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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Rio Branco AC, Brasil

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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS

RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO

RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E

MUNDANÇA CLIMÁTICA

OTCA/GEF/PNUMA

Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região

Transfronteiriça do MAP

Relatório Parcial

Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro

Fundo Para o Meio

Ambiente Mundial

Programa das Nações Unidas para

o Meio Ambiente

Rio Branco – AC, Brasil

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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS

RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA

DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE

E A MUDANÇA CLIMÁTICA

OTCA/GEF/PNUMA

Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região

Transfronteiriça do MAP

Relatório Parcial

Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro

Coordenação da Atividade

Elsa Renée Huaman Mendoza

Consultor

Fronika Claziena Agatha de Wit

Junho/2013

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3

PLANO DE TRABALHO TÉCNICO DE CAMPO LADO BRASILEIRO

RESUMO EXECUTIVO

O objetivo da atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região

Transfronteiriça do MAP é desenvolver um estudo sobre vulnerabilidade e adaptação dos

recursos hídricos frente às alterações climáticas para as comunidades da Região MAP (Madre

de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO). Este é o plano de trabalho do técnico de campo do lado

brasileiro da bacia hidrográfica do Rio Acre. Neste primeiro produto consta o detalhamento

do Plano de Trabalho com a metodologia indicada para a execução das entrevistas e

questionários aos representantes comunitários das áreas consideradas críticas da bacia na

região transfronteiriça do MAP, indicadas pela coordenação. A metodologia a ser usada

durante as viagens de campo será o levantamento e mapeamento de áreas de riscos ambientais

in situ com o uso de instrumentos de posicionamento global – GPS e a produção de mapas

falantes junto com os representantes comunitários. O número de visitas de campo vai

depender da quantidade de áreas vulneráveis ao longo da bacia hidrográfica, previamente

identificadas com a análise espacial e construção de mapas. Finalmente, os dados levantados

em campo serão estruturados em uma base de dados e analisados estatisticamente para o

realinhamento do mapa de vulnerabilidade. Este plano de trabalho inclui além da metodologia

de trabalho, o plano e cronograma de viagens e prazo.

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4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

CONTEXTO 8

OBJETIVOS 10

ATIVIDADES & PRODUTOS 11

METODOLOGIA 12

CRONOGRAMA DE TRABALHO 15

REFERENCIAS 17

ANEXOS 18

ANEXO I - EXEMPLO ROTEIRO LEVANTAMENTO DE CAMPO

ANEXO II – ESTRUTURA MAPA FALADO

LISTA DE FIGURAS E QUADRAS

Figura 1 - Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru.

Figura 2 - Esquema ilustrativo dos módulos da metodologia para consecução do

Mapeamento de Riscos Ambientais.

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5

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANA Agencia Nacional de Aguas

ARA Autoridade Regional Ambiental

CEGdRA Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais

COER Centro de Operações de Emergência Regional

EPSA Entidade Prestadora de Serviços de Agua Potável e Esgoto

G.A.M. Cobija Governo Autônomo Municipal de Cobija

GEF Global Environment Facility (Fundo Global para o Meio Ambiente)

GOREMAD Governo Regional de Madre de Dios

IIAP Instituto de investigações da Amazônia Peruana

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

IRE Índice de Risco Ecológico

IRE-C Índice de Risco Ecológico pela soma de ameaças

IRE-T Índice de Risco Ecológico por ameaça individual

MAP Madre de Dios-Peru, Acre-Brasil, Pando-Bolívia

MSAR Mesa de Serviços Ambientais e REDD

ONG Organização Não Governamental

OT Ordenamento Territorial

OTCA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica

PAT Programa Amazônico Trinacional

PCD Plataformas de Coleta de Dados

PEMD Projeto Especial Madre de Dios

PLERH-AC Plano Estadual de Recursos Hídricos – Acre

PNUMA O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

PPCQ Plano de Prevenção e Combate às Queimadas

SAT Sistema de Alerta

SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente

SENAMHI Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia

SIG Sistema de Informação Geográfica

TerraMA2 Plataforma de. Monitoramento, Análise e Alerta a Extremos

Ambientais

UD Unidade Demonstrativa

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6

INTRODUÇÃO

Em reconhecimento da unidade hidrográfica da Bacia Amazônica e, a fim de atender à

necessidade de uma ação coordenada, os países da bacia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador,

Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica e

criaram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Em 2003, após uma

iniciativa da Agência Nacional de Águas do Brasil e com base nos resultados de uma reunião

de pontos focais nacionais da Rede Interamericana de Recursos Hídricos, a OTCA, em nome

dos países da Bacia Amazônica e em colaboração com a Organização dos Estados

Americanos (OEA), solicitou o apoio do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) para

ajudar a desenvolver uma proposta de projeto que visa reforçar o marco institucional para

iniciar efetivamente a gestão integrada de recursos hídricos na maior bacia hidrográfica do

mundo, tendo em consideração a variabilidade e as mudanças climáticas.

O projeto "Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia

do Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e a Mudança Climática", financiado pelo

GEF, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e

executado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), através de sua

Secretaria Permanente (SP / OTCA), tem como objetivo fortalecer o marco institucional para

planejar e executar, de maneira coordenada e coerente, as atividades para a proteção e gestão

sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Rio Amazonas. O projeto utilizará mecanismos

inovadores de participação como base para a compreensão dos desafios e perspectivas atuais e

futuras da GIRH. Tal entendimento servirá de base para o desenvolvimento de um programa

sustentável e responsável de capacitação, de fortalecimento institucional, da aplicação de

instrumentos econômicos viáveis e importantes avanços nos campos social e econômico. A

partir desta base, o projeto proposto irá cumprir os objetivos estratégicos do GEF em relação à

resolução de possíveis conflitos transfronteiriços pelo uso dos recursos em tempos de

mudanças climáticas e estimular a ação dos países da bacia para uma gestão sustentável dos

seus recursos. A região da Bacia Amazônica enfrenta muitos desafios na gestão e uso

sustentável dos recursos hídricos e do solo, uma vez que a região experimenta um crescimento

socioeconómico e aumento dos fluxos migratórios para a região. A complexidade das

questões, juntamente com o ritmo acelerado das mudanças climáticas, requer a

implementação de um processo para ajudar a minimizar os riscos associados com a

variabilidade climática, o desmatamento e as mudanças climáticas, e os conflitos pelo uso da

água e recursos naturais. Neste contexto, o projeto visa desenvolver um Programa de Ações

Estratégicas (PAE) para a bacia Amazônica e criar o ambiente necessário para a futura

implementação do PAE.

Dentro do projeto da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), GEF e

PNUMA “Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia

do Rio Amazonas, considerando a Variabilidade e Mudança Climática” tem o subprojeto III-2

Prioridades Especiais de Adaptação com a “Atividade III-2.2 Adaptação às Mudanças

Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP” que se encaixa dentro do subprojeto III-2.

Para realizar estudos sobre a vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos devido as

alterações climáticas que vem acontecendo nas comunidades da Região MAP (Madre de

Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO), que é objetivo deste projeto, é necessário a participação de

especialistas em diferentes áreas que possam dar suporte com estudos específicos a um maior

entendimento da problemática sobre esta temática na região. O levantamento de dados e

informações em fontes primárias e secundárias nas áreas consideradas vulneráveis da bacia do

Rio Acre em campo é necessário para a formulação de políticas para a adaptação social e

Page 7: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

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ambiental à nova realidade que se coloca, especialmente nesta região da Amazônia Sul-

ocidental, cuja complexidade se acentua por ser uma região de fronteira. Ademais, os mapas

de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, construídos pelos consultores especialistas

em SIG precisam de validação em campo.

Para o levantamento de dados e informações e a validação dos mapas de risco e de

vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, serão realizadas visitas de campo no lado brasileiro da

bacia transfronteiriça do rio Acre. Todo o trabalho será documentado através de relatórios,

fotografias, mapas falantes e outros recursos.

