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RELATÓRIO PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE A AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO Projeto Agrisus: PA 1051/12 Nome do Evento: XII Congresso Brasileiro de Fruticultura – Bento Gonçalves/RS Interessados: Fernando Alves de Azevedo, Ricardo Pastana Molinari e Rodrigo Martinelli Instituição: Centro APTA Citros Sylvio Moreira/IAC, Rod. Anhanguera, Km 158, CP 04, Cep 13490-970, Cascalho, Cordeirópolis/SP. Local do Evento: Centro de Convenções de Bento Gonçalves/RS Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 3.000,00 Vigência: 25/09/2012 a 24/11/2012. Apoio Financeiro:

RELATÓRIO PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS PAdiferentes tratamentos (Mogi Mirim-SP, 2012) Tratamentos A (m) D (m) VC (m³) P kg planta-1 EP kg m-3 PR t ha-1 Espécie de braquiária (A)

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RELATÓRIO PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE A AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO

Projeto Agrisus: PA 1051/12 Nome do Evento: XII Congresso Brasileiro de Fruticultura – Bento Gonçalves/RS Interessados: Fernando Alves de Azevedo, Ricardo Pastana Molinari e Rodrigo Martinelli Instituição: Centro APTA Citros Sylvio Moreira/IAC, Rod. Anhanguera, Km 158, CP 04, Cep 13490-970, Cascalho, Cordeirópolis/SP. Local do Evento: Centro de Convenções de Bento Gonçalves/RS Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 3.000,00 Vigência: 25/09/2012 a 24/11/2012. Apoio Financeiro:

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INTRODUÇÃO O Congresso Brasileiro de Fruticultura – CBF é o principal fórum nacional de

intercâmbio técnico-científico da fruticultura. Desde sua primeira edição, em 1971, ele

conta com a participação de instituições de ensino, pesquisa e extensão, órgãos

governamentais, produtores, empresários, fabricantes e comerciantes de máquinas,

implementos e insumos agrícolas e demais atores relacionados a essa cadeia

produtiva.Em 2012 o evento contou com conferências, painéis, apresentação de

trabalhos em seções orais e na forma de pôster, visitas técnicas e atividades culturais.

PROGRAMAÇÃO

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RESUMO DA PARTICIPAÇÃO A) Publicação e apresentação de três trabalhos científicos oriundos de projetos

desenvolvidos no Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC com financiamento da

Fundação Agrisus, como seguem:

1. AZEVEDO, F.A; MOLINARI, R.P.; GARCIA, C.P.; MARTINELLI, R.; ROMA,

M.M.; FUKUDA, F. Desempenho da limeira ácida Tahiti sob diferentes manejos da

matovegetação na entrelinha. ANAIS DO XXII CONGRESSO BRASILEIRO

DE FUTICULTURA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE FRUTICULTURA:

BENTO GONÇALVES/RS, 2012.

2. MOLINARI, R.P.; AZEVEDO, F.A.; FONTANETTI, A.; MARTINELLI, R.;

GARCIA, C.P.; QUERIDO, D.C.M. Decomposição e liberação de nutrientes da

palhada de diferentes braquiárias em pomar de lima ácida Tahiti. ANAIS DO XXII

CONGRESSO BRASILEIRO DE FUTICULTURA, SOCIEDADE

BRASILEIRA DE FRUTICULTURA: BENTO GONÇALVES/RS, 2012.

3. MARTINELLI, R.; AZEVEDO, F.A.; MOLINARI, R.P.; QUERIDO, D.M.;

GARCIA, C.P.; BONANI, R.H. Manejo alternativo de plantas daninhas em pomar

de lima ácida ´Tahiti`. ANAIS DO XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE

FUTICULTURA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE FRUTICULTURA: BENTO

GONÇALVES/RS, 2012.

B) Participação na Conferência de Abertura – Dia 22 (Segunda-feira) – das 19h00 às

20h00: Melhoramento de Fruteiras: Passado, Presente e Futuro.

Conferencista: Jules Janick (Purdue University - EUA);

C) Participação em diversos painéis:

Painel 1: Extensão rural em fruticultura

Painelistas: Waldyr Stumpf Junior (Embrapa), Sergio Schneider (UFRGS) e Gervásio

Paulus (Emater/RS); Moderador: Waldyr Stumpf Junior;

Painel 4: Produção Integrada de Frutas: perspectivas tecnológicas, mercadológicas e

estratégicas

Painelistas: Rosilene Ferreira Souto (MAPA), Giovambattista Sorrenti (Universidade de

Bolonha) e Márcio Milan (Abras); Moderador: Rosilene Ferreira Souto;

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Painel 8: HLB de citros: estratégias de controle e avanços objetivos

Painelistas: Renato Bassanezi (Fundecitrus) e Juliana Astua (Embrapa Mandioca e

Fruticultura/IAC); Moderador: Luiz Carlos Donadio;

