadas 349.000 Ton. de mercadorias.

Em 2016 registou-se um aumento de 19,9%

de passageiros desembarcados nos

aeroportos açorianos. O número total de

passageiros desembarcados no ano em

referência foi de 1.319.489, proporcionando

um crescimento positivo no âmbito dos serviços. Contribuiu para este aumento de passageiros

desembarcados a liberalização do espaço aéreo açoriano e a entrada no mercado das companhias

aéreas low-cost (Ryanair e Easyjet) que revolucionaram o valor das tarifas aéreas, reduzindo os preços.

Em igual período o embarque de passageiros nos aeroportos dos Açores teve um acréscimo de 20,1%. O

número total de passageiros embarcados em 2016 nos aeroportos dos Açores foi de 1.327.427.

Analisando o tipo de voo dos passageiros

desembarcados nos aeroportos concluímos

que verificaram-se aumentos tanto nos voos

inter-ilhas (17,6%), como nos voos territoriais

(22,4%) e internacionais (19,6%).

Até ao final de novembro de 2016, o setor do turismo foi sem dúvida o setor de atividade com maior

dinamismo nos Açores, com os aumentos

homólogos de 19,7% no nº de hóspedes e 21,9%

no nº de dormidas na Hotelaria Tradicional. Em

igual período, registou-se na Hotelaria

Tradicional um aumento homólogo de 18,3% nas

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Relatório e Contas de 2016 32

dormidas com origem em Portugal, que representaram 40% do total de dormidas, e um aumento de

24,5% de dormidas com origem no estrangeiro, que representaram 60% do total de dormidas.

Os hóspedes portugueses da hotelaria tradicional, até final de novembro de 2016 cresceram 17,9%

enquanto os hóspedes estrangeiros cresceram 21,7% face ao período homólogo.

Destes dados estatísticos podemos concluir que

até novembro de 2016, embora tivesse crescido o

número de hóspedes na hotelaria tradicional, o

tempo de permanência nos estabelecimentos

hoteleiros da Região reduziu, em especial no segmento dos portugueses não residentes que visitam os

Açores com maior frequência em miniférias.

Na hotelaria tradicional, os maiores números de hóspedes

estrangeiros durante os primeiros onze meses de 2016,

tiveram origem na Alemanha (24%), nos Estados Unidos da

América (13%), na Espanha (10%), na Holanda (8%) e nos

Países Nórdicos (7%).

Em novembro de 2016 a oferta na hotelaria tradicional era de 9.351 camas distribuídas por 84 unidades

hoteleiras. A taxa média de ocupação/cama mais elevada em 2016 foi de 72,4% durante o mês de

agosto.

O Turismo nos Açores tem um elevado potencial ainda não concretizado.

A taxa média de inflação nos Açores, em dezembro de 2016, foi de 1,23% (SREA), valor superior à taxa de

inflação a nível nacional, que em igual período foi de 0,61% (INE). Em 2015, as referidas taxas foram de

1% e 0,40% respetivamente.

Face à conjuntura mundial, comunitária e nacional, o ano de 2016 para os Açorianos, foi um ano difícil,

tal como já tinha sido o ano de 2015, embora o Governo dos Açores tenha tomado medidas para

dinamizar a Economia Regional de modo a fomentar o emprego, o investimento e o consumo através

do reforço da competitividade regional, a melhoria das exportações, o apoio e incentivo ao

desenvolvimento da agricultura, a redução do investimento público, o reforço das verbas destinadas a

apoiar as empresas, o apoio social, e, por fim, o reforço das verbas destinadas a setores produtivos

como as pescas e o turismo.

O Novo Banco dos Açores tem sido um Parceiro muito ativo na concretização destas medidas,

participando em todos os Protocolos promovidos pelo Governo dos Açores.

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Relatório e Contas de 2016 33

ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO

Atividade Comercial - Estratégia e Modelo de Negócio

O NOVO BANCO DOS AÇORES assume como principais eixos de desenvolvimento e diferenciação

estratégicos a prestação de serviços caracterizados pela excelência e permanente orientação para as

necessidades de cada Cliente. A sua evolução serve todos os segmentos de Clientes particulares,

empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros

através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às

suas necessidades. O posicionamento do NOVO BANCO DOS AÇORES assenta assim em três pilares: (i)

conhecimento aprofundado das necessidades dos diferentes Clientes, (ii) desenvolvimento da oferta em

função das necessidades identificadas e (iii) proposta de soluções mais ajustadas a cada tipologia de

Cliente.

A capacidade de distribuição e a qualidade são fatores fundamentais para o posicionamento

competitivo do Banco nos Açores. A 31 de dezembro de 2016 o NOVO BANCO DOS AÇORES dispunha de

uma rede de retalho de 15 balcões. A rede de balcões é complementada por um centro especializado e

totalmente dedicado ao segmento de Empresas, um Centro 360º e Private e um Departamento de

Municípios e Institucionais.

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Relatório e Contas de 2016 34

Retalho

(15 Balcões)

Centro 360º e Private

Municípios e Institucionais

Médias Empresas (1 Centro)

Rede de Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES

O NOVO BANCO DOS AÇORES tem prosseguido, desde a sua constituição em julho de 2002, uma

consistente e clara estratégia de crescimento orgânico no mercado regional, suportada pelo

desenvolvimento de um modelo multiespecialista de abordagem ao mercado e pelo forte dinamismo

comercial junto dos segmentos de Clientes particulares e empresas.

Para além da presença física, o NOVO BANCO DOS AÇORES desenvolveu desde muito cedo uma

abordagem multicanal na sua relação com os Clientes, em particular através da Internet, sendo que

esta abordagem tem vindo a ser progressivamente aprofundada. Foi disponibilizado aos nossos

Clientes em setembro de 2016 o MB WAY, um serviço onde os nossos Clientes podem associar os seus

cartões bancários ao seu número de telemóvel e assim fazer compras ou transferências imediatas

através do seu smartphone ou tablet. Manteve-se a solidificação do sistema CRM (Customer

Relationship Management) que assegura a integração entre os diferentes canais de interação com os

Clientes e uma progressiva desmaterialização de processos. De salientar também no ano de 2016 a

aposta no mecanismo de transações monetárias MoneyGram

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Relatório e Contas de 2016 35

Evolução da Banca de Retalho

Movimento Financeiro = Recursos + Crédito

O NOVO BANCO DOS AÇORES mantém desígnios de crescimento sustentado da sua atividade de forma

a:

· Reforçar o posicionamento no mercado regional através da captação de novos Clientes, particulares

e empresas e do reforço do share-of-wallet (em particular na vertente da poupança) na atual base

de Clientes, através de uma oferta diversificada de produtos e serviços inovadores, apoiada em

iniciativas de cross-selling e de cross-segment como a bancassurance e o assurfinance (em parceria

com a Companhia de Seguros Tranquilidade);

· Apoio às empresas Açorianas, com especial atenção ao setor agrícola, pelo relevo que apresenta na

economia dos Açores apesar de todas as dificuldades que tem atravessado. O NOVO BANCO DOS

AÇORES acompanha com especial atenção este setor, dado o enquadramento real da economia

açoriana, e o setor do turismo, pela dinâmica positiva que apresentou durante o ano de 2016 com

crescimento de 22.90% face a 2015.

A eficiência deverá continuar a ser uma das prioridades estratégicas, continuando o esforço de redução

do rácio Cost to Income.

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Relatório e Contas de 2016 36

Banca de Retalho

Na sua abordagem aos Clientes de retalho o NOVO BANCO DOS AÇORES aposta numa oferta

diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus Clientes. A criação de

propostas de valor diferenciadas assenta no desenvolvimento constante dos produtos e dos serviços

disponibilizados aos Clientes mas também na adoção de critérios de segmentação ajustados às

características dos Clientes, na elevada qualidade do serviço prestado e na eficácia da comunicação.

Assim, e ao longo dos últimos anos, o NOVO BANCO DOS AÇORES criou propostas de valor inovadoras

ao nível do Retalho, em concreto para Clientes afluentes (“NB 360’”), para pequenas empresas e

empresários em nome individual (“Negócios”) e para mass market (“Particulares de Retalho”). Estes

Clientes são atualmente servidos por uma rede de 15 balcões. A atividade de Retalho desenvolveu-se

em 2016 em torno de três dimensões centrais de atuação: i) impulsionar a economia Açoriana no apoio

às empresas através da concessão de crédito; ii) elevado esforço de captação de recursos; e iii)

manutenção de importantes níveis de cross-selling.

Ao nível da captação de recursos, registou-se um acréscimo, 2,1% face a 2015. Para apoiar o

crescimento dos recursos, para além do lançamento de várias soluções inovadoras, foram criadas

várias campanhas publicitárias, a campanha de Recursos “Uma boa poupança faz-se passo a passo” e a

Poupança NB Júnior “Fique fã da Poupança”.

Adicionalmente, observou-se em 2016 uma elevada dinâmica na captação de Clientes, onde foram

captados mais de 2.200 Clientes, fruto da articulação entre a rede de balcões e os principais canais de

captação de Clientes (em particular os programas Cross-segment, Imobiliárias, Assurfinance e

Promotores Externos).

No 2º semestre de 2016 foram lançadas as campanhas “Conheça melhor o Crédito que melhor o

conhece” e “Não se preocupe + com as prestações que sobem e descem”, com o objetivo de dinamizar a

produção de crédito a particulares, de modo a acompanhar a recuperação que se tem vindo a assistir,

nomeadamente no mercado imobiliário, o que permitiu um crescimento de 63% na produção de Crédito

a Particulares face a 2015 com uma produção de mais de 15M€.

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Relatório e Contas de 2016 37

PARCERIAS NOVO BANCO DOS AÇORES

Trata-se de um projeto de envolvência significativa, e de amplitude regional, que se desenvolve numa

consonância de princípios para a obtenção de resultados para ambos os intervenientes na ação

comercial, que são a par de um todo, uma mais-valia de interesses distribuídos em rede diversificada de

captação de produtos promovidos pelo Novo Banco dos Açores.

São Parceiros que se distinguem, positivamente, no setor imobiliário, de seguros e na captação de

Clientes, o que perfaz uma parceria em denominação comum – Imobiliárias, Agentes de

Seguros/Assurfinance e Promotores Externos. Este conjunto reflete bem a atividade externa do Banco

como força de captação e de produção complementar à rede de balcões NBA.

Tendo em consideração os últimos tempos de alguma conturbação na banca, verifica-se que os nossos

Parceiros foram, e são, uma força constante de relação comercial, decisiva para o aumento e

fidelização dos Clientes do Banco. Ser Parceiro é corresponder sempre a interesses mútuos de

entendimento e de objetivos negociais, que se traduz na concretização de produção efetiva.

Analisando alguns aspetos de produção, verifica-se que as Parcerias cumpriram positivamente para o

resultado da captação e do negócio bancário. Assim pode-se concluir que as Parcerias representaram

em alguns segmentos da atividade bancária em 2016:

As Parcerias apresentam uma carteira de Recursos com uma abrangência de mais 11,3 milhões euros.

Tudo isto determina que uma ação concertada de envolvimento de todos os elementos participativos

do conjunto - Banco, Imobiliárias, Agentes de Seguros / Assurfinance e Promotores Externos -

proporciona a consequência perfeita para o cumprimento dos objetivos e obtenção de resultados

positivos na escala de valores.

Eis, a importância das Parcerias na relevância do negócio, e do compromisso interpessoal.

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Residentes no Estrangeiro O NOVO BANCO DOS AÇORES afirma-se como um banco de dimensão regional, com uma profunda

ligação às comunidades de emigrantes açorianos. Desta forma, em 2016, o NOVO BANCO DOS AÇORES

continuou a acompanhar os seus Clientes residentes no estrangeiro.

Neste segmento, a utilização de novas tecnologias, nomeadamente a ferramenta NBnet, é uma aposta

estratégica essencial com vista a manter uma relação de proximidade com os Clientes.

O NOVO BANCO DOS AÇORES acredita que os seus Clientes residentes no estrangeiro são, muitas

vezes, uma extensão do próprio Banco além-fronteiras, pelo que encara como fundamental a prestação

de um serviço de excelência neste domínio de forma a responder às necessidades e manutenção da

satisfação dos Clientes.

NB 360: Do Compromisso ao Detalhe

O NB 360° garante um elevado padrão de qualidade através do acompanhamento permanente de um

gestor dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas as necessidades

especificas dos Clientes. A competitividade da proposta de valor do segmento 360° assenta num

conjunto de iniciativas estratégicas e distintivas, sendo de destacar as seguintes:

• Compromisso NB 360°: para pessoas que exigem respostas rigorosas e eficazes, para quem não tem

tempo a perder, para quem precisa de um gestor sempre disponível e para quem acredita que os

prazos são para cumprir. A tangibilidade da excelência no serviço ao Cliente em objetivos concretos,

assegurando uma postura profissional, rigorosa e dedicada com eficácia na resolução de problemas e

uma atitude proativa na apresentação das melhores soluções para as necessidades de cada Cliente;

• Oferta competitiva: oferta de produtos inovadores que respondem as necessidades dos Clientes

afluentes, como é o caso da oferta de produtos estruturados e da poupança por impulso e em áreas

que vão para além das necessidades financeiras, com ofertas específicas para saúde e lazer;

O desempenho deste segmento tem contribuído para o crescimento do NOVO BANCO DOS AÇORES,

com uma relevância reforçada num contexto de mercado em que a liquidez ganhou importância. O

segmento representa mais de 60% do total de recursos do retalho, constituindo assim uma base

estável de funding do NOVO BANCO DOS AÇORES.

Crescimento do segmento NB 360 (Afluentes)

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Relatório e Contas de 2016 39

Movimento financeiro = Recursos + Crédito

Negócios no Retalho: Apoio Micro e Pequenas Empresas dos Açores

Os sinais de crescimento (IAE – Indicador de Atividade Económica) na economia dos Açores são muito

similares face a 2015, onde verificou-se uma inversão nos semestres relativamente ao ano anterior. A

nível setorial, os setores do Turismo, Abate de carne e Venda de Automóveis tiveram crescimentos

médios em 2016 de 21,2%, com destaque para a venda de Automóveis novos (30,6%). O turismo é um

setor de grande relevância desde a liberalização dos transportes aéreos.

Tendo por base este contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES apostou no crescimento do Turismo nos

Açores com apresentação de soluções inovadoras específicas para esta atividade em termos de TPA’s,

NBnetworking e Crédito Negócios.

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Durante o ano de 2016 a produção de Crédito Negócios superou os 9,4 M€, em função de 196 novos

contratos com o valor médio por contrato de 48 mil euros.

De referir que no ano de 2016 captou-se 130 novas empresas e ENI’s e aumentou-se o stock de TPA’s

em 101.

O ano de 2016 ficou marcado pela aposta no setor do Turismo, o que contribuiu para a obtenção dos

resultados mencionados anteriormente, uma vez que 20% da produção de Crédito Negócios foi

efetuada neste setor. Trata-se de um Setor em crescimento e que junto com o Setor Agrícola são

considerados pilares da economia na Região. Aliás, o apoio ao setor Agrícola pelo NOVO BANCO DOS

AÇORES possui um maior impacto, com 28% da produção de Crédito Negócios a ser efetuada neste

setor.

De referir que o NOVO BANCO DOS AÇORES tornou-se desde 2014 o Banco exclusivo para os

agricultores da Ilha Terceira anteciparem o subsídio “Prémio aos Produtores de Leite”, sendo assim

satisfeita uma reivindicação de alguns anos. Através desta parceria com a Associação Agrícola da Ilha

Terceira foram concedidos em 2016 cerca de 1 M€ de crédito a mais de 60 agricultores. Esta parceria

irá continuar no ano de 2017.

Com base numa análise prévia dos elementos económicos financeiros de todas as empresas da região,

selecionamos um conjunto de empresas Clientes e não Clientes, onde o NOVO BANCO DOS AÇORES

pretende ser o seu principal parceiro financeiro. Estas empresas, denominadas Negócios com Futuro,

estão a ser alvo de uma abordagem específica, sendo desenvolvida uma oferta competitiva ao nível de

condições de tesouraria e de crédito. Pretende-se em 2017 dar continuidade a esta ação.

Através do NB Express Bill o NOVO BANCO DOS AÇORES demonstrou ser um banco inovador e pioneiro

na disponibilização de uma solução de gestão de pagamentos, altamente flexível e inovadora, que

permite à empresa efetuar a gestão dos seus pagamentos, assegurando aos fornecedores a garantia

de recebimento na data de vencimento e a possibilidade de antecipar os fundos. Esta solução permitiu

durante o ano de 2016 assegurar o pagamento de 1 M€ através de 108 ordens de pagamento. Com a

experiência e conhecimento adquirido prevê-se um crescimento sustentado na utilização deste

produto.

O NOVO BANCO DOS AÇORES certificou 10 empresas do segmento de negócios como PME Líder.

É com esta orientação estratégica que o Banco vai procurar em 2017 continuar a crescer na quota de

mercado das Micro e Pequenas Empresas.

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Crescimento do segmento de Negócios (Retalho)

Movimento financeiro = Recursos + Crédito

Particulares de Retalho: Pense Novo

O ano de 2016 revelou uma crescente evolução na economia regional, o que

consolidou a dinâmica de retoma da própria economia. Este crescimento

refletiu-se no comportamento dos diferentes indicadores, nomeadamente no

aumento exponencial do turismo (22,90% em dormidas), recaindo de igual

forma no desembarque de passageiros nos aeroportos com 19,90%, assim

como no crescimento do consumo de produtos

alimentares (1,89%) e da venda de automóveis novos

em 30,60%. A evolução dos levantamentos nas caixas

multibanco e o consumo de energia nos setores

industrial e serviços, permitiu aludir um desempenho

global positivo na atividade económica regional, tendo

em conta períodos homólogos de 2015.

No entanto, a preocupação na persistência de níveis de desemprego elevados

mitigados, não resolvidos, com programas ocupacionais de expressão cada vez

maior e que acabam por anular atividades privadas são um facto a ser

resolvido, de forma a atenuar os 10.7% de taxa de desemprego existentes no

último trimestre de 2016.

Os melhoramentos sentidos na economia em 2016 repercutiram-se nos particulares, nomeadamente

através do aumento da taxa de emprego e do aumento do rendimento familiar disponível, o que

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Relatório e Contas de 2016 42

contribuiu para o aumento da procura de crédito (tanto ao nível do crédito à habitação, como do

crédito ao consumo), e pelo contínuo reforço da necessidade de poupança.

Neste contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES reforçou o seu posicionamento ao nível da oferta de

produtos de crédito, assim como de poupança e de proteção do quotidiano, indo assim ao encontro das

prioridades das famílias açorianas.

Ao nível da poupança é de destacar a oferta de Poupança Programada e Micro

Poupança, que continua como pioneira na satisfação e consequente

subscrição dos Clientes, tendo em conta que alarga substancialmente o

universo de famílias com poupança regular, quer por

via de entregas mensais, a partir de pequenos

montantes (10 euros), quer por via do

arredondamento de um conjunto vasto de

movimentos (cartões de débito e seguros, etc.),

permitindo a cada família poupar com toda a

conveniência. Em complemento, o lançamento de

produtos de aforro competitivos e inovadores numa lógica de diversificação e

obtenção de maiores rentabilidades para os Clientes, como a Conta

Rendimento Trimestral, o DP NB Reforços, e o DP 3 anos Taxa Crescente,

acompanhados por ações de comunicação de elevada visibilidade,

contribuíram de forma decisiva para o crescimento significativo.

“Conheça melhor o Crédito que melhor o conhece”, “ Há meses que duram +

que o ordenado”, “Não se preocupe + com as prestações que sobem e descem”

e “Fique fã da Poupança” são as quatro campanhas em destaque nos Canais

Diretos que suportam os novos conceitos de poupança, como a Micro

Poupança, a Poupança Programada, a Poupança NB Jovem, e as soluções NB CR

Trimestral e DP Crescente 3 anos Taxa Crescente, assim como de condições

vantajosas ao nível de crédito pessoal e de habitação para este segmento.

Destaca-se o Orçamento Familiar, que apoia o esforço de poupança das famílias

portuguesas, permitindo uma visão rápida e sem esforço do seu perfil de

despesas e receitas, de forma totalmente integrada com o NBnet. De realçar

que no ano de 2016 o Banco concretizou a aposta no processo inovador de transações monetárias

MoneyGram que permite enviar e receber dinheiro em apenas 10 minutos de uma forma segura, prática

e rápida, alcançando diversos pontos do mundo.

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Relatório e Contas de 2016 43

O NOVO BANCO DOS AÇORES surgiu em 2016, novamente, como

parceiro associado ao Cartão Interjovem, iniciativa do Governo

dos Açores que visa promover a mobilidade e o turismo juvenil

nas ilhas dos Açores, reforçando a sua posição como único

Banco com sede nos Açores. Para o efeito o NOVO BANCO DOS

AÇORES disponibiliza um desconto de 10% na aquisição do

cartão InterJovem com abertura de conta nos Balcões do Bancoe possibilita a aquisição do cartão

gratuita caso o Cliente domicilie o seu ordenado.

Crescimento do segmento Particulares Retalho

Movimento financeiro = Recursos + Crédito

Formação

A política de formação do Banco é encarada como uma ferramenta de gestão de elevada relevância

que permite desenvolver competências e motivar os colaboradores com o objetivo centrado na

melhoria contínua da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da relação com o Cliente.

Em 2016 reforçou-se a aposta na formação com as mais 2.060 horas de formação efetuadas que

abrangeram 694 participantes nas seguintes ações de formação:

· Conhecimento da Moeda e Nota Euro

· Crédito Ordenado

· CRS - Common Reporting Standard

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· FACTA - Foreign Account Tax Compliance Act

· Fiscalidade – Alterações Relevantes IRS 2015

· PDEVS - Pessoas Diretamente Envolvidas na Atividade de Mediação de Seguros

· Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo

· Remessas Internacionais – Moneygram

· Segurança da Informação

· Segurança e Saúde no Trabalho

· Up-Grade Gestor Negócios

· On-Job Banca Seguros

Em suma, a consolidação das abordagens segmentadas suportou o crescimento da Banca de Retalho,

onde importa destacar:

· Evolução positiva do saldo de recursos, por via do crescimento de 2,1%;

· Evolução do crédito a particulares com um elevado grau de seletividade, que se traduziu num

aumento de 63%, com uma produção de + 15,6M€; e

· Captação de 2.215 Clientes sendo que o número total de Clientes ativos no retalho é 31.129, o

que representa + 1,1% face a 2015. Como suporte para estes resultados esteve o forte

contributo do Cross-segment com 41%, os Promotores com 4% e os canais Assurfinance com

5%.

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Relatório e Contas de 2016 45

Private Banking

A atividade de Private Banking foi assegurada no NOVO BANCO DOS AÇORES através de um Centro

Private, com uma oferta baseada num visão integrada do Cliente, consubstanciada em soluções de

investimento que satisfaçam as suas necessidades financeiras e patrimoniais. O desenvolvimento de

uma relação de confiança é um dos pilares desta atividade, assegurada por um gestor private. A

independência no aconselhamento e a adequação dos perfis de risco dos Clientes às propostas de

alocações de ativos, aliadas à excelência de serviço, são as linhas orientadoras da gestão da oferta

private.

O ano de 2016 neste segmento continuou a ser marcado por uma grande aversão ao risco. O NOVO

BANCO DOS AÇORES respondeu de forma cuidada aos anseios dos Clientes fazendo sempre tomarem

a correta perceção da relação risco versus rentabilidade. O ano foi marcado por uma redução dos

ativos sob gestão na ordem dos 26,6%. Em relação ao crédito houve também uma redução de 8,7% por

via de liquidações de operações e por uma menor propensão dos Clientes a esta necessidade. Continua

a ser desenvolvida uma relação de Confiança e de grande comunicação com os Clientes de forma a

responder a todas as suas necessidades. O clima de taxas de juro baixas nos mercados internacionais e

uma aversão ao risco dificultou muito a implementação de estratégias que, não só preservassem os

ativos dos Clientes, como também os fizessem crescer.

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Empresas

Num período de recuperação pós-Troika, a atividade da Direção de Empresas focou-se durante o ano de

2016 em manter o acompanhamento e apoiar o desenvolvimento dos diversos setores de atividade da

economia dos Açores, com especial foco no apoio à criação de novas empresas de elevado potencial de

crescimento. As empresas ligadas ao setor do turismo foram também alvo de especial

acompanhamento considerando a evolução que este setor tem vindo a registar desde 2015.

Por forma a prevenir a potencial quebra de valor de ativos, procedeu-se ao reforço de garantias junto

dos Clientes com maiores indicadores de risco.

À semelhança dos anos anteriores, reforçou-se de igual forma a ação de proximidade aos Clientes dos

segmentos de Grandes, Pequenas e Médias Empresas. A disponibilização de oferta de produtos e

serviços foi uma constante durante o ano de 2016.

Naturalmente e uma vez mais, destaque para a Solução NB Express Bill. Trata-se de uma oferta

inovadora no atual contexto do setor financeiro, disponibilizando às empresas açorianas um valioso

instrumento financeiro que promove a segurança nos negócios, disponibilizando liquidez imediata e

promovendo a disciplina nos pagamentos e recebimentos entre empresas.

Ao nível dos recursos humanos procedeu-se durante o ano de 2016 à continuidade do plano de

formação para os colaboradores com vista ao reforço das competências coletivas e individuais, tendo

sempre como objetivo a melhoria do serviço prestado aos Clientes.

A captação de novos Clientes manteve-se como um dos principais objetivos da ação da Direcção de

Empresas tendo sido um dos anos que esta variável mais cresceu.

Em termos de informação quantitativa, a Direcção de Empresas originou em 2016 um Volume de

Negócios de 131.2 milhões de euros.

Ao nível dos Recursos de Clientes, verificou-se um saldo final da ordem dos 44,0 milhões de euros. Em

termos de decomposição, 30% corresponde a saldos em depósitos à ordem, sendo os restantes 70%,

maioritariamente, Depósitos a Prazo.

Em termos de Aplicações, o saldo final foi de 77,4 milhões de euros. Neste agregado, a variável de maior

relevância foi o Crédito Direto que atingiu em termos médios os 62,2 milhões de euros, correspondendo

a 81% do Crédito Total da Direcção de Empresas.

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Relatório e Contas de 2016 47

Ao nível do crédito por assinatura, o valor global de garantias prestadas atingiu em 2016, em termos

médios, o saldo de 10,7 milhões de euros correspondendo a 14% do total do Crédito da Direcção de

Empresas.

Nas operações de desintermediação financeira e, em especial, em relação ao Leasing Mobiliário e

Imobiliário, o saldo médio verificado em 2016 foi da ordem dos 11,5 milhões de euros, correspondendo a

15,5% do total do Crédito verificado da Direcção de Empresas.

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Municípios e Institucionais

O ano de 2016 no segmento dos Municípios e

Institucionais, acabou por se traduzir num ano

de recuperação, após um ano atípico em 2014

e em parte em 2015, resultado da instabilidade

que se verificou no sistema financeiro e que

deu origem à resolução do acionista

maioritário – Banco Espírito Santo, SA, sendo

esta participação de 57% transferida para a

nova Instituição designada de Novo Banco, SA. O desenvolvimento da atividade comercial registou um

aumento dos Recursos, permitindo que os constrangimentos do ano anterior fossem ultrapassados. Em

relação à variável Crédito, verificou-se também uma recuperação muito interessante, embora no final

do exercício, um conjunto de reestruturações, nomeadamente no setor público administrativo e

empresarial, tivesse originado um forte impacto na carteira de crédito, que apesar de tudo registou

mesmo assim um aumento do crédito concedido. Além disso, observou-se no âmbito da legislação em

vigor, a extinção de algumas empresas municipais, que no seguimento deste processo vieram a liquidar

na íntegra os financiamentos obtidos. Neste contexto, o rácio de transformação situou-se nos 75%. Este

rácio irá permitir a focalização na rentabilidade para o exercício de 2017 e por esta via, existem

condições objetivas para o crescimento da concessão de crédito. De qualquer forma, a ação comercial

focalizou-se na retenção e angariação de Recursos, o que permitiu com que o aumento do saldo médio

da carteira tenha observado um crescimento sustentado.