Juntamente com a execução dos trabalhos de campo no lado brasileiro da bacia hidrográfica

do rio Acre, a coordenação local da atividade “Atividade III-2.2 Adaptação às Mudanças

Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP” será apoiada na organização dos eventos

(reuniões de trabalho oficinas, workshops), organização de material e dados, e suporte ao

coordenados do projeto.

O prazo para a realização dos trabalhos é de seis meses, contados a partir da assinatura do

contrato.

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CONTEXTO

A Atividade III.2.2 será desenvolvida no âmbito da região transfronteiriça do MAP, na parte

alta da bacia do Rio Acre, fronteira do Brasil, com Bolívia e Peru (Figura 1). O técnico para

execução dos trabalhos de campo relativos às ações 4.2 e 4.3 da Atividade III.2.2, realizará os

trabalhos ao lado brasileiro da parte alta da bacia do Rio Acre.

Figura 1. Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru

Caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade étnico-cultural em uma das áreas de

maior biodiversidade da região. Segundo Latuf (2011) a bacia do Rio Acre tem uma área

aproximada de 35.967 km2, dos quais 88% pertencem ao território brasileiro, 7% ao Peru e

5% à Bolívia. Do território brasileiro, 88% pertence ao estado do Acre e 13% ao estado do

Amazonas.

Esta bacia apresenta diferentes usos e ocupação do solo, com um processo acentuado de

pressão antrópica sobre a floresta, para implantação da pecuária e agricultura. O aumento

populacional e as mudanças no uso da terra têm provocado a intensificação dos processos de

desmatamento e queimadas transformando a floresta em áreas de pastagem (Reis & Reyes,

2007).

Esta bacia tem sido alvo de intensas transformações, com destaque para a construção da

Estrada Interoceânica, destinada ao escoamento dos produtos brasileiros para os mercados

internacionais, através dos portos peruanos, no Pacífico (Brown et al., 2002).

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9

Em maio de 2006, através desta iniciativa realizou-se a Oficina “Aspectos Legais e Ações

Estratégias para Gestão Compartilhada da Bacia do Rio Acre”, cujo objetivo principal foi

promover o intercâmbio de experiências entre organizações que atuam na região da Bacia do

Rio Acre, e facilitar a articulação das instituições brasileiras, bolivianas e peruanas, visando

desenvolver mecanismos que possibilitassem a gestão compartilhada dos recursos hídricos

nesta bacia hidrográfica. O produto final dessa oficina foi uma carta de recomendação para

constituição de um Grupo de Trabalho do Rio Acre nos três países, enviada à Câmara Técnica

de Gestão dos Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT), do Conselho Nacional de

Recursos Hídricos (CNRH).

Do lado brasileiro foi criado oficialmente o Grupo de Trabalho do Rio Acre em 26.09.2006,

junto a Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços, com a finalidade

de desenvolver ações que auxiliassem a promoção da gestão compartilhada na bacia do Rio

Acre.

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10

OBJETIVOS

Esta atividade compreende o desenvolvimento dos tópicos designados nos objetivos

específicos. A tarefa do especialista a ser executada, como descrita, está ligada aos seguintes

objetivos específicos da atividade III.2.2, a saber:

Estabelecer uma equipe tri-nacional de especialistas para desenvolver e por em prática

a atividade de demonstração sobre adaptação;

Proporcionar as bases científicas e os dados para avaliar os efeitos das mudanças

climáticas na economia regional e na disponibilidade dos recursos naturais da região

transfronteiriça do MAP;

Avaliar a vulnerabilidade dos recursos hídricos e naturais às mudanças climáticas na

região transfronteiriça do MAP.

Os objetivos específicos das atividades da consultoria do técnico de campo do lado brasileiro,

são os seguintes:

Fazer levantamento de dados e informações em campo sobre a realidade enfrentada

pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia na região MAP –

Acre/Brasil.

Fazer a validação em campo dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio

Acre, na região transfronteiriça do MAP – Acre/Brasil.

Fazer o tratamento estatístico e analítico dos dados de campo Acre/Brasil.