Painel 9: Agricultura de baixa emissão de carbono

Painelistas: Francisco Alisson Xavier (Embrapa Mandioca e Fruticultura) e Eduardo de

Sá Mendonça (Ufes); -Moderador: Clenio Nailto Pillon;

Painel 10: Fruticultura de base familiar

Painelistas: Cesar Valmor Rombaldi (UFPel), Inácio de Barros (Embrapa Tabuleiros

Costeiros) e Luis Carlos Diel Rupp (Centro Ecológico); Moderador: Cesar Valmor

Rombaldi;

Painel 11: Estatística experimental na pesquisa em fruticultura

Painelistas Ana Beatriz Costa Czermainski (Embrapa Uva e Vinho), João Riboldi

(UFRGS) e Carlos Ledo (Embrapa Mandioca e Fruticultura); Moderador: Ana Beatriz

Costa Czermainski;

Painel 14: Situação do mercado e tendências do consumo de frutas

Painelistas: Antônio Cesa Longo (Agas), Moacyr Saraiva Fernandes (Ibraf) e Renata

Sabio (Cepea/Esalq/USP); Moderador: Antonio Longo;

Painel 15: Título: Produção de mudas frutíferas no Brasil: biotecnologia, produção e

certificação

Painelistas: André Barretto Pereira (MAPA), Marcos Antonio Machado (IAC) e

Claudiomar Fischer (Frutplan); Moderador: Leonardo Ferreira Dutra;

C) Além disso, participou-se também de diversas sessões de pôsteres e visitas aos

stands do Evento.

RESUMOS E CERTIFICADOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS Resumo Fernando Alves de Azevedo (vide Anexo 1)

Resumo Ricardo Pastana Molinari (vide Anexo 2)

Resumo Rodrigo Martinelli (vide Anexo 3)

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CONCLUSÕES O Evento foi alto nível técnico-científico e nos propiciou importantes trocas de

informações com colegas da área de manejo. Destaca-se o contato com o pesquisador

Pedro Auler (IAPAR) que apresentou trabalhos na nossa linha de pesquisa. Tal contato

possibilitou visita à Estação Experimental do IAPAR em Paranavaí, onde conhecemos

diversos ensaios de manejo de pomar, como uso de cultivo mínimo, plantio direto e

manejo de entrelinhas com braquiárias.

Devidos créditos ao apoio da Fundação Agrisus foram mencionados, via

Agradecimentos nos resumos e inserção da logomarca da Fundação dos pôsteres

apresentados (Anexos 1, 2 e 3). Além disso, menção foi realizada durante reunião do

Grupo de Manejo de Citros (Programa de Fisiologia da Produção) do Centro APTA

Citros Sylvio Moreira/IAC. E por fim, publicou-se nota no Informativo Mensal da

Instituição sobre a parceria (versão on line e impressa – anexo 4).

DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGR ISUS. Despesas reembolsadas Valor (R$) Hospedagem/Alimentação/Translado 2.056,51 Passagens aéreas Campinas/SP x Porto Alegre/RS 798,96 Pôsteres 120,00 Total R$ 2975,47

Cordeirópolis/SP, 11 de março de 2012

Fernando Alves de Azevedo PqC Centro APTA Citros Sylvio Moreira/IAC

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ANEXO 1

DESEMPENHO DA LIMEIRA ÁCIDA TAHITI SOB DIFERENTES M ANEJOS

DA MATOVEGETAÇÃO NA ENTRELINHA

FERNANDO ALVES DE AZEVEDO1; RICARDO MOLINARI2; CIRO POZZI

GARCIA3; RODRIGO MARTINELLI3; MARCELA MORETTI ROMA3; FELIPE

FUKUDA3

INTRODUÇÃO

O Brasil é o 2º maior produtor mundial de citros, com 20,7 milhões de

toneladas (mi t) no ano de 2008, perdendo apenas para a China (23,8 mil t); é o

principal produtor de laranja (18 mi t), seguido pelos Estados Unidos (EUA), Índia,

México e China. Na produção de limões, o país ocupou a 5º posição mundial, em 2010,

atrás da Índia, México, Argentina e China (FAO, 2012). O estado de São Paulo

responde por 77% da produção brasileira de limões (782,8 mil t), seguido da Bahia (53

mil t) e Minas Gerais (52,8 mil t) (IBGE, 2010).

O manejo da matovegetação na entrelinha dos pomares paulistas de citros até a

década de 1990 era realizado basicamente com uso de grades e arados, gerando perdas

de solo por erosão, compactação, exposição a altas temperaturas e o corte das raízes

(CARVALHO et al., 2005). Para contornar esses problemas, é necessário que o

citricultor adote um manejo diferenciado do pomar, realizando controle das plantas

daninhas nas linhas com o uso de herbicidas, se necessário, e nas entrelinhas, manejo da

cobertura vegetal nativa ou introduzida com uso de roçadeiras laterais.