Como objetivo estratégico, manteve-se na Direção de Municípios e Institucionais (D.M.I.) o modelo de

trabalhar os atuais Clientes de forma profunda e

transversal, procurando responder às necessidades

específicas da gestão financeira das instituições de

caráter público.

A relação desta Direção com o Setor Institucional

tem vindo, ano após ano, a ganhar maior

importância, uma vez que o Setor Público apresenta

um peso da ordem dos 30% no total da população ativa ou 27,1% se considerarmos a população

empregada, e ainda em relação ao PIB Regional, cujas “Receitas Públicas” representam

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Relatório e Contas de 2016 49

aproximadamente 37% e se acrescentarmos o Setor Autárquico e Empresarial do Estado, o peso

relativo situa-se acima dos 50%, o que demonstra a elevada importância que o Estado/Setor Público

Regional têm no mercado regional açoriano.

O exercício de 2016 no segmento Municípios e Institucionais, pautou-se por um crescimento da

atividade financeira, da ordem dos 7,4%, nomeadamente pela influência dos Recursos que cresceram

8,37%, correspondente a um saldo médio no final do exercício da ordem dos 51,7 milhões de euros e

num aumento dos Crédito concedido, da ordem dos 6,06 %, correspondente a um Saldo no final do

exercício da ordem dos 39 Milhões de euros.

Este aumento da atividade quer no Crédito quer nos Depósitos, permitiu que o Movimento Financeiro

do segmento tenha crescido na ordem dos 7,37 %, correspondente a um aumento do saldo médio na

ordem dos 19 milhões de euros, consolidando-se assim num valor global próximo dos 100 milhões de

euros, em termos de saldo de Balanço.

Ao nível da sua atividade, o setor governamental,

nomeadamente o Tesouro e a Segurança Social,

foram as áreas de maior importância, embora o setor

da Saúde apresente um peso elevado no

relacionamento com o Banco, seguindo-se o Setor

Autárquico, apesar do facto que as empresas

municipais têm deixado de ter uma importância

acrescida, devido ao processo de extinção de muitas

delas.

Neste exercício, manteve-se o apoio à gestão da tesouraria global da Rede Integrada de Apoio ao

Cidadão – RIAC e ainda a gestão da área afeta ao Emprego, em que os fluxos comunitários passaram

também a ser geridos pelo Banco. Além disso, também foi uma realidade a manutenção da gestão da

tesouraria global da Segurança Social dos Açores, cada vez mais consolidada, representando um

projeto de elevada importância para o Banco e um contributo de elevado relevo para o desempenho do

D.M.I. na melhoria da quota de mercado, que tem sido uma realidade, desde a sua criação.

Fundações, Escolas Secundárias, Centrais Sindicais,

entre outros, foram áreas de intervenção do DMI,

embora com dimensão mais reduzida, mas sempre

com elevada importância de atuação, nomeadamente

no âmbito do Novo Quadro Comunitário de Apoio.

Em relação às áreas de atuação da Direção, os

principais enfoques centraram-se na captação de

Clientes de pequena dimensão, como por exemplo, as

Juntas de Freguesia, os Centros Socioculturais e Paroquiais e as Comissões Fabriqueiras das Igrejas.

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Relatório e Contas de 2016 50

Além disso, a atuação na captação das tesourarias das Instituições foi muito importante, com a

colocação de Terminais Automáticos de Pagamentos (TPA’s).

O pagamento de salários e a fornecedores através do Banco, apresenta um crescimento muito

interessante, observando-se a utilização do formato XML no sistema NBNet, permitindo assim

minimizar os custos afetos ao Banco e criar maior eficiência na gestão destes processos por parte das

Instituições.

A responsabilidade social do DMI tem estado sempre presente na sua atuação, até mesmo o

relacionamento e a proximidade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, com

os Centros Sociais e Paroquiais e muitas outras instituições de cariz social.

Em suma, o segmento em 2016, embora tenha sofrido alguma instabilidade, resultante do clima que se

viveu nos mercados financeiros, acabou por ter um desempenho positivo, permitindo também ajudar o

Banco na sua globalidade.

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Relatório e Contas de 2016 51

RECURSOS HUMANOS

Em 31 de dezembro de 2016 o NB dos Açores apresentava um quadro de pessoal com 83 colaboradores.

Em comparação com o final do ano de 2015, registou-se um decréscimo de 14 Colaboradores em

resultado de diversas medidas de reestruturação dos serviços e da rede comercial que originaram a

passagem à reforma desses colaboradores.

Os Colaboradores do Banco encontram-se distribuídos entre as áreas comerciais (84,3%) e serviços

centrais (15,7%), estando a redução verificada nos serviços centrais diretamente relacionada com

situações de reforma.

Verifica-se que a maior concentração de Colaboradores do Banco se regista nas funções específicas e

comerciais. As funções específicas representam em 2016 cerca de 36% do quadro de pessoal.

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2015 2016

Evolução do nº de colaboradores

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A Ilha de S. Miguel, onde se encontra sedeada a empresa e a maioria dos seus balcões, concentra cerca

de 81% dos colaboradores.

O NB dos Açores continua a realizar um esforço de rejuvenescimento e de qualificação do seu quadro

de pessoal.

A média etária dos colaboradores do Banco registou uma ligeira descida para cerca de 42,6 anos. Os

Colaboradores com mais de 50 anos representam cerca de 32,5% do total do quadro de Pessoal.

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Relatório e Contas de 2016 53

A antiguidade média dos Colaboradores do Banco situa-se nos 18,3 anos.

No que respeita à formação académica, verificou-se um aumento significativo da percentagem de

colaboradores com formação superior. O peso de colaboradores licenciados no quadro de pessoal do

Banco no ano de 2016 representou cerca de 55%, enquanto no início da atividade, em 2002, apenas 10%

dos colaboradores do Banco eram licenciados.

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Relatório e Contas de 2016 54

ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO

Estrutura da Carteira de Crédito

A carteira de crédito apresentou em 31 de dezembro de 2016, um ligeiro decréscimo de -0,2%, face ao

final do exercício anterior. Este decréscimo reflete o incipiente nível de crescimento económico da

Região Autónoma dos Açores no difícil contexto de ajustamento da economia nacional, bem como uma

política de crédito praticada pelo Novo Banco dos Açores, que tem por base análises de risco cada vez

mais criteriosas em função da situação envolvente. A atual política de crédito do Banco continua

direcionada, por um lado, para produtos de baixo risco destinados a particulares, embora se tivesse

verificado um decréscimo neste segmento de mercado e, por outro, para o segmento de empresas,

procurando sempre uma política de diversificação da carteira de crédito, privilegiando-se os setores e

empresas de melhor rating. Com o rigor implementado nas análises de risco de crédito a empresas,

associado ao decréscimo da procura de crédito por parte das empresas dos diversos setores de

atividade, o Novo Banco dos Açores, durante o ano de 2016, aumentou o crédito concedido a empresas

em 1,1%, desenvolvendo todos os esforços e dando o seu contributo para a manutenção e

desenvolvimento do tecido empresarial do Região.

milhares de euros

Tipo de Crédito Dez-15 Dez-16 %

Crédito Total (bruto) 377 425 376 504 -0,2%

Habitação 217 390 216 000 -0,6%

Particulares (Outro) 23 386 22 332 -4,5%

Empresas 136 649 138 172 1,1%

6

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Relatório e Contas de 2016 55

Qualidade de Crédito

Durante o ano de 2016, tal como nos anos anteriores, continuou-se o esforço de melhoria assinalável ao

nível do perfil de risco da atividade creditícia, dando continuidade à tendência verificada desde a

constituição do Banco.

O rácio do crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 5,0% (Dez.15: 4,9%).

As políticas de crédito seguidas pelo Banco, o reforço e a melhoria das garantias associadas às

operações creditícias, o bom ritmo de recuperação de crédito e o ligeiro abrandamento da

sinistralidade não impediram, contudo, um reforço da imparidade da carteira de crédito, resultante do

rigor e prudência em função da conjuntura difícil que atravessamos, e da aplicabilidade das normas

prudenciais em vigor. Como corolário desta tendência, o custo de imparidade no ano de 2016 situou-se

em 0,4%, (Dez.15: -0,3%).

A política seguida pelo Banco de reforço de garantias associadas às operações creditícias e a

recuperação registada, não foram suficientes para impedir o crescimento do crédito vencido a níveis

superiores ao aumento verificado na imparidade crédito, originando uma ligeira redução do nível da

cobertura de crédito vencido por imparidade, que se situou nos 130,5 % (Dez.15: 132,5%).

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+0,1 p.p.

+ 0,7 p.p.

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Relatório e Contas de 2016 56

Este desempenho é o corolário da prioridade atribuída nos últimos anos ao desenvolvimento da função

risco, bem como aos instrumentos de apoio à decisão, continuando o caminho de reforço de garantias e

da maior seletividade do crédito, não obstante a crise financeira que atravessamos, que nos permite

continuar a encarar o futuro com otimismo.

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absoluta relativa

DADOS DE BASE (milhares de euros)

Crédito a Clientes (bruto) 377 425 376 504 - 921 -0,2%

Crédito Vencido 18 555 18 927 372 2,0%

Crédito Vencido > 90 dias 18 309 18 832 523 2,9%

Crédito em Risco (1) (*) 41 484 39 501 -1 983 -4,8%

Crédito Reestruturado (2) (*) 29 321 27 316 -2 005 -6,8%

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2) 16 457 13 465 -2 992 -18,2%

Imparidade para Crédito 24 261 24 579 318 1,3%

INDICADORES (%)

Crédito Vencido / Crédito a Clientes (bruto) 4,9 5,0 0,1 p.p.

Crédito Vencido > 90 dias / Crédito a Clientes (bruto) 4,9 5,0 0,1 p.p.

Crédito em Risco(1) / Crédito a Clientes (bruto) 11,0 10,5 -0,5 p.p.

Crédito Reestruturado(2) / Crédito a Clientes (bruto) 7,8 7,3 -0,5 p.p.

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2)/ Crédito a Clientes (bruto)

4,4 3,6 -0,8 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito Vencido 130,8 129,9 -0,9 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias 132,5 130,5 -2,0 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito em Risco(1) 58,5 62,2 3,7 p.p.

Imparidade para Crédito / Crédito a Clientes 6,4 6,5 0,1 p.p.

Carga de Imparidade para Crédito -0,3 0,4 0,7 p.p.

(*) Valores provisórios

(1) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2011 do Banco de Portugal.(2) De acordo com a definição constante da Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal.

QUALIDADE DO CRÉDITO A CLIENTES

31-Dez-15Variação

31-Dez-16

-2,0 p.p.

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Relatório e Contas de 2016 57

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

Principais indicadores

Relativamente ao exercício de 2016 salientamos:

- o resultado líquido foi positivo e atingiu os 1.678 milhares de euros;

- os depósitos de Clientes registaram uma subida de 3,2% enquanto o crédito concedido a Clientes

registou uma variação homóloga de -0,2%;

- o rácio Cost to Income registou uma evolução de 60,0% em 2015 para 52,3% em 2016 e o rácio Cost to

Income comercial situou-se nos 65,9% (62,7% em 2015);

ATIVIDADE

Relativamente à evolução da atividade no ano de 2016 destacamos o seguinte:

- o ativo líquido do banco situou-se nos 648,6 milhões de euros (-12,8% que no período homólogo);

- os depósitos de Clientes registaram uma subida de 3,2%;

- os recursos totais de Clientes, incluindo a desintermediação, apresentam uma redução de -1,5%;

- o crédito concedido a Clientes registou um decréscimo de cerca de 0,9 milhões de euros (-0,2%);

7

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Relatório e Contas de 2016 58

RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO

No ano de 2016 o crédito concedido a Clientes registou uma evolução positiva. Após um período com

evolução negativa, no ano de 2016 a concessão de crédito a Clientes registou, em termos médios, uma

evolução positiva, comparativamente com os períodos homólogos.

O rácio de transformação de Depósitos em Crédito situou-se em 100% (103% em 2015).

Milhares de euros

Variáveis - Evolução da Actividade Dez.15 Dez.16Variação

(% )

Act ivo Líquido 743 .5 96 648 .604 -12,8 %

Crédito a Clientes (bruto ) 3 77.425 3 76.5 04 -0 ,2%

Crédito a Particulares 240.776 238.332 -1,0%

- Habitação 217.390 216.000 -0,6%

- Outro Crédito a Particulares 23.386 22.332 -4,5%

Crédito a Empresas 136.649 138.172 1,1%

Recursos Tota is de Clientes 3 97.607 3 91.768 -1,5 %

Recursos de Clientes 342.674 353.664 3,2%

Recursos de Desintermediação 54.933 38.104 -30,6%

Evolução do Crédito a Clientes Valores médios

(variação face ao período homólog o do ano anterior)

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Relatório e Contas de 2016 59

CAPITAIS PRÓPRIOS

Os capitais próprios e equiparados totalizaram 35,4 milhões de euros, valor inferior em cerca de 2,0

milhões de euros ao final do ano anterior (37,4 milhões de euros).

O capital social do Banco, no valor de 18,6 milhões de euros, encontra-se representado por 3.727.500

ações com um valor nominal de 5 euros cada.

RESULTADOS

Os resultados alcançados pelo NB dos Açores no exercício de 2016 apresentaram-se positivos em 1.678

milhares de euros.

Milhares de euros

Rácio de Transformação Dez.15 Dez.16

CRÉDITO A CLIENTESCréd ito a Clientes (bruto ) 3 77.425 3 76.5 04

Imparidade 24.261 24.579Crédito a Clientes (líquido) 353.164 351.925

RECURSOS DE BALANÇODepósitos de Clientes 342.674 353.664

RÁCIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Depósitos de Clientes em Crédito (1) 103% 100%

(1) - Crédito a Clientes líquido de imparidade

Milhares de euros

Dez.15 Dez.16 Variação

Capital 18.638 18.638 -

Prémios de Emissão 6.681 6.681 -

Reservas de Reavaliação -3.079 -6.546 …

Outras Reservas e Resultados Transitados 11.324 15.387 35,9%

Resultado do Exercício 3.867 1.678 -56,6%

Dividendos Antecipados 0 0 -

Total 3 7.43 1 3 5 .8 3 8 -4,3 %

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Relatório e Contas de 2016 60

Para o nível de resultados obtidos contribuíram decisivamente os seguintes fatores:

- redução do resultado financeiro em cerca de 0,6 milhões de euros (-9,8%);

- redução dos proveitos de serviços a Clientes em 0,4 milhões de euros (-7,9%);

- crescimento do resultados de operações financeiras em cerca de 2,3 milhões de euros;

- reforço da imparidade para crédito no montante de 1,4 milhões de euros e das provisões para outros

riscos e encargos no montante de 1,7 milhões de euros (em 2016 registou-se uma reposição de

provisionamento para crédito de cerca de 1,0 milhão de euros).

PRODUTO BANCÁRIO

Verifica-se que o resultado financeiro (-9,8% que em 2015) perdeu algum peso na composição do

produto bancário, atingindo os 42,4% (51,7% em 2015). O peso dos proveitos por serviços prestados a

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Resultado Financeiro 6.480 5.844 -636 -9,8%

+ Serviço Clientes 5.516 5.080 -436 -7,9%

= Produto Bancário Comercial 11.996 10.924 -1.072 -8,9%

+ Resultado Operações Financeiras e Diversos 539 2.850 2.311 428,8%

= Produto Bancário 12.535 13.774 1.239 9,9%

- Custos Operativos 7.521 7.203 -318 -4,2%

= Resultado Bruto 5.014 6.571 1.557 31,1%

- Imparidade - Reposições -346 1.929 2.275 …Risco Crédito -982 1.424 2.406 …Títulos 1 0 -1 -100,0%Outras 635 505 -130 -20,5%

- Provisões para Outros Riscos e Encargos 0 1.681 1.681 ---

= Resultado antes Impostos 5.360 2.961 -2.399 -4 4 ,8%

- Impostos 1.4 93 1.283 -210 -14 ,1%

Impostos Correntes 1.476 1.180 -296 -20,1%Impostos Diferidos -163 -358 -195 119,6%Contribuição s/ Sector Bancário 180 461 281 156,1%

= Resultado Líquido 3.867 1.678 -2.189 -56,6%

Var iação Dez.16Variáveis Dez.15

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Relatório e Contas de 2016 61

Clientes regista também um decréscimo, passando de 44,0% em 2015 para 36,9% em 2016. O resultado

das operações financeiras e diversos aumentou o seu peso no produto Bancário ao evoluir para 20,7%

(2015: 4,3%).

RESULTADO FINANCEIRO E MARGEM

A evolução das taxas de mercado e a política de preços adotada pelo Banco em 2016, combinado com a

evolução registada nos recursos de Clientes e no crédito concedido, influenciou o comportamento da

margem financeira que se situou nos 0,87% (1,01% em 2015).

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO BANCÁRIO

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Relatório e Contas de 2016 62

O resultado financeiro atingiu 5.844 milhares de euros e registou uma variação negativa de 0,6 milhões

de euros em relação a 2015, influenciado pelo aumento inferior dos proveitos obtidos na concessão de

Crédito e em Outras Aplicações face ao aumento verificado nos custos pagos por Depósitos e Outros

Recursos.

CUSTOS OPERATIVOS

A evolução dos custos de funcionamento (diminuição de 4,2% em termos homólogos) foi determinada

pelo comportamento verificado nos Custos com Pessoal (-6,7%) e nas Amortizações (-12,0%). Os Gastos

Gerais Administrativos aumentaram 3,0%.

Milhares de euros

Resultado Financeiro Dez.15 Dez.16 variação

Proveitos ( Juros Activos) 13 .558 13.665 107

- de Crédito 11.431 10.307 -1.124

- de Outras Aplicações 2.127 3.358 1.231

Custos ( Juros Passivos) 7.078 7.821 74 3

- de Depósitos 4.941 3.311 -1.630

- de Outros recursos 2.137 4.510 2.373

Resultado Financeiro 6.4 80 5.84 4 -636

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Custos com Pessoal 4.045 3.774 -271 -6,7%

Gastos Gerais Administrativos 2.462 2.537 75 3,0%

Amortizações 1.014 892 -122 -12,0%

Total 7.521 7.203 -318 -4 ,2%

CUSTOS OPERATIVOS 20162015Variação

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Relatório e Contas de 2016 63

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA

A evolução registada no Produto Bancário Comercial e nos Custos Operativos determinou uma

degradação no Cost to Income comercial (sem mercados) com uma variação homologa de +3,2 p.p.. O

Cost to Income registou uma descida de 7,7 p.p. como consequência da evolução dos resultados de

operações financeiras e diversos.

A evolução verificada no total do Ativo, nos Custos Operativos e no número de colaboradores

originaram uma ligeira redução no rácio Custos Operativos/Ativo Médio e um aumento no indicador

Ativo por Empregado.

IMPARIDADE

O ano de 2016 foi marcado por um reforço de imparidade para crédito, enquanto em 2015 se tinha

registado uma reposição de cerca de 1,0 milhões de euros. A Imparidade para Crédito regista em 31 de

dezembro de 2016 um valor acumulado de 24,6 milhões de euros.

De registar no ano de 2016 a constituição de uma provisão para reestruturação no montante de 1,0

milhão de euros e outra para contingências legais no montante de 0,6 milhões de euros.

Ind icadores de Produt ividade e Efic iência Dez.15 Dez.16 Variação

Cost to Income (sem mercados) 62,7% 65,9% 3,2 p.p.

Cost to Income (com mercados) 60,0% 52,3% -7,7 p.p.

Custos Operativos / Ativo Médio 1,16% 1,05% -0,11 p.p.

Ativo por Empregado (€.000) 7.666 7.814 1,9%

Milhares de euros

Dotações para Provisões / Impar idades Dez.15 Dez.16

para Crédito a Clientes -982 1.424 2.406 ….

para Ativos financeiros detitos para venda 1 0 -1 ,,,,

para Ativos não financeiros 635 505 -130 -20,5%

para Outros Riscos e Encarg os 0 1.681 1.681 ,,,,

Tota l -3 46 3 .610 3 .95 6 ….

Variação

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Relatório e Contas de 2016 64

%

SOLVABILIDADE

Fundos Próprios/Ativos de Risco (a) 10,1 11,2

Fundos Próprios de Base/Ativos de Risco (a) 10,1 11,2

Core Tier I /Ativos de Risco (a) 10,1 11,2

QUALIDADE DO CRÉDITO

Crédito com Incumprimento (b) / Crédito Total (c) 6,5 6,5

Crédito com Incumprimento, líquido (c)/ Crédito Total, líquido (c) 0,0 0,0

Crédito em Risco(c/f) / Crédito Total (c) 11,0 10,5

Crédito em Risco, líquido (c/f)/ Crédito Total, líquido (c) 4,9 4,2

RENDIBILIDADE

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Ativo Líquido médio 0,8 0,4

Produto Bancário (d)/Ativo Líquido médio 1,9 2,0

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios médios (e) 15,5 8,2

EFICIÊNCIA

Custos de Funcionamento (d)+ Amortizações / Produto Bancário (d) 60,0 52,3

Custos com Pessoal / Produto Bancário (d) 32,3 27,4

TRANSFORMAÇÃO

(Crédito Total(c)- Provisões para Crédito(c))/ Depósitos de Clientes (f) 103,1 99,5

(a) Valores calculados com base no método BIS II padrão; os dados de dezembro de 2016 são provisórios(b) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003/DSB do Banco de Portugal( c) De acordo com a definição constante da Instrução nº22/2011 do Banco de Portugal

( d) De acordo com a definição constante da Instrução nº16/2004 do Banco de Portugal( e) Incluem Interesses que não controlam ( f) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2004 do Banco de Portugal

INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL

31-Dez-15 31-Dez-16

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Relatório e Contas de 2016 65

Evolução previsível da Sociedade

O NOVO BANCO DOS AÇORES tem como principal eixo de desenvolvimento e de diferenciação

estratégica a prestação de serviços caracterizados pela excelência e pela permanente orientação para

as necessidades de cada Cliente. Este é o vetor central da Instituição e continuará no futuro a ser o seu

objetivo e desafio no sentido de satisfazer as necessidades dos Clientes. O NOVO BANCO DOS AÇORES,

através da sua atividade, tem também o propósito de criar valor para os Acionistas e promover o bem-

estar e a realização profissional dos seus Colaboradores. É seu dever permanente contribuir ativamente

para o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Autónoma dos Açores e das

comunidades em que exerce a sua atividade. O NOVO BANCO DOS AÇORES também tem o objetivo de

desenvolvimento de uma estratégia de Sustentabilidade.

As principais linhas de ação estratégica são:

· Constante melhoria da Qualidade de Serviço;

· Garantir a manutenção de Rácios de Solvabilidade de acordo com as normas exigidas pela

Supervisão;

· Inovação nos produtos e tecnologias de forma a refletir a adaptação do Banco a novas

necessidades e hábitos dos Clientes;

· Melhoria da Eficiência da Estrutura do Banco;

· Reforço do Posicionamento Doméstico através da:

§ Captação de novos Clientes e Recursos, particulares e empresas;

§ Concessão de Crédito de bom risco;

· Sustentação da Rendibilidade futura, através de uma contínua melhoria da Margem Financeira;

· Gestão prudente dos Riscos, em matéria de Controlo de Crédito Vencido e de

Provisões/Imparidades.

Page 66: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 66

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

8

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Relatório e Contas de 2016 67

(em milhares de euro)

ATIVO

1.Caixa e disponibilidades em bancos centrais................................................................................. 4 842 0 4 842 5 299

2.Disponibilidades em outras instituições de crédito .......................................................................... 11 075 0 11 075 15 895

3.Ativos financeiros detidos para negociação.................................................................................. 3 0 3 1

4.Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados.............................................................. 0 0 0 0

5.Ativos financeiros disponíveis para venda................................................................................... 42 493 0 42 493 43 215

6.Aplicações em instituições de crédito ....................................................................................... 214 552 0 214 552 298 459

7.Crédito a clientes............................................................................................................................................................................... 376 504 24 579 351 925 353 165

8.Investimentos detidos até à maturidade...................................................................................... 0 0 0 0

9.Ativos com acordo de recompra............................................................................................... 0 0 0 0

10.Derivados de cobertura................................................................................................................................................................... 0 0 0 0

11.Ativos não correntes detidos para venda.................................................................................... 0 0 0 9 594

12.Propriedades de investimento......................................................................................................................................................... 0 0 0 0

13.Outros ativos tangíveis.................................................................................................................................................................. 10 058 4 891 5 167 5 608

14.Ativos intangíveis.......................................................................................................................................................................... 7 806 6 390 1 416 1 328

15.Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos........................................................... 0 0 0 0

16.Ativos por impostos correntes...................................................................................................................................................... 0 0 0 0

17.Ativos por impostos diferidos........................................................................................................................................................ 4 730 0 4 730 4 503

18.Outros ativos................................................................................................................................................................................. 13 662 1 261 12 401 4 634

TOTAL DO ATIVO 685 725 37 121 648 604 741 701

PASSIVO

1.Recursos de bancos centrais........................................................................................................................................................... 0 0 0 0

2.Passivos financeiros detidos para negociação................................................................................ 10 0 10 7

3.Outros passivos financeiros ao justo valor atraves de resultados............................................................ 0 0 0 0

4.Recursos de outras instituições de crédito .................................................................................. 253 958 0 253 958 356 846

5.Recursos de clientes e outros empréstimos................................................................................... 353 664 0 353 664 342 674

6.Responsabilidades representadas por títulos................................................................................. 0 0 0 0

7.Passivos financeiros associados a activos transferidos...................................................................... 0 0 0 0

8.Derivados de cobertura................................................................................................................................................. 816 0 816 628

9.Passivos não correntes detidos para venda................................................................................... 0 0 0 0

10.Provisões...................................................................................................................................................................... 934 0 934 22

11.Passivos por impostos correntes............................................................................................ 722 0 722 1 774

12.Passivos por impostos diferidos................................................................................................................................ 783 0 783 233

13.Instrumentos representativos de capital.................................................................................... 0 0 0 0

14.Outros passivos subordinados.................................................................................................................................. 0 0 0 0

15.Outros passivos......................................................................................................................................................... 1 879 0 1 879 2 086

TOTAL DO PASSIVO 612 766 0 612 766 704 270

CAPITAL PRÓPRIO

16.Capital......................................................................................................................................................................... 18 638 0 18 638 18 638

17.Prémios de emissão.................................................................................................................................................... 6 681 0 6 681 6 681

18.Outros instrumentos de capital................................................................................................................................... 0 0 0 0

19.Ações próprias........................................................................................................................................................ 0 0 0 0

20.Reservas de reavaliação............................................................................................................................................( 6 546 ) 0 ( 6 546 ) ( 3 079 )

21.Outras reservas e resultados transitados................................................................................... 15 387 0 15 387 11 327

22.Resultado do exercício ............................................................................................................................................... 1 678 0 1 678 3 864

23.Dividendos antecipados............................................................................................................................................ 0 0 0 0

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 35 838 0 35 838 37 431

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 648 604 0 648 604 741 701

N OVO B A N C O D OS A ÇOR ES

B A LA N ÇO EM 31 D E D EZ EM B R O D E 2016

B A LA N ÇO

31 de dezembro de 2016

31 de dezembro de 2015 (*)VA LOR A N T ES

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A M OR T IZ A ÇÕES

IM P A R ID A D E E A M OR T IZ A ÇÕES

VA LOR LÍ QUID O

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Relatório e Contas de 2016 68

(em milhares de euro)

13.702 14.098

7.858 7.618

5.844 6.480

249 172

5.636 6.167

563 662

452 15

1.526 9

87 196

(233) 5

315 (27)

13.313 12.355

3.774 4.045

2.537 2.462

892 1.014

1.681 0

1.424 (982)

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505 635

2.500 5.180

822 1.316

1.180 1.894

(358) (578)

1.678 3.864

(58) 5

19. Diferidos..................................................................................................................................................

