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RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO outubro 2018

RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO · Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território Câmara ... 31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou

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RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

outubro 2018

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outubro 2018

Câmara Municipal de Tondela

Lugar do Plano – Gestão do Território e Cultura, Lda

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 6

2. BREVE ENQUADRAMENTO AO NOVO QUADRO LEGAL......................................................................... 7

3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ............................................................................................................ 9

4. ESTUDO DEMOGRÁFICO ......................................................................................................................... 13

4.1. Caracterização Geral ............................................................................................................................ 13

4.2. Evolução e Distribuição da População ................................................................................................. 17

4.3. Estrutura da População por Grupos Etários e por Género ................................................................... 21

4.4. Movimentos da População .................................................................................................................... 25

4.5. População por Nível de Instrução ......................................................................................................... 29

4.6. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 30

5. ESTUDO DA HABITAÇÃO .......................................................................................................................... 33

5.1. Nota Introdutória ................................................................................................................................... 33

5.2. Características Gerais .......................................................................................................................... 33

5.3. Volume Total de Alojamentos Familiares e Seu Uso ........................................................................... 36

5.4. Pressão Habitacional e Evolução dos Alojamentos Familiares e seu Uso .......................................... 39

5.5. Evolução dos Alojamentos Familiares / Famílias / Uso ........................................................................ 40

5.6. Condições dos Alojamentos ................................................................................................................. 45

5.6.1. Caracterização Geral ..................................................................................................................... 45

5.7. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 49

6. ESTUDO SOCIOECONÓMICO .................................................................................................................. 52

6.1. Nota Introdutória ................................................................................................................................... 52

6.2. Caracterização Geral da População Ativa ............................................................................................ 53

6.3. Análise das Atividades Económicas ..................................................................................................... 61

6.3.1. Setor Primário................................................................................................................................. 61

6.3.2. Setor Secundário ............................................................................................................................ 63

6.3.3. Setor Terciário ................................................................................................................................ 65

6.4. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 66

7. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE ............................................................................................................ 68

7.1. Rede Rodoviária ................................................................................................................................... 68

7.2. Padrões e Fluxos de Mobilidade da População ................................................................................... 69

8. PATRIMÓNIO .............................................................................................................................................. 72

8.1. Património Classificado ........................................................................................................................ 72

9. AS COMPONENTES AMBIENTAIS ............................................................................................................ 75

9.1. Os Incêndios do Caramulo ................................................................................................................... 75

9.1.1. Intervenção Preventiva ................................................................................................................... 77

9.1.2. A Estratégia do PDM ...................................................................................................................... 79

9.1.3. A Ação da CMT .............................................................................................................................. 79

9.2. Os Incêndios de 2017 ........................................................................................................................... 79

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9.3. Reserva Ecológica Nacional ................................................................................................................. 80

10. NÍVEL DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES PREVISTAS EM PROGRAMA DE EXECUÇÃO DO PDM

......................................................................................................................................................................... 81

10.1. Nível de Execução .............................................................................................................................. 81

10.1.1. Eixo – Inovação e Competitividade .............................................................................................. 82

10.1.2. Eixo – Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural ......................................................... 88

10.1.3. Eixo – Turismo, Cultura e Lazer ................................................................................................... 89

10.1.4. Eixo – Energia .............................................................................................................................. 93

10.1.5. Eixo – Sistema Urbano ................................................................................................................. 94

10.1.6. Eixo – Educação .......................................................................................................................... 96

10.1.7. Eixo – Sistema de Acessibilidade e Transportes ......................................................................... 97

10.1.8. Eixo – Sistema Ambiental ............................................................................................................ 98

10.1.9. Eixo – Desporto e Juventude ..................................................................................................... 100

10.1.10. Eixo – Novas Tecnologias ........................................................................................................ 101

10.1.11. Eixo – Saúde, Ação Social e Habitação ................................................................................... 102

10.1.12. Eixo – Segurança e Proteção Civil ........................................................................................... 103

10.1.13. Eixo – Modernização Administrativa ........................................................................................ 104

10.2. Nota Conclusiva ................................................................................................................................ 104

11. ESTUDO DA DINÂMICA URBANÍSTICA ................................................................................................ 109

11.1. Evolução dos Edifícios Licenciados .................................................................................................. 109

11.2. Análise Processos Urbanísticos ....................................................................................................... 117

12. REVISÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL ........................................................... 130

12.1. Âmbito Nacional ................................................................................................................................ 130

12.1.1. Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território .................................................. 130

12.1.2. Plano Nacional da Água ............................................................................................................. 131

12.1.3. Plano Rodoviário Nacional ......................................................................................................... 131

12.1.4. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis (Rh4) .............................. 132

12.1.5. Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira ...................................................................... 134

12.2. Âmbito Regional ................................................................................................................................ 136

12.2.1. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Dão e Lafões .................................................... 136

12.2.2. Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro ......................................................... 136

12.3. Âmbito Municipal ............................................................................................................................... 138

12.3.1. Plano Diretor Municipal de Tondela ........................................................................................... 138

12.3.2. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela ................................................................ 139

12.3.3. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase) ............................................... 140

12.3.4. Plano de Pormenor com Efeitos Registais da Ampliação da Zona Industrial Municipal da Adiça

................................................................................................................................................................ 142

12.4. Outros Planos e Instrumentos .......................................................................................................... 145

13. ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA ................................................................................................... 146

13.1. ARU do Caramulo ............................................................................................................................. 146

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13.2. ARU de Tondela................................................................................................................................ 148

14. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO URBANO .............................................................. 149

15. QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO ............................................................................................... 155

15.1. Programa Operacional Centro 2020 ................................................................................................. 155

15.2. Programa Operacional Regional do Centro 2007 - 2013 ................................................................. 166

16. PLANO INTERMUNICIPAL DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DE VISEU E DÃO LAFÕES ........... 169

17. Considerações finais ............................................................................................................................... 189

18. Bibliografia ............................................................................................................................................... 192

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1. INTRODUÇÃO

A Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei n.º

31/2014, de 30 de maio), conjugada com o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-

Lei n.º 80/2015, de 14 de maio) determina que a Câmara Municipal – entidade responsável pela concretização

da política de ordenamento do território e de urbanismo a nível local – deve fomentar a monitorização e

avaliação dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), consubstanciada em Relatório sobre

o Estado do Ordenamento do Território (REOT).

De acordo com o artigo 189.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial incumbe às câmaras

municipais, e no caso concreto à Câmara Municipal de Tondela, a elaboração de quatro em quatro anos de

um REOT, a submeter à apreciação da assembleia municipal. São relatórios que “traduzem o balanço da

execução dos programas e dos planos territoriais, objeto de avaliação, bem como dos níveis de coordenação

interna e externa obtidos, fundamentando uma eventual necessidade de revisão”.

Pretende-se, desta forma, identificar a tendência de evolução nos mais variados domínios e avaliar a

execução do Plano Diretor Municipal (PDM), fazendo a ponderação das vantagens e desvantagens das linhas

de desenvolvimento preconizadas na 1.ª revisão, considerando o devido enquadramento social, cultural,

ambiental e económico.

A importância deste documento reveste-se, portanto, no facto de constituir um processo contínuo, capaz de

analisar e avaliar a concretização das estratégias de desenvolvimento territorial municipal, uma vez que

permite monitorizar e, desse modo, redefinir medidas e ações que não tenham alcançado os objetivos

definidos.

Nesta senda, considerando as intenções que norteiam o modelo de ordenamento no concelho de Tondela, o

REOT pretende encetar a fundamentação da 2.ª revisão do PDM, mediante a apresentação de razões

justificativas para tal decisão.

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2. BREVE ENQUADRAMENTO AO NOVO QUADRO LEGAL

Após a publicação da Revisão PDM de Tondela ocorrida em 2011, sucederam mudanças significativas no

ordenamento jurídico do sistema de planeamento territorial com a entrada em vigor da nova Lei de Bases

Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo – aprovada pela Lei n.º

31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou o novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial

(RJIGT) – aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio.

Uma das principais inovações da nova Lei de Bases diz respeito às mudanças de fundo introduzidas no

processo de classificação e qualificação do solo, designadamente no que concerne ao desaparecimento da

categoria de solo urbanizável e à indispensabilidade de fazer depender a transformação do solo e a sua

reclassificação como urbano de uma opção de planeamento e, particularmente, da demonstração da sua

viabilidade, e da programação e contratualização da operação urbanística entre Administração e particulares.

A nova Lei de Bases e o novo RJIGT introduzem, relativamente à legislação anterior, um novo conceito de

solo urbano: “… o que está total ou parcialmente urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em plano territorial

à urbanização ou edificação”.

Neste âmbito, os PDM elaborados à luz da legislação anterior têm que proceder à respetiva revisão, efetuando

a uma nova delimitação de solo urbano; dispondo para tal um prazo máximo de cinco anos, sob pena de

suspensão.

De acordo com Oliveira, Fernanda Paula (2016), a Lei de Bases veio introduzir uma diferenciação entre

programas, “que estabelecem o quadro estratégico de desenvolvimento territorial e as suas diretrizes

programáticas ou definem a incidência espacial de políticas nacionais a considerar em cada nível de

planeamento” e planos, que “estabelecem opções e ações concretas em matéria de planeamento e

organização do território bem como definem o uso do solo”. Diferenciação que tem importância para vários

efeitos, sendo o mais relevante o da eficácia jurídica destes instrumentos: enquanto os programas apenas

vinculam entidades públicas, os planos vinculam as entidades públicas e ainda, direta e imediatamente, os

particulares (46.º, n.ºs 1 e 2 da Lei de Bases).

Desta forma, as normas que integram o conteúdo dos Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT)

em vigor devem ser vertidas para os planos de âmbito municipal ou intermunicipal aplicáveis na área

abrangida pelos planos especiais, num prazo máximo de 3 anos, ou seja, até dia 29 de junho de 2017.

Entretanto, este prazo foi adiado até 13 de julho de 2020 pela complexidade envolvida, devendo ser

assegurada a conformidade entre os dois planos ao nível dos regulamentos e das respetivas plantas.

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O Decreto-Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto, estabelece os critérios de classificação e

reclassificação do solo, bem como os critérios de qualificação e as categorias do solo rústico e do solo urbano

em função do uso dominante, aplicáveis a todo o território nacional.

Este decreto regulamentar «cumpre o objetivo de estabelecer os critérios a observar pelos municípios,

comunidades intermunicipais e associações de municípios no âmbito dos procedimentos de elaboração,

alteração e revisão dos planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal, assim se permitindo que, num

domínio de elevada complexidade técnica, possam aqueles planos dispor de uma base harmonizada de

critérios.»

O decreto regulamentar trata, num primeiro momento, «os critérios a observar na classificação do solo,

assente na diferenciação entre as classes de solo rústico e de solo urbano.»

Quanto à qualificação do solo, «define-se, de acordo com os princípios fundamentais da compatibilidade de

usos, da graduação, da preferência de usos e da estabilidade, o conceito de utilização dominante de uma

categoria de solo como a afetação funcional prevalecente que lhe é atribuída pelo plano territorial de âmbito

intermunicipal e municipal.»

Por fim, uma nota para a Portaria n.º 277/2015, de 10 de setembro, que regula a constituição, composição e

funcionamento das comissões consultivas da elaboração e revisão do PDM.

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3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

O município de Tondela apresenta uma área de 371,22 Km2 e pertence em termos administrativos ao distrito

de Viseu. Em termos de Nomenclatura Comum de Unidades Territoriais para fins Estatísticos (NUTS) faz

parte da Região Centro – NUTS II e da sub-região de Viseu Dão Lafões – NUTS III – a nova NUT estabelecida

pelo Regulamento Comunitário nº 868/2014 (cfr figura seguinte). Anteriormente, o município de Tondela fazia

parte da sub-região de Dão Lafões. A única diferença entre as duas sub-regiões prende-se com a saída de

Mortágua da sub-região de Viseu Dão Lafões para integrar a região de Coimbra.

Figura 1. Localização de Tondela em Portugal continental, na Região Centro e sub-região de Viseu Dão Lafões

FONTE: DGT, CAOP 2016

Tondela constitui o segundo maior concelho do Distrito de Viseu, confinando com os concelhos de Vouzela,

Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Mortágua, Águeda, Oliveira de Frades e Viseu como se pode observar

na figura seguinte.

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Figura 2. Concelhos limítrofes de Tondela

FONTE: DGT, CAOP 2016

O município de Tondela segundo a Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, que organiza administrativamente as

freguesias, através da criação de freguesias por agregação ou por alteração dos limites territoriais, é

composto atualmente por 19 freguesias, conforme se pode observar no quadro seguinte. Antes desta

organização o município de Tondela era constituído por 26 freguesias, igualmente apresentadas no quadro

seguinte.

Quadro 1. Freguesias do município de Tondela antes e depois da divisão administrativa de 2013

Divisão administrativa até 2013 Divisão administrativa a partir de 2013

Designação km² Designação km²

Barreiro de Besteiros 36,99 Campo de Besteiros 7,93

Campo de Besteiros 7,93 Canas de Santa Maria 13,85

Canas de Santa Maria 13,85 Castelões 17,12

Caparrosa 16,53 Dardavaz 13,69

Castelões 17,12 Ferreirós do Dão 8,29

Dardavaz 13,69 Guardão 18,95

Ferreirós do Dão 8,29 Lajeosa do Dão 24,59

Guardão 18,95 Lobão da Beira 14,09

Lajeosa 24,59 Molelos 15,5

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Divisão administrativa até 2013 Divisão administrativa a partir de 2013

Designação km² Designação km²

Lobão da Beira 14,09 Parada de Gonta 6,73

Molelos 15,5 Santiago de Besteiros 15,75

Mosteirinho 17,49 Tonda 7,5

Mosteiro de Fráguas 10,28 União das freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo 45,73

Mouraz 9,35 União das freguesias de Caparrosa e Silvares 24,57

Nandufe 4,4 União das freguesias de Mouraz e Vila Nova da Rainha 15,53

Parada de Gonta 6,73 União das freguesias de São João do Monte e Mosteirinho 65,13

Sabugosa 7,16 União das freguesias de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 18,54

Santiago de Besteiros 15,75 União das freguesias de Tondela e Nandufe 15,75

São João do Monte 47,65 União das freguesias de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 21,98

São Miguel do Outeiro 11,38

Silvares 8,04

Tonda 7,5

Tondela 11,35

Vila Nova da Rainha 6,17

Vilar de Besteiros 11,69

Tourigo 8,73

FONTE: INE

Na figura seguinte é possível visualizar os atuais limites administrativos das 19 freguesias que compõem o

município de Tondela, bem como os limites anteriores à reorganização administrativa de 2013.

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Figura 3. Freguesias do município de Tondela antes (em cima) e depois da divisão administrativa de 2013 (em baixo)

FONTE: DGT, CAOP 2016

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4. ESTUDO DEMOGRÁFICO

4.1. Caracterização Geral

Constituem objetivos desta análise demográfica, o conhecimento das características socioculturais, evolução,

estratificação e perspetivas de crescimento da população de uma região. Os dados proporcionados pela

análise demográfica, permitirão a identificação de uma série de conjunturas e cenários de desenvolvimento,

bem como, das causas que estiveram na sua origem, apontando o melhor caminho para orientar e / ou

consolidar um quadro de intervenções estratégicas, no âmbito do presente Plano.

Recorreram-se, para a elaboração deste estudo, aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística

– INE, Censos desde 1960 a 2011, e ainda às Estimativas da População. Procurou-se sempre que possível,

proceder à análise de alguns indicadores desagregados por freguesia (conforme a Nova Reorganização do

Território), nos últimos decénios, com vista a enquadrar a estrutura e tendência de ocupação da população

no concelho.

Com efeito, a população do concelho de Tondela, que representava, em 2011, cerca de 10,4% da população

da Sub-região de Dão-Lafões (277 216 indivíduos), constituía o segundo concelho com maior peso, logo a

seguir a Viseu.

Da análise do quadro seguinte, constata-se, desde logo, um fenómeno de uma certa incapacidade de

estabilização da dinâmica demográfica no concelho, que vem revelando decréscimos da população ao longo

dos anos (1960-2011), com exceção do decénio intercensitário de 1970/1981.

Quadro 2. População residente, variação e densidade populacional (1960-2011)

Área Geográfica Carregal do Sal Mortágua Santa Comba Dão Tondela Agrupamento Centro

Área (km2) 117 251 113 373 852 23 508

População Residente (nº)

1960 13 468 13 024 13 273 38 917 78 682 1 880 764

1970 11 865 11 625 11 850 35 350 70 690 1 658 322

1981 11 137 11 291 14 099 35 906 72 433 1 763 119

1991 10 992 10 662 12 209 32 049 65 912 1 721 650

2001 10 411 10 379 12 473 31 152 64 445 1 791 781

2011 9 835 9 607 11 597 28 946 59 985 2 327 580

Variação (%)

60/70 -11,9 -10,7 -10,7 -9,2 -10,2 -11,8

70/81 -6,1 -2,9 19 1,6 2,5 6,3

81/91 -1,3 -5,6 -13,4 -10,7 -9 -2,4

91/01 -5,3 -2,7 2,2 -2,8 -2,2 4,1

01/11 -5,5 -7,4 -7 -7,1 -6,9 29,9

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Área Geográfica Carregal do Sal Mortágua Santa Comba Dão Tondela Agrupamento Centro

Densidade (hab/km2) 2011 84 38 104 78 304 83

FONTE: INE, Recenseamentos Gerais da População de 60 a 91 e Censos 2001 e 2011

No decénio 1960/1970, o concelho de Tondela apresentava um saldo negativo no crescimento populacional,

cerca de -9%, à imagem da dinâmica demográfica registada nos restantes municípios do agrupamento (-

10,2%), bem como, da Região Centro que rondava os -12%. Este decréscimo populacional resulta da

emigração maciça (principalmente para a França e Alemanha) e dos movimentos migratórios internos,

sobretudo para os grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, o que contribuíram também, para acentuar as

assimetrias litorais/interior.

A única situação de crescimento da população concelhia (1,6%), a assinalar, verifica-se na década de 70, não

apenas consequência de uma diminuição da emigração, mas também pelo significativo fluxo populacional

das ex-colónias, fenómeno que se estendeu aos concelhos do agrupamento (2,5%) e a todas as regiões do

País. Neste decénio conseguiu-se esbater um período de regressão demográfica, generalizada a um número

significativo de municípios do País, ocorrida nos anos 60, consequência do forte fluxo migratório que já vinha

a registar e que atingiu o seu pico nesse período.

No período 1981/1991, o concelho volta a sofrer um decréscimo populacional significativo rondando os onze

pontos percentuais (-10,7%), quantitativo este, da mesma ordem do verificado nos concelhos do agrupamento

(-9,0%), mas consideravelmente superior ao registado na Região Centro (-2,4%). Pressupõe-se que estes

resultados se prendem com fatores que, embora de natureza distinta, têm similar influência nas implicações

que determinam, ao nível da dinâmica demográfica: por um lado, um forte êxodo populacional para as regiões

do litoral; por outro lado, um saldo fisiológico (Natalidade/Mortalidade) negativo, situação esta, que nem

mesmo o retorno de emigrantes, maioritariamente da Europa, conseguiu atenuar.

Relativamente ao decénio 1991/2001, pode-se constatar ainda, a tendência de crescimento negativo, que

caracteriza, há já duas décadas, o concelho de Tondela, muito embora, por valores não tão preocupantes

(2,9%). Este decréscimo aparenta relacionar-se com uma diminuição da emigração, simultaneamente com o

retorno de emigrantes, que se fez sentir na generalidade do Continente.

No último decénio, 2001/2011,constata-se que o concelho voltou a sentir uma regressão do seu quantitativo

populacional, estabelecendo-se nos 28 946 habitantes, menos 2 206 habitantes que no ano de 2001, que se

relaciona com o baixo número de nascimentos e a não substituição/renovação das gerações, e com a

emigração populacional, principalmente da população jovem, resultante da crise económica existente no país,

nos últimos anos.

A evolução mais recente da população residente e em particular desde 2011 até à atualidade, é suportada

por intermédio das estimativas anuais da população residente calculadas pelo INE e referentes a 31 de

dezembro de cada ano. É deste modo visível a contínua tendência de decréscimo populacional da população

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do concelho de Tondela desde 2011 que apresentava uma população estimada de 28 733 residentes para no

ano de 2015 apresentar um registo de 27 701 residentes o que correspondeu a uma diminuição estimada de

1032 indivíduos e a uma variação de -3,6%.

Gráfico 1. Evolução da população estimada no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente

O concelho de Tondela registava, em 2011, uma densidade moderada (78 hab./km²), abaixo dos 100

hab./km², em parceria com Carregal do Sal (84,1 hab./km²) e Mortágua (38,3 hab./km²).

Revelava um índice ligeiramente superior às médias registadas, quer nos concelhos do Agrupamento (304

hab./km²), quer na Região Centro (83 hab./km²), apresenta, contudo, uma densidade populacional abaixo da

verificada em Santa Comba Dão (104 hab./km²).

Figura 4. Densidade populacional no aglomerado de concelhos (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

28.733

28.488

28.167

27.848

27.701

2011 2012 2013 2014 2015

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Com efeito, estes valores de ocupação espacial apresentam-se moderadamente baixos quando comparados

com o registo de outras unidades territoriais, nomeadamente do litoral, onde se verifica uma resistência à

tendência de recessão populacional (cfr. quadro seguinte).

Quadro 3. Densidade populacional em unidades territoriais do Litoral (1991/2001/2011)

Unidades Territoriais 1991 2001 2011

Baixo Vouga 195 214 217

Baixo Mondego 159 165 161

Pinhal Litoral 128 144 150

Região Centro 73 76 83

Continente 105 112 113

FONTE: INE, Recenseamento Geral da População 1991 e Censos 2001 e 2011

Tondela tem vindo a registar uma diminuição da densidade populacional ao longo das últimas décadas fruto

da diminuição populacional que tem ocorrido no território. Efetivamente, nos últimos momentos censitários, o

concelho de Tondela apresentava em 1991 uma densidade populacional de 86,33 hab/km2, em 2001 registava

83,91 hab/km2 e em 2011 apresentava 78hab/km2, tal como indicado anteriormente. Como seria expetável, a

densidade populacional do concelho de Tondela segundo as estimativas anuais do INE continua a apresentar

uma tendência de decréscimo entre 2011 e 2015 como se pode constar pelo gráfico seguinte.

Gráfico 2. Evolução da densidade populacional (n.º/km2) no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente

Relativamente à posição que o concelho de Tondela ocupa no agrupamento de concelhos, esta não se

restringe apenas, à existência de importantes eixos de acessibilidade (como são o IP 3 e a proximidade da A

25), devendo-se também, a fatores de ordem natural, relativos à proximidade da beleza paisagística da Serra

do Caramulo, do Rio Dão, e ainda, à aptidão dos solos para a agricultura, turismo, entre outras

potencialidades.

Atualmente, as vantagens em termos de acessibilidades atuais, como o IP 3 e a proximidade à A 25 poderão

induzir efeitos multiplicadores consideráveis no desenvolvimento do concelho, inclusivamente na alteração

dos padrões tradicionais de localização de atividades, com reflexos na estrutura atual da população.

77,4

76,7

75,9

7574,6

2011 2012 2013 2014 2015

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4.2. Evolução e Distribuição da População

Por Freguesias

Os graus de intensidade de ocupação e de crescimento da população do concelho de Tondela, determinam

fortes contrastes entre as zonas oeste-noroeste (W-NW) e sudeste-este (SE-E) do território municipal. Com

efeito, a zona mais Central e Oriental do concelho, correspondendo à União de Freguesias (UF) de Tondela

e Nandufe, Molelos, Lajeosa do Dão e Canas de Santa Maria polarizam aproximadamente 40% da população

concelhia correspondendo, algumas, às freguesias que em 2011, apresentavam densidades populacionais

mais elevadas, conforme se pode observar no quadro seguinte.

Quadro 4. População residente, variação e densidade populacional, por freguesia, no concelho de Tondela (1960-

2011)

Freguesias

População Residente (nº) Variação (%) Dens.

(hab.

/km2) 1960 1970 1981 1991 2001 2011 60/70 70/81 81/91 91/01 01/11

UF de Barreiro

de Besteiros e

Tourigo

2 007 2 055 2 069 1 768 1 632 1487 2,4 0,7 -45,1 -7,6 -8,8 32,5

Campo de

Besteiros 1 344 1 465 1 361 1 335 1 395 1 474 9 -7,1 -1,9 4,5 5,6 185,9

Canas Sta.

Maria 2 312 2 060 2 093 2 100 2 020 1 806 -10,9 1,6 0,3 -3,8 -10,6 130,4

UF de

Caparrosa e

Silvares

1 616 1 475 1 318 1 173 1 094 941 -8,7 -10,6 -11 -6,7 -13,9 38,3

Castelões 2 401 2 260 2 431 2 061 1 768 1 542 -5,9 7,6 -15,2 -14,2 -12,8 90,1

Dardavaz 1 312 1 050 1 221 1 085 962 782 -20 16,3 -11,1 -11,3 -18,7 57,1

Ferreiros do

Dão 777 685 505 412 410 441 -11,8 -26,3 -18,4 -0,5 7,6 53,2

Guardão 2 778 2 180 2 503 2 031 1 834 1 490 -21,5 14,8 -18,9 -9,7 -18,8 78,6

Lajeosa 3 202 2 810 2 646 2 534 2 209 1 940 -12,2 -5,8 -4,2 -12,8 -12,2 78,9

Lobão da Beira 1 605 1 425 1 424 1 264 1 207 1 124 -11,2 -0,1 -11,2 -4,5 -6,87 79,8

Molelos 2 943 2 905 3 036 2 574 2 640 2 346 -1,3 4,5 -15,2 2,6 -11,1 151,4

UF de S. João

do Monte e

Mosteirinho

2 202 1615 1777 1597 1319 1079 -26,6 10 -10,1 -17,4 -18,1 16,6

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Freguesias

População Residente (nº) Variação (%) Dens.

(hab.

/km2) 1960 1970 1981 1991 2001 2011 60/70 70/81 81/91 91/01 01/11

UF de Mouraz

e Vila Nova da

Rainha

2 180 1 655 1 715 1 578 1538 1354 -24 3,6 -7,9 -2,5 -11,9 87,2

UF de Tondela

e Nandufe 3 925 3950 4147 3641 3580 5130 1,6 4,9 -12,2 -1,6 43,2 325,7

Parada de

Gonta 1 073 760 891 757 812 754 -29,2 17,2 -15 7,3 -7,1 112

Santiago

Besteiros 1 672 1 790 1 758 1 569 1 473 1 331 7,1 -1,8 -10,8 -6,1 -9,64 84,5

UF de S.

Miguel Outeiro

e Sabugosa

2 154 1 980 1 854 1 684 1 592 1458 -8,0 -6,3 -9,1 -5,4 -8,4 78,6

Tonda 1 492 1 425 1 351 1 317 1 115 984 -4,5 -5,2 -2,5 -15,3 -11,7 131,2

UF de Vilar

Besteiros e

Mosteiro de

Fráguas

1 922 1 805 1 809 1 569 1 552 1 483 -6,0 0,2 -13,2 -1,0 -4,4 67,5

Concelho 38

917

35

350

35

906 32 049 31 152 28 946 -9,2 1,6 -10,7 -2,8 -7,1 78

FONTE: INE, Recenseamentos gerais da população de 60 a 2011.

Para esta situação concorrem diversos fatores, entre os quais se destacam as acessibilidades privilegiadas,

nomeadamente o IP3, a EN2 e a proximidade da A25, o elevado potencial agrícola e uma maior dinâmica

industrial (Vale de Besteiro).

Saliente-se, desde já, que a UF de Tondela e Nandufe, sede de concelho, apresenta a densidade mais

elevada (325,7 hab./km2), cerca de quatro vezes superior à média concelhia, quantitativo este, só equiparável

com densidades populacionais de Autarquias da Região Litoral. Paralelamente, encerra o núcleo urbano

principal do concelho – a Cidade de Tondela – polarizador de bens e serviços, e, por conseguinte, de uma

qualidade de vida algo diferenciada do restante território.

Acresce ainda, destacar as freguesias de Campo de Besteiros, Molelos, Tonda, Canas de St. ª Maria e Parada

de Gonta que registavam, em 2011, uma densidade populacional entre os 100-200 hab./km2.

Relativamente à zona Noroeste e mais Ocidental do concelho, caracterizada por extensas áreas florestais e

de índole mais rural, assiste-se a densidades populacionais mais baixas e mais diferenciadas entre si, como

a União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho, União de Freguesias de Caparrosa e Silvares

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(pertencentes à Serra do Caramulo), Dardavaz, União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo e

Ferreirós do Dão apresentando valores bem inferiores à média concelhia (78 hab/km2).

Figura 5. Densidade populacional, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

A figura demonstra de forma clara, que as freguesias, cuja densidade populacional se posiciona

substancialmente acima da média concelhia, são aquelas que se localizam tendencialmente ao longo do

Itinerário Principal (IP 3) ou que por ele são seccionadas. Constituem exceção, apenas Campo de Besteiros,

Guardão e Castelões que, possuindo densidades superiores à média concelhia, se encontram mais

deslocalizadas, em relação a este fator.

Quanto à evolução populacional registada no concelho, verifica-se que a dinâmica demográfica registada

entre os cinco decénios (1960-2011) aponta para variações consideravelmente relevantes podendo-se, de

certa forma, aferir a tendência para uma diminuição da dinâmica demográfica, dado que se assiste a situações

de decréscimo populacional, principalmente, neste último decénio (2001-2011).

No decénio 60/70 o concelho registou um decréscimo considerável da sua população residente, consequência

do forte fluxo migratório (tanto para o litoral como para o Brasil e Europa) que então ocorreu e que caracterizou

um período de regressão demográfica generalizada a um número significativo de municípios do País.

A situação de crescimento populacional, pouco significativo, verificado na década de 70, consequência da

diminuição da emigração, mas fundamentalmente devido ao fluxo da população das ex-colónias, fenómeno

que se verificou, grosso modo, em quase todas as regiões do País, deu lugar, no período de 1981/1991, a

um balanço demográfico negativo (-10,7%), da ordem do registado na década de 60.

No decénio de 1991/200, regista-se ainda uma tendência negativa do crescimento populacional no concelho

de Tondela (-2,8%), pese embora, a um ritmo menor.

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Relativamente às variações de crescimento ocorridas nas freguesias do concelho, verifica-se que:

• Na década de 70, período característico de acentuado fluxo populacional, a grande maioria das

Freguesias registava decréscimos populacionais, tendência oposta ao generalizado incremento

demográfico, então verificado, no restante território nacional. De facto, apenas algumas freguesias

do Vale de Besteiros (União de Freguesias de Barreiro e Tourigo, Campo e Santiago de Besteiros) e

a sede de concelho (União de Freguesias de Tondela e Nandufe) apresentavam uma variação do

crescimento populacional positiva;

• No período 81/91, apenas a freguesia de Canas de Sta. Maria, revelou ter crescido (0,3%) em relação

ao decénio anterior (1,6%), muito embora a um ritmo relativamente inferior. Todas as outras

freguesias registaram uma regressão populacional, sendo, porém, de salientar que, esta tendência

em Campo de Besteiros, União de Freguesias de Caparrosa e Silvares, Lajeosa, União de Freguesias

de Mouraz e Vila Nova da Rainha, União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinhos, União

de Freguesias de S. Miguel do Outeiro e Sabugosa, e Tonda ocorreu a níveis inferiores à média

concelhia (-10,7%);

• Globalmente, quase todas as Freguesias apresentavam, em 2001, um quantitativo populacional

inferior ao registado em 1960, à exceção da sede concelhia, União de Freguesias de Tondela e

Nandufe, e de Campo de Besteiros, permitindo deparar com um cenário de regressão demográfica.

A União de Freguesias de Caparrosa e Silvares detém apenas, 941 indivíduos, tendo desde então,

perdido mais de metade do efetivo populacional que possuía em 1960 (cerca de 675);

• São três, as freguesias que, em 2001, registam um crescimento populacional positivo: Parada de

Gonta, Campo de Besteiros e Molelos, englobando 4847 indivíduos da população concelhia; A União

de Freguesias de Tondela e Nandufe, sede de concelho, e Molelos são as que abarcam um maior

número de habitantes residentes (6 220);

• No último decénio 2001/2011, as freguesias registam uma diminuição acentuada da população,

principalmente, nas freguesias de Guardão (-18,8%), Dardavaz (-18,7%) e UF de S. João do Monte

e Mosteirinho. A União de Freguesias de Tondela e Nandufe (43,2%), Ferreirós do Dão (7,6%) e

Campo de Besteiros (5,6%) registaram um crescimento populacional positivo.

A capacidade retenção/atração do concelho da sua população, nestes cinco períodos, traduziu-se de uma

forma diferenciada pelas suas freguesias. Tal situação terá derivado da conjugação de diversos fatores, aos

quais não serão alheios questões como a maior ou menor proximidade ao único centro de concentração das

principais funções urbanas, Tondela, o maior ou menor nível de acessibilidade às principais vias estruturantes

do Concelho, a estrutura produtiva e obviamente, fatores de ordem social e cultural.

Esta situação revela particular interesse pois determina que, em termos futuros, a tendência seja para uma

certa diminuição da população do Concelho, essencialmente como consequência do decréscimo do

crescimento natural, ao qual está evidentemente associado o envelhecimento da população e à não

renovação das gerações.

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Por Lugares

A população do concelho de Tondela distribui-se de forma desigual pelos 148 lugares que o constituem. Da

leitura do quadro, verifica-se que o concelho em 2011 apresentava apenas 1 aglomerado de “grande

dimensão”: a sede de concelho do extrato [> 2000]. Esta análise da distribuição dos lugares por escalões

dimensionais da população permite diagnosticar no concelho uma situação de repartição da sua população

por um considerável número de aglomerados maioritariamente de “pequena dimensão”.

Quadro 5. População residente no concelho, por lugares, no concelho de Tondela (2011)

Classes de População Lugares População

N.º N.º

<2000 148 24 275

> 2000 1 3 382

Isolado - 1 289

Total 148 28 946

FONTE: INE, Censos 2011

De acordo com os dados mais recentes referentes aos Censos 2011, Tondela registava uma população

residente de 8854 habitantes, cerca de 30% da população total do concelho.

4.3. Estrutura da População por Grupos Etários e por Género

A análise de uma população por Grupos de Idade e Géneros assume-se de grande importância quando se

pretende avaliar a sua vitalidade, conhecer a sua evolução futura e identificar as causas de alguns

desequilíbrios, entre escalões etários e géneros.

Permitirá desta forma, determinar indicadores importantes como os Coeficientes de Dependência e

Envelhecimento, que numa perspetiva dinâmica, contribuirão para a definição e programação equilibrada dos

equipamentos e serviços necessários à estrutura populacional da área-plano.

Quadro 6. Distribuição da população, por género e idade e relação de masculinidade, no concelho de Tondela (2001-

2011)

Classes

Etárias

Homens Mulheres Relação de Masculinidade

2001 2011 2001 2011 2001 2011

< 4 anos 670 473 635 457 1,06 1,03

05 - 09 718 605 700 532 1,03 1,13

10 - 14 907 720 815 656 1,11 1,09

15 - 19 1 016 740 983 750 1,03 0,98

20 - 24 1 075 784 1 062 705 1,01 1,11

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Classes

Etárias

Homens Mulheres Relação de Masculinidade

2001 2011 2001 2011 2001 2011

25 - 29 1 023 732 978 705 1,05 1,03

30 - 34 922 795 887 858 1,04 0,92

35 - 39 958 891 1 029 954 0,93 0,93

40 - 44 935 895 964 905 0,97 0,98

45 - 49 929 952 945 1050 0,98 0,90

50 - 54 843 976 1 010 973 0,83 1,00

55 - 59 921 909 1 019 1003 0,9 0,90

60 - 64 938 960 1 181 1090 0,79 0,88

65 - 69 1 053 935 1 174 1104 0,9 0,84

70 - 74 863 880 1 015 1105 0,85 0,79

75 - 79 615 741 822 1032 0,75 0,71

80 - 84 351 463 519 722 0,68 0,64

> 85 anos 226 279 451 615 0,5 0,45

TOTAL 14 963 13730 16 189 15216 0,92 14,19

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011.

A evolução da estrutura etária do Concelho, representada no quadro anterior, reflete bem o fenómeno da

diminuição da natalidade, circunstância referida no ponto anterior. Com efeito, a sua leitura permite extrair

algumas ilações:

• A redução acentuada do estrato da população mais jovem (0-14 anos), na base da pirâmide,

combinada com o aumento do peso relativo dos escalões de maior idade (> 65 anos), traduz o

envelhecimento da população e por isso, a não renovação de gerações. Neste contexto, torna-se

relevante o aumento da população idosa (em 2001, os idosos representavam 22,8%, valor percentual

que ascende em 2011 a 23,9 % do total da população), resultante, quer de uma tendência de

envelhecimento natural da população, como também, consequência da melhoria das condições de

vida (assistência médica, social, etc.). Acresce ainda referir, que a população das camadas etárias

mais novas decresce devido a uma tendencial e contínua diminuição da natalidade, circunstância que

será aprofundada no capítulo seguinte desta análise;

• A tendência de retração da classe da população em idade ativa ([15-64 anos] – decréscimo de cerca

de 24,9% do total da população nos anos de 2001 e 2011), cenário este, mais evidente nos grupos

etários dos 20 aos 24 anos e dos 25 aos 29 anos, circunstância aparentemente associada à

acentuada emigração , devido à crise económica no país, que leva a população jovem à procura de

emprego no estrangeiro, e à taxa de natalidade tendencialmente decrescente, que se vem verificando

desde os anos 60.

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Figura 6. Pirâmide etária da população residente no concelho de Tondela (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

Observando a pirâmide etária da população em 2011, é possível verificar que reflete um panorama de uma

população envelhecida, onde se verifica, através da base estreita da pirâmide, uma baixa taxa de natalidade.

Por outro lado, nas faixas etárias mais elevadas, a percentagem é bastante elevada.

Procuremos agora identificar a repartição o peso de cada género na estrutura etária da população, através

do indicador “relação de masculinidade”. Para o ano de 2001, salienta-se o facto da relação entre o n.º de

homens e o quantitativo de mulheres apresentar um comportamento de primazia da população masculina até

ao escalão [30-34] anos, inclusive. A partir da classe [35-39] anos, a população do género feminino revela-se

como predominante. Neste contexto, verifica-se que a população idosa é maioritariamente do género

feminino.

Dados do ano de 2011 revelam que a população masculina era mais numerosa que a feminina na classe dos

[0-14] anos, [20-29] anos e [50-54] anos. A partir desta, foi sempre a população feminina a deter mais peso,

sendo que a partir dos 70 anos é quando se regista uma maior disparidade entre os dois géneros.

Quando comparada a estrutura da população nos anos de 2001 e 2011 por género, verifica-se que se

encontra estruturada de forma idêntica, nos quais a população masculina detém um peso de 48% do total da

população concelhia e, por sua vez, a população feminina representa 52%.

Importa ainda tecer algumas considerações sobre a evolução de outros indicadores demográficos, igualmente

importantes, na análise da distribuição populacional por estratos etários. Através do indicador “Coeficiente de

Dependência” relacionar-se-á, por exemplo, o quantitativo das pessoas que na sua maioria, não produzem

riqueza (jovens e idosos), com o extrato da população em idade de produzir (População ativa), evidenciando

tanto maior desequilibro, quanto maior for o seu índice.

1500 1000 500 0 500 1000 1500

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 a 84 anos

> 85 anos

H M

Fonte: INE (2011); Recenseamento da população e da habitação; Lisboa.

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Quadro 7. Taxa de envelhecimento, coeficiente de dependência e relação de substituição de gerações no concelho de

Tondela (2001-2011)

Unidade

Geográfica Ano

Classes Etárias Índice de

Vitalidade /

envelhecimento

(a)

Coeficiente de

Dependência

(b)

Relação de

Substituição

de Gerações

c)

0 - 14 15 - 39 40 - 64 > 65

Tondela

2001 4 495 9 939 9 685 7 089 157,71 59,03 1,03

2011 3 443 2 979 14 648 7 876 228,7 64,2 0,20

Dão-Lafões

2001 45 002 98 408 86 592 56 298 125,1 54,76 1,14

2011 38 161 29 478 144 929 64 672 169,4 58,96 0,2

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011. | a) Pop. (65 e + anos) / Pop. (0-14 anos) x 100 b) Pop. (65 e + anos + Pop. 0-14 anos) / Pop. (15-64 anos)

x 100 | c) Pop. (15-39 anos) / Pop. (40 - 64 anos)

Por sua vez, através do relacionamento entre os ativos mais novos e os mais velhos, obter-se-á indicações

sobre a capacidade que as gerações mais recentes têm, de vir a substituir as mais antigas. Quanto maior o

valor deste índice mais probabilidades existem de ser garantida a substituição da geração criadora. Se esta

relação for inferior à unidade, a substituição é posta em risco. Assim, da análise do quadro anterior é de

relevar o seguinte:

• Reforço da tendência para o envelhecimento, transmitida através da evolução crescente na última

década da “taxa de vitalidade / envelhecimento”. De facto, o referido índice cresceu de 157,7% em

2001 para 228,7% em 2011;

• Aumento do “coeficiente de dependência” (razão entre a população dos grupos etários

potencialmente ativos e os potencialmente não ativos ), circunstância que resulta basicamente do

decréscimo da população jovem entre 2001 e 2011, como consequência da constante diminuição da

natalidade, assim como, do n.º de dependentes jovens; Simultaneamente, o incremento do n.º de

idosos, neste período (19,7 %) fez com que o coeficiente de dependência se mantivesse considerável,

pois este grupo etário aumentou o seu peso. É, no entanto, atenuado o desequilíbrio entre “ativos” e

“inativos”;

• Ocorrência de uma grave descida no indicador “relação de substituição de gerações”, isto é, a

população com mais de 14 anos e menos de 40 anos decresceu, relativamente às classes etárias

entre os 40 e 64 anos, que em certos casos até aumentou o nº de indivíduos. Deste modo, o facto de

as camadas etárias potencialmente ativas, terem manifestado um grande “abalo” ao nível dos

escalões etários mais jovens, revelam uma oscilação decrescente do potencial demográfico durante

o intervalo 2001 / 2011, que entretanto, devido à tendência de envelhecimento já constatada, tem

ainda, probabilidade para se acentuar nas gerações vindouras, convergindo para o limiar da

insubstituibilidade no concelho.

Recorrendo às estimativas anuais do INE, o índice de envelhecimento continuou no período mais recente a

demonstrar um agravamento registando no ano de 2015 um índice de envelhecimento de 269,8, o que coloca

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ao município um desafio cada vez maior na resposta às exigências desta camada etária e consolida cada vez

mais a incapacidade regeneracional do concelho de Tondela.

Gráfico 3. Evolução do índice de envelhecimento no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente

O reforço das camadas etárias mais envelhecidas e o recuo das camadas etárias mais jovens tem

consequências evidentes ao nível dos índices de dependência com reflexos na tendência recente de aumento

do índice de dependência de idosos e no decréscimo do índice de dependência de jovens no concelho de

Tondela. Com efeito, entre 2011 e 2015, o índice de dependência de dependência de idosos passou de 45

para 47,4 e o índice de dependência de jovens passou de 19,4 para 17,6.