A cobertura vegetal morta, mantida na linha dos citros proveniente da roçagem,

evita oscilações de temperaturas no solo, mantendo-o úmido. Também forma uma

barreira física impedindo novas infestações de plantas daninhas e estimula os

microrganismos presentes no solo, acelerando o processo de decomposição e

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mineralização dos resíduos vegetais (IAPAR, 1985). Objetivou-se com esse trabalho

avaliar o efeito de duas vegetações intercalares (Brachiaria decumbens Stapf e B.

ruziziensis German & Evrad), manejadas com roçadeiras (convencional e ecológica) e

uso ou não de herbicida (glyphosate) na produtividade da limeira ácida ‘Tahiti’.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em Mogi Mirim-SP, em pomar de limeira ácida

‘Tahiti’ (Citrus latifólia Yu Tanaka) em espaçamento de 7,0 m x 4,0m implantado em

2010, com plantas enxertadas em citrumelo‘Swingle’ [Citrus paradisi Macf. × Poncirus

trifoliata (L.) Raf]. O delineamento experimental estabelecido foi de parcelas sub

subdivididas, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Nas parcelas

foram implantados dois tipos de braquiárias(Brachiariadecumbense B.ruziziensis); nas

sub parcelas tipos de roçadeiras laterais(convencional e ecológica); e nas sub

subparcelas, aplicação e ausência de glyphosate na linha. Cada parcela foi constituída

por 24 plantas distribuídas em três linhas.

A massa da parte aérea verde das diferentes braquiárias foi amostrada em

dezembro de 2011 e em fevereiro e abril de 2012, utilizando-se um gabarito com 0,25

m2 - totalizando 1m², na linha dos citros, após cada roçagem. Após aferição da massa

verde, as amostras foram subdivididas em quatro sub-amostras em sacos de papel e

novamente pesadas (massa verde) e posteriormente secas a 60 ºC por 48 h, sendo

aferida, então, a massa seca da parte aérea.

A umidade do solo foi determinada pelo método convencional gravimétrico,

onde amostras de solo foram retiradas nas linhas de citros, na profundidade de 0-20 cm,

no mês de novembro/2011, em intervalos de dois dias, totalizando quatro amostragens.

O solo amostrado foi acondicionado em cápsulas de alumínio, pesado antes e após

secagem em estufa 60 ±3 °C por 48 h e por diferença de massa, calculou-se a

porcentagem de umidade do solo.

O crescimento vegetativo das plantas foi avaliado (maio/2012), pela altura e

diâmetro das copas das plantas, volume de copa, calculado por V = 2/3 π.r².h (π = 3,14;

r = raio e h = altura). Os frutos das plantas úteis (quatro plantas centrais de cada parcela)

foram pesados. Calculou-se a eficiência de produção, dividindo o valor da massa total

de frutos pelo volume da copa, obtendo-se kg de fruto m-³ de copa, e a produtividade (t

ha-1). Todos os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas

pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O acúmulo de massa da parte aérea seca das braquiárias foi 5,6 vezes maior na

linha dos citros, quando se utilizou a roçadeira lateral tipo ecológica (Figura 1), em

decorrência da forma de trabalho desse equipamento, que lança os resíduos vegetais na

projeção das copas das plantas.

Figura 1 - Matéria seca, da parte aérea das duas braquiárias, acumulada após três

roçagens (t ha-1), na linha de plantio da lima ácida Tahiti, (Mogi Mirim/SP,

novembro/2011 a abril/2012).

Observou-se maior umidade do solo, no tratamento manejado com roçadeira

‘ecológica’, onde a linha dos citros foi mantida coberta por resíduos vegetais resultante

da deposição da palhada das braquiárias (Figura 2). Demonstrando que a permanência

da vegetação, cobrindo a linha dos citros, aumenta a capacidade de conservação do solo,

atuando de forma protetora na perda de água do solo.

Figura 2 - Porcentagem de água no solo durante uma semana de avaliação em parcelas

com dois tipos de roçadeiras (convencional e ecológica) – Mogi Mirim/SP

(novembro/2011).

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Na avaliação das plantas de limeira ácida ‘Tahiti’,houve maior altura, diâmetro e

volume de copa, eficiência produtiva e produtividade nas parcelas com roçadeira

ecológica (Tabela 1).Os incrementos no crescimento vegetativo e produção

provenientes do uso da roçadeira ecológica podem ser explicados pelos benefícios do

uso de adubo verde ou plantas de cobertura, as quais desempenham ações em diferentes

aspectos da fertilidade do solo, tais como: proteção do solo contra os impactos das

chuvas e também da incidência direta dos raios solares; rompimento de camadas

adensadas e compactadas ao longo do tempo; aumento do teor de matéria orgânica do

solo; incremento da capacidade de infiltração de água; inibição da germinação e do

crescimento de plantas invasoras seja por efeitos alelopáticos ou pela inibição da

competição por luz (VON OSTERROHT, 2002). Segundo Broch (2000), além da

produção de biomassa da parte aérea, espécies do gênero Brachiaria possuem sistema

radicular bastante volumoso, causando melhoras na estrutura do solo, citadas

anteriormente.