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11

ATIVIDADES & PRODUTOS

Para atingir os objetivos, de acordo com o Termo de Referência, as atividades a serem

desenvolvidas pela consultoria são as seguintes.

Atividades específicas

Elaboração da metodologia detalhada para as entrevistas e questionários aos

representantes e lideranças comunitárias das áreas consideradas críticas da bacia na

região transfronteiriça do MAP.

Visitas e levantamento de dados e informações em campo sobre a realidade enfrentada

pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas afetadas pelas secas severas,

inundações, deslizamentos e erosão, bem como os contatos com interessados locais,

líderes comunitários e autoridades da bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do

MAP – Acre/Brasil;

Validação em campo dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na

região transfronteiriça do MAP – Acre/Brasil.

Tratamento estatístico e analítico dos dados de campo e integração dos dados

coletados por outros consultores de Peru, Brasil e Bolívia.

Apoio na organização dos eventos (reuniões de trabalho, oficinas, workshops)

Organização de material e dados integrados – MAP.

Suporte ao coordenador do projeto.

Produtos

O consultor será responsável pela entrega dos seguintes produtos:

Produto 1: Plano de trabalho detalhado com a metodologia indicada para a execução das

entrevistas e questionários aos representantes comunitários das áreas consideradas críticas da

bacia na região transfronteiriça do MAP, indicadas pela coordenação, incluindo além da

metodologia de trabalho, plano e cronograma de viagens, dentre outros aspectos que se

fizerem necessários para o bom andamento dos trabalhos. 15/06/2013

Produto 2: Relatório contendo o levantamento de dados e informações obtidas no campo

sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia

do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP e informações para validação dos mapas de

risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região transfronteiriça do MAP

15/08/2013

Produto 3. Relatório consolidado contendo os dados e informações de campo com tratamento

estatístico e analítico e banco de dados organizado e integrado da bacia hidrográfica do Rio

Acre região MAP. 15/09/2013

Produto 4. Relatório final consolidado contendo os dados e informação das organizações das

reuniões, cursos e outros eventos e acompanhamento das atividades da coordenação local

(Atividade III.2.2). 15/10/2013.

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METODOLOGIA

Atividades antrópicas provocam alterações ambientais que geralmente comprometem a

integridade dos ecossistemas, levando à diminuição das populações, ou mesmo a extinção

local de espécies vegetais e animais, redução da qualidade da água, degradação do meio

físico, dentre outros serviços ecossistêmicos importantes para a sociedade (PETRY, et al,

2011). Entender os riscos ecológicos a que uma região está submetida auxilia na tomadas de

decisão no que diz respeito a definição de qual tipo de ação é necessária para evitar ou

minimizar impactos negativos, quer seja adotando medidas de mitigação ou agindo

rapidamente para evitar sua degradação (PETRY, et al, 2011).

Neste sentido a análise de vulnerabilidade tem um papel importante para indicar as possíveis

áreas de risco que possam ameaçar a saúde dos ecossistemas e a qualidade de vida humana.

Para definição de diretrizes e ações de adaptação às mudanças climáticas propõe-se o

desenvolvimento de uma análise de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, a partir de dois

componentes: o conhecimento das vulnerabilidades de bacia hidrográfica e do seu potencial

de resiliência, conforme metodologia adotada pela Rede WWF (Petry et al., 2011), adaptada

de Mattson & Argermeier (2007), dentre outros. O envolvimento das comunidades e das

lideranças locais possibilitará a validação dos dados e informações obtidos em escritório, bem

como a indicação de medidas de mitigação e/ou adaptação para os problemas detectados.

Neste sentido faz-se necessário o levantamento de dados de campo através de visitas às áreas

críticas da bacia e consultas às comunidades locais sobre a realidade vivenciada, através de

questionários e/ou entrevistas semi-estruturadas.

A metodologia a ser usada durante as viagens de campo será o levantamento e mapeamento

de áreas de riscos ambientais, que faz parte da metodologia do trabalho desenvolvido pelo

Governo do Estado do Acre, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA para

identificação, caracterização e mapeamento de áreas de risco com produtos perigosos, em

2009, através do P2R2 – Prevenção, Preparação e Resposta Rápida (Figura 2).