Em resultado do comportamento evolutivo diferenciado dos índices de dependência de jovens e de idosos, o

índice de dependência total, que procura medir os encargos potenciais dos jovens e dos idosos sobre a

população em idade ativa manteve-se constante cifrando-se em 65 em 2015.

Gráfico 4. Evolução dos índices de dependência de idosos, de jovens e total no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente

4.4. Movimentos da População

O crescimento demográfico (crescimento efetivo) de um concelho encontra-se normalmente associado ao

comportamento dos movimentos da sua população, analisado nas suas duas vertentes: movimento natural

(análise à diferença entre nados-vivos e óbitos) e o movimento migratório (análise à diferença entre o número

232,1234,9

243,7

258,1

269,8

2011 2012 2013 2014 2015

45 45,2 46,1 46,9 47,4

19,4 19,2 18,9 18,2 17,6

64,4 64,4 65,1 65,1 65

2011 2012 2013 2014 2015

Índice de dependência de idosos Índice de dependência de jovens Índice de dependência total

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de indivíduos que entraram no concelho e os que dele saíram, num dado espaço temporal). Só através da

análise conjunta destas duas variáveis demográficas, se obterá uma melhor compreensão dos fenómenos

evolutivos analisados no capítulo anterior destes estudos.

No que se refere à evolução do movimento natural (crescimento natural), a análise do quadro seguinte

demonstra que, do período 1960/70 para o de 1970/80, o saldo fisiológico sofreu uma significativa diminuição

(de 3 657 para 1 508 indivíduos), que teve como principal causa, uma “queda” do número de “nascimentos”,

uma vez que o quantitativo de “óbitos” se apresentou praticamente constante neste decénio. Em termos

relativos, constata-se, de forma similar, que a “taxa de crescimento natural anual média” decresceu para cerca

de metade entre os dois períodos (de 9,8 para 4,2).

Conforme foi já abordado no capítulo anterior, este facto, designadamente nas décadas de 60 e 70, deve-se

sobretudo, ao fenómeno de elevada emigração, que levou à saída de número considerável da população dos

extratos com maior vitalidade, agravando o decréscimo de “nados-vivos”.

No período de 1981/91, continua-se a verificar uma tendência para a diminuição da “natalidade”, muito embora

não seja de menosprezar o facto do número de “óbitos” ter decrescido de forma acentuada (de 4 299 no

decénio de 1971/80, para 2942 em 1981/91). A “taxa de crescimento natural” foi reduzida para 0,2, ao que

corresponde um “saldo natural” de apenas 88 indivíduos.

Relativamente ao período censitário (1991/99), o quadro seguinte permite observar uma inversão do cenário

demográfico, em função das tendências evolutivas que se vinham estabelecendo. Com efeito, a “taxa de

crescimento natural média”, apresenta-se negativa (-3,45), consequência não apenas, da descida contínua

da “natalidade” (2 225 indivíduos), mas também, resultado do incremento do número de “óbitos” (3 314

falecidos).

Quadro 8. Evolução das variáveis associadas aos movimentos da população no concelho de Tondela

Variáveis 1961/70 1971/80 1981/91 1991/99 1999/2012

(1) Taxa de Natalidade -TN (%0) 21,4 16,3 8,9 7 6,7

(2) Taxa de Mortalidade – TM (%o) 11,6 12,1 8,6 10,5 13,4

(3) Taxa de Crescimento Natural – TCN (%) 9,8 4,2 0,3 -3,45 -6,7

(4) Taxa de Crescimento Migratório – TCM (%) -19,5 -2,7 -11,6 -6,5 -0,19

(5) Taxa de Crescimento Efetivo – TCE (%) -9,6 1,6 -11,4 -3 -0,86

Nascimentos (nº) 7 951 5 807 (*) 3 030 2 225 192

Óbitos (nº) 4 294 4 299 (*) 2942 3 314 385

Saldo Natural – SN (nº) 3 657 1 508 (*) 88 -1 089 -191

Saldo Migratório – SM (nº) -7 224 -1 016 190 -2 048 -54

(*) Valor calculado admitindo que a variação 81/91 é idêntica à verificada em 81/87 uma vez que o ano de 88 corresponde ao último ano

estatístico com informação disponível sobre emigração. | FONTE: INE – Estimativas Populacionais;

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(1) TN = numero de nascimentos /n / população residente média no período censitário x1000 | (2) TM = numero de óbitos /n / população

residente média no período censitário x1000 | (3) TCN = TN – TM | (4) TCM = valor calculado através das equações de concordância: P (ano

i +1)=P ano i +Saldo Natural + Saldo Migratório | (5) TCE = TCN + TCM | n = amplitude intercensos.

Alterações significativas no comportamento dos jovens casais (famílias), quanto à dimensão do agregado

familiar, associadas a um considerável deficit na evolução do crescimento migratório (onde o número de

indivíduos que partem, supera claramente, o quantitativo daqueles que se fixam no concelho), parecem

evidenciar as razões fundamentais da acentuada quebra dos valores de “nados-vivos”, em Tondela. Já no

que respeita ao acréscimo da “mortalidade” (a taxa de mortalidade, do período de 1981/91 para o de 1991/99,

cresceu de 8,66‰ para 10,50‰), as causas que aparentam estar na sua origem, prendem-se com o facto de

se estar perante uma população relativamente envelhecida.

A evolução do crescimento migratório revela um concelho tradicionalmente deficitário, onde o número de

indivíduos que dele sai supera largamente o quantitativo daqueles que nele se fixam. Este fenómeno

decresceu, porém, de intensidade no período 1999/2012, aparentemente devido a uma relativa diminuição da

emigração, resultado das melhorias socioeconómicas globais entretanto verificadas que promoveram

melhorias na capacidade de atração e fixação do concelho relativamente às suas próprias populações. Da

análise dos valores do quadro, não se parece vislumbrar, contudo, a curto prazo, uma tendência para um

maior equilíbrio, onde o concelho possa eventualmente nos próximos anos fixar pelo menos o seu saldo

fisiológico (saldo migratório nulo).

Por último, será de referir que, o crescimento efetivo, que evidencia realmente, os ganhos ou perdas da

população, tem vindo gradualmente a diminuir, essencialmente como consequência da diminuição do

crescimento natural. De facto, começa-se por registar no período 1960/70, uma taxa de crescimento efetivo

negativa que se encontra associada ao fenómeno migratório da década de 60.

Assistiu-se na década seguinte (1970/80) a uma evolução positiva deste índice (1,6) relacionada com uma

diminuição progressiva da emigração que, a partir fundamentalmente de 1974 (Revolução de 25 de Abril), viu

ainda, os seus valores decrescerem mais.

O estreitamento, que se voltou a constatar do índice de crescimento efetivo no período 1981/91, teve na sua

base o contínuo decréscimo da natalidade e do crescimento migratório. No período 1991/99, observa-se

ainda, uma taxa negativa de crescimento efetivo, muito embora com índices menos elevados (-3,0%), o que

se prende com quantitativos menos significativos de emigração. Igual facto é no período de 1999/2012 que a

taxa de crescimento efetivo diminuiu drasticamente (-0,86%).

Com o enfoque na evolução mais recente a taxa de crescimento efetivo continua em terreno negativo entre

2011 e 2015, pese embora se possa descortinar da análise do gráfico seguinte a existência de uma ligeira

recuperação em 2015 com um registo de -0,53%. Esta situação ficou a dever-se à evolução da taxa de

crescimento migratório, que teve o único registo positivo (0,24) de todos os indicadores em análise neste

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período. Pese embora a taxa de crescimento migratório tenha efetivamente se posicionado em campo positivo

em 2015, é prematuro, desde já estabelecer uma tendência futura.

Gráfico 5. Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efetivo do concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Indicadores Demográficos

Os valores dos saldos natural e migratório revelam uma discrepância acentuada entre os dois indicadores,

com os óbitos a superiorizarem-se de forma expressiva aos nascimentos, e a população que sai do concelho

a ser em maior número do que aquela que se instala em Tondela. Esta situação, como é evidente, só pode

conduzir a uma diminuição da população concelhia. Mesmo que se admitisse um cenário em que as

migrações continuassem com um registo similar ao saldo migratório de 2015, não seria suficiente para debelar

as perdas sofridas na componente natural.

Gráfico 6. Evolução do saldo natural e do saldo migratório no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Indicadores Demográficos

Em função desta análise, e em termos prospetivos, será previsível a manutenção do decréscimo relativo e

gradual da natalidade e consequentemente do crescimento efetivo, sendo provável que na próxima década

se assista a uma contínua desaceleração do ritmo de crescimento da população.

-0,76-0,67

-0,97-0,92

-0,77

-0,22 -0,19 -0,17 -0,21

0,24

-0,97-0,86

-1,13 -1,14

-0,53

2011 2012 2013 2014 2015

Taxa de crescimento natural (%) Taxa de crescimento migratório (%)

Taxa de crescimento efectivo (%)

-218

-191

-274-259

-214

-63 -54 -47-60

67

-300

-200

-100

0

100

2011 2012 2013 2014 2015

Saldo natural Saldo migratório

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Conforme se pode observar através do gráfico seguinte, a taxa de mortalidade atinge valores bastante mais

elevados que a taxa de natalidade. De facto, em 2015 a taxa de natalidade cifrou-se nos 5,4‰ enquanto a

taxa de mortalidade ascendia aos 13,1‰. Pese embora tenham ocorrido algumas oscilações estes

indicadores mantiveram-se constantes ao longo deste último período compreendido entre 2011 e 2015.

Gráfico 7. Evolução da Taxa de Natalidade e Mortalidade no concelho de Tondela (2011–2015)

FONTE: INE, Indicadores Demográficos

4.5. População por Nível de Instrução

Recorrendo ao quadro seguinte, pode-se caracterizar o nível de instrução da população residente do concelho

de Tondela.

O nível de instrução predominante no concelho de Tondela é o ensino primário (1º Ciclo), representando

32,9%. A primeira ilação que se poderá tirar destes valores, sabendo que a natalidade tem vindo a diminuir

nas últimas décadas, é que são cada vez mais, as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico

(CEB).

Quadro 9. Grau de Instrução e Taxa de Analfabetismo (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

Relativamente aos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e ao Ensino Secundário, verifica-se a falta de continuidade

/ conclusão dos estudos que acima já tinha sido referida. De facto, apenas o 2º ciclo apresenta um valor

5,86,7

5 4,95,4

13,4 13,4

14,714,2

13,1

2011 2012 2013 2014 2015

Taxa bruta de natalidade (‰) Taxa bruta de mortalidade (‰)

Unidade

Geográfica

Nível de Ensino

Taxa

Analfabetismo

% Nenhum Pré-

Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

Pós-

Secundário Superior

Tondela 6 023 2 277 9 541 3 994 4 140 3 073 151 2 024 6,18

Dão-

Lafões 58 406 25 774 81 103 37 075 40 373 31 915 1 670 26 698 7,11

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considerável no que respeita ao número de pessoas que o concluíram, correspondendo a 13,7% da população

residente, enquanto que o 3º ciclo apresenta cerca de 14,3 % e o ensino secundário 10,6% da população

residente.

Os valores para a população com um nível de ensino além do secundário (ensino médio/superior) são pouco

significativos, registando 7,5% da população total. Estes números tornam-se ainda, mais expressivos, do

ponto de vista da formação de quadros superiores, se tivermos presente, que apenas 1 069 indivíduos de um

total de 2 199 acabaram o seu curso, encontrando-se ainda 953 a frequentar o ensino superior enquanto 177

pessoas não conseguiram completar estes graus de estudo.

Quadro 10. População no Ensino Superior no concelho de Tondela (2011)

Ensino Total

Ensino Superior

Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento

nº nº nº nº

Completo 1 069 223 678 147 21

Incompleto 177 69 66 38 4

A frequentar 953 0 726 207 20

Total 2 199 292 1470 392 45

FONTE: INE, Censos 2011

No que respeita à taxa de analfabetismo, Tondela, apresenta ainda um valor expressivo (e que é necessário

reduzir), que se situa nos 6,18%, o que atesta um acentuado caráter rural do concelho.

Pode-se de certo modo, concluir, que a área em estudo, se caracterizava por um nível de instrução baixo,

dado que aproximadamente 47% da população não possuía mais do que o ensino preparatório (1.º e 2.º ciclos

do ensino básico), e que apenas, cerca de 7,5% da população possui um grau de ensino, para além do ensino

secundário.

4.6. Nota Conclusiva

A análise da dinâmica demográfica torna-se fundamental quando se tratam questões relacionadas com os

processos de planeamento e de ordenamento do território, e que vão desde a programação de equipamentos

até à construção de um quadro de referência, que permita perspetivar e definir a evolução do concelho e

concomitantemente estabelecer as linhas de orientação determinantes à elaboração de instrumentos de

gestão territorial necessários a esse ordenamento.

Durante a análise e caracterização efetuada, foram identificados tendências e cenários que se sistematizam

de modo conclusivo nas seguintes ilações:

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• Genericamente, são dois os fatores, que embora de natureza distinta, têm exercido influência na

regressão da dinâmica demográfica: por um lado, como consequência do decréscimo do crescimento

natural (essencialmente devido à gradual diminuição da natalidade, mas também resultante do

incremento do número de óbitos) e, por outro lado, devido ao fenómeno migratório que tem revelado

um crescimento negativo, pese embora apresentando já no último decénio, indícios de recuperação

(diminuição da emigração), aparentemente resultado de melhorias socioeconómicas globais

verificadas e que se traduziram no aumento da capacidade de atração e fixação no concelho;

• Globalmente, no decénio 2001-2011, continua a verificar-se a tendência de crescimento populacional

negativo, que se vem já desenhando desde a década de sessenta. Efetivamente, o concelho registou

na última década um decréscimo populacional de cerca de 7,1%, tal como, a situação verificada para

a sub-região em que se insere (Dão-Lafões), que apresentou um crescimento negativo da ordem dos

3,17 pontos percentuais;

• Aspeto marcante da demografia do concelho prende-se com a disposição intraconcelhia e a evolução

quantitativa: no mesmo período intercensitário (2001-2011), apenas três das dezanove freguesias do

município registaram evoluções positivas do seu quantitativo populacional. A sede concelhia

(freguesia de Tondela) apresentou o maior acréscimo populacional (43,2%), Ferreiros do Dão cresceu

cerca de 7,6% enquanto que Campo de Besteiros registou um crescimento moderado (5,6%).

• A população residente do concelho está concentrada maioritariamente (84,3%) em lugares de

dimensão populacional inferior a 2000 habitantes, registando-se que, apenas 15,7% da totalidade da

população residente se distribui por lugares de intervalo superior a 2000 habitantes;

• Constata-se uma redução acentuada do escalão da “população jovem”, decorrente de uma

progressiva quebra da taxa de natalidade e ainda, da retração da classe dos “potencialmente ativos”,

tendência esta, em que é acompanhada pelo escalão da população idosa;

• A estrutura etária da população concelhia evidencia ainda, de forma nítida, a entrada num período de

dinâmica demográfica entendido como “fase de envelhecimento” (onde a população idosa em 2011

ultrapassava o limiar de 20% relativamente ao totalidade da população); este alargamento dos

escalões etários superiores irá traduzir-se na natural intensificação da procura de equipamentos e

serviços de apoio ”terceira idade” (lares, centros de dia,…), havendo por parte da edilidade a

necessidade de programar todo um conjunto de serviços que se destinem a colher as pessoas idosas

que não possam ser autónomas (assegurando as suas necessidades básicas) e que permitam a

manutenção destas pessoas no seu próprio meio familiar e social;

• O quadro evolutivo traçado tem condicionado a capacidade regenerativa da estrutura populacional

do concelho. De facto, a manterem-se as atuais tendências demográficas é previsível um progressivo

aumento da população dependente, à medida que os ativos atuais transitam para os segmentos

etários terminais da estrutura concelhia;

Por fim, dever-se-á dar saliência ao facto, da dinâmica demográfica de Tondela poder sofrer alterações

profundas perante um conjunto de “fatores de mudança”, que poderão levar o concelho a desempenhar um

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importante papel no contexto da região em que se insere, já que estes se refletem ao nível da estratégia de

desenvolvimento municipal e ao nível de uma nova reestruturação e dinamização socioeconómica.

Nomeadamente:

a) na melhoria qualitativa e na promoção do desenvolvimento municipal, pela dotação de uma imagem

urbana e qualificada da maioria dos centros dos aglomerados urbanos;

b) na cobertura total da rede de infraestruturas básicas, pelo tratamento dos efluentes domésticos e

industriais;

c) na dotação de acessibilidades privilegiadas no contexto regional / nacional – A25 e IP3;

d) na promoção municipal de zonas industriais, capazes de atraírem empresas de natureza diversificada

e não poluentes;

e) na promoção e fruição de um espaço de grande qualidade paisagística / ambiental / turística

(Caramulo);

f) então, dir-se-ia que Tondela constitui claramente um concelho em processo de transformação,

possuidor de um largo conjunto de recursos endógenos e que progressivamente assumirá um papel

cada vez mais importante no contexto do desenvolvimento da região em que se insere, pese embora

apresente ainda, algumas carências.

Nestas condições, pode-se pensar (esperar) que a dinâmica populacional de Tondela possa vir a ser

profundamente alterada. Com efeito, a análise demográfica prospetiva está cada vez mais associada às

decisões estratégicas e às mudanças conjunturais da socioeconómicas do país, o qual se integra cada vez

mais, num espaço mais vasto capaz de exercer influência na dinâmica e comportamentos demográficos.

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5. ESTUDO DA HABITAÇÃO

5.1. Nota Introdutória

Dar-se-á ao setor da “Habitação”, tratamento específico no âmbito das diversas funções a analisar, pois

assume-se de particular importância equacionar e avaliar corretamente as condições de habitabilidade da

população da área em estudo. A existência ou não de população desalojada, a ocupação de alojamentos

precários ou barracas, o fenómeno de segunda habitação, as condições sanitárias e de conforto, são entre

outros, fatores que refletem as condições de vida de uma comunidade, constituindo o seu conhecimento uma

base para o desencadear de ações e medidas para a resolução dos problemas de alojamento, fomentando

de modo sustentado o desenvolvimento económico e social.

Não se tratando especificamente de um setor da estrutura produtiva, a “Habitação”, constitui, no entanto, um

ramo importante do tecido produtivo de qualquer região uma vez que lhe estão associados, os ramos da

construção civil e imobiliário. A “Habitação” constitui essencialmente uma necessidade primária e um direito

básico de qualquer cidadão, devendo, portanto, ser encarada como um ramo das estruturas de consumo.

A informação, na qual se baseou o presente estudo, reporta-se aos Censos 2001 e 2011. Foram ainda

consultados dados mais recentes do INE como as Estatísticas das Obras Concluídas (2000-2015). Para

facilitar a análise deste tema, os dados serão desagregados às freguesias do concelho de Tondela, conforme

a Nova Reorganização Administrativa do Território

5.2. Características Gerais

Edifícios Existentes

De acordo com os Censos 2001, existiam 15 262 edifícios no concelho de Tondela, representando cerca de

11,8 % do quantitativo de Edifícios Existentes na sub-região de Dão - Lafões. Por sua vez, os Censos de 2011

indicam um acréscimo do número de edifícios existentes, contabilizando 16 328 edifícios no concelho de

Tondela, denotando-se uma ligeira descida em relação ao nº de Edifícios na sub-região de Dão Lafões, que

corresponde a 11,1% (ver quadro seguinte).

Como se pode verificar, ainda no contexto do agrupamento de concelhos de Dão-Lafões, Tondela apresenta-

se como o segundo concelho com maior número de edifícios em 2001 e em 2011 (logo a seguir a Viseu), num

total de 15 concelhos que o integram.

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Quadro 11. Edifícios nos concelhos da Sub-região Dão-Lafões (2001 e 2011)

Área Geográfica

N.º de Edifícios

2001 2011

Aguiar da Beira 4 132 4 704

Carregal do Sal 5 461 6 105

Castro Daire 9 727 11 617

Mangualde 9 881 11 589

Mortágua 4 706 5 542

Nelas 6 684 7 398

Oliveira de Frades 4 565 4 898

Penalva do Castelo 5 033 5 132

Santa Comba Dão 5 955 6 434

São Pedro do Sul 9 220 10 374

Sátão 7 167 8 424

Tondela 15 262 16 328

Vila Nova de Paiva 4 024 4 152

Viseu 31 040 36 820

Vouzela 6 210 6 457

Dão-Lafões 129 067 145 974

FONTE: INE, Censos 2001 e Censos 2011

A análise dos edifícios, segundo o número de pavimentos em 2011 (quadro seguinte), mostra que no concelho

de Tondela, os edifícios de 2 pisos são amplamente dominantes, constituindo cerca de 65% do total dos

edifícios, valor este, que supera inclusivamente a média da Região Centro (46,9%). Pode-se, assim, aferir

que a tipologia característica no concelho é a de habitação unifamiliar de R/C+1.

Quadro 12. Edifícios (%) segundo o número de pavimentos (2011)

Área Geográfica

N.º de Edifícios Edifícios segundo o N.º de Pavimentos (%)

2011 1 2 3 + de 3

Região Centro 1 111 952 39,6 46,9 10,2 3,1

Sub-região Dão-Lafões 145 974 24,1 60,1 13,2 2,4

Concelho de Tondela 16 328 19,3 65,1 14,3 1,1

FONTE: INE, Censos 2011

Tal como acontece na Região Centro e na Sub-região Dão-Lafões, aqui, os edifícios de 1 piso são aqueles

que surgem em segundo lugar com cerca de 19,3% do total de edifícios presentes no concelho.

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As características rurais do concelho de Tondela e a importância do setor primário na Sub-região de Dão-

Lafões, como fonte de rendimentos principal e complementar, aliadas ao tipo de exploração da terra em

sistemas de minifúndio, implicam uma base económica específica com expressão territorial própria

(povoamento disperso), onde não é de estranhar, para aquela área territorial, que a construção em altura seja

pouco significativa, regra a que o concelho de Tondela, não escapa.

A maioria dos edifícios são de Betão Armado – 8817 edifícios – equivalente a 53,9% dos edifícios do concelho.

Cerca de 22,4% dos edifícios têm Paredes de Alvenaria de Placa Solta (quadro seguinte).

Quadro 13. Número de Edifícios segundo os principais materiais utilizados na construção (2011)

Área

Estrutura da Construção

Total de

Edifícios

Betão

Armado

Paredes de

Alvenaria de

Placa Solta

Paredes de

Alvenaria

com Placa

Paredes de

Alvenaria

sem Placa

Outros

Região Centro 1 111 952 472 353 396 783 155 741 75 101 11 974

Sub-região de Dão Lafões 145 974 64 540 52 849 19 588 6 296 2 701

Concelho de Tondela 16 328 8 817 3 659 2 818 483 551

FONTE: INE, Censos 2011

Finalmente, uma vez que não existem dados sobre a idade do parque habitacional (alojamentos clássicos), e

sobre o seu estado de conservação, apenas se caracterizará neste capítulo a época de construção dos

edifícios. É do conhecimento comum, que a qualidade dos alojamentos é passível de relacionamento estrito

com a respetiva idade, com o seu grau de conservação e também com o seu nível de conforto e

modernização, a qual, resulta das alterações dos conceitos e tecnologias referentes à função habitar.

Por outro lado, só conhecendo com rigor o estado de conservação do parque habitacional e a sua localização

concreta, é possível aferir as potencialidades de rentabilização económica, social e cultural com vista à

orientação de um aproveitamento racional.

Da análise do quadro seguinte, cerca de 29,9% dos alojamentos ocupados como residência habitual no

concelho, têm mais de 50 anos e cerca de ⅓ dos alojamentos (29%) foram construídos até 1970. No último

decénio intercensitário, construiu-se apenas 641 novos alojamentos, representando cerca de 5,9% do total

de alojamentos familiares do concelho que se encontravam ocupados. O período mais significativo, em termos

de construção, incidiu na década de 70, resultante, na maior parte dos casos, de investimentos de emigrantes.

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Quadro 14. Número de alojamentos familiares ocupados como residência habitual segundo a época de construção

no concelho de Tondela

Antes de

1919

1919 a

1945

1946 a

1960

1961 a

1970

1971 a

1980

1981 a

1990

1991 a

2001

2001 a

2011

Total de Alojamentos Familiares

Ocupados como Res. Habitual

496 716 959 1 110 2 134 1 958 1774 641 10 951

FONTE: INE, Censos 2011

5.3. Volume Total de Alojamentos Familiares e Seu Uso

Segundo os Censos de 2011, existiam no concelho Tondela 17 699 alojamentos. Consideram-se como

alojamentos, os alojamentos clássicos que não sejam utilizados para outros fins para além da habitação, e

ainda, as barracas, as casas de madeira e instalações móveis e os alojamentos coletivos à data do

recenseamento. O quadro seguinte sistematiza as principais características do parque habitacional do

concelho e a sua distribuição pela população. Da sua análise ressalta que, do total dos alojamentos, cerca de

99,8 % eram familiares clássicos, e destes, encontravam-se 2 247 vagos, e 4 468 estavam afetos a uso

sazonal.

Realce-se também, que dos 2 247 alojamentos vagos, cerca de 14,9 % (336) estavam para venda, 8% (182)

para aluguer, 5,6 % (128) para demolição e enquanto, 71,2 % (1601) se encontravam noutras situações não

especificadas ou em estado de deterioração avançada.

Estas constatações vêm, de alguma forma, reforçar as aferições anteriormente realizadas sobre a idade

avançada de uma parte significativa do parque habitacional. Por outro lado, verifica-se ser relativamente

significativa a parcela do “stock” habitacional disponível no mercado (518 edifícios), representando cerca de

1,7 % do total de alojamentos clássicos, sendo ainda de relevar, que o número de fogos para aluguer (182

edifícios) era inferior ao quantitativo existente para venda.

Quadro 15. Caracterização do Parque Habitacional no concelho de Tondela (2011)

N.º Alojamentos N.º Famílias N.º População

Residente

N.º Total de Alojamentos 17699 11038 28943

Alojamentos Familiares 17673 11 034 28 427

Clássicos: 17666 11027 28 416

Ocupados 15419 11027 28 416

Residência habitual 10958 11027 28 416

Uso sazonal 4468 - -

C/ ocupante ausente - - -

Vagos 2247 - -

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N.º Alojamentos N.º Famílias N.º População

Residente

Para venda 336 - -

Para aluguer 182 - -

Para demolir 128 - -

Outros 1601 - -

Não Clássicos: 7 7 11

Barracas 0 0 0

Das quais ocupadas - - -

Outros 7 7 11

Dos quais ocupados - - 0

Alojamentos Coletivos 26 4 519

Hotéis e similares 10 1 1

Convivências 16 3 518

FONTE: INE, Censos 2011

Relativamente aos alojamentos não clássicos, não foram detetadas nenhumas barracas, destacando-se

apenas 7 outros alojamentos de qualidade precária (improvisados), que correspondiam a cerca de 0,03 % do

total de alojamentos do concelho e que albergavam famílias num total de 11 pessoas. Embora esta situação

possa não ser critica, há que a ter em conta na formulação de uma política habitacional que integre estratégias

com vista à melhoria da qualidade de vida das populações.

Pela interpretação do quadro seguinte, observa-se que Ferreirós do Dão e Parada de Gonta constituem as

freguesias que apresentavam menores percentagens (1%; 1,6% do total de alojamentos clássicos,

respetivamente) de alojamentos destinados a residência habitual. Em contrapartida, a União de Freguesias

de Tondela e Nandufe (21%), Molelos (10%), Lajeosa (8%) e Canas de Santa Maria (9,7%) registavam os

maiores valores percentuais de fogos de residência habitual.

Quadro 16. Número de alojamentos familiares, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)

Zona Geográfica

Clássicos Não clássicos Alojamentos Coletivos

Residência

Habitual

Uso

Sazonal Vagos Barracas Outros

Hotéis e

Similares Convivências

União de Freguesias

de Barreiro

Besteiros e Tourigo

559 166 111 0 0 0 0

Campo Besteiros 555 181 105 0 0 4 2

Canas Sta. Maria 659 301 135 0 1 0 1

União de Freguesias

de Caparrosa e

Silvares

369 240 113 0 0 0 1

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Zona Geográfica

Clássicos Não clássicos Alojamentos Coletivos

Residência

Habitual

Uso

Sazonal Vagos Barracas Outros

Hotéis e

Similares Convivências

Castelões 600 270 179 0 0 0 1

Dardavaz 310 124 59 0 0 1 0

Ferreirós do Dão 182 109 37 0 0 0 0

Guardão 460 224 91 0 0 2 5

Lajeosa 744 279 214 0 1 2 0

Lobão da Beira 441 154 41 0 1 0 0

Molelos 896 360 202 0 0 0 0

União de Freguesias

de S. João do Monte

e Mosteirinho

418 208 48 0 0 0 0

União de Freguesias

de Mouraz e Vila

Nova da Rainha

537 284 113 0 0 0 0

União de Freguesias

de Tondela e

Nandufe

1966 562 317 0 0 1 5

Parada de Gonta 284 215 15 0 0 0 0

União de Freguesias

de S. Miguel do

Outeiro e Sabugosa

540 216 132 0 0 0 0

Santiago Besteiros 489 242 99 0 3 0 1

Tonda 380 147 104 0 0 0 0

União de Freguesias

de Vilar Besteiros e

Mosteiro de Fráguas

569 186 132 0 1 0 0

Concelho 9232 4468 2247 0 7 10 16

FONTE: INE, 2011

Onde mais se refletia a influência da existência de alojamentos de “uso sazonal” era na União de Freguesias

de Tondela e Nandufe (3,1%), Molelos (2%), Canas de Santa Maria (1,7%) e Lajeosa (1,5%).

Por sua vez, a maior ocorrência de alojamentos “vagos” é verificada na União de Freguesias de Tondela e

Nandufe (1,7%), Lajeosa (1,2%) e Molelos (1,1%). Os alojamentos “vagos” nas freguesias de Parada de

Gonta (0,08 %), Lobão da Beira (0,2%), União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (2,1%)

definem a fraca dinâmica do mercado imobiliário nessas freguesias.

Quanto aos alojamentos coletivos, que compreendem os hotéis, pensões e convivências, o seu número não

tem praticamente significado, representando cerca de 0,14 % em 2011 do total de alojamentos clássicos.

Destes, 10 referiam-se a hotéis e similares, e 16 a convivências, albergando no seu conjunto 519 indivíduos.

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5.4. Pressão Habitacional e Evolução dos Alojamentos Familiares e

seu Uso

Pressão Habitacional

O quadro seguinte caracteriza as variáveis mais significativas associadas à pressão habitacional,

manifestadas durante o último intercensitário no concelho de Tondela. Neste quadro, as três componentes da

pressão habitacional foram extrapoladas segundo os seguintes métodos:

Quadro 17. Pressão Habitacional no concelho de Tondela (2001-2011)

População Residente (1) Famílias (2)

Saldo

Fisiológico

(3)

Saldo

Migratório

(4)

Dimensão Média das

Famílias

2001 2011 2001 2011 2001/2011 2001/2011 2001 2011

31 152 28 943 10 900 11 038 -384 -600 2,9 2,58

Pressão Habitacional

Total (5) Formação Normal (6) F.D. M. F. (7) Saldo Migratório (8)

138 -627,6 882,6 -117

(1) INE, Censos da População, 2001 e 2011

(2) Idem

(3) Estatísticas Demográficas de 2001 a 2011

(4) Estimativa com base nas equações de concordância: Crescimento Migratório = População entre Censos - Crescimento Natural

(5) Variação do Número de Famílias entre 2001 e 2011

(6) “Formação Normal”, calculada residualmente: (6) = (5) - (7) - (8)

(7) “Fator de Diminuição Média das Famílias” (FDMF) = Famílias 2011- (População 2011 / (População 01 / Famílias 01))

(8) Quociente entre o Saldo Migratório e a Dimensão Média das Famílias em 2001 e 2011

O “saldo migratório” é substancialmente negativo, pelo que, o seu efeito se traduz num acentuado

enfraquecimento da “procura” de alojamentos, tendência esta, que nem a diminuição relativa da dimensão

média das famílias entre 2001 e 2011, conseguiu inverter.

Em termos de dinâmica e perspetivas futuras se, se ponderar a evolução da habitação, reportando-a à

dinâmica da população, é significativo referir, que apesar de não ser previsível um crescimento populacional,

é de esperar uma contínua diminuição dos agregados familiares, sendo este o fator fundamental na

necessidade de habitação.

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Desta forma, se as carências habitacionais são pontuais, é, no entanto, de prever, tendo em conta inúmeros

fatores como a dinâmica socioeconómica local, a mobilidade geográfica e social, aspetos culturais e

psicológicos da estrutura demográfica do concelho, que a situação possa eventualmente, sofrer alterações.

Neste contexto, a perspetiva a adotar, deve basear-se no conhecimento aprofundado da dinâmica local, em

termos temporais definidos, de forma a adotar estratégias de intervenção que se coadunem, com as

necessidades locais.

5.5. Evolução dos Alojamentos Familiares / Famílias / Uso

De acordo com a informação contida no quadro seguinte, o número de alojamentos clássicos no concelho de

Tondela era significativamente superior ao número de famílias residentes tanto em 2001, como em 2011. Em

termos de crescimento relativo, assistiu-se aos incrementos do número de famílias em 1,2% e do número de

alojamentos em 7,2%.

Quadro 18. Evolução dos Alojamentos familiares e seu Uso no concelho de Tondela (2001-2011)

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

A acompanhar este acréscimo total de alojamentos, no mesmo período censitário (2001/2011), o número de

alojamentos ocupados registou um aumento na ordem dos 7,9%. Tal crescimento global dos alojamentos

clássicos deve-se essencialmente ao acréscimo de 984 alojamentos com “uso sazonal” - casas de férias ou

residências secundárias. Os de “residência habitual” e os “vagos” registaram, respetivamente, a aumentos de

2,1% e 18,3% que correspondem a acréscimos de 229 e de 348 alojamentos.

Estes acréscimos, quando analisados e comparados no contexto do conjunto de todos os alojamentos

clássicos, revelam um menor crescimento do tipo de alojamento ocupado por residência habitual em favor

dos alojamentos não permanentes.

Ano

Alojamentos Clássicos Famílias c/ Residência Habitual

Total

Famílias Total Vagos

Ocupados Alojam.

Clássicos Barracas

e Outros

Aloj.

Hotéis e

Convivências Com

Ocupante

Ausente

Uso

Sazonal Total Total

2001 16 112 1 899 - 3 484 14 213 10 821 67 12 10 900

2011 17 666 2 247 - 4 468 15 419 11 027 7 3 11 038

2001/2011 1 154 348 - 984 1 139 206 -60 -9 138

(%) 7,16 18,32 - 28,24 7,97 1,9 -89,5 -75 1,26

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Gráfico 8. Evolução dos Alojamentos familiares Clássicos e seu Uso no concelho de Tondela (2001-2011)

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

Outro indicador analisado, para efeitos de caracterização da situação habitacional, resulta da comparação

entre o número de famílias e o número de fogos de residência habitual, verificando-se que, em ambos os

anos estudados, este número era inferior ao quantitativo total de famílias (10 729 fogos para 10 821 famílias

em 2001 e 10 958 fogos para 11 027 famílias em 2011), pese embora, o ritmo de crescimento das famílias

com residência habitual em alojamentos clássicos neste decénio, tenha sido inclusivamente positivo. Verifica-

se, neste período, uma maior disponibilidade de alojamentos clássicos para habitação permanente e não

permanente de que resultou um relativo decréscimo do número de famílias a viver em barracas e outros

alojamentos mal definidos (de 67 para 7 famílias).

Da análise do quadro anterior, podemos desde já, constatar, que no concelho de Tondela, no decénio

intercensitário 2001 / 2011, o n.º de alojamentos e o n.º de famílias registaram acréscimos de 7,1 e 1,2%

respetivamente, valores estes, que, no entanto, se posicionam aquém dos registados quer na sub-região de

Dão-Lafões (15,4 e 5,7%), quer na Região Centro (15,4 e 7,8%).

De um modo geral, o n.º de edifícios cresceu a um nível inferior ao de alojamentos, o que poderá indiciar uma

relativa mudança de tipologias relacionadas com a construção em altura que se tem vindo a verificar nos

últimos anos. Neste particular, assume-se como principal responsável a sede concelhia, freguesia de maior

caráter urbano.

11,7 12,72

21,6225,29

91,4 89,29

0 0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Vagos Uso Sazonal Residência Habitual Com Ocupante

Ausente

%

Evolução dos Alojamentos Clássicos em Tondela

2001

2011

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Gráfico 9. Evolução da Variação dos Alojamentos, Famílias e Edifícios no concelho de Tondela (2001/2011)

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

Efetuada uma análise destes indicadores, por freguesia, no quadro seguinte verifica-se que, à exceção de

Lajeosa (-0,6%), Lobão da Beira (-1,7%), Dardavaz (-5,9%) e Mosteiro de Fráguas (-8,2%), todas as restantes

freguesias registaram aumentos do n.º de alojamentos. Realçam-se neste campo, os acréscimos significativos

que aconteceram na sede concelhia (31,3%), Campo de Besteiros (24,7%), Sabugosa (15,6%), Mosteirinho

(15,3%), Vilar de Besteiros (14,4%), Silvares (11,8%) e S. João do Monte (11,6%). Não é, porém, de

menosprezar, o crescimento de alojamentos em Castelões (9,4%), Parada de Gonta (9,8%) e Molelos (10%),

na medida em que o fazem a um ritmo superior à média concelhia (9,2%).

Neste período, ocorrem situações em que, a uma variação negativa do n.º de alojamentos corresponderam

também, decréscimos do nº de edifícios: Lajeosa (-0,6%), Lobão da Beira (-0,9%), Dardavaz (-5,6%) e

Mosteiro de Fráguas (-8,3%). Estas freguesias, com exceção de Lobão da Beira e Mosteiro de Fráguas,

sofreram também um deficit no quantitativo de famílias, mas as freguesias de Guardão (-13,1%), Dardavaz (-

6,6%) e Castelões (-5,9%) é que denotaram um maior decréscimo de famílias. Enquanto, a freguesia de

Tondela, Campo de Besteiros e Ferreiro do Dão aumenta o seu nº de famílias (23,7%, 19% e 13%,

respetivamente).

Não se pode deixar de referir, que neste mesmo decénio (2001 / 2011), na freguesia de Campo de Besteiros,

foram construídos mais 113 edifícios (19,4%), a que correspondeu mais 24,7% de alojamentos (168

alojamentos). Esta dinâmica é tanto mais importante, pelo facto de ter ocorrido uma diminuição do n.º de

famílias em relação ao nº de edifícios e alojamento. Esta tendência é verificada noutras freguesias do

concelho: Mosteirinho, Mouraz, Nandufe, Parada de Gonta, Tourigo e Tondela.

9,2%

1,3%

6,9%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

Alojamentos Familias Edif icios

%

Variação de Alojamentos, Familias e Edificios - 2001/2011

2001/2011

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Quadro 19. Evolução dos Alojamentos / Famílias / Edifícios (2001-2011)

Zona Geográfica Alojamentos Famílias Edifícios

Famílias /

Alojamentos

2001 2011 % 2001 2011 % 2001 2011 % 2001 2011

União de Freguesias de Barreiro de

Besteiros e Tourigo 810 836

3,2

556 561 0,8 804 834 3,7 0,7 0,7

Campo Besteiros 679 847 24,7 479 570 19,0 582 695 19,4 0,7 0,7

Canas St. Maria 1032 1 096 6,2 709 665 -6,2 1021 1 085 6,2 0,7 0,6

União de Freguesias de Caparrosa e

Silvares 688 723 5,0 400 370 -7,5 496 680 37 0,6 0,5

Castelões 959 1 050 9,4 649 611 -5,9 943 1 044 10,7 0,7 0,6

Dardavaz 525 494 -5,9 333 311 -6,6 517 488 -5,6 0,6 0,6

Ferreirós do Dão 313 328 4,8 161 182 13,0 312 328 5,1 0,5 0,6

Guardão 722 782 8,3 536 466 -13,1 632 709 12,2 0,7 0,6

Lajeosa 1247 1 239 -0,6 780 754 -3,3 1244 1 236 -0,6 0,6 0,6

Lobão da Beira 647 636 -1,7 430 441 2,6 637 631 -0,9 0,7 0,7

Molelos 1325 1 458 10,0 927 897 -3,2 1294 1 424 10,0 0,7 0,6

União de Freguesias de S. João do Monte e

Mosteirinho 601 674 12,1 457 418 -8,5 594 673 20,8 0,8 0,6

União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova

da Rainha 874 934 6,8 550 538 -2,1 855 925 8,1 0,6 0,6

União de Freguesias de Tondela e Nandufe

2228 2851 27,9 1634 1983 21,3 1662 1835 10,4 0,7 0,7

Parada de Gonta 468 514 9,8 271 287 5,9 459 514 12,0 0,6 0,6

União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e

Sabugosa 829 888 7,1 562 544 -3,2 815 885 8,5 0,7 0,6

Santiago Besteiros 801 831 3,7 506 489 -3,4 793 822 3,7 0,6 0,6

Tonda 602 631 4,8 397 381 -4,0 587 607 3,4 0,7 0,6

União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de Fráguas

850 887 14,4 563 570 1,2 831 870 4,6 0,7 0,6

Concelho 16200 17 699 9,2 10900 11 038 1,2 15262 16 328 6,9 0,7 0,6

Dão-Lafões 150884 174 198 15,4 99001 104725 5,7 129067 145 974 13,9 0,7 0,6

Região Centro 1254701 1448644 15,4 848286 904770 6,6 992321 1111952 12,0 0,7 0,6

FONTE: INE, Censos 2011

Pese embora, o acréscimo dos alojamentos construídos ter superado o das famílias, a freguesia de

Mosteirinho apresenta ainda, uma relação Famílias / Alojamentos, à volta da unidade, o que aparenta indiciar

uma menor qualidade de vida, a que não é alheio o facto, desta se integrar em plena Serra do Caramulo,

onde extensas áreas florestadas, pontuadas por pequenas manchas de solos agrícolas, lhe confere um

caráter de vincada ruralidade.

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Paralelamente, outras freguesias – 11 – registam uma ligeira diminuição da relação Famílias / Alojamentos,

o que se poderá traduzir numa melhoria da qualidade de vida da população, uma vez que se regista o que é

sempre um bom indicador de melhores condições de habitabilidade.

Da análise do quadro seguinte, no qual constam os dados da evolução dos edifícios licenciados entre os anos

de 2000 e 2015, retira-se que a esmagadora maioria das licenças concedidas (96%) destinaram-se a obras

de edificação, das quais cerca de 76% tinham como finalidade a construção de novos edifícios. Seguem-se

as licenças para reconstrução com 11% do total de licenças de obras de edificação emitidas neste período.