Tabela 1 - Altura (A), diâmetro (D) e volume (VC)de copa, produção (P), eficiência

produtiva (EP) e produtividade (PR)das plantas de limeira ácida ‘Tahiti’ nos

diferentes tratamentos (Mogi Mirim-SP, 2012)

Tratamentos A

(m) D

(m) VC (m³)

P kg planta-

1

EP kg m-3

PR t ha-1

Espécie de braquiária (A) NS NS NS NS NS NS

B. ruziziensis 2,00 a1 1,93 a 12,06 a 11,14 a 12,22 a 4,54 a B. decumbens 1,97 a 12,95 a 11,53 a 12,95 a 14,28 a 5,28 a

Tipo de roçadeira (B) * NS * ** ** **

Ecológica 2,04 a 1,95 a 12,75 a 16,57 a 16,82 a 6,76 a Convencional 1,92 b 1,86 b 10,84 b 7,52 b 9,68 b 3,07 b

(A)x(B) NS NS NS NS NS NS

Utilização de herbicida (C) NS NS NS ** * * Sem herbicida 1,96 a 1,87 a 11,13 a 9,17 b 10,82 b 3,74 b Com herbicida 2,00 a 1,94 a 12,45 a 14,92 a 15,67 a 6,09 a

(A)x(C) NS NS NS NS NS NS

(B)x(C) NS NS NS NS NS NS

(A)x(B)x(C) NS NS NS NS NS NS

CV (%) 1,89 1,79 3,22 12,04 13,24 8,89 1médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças significativas (teste F – 1 e 5%).

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CONCLUSÕES

O uso de roçadeira ecológica proporcionou maior deposição de massa seca da parte

aérea de braquiárias e umidade, na linha de plantio da limeira ácida ‘Tahiti’ e acarretou

em maior crescimento vegetativo e produtividade das plantas dessa variedade.

AGRADECIMENTOS

Ao Sr. José Jaime Alves de Azevedo e à Fundação AGRISUS (Agricultura

Sustentável) pela cessão da área experimental e apoio financeiro ao projeto,

respectivamente.

REFERÊNCIAS

,CARVALHO, J. E. B.; LOPES, L. C.; ARAÚJO, A.M.A. Ocorrência de plantas

infestantes em três pomares de citros no estado do Sergipe. Magistra, Cruz das Almas,

v. 17, n. 3, p. 148-153, 2005.

FAO - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION - FAOSTAT. Disponível em:

<http://www.fao.org/>. Acesso em 1 de Junho de 2012.

IAPAR - INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Guia de adubação verde de

inverno. Londrina, 1985. 288p. (Circular, 72.)

IBGE. Banco de dados agregados. Disponível em < http://sidra.ibge.gov.br/ >. Acesso

em 14 de Junho de 2012.

VON OSTERROHT, M. O que é uma adubação verde: princípios e ações.

Agroecologia Hoje, Botucatu, n.14, p.9-11, 2002.

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Pôster e certificado de apresentação do trabalho: Desempenho da limeira ácida

Tahiti sob diferentes manejos da matovegetação na entrelinha.

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ANEXO 2

DECOMPOSIÇÃO E LIBERAÇÃO DE NUTRIENTES DA PALHADA D E

DIFERENTES BRAQUIÁRIAS EM POMAR DE LIMA ÁCIDA TAHIT I

RICARDO PASTANA MOLINARI ¹; FERNANDO ALVES DE AZEVEDO²;

ANASTACIA FONTANETTI³; RODRIGO MARTINELLI4; CIRO POZZI GARCIA4;

DANIELA CRISTINA MARCONDES QUERIDO4

INTRODUÇÃO

O manejo da entrelinha dos pomares paulistas até a década de 1990 era

realizado basicamente com uso de grades, gerando: perdas de solo por erosão,

compactação e corte das raízes dos citros (CARVALHO et al, 2005). Para contornar

esses problemas é necessário um manejo diferenciado do pomar, realizando controle das

plantas daninhas nas linhas, com o uso de herbicidas se necessário, e nas entrelinhas,

cobertura vegetal nativa ou introduzida que devem ser manejadas com roçadeiras

laterais. A implantação dos sistemas de manejo conservacionistas tem como princípio,

manter a cobertura vegetal e de seus resíduos sobre o solo, como uma das estratégias

para aumentar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas (CAIRES et al., 2006). Com

isso há incremento dos teores de matéria orgânica, melhoria na disponibilidade de

nutrientes; além de outros benefícios, tais como: redução da erosão do solo, melhoria

dos atributos físicos e do armazenamento de água no solo (CARPENEDO;

MIELNICZUCK, 1990).