R esultado apó s impo sto s

Do qual: Resultado líquido após impostos

R esultado antes de impo sto s

Impostos

18. Correntes................................................................................................................................................

de operações descontinuadas.............................................................................................

31 de dezembro de 2016

D EM ON ST R A ÇÃ O D E R ESULT A D OS31 de dezembro

de 2015

NOVO B ANCO DOS AÇORES

DEMONST RAÇÃO DE RESULT ADOS AT É 31 DE DEZEMB RO DE 2016

15. Imparidade do crédito líquida de reversões e de repuperações

16. Imparidade de outros activos financeiros líquida

de reversões e recuperações.............................................................................................

17. Imparidade de outros activos líquida de

reversões e recuperações................................................................................................

12. Gastos gerais administrativos..............................................................................................

13. Amortizações do exercício ..................................................................................................

14. Provisões líquidas de reposições e anulações........................................................................

8. Resultados de reavaliação cambial..........................................................................................

9. Resultados de alienação de outros activos..................................................................................

10. Outros resultados de exploração............................................................................................

P ro duto bancário

11. Custos com pessoal.........................................................................................................

5. Encargos com serviços e comissões..........................................................................................

6. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo

valor através de resultados..............................................................................................

7. Resultados de activos financeiros

disponíveis para venda...................................................................................................

1. Juros e rendimentos similares..............................................................................................

2. Juros e encargos similares.................................................................................................

M argem F inanceira

3. Rendimentos de instrumentos de capital.....................................................................................

4. Rendimentos de serviços e comissões........................................................................................

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Relatório e Contas de 2016 69

NOTAS FINAIS

Declaração de conformidade sobre a informação financeira apresentada

Os membros do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA, declaram que:

- as demonstrações financeiras do Novo Banco dos Açores, SA, relativas aos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2015 e em 31 de Dezembro de 2016 foram preparadas de acordo com as Normas

de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definido pelo Banco de Portugal no Aviso 1/2005 de 21

de Fevereiro de 2005);

- tanto quanto é do seu conhecimento as demonstrações financeiras referidas na alínea anterior

dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos

resultados do NB dos Açores, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação

na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 16 de março de 2017;

- o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição

financeira do NB dos Açores no exercício de 2016 e contém uma descrição sobre a evolução

previsível da sociedade.

Ponta Delgada, 16 de março de 2017

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA

Jaime José Matos da Gama Gualter José Andrade Furtado Luís Miguel Alves Ribeiro Mário Jorge Tapada Gouveia António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Gustavo Manuel Frazão de Medeiros José Francisco Gonçalves Silva Zita Maria de Medeiros Correia Magalhães Sousa

9

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Relatório e Contas de 2016 70

Proposta de Aplicação de Resultados

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos da alínea b) do Artº 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o

Artº 28º dos Estatutos, propõe-se para aprovação na Assembleia-geral, a seguinte aplicação dos

resultados do exercício de 2016:

Euros

para reserva legal 167.805,19

para outras reservas 1.510.246,69

Resultado líquido 1.678.051,88

Page 71: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 71

Agradecimento

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores manifesta o seu agradecimento pela

confiança dos seus Clientes e Acionistas, pela lealdade e dedicação dos seus Colaboradores e pela

cooperação das Autoridades Governamentais e de Supervisão.

Ponta Delgada, 16 de março de 2017

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores

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Relatório e Contas de 2016 72

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS

10

Page 73: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 73

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015 a)

Juros e proveitos similares 5 13 702 14 098

Juros e custos similares 5 7 858 7 618

Margem financeira 5 844 6 480

Rendimentos de instrumentos de capital 19 249 172

Rendimentos de serviços e comissões 6 5 636 6 167

Encargos com serviços e comissões 6 ( 563) ( 662)

Resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados 7 452 15

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 8 1 526 9

Resultados de reavaliação cambial 9 87 196

Resultados da alienação de outros ativos 10 ( 233) 5

Outros resultados de exploração 11 315 ( 27)

Proveitos operacionais 13 313 12 355

Custos com pessoal 12 3 774 4 045

Gastos gerais administrativos 14 2 537 2 462

Depreciações e amortizações 24 e 25 892 1 014

Provisões líquidas de anulações 29 1 681 - Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 21 1 424 ( 982)Imparidade de outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperações 19 - 1

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 23 e 26 505 635

Custos operacionais 10 813 7 175

Resultado antes de impostos 2 500 5 180

Impostos

Correntes 30 1 180 1 894

Diferidos 30 ( 358) ( 578)

Resultado após impostos e antes de interesses minoritários 1 678 3 864

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas ( 58) 5

Resultado líquido do período 1 678 3 864

Resultados por ação básicos (em euros) 15 0,45 1,0414Resultados por ação diluídos (em euros) 15 0,45 1,04

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

Notas

a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado da revogação do Aviso n.º 3/95 do Bancode Portugal (ver Nota 2)

Page 74: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 74

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015 a)

Resultado líquido do exercício 1 678 3 864

Outro rendimento integral do exercício

Itens que não serão reclassificados para resultados

Benefícios de longo prazo ( 2 358) ( 584)

Imposto sobre benefícios de longo prazo ( 82) ( 71)

( 2 440) ( 655)

Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados

Alterações de justo valor, líquidas de imposto ( 1 027) 61( 1 027) 61

Total do rendimento integral do exercício ( 1 789) 3 270

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRALDOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado darevogação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal (ver Nota 2)

Page 75: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 75

(milhares de euros)

Notas 31.12.2016 31.12.2015 a) 01.01.2015

AtivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 16 4 842 5 299 4 717 Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 11 075 15 895 17 848 Ativos financeiros detidos para negociação 18 3 1 - Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados - - 3 Ativos financeiros disponíveis para venda 19 42 493 43 215 12 718 Aplicações em instituições de crédito 20 214 552 298 459 8 243 Crédito a clientes 21 351 925 353 165 364 122 Ativos não correntes detidos para venda 23 - 9 594 11 713 Outros ativos tangíveis 24 5 167 5 608 5 757 Ativos intangíveis 25 1 416 1 328 1 357 Ativos por impostos correntes 30 - - 82 Ativos por impostos diferidos 30 4 730 4 503 4 051 Outros ativos 26 12 401 4 634 4 302

Total de Ativo 648 604 741 701 434 913

PassivoPassivos financeiros detidos para negociação 18 10 7 - Recursos de outras instituições de crédito 27 253 958 356 846 99 272 Recursos de clientes 28 353 664 342 674 298 227 Derivados para gestão de risco 22 816 628 651 Provisões 29 934 22 22 Passivos por impostos correntes 30 722 1 774 35 Passivos por impostos diferidos 30 783 233 176 Outros passivos 31 1 879 2 086 2 388

Total de Passivo 612 766 704 270 400 771

Capital PróprioCapital 32 18 638 18 638 18 638 Prémios de emissão 32 6 681 6 681 6 681 Reservas, resultados transitados e outro rendimento integral 33 8 841 8 248 8 823 Resultado líquido do exercício 1 678 3 864 -

Total de Capital Próprio 35 838 37 431 34 142

Total de Passivo e Capital Próprio 648 604 741 701 434 913

a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado da revogação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal (ver Nota 2)

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

Page 76: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

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Relatório e Contas de 2016 77

(milhares de euros)

Notas 31.12.2016 31.12.2015

Fluxos de caixa de atividades operacionaisJuros e proveitos recebidos 14 053 13 045 Juros e custos pagos ( 8 750) ( 6 036)Serviços e comissões recebidas 5 636 6 167 Serviços e comissões pagas ( 563) ( 662)Recuperações de créditos 623 386 Contribuições para o fundo de pensões ( 273) ( 599)Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores ( 2 347) ( 5 859)

8 379 6 442 Variação nos ativos e passivos operacionais:

Venda de ativos financeiros ao justo valor através de resultados 453 24 Aplicações em instituições de crédito 83 698 ( 289 948)Recursos de instituições de crédito ( 102 559) 255 672 Crédito a clientes 1 885 9 845 Recursos de clientes e outros empréstimos 11 329 44 741 Derivados para gestão de risco 49 125 Outros ativos e passivos operacionais ( 6 911) 1 359

Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos sobre os lucros ( 3 677) 28 260 Impostos sobre os lucros pagos ( 2 449) ( 162)

( 6 126) 28 098

Fluxos de caixa das atividades de investimentoDividendos recebidos 249 172 Compra de ativos financeiros disponíveis para venda ( 405) ( 34 460)Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 1 537 4 998 Compra de ativos tangíveis ( 53) ( 249)Compra de ativos intangíveis ( 619) ( 586)

709 ( 30 125)Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento - - Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 5 417) ( 2 027)

Caixa e equivalentes no início do exercício 17 945 19 777

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 21 195 Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 5 417) ( 2 027)

Caixa e equivalentes no fim do exercício 12 549 17 945

Caixa e equivalentes engloba:Caixa 16 4 842 5 299 Disponibilidades em Bancos Centrais (Das quais, Disponibilidades de natureza obrigatória) (a) 17 ( 3 368) ( 3 249)Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 11 075 15 895

12 549 17 945

(a) o NBA constitui as suas reservas mínimas indiretamente através do Novo Banco, S.A. (ver Nota 17)

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

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Relatório e Contas de 2016 78

NOVO BANCO AÇORES, S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

(Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado)

NOTA 1 – ATIVIDADE

O Novo Banco Açores, S.A. (Banco ou NBA) é uma instituição financeira com sede em Ponta Delgada,

Portugal. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, Banco

Central e demais agentes reguladores para operar em Portugal.

O Banco iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2002, resultado de uma aliança estratégica entre o

Grupo Banco Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada para a constituição de

um Banco vocacionado para a satisfação das necessidades financeiras da Região Autónoma dos

Açores, através de uma forte ligação às Misericórdias Açorianas e às comunidades de emigrantes

açorianos.

A 3 de agosto de 2014, e na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao

Banco Espírito Santo, seu acionista maioritário, o BES dos Açores foi incluído no perímetro de

consolidação do Grupo NOVO BANCO. Em outubro de 2014, por deliberação da Assembleia Geral e após

autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo

Banco dos Açores, acompanhando a marca definida para o acionista maioritário.

O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais

aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito, em títulos e em outros

ativos, prestando ainda outros serviços bancários. Para tal, o Banco conta com uma rede de 15

agências (31 de dezembro de 2015: 17 agências), um centro de empresas e um centro private.

O Banco faz parte do Grupo NOVO BANCO, pelo que as suas demonstrações financeiras são

consolidadas pelo NOVO BANCO, S.A., com sede na Avenida da Liberdade nº 195, em Lisboa.

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Relatório e Contas de 2016 79

NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19

de julho de 2002, e do Aviso n.º 5/2015 de 7 de dezembro, do Banco de Portugal, as demonstrações

financeiras do Novo Banco dos Açores, S.A. (Banco ou NBA) são preparadas de acordo com as Normas

Internacionais do Relato Financeiro (IFRS), tal como definidas e adotadas pela União Europeia e em

vigor à data de 31 de dezembro de 2016.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board

(IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee

(IFRIC), e pelos respetivos órgãos antecessores.

As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras

referentes a 31 de dezembro de 2016 são consistentes com as utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de dezembro de 2015, exceto no que respeita a:

· Revogação das NCA – Impacto na adoção do Aviso nº5/2015 do Banco de Portugal

Em conformidade com o artigo nº2 do Aviso nº5/2015 do Banco de Portugal, a partir de 1 de janeiro de

2016 as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, devem elaborar as demonstrações

financeiras em base individual de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal

como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia e respeitando a estrutura

conceptual para a preparação e apresentação de demonstrações financeiras que enquadra aquelas

normas, a exemplo do que já era anteriormente requerido para as demonstrações financeiras em base

consolidada.

A alteração resultante da revogação das Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) e a preparação, a

partir de 1 de janeiro de 2016, das demonstrações financeiras em base individual de acordo com as

Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), em conformidade com o previsto no IFRS 1, em 31 de

dezembro de 2015, teve impacto nomeadamente ao nível das provisões para riscos gerais de crédito

que em NCA se encontravam contabilizadas no passivo na rubrica de Provisões (ver Nota 29) e que foi,

em conformidade com as NIC, reclassificada para a rubrica de Imparidade de crédito (ver Nota 21).

Importa salientar que em 31 de dezembro de 2015, os montantes de imparidade sobre a carteira de

crédito do Banco, apurados em conformidade com o exigido pela IAS 39, eram superiores ao montante

de provisões apuradas tendo por base o previsto no Aviso nº3/95 do Banco de Portugal. Desta forma, e

em conformidade com o definido no Aviso nº1/2005, o Banco reconhecia imparidade nas suas

demonstrações financeiras individuais, uma vez que o montante global das provisões específicas e

genéricas não pode ser inferior ao valor das imparidades estimadas com base no valor recuperável da

carteira de crédito, de acordo com a IAS 39.

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Relatório e Contas de 2016 80

De acordo com o IAS 8, e para efeitos de comparabilidade, procedeu-se ao apuramento e

reclassificação dos valores registados como provisões de risco geral de crédito para a rubrica de

imparidade, nas respetivas linhas de balanço e demonstração dos resultados, conforme abaixo

apresentado. As referidas reclassificações não originaram qualquer impacto ao nível do Capital Próprio

em 1 de janeiro de 2015. Também ao nível da Demonstração dos fluxos de caixa não houve quaisquer

impactos.

No entanto, em resultado da publicação do Decreto Regulamentar n.º 5/2016, de 18 de novembro, o qual

veio estabelecer o regime fiscal das imparidades para 2016 (incluindo uma norma para efeitos da

transição), foram apurados impactos fiscais com efeitos a 1 de janeiro de 2016 que devem ser

igualmente considerados, para efeitos comparativos, a 1 de janeiro de 2015. Os referidos impactos

fiscais devem-se essencialmente à interpretação dada pelo Banco, ao Decreto Regulamentar n.º 5/2016,

de acordo com a qual, em resultado da alteração contabilística, o tratamento fiscal das imparidades do

crédito deverá basear-se numa análise individual (entenda-se, crédito a crédito) e não numa análise

global, a qual vigorou até 31 de dezembro de 2015.

De referir que, no balanço de abertura de 1 de janeiro de 2015, não foram feitos os ajustamentos que

resultam da aplicação do Decreto Regulamentar acima referido. O NBA, atendendo à materialidade dos

valores, optou por reexpressar apenas a 1 de janeiro de 2016, tendo a totalidade do impacto, a essa

data, sido registado como resultado no exercício de 2015.

milhares de euros

Balanço NotasSaldo em 01.01.2015

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Alterações da Introdução plena das

IFRS

Saldo em 01.01.2015 NIC

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Crédito a clientes 21 366 705 ( 2 583) 364 122

PassivoProvisões 29 2 605 ( 2 583) 22

milhares de euros

Balanço NotasSaldo em 31.12.2015

NCA

Alterações da Introdução plena das

IFRS

Saldo em 31.12.2015 NIC

Ativo

Crédito a clientes 21 355 475 ( 2 310) 353 165

Impostos diferidos 30 4 088 415 4 503

PassivoProvisões 29 2 332 ( 2 310) 22

Impostos correntes 30 1 356 418 1 774

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Relatório e Contas de 2016 81

milhares de euros

Demonstração dos resultados NotasSaldo em 31.12.2015

NCA

Alterações da Introdução plena das

IFRS

Saldo em 31.12.2015 NIC

Provisões líquidas de anulações 29 ( 273) 273 -

Imparidade do crédito liquida de reversões 21 ( 709) ( 273) ( 982)

Impostos correntes 30 1 476 418 1 894

Impostos diferidos 30 ( 163) ( 415) ( 578)

Tal como descrito na Nota 38, o Banco adotou na preparação das demonstrações financeiras

referentes a 31 de dezembro de 2016, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações

do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2016. As políticas contabilísticas utilizadas pelo

Banco na preparação das demonstrações financeiras descritas nesta nota, foram adotadas em

conformidade. A adoção destas novas normas e interpretações em 2016 não teve um efeito material

nas contas do Banco.

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em

vigor e que o Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem

também ser analisadas na nota 38.

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais

próximo. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e

passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, ativos e

passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e

ativos e passivos cobertos na sua componente que está a ser objeto de cobertura.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que o Banco efetue

julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e

os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças

destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que

envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e

estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na

Nota 3.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 16 de

março de 2017, e estão pendentes de aprovação da Assembleia Geral de Acionistas.

2.2. Operações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de

câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são

reconhecidas em resultados.

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Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira,

são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em

moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que

o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados,

exceto no que diz respeito às diferenças relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros

disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.3. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Classificação

O Banco classifica como derivados para gestão do risco os (i) derivados de cobertura e (ii) os derivados

contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos ativos e passivos designados

ao justo valor através de resultados mas que não foram classificados como de cobertura.

Todos os restantes derivados são classificados como derivados de negociação.

Reconhecimento e mensuração

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo

seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado

numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente

em resultados do exercício, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das

variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo

de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando

disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de

fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

• Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados

contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes

condições:

(i) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente

documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da

efetividade da cobertura;

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Relatório e Contas de 2016 83

(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva à data de início da

transação e ao longo da vida da operação;

(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao

longo da vida da operação;

(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem

a ocorrer.

· Cobertura de justo valor (fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor de

balanço desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado

por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor

dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo

valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o

instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de

cobertura é descontinuada prospetivamente. Caso o ativo ou passivo coberto corresponda a um

instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade

pelo método da taxa efetiva.

· Cobertura de fluxos de caixa (cash flow hedge)

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada

probabilidade (cash flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura

são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos exercícios em que o respetivo

item coberto afeta resultados. A parte inefetiva da cobertura é registada em resultados.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os

critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado

acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar

resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os montantes ainda registados em

capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é

transferido para a carteira de negociação.

Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de

cobertura classificadas como coberturas de fluxos de caixa.

Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente

quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento

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Relatório e Contas de 2016 84

principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados.

Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

2.4. Crédito a clientes

A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda

no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos

aos respetivos fluxos de caixa expiram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não

substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos foi

transferido.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e

é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva,

sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

O Banco, de acordo com a sua estratégia documentada de gestão do risco, contrata operações de

derivados (derivados para gestão do risco) com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos

riscos de determinados créditos a clientes, sem contudo apelar à contabilidade de cobertura tal como

descrita na Nota 2.3. Nestas situações, o reconhecimento inicial de tais créditos é concretizado através

da designação dos créditos ao justo valor através de resultados. Desta forma, é assegurada a

consistência na valorização dos créditos e dos derivados (accounting mismatch). Esta prática está de

acordo com a política contabilística de classificação, reconhecimento e mensuração de ativos

financeiros ao justo valor através de resultados descrita na Nota 2.5.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As

perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo

subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda

estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de

créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável

dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com

razoabilidade.

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Relatório e Contas de 2016 85

Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objetiva de

imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual,

o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera

de entre outros os seguintes fatores:

· a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

· a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios

capazes de responder ao serviço da dívida no futuro;

· a existência de credores privilegiados;

· a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

· o endividamento do cliente com o setor financeiro;

· o montante e os prazos de recuperação estimados.

Se para determinado crédito não existe evidência objetiva de imparidade numa ótica individual, esse

crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira

de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade numa base coletiva. Os créditos

que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são

incluídos na avaliação coletiva.

Caso seja identificada uma perda por imparidade numa base individual, o montante da perda a

reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva

original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um

crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva

perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflete os

fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos

inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base em

características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco.

Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada coletivamente, são

estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A

metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos

regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as

perdas reais.

Até 31 de dezembro de 2015 e de acordo com as NCA, o valor dos créditos devia ser objeto de correção,

de acordo com critérios de rigor e prudência para que refletisse a todo o tempo o seu valor realizável.

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Relatório e Contas de 2016 86

Esta correção de valor (imparidade) não podia ser inferior ao que fosse determinado de acordo com o

Aviso n.º 3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelecia o quadro mínimo de referência para a

constituição de provisões específicas e genéricas. Em 7 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal

emitiu o Aviso nº 5/2015 com aplicação a partir de 01 de janeiro de 2016 que estabelece a adoção dos

critérios definidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), revogando o Aviso n.º 3/95.

A política de Write-off de créditos seguida pelo Banco rege-se pelos princípios definidos pelo Banco de

Portugal na sua comunicação de 2009/01/28 (Referência: 15/09/DSBDR). Assim, o abate de créditos só

ocorre após (i) ter sido exigido o vencimento da totalidade do crédito; (ii) terem sido desenvolvidos os

esforços de cobrança considerados adequados; e (iii) as expectativas de recuperação de crédito sejam

muito reduzidas, conduzindo a um cenário extremo de imparidade total.

Cumpridos estes pressupostos, existem regras implementadas para a seleção dos créditos que poderão

ser alvo de abate ao ativo que são:

- Os créditos não podem ter garantia real associada;

- Os créditos têm de estar totalmente fechados (registados em crédito vencido na sua totalidade, sem

dívida vincenda);

- Os créditos não podem ter a marca de créditos renegociados vencidos, ou estarem envolvidos no

âmbito de um acordo de pagamento ativo;

- A provisão constituída para imparidade tem de ser no mínimo 95%, excetuando os créditos

hipotecários quando a recuperação é efetuada por via da adjudicação do imóvel, em que o valor

remanescente do crédito é, também, abatido ao ativo.

2.5. Outros ativos financeiros

Classificação

O Banco classifica os outros ativos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção

que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

· Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados

Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o

objetivo principal de serem transacionados no curto prazo ou que são detidos como parte

integrante de uma carteira de ativos, normalmente de títulos em relação à qual existe evidência de

atividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo, e (ii) os ativos financeiros

designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas

em resultados.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos ativos financeiros como ao justo valor através

de resultados quando:

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Relatório e Contas de 2016 87

· tais ativos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no

seu justo valor;

· são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura

económica desses ativos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos

ativos e dos derivados (accounting mismatch); ou

· tais ativos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados adquiridos pelo Banco que correspondem a instrumentos financeiros

contendo um ou mais derivados embutidos, por se enquadrarem sempre numa das três situações

acima descritas, seguem o método de valorização dos ativos financeiros ao justo valor através de

resultados.

· Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à

maturidade e que não foram designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao

justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.

· Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco

tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda

no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias anteriormente

referidas.

Reconhecimento e mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos

detidos até à maturidade e (iii) ativos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos na data da

negociação (trade date), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o ativo.

Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de

transação, exceto nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que

estes custos de transação são diretamente reconhecidos em resultados.

Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento

dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios

associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os

riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.

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Relatório e Contas de 2016 88

Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são

valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Os ativos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as

respetivas variações reconhecidas em reservas, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja

identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas

potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a

estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros títulos de capital, e em

resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, e os

dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método

da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência

de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização

de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de

fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a refletir as

particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em

informações de mercado.

Transferências entre categorias

O Banco apenas procede à transferência de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados

ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de ativos financeiros disponíveis para venda

para a categoria de ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a

capacidade de manter estes ativos financeiros até à sua maturidade.

Estas transferências são efetuadas com base no justo valor dos ativos transferidos, determinado na

data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respetivo valor nominal é reconhecida em

resultados até à maturidade do ativo, com base no método da taxa efetiva. A reserva de justo valor

existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa

efetiva.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros não podem ser reclassificados para ativos

financeiros ao justo valor através de resultados.

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Relatório e Contas de 2016 89

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou grupo de

ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade.

Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial, tais como: (i) para as ações e outros instrumentos de capital, uma

desvalorização continuada ou significativa no seu valor de mercado face ao custo de aquisição, e (ii)

para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos

de caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com

razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem

à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados

(considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro

e são registadas por contrapartida de resultados do exercício. Estes ativos são apresentados no

balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a

taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda por imparidade é a taxa de juro

efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos

detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e

essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o

reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial

acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual,

deduzida de qualquer perda por imparidade no ativo anteriormente reconhecida em resultados, é

transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui,

a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do

exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objetivamente relacionado com um

evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, exceto no que se refere a ações ou

outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.

2.6. Ativos cedidos com acordo de recompra, empréstimos de títulos e vendas a descoberto

Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço

de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O

correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a

clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como

juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

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Relatório e Contas de 2016 90

Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que

iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no

balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou

clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como

juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo

classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os

títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

As vendas a descoberto representam títulos vendidos que não constam do ativo do Banco. São

registadas como um passivo financeiro de negociação pelo justo valor dos ativos que deverão ser

devolvidos no âmbito do acordo de revenda. Os ganhos e perdas resultantes da variação do respetivo

justo valor são diretamente reconhecidas em resultados.

2.7. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua

liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a

obrigação subjacente expira ou é cancelada.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes,

empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a

descoberto.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de

transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa

efetiva, com a exceção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor

através de resultados, as quais são registadas ao justo valor.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor

através de resultados quando:

· são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica

desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos

derivados (accounting mismatch); ou

· tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados emitidos pelo Banco, por se enquadrarem sempre numa das situações acima

descritas, seguem o método de valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de

resultados.

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Relatório e Contas de 2016 91

O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o

Banco estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados

em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito.

Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço

do passivo e o valor de compra é registada em resultados.

2.8. Garantias financeiras

São considerados como garantias financeiras os contratos que requerem que o seu emitente efetue

pagamentos com vista a compensar o detentor por perdas incorridas decorrentes de incumprimentos

dos termos contratuais de instrumentos de dívida, nomeadamente o pagamento do respetivo capital

e/ou juros.

As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor.

Subsequentemente estas garantias são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido

inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação decorrente do contrato de garantia, mensurada à

data do balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a garantias financeiras emitidas é

reconhecida em resultados.

As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente têm maturidade definida e uma comissão

periódica cobrada antecipadamente, a qual varia em função do risco de contraparte, montante e

período do contrato. Nessa base, o justo valor das garantias na data do seu reconhecimento inicial é

aproximadamente equivalente ao valor da comissão inicial recebida tendo em consideração que as

condições acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data da contratação iguala o

montante da comissão inicial recebida a qual é reconhecida em resultados durante o período a que diz

respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em resultados no período a que dizem respeito.

2.9. Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma entidade

após a dedução de todos os seus passivos.

Custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida

do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e

vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transação.

As distribuições efetuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como

dividendos quando declaradas.

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Relatório e Contas de 2016 92

2.10. Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a

possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu

valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal executável não

pode ser contingente de eventos futuros, e deve ser executável no decurso normal da atividade do NBA,

assim como em caso de default, falência ou insolvência do Banco ou da contraparte.

2.11. Ativos recebidos por recuperação de crédito e ativos não correntes detidos para venda

No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito o Banco incorre no risco de não

conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, o

Banco procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do

crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos, salvo autorização concedida pelo Banco de Portugal,

de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à prossecução

do seu objeto social (nº1 do artigo 112º do RGICSF) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso

de crédito próprio, devendo as situações dai resultantes serem regularizadas no prazo de 2 anos o qual,

havendo motivo fundado, poderá ser prorrogado pelo Banco de Portugal, nas condições que este

determinar (art.114º do RGICSF).