Quadro 20. Evolução dos Edifícios Licenciados no concelho de Tondela (2000-2015)

Ano

Total de obras de edificação Construções novas Ampliações, alterações e

reconstruções

Total Habitação

familiar Outros Total

Habitação familiar

Outros Total Habitação

familiar Outros

2000 363 281 82 254 203 51 109 78 31

2001 404 325 79 286 233 53 118 92 26

2002 363 289 74 251 200 51 112 89 23

2003 240 186 54 184 141 43 56 45 11

2004 247 188 59 185 143 42 62 45 17

2005 288 214 74 226 171 55 62 43 19

2006 193 135 58 138 98 40 55 37 18

2007 172 117 55 145 97 48 27 20 7

2008 132 112 20 123 107 16 9 5 4

2009 99 95 4 92 90 2 7 5 2

2010 81 76 5 77 72 5 4 4 0

2011 78 75 3 64 61 3 14 14 0

2012 40 34 6 33 29 4 7 5 2

2013 44 32 12 31 24 7 13 8 5

2014 36 27 9 25 21 4 11 6 5

2015 36 20 16 29 17 12 7 3 4

Total 2816 2206 610 2143 1707 436 673 499 174

FONTE: INE, Estatísticas das Obras Concluídas

Destes anos em análise, os dois últimos anos foram aqueles que registaram uma menor dinâmica, com um

total de 36 obras de edificação concluídas em cada ano. Pelo contrário, o ano de 2001 destaca-se por ter

registado mais de 400 obras concluídas.

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Gráfico 10. Evolução dos Edifícios Concluídos no concelho de Tondela (2000-2015)

FONTE: INE, Estatísticas das Obras Concluídas.

5.6. Condições dos Alojamentos

Constitui preocupação crescente, a necessidade da qualidade e segurança dos elementos construtivos,

privilegiando-se neste campo, o incremento das condições de salubridade, higiene e conforto dos edifícios

em geral e da habitação em particular, pelo que, a análise destes indicadores se reveste da maior importância,

quer na deteção de carências fundamentais na função “habitar” e por conseguinte na aferição da qualidade

de vida dos residentes, como também, no contributo para a adoção de estratégias de intervenção visando a

dotação global destas infraestruturas básicas.

5.6.1. Caracterização Geral

Tomando como unidade de análise, os alojamentos familiares ocupados, em 2011, era a seguinte a situação

detetada no concelho (quadro seguinte):

• A maior percentagem dos alojamentos – 58,2% – possui os quatro níveis de instalações observados

(energia elétrica, água, retrete e sistema de aquecimento); no âmbito de uma análise desagregada

por freguesia, evidenciam-se neste campo, União de Freguesias de Tondela e Nandufe (65,9%),

Lobão da Beira (65,7%) e Campo de Besteiros (62,8%).

• A disponibilidade de apenas dois tipos de instalação acontece em 145 alojamentos do concelho

(0,8%) e são 135 aqueles que, nesta data, dispunham apenas de uma das instalações em análise.

• Existiam ainda, no concelho, 26 alojamentos familiares, sem qualquer tipo de instalação, o que

significava que, existiam indivíduos a viver abaixo do limiar mínimo de dignidade e bem-estar, fator

gerador de segregação social indesejável;

363

404

363

240 247

288

193

172

132

9981

78

40 44 3636

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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• Não se pode ocultar o facto de, em pleno século XXI, existirem ainda, pessoas que não beneficiam

de alguns destes fatores de conforto, o que não se compatibiliza com os padrões mínimos de

qualidade de vida estabelecidos.

Quadro 21. Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares Ocupados (2011)

Freguesias

Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares

E | R | A | S E | R | A R | A E | A | S R | S

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

União de Freguesias de

Barreiro de Besteiros e Tourigo

514 61,4 10 1,8 0 0 14 1,6 4 0,5

Campo Besteiros 532 62,8 6 0,7 0 0 8 0,9 0 0,0

Canas Sta. Maria 623 56,8 12 1,1 0 0 9 0,8 4 0,4

União de Freguesias de Caparrosa e

Silvares

330 45,6 4 1,0 0 0 3 0,4 3 0,4

Castelões 555 52,8 12 1,1 0 0 11 1,0 7 0,6

Dardavaz 280 56,7 12 2,4 0 0 3 0,6 2 0,4

Ferreirós do Dão 175 53,4 3 0,9 0 0 0 0,0 4 1,2

Guardão 429 54,9 7 0,9 1 0,1 8 1,0 4 0,5

Lajeosa 686 55,3 17 1,3 0 0,0 8 0,6 3 0,2

Lobão Beira 418 65,7 8 1,3 1 0,2 7 1,1 0 0,0

Molelos 851 58,3 11 0,8 0 0,0 17 1,1 1 0,0

União de Freguesias de S. João do Monte e

Mosteirinho

378 56 7 1,0 0 0,0 3 0,4 8 1,1

União de Freguesias de

Mouraz e Vila Nova da Rainha

498 53,3 14 1,4 1 0,1 9 0,9 7 0,7

União de Freguesias de

Tondela e Nandufe 1880 65,9 16 0,5 0 0,0 52 1,8 4 0,1

Parada de Gonta 276 53,7 3 0,6 0 0,0 2 0,4 0 0,0

União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e

Sabugosa

524 59 5 0,5 1 0,11 4 0,5 1 0,1

Santiago Besteiros 457 55,0 5 0,6 0 0,0 9 1,1 8 1,0

Tonda 356 56,4 6 1,0 0 0,0 4 0,6 3 0,5

União de Freguesias de Vilar

Besteiros e Mosteiro de

Fráguas

542 61,1 5 0,6 1 0,1 6 0,7 6 0,7

Concelho 10304 58,2 163 1 6 0 177 1 69 0

FONTE: INE - Censos 2011-| E – Eletricidade | R – Retrete | A - Água | S – Sistema de Aquecimento

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[…continuação…]

Freguesias

Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares

R A | S A S S/ Inst. Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

União de Freguesias de

Barreiro de Besteiros e

Tourigo

0 0 5 0,6 0 0 12 1,4 0 0,0 559 66,.8

Campo Besteiros

0 0 4 0 0 0 3 0,4 2 0,2 555 65,5

Canas Sta. Maria

0 0 6 1 1 0 3 0,2 1 0,0 659 128,0

União de Freguesias de Caparrosa e

Silvares

0 0 8 1,1 0 0 18 2,5 3 0,4 369 51,0

Castelões 0 0 3 0,3 1 0 10 0,9 1 0,0 600 121,5

Dardavaz 1 0,2 4 0,8 0 0 7 1,4 1 0,2 310 94,5

Ferreirós do Dão

0 0 0 0 0 0 0 0,0 0 0,0 182 23,3

Guardão 1 0,1 3 0 0 0 7 0,9 0 0,0 460 58,8

Lajeosa 0 0 11 0,9 2 0,1 14 1,1 3 0,2 744 117,0

Lobão Beira 0 0 4 0,6 0 0 1 0,2 2 0,3 441 69,3

Molelos 0 0 3 0 0 0 10 0,7 3 0,2 896 914,3

União de Freguesias de

S. João do Monte e

Mosteirinho

0 0 6 0,9 0 0 16 2,4 0 0,0 418 62,0

União de Freguesias de Mouraz e Vila

Nova da Rainha

0 0 2 0,2 0 0 5 0,5 1 0,1 537 57,5

União de Freguesias de

Tondela e Nandufe

0 0 3 0,1 1 0,03 6 0,2 3 0,1 1966 68,9

Parada de Gonta

0 0 0 0 0 0 3 0,6 0 0,0 284 75,3

União de Freguesias de

S. Miguel Outeiro e Sabugosa

0 0 3 0,3 0 0 1 0,1 1 0,1 540 60,8

Santiago Besteiros

1 0,1 2 0 0 0 4 0,5 3 0,4 489 84,9

Tonda 0 0 3 0 0 0 6 1,0 2 0,3 380 60,2

União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de

Fráguas

0 0 0 0 0 0 9 1,1 0 0,0 569 64,1

Concelho 3 0,0 70 0,4 5 0 135 0,8 26 0,1 10958 62

FONTE: INE - Censos 2011, | E – Eletricidade | R – Retrete | A - Água | S – Sistema de Aquecimento.

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No que diz respeito ao indicador “abastecimento de água” (quadro seguinte), constata-se que dos 10725

alojamentos com água canalizada existentes no Concelho, cerca de 64,2 % (equivalentes a 6888 alojamentos)

são servidos pela rede pública, o que traduz a insuficiência desta infraestrutura, havendo ainda um caminho

a percorrer, até à obtenção de níveis satisfatórios de dotação destes serviços. Com efeito, o grau de cobertura

da rede privada ainda é significativo (cerca de 35,7% dos alojamentos), correspondendo a 3837 alojamentos

que recorrem à rede particular.

Quadro 22. Instalações Sanitárias e de Abastecimento de Água nos Alojamentos Familiares (2011)

Zona Geográfica

Abastecimento de Água

C/ Água Canalizada no Alojamento C/ Água Canalizada no

Edifício mas s/ no

Alojamento

S/ Água

Canalizada no

Alojamento Rede Pública Rede Particular

Centro 797 820 90 573 891 6 030

Dão-Lafões 80 696 21 118 140 1 597

Tondela 6 888 3 837 34 199

Zona

Geográfica

Instalações Sanitárias (Retrete / Esgotos )

C/ Retrete no Alojamento S/ Retrete

ou Fora do

Aloj. mas

no Edifício

S/ retrete C/ Dispositivo de Descarga S/ Dispositivo de Descarga

Rede

Pública

Sistema

Particular

Outros

Casos

Rede

Pública

Sistema

Particular

Outros

Casos

Centro 604 610 263 241 10 283 2 614 3 976 2 020 743 7 827

Dão-Lafões 68 266 30 171 1519 341 753 490 113 1 538

Tondela 5 485 4 773 218 27 146 73 18 218

FONTE: INE, Censos 2011

Paralelamente, cerca de 0,3% do total de alojamentos, usufruem de água canalizada fora dos alojamentos,

correspondendo a 34 alojamentos.

Da análise do quadro anterior, conclui-se que ainda existem 199 alojamentos (1,8% do total de alojamentos)

onde não chega qualquer distribuição de água, o que significa que, os indivíduos desses alojamentos, vivem

em condições abaixo do nível mínimo de conforto e qualidade de vida.

O outro indicador importante a considerar na aferição das condições de habitabilidade e na identificação das

principais carências, refere-se à “existência de instalações sanitárias nos alojamentos”. Como se pode

verificar, dos 10 725 alojamentos com retrete existentes no concelho, 246 não dispunham ainda, em 2011, de

dispositivo de descarga.

Consegue-se uma melhor interpretação do grau de precariedade, no âmbito dos indicadores de sanidade e

salubridade, quando se verifica que, no concelho de Tondela, dos “alojamentos com retrete e que dispõem

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de dispositivo de descarga, apenas cerca de 51,1% (5485) se encontravam conectados à Rede Pública de

Esgotos.

No que se refere aos alojamentos que, tendo retrete não beneficiavam de sistemas de descarga, observa-se

que, ascendiam a 27 alojamentos (cerca de 0,3%), aqueles que estavam conectados com a rede pública de

esgotos; aparecendo ligados a sistemas particulares surgem já, 146 alojamentos perfazendo 1,4% do total de

alojamentos, nestas condições.

Há ainda a referir, o número algo significativo de alojamentos do concelho (218) que estão sem retrete.

5.7. Nota Conclusiva

O setor da habitação tem sido determinante no desenvolvimento do tecido urbano em particular, e no

desenvolvimento local, em geral. Contudo, a abordagem da questão habitacional não poderá restringir-se

apenas, à importância que assume no ordenamento do território, tendo que considerar, numa perspetiva

integrada, também as questões da habitabilidade e qualidade de vida da população, sem no entanto, nunca

“perder de vista” que se trata de um ramo do tecido produtivo local, quer por lhe estarem associados os

subsetores económicos da “Construção Civil” e do “imobiliário”, quer ainda, pelo papel que representa em

termos de emprego e nas políticas sociais. Neste contexto, não se poderá falar em desenvolvimento, na sua

verdadeira aceção, se não forem satisfeitos os parâmetros mínimos de quantidade e qualidade de vida.

A análise efetuada permite, desde logo, apontar algumas considerações sobre a situação do setor no

concelho e eleger algumas pistas para a Edilidade poder definir um conjunto de orientações e medidas de

política a seguir:

• As características rurais do concelho de Tondela e a importância do “Primário” na Sub-região de Dão-

Lafões, como fonte de rendimento principal e complementar, aliadas ao tipo de exploração da terra

em sistemas de minifúndio, implicando uma base económica específica com expressão territorial

própria (povoamento disperso), estão na origem da tipologia habitacional predominante no município.

Com efeito, a habitação unifamiliar continua a deter uma clara predominância, onde 19,3% dos

edifícios eram de um só piso e 65,1% representava edifícios de dois pavimentos (R/C+1). É bem

patente nestes indicadores, o caráter difuso do modelo territorial e urbano da área de estudo;

• Há também a assinalar a fraca renovação do parque habitacional. Cerca de 29% dos alojamentos

ocupados como residência habitual foram construídos até 1970. No último decénio intercensitário

(2001/2011), foram apenas construídos cerca de 5,8% do total de alojamentos ocupados no concelho.

O período de dinâmica construtiva mais significativa identifica-se com a década de setenta,

aparentemente resultante (na sua maioria) do investimento de emigrantes;

• Relativamente à totalidade de alojamentos familiares clássicos (17 666), há a realçar que cerca de

12,7% se encontravam vagos e que 14,9% destes constituíam o “stock” habitacional disponível no

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mercado para “venda” ou “arrendamento”. Cerca de 76,9% (1 729) do total de fogos clássicos

representava o quantitativo dos que estavam para demolição ou noutras situações não especificadas;

• A constatação de um assinalável saldo migratório negativo, conduz aparentemente, para a situação

de disponibilização de habitações, para um afrouxamento da procura e para desagravar os valores

da pressão habitacional;

• Relativamente aos indicadores associados às condições de vida e qualidade urbana, aponta-se

alguma melhoria quantitativa (no período em análise), que não necessariamente qualitativa (dadas

as deficiências ainda existentes quanto à cobertura das redes públicas) da percentagem de

alojamentos familiares com abastecimento de água e saneamento. Resultado comprovativo destas

insuficiências, prende-se com o facto de:

o Apenas 6888 alojamentos familiares do concelho usufruírem, nesta data, de abastecimento

de água da rede pública;

o Aproximadamente 0,14% dos alojamentos familiares não dispõem de qualquer tipo de

instalação, bem como, 1,3% dos alojamentos não possuem retrete ou tê-la fora deste (mais

propriamente 236 alojamentos), traduzindo condições de vida abaixo do limiar mínimo de

dignidade e bem-estar, que poderão constituir fator de segregação social indesejável;

Por tudo isto, a uma nova política de habitação terá de ser encarada, em termos de competências, tanto pela

Administração Local, como pela Administração Central. Sendo desejável que os investimentos públicos neste

setor ocorram em regime de cooperação, entre estes dois níveis é evidente que os planos de atuação se

desenvolvem em patamares distintos:

• à Administração Local, competirá encontrar as melhores “localizações”, planear as áreas

vocacionadas para habitação, produzir habitação social (quer como promotor, quer como agente

dinamizador de outros produtores) e zelar pela qualidade, conservação e reabilitação do parque

habitacional público e privado;

• a Administração Central, por seu lado, deverá atuar ao nível dos financiamentos, enquadramento

Jurídico / Administrativo / Técnico / Urbanístico dos incentivos ao desenvolvimento do ramo da

“Construção Civil”, garantindo os direitos e deveres das relações contratuais que regem o mercado;

A importância do papel do PDM, nesta matéria é reforçada por Abílio Cardoso (1991), que considera que “(…

) o estudo, o planeamento e a execução de políticas de habitação só podem ser realizadas no âmbito de

espaços territoriais que constituam unidades dotadas de alguma coerência e capacidade de isolamento a

influências exteriores, em que as diferenças de localização no seu interior sejam minimizadas, e maximizados

com outras unidades. A dimensão desses territórios depende da densidade e extensão das interdependências

espaciais e da orientação e eficiência dos sistemas de transporte, daí que a escala de atuação deva ser ao

nível do concelho ou agrupamento de concelhos ( …)”.

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A Autarquia deverá pois, equacionar a promoção de uma nova política de habitação, dinamizando a habitação

a custos controlados, a autoconstrução, o autoacabamento, a aplicação de instrumentos conducentes à

recuperação / reabilitação do parque habitacional, o estabelecimento de parcerias com os diversos agentes

do setor (Estado, Câmaras, IPSS’s, Cooperativas de Habitação, etc.), apostando de uma forma decisiva e

integrada, na melhoria da cobertura das infraestruturas básicas até níveis de satisfação aceitáveis e investindo

na renovação / dotação de equipamentos sociais e em arranjos de espaços públicos (sociais) dos bairros de

arrendamento público.

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6. ESTUDO SOCIOECONÓMICO

6.1. Nota Introdutória

“( … ) uma vez atingido um mínimo de condições materiais, o desenvolvimento económico passa a ser

sobretudo uma questão de iniciativa e de acesso a um conjunto de “infraestruturas imateriais” ( formação

profissional, informação investigação, tecnologia, etc. ), cuja construção passa pela capacidade de

organização e pela criação de instituições de animação económica bem inseridas na sociedade em que

devem atuar ( … )”.

Raul Gonçalves Lopes, 1989, citando Batista, M. et all, 1988

E com esta ideia, se enaltece a importância das infraestruturas básicas e da consequente qualidade de vida,

atingida pelos níveis mínimos desses bens materiais, que per si são suficientes para despoletar um processo

de desenvolvimento local sustentado.

Os municípios possuem um papel relevante nesse processo de promoção do desenvolvimento económico

local. Exige-se, portanto, dos agentes locais do setor privado (indústria, serviços de apoio à atividade

económica, banca, etc.), associativo e setor público (empresas municipais) projetos indutores do

desenvolvimento de pequenas iniciativas empresariais, orientando-as para o aproveitamento de

potencialidades e recursos locais.

Para tal é necessário um conhecimento pormenorizado da dinâmica do tecido socioeconómico local, e assim

os “Estudos Económicos” do concelho de Tondela, focalizar-se-ão na análise do mercado de trabalho

municipal, contemplando, não apenas, as características da oferta de mão de obra (população ativa), como

também, a estrutura produtiva global e sectorial, procurando-se desenvolver a sua caracterização económica

e social, contribuindo assim, para a definição de um modelo de organização municipal do território.

Esta análise estruturar-se-á em duas vertentes. Procurar-se-á inicialmente, obter uma visão global da

estrutura económica do concelho, identificando seguidamente, as tendências evolutivas dominantes e os

setores e atividades que têm desempenhado um papel mais preponderante no desenvolvimento económico

concelhio.

Um dos óbices principais à caracterização da estrutura produtiva reside na informação estatística, visto que,

em certos casos os elementos não se apresentam disponíveis e noutros (porventura na sua maior parte), a

desagregação geográfica ou sectorial (maioritariamente por concelho), não permite a clarificação necessária.

Longe de serem exaustivos, os indicadores não contemplam todas as unidades em análise, mas parecem

traduzir no entanto, a realidade socioeconómica do concelho.

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6.2. Caracterização Geral da População Ativa

Segundo os Censos 2011, dos 28 946 indivíduos residentes no concelho de Tondela, cerca de 11 790

habitantes tinham atividade económica, o que significa que a taxa de atividade na área em análise era de

41,5%, quantitativo que se posicionava 1,1% abaixo da taxa registada no agrupamento de concelhos da Sub-

região de Dão-Lafões e 3,8 % da Região Centro (quadro seguinte).

O total de pessoas empregadas ascendia a cerca de 37% do quantitativo de residentes e a 90,9% dos

indivíduos que possuíam atividade económica. No entanto, não será menos relevante referir que a taxa de

desemprego no concelho (10,8%) quase atinge a média verificada na Região Centro (10,9%) e continua

inferior à média da sub-região Dão Lafões (11,4%).

Quadro 23. Distribuição da população com atividade económica (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

É ainda de realçar da análise do quadro anterior, o facto de 10,9 % da população do município com atividade

económica, possuir idade inferior a 25 anos, tendência esta, que não se afasta muito da realidade da Região

Centro (16,9%), naquele escalão etário. Porém, já se afasta da sub-região Dão-Lafões (30,1%). Não é menos

verdade que refletem ambas uma certa dificuldade de obtenção do 1.º emprego e consequentemente de

meios de subsistência que lhes permitam a constituição de família. Esta é uma situação que provoca em

vários casos e locais, a deslocação das populações para outros centros geradores de emprego e riqueza,

havendo uma certa incapacidade de fixação das populações.

Do total de residentes no concelho de Tondela sem atividade económica, o grupo da população “reformada”

era o que detinha um maior “peso”, ascendendo a cerca de 50,4%, valor este, sensivelmente superior ao

verificado em todo o agrupamento de concelhos do Dão-Lafões, que atingia naquela data, os 44,7% (quadro

seguinte).

Unidade

Geográfica

População com Atividade Económica Taxa de

Atividade (%)

Taxa de

Desemprego (%) Total < 25 Anos Empregada Desempregada

Tondela 11 790 1 293 10 719 1 071 41,53 10,82

% 10,9 % 90,9% 9% - -

Dão-Lafões 115 539 34 855 104 755 10 784 42,66 11,42

% 30,1% 90,6% 9,3% - -

Região Centro 1 034 655 175 501 940 211 94 444 45,38 10,98

% 16,9% 90,8% 9,1% - -

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Quadro 24. População residente, segundo a condição perante a atividade económica (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

O quantitativo percentual do grupo da população “doméstica” nesta classe, rondava os 11,3% (1927

indivíduos), enquanto o grupo “estudantes”, não ultrapassava os 10,9%. A fração sobrante da população sem

atividade económica no concelho subdividia-se entre os “incapacitados para o trabalho” (2,6 %) e “outros

casos” (4,3%), num total de 1172 pessoas.

Desagregando os valores da população desempregada na área-plano (1301 pessoas), pensa-se ser da maior

importância clarificar que, 230 indivíduos desta classe correspondendo a 17,6%, andava à procura do 1.º

emprego, donde se pode inferir, que pertenciam provavelmente aos escalões etários mais jovens. As

restantes 1071 pessoas procuravam nesta data, um novo emprego.

Quadro 25. População empregada, por setores de atividade, no concelho de Tondela (1991-2011)

Anos Total

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário

Total % Total % Total %

1991 11 480 3 671 32 3 898 34 3 911 34

2001 12 494 2 184 17,5 4 559 36,5 5 751 46

2011 10719 858 8 3 643 34 6218 58

FONTE: INE, Censos 1991, 2001 e 2011

A análise da evolução da população ativa do concelho permite aferir que Tondela desenvolveu a sua estrutura

socioeconómica, tendo por base o tradicional desenvolvimento do setor primário, seguindo os modelos

tipificados de crescimento económico em termos sectoriais.

De facto, desde 1991 até aos dias de hoje, o setor “Terciário” constituía o setor dominante, seguido do

“Secundário”. Esta tendência solidifica-se em 2011, com 91,9% dos ativos empregados nestes dois setores.

A evolução recente da distribuição da população ativa por setores de atividade revela no período 1991 a 2011,

manifestações e tendências, cujo contexto não se diferencia significativamente, em relação a áreas

geográficas com as quais Tondela se relaciona e integra.

Unidade

Geográfica

População com Atividade Económica População sem Atividade Económica

Total Empregada Desempregada Total Estudante Doméstica Reformada Incapacitados Outros

Tondela 11 790 10 719 1 301 16 926 1 846 1 927 8 538 441 731

Dão-Lafões 115 539 104 755 10 784 158 983 17 980 17 566 71 108 3 618 10 550

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Gráfico 11. População empregada, por setores de atividade, no concelho de Tondela (2011)

FONTE: INE, Censos 2011

Observa-se assim, que o setor primário é aquele que detém o menor quantitativo de população ativa

empregada na Sub-região Dão-Lafões e na Região Centro. Da mesma forma, verifica-se que de 2001 para

2011 há a perda mão de obra, e verifica-se no setor terciário um acentuado aumento de população nele

empregada (quadro seguinte).

Em termos relativos, verifica-se um acréscimo de cerca de 58 %, em relação a 2001, que representa 46% de

ativos afetos ao setor terciário, evidenciando desde já, uma evolução significativa deste setor no concelho,

perseguindo a tendência de terciarização que se verifica na sub-região de Dão-Lafões.

Já no que se refere ao setor secundário, assiste-se no período 2001/2011, a um decréscimo do seu “peso”

em relação ao conjunto da estrutura produtiva local, correspondendo a uma variação de cerca de -33,4%.

Quadro 26. Evolução da população ativa por setor de atividade (2001-2011)

Área Geográfica Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário

2001 2011 2001 2011 2001 2011

Tondela 17,5 0,74 36,5 3,15 46 58

Dão-Lafões 11,2 6,9 34,9 41,9 53,9 51,1

Região Centro 6,8 5,2 38,1 42,3 55,1 52,3

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

A população ativa com profissão, no concelho de Tondela sofreu, no período de 2001/2011, uma diminuição

de 1755 trabalhadores, correspondendo a um crescimento negativo de cerca de 14,2%. O setor Terciário foi

responsável pelo maior salto quantitativo ao crescer neste mesmo intervalo, 1840 efetivos. Esta evolução

positiva, enquadra-se não só no contexto de acréscimo da população ativa, acima referido, mas também num

Setor Primário;

8%

Setor Secundário;

34%Setor Terciário; 58%

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cenário em que, o “Primário” tendo sofrido um crescimento negativo (-1 326), e são precisamente 858 efetivos

a exercer profissão, originou um fenómeno de “transferência” de trabalhadores para os setores Secundário e

Terciário.

O setor primário absorvia em 2011, o montante respeitante a 8% do total da população empregada no

município.

A sucessiva diminuição do peso do setor primário, aparenta possuir como principais causas, a acentuada

divisão da propriedade, que reduz a possibilidade de uma agricultura empresarial e produtiva ( extensiva e

mecanizada ), praticando-se quase exclusivamente uma agricultura de subsistência, e consequentemente o

facto, de se procurar nas atividades industriais ou terciárias, o rendimento principal.

Relativamente à análise dos setores de atividade económica, pelas diferentes freguesias (quadro seguinte) e

sob o ponto de vista do contributo da ‘mão de obra’ de cada freguesia para o total de ativos em cada setor,

denota-se que o “primário”, “empregava” em 2011, fundamentalmente ativos de Lajeosa (98), da União das

Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (98), União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo

(82), Guardão (68), União de Freguesias de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas (63), Santiago de

Besteiros (54) correspondendo a cerca de 53,9% da população ativa empregada no setor primário.

Para o total de ativos no setor secundário, contribui significativamente a mão de obra da União de Freguesias

de Tondela e Nandufe (645 ), Molelos (316), Campo de Besteiros (251), Canas de Sta. Maria (195), União de

Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (196), e Santiago de Besteiros (194), que, no seu conjunto,

correspondem a 49,3% ativos que laboram neste setor.

Evidenciando um comportamento similar à evolução ocorrida no setor secundário, também o “terciário”,

encontra na União de Freguesias de Tondela e Nandufe (1 542), Molelos (552), Canas de Sta. Maria (432),

Guardão (337), Lajeosa (311), as responsáveis pela tendência de terciarização verificada na década

intercensitária 2001 / 2011, na medida em que representavam cerca de 51 % do total de ativos empregados

no setor.

Analisando-se agora, o peso relativo de cada setor de atividade nas diferentes freguesias do concelho,

verifica-se que o setor primário não constitui em nenhuma freguesia o principal setor gerador de emprego.

Relativamente ao setor secundário, evidenciam-se a União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho

(45,4%), e União de Barreiro de Besteiros e Tourigo (43,4%) e como aquelas onde este setor é fundamental

para o emprego da maior parte de ativos. Todas as restantes correspondem ao setor terciário.

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Quadro 27. População empregada por setor de atividade, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)

Unidade Geográfica População Empregada Primário Secundário Terciário

N.º % N.º % N.º % N.º %

União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo

506 5,8 82 16,2 220 43,4 204 40,3

Campo Besteiros 581 6,7 28 4,8 251 43,2 302 52,0

Canas Sta. Maria 668 7,7 41 6,1 195 29,2 432 64,7

União de Freguesias de Caparrosa e Silvares

327 3,7 20 6,1 119 36,3 187 57,1

Castelões 504 5,8 44 8,7 188 37,3 272 54,0

Dardavaz 295 3,4 42 14,2 108 36,6 145 49,2

Ferreirós do Dão 127 1,5 18 14,2 48 37,8 61 48,0

Guardão 552 6,3 68 12,3 147 26,6 337 61,1

Lajeosa 574 6,6 98 17,1 165 28,7 311 54,2

Lobão da Beira 405 4,6 39 9,6 141 34,8 225 55,6

Molelos 887 10,2 19 2,1 316 35,6 552 62,2

União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho

431 4,9 98 22,7 196 45,4 137 31,7

União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova da Rainha

503 5,7 31 6,1 170 33,7 302 60,0

União de Freguesias de Tondela e Nandufe

2231 25,6 44 1,9 645 28,9 1542 69,1

Parada de Gonta 253 2,9 26 10,3 80 31,6 147 58,1

União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e Sabugosa

489 5,6 30 6,1 151 30,8 308 62,9

Santiago Besteiros 488 5,6 54 11,1 194 39,8 240 49,2

Tonda 339 3,9 13 3,8 103 30,4 223 65,8

União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de

Fráguas 560 6,4 63 11,2 206 36,7 291 51,9

Concelho 8 712 123,0 858 257,2 3 643 936,6 6 218 1 406,2

FONTE: INE – Censos 2011

Quanto à distribuição da população economicamente ativa (total de empregados e desempregados) pelas

freguesias do concelho, constata-se (quadro seguinte), que cerca de metade se concentrava na sede

concelhia, Molelos, Tondela, Canas de Sta. Maria e Campo de Besteiros.

Incidindo a análise sobre a situação da população ativa residente desempregada (quadro seguinte), pode-se

afirmar que a grande maioria de ativos desempregados (17,6 %), encontra-se à procura de novo emprego. A

procura de 1º emprego conta com 230 indivíduos.

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A União de Freguesias de Tondela e Nandufe (com 243 desempregados), Molelos (123), Canas de Sta. Maria

(87), Campo de Besteiros (81), Castelões (78), Lajeosa (69) e Guardão (45) eram as que registavam os

maiores índices de desemprego. Nestas áreas geográficas a situação de “procura de novo emprego”

encontra-se nos 52,3% dos casos de carência laboral.

Quadro 28. Distribuição e situação da população residente economicamente ativa, por freguesia, no concelho de

Tondela (2011)

Unidade Geográfica

População com Atividade Económica

Total < 25 Anos Empregada

Desempregada

Procura de 1º Emprego

Procura Novo Emprego

Total

União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e

Tourigo 559 72 506 11 42 53

Campo Besteiros 662 70 581 12 69 81

Canas St. Maria 755 83 668 14 73 87

União de Freguesias de Caparrosa e Silvares

366 35 326 5 35 40

Castelões 582 61 504 15 63 78

Dardavaz 331 54 295 6 30 36

Ferreirós do Dão 142 19 127 1 14 15

Guardão 597 59 552 5 40 45

Lajeosa 643 77 574 15 54 69

Lobão da Beira 460 50 405 9 46 55

Molelos 1 010 93 887 22 101 123

União de Freguesias de S. João do Monte e

Mosteirinho 479 55 431 1 47 48

União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova da

Rainha 572 62 503 14 55 69

União de Freguesias de Tondela e Nandufe

2 474 243 2 231 59 184 243

Parada de Gonta 281 36 253 7 21 28

União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e

Sabugosa 562 71 489 10 63 73

Santiago Besteiros 544 59 488 8 48 56

Tonda 387 37 339 8 40 48

União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro

de Fráguas 614 33 560 8 46 54

Tourigo 188 23 171 3 14 17

Concelho 8 791 1 293 8 712 230 1 071 1 301

FONTE: INE – Censos 2011

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Tanto em 2001 como em 2011, a população ativa é maioritariamente masculina. Essa diferença é mais

acentuada no setor secundário e mais ténue no setor terciário. Em 2001 no setor primário, e em 2011 no setor

terciário, a situação inverte-se em favor da população feminina.

O setor terciário em ambos os anos, detinha o maior número de mão de obra feminina. O setor secundário

passou a empregar menos mão de obra de ambos os géneros, designadamente 1099 mulheres e 2 544

homens.

Quadro 29. População ativa, por género e setor de atividade económica, no concelho de Tondela (2001-2011)

Setor de Atividade

2001 2011 Variação 2001/2011

da Feminização Homens Mulheres Homens Mulheres

Primário 1009 1175 496 362 -813

% 46,2 53,8 57,8 42,1 -69,1

Secundário 3444 1115 2 544 1 099 -16

% 75,5 24,5 69,8 30,1 -1,4

Terciário 2882 2869 2798 3420 551

% 50,1 49,9 44,9 55 19,2

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

O único setor que se fez sentir incrementos foi o setor terciário (467 indivíduos) verificados, em particular, nos

postos de emprego femininos que registou um acréscimo de cerca de 19,2%.

Analisando agora as tendências do tipo de profissão e situação na profissão da população residente ativa do

concelho (quadro seguinte) através da variação ocorrida entre 2001 e 2011, surgem como relevantes as

seguintes conclusões:

• Verifica-se uma reduzida variação (1,2 %) na classe dos “Membros de Corpos Legislativos, Quadros

Dirigentes da Função Publica e Quadros Dirigentes de Empresas”;

• Uma considerável quebra (e única) dos ativos residentes inseridos na categoria dos “Trabalhadores

da Agricultura e Pescas”, traduzida numa variação negativa, como seria de esperar, situada em cerca

de (-63,9%);

• Outras quebras de relativa importância, nomeadamente na categoria dos “Operadores de instalações

e máquinas e trabalhadores da montagem” (-30,4%), “Trabalhadores da Produção Industrial e

Artesãos” (-25,4%), “Profissões das Forças Armadas” (-25,2%) e “Empregados Administrativos” (-

17,2%);

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• A classe referente às “Profissões Intelectuais e Científicas” foi aquela que verificou um maior

acréscimo (79 %), passando de 621 para 1112 profissionais;

• Um crescimento relevante nas profissões “Pessoal dos Serviços e Segurança, dos Serviços

Domésticos e Trabalhadores Similares”, que se traduz numa variação, no período 2001/2011, de

cerca de 24%;

• Um acréscimo significativo de 14,3% (equivalente a 121 trabalhadores) no domínio das “Profissões

Técnicas Intermédias”;

• A classe que emprega a maior quantidade de população ativa em 2011 é a dos “Trabalhadores da

Produção Industrial e Artesãos (25%), seguida pelas “Trabalhadores Não Qualificados” (24%),

“Pessoal dos Serviços de Proteção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores

Similares” (23%) e “Profissões Intelectuais e Científicas” (15%).

Quadro 30. População ativa, segundo o tipo de profissão, no concelho de Tondela (2001-2011)

Profissões ( C.I.T.P / 88 ) 2001 2011

Variação 2001/2011

Total (%) Total (%) (%)

1. Membros de Corpos Legislativos, Quadros Dirigentes da Função Pública e Quadros Dirigentes de Empresas

643 5,1 651 8 1,2

2. Profissões Intelectuais e Científicas 621 5 1 112 15 79

3. Profissões Técnicas intermédias 846 6,8 967 13 14,3

4. Empregados Administrativos 859 6,9 711 9 -17,2

5. Pessoal dos Serviços de Proteção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores Similares

1428 11,4 1769 23 23,8

6. Trabalhadores da Agricultura e Pescas 2087 16,7 752 10 -63,9

7. Trabalhadores da Produção Industrial e Artesãos 2601 20,8 1 939 25 -25,4

8. Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem

1283 10,3 892 12 -30,4

9. Trabalhadores Não Qualificados 2031 16,3 1855 24 8,6

10. Profissões das Forças Armadas 95 0,8 71 1 -25,2

Total 12494 100 7668 139 -35,2

FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011

Quadro 31. População residente empregada, segundo a situação na profissão, no concelho de Tondela (2001-2011)

Situação na Profissão 2001 2011

Total % Total %

Empregador 1 330 10,65 1 049 9,78

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Situação na Profissão 2001 2011

Total % Total %

Trabalhador por conta própria 1 251 10,01 879 8,2

Trabalhador familiar não remunerado 538 4,31 137 1,27

Trabalhador por conta de outrem 9 237 73,93 8 550 79,8

Membro ativo cooperativo 3 0,02 4 0,03

Outra situação 135 1,08 100 0,93

Total 12 494 100 10719 100

FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011

Quanto à situação na profissão, a categoria dos “Trabalhadores por Conta de Outrem” assume-se como a

principal categoria de ativos, atingindo em 2011, 79,8% do total, registando uma variação de 2001 para 2011

de - 7,4%. A seguir posicionam-se as categorias dos “Empregadores” e “Trabalhadores por Conta Própria”

com 9,8 e 8,2% do total de ativos residentes, respetivamente. Estas categorias sofreram, de 2001 para 2011,

uma variação inversa, sendo que se registou um aumento dos “Empregadores” e um decréscimo de 29,7%

no caso dos “Trabalhadores por Conta Própria”.

6.3. Análise das Atividades Económicas

6.3.1. Setor Primário

O setor primário, como já foi referido anteriormente, tem vindo a sofrer uma redução substancial do seu peso

na economia do concelho, passando de uma situação, em 2001, em que se encontrava sensivelmente a par

dos outros dois setores, detendo cerca de um terço dos ativos do concelho, para, em 2011, passar a ser o

setor com menos peso na economia concelhia. De facto, entre 2001 e 2011 verificou-se um decréscimo 1326

dos ativos agrícolas (858 indivíduos).

Se for também, considerada, a forma incorreta como tem sido contabilizada a mão de obra feminina (que por

razões económico-culturais, é frequentemente excluída do grupo de “ativos” e remetida para o grupo das

“domésticas”), poder-se-á argumentar que a variação dos ativos masculinos é aquela que melhor evidenciará

as tendências evolutivas recentes. Tal procedimento virá consolidar o pressuposto acabado de avançar, face

à constatação de que o número de ativos agrícolas (masculinos) se reduziu de 2001 para 2011: uma

regressão de cerca de 34%.

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Quadro 32. População ativa empregada, por ramo de atividade no setor primário, no concelho de Tondela (2001-

2011)

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

A análise do quadro anterior, aponta, em 2011, para um número de ativos de 854, que encontravam no ramo

de “Agricultura, Produção animal, Silvicultura e Caça”, a sua atividade principal, equivalendo quase

integralmente à população concelhia empregada no setor primário. O quantitativo de trabalhadores da secção

relativa à “Pesca, Explorações de viveiros piscícolas e Atividades afins”, era res idual. Dever-se-á também,

sublinhar, que é a atividade da “Agricultura em geral, Criação de Animais e Culturas agrícolas associadas à

criação de animais”, que concentra mais ativos ligados ao setor (cerca de 90,4%), seguida dos ativos

relacionados com a Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados, representando

precisamente de 8,7% dos trabalhadores agrícolas. Particularmente ilustrativa do decréscimo do peso

Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça, é a análise comparada entre os dados de 2001 e os

referentes a 2011, que evidencia no decénio 2001/2011 acentuadas diminuições dos ativos ligados a estas

atividades.

Chama-se a atenção para o acréscimo verificado no número de ativos afetos à “Silvicultura, exploração

florestal e atividades dos serviços associados” que, apesar de continuar com pouca representação (8,7 %)

verificou uma acentuada variação percentual (10,2 %).

Dentro deste cenário poder-se-á aventar / inferir que, paralelamente à diminuição da população ativa no ramo

da agricultura (e pecuária) poderá ter ocorrido uma correspondente redução no número de explorações e

consequente reestruturação fundiária, favorecendo o aumento das explorações de média/grande dimensão.

Ramos de Atividade 2001 % 2011 % 2001/2011

- Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça 2 179 99,8 854 99,5 -60,8

Agricultura em geral, Criação de Animais e Culturas

agrícolas associadas à criação de animais 2 101 96,2 776 90,4 -63

Atividade dos serviços relacionados com a agricultura e

criação de animais, exceto veterinária 10 0,5 3 0,4 -70

Caça, Repovoamento Cinegético e Atividades dos serviços

relacionados - - - - -

Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços

associados 68 3,1 75 8,7 10,2

- Pesca, Explorações de Viveiros Piscícolas, atividades

dos Serviços relacionados com a Pesca 5 0,2 4 0,5 -20

TOTAL 2 284 100 858 100 -203,6

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6.3.2. Setor Secundário

Conforme foi já demonstrado (na primeira parte deste relatório), a análise da evolução ativa no “Secundário”

permitiu constatar um decréscimo no período intercensitário 2001/2011 (onde o número de ativos sofreu um

decréscimo de 2,5%), e em contrapartida, o “Terciário” notou um acréscimo de 12% do quantitativo de

população a exercer profissão no concelho de Tondela.

Esta realidade, impõe, por conseguinte, que seja efetuada uma análise mais pormenorizada, no sentido de

se averiguar quais os ramos de atividade que mais contribuíram para essa tendência.

A análise do quadro seguinte, permite identificar que é na “Indústria Transformadora” que se concentra a

maior percentagem de população ativa empregada no Setor Secundário, a qual representava em 2011, mais

de metade (62,2%) do total de ativos do setor secundário, constituindo por sua vez, o ramo de “Construção

Civil e Obras Públicas” aquele que, imediatamente a seguir, atrai o maior quantitativo dos ativos neste setor

(cerca de 35,4%).

Quanto aos ramos de atividade que no “Secundário” assumiram mais ativamente o seu desenvolvimento,

constata-se não existirem alterações significativas de 2001 para 2011. Com efeito, as “Indústrias

Transformadoras” e “Construção Civil e Obras Públicas”, veem o seu número de ativos a serem reduzidos (-

14,1% e – 35,3%, respetivamente) mas reforçaram a sua posição de maiores empregadores, relativamente

ao total de ativos no setor. Na “Indústria Transformadora” os fortes incrementos de mão de obra foram

verificados na “Indústrias Químicas, dos derivados do petróleo, carvão, borracha e plásticos” (com mais 220

empregados, correspondendo a um acréscimo de 93,2%).

A variação registada na “Indústria Transformadora”, no período 2001/2011, revela ainda que, os restantes

ramos de atividade sofreram decréscimos consideráveis dos seus contingentes de ativos, principalmente:

• “Outras indústrias transformadores”, registando (-94,6%) de população a exercer profissão no

concelho;

• A “Indústria pasta de papel e cartão e seus artigos, edição e impressão” com uma variação negativa

de 53,7%;

• A “Indústria da madeira e da cortiça e suas obras” com um decréscimo de (- 48,7 %) dos seus ativos.