No módulo 1 da metodologia do P2R2 as seguintes variáveis serão considerados durante o

levantamento: atividades potencialmente impactantes, áreas contaminadas, passivos

ambientais, sítios frágeis ou vulneráveis e unidades de resposta, tomando por base as

seguintes definições operacionais:

Atividades potencialmente impactantes (API): compreendem empreendimentos e

atividades com potencial de causar danos ambientais.

Áreas contaminadas (AC): correspondem às áreas, terrenos, locais instalações e

benfeitorias onde se pode comprovar a poluição e contaminação.

Passivos ambientais (PA): são áreas contaminadas que põem risco à saúde humana ou

ao meio ambiente, através da degradação ambiental.

Page 13: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

13

Sítios frágeis (SF): são áreas cuja população, suas atividades ou meio ambiente

possam ser afetados pela ocorrência de um eventual acidente ambiental. Dentre os

sítios frágeis ou vulneráveis estão os assentamentos humanos, unidades de

conservação ambiental, área de proteção permanente, aldeias indígenas, entre outros.

Unidade de Resposta (UR): é a unidade encarregada por prestar atendimento a um

acidente ambiental. As unidades de resposta a acidentes ambientais, embora não

proporcionem a atenuação do risco de ocorrência de um acidente, podem, ao menos,

contribuir para a minimização dos danos decorrentes.

De cada uma das variáveis se coleta em campo o nome, a coordenada (UTM), faz-se o

registro fotográfico, uma breve descrição e quando possível, registra-se o agente responsável.

Para cada situação encontrada faz-se uma classificação quanto ao risco para a saúde humana

e/ou para o meio ambiente.

O módulo 2 da metodologia do P2R, a base cartográfica georreferenciada, é de

responsabilidade dos especialistas em SIG

Figura 2 - Esquema ilustrativo dos módulos da metodologia para consecução do Mapeamento de Riscos

Ambientais (Fonte: Adaptado de Acre, 2009)

Page 14: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

14

O levantamento de campo dos riscos e impactos se da através de viagens contínuas

acompanhando o leito principal do rio Acre. As viagens estão indicadas no cronograma de

trabalho. Para cada atividade e/ou tipo de área mapeada será feita uma classificação do tipo de

risco que pode acarretar ameaças ao meio ambiente, à saúde humana ou a uma atividade

econômica (anexo I).

Também serão elaboradas „mapas falados‟, uma metodologia participativa que representa uma

situação problematizada de uma realidade comunitária. Estes serão elaborados em conjunto

com os líderes comunitários na identificação de problemas e propostas de soluções para os

mesmos, de uma determinada localidade. A estrutura do mapa falado está apresentada em

anexo II.

Page 15: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

15

CRONOGRAMA DE TRABALHO

Quadro 1. Cronograma de execução das atividades por quinzena

Atividade 1jun 2jun 1jul 2jul 1ago 2ago 1set 2set

Produto 1

Plano de trabalho detalhado com a metodologia indicada para a execução das entrevistas e questionários aos

representantes comunitários das áreas consideradas críticas da bacia na região transfronteiriça do MAP, indicadas

pela coordenação, incluindo além da metodologia de trabalho, plano e cronograma de viagens, dentre outros

aspectos que se fizerem necessários para o bom andamento dos trabalhos.

Reunião técnica Consultores SIG/Campo e

especialistas

Relatório – Produto 1 15

Produto 2

Relatório contendo o levantamento de dados e informações obtidas no campo sobre a realidade enfrentada pelas

comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP e

informações para validação dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região

transfronteiriça do MAP

Levantamento de dados e informações

através de entrevistas dos impactos e dos

riscos em campo

Validação de mapas de incêndios florestais

Validação de mapas de riscos e de

vulnerabilidade através de viagem ao largo

da bacia de rio Acre

Reunião técnica Consultores SIG/Campo e

especialistas

Relatório – Produto 2 15

Produto 3

Relatório consolidado contendo os dados e informações de campo com tratamento estatístico e analítico e banco de

dados organizado e integrado da bacia hidrográfica do Rio Acre região MAP.