Embora o Banco tem como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação, durante

o exercício de 2016 o Banco alterou a classificação destes imóveis de Ativos não correntes detidos para

venda para Outros ativos, devido ao tempo de permanência dos mesmos em carteira ser superior a um

ano e ao consequente incumprimento das condições previstas na IFRS 5 para permanecer nesta

categoria. Contudo, o método de contabilização não se alterou, sendo registados no seu

reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e

o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são

mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de

venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são

registadas em resultados.

As avaliações destes imóveis são efetuadas de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas

de acordo com a situação específica do bem:

a) Método de Mercado

O Critério da Comparação de Mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes

e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtido através de prospeção de mercado realizada na zona.

b) Método do Rendimento

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Relatório e Contas de 2016 93

Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida,

atualizado para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados.

c) Método do Custo

O Método de Custo é um critério que decompõe o valor da propriedade nas suas componentes

fundamentais: valor do solo urbano e o valor da urbanidade; valor da construção; e valor de custos

indiretos.

As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de

serviços. Os relatórios de avaliação são analisados internamente com aferição da adequação dos

processos, comparando os valores de venda com os valores reavaliados dos imóveis.

Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só

transação e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são

classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente

através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua

venda), os ativos ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for

altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para

venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo para

alienação) é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos

para alienação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor

deduzido dos custos de venda, sendo as perdas não realizadas assim apuradas registadas em

resultados do exercício.

2.12. Outros ativos tangíveis

Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respetivas

amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são diretamente

atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros ativos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que

deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e

reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros ativos tangíveis são calculadas segundo

o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada

dos bens:

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Relatório e Contas de 2016 94

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor

recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor

líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na

demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu

valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que se

esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.13. Ativos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados,

assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes

custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos a qual se situa

normalmente entre 3 a 6 anos.

Os custos diretamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais

seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício,

são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os

empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem diretamente

afetos aos projetos em causa.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos

quando incorridos.

2.14. Locações

O Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em

função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 –

Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 35 a 50Beneficiações em edifícios arrendados 10Equipamento informático 4 a 5Mobiliário e material 4 a 10Instalações interiores 5 a 12Equipamento de segurança 4 a 10Máquinas e ferramentas 4 a 10Material de transporte 4Outro equipamento 5

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Relatório e Contas de 2016 95

inerentes à propriedade de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário. Todas as

restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efetuados pelo Banco à luz dos contratos de locação operacional são registados em

custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

· Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo, pelo

custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação

vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii)

pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são

reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro

periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

· Como locador

Os contratos de locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor

equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados, juntamente com qualquer valor

residual não garantido estimado.

Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registadas como proveitos enquanto as

amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor do crédito concedido a

clientes. O reconhecimento dos juros reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o

investimento líquido remanescente do locador.

2.15. Benefícios aos empregados

Pensões

Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e subsequentes alterações decorrentes

dos 3 acordos tripartidos conforme descritos na Nota 13, o Banco constituiu um fundo de pensões e

outros mecanismos tendo em vista assegurar a cobertura das responsabilidades assumidas para com

pensões de reforma por velhice, invalidez, sobrevivência e ainda por cuidados médicos.

A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões gerido pela GNB –

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

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Relatório e Contas de 2016 96

Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que

definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a

reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade, anos de serviço e

retribuição.

As responsabilidades do Banco com pensões de reforma são calculadas semestralmente, em 31 de

dezembro e 30 de junho de cada ano, individualmente para cada plano, com base no Método da

Unidade de Crédito Projetada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas

taxas de mercado associadas a emissões de obrigações de empresas de alta qualidade, denominadas

na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das

obrigações do plano.

O juro líquido com o plano de pensões é calculado pelo Banco multiplicando o ativo/responsabilidade

líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do justo valor dos ativos do fundo) pela

taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das responsabilidades com pensões de

reforma atrás referida. Nessa base, o juro líquido foi apurado através do custo dos juros associado às

responsabilidades com pensões de reforma líquidas do rendimento esperado dos ativos do fundo,

ambos mensurados com base na taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades.

Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais, resultantes das

diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos e

perdas de experiência) e das alterações de pressupostos atuariais e (ii) os ganhos e perdas decorrentes

da diferença entre o rendimento teórico dos ativos do fundo e os valores obtidos, são reconhecidos por

contrapartida de capital próprio na rubrica de outro rendimento integral.

O Banco reconhece na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do

serviço corrente, (ii) o juro líquido com o plano de pensões, (iii) o efeito das reformas antecipadas, (iv) os

custos com serviços passados e (v) os efeitos de qualquer liquidação ou corte ocorridos no período. O

juro líquido com o plano de pensões é reconhecido como juros e proveitos similares ou juros e custos

similares consoante a sua natureza. Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao

aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atingir os 65 anos

de idade. Sempre que for invocada a possibilidade de reformas antecipadas prevista no regulamento do

fundo de pensões, as responsabilidades do mesmo têm que ser incrementadas pelo valor do cálculo

atuarial das responsabilidades correspondentes ao período que ainda falta ao colaborador para

perfazer os 65 anos.

O Banco efetua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis

mínimos fixados pelo Banco de Portugal como segue: (i) financiamento integral no final de cada

exercício das responsabilidades atuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível

mínimo de 95% do valor atuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no ativo.

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Relatório e Contas de 2016 97

O Banco avalia a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com

pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias.

Benefícios de saúde

Aos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica através de um Serviço de

Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade

autónoma e é gerido pelo Sindicato respetivo.

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio

de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e

intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.

Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a

6,50% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio

de férias e o subsídio de Natal.

Com o novo ACT, as contribuições para o SAMS, a cargo do Banco, a partir de 01 de fevereiro de 2017

passarão a corresponder a um montante fixo (conforme Anexo VI do novo ACT) por cada colaborador,

14 vezes num ano.

O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na

idade da reforma são efetuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões. Estes

benefícios estão cobertos pelo Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades com

pensões e benefícios de saúde.

Prémios de antiguidade e Prémio de carreira

No âmbito do anterior Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário, que vigorou até julho de 2016, o

NBA assumiu o compromisso de pagar aos seus trabalhadores, quando estes completassem 15, 25 e 30

anos ao serviço do Banco, prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes,

respetivamente, o salário mensal recebido à data de pagamento destes prémios.

À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tinha direito a um

prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até

reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Os prémios de antiguidade eram contabilizados pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outros

benefícios de longo prazo a empregados.

O valor das responsabilidades do Banco com estes prémios de antiguidade era estimado

semestralmente com base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais

utilizados baseavam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa

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Relatório e Contas de 2016 98

de desconto utilizada neste cálculo era determinada com base na mesma metodologia descrita nas

pensões de reforma.

Em cada período, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e

perdas atuariais e custos de serviços passados, era reconhecido em resultados.

Decorrente da assinatura do novo ACT em 5 de julho de 2016 o prémio de antiguidade terminou, tendo

o Banco procedido ao pagamento, aos seus colaboradores, dos proporcionais respeitantes ao prémio

que seria devido à data de entrada em vigor do novo ACT.

Em substituição do prémio de antiguidade o novo ACT prevê o pagamento por parte do Banco de um

prémio de carreira, devido no momento imediatamente anterior ao da reforma do colaborador caso o

mesmo se reforme ao serviço do Banco, correspondente a 1,5 do seu salário no momento do

pagamento.

O prémio de carreira é contabilizado pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outro benefício de longo

prazo a empregados. Os efeitos das remensurações e custos de serviços passados deste benefício são

reconhecidos em resultados do exercício, à semelhança do modelo de contabilização dos prémios de

antiguidade.

O valor das responsabilidades do Banco com este prémio de carreira é estimado periodicamente com

base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais utilizados baseiam-se em

expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa de desconto utilizada neste

cálculo é determinada com base na mesma metodologia descrita nas pensões de reforma.

Remunerações variáveis aos empregados

De acordo com o IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (participação nos

lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e, eventualmente, aos membros executivos dos

órgãos de administração, são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

2.16. Impostos sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos

sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com itens que são

reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida

dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de

ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento

em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

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Relatório e Contas de 2016 99

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável

apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou

substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre

as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal,

utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se

espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das

diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não afetem quer o lucro

contabilístico quer o fiscal, que não resultem de uma concentração de atividades empresariais, e de

diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se

revertam no futuro e o Banco não controla a tempestividade da reversão das diferenças temporais. Os

impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam

lucros tributáveis no futuro, capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos

diferidos passivos são sempre contabilizados, independentemente da performance do NBA.

2.17. Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii)

seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa

fiável do valor dessa obrigação.

Nos casos em que o efeito do desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos

pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.

São reconhecidas provisões para reestruturação quando o Banco tenha aprovado um plano de

reestruturação formal e detalhado e tal reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente.

Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um contrato

formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer de forma a

cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no valor atual do menor

de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados resultantes da sua

continuação.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos

contingentes são sempre objeto de divulgação, exceto nos casos em que a possibilidade da sua

concretização seja remota.

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Relatório e Contas de 2016 100

2.18. Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de

ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares

ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efetiva. Os juros dos ativos e dos passivos

financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos

similares ou juros e custos similares, respetivamente.

A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros

estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais

curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A taxa de juro efetiva é

estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e não é revista

subsequentemente, exceto no que se refere a ativos e passivos financeiros a taxa variável a qual é

reestimada periodicamente tendo em consideração os impactos nos cash flows futuros estimados

decorrentes da variação na taxa de juro de referência.

Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os

termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não

considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam

parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos

diretamente relacionados com a transação.

Os juros de crédito a clientes inclui o juro de crédito a clientes para os quais foi reconhecida

imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles classificados como

derivados para gestão de risco (ver Nota 2.3), a componente de juro inerente à variação de justo valor

não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos ao justo valor através de

resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros

derivados para gestão do risco é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e

custos similares.

2.19. Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

· Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, como por

exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o ato

significativo tiver sido concluído;

· Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são

reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

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Relatório e Contas de 2016 101

· Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de

um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.

2.20. Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o

seu pagamento é estabelecido.

2.21. Reporte por segmentos

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

2.22. Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos acionistas do

Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação, excluindo o número médio de

ações próprias detidas pelo Banco.

Para o cálculo dos resultados por ação diluídos, o número médio ponderado de ações ordinárias em

circulação é ajustado de forma a refletir o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras,

como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre ações próprias concedidas aos

trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por ação, resultante do

pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são

exercidas.

2.23. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de

aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras

instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de

Bancos Centrais.

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Relatório e Contas de 2016 102

NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Considerando que o atual quadro contabilístico exige que sejam realizados julgamentos e calculadas

estimativas que incorporam algum grau de subjetividade, o uso de parâmetros diferentes ou

julgamentos com base em evidências diferentes podem resultar em estimativas diferentes. As

principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios

contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta Nota com o objetivo de melhorar o entendimento de

como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação.

3.1. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê

existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos ativos. Esta determinação requer julgamento, no

qual o Banco recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a

volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Para o efeito e em consequência da forte

volatilidade dos mercados consideraram-se os seguintes parâmetros como triggers da existência de

imparidade:

(i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face

ao custo de aquisição;

(ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objetiva de eventos com impacto no valor recuperável

dos fluxos de caixa futuros destes ativos.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de

modelos de avaliação (mark to model) os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou

de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar

num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas. O valor de imparidade para ativos

financeiros disponíveis para venda apurado com base nos critérios acima referidos encontra-se

indicado na Nota 19.

3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros

valorizados ao justo valor

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é

determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em

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Relatório e Contas de 2016 103

condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de

caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de

rentabilidade e fatores de volatilidade, em conformidade com os princípios do IFRS 13 – Mensuração

pelo justo valor. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na

estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou

julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar valorizações diferentes daquelas

reportadas e resumidas nas Notas 36 e 37.

3.3. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes

O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de

imparidade, conforme referido na Nota 2.4.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade

deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como

a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas,

quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em

níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas.

O valor de imparidade para crédito a clientes apurado com base nos critérios acima referidos encontra-

se indicado na Nota 21.

3.4. Impostos sobre o rendimento

O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre o rendimento. A determinação do

montante global de impostos sobre o rendimento requer determinadas interpretações e estimativas.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre o

rendimento, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício e evidenciadas na Nota 30.

As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento

pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja

possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que

forem apurados). Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes

principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho

de Administração do Banco de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros

registados nas demonstrações financeiras.

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Relatório e Contas de 2016 104

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma apresentada na Nota 13 requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de tábuas atuariais, pressupostos de

crescimento das pensões e dos salários e taxas de desconto. Estes pressupostos são baseados nas

expectativas do Banco para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades e outros

fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. A análise de

sensibilidade aos pressupostos acima é apresentada na Nota 13.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

NOTA 4 – REPORTE POR SEGMENTOS

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

NOTA 5 – MARGEM FINANCEIRA

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

De ativos/ passivos ao

custo amortizado e ativos

disponíveis para venda

De ativos/ passivos ao justo valor através de

resultados

Total

De ativos/ passivos ao

custo amortizado e ativos

disponíveis para venda

De ativos/ passivos ao justo valor através de

resultados

Total

Juros e proveitos similaresJuros de crédito 10 182 149 10 331 11 334 129 11 463 Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 561 - 561 416 - 416 Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 2 810 - 2 810 1 709 - 1 709 Juros de derivados para gestão de risco - - - - 510 510

13 553 149 13 702 13 459 639 14 098 Juros e custos similares

Juros de recursos de clientes 3 284 - 3 284 4 932 - 4 932 Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 4 314 - 4 314 2 086 - 2 086 Juros de derivados para gestão de risco - 198 198 - 563 563 Outros juros e custos similares 62 - 62 37 - 37

7 660 198 7 858 7 055 563 7 618

5 893 ( 49) 5 844 6 404 76 6 480

31.12.2016 31.12.2015

As rubricas de proveitos e custos relativos a juros dos derivados para gestão de risco incluem, de

acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 e 2.18, os juros dos derivados de cobertura e os

juros dos derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados

ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, conforme políticas

contabilísticas descritas nas Notas 2.4, 2.5 e 2.7.

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Relatório e Contas de 2016 105

NOTA 6 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Rendimentos de serviços e comissõesPor serviços bancários prestados 3 159 3 755 Por garantias prestadas 2 129 2 087 Por operações realizadas com títulos 23 22 Por compromissos perante terceiros - 46 Outros rendimentos de serviços e comissões 325 257

5 636 6 167

Encargos com serviços e comissõesPor serviços bancários prestados por terceiros 507 607 Por operações realizadas com títulos 47 43 Outros encargos com serviços e comissões 9 12

563 662

5 073 5 505

NOTA 7 – RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Instrumentos financeiros derivados

Contratos sobre taxas de juro 525 366 159 384 363 21 Contratos sobre ações/índices 2 2 - 1 1 - Outros 154 - 154 - - -

681 368 313 385 364 21

Outros ativos e passivos financeiros ao justo valoratravés de resultados

Títulos

Ações - - - 1 - 1 - - - 1 - 1

Outros ativos financeiros (1)

Crédito a clientes 254 115 139 36 184 ( 148)

254 115 139 36 184 ( 148)

Passivos financeiros (1)

Recursos de clientes - - - 190 49 141 - - - 190 49 141

254 115 139 227 233 ( 6)

935 483 452 612 597 15

(1) inclui a variação de justo valor de ativos/passivos objecto de cobertura ou ao fair value option , conforme apresentado na Nota 22

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Relatório e Contas de 2016 106

NOTA 8 – RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Ações 1 536 10 1 526 9 - 9

1 536 10 1 526 9 - 9

O ganho de 1 536 milhares de euros diz respeito à operação de aquisição da Visa Inc. por parte da Visa

International.

NOTA 9 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Reavaliação cambial 6 547 6 460 87 13 813 13 617 196

6 547 6 460 87 13 813 13 617 196

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes de reavaliação cambial de ativos e passivos monetários

expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2.

NOTA 10 – RESULTADOS DA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Imóveis recebidos em dação ( 233) 5

( 233) 5

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Relatório e Contas de 2016 107

NOTA 11 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Outros proveitos/ (custos) de exploração( 56) ( 43)

Contribuição sobre o setor bancário ( 461) ( 180)- ( 20)

Contribuições para o Fundo de Resolução ( 84) ( 49)Contribuições para o Fundo Único de Resolução ( 26) ( 134)

( 2) ( 2) 623 386 321 15

315 ( 27)

Outros

Impostos diretos e indiretos

Contribuições para o fundo de garantia de depósitos

Quotizações e donativosProveitos não recorrentes em operações de crédito

NOTA 12 – CUSTOS COM PESSOAL

O valor dos custos com pessoal é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Vencimentos e salários 2 832 3 081 Remunerações 2 832 3 037 Prémios de carreira / por antiguidade (ver Nota 13) - 44

Outros encargos sociais obrigatórios 928 945 Custos com benefícios pós emprego (ver Nota 13) - 1 Outros custos 14 18

3 774 4 045

Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco analisa-se como segue:

31.12.2016 31.12.2015

Funções diretivas 2 2

Funções de chefia 19 22

Funções específicas 30 29

Funções administrativas 32 44

83 97

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Relatório e Contas de 2016 108

As provisões e custos relacionados com o processo de reestruturação em curso encontram-se

apresentados na Nota 29.

NOTA 13 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma e benefícios de saúde

Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e vigente para

o setor bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas

famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.

Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do

empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no ativo.

Em 30 de dezembro de 1987, o Banco constituiu um fundo de pensões fechado para cobrir as prestações

pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência, relativamente às

obrigações consagradas no âmbito do ACT. Posteriormente e após obtida autorização do Instituto de

Seguros de Portugal, procedeu à alteração do Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões que passou a

integrar todas as responsabilidades para com pensões e benefícios de saúde (SAMS) e, no exercício de

2009, o subsídio por morte. Em Portugal, os fundos têm como sociedade gestora a GNB – Sociedade

Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de dezembro de 2008. As novas

admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança Social.

Adicionalmente, com a publicação do Decreto-Lei n.1-A / 2011, de 3 de janeiro, todos os trabalhadores

bancários beneficiários da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários foram

integrados no Regime Geral de Segurança Social a partir de 1 de janeiro de 2011, que passou a

assegurar a proteção dos colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade e adoção e

ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez,

sobrevivência e morte.

As pensões de reforma dos bancários integrados na Segurança Social no âmbito do 2.º acordo

tripartido continuam a ser calculadas conforme o disposto no ACT e restantes convenções, havendo

contudo lugar a uma pensão a receber do Regime Geral, cujo montante tem em consideração os anos

de descontos para este regime. Aos bancos compete assegurar a diferença entre a pensão determinada

de acordo com o disposto no ACT e aquela que o empregado vier a receber da Segurança Social.

A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em

substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por

aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração, o direito à pensão dos empregados no ativo

passa a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o

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Relatório e Contas de 2016 109

tempo de serviço prestado de 1 de janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a

suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.

No final do exercício de 2011 na sequência do 3º acordo tripartido, foi decidida a transmissão para a

esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento dos reformados e

pensionistas que se encontravam nessa condição à data de 31 de dezembro de 2011.

Ao abrigo deste acordo tripartido, foi efetuada a transmissão para a esfera da Segurança Social, das

responsabilidades com pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, a valores constantes

(taxa de atualização 0%), na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho

(IRCT) dos trabalhadores bancários, incluindo as eventualidades de morte, invalidez e sobrevivência. As

responsabilidades relativas às atualizações das pensões, benefícios complementares, contribuições

para o SAMS, subsídio de morte e pensões de sobrevivência diferida, permaneceram na esfera da

responsabilidade das instituições financeiras com o financiamento a ser assegurado através dos

respetivos fundos de pensões.

O acordo estabeleceu ainda que os ativos dos fundos de pensões das respetivas instituições financeiras,

na parte afeta à satisfação das responsabilidades pelas pensões referidas, fossem transmitidos para o

Estado.

Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:

Pressupostos Verificado Pressupostos Verificado

Pressupostos Atuariais

Taxas de rendimento esperado 2,10% -4,49% 2,50% 0,31%

Taxa de desconto 2,10% - 2,50% -

Taxa de crescimento de pensões 0,25% 1,25% 0,00% -0,02%

Taxa de crescimento salarial 0,50% 1,39% 0,50% 1,45%

Tábua de Mortalidade masculina

Tábua de Mortalidade feminina

(3) até 2019, a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,50%(4) até 2019, a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de 1,00%

TV 73/77 - 2 anos

TV 88/90-2 anos

31.12.2016

(1) 0,75% em 2017; em 2018 e 2019 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,00% e a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de0,25%(2) 0,75% em 2017; a partir de 2018 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,50%

31.12.2015

TV 88/90 - 2 anos

TV 73/77-2 anos

(��

(��

(��

(��

Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma:

31.12.2016 31.12.2015

Ativos 65 80 Reformados 54 39

TOTAL 119 119

A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades e níveis de cobertura reportáveis 31 de

dezembro de 2016 e 2015:

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Relatório e Contas de 2016 110

(milhares de euros)

Ativos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço

Responsabilidades ( 18 464) ( 16 288)

Coberturas Saldos dos Fundos 18 464 16 288

Ativos/(responsabilidades) líquidos em balanço (ver Nota 31) - -

Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral 9 077 6 719

31.12.201531.12.2016

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.15 – Benefícios aos empregados, o Banco

procede ao cálculo das responsabilidades com pensões de reforma e dos ganhos e perdas atuariais

semestralmente.

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada

como segue:

(milhares de euros)

Responsabilidades no início do exercício 16 288 15 674

Custo do serviço corrente - 1 Custo dos juros 403 390 Contribuições dos participantes 33 33 (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades

Alteração de pressupostos demográficos - 787 Alteração de pressupostos financeiros ( 744) ( 445)(Ganhos) e perdas de experiência 1 997 ( 79)

Pensões pagas pelo fundo ( 273) ( 73)SAMS ( 202) - Reformas antecipadas 962 -

Responsabilidades no final do exercício 18 464 16 288

31.12.2016 31.12.2015

A evolução do valor dos fundos de pensões pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo dos fundos no início do exercício 16 288 15 674

Rendimento real do fundo ( 731) 55 Contribuições do Banco 3 147 599 Contribuições dos empregados 33 33 Pensões pagas pelo fundo ( 273) ( 73)

Saldo dos fundos no final do exercício 18 464 16 288

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Relatório e Contas de 2016 111

Os ativos dos fundos de pensões utilizados pelo Banco são detalhados como seguem:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Ações 884 4 185

Obrigações 2 298 8 671

Imóveis 138 293

Outros 15 144 3 139

Total 18 464 16 288

Nos ativos do fundo de pensões não constam quaisquer títulos emitidos pelo Banco ou imóveis

utilizados em serviço próprio.

A evolução dos desvios atuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Desvios atuariais no início do exercício 6 719 6 135

(Ganhos) e perdas atuariais do exercício - Alteração de pressupostos ( 744) 342 - (Ganhos) e perdas de experiência 3 102 242

Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral 9 077 6 719

Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como

segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Custo do serviço corrente - 1Custo/ (proveito) de juros 29 14

SAMS (1) ( 202) -

Reformas antecipadas (2) 962 -

Custos do exercício 789 15

(1) o valor referente ao SAMS foi registado em Outros proveitos de exploração(2) as reformas antecipadas foram registadas como utilização da provisão para reestruturação (ver Nota 29)

A evolução dos activos / (responsabilidades) líquidas em balanço nos exercícios findos em 31 de

dezembro de 2016 e 2015 pode ser analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2016 112

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

No início do exercício 6 719 6 135

Custo do exercício ( 29) ( 15)Contribuições efectuadas 3 147 599SAMS 202 -

Reformas antecipadas ( 962) -

No final do exercício 9 077 6 719

O evolutivo das responsabilidades e saldo dos fundos nos últimos 5 anos é analisado como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012

Responsabilidades ( 18 464) ( 16 288) ( 15 674) ( 12 333) ( 10 969)

Saldo dos fundos 18 464 16 288 15 674 14 549 13 600

Responsabilidades (sub) / sobre financiadas - - - 2 216 2 631

(Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes das responsabilidades ( 1 253) ( 263) ( 2 769) ( 718) ( 816)(Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes dos ativos do fundo 1 105 321 448 297 1 028

Prémio por antiguidade e Prémio de carreira

Em 31 de dezembro de 2016 as responsabilidades assumidas pelo Banco ascendem a 37 milhares de

euros, correspondente ao valor das responsabilidades que o Banco irá pagar aos colaboradores sobre o

prémio de carreira, conforme descrito na Nota 2.15 – Benefícios aos empregados - Prémios de

antiguidade e prémio de carreira (31 de dezembro de 2015: 223 milhares de euros relativos ao prémio

por antiguidade) (ver Nota 31).

No ano de 2016, não se registaram custos com o prémio por antiguidade / prémio de carreira,

decorrente do facto das responsabilidades apuradas para o Prémio de carreira, acrescido dos

proporcionais a pagar do prémio de antiguidade, decorrentes da alteração do ACT, serem inferiores às

responsabilidades relativas ao Prémio de antiguidade apuradas e registadas em 31 de dezembro de

2015 (ver Nota 12).

NOTA 14 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

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Relatório e Contas de 2016 113

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Rendas e alugueres 265 277 Publicidade e publicações 31 40 Comunicações e expedição 394 392 Conservação e reparação 75 63 Deslocações e representação 56 86 Água, energia e combustiveis 131 114 Transporte de valores 97 98 Material de consumo corrente 63 77 Serviços Informáticos 272 291 Mão-de-obra eventual 54 67 Trabalho independente 148 100 Sistema eletrónico de pagamentos 401 405 Judiciais, contencioso e notariado 158 105 Consultoria e auditoria 50 46 Outros custos 342 301

2 537 2 462

A rubrica Outros custos inclui, entre outros, segurança e vigilância, formação, tratamento de valores e

custos com serviços prestados pelo Agrupamento Complementar de Empresas (ACE).

Os honorários faturados durante os exercícios de 2016 e 2015 pela Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, de acordo com o disposto no artº 66º-A do Código das Sociedades Comerciais, detalham-se

como se segue:

(milhares de euros)

31.12.2016

Revisão legal das contas anuais 29 29

Outros serviços de garantia de fiabilidade 25 10

Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria - -

Valor total dos serviços faturados 54 39

31.12.2015

Em 31 de dezembro de 2016, os Outros serviços de garantia de fiabilidade incluíam os relatórios sobre a

salvaguarda de ativos de clientes (artigos 306º a 306º D do CVM) relativos aos exercícios findos em 31

de dezembro de 2015 e 2014 e o relatório sobre o Sistema de Controlo Interno emitido a junho de 2016.

NOTA 15 – RESULTADOS POR ACÇÃO

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Relatório e Contas de 2016 114

Resultados por ação básicos

Os resultados por ação básicos são calculados efetuando a divisão do resultado líquido atribuível aos

acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o ano.

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco 1 678 3 864

Número médio de ações ordinárias em circulação (milhares) 3 728 3 728

Resultado por ação básico atribuível aos acionistas do Banco (em euros) 0,45 1,04

Resultados por ação diluídos

Os resultados por ação diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais ações

ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de ações ordinárias em circulação e ao resultado

líquido atribuível aos acionistas do Banco.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 o Banco não detinha potenciais ações ordinárias diluidoras, pelo que,

o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico.

NOTA 16 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e de 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Caixa 4 842 5 299

4 842 5 299

NOTA 17 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2016 115

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Disponibilidades em outras instituições de crédito no país

Depósitos à ordem 10 185 15 285 Cheques a cobrar 890 610

11 075 15 895

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros

dias úteis subsequentes às datas em referência.