Quadro 33. População ativa empregada, por ramos de atividade no setor secundário, no concelho de Tondela (2001-

2011)

Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação

- Indústrias Extrativas 54 1,2 18 0,52 -66,6

- Indústrias Transformadoras 2527 55,4 2170 62,2 -14,1

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Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação

Indústrias alimentares de bebidas e tabaco 338 7,4 312 9 -7,7

Indústria têxtil, vestuário, couro e calçado 132 2,9 98 2,8 -25,8

Indústria da madeira e da cortiça e suas obras 304 6,7 156 4,5 -48,7

Indústria pasta de papel e cartão e seus artigos, edição e

impressão 54 1,2 25 0,7 -53,7

Indústrias químicas, dos derivados petróleo, carvão,

borracha e plásticos 236 5,2 456 13 93,2

Indústria de outros produtos minerais não metálicos 128 2,8 109 3,1 -14,8

Indústrias metalúrgicas de base e de prod. metálicos 660 14,5 503 14,4 -23,8

Fabricação de mat. de transporte, equipamentos e

máquinas 545 12 504 14,5 -7,5

Outras indústrias transformadoras 130 2,9 7 0,2 -94,6

Produção e Distribuição de eletricidade, Gás e Água 74 1,6 65 1,9 -12,1

Construção Civil e Obras Públicas 1904 41,8 1231 35,4 -35,3

Total 4559 100 3484 100 -128,1

FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011

(*). Relativamente ao total de população ativa empregada nos três setores de atividade.

Em função deste quadro evolutivo, será admissível adiantar duas grandes conclusões:

• A primeira, traduz a relativa dependência do sistema produtivo (secundário) local, da “Indústria

Transformadora” e esta por sua vez, em quatro dos seus ramos de atividade, onde apenas os setores

da “Fabricação de mat. de transporte, equipamentos e máquinas”, das “Indústrias Metalúrgica de

base e de prod. metálicos, das “Industrias químicas, dos derivados petróleo, carvão, borracha e

plásticos” e “Indústrias alimentares de bebidas e tabaco” são responsáveis por cerca de 81,8% do

emprego na “Indústria Transformadora” que corresponde a 50,9 % dos postos de trabalho no setor;

• A segunda, diz respeito ao papel que o subsetor da “Construção e Obras públicas” detinha e que

poderá ainda, vir a desempenhar no futuro, atendendo não só, ao reconhecido efeito multiplicador

que gera noutros subsetores complementares da atividade económica, como também na sua

capacidade endógena de gerar emprego.

Sendo o sistema produtivo local, maioritariamente fruto do desenvolvimento da “Indústria Transformadora”,

essencialmente ligada à história industrial dos ramos metalomecânico, alimentar, e da madeira, considera-se

importante proceder a uma análise mais aprofundada deste ramo de atividade, numa tentativa de identificação

das razões de expansão da atividade industrial no concelho, das empresas que protagonizaram esse

crescimento, bem como, dos ramos de atividade mais dinâmicos.

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6.3.3. Setor Terciário

O setor Terciário, conforme já foi constatado anteriormente, tem vindo progressivamente a assumir uma

importante posição no concelho, tornando-se em 2001 o principal empregador do concelho.

Da interpretação do quadro seguinte, é possível constatar que em 2011 (assim como em 2001), os principais

ramos de atividade do setor, centravam-se nos vulgarmente conhecidos como “Serviços Tradicionais” ligados

à componente do “Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos de Restauração” (38%), onde se

destaca, o subsetor do “Comércio a retalho”, que contribui com 22,2% dos ativos, e também, à área da

“Ensino, Saúde e Serviços Coletivos” (32,6%). Estas duas grandes áreas da atividade económica,

conjuntamente com a da “Administração Pública, Defesa e Segurança Social” (12,4%), constituem, de facto,

as protagonistas da dinâmica verificada no último período intercensitário (2001/2011), concentrando cerca

83% do total de ativos do “Terciário”.

Quadro 34. População ativa, por ramos de atividade no setor terciário, no concelho de Tondela (2001-2011)

Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação

2001/2011

Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos de

Restauração 2252 41,7 1978 38 -12,2

Comércio por Grosso 312 5,7 323 6,2 3,5

Comércio a Retalho 1460 27 1156 22,2 -20,8

Alojamento e Restauração 480 8,9 499 9,6 4,0

Transportes e Comunicações 407 7,5 447 8,6 9,8

Transportes 279 5,2 330 6,3 18,3

Comunicações 128 2,4 117 2,2 -8,6

Activ. Financ., Imob. e Serviços Prestados às Empresas 409 7,6 178 3,4 -56,5

Bancos / Instituições Financeiras 72 1,3 72 1,4 0,0

Seguros 33 0,6 14 0,27 -57,6

Operações sobre Imóveis 12 0,22 34 0,65 183,3

Alugueres de maq. e equipamentos 5 0,09 9 0,17 80,0

Serviços Prestados às Empresas 287 5,3 49 0,9 -82,9

Administração Pública, Defesa e Segurança Social 420 7,8 647 12,4 54,0

Administração Pública e Defesa Nacional 420 7,8 647 12,4 54,0

Ensino, Saúde e Serviços sociais 1439 26,7 1700 32,6 18,1

Outros Serv. Coletivos, Sociais, Recreativos e Pessoais 166 3 54 1,03 -67,5

Famílias c/ empregados domésticos 305 5,7 209 4 -31,5

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Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação

2001/2011

Org. internacionais, extraterritoriais e Activ. mal definidas - - - - -

Total 5398 100 5213 100 -85,6

FONTE: INE, Censos 2001 e 2011

(*) – Relativamente ao total de ativos empregados nos três setores de atividade (Primário, Secundário e Terciário).

Ainda da observação do quadro, consegue-se extrapolar, um pouco mais pormenorizadamente, as principais

dinâmicas ocorridas no período intercensitário em causa:

• Assiste-se a um crescimento dos ativos do setor no concelho (58%), destacando-se como setores

principais nesta evolução, as “Operações sobre imóveis” (183,3%), o “Alugueres de máq. e

equipamentos” (80%) e o da “Administração Pública, Defesa e Segurança Social” (54%).

• É de realçar a diminuição do nº de serviços de componente mais dinâmica, pela sua

complementaridade com a promoção e fomento industrial e com o investimento como é o caso do

subsetor das “Atividades Financeiras e Serviços prestados às Empresas” (Banca, Instituições

Financeiras, Seguros, Aluguer de Maquinaria e Equipamento e Serviços prestados às empresas) (-

56,5%);

• Os serviços dos “transportes e comunicações”, atividades cruciais no ordenamento do território e no

desenvolvimento a diversas escalas territoriais, apresentam um acréscimo de 9,8 pontos percentuais.

Pensa-se no entanto, que o valor pouco significativo constatado se deve, no período em análise,

essencialmente à diminuição de ativos na rubrica das “comunicações” (atividades dos correios,

telecomunicações, etc.).

6.4. Nota Conclusiva

As dinâmicas evolutivas recentes, deixam assim antever uma diminuição do volume de negócios e

provavelmente de um nível mais baixo de pessoal nas empresas (emprego), tanto no concelho, como na sub-

região. Desta forma, conclui-se que:

• No quantitativo da população residente (28 946 habitantes) 37% indivíduos estão empregados;

• Possui uma taxa de desemprego de 10,8%;

• O setor terciário mantém a liderança da população empregada por setor de atividade, correspondendo

a cerca de 58% em 2011, sendo a vertente do Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos

de Restauração que mais emprega, neste setor. Concentra-se, principalmente, nas freguesias de

Tondela, Molelos e Canas de Sta. Maria;

• Segue-se o setor secundário com 34% da população empregada por setor de atividade em 2011,

sendo o ramo das Indústrias Transformadoras que mais empregada, nomeadamente, as Indústrias

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de mat. de transporte e equipamentos e máquinas, e ainda, as metalúrgicas de base e produção de

metálicos. Concentra-se, principalmente, nas freguesias de Tondela, Molelos e Campo de Besteiros;

• O setor primário emprega uma pequena percentagem de indivíduos, cerca de 8% da população

empregada em 2011, principalmente, no ramo da Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça.

Concentra-se, principalmente, nas freguesias Lajeosa e S. João do Monte.

As infraestruturas básicas e os equipamentos coletivos constituíram, durante longo tempo, o principal foco de

atenção e de investimento municipal, dando corpo aos pressupostos tradicionais da política regional, segundo

os quais, caberia ao setor público a criação de condições para o investimento económico e melhoria da

qualidade de vida, direcionadas sobretudo, para o incremento e melhoria do capital social investido no

ambiente construído.

A perspetiva de que, a meta e vocação principais dos municípios são predominantemente “sociais”, devendo

centrar o seu interesse essencialmente na “qualidade de vida”, na “proteção civil”, na “habitação”, na saúde”,

no “ensino jovem e recorrente”, nas “acessibilidades”, nos “transportes”, enfim... nas pessoas, em contraponto

ao “económico”, que mereceria melhor resposta das medidas da responsabilidade da Administração Regional

/ Central, tem subalternizado o papel das Autarquias na vertente ( estudos ) económica ao nível local.

Nesta faceta de “motor de arranque” do desenvolvimento, a capacidade de intervenção das autarquias,

poderá passar:

a) pelo fomento de programas e esquemas de formação profissional (até em colaboração com outros

municípios), utilizando a possibilidade de acesso a fundos comunitários;

b) pelo apoio e dinamização de iniciativas de difusão social de inovação (principalmente de novas

tecnologias);

c) pela promoção pública de solo industrial;

d) d) pela criação de base legais para organizações de pequena escala de génese associativa sedeadas

na comunidade;

e) e) pela descentralização dos serviços administrativos locais, entre outras.

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7. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

A criação de dinâmicas em rede potenciam a concretização efetiva de um sistemas de transportes e de

comunicação que interligue os diversos lugares do território com as atividades económicas, propiciando o

crescimento das designadas economias de escala, que garantam fatores de sucesso e de competitividade,

apenas conseguidas por intermédio de melhores condições de acessibilidade e mobilidade, quer a nível

concelhio, quer supramunicipal.

Neste âmbito, seguidamente será apresentado o enquadramento rodoviário do concelho de Tondela,

entendendo-se pertinente aferir sobre as ligações das infraestruturas no estabelecimento de conexões intra

e extra município. Além disso, realizar-se-á a análise aos padrões e fluxos de mobilidade da população,

atendendo às características dos movimentos pendulares.

7.1. Rede Rodoviária

Tondela encontra-se numa situação privilegiada, favorecida por um conjunto de vias que permitem

estabelecer importantes ligações ao nível interconcelhio.

Figura 7. Rede Viária Estruturante no concelho de Tondela

FONTE: Relatório do Plano (2011)

Deste modo, tal como se pode observar na figura 7, as estradas mais preponderantes e motivadoras de

ocupação, dando lugar a espaços urbanos alargados são:

Estrada Nacional 2 (via desclassificada, passando a Ex-EN2)

Estrada Regional 228 (via desclassificada, passando a EM, Ex-ER 228)

Estrada Regional 230 e Estrada Regional 337 (desclassificadas, passando a Estradas Municipais)

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Por outro lado, as áreas de menor densidade viária e populacional, são, naturalmente, as que se encontram

marcadas pelo relevo correspondente à Serra do Caramulo.

Importa, ainda assim, referir que Tondela detém uma localização geoestratégica ímpar de transição entre o

interior e o litoral, potenciada por uma boa rede de acessibilidade que liga com facilidade a grandes centros

económicos.

7.2. Padrões e Fluxos de Mobilidade da População

A natureza, o ritmo e a intensidade dos movimentos pendulares constituem um importante contributo para a

dinamização da economia local.

Esse tipo de movimento populacional ocorre, em regra, na escala urbana ou regional e tem por contexto

temporal, o quotidiano dos indivíduos. Em busca de melhores condições de trabalho ou então por questões

académicas, muitas indivíduos são impulsionados a transpor frequentemente os limites territoriais do

município em que residem.

De facto, os movimentos pendulares podem ser indicadores que explicam relações entre lugares distintos, as

desigualdades sócio espaciais, as áreas mais e menos dinâmicas e melhor ou pior dotadas de equipamentos

e serviços.

Gráfico 12. População residente empregada ou estudante (N.º), por local de trabalho ou estudo, no concelho de

Tondela (2011)

FONTE: INE

O gráfico 12 apresenta a percentagem da população que trabalha ou estuda, segundo o local de trabalho ou

estudo. Deste modo, constata-se que 12 033 (77%) habitantes não necessitam de sair do concelho. Ainda

assim, há 3 228 (21%) pessoas que se descolam para outro município para trabalhar ou estudar.

77%

21%

2%

município de residência

nountro município

no estrangeiro

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Figura 8. População que entra e sai (%) do município, para trabalhar ou estudar, no concelho de Tondela (2001 e

2011)

FONTE: INE

Por sua vez, na figura 8 é possível observar a proporção de população residente que trabalha ou estuda,

segundo as entradas e saídas do município. Verifica-se, desse modo, que Tondela apresenta em 2001 e

em2011, um valor de população que sai para trabalhar ou estudar superior àquele que entra. Este fenómeno

reflete as recentes dinâmicas demográficas, nomeadamente as deslocações motivadas pela necessidade de

obtenção de níveis superiores ou especializados de ensino, mas pode também indiciar carência de emprego

dentro dos limites concelhios.

Gráfico 13. Modo de transporte mais utilizado nos movimentos pendulares no concelho de Tondela (2001 e 2011)

FONTE: INE

7.012

1.841

2.345

1.396

623

568

41

13

0

5.467

4.716

1.596

1.649

1.116

1.247

131

33

186

Automovel ligeiro - como condutor

A pé

Automovel ligeiro - como passageiro

Autocarro

Transporte colectivo da empresa ou da escola

Motociclo ou bicicleta

Outro

Comboio

Não se aplica

2011 2001

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No que respeita ao modo de transporte mais utilizado nos movimentos pendulares, verificando o gráfico 13,

relativamente a 2001 e a 2011 deteta-se o domínio do uso do automóvel como condutor, contrariando os

conceitos de sustentabilidade. De notar ainda que as deslocações a pé diminuíram para menos de metade

no último período censitário.

Este quadro pode evidenciar a necessidade de uma rede de transportes públicos mais alargada, dado a sua

utilização ser um costume reduzido, situação que não é alheia ao facto do concelho deter uma rede que

assegura essencialmente os serviços mínimos.

Nesta senda, importa destacar a relevância que o Decreto-Lei n.º 60/2016, que fixa as regras para a

implementação de serviços públicos de transporte de passageiros flexível (TPF), poderá ter em territórios

como o de Tondela, na medida em que constitui uma oportunidade de melhor operacionalização do sistema,

colmatando limitações no transporte público convencional, sobretudo em áreas mais isoladas e de menor

procura.

O TPF pode realizar-se através de percursos predefinidos e/ou flexíveis nas componentes de itinerários,

paragens e horários. De referir que enquanto transporte a pedido, o TPF pode ser efetuado por solicitação do

passageiro, diretamente ao longo do percurso, em paragens preestabelecidas, ou através de reserva.

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8. PATRIMÓNIO

O conceito de património tem uma evolução dinâmica e frequente. Desde os edifícios simples classificados

até às frentes urbanas de conjunto ou linguagens arquitetónicas populares e vernaculares, todos são sentidos

como identidade local, afirmação coletiva e sinal de pertença. Desta forma, impõe-se uma revisitação aos

conceitos e ao território, a fim de muito bem estruturado este importante item urbanístico social e cultural.

Portanto, o património poderá ser entendido como uma síntese de vários valores identitários que contribuem

para um sentimento de pertença e de identificação de um coletivo social, fornecendo-nos os elementos de

significação cultural, particularmente relevantes num contexto de globalização onde coexistem leituras

diferenciadas, que nos permitem situar em relação ao passado quando, muitas vezes, já nada resta dele.

8.1. Património Classificado

À data da 1.ª revisão do PDM em 2011, os elementos classificados e em vias de classificação no concelho

de Tondela apresentam-se descritos no quadro 35.

Quadro 35. Património classificado e em vias de classificação à data da 1.ª revisão do PDM (2011)

DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2011 CATEGORIA DE

PROTECÇÃO

Fachada da Igreja Velha de Canas de Stª Maria Canas de Santa

Maria Classificado Monumento Nacional

Capela Nossa Senhora do Campo Campo de Besteiros

Classificado Imóvel de Interesse

Público

Pelourinho de Canas de Stª Maria Canas de Santa

Maria Classificado

Imóvel de Interesse Público

Pelourinho de Janardo Guardão

Classificado Imóvel de Interesse

Público

Pelourinho de São João do Monte São João do Monte

Classificado Imóvel de Interesse

Público

Pelourinho São Miguel do Outeiro São Miguel do

Outeiro Classificado

Imóvel de Interesse Público

Pelourinho de Sabugosa Sabugosa

Classificado Imóvel de Interesse

Público

Pelourinho de Tondela Tondela Classificado Imóvel de Interesse

Público

Solar de Sant’Ana / Casa dos Lentes Tondela

Classificado Imóvel de Interesse

Municipal

Novo ciclo – Centro de Recursos e de Desenvolvimento do concelho de Tondela

Tondela Classificado

Imóvel de Interesse Municipal

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DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2011 CATEGORIA DE

PROTECÇÃO

Solar ou Casa de Vilar Besteiros Vilar de Besteiros Em Vias de

Classificação -

Paço de Fráguas Mosteiro de

Fráguas Em Vias de

Classificação -

Casa da Quinta do Casal Lobão da Beira Em Vias de

Classificação -

Igreja Matriz de Santiago de Besteiros Santiago de

Besteiros Em Vias de

Classificação -

FONTE: Planta do Património (2011)

No entanto, desde a 1.ª alteração do PDM, procederam-se às alterações exibidas no quadro 36.

Quadro 36. Património classificado e em vias de classificação desde a 1.ª revisão do PDM (2018)

DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2018 CATEGORIA DE PROTECÇÃO

Solar de Vilar, anexos e jardim Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

Classificado Monumento de Interesse Público

Paço de Fráguas Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

Classificado Monumento de Interesse Público

Casa do Terreiro, jardins envolventes, adega e tulha

São Miguel do Outeiro e Sabugosa

Classificado Monumento de Interesse Público

Troço de calçada romana de Guardão

Guardão Classificado Imóvel de Interesse Municipal

Lagar do Fial Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

Classificado Imóvel de Interesse Municipal

Troço de calçada romana em Paranho de Besteiros

Caparrosa e Silvares Classificado Imóvel de Interesse Municipal

Anta da Arquinha da Moura Lajeosa do Dão Classificado Imóvel de Interesse Público

Estação de Arte Rupestre de Molelinhos

Molelos Classificado Imóvel de Interesse Público

Estação de arte rupestre de Alagoa

Barreiro de Besteiros e Tourigo; Castelões

Classificado Imóvel de Interesse Público

Castro de Nandufe Tondela e Nandufe

Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (com

Despacho de Abertura)

Casa do Figueiral Parada de Gonta Procedimento encerrado /

arquivado - sem proteção legal Não aplicável

Solar de Tomás Ribeiro Parada de Gonta Procedimento encerrado /

arquivado - sem proteção legal Não aplicável

Solar do Visconde de Britiande Parada de Gonta Procedimento encerrado /

arquivado - sem proteção legal Não aplicável

FONTE: DGPC (outubro de 2018)

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De destacar a classificação de três monumentos de interesse público, designadamente do Solar de Vilar,

anexos e jardim, do Paço de Fráguas e do Casa do Terreiro, jardins envolventes, adega e tulha, os quais

constam nas figuras 9, 10 e 11, respetivamente.

Figura 9. Solar de Vilar

FONTE: DGPC (outubro de 2018)

Figura 10. Paço de Fráguas

FONTE: DGPC (outubro de 2018)

Figura 11. Casa do Terreiro

FONTE: DGPC (outubro de 2018)

Salienta-se ainda a classificação de três imóveis de interesse público e de três imóveis de interesse municipal.

Em contrapartida, o Solar do Visconde de Britiande e o Solar de Tomás Ribeiro viram o procedimento

caducado por se considerar não terem valor nacional, assim como o processo relativo à Casa do Figueiral,

que cessou pelo estado de ruína inviabilizar a sua classificação.

Por sua vez, o Castro de Nandufe encontra-se em vias de classificação. Tratam-se de troços de muralha, que

geralmente se encontram espalhados pela encosta, como se pode verificar na figura 12.

Figura 12. Castro de Nandufe

FONTE: SIPA (outubro de 2018)

De facto, Tondela detém um conjunto alargado de bens imóveis de inestimável valor cultural, certificando a

presença de uma riqueza patrimonial identitária no território tondelense.

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9. AS COMPONENTES AMBIENTAIS

9.1. Os Incêndios do Caramulo

Os grandes incêndios florestais ocorridos em 2013 que atingiram o município de Tondela, em concreto entre

o período de 20 de agosto e 2 de setembro, assumiram uma dimensão extraordinária, afetando severamente

os povoamentos florestais, com claras e graves consequências sociais, culturais e económicas.

Como indicado no ‘Relatório dos Grandes Incêndios Florestais na Serra do Caramulo’ produzido pelo

Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro, arderam 6123ha, representando 16,5%

de área ardida no município, distribuídos pelas freguesias de Barreiro de Besteiros, Caparrosa, Guardão,

Mosteirinho, Santiago de Besteiros, Silvares e S. João do Monte. Esta última a mais fustigada, como se pode

verificar pela figura abaixo.

Figura 13. Enquadramento da área afetada pelos grandes incêndios de 2013 no concelho de Tondela

Através da análise do mesmo relatório observa-se que a maior percentagem de área ardida estava ocupada

com Florestas (62,5%) e Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea (31,2%).

A figura seguinte, que representa a área agrícola de produção e as áreas florestais de produção e

conversação do município, extraída da primeira revisão do PDMT – Planta de Ordenamento, evidencia a

composição de um solo rural maioritariamente florestal, tendo ardido em 2013, também áreas agrícolas.

Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)

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Figura 14. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição do solo rural, no concelho de Tondela

A gravidade atingida por estes grandes incêndios florestais fez-se refletir, como indicado no ‘Relatório dos

Grandes Incêndios Florestais na Serra do Caramulo’, a nível económico e social, com prejuízos resultantes

da perda de espécies lenhosas e a interdição ao uso habitual do regime cinegético, para o qual se compromete

a exploração racional na época venatória e onde deverão ser adotadas medidas de proteção dos exemplares

sobreviventes para recuperação das suas populações. E também ao nível ambiental, com uma grande

percentagem de área ardida afeta ao Perímetro Florestal do Caramulo, como se percebe pela figura abaixo.

Figura 15. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição do Regime Florestal do Caramulo, no

concelho de Tondela

Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)

Área Agrícola de Produção

Área Florestal de Produção

Área Florestal de Conservação

Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)

Regime Florestal do Caramulo

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Ainda que se tenha assistido no município a um decréscimo da população ativa empregada no setor primário

entre 2001 e 20111, verificou-se, entre o mesmo período intercensitário, um aumento do número de ativos

afetos ao ramo ‘Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados’, em 10,2%. O que

evidencia graves efeitos a nível económico e financeiro quando observada a perda da fonte de rendimento

dos trabalhadores afetos ao ramo bem como a redução da estrutura produtiva local.

Figura 16. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição dos sistemas da REN, no concelho de

Tondela

A par das consequências acima indicadas verifica-se ainda como principais efeitos dos incêndios florestais a

sensibilidade e inexistência de coberto e vegetação do solo, o que poderá provocar a diminuição da

capacidade de retenção da água e consequentemente a erosão do solo, aumento o risco de ocorrência de

desabamento de terras e assoreamento das linhas de água. Este facto ganha maior importância quando se

verifica que as áreas ardidas são, na sua maioria, coincidentes com o sistema Áreas com Risco de Erosão,

da Reserva Ecológica Nacional (REN), como se observa pela imagem seguinte.

Face ao exposto, em 2013 procedeu-se à 2.º revisão do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra

Incêndios (PMDFCI), a fim de concretizar as recomendações do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra

Incêndios (PNDFCI).

9.1.1. Intervenção Preventiva

Os grandes incêndios florestais ocorridos em 2013 criaram uma situação de calamidade paisagística e

florestal. As chuvas sobre os solos sem coberto protetivo e parte do seu horizonte superficial orgânico deixam

1 Dados disponibilizados pelo INE. Censos 2001 e 2011

Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)

Leitos dos Cursos de Água

Faixa de Proteção à Albufeira

Zonas Ameaçadas pelas Cheias

Cabeceiras das Linhas de Água

Áreas de Máxima Infiltração

Áreas com Risco de Erosão

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iminente a possibilidade de deslocamento dos terrenos, pelo que urge, neste sentido promover a plantação e

reflorestação das áreas afetadas, a partir de normas que promovam a ocupação e utilização dos espaços

florestais de forma planeada, com recurso a instrumentos de licenciamento e fiscalização eficazes.

É hoje fundamental agarrar a debilidade provocada pela dimensão da área ardida e converte-la em

potencialidade através da melhor gestão florestal, garantindo a manutenção e capacidade do sistema

produtivo, a biodiversidade e a sustentabilidade do ecossistema, a par da prevenção da ocorrência e

proliferação de incêndios florestais.

Durante décadas a espécie dominante no município de Tondela foi o Pinheiro Bravo, contudo, esta espécie

tem vindo a desaparecer e a ser substituída por Eucaliptos, que, face às suas características e potencial

económico a curto prazo, conquistaram maior relevância na área da silvicultura. Contudo, e não obstante das

vantagens económicas, a produção intensiva e exponencial desta espécie apresenta-se prejudicial quando

encarada numa vertente ambiental e paisagística.

Neste sentido, pretende a Câmara Municipal, face ao sucedido, tomar medidas que garantam a biodiversidade

das espécies florestais, a salvaguarda da qualidade ambiental e paisagística, a minimização e propagação

do risco de incêndio, a par da racional exploração económica do solo rural.

Importa, por essa razão, estabelecer uma estratégia de valorização das áreas ardidas da Serra do Caramulo,

em particular para as três zonas mais afetadas pelos incêndios de 2013:

• Vila do Caramulo,

• Guardão, Santiago de Besteiros e Silvares e,

• São João do Monte e Mosteirinho.

Na Vila do Caramulo, pela componente turística que apresenta, sob envolvência natural e paisagística,

pretende a Câmara Municipal proibir a produção intensiva de eucalipto promovendo a plantação e

reflorestação dessa zona com recurso a espécies capazes de criar enquadramento à vila urbana do Caramulo

e seus equipamentos turísticos.

Na zona designada por Guardão, Santiago de Besteiros e Silvares pretende a Câmara Municipal estimular a

regeneração do Pinheiro Bravo.

Por sua vez na zona designada por São João do Monte e Mosteirinho, onde a plantação intensiva do eucalipto

é mais representativa, maioritariamente para fins económicos, entende a Câmara Municipal possibilitar, desde

que cumpridas as demais condicionantes/restrições previstas na legislação, seja permitida a plantação e

reflorestação de eucaliptos e de outras espécies de rápido crescimento.

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 79

9.1.2. A Estratégia do PDM

A primeira revisão do PDM reconhece o valor estratégico desta unidade territorial, reconhecido pelo seu

potencial turístico, valor ambiental que está na génese do aglomerado urbano da Vila do Caramulo, sendo o

núcleo urbano mais importante desta zona de montanha. Esta condição natural de montanha, associada à

exposição solar, esteve na génese e desenvolvimento como Estância de Saúde que deu origem à Estância

Sanatorial do Caramulo.

Para além do valor patrimonial e de memória que o PDM reconhece, é também reconhecido na proposta do

plano como aspeto basilar a aposta no potencial turístico, numa ótica sustentável e diversificada,

reconhecendo a oportunidade estruturante que a Serra do Caramulo proporciona. A estratégia de

desenvolvimento do plano passa pelo reconhecimento de uma diversidade de fatores indutores de

desenvolvimento local, nos quais se destacam a floresta, o património, o turismo e o ambiente.

9.1.3. A Ação da CMT

O município, no sentido da concretização e valorização deste espaço, tem também na área da valorização do

espaço urbano, desenvolvido ações de incentivo de que é exemplo a delimitação da ‘Área de Reabilitação

Urbana do Caramulo’ aprovada pela assembleia municipal em 20 de dezembro de 2013 e publicado através

do Aviso n.º 3881/2014 de 19 de março de 2014.

Requalificar o Caramulo (espaço edificado e natural) no sentido do reforço turístico, cénico e natural desta

unidade de paisagem impõem uma atitude sensibilizadora, que politicamente se está a desenvolver junto dos

principais atores que intervêm nesta paisagem. Porém, impõe-se a adoção de medidas preventivas

interventivas, de ordenamento da paisagem que recuperem o valor ambiental e cénico desta serra.

9.2. Os Incêndios de 2017

Importa atentar que o ano de 2017 ficou também marcado por consequências devastadoras, afetando cerca

de 63 000 hectares do território tondelense, tal como é visível na figura 17.

Na época, o concelho de Tondela estimava ter prejuízos que rondavam os 30 milhões de euros, considerando

as habitações, as infraestruturas municipais, a indústria, o comércio e serviços, e não contabilizando os danos

florestais e dos pequenos agricultores.

De destacar que duas das quatro unidades da zona industrial da Adiça sofreram danos irrecuperáveis,

afetando, sobremaneira, o emprego e a atividade económica do concelho.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 80

Figura 17. Área ardida no concelho de Tondela (2017)

FONTE: ICNF

Neste contexto, é importante ter em reflexão a Lei n.º 76/2017, de 17 de agosto, correspondente à quinta

alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, bem como o Decreto-Lei n.º 10/2018, de 14 de

fevereiro que clarifica os critérios aplicáveis à gestão de combustível, no âmbito do Sistema Nacional de

Defesa da Floresta contra Incêndios, a fim de compatibilizar as suas orientações e, desse modo, contrariar o

cenário destruidor dos últimos anos.

9.3. Reserva Ecológica Nacional

No seguimento do ofício n.º 933, de 29-10- 2013, enviado à CCDRC, foi proposta em março de 2014 uma

correção material à delimitação da REN, aprovada e publicada pela Portaria n.º 5/2012, de 2 de janeiro, nos

termos do n.º 2 do artigo n.º 19.º do Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, com a redação que lhe foi

conferida pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de novembro.

Esta correção material proposta pelo município de Tondela e promovida por esta CCDRC vem corrigir

a delimitação da “zona ameaçada pela cheia” junto à povoação da Ribeira, na freguesia de Campo de

Besteiros, pretensão que teve como pressupostos os registos históricos da ocorrência de cheias naquela

zona, e a cota de máxima cheia nunca atingiu a que foi considerada na delimitação da REN.

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10. NÍVEL DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES PREVISTAS EM

PROGRAMA DE EXECUÇÃO DO PDM

10.1. Nível de Execução

No processo de Revisão do PDM de Tondela foram elencadas um conjunto de propostas e de medidas de

intervenção, estruturadas segundo eixos de atuação de acordo com a análise prospetiva e tendo por base a

estratégia preconizada pelo município para o seu desenvolvimento e que assenta na valorização, através da

promoção da qualificação das pessoas, das organizações e dos espaços territoriais, da vertente rural, urbana

e ribeirinha, do estímulo de maior coesão e solidariedade social, do aumento da competitividade e da

confiança dos agentes económicos, sendo estas algumas das linhas mestras de intervenção que se pretende

para o desenvolvimento sustentável do concelho.

Assim, os eixos de intervenção definidos no PDM de 2011 são:

• Inovação e Competitividade;

• Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural;

• Turismo, Cultura e Lazer;

• Energia;

• Sistema Urbano;

• Educação;

• Sistema de Acessibilidade e Transportes;

• Sistema Ambiental;

• Desporto e Juventude;

• Novas Tecnologias;

• Saúde, Ação Social e Habitação;

• Segurança e Proteção Civil;

• Modernização Administrativa.

No Relatório do Plano e no Programa de execução e Plano de Financiamento é referido um conjunto de

iniciativas a desenvolver, quer em termos de construção e requalificação das infraestruturas (ex: rede viária,

rede de aguas, saneamento e estruturas associadas, energia etc.), quer no que diz respeito à construção e

beneficiação de equipamentos (ex: ensino, desportivos, culturais e sociais), bem como ações ligadas à

valorização dos recursos naturais, produtos endógenos e promoção turística. As iniciativas passam ainda pela

promoção de condições específicas o desenvolvimento das atividades económicas (ex: expansão e novas

zonas industriais), assim como ações relacionadas com o sistema urbano, seja o desenvolvimento de novas

áreas de expansão enquadradas em planos de pormenor, planos de urbanização ou operações de loteamento

e por fim ainda ações de requalificação e reabilitação urbanística (ex: ARU Caramulo, requalificação dos

centros históricos, arranjos urbanísticos, etc.)

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 82

Pretende-se, assim, neste ponto proceder a uma avaliação do grau de implementação das ações do plano.

10.1.1. Eixo – Inovação e Competitividade

A Inovação e a Competitividade são fundamentais para o desenvolvimento de um território. O município tem

procurado promover ações específicas que tenham a capacidade de gerar a fixação de pessoas, atividades

e bens.

10.1.1.1. Infraestruturas de Apoio à Atividade Económica

O concelho de Tondela constitui-se como um dos municípios mais industrializados da região onde se insere,

beneficiando da boa acessibilidade dada pela A25 num território de transição entre o interior e o litoral.

Neste sentido, tem vindo a ser uma aposta do município, o fortalecimento do parque industrial existente e a

deslocalização de unidades que se encontram espalhadas pelo território e que não tem possibilidade de

expansão, através da dotação de novos espaços e/ou expansão destinados à instalação de unidades

industriais, de armazenagem, de serviços, sem embargo da possibilidade de instalação de outros usos

nomeadamente comerciais e de equipamento.

Na vigência do PDM’11 foram sendo efetuadas obras de requalificação dos Parques Industriais do município,

no sentido do apetrechamento do concelho com áreas empresariais dotadas das especificidades próprias que

as empresas dos mais variados setores entendem como elementos diferenciados e que acrescentam valor,

fazendo pender a decisão de localização num local em detrimento doutros. A sua requalificação prendeu-se

essencialmente pela dotação de melhores condições de acessibilidade e segurança ao nível da circulação

pedonal e motorizada.

Quadro 37. Inovação e Competitividade – Zonas Industriais

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade

Expansão de Zona

Industrial Municipal de

Vilar de Besteiros

Zona Industrial do Lagedo,

em Santiago de Besteiros ✓

O município tem vindo a adquirir terrenos para expansão dando

resposta à procura de lotes para a instalação de novas unidades, uma

vez que a parte urbanizada está 100% ocupada, tendo essa ocupação

ocorrido pela via do loteamento. Já foram adquiridos pelo município

cerca de 2 ha, pretende adquirir 6 ha para criar 8 lotes - expansão a

norte. Algumas empresas privadas também adquiriram terrenos para

a expansão das unidades existentes.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 83

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Zona Industrial de Molelos

/ Nadufe ✓

Esta ZI foi criada durante o período de discussão pública do PDM.

Existe um estudo com vista ao desenvolvimento de um projeto de

loteamento Municipal, estando em fase de levantamento cadastral.

Esta ZI ocorre na sua maioria em terrenos baldios na proximidade ao

IP5 e A23 e Nó da futura ligação Coimbra – Viseu.

Zona Industrial da Adiça ✓

Registou-se um aumento da sua ocupação urbana. O município

pretende amplia-la para poente tirando proveito das infraestruturas

existentes, contiguas à área do Plano de Pormenor do Parque

Industrial de Tondela (PPPIT).

Zona Industrial de

Caparrosa

Construção da Zona

Industrial da Naia, em

lobão da Beira

A natureza dos solos dificulta a sua infraestruturação, trata-se de uma

zona que no passado foi área de exploração de argilas, seguido de

aterro urbano. Trata-se por isso de solos bastante contaminados, em

que os custos de descontaminação são elevados logo neste período

ainda não foi executada.

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Das intervenções previstas neste setor, no PDM, apenas as ações para a zona industrial do Langedo em

Santiago de Besteiros foram concretizadas. Já a das Zonas Industriais de Molelos - Nandufe e da Adiça

encontram-se em fase de execução.

10.1.1.2. Plano de Desenvolvimento Rural

Durante o período da vigência do PDM, o município não desenvolveu qualquer plano específico de

desenvolvimento rural, contudo, tem promovido uma série de ações que se encontram elencadas no quadro

seguinte, que procuram contribuir para o desenvolvimento rural e das atividades relacionadas, importa referir

que este tema envolve um processo de melhoria continuou.

Quadro 38. Inovação e Competitividade – Plano de Desenvolvimento Rural

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade

Plano de desenvolvimento

Rural ✓

Nesta matéria o município tem vindo a desenvolver várias ações, onde

se destaca o projeto de "Hortas Solidárias" para a promoção da

agricultura e que dá formação nesta área a pessoas desempregadas

ou em situação profissional instável. Para o efeito foi criado ainda o

Gabinete do Agricultor. O município nas suas políticas de combate ao

desemprego tem vindo a incentivar os jovens à produção, divulgação,

promoção e comercialização de produtos endógenos de vários

setores quer do setor agrícola, pecuário, artesanato e outros.

✓ Em execução

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 84

Neste período começaram ainda a surgir alguns projetos ligados ao setor rural, nomeadamente a nível das

explorações agrícolas, pecuárias, envolvendo inclusive uma vertente turística e ambiental. Muitos destes

pequenos projetos têm sido apoiados pelo PRODER, nomeadamente através de candidaturas à ADICES

(Associação de Desenvolvimento Local).

10.1.1.3. Plano de Desenvolvimento Florestal

A floresta representa mais de 65% do território do concelho, sendo que está parcialmente em Regime

Florestal, nomeadamente afeta ao Perímetro Florestal do Caramulo. Apesar de não existir um plano de

desenvolvimento específico, o município tem tido a preocupação de aplicar nesta matéria as medidas de

gestão PROF – Dão Lafões, assim como implementar as medidas previstas no PMDFCI (2013-2017).

Tendo em conta a suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais e a um passado recente de grandes

incêndios florestais, como um elevado impacto na vida social e económica das populações, assim como no

ecossistema ambiental, o município tem procurado através de um regulamento próprio com normas

orientadoras, regular e mesmo impedir ações de reflorestação nas áreas ardidas com espécies de

crescimento rápido nomeadamente eucaliptos. Neste contexto, o município em parceria com outras entidades

tem vindo a encetar ações de reflorestação com espécies autóctones nas áreas ardidas em particular no

Caramulo, contribuindo assim para a recuperação sustentável desse território.

Quadro 39. Inovação e Competitividade – Plano de Desenvolvimento Florestal

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade

Plano de desenvolvimento

Florestal ✓

Nas áreas de Alto e de Muito Alto risco de incêndio e nas áreas

florestais percorridas por incêndios nos últimos 10 anos, os pareceres

do município relativos a pedidos de (re)florestação com espécies

novas (nomeadamente com a espécie de eucalipto) foram

desfavoráveis, de forma a ir ao encontro do previsto no PROF. Na

área ardida do grande incêndio da serra do Caramulo ocorrido em

2013, o município promoveu várias iniciativas destinadas a promover

a sua reflorestação com espécies autóctones e de acordo com o

previsto no PROF Dão Lafões. A título de exemplo, no ano de 2014

plantaram-se 10.000 árvores e em 2015 plantaram-se cerca de 5.000

árvores.

✓ Em execução

Podemos considerar que ao longo da vigência do Plano, o município de Tondela tem desenvolvido a sua

política de atuação neste domínio, promovendo de uma forma sistemática, a sustentabilidade daquele que

considera ser um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da sua economia.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 85

10.1.1.4. Implementação de uma Rede de Residências Seniores

O município aprovou a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Caramulo, surgindo assim a

oportunidade de reabilitação do parque edificado existente, promoção da melhoria das condições de

acessibilidade e mobilidade, requalificação/valorização dos espaços públicos e espaços verdes, assim como

a criação de âncoras funcionais com adaptação/reabilitação dos antigos sanatórios em equipamentos de

apoio à população sénior.

Quadro 40. Inovação e Competitividade – Implementação de uma Rede de Residências Seniores

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade

Implementação de uma

Rede de Residências

Seniores

O município aprovou a delimitação da área de reabilitação urbana do

caramulo - Assumindo que a vila do Caramulo desempenhou um papel

“motor” concelhio, pretende-se devolver a este povoamento a sua

devida importância, situação que poderá permitir atratividade e

qualidade urbana, através da definição de um quadro adequado,

coerente e consistente de medidas de gestão e de incentivo à

regeneração urbana, enquanto processo que não se esgota na

reabilitação das estruturas físicas (edificado e espaço público), mas que

compreende medidas de incentivo, não só direto (através do processo

que culmina na execução de obras) mas também por via da criação de

um ambiente favorável ao investimento e à atividade económica.

✓ Em execução

Uma vez aprovada e publicada em Diário da República, a ARU do Caramulo, irá partir-se para a Operação

de Reabilitação Urbana (ORU), que corresponde à estruturação concreta das intervenções a efetuar no

interior da respetiva área de reabilitação urbana. Para as operações de reabilitação, podem ser adotados os

seguintes modelos de execução:

▪ Por Iniciativa dos Particulares:

- Execução pelos particulares com o apoio da entidade gestora;

- Administração conjunta.

▪ Por Iniciativa das Entidades Gestoras:

- Execução direta pela entidade gestora;

- Execução através de administração conjunta;

- Execução através de parecerias com entidades privadas.

10.1.1.5. Cluster Termal

O Termalismo está em franca expansão com uma imagem um pouco diferente do passado, por um lado com

a emergência de um produto turístico como o Turismo de Saúde e Bem-Estar e por outro lado por se poderem

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 86

associar outras atividades, nomeadamente ligadas ao Turismo de Natureza e à Gastronomia e Vinhos com a

capacidade de atração de novos mercado e clientes.

As Caldas de Sangemil querem estar na primeira linha dos locais a potenciar dentro do cluster termal existente

na região. Nesse sentido, o município, dando cumprimento ao PDM, sendo o atual concessionário do espaço,

remodelou recentemente a Casa das Termas de Sangemil, apresentando agora melhores condições. Sendo

um produto turístico estratégico para o município a estância termal em breve voltara a ser intervencionada.

Quadro 41. Inovação e Competitividade – Cluster Termal

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade Cluster Termal ✓

Foi efetuada a remodelação da Casa das Termas na estância termal

de Caldas de Sangemil, apresenta agora um conforto superior, capaz

de contribuir para inverter a tendência dos últimos anos de perda de

utentes dos equipamentos balneares destas Termas. É

concessionária do recurso e proprietária do Estabelecimento Termal

a Câmara Municipal de Tondela. Esta estância termal irá ser alvo em

breve de uma forte aposta por parte do município.

✓ Em execução

10.1.1.6. Cluster Desportivo

“O consumo desportivo pode ser dos tipos ativo e passivo. O consumo desportivo ativo está diretamente

relacionado com a prática de atividades físicas e desportivas. O consumo desportivo passivo está relacionado

com (i) a assistência ao vivo (ex. nos estádios e pavilhões), (ii) a assistência via media (ex. através da rádio,

televisão e jornais), e (iii) um estilo de vida desportivo (ou se quisermos, uma imagem desportiva pessoal)”.