Tratamento estatistico e analitico

Relatório – Produto 3 15

Page 16: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

16

Quadro 2: Cronograma de execução por mês

Atividade Jun jul Aug Set Out Nov

Produto 4

Relatório final consolidado contendo os dados e informação das organizações das

reuniões, cursos e outros eventos e acompanhamento das atividades da coordenação local

Apoio na organização dos eventos.

Organização de material e dados

integrados

Relatório – Produto 4 15

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17

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACRE. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Plano Estadual de Recursos Hídricos:

Relatório Consolidado do Plano de Ação(Cap. 5). –Rio Branco –AC: 2010 –88p.

ACRE. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Identificação e mapeamento de áreas de riscos

com produtos químicos perigosos no Estado do Acre: Relatório Síntese / Rosana Cavalcante

dos Santos, Coord.–Rio Branco –AC: 2009 –76p.

BROWN, I. F.; BRILHANTE, S. H. C.; MENDOZA, E. R. H. E OLIVEIRA, I. R. Estrada de

Rio Branco, Acre, Brasil aos Portos do Pacífico: Como maximizar os benefícios e minimizar

os prejuízos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Sul-Ocidental. Integración

Regional entre Bolívia, Brasil y Peru. Allan Wagner Tizón y Rosario Santa Gadea Duarte

(eds). Editora CEPEI (Centro Peruano de Estudios Internacionales), Lima, Série: Seminários,

Mesas Redondas y Conferencias No. 25, p. 281-296. 2002.

LATUF, M. O. Modelagem hidrológica aplicada ao planejamento dos recursos hídricos na

bacia hidrográfica do rio Acre. Tese de Doutorado em Geografia – UNESP, Presidente

Prudente, SP. 2011.

MATTSON, K. M.; ARGERMEIER, P. L. Integrating Human Impacts and Ecological

Integrity into a Risk-Based Protocol for Conservation Planning. Environment Manage

n. 39, p. 125-138, 2007.

NASCIMENTO, V. et al. Mapeamento de Riscos Ambientais na Área de Influencia do

Igarapé Judia, Acre, Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso Pós-Graduação: Perícia e

Auditoria em Gestão Ambiental na Uninorte, Maio de 2012.

PETRY, P. Et al. Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai: Argentina,

Bolívia, Brasil e Paraguai. The Nature Conservancy; WWF-Brasil. Brasília, DF: The

Nature Conservancy do Brasil, Outubro de 2011.

REIS, V. L.; REYES, J. F. (Org.). Rumo à gestão participativa da Bacia do Alto Rio Acre.

Diagnóstico e avanços. Universidade Federal do Acre – UFAC e WWF-BRASIL-World

Wildlife Fund. 2007.

Page 18: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

18

ANEXO I - EXEMPLO ROTEIRO LEVANTAMENTO DE CAMPO

Data:____________ Local de Saida:________________ H. Saida:________ H. Chegada:__________ Responsável___________

MAPEAMENTO DE RISCO AMBIENTAL

Nome X Y Descrição Agente

Responsável

Risco Tipo

1 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. Econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

2 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. Econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

3 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. Econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

4 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. Econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

5 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. Econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

6 ( ) Saúde Humana

( ) Meio Ambiente

( ) Ativ. econômica

( ) AC, ( ) PA, ( ) SF,

( ) UR ( ) AI

Fonte: Nascimento et. al. , 2012

Page 19: Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado ... · Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman

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ANEXO II – ESTRUTURA MAPA FALADO

LEVANTAMENTO DE RISCO – BACIA DO ALTO RIO ACRE - IMPACTOS

Registro Fotográfico

Uso e ocupação do solo

Mapa com pontos georreferenciados do levantamento de risco

ESTRESSOR – QUAL É O PROBLEMA?

AÇÃO DE ADAPTAÇÃO

ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO

INSTITUIÇÕES – promotoras e parceiras

META – O QUE QUEREMOS

Fonte: Adaptado de Nascimento et. al. , 2012