De acordo com o artigo 10º do Regulamento n.º 2818/98 do Banco Central Europeu de 1 de dezembro, e

através da carta circular com referência n.º 204/DMRCF/DMC de 5 de junho de 2001, o Banco de

Portugal autorizou o NBA a constituir as suas reservas mínimas indiretamente através do NOVO

BANCO, S.A.. Mensalmente o NBA regulariza através de uma conta de depósito junto do NOVO BANCO

o valor respeitante ao nível mínimo de reservas de caixa a constituir. A 31 de dezembro de 2016, o saldo

daquela conta era de 3 368 milhares de euros (31 de dezembro de 2015: 3 249 milhares de euros), tendo

a taxa média de remuneração no período sido de 0,01% (31 de dezembro de 2015: 0,05%).

NOTA 18 – ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Activos financeiros detidos para negociação

Derivados

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 3 1

Passivos financeiros detidos para negociação

DerivadosInstrumentos financeiros derivados com justo valor negativo 10 7

Os instrumentos financeiros derivados em 31 de dezembro de 2016 e 2015 são analisados como segue:

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Relatório e Contas de 2016 116

(milhares de euros)

Activo Passivo Activo Passivo

Contratos sobre acções/índicesEquity / Index Options- compras 332 258 - vendas 356 282

TOTAL 688 3 10 540 1 7

1 7

31.12.2016

NocionalJusto valor

3 10

31.12.2015

NocionalJusto valor

O escalonamento dos instrumentos financeiros de negociação por prazos de vencimento é como segue:

(milhares de euros)

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

De 3 meses a um ano 520 ( 4) - - De um a cinco anos 168 ( 3) 540 ( 6)

688 ( 7) 540 ( 6)

31.12.2016 31.12.2015

NOTA 19 – ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e de 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

Positiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 35 248 36 ( 411) - 34 873

Ações 4 391 3 229 - - 7 620

Saldo a 31 de dezembro de 2016 39 639 3 265 ( 411) - 42 493

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 35 908 343 - - 36 251

Ações 4 025 2 939 - - 6 964

Saldo a 31 de dezembro de 2015 39 933 3 282 - - 43 215

(1) custo de aquisição no que se refere às ações e custo amortizado para títulos de dívida

Reserva de justo valorCusto (1) Valor

balançoPerdas por imparidade

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5, o Banco avalia regularmente se existe

evidência objetiva de imparidade na sua carteira de ativos disponíveis para venda seguindo os critérios

de julgamento descritos na Nota 3.1.

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Relatório e Contas de 2016 117

Os valores relativos à reserva de justo valor encontram-se analisados na Nota 33.

Durante o exercício de 2016 não houve movimento na imparidade dos ativos financeiros disponíveis

para venda. Para o exercício de 2015, os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Ativos

financeiros disponíveis para venda são apresentados como se segue:

(milhares de euros)

Emissores Públicos

Outros Emissores

Saldo inicial - - 62 - 62

Dotações - - 1 - 1

Utilizações - - ( 63) - ( 63)

Saldo final - - - - -

ObrigaçõesAções

Outros títulos de rendimento

variávelTotal

31.12.2015

A 31 de dezembro de 2016 e de 2015, o escalonamento dos títulos disponíveis para venda por prazo de

vencimento é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Até 3 meses 877 877 De um a cinco anos 33 253 - Mais de cinco anos 743 35 374 Duração indeterminada 7 620 6 964

42 493 43 215

Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:

(milhares de euros)

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 34 873 - 34 873 36 251 - 36 251

Ações - 7 620 7 620 - 6 964 6 964

34 873 7 620 42 493 36 251 6 964 43 215

31.12.2016 31.12.2015

Durante o exercício de 2016, o Banco recebeu dividendos no valor de 249 milhares de euros da

carteira de ativos financeiros disponíveis para venda (exercício de 2015: 172 milhares de euros).

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Relatório e Contas de 2016 118

NOTA 20 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Aplicações em instituições de crédito no país

Depósitos 214 552 298 459

214 552 298 459

As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 31 de dezembro de 2016, vencem juros à

taxa média anual de 1,15% (31 de dezembro de 2015: 0,78%).

O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de

dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Até 3 meses 214 552 289 235 De 3 meses a um ano - 9 224

214 552 298 459

NOTA 21 – CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

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Relatório e Contas de 2016 119

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Crédito internoA empresas

Empréstimos 88 295 85 754 Créditos em conta corrente 32 085 32 614 Descontos e outros créditos titulados por efeitos 1 605 2 703 Factoring 1 454 1 188 Descobertos 9 23 Outros créditos 180 181

A particularesHabitação 213 827 215 381 Consumo e outros 19 043 20 074

356 498 357 918

Crédito ao exteriorA particulares

Habitação 839 877 Consumo e outros 240 75

1 079 952

Crédito e juros vencidosAté 3 meses 95 246 De 3 meses a 1 ano 593 2 008 De 1 a 3 anos 5 322 5 293 Há mais de 3 anos 12 917 11 008

18 927 18 555

376 504 377 425

Perdas por imparidade ( 24 579) ( 24 260)

351 925 353 165

O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na Nota 36.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade evidenciadas como correção aos valores de

crédito no ativo, foram os seguintes:

(milhares de euros)

Crédito a Empresas

Crédito a particulares -

Habitação

Crédito a particulares -

OutroTotal

Crédito a Empresas

Crédito a particulares -

Habitação

Crédito a particulares -

OutroTotal

Saldo inicial 17 810 2 612 3 838 24 260 18 900 3 277 4 164 26 341

Dotações / (reversões) 1 265 167 ( 8) 1 424 ( 579) ( 369) ( 34) ( 982)Utilizações ( 768) - ( 59) ( 827) ( 1 098) - - ( 1 098)

Transferências (a) ( 279) - - ( 279) -

Diferenças de câmbio e outras 1 - - 1 587 ( 296) ( 292) ( 1)

Saldo final 18 029 2 779 3 771 24 579 17 810 2 612 3 838 24 260

a) Provisões para garantias transferidas para a rubrica de balanço Outras Provisões

31.12.2016 31.12.2015

O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2016 e 2015, é

como segue:

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Relatório e Contas de 2016 120

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Até 3 meses 11 594 19 350 De 3 meses a um ano 22 318 22 025 De um a cinco anos 42 638 36 017 Mais de cinco anos 281 027 281 478 Duração indeterminada 18 927 18 555

376 504 377 425

A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Taxa fixa 18 175 20 740 Taxa variável 358 329 356 685

376 504 377 425

NOTA 22 – DERIVADOS PARA GESTÃO DE RISCO

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o justo valor dos derivados para gestão de risco em balanço

analisam-se como segue:

(milhares de euros)

CoberturaGestão do

riscoTotal Cobertura

Gestão do risco

Total

Derivados para gestão do risco

Derivados para gestão do risco - Passivo ( 816) - ( 816) ( 628) - ( 628)

( 816) - ( 816) ( 628) - ( 628)

Justo valor dos Ativos e Passivos cobertos

Ativos financeirosCrédito a clientes 770 - 770 631 - 631

770 - 770 631 - 631

31.12.201531.12.2016

Derivados de cobertura

As operações de cobertura de justo valor em 31 de dezembro de 2016 e 2015 podem ser analisadas

como segue:

Page 121: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 121

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 15 264 ( 816) ( 185) 770 139

15 264 ( 816) ( 185) 770 139

(1) Inclui juro corrido(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2016

Variação do justo valor do

elemento coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente de justo valor

do elemento

coberto (2)

Var. justo valor do

derivado no ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 8 216 ( 628) 21 631 ( 148)

8 216 ( 628) 21 631 ( 148)

(1) Inclui juro corrido(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2015

Variação do justo valor do

elemento coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente de justo valor

do elemento

coberto (2)

Var. justo valor do

derivado no ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

Em 31 de dezembro de 2016, a parte inefetiva das operações de cobertura de justo valor, que se

traduziu num custo de 46 milhares de euros (31 de dezembro de 2015: custo de 127 milhares de euros),

foi registada por contrapartida de resultados. O Banco realiza periodicamente testes de efetividade das

relações de cobertura existentes.

As operações com derivados de gestão de risco em 31 de dezembro de 2016 e 2015, por maturidades,

podem ser analisadas como segue:

(milhares de euros)

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

De um a cinco anos 6 000 ( 162) - - Mais de cinco anos 9 264 ( 654) 8 216 ( 628)

15 264 ( 816) 8 216 ( 628)

31.12.201531.12.2016

NOTA 23 – ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de dezebro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

Page 122: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 122

(milhares de euros)

Ativos não correntes detidos para vendaImóveis - 10 854

- 10 854

Perdas por imparidade - ( 1 260)

- 9 594

31.12.2016 31.12.2015

Durante o exercício de 2016 os imóveis registados em ativos não correntes detidos para venda, relativos

a recebimentos por recuperação de créditos, foram transferidos para outros ativos, de acordo com a

política contabilística descrita na Nota 2.11, na medida em que deixam de cumprir com os requisitos

para permanecerem registados nesta categoria, nomeadamente com a condição de ser altamente

expectável que a venda ocorra num espaço de um ano (ver Nota 26).

O movimento dos ativos não correntes detidos para venda durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o

seguinte:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo inicial 10 854 12 876

Entradas 666 1 629 Vendas ( 2 336) ( 3 650)Transferências (a) ( 9 163) - Outros movimentos ( 21) ( 1)

Saldo final - 10 854

(a) Ativos não correntes detidos para venda foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 26)

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo inicial 1 260 1 163

Dotações 341 520 Utilizações ( 397) ( 366)Reversões ( 6) ( 57)

Transferências (a) ( 1 198) -

Saldo final - 1 260

(a) Ativos não correntes detidos para venda foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 26)

Page 123: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 123

Em 31 de dezembro de 2015 o detalhe dos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda

por tipologia é como segue:

(milhares de euros)

Número de imóveis

Valor bruto ImparidadeValor líquido contabilístico

Justo valor do ativo (b)

TerrenosUrbano 21 1 285 178 1 107 1 228 Rural 9 500 40 460 447

30 1 785 218 1 567 1 675 Edifícios em desenvolvimento

Comerciais 2 161 15 146 Habitação 10 1 608 123 1 485 1 709 Outros - - - - -

12 1 769 138 1 631 1 709 Edifícios construídos

Comerciais 3 220 23 197 208 Habitação 47 5 062 688 4 374 4 320 Outros 14 1 966 97 1 869 2 318

64 7 248 808 6 440 6 846

Outros (a) 1 52 96 ( 44) ( 96)

107 10 854 1 260 9 594 10 134

(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis(b) apurado de acordo com a política contabilística 2.11

31.12.2015

Os valores de colaterais – hipotecas, apresentados acima, representam o valor máximo de cobertura

dos ativos cobertos, ou seja, que concorrem até ao valor bruto dos créditos individuais cobertos.

No que respeita aos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda, seguidamente

apresenta-se o detalhe por antiguidade:

(milhares de euros)

Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anosTotal do valor

líquido contabilístico

TerrenosUrbano 258 624 225 - 1 107 Rural - 215 151 94 460

258 839 376 94 1 567 Edifícios em desenvolvimento

Comerciais 58 - 88 - 146 Habitação 513 42 930 - 1 485 Outros - - - - -

571 42 1 018 - 1 631 Edifícios construídos

Comerciais - 197 - - 197 Habitação 687 1 062 2 057 568 4 374 Outros - 45 1 631 193 1 869

687 1 304 3 688 761 6 440

Outros (a) ( 44) - - - ( 44)

1 472 2 185 5 082 855 9 594

(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis

31.12.2015

Page 124: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 124

NOTA 24 – OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

ImóveisDe serviço próprio 4 418 4 547 Beneficiações em edifícios arrendados 1 977 2 040

6 395 6 587 Equipamento

Equipamento informático 936 949 Instalações interiores 1 050 1 060 Mobiliário e material 1 077 1 077 Equipamento de segurança 455 451 Máquinas e ferramentas 124 123 Material de transporte 21 21

3 663 3 681

10 058 10 268

Depreciação acumulada ( 4 891) ( 4 660)

5 167 5 608

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

Page 125: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 125

(milhares de euros)

Imóveis EquipamentoImobilizado

em cursoTotal

Custo de aquisiçãoSaldo a 31 de dezembro de 2014 6 587 3 433 - 10 020

Adições - 81 168 249 Abates / vendas - ( 1) - ( 1)Transferências - 168 ( 168) -

Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 587 3 681 - 10 268 Adições - 22 31 53 Abates / vendas - ( 33) - ( 33)Transferências ( 192) ( 7) ( 31) ( 230)

Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 395 3 663 - 10 058

Depreciações Saldo a 31 de dezembro de 2014 1 665 2 598 - 4 263

Amortizações do exercício 183 216 - 399 Abates / vendas - ( 1) - ( 1)Outros - ( 1) - ( 1)

Saldo a 31 de dezembro de 2015 1 848 2 812 - 4 660 Amortizações do exercício 167 194 - 361 Abates / vendas - ( 33) - ( 33)Transferências ( 79) ( 18) - ( 97)

Saldo a 31 de dezembro de 2016 1 936 2 955 - 4 891

Saldo Líquido a 31 de dezembro de 2016 4 459 708 - 5 167

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2015 4 739 869 - 5 608

NOTA 25 – ATIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Adquiridos a terceirosSistema de tratamento automático de dados 7 148 6 793

Imobilizado em curso 658 394

7 806 7 187

Amortização acumulada (6 390) (5 859)

1 416 1 328

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

Page 126: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 126

(milhares de euros)Sistema de tratamento

automático de dados

Imobilizações em curso

Total

Saldo a 31 de dezembro de 2014 6 244 357 6 601 Adições:

Adquiridas a terceiros 10 576 586 Transferências 539 ( 539) -

Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 793 394 7 187 Adições:

Adquiridas a terceiros 619 619 Transferências 355 ( 355) -

Saldo a 31 de dezembro de 2016 7 148 658 7 806 Amortizações Saldo a 31 de dezembro de 2014 5 244 - 5 244

Amortizações do exercício 615 - 615 Saldo a 31 de dezembro de 2015 5 859 - 5 859

Amortizações do exercício 531 - 531

Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 390 - 6 390

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2016 758 658 1 416

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2015 934 394 1 328

NOTA 26 – OUTROS ATIVOS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Devedores e outras aplicaçõesDevedores por bonificações de juros de crédito imobiliário 1 351 1 403 Sector público administrativo 1 107 1 054 Outros devedores diversos 495 631

2 953 3 088

Outros ativosOuro, outros metais preciosos e outras disponibilidades 45 45

Imóveis a) 9 107 - Outros ativos 38 36

9 190 81

Proveitos a receber 291 440

Despesas com custo diferido 608 821

Outras contas de regularizaçãoOutras operações a realizar 620 377

620 377

Perdas por imparidade ( 1 261) ( 173)Imóveis e equipamento a) ( 1 031) - Outros ativos ( 230) ( 173)

12 401 4 634

a) Imóveis em dação, por recuperação de crédito e descontinuados

Page 127: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 127

Os imóveis registados em outros ativos respeitam a recebimentos por recuperação de crédito que,

durante o exercício de 2016, foram transferidos de ativos não correntes detidos para venda, de acordo

com a politica descrita em 2.11 (ver Nota 23).

Em 31 de dezembro de 2016, a rubrica de despesas com custo diferido inclui o montante de 553

milhares de euros (31 de dezembro de 2015: 724 milhares de euros) relativo à diferença entre o valor

nominal dos empréstimos concedidos aos colaboradores do Banco no âmbito do ACT para o Setor

Bancário e o seu justo valor à data da concessão, calculado de acordo com o IAS 39, o qual é

reconhecido em custos com pessoal durante o menor do prazo residual do empréstimo e o número de

anos estimado de vida ativa remanescente do colaborador.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:

(milhares de euros)

Imóveis Outros ativos Total Imóveis Outros ativos Total

Saldo inicial - 173 173 - - -

Movimento do anoDotações 113 141 254 - 173 173 Utilizações ( 279) - ( 279) - - - Reversões - ( 84) ( 84) - - - Transferências (a) 1 198 - 1 198 - - - Diferenças de câmbio e outras ( 1) - ( 1) - - -

Saldo final 1 031 230 1 261 - 173 173

(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 23)

31.12.2016 31.12.2015

Os movimentos dos imóveis foram os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo inicial - -

Transferências (a) 9 163 Entradas 2 080 - Vendas ( 2 175) - Outros movimentos 39 -

Saldo final 9 107 -

(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 23)

Em 31 de dezembro de 2016, o detalhe dos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para

venda por tipologia é como segue:

Page 128: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 128

(milhares de euros)

Número de imóveis

Valor bruto ImparidadeValor líquido contabilístico

Justo valor do ativo (b)

TerrenosUrbano 12 939 121 818 818 Rural 11 592 65 527 527

23 1 531 186 1 345 1 345 Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - - Habitação 1 143 - 143 143 Outros - - - - -

1 143 - 143 143 Edifícios construídos

Comerciais 5 437 90 347 347 Habitação 54 5 778 515 5 263 5 263 Outros 8 1 161 191 970 970

67 7 376 796 6 580 6 580

Outros (a) - 57 49 8 8

91 9 107 1 031 8 076 8 076

(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis(b) apurado de acordo com a política contabilística 2.11

31.12.2016

No que respeita aos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda, seguidamente

apresenta-se o detalhe por antiguidade:

(milhares de euros)

Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anosTotal do valor

líquido contabilístico

TerrenosUrbano 542 72 154 50 818 Rural 12 15 377 123 527

554 87 531 173 1 345 Edifícios em desenvolvimento

Comerciais - - - - - Habitação 143 - - - 143 Outros - - - - -

143 - - - 143 Edifícios construídos

Comerciais 72 109 166 - 347 Habitação 1 578 1 109 2 066 510 5 263 Outros - - 777 193 970

1 650 1 218 3 009 703 6 580

Outros (a) 8 - - - 8

2 355 1 305 3 540 876 8 076

(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis

31.12.2016

NOTA 27 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A rubrica Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como segue:

Page 129: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 129

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

No paísDepósitos 253 958 356 126 Outros recursos - 720

253 958 356 846

O escalonamento dos recursos de outras instituições de crédito por prazo de vencimento, a 31 de

dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Até 3 meses 47 133 356 846 De 3 meses a um ano 206 572 - De um a cinco anos 253 -

253 958 356 846

NOTA 28 – RECURSOS DE CLIENTES

O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Depósitos à vista 72 414 63 161 Depósitos a prazo 245 107 248 561 Depósitos de poupança 33 352 26 874 Outros recursos 2 791 4 078

353 664 342 674

O escalonamento dos Recursos de clientes e outros empréstimos por prazo de vencimento, a 31 de

dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:

Page 130: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 130

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Exigível à vista 72 414 63 161 Exigível a prazo

Até 3 meses 115 420 120 895 De 3 meses a um ano 136 613 134 558 De um a cinco anos 29 161 21 926 Mais de cinco anos 56 2 134

281 250 279 513

353 664 342 674

NOTA 29 – PROVISÕES

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:

(milhares de euros)

Provisão para reestruturação

Provisões para garantias

Outras provisões Total

Saldo a 31 de dezembro de 2014 - - 22 22 - Dotações / (Reversões) - - - -

Saldo a 31 de dezembro de 2015 - - 22 22

Dotações / (Reversões) 1 048 13 620 1 681 Utilizações ( 1 048) - - ( 1 048)Transferências (a) - 279 - 279

Saldo a 31 de dezembro de 2016 - 292 642 934

a) provisões para garantias que em 2016 foram transferidas de Crédito a clientes

NOTA 30 – IMPOSTOS

O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)

e correspondentes Derramas.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício,

exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de

capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida

de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foi apurado com base

numa taxa nominal agregada de IRC e de Derrama Municipal de 22,5%, de acordo com a Lei nº 82-

B/2014, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2015), e com a Lei nº73/2013, de 3 de

Page 131: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 131

setembro (que estabeleceu o Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais),

acrescida de uma taxa adicional até 3% referente à Derrama Estadual que incide sobre lucros

tributáveis entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros.

O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi apurado com base

numa taxa nominal agregada de IRC e de Derrama Municipal de 22,5%, de acordo com a Lei nº 82-

B/2014, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2015), e com a Lei nº73/2013, de 3 de

setembro (que estabeleceu o Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais),

acrescida de uma taxa adicional até 2,4% referente à Derrama Regional (a vigorar na Região Autónoma

dos Açores) que incide sobre lucros tributáveis entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros.

Adicionalmente, para efeitos do cálculo do imposto corrente dos exercícios findos em 31 de dezembro

de 2015 e 2016, foi tomado em consideração o Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de dezembro, que regula a

transferência de responsabilidades pelos encargos com as pensões de reforma e sobrevivência dos

reformados e pensionistas para a Segurança Social e o artigo 183º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de

dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012), que consagrou um regime especial de dedutibilidade

fiscal dos gastos e outras variações patrimoniais decorrentes da alteração da política contabilística nos

termos previstos nas Normas Internacionais de Contabilidade:

· O impacto decorrente da variação patrimonial negativa associada à alteração da política

contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais anteriormente diferidos, será

integralmente dedutível, em partes iguais, durante 10 anos, a partir do exercício que se iniciou

em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de capital próprio;

· O impacto decorrente da liquidação (determinado pela diferença entre a responsabilidade

mensurada de acordo com os critérios da IAS 19 e os critérios definidos no acordo) será

integralmente dedutível para efeitos do apuramento do lucro tributável, em partes iguais, em

função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas

responsabilidades foram transferidas (19 anos), a partir do exercício que se iniciou em 1 de

janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de resultados.

Os impostos diferidos ativos resultantes da alteração da política contabilística do reconhecimento dos

desvios atuariais e da transferência das responsabilidades para a Segurança Social são recuperáveis

nos prazos de 10 e 19 anos, via rubricas de capital próprio e via rubricas de resultados, respetivamente.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor

à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou

substancialmente aprovadas na data de balanço.

Para o exercício de 2015, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa

agregada de 24,5%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31

de dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama

Estadual de 2%.

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Relatório e Contas de 2016 132

Para o exercício de 2016, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa

agregada de 24%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de

dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama Regional (a

vigorar na Região Autónoma dos Açores) de 1,5%.

As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento

pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja

possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que

forem apurados). Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido

essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da

Administração que, no contexto das demonstrações financeiras individuais, não ocorrerão encargos

adicionais de valor significativo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2016 e 2015

podem ser analisados como seguem:

(milhares de euros)

Ativo Passivo Líquido

31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015

Instrumentos financeiros 98 - 783 86 ( 685) ( 86)

Imparidade no crédito a clientes 3 872 3 816 - - 3 872 3 816

Pensões 752 633 - 147 752 486

Prémios de antiguidade 8 54 - - 8 54

Ativos/ (passivos) por imposto diferido 4 730 4 503 783 233 3 947 4 270

O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a

expectativas de lucros futuros tributáveis.

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes

contrapartidas:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo inicial 4 270 3 875

Imposto diferido reconhecido emResultados 358 578 Reservas de justo valor ( 599) ( 57)Reservas - outro rendimento integral ( 82) ( 126)Outras reservas - -

Saldo final Ativo / (Passivo) 3 947 4 270

O imposto diferido reconhecido em reservas – outro rendimento integral inclui o imposto relativo aos

desvios atuariais reconhecidos também nesta rubrica, conforme descrito na Nota 13 – Benefícios a

empregados.

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Relatório e Contas de 2016 133

Os ativos e passivos por impostos correntes reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2016 e

2015 podem ser analisados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Ativo

IRC a recuperar - -

outros - -

- -

Passivo

IRC a liquidar 722 1 774

722 1 774

O imposto reconhecido em resultados e reservas durante o exercício de 2016 teve as seguintes origens:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015Reconhecido em resultados

Reconhecido em reservas

Reconhecido em resultados

Reconhecido em reservas

Ativos financeiros disponíveis para venda - 599 - 57 Imparidade no crédito a clientes ( 57) - ( 731) - Pensões ( 347) 82 13 126 Prémios de antiguidade 46 - 1 - Prejuízos fiscais reportáveis - - 139 -

Impostos Diferidos ( 358) 681 ( 578) 183

Impostos Correntes 1 180 221 1 894 ( 73)

Total do imposto reconhecido 822 902 1 316 110

A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode

ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Resultado antes de impostos 2 500 5 180 Contribuição Extraordinária sobre o Setor Bancário ( 461) ( 180)

2 961 5 360

Taxa de imposto 24,0 24,5Imposto apurado com base na taxa de imposto 711 1 313 Custos não dedutíveis 6,2 184 1,3 67 Outros -2,5 ( 73) -1,3 ( 64)

27,7 822 24,5 1 316

% Valor % Valor

No seguimento da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro, foi criada a Contribuição sobre o Setor Bancário,

a qual incide sobre o passivo médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos

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Relatório e Contas de 2016 134

depósitos abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos e sobre o valor nocional dos

instrumentos financeiros derivados. A Contribuição sobre o Setor Bancário não é elegível como custo

fiscal, e o respetivo regime foi prorrogado pela Lei nº64-B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei nº66-B/2012,

de 31 de dezembro, pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, pela Lei nº82-B/2014, de 31 de dezembro,

pela Lei nº 159-C/2015, de 30 de dezembro e pela Lei nº7-A/2016, de 30 de março. A 31 de dezembro de

2015, o Banco reconheceu como gasto relativamente à Contribuição sobre o Setor Bancário o valor de

180 milhares de euros. A 31 de dezembro de 2016, o Banco reconheceu como gasto relativamente à

Contribuição sobre o Setor Bancário o valor de 461 milhares de euros. O gasto reconhecido a 31 de

dezembro de 2016 foi apurado e pago com base na taxa máxima de 0,110% que incide sobre o passivo

médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos depósitos abrangidos pela

garantia do Fundo de Garantia de Depósitos, aprovada pela Lei nº 7-A/2016, de 30 de março e pela

Portaria nº 165-A/2016, de 14 de junho.

NOTA 31 – OUTROS PASSIVOS

A rubrica Outros passivos a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Credores e outros recursosSetor público administrativo 211 206 Credores diversos 853 789

1 064 995

Custos a pagarPrémios de carreira / por antiguidade (ver Nota 13) 37 223 Outros custos a pagar 579 619

616 842

Receitas com proveito diferido 15 11

Outras contas de regularizaçãoOutras operações a regularizar 184 238

1 879 2 086

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Relatório e Contas de 2016 135

NOTA 32 – CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Ações ordinárias

Em 31 de dezembro de 2016, o capital social do Banco encontrava-se representado por 3 727 500 ações,

com um valor nominal de 5 euros cada, as quais se encontram totalmente subscritas e realizadas por

diferentes acionistas, dos quais se destacam as seguintes entidades:

% Capital

31.12.2016 31.12.2015

Novo Banco, S.A. 57,53% 57,53%Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 30,00% 30,00%Bensaúde Participações, SGPS, S.A. 10,00% 10,00%Outros 2,47% 2,47%

100,00% 100,00%

Prémios de emissão

Em 31 de dezembro de 2016, os prémios de emissão totalizavam 6 681 milhares de euros, referentes aos

prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital.

NOTA 33 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reserva legal

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A

legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de

dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido

anual, até a um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e

dos resultados transitados, se superior.

Reservas de justo valor

As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos

financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou

em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido.