(O Consumo Desportivo em Portugal, 2002)

O concelho de Tondela tem alguma tradição nos desportos motorizados (ex: automobilismo) muito por culpa

de o Museu do Automóvel se situar no Caramulo. Ao longo do ano ocorrem vários eventos relacionados com

esta matéria (ex: Caramulo Motorfestival, Rampa de Velocidade, etc.) que atraem milhares de pessoas, que

tem o apoio do município.

É preocupação do município o desenvolvimento do parque desportivo do concelho, tanto na reabilitação como

na construção de novos equipamentos, desta forma no período da vigência do Plano foram efetuadas diversa

obras de melhoramento do parque desportivo, conforme consta no quadro seguinte. Para além disso o

município em parceira com as associações existentes e as freguesias tem procurado desenvolver atividades

capazes de mobilizar regularmente os cidadãos para a prática de atividades físicas (ex: caminhadas solidarias

e ecológicas, torneios em diversas modalidades de futebol, etc.).

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 87

Quadro 42. Inovação e Competitividade – Cluster Desportivo

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade Cluster Desportivo ✓

O município tem vindo a prestar apoio nas obras de manutenção dos

polidesportivos municipais bem como a apetrechar as freguesias com

novos - ex: Campo de Futebol do Bairro Novo (Nandufe) passou para

a gestão municipal, e foi beneficiado com relva sintética e iluminação.

Construção de Polivalentes de Relva Sintética em: Mouraz, Molelos e

Castelões.

✓ Em execução

O desporto acaba por apresentar uma dimensão empresarial, pelas sinergias que promove, em que todos

lucram, seja no comércio e serviços seja na indústria. Podemos concluir que o concelho está a ser capaz de

desenvolver essas sinergias, contudo trata-se de um processo contínuo.

10.1.1.7. Cluster Cultural

Através da agenda cultural o município oferece ao logo do ano um conjunto de eventos variados, com o

objetivo de dotar a população de uma oferta diversificada e de qualidade. A definição da agenda obedece a

uma logica concertada entre as freguesias, associações e outras entidades, com o objetivo de promover

atividades para diferentes públicos.

Para além disso a autarquia tem efetuado um conjunto de investimentos em equipamentos e infraestruturas

com vista a dotar este território de meios mais capazes para o desenvolvimento deste Cluster.

Quadro 43. Inovação e Competitividade – Cluster Cultural

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nivel de

Execução Obs.

Inovação e

Competitividade Cluster Cultural ✓

O município oferece ao longo do ano um conjunto de eventos, para

promover a cultura regional e local mas sobretudo as tradições, a

Agenda Cultural é composta por várias iniciativas que se realizam um

pouco por todo o concelho. A política cultural desenvolvida ao longo

dos anos, tem adquirido uma importância estratégica cada vez maior

no desenvolvimento local e mesmo regional. Para tal a autarquia tem

vindo a apoiar (ex: Reconversão do antigo cinema na "Oficina das

Artes" - Complemento às atividades da Associação Cultural e

Recreativa de Tondela) e prevê, para o futuro, um conjunto de

investimentos em equipamentos e infraestruturas, tendo em vista o

continuar dos seus objetivos de promoção e divulgação das

potencialidades culturais do concelho.

✓ Executado

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 88

Para além disso a autarquia tem efetuado um conjunto de investimentos em equipamentos e infraestruturas

com vista a dotar este território de meios mais capazes para o desenvolvimento deste Cluster.

10.1.2. Eixo – Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural

Localizado entre a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo, este território apresenta uma grande área florestal

e uma diversidade de terrenos agrícolas associados a uma tradição na atividade pecuária, nomeadamente

avícola.

Para além do aumento da competitividade dos setores agrícolas e florestal, a promoção da sustentabilidade

dos espaços rurais e dos recursos rurais e naturais, apresenta-se como um objetivo estratégico para este

território com um carater rural ainda forte. Assim, o plano propunha intervenções nos seguintes níveis:

• Valorização dos Territórios de Baixa Densidade;

• Floresta dos Territórios de Baixa Densidade: Ambiente e Valorização Económica;

• Aumento da Resiliência do Território aos Incêndios e da Zonagem do território.

Quadro 44. Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Atividades

Agroflorestais e

Desenvolvimento

Rural

Valorização dos

Territórios de Baixa

Densidade

Floresta dos Territórios

de Baixa Densidade:

Ambiente e Valorização

Económica

Aumento da Resiliência

do Território aos

Incêndios e da Zonagem

do território

O município tem procurado impedir que a (re) florestação com

eucalipto seja efetuada. Por outro lado, o município tem vindo a

promover iniciativas de reflorestação com espécies autóctones

principalmente nas áreas afetadas pelos grandes incêndios do

Caramulo em 2013. O município implementou medidas previstas no

PMDFCI (ex: execução de toda a Rede Primária, procedeu á

execução de parte da Rede Secundária, nomeadamente de Faixas

de Gestão de Combustíveis associadas á Rede Viária, galerias

ripícolas e da rede de pontos de água; construção de um ponto de

água na freguesia de Guardão; construção de cais de abastecimento

de água para veículos de emergência, na margem do rio Criz, na

freguesia de Dardavaz; Procede anualmente a uma série de ações

de sensibilização, previstas no PMDFCI, promovidas junto da

população do concelho, de forma isolada e em colaboração com

outras entidades (Bombeiros, GNR e ICNF)).

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 89

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Regadios (Manutenção) ✓ Foram feitas obras de recuperação da infraestrutura de regadio em

Santiago de Besteiros, decorrente dos danos causados pelos

incêndios de 2013 no Caramulo.

✓ Executado; ✓ Em execução

Numa sociedade que cada vez mais as populações estão a retomar às atividades relacionadas com o

ambiente rural, a autarquia tem procurado promover/incentivar a produção de produtos locais. A qualidade e

valorização destes produtos abrem possibilidades de aceder a mercados externos à região, mais relevantes

do ponto de vista económico.

Sendo a floresta um ativo muito importante já bem identificado, nesta matéria para além das medidas previstas

no PMDFCI que o município tem implementado, tem ainda procurado impedir as ações de reflorestação em

áreas ardidas e de alto risco de incendio com eucalipto. Bem como tem promovido ações de reflorestação

com espécies mais resistentes e menos suscetíveis ao flagelo dos incêndios florestais, como já referido

anteriormente.

Apesar da atividade agrícola ter sido alvo de abandono nos últimos anos, e caraterizar-se por ser uma

atividade de subsistência em que predomina a pequena propriedade, acaba por ter ainda importância para

aqueles dela ainda vivem. Assim, tendo em conta que o regadio de Santiago de Besteiros foi afetado pelos

incêndios de 2013 do Caramulo, o município efetuou obras de recuperação desta infraestrutura, que é ainda

importante para as populações que dela dependem.

Assim podemos concluir que os objetivos de valorização to território rural e das atividades inerentes estão a

ser seguidos, mas trata-se de um processo que de continuar de uma forma contínua.

10.1.3. Eixo – Turismo, Cultura e Lazer

O concelho de Tondela apresenta-se como um território com elevado potencial turístico, que o município tem

vindo a promover e que se revela estratégico na atração de visitantes e investimentos nesta área, seja pela

sua história, património arquitetónico e arqueológico, quer pela beleza paisagística da Serra do Caramulo,

pelas águas termais da Sangemil, bem como pela sua gastronomia e vinhos.

10.1.3.1. Saúde e Bem-estar

• Parque Termal, Lajeosa do Dão.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 90

10.1.3.2. Praias Fluviais

• Praia Fluvial de Sangemil e Praia Fluvial de S. João do Monte.

Quadro 45. Turismo, Cultura e Lazer – Saúde e Bem-estar | Praias Fluviais (manutenção e dinamização)

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Turismo

Cultura e

Lazer

Saúde e Bem-

Estar Parque Termal, Lajeosa do Dão ✓

Remodelação da Casa das Termas na

estância termal de Caldas de Sangemil. Em

breve o parque será alvo de uma forte

aposta por parte do município.

Praias Fluviais

(Manutenção e

Dinamização)

Praia de Fluvial de Sangemil

Praia de Fluvial de S. João do Monte

Não executado; ✓ Em execução

Como já referido em matéria de Saúde, tal como o Plano previa, foi feito um investimento recente nas Termas

das Caldas de Sangemil, contudo tendo em conta o potencial deste produto turístico, está previsto continuar

a recuperar e revalorizar o Parque Termal. Relativamente às intervenções nas praias fluviais ainda não foram

concretizadas

10.1.3.3. Espaços de Recreio e Lazer

• Construção de Espaços de Recreio e Lazer.

10.1.3.4. Rotas de Interesse Turístico

• Rota das Aldeias;

• Rotas Existentes (Manutenção e dinamização).

No âmbito da proposta de revisão do PDM definiu-se a proposta de construção de uma série de espaços de

recreio e lazer, sendo que a sua execução se apresenta no quadro seguinte.

Quadro 46. Turismo, Cultura e Lazer – Espaços de Recreio e Lazer | Rotas de Interesse Turístico

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Turismo

Cultura e

Lazer

Espaços de

Recreio e

Ferreirós do Dão ✓

Várzea do Homem - Dardavaz ✓ Elaborado Projeto

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 91

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Lazer

(Construção) Caparrosinha - Caparrosa

Mosteiro de Fráguas

Corveira - Barreiro de Besteiros

Rotas de

Interesse

Turístico

Rota das Aldeias

Rotas Existentes (Manutenção e

dinamização) ✓

Foram efetuadas ações de remarcação e

sinalização dos percursos pedestres

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Dos Espaços de Recreio e Lazer propostos pelo PDM, foi concretizado o de Ferreirós do Dão, sendo que

para o de Várzea do Homem foi elaborado projeto.

No que concerne às Rotas de Interesse Turístico, não existe informação que tenha sido elaborada referente

às que estavam previstas. Contudo, nas existentes, o município tem efetuado ações de remarcação e

sinalização dos percursos pedestres, para além disso tem funcionado muitas vezes como promotor de

eventos a realizar nessas rotas em parceria com as juntas de freguesia e associações locais

10.1.3.5. Gastronomia e Vinhos

O concelho de Tondela localiza-se sub-região Demarcada do Dão, onde o setor vinícola tem grande

importância, associado a isso aparecem outros produtos como o Cabrito da Serra do Caramulo, sendo a

Gastronomia e os Vinhos produtos estratégicos.

Quadro 47. Turismo, Cultura e Lazer – Gastronomia e Vinhos

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Turismo

Cultura e

Lazer

Gastronomia e Vinhos ✓

O município tem vindo a apostar na promoção dos produtos endógenos

(ex: Semana Gastronómica do Cabrito e Serra do Caramulo), Feiras e

Marcados Tradicionais (ex: valorização dos produtos locais, em diversas

freguesias)

✓ Executado

De acordo com que o Plano prévia, sendo a Gastronomia e Vinhos um estratégico, o município tem apostado

na promoção destes produtos através de eventos como semanas gastronómicas, feiras tradicionais, etc., A

valorização dos produtos endógenos permite divulgar e diferenciar os territórios e esse é o caminho para os

próximos anos.

Ainda no âmbito do eixo de intervenção – Turismo Cultura e Lazer o Plano previa ações ao nível da

Requalificação Patrimonial e do Turismo em Espaço Rural, conforme seguidamente apresentado.

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 92

10.1.3.6. Requalificação Patrimonial

• Moinhos;

• Projeto “Ambientes do Ar”;

• Aldeias.

10.1.3.7. Turismo em Espaço Rural e de Natureza

• Projeto “Montes de Aventura”;

• Ecopista;

• Valorização Turística da Albufeira.

Quadro 48. Turismo, Cultura e Lazer – Requalificação Patrimonial | Turismo em Espaço Rural e de Natureza

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Turismo

Cultura e

Lazer

Requalificação

Patrimonial

Moinhos

Projeto " Ambientes do Ar"

Aldeias

Turismo em

Espaço Rural

Projeto " Montes de Aventura"

Ecopista ✓

Valorização Turística da Albufeira

Não executado; ✓ Executado;

Nestes dois setores de atuação apenas a Ecopista (Dão) foi concretizada, este projeto inaugurado na sua

totalidade em 2011, permitiu a requalificação do património edificado, tendo também a vantagem de ter

mantido preservados alguns vestígios dos antigos caminhos de ferro. Para alem disso vem reforçar as

relações, Viseu-Tondela-Santa Comba Dão, qualificando dinâmicas e vivencias.

10.1.3.8. Cultura

Para além das ações já abordadas na matéria do desenvolvimento do Cluster Cultural, encontravam-se

propostas um número significativo de ações conforme o quadro seguinte apresenta o seu grau de execução:

• Arquivo Municipal;

• Centros de Interpretação;

• Espaço Internet de Canas de Santa Maria.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 93

Quadro 49. Turismo, Cultura e Lazer – Cultura

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Turismo

Cultura e

Lazer

Cultura

Centros de

Interpretação

Ferraria - Ribeira,

Campo de Besteiros

Tanoaria - Campo de

Besteiros

Arte Rupestre de

Molelinhos - Molelos ✓

Olaria (Projeto

Comum) - Molelos

Arquivo Municipal ✓ Recuperação de uma antiga escola primária para

instalação do Arquivo Municipal

Espaço Internet - Canas de Santa

Maria ✓

Não executado; ✓ Executado

O Plano identificava quatro centros de interpretação a serem efetivados, contudo apenas o da Arte Rupestre

de Molelinhos foi concretizado, através de um projeto de conservação e valorização do sítio Arqueológico.

No setor da cultura as duas ações previstas foram concretizadas nomeadamente o arquivo municipal tem

agora um novo espaço, com melhores condições de trabalho em vários níveis, colaboradores, utentes quer a

quer ao nível do arquivamento e tratamento da documentação.

Também o projeto Espaço Internet de Canas de Santa Maria foi concretizado, contemplou a realização de

obras de adaptação de um edifício e apetrechamento do espaço com equipamento informático.

10.1.4. Eixo – Energia

O concelho de Tondela possui condições naturais que lhe permitem produzir energias com base em recursos

renováveis, podendo contribuir positivamente para a economia, ambiente e proteção da floresta contra

incêndios, indo também de encontro aos objetivos energéticos de diminuição da energia proveniente de

combustíveis fósseis.

Assim, o Plano consagrava as seguintes propostas:

• Biomassa Florestal;

• Energia Eólica;

• Energia Solar;

• Ponto de Injeção da EDP;

• Projeto de Eficiência Energética e Ambiental.

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Quadro 50. Energia

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Energia

Biomassa

Energia Eólica ✓ Em construção novo Parque Eólico do Caramulo com 14 aerogeradores

Energia Solar

Ponto de Injeção da EDP

Projeto de Eficiência

Energética e Ambiental ✓

Projeto em desenvolvimento, além de ações de sensibilização de

ecoeficiência, foram criados parques de recarga para veículos elétricos

Não executado; ✓ Em execução

No que se refere à Biomassa Florestal, Energia Solar e ao Ponto de Injeção não existe informação do que

tem vindo a verificar-se nesta área de atuação. Já em relação à Energia Eólica, para além dos existentes,

encontra-se em construção um novo parque Eólico no Caramulo em que está previsto ser equipado com 14

aerogeradores.

Na matéria da Eficiência Energética e Ambiental, por um lado o município tem realizado ações de

sensibilização para um conjunto de problemas crescentes e generalizados que vêm afetando o meio ambiente

e, por outro lado, efetuado algumas medidas concretas, das quais podemos destacar: Criação de parques de

recarga de veículos elétricos, aumento de espaços verdes, alargamento do serviço na recolha seletiva de

RSU, combate ao desperdício de águas de rega nos espaços públicos, regulação dos fluxos de iluminação

de espaços e edifícios públicos, ações de reflorestação, produção de energia com base em fostes renováveis,

etc.

10.1.5. Eixo – Sistema Urbano

O território do concelho de Tondela é distinguido em duas áreas diferenciadas quanto à existência de uma

estrutura de suporte à ocupação do solo, nomeadamente: No Solo Urbanizado a execução do Plano faz-se

sobretudo através do recurso a operações urbanísticas previstas no Regime Jurídico de Urbanização e

Edificação (RJUE). No Solo de Urbanização Programada a execução do Plano processa se no âmbito das

Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG).

10.1.5.1. Espaços Urbanizáveis

O Solo Urbanizável caracteriza-se pela sua vocação para uma ocupação com fins urbanos, sendo áreas

contíguas às zonas urbanas consolidadas. Assim face às dinâmicas e tendências de ocupação foram o PDM

definia os seguintes espaços urbanizáveis, conforme o sistematizado quadro seguinte.

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Quadro 51. Sistema Urbano – Espaços Urbanizáveis

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Sistema

Urbano

Espaços

Urbanizáveis

Tondela

Guardão

Canas de Santa Maria

Vilar de Besteiros

Lajeosa do dão

Lobão de Beira

Caparrosa

Sabugosa

Ferreirós do Dão

Dardavaz

Castelões

Não executado

Sendo que, conforme o artigo 76.º do Regulamento do PDM, “a intervenção em espaços integrados no solo

urbanizável só é possível no âmbito de ações previstas em Planos de Urbanização, Planos de Pormenor e

Unidades de Execução.” O Programa de Execução e Plano de Financiamento definia a efetivação de três

UOPG´s: Plano de Urbanização da Romeira, Plano de Urbanização da Naia e Plano de Pormenor da Quinta

das Carriças, contudo durante a vigência do Plano nenhuma foi concretizada.

10.1.5.2. Requalificação Urbanística

O PDM previa uma serie de ações de requalificação urbanística, em áreas que pelas suas características

necessitavam de uma revitalização, nomeadamente:

• Requalificação da Zona Histórica de Tondela;

• Requalificação Urbanística da Vila de Canas de Santa Maria;

• Requalificação Urbanística de S. Simão – Lobão da Beira;

• Arranjo Urbanístico da envolvente à igreja de Guardão;

• Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário – Campo de Besteiros.

Pelo quadro seguinte podemos verificar que das ações propostas apenas a requalificação urbanística de S.

Simão não foi executada, todas as outras foram concluídas, dando cumprimento ao Plano.

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Quadro 52. Sistema Urbano – Requalificação Urbanística

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Sistema

Urbano

Requalificação

Urbanística

Requalificação da Zona

Histórica de Tondela ✓

Concluído o processo de requalificação das redes

de infraestruturas (ex: arruamentos e pavimento,

redes água e saneamento, mobiliário urbano,

etc.); Criação de 2 parques de estacionamento

Requalificação Urbanística da

Vila de Canas de Santa Maria ✓

Foram beneficiados arruamentos, redes de

infraestruturas e mobiliário urbano

Requalificação Urbanística de S.

Simão - Lobão da Beira

Arranjo Urbanístico da

Envolvente à Igreja do Guardão ✓

Arranjo Urbanístico do Monte do

Calvário - Campo de Besteiros ✓

Não executado; ✓ Executado

O projeto de Requalificação Urbana do Centro Histórico de Tondela permitiu introduzir novas infraestruturas

nomeadamente, redes de água, saneamento, águas pluviais, gás, elétrica e rede de comunicações e

mobiliário urbano, foram ainda eliminadas barreiras arquitetónicas, no sentido de privilegiar a circulação e a

segurança dos peões. Foi ainda reabilitado o Mercado Municipal.

A vila de Canas de Santa Maria tem agora uma nova imagem, decorrente das obras de requalificação ali

encetadas nomeadamente ao nível das redes de infraestruturas e da colocação de novo mobiliário urbano.

10.1.6. Eixo – Educação

As propostas de intervenção previstas no PDM assentam na reestruturação da rede escolar em conformidade

com a Carta Educativa, assumindo-se como um instrumento de planeamento prospetivo, tendo em conta a

oferta do concelho, dessa forma estavam previstas ações para os seguintes equipamentos educativos:

• EB1 de Santiago de Besteiros

• Centro Escolar

• Centro Escolar de Campo de Besteiros

Quadro 53. Educação – Equipamentos de Ensino

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Educação EB 1 de Santiago de Besteiros

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Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Centro Escolar (zona sul do concelho)

Centro Escolar - Campo de Besteiros ✓

Não executado; ✓ Executado

Neste domínio apenas o Centro Escolar de Campo de Besteiros foi alvo de intervenção, com a construção de

novos blocos de salas.

10.1.7. Eixo – Sistema de Acessibilidade e Transportes

O concelho de Tondela como já referido possui uma localização geoestratégica ímpar de transição entre o

interior e o litoral, potenciada por uma boa rede de acessibilidade que o ligam com facilidade a grandes centros

económicos.

10.1.7.1. Infraestruturas Rodoviárias

Relativamente à rede de infraestruturas rodoviárias o PDM proponha as seguintes intervenções na rede viária

com o objetivo de reforçar a acessibilidade numa perspetiva de potenciação funcional do território concelhio.

• Corredor de Ligação Externa: IP3;

• Requalificação da EM (Ex-ER337);

• Requalificação da Ponte sobre o Dão – Ferreirós do Dão;

• Requalificação da Ponte sobre o Asnes;

• Requalificação da EM (Ex-ER 230);

• Variante a São Miguel do Outeiro;

• Requalificação Ex-EN 2 Tondela – Canas de Santa Maria – Sabugosa – Parada de Gonta;

• 3.ª Fase da Circular de Acesso à EM (Ex-ER 230) (Carvalhal-Alto do Pendão);

• EM Carvalhal – Ermida (Tondela).

Quadro 54. Sistema de Acessibilidade e Transportes – Infraestruturas Rodoviárias

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Infraestruturas

Rodoviárias

Corredor de ligação Externa IP3

Requalificação da EM (ex - ER337) ✓ Beneficiação do pavimento e dotação de passeios

Requalificação da Ponte sobre o Dão -

Ferreirós ✓

Requalificação da Ponte sobre o Asnes

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Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Requalificação da EM ( ex - ER230) ✓

Variante - São Miguel do Outeiro ✓

Requalificação ex - EN2 Tondela - Canas de

Santa Maria - Sabugosa - Parada de Gonta ✓

3ª Fase - Circular de Acesso à EM (ex -

ER230) Carvalhal - Alto do Pendão ✓ Em fase de aprovação do projeto

EM Carvalhal - Ermida (Tondela) ✓

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Das ações propostas, uma encontra-se em fase de aprovação do projeto (3ª Fase - Circular de Acesso à EM

(ex - ER230) Carvalhal - Alto do Pendão) e apenas duas não foram executadas, nomeadamente a

requalificação da Ponte do Rio Asnes e o novo IP3 embora este não seja da competência da Camara a sua

construção. O Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+) prevê a construção do IP3 com

um novo traçado. Esta obra integra o Corredor Internacional Norte, um dos seis eixos de desenvolvimento

prioritários previstos no plano de investimentos das Estradas de Portugal (EP) para o período 2015-2020.

Segundo a EP "devido ao valor muito significativo do investimento", foram ponderadas "alternativas

potenciadoras do património existente, face ao estudo que pressupunha um traçado novo na totalidade da

extensão". "Deve-se ponderar o faseamento da construção, nomeadamente, que considere a disponibilização

faseada dos diferentes troços, dando prioridade aos que se inserem em zonas cuja procura de tráfego é mais

elevada (Coimbra e Viseu), cuja receita de portagem contribuirá para o financiamento dos restantes troços",

adianta.

10.1.8. Eixo – Sistema Ambiental

Este eixo contempla não só a questão da infraestruturação no que respeita ao abastecimento de água e à

drenagem de resíduos, mas também a recolha, transporte e tratamento. Abrange ainda a construção de

espaços de fruição urbana aptificáveis às atividades humanas, sejam de trabalho como de recreio e lazer.

10.1.8.1. Infraestruturas Ambientais

Neste setor, apresenta-se no quadro seguinte as intervenções que o plano previa e o grau de execução das

mesmas.

• Remodelação da Rede de Água e Esgotos e Construção de dois reservatórios apoiado com sistema

de elevatórias e rede de adutoras;

• Rede de Água do Furadouro, Penedo e Corujeiro, Lajeosa do Dão.

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10.1.8.2. Drenagem e Tratamento de Águas Residuais

No tratamento de águas residuais, são apresentadas as seguintes intervenções:

• Requalificação de ETAR´s;

• Construção de ETAR´s.

10.1.8.3. Componentes Ambientais

O Plano previa as seguintes intervenções extensivas, que se consideram fundamentais para uma melhoria

da qualidade de vida e da imagem do concelho.

• Parque Urbano de Tondela

• Estrutura Ecológica Municipal

Quadro 55. Sistema Ambiental – Infraestruturas Ambientais

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nivel de

Execução Obs.

Sistema

Ambiental

Infraestruturas

Ambientais

Remodelação da Rede de Agua e Esgotos, construção

de 2 reservatórios apoiados com sistema de elevatórias e

rede de adutoras

✓ Em fase de adjudicação -

Caramulo

Rede de água do Furadouro, Penedo e Corujeiro -

Lajeosa do Dão ✓

Drenagem e

Tratamento de

Águas Residuais

Requalificação

de ETAR´s Requalificação da ETAR da ZI Adiça ✓

Construção de

ETAR´s

ETAR de Sangemeil ✓

ETAR de Castelões

ETAR da Cortiçada e Múceres

ETAR de Tondela ✓

ETAR da Ribeira e Vilar de Besteiros ✓

ETAR e Emissários de Litrela -

Pedronhe

ETAR de Dardavaz ✓

Componentes

Ambientais

Parque Urbano de Tondela ✓ 2ª fase concluída

Estrutura Ecológica Municipal ✓

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Das duas ações propostas a nível das infraestruturas ambientais, uma foi concluída e a outra encontra numa

fase de adjudicação da obra, conforme se pode verificar no quadro anterior

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A nível do domínio da drenagem e tratamento de águas residuais, foi concluída a requalificação da ETAR da

Zona Industrial da Adiça. O Plano previa (ver quadro anterior) a construção de oito ETAR´s, sendo que cinco

foram executas.

Relativamente às intervenções de componente ambiental as ações previstas estendiam-se à concretização

do Parque Urbano de Tondela e à implementação da estrutura ecológica definida no Plano. A estrutura

ecológica, para além de englobar áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização

ambiental, (incluindo o Espaço Termal), esta estrutura é constituída ainda por elementos resultantes da

humanização do território que representam a cultura e identidade locais. Aqui incluem-se os valores

patrimoniais (isolados, de conjunto e moinhos), espaços de recreio e lazer, praias fluviais e pesqueiras uma

vez que têm uma forte relação com a paisagem. Esta sobreposição permite usufruir da qualidade ambiental

que os sistemas que compõem a Estrutura Ecológica representam. Em meio preferencialmente urbano, a

sobreposição com a estrutura ecológica cria a oportunidade de desenvolver percursos em áreas não

edificadas e consequentemente contribuir, não só para a sua qualidade ambiental, como também para a

requalificação do espaço público. Significa ainda uma melhoria substancial para os percursos, uma vez que

a existência de uma rede contínua potencia a existência de redes de percursos pedonais e cicláveis, como

os já existentes: ecopista, ambientes do ar e as rotas.

A continuidade desta estrutura bem como a integração de valores culturais e cénicos reforçam-na por

potenciar o reconhecimento do seu valor cénico e de suporte às atividades de lazer, religiosas e de fruição

da paisagem. Assim, a definição e delimitação desta estrutura ecológica permitirá a formalização das

transformações que podem ocorrer nestes sistemas ecológicos e culturais.

No âmbito das propostas de execução deste domínio foi executada a 2ª fase do parque urbano de Tondela

que integra a estrutura ecológica municipal. Importa referir que o objetivo é a obtenção de um determinado

nível de qualidade de vida, a melhoria desta componente ambiental, não se esgota na concretização destas

intervenções, mas sim é um processo continuou, em que o município estará sempre a implementar novas

ações como até aqui tem feito.

10.1.9. Eixo – Desporto e Juventude

A atividade desportiva contribui para o desenvolvimento pessoal e fomenta as competências sociais, sendo

da competência das instituições dotar os territórios de equipamentos desportivos, promover a sua utilização

e das atividades de recreio e lazer.

O PDM apresentava as seguintes intervenções a concretizar:

• Requalificação de infraestruturas Desportivas;

• Construção de Campo de Relva Sintética;

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• Construção de Polivalentes de Relva Sintética.

Quadro 56. Desporto e Juventude

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Desporto e

Juventude

Requalificação de infraestruturas Desportivas ✓

Construção

de Campos

de Relva

Sintética

Molelos ✓

Campo de Besteiros

Construção de Polivalentes de Relva Sintética ✓ Foi executado o de: Mouraz, Molelos, Castelões

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Atualmente o desenvolvimento do parque desportivo do concelho está fortemente marcado por uma difusão

de polidesportivos, em quais o município tem feito obras de beneficiação, nomeadamente a colocação de

relva sintética. Das ações propostas no Plano apenas em Campo de Besteiros a intervenção não foi

executada.

10.1.10. Eixo – Novas Tecnologias

As novas tecnologias, constituem uma ferramenta importante no mundo atual, reforçando a coesão social e

o desenvolvimento pessoal e estimulando ao mesmo tempo o diálogo multicultural.

Neste sentido o plano, previa as seguintes intervenções:

• Criação de Espaços Tecnológicos;

• Criação do Polo Tecnológico.

Quadro 57. Novas Tecnologias

Eixos de

Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Novas

Tecnologias

Criação de Espaços Tecnológicos ✓ ex: Espaço Internet - Canas de Santa Maria

Criação do Polo Tecnológico

Não executado; ✓ Em execução

Como já referido anteriormente, o município executou o espaço internet de Canas de Santa Maria, não

obstante, a Câmara Municipal tem vindo a executar melhorias também nos espaços existentes sempre que

se justifique. Relativamente à criação do Polo tecnológico, neste período ainda não foi concretizado.

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10.1.11. Eixo – Saúde, Ação Social e Habitação

O município de Tondela encontra-se empenhado na identificação e na procura de resolução dos problemas

sociais da população. Neste âmbito o PDM identificava os seguintes níveis de atuação, com determinadas

ações previstas:

10.1.11.1. Saúde

• Unidade de Cuidados Continuados

10.1.11.2. Ação Social

• Serviço de Apoio Domiciliário;

• Elaboração da Carta Social;

• Construção de Equipamentos Sociais.

10.1.11.3. Habitação Social

• Construção / Aquisição de Habitação a Custos Controlados

Quadro 58. Saúde, Ação Social e Habitação

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções Propostas no

PDM

Nível de

Execução Obs.

Saúde, Ação

Social e

Habitação

Saúde Unidade de Cuidados

Continuados

Ação Social

Serviço de Apoio Domiciliário ✓

Elaboração da Carta Social ✓

Habitação

Social

Construção / Aquisição de

Habitação a Custos

Controlados

Foram adquiridos imoveis ao abrigo de habitação a

custos controlados para realojamento de residentes em

bairros degradados (ex: Bairro da Noruega)

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Neste eixo de intervenção, das ações previstas, apenas a Unidade de Cuidados Continuados não foi

executada, todas as outras foram executadas ou estão em execução, conforme se pode verificar pelo quadro

anterior.

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10.1.12. Eixo – Segurança e Proteção Civil

O concelho de Tondela, pelas suas características geomorfológicas e socioeconómicas apresenta um

conjunto de aspetos onde a Segurança e a Proteção Civil assumem um papel importante, no sentido de

prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente ou catástrofe, e eliminar os seus efeitos, proteger

e socorrer as pessoas e bens em perigo.

Neste sentido, o município tem vindo a desenvolver um conjunto de ações conforme previsto no PDM:

• Revitalização dos Edifícios de Proteção Civil;

• Modernização de Equipamentos destinados à Proteção Civil.

Quadro 59. Segurança e Proteção Civil

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções

Propostas no PDM

Nível de

Execução Obs.

Segurança e

Proteção

Civil

Revitalização dos Edifícios da

Proteção Civil ✓

Foram efetuadas obras de beneficiação nos Quarteis dos

Bombeiros de Tondela e de Vale de Besteiros, foram

renovando as suas frotas. Para além disso, o município

estabeleceu protocolos de ajuda financeira com as duas

corporações.

Modernização de Equipamentos

destinados à Proteção Civil ✓

✓ Executado

Relativamente à segurança e Proteção Civil, a autarquia para alem do que estava previsto no Plano e que foi

executado (ver quadro anterior), não obstante tem vindo a desenvolver um conjunto de tarefas que visam a

melhoria constante das condições de proteção e segurança do território. Desde a melhoria e implementação

de sinalização rodoviária, iluminação pública, beneficiação de pavimentos, dotação de passeios e eliminação

de barreiras arquitetónicas.

Ao nível da segurança rodoviária têm sido estabelecidas parcerias com as escolas, efetuando-se campanhas

de prevenção rodoviária juntos dos mais novos, incentivando a adotarem procedimentos de segurança e de

proteção que contribuam para a redução de riscos e acidentes.

Segundo o serviço municipal de proteção civil de Tondela, o investimento na prevenção aos incêndios

florestais tem sido contínuo, dotando o território de uma rede de infraestruturas fundamentais, sendo várias

as ações neste domínio, desde a abertura e beneficiação de caminhos florestais, criação de pontos de água,

ações de silvicultura preventiva e desrame, onde as viaturas mecanizadas são cruciais. Inseridos na política

nacional de combate aos incêndios florestais e em estreita colaboração com as Associações de Bombeiros

locais, têm sido inúmeras as iniciativas a que o município tem aderido, não só na prevenção dos incêndios

florestais como no seu combate, através da atuação das brigadas de vigilância móvel

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10.1.13. Eixo – Modernização Administrativa

Neste domínio, o município pretende simplificar o relacionamento dos cidadãos e empresas na sua interação,

aumentando a qualidade dos serviços públicos prestados numa lógica de eficiência, modernidade e

transparência.

Neste setor o Plano apresentava as seguintes intervenções propostas:

• Eficiência Organizacional

• Portal do Município

• Rede Municipal de Comunicações

Quadro 60. Modernização Administrativa

Eixos de

Intervenção

Medidas e Intervenções Propostas

no PDM Nível de Execução Obs.

Modernização

Administrativa

Eficiência Organizacional ✓

Portal do Município

Rede Municipal de Comunicações

Não executado; ✓ Em execução

Das intervenções previstas no plano, apenas têm sido efetuadas ações no âmbito da eficiência organizacional,

contudo estamos perante um conjunto de ações a implementar ao logo do tempo no processo de melhoria

continua.

10.2. Nota Conclusiva

Quanto à avaliação do nível de concretização das ações propostas no PDM em vigor, verifica-se que a maioria

das intervenções forma já executadas ou estão em fase de execução.

Quadro 61 . Quadro Síntese - Final

Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de

Execução

Inovação e Competitividade

Expansão de Zona Industrial Municipal de Vilar de Besteiros

Zona Industrial do Lagedo, em Santiago de Besteiros ✓

Zona Industrial de Molelos / Nandufe ✓

Zona Industrial da Adiça ✓

Zona Industrial de Caparrosa

Construção da Zona Industrial da Naia, em lobão da Beira

Plano de desenvolvimento Rural ✓

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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de

Execução

Plano de desenvolvimento Florestal ✓

Implementação de uma Rede de Residências Seniores ✓

Cluster Termal ✓

Cluster Desportivo ✓

Cluster Cultural ✓

Atividades Agroflorestais e

Desenvolvimento Rural

Valorização dos Territórios de Baixa Densidade ✓

Floresta dos Territórios de Baixa Densidade: Ambiente e Valorização Económica ✓

Aumento da Resiliência do Território aos Incêndios e da Zonagem do Território ✓

Regadios (Manutenção) ✓

Turismo Cultura e Lazer

Saúde e Bem-Estar Parque Termal, Lajeosa do Dão ✓

Praias Fluviais (Manutenção e Dinamização)

Praia de Fluvial de Sangemil

Praia de Fluvial de S. João do Monte

Espaços de Recreio e Lazer (Construção)

Ferreirós do Dão ✓

Várzea do Homem - Dardavaz ✓

Caparrosinha - Caparrosa

Mosteiro de Fráguas

Corveira - Barreiro de Besteiros

Rotas de Interesse Turístico

Rota das Aldeias

Rotas Existentes (Manutenção e dinamização) ✓

Gastronomia e Vinhos ✓

Requalificação Patrimonial

Moinhos

Projeto " Ambientes do Ar"

Aldeias

Turismo em Espaço Rural

Projeto " Montes de Aventura"

Ecopista ✓

Valorização Turística da Albufeira

Cultura Centros de

Interpretação

Ferraria - Ribeira, Campo de Besteiros

Tanoaria - Campo de Besteiros

Arte Rupestre de Molelinhos - Molelos ✓

Olaria (Projeto Comum) - Molelos

Arquivo Municipal ✓

Espaço Internet - Canas de Santa Maria ✓

Energia

Biomassa

Energia Eólica ✓

Energia Solar

Ponto de Injeção da EDP

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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de

Execução

Projeto de Eficiência Energética e Ambiental ✓

Sistema Urbano

Espaços Urbanizáveis

Tondela

Guardão

Canas de Santa Maria

Vilar de Besteiros

Lajeosa do dão

Lobão de Beira

Caparrosa

Sabugosa

Ferreirós do Dão

Dardavaz

Castelões

Requalificação Urbanística

Requalificação da Zona Histórica de Tondela ✓

Requalificação Urbanística da Vila de Canas de Santa Maria ✓

Requalificação Urbanística de S. Simão - Lobão da Beira

Arranjo Urbanístico da Envolvente à Igreja do Guardão ✓

Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário - Campo de Besteiros ✓

Educação

EB 1 de Santiago de Besteiros

Centro Escolar (zona sul do concelho)

Centro Escolar - Campo de Besteiros ✓

Infraestruturas Rodoviárias

Corredor de ligação Externa IP3

Requalificação da EM (ex - ER337) ✓

Requalificação da Ponte sobre o Dão - Ferreirós ✓

Requalificação da Ponte sobre o Asnes

Requalificação da EM (ex - ER230) ✓

Variante - São Miguel do Outeiro ✓

Requalificação ex - EN2 Tondela - Canas de Santa Maria - Sabugosa - Parada de Gonta ✓

3ª Fase - Circular de Acesso à EM (ex - ER230) Carvalhal - Alto do Pendão ✓

EM Carvalhal - Ermida (Tondela) ✓

Sistema Ambiental

Infraestruturas Ambientais

Remodelação da Rede de Água e Esgotos, construção de 2 reservatórios apoiados com sistema de elevatórias e rede de

adutoras ✓

Rede de água do Furadouro, Penedo e Corujeiro - Lajeosa do Dão

Drenagem e Tratamento de Águas

Residuais

Requalificação de ETAR´s

Requalificação da ETAR da ZI Adiça ✓

Construção de ETAR´s

ETAR de Sangemeil ✓

ETAR de Castelões

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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de

Execução

ETAR da Cortiçada e Múceres

ETAR de Tondela ✓

ETAR da Ribeira e Vilar de Besteiros ✓

ETAR e Emissários de Litrela - Pedronhe

ETAR de Dardavaz ✓

Componentes Ambientais

Parque Urbano de Tondela ✓

Estrutura Ecológica Municipal ✓

Desporto e Juventude

Requalificação de infraestruturas Desportivas ✓

Construção de Campos de Relva

Sintética

Molelos ✓

Campo de Besteiros

Construção de Polivalentes de Relva Sintética ✓

Novas Tecnologias Criação de Espaços Tecnológicos ✓

Criação do Polo Tecnológico

Saúde, Ação Social e Habitação

Saúde Unidade de Cuidados Continuados

Ação Social Serviço de Apoio Domiciliário ✓

Elaboração da Carta Social ✓

Habitação Social Construção / Aquisição de Habitação a Custos Controlados ✓

Segurança e Proteção Civil

Revitalização dos Edifícios da Proteção Civil ✓

Modernização de Equipamentos destinados à Proteção Civil ✓

Modernização Administrativa

Eficiência Organizacional ✓

Portal do Município

Rede Municipal de Comunicações

Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução

Considerando que o Plano previa um total de 99 medidas e intervenções e que 37 foram executadas, 20 estão

em fase de execução e 42 não foram efetuadas, podemos considerar que o nível de execução do plano atual

é superior a 50%.

Assim considera-se importante o desenvolvimento destas medidas com vista a atingir os objetivos

estratégicos do plano, nomeadamente:

• aumentar a competitividade económica do concelho,

• promover a consolidação dos espaços urbanos,

• promover a sustentabilidade do solo rural,

• aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal,

• reforçar a rede de complementaridade dos aglomerados,

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 108

• requalificar espaços com vocação privilegiada para a estadia, o recreio e lazer associados à

valorização do património arquitetónico, arqueológico e natural, com o intuito de potenciar, a nível

económico e turístico a individualidade do concelho.

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11. ESTUDO DA DINÂMICA URBANÍSTICA

No presente capítulo, de modo a compreender a dinâmica urbanística do concelho de Tondela e a sua

evolução, recorreu-se à informação do Sistema de Indicadores de Operações Urbanísticas (SIOU) do Instituto

Nacional de Estatística (INE), utilizando-se para o efeito, os indicadores referentes aos edifícios licenciados

por tipo e destino de obra entre 2001 e 20162. Não obstante esta abordagem ser relativa ao período de

vigência do atual PDM, desde de abril 2011 até à data, esta enquadra-se com o quadro evolutivo de anos

anteriores, de forma a possuir uma perspetiva mais alargada da dinâmica urbana no concelho.

Procede-se igualmente ao estudo dos dados da gestão urbanística municipal, na qual são abordados

primeiramente os compromissos urbanísticos, e numa segunda fase são analisadas detalhadamente as

operações urbanísticas que resultam dos mesmos, correspondentes às obras de edificações, operações de

loteamento, e às operações urbanísticas promovidas pela administração pública.

11.1. Evolução dos Edifícios Licenciados

Para aferir a dinâmica urbanística do município de Tondela nas últimas décadas recorreu-se à informação do

Sistema de indicadores de Operações urbanísticas (SIOU) do Instituto Nacional de Estatística (INE),

utilizando-se para o efeito, os indicadores referentes aos edifícios licenciados por tipo e destino de obra entre

2001 e 2016.

No período compreendido entre 2001 e 2016, segundo os dados fornecidos pelo INE (ver quadro seguinte),

foram alvo de licenciamento 2232 edifícios, o que corresponde a uma média de 140 edifícios por ano.