A cobertura vegetal, mantida na linha, proveniente da roçagem, evita ainda as

oscilações de temperaturas no solo, mantendo-o úmido; forma uma barreira física

impedindo infestações de plantas daninhas, estimula os microrganismos presentes no

solo, acelerando o processo de decomposição e mineralização dos resíduos vegetais

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(IAPAR, 1985). Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi decomposição e liberação de

nutrientes de duas vegetações intercalares (Brachiaria decumbens e B. ruziziensis),

manejadas com roçadeiras (convencional e ecológica),e produção inicial de limeira

ácida Tahiti.

MATERIAL E MÉTODOS

A área experimental está localizada no município de MogiMirim/SP. O

delineamento experimental estabelecido foi de parcelas sub subdivididas: duas

vegetações intercalares, na entrelinha de pomar de lima ácida Tahiti: Brachiaria

decumbens e B. ruziziensis (parcelas); dois tipos de roçadeiras, convencional e

ecológica (subparcelas) e herbicida (sub subparcela).

Inicialmente a massa verde da parte aérea das diferentes braquiárias foi

amostrada em quatro pontos, utilizando-se um gabarito com 0,25 m2, após roçagem

(linha). Na seqüência as amostras foram subdivididas em quatro sub-amostras em sacos

de papel, novamente pesadas e mantidas em estufa (60 ºC) por 48 h, sendo aferidas,

então, as massas secas. Efetuaram-se três roçagens.

As taxas de decomposição das braquiárias foram avaliadas pela perda de

matéria seca dos resíduos, em 24 amostras da parte aérea de cada espécie de braquiária

(100g de massa fresca) que foram depositadas sobre o solo na projeção da copa das

plantas de Tahiti, e posteriormente cobertas por tela de nylon. Aos 15, 45, 90, 120 e 150

dias após a instalação do experimento, amostras de cada braquiária foram retiradas,

secas em estufa à temperatura 60 °C e pesadas para determinar a taxa de decomposição

e posteriormente moídas e encaminhadas, para determinação de nutrientes

remanescentes (nitrogênio, fósforo e potássio). Determinaram-se, então, as taxas de

decomposição e liberação dos nutrientes para cada uma das espécies de braquiárias,

utilizando-se o modelo matemático exponencial: C = Co e–kt. Em que C é a quantidade

de matéria seca ou nutriente remanescente após um período de tempo t, em dias; Co é a

quantidade de matéria seca ou nutriente inicial. O tempo de ½ vida (T ½ foi calculado a

partir dos valores de k, constante do modelo matemático, onde: T ½ = Ln 0,5 k-1.

A produção inicial das plantas de lima ácida Tahiti, foi aferida em maio de

2012, colhendo-se e pesando todos os frutos de duas plantas por parcela,

posteriormente calculou-se produtividade (t ha-1 e caixas de 27 kg ha-1).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não houve diferenças para os valores de massa seca da parte aérea (MS) entre as

duas braquiárias. Observou-se, apenas, acúmulo de MS - 5,6 vezes maior, na linha dos

citros (projeção), quando se utilizou a roçadeira lateral tipo ecológica (dados não

apresentados).

A Brachiaria decumbens apresentou decomposição mais lenta, de massa seca da

parte aérea, quando comparada com a B. ruziziensis. O tempo necessário para a

decomposição de metade dos resíduos vegetais, tempo de ½ vida, foi de 63 para a B.

decumbens, e de 53 dias para a B. ruziziensis. Torres et al. (2005) relatam o tempo de

meia-vida para decomposição de resíduos de Brachiaria brizantha variando entre 50 e

62 dias, próximos aos do presente trabalho.

Com relação à liberação dos nutrientes, observou-se que essa foi muito rápida

para o potássio (K), com tempo de ½ vida de 12 e 13 dias, para as B. ruziziensis e B.

decumbens, respectivamente (Tabela 1). O comportamento do fósforo seguiu o mesmo

padrão da decomposição da massa seca, 53 e 58 dias e nitrogênio, 29 e 35 dias para as

espécies B. ruziziensise B. decumbens, respectivamente.

Tabela 1 - Equações das estimativas da mineralização do nitrogênio, fósforo e potássio

com as respectivas constantes de decomposição (k) em função do tempo (t) de

decomposição e tempo de meia vida (T½) das braquiárias (Mogi Mirim/SP, 2011/2012).