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Relatório e Contas de 2016 136

Os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:

(milhares de euros)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 3 164 ( 29) 3 135 ( 5 620) 3 752 9 677 7 809

Alterações de justo valor 118 ( 57) 61 - - - -

Desvios atuariais - - - ( 655) - - ( 655)

Constituição de reservas - - - - - ( 2 121) ( 2 121)Outras variações - - - - - 19 19

Saldo em 31 de dezembro de 2015 3 282 ( 86) 3 196 ( 6 275) 3 752 7 575 5 052

Alterações de justo valor ( 428) ( 599) ( 1 027) - - - - Desvios atuariais - - - ( 2 440) - - ( 2 440)Constituição de reservas - - - - 387 3 477 3 864 Outras variações - - - - - 196 196

Saldo em 31 de dezembro de 2016 2 854 ( 685) 2 169 ( 8 715) 4 139 11 248 6 672

Outro rendimento integral, Outras Reservas e Resultados Transitados

Desvios atuariais

Reservas de justo valor

Ativos financeiros disponíveis

p/ venda

Reservas por

impostos diferidos

Total Reserva de justo valor

Total Outras Reservas e Res.Trans.

Reserva Legal

Outras reservas e Resultados Transitados

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda 39 639 39 933

Imparidade acumulada reconhecida - -

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 39 639 39 933

Valor de mercado dos ativos financeiros disponíveis para venda 42 493 43 215

Ganhos/(perdas) potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 2 854 3 282

Impostos diferidos ( 685) ( 86)

2 169 3 196

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo no início do exercício 3 196 3 135

Variação de justo valor ( 428) 138

Alienações do exercício - ( 20)

Impostos diferidos reconhecidos no exercício em reservas (ver nota 30) ( 599) ( 57)

Saldo no final do exercício 2 169 3 196

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Relatório e Contas de 2016 137

NOTA 34 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

A 31 de dezembro de 2016 e 2015, existiam os seguintes saldos relativos a contas extrapatrimoniais:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Passivos e avales prestados Garantias e avales prestados 208 964 311 323

Ativos financeiros dados em garantia 715 792 209 679 312 115

Compromissos Compromissos revogáveis 47 195 45 750

Compromissos irrevogáveis 475 488 47 670 46 238

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem numa mobilização de

fundos por parte do Banco.

Em 31 de dezembro de 2016 a rubrica de ativos dados em garantia inclui:

· Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do

Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de 28 milhares de euros (31 de

dezembro de 2015: 48 milhares de euros);

· Títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 687 milhares de

euros (31 de dezembro de 2015: 744 milhares de euros).

Estes títulos dados em garantia encontram-se registados na carteira de ativos financeiros disponíveis

para venda, e podem ser executados em caso de incumprimento, por parte do Banco, das obrigações

contratuais assumidas nos termos e condições dos contratos celebrados.

Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus

clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou

serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição

da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o

seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.

Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de

crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral,

são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o

pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em

vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da

contratualização dos mesmos.

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Relatório e Contas de 2016 138

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas

operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial,

nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo

que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma

vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados

não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a

prestação de serviços bancários são como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Depósito e guarda de valores 213 213 209 872 Valores recebidos para cobrança 37 86

213 250 209 958

Fundo de Resolução

a) O Fundo de Resolução é uma pessoa coletiva de direito público com autonomia administrativa

e financeira, que se rege pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (“RGICSF”) e pelo seu regulamento e que tem como objetivo intervir

financeiramente em instituições financeiras em dificuldades, aplicando as medidas

determinadas pelo Banco de Portugal. Neste contexto, e em conformidade com o definido no

RGICSF, as fontes de financiamento do Fundo de Resolução são: (i) receitas provenientes da

contribuição para o setor bancário; (ii) contribuições iniciais das instituições participantes; (iii)

contribuições periódicas das instituições participantes; (iv) importâncias provenientes de

empréstimos; (v) rendimentos de aplicações de recursos; (vi) liberalidades; e (vii) quaisquer

outras receitas, rendimentos ou valores que provenham da sua atividade ou que por lei ou

contrato lhe sejam atribuídos, incluindo os montantes recebidos da instituição de crédito

objeto de resolução ou da instituição de transição.

O Banco, a exemplo da generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal, é uma

das instituições participantes no Fundo de Resolução efetuando contribuições que resultam da

aplicação de uma taxa definida anualmente pelo Banco de Portugal tendo por base,

essencialmente, o montante dos passivos. Em 2016, a contribuição periódica efetuada pelo

Banco ascendeu a 84 milhares de euros, tendo a contribuição relativa ao corrente exercício sido

reconhecida na totalidade em abril de 2016, de acordo com a IFRIC 21 (31 de dezembro de 2015:

49 milhares de euros).

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Relatório e Contas de 2016 139

b) No âmbito da sua responsabilidade enquanto autoridade de supervisão e resolução do setor

financeiro português, o Banco de Portugal em 3 de agosto de 2014 decidiu aplicar ao Banco

Espírito Santo, S.A. (“BES”) uma medida de resolução, ao abrigo do nº5 do artigo 145º-G do

RGICSF, na redação à data, que consistiu na transferência da generalidade da sua atividade

para um banco de transição, denominado Novo Banco, S.A. (“NOVO BANCO”), criado

especialmente para o efeito.

Para realização do capital social do NOVO BANCO, o Fundo de Resolução disponibilizou 4.900

milhões de euros. Desse montante 377 milhões de euros correspondem a recursos financeiros

próprios do Fundo de Resolução. Adicionalmente, foi concedido um empréstimo por um

sindicato bancário ao Fundo de Resolução de 700 milhões de euros, tendo a participação de

cada instituição de crédito sido ponderada em função de diversos fatores, incluindo a respetiva

dimensão. O restante montante teve origem num empréstimo concedido pelo Estado

Português, o qual será reembolsado e remunerado pelo Fundo de Resolução.

Em 29 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução,

determinou a retransmissão, do NOVO BANCO para o BES de cinco emissões de instrumentos

de dívida não subordinada, procedeu ao ajustamento final do perímetro de ativos, passivos,

elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão transferidos para o NOVO BANCO, tendo

igualmente clarificado que compete ao Fundo de Resolução neutralizar, por via compensatória

junto do NOVO BANCO, os eventuais efeitos negativos de decisões judiciais futuras decorrentes

do processo de resolução, de que resultem responsabilidades ou contingências.

c) Ainda durante o mês de dezembro de 2015, as autoridades nacionais decidiram vender a

atividade e a maior parte dos ativos e passivos do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

(“Banif”) ao Banco Santander Totta, por 150 milhões de euros, no quadro da aplicação de uma

medida de resolução. De acordo com a informação prestada pelo Banco de Portugal, esta

operação envolveu um apoio público estimado de 2 255 milhões de euros que visou cobrir

contingências futuras, financiados em 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e em 1

766 milhões de euros diretamente pelo Estado português, em resultado das opções acordadas

entre as autoridades portuguesas, as instâncias europeias e o Banco Santander Totta, para a

delimitação do perímetro dos ativos e passivos a alienar. No contexto desta medida de

resolução, os ativos do Banif identificados como problemáticos foram transferidos para um

veículo de gestão de ativos, criado para o efeito – Oitante, S.A., sendo o Fundo de Resolução o

detentor único do seu capital social, através da emissão de obrigações representativas de

dívida desse veículo, no valor de 746 milhões de euros, com garantia do Fundo de Resolução e

contragarantia do Estado Português. No Banif, que será alvo de futura liquidação,

permanecerão um conjunto restrito de ativos, bem como as posições acionistas, dos credores

subordinados e de partes relacionadas.

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Relatório e Contas de 2016 140

Conforme previsto no Decreto-Lei nº 31-A/2012, os recursos do Fundo de Resolução são

provenientes do pagamento das contribuições devidas pelas instituições participantes no

Fundo e da contribuição sobre o setor bancário. Adicionalmente, está também previsto que

sempre que esses recursos se mostrem insuficientes para o cumprimento das suas obrigações

podem ser utilizados outros meios de financiamento, nomeadamente: (i) contribuições

especiais das instituições de crédito; e (ii) importâncias provenientes de empréstimos.

d) Decorrente das deliberações referidas acima, também o risco de litigância envolvendo o Fundo

de Resolução poderá ser materialmente significativo, bem como o risco de uma eventual

insuficiência de recursos para assegurar o cumprimento das responsabilidades, em particular o

reembolso a curto prazo dos financiamentos contraídos.

É neste enquadramento que, no segundo semestre de 2016, o Governo Português chegou a acordo com

a Comissão Europeia no sentido de serem alteradas as condições dos financiamentos concedidos pelo

Estado Português e pelos bancos participantes ao Fundo de Resolução por forma a preservar a

estabilidade financeira, por via da promoção das condições que conferem previsibilidade e estabilidade

ao esforço contributivo para o Fundo de Resolução. Para o efeito, foi recentemente formalizado um

aditamento aos contratos de empréstimo ao Fundo de Resolução, que introduz um conjunto de

alterações sobre os planos de reembolso, às taxas de remuneração e outros termos e condições

associados a esses empréstimos por forma a que os mesmos se ajustem à capacidade do Fundo de

Resolução para cumprir integralmente as suas obrigações com base nas suas receitas regulares, isto é,

sem necessidade de serem cobradas, aos bancos participantes no Fundo de Resolução, contribuições

especiais ou qualquer outro tipo de contribuição extraordinária.

Neste contexto, tendo por base a informação atualmente disponível, é entendimento do Conselho de

Administração, que são reduzidos os riscos de que possam resultar encargos adicionais para o Banco a

respeito do conjunto de responsabilidades acima explicitadas e que recaem sobre o Fundo de

Resolução.

NOTA 35 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

O valor das transações do Banco com entidades do Grupo NOVO BANCO em 31 de dezembro de 2016 e

2015, assim como os respetivos custos e proveitos reconhecidos, resumem-se como segue:

Page 141: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 141

(milhares de euros)31.12.2015

Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos

AcionistaSANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PONTA DELGADA 401 1 186 - - - 401 1 596 - - - BENSAÚDE PARTICIPAÇÕES - 45 - - - - 63 - - - NOVO BANCO 224 738 254 291 196 487 4 622 5 242 313 990 352 909 297 602 2 590 2 435

Empresas subsidiárias / associadasBEST - 293 - - - - 3 070 - - - GNB VIDA 110 13 315 - 126 27 - 30 999 - 112 498 GNB GA - 4 986 - - 49 - 5 935 - - 83 NB PATRIMÓNIO - - - - 131 - - - - - GNB ACE - - - - 27 - - - - 28 GNB SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - - - - 272 - - - - 275 GNB SEGUROS - 1 507 - - - - 247 - - - UNICRE - 6 - - - - - - - -

225 249 275 629 196 487 4 748 5 748 314 391 394 819 297 602 2 702 3 319

31.12.2016

Os ativos e passivos, geradores de juros, contratados com entidades do Grupo NOVO BANCO,

apresentam taxas de juro entre 1,09% e 2,14% e entre 0% e 1,5%, respetivamente.

As remunerações e outros benefícios atribuídos aos membros do Conselho de Administração e do

Conselho Fiscal do Banco são apresentados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Conselho de Administração

Remunerações e outros benefícios a curto prazo 471 481

Benefícios pós emprego e outros encargos sociais 123 130

Prémios de antiguidade - -

Remunerações variáveis - - 594 611

Conselho Fiscal (a) 10 12

604 623

(a) Os valores de 2015 incluem os montantes retroativos relativos aos novos elementos que foram eleitos em março de 2014mas cujas remunerações só foram assumidas como custo em 2015.

Em 31 de dezembro de 2016, o valor do crédito concedido a membros do Conselho de Administração e

seus familiares e membros do Conselho Fiscal e seus familiares (de acordo com o âmbito definido no

IAS 24) ascendia a cerca de 411 milhares de euros e 225 milhares de euros, respetivamente (31 de

dezembro de 2015: 407 milhares de euros e 169 milhares de euros).

NOTA 36 – JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O justo valor dos ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor do Banco é como segue:

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Relatório e Contas de 2016 142

(milhares de euros)

Cotações de mercado

Modelos de valorização com

parâmetros observáveis no

mercado

Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no

mercado

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2016

Ativos financeiros detidos para negociação - 1 - 1 Ativos financeiros disponíveis para venda 34 588 379 5 699 40 666 Crédito a clientes - 3 250 - 3 250

Ativos financeiros 34 588 3 630 5 699 43 917

Passivos financeiros detidos para negociação - 10 - 10 Derivados para gestão do risco - 816 - 816

Passivos financeiros - 826 - 826

31 de dezembro de 2015

Ativos financeiros detidos para negociação - 1 - 1 Ativos financeiros disponíveis para venda 36 251 - 5 478 41 729 Crédito a clientes - 3 005 - 3 005

Ativos financeiros 36 251 3 006 5 478 44 735

Passivos financeiros detidos para negociação - 7 - 7 Derivados para gestão do risco - 628 - 628

Passivos financeiros - 635 - 635

Justo Valor

Valorizados ao Justo Valor

Os Ativos e Passivos ao justo valor do Banco foram valorizados de acordo com a seguinte hierarquia:

Valores de cotação de mercado (nível 1) – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em

mercados oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transações

para estes ativos/passivos negociados em mercados líquidos.

Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis no mercado (nível 2) – Nesta categoria

são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos,

designadamente modelos de fluxos de caixa descontados e de avaliação de opções, que implicam a

utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam conforme a complexidade dos produtos

objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como inputs nos seus modelos, variáveis

disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de juro, spreads de crédito, volatilidade e

índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações

divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida.

Adicionalmente, o Banco utiliza ainda como variáveis observáveis em mercado, aquelas que resultam

de transações sobre instrumentos semelhantes e que se observam com determinada recorrência no

mercado.

Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado (nível 3) – Neste nível incluem-se

as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou cotações

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Relatório e Contas de 2016 143

fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.

As bases e pressupostos de cálculo do justo valor estão em conformidade com os princípios do IFRS 13.

O movimento dos ativos financeiros valorizados com recurso a métodos com parâmetros não

observáveis no mercado, em 31 de dezembro de 2016 e 2015, pode ser analisado como segue:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Saldo no início do período 5 478 10 360

Aquisições - 1

Saídas ( 11) ( 4 766)

Variação de valor 232 ( 117)

Saldo no fim do período 5 699 5 478

Os principais parâmetros utilizados em 31 de dezembro de 2016 e 2015, nos modelos de valorização

foram os seguintes:

Curvas de taxas de juro

As taxas de curto prazo apresentadas refletem os valores indicativos praticados em mercado

monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swap

de taxa de juro para os respetivos prazos:

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

Overnight -0,4000 0,6100 0,1500 -0,3500 0,4100 0,32001 mês -0,3680 0,7750 0,2900 -0,2050 0,6050 0,5750

3 meses -0,3190 1,0500 0,4300 -0,1310 0,7550 0,67006 meses -0,2210 1,2500 0,5500 -0,0400 0,9400 0,82509 meses -0,1390 1,4500 0,6800 -0,0480 1,1200 0,9750

1 ano -0,2040 1,1810 0,4064 -0,0569 0,8470 0,72613 anos -0,1005 1,6640 0,6881 0,0590 1,3849 1,30265 anos 0,0750 1,9450 0,8657 0,3280 1,7010 1,59207 anos 0,3150 2,1350 1,0347 0,6210 1,9310 1,7990

10 anos 0,6680 2,3160 1,2325 1,0000 2,1615 1,993115 anos 1,0340 2,4750 1,4147 1,3990 2,3930 2,160620 anos 1,1810 2,5380 1,4607 1,5670 2,5020 2,201025 anos 1,2230 2,5600 1,4498 1,6040 2,6320 2,180030 anos 1,2410 2,5650 1,4297 1,6100 2,5900 2,1550

31.12.2016 31.12.2015

Volatilidades de taxas de juro

Os valores a seguir apresentados referem-se às volatilidades implícitas (at the money) que serviram de

base para a avaliação de opções de taxa de juro:

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Relatório e Contas de 2016 144

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

1 ano 14,14 24,43 80,81 31,65 50,93 44,443 anos 31,24 37,50 - 58,65 46,06 53,365 anos 47,41 40,88 97,10 78,45 46,29 54,117 anos 58,53 39,98 90,36 83,60 43,95 51,72

10 anos 66,68 37,66 - 84,47 39,50 47,7015 anos 69,39 - - 80,90 - 42,18

31.12.2016 31.12.2015

Câmbios e volatilidade cambiais

Seguidamente apresentam-se as taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço e as

volatilidades implícitas (at the money) para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos

derivados:

Cambial 31.12.2016 31.12.2015 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano

EUR/USD 1,0541 1,0887 10,45 10,58 10,83 10,65 10,55

EUR/GBP 0,8562 0,7340 9,91 10,35 10,93 10,80 10,80

EUR/CHF 1,0739 1,0835 5,30 6,15 7,30 7,43 7,59

EUR/NOK 9,0863 9,6030 7,30 7,91 8,39 8,48 8,60

EUR/PLN 4,4103 4,2639 6,78 7,10 7,55 7,60 7,75

EUR/RUB 64,3000 80,6736 15,20 16,20 17,25 17,22 18,15

USD/BRL a) 3,2544 3,9604 16,23 16,36 16,40 16,43 16,46

USD/TRY b) 3,5169 2,9177 15,38 15,75 15,60 15,95 15,90

Volatilidade (%)

a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRLb) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/TRY

O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado no momento da

avaliação.

Índices sobre cotações

No quadro seguinte, resume-se a evolução dos principais índices de cotações e respetivas volatilidades

utilizadas nas valorizações dos derivados sobre ações:

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Relatório e Contas de 2016 145

31.12.2016 31.12.2015 Variação % 1 mês 3 meses

DJ Euro Stoxx 50 3 291 3 268 -12,3 10,87 13,25 16,43

PSI 20 4 679 5 313 -16,2 11,45 13,71 17,46

IBEX 35 9 352 9 544 -14,5 13,54 14,99 -

FTSE 100 7 143 6 242 4,2 8,48 11,89 11,82

DAX 11 481 10 743 -9,9 11,22 13,32 16,09

S&P 500 2 239 2 044 2,7 7,60 10,23 11,51

BOVESPA 60 227 43 350 18,9 25,02 23,92 23,62

Volatilidade implícita

Volatilidade históricaCotação

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos

financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue:

(milhares de euros)

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2016

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 842 - 4 842 - 4 842

Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 075 - 11 075 - 11 075

Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 827 - - 1 827 1 827

Aplicações em instituições de crédito 214 552 - 214 552 - 214 552

Crédito a clientes 369 875 - - 391 075 391 075

Ativos financeiros 602 171 - 230 469 392 902 623 371

Recursos de outras instituições de crédito 253 958 - 253 958 - 253 958

Recursos de clientes 353 664 - - 353 664 353 664

Passivos financeiros 607 622 - 253 958 353 664 607 622

Ativos/ passivos registados ao

custo amortizado

Justo valor

Cotações de mercado

Modelos de valorização com

parâmetros/ preços observáveis no

mercado

Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no

mercado

Justo valor total

a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foramidentificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor .

(milhares de euros)

(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)

31 de dezembro de 2015

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 299 - 5 299 - 5 299

Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 895 - 15 895 - 15 895

Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 486 - - 1 486 1 486

Aplicações em instituições de crédito 298 459 - 298 459 - 298 459

Crédito a clientes 376 696 - - 403 232 403 232

Ativos financeiros 697 835 - 319 653 404 718 724 371

Recursos de outras instituições de crédito 356 846 - 356 846 - 356 846

Recursos de clientes 342 674 - - 342 674 342 674

Passivos financeiros 699 520 - 356 846 342 674 699 520

a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foramidentificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor .

Ativos/ passivos registados ao

custo amortizado

Justo valor

Cotações de mercado

Modelos de valorização com

parâmetros/ preços observáveis no

mercado

Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no

mercado

Justo valor total

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Relatório e Contas de 2016 146

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e

Aplicações em instituições de crédito

Estes ativos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Crédito a clientes

O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de

capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os

fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o crédito à

habitação, são estimados numa base de portfolio. As taxas de desconto utilizadas são as taxas atuais

praticadas para empréstimos com características similares.

Recursos de bancos centrais e Recursos de outras instituições de crédito

Estes passivos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Recursos de clientes e outros empréstimos

O justo valor dos depósitos à ordem corresponde ao valor nominal dos mesmos. O justo valor dos

depósitos a prazo e outros recursos não à vista é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa

esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente

definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflete as taxas praticadas para os créditos com

características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são

renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu

justo valor.

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados

O justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado

com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes

instrumentos.

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Relatório e Contas de 2016 147

NOTA 37 – GESTÃO DOS RISCOS DE ATIVIDADE

O Banco está exposto aos seguintes riscos decorrentes do uso de instrumentos financeiros:

· Risco de crédito;

· Risco de mercado;

· Risco de liquidez;

· Risco operacional.

Risco de crédito

O Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do

incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o

Banco no âmbito da sua atividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente nos

produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes, e em

produtos de negociação – swaps, forwards e opções (risco de contraparte).

É efetuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interação entre as várias

equipas envolvidas na gestão de risco ao longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito.

Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das

metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e

circuitos de decisão.

O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à evolução

das exposições de crédito e monitorização das perdas creditícias, é efetuado regularmente pelo Comité

de Risco. São igualmente objeto de análises regulares o cumprimento dos limites de crédito aprovados

e o correto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito

da atividade corrente das áreas comerciais.

Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 224 737 314 354Ativos financeiros disponíveis para venda 34 873 36 251Crédito a clientes 351 925 353 165Outros ativos 3 014 3 355Garantias e avales prestados 208 964 311 323Compromissos irrevogáveis 475 488

823 988 1 018 936

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Relatório e Contas de 2016 148

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe do valor da exposição bruta de crédito e imparidade

constituída por segmento era o seguinte:

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 77 922 209 35 699 5 788 113 621 5 997 8 920 3 974 15 631 8 058 24 551 12 032 138 172 18 029

Crédito à Habitação 184 581 238 20 899 364 205 480 602 599 50 9 921 2 127 10 520 2 177 216 000 2 779

Outro Crédito a Particulares 15 783 81 2 125 114 17 908 195 142 15 4 282 3 561 4 424 3 576 22 332 3 771

Total 278 286 528 58 723 6 266 337 009 6 794 9 661 4 039 29 834 13 746 39 495 17 785 376 504 24 579

* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros

Segmento

31.12.2016

Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total

Sem índicios de imparidade

Com índicios de imparidade

TotalDias de atraso

TotalExposição Imparidade<= 90 dias* >90 dias

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 73 373 469 38 014 5 588 111 387 6 057 8 922 4 059 16 340 7 694 25 262 11 753 136 649 17 810

Crédito à Habitação 184 596 267 21 281 404 205 877 671 493 39 11 020 1 902 11 513 1 941 217 390 2 612

Outro Crédito a Particulares 16 152 87 2 525 240 18 677 327 48 17 4 661 3 494 4 709 3 511 23 386 3 838

Total 274 121 823 61 820 6 232 335 941 7 055 9 463 4 115 32 021 13 090 41 484 17 205 377 425 24 260

* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros

Segmento

31.12.2015

Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total

Sem índicios de imparidade Imparidade<= 90 dias* >90 dias

Com índicios de imparidade

TotalDias de atraso

TotalExposição

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe da carteira de crédito por segmento e ano de produção

era como segue:

(milhares de euros)

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

2004 e anteriores

318 4 954 1 127 927 30 949 583 3 150 1 396 131 4 395 37 299 1 841

2005 55 889 287 267 13 668 251 544 290 102 866 14 847 640

2006 72 1 836 680 385 20 233 274 454 506 304 911 22 575 1 258

2007 144 3 620 1 121 594 31 326 296 991 1 131 657 1 729 36 077 2 074

2008 92 4 079 1 198 646 34 338 546 1 363 2 106 778 2 101 40 523 2 522

2009 126 5 783 2 378 383 22 739 141 1 098 2 318 630 1 607 30 840 3 149

2010 123 11 060 948 356 21 508 245 987 1 314 453 1 466 33 882 1 646

2011 149 2 906 369 206 12 464 130 784 884 287 1 139 16 254 786

2012 203 4 982 1 017 97 4 914 101 943 509 41 1 243 10 405 1 159

2013 339 10 423 929 95 4 314 14 963 590 54 1 397 15 327 997

2014 421 27 566 3 349 83 4 350 7 1 008 1 325 151 1 512 33 241 3 507

2015 296 36 874 4 207 123 3 644 16 1 069 6 805 43 1 488 47 323 4 266

2016 544 23 200 419 158 11 553 175 1 006 3 158 140 1 708 37 911 734

Total 2 882 138 172 18 029 4 320 216 000 2 779 14 360 22 332 3 771 21 562 376 504 24 579

31.12.2016

Ano de produção

Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total

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Relatório e Contas de 2016 149

(milhares de euros)

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

Número de operações

MontanteImparidade constituida

2004 e anteriores

335 6 474 1 337 972 34 146 461 3 201 1 544 124 4 508 42 164 1 922

2005 58 1 042 319 274 14 595 250 559 313 109 891 15 950 678

2006 81 2 050 738 396 21 478 299 589 610 320 1 066 24 138 1 357

2007 143 3 518 922 605 32 989 308 1 033 1 427 678 1 781 37 934 1 908

2008 111 4 120 1 126 658 36 480 561 1 504 2 861 856 2 273 43 461 2 543

2009 140 6 668 2 183 391 24 137 186 1 172 2 936 640 1 703 33 741 3 009

2010 138 11 991 860 369 23 284 257 1 080 2 168 539 1 587 37 443 1 656

2011 195 3 416 411 213 13 173 129 884 1 318 292 1 292 17 907 832

2012 248 7 019 731 104 5 498 110 972 657 42 1 324 13 174 883

2013 399 12 410 1 192 101 4 717 18 984 851 78 1 484 17 978 1 288

2014 466 34 970 3 466 81 4 417 9 1 006 1 661 116 1 553 41 048 3 591

2015 505 42 971 4 525 119 2 476 24 1 059 7 040 44 1 683 52 487 4 593

Total 2 819 136 649 17 810 4 283 217 390 2 612 14 043 23 386 3 838 21 145 377 425 24 260

31.12.2015

Ano de produção

Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade

avaliada individual e coletivamente, por segmento era o seguinte:

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 23 614 13 360 114 558 4 669 138 172 18 029

Crédito à Habitação 205 205 215 795 2 574 216 000 2 779

Outro Crédito a Particulares 450 350 21 882 3 421 22 332 3 771

Total 24 269 13 915 352 235 10 664 376 504 24 579

(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade

31.12.2016

Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total

(milhares de euros)

Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Empresas 23 454 12 363 113 195 5 447 136 649 17 810

Crédito à Habitação - - 217 390 2 612 217 390 2 612

Outro Crédito a Particulares 559 371 22 827 3 467 23 386 3 838

Total 24 013 12 734 353 412 11 526 377 425 24 260

(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade

Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total

31.12.2015

Os créditos analisados pelo Comité de Imparidade para os quais não foi alterada a imparidade

determinada automaticamente pelo Modelo de Imparidade são incluídos e apresentados na “Avaliação

Coletiva”.

