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RELATÓRIO DE LEVANTAMENTOS DE CAMPO RESERVA DE JACARENEMA
BARRA DO JUCU – VILA VELHA
______________________________________________________________________
Março de 2002
GRUPO DE ESTUDOS E AÇÕES EM
RECURSOS HÍDRICOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE
HIDRÁULICA E SANEAMENTO
SUMÁRIO
1 – OBJETIVO.......................................................................................................................1
2 – ESCOPO DO ESTUDO ..................................................................................................1
3 – METODOLOGIA ...........................................................................................................2
3.1 – Medição de nível d água ..........................................................................................2
3.2 – Medição de correntes ..............................................................................................2
3.3 – Batimetria ................................................................................................................2
3.4 – Acompanhamento da cunha salina ..........................................................................3
3.5 – Levantamento de perfil de lençol freático ................................................................4
4 – RESULTADOS................................................................................................................5
4.1 – Batimetria ................................................................................................................5
4.2 – Acompanhamento da cunha salina ...........................................................................5
4.3 – Levantamento de perfil de lençol freático ................................................................6
ANEXOS
Anexo 1 – Leituras da régua linimétrica e marégrafo da EAMES
Anexo 2 – Dados do correntógrafo
Anexo 3 – Mapa Batimétrico, Análise do nível de redução
Anexo 4 – Planilhas com valor dos parâmetros monitorados, Mapa de Localização dos pontos de monitoramento, Perfis de Salinidade e Temperatura
Anexo 5 – Levantamento de perfil de lençol freático
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RELATÓRIO DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO
JACARENEMA - BARRA DO JUCU
1 – Objetivos:
Objetivo geral
Obtenção de informações para subsídio à elaboração do Plano Diretor da Reserva de
Jacarenema.
Objetivos específicos
• Análise do comportamento da cunha salina na região estuarina do rio Jucu.
• Análise do fluxo de água em ponto situado no estuário.
• Análise da variação do nível d’água no estuário do rio Jucu durante a campanha.
• Análise da variação vertical de salinidade e temperatura em diferentes pontos do
estuário.
• Levantamentos batimétricos da região estuarina.
• Levantamento de níveis de lençol freático em uma seção transversal ao rio Jucu com
uso de piezômetros.
2 – Escopo do Estudo:
• Monitoramento da variação do nível d’água em Jacarenema através de leitura de
régua limnimétrica;
• Acompanhamento da cunha salina na região estuarina do rio Jucu;
• Medições de correntes na região estuarina do rio Jucu;
• Levantamento de perfis batimétricos;
• Monitoramento do lençol freático.
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3 – Metodologia:
3.1 – Medição da Variação do Nível D’água
Para a medição da variação do nível d’água foi instalada uma régua limnimétrica na
ponte da Madalena, localizada na região estuarina do rio Jucu. Foram utilizados também
os registros obtidos de um marégrafo instalado na EAMES (Escola de Aprendizes
Marinheiros – ES). Nos dias de campanha, foi observada uma amplitude de maré de
cerca de 0,52m, havendo inversão do ciclo em períodos de aproximadamente 6 horas
(enchente/vazante), o que caracteriza o regime de marés como sendo semi-diurno. As
leituras obtidas estão apresentadas no Anexo 1.
3.2 – Medição de correntes
Para a medição da intensidade das correntes foi realizado o fundeio de um
correntógrafo, no dia 20 de Março, num ponto próximo à ponte da Madalena, região
estuarina do rio Jucu (Anexo 4). O aparelho ficou localizado a cerca de 60% da coluna
d’água, a partir da superfície. O correntógrafo utilizado é da marca SENSORDATA –
SD6000, e foi programado para realizar medições em intervalos de 5 minutos, com uma
precisão de ± 1cm para as medições de velocidade. Além de medições de intensidade de
correntes, o correntógrafo também registra a direção das correntes incidentes no ponto
de fundeio. Os dados obtidos pelo correntógrafo estão apresentados no Anexo2.
3.3 – Batimetria
Para o levantamento batimétrico foram feitas varreduras com linhas transversais ao
canal do rio Jucu, espaçadas de 100m entre si, em uma extensão aproximada de 2 Km,
canal adentro, a partir da desembocadura do rio, e uma linha longitudinal cobrindo a
área pesquisada para conferência. Para localização e posicionamento da área de estudo
foi utilizada a carta do IBGE – Vitória – Esc.: 1:50.000
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O aparelho utilizado na batimetria foi um ecobatímetro, da marca RAYTHEON, modelo
DE719D – MK2, no de série 0259 com cabo e sonda. O ecobatímetro foi sincronizado
com um receptor GPS da marca TRIMBLE, modelo PRO-XR, e os dados de posição
foram pós-processados pelo método DGPS. Para a navegação, foi utilizado um receptor
GPS da marca GARMIN, modelo ETREX.