Quadro 62. Edifícios licenciados, por tipo e destino de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)

Tipo de

Obra Destino Obra

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2013

2015

2016*

Co

ns

tru

ção

no

va

Habitação familiar 174 138 130 134 98 143 123 68 43 55 31 33 32 29 34 31

Agricultura 7 5 1 8 11 1 2 1 4

Indústria extrativa 1 1

Indústria transformadora

1 3 2 4 4 5 2 1 2 1 1 1

Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural

1

2 Dados provisórios

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Tipo de

Obra Destino Obra

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2013

2015

2016*

Estabelecimento de restauração e de bebidas

1 1 1

Unidades comerciais de dimensão relevante

4 2 3 1

Comércio tradicional

1 1 2 4 2 1 1 1

Escritórios 3 1 1

Transportes 1 1

Equipamentos de apoio à infância

1

Atividades recreativas e culturais

1

Culto e inumação 2

Uso geral 35 35 26 32 28 36 24 1 3 5 3 1 9 11 12 8

Am

pliação

Habitação familiar 1 10 11 24 22 4 5 14 7 7 10 1 1 1

Agricultura 1 1 1 1 1 1

Indústria extrativa 1

Indústria transformadora

3 2 1 2 2

Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural

1 1 1 1

Estabelecimento de restauração e de bebidas

1 1 1

Centros comerciais

1

Comércio tradicional

1 1 1

Escritórios 2

Parques de estacionamento e interfaces

2

Equipamentos de apoio à infância

1

Equipamentos de apoio à terceira idade

2 1

Uso geral 1 1 5 5 8 3 1

Alt

era

ção

Habitação familiar 2 2 8 18 17 1 5 6 1 2

Indústria transformadora

1

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Tipo de

Obra Destino Obra

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2013

2015

2016*

Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural

1

Unidades comerciais de dimensão relevante

1

Comércio tradicional

2 6 2

Escritórios 4

Serviços médicos 1

Ensino e pesquisa científica

1

Uso geral 2 4 1 1 1

Reco

ns

tru

ção

Habitação familiar 86 14 15 23 14 1 3 10

Agricultura 1

Indústria extrativa 1

Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural

1

Unidades comerciais de dimensão relevante

2

Escritórios 1

Parques de estacionamento e interfaces

1

Atividades recreativas e culturais

2

Uso geral 6 1 2 1 3

Dem

olição

Total 19 23 28 9 3 7 11 1 3

Total Geral 327 241 239 294 238 193 150 69 58 93 70 45 69 52 52 42

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016

* Dados provisórios

No gráfico seguinte é possível observar a evolução dos edifícios licenciados desde 2001 até 2016, a qual

apresenta uma tendência de decréscimo, tendo registado entre o ano de 2009 e 2010 um pequeno aumento,

voltando a decrescer até 2016.

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Gráfico 14. Evolução dos edifícios licenciados no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: INE, Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios, 2001 - 2016

Em termos do tipo de obra, a maior parte dos edifícios licenciados neste período foram referentes a

construções novas (75%) seguido das ampliações e das reconstruções com 8%, enquanto no que se refere

ao destino da obra, cerca de 77% foram destinados a habitação familiar (ver gráficos seguintes). Constata-se

que cerca de 58% dos edifícios licenciados dizem respeito a construções novas de habitação familiar. As

ampliações destinadas a habitação familiar também possuem expressão no total de licenciamentos com um

valor de 5%.

Gráfico 15. Distribuição dos edifícios licenciados, por tipo de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

327

241 239

294

238

193

150

6958

93

70

45

69

52

52

42

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

75%

8%

4%

8%

5%

Construção nova

Ampliação

Alteração

Reconstrução

Demolição

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Gráfico 16. Distribuição dos edifícios licenciados, por destino de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

O gráfico seguinte revela a evolução dos vários tipos de obra no município de Tondela entre 2001 e 2016.

Apesar de apresentarem várias flutuações, com maior ou menor expressão, é visível uma tendência de

decréscimo em todos os tipos de obras.

Gráfico 17. Evolução dos edifícios licenciados, por tipo de obra, no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

As construções novas são, por norma, o tipo de obra mais executada nos diferentes anos do período

compreendido entre 2001 e 2016, variando entre os 50% e os 100%. As reconstruções tiveram uma maior

predominância no período temporal inicial e as ampliações foram registadas ao longo do período referido num

registo pouco notório, mas com alguma predominância em relação aos outros tipos de obra menos

executados.

77%

15%

2%2%

1%1% 2%

Habitação familiar

Uso geral

Agricultura

Indústria transformadora

Comércio tradicional

Unidades comerciais dedimensão relevante

Outros

0

50

100

150

200

250

Construção nova Ampliação Alteração Reconstrução Demolição

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016

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Gráfico 18. Distribuição dos edifícios licenciados, por tipos de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

No que diz respeito ao destino de obra, a habitação familiar registou em todos os anos uma posição cimeira

em relação a outros fins, com valores compreendidos entre os 58% do total de edifícios licenciados em 2013

e os 99% em 2008. Num plano secundário aparecem invariavelmente, os edifícios licenciados destinados a

“uso geral”, bem como os classificados como “Não aplicável”, para a “Agricultura”, para a “Indústria

Transformadora”, entre outros.

Gráfico 19. Distribuição dos edifícios licenciados, por destinos de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

Através do gráfico seguinte é possível constatar que os edifícios licenciados destinados a habitação familiar

apresentaram uma tendência de decréscimo até 2016, destacando-se uma ligeira subida entre os anos de

2003 a 2004 e os anos de 2009 a 2010.

68%76%

69%62% 63%

98% 100% 100%

79%

68%

50%

78%68%

88%94% 98%

7%9%

12%16%

10%

16%

10%

18%

22%

12%6%

4%9%

10%

3%5%

10%

6%

30%7%

8% 8%

8% 3%

14%

8% 10% 10%4% 5% 8%

16%

4%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016

Construção nova Ampliação Alteração Reconstrução Demolição

80%68% 69% 68% 63%

76%82%

99%86% 83% 77%

91%

64%58%

67%76%

13%

15% 15% 13% 18%

19%16% 7%

5%6%

2%

19%23%

23%19%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016

Habitação familiar Uso geral

Agricultura Indústria transformadora

Comércio tradicional Unidades comerciais de dimensão relevante

Outros

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Gráfico 20. Evolução dos edifícios licenciados destinados a habitação familiar no concelho de Tondela (2001-2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016

No quadro seguinte apresenta-se a evolução de um conjunto de características dos edifícios licenciados de

construções novas para habitação familiar no concelho de Tondela ao longo do período compreendido entre

2001 e 2016.

Quadro 63. Evolução das características dos edifícios licenciados de construções novas para habitação familiar no

concelho de Tondela (2001–2016)

Ano Nº Edifícios Área de

Habitação (m2) Área Habitável

(m2)

Área Habitável das Divisões

(m2)

Área Habitação por Piso (m2)

Área Habitável por Fogo (m2)

2001 174 76710 29920 26,06 225,62 124,67

2002 138 52054 20796 21,64 171,80 104,50

2003 130 39297 18082 19,51 140,85 96,18

2004 134 34810 15572 20,87 126,12 107,39

2005 98 30364 14425 22,16 143,23 113,58

2006 143 37216 17517 22,06 118,90 102,44

2007 123 32897 19136 27,77 123,21 134,76

2008 68 17505 10971 26,96 119,90 161,34

2009 43 11832 6914 28,11 140,86 160,79

2010 55 14932 8867 27,71 132,14 161,22

2011 31 7813 3865 24,94 132,42 124,68

2012 33 17225 8162 25,11 220,83 120,03

2013 32 11103 4701 23,86 160,91 142,45

2014 29 9674 3299 20,36 163,97 109,97

2015 34 10779 3941 21,07 153,99 115,91

2016* 31 10068 4154 22,58 176,63 118,69

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016

* Dados provisórios

263

164164

199

151

147

123

6850

77

54

41

4430 35

32

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 116

O gráfico seguinte ilustra a evolução da área de habitação e da área habitável dos edifícios licenciados de

construções novas que têm como destino a habitação familiar entre 2001 e 2016, a principal ilação a retirar é

a tendência de decréscimo generalizado das duas variáveis. No período em apreço, a área de habitação

média foi de 25.892 m2 e a área habitável média atingiu os 11.895m2.

Gráfico 21. Evolução da área de habitação e da área habitável (m2) dos edifícios licenciados de construções novas

para habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016 * Dados provisórios

Nos próximos gráficos, observa-se também a evolução da área de habitação por piso e da área habitável por

fogo dos edifícios licenciados de construções novas para habitação familiar. Apesar das oscilações ocorridas,

no cômputo geral estas duas variáveis mantiveram um relativo equilíbrio ao longo do período compreendido

entre 2001 e 2016, com uma área média de habitação por piso de 153 m2 e uma área média habitável por

fogo de 125 m2.

No que respeita á evolução da área habitável das divisões dos edifícios licenciados, verificou-se ao longo do

período uma média de 24 m2 de área habitável.

Gráfico 22. Evolução da área de habitação por piso e da área habitável por fogo (m2) dos edifícios licenciados de

construções novas para habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Área de Habitação (m2) Área Habitável (m2)

0

50

100

150

200

250

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Área Habitação por Piso (m2) Área Habitável por Fogo (m2)

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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* Dados provisórios

Gráfico 23. Evolução da área habitável das divisões (m2) dos edifícios licenciados de construções novas para

habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016

* Dados provisórios

11.2. Análise Processos Urbanísticos

Processos Urbanísticos (Alvarás de Utilização, Alvarás de Construção, Informações Prévias e

Comunicações Prévias)

A Câmara Municipal de Tondela tem organizado desde 2011 uma base de dados de apoio à gestão

urbanística materializada por intermédio de tabelas anuais onde se explicita a operação urbanística, os

diferentes atos administrativos, a identificação do número do processo, a data, a identificação do requerente,

a localização da pretensão e todo um conjunto de informações necessárias ao acompanhamento dos

processos que dão entrada nos serviços camarários. A análise destes dados reveste-se de uma grande

importância para a compreensão dos processos urbanos e edificatórios no município de Tondela, já que

identifica os principais polos territoriais onde a dinâmica urbanística mais se expressou e estabelece ao

mesmo tempo os blocos territoriais de dinâmica socioeconómica e de atratividade do concelho.

A Câmara Municipal de Tondela tem registo, desde 2011 até 20 de abril de 2017, de 1365 processos

urbanísticos, onde inclui Alvarás de utilização, alvarás de construção, informações prévias e comunicações

prévias. Analisando apenas até ao final de 20163, é possível observar uma tendência de decréscimo em que

foi atingido o valor máximo no ano de 2011 com 296 processos, por sua vez em 2014 foi atingido o valor

mínimo (169 processos). O concelho de Tondela engloba 19 freguesias, Molelos, é a que tem maior número

de entrada de processos (12%), perfilam-se de seguida a UF de Tondela e Nandufe (8%) e Santiago de

Besteiros (8%) e em menor número temos a freguesia de Ferreiró do Dão com 1% (cfr quadro e gráficos

seguintes).

3 Considera-se que os dados de 2017 são meramente indicativos, dado que se trata de dados parciais.

0

5

10

15

20

25

30

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Quadro 64. Processos Urbanísticos (Alvarás de Utilização, Alvarás de Construção, Informações Prévias e

Comunicações Prévias), por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)

Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* Total

Campo de Besteiros 12 17 11 8 10 11 3 72

Canas de Santa Maria 16 16 12 13 10 12 1 80

Castelões 14 11 15 15 13 13 3 84

Dardavaz 12 17 7 10 11 11 2 70

Ferreirós do Dão 4 6 0 2 2 0 1 15

Guardão 11 20 10 4 8 6 2 61

Lajeosa do Dão 24 18 17 12 9 15 4 99

Lobão da Beira 21 5 10 5 8 10 4 63

Molelos 39 29 20 23 23 26 7 167

Parada de Gonta 13 10 12 6 6 8 2 57

Santiago de Besteiros 20 28 25 12 10 11 2 108

Tonda 13 14 7 4 10 10 0 58

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 7 9 0 10 10 4 1 41

UF de Caparrosa e Silvares 18 6 10 6 6 10 2 58

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 7 27 8 12 10 20 0 84

UF de São João do Monte e Mosteirinho 11 7 6 6 4 0 2 36

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 11 12 12 5 4 2 4 50

UF de Tondela e Nandufe 26 30 10 10 14 15 5 110

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 17 6 6 6 6 9 2 52

Concelho de Tondela 296 288 198 169 174 193 47 1365

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Gráfico 24. Evolução dos processos urbanísticos no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

296 288

198169 174

193

47

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Gráfico 25. Distribuição dos processos urbanísticos, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Alvarás de Utilização

Em relação aos Alvarás de utilização, entre o ano de 2011 e 20 de abril de 2017 verificaram-se no município

de Tondela 766 alvarás de utilização. Analisando os dados até ao final do ano de 2016, mais uma vez, a maior

parte destes alvarás de utilização localizam-se na freguesia de Molelos, cerca de 13%. Da análise do gráfico

é possível verificar que existe um decréscimo de alvarás de utilização no período 2011-2016, mantendo-se

mais ou menos estável desde o ano 2013.

Quadro 65. Alvarás de Utilização, por freguesias, no município de Tondela (2001–2017)

Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Campo de Besteiros 9 14 6 4 6 7 3 49

Canas de Santa Maria 11 11 7 6 5 10 1 51

Castelões 8 6 9 9 8 8 3 51

Dardavaz 4 11 3 6 6 9 39

Ferreirós do Dão 3 5 1 1 10

Guardão 5 12 3 1 6 3 30

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Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Lajeosa do Dão 19 11 10 8 5 9 1 63

Lobão da Beira 15 3 6 2 6 4 1 37

Molelos 28 18 7 17 15 15 3 103

Parada de Gonta 7 7 6 3 4 6 2 35

Santiago de Besteiros 12 14 16 6 8 5 1 62

Tonda 7 10 3 3 5 8 36

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 3 4 5 5 2 19

UF de Caparrosa e Silvares 9 3 5 3 3 4 1 28

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 12 4 6 5 10 38

UF de São João do Monte e Mosteirinho 5 3 3 3 2 1 17

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 4 6 6 2 2 1 2 23

UF de Tondela e Nandufe 11 13 5 5 7 7 2 50

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 8 3 3 3 3 4 1 25

Concelho de Tondela 169 166 102 93 101 112 23 766

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Gráfico 26. Evolução dos Alvarás de Utilização no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

169 166

10293

101112

23

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Gráfico 27. Distribuição dos Alvarás de Utilização, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Alvarás de Construção

Analisando o quadro seguinte, podemos verificar que entre o ano de 2011 e 20 de abril de 2017, estão

registados 526 alvarás de construção. Em maior número são os referentes à freguesia de Molelos, seguido

com 50 alvarás registados na UF de Tondela e Nandufe. Através do gráfico referente à evolução do número

de alvarás de construção, verificamos que entre 2011 e 2016 existe um decréscimo pouco relevante, no ano

de 2011 existiam 98 alvarás e no ano de 2016 existiam 70 alvarás de construção.

Quadro 66. Alvarás de construção, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)

Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Campo de Besteiros 3 3 5 4 4 4 0 23

Canas de Santa Maria 3 5 5 7 5 2 27

Castelões 6 4 6 6 5 4 31

Dardavaz 6 4 4 4 4 2 2 26

Ferreirós do Dão 1 1 1 2 5

Guardão 2 6 7 3 2 2 22

Lajeosa do Dão 5 6 7 4 4 5 2 33

Lobão da Beira 5 2 4 3 1 5 1 21

0 20 40 60 80 100 120

Campo de Besteiros

Canas de Santa Maria

Castelões

Dardavaz

Ferreirós do Dão

Guardão

Lajeosa do Dão

Lobão da Beira

Molelos

Parada de Gonta

Santiago de Besteiros

Tonda

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo

UF de Caparrosa e Silvares

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha

UF de São João do Monte e Mosteirinho

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa

UF de Tondela e Nandufe

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Molelos 9 10 13 6 8 10 3 59

Parada de Gonta 6 3 6 3 2 2 22

Santiago de Besteiros 7 10 9 5 1 4 1 37

Tonda 4 4 4 1 5 2 20

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 3 4 5 5 2 19

UF de Caparrosa e Silvares 9 3 5 3 3 4 1 28

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 12 4 6 5 10 38

UF de São João do Monte e Mosteirinho 5 3 3 3 2 1 17

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 4 6 6 2 2 1 2 23

UF de Tondela e Nandufe 11 13 5 5 7 7 2 50

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 8 3 3 3 3 4 1 25

Concelho de Tondela 98 102 96 74 70 70 16 526

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Gráfico 28. Evolução dos alvarás de construção no concelho de Tondela, 2011 - 2017

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Por intermédio do gráfico seguinte, verifica-se que a maior parte dos alvarás de construção ocorreram nos

anos iniciais. Molelos foi a freguesia com maior incidência de registos de alvarás de construção, destacando-

se das demais, seguida de UF de Tondela e Nandufe.

98102

96

7470 70

16

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Gráfico 29. Distribuição dos alvarás de construção, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Informações Prévias

No que concerne ao número de Pedidos de Informação Prévia (PIP), entre 2011 e 20 de abril de 2017,

verificaram-se no município de Tondela um total de 60 PIP. Da análise do quadro e do gráfico é possível

observar que no ano 2011 foi quando se verificou o maior número de PIP, por outro lado no ano de 2013, não

se verificou nenhuma entrada nos serviços da Câmara de pedidos de informação prévia.

Quadro 67. Informações Prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)

Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Campo de Besteiros 0

Canas de Santa Maria 2 2

Castelões 1 1 2

Dardavaz 1 2 3

Ferreirós do Dão 0

Guardão 4 2 1 2 9

Lajeosa do Dão 1 1 1 3

Lobão da Beira 1 1 2 4

Molelos 2 1 1 1 5

0 10 20 30 40 50 60 70

Campo de Besteiros

Canas de Santa Maria

Castelões

Dardavaz

Ferreirós do Dão

Guardão

Lajeosa do Dão

Lobão da Beira

Molelos

Parada de Gonta

Santiago de Besteiros

Tonda

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo

UF de Caparrosa e Silvares

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha

UF de São João do Monte e Mosteirinho

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa

UF de Tondela e Nandufe

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Parada de Gonta 0

Santiago de Besteiros 4 1 1 2 8

Tonda 2 2

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 1 1 1 3

UF de Caparrosa e Silvares 2 2

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 4 3 7

UF de São João do Monte e Mosteirinho 1 1 2

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 3 1 4

UF de Tondela e Nandufe 1 1 1 3

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 1 1

Concelho de Tondela 22 16 0 2 2 10 8 60

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Gráfico 30. Evolução das Informações Prévias no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Da análise do gráfico seguinte é possível verificar que a grande maioria dos pedidos de informação prévia,

foram registados na freguesia de Guardão (15%), seguida da freguesia de Santiago de Besteiros (13%) e a

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha (12%), em relação aos restantes, Campo de Besteiros, Ferreirós do

Dão e Parada de Gonta não se verificou nenhum PIP.

22

16

0

2 2

10

8

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Gráfico 31. Distribuição das Informações Prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Comunicações Prévias

De acordo com a informação retirada através da análise do quadro e gráficos seguintes podemos evidenciar

entre 2011 e 20 de abril de 2017 um reduzido número de comunicações prévias no município de Tondela

(apenas um total de 13 comunicações). Destaca-se o ano de 2011 com 7 comunicações, 2012 com 4, e

posteriormente 2015 e 2016 com apenas uma comunicação em cada ano.

Das 19 freguesias pertencentes ao município de Tondela, apenas 6 tiveram registo de comunicações prévias,

destacando-se a UF de Tondela e Nandufe, com 3 registos no ano de 2011 e 4 no ano de 2012. Segue-se a

freguesia de Dardavaz com 2 registos. Com apenas 1 registo compreendem as freguesias de UF de Vilar de

Besteiros e Mosteiro de Fráguas, UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha, Santiago de Besteiros e Lobão da

Beira, enquanto as restantes não tiveram nenhum registo.

Quadro 68. Comunicações prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)

Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Campo de Besteiros 0

Canas de Santa Maria 0

0 2 4 6 8 10

Campo de Besteiros

Canas de Santa Maria

Castelões

Dardavaz

Ferreirós do Dão

Guardão

Lajeosa do Dão

Lobão da Beira

Molelos

Parada de Gonta

Santiago de Besteiros

Tonda

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo

UF de Caparrosa e Silvares

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha

UF de São João do Monte e Mosteirinho

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa

UF de Tondela e Nandufe

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Castelões 0

Dardavaz 1 1 2

Ferreirós do Dão 0

Guardão 0

Lajeosa do Dão 0

Lobão da Beira 1 1

Molelos 0

Parada de Gonta 0

Santiago de Besteiros 1 1

Tonda 0

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 0

UF de Caparrosa e Silvares 0

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 1

UF de São João do Monte e Mosteirinho 0

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 0

UF de Tondela e Nandufe 3 4 7

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 1 1

Concelho de Tondela 7 4 0 0 1 1 0 13

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Gráfico 32. Evolução das comunicações prévias no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

7

4

0 0

1 1

0

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Gráfico 33. Distribuição das comunicações prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

* dados de 2017 até 20/04/2017

Loteamentos

Da análise evolutiva referente aos loteamentos, expressa no gráfico seguinte, verifica-se que foram somente

aprovadas duas operações no concelho de Tondela, desde a entrada em vigor do PDM, em 2011, até ao final

do ano de 2016.

Este reduzido valor denuncia uma ligeira descida quando confrontado com os registados durante período de

2001 a 2010, em que foram aprovados 15 loteamentos, sendo que o maior número foi registado no ano 2005

(5 / ano), entre os quais se destacam o Fial, a Quinta do Paço e o Centro Paroquial, com as respetivas áreas

de 2,7ha, 1,9ha, e 2,7ha.

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Campo de Besteiros

Canas de Santa Maria

Castelões

Dardavaz

Ferreirós do Dão

Guardão

Lajeosa do Dão

Lobão da Beira

Molelos

Parada de Gonta

Santiago de Besteiros

Tonda

UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo

UF de Caparrosa e Silvares

UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha

UF de São João do Monte e Mosteirinho

UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa

UF de Tondela e Nandufe

UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 128

Gráfico 34. Evolução dos loteamentos no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

Avaliando o uso e destino dos loteamentos, durante o período de 2001 a 2010, estes, maioritariamente, foram

ocupados por moradias unifamiliares, embora seja observado uma maior ocupação territorial pelos

loteamentos destinados à habitação coletiva, unifamiliar e ao comércio/serviços.

Quanto ao período decorrente entre os anos de 2011 e de 2016, foram somente aprovados dois loteamentos

que têm por fim a implantação de fogos de habitação. Estes loteamentos dizem respeito ao Proc. Loteamento

n.º 1/2011 – Quinta da Ínsua, na União de Freguesias de Tondela e Nandufe e o Proc. Loteamento nº 1/2012,

na freguesia de Molelos.

No que respeita às operações que envolveram a criação de lotes para indústria, reportam-se essencialmente

as de iniciativa municipal que se realizaram unicamente no decénio anterior.

Relativamente à distribuição e localização geográfica destas operações, no período de 2001 a 2010, verifica-

se que a maioria incidiu na União de Freguesias de Tondela e Nandufe (5) e Molelos (3), cuja preferência é

ainda observada nos últimos anos dado que os dois únicos loteamentos licenciados foram nestas mesmas

duas freguesias, tal como referido.

Não obstante a posição de destaque destas duas freguesias, Campo de Besteiros, Castelões, Lobão da Beira,

União das freguesias de Caparrosa e Silvares e União das freguesias de São Miguel do Outeiro e Sabugosa

foram outras onde se desenvolveram-se algumas destas operações, durante o decénio anterior. Para as

restantes freguesias, de 2001 até 2016, não se realizou qualquer loteamento (gráfico seguinte).

1

0

3

2

5

0

4

0 0 0

1 1

0 0 0 0

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Loteamentos

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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Gráfico 35. Loteamentos, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2016)

FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela

33%

20%13%

13%

7%

7%

7%

União das freguesias de Tondela eNandufe

Molelos

Campo de Besteiros

Lobão da Beira

Lajeosa do Dão

União das freguesias de Caparrosae Silvares

União das freguesias de São Migueldo Outeiro e Sabugosa

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12. REVISÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO

TERRITORIAL

Os PMOT devem, no âmbito da sua elaboração, traduzir ou incorporar o quadro de desenvolvimento do

território estabelecido nos instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional, tal como

previsto na alínea a) do artigo 75.º do RJIGT.

A elaboração dos PMOT obriga a identificar e a ponderar os planos, programas e projetos com incidência na

área em estudo, considerando aqueles que existam e os que se encontrem em preparação, de forma a

assegurar as necessárias compatibilizações, facto que é mencionado no n.º 4 do artigo 76.º do RJIGT.

12.1. Âmbito Nacional

12.1.1. Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

No ano de 2007 foi publicado o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) através

da Lei n.º 58/2007, de 4 de setembro de 2007. Ainda no mesmo ano, o PNPOT foi alvo de duas retificações

por intermédio da Declaração de Retificação n.º 80-A/2007, de 7 de setembro de 2007 e da Declaração de

Retificação n.º 103-A/2007, de 2 de novembro de 2007.

O PNPOT constitui o quadro de referência para o desenvolvimento de um conjunto de instrumentos de gestão

territorial que intervêm nos domínios temáticos e gerais que vêm desenvolver e concretizar as suas

orientações universais, e âmbitos de intervenção. Apresenta um modelo territorial articulado com a Estratégia

Nacional de Desenvolvimento sustentável que estabelece uma visão estratégica do território nacional com

objetivos gerais de desenvolvimento económico, coesão social e proteção ambiental.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 44/2016, de 23 de agosto, determinou a alteração do PNPOT, a

fim de responder à necessidade de promoção da coesão territorial assente no reforço da estruturação urbana

do território nacional e na valorização do interior. Deverão ser levados em linha de conta os resultados e

recomendações da Avaliação do Programa de Ação 2007-2013 e ter presente o enfoque na dimensão

territorial das políticas públicas constantes do Portugal 2020.

Neste seguimento, a alteração ao PNPOT afirma que Tondela faz parte de um conjunto de cidades médias

que se destacam pela sua capacidade de estruturação supramunicipal, contribuindo para uma estrutura

policêntrica polarizada na Região Centro.

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Ademais, considerando o diagnóstico estratégico realizado, o PNPOT identificou 5 desafios territoriais a que

a política de ordenamento do território deverá dar resposta nas próximas décadas:

1. Gerir os recursos naturais de forma sustentável

2. Promover um sistema urbano policêntrico

3. Promover a inclusão e valorizar a diversidade territorial

4. Reforçar a conetividade interna e externa

5. Promover a governança territorial

Isto posto, atualmente a proposta de alteração foca-se na elaboração de um novo programa de ação com o

horizonte a 2030, assente num sistema de racionalização, monitorização e avaliação, capaz de dinamizar a

concretização das estratégias de organização e desenvolvimento territorial, que importa considerar aquando

da elaboração de qualquer PDM.

12.1.2. Plano Nacional da Água

O Plano Nacional da Água (PNA) define a estratégia nacional para a gestão integrada da água. Estabelece

as grandes opções da política nacional da água e os princípios e as regras de orientação dessa política, a

aplicar pelos planos de gestão de regiões hidrográficas e por outros instrumentos de planeamento das águas.

O primeiro PNA, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 112/2002, de 17 de abril, foi elaborado no quadro legal definido

pelo Decreto-Lei n.º 45/94, de 22 de fevereiro, e visava a implementação de uma gestão equilibrada e racional

dos recursos hídricos, que sempre foi assumida como uma das prioridades políticas em matéria de ambiente

e ordenamento do território. No entanto, a sua revisão impôs -se face ao decurso do tempo e à mudança do

quadro legal, entretanto ocorrida com a entrada em vigor da Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro

com as alterações subsequentes).

Neste contexto, o Decreto-Lei n.º 76/2016, de 9 de novembro, aprovou o novo Plano Nacional da Água, nos

termos do n.º 4 do artigo 28.º da Lei da Água.

Tendo como referência os princípios e os objetivos consagrados no artigo 28.º da Lei da Água, o novo PNA

pretende definir as grandes opções estratégicas da política nacional da água, a aplicar em particular pelos

planos de gestão de região hidrográfica (PGRH) para o período 2016 -2021 e os programas de medidas que

lhes estão associados. Esta revisão reflete, igualmente, as grandes linhas prospetivas daquela política para

o período 2022 -2027, que corresponde ao 3.º ciclo de planeamento da Diretiva Quadro da Água.

12.1.3. Plano Rodoviário Nacional

O Plano Rodoviário Nacional (PRN) foi originalmente implementado em 1945 por intermédio do Decreto-Lei

n.º 34593, de 11 de maio de 1945, tendo sido sujeito a revisão em 1985 por meio do Decreto-Lei n.º 380/85,

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 132

de 26 de setembro de 1985. Já em 1998, o PRN é alvo da 2.ª revisão conforme o Decreto-Lei n.º 222/98, de

17 de julho de 1998 (vulgarmente conhecido por PRN2000) e sujeito quase de imediato à Declaração de

Retificação n.º 19-D/98, de 31 de outubro de 2008.

Figura 18. Excerto do PRN 2000 – Rede rodoviária no concelho de Tondela e envolvente

FONTE: Infraestruturas de Portugal

Posteriormente, o PRN2000 foi sujeito a duas alterações, a primeira em 1999, de acordo com a Lei 98/99, de

26 de julho de 1999, e a segunda em 2003, de acordo com o Decreto-Lei n.º 182/2003, de 16 de agosto de

2003.

12.1.4. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis (Rh4)

Nos termos da Diretiva Quadro da Água e da Lei da Água, o planeamento de gestão das águas está

estruturado em ciclos de 6 anos. Os primeiros Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH), elaborados

no âmbito deste quadro legal, estiveram vigentes até ao final 2015.

A Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro) transpôs para a ordem jurídica nacional a Diretiva Quadro

da Água (DQA - Diretiva 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro), alterada e

republicada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho, estabelecendo um quadro de ação comunitária

no domínio da política da água. Tem por objetivo proteger as massas de água superficiais interiores, as

massas de água costeiras, as massas de água de transição e as massas de água subterrâneas, tendo fixado

o ano de 2015 como prazo para os Estados-Membros atingirem o «bom estado» e «bom potencial» das

massas de águas.

Tais objetivos ambientais devem ser prosseguidos através da aplicação dos programas de medidas

especificados nos planos de gestão das bacias hidrográficas tendo sido aprovado para o efeito os Planos de

Gestão das Bacias Hidrográficas que integram a região hidrográfica 4 (RH4), designados PGBH do Vouga,

Mondego e Lis e das Ribeiras do Oeste Resolução do Conselho de Ministros 16-B/2013, de 22 de março (1.º

ciclo de planeamento).

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 133

Terminado o 1.º ciclo de planeamento houve a necessidade de proceder à atualização e revisão necessária

para o 2º ciclo de planeamento, para vigorar no período 2016-2021, o que implicou em relação a cada região

hidrográfica, várias fases de trabalho dentro dos prazos previstos na LA.

Este processo resultou na Resolução do Conselho de Ministros n.º 52/2016, de 20 de setembro, republicada

pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 22-B/2016, de 18 de novembro, que aprova os Planos de Gestão

de Região Hidrográfica (PGRH) de Portugal Continental para o período 2016-2021 (2.º ciclo). O município de

Tondela encontra-se abrangido pelo PGRH do Vouga, Mondego e Lis (Região Hidrográfica 4).

O PGRH do Vouga, Mondego e Lis, enquanto instrumento de planeamento das águas, visa fornecer uma

abordagem integrada para a gestão dos recursos hídricos, dando coerência à informação para a ação e

sistematizando os recursos necessários para cumprir os objetivos definidos.

Figura 19. Delimitação geográfica da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis

FONTE: PGRH Vouga, Mondego e Lis (2016)

Sucintamente, os objetivos estratégicos estabelecidos para a RH4 neste 2.º ciclo de planeamento prendem-

se com:

• Adequar a Administração Pública na Gestão da água;

• Atingir e manter o Bom Estado/Potencial das massas de água;

• Assegurar as disponibilidades de água para as utilizações atuais e futuras;

• Assegurar o conhecimento atualizado dos recursos hídricos;

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• Promover uma gestão eficaz e eficiente dos riscos associados à água;

• Promover a sustentabilidade económica da gestão da água;

• Sensibilizar a sociedade portuguesa para uma participação ativa na política da água;

• Assegurar a compatibilização da política da água com as políticas setoriais.

12.1.5. Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira

O Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira (POAA) é um PEOT, tendo sido publicado através da

Resolução do Conselho de Ministros n.º 186/2007, de 21 de dezembro, que tem a natureza de regulamento

administrativo e prevalece sobre os planos intermunicipais e municipais de ordenamento do território.

Genericamente, o POAA estabelece a definição e a regulamentação dos usos preferenciais, condicionados e

interditos na sua área de intervenção. Assim, o ordenamento do plano de água e da zona envolvente procura

conciliar a forte procura desta área com a conservação dos valores ambientais e ecológicos existentes,

principalmente, com a preservação da qualidade da água. Pretende, ainda, o aproveitamento dos recursos

naturais existentes, através de uma abordagem integrada das potencialidades e das limitações do meio, com

vista à definição de um modelo de desenvolvimento sustentável para o território. O POAA estabelece como

usos principais o abastecimento municipal, rega, indústria e produção de energia e estabelece como usos

secundários a pesca, banhos e natação, navegação a remos e à vela (atividades permitidas com restrições).

Figura 20. Planta Síntese do POAA (2008)

FONTE: DGT

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 135

Na figura 20 é visível a Planta Síntese do POAA. Contudo, refira-se, desde já, que a abrangência territorial

do POAA no concelho de Tondela possui pouca expressão, estando confinado a uma pequena parcela no

extremo sul do concelho.

Face ao novo quadro jurídico vigente, a existência do POAA invoca a necessidade de cumprir o disposto na

Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, aprovada

pela Lei n.º 31/2014, de 30 de maio. Esta introduz alterações no quadro legal do ordenamento do território e

urbanismo, entre as quais, estabelece que o regime de uso do solo é fixado nos planos territoriais de âmbito

intermunicipal e municipal, através da classificação e qualificação do solo, passando apenas estes a vincular

direta e imediatamente os particulares.

Desta forma, as normas diretamente vinculativas dos particulares que integram o conteúdo dos planos

especiais do ordenamento do território – entenda-se aquelas que se referem aos regimes de usos permitidos,

condicionados ou proibidos do solo atendendo ao regime de salvaguarda que se pretende garantir e não às

regras gerais de gestão - em vigor devem ser vertidas para os planos de âmbito municipal ou intermunicipal,

situação esta que o município de Tondela prontamente concretizou.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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12.2. Âmbito Regional

12.2.1. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Dão e Lafões

Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) revestem a natureza de planos sectoriais que

desenvolvem regionalmente as orientações preconizadas no sistema de planeamento florestal português. O

município de Tondela encontra-se abrangido pelo PROF Dão-Lafões (Decreto Regulamentar n.º 7/2006 de

18 de julho).

Figura 21. Mapa Síntese do PROF Dão-Lafões

FONTE: PROF Dão-Lafões (2006)

A revisão dos PROF em vigor, determinada pela ocorrência de factos relevantes constantes da Portaria n.º

78/2013, de 19 de fevereiro, é da responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

(ICNF). Através da Portaria n.º 364/2013, de 20 de dezembro e do Despacho n.º 782/2014, de 17 de janeiro,

ficaram definidos os conteúdos detalhados dos PROF "de 2.ª geração", bem como a sua nova abrangência

geográfica, tendo sido reduzido o seu número (de 21 para 7). O município de Tondela integrará o PROF de

“2.ª geração” do Centro Litoral.

12.2.2. Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro

Os Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT) estabelecem, designadamente, as opções

estratégicas de organização do território regional e as grandes opções de investimento público com impacte

territorial significativo, constituindo o quadro de referência estratégico para os planos de âmbito intermunicipal

e municipal.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 137

A Proposta do Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro não chegou a ser aprovada, mas as

respetivas orientações para os diferentes setores foram alvo de avaliação e levadas em consideração na

Revisão do PDM de Tondela.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 138

12.3. Âmbito Municipal

12.3.1. Plano Diretor Municipal de Tondela

A Revisão do PDM de Tondela foi ratificado por intermédio do Aviso 9560/2011 e publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 80, de 26 de abril de 2011. Desde a entrada em vigor do PDM de Tondela, foi sujeito

a uma correção material, nomeadamente a 1.ª Correção Material por intermédio da Declaração n.º 130/2016,

publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 182, de 21 de setembro de 2016 que teve como objetivo corrigir

o limite do espaço de atividades económicas – área industrial, armazenagem e serviço (ZIM de Tondela).

Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, nº. 1 do artigo 122.º do RJIGT, a correção

material dos programas e dos planos territoriais são admissíveis para os seguintes efeitos:

a) Acertos de cartografia, determinados por incorreções de cadastro, de transposição de escalas, de

definição de limites físicos identificáveis no terreno, bem como por discrepâncias entre plantas de

condicionantes e plantas de ordenamento;

b) Correções de erros materiais ou omissões, patentes e manifestos, na representação cartográfica

ou no regulamento;

c) Correções do regulamento ou das plantas, determinadas por incongruência destas peças entre si;

d) Correção de lapsos gramaticais, ortográficos, de cálculo ou de natureza análoga; ou

e) Correção de erros materiais provenientes de divergências entre o ato original e o ato efetivamente

publicado na 1.ª série do Diário da República.

A 1.ª Correção Material à revisão do PDM de Tondela prendeu-se com os acertos de cartografia determinados

pela transposição de escalas, nomeadamente no Espaço de Atividades Económicas, Zona Industrial de Adiça

(ZIM da Adiça).

Esta necessidade surgiu no âmbito da ampliação do Parque Industrial de Tondela - ZIM Adiça, e em concreto

da construção de novo arruamento a poente do Espaços de Atividades Económicas e da operação de

loteamento em terreno de propriedade da Câmara Municipal de Tondela. Arruamento que pretendia

estabelecer continuidade dos arruamentos existentes no Parque Industrial de Tondela - ZIM Adiça, fazendo

a ligação à rua do Campo de Futebol, junto a uma exploração avícola existente, e seguidamente a norte, até

ao cruzamento com o Meal.

Contudo, tal arruamento, ainda que compatível com o regime de edificabilidade previsto no regulamento do

Plano para Área de Indústria, Armazenagem e Serviços e Área Florestal de Produção, onde se desenvolve,

veio revelar e determinar a necessidade de acerto na Planta de Ordenamento, uma vez que o espaço afeto a

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 139

Área de Indústria, Armazenagem e Serviços se encontrava erroneamente demarcado, não compreendendo,

por motivo de transposição de escala, a totalidade da operação de loteamento em causa.

O loteamento, que integra a definição do arruamento, demarcado com base em levantamento topográfico à

escala 1:1000, apresenta-se, por essa razão mais rigoroso, em comparação com a Planta de Ordenamento,

realizada sob cartografia oficial, com data de edição entre 1990 e 2000, à escala 1:25000.

Posto isto, a correção material incidiu sobre a alteração, na Planta de Ordenamento, da classe de solo rústico

para urbano, designadamente de Área Florestal de Produção para Área de Indústria, Armazenagem e

Serviços, correspondendo a uma área de 13154 m2.

Figura 22. Extrato da Planta de Ordenamento da área sujeita à 1.ª Correção Material ao PDM, inicial (esquerda) final

(direita)

FONTE: Planta de Ordenamento da Revisão do PDM de Tondela

Mais recentemente, o município de Tondela desenvolveu o processo de alteração, publicado no Diário da

República, 2.ª série — N.º 158 — 17 de agosto de 2017, por adaptação ao PDM de Tondela por força das

normas que integram o conteúdo dos PEOT em vigor deverem ser vertidas no PDM.

12.3.2. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela

O Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (PPPIT) foi aprovado pela Assembleia Municipal de

Tondela em 19 de outubro de 1990, tendo sido ratificado por despacho do Exmo. Sr. Secretário de Estado da

Administração Local e Ordenamento do Território, de 8 de setembro de 1991 e publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 278 de 3 de dezembro de 1991.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 140

Mais recentemente, em 2016 foi aprovada a 1.ª Alteração do PPPIT através do Aviso 16092/2016, o qual foi

publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 247, de 27 de dezembro de 2016 e que consistiu na alteração

das disposições dos artigos 3 e 8 do regulamento.

A necessidade da 1.ª alteração do PPPIT resultou da impreterível necessidade de ampliação das instalações

de vários estabelecimentos industriais aí existentes, que as disposições do PPPIT em vigor não admitiam,

por incompatibilidade com os índices de utilização, cércea e os afastamentos aos limites dos lotes previstos

no regulamento do plano.

Para fazer face a esta necessidade, o município de Tondela promoveu num primeiro momento em 2013 a

Suspensão do PPPIT com o concomitante estabelecimento de Medidas Preventivas, conforme Aviso n.º

11035/2013, de 30 de julho de 2013, o qual foi publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 170, de 4 de

setembro de 2013, fundamentado no relevante interesse público de âmbito local/regional e nacional.

Posteriormente, em 21 de setembro de 2015, a assembleia municipal de Tondela, em reunião ordinária,

deliberou, por unanimidade, aprovar a prorrogação da suspensão do PPPIT e das correspetivas medidas

preventivas pelo prazo de um ano, tendo para o efeito sido publicado o Aviso n.º 4596/2016 no Diário da

República, 2.ª série – n.º 66, de 5 de abril de 2016.

Estes procedimentos foram acompanhados pelo processo de alteração do PPPIT de modo a debelar os

constrangimentos postos à dinâmica industrial e à capacidade de ação do município.

12.3.3. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase)

O Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase foi aprovado pela Declaração de 29 de maio

de 1996 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 161 de 13 de julho de 1996.

No ano seguinte à publicação da Revisão do PDM de Tondela, foi aprovada a 1.ª Alteração ao Plano de

Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase através do Aviso 10664/2012, publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 153, de 8 de agosto de 2012.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 141

Figura 23. Planta de Implantação do Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase)

FONTE: DGT

A 1.ª Alteração ao Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase consistiu na necessidade

de possibilitar o aumento da disponibilidade imediata de área industrial, otimizando a organização das

infraestruturas viárias e a constituição de mais um lote, para o qual existia pretensão de ocupação imediata

por investidores privados. A alteração ao Plano de Pormenor serviu ainda para corrigir o somatório da área

do Plano que se encontrava incorretamente publicada.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 142

12.3.4. Plano de Pormenor com Efeitos Registais da Ampliação da Zona

Industrial Municipal da Adiça

Nos termos do n.º 1 do artigo 76.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, foi deliberado por unanimidade,

em reunião extraordinária pública da Câmara Municipal de Tondela, realizada em 17 de janeiro de 2017,

elaborar o Plano de Pormenor com efeitos registais para ampliação do Parque Industrial Municipal de Tondela,

numa área de 18,78 ha.

Este plano está qualificado como sujeito a Avaliação Ambiental Estratégica dado que implica a requalificação

de solo rústico em solo urbano de acordo com o decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho, alterado pelo

Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de maio, e as operações urbanísticas a realizar para a sua implementação

deverão estar sujeitas a Avaliação de Impacte Ambiental, nos termos do decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 15

de junho.

A elaboração do plano foi alvo de publicação em Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 7 de fevereiro de

2017 por intermédio do Aviso n.º 1493/2017, no qual se fixou o prazo de vinte dias para formulação de

sugestões e para apresentação de informações, sobre quaisquer questões que pudessem ser consideradas

no âmbito do procedimento de elaboração deste plano.

A Zona Industrial Municipal de Tondela (Adiça) ocupa cerca de 42 ha e sobre a qual foram desenvolvidos dois

PP: o PP do Parque Industrial de Tondela em 1991 (alvo de alteração em 2016) e o PP do Parque Industrial

de Tondela (2.ª Fase) em 1996 (alvo de alteração em 2012).