Page 150: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 150

A repartição por setores de atividade, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015,

encontra-se apresentada conforme segue:

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 302 ( 382) - - - 16 Indústrias Extrativas 739 ( 21) - - - 160 Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 115 ( 80) - - - 4 Texteis e Vestuário 104 ( 2) - - - - Madeira e Cortiça 471 ( 125) - - - - Papel e Indústrias Gráficas 1 244 ( 180) - - - - Produtos Quimicos e de Borracha 58 - - - - - Produtos Minerais não Metálicos 1 082 ( 36) - - - 55 Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 817 ( 184) - - - - Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 484 ( 114) - - - 26 Fabricação de Material de Transporte - - - - - - Outras Industrias Transformadoras 71 - - - - - Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - 470 Construção e Obras Públicas 9 635 ( 2 982) - - - 6 869 Comércio por Grosso e a Retalho 41 622 ( 10 750) - - - 2 443 Turismo 8 317 ( 781) - - - 494 Transportes e Comunicações 12 709 ( 192) - - - 355 Atividades Financeiras 189 ( 2) 3 1 934 - 196 487 Atividades Imobiliárias 2 110 ( 684) - - - 564 Serviços Prestados às Empresas 9 386 ( 836) - 5 685 - 274 Administração e Serviços Públicos 25 240 ( 106) - 34 874 - 164 Outras atividades de serviços coletivos 6 443 ( 568) - - - 222 Crédito à Habitação 216 000 ( 2 779) - - - - Crédito a Particulares 22 332 ( 3 771) - - - - Outros 33 ( 3) - - - 361

TOTAL 376 504 ( 24 579) 3 42 493 - 208 964

31.12.2016

Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para

venda Garantias prestadas

Ativos financeiros detidos p/

negociação

Page 151: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 151

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade (a) Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 223 ( 353) - - - 19 Indústrias Extrativas 693 ( 7) - - - 135 Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 228 ( 76) - - - 6 Texteis e Vestuário 132 ( 2) - - - - Madeira e Cortiça 616 ( 108) - - - - Papel e Indústrias Gráficas 897 ( 119) - - - - Produtos Quimicos e de Borracha 45 - - - - - Produtos Minerais não Metálicos 1 051 ( 42) - - - 55 Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 788 ( 181) - - - - Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 564 ( 127) - - - 26 Fabricação de Material de Transporte - - - - - 2 Outras Industrias Transformadoras 50 - - - - - Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - 470 Construção e Obras Públicas 10 090 ( 2 846) - - - 7 310 Comércio por Grosso e a Retalho 44 248 ( 10 483) - - - 3 296 Turismo 8 833 ( 673) - - - 495 Transportes e Comunicações 12 818 ( 296) - - - 317 Atividades Financeiras 101 ( 1) 1 1 499 - 297 602 Atividades Imobiliárias 2 410 ( 706) - - - 693 Serviços Prestados às Empresas 3 309 ( 576) - 5 465 - 263 Administração e Serviços Públicos 26 150 ( 101) - 36 251 - 177 Outras atividades de serviços coletivos 6 402 ( 1 112) - - - 315 Crédito à Habitação 217 390 ( 2 612) - - - - Crédito a Particulares 23 386 ( 3 838) - - - 142

TOTAL 377 425 ( 24 260) 1 43 215 - 311 323

(a) inclui provisão para imparidade no valor de 21 950 milhares de euros (ver Nota 22) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 310 milhares de euros (ver Nota 30)

31.12.2015

Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para

venda Garantias prestadas

Ativos financeiros detidos p/

negociação

Relativamente ao crédito reestruturado por dificuldades financeiras do cliente, nos termos definidos

pela Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal, os valores envolvidos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

são os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Crédito a empresas 22 390 23 441

Crédito à habitação 3 594 4 435

Outro Crédito a particulares 1 332 1 445

Total 27 316 29 321

Apresenta-se de seguida o detalhe das medidas de reestruturação aplicadas aos créditos

reestruturados até 31 de dezembro de 2016 e 2015:

Page 152: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 152

(milhares de euros)

Número de operações

Exposição ImparidadeNúmero de operações

Exposição ImparidadeNúmero de operações

Exposição Imparidade

Perdão de capital ou juro 1 142 5 3 6 411 3 104 4 6 553 3 109

Capitalização de juros - - - - - - - - -

Novo crédito para liquidação total ou parcial da dívida existente

50 1 343 111 17 1 647 740 67 2 990 851

Alargamento do prazo de reembolso 20 6 936 4 262 9 567 40 29 7 503 4 302

Introdução de período de carência de capital ou juro

29 2 132 32 8 647 100 37 2 779 132

Redução das taxas de juro 5 365 24 - - - 5 365 24

Alteração do plano de pagamento de leasing

3 177 27 - - - 3 177 27

Alteração da periodicidade de pagamento de juros

- - - - - - - - -

Outros 95 2 755 86 53 4 194 1 692 148 6 949 1 778

Total 203 13 850 4 547 90 13 466 5 676 293 27 316 10 223

Medida

31.12.2016

Crédito que não está em risco Crédito em risco Total

(milhares de euros)

Número de operações

Exposição ImparidadeNúmero de operações

Exposição ImparidadeNúmero de operações

Exposição Imparidade

Perdão de capital ou juro 1 169 6 3 6 467 3 131 4 6 636 3 137

Capitalização de juros - - - - - - - - -

Novo crédito para liquidação total ou parcial da dívida existente

44 1 076 127 11 1 560 664 55 2 636 791

Alargamento do prazo de reembolso 12 6 603 4 015 3 714 51 15 7 317 4 066

Introdução de período de carência de capital ou juro

35 2 415 46 3 179 10 38 2 594 56

Redução das taxas de juro 3 340 14 - - - 3 340 14

Alteração do plano de pagamento de leasing

1 86 3 - - - 1 86 3

Alteração da periodicidade de pagamento de juros

- - - - - - - - -

Outros 127 5 768 215 54 3 944 1 177 181 9 712 1 392

Total 223 16 457 4 426 74 12 864 5 033 297 29 321 9 459

Medida

31.12.2015

Crédito que não está em risco Crédito em risco Total

Risco de mercado

O Risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa

do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de

câmbio e preços de ações e de mercadorias.

A gestão de risco de mercado é integrada com a gestão do balanço através da estrutura ALCO (Asset

and Liability Committee) constituída ao mais alto nível da instituição. Este órgão é responsável pela

definição de políticas de afetação e estruturação do balanço bem como pelo controlo da exposição aos

riscos de taxa de juro, de taxa de câmbio e de liquidez.

Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das

perdas potenciais sob condições adversas de mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é

utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um intervalo de

confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas

com base num período de observação de um ano. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos

Page 153: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 153

cenários extremos (stress-testing) que permitem avaliar os impactos de perdas potenciais superiores

às consideradas na medida do VaR.

milhares de euros

31.12.2016 31.12.2015

Dezembro Média anual Máximo Mínimo Dezembro Média anual Máximo Mínimo

Risco cambial 126,45 86,42 130,10 54,00 70,60 76,50 175,52 33,92Risco taxa de juro 0,04 0,04 0,05 0,03 0,04 0,05 0,10 0,03Ações e Mercadorias 0,22 0,48 0,92 0,14 1,35 1,25 1,82 0,97Volatilidade 0,03 0,03 0,05 0,02 0,06 0,07 0,04 0,09Efeito da diversificação -0,39 -0,57 -0,22 -1,06 -1,97 -1,59 -1,91 -1,62

Total 126,35 86,40 130,90 53,12 70,07 76,28 175,56 33,39

Em 31 de dezembro de 2016, o Banco apresenta um valor em risco (VaR) de 126 milhares de euros para

as suas posições de negociação (31 de dezembro de 2015: 70 milhares de euros).

No seguimento das recomendações de Basileia II (Pilar 2) e da Instrução nº 19/2005, do Banco de

Portugal, o NBA calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia do

Bank of International Settlements (BIS) classificando todas as rubricas do ativo, passivo e

extrapatrimoniais, que não pertençam à carteira de negociação, por escalões de repricing.

(milhares de euros)

Montantes elegíveis

Não sensíveis

Até 3 mesesDe 3 a 6 meses

De 6 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 233 551 5 732 227 819 - - - - Crédito a clientes 375 894 - 242 301 83 985 14 043 24 999 10 566Títulos 41 615 7 619 - - - 33 253 743

Total 470 120 83 985 14 043 58 252 11 309

Recursos de outras Inst. de Crédito 252 385 - 47 132 - 205 000 253 - Depósitos 349 792 - 132 479 80 521 69 697 67 053 42

Total 179 611 80 521 274 697 67 306 42

GAP de balanço (Ativos - Passivos) 35 532 290 509 3 464 ( 260 654) ( 9 054) 11 267

Fora de Balanço - 4 632 3 000 - ( 3 000) ( 4 632)

GAP estrutural 35 532 295 141 6 464 ( 260 654) ( 12 054) 6 635

GAP acumulado 295 141 301 605 40 951 28 897 35 532

31.12.2016

Page 154: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 154

(milhares de euros)

Montantes elegíveis

Não sensíveis

Até 3 mesesDe 3 a 6 meses

De 6 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 319 379 5 910 304 284 9 185 - - - Crédito a clientes 376 683 - 250 235 85 179 8 095 23 357 9 817Títulos 42 337 6 963 - - - - 35 374

Total 554 519 94 364 8 095 23 357 45 191

Recursos de outras Inst. de Crédito 354 944 - 354 944 - - - - Depósitos 337 176 - 130 168 66 435 83 987 56 519 67

Total 485 112 66 435 83 987 56 519 67

GAP de balanço (Ativos - Passivos) 33 406 69 407 27 929 ( 75 892) ( 33 162) 45 124

Fora de Balanço - 4 108 - - - ( 4 108)

GAP estrutural 33 406 73 515 27 929 ( 75 892) ( 33 162) 41 016

GAP acumulado 73 515 101 444 25 552 ( 7 610) 33 406

31.12.2015

O modelo utilizado para o cálculo da análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira

bancária baseia-se numa aproximação ao modelo da duração, sendo efetuados cenários paralelos para

deslocação da curva de rendimentos de 100 p.b. em todos os escalões de taxa de juro e cenários de

deslocação da curva de rendimentos não paralelos, superiores a um ano em 100 p.b..

(milhares de euros)

31.12.2016 31.12.2015

Aumento paralelo de

100 pb

Diminuição paralela de

100 pb

Aumento depois de 1

ano de 50pb

Diminuição depois de 1

ano de 50pb

Aumento paralelo de

100 pb

Diminuição paralela de

100 pb

Aumento depois de 1

ano de 50pb

Diminuição depois de 1

ano de 50pb

Sensibilidade para o risco de taxa de juro ( 114) 114 ( 871) 871 ( 1 760) 1 760 ( 1 083) 1 083

Média do período ( 401) 401 ( 901) 901 577 ( 577) 193 ( 193)

Máximo para o período ( 1 297) 1 297 ( 1 142) 1 142 890 ( 890) 257 ( 257)

Mínimo para o período ( 114) 114 ( 611) 611 366 ( 366) 120 ( 120)

No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de

ativos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios de 2016 e 2015, bem assim como os respetivos

saldos médios e os juros do período:

(milhares de euros)

Saldo médio do período

Juro do período

Taxa de juro

média

Saldo médio do período

Juro do período

Taxa de juro

média

Ativos monetários 247 831 2 797 1,11% 232 681 1 712 0,73%Crédito a clientes 378 446 10 307 2,68% 383 467 11 431 2,94%Aplicações em títulos 34 146 561 1,62% 14 522 415 2,82%

Ativos financeiros 660 423 13 665 2,04% 630 670 13 558 2,12%

Recursos monetários 301 393 4 510 1,47% 280 013 2 137 0,75%Recursos de clientes 342 408 3 311 0,95% 324 415 4 941 1,50%Recursos diferenciais 16 622 - - 26 242 - -

Passivos financeiros 660 423 7 821 1,16% 630 670 7 078 1,11%

Resultado Financeiro 5 844 0,87% 6 480 1,01%

31.12.2016 31.12.2015

Page 155: Relatório e Contas de 2016 - Banco de Portugal · Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de Transformação de

Relatório e Contas de 2016 155

No que se refere ao risco cambial, a repartição dos ativos e dos passivos, a 31 de dezembro de 2016 e

2015, por moeda, é analisado como segue:

(milhares de euros)

Posições à Vista

Posições a Prazo

Posição Líquida

Posições à Vista

Posições a Prazo

Posição Líquida

USD DOLAR DOS E.U.A. 2 807 - 2 807 857 - 857

GBP LIBRA ESTERLINA 70 - 70 ( 3) - ( 3)

DKK COROA DINAMARQUESA 64 - 64 63 - 63

CHF FRANCO SUICO ( 22) - ( 22) 3 - 3

SEK COROA SUECA 3 - 3 7 - 7

NOK COROA NORUEGUESA 42 - 42 32 - 32

CAD DOLAR CANADIANO 591 - 591 679 - 679

3 555 - 3 555 1 638 - 1 638

Nota: activo / (passivo)

31.12.201531.12.2016

Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de uma instituição solver as

suas responsabilidades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais.

O risco de liquidez pode ser subdividido em dois tipos:

• Liquidez dos ativos (market liquidity risk) - consiste na impossibilidade de alienar um determinado

tipo de ativo devido à falta de liquidez no mercado, o que se traduz no alargamento do spread

bid/offer ou na aplicação de um haircut ao valor de mercado.

• Financiamento (funding liquidity risk) - consiste na impossibilidade de financiar no mercado os ativos

e/ou refinanciar a dívida que está a maturar, na moeda desejada. Esta impossibilidade pode ser

refletida através de um forte aumento do custo de financiamento ou da exigência de colateral para

a obtenção de fundos. A dificuldade de (re)financiamento pode conduzir à venda de ativos, ainda que

incorrendo em perdas significativas. O risco de (re)financiamento deve ser minimizado através de

uma adequada diversificação das fontes de financiamento e dos prazos de vencimento.

Os bancos estão sujeitos a risco de liquidez por inerência do seu negócio de transformação de

maturidades (emprestadores de longo prazo e depositários de curto prazo), sendo assim crucial uma

gestão prudente do risco de liquidez.

Com o objetivo de avaliar a exposição global ao risco de liquidez são elaborados relatórios que

permitem não só identificar os mismatch negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

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Relatório e Contas de 2016 156

(milhões de euros)

Montantes Elegíveis

até 7 diasde 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a 1 ano

superior a 1 ano

ATIVOSCaixa e disponibilidades 6 6 0 0 0 0 0Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 228 13 9 205 0 0 0Crédito a clientes 357 1 2 3 9 8 333Títulos 41 0 0 0 0 0 41

Total 20 11 208 9 8 374

PASSIVOSRecursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 252 9 0 38 0 205 0Depósitos de clientes 350 6 2 4 5 4 328Outros passivos exigíveis a curto prazo 6 6 0 0 0 0 0Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 0 0 0 0 0 0 0

Total 21 2 42 5 209 328

GAP (Ativos - Passivos) -1 10 166 4 -201

GAP Acumulado -1 9 175 179 -22

Buffer de activos liq > 12 meses 30

31.12.2016

(milhões de euros)

Montantes Elegíveis

até 7 diasde 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a 1 ano

superior a 1 ano

ATIVOSCaixa e disponibilidades 6 6 - - - - - Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 313 15 - 289 9 - - Crédito a clientes 359 1 2 7 7 10 331Títulos 42 - - - - - 42

Total 22 2 296 16 10 373

PASSIVOSRecursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 355 8 - 347 - - - Depósitos de clientes 337 6 4 4 5 6 312Outros passivos exigíveis a curto prazo 7 7 - - - - - Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 46 - - - - - 46

Total 21 4 351 5 6 358

GAP (Ativos - Passivos) 2 ( 1) ( 55) 12 4

GAP Acumulado 2 - ( 56) ( 4 4 ) ( 4 0)

Buffer de activos liq > 12 meses 31

31.12.2015

O Gap acumulado a um ano passou de -39 968 milhares de euros em 31 de dezembro de 2015 para -21

920 milhares de euros em 31 de dezembro de 2016.

Adicionalmente, e de acordo com a instrução nº13/2009 do Banco de Portugal, o gap de liquidez é

definido como (Ativos líquidos – Passivos voláteis) / (Ativo – Ativos líquidos) * 100 em cada escala

cumulativa de maturidade residual, onde os ativos líquidos incluem tesouraria e títulos líquidos e os

passivos voláteis incluem a tesouraria, as emissões, os compromissos assumidos, os derivados e outros

passivos. Este indicador permite uma caracterização da posição de liquidez do risco de wholesale das

instituições.

De acordo com a evolução do Gap acumulado, o gap de liquidez até um ano do NBA era a 31 de

dezembro de 2016 de 1,49 que compara com -2,89 em 31 de dezembro de 2015.

Risco operacional

O Risco operacional traduz-se, genericamente, na probabilidade de ocorrência de eventos com

impactos negativos, nos resultados ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de

procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por

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Relatório e Contas de 2016 157

acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Entende-se, assim, risco operacional como o

cômputo dos seguintes riscos: operativa, de sistemas de informação, de compliance e de reputação.

Para gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que visa assegurar a

uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e

mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada no

Departamento de Risco Global exclusivamente dedicada a esta tarefa.

Gestão de Capital e Rácios de Solvabilidade e de Alavancagem

O principal objetivo da gestão de capital consiste em assegurar o cumprimento dos objetivos

estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital, respeitando e fazendo cumprir os

requisitos mínimos de fundos próprios definidos pelas entidades de supervisão.

A definição da estratégia a adotar em termos de gestão de capital é da competência da Comissão

Executiva encontrando-se integrada na definição global de objetivos do Banco.

Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a

Diretiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser

observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo

de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições

deverão cumprir.

O Parlamento Europeu e o Conselho aprovaram em 26 de junho de 2013 a Diretiva 2013/36/EU e o

Regulamento (EU) nº 575/2013 que passaram a regular na União Europeia, respetivamente, o acesso à

atividade das instituições de crédito e empresas de investimento e a determinação de requisitos

prudenciais a observar por aquelas mesmas entidades a partir de 1 de janeiro de 2014. O regulamento

prevê ainda a necessidade das instituições reportarem ao supervisor o seu rácio de alavancagem. Estes

normativos transpõem para o ordenamento jurídico europeu as recomendações do Comité de Basileia,

normalmente designadas por Basileia III.

O Aviso 6/2013 de 23 de dezembro do Banco de Portugal veio regulamentar o regime transitório

previsto naquele Regulamento. O Regulamento Delegado (EU) 2015/62 determina a obrigação de

reporte do rácio de alavancagem a partir de 1 de janeiro de 2015.

Atualmente, no novo ordenamento jurídico de Basileia III, os elementos de capital do Novo Banco dos

Açores para efeitos da determinação do rácio de solvabilidade, dividem-se em Fundos Próprios

Principais de nível 1 (ou Common Equity Tier I), Fundos Próprios de nível 1 (ou Tier I), Fundos Próprios de

nível 2 (ou Tier II) e Fundos Próprios Totais, com a seguinte composição:

· Common Equity Tier I: Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, os

prémios de emissão, as reservas elegíveis e os resultados positivos retidos do exercício quando

certificados. Também é dedutível ao Common Equity Tier I o valor elegível dos ativos intangíveis,

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Relatório e Contas de 2016 158

desvios atuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a

empregados, valor excedente dos ativos por impostos diferidos e de participações em sociedades

financeiras e, quando aplicável, os resultados negativos do exercício.

· Tier I: Para além dos valores considerados como Common Equity Tier I, esta categoria inclui,

quando aplicável, as ações preferenciais e instrumentos de capital híbridos.

· Tier II: Incorpora essencialmente, quando aplicável, dívida subordinada emitida elegível.

O capital do Banco é essencialmente constituído por elementos de Common Equity Tier I. O rácio de

alavancagem considera o valor de fundos próprios de nível 1.

O quadro seguinte apresenta um sumário dos cálculos de requisitos de fundos próprios e rácios de

capital do NBA para 31 de dezembro de 2016 e 2015:

(milhares de euros)

31.12.2016 * 31.12.2015

A - Fundos PrópriosCapital ordinário realizado, Prémios de Emissão e Ações Próprias 25 319 25 319 Reservas e Resultados elegíveis (excluindo reservas de justo valor) 15 387 11 327 Ativos Intangíveis ( 850) ( 531)Desvios Atuariais com responsabilidades pós-emprego com impacto prudencial ( 7 976) ( 5 298)Reservas de justo valor com impacto prudencial 1 301 1 175 Outros efeitos ( 870) ( 1 002)

Common Equity Tier I / Core Tier I ( A1 ) 32 311 30 990 Ações Preferenciais e Hibridos - - Outros efeitos - -

Tier I ( A2 ) 32 311 30 990 Divida Subordinada elegível - - Outros efeitos - -

TIER II - - Deduções - -

Fundos Próprios Elegíveis ( A3 ) 32 311 30 990

B- Ativos de Risco ( B ) 288 200 307 207

C- Rácios PrudenciaisRácio Common Equity Tier I / Core Tier 1 ( A1 / B ) 11,2% 10,1%Rácio Tier 1 ( A2 / B ) 11,2% 10,1%Rácio de Solvabilidade ( A3 / B ) 11,2% 10,1%

D- Rácio de Alavancagem 4,6% 3,0%

* valores provisórios

O Banco cumpriu durante os anos de 2016 e 2015 com todos os requisitos de capital impostos pelo

Banco de Portugal.

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Relatório e Contas de 2016 159

NOTA 38 – NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS

a) Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2016:

Normas

Melhorias às normas 2010 - 2012. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3,

IFRS 8, IFRS 13, IAS 16 e 38 e IAS 24

IFRS 2 ‘Pagamento com base em ações’. A melhoria à IFRS 2 altera a definição de “condições de

aquisição” (vesting conditions), passando a prever apenas dois tipos de condições de aquisição:

“condições de serviço” e “condições de performance”. A nova definição de “condições de performance”

prevê que apenas condições relacionadas com a entidade são consideradas.

IFRS 3 ‘Concentrações de atividades empresariais’. Esta melhoria clarifica que uma obrigação de pagar

um valor de compra contingente, é classificada de acordo com a IAS 32, como um passivo, ou como um

instrumento de capital próprio, caso cumpra com a definição de instrumento financeiro. Os

pagamentos contingentes classificados como passivos serão mensurados ao justo valor através de

resultados do exercício.

IFRS 8 ‘Segmentos operacionais’. Esta melhoria altera a IFRS 8 que passa a exigir a divulgação dos

julgamentos efetuados pela Gestão para a agregação de segmentos operacionais, passando ainda a ser

exigida a reconciliação entre os ativos por segmento e os ativos globais da Entidade, quando esta

informação é reportada.

IFRS 13 ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A melhoria à IFRS 13 clarifica que a norma não remove a

possibilidade de mensuração de contas a receber e a pagar correntes com base nos valores faturados,

quando o efeito de desconto não é material.

IAS 16 ‘Ativos fixos tangíveis’ e IAS 38 ‘Ativos intangíveis’. A melhoria à IAS 16 e à IAS 38 clarifica o

tratamento a dar aos valores brutos contabilísticos e às depreciações/ amortizações acumuladas,

quando uma Entidade adote o modelo da revalorização na mensuração subsequente dos ativos fixos

tangíveis e/ ou intangíveis, prevendo 2 métodos. Esta clarificação é significativa quando, quer as vidas

úteis, quer os métodos de depreciação/amortização, são revistos durante o período de revalorização.

IAS 24 ‘Divulgações de partes relacionadas’. Esta melhoria à IAS 24 altera a definição de parte

relacionada, passando a incluir as Entidades que prestam serviços de gestão à Entidade que reporta, ou

à Entidade-mãe da Entidade que reporta.

IAS 19 (alteração) ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’. A alteração à IAS 19

aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e

pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições não estão associadas ao número de

anos de serviço.

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Relatório e Contas de 2016 160

IAS 1 (alteração) ‘Revisão às divulgações’. A alteração dá indicações relativamente à materialidade e

agregação, à apresentação de subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das

políticas contabilísticas, e à apresentação dos itens de Outros rendimentos integrais gerados por

investimentos mensurado pelo método de equivalência patrimonial.

IAS 16 e IAS 38 (alteração) ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos’. Esta

alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos

com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do padrão

de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação prospetiva.

IAS 27 (alteração) ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’. Esta

alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos

investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações

financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva.

IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’. Esta alteração

introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que

qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades

empresariais.

Melhorias às normas 2012 - 2014. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7,

IAS 19 e IAS 34

IFRS 5 ‘Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas’. A melhoria

clarifica que quando um ativo (ou grupo para alienação) é reclassificado de “detido para venda” para

“detido para distribuição” ou vice-versa, tal não constitui uma alteração ao plano de vender ou

distribuir.

IFRS 7 ‘Instrumentos financeiros: divulgações’. Esta melhoria inclui informação adicional sobre o

significado de envolvimento continuado na transferência (desreconhecimento) de ativos financeiros,

para efeitos de cumprimento das obrigações de divulgação.

IAS 19 ‘Benefícios aos empregados’. Esta melhoria clarifica que na determinação da taxa de desconto

das responsabilidades com planos de benefícios definidos pós emprego, esta tem de corresponder a

obrigações de elevada qualidade da mesma moeda em que as responsabilidades são calculadas.

IAS 34 ‘Relato intercalar’. Esta melhoria clarifica o significado de “informação divulgada em outra área

das demonstrações financeiras intercalares”, e exige a inclusão de referências cruzadas para essa

informação.

b) Alterações a normas existentes publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que

se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016, mas que a União Europeia ainda não adotou:

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Relatório e Contas de 2016 161

Normas

Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de

consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à

obrigação de consolidar de uma “Entidade de Investimento” se aplica a uma empresa holding

intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção

de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade,

que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou

empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Não se esperam impactos

materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

c) Normas e alterações a normas existentes publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos

anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não

endossou:

Normas

IAS 7 ‘Demonstração de fluxos de caixa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2017). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração

introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados

entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta

informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo

de Caixa. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco

com a adoção desta alteração.

IAS 12 ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre perdas

potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a forma de

contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos mensurados ao justo valor, como

estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar

a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem restrições na lei fiscal. Não se

esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção

desta alteração.

IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as

transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a

contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua

classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-

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Relatório e Contas de 2016 162

settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um

plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital

próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao

funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. Não se esperam impactos materialmente

relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

IFRS 9 (nova) ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui

os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos

financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda

esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. O

Banco encontra-se a avaliar os impactos decorrentes da adoção desta alteração.

IFRS 15 (nova) ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige

que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar

serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito,

conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Não se esperam impactos materialmente relevantes

nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

IFRS 15 (alteração), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2018). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União

Europeia. Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações

de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de

propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus

agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. Não se esperam impactos

materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

IFRS 16 (nova) ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta

norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IAS

17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a

reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de

uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo

valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar

o uso de um ativo identificado". Não se esperam impactos materialmente relevantes nas

demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

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Relatório e Contas de 2016 163

ANEXO ADAPTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL FÓRUM (FSF) E DO COMITEE OF EUROPEAN SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À

TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ATIVOS

(Carta-Circular nos 97/2008/DSB de 3 de Dezembro e Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto)

O Banco de Portugal, através da Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009 reiterou “a

necessidade de as instituições continuarem a dar adequado cumprimento às recomendações do

Financial Stability Forum (FSF), bem como às recomendações do Committee of European Banking

Supervisors (CEBS), no que se refere à transparência da informação e à valorização de ativos, tendo em

conta o princípio da proporcionalidade” constantes das Cartas-Circulares nos 46/2008/DSB de 15 de

Julho de 2008 e 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008.

O Banco de Portugal recomenda que seja elaborado um capítulo ou anexo específico nos documentos

de prestação de contas exclusivamente dedicado aos aspetos mencionados nas respetivas

recomendações do CEBS e do FSF.

No presente anexo procurou-se dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal utilizando

remissões para a informação apresentada, quer no Relatório de Gestão, quer nas Notas Explicativas às

Demonstrações Financeiras relativos aos exercícios de 2015 e 2016.

I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio

No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão, faz-se uma descrição detalhada

sobre a estratégia e o modelo de negócio do Banco.

2. Estratégias e objetivos

As estratégias e objetivos do Banco estão igualmente divulgados no capítulo 4 “Estratégia e Modelo de

Negócio” do Relatório de Gestão.

11

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Relatório e Contas de 2016 164

3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio

No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca

das atividades desenvolvidas e sua contribuição para o negócio.

II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos

No capítulo 6 “Análise do Risco de Crédito” do Relatório de Gestão dá-se informação detalhada sobre o

risco de crédito do Banco.