Espécies Cortes dias

Equação k T½ R2

---------------------------------Nitrogênio----------------------------------

B. decumbens 60 y=20,666e-0,02x -0,02 34,66 0,859

B. ruziziensis 60 y = 19,146e-0,024x -0,024 28,88 0,892 ---------------------------------Fósforo----------------------------------

B. decumbens 60 y = 1,766e-0,012x -0,012 57,76 0,832 B. ruziziensis 60 y = 1,838e-0,013x -0,013 53,32 0,785

---------------------------------Potássio----------------------------------

B. decumbens 60 y = 20,055e-0,056x -0,056 12,38 0,908

B. ruziziensis 60 y = 17,106e-0,054x -0,054 12,84 0,835

O grande acúmulo de massa seca das braquiárias nos tratamentos com roçadeira

ecológica acarretou também em maior produção de frutos às plantas de lima ácida

Tahiti, como pode ser observado na Figura 1. Não houve diferença entre as braquiárias.

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Figura 1 – Produção inicial de lima ácida Tahiti nos diferentes tratamentos (t ha-1) e caixas (27kg), Mogi Mirim/SP, 2012).

CONCLUSÕES

A Brachiaria ruzizienses se decompõem e libera nutriente mais rapidamente,

com destaque para a liberação de potássio. A roçadeira ecológica mais herbicida

proporciona maior produtividade para a lima ácida Tahiti.

AGRADECIMENTOS

Ao Sr. José Jaime Alves de Azevedo e à Fundação AGRISUS (Agricultura

Sustentável) pela cessão da área experimental e apoio financeiro ao projeto,

respectivamente.

REFERÊNCIAS

CAIRES, E. F.; GARBUIO, F.J.; ALLEONI, F.;CAMBRI, M.A. Calagem superficial e

cobertura de aveia-preta antecedendo os cultivos de milho e soja em sistema de plantio

direto. Revsita Brasileira de Ciências do Solo, v.30, p. 87-98, 2006.

CARPENEDO, V.; MIELNICZUK, J. Estado de agregação e qualidade de agregados de

latossolos roxos, submetidos a diferentes sistemas de manejo. Revsita Brasileira de

Ciências do Solo, v.14, p. 99-105, 1990.

IAPAR - INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Guia de adubação verde de

inverno. Londrina, 1985. 288p. (Circular, 72.).

TORRES, J.L.R.; PEREIRA, M. G.; ANDRIEOLI, I.; POLIDORO, J. C. & FABIAN,

A.J. Decomposição e liberação de nitrogênio de resíduos culturais de plantas de

cobertura em um solo de Cerrado. Revsita Brasileira de Ciências do Solo, v. 29, p.

609-618, 2005.

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Pôster e certificado de apresentação do trabalho: “Decomposição e liberação de

nutrientes da palhada de diferentes braquiárias em pomar de lima ácida Tahiti”

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ANEXO 3

MANEJO ALTERNATIVO DE PLANTAS DANINHAS EM POMAR DE LIMA

ÁCIDA ´TAHITI`

RODRIGO MARTINELLI¹; FERNANDO ALVES AZEVEDO²; RICARDO PASTANA

MOLINARI³; DANIELA CRISTINA MARCONDES QUERIDO4; CIRO POZZI

GARCIA4; RAFAEL HENRIQUE BONANI4

INTRODUÇÃO

Em São Paulo, a produção de limão encontrava-se, no ano de 2010, em cerca de

27 mil hectares, com uma produção de 782 mil toneladas, a qual é bastante inferior

àquela com laranjas, com produção de aproximadamente 14 milhões de toneladas em

cerca de 531 mil hectares (IBGE, 2010). Porém, o cultivo da limeira ácida

´Tahiti`[Citrus latifólia (Yu. Tanaka) Tanaka] representa um grande impacto social na

economia do Estado pela participação, na sua grande maioria, de pequenos produtores

rurais que necessitam de técnicas sustentáveis de manejo.

Uma prática adotada recentemente na citricultura paulista é o uso de um manejo

diferenciado na entrelinha dos pomares, aproveitando-se a vegetação espontânea e a

introduzida em benefício da cultura. Os citricultores, na sua grande maioria, têm optado

por manejar essa vegetação intercalar com uso de roçadeira lateral tipo ecológica, esta

que, lança toda massa vegetal da entrelinha para a linha de cultivo sob a copa das

plantas de citros. O uso desta técnica com coberturas vegetais pode ser utilizado como

um manejo contra plantas daninhas, cujo prejuízo para seu controle pode chegar a 30%

do custo total de produção, além de causar outros tipos de prejuízos, direta e

indiretamente (SILVA et al, 2007). Para tanto, a primeira providência a ser tomada no

manejo de plantas daninhas em qualquer área é o levantamento da comunidade

infestante (levantamento fitossociológico), envolvendo a composição específica,

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frequência de infestação, densidade, abundância e índice de valor de importância

(MONQUERO; SILVA, 2007).