A área de expansão pretendida que se encontra delimitada na figura seguinte (levantamento topográfico à

escala 1:5000), é de aproximadamente de 19 ha e incide na categoria de Espaços Florestais na subcategoria

de Área Florestal de Produção, em solo rural (rústico de acordo com o novo quadro jurídico vigente) conforme

classificação constante na Planta de Ordenamento do PDM de Tondela.

Em linhas gerais, a elevada procura de lotes industriais por parte de investidores empresariais que tem

incidido sobre o espaço de atividades económicas da zona industrial Municipal Tondela (Adiça), junto ao IP3,

a sul da cidade de Tondela, sem espaço disponível justificam a urgência da expansão desta área, sob pena

de os mesmos procurarem territórios alternativos. A intervenção é estruturante para o reforço do

desenvolvimento económico contribuindo determinantemente para a atração e fixação populacional num

concelho interior do país integrado numa realidade de baixa densidade e em perda populacional.

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 143

Figura 24. Área de intervenção do Plano de Pormenor com efeitos registais para ampliação da Zona Industrial da

Adiça

FONTE: Relatório do Plano (fevereiro 2018)

De acordo com a informação técnica relativa à ampliação da Zona Industrial da Adiça apresentada na

Deliberação da Câmara Municipal de Tondela de 17 de janeiro de 2017, «a 1ª Revisão do PDM de Tondela

propunha a delimitação de um novo espaço de atividades económicas a norte da cidade, na proximidade de

um nó com o IP3. Porém, estudos geológicos e levantamentos de campo desenvolvidos para o efeito,

demonstram uma natureza de solos que desaconselham a sua implantação nesta área face aos impactes

ambientais que daí resultariam, para além do investimento e esforço económico acrescido que a Câmara

Municipal teria que assegurar, fatores estes que desaconselham o seu desenvolvimento.»

Deste modo e face à urgência na execução de lotes de dimensões variáveis decorrente do interesse efetivo

demonstrado por diversos atores económicos ligados a diferentes ramos de atividade, nomeadamente

automóvel e agroalimentar, constituiu-se como imperativo a apresentação de soluções convincentes e

atrativas, que permitam enquadrar e acolher estas atividades num curto prazo.

Para além da oportunidade e do interesse que os agentes económicos demonstram no efetivo

desenvolvimento das suas atividades neste concelho, a expansão do espaço de atividades económicas da

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 144

zona industrial Municipal é aquela que neste momento representa condições de maior eficácia e menor custo

de investimento público. As redes de infraestruturas existentes, quer a nível de abastecimento de água,

saneamento (incluindo a Estação de Tratamento de Águas Residuais - ETAR), e rede elétrica, dão garantias

para a expansão pretendida da zona industrial, sendo apenas necessário o prolongamento das redes

existentes não incorrendo em custos adicionais de redimensionamento, permitindo desta forma desenvolver

no mais curto prazo de tempo e com menores custos de investimento público.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 145

12.4. Outros Planos e Instrumentos

No presente ponto pretende-se destacar um conjunto de planos e regulamentos de âmbito municipal que

surgiram após 2011 e que assumem especial importância em matéria do ordenamento do território.

A primeira referência vai para o Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Tondela (RMUET)

aprovado pelo Regulamento n.º 245/2015 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 92 em 13 de maio

de 2015. O RMUET «estabelece as normas de concretização e de execução do Regime Jurídico da

Urbanização e Edificação aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual,

bem como os princípios aplicáveis a todos os atos urbanísticos de transformação do território do concelho de

Tondela, sem prejuízo da legislação em vigor nesta matéria, dos planos municipais de ordenamento do

território eficazes ou de regulamentos específicos que se lhe sobreponham.»

O RMUET tem por objeto (cfr n.º 2 do artigo 2.º):

a) Fixar, ao nível municipal, as regras procedimentais em matéria de controlo prévio das operações

urbanísticas, das normas materiais referentes à urbanização e edificação, complementares às regras

definidas nos Planos Municipais de Ordenamento do Território e demais legislação em vigor,

designadamente, em termos de defesa do meio ambiente, qualificação do espaço público, estética,

salubridade e segurança das edificações;

b) Estabelecer as competências dos técnicos e atividade fiscalizadora;

c) Regular o novo procedimento de legalização das operações urbanísticas.

A revisão do PMDFCI de Tondela 2013-2017 aprovado em 19/07/2013 foi aprovado por despacho, exarado

em 27/01/2016 pelo Sr. Vice-Presidente do ICNF, nos termos do Regulamento do PMDFCI, publicado em

anexo ao Despacho n.º 4345/2012, de 27 de março. O PMDFCI tem um período de vigência de 5 anos,

contados a partir da data de aprovação (19/07/2013), conforme estipulado no artigo 9.º do Regulamento

supracitado.

O PMDFCI de Tondela pretende concretizar, à escala municipal, as recomendações quer do PNDFCI, quer

do Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de junho, com a redação atual, nomeadamente no que se refere ao Sistema

Nacional de Defesa da Floresta. Trata-se de um importante instrumento para o concelho de Tondela em

virtude da problemática que os fogos florestais assumem no concelho, não esquecendo o ano de 2013 que

foi particularmente nefasto a este nível.

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13. ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA

De acordo com os objetivos assumidos pelo Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU), Decreto-Lei n.º

307/2009, de 23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto a Reabilitação

Urbana é uma das componentes indispensáveis no desenvolvimento dos meios urbanos e da política de

habitação, a qual visa a requalificação e revitalização, procurando um funcionamento globalmente mais

harmonioso e sustentável.

Este Regime Jurídico procura dar respostas a questões que dificultavam o procedimento da reabilitação

urbana e propor soluções. Veio, igualmente, criar novas perspetivas de reabilitação urbana e colocar aos

municípios a responsabilidade pela delimitação de ARU, fundamental para a elaboração de uma estratégia

de reabilitação urbana.

A ARU, definida, pela legislação Lei 32/ 2012 de 14 de agosto, no seu artigo 12.º, e alínea n.º 1, como sendo

uma área que, em virtude da insuficiência, degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas,

dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, justifica uma

intervenção integrada, posteriormente concretizada através de ORU.

A reabilitação urbana em áreas de reabilitação urbana resulta da aprovação da delimitação da ARU e da

aprovação da ORU a desenvolver dentro dos limites da ARU, através de instrumento próprio ou de um plano

de pormenor de reabilitação urbana (artigo7.º do RJRU). Uma vez que a aprovação da delimitação da ARU

não ocorre em simultâneo com a aprovação da ORU, o município dispõe de 3 anos (a contar da data de

aprovação da ARU) para aprovar a correspondente operação de reabilitação urbana, sob pena de caducidade

da delimitação em causa, tal como determina o artigo15.º do RJRU.

Neste contexto, o município de Tondela encetou esforços no sentido de proceder à delimitação de duas ARU

no concelho: a ARU do Caramulo e a ARU de Tondela. Ambas dotadas dos elementos necessários à sua

delimitação, de acordo com os requisitos do artigo 13.º do RJRU, designadamente: a) memória descritiva e

justificativa, que inclui os critérios subjacentes à delimitação e os objetivos estratégicos a prosseguir; b) planta

com a delimitação da área abrangida e c) quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais.

13.1. ARU do Caramulo

A aprovação da delimitação da ARU do Caramulo foi aprovada em reunião ordinária da Câmara Municipal de

Tondela de 12 de dezembro de 2013. Por sua vez, a Assembleia Municipal de Tondela, em sessão realizada

no dia 21 de dezembro de 2013, deliberou, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovar a delimitação

da ARU do Caramulo, que inclui a Memória Descritiva e Justificativa, a Planta de Delimitação e o Quadro de

Benefícios Fiscais, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 307/2009 de

23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 147

A ARU do Caramulo foi alvo de publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 55, de 19 de março de 2014

por intermédio do Aviso n.º 3881/2014.

Figura 25. Delimitação da ARU do Caramulo

Fonte: Portal da Habitação

No entanto, a ARU do Caramulo caducou por não ter chegado a ter plena eficácia legal. Deste modo, o

município retomou o processo de reabilitação do aglomerado, através da delimitação de uma nova ARU, a

qual, naturalmente, tem em consideração a primeira proposta.

Neste âmbito foi deliberado, por unanimidade, em assembleia municipal de Tondela realizada em 22 de junho

de 2018, sob proposta da deliberação do executivo de 19 de junho de 2018, a Delimitação da Área de

Reabilitação Urbana do Caramulo.

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13.2. ARU de Tondela

A aprovação da delimitação da ARU de Tondela foi aprovada em reunião ordinária da Câmara Municipal de

Tondela de 12 de novembro de 2015. Por sua vez a Assembleia Municipal de Tondela em sessão realizada

no dia 30 de setembro de 2016, deliberou, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovar a delimitação

da ARU de Tondela, que inclui a Memória Descritiva e Justificativa, a Planta de Delimitação e o Quadro de

Benefícios Fiscais nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 307/2009 de 23

de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto.

Figura 26. Delimitação da ARU de Tondela

Fonte: Portal da Habitação

A ARU de Tondela foi alvo de publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 208, de 28 de outubro de 2016

por intermédio do Aviso n.º 13381/2016.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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14. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Resulta do Acordo de Parceria e dos Programas Operacionais que os municípios que correspondem a centros

urbanos de nível superior ou Autoridades Urbanas devem apresentar um Plano Estratégico de

Desenvolvimento Urbano (PEDU), desde que pretendam contratualizar com o respetivo Programa

Operacional Regional as prioridades de investimento inscritas no eixo urbano, designadamente:

a) 4.5 - Promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios,

nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal

sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;

b) 6.5 - Adoção de medidas destinadas a melhorar o ambiente urbano, a revitalizar as cidades,

recuperar e descontaminar zonas industriais abandonadas, (incluindo zonas de reconversão), a

reduzir a poluição do ar e a promover medidas de redução de ruído;

c) 9.8 - Concessão de apoio à regeneração física, económica e social das comunidades

desfavorecidas em zonas urbanas e rurais.

O PEDU é o instrumento de programação com apoio global do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

(FEDER) para o período 2014-2020, que suportará a contratualização com as Autoridades Urbanas e constitui

o elemento de integração dos seguintes instrumentos de planeamento, que suportam as diferentes prioridades

de investimento referidas:

▪ Plano de mobilidade urbana sustentável (com âmbito territorial de nível NUTS III).

▪ Plano de ação de regeneração urbana.

▪ Plano de ação integrado para as comunidades desfavorecidas.

Neste âmbito, o município de Tondela procedeu à elaboração do PEDU do município de Tondela no qual

estabeleceu um conjunto de investimentos apresentados no quadro seguinte.

O processo de seleção dos PEDU envolveu duas fases. Na primeira fase houve um investimento total elegível

acordado de 11.452.941,18€ com uma dotação do Fundo acordado de 4.000.000,00€, o que corresponde a

uma taxa de cofinanciamento global para esta 1.ª fase de 35%. Nesta 1.ª fase a generalidade dos

investimentos apresentam uma taxa de cofinanciamento de 85%, enquanto parte dos investimentos da

prioridade de investimento 06.05 (regeneração urbana) apresentam taxas de cofinanciamento na ordem dos

4% e 7%, em particular os investimentos dirigidos à propriedade privada. Na segunda fase, todos os

investimentos apresentam uma taxa de cofinanciamento de 85%.

No cômputo geral, os investimentos estabelecidos no PEDU do município de Tondela ascendem a um

investimento total elegível acordado de 12.761.176,47€ com uma dotação acordada do Fundo de

5.112.000,00€, correspondente a uma taxa de cofinanciamento de 40%.

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Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território

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REOT TONDELA 2017

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Quadro 69. Caracterização dos projetos e metas dos indicadores de desempenho do PEDU do concelho de Tondela

PI Designação

Investimento Total

Elegível (€) - Acordado

Dotação Fundo (€) - Acordado

Indicador de Realização PO

Indicador de

Realização PO (Meta

2018)

Indicador de

Realização PO (Meta

2023)

Indicador de Resultado PO

Indicador de Resultado PO

(Redução Emissões

GEE estimada)

Emissões nos

Transportes Rodoviários (ton CO2eq)

(Val. Ref. 2012)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)

Negociação 1.ª Fase

04.05

Corredor ciclável / pedonal norte de Tondela

400.000,00 340.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

68 56,050,54 68 68

Implementação de um sistema de Transporte a pedido no concelho de Tondela

120.000,00 102.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

173 56,050,54 0 173

Melhoria do Centro de Coordenação de Transportes

500.000,00 425.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

173 56,050,54 0 173

06.05

Reabilitação de um antigo armazém vinícola - Centro de Interpretação e Funções de Apoio ao Empreendedorismo

1.000.000,00 850.000,00

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

750,00 750,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 152

PI Designação

Investimento Total

Elegível (€) - Acordado

Dotação Fundo (€) - Acordado

Indicador de Realização PO

Indicador de

Realização PO (Meta

2018)

Indicador de

Realização PO (Meta

2023)

Indicador de Resultado PO

Indicador de Resultado PO

(Redução Emissões

GEE estimada)

Emissões nos

Transportes Rodoviários (ton CO2eq)

(Val. Ref. 2012)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)

Reconversão de um edifício para implementação de um centro de empreendedorismo de base local - Parque Tecnológico de Tondela - 1.ª fase

891.764,71 758.000,00

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

650,00 650,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

Recuperação da frente ribeirinha do rio Dinha

941.176,47 800.000,00

Espaços Abertos criados ou reabilitados em áreas Urbanas(m2)

6.000,00 12.000,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento

N.a. N.a. 3 4

Intervenções de Reabilitação no Edificado de Propriedade Privada - Tondela - Através de Instrumento Financeiro

2.000.000,00 74.074,07

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

750 1.500,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

Habitações reabilitadas em áreas urbanas (m2)

4 10

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento

N.a. N.a. 3 4

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REOT TONDELA 2017

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PI Designação

Investimento Total

Elegível (€) - Acordado

Dotação Fundo (€) - Acordado

Indicador de Realização PO

Indicador de

Realização PO (Meta

2018)

Indicador de

Realização PO (Meta

2023)

Indicador de Resultado PO

Indicador de Resultado PO

(Redução Emissões

GEE estimada)

Emissões nos

Transportes Rodoviários (ton CO2eq)

(Val. Ref. 2012)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)

Reabilitação do Edificado de Propriedade Privada - Refuncionalização dos Ex-Sanatórios e Outros - Através de Instrumento Financeiro

4.000.000,00 148.148,15

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

1.000,00 3.000,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

Habitações reabilitadas em áreas urbanas (m2)

10,00 20,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento

N.a. N.a. 3 4

Reabilitação de um edifício para implementação de um pólo de dinamização das indústrias culturais - Através de Instrumento Financeiro

1.100.000,00 77.777,78

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

0,00 1.500,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

09.08 Reabilitação de edifícios para habitação social -Tondela

500.000,00 425.000,00

Desenvolvimento urbano: Habitações reabilitadas em áreas urbanas (n.º)

3,00 10

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

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REOT TONDELA 2017

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PI Designação

Investimento Total

Elegível (€) - Acordado

Dotação Fundo (€) - Acordado

Indicador de Realização PO

Indicador de

Realização PO (Meta

2018)

Indicador de

Realização PO (Meta

2023)

Indicador de Resultado PO

Indicador de Resultado PO

(Redução Emissões

GEE estimada)

Emissões nos

Transportes Rodoviários (ton CO2eq)

(Val. Ref. 2012)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)

Indicador de

Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)

Negociação 2.ª Fase

04.05

Desenvolvimento de uma plataforma de informação de mobilidade e paineis informativos

160.000,00 136.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

55 56.050,54 0 55

Promoção de uma única solução de pagamento de mobilidade

40.000,00 34.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

14 56.050,54 0 14

Promoção e disponibilização de dados abertos de mobilidade (OPEN DATA)

100.000,00 85.000,00

Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)

1 1

Emissão estimada dos gases com

efeito estufa (Ton CO2eq)

35 56.050,54 0 35

06.5

Reconversão de um edifício para implementação de um centro de empreendedorismo de base local - Parque Tecnológico de Tondela - 2.ª fase

1.008.235,29 857.000,00

Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)

0,00 745,00

Aumento do grau de

satisfação dos residentes que

habitam em áreas com estratégias

integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)

N.a. N.a. 3 4

FONTE: PEDU do município de Tondela

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 155

15. QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO

15.1. Programa Operacional Centro 2020

O Programa Operacional Centro 2020 encontra-se integrado no Portugal 2020 e é o instrumento de

programação para a aplicação dos fundos europeus para a região Centro de Portugal, no período entre

2014 e 2020. Tem uma dotação de 2,155 mil milhões de euros, dos quais 1,751 mil milhões de euros

correspondem ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 404 milhões de euros

correspondem ao Fundo Social Europeu (FSE).

De acordo com os objetivos do Centro 2020, a Região Centro ambiciona tornar-se Innovation Follower,

representar 20% do PIB Nacional e convergir para os níveis de produtividade nacional, diminuir em

10% as assimetrias territoriais, ter 40% da população jovem com formação superior e ter uma taxa de

desemprego inferior a 70% da média nacional.

A Região Centro terá como prioridades, até 2020, sustentar e reforçar a criação de valor e a

transferência de conhecimento, promover um tecido económico responsável, industrializado e

exportador, captar e reter talento qualificado e inovador, reforçar a coesão territorial, estruturar uma

rede policêntrica de cidades de média dimensão, dar vida e sustentabilidade a infraestruturas existentes

e consolidar a capacitação institucional.

O Centro 2020 está estruturado em 9 eixos prioritários (mais um), mobilizando 9 objetivos temáticos e

27 prioridades de investimento. Apresentam-se de seguida os eixos prioritários:

• Eixo 1 - Investigação, desenvolvimento e inovação (IDEIAS)

• Eixo 2 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

• Eixo 3 - Desenvolver o potencial humano (APRENDER)

• Eixo 4 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR e CONVERGIR)

• Eixo 5 - Fortalecer a coesão social e territorial (APROXIMAR e CONVERGIR)

• Eixo 6 - Afirmar a sustentabilidade dos recursos (SUSTENTAR)

• Eixo 7 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)

• Eixo 8 - Reforçar a capacitação institucional das entidades regionais (CAPACITAR)

• Eixo 9 - Reforçar a rede urbana (CIDADES)

• Eixo 10 - Assistência técnica

Em face deste novo Programa Operacional Regional do Centro 2014 - 2020, o concelho de Tondela

tem atualmente (com dados atualizados a 30.04.2017) 11 projetos aprovados com um investimento

total elegível de 1.933.721,64€ e um fundo total aprovado de 1.363.615,27€, correspondente a uma

taxa de cofinanciamento de 71% (cfr quadro seguinte). Destes 11 projetos, 3 são da responsabilidade

do município de Tondela, todos com uma taxa de cofinanciamento de 85%, correspondentes a 62% do

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total de investimento total elegível para o concelho (1.196.850,57€) e a 75% do total do fundo total

aprovado (1.017.322,98€).

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 157

Quadro 70. Projetos aprovados no âmbito do Centro 2020 no concelho de Tondela (com dados atualizados a 30.04.2017)

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais atribuíd

as à operaçã

o

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Resumo da Operação

Data de Aprovaç

ão

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciam

ento

CENTRO-09-1406-FEDER-000008

Implementação do Sistema de Transporte a Pedido no Concelho de Tondela - Transporte de Passageiros a Pedido

MUNICÍPIO DE TONDELA

91020,00

77367,00

FEDER

09 - Reforçar a rede urbana (CIDADES)

04 - Apoiar a transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores

4.5- A promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;

15/12/2016

30/11/2016

31/10/2017

Medidas ambientais destinadas a reduzir e/ou evitar emissões de gases com efeito de estufa (incluindo tratamento e armazenagem de gás metano e compostagem)

85,0

CENTRO-07-2114-FEDER-000046

Requalificação da fachada da Igreja Românica de Canas de Santa Maria

MUNICÍPIO DE TONDELA

190047,04

161539,98

FEDER

07 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)

06 - Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética

6.3- A conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural;

13/04/2017

01/02/2017

31/08/2017

Proteção, desenvolvimento e promoção de ativos públicos culturais e patrimoniais

85,0

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 158

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais atribuíd

as à operaçã

o

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Resumo da Operação

Data de Aprovaç

ão

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciam

ento

CENTRO-03-5673-FEDER-000061

REABILITAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE TONDELA – FASE 1

MUNICÍPIO DE TONDELA

915783,53

778416,00

FEDER

03 - Desenvolver o potencial humano (APRENDER)

10 - Investir na educação, na formação e na formação profissional para aquisição de competências e a aprendizagem ao longo da vida

10.5- Desenvolvimento das infraestruturas educativas e formativas;

22/02/2017

12/02/2017

31/12/2018

Infraestruturas educativas para o ensino escolar (ensino básico e secundário)

85,0

CENTRO-02-0651-FEDER-008554

Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade

VALE - SOLUÇÕES PARA PRODUÇÃO, LDA

19800,00

14850,00

FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.1- A promoção do espírito empresarial nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas.

Implementação do Sistema de

Gestão da Qualidade

27/10/2015

17/11/2015

16/11/2016

Desenvolvimento das atividades das PME, apoio ao empreendedorismo e incubação, incluindo apoio a empresas derivadas (spin-outs) e a novas empresas (spin-offs)

78,7

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 159

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais atribuíd

as à operaçã

o

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Resumo da Operação

Data de Aprovaç

ão

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciam

ento

CENTRO-04-3560-FSE-021118

ARQUINEW - Plano de internacionalização 2016 / 2018

ARQUINEW - ARQUITECTURA E PROJECTOS LDA

2089,43 1462,60 FSE

04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)

08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral

8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;

ARQUINEW - Plano de

internacionalização 2016 /

2018

03/11/2016

22/06/2016

21/06/2018

Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança

85,0

CENTRO-04-3560-FSE-020752

MÓDULO GEOMÉTRICO ? Plano de internacionalização 2016 / 2018

MÓDULO GEOMÉTRICO - DESIGN, DECORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LDA

1746,51 1222,56 FSE

04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)

08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral

8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;

MÓDULO GEOMÉTRICO

? Plano de internacionaliz

ação 2016 / 2018

03/11/2016

08/07/2016

07/07/2018

Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança

85,0

CENTRO-02-0752-FEDER-021118

ARQUINEW - Plano de internacionalização 2016 / 2018

ARQUINEW - ARQUITECTURA E PROJECTOS LDA

260267,60

117120,42

FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.2- O desenvolvimento e aplicação de novos modelos empresariais para as PME, especialmente no que respeita à internacionalização.

ARQUINEW - Plano de

internacionalização 2016 /

2018

03/11/2016

22/06/2016

21/06/2018

Serviços avançados de apoio a PME e grupos de PME (incluindo serviços de gestão, marketing e design)

78,7

CENTRO-02-0752-FEDER-020752

MÓDULO GEOMÉTRICO ? Plano de internacionalização 2016 / 2018

MÓDULO GEOMÉTRICO - DESIGN, DECORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LDA

253922,60

114265,17

FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.2- O desenvolvimento e aplicação de novos modelos empresariais para as PME, especialmente no que respeita à

MÓDULO GEOMÉTRICO

? Plano de internacionaliz

ação 2016 / 2018

03/11/2016

08/07/2016

07/07/2018

Serviços avançados de apoio a PME e grupos de PME (incluindo serviços de gestão, marketing e design)

78,7

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 160

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais atribuíd

as à operaçã

o

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Resumo da Operação

Data de Aprovaç

ão

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciam

ento

internacionalização.

CENTRO-02-0853-FEDER-003964

Implementação da NP EN ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração e norma NP EN ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança alimenta

NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.

19800,00

14850,00

FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.3- A concessão de apoio à criação e ao alargamento de capacidades avançadas de desenvolvimento de produtos e serviços;

Implementação da NP EN

ISO/IEC 17025 - Requisitos

gerais de competência

para laboratórios de

ensaio e calibração e

norma NP EN ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança alimenta

11/08/2015

15/09/2015

14/09/2016

Processos de investigação e inovação nas PME (incluindo «vales», processos, conceção, serviços e inovação social)

78,7

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 161

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais atribuíd

as à operaçã

o

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Resumo da Operação

Data de Aprovaç

ão

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciam

ento

CENTRO-02-0853-FEDER-018258

NUTRINOVA | INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL E MARKETING

NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.

171799,63

77309,83

FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.3- A concessão de apoio à criação e ao alargamento de capacidades avançadas de desenvolvimento de produtos e serviços;

NUTRINOVA | INOVAÇÃO

ORGANIZACIONAL E

MARKETING

12/01/2017

29/03/2016

28/03/2018

Investimento produtivo genérico em pequenas e médias empresas («PME»)

78,7

CENTRO-04-3560-FSE-018258

NUTRINOVA | INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL E MARKETING

NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.

7445,30 5211,71 FSE

04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)

08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral

8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;

NUTRINOVA | INOVAÇÃO

ORGANIZACIONAL E

MARKETING

12/01/2017

29/03/2016

28/03/2018

Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança

85,0

FONTE: Centro 2020, In http://www.centro.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 162

O município de Tondela faz parte integrante da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões – CIM

Viseu Dão Lafões - regendo -se pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e demais disposições legais

aplicáveis. A Comunidade é composta pelos municípios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro

Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Stª Comba Dão, S. Pedro do Sul,

Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

Considerando que o Acordo de Parceria que Portugal assinou com a Comissão Europeia propõe para

o período 2014 – 2020 a escala NUTS III como referência territorial para a concretização de

Investimentos Territoriais Integrados (ITI), através de Pactos de Desenvolvimento e Coesão Territorial

(PDCT), a CIM Viseu Dão Lafões estabeleceu com as Autoridades de Gestão dos Programas

Operacionais um PDCT em 31 de agosto de 2015 com um apoio global de Fundo de 39.613.322,33€.

Para o efeito a CIM Viseu Dão Lafões comprometeu-se a contribuir para o cumprimento das metas dos

Programas Operacionais através das metas dos indicadores de realização e dos indicadores de

resultado associados às prioridades de investimento / tipologias de operações contratualizadas na

Pacto.

Neste contexto a CIM Viseu Dão Lafões tem atualmente (com dados atualizados a 30.04.2017) 4

projetos aprovados (onde se inclui a componente da assistência técnica à entidade) com um

investimento total elegível de 1.149.287€ e um fundo total aprovado de 976.894€, correspondente a

uma taxa de cofinanciamento de 85% (cfr quadro seguinte).

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REOT TONDELA 2017

Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 163

Quadro 71. Projetos aprovados no âmbito do Centro 2020 para a CIM Viseu Dão Lafões (com dados atualizados a 30.04.2017)

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais

atribuídas à

operação

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Data de Aprovaçã

o

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciamen

to

CENTRO-06-1406-FEDER-000005

Elaboração do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Região Viseu Dão Lafões

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES

188235 160000 FEDE

R

06 - Afirmar a sustentabilidade dos recursos (SUSTENTAR)

04 - Apoiar a transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores

4.5- A promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;

18/11/2015

02/11/2015 31/12/2016

Sistemas de transporte inteligentes (incluindo a introdução da gestão da procura, sistemas de portagem, sistemas TI de monitorização, de controlo e de informação)

85,0

CENTRO-07-2114-FEDER-000031

Sinalização Turística de Viseu Dão Lafões

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES

110588 94000 FEDER

07 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)

06 - Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética

6.3- A conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural;

12/01/2017

31/10/2016 31/12/2017

Proteção e promoção da biodiversidade, proteção da natureza e infraestruturas «verdes»

85,0

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 164

Código da

Operação

Nome da Operação

Nome do Beneficiário

Despesas

elegíveis totais

atribuídas à

operação

Fundo Total

Aprovado

FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático

Prioridade de Investimento

Data de Aprovaçã

o

Data de Início de

financiamento

Data de fim de

financiamento

Domínio de Intervenção

Taxa de Cofinanciamen

to

CENTRO-02-0651-FEDER-000048

EMPREENDER+ VISEU DÃO LAFÕES - Promoção do Empreendedorismo na Região Viseu Dão Lafões

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES

502724 427315 FEDER

02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)

03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas

3.1- A promoção do espírito empresarial nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas.

14/06/2016

01/11/2015 31/10/2017

Desenvolvimento das atividades das PME, apoio ao empreendedorismo e incubação, incluindo apoio a empresas derivadas (spin-outs) e a novas empresas (spin-offs)

78,7

CENTRO-10-6177-FEDER-000009

Assistência Técnica 2015/2016

COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES

347740 295579 FEDER

10 - Assistência Técnica

13 - Não aplicável (apenas assistência técnica)

13.1- AT 14/06/2016

01/01/2015 31/12/2016

Preparação, execução, acompanhamento e inspeção

85,0

FONTE: Centro 2020, In http://www.centro.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 165

Merece particular referência o Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes (PIMT) que constitui

um instrumento que estabelece a estratégia global de intervenção em matéria de organização das

acessibilidades e gestão da mobilidade, definindo um conjunto de ações e medidas que contribuam

para a implementação e promoção de um modelo de mobilidade integrada mais sustentável compatível

com o desenvolvimento económico, indutor de uma maior coesão social e orientado para a proteção

do ambiente e eficiência energética, tanto a nível intermunicipal como a nível local. O PIMT encontra-

se em elaboração tendo estado recentemente em fase de discussão pública até dia 8 de maio de 2017.

No PDCT que a CIM Viseu Dão Lafões estabeleceu com as Autoridades de Gestão dos Programas

Operacionais consta um Quadro de Investimentos elaborado no contexto da preparação do Programa

de Ação do PDCT, onde os municípios e a CIM delinearam um conjunto alargado de intenções de

investimento relativamente a cada Eixo. No que concerne exclusivamente ao concelho de Tondela, não

se incluindo os investimentos potenciadores da CIM, o Quadro de Investimentos do PDCT é o seguinte:

Quadro 72. Quadro de Investimentos do PDCT para o concelho de Tondela

PI Designação do Investimento Valor Investimento

Total (€) Ano Início % Imp.

04.03 Piscina Municipal de Tondela 256.700,00€ 2015 100

04.03 Piscina Municipal de Campo de Besteiros

140.250,00€ 2015 100

09.01 Carta e Diagnóstico Social 8.585,00€ 2016 100

09.01 ArteINclusão 15.300,00€ 2016 100

09.01 Ateliers agregadores de gerações e de afetos

46.750,00€ 2016 100

09.01 Biblioteca Itinerante 8.500,00€ 2016 100

09.04 Aproximar Saúde e Teleassistência 29.750,00€ 2016 100

09.04 Envelhecimento Ativo 49.300,00€ 2016 100

09.01 Intervenções nos domínios da mediação familiar, apoio psicológico familiar, proteção de crianças e idosos

18.700,00€ 2016 100

09.01 Combate ao isolamento e fomento da retaguarda social

93.250,00€ 2016 100

09.01 Capacitação de cuidadores informais 21.250,00€ 2016 100

09.01 Programas de Apoio Parental 17.000,00€ 2016 100

09.07 Unidade de Cuidados Continuados 0 2016 100

09.07 USF Canas de St.ª Maria 0 2016 100

09.07 Extensão de Saúde de Campo de Besteiros

144.500,00 2016 100

06.03 Requalificação da fachada da Igreja Romântica de Canas de St.ª Maria

170.000,00€ 2016 100

06.03 Musealização dos antigos escritórios da Fábrica da Naia

0 - 100

10.01 Minis em Ação (com valências e atividades experimentais)

51.000,00€ 2016 100

10.01 Atividades do PEM - Projeto Educativo Municipal

76.500,00€ 2016 100

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PI Designação do Investimento Valor Investimento

Total (€) Ano Início % Imp.

10.01 Centro de Ciência Viva (plano de valorização da intervenção pedagógica)

255.000,00€ 2016 100

10.01 Gabinete de Intervenção Pedagógica (ateliers de arte e apoio psicopedagógico)

110.500,00€ 2016 100

10.01 Apetrechamento / simuladores e laboratórios - Prgramas de Valorização de Práticas Simuladas

255.000,00€ 2016 100

10.01 Complementos alimentares para alunos carenciados

48.501,00€ 2016 100

10.05 Centro Escolar de Tondela 318.609,81€ 2016 100

10.05 Escola Básica de Tondela 0 2016 100

10.05 Escola Básica de Campo de Besteiros 0 2016 100

10.05 Escola Secundária de Tondela 778.416,00€ 2016 100

FONTE: PDCT da CIM Viseu Dão Lafões

Consta do Quadro de Investimentos do PDCT um total de 27 projetos para o concelho de Tondela com

um valor de investimento total de 2.913.362,00€.

15.2. PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO 2007 -

2013

O município de Tondela foi beneficiário de um conjunto de investimentos realizados no âmbito do

anterior quadro comunitário de apoio por intermédio do Programa Operacional Regional do Centro 2007

– 2013 (Mais Centro). O Programa Mais Centro desdobrou-se em 4 Eixos Prioritários (sendo um deles

dedicado à Assistência Técnica), a saber: i) Eixo 1 - Competitividade, Inovação e Conhecimento, ii)

Eixo 2 - Valorização do Espaço Regional e iii) Eixo 3 - Coesão Local e Urbana.

De uma forma sintética apresenta-se de seguida a sistematização dos projetos aprovados no município

de Tondela no âmbito do Programa Mais Centro, recorrendo para o efeito à informação disponibilizada

pela CIM Viseu Dão Lafões.

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Quadro 73. Listagem de projetos aprovados, no âmbito do contrato de subvenção global com o PO Mais Centro, no concelho de Tondela, até 30 de setembro de 2015

Eixo Regulamento Designação Projeto Investimento Elegível (€)

FEDER Aprovado (€)

Eixo 1 Área de Acolhimento Empresarial Requalificação da ETAR da Zona Industrial Municipal da Adiça 1.194.465,66 1.015.295,81

Eixo 1 Economia Digital e Sociedade do Conhecimento Espaço Internet de Canas de Santa Maria 73.506,59 62.480,60

Eixo 1 Economia Digital e Sociedade do Conhecimento Quadros Interativos 38.502,20 30.801,76

Eixo 2 Rede de Equipamentos Culturais Requalificação da Escola Básica n.º 1 em Arquivo Municipal 390.608,89 332.017,56

Eixo 2 Valorização e Qualificação Ambiental Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário em Campo de Besteiros 408.857,29 347.528,70

Eixo 2 Valorização e Qualificação Ambiental Arranjos Urbanísticos envolventes à Igreja do Guardão 246.124,16 209.205,53

Eixo 3 Equipamentos para a Coesão Local Centro Recursos Culturais Tondela - 2a. Fase 242.694,40 206.290,24

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais C.M. Carvalhal - Ermida 214.219,63 182.086,68

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais C.M. Vila Nova de Tonda - Alto Pendão-Tondela 232.598,41 197.708,65

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Estrada Municipal Carvalhal-Mouraz/ Zona Industrial Adiça Mouraz 216.993,87 184.444,79

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da antiga EN2 e estradas municipais confluentes em Canas de Santa Maria

1.210.762,09 1.029.147,78

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. 1510-Almofala/Abóboda -S. João do Monte/ Caramulinho 1.246.065,31 1.059.155,52

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. 1519 e das Estradas Municipais de ligação à E.R.228 717.056,59 609.498,10

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. Várzea do Homem/Molelinhos 935.421,19 795.108,01

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação E.R. 230 Fungão/Molelos/Campo Besteiros /Caramulo e arruamentos contíguos

3.089.918,50 2.626.430,73

Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Variante de S. Miguel do Outeiro 329.737,58 280.276,94

Eixo 3 Requalificação da Rede Escolar Centro Escolar de Tondela 988.381,14 840.123,97

Eixo 3 Requalificação da Rede Escolar EBI Campo Besteiros 1.666.189,76 1.416.261,30

FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao

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Quadro 74. Listagem de projetos aprovados pelo PO Mais Centro, até 30 de setembro de 2015, por Regulamento Específico no concelho de Tondela

Eixo Regulamento Designação Projeto Aviso de Concurso FEDER Aprovado (€)

Eixo 3 Equipamentos para a Coesão Local Reconversão do Campo desportivo do Bairro Novo de Nandufe CENTRO-COE-2014-25 290.498,81

Eixo 3 Mobilidade Territorial E.M. 610 Troço Corveira - Vale do Porco CENTRO-MOT-2015-31 102.646,43

Eixo 3 Mobilidade Territorial E.M. Ferreirós do Dão/Lajeosa do Dão CENTRO-MOT-2015-31 230.651,72

FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao

Projetos com aprovação condicionada em regime de overbooking.

Quadro 75. Listagem de projetos aprovados, pelo Mais Centro, no âmbito da Regeneração Urbana no concelho de Tondela, até 30 de setembro de 2015

Regulamento Designação Projeto Aviso de Concurso FEDER Aprovado

(€)

Rede Urbana para a Competitividade e Inovação NESTPOLIS - Polo de Biotecnologia, Saúde 385.258,75 327.469,94

Rede Urbana para a Competitividade e Inovação REC Oficinas Criativas 599.503,56 509.578,03

Parcerias para a Regeneração Urbana Arranjo urbanístico do Largo da Praça dos Besteiros 1.985.055,96 1.687.297,59

Parcerias para a Regeneração Urbana Arranjo urbanístico do Largo da Urbanização da Misericórdia 159.146,16 135.274,24

Parcerias para a Regeneração Urbana Conceção do Discurso Expositivo 452.046,48 384.239,51

Parcerias para a Regeneração Urbana Gabinete de Apoio à Reabilitação das Edificações 30.857,15 26.228,58

Parcerias para a Regeneração Urbana Novas Ruas para a Prosperidade (plano de comunicação) 257.543,07 218.911,61

Parcerias para a Regeneração Urbana Regeneração Urbana do Centro Histórico de Tondela 2.359.766,83 2.005.801,81

Parcerias para a Regeneração Urbana Requalificação/Ampliação dos Paços do Concelho 143.132,94 121.663,00

Parcerias para a Regeneração Urbana Construção de parque de estacionamento 360.281,74 306.239,48

FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao

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16. PLANO INTERMUNICIPAL DE MOBILIDADE E

TRANSPORTES DE VISEU E DÃO LAFÕES

O Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes de Viseu Dão Lafões (PIMT) é um instrumento de

Planeamento e Gestão do Sistema de Transportes materializado num documento estratégico com

fortes bases operacionais que servirá como ferramenta de ação, de sensibilização da população e dos

stakeholders, de articulação entre os diferentes modos de transporte e a eficiência crescente dos

modos de transporte alternativos numa lógica de descarbonização progressiva da mobilidade da região.

Este Plano visa a implementação, de uma forma racional e eficaz, de um sistema integrado de

mobilidade, com o mínimo custo de investimento e de exploração possível, e que leve a uma diminuição

do uso do transporte individual (TI), garantindo simultaneamente a adequada mobilidade das

populações, a equidade social, a qualidade de vida urbana e a preservação do património histórico e

cultural da região.

O PIMT culmina com um Plano / Programa de ação onde se apresentam as intervenções a realizar em

cada território pelas diversas áreas temáticas: Transporte Público (TP), Modos Suaves (MS),

Transporte Individual Motorizado (TI), Eficiência Energética (EE), Ordenamento do Território (OT),

Promoção (PR) e Governação (GO). Estão definidas 47 ações propostas para as quais são

apresentadas 407 fichas de ações, sendo que grande parte das ações são de nível municipal e a sua

concretização será autónoma em cada município, mantendo os objetivos e prazos comuns.

Neste contexto, apresenta-se de seguida um resumo das fichas de ação para o concelho de Tondela,

verificando-se que existe um total de 28 fichas de ação para o concelho. O TI é a área temática com

maior número de ações (9), seguido do TP (7), dos MS (6), do OT (5) e finalmente a EE com apenas 1

ação.

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Quadro 76. Resumo das fichas de ação para o concelho de Tondela no âmbito do PIMT Viseu Dão Lafões

Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

Área temática - Transporte Público (TP)

1.12.TND Reorganização do carregamento SIGGESC

Curto prazo (2019)

Para que seja possível reorganizar a rede e os serviços, o carregamento da informação dos serviços atuais que os operadores de transportes realizam na região deverá estar replicada na plataforma SIGGESC de acordo com operação comercial. Para tal deverá ser validada, com base na informação comercial dos operadores disponibilizada ao público – horários comerciais – com a estrutura da informação carregada no sistema SIGGESC e solicitar os ajustamentos necessários aos operadores para a simplificação da informação. Esta ação deve ser articulada com a ação relativa ao Transporte Escolar sendo recomendável que as carreiras que realizam este serviço sejam careiras municipais para diminuir o número de interlocutores nos ajustamentos da operação necessários no arranque de cada ano escolar.

OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

OE3. Disponibilizar informação percetível

sobre a rede, serviços e tarifários de Transporte

Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC

1.27.TND Reorganização da Rede e Serviços

Curto prazo (2019)

A reorganização da rede e serviços de Transporte Públicos deverá considerar um conjunto de princípios de simplificação e de otimização de redes. Uma rede simplificada é melhor compreendida pelos utilizadores, em particular os menos frequentes e que poderão gerar mais viagens, potenciado assim a utilização do TP. Uma rede mais simples tem ainda a vantagem de consumir menos recursos de gestão, que poderão ser aplicados na melhoria do serviço ao passageiro. Esta ação implica um conhecimento da rede e dos serviços que as Autoridades de Transportes (CIM e municípios) não detêm e que iram adquirir ao longo do período transitório de implementação do RJSPTP. Desta forma, considera-se que ações de reestruturação mais profundas sejam realizadas numa fase de maior conhecimento da rede e dos serviços de transporte e, em particular, dos seus níveis de utilização.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de

Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC I2. População

servida pela rede de TP

I3. Nº de veículos.quilómetro (VKM) percorridos

I4. Nº de passageiros

transportados em TP

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

1.42.TND Definição de Níveis Mínimos de Serviço Público

Curto prazo (2019)

A reorganização da rede e dos serviços deve procurar atingir os níveis mínimos de serviço público previstos no RJSPTP e que se regem pelo seguinte conjunto de critérios: cobertura espacial/territorial adequada, cobertura temporal razoável, comodidade, custos acessíveis a todos os cidadãos e custos sustentáveis para o Estado, autarquias e operadores. Deverá ser validada a atualidade da informação do Censos 2011, ou seja, se nos locais identificados com 40 ou mais habitantes há efetivamente um número mínimo de 40 habitantes, e identificados os locais/população com necessidade de definição de serviços de transporte e cruzamento desta informação com os locais identificados com alunos residentes e que utilizam transporte escolar. A compilação da informação permitirá a definição dos serviços de transporte: regular/flexível, itinerário(s), paragens, horários e os dias de realização. Recomenda-se que a identificação das necessidades de mobilidade seja realizada pelos municípios, em articulação com a Comunidade Intermunicipal e o desenho de rede seja articulado com o operador de transporte.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC I2. População

servida pela rede de TP

I3. Nº de veículos.quilómetro (VKM) percorridos

I4. Nº de passageiros

transportados em TP

1.57.TND Articulação do Transporte Escolar

Curto prazo (2019)

O transporte escolar deve ser planeado à escala municipal e contratualizado à escala intermunicipal materializando uma solução otimizada, a partir dos serviços comerciais existentes e, se necessário, complementada por serviços especializados. A contratualização do serviço de transporte escolar à escala intermunicipal deverá permitir a maximização dos recursos existentes e a diminuição dos custos. Para uniformizar a informação necessária deverão ser georreferenciados os locais de residência dos alunos transportados e os respetivos estabelecimentos de ensino. Paralelamente deverão ser identificados os serviços comerciais existentes que permitem assegurar as deslocações dos alunos para as respetivas escolas: recomenda-se que a identificação dos serviços que realizam transporte escolar seja efetuada de acordo com o serviço comercial efetivamente realizado (após a concretização da ação de reorganização do carregamento do SIGGESCC). Complementarmente deverão ser definidos circuitos especializados para os alunos não servidos pela rede regular e ajustados em função das necessidades de mobilidade em territórios de baixa densidade.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

1.72.TND Oferta em zonas de Baixa Densidade

Curto prazo (2019)

A exploração do serviço público de transporte de passageiros pode ocorrer em regime de exploração regular, flexível ou mista, em função das necessidades de transportes a satisfazer na área geográfica a servir. Numa perspetiva de otimização de recursos e redução de custos, à semelhança da contratualização de transporte regular e serviços de transporte escolar, recomenda-se que seja desenvolvida uma solução única para a região que integre as necessidades e os meios disponíveis em cada município. Para a concretização desta ação será necessário identificar as reais necessidades de deslocação e as restrições existentes, sejam de restrições de horários, mobilidade condicionada, entre outras. Paralelamente será necessário identificar os meios disponíveis (municipais, IPSS, outras entidades) e compatibilizar necessidades de deslocação com circuitos escolares já existentes. A compilação da informação recolhida permitirá definir circuitos para a população não servida por circuitos escolares: itinerário(s), paragens, horários e os dias de realização. Sendo a constituição das Autoridades de Transportes um processo recente, considera-se que a definição destes serviços deverá ser articulada com a rede regular, com o transporte escolar e integrada no procedimento de contratualização, deixando liberdade ao operador para definição da intensidade do serviço (regular/flexível), num enquadramento de serviços mínimos definido.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de

Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC

1.77.TND Implementação de Circuitos Urbanos

Curto prazo (2019)

O novo regime jurídico impõe transportes urbanos para cidades a partir dos 50.000 habitantes. No entanto considera-se que a cidades de Mangualde, deve dispor de um circuito urbano de transporte público que promova uma mobilidade mais sustentável, assegurando as ligações dos principais polos atractores de viagens. Este circuito atuará como promotor de uma melhor mobilidade, disponibilizando às populações, que se deslocam à sede de concelho, um complemento de mobilidade, bem como, incentivar a utilização de transportes públicos em deslocações urbanas em detrimento do transporte individual. Desta forma serão disponibilizados à população serviços de proximidade promotores de uma mobilidade sustentável. Na cidade de Tondela o circuito urbano deverá assegurar a ligação entre o Centro de Coordenação de Transportes, as escolas, o Hospital, Centro de Saúde e Parque Urbano. Este circuito urbano deverá ser integrado na rede a concessionar na região de forma a maximizar os recursos e minimizar os custos associados.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de

Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I1. Quota em TC

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

Implementação do Circuito Urbano no Centro Urbano de Tondela (Ação 1.77.TND)

1.90.TND

Melhoria das Condições de Espera e Transbordo (Interfaces)

Médio Prazo (2022)

Para assegurar uma maior atratividade do sistema de transporte público, deverão ser criadas boas condições de conforto nos locais de espera e de transbordo. Desta forma, deverão ser promovidas as melhorias necessárias nas infraestruturas de apoio ao sistema de transporte público e no espaço envolvente, nomeadamente: ● Colocação/Renovação de abrigos confortáveis e modernos; ● Acessos para todos (pessoas com mobilidade condicionada); ● Disponibilização de informação sobre a rede e serviços nos interfaces e paragens ● Melhoria/Construção de interfaces nas sedes de concelho. Em sede de PEDU e PARU, 8 municípios apresentaram ações para criação de interfaces ou melhoria das condições da interfaces existentes. As medidas que fizeram parte da candidatura apresentam-se também no âmbito do PIMT, como medidas necessárias à promoção de uma mobilidade sustentável na região. As propostas de requalificação de interfaces não contempladas por financiamento, poderão ser incluídas, juntamente com a futura gestão do equipamento, na contratualização do serviço público de transportes da região.

OE1. Garantir acesso generalizado aos

serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a

pedido) OE2. Promover a integração física e

tarifária do Transporte Coletivo

OE3. Disponibilizar informação percetível

sobre a rede, serviços e tarifários de Transporte

Coletivo OE4. Hierarquizar a rede

de interfaces de Transporte Coletivo

M1. Aumentar 8% a quota atual de TC

(baseado na meta de duplicação

apresentada pela UITP)

I5. Nº de pontos de espera e

transbordo intervencionados

I6. Nº de interfaces construídos /

intervencionados

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

Área temática - Modos Suaves (MS)

2.11.TND Eixos prioritários para os modos suaves - Tondela

Curto prazo (2019)

Propõe-se a implementação de melhorias nos eixos prioritários para os modos suaves definidos, de modo a serem conseguidas condições ótimas para circular a pé e de bicicleta. Estes atuam como o primeiro passo para estabelecimento de melhores condições para a circulação a pé e de bicicleta, e devem ser posteriormente ampliados pela beneficiação da rede pedonal em meio urbano e pela estruturação de redes cicláveis municipais. As intervenções devem seguir as melhores práticas para assegurar o cumprimento dos objetivos, sendo que a materialização destes eixos não implica necessariamente intervenções profundas no espaço público. Os eixos foram definidos em nível 1 e 2. Para Tondela foram definidos os eixos de nível 1 nos troços: Rua Dr. Teófilo da Cruz, Av. General Humberto Delgado, Rua Dr. Amadeu Ferraz de Carvalho, Rua Urbano Figueiredo da Cruz, Av. de Portugal, Rua Amália do Vale, Rua Dr. António Marques da Costa, Rua Eduardo António Coimbra, Rua José Bernardo da Silva (ligação à zona com industria). Do nível 2 nos troços: Rua Comandante João Matos Ferreira, Rua Tomaz Ribeiro, continuação até à Rua da Estação (ligação à Ecopista do Dão). A localização pode ser consultada em pormenor na cartografia de apoio apresentada.

OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de

mobilidade OE6. Utilizar com

eficiência o espaço público incentivando a

opção pelo modo pedonal

M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal

M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável

I9. Extensão de eixos prioritários

criados/executados I7. Quota no Modo

Pedonal I8. Quota no Modo

Ciclável

Eixos Prioritários Modos Suaves (Ação 2.11.TND)

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

2.25.TND Beneficiação da rede pedonal em meio urbano

Médio Prazo (2022)

Para um aumento da circulação de peões em meio urbano pode que ser feita uma abordagem mais alargada para beneficiação dos espaços pedonais e da rede pedonal, em geral, nos centros urbanos, agindo em complemento da aplicação dos eixos prioritários para os modos suaves. Desta forma, sugere-se que sejam elaborados planos municipais para beneficiação da rede pedonal em meio urbano, definindo quais os centros a beneficiar, em quais eixos, de que forma e qual a calendarização das intervenções. Para definir quais os eixos a beneficiar podem ser adotadas as estratégias que se adequem melhor para analisar sistematicamente as redes pedonais. A estratégia do desenvolvimento orientado ao transporte público pode servir para analisar a proximidade com terminais ou interfaces de transporte público e o desenvolvimento de caminhos pedonais à sua volta. Devem também ser definidas centralidades nos espaços urbanos, pelo menos uma “centralidade principal” em cada zona urbana, e a partir daí caminhos pedonais prioritários para serem requalificados. Em complemento a estas duas estratégias é possível analisar estas redes pedonais através da “permeabilidade à circulação pedonal”, com a aplicação do indicador RPP referido no PIMT. Podem ser consideradas também a implementação de zonas 30, assim como medidas suplementares de acalmia de tráfego. Os planos de beneficiação da rede pedonal a nível urbano devem ainda assegurar que as intervenções sigam as melhores práticas de aplicação. Sugere-se que sejam elaborados os planos a um curto prazo (2 anos – até 2019) para um período de aplicação (ou ciclo de intervenção) de 5 anos. No final desse período o plano deverá ser atualizado e o período de aplicação de 5 anos novamente iniciado.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal

M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal

I10. Nº de planos realizados [1 por

município] I11. Extensão de vias beneficiadas I12. População

beneficiada [nº de habitantes numa área de influência

até 400m das intervenções]

I13. Nº de centros urbanos com intervenções

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

2.39.TND Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais

Médio Prazo (2022)

Diferente dos meios mais urbanos é a realidade em aglomerados mais rurais, onde em muitos locais é difícil a compatibilização de espaço pedonal e viário, seja por falta de espaço, incompatibilidade de funções da via ou outras condicionantes. Assim sugere-se que sejam elaborados planos para beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais. Estes planos devem ser desenvolvidos a nível municipal, com identificação dos aglomerados rurais onde será necessário intervir e sinalizados os mais urgentes, com uma calendarização adequada das futuras intervenções. As futuras intervenções devem ser planeadas seguindo os conceitos apresentados no PIMT de ligações principais, em especial aos terminais de transporte público (e.g. paragens de autocarro), com a possível criação de pequenas centralidades e análises de acesso pedonal a partir daí. Podem ser consideradas também a implementação de zonas 30, assim como medidas suplementares de acalmia de tráfego, estreitamento de faixas de rodagem, ou outros. Os planos devem ainda assegurar que as intervenções sigam as melhores práticas de aplicação e execução a nível de pormenores construtivos. Estes planos devem ser interligados com a ação “Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas” e, também, com a ação “Estruturação de redes cicláveis municipais”.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal

M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal

I10. Nº de planos realizados [1 por

município] I11. Extensão de vias beneficiadas I12. População

beneficiada [nº de habitantes numa área de influência

até 400m das intervenções]

I14. Nº de aglomerados rurais com intervenções

2.53.TND Estruturação de redes cicláveis municipais

Médio Prazo (2022)

Sugere-se a elaboração de um plano de rede ciclável a nível municipal para que sejam abrangidas as populações fora das sedes de concelho. Deve ser tida em consideração a ligação entre zonas urbanas e a outros aglomerados próximos. O plano de rede deve ter em atenção as opções com melhor relação de custo benefício, em termos da percentagem da população servida, potencial de uso, custo de investimento, e outros, com uma devida calendarização e definição de prioridades de intervenção. O desenho e pormenores construtivos terá um papel fundamental no desempenho da infraestrutura, pelo que devem ser tidas em consideração as melhores práticas e recomendações, algumas das quais enunciadas no PIMT. Esta rede deverá ser uma extensão aos eixos prioritários e deverá ligar aglomerados mais urbanos e efetuar a ligação destes com a rede ciclável intermunicipal (de lazer). Os planos devem ter em consideração as ações “Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas”, “Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais”.

OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de

mobilidade

M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável

I10. Nº de planos realizados [1 por

município] I15. Extensão de

ciclovias executadas

I16. População beneficiada [nº de habitantes numa área de influência

até 1000m das intervenções]

I8. Quota no Modo Ciclável

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

2.67.TND Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas

Médio Prazo (2022)

No território observam-se muitas vezes a existência de pontos perigosos para atravessamento a pé ou de bicicleta, que limita o acesso das populações e diminui a comodidade, interesse e segurança pela utilização dos modos suaves. Isto acontece em passagens superiores ou inferiores de canais rodoviários, em pontos de ligação entre zonas urbanas ou outros aglomerados mais rurais. Desta forma, é sugerido que sejam elaborados planos de mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas, para cada concelho. Estes planos devem consistir numa identificação e mapeamento destes pontos a nível municipal, devem propor soluções tipo e quais as que se aplicam em que casos e, ainda, definir uma calendarização para as intervenções a efetuar. Devem ser tidas em especial atenção as vias rodoviárias de maior volume e maior velocidade, assim como as zonas de atravessamento de localidades e/ou de pequenos aglomerados. Para estes casos podem ser adotadas medidas de aproximação como “portões de localidades”, gincanas, entre outros. Estes planos devem ser interligados com as ações “Estruturação de redes cicláveis municipais”, “Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais” e “Rede Intermunicipal de Ecopistas”.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal

M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal

I10. Nº de planos realizados [1 por

município] I17. Nº de locais beneficiados (%

face aos identificados)

I12. População beneficiada [nº de habitantes numa área de influência

até 400m das intervenções]

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

2.81.TND Rede de estacionamento de bicicletas

Médio Prazo (2022)

Um importante apoio a quem usa a bicicleta como meio de transporte é poder deixar a bicicleta estacionada nos locais a que acede. Assim sugere-se que seja elaborado um plano para instalação de equipamentos para estacionamento de bicicletas em meio urbano. Este plano deve ter em consideração todas as particularidades deste tipo de equipamento, essencialmente a 4 níveis: (i) Locais a instalar; (ii) Tipologia do estacionamento; (iii) Tipos de equipamentos; (iv) Quantidade de lugares em cada local. Os locais a instalar devem ser bem definidos e espalhados ao longo de toda a zona urbana, tendo em consideração que a pessoa deseja sempre deixar a bicicleta o mais perto possível do destino. A tipologia do estacionamento depende do uso a que se destina o estacionamento de bicicleta, sobretudo no que se refere à duração, que pode ser de: (i) Estadia curta; (ii) Dia inteiro; (iii) Durante a noite. Dependendo desta tipologia, devem ser escolhidos o tipo de equipamentos, sendo que o seu design tem um papel fundamental na atratividade e utilização dos mesmos. Sobretudo devem ser evitadas os equipamentos que por norma apenas permitem o apoio da roda da bicicleta, os chamados de “dobra-rodas”. Alguns exemplos são os apresentados no PIMT. Os equipamentos são elementos de mobiliário urbano, podendo servir também por vezes para evitar a aplicação de balizadores (pilaretes ou outros). Deve ser ainda definido a quantidade de lugares em cada local a instalar equipamentos. Os planos podem ser desenvolvidos a nível municipal, tendo em consideração o desenvolvimento de redes cicláveis.

OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de

mobilidade

M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável

I10. Nº de planos realizados [1 por

município] I18. Nº de lugares de estacionamento

de bicicletas instalados I19. Nº de

interfaces de transporte com estacionamento

seguro para bicicletas (% face

ao total de interfaces) I20. Nº de

equipamentos públicos com

estacionamento de bicicletas (% face

ao total de equipamentos)

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

Área temática - Transporte Individual Motorizado (TI)

3.11.TND Hierarquização e compatibilização da rede viária municipal

Curto prazo (2019)

O desenvolvimento da rede rodoviária em termos da sua extensão tem sido um objetivo comum aos vários PDM da região. Atingidos níveis de cobertura territorial muito significativos, verificam-se casos de desajustamento entre as características funcionais da via e a sua efetiva função desempenhada na rede. Este desajustamento induz ineficiência ao funcionamento global do sistema de acessibilidade e transportes, origina situações de conflito e acarreta custos de operação e manutenção acrescidos. Deverá ser estabelecida uma hierarquia para a rede rodoviária municipal, com critérios de classificação idênticos para todos os municípios que integram a CIM Viseu Dão Lafões, numa perspetiva de mobilidade intermodal. No caso em que a hierarquização da rede já existe, deverá ser revista com o objetivo da uniformização a nível da CIM. O Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes apresenta uma sugestão de estrutura de hierarquia viária para a CIM Viseu Dão Lafões. Os critérios de classificação da rede viária deverão considerar as funções que cada via rodoviária atualmente desempenha no município ou se pretenda que venha a desempenhar. A rede a hierarquizar deverá integrar, para além da rede existente, as vias rodoviárias previstas a curto e médio prazo. O nível hierárquico e funções atribuídas às vias rodoviárias deverão estar refletidos nas condições de operação da via e no seu perfil viário. A rede hierarquizada deverá ser apresentada nos respetivos Planos Diretores Municipais e noutros Instrumentos de Gestão Territorial.

OE7. Sensibilizar para a necessidade de

concretização célere da rede viária estruturante

OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos

pesados em meio urbano

OG6. Reduzir a sinistralidade

M8. Concretização da rede viária estruturante e segregação de fluxos

rodoviários M7. Redução anual dos Indicadores de

Gravidade e de Sinistralidade

Rodoviária Municipal

I23. N.º de municípios com hierarquia viária

definida e uniformizada

I27. Estatísticas da ANSR (Redução da

sinistralidade) I25. Nº de pesados

que atravessa o meio urbano

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

3.25.TND Hierarquização da rede viária dentro do perímetro urbano

Curto prazo (2019)

Deverá ser efetuada a hierarquização da rede, a nível mais local, dentro do perímetro urbano de cada sede de concelho. A hierarquia da rede, a este nível, deverá ser constituída maioritariamente por vias do 4ª ao 6º Nível (níveis referidos no Plano Intermunicipal de Mobilidade da CIM Viseu Dão Lafões), considerando os objetivos pretendidos para a função das vias e a integração de outros modos de transporte. Nos casos em que esta hierarquização já existe, deverá ser revista considerando critérios de classificação uniformes a todos os concelhos, utilizando uma nomenclatura semelhante à da hierarquização a nível municipal, com aplicação a nível de funções urbanas: rede urbana de distribuição principal, rede urbana de distribuição secundária, rede urbana de distribuição local e de rede urbana de acesso local. A função das vias terá de ser refletida nas suas características geométricas, definidas pelo perfil transversal. A adaptação da via ao perfil desejado, em função do nível hierárquico, deverá ser realizada com algum bom senso tendo sempre em consideração as principais características do canal rodoviário e as funções pretendidas.

OE7. Sensibilizar para a necessidade de

concretização célere da rede viária estruturante

OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos

pesados em meio urbano

OG6. Reduzir a sinistralidade

M8. Concretização da rede viária estruturante e segregação de fluxos

rodoviários M7. Redução anual dos Indicadores de

Gravidade e de Sinistralidade

Rodoviária Municipal

I23. N.º de municípios com hierarquia viária

definida e uniformizada

I27. Estatísticas da ANSR (Redução da

sinistralidade) I25. Nº de pesados

que atravessa o meio urbano

3.44.TND

Implementação de zonas de estacionamento de duração limitada

Médio Prazo (2022)

Deverão ser implementadas zonas de estacionamento de duração limitada em zonas centrais de comércio e serviços, que apresentem uma maior rotatividade da procura. A limitação da duração do estacionamento permite uma otimização da utilização de cada lugar, mantendo a atratividade da área comercial e aumentando a facilidade de acessos aos serviços. Refira-se que uma zona de estacionamento de duração limitada, não é sinónimo de estacionamento pago, podendo corresponder a áreas limitadas através da implementação de sinalização. Nos locais onde estas zonas já foram implementadas, será necessário proceder à verificação do cumprimento das mesmas e avaliar a eventual necessidade de estender a área de estacionamento limitado a mais zonas. Esta medida poderá ser realizada em paralelo com as medidas de requalificação do espaço público incluídas no PAMUS da CIM Viseu Dão Lafões e com o ordenamento da oferta de estacionamento e do espaço de circulação rodoviária.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal

M10. Eliminação do estacionamento ilegal

I32. N.º de veículos estacionados em

situação ilegal I33. Duração média de estacionamento

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

3.57.TND

Implementação de parques de estacionamento dissuasores / bolsas periféricas

Médio Prazo (2022)

Deverão ser implementados parques de estacionamento dissuasores na periferia dos centros urbanos com maior pressão e junto de interfaces de transporte. Estes parques deverão incentivar a intermodalidade, permitir a redução da pressão de estacionamento em locais de maior solicitação e libertar espaço para os modos suaves, devolvendo às “centralidades” mais espaço e maior conforto para a vivência urbana. Complementarmente e mediante o resultado dos Planos de Mobilidade Empresarial que vierem a ser realizados, deverão ser criados/reservados lugares de estacionamento em pontos que permitam o incentivo de carpooling ou a transferência para o modo transporte coletivo. No caso do carpooling deverão ser avaliadas as possibilidades de implementação/utilização de parques de estacionamento reservados a carpooling onde já se verifique esta prática de forma “desorganizada”, em particular, mediante o estacionamento de longa duração na berma da estrada. Esta medida terá de estar associada à implementação de redes pedonais contínuas, entre as bolsas de estacionamento e o polo de atração (interfaces, serviços, comércio, etc.).

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal OE9. Incentivar a

mobilidade partilhada (carpooling, bike sharing

e bike & ride)

M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal

M4. Reduzir 11% na quota de TI

M10. Eliminação do estacionamento ilegal

I7. Quota no Modo Pedonal

I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em

situação ilegal

3.71.TND

Fiscalização do estacionamento (complementada com informação sobre alternativas existentes)

Curto prazo (2019)

A fiscalização do estacionamento, complementada com disponibilização de informação sobre alternativas existentes, é uma medida essencial ao sucesso das ações propostas. A sua ausência implica a ineficiência das medidas aplicadas conforme se observou na fase de caracterização e diagnóstico do PIMT, revelando uma oferta suficiente para dar resposta à procura vs a necessidade de estacionamento “à porta” do destino final, conduzindo ao estacionamento ilegal. Deste modo deverão ser realizadas operações regulares de fiscalização, em particular nas áreas de maior pressão de estacionamento, onde se verifiquem habitualmente situações de estacionamento ilegal.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal

M4. Reduzir 11% na quota de TI

M10. Eliminação do estacionamento ilegal

I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em

situação ilegal

3.85.TND

Ordenamento da oferta de estacionamento e do espaço de circulação rodoviária

Médio Prazo (2022)

No território de Viseu Dão Lafões, o ordenamento do estacionamento deverá incluir a desafetação da oferta excessiva de estacionamento e de espaço de circulação rodoviária para aumento do espaço de fruição comunitária (espaços de convívio, esplanadas, etc.) e evitar, de forma intuitiva, o estacionamento ilegal em 2ª fila ou ocupando os canais destinados a outros modos (passeios ou vias dedicadas). Esta medida deverá ser realizada em paralelo com as medidas de requalificação do espaço público incluídas no PAMUS de Viseu Dão Lafões.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal OG5. Melhorar o

desempenho ambiental e económico do sistema

de transportes

M4. Reduzir 11% na quota de TI

M10. Eliminação do estacionamento ilegal

I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em

situação ilegal

Page 182: RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO · Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território Câmara ... 31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

3.99.TND Inclusão de índices mínimos e máximos de estacionamento

Longo prazo (2027)

É necessário ajustar o equilíbrio na afetação de espaço público às atividades de circulação e estadia/estacionamento de pessoas e transportes motorizados. Deste modo os Planos e Projetos em desenvolvimento ou a desenvolver, deverão detalhar e parametrizar o dimensionamento de estacionamento público e privado, de veículos pesados, parques de estacionamento e zonamento (se aplicável), contribuindo assim para o referido ajustamento na afetação de espaço público, em detrimento da aplicação rígida dos parâmetros da Portaria n.º 216-B/2008.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal OE11. Assegurar um

planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M4. Reduzir 11% na quota de TI

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I22. Quota em TI I37. Nº de

critérios/parâmetros transpostos para regulamento de

PDM

3.113.TND Implementação do Regulamento de Trânsito

Curto prazo (2019)

Deverá proceder-se à edição, aprovação e implementação do regulamento de trânsito nas sedes de concelho, que ainda não o possuam ou à sua revisão e atualização naqueles onde já se encontra implementado. Este regulamento, para além do ordenamento geral da circulação (sentidos de circulação, áreas de circulação restrita, etc.), deverão integrar normas relativas à circulação de pesados (restrição/permissão a pesados ou veículos especiais, horários de circulação, etc.) e ao estacionamento tanto de ligeiros, como de pesados em meio urbano (limitado/ilimitado, por períodos, cargas e descargas, etc.). O Regulamento de Trânsito deverá incluir um capítulo referente a Operações de Cargas e Descargas, que regulamente as restrições de circulação a pesados (locais de acesso, peso e dimensão dos veículos), os períodos horários e os locais permitidos para as operações de carga e descarga. A elaboração do Regulamento deverá ser apoiada por um técnico e um jurista, dado que terá de ser elaborado segundo a lei habilitante para o efeito. A estrutura do Regulamento deverá ser semelhante para todos os municípios, apenas diferenciado pelas especificidades de cada meio urbano, de modo a facilitar a sua leitura e interpretação por quem circula na região Viseu Dão Lafões.

OE6. Utilizar com eficiência o espaço

público incentivando a opção pelo modo

pedonal OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos

pesados em meio urbano

OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema

de transportes

M5. Implementação do regulamento de

trânsito, em cada sede de município, no

primeiro ano do PIMT

I24. N.º de regulamentos de trânsito em vigor

Page 183: RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO · Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território Câmara ... 31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou

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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 183

Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

3.128.TND

Levantamento, verificação e retificação da sinalização de encaminhamento e restrição do tráfego em meio urbano

Curto prazo (2019)

Deverá ser realizado um levantamento rigoroso no perímetro urbano de cada sede de município, verificando-se as falhas ou incoerências detetadas e que dificultam o encaminhamento do tráfego, em particular do tráfego de pesados. As incoerências deverão ser corrigidas por alteração ou colocação de sinalização, eliminando deste modo os constrangimentos detetados e que dificultam o encaminhamento de pesados. A sinalização terá de ser clara e precisa quanto à permissão de circulação e estacionamento/paragem e respetivas condições, de acordo com os regulamentos existentes. A sinalização terá também de orientar atempadamente os veículos de mercadorias, para as rotas obrigatórias ou permitidas a veículos de mercadorias e para as Zonas Industriais. A implementação de sinalização ou as respetivas alterações com vista à regulamentação das cargas e descargas deverá ser efetuada em conjunto com os proprietários/locatários das áreas comerciais e/ou industriais de modo a considerar as necessidades existentes.

OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos

pesados em meio urbano

OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema

de transportes

M9. Elaboração de um mapa de sinalização rodoviária em meio urbano por sede de

município M5. Implementação do

regulamento de trânsito, em cada sede

de município, no primeiro ano do PIMT

I29. Nº de municípios com

sinalização mapeada I24. N.º de

regulamentos de trânsito em vigor

Área temática - Eficiência Energética (EE)

4.12.TND

Ajustar e aumentar as redes de bicicletas partilhadas – Bikesharing

Médio Prazo (2022)

A melhoria do desempenho ambiental e económico do sistema de transportes está também associada à implementação de novos conceitos de utilização de modos de transporte, como a partilha de bicicletas públicas (bikesharing). Na região de Viseu Dão Lafões, este conceito não é novo, tendo surgido com o projeto E3DL. Propõe-se, no entanto, um ajuste da rede de bicicletas partilhadas, introduzindo alguma flexibilidade no sistema, por implementação de um sistema de pontos de entrega (preferencialmente automático) disseminados por mais do que um local. As escolhas dos locais deverão ir ao encontro das necessidades detetadas em termos de mobilidade no centro urbano, seja ela diária ou turística. Mediante os locais escolhidos, o funcionamento do sistema e dos pontos de entrega poderá ter de ser avaliado através de um estudo de benchmarking sobre sistemas de bikesharing e de uma análise comparativa, nomeadamente custo benefício, do(s) sistema(s) que se considere mais adequado. Esta medida deverá ser acompanhada de medidas de promoção do bikesharing, não só junto dos turistas, como junto da população em geral, com vista ao incentivo à sua utilização.

OE9. Incentivar a mobilidade partilhada

(carpooling, bike sharing e bike & ride)

OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema

de transportes

M12. Aumento do número de bicicletas partilhadas face ao 1º

ano do PIMT

I34. N.º de sistemas de bicicletas partilhadas

implementados I35. N.º anual de utilizadores de

bicicletas partilhadas

Área temática - Ordenamento do Território (OT)

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

5.11.TND Contenção e preenchimento dos centros urbanos

Médio Prazo (2022)

A contenção da dispersão urbana é fundamental para uma melhor integração entre o ordenamento do território e o sistema de mobilidade. Paralelamente, o preenchimento dos perímetros urbanos definidos nos Instrumentos de Gestão do Território (IGT) deverá ser programado de modo a consolidar, de forma mais densa e mais diversa, os núcleos urbanos de maior importância onde existe uma maior oferta de funções e destinos. Todos os IGT deverão acautelar uma programação de encorajamento à instalação de pessoas e atividades em áreas de boa acessibilidade em simultâneo com o desencorajamento à instalação de pessoas e atividades em áreas de fraca acessibilidade. Dada a atual dinâmica demográfica e construtiva, o preenchimento dos interstícios em meio urbano deverá ser equacionado não apenas em termos de construção de edificado, mas também em termos de oportunidades de criar espaços públicos e espaços verdes de fruição e de socialização, como os enunciam os princípios relativos à estratégia de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”. Para a execução desta medida deverão ser incluídos em todos os IGT de todos os municípios considerações de redução/isenção das Taxas Municipais (p.e. de Urbanização) e Imposto Municipal sobre Imóveis nas áreas que se pretenda priorizar, agravamento das Taxas Municipais e Imposto Municipal sobre Imóveis nas áreas não prioritárias. Adicionalmente podem consideradas permuta de terrenos e direitos de construção, consagradas ou não em IGT, podendo ser igualmente utilizados os sistemas perequativos consagrados na legislação nacional. Esta medida deverá ser incluída diretamente em IGT em revisão ou através de alterações aos já em vigor. Instrumentos de aplicação: PDM, PU, PP nos elementos legais constituintes; no domínio da programação / definição de Unidades de Execução e de contratos de urbanização, e na gestão urbanística.

OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I37. Nº de critérios/parâmetros

transpostos para regulamento de

PDM

Page 185: RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO · Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território Câmara ... 31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

5.25.TND

Definição de critérios de localização de polos geradores de viagens

Médio Prazo (2022)

A localização de grandes geradores de viagens, como sejam equipamentos públicos, urbanizações, polos comerciais (shoppings, retail parks), polos empresariais e industriais, e interfaces de transportes, tem um forte efeito nos padrões de mobilidade de pessoas e mercadorias. Verifica-se que os critérios seguidos para a localização destes polos não levaram suficientemente em consideração a integração na rede de transportes, traduzindo-se a situação atual numa mobilidade dominada pelo transporte motorizado individual. Propõe-se, no âmbito dos processos de revisão e atualização dos IGT, a aplicação de critérios objetivos de localização de polos geradores de viagem, que permitam a instalação destas unidades em locais de boa acessibilidade – pedonal, ciclável, transportes públicos – em detrimento de locais acessíveis apenas em transporte individual. Como medida de acompanhamento deverá ser elaboradora uma Carta de Acessibilidades que acompanhe os PDM, procedendo à classificação do território em categorias ordinais de acessibilidade multimodal, e definição de regras e parâmetros em sede de PDM (e PU e PP). Esta medida deverá ser perspetivada numa escala interconcelhia, conjugando as propostas de ordenamento de cada concelho, permitindo reforçar o papel de centralidades complementares com vista a promover um maior equilíbrio territorial. Para a execução desta medida poderão ser incluídos os princípios relativos à estratégia de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”.

OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I37. Nº de critérios/parâmetros

transpostos para regulamento de

PDM

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

5.39.TND

Parâmetros de dimensionamento para a qualificação do espaço público nos centros urbanos

Médio Prazo (2022)

Esta medida, aplicável à elaboração ou revisão de Planos de Urbanização, Planos de Pormenor e de Reabilitação Urbana, e na ligação dos Planos na elaboração de Projetos de Reabilitação e Regeneração Urbana, visa ajustar o equilíbrio na afetação de espaço público às atividades de circulação e estadia/estacionamento de pessoas e transportes motorizados. Por um lado, a qualificação do espaço público em prol das pessoas desempenha um papel importante na promoção do transporte ativo (pedonal e ciclável). Por outro lado, um espaço público com condições mais restritivas de circulação e estacionamento de veículos, desempenha um papel importante na adoção de padrões de mobilidade alicerçados no transporte coletivo e ativo. Na ausência de um desenho urbano integrador das intervenções de iniciativa privada e pública, tem sido recorrente, no quadro do planeamento urbano, a utilização dos parâmetros de dimensionamento constantes na Portaria nº 216-B/2008 de 3 de março. Todavia, e conforme o preâmbulo desta Portaria, os valores de referência a utilizar deverão ser “os que estiverem definidos em plano municipal de ordenamento do território”. Neste sentido, é proposto que os Planos e Projetos em desenvolvimento ou a desenvolver adotem parâmetros de desenho urbano e de dimensionamento de estacionamento próprios, com o estabelecimento de índices máximos e mínimos, orientados para o referido ajustamento na afetação de espaço público, em detrimento da aplicação rígida dos parâmetros da Portaria n.º 216-B/2008. Deste modo os PDM (e em articulação com este, os PU e PP) devem detalhar e parametrizar dimensionamento de estacionamento público e privado, de veículos pesados, parques de estacionamento e zonamento (se aplicável). Para a execução desta medida poderão ser incluídos os princípios das estratégias de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”, “Centralidades” e “Permeabilidade à circulação pedonal”. Deve ainda ser tido em consideração as restantes ações referentes à gestão e monitorização do espaço afeto a estacionamento.

OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I37. Nº de critérios/parâmetros

transpostos para regulamento de

PDM

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

5.54.TND

Reserva de espaço canal para modos suaves (viagens recreativas)

Médio Prazo (2022)

Para além de constituírem uma alternativa ao transporte individual em viagens utilitárias, os modos suaves – pedonal e ciclável – são um modo de transporte de excelência para realizar viagens recreativas. Sendo assente que o PIMT estará mais vocacionado para a mobilidade quotidiana, será de salientar a importância da mobilidade suave recreativa não só na saúde pública, mas na formação e alteração de comportamentos (“travel behaviour”) que trazem repercussão nas escolhas de mobilidade quotidianas. Os PDM, do ponto de vista mais orientador e municipal, e os PU e PP, no desenvolvimento para determinada área do concelho, devem contribuir para definição da referida rede de mobilidade suave. Analogamente ao que sucede na hierarquia da rede viária e definição das suas características, o mesmo deve ocorrer na rede mobilidade suave, e na articulação desta com a rede rodoviária. Neste sentido, recomenda-se que as propostas de PDM em elaboração e em atualização, considerem a viabilidade da implementação de canais pedonais e clicáveis nas vias existentes, e que, numa ótica interconcelhia, estruturem uma rede de caminhos e ciclovias de abrangência regional. Esta medida consiste, em grande parte, na contemplação da rede intermunicipal de ecopistas nos instrumentos de gestão do território, sobretudo na definição e reserva de corredores para o efeito. Também deverão ser incluídas nos IGT, tanto quanto possível, as rotas pedestres, na reserva de corredores e proteção de território.

OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I38. Reserva de canal para

percursos cicláveis e pedonais (Km)

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Ação Designação Horizonte temporal

Descrição Objetivos Metas Indicadores

5.68.TND

Definição de critérios para garantir condições de coexistência entre pessoas e veículos

Médio Prazo (2022)

O fenómeno de difusão urbana associada ao desenvolvimento da rede de acessibilidade rodoviária levou a que, nas principais vias de comunicação entre povoamentos, se verifique a ausência de condições para a circulação segura de peões e um acentuado efeito barreira, causado pela infraestrutura rodoviária, com sérias consequências sociais. Neste sentido, recomenda-se que as propostas de Plano em elaboração e em atualização considerem dotar as vias principais de condições adequadas de circulação e atravessamento pedonal. Os Regulamentos dos PDM deverão, sempre que possível, explicitar os parâmetros de localização de travessias pedonais e garantir a implementação de um canal pedonal com as dimensões mínimas legalmente estabelecidas. Os IGT contribuem de forma significativa para a melhoria das condições de coexistência entre pessoas e veículos no interior dos povoamentos através da criação de um quadro de parâmetros para a implementação de Zonas 30 e Zonas de Coexistência. Este quadro deverá ter em consideração a hierarquização detalhada da rede viária, juntamente com a tipologia de ocupação urbana existente permitindo, em conjunto com a Carta de Acessibilidades, o mapeamento de áreas propensas à implementação de Zonas 30 e Zonas de Coexistência. Os PDM devem definir normas orientadoras para intervenções, de novas vias, mas principalmente das existentes. Estas orientações devem ser seguidas e principalmente desenvolvidas no âmbito dos PU e PP. Deste modo, futuros projetos de execução contribuirão para a melhoria nas condições de coexistência entre pessoas e veículos.

OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade

sustentável

M14. Inclusão das medidas nos IGT

I37. Nº de critérios/parâmetros

transpostos para regulamento de

PDM

FONTE: PIMT CIM Viseu Dão Lafões, Relatório da Fase 4 – Plano / Programa de Ação, dezembro 2016

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17. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Decorridos 7 anos desde a 1.ª revisão do PDM, urge agora efetuar o balanço do estudo produzido, a

fim de fundamentar a necessidade da 2.ª revisão.

Assim, interessa começar por destacar o decréscimo populacional registado no último período

censitário. Acresce que o nível de intensidade de ocupação e de crescimento da população determinam

fortes contrastes, influenciados pela acessibilidade aos centros urbanos, assim como pelo potencial

agrícola e ainda pela dinâmica industrial em determinadas áreas concelhias.

Deste modo, um dos maiores desafios está relacionado precisamente com as dinâmicas demográficas,

uma vez que o progressivo envelhecimento da população parece ser um dado adquirido. Este cenário

deve representar um alerta para a criação de serviços capazes de responder ao crescente número de

população idosa, sobretudo nas áreas que detêm um maior índice de envelhecimento.

Neste âmbito, destaca-se ainda a fraca renovação do parque habitacional para a qual tem contribuído

o saldo migratório negativo, que aparentemente, potenciou a disponibilização de habitações e o

enfraquecimento da procura. Neste matéria, o planeamento e a execução de políticas de habitação

assume-se essencial para minimizar as diferenças territoriais.

Por isso, a atração e fixação da população, especialmente dos jovens e ativos, para os territórios em

perda deve ser também um dos reptos. A inversão deste cenário estará dependente do papel proativo

no desenvolvimento de atividades económicas que permitam reduzir o ciclo de saída.

Neste contexto, o concelho de Tondela constitui-se como um dos municípios mais industrializados da

região através da dotação de novos espaços e da expansão de instalações. Contudo, face às

consequências devastadoras dos incêndios de 2017, o parque o industrial foi grandemente afetado,

destacando-se os danos irreversíveis em duas das quatro unidades da zona industrial da Adiça,

afetando, sobremaneira, o emprego e a atividade económica do concelho.

No entanto, nas suas políticas de combate ao desemprego, o município tem vindo a incentivar os jovens

à promoção, produção e comercialização de produtos endógenos de vários setores, como o agrícola,

o pecuário, o artesanato, entre outros.

Outro aspeto a considerar é, portanto, a suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais, à qual o

município tem procurado reverter através de regulamento próprio com normas orientadoras, impedindo,

por exemplo, ações de reflorestação nas áreas ardidas com espécies de crescimento rápido,

nomeadamente eucaliptos. Neste contexto, Tondela tem encetado ações de promoção da utilização

das espécies autóctones contribuindo, assim, para a recuperação sustentável do território.

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Deste modo, é importante ter ainda em reflexão a Lei n.º 76/2017, de 17 de agosto, correspondente à

quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, bem como o Decreto-Lei n.º 10/2018, de

14 de fevereiro que clarifica os critérios aplicáveis à gestão de combustível, no âmbito do Sistema

Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, a fim de compatibilizar as suas orientações e, dessa

maneira, contrariar o cenário destruidor dos últimos anos.

Por sua vez, apesar da localização geoestratégica ímpar de transição entre o interior e o litoral

potenciada por uma boa rede de acessibilidade que liga com facilidade a grandes centros económicos,

a mobilidade intraconcelhia deve ser melhorada. O transporte de passageiros flexível poderá ter muita

relevância em territórios como o de Tondela, na medida em que constitui uma oportunidade de melhor

operacionalização do sistema, colmatando limitações no transporte público convencional, sobretudo

em áreas mais isoladas e de menor procura.

Importa ainda destacar que o concelho de Tondela se apresenta como um território com elevado

potencial turístico, o qual tem vindo a ser valorizado pelo município através de investimentos em

infraestruturas de apoio, na promoção de uma agenda cultural cada vez mais vasta, bem como no

fomento do termalismo como produto estratégico.

De facto, o turismo pode desempenhar um papel decisivo no desenvolvimento local e regional, uma

vez que a dinamização das potencialidades naturais e histórico-culturais, promovendo o

aproveitamento dos recursos endógenos, tende a potenciar a criação de sinergias entre as diversas

atividades económicas.

Ademais, no que respeita às alterações legislativas, há a necessidade de adaptar o PDM ao Regime

Jurídico de Instrumentos de Gestão Territorial, onde consta a obrigatoriedade de os planos municipais

deverem, no prazo máximo de cinco anos após a entrada em vigor do presente decreto-lei, incluir as

novas regras de classificação e qualificação previstas.

Além disso, ocorreram também alterações em planos de hierarquia superior de incidência territorial. O

ano 2016 deu lugar à revisão do Plano Nacional de Água, onde é afirmado que as medidas

preconizadas nos planos municipais devem ser compatibilizadas e articuladas com os instrumentos de

planeamento das águas. Decorreu ainda a 1.ª publicação do Plano de Gestão da Região Hidrográfica

do Vouga, Mondego e Lis.

Por seu turno, o Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território, publicado em 2007, está

no corrente ano em processo de alteração e, portanto, deverá considerar-se o facto de este afirmar,

entre outros aspetos, que o PDM deve ter os conteúdos estratégico e regulamentar reforçados, assim

como as orientações e práticas consentâneas aliadas a um planeamento mais claro e firme no que

respeita à organização e regime de uso do solo e de salvaguarda de riscos.

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Ademais, entende-se também a necessidade de realizar uma análise rigorosa às áreas abrangidas pela

REN e RAN. Na elaboração da proposta de delimitação da RAN deve ser ponderada a necessidade de

exclusão de áreas com edificações legalmente licenciadas ou autorizadas, bem como das destinadas

à satisfação das carências existentes em termos de habitação, atividades económicas, equipamentos

e de infraestruturas. Na REN, as propostas de alteração da delimitação devem fundamentar-se na

evolução das condições económicas, sociais, culturais e ambientais, nomeadamente as decorrentes

de projetos públicos ou privados a executar na área cuja exclusão se pretende.

Além disso, a atualização da base cartográfica é outro dos fatores a considerar, uma vez que a 1.ª

revisão do PDM foi elaborada através de cartografia 1/2000 e 1/5000, referente a março de 2006. Neste

sentido, é premente a necessidade de suprimir as divergências entre a realidade e as plantas em vigor.

Por fim, acresce o facto de apenas 37% das propostas previstas no PDM em vigor terem sido

materializadas, o que se pode considerar um nível de concretização pouco satisfatório. De referir,

contudo, que várias ações estão em fase de execução. Atente-se, portanto, para a relevância da

continuação do desenvolvimento das medidas e intervenções, a fim de alcançar os objetivos

estratégicos do PDM.

Face ao exposto, o tempo decorrido propiciou um conjunto de alterações no território, sendo, deste

modo, indispensável encetar a 2.ª revisão do PDM, que deverá atender à necessidade de adequação

à evolução das condições económicas, sociais, ambientais e culturais.

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