Também na Nota Explicativa 37 é apresentada diversa informação que, em conjunto, permite obter a

perceção sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e

controlo.

III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8.,9., 10. e 11. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e comparação dos impactos entre

períodos

No exercício de 2016 manteve-se incerteza quanto ao futuro do Grupo Novo Banco o que, de certo

modo, condicionou a atividade do Banco.

Mesmo assim, foi possível registar um desempenho positivo refletido pelo acréscimo verificado no

produto bancário comercial de + 10% o que, associado ao rigoroso acompanhamento do crédito,

permitiu a obtenção de um resultado positivo de 1.678 m€ (3.867 m€ em 2015).

12. Decomposição dos write-downs entre realizados e não realizados

Os proveitos e custos relacionados com os ativos e passivos detidos para negociação, dos ativos e

passivos ao justo valor através de resultados e dos ativos disponíveis para venda encontram-se

desagregados por instrumento financeiro nas Notas 7 e 8 às demonstrações financeiras.

Adicionalmente, os ganhos e perdas não realizados dos ativos disponíveis para venda constam das

Notas 19 e 33.

13. Turbulência financeira na cotação das ações do NB dos Açores

As ações do Banco não estão cotadas em nenhum mercado oficial, pelo que este ponto não é aplicável.

14. Risco de perda máxima

Na Nota Explicativa 37 divulga-se informação relevante sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas

em situações de stress do mercado.

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Relatório e Contas de 2016 165

15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados

No exercício de 2016 o NB dos Açores não realizou nem registava qualquer emissão.

IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições

17. Mitigantes do risco de crédito

18. Informação sobre as exposições do Grupo

O Banco não teve nenhuma exposição diretamente afetada pelo período de turbulência.

19. Movimentos nas exposições entre períodos

Não aplicável

20. Exposições que não tenham sido consolidadas

Não aplicável

21. Exposição a seguradoras monoline e qualidade dos ativos segurados

O Banco não tem exposições a seguradoras monoline.

V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados

Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 – Principais Políticas Contabilísticas.

23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação

O Banco não realizou nenhuma operação de titularização até 31 de dezembro de 2016.

24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros

Ver comentários ao ponto 16 do presente Anexo. Nas Notas 2 e 36 referem-se as condições de

utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos

instrumentos financeiros.

VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

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Relatório e Contas de 2016 166

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação

O NB dos Açores, no contexto da sua política de divulgação de informação de natureza contabilística e

financeira, visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles instituídos

pelas normas contabilísticas em vigor ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Paralelamente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado, atendendo

por um lado, ao custo na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma

pode proporcionar aos diversos utilizadores.

De entre o conjunto de informação disponibilizada aos seus acionistas, clientes, colaboradores,

entidades de supervisão e ao público em geral, destacam-se o Relatório de Gestão, as Demonstrações

Financeiras e respetivas Notas Explicativas.

O Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras são preparados de acordo coma as Normas de

Contabilidade Ajustadas (NCA), definidas pelo Banco de Portugal, e que se traduzem na aplicação às

demonstrações financeiras das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adotadas

pela União Europeia, conferindo um elevado grau de transparência à informação divulgada bem assim

como de comparabilidade.

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CERTIFICAÇÃO LEGAL E

RELATÓRIO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

12

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

13

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INFORMAÇÃO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

ANEXOS

Participações qualificadas no capital social do NB dos Açores

Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores em 31 de dezembro de 2016.

Acionistas titulares de direitos especiais Identificação dos acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos

Não existem acionistas titulares de direitos especiais.

Nº acções% Capita l Socia l

com direito de voto

NOVO BANCO, SA 2.144.191 57,5236%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações, SGPS, SA 372.750 10,0000%

Total 3.635.204 97,5239%

Participações Qualificadas

Dez.16

14

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Restrições em matéria de direito de voto Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial Tem direito a voto o acionista titular de, pelo menos, duzentas ações, inscritas em seu nome em conta

de registo de valores mobiliários até ao décimo quinto dia anterior ao designado para a reunião da

Assembleia Geral, comprovando tal inscrição perante a sociedade, até às dezoito horas do quinto dia

útil anterior ao designado para a reunião.

Os acionistas que não possuam o número de ações necessário para terem direito de voto poderão

agrupar-se de forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar

na Assembleia Geral.

Não é admitido o voto por correspondência, salvo nos casos previstos em disposição legal imperativa.

Não existem restrições ao exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo

patrimonial.

Existe um acordo parassocial entre os dois maiores acionistas do Novo Banco dos Açores, o Novo

banco, S.A. e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos termos do qual, entre outras

matérias, são estabelecidos direitos de preferência recíprocos na alienação de ações do NB dos Açores.

Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos

estatutos da sociedade Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade

Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização são eleitos em Assembleia Geral de

Acionistas.

Não existem regras específicas da sociedade para a falta ou impedimento definitivos de qualquer

Administrador, sendo prática do NB dos Açores que se proceda à cooptação de um substituto, que será

ratificada na Assembleia Geral imediatamente subsequente. O mandato do novo Administrador

terminará no fim do período para o qual o Administrador substituído tenha sido eleito.

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A alteração dos estatutos do NB dos Açores, nos termos legais, é deliberada pela Assembleia Geral. As

deliberações sobre alteração do contrato de sociedade devem ser aprovadas por dois terços dos votos

emitidos, quer a Assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação.

Poderes do órgão de administração Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital O Conselho de Administração tem a sua competência definida por lei e pelos estatutos do NB dos

Açores, cabendo-lhes os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade, em juízo e fora

dele.

No NB dos Açores, o Conselho de Administração não tem competência para deliberar um aumento de

capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do

Conselho de Administração.

Sistemas de controlo interno e de gestão de risco Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira O Sistema de Controlo Interno (SCI) do NOVO BANCO DOS AÇORES define-se como o conjunto das

estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pelo órgão de administração, bem

como das ações empreendidas por este órgão e pelos restantes colaboradores da instituição, com vista

a garantir:

· Objetivos de Desempenho Estratégico e Operacional - um desempenho eficiente e rentável da

atividade no médio e longo prazo que assegure a utilização eficaz dos recursos e a continuidade do

negócio, nomeadamente através de uma adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da

prudente e correta avaliação dos ativos e responsabilidades, bem como da implementação de

mecanismos de prevenção contra erros e fraudes,

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Relatório e Contas de 2016 182

· Objetivos de Informação e Reporte - a existência de informação financeira e de gestão, completa,

pertinente, fiável e tempestiva de suporte à tomada de decisão e de processos de controlo, tanto a

nível interno como externo;

· Objetivos de Compliance - conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis à

atividade, incluindo as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao

terrorismo, bem como, as regras internas e estatutárias, as regras de conduta internas e de

relacionamento com clientes e com os diferentes stakeholders envolvidos na atividade do Grupo, as

orientações dos Órgãos Sociais e as recomendações de Autoridades de Supervisão e Regulação, de

modo a preservar a reputação do grupo.

A aplicação do SCI no GNB é efetuada de forma consistente em todas as entidades do Grupo NOVO

BANCO designadas no âmbito da norma, sem prejuízo dos requisitos adicionais exigidos pelos

territórios de acolhimento e de especificidades das funções envolvidas no SCI.

Para atingir, de forma eficaz, os objetivos definidos, o sistema de controlo interno do GNB assenta nos

seguintes princípios:

· Adequado ambiente de controlo que reflete a importância do controlo interno e que estabelece a

disciplina e estrutura dos restantes elementos do sistema de controlo interno;

· Sólido sistema de gestão de riscos, destinado a identificar, avaliar, acompanhar e controlar todos os

riscos que possam influenciar a estratégia e os objetivos do grupo, que assegure o seu cumprimento

e que são empreendidas as ações necessárias para responder adequadamente a desvios não

desejados;

· Eficiente sistema de informação e comunicação, que garante a captação, tratamento e troca de

informação relevante, abrangente e consistente, num prazo e de forma a permitir um desempenho

eficaz e tempestivo da gestão e controlo da atividade e dos riscos inerentes;

· Efetivo processo de monitorização, executado com vista a assegurar a adequação e a eficácia do

próprio sistema de controlo interno ao longo do tempo, garantindo, nomeadamente, a identificação

tempestiva de deficiências, potenciais ou reais, e oportunidades de melhoria que permitam

fortalecer o SCI, assegurando o desencadear de ações corretivas.

O Sistema de Controlo Interno do GNB tem as suas políticas, processos, procedimentos, sistemas e

controlos formalizados em normas internas, catálogo de processos, manuais de controlo interno,

apresentações suporte aos principais comités envolvidos na gestão de riscos, da informação e

comunicação, relatórios das funções de controlo e no próprio relatório de controlo interno.

Complementarmente, no desenho e avaliação do SCI, o GNB adota as metodologias COSO (Committee

Of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e COBIT (Control Objectives for Information

and related Technology).

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Relatório e Contas de 2016 183

O Órgão de Administração é responsável pela manutenção de um SCI adequado e eficaz, sendo o seu

modelo suportado nas 3 linhas de defesa. O Modelo das 3 Linhas de Defesa define e distingue níveis de

intervenção e de responsabilidade na gestão dos riscos e na execução dos controlos, visando a

adequação e efetividade global no SCI da Organização. Neste sentido temos:

Funções de Negócio e Operacionais (1ª Linha de Defesa)

· Assumem risco dentro de limites predefinidos;

· São responsáveis por identificar, avaliar e controlar os riscos do negócio/processo em contínuo.

Funções de Controlo e Suporte (2ª Linha de Defesa: Gestão de Riscos, Compliance, Controlo Interno,

Gestão da Informação, Gestão de Capital, Financeira, Contabilidade, Jurídica e Organização)

· Definem políticas, metodologias e ferramentas de gestão de riscos e controlo e exercem

supervisão funcional de apoio e monitorização da efetividade da 1ª Linha;

· Controlam a conformidade regulamentar e efetuam o respetivo reporte;

· Efetuam a gestão de informação e comunicação à gestão de topo.

Auditoria Interna (3ª Linha de Defesa)

· Providencia a avaliação da adequação e eficácia dos sistemas de governo, de gestão de riscos e

controlo interno da responsabilidade da 1ª e 2ª Linha de defesa;

· Apresenta maior focalização na avaliação da efetividade da 2ª Linha de Defesa

Em 2016, o modelo de governo do controlo interno do GNB foi revisto e foi desenhado um novo modelo

com:

· Autonomização do Controlo Interno (anteriormente integrado na Função Compliance) em

Departamento próprio com vista a efetuar um upgrade da atividade do controlo interno,

reforçando a 2ª linha de defesa e apoiando o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal na

monitorização do SCI do GNB;

· Implementação de um Comité de Sistema de Controlo Interno, com poderes para efetuar o

acompanhamento e monitorização do SCI do GNB, de forma transversal e integrada.

O Departamento de Controlo Interno tem como missão assegurar a existência de um Sistema de

Controlo Interno adequado e eficaz no GNB, através de uma relação hierárquica e relação funcional

com o Conselho de Administração e de apoio ao Conselho Fiscal, em cumprimento com o estabelecido

na regulamentação nacional e em linha com as melhores práticas internacionais, nomeadamente as

emanadas pela European Banking Authority (EBA). Mediante a existência de um Departamento

especialmente dedicado de forma transversal ao SCI, pretendeu-se eliminar eventuais conflitos de

interesse pela independência das restantes funções de Compliance, Gestão de Riscos e Auditoria

Interna, cujas atividades são passíveis de sistematização/avaliação de controlo por parte do

Departamento de Controlo Interno e atingir maior robustez e especialização nos temas de controlo

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Relatório e Contas de 2016 184

interno, permitindo ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal terem uma visão mais integrada e

consistente do SCI.

Crédito a Membros dos Órgãos Sociais – Artº 85º, nº 9 - RGICSF Informação sobre o crédito concedido, direta ou indiretamente, a membros dos órgãos de administração e fiscalização, e a sociedades ou outros entes coletivos por eles direta ou indiretamente dominados, de acordo com o disposto no nº 9 do Artº 85º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

Tipo de Crédito Montante(euros)

Crédito Habitação 45.663,06

Cartões 8,16

Crédito Habitação 139.063,33

Cartões 4.831,72

Depósitos 4.349,65

Crédito Habitação 28.006,14

Crédito Individual 1.372,89

José Francisco Gonçalves Silva Administrador não Executivo Crédito Habitação 187.563,06

Crédito Habitação 148.596,06

Cartões 128,36

António Mauricio Lança Tavares de Sousa Familiar Crédito Habitação 76.479,86

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada a) Conta Empréstimo 400.000,00

Trekking Party - Sabores Tradicionais, Ld.ª b) Crédito M/L Prazo 115.855,00

Bensaúde, SA c) Garantias 10.789,42

Administrador Executivo

André Lopes Frazão de Medeiros Familiar

a) Os Administradores do Novo Banco dos Açores, Dr.s José Francisco Gonçalves Silva e Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, integ ram a Mesa Administrativa da Santa Casa da MiserIcórdia de Ponta Delg ada

b) O Administrador do NB dos Açores, Dr. José Francisco Gonçalves Silva, é Gerente da Trekking Party

c) A Administradora do NB dos Açores, Drª Zita Maria Medeiros Correia Mag alhães Sousa, integ ra o Conselho de Administração da Bensaúde, SA

Membro Conselho FiscalAntónio Maurício do Couto Tavares de Sousa

Montantes em dívida a 31.12.2016

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. Art. 85 nº 9 do RGICSF - Crédito a membros dos órg ãos sociais - Montantes em dívida (com exclusão de juros)

Nome / Denominação Cargo

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Administrador Executivo

Gualter José Andrade Furtado

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Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais Política de Remunerações Proposta apresentada pelo Acionista Novo Banco, SA e aprovada na Assembleia Geral Anual de 31 de março de 2017 “ Considerando que se mantém a situação de facto já invocada na Assembleia Geral Anual de 2016, em

especial:

1. A natureza de Banco de transição do acionista maioritário Novo Banco, S.A. e as limitações daí

decorrentes, em particular as que decorrem dos compromissos assumidos perante a Comissão

Europeia;

2. O plano de reestruturação que o acionista Novo Banco está obrigado a implementar e que prevê,

nomeadamente, a necessidade de redução de postos de trabalho e uma redução significativa de

custos, quer ao nível do Novo Banco, quer ao nível das entidades pertencentes ao Grupo Novo

Banco;

3. O facto de não ter existido remuneração variável dos membros dos órgãos sociais e dirigentes do

Novo Banco, S.A. e das sociedades do Grupo Novo banco, entre as quais se inclui o Novo Banco

dos Açores, desde a data da constituição do Novo banco, S.A. (3 de agosto de 2014);

4. A dimensão e características do Novo Banco dos Açores, bem como a inexistência de

instrumentos financeiros emitidos pelo Novo Banco dos Açores que permitam a atribuição de

remuneração variável;

O Novo Banco, S.A., propõe:

a) Que não seja aprovada qualquer Política de Remuneração;

b) Que não exista remuneração variável a pagar aos membros dos órgãos sociais nem aos

dirigentes, durante o ano de 2017;

c) A reapreciação, face às circunstâncias, destes pontos na Assembleia Geral Anual do próximo

ano.”

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Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2016 Nos termos da Lei 28/2009, de 19 de junho e do Aviso nº 10/2011 (nº 2 do Artº 17º) do Banco de Portugal, as instituições de crédito estão obrigadas a divulgar nos documentos anuais de prestação de contas o montante da remuneração anual auferida pelos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, de forma individual e agregada, O montante anual de remuneração auferida, de forma individual e agregada, pelos membros dos

órgãos de administração e fiscalização do Novo Banco dos Açores em 2016 foi o seguinte:

Membros dos Org ãos de Administração e Fiscalização (com exceção da Comissão Executiva)

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios e Outros

Conselho Fiscal 9.835 0 0 9.835

José Maria Ribeiro da Cunha 4.215 0 0 4.215

António Maurício do Couto Tavares Sousa 2.810 0 0 2.810

José Manuel dos Santos Gaudêncio 2.810 0 0 2.810

Conselho de Administração 0 108.990 0 108.990

Jaime José Matos da Gama 0 105.000 0 105.000

José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt (a) 0 0 0 0

Isabel Maria Ferreira Ferreira Possantes Rodrigues Cascão (b) 0 0 0 0

Luís Miguel Alves Ribeiro 0 0 0 0

Mário Jorge Tapada Gouveia 0 0 0 0

José Francisco Gonçalves Silva 0 1.995 0 1.995

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa 0 1.995 0 1.995

Total Órg ãos Adm. e Fiscal. sem Comissão Executiva 9.835 108.990 0 118.826

(a) Apresentou o pedido de renuncia ao cargo

(b) Designada, por cooptação, em 25/05/2016, não iniciou funções.

Novo Banco dos AçoresFixa

Variável Total

Membros da Comissão Executiva

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios e Outros

Gualter José Andrade Furtado 159.322 2.029 0 161.351

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues 106.324 2.286 0 108.610

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros 92.689 2.011 0 94.700

Total Comissão Executiva 358.335 6.326 0 364 .661

Novo Banco dos AçoresFixa

Variável Total

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ANEXO

ANEXOS

Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores Extrato da Ata nº 21, da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores realizada em 31 de março de 2017

No dia trinta e um de março de dois mil e dezassete, reuniu às dez horas, nos termos do número 7

do artigo 12º dos Estatutos, com utilização de meios telemáticos (videoconferência) a Assembleia

Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.", tendo a sociedade assegurado a segurança das

comunicações, procedendo-se através da presente ata ao registo do respetivo conteúdo e à

identificação dos intervenientes.

A mesa da Assembleia Geral, esteve regularmente constituída pelo seu Presidente, Sr. Dr. Francisco

Marques da Cruz Vieira da Cruz, seu Vice-Presidente, Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota e pela

Secretária, a Sra. Dra. Maria Carolina Soares Carreiro, presentes na sede do “NOVO BANCO DOS

AÇORES, S.A.", sita na Rua Hintze Ribeiro, números dois a oito, em Ponta Delgada,

Na sede social estiveram ainda presentes, o Sr. Dr. António Manuel Palma Ramalho, em

representação do NOVO BANCO, S.A., o Sr. Dr. José Francisco Gonçalves Silva em representação da

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, o Sr. Eng. José Armando Soares Simões de Paiva, em

representação da “Bensaúde Participações, SGPS, S.A.”, o Sr. Dr. António Pedro Rebelo Costa em

representação da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o Sr. Dr. Eduardo Manuel Pacheco

de Medeiros em representação da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o Sr. Dr. Jaime José

Matos da Gama, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Dr. Gualter José

Andrade Furtado na qualidade de Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da

Comissão Executiva, o Sr. Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues, na qualidade de Vice-

Presidente da Comissão Executiva, o Sr. Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, na qualidade de

Vogal da Comissão Executiva, os Srs. Dr.s Mário Jorge Tapada Gouveia e Luís Miguel Alves Ribeiro,

15

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Relatório e Contas de 2016 188

na qualidade de Vogais do Conselho de Administração, e o Sr. Dr. José Manuel dos Santos

Gaudêncio, na qualidade de Vogal do Conselho Fiscal.

Na Sede do Novo Banco, em Lisboa, estiveram presentes o Sr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha,

na qualidade de Presidente do Conselho Fiscal e o Sr. Dr. José Manuel Henriques Bernardo, na

qualidade de representante da PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC – Sociedade de

Revisores Oficias de Contas, Lda., participando por Videoconferência.

A Assembleia Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." reuniu a fim de deliberarem sobre a

seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Relatório de Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas, relativos

ao exercício de 2016.

2. Proposta de aplicação de resultados.

3. Apreciação geral da administração e fiscalização.

4. Proceder à ratificação da designação, por cooptação, da Exma. Sra. Dra. Isabel Maria Ferreira

Possantes Rodrigues Cascão, como Vogal do Conselho de Administração do Novo Banco dos

Açores, S.A., efetuada por deliberação do Conselho de Administração de 25 de maio de 2016.

5. Proceder à eleição dos órgãos sociais para o triénio 2017/2019.

6. Proposta de Política de Seleção dos membros dos órgãos sociais e titulares de funções

essenciais.

7. Apreciação das declarações da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração

sobre, respetivamente, a política de remunerações do órgão de administração e fiscalização e

dos demais dirigentes.

O Presidente da Mesa começou por cumprimentar os representantes das acionistas e também os

membros dos órgãos sociais presentes. De seguida verificou a conformidade dos mandatos de

representação e referiu que se encontravam presentes e devidamente representados acionistas

titulares de 3.712.689 ações, correspondentes a 99,6027% do capital social e que a presente Assembleia

havia sido regularmente convocada, mediante convocatória publicada no dia vinte e sete de fevereiro

no sítio das publicações On-Line da Direcção Geral dos Registos e do Notariado.

O Presidente da Mesa referiu, ainda, também ter sido publicada no dia vinte e um de março,

respetivamente, nos jornais “Açoriano Oriental” e “Correio dos Açores” a relação dos acionistas cujas

participações excedem 2% do capital social.

Disse, ainda, estarem reunidas as condições legais e estatutárias para que a presente Assembleia Geral

reúna e validamente delibere sobre todas as propostas constantes da sua Ordem de Trabalhos, tendo a

documentação à mesma inerente estado depositada, na sede da sociedade, e compilada em dossier

próprio, para consulta dos acionistas, nos quinze dias que antecederam a sua realização.

Depois de declarar abertos os trabalhos, o Presidente da Mesa entrou na ordem de trabalhos e, mais

concretamente, no seu Ponto 1. Mais referiu que, no que respeita a este ponto, tinha chegado à Mesa

uma proposta, que se transcreve:

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Relatório e Contas de 2016 189

“Proposta

de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do

“NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A."

relativo ao exercício de 2016

O Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." vem submeter à apreciação e

discussão dos Senhores acionistas o Relatório de Gestão e os documentos de prestação de contas da

sociedade, referentes ao exercício de 2016, propondo a sua aprovação.” (…) o Presidente da Mesa pôs

então à votação a proposta de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do “ NOVO BANCO DOS

AÇORES, S.A." relativo ao exercício de 2016, tendo a mesma sido aprovado por unanimidade de votos

dos acionistas da sociedade, presentes e representados nesta Assembleia Geral, e em consequência

aprovados, tanto na generalidade como na especialidade, os documentos de prestação de contas

relativos ao exercício de 2016.

Passando-se ao ponto número dois da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da

proposta de aplicação de resultados, subscrita pelo Conselho de Administração do Novo Banco dos

Açores, S.A. respetivamente, pelo Presidente, Dr. Jaime Gama, pelo Vice-Presidente, Dr. Gualter Furtado

e pelos vogais, Dr. António Rodrigues, Dr. Luís Ribeiro e Dr. Mário Gouveia, que se transcreve:

“PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos da alínea b) do nº 1 do Artº. 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade

com o Artº. 28º dos Estatutos, propõe-se para aprovação na Assembleia Geral, a seguinte aplicação dos

resultados do exercício de 2016:

De seguida, o Presidente da Mesa, procedeu à leitura da proposta de distribuição de resultados,

subscrita pelo acionista, Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos seguintes termos:

“Em conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis e atento o disposto na

cláusula 10º do acordo parassocial e no artigo 28º dos Estatutos propõe-se para aprovação na

Assembleia Geral a seguinte aplicação dos resultados do exercício de 2016, cujo valor do resultado

líquido é de 1 678 milhares e euros:

· Para reserva legal e outras reservas, 50% do resultado do exercício;

· Para distribuição aos acionistas, 50% na proporção das respetivas participações.

Conforme adotado em anteriores exercícios nos quais se verificou a distribuição de dividendos, e na

respetiva percentagem, propõe-se que o Novo Banco dos Açores proceda à distribuição de dividendos

pelos seus trabalhadores e colaboradores, como justa recompensa e prémio pelo trabalho

desenvolvido.”

Euros

para reserva legal 167.805,19

para outras reservas 1.510.246,69

Resultado líquido 1.678.051,88

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Relatório e Contas de 2016 190

Antes de abrir a discussão, o Presidente da Mesa referiu que a aprovação de uma das duas propostas

prejudicará a aprovação da outra, dado não serem conciliáveis entre si, pelo que seria aberta a

discussão sobre ambas e que, quando se entrasse na votação, seria votada a primeira que chegou à

mesa (a subscrita pelo Conselho de Administração) e, apenas se esta fosse rejeitada, seria votada a

apresentada pela accionista Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada. Os accionistas concordaram

com esse procedimento. (…)

Como mas ninguém quis usar da palavra, o Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aplicação

de resultados relativa ao exercício de dois mil e dezasseis, subscrita pelo Conselho de Administração do

Novo Banco dos Açores, S.A. respetivamente, pelo Presidente, Dr. Jaime Gama, pelo Vice-Presidente, Dr.

Gualter Furtado e pelos vogais, Dr. António Rodrigues, Dr. Luís Ribeiro e Dr. Mário Gouveia, tendo a

mesma sido aprovada pelo acionista Novo Banco, com 57,5293% dos votos, com três votos contra,

designadamente das acionistas Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, Santa Casa da

Misericórdia da Ribeira Grande e Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, com 32,0734% dos votos e

com a abstenção da acionista Bensaúde Participações, SGPS, S.A., com 10,0000% dos votos, todos

presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Entrando-se na apreciação do assunto constante do ponto número três da Ordem de Trabalhos que

decorre de uma obrigação de natureza legal, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta que

se encontra na mesa subscrita pelo acionista “NOVO BANCO, S.A.” (…)

(…) o Presidente da Mesa pôs à votação a referida proposta, tendo a mesma sido aprovada por

unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Passando-se à apreciação do assunto constante do ponto quatro da ordem de trabalhos, o Presidente

da Mesa leu a proposta que se encontra na mesa (…)

(…) como mais ninguém tivesse querido usar da palavra, foi a referida proposta posta à votação tendo

sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, na Assembleia

Geral.

Passando-se à apreciação do assunto constante no ponto cinco da ordem de trabalhos, o Presidente da

Mesa leu a proposta que se encontrava na Mesa, apresentada pelos accionistas Novo Banco e Santa

Casa da Misericórdia de Ponta Delgada:

Proposta de eleição dos membros dos Órgãos

Sociais do Novo Banco dos Açores, S.A.

Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Dr.ª Luísa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos

Vice-Presidente – Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota

Secretária – Dr.ª Maria Carolina Soares Carreiro

Conselho de Administração

Presidente – Dr. Jaime José Matos da Gama

Vice-Presidente – Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vogais – Eng.ª Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão

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Relatório e Contas de 2016 191

- Dr. Luís Miguel Alves Ribeiro

- Dr. Mário Jorge Tapada Gouveia

- Dr. José Francisco Gonçalves Silva

- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães de Sousa

- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Comissão Executiva

Presidente - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vice-Presidente - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Vogal - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Conselho Fiscal

Presidente - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha

Vogais - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa

- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio

Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira

Revisor Oficial de Contas

Efetivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Ld.ª,

representada por Dr. Carlos José Figueiredo Rodrigues

Suplente – Dr. Carlos Manuel Sim Sim Maia

(…)

Como mais ninguém tivesse querido usar da palavra, foi a referida proposta posta à votação tendo sido

aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Entrando no Ponto seis da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta,

(…)

O Presidente da Mesa perguntou aos presentes se tinham conhecimento do conteúdo do documento

relativo à política de Seleção e Avaliação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e

dos Titulares de Funções Essenciais do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. (…)

(…) a alteração foi posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas,

presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Aberto o Ponto sete da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta,

submetida pelo acionista Novo Banco (…)

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

(…)

Nada mais havendo a deliberar o Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão tendo da mesma sido

lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente da Mesa e por mim que na qualidade de

Secretária a elaborei.