Essas informações podem ser usadas na predição da necessidade de controle,

adequando-se assim, diferentes manejos. Portanto, a combinação de diferentes métodos

de manejo, como o uso de roçadeira e a aplicação de herbicidas, na entrelinha dos

pomares de citros é recomendada, e assim, com este trabalho, objetivou-se avaliar o

efeito de duas braquiárias na entrelinha (Brachiaria decumbens e B. ruziziensis),

manejadas com roçadeira lateral (convencional e ecológica), com e sem o uso de

herbicida (glyphosate) no controle de plantas daninhas em limeira ácida ‘Tahiti”.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Sítio Lagoa Bonita, Mogi Mirim/SP, onde se

realizou a semeadura a lanço, de duas espécies de braquiárias (B. decumbens e B.

ruziziensis), em janeiro de 2010. Após o estabelecimento das espécies, realizou-se, em

março de 2010, a implantação do pomar de limeira ácida ´Tahiti`, enxertada sobre

citrumelo ´Swingle` [Citrus paradisi Macf. × Poncirus trifoliata (L.) Raf.] em

espaçamento de 7,0 x 4,0m. Cada parcela foi locada em 24 plantas de limeira ácida

´Tahiti`, distribuídas em três linhas, contendo oito plantas cada. O delineamento

experimental foi de blocos inteiramente casualisados no esquema de parcela sub

subdividida, onde a parcela é a espécie de braquiária (B. ruziziensis e B.decumbens), a

subparcela o tipo de roçadeira (roçadeira convencional e roçadeira ecológica) e a sub

subparcela, utilização de herbicida (com glyphosate e sem glyphosate).

A vegetação intercalar foi amostrada em dezembro de 2011, fevereiro, abril e

junho de 2012, em quatro pontos distintos na parcela utilizando-se um gabarito com

0,25 m2. Após a roçagem, foi avaliada a fitomassa projetada sob a linha das plantas de

´Tahiti`, também em quatro pontos por parcela, utilizando-se o mesmo gabarito. As

amostras foram subdivididas em quatro sub-amostras, pesadas e posteriormente

mantidas em estufa (60 ºC/48 h), pesadas e obteve-se assim, a massa das amostras totais

secas.

O levantamento fitossociológico foi realizado em fevereiro (verão) e em julho de

2012 (inverno), 30 dias após roçagem, na linha de plantio das plantas. Em cada parcela

foi lançado, aleatoriamente, um gabarito com 0,25 m2 por 10 vezes, totalizando uma

área amostral de 2,5 m². As plantas contidas no quadro foram identificadas, obtendo-se

o número de indivíduos por espécie. Para o cálculo dos parâmetros fitossociológicos

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utilizaram-se as fórmulas de Mueller-Dombois e Ellenberg (1974) para frequência,

densidade, abundância e índice de valor de importância. Os dados foram submetidos à

análise de variância e posterior teste de comparação de médias (Teste de Tukey, a nível

de 5% de probabilidade).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 observam-se os resultados de produção de massa seca (MS) da parte

aérea das duas braquiárias, na entrelinha, num acumulativo de três roçagens, e projetada

na linha do ensaio. Verifica-se que não houve diferenças para os valores de massa seca

entre as duas braquiárias e no manejo de herbicida. Observa-se, apenas, acúmulo de MS

- 5,6 vezes maior, na linha de plantio, quando se utilizou a roçadeira ecológica. Isso, em

decorrência da forma de trabalho desse equipamento agrícola, que lança os resíduos

vegetais sob as copas das plantas.

Segundo os parâmetros fitossociológicos, as plantas daninhas mais importantes

da área nas épocas avaliadas foram: Lepidicum virginicum L. (levantamento de verão),

Bidens pilosa L. (verão e inverno) e Digitaria horizontalis Willd. (inverno) (dados não

apresentados).

Tabela 1 - Massa seca da parte aérea de Brachiaria ruziziensis e B. decumbens,

acumulativo de três cortes, produzida na entrelinha e projetada na linha de plantio da

limeira ácida ´Tahiti` (Mogi Mirim - SP), novembro de 2011 a março de 2012.

Massa Seca (t ha-1) Causa de Variação Entrelinha Projeção

Espécie de braquiária (A) NS NS B. ruziziensis 8,5 a¹ 2,6 a B. decumbens 10,9 a 3,4 a Tipo de roçadeira (B) NS ** Roçadeira ‘ecológica’ 9,2 a 5,1 a Roçadeira convencional 10,0 a 0,9 b (A)x(B) NS NS Utilização de herbicida (C) NS NS Sem herbicida 9,3 a 3,5 a Com herbicida 9,7 a 2,5 a (A)x(C) NS NS (B)x(C) NS NS (A)x(B)x(C) NS NS

(A) 2,4 1,2 (B) 3,7 3,1 DMS (5%) (C) 1,2 1,5

1Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – Não Significativo (teste F); DMS – Desvio Mínimo Significativo; * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças significativas (teste F – 1 e 5%).