Os valores de profundidade medidos pelo ecobatímetro foram ajustados a um
referencial, marco pintado em paralelepípedo localizado junto ao meio fio na ponte da
Madalena, a partir da comparação das leituras obtidas pela régua linimétrica e pelos
dados obtidos do marégrafo instalado na EAMES. Os valores das distâncias verticais
entre os pontos situados no fundo do estuário e o marco, podem ser obtidos somando
2,66 metros às profundidades mostradas em planta.
Os resultados são apresentados no Anexo 3.
3.4 – Acompanhamento da cunha salina
Com utilização de barco a motor e de uma sonda multi-parâmetros (Hydrolab/Quanta),
foi realizada uma campanha no dia 20/03/2002, que teve por objetivo o
acompanhamento da penetração da cunha salina. Para tanto foram realizadas medições
de Salinidade e Temperatura em três profundidades – superfície, meio e fundo -, para
diversos pontos situados desde a desembocadura do rio Jucu até aproximadamente 2
Km canal adentro.
Para localização e posicionamento da área de estudo foi utilizada a carta do IBGE –
Vitória – Esc.: 1:50.000
O Anexo 4 mostra o mapa de localização dos pontos onde foram realizadas as medições
de salinidade e temperatura, bem como as planilhas com o valor dos parâmetros
medidos em cada ponto.
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Cabe ressaltar que os valores apresentados no mapa de localização representam a média
dos valores obtidos na vertical, devido ao fato desses terem se apresentado muito
próximos, como pode ser notado na planilha de resultado das análises.
3.5 – Levantamento de perfil de lençol freático
Após análise de fotografia aérea para reconhecimento da área, foi realizada visita a
campo com o objetivo de escolher o local adequado para implantação da seção de
medição do lençol freático. Os poços foram abertos com trado mecânico e o
nivelamento entre eles foi feito com nível óptico.
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4 – Resultados:
4.1 – Batimetria
O levantamento realizado resultou em um mapa batimétrico na escala 1:2500 (Anexo
3), onde podem ser visualizadas as isolinhas e as profundidades da área estudada. Os
dados de posicionamento das linhas batimétricas foram processados através do
programa Pathfinder Office 2.11, Copyright 1996-1998, Trimble Navigation Ltda.
O mapa de isolinhas foi gerado a partir do programa Surfer 7.02, Copyrigth 1993-2000,
Golden Software Inc. Neste, utilizou-se o método Kriging para interpolação dos dados
de profundidade, com grade de espaçamento de 1,6m e interpolação de toda a massa de
dados para criação das isolinhas batimétricas.
Em diversos pontos do estuário não foi possível o uso do ecobatímetro, devido à
existência de bancos de areia e de vegetação aquática que impediam a navegação.
4.2 – Acompanhamento da Cunha Salina
A análise conjunta dos resultados obtidos nas medições de campo, realizadas num dia
de maré de quadratura, nos permitiu concluir que não ocorreu int rusão salina
significativa na área estudada para este evento, que ocorreu durante maré de quadratura.
As respostas do salinômetro apresentaram valores sempre muito próximos de zero. Cabe
ressaltar que a unidade de leitura e calibração do Hydrolab para a Salinidade é a
definida pela publicação “Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater”, em sua mais recente edição, que estabelece uma escala padrão de
salinidade – PSS – que define um valor para a salinidade a água do mar próxima a 35
PSS.
Aliado a isso, os resultados do correntógrafo indicam que não houve alternância no
sentido das correntes, mas apenas uma diminuição na magnitude das velocidades das
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mesmas. Ou seja, o fato de não ter havido inversão no sentido das correntes no local
estudado indica que houve um fluxo contínuo das águas do rio em direção ao mar, o que
pode ser comprovado pela não influência da água do mar nos pontos estudado.
Cabe salientar que esta conclusão se resume ao evento em questão, maré de quadratura
com amplitude de cerca de 0,5m. Para marés de sizígia, novas observações de campo
precisariam ser feitas para maior entendimento da intrusão salina no estuário.
4.3 – Levantamento de perfil de lençol freático
No Anexo 5 é apresentado o croquis esquemático de nivelamento dos poços perfurados.
Os resultados encontrados indicaram o fluxo do lençol freático em direção ao Rio Jucu,
na sua margem esquerda. Na margem direita do rio o fluxo do lençol freático assumiu
dois sentidos, em função da presença de um divisor de águas. Desta forma, parte do
lençol se dirigia para o leito do Rio Jucu, enquanto outra se dirigia para o mar.
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Equipe Técnica:
Técnico Antônio Carlos de Souza
Prof. Daniel Rigo, M. Sc. (Coordenador)
Enga Fabiola Negreiros de Amorim
Engº Leandro Stanzani
Engº Sandro José Paula Paixão