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Nos tratamentos com roçadeira ecológica, a densidade de plantas daninhas, da

comunidade total, para ambas as épocas, na linha do plantio é aproximadamente 3 vezes

menor comparada à roçadeira convencional (Tabela 2), devido à grande projeção de

fitomassa, suprimindo-as. Segundo

Tabela 2 - Densidade de plantas daninhas (plantas m-2) na linha de plantio da lima ácida

Tahiti, nos diferentes tratamentos (Mogi Mirim, SP, 2012).

Densidade (Plantas daninhas m-2) Comunidade Total Área L. virginicum B. pilosa D. horizontalis Causa de Variação Verão 2012 Inverno 2012 Verão Verão Inverno Inverno

Espécie de braquiária (A) NS ** NS NS NS NS B. ruziziensis 47,17 a¹ 26,00 a 6,75 a 6,33 a 3,75 a 4,50 a B. decumbens 50,75 a 16,56 b 19,42 a 8,33 a 2,81 a 1,87 a Tipo de roçadeira (B) ** ** * NS NS * Ecológica 25,42 b 10,12 b 3,10 b 5.91 a 2,12 a 0,56 b Convencional 72,50 a 32,44 a 23,08 a 8,75 a 4,43 a 5,81 a (A)x(B) NS NS NS NS NS NS Utilização de herbicida (C) NS NS * ** NS NS Sem herbicida 39,42 a 24,12 a 0,00 b 13,33 a 3,81 a 3,00 a Com herbicida 58,50 a 18,44 a 26,17 a 1,33 b 2,75 a 3,37 a (A)x(C) NS NS NS NS NS NS (B)x(C) NS NS * NS NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS NS NS

(A) 34,96 5,85 25,35 10,47 3,07 4,18 (B) 19,24 11,91 17,70 11,07 3,39 4,57 DMS (5%) (C) 25,15 6,02 18,62 8,17 2,03 1,50

1Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – Não Significativo (teste F); DMS – Desvio Mínimo Significativo; * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças significativas (teste F – 1 e 5%).

Silva et al. (2007), este tipo de controle provoca menor amplitude nas variações e no

grau de umidade e temperatura da superfície do solo, estimulando a germinação das

sementes das plantas daninhas da camada superficial do solo num primeiro momento,

mas que são posteriormente mortas devido à impossibilidade de emergência.

Verifica-se também, que no levantamento fitossociológico efetuado no período

de inverno, há redução na densidade de plantas infestantes nas parcelas com uso de B.

decumbens, possivelmente em decorrência da manutenção de maior quantidade de

massa seca, na linha (projetada) dessa espécie, durante as roçagens, como demonstrado

na Tabela 2.

CONCLUSÕES

As braquiárias produziram quantidades similares de massa seca; o uso de

roçadeira ecológica proporciona maior acúmulo de massa seca na linha de plantio,

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reduzindo assim, a densidade de plantas daninhas tanto da comunidade total quanto das

espécies mais problemáticas da área. Portanto, o manejo do uso de braquiárias com a

roçadeira ecológica, mostra-se eficaz contra plantas daninhas para pomares de lima

ácida ‘Tahiti’.

AGRADECIMENTOS

Ao CNPQ – PIBIC, pela bolsa concedida e à fundação AGRISUS (Agricultura

Sustentável) pelo apoio financeiro ao projeto.

REFERÊNCIAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Sistema IBGE de

Recuperação Automática. Disponível em:

<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=p&o=18>. Acesso em:

22

ago. 2012.

MONQUERO, P.; SILVA, A. Levantamento fitossociológico e banco de sementes

das comunidades infestantes em áreas com culturas perenes. Acta Scientiarum

Agronomy, Maringá, v. 29, n. 3, p. 315-321, 2007.

MUELLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H.A. Aims and methods of vegetation

ecology. New York: John Wiley, 1974.

SILVA, A. A. et al. Biologia das plantas daninhas. In: SILVA, A.A.; SILVA, J. F.

Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa-MG: Universidade Federal de Viçosa,

2007. p. 17-61.

SILVA, A. A. et al. Métodos de controle de plantas daninhas. In: SILVA, A.A.;

SILVA, J. F. Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa-MG: Universidade

Federal de Viçosa, 2007. p. 63-81.

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Pôster e certificado de apresentação do trabalho: Manejo alternativo de plantas daninhas

em pomar de lima ácida ´Tahiti`

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Anexo 4.

Participantes com apoio da Fundação Agrisus: Ricardo Pastana Molinari (bolsista Agrisus), Fernando Alves de Azevedo (Coordenador projeto Agrisus 830/11 – PqC Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC) e Rodrigo Martinelli (bolsista PIBIC/CNPq) – acima. Abaixo – divulgação do apoio da Fundação Agrisus (http://www.centrodecitricultura.br/index.php?pag=informativos_centro)