Release Para Imprensa - Oratório

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  • 8/15/2019 Release Para Imprensa - Oratório

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    Primeira obra de Alphonsus de Guimaraens é comparada a oratóriomusical em novo livro

    Em O oratório poético de Alphonsus de Guimaraens: uma leitura do Setenáriodas Dores de Nossa Senhora , Eduardo Horta Nassif Veras propõe uma associação entrea arquitetura da primeira obra do poeta mineiro Alphonsus de Guimaraens e a formado oratório musical. Publicado pela Relicário Edições, o livro será lançado no dia 21 demaio, sábado, às 11h, na Livraria Quixote (rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi), emBelo Horizonte, com a presença do autor. A entrada é gratuita. Exemplares estarão àvenda a R$35,00.

    O Setenário das dores de Nossa Senhora , de Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), foi publicado em 1899. Na análise proposta por Eduardo Horta Nassif Veras, eleé mais que uma coleção de poemas, apresentando uma estrutura significativa. Tanto aestruturação das partes – sete capítulos emoldurados por duas composições: uma deabertura e outra de encerramento – quanto a configuração discursiva dos poemas sãoanalisadas em seu livro.

    Marcado pela ânsia mística de vivenciar as Dores de Maria e peloreconhecimento da insuficiência da linguagem, o comportamento do sujeito poéticoora se identifica ao gênero recitativo, ora ao gênero ária. Em alguns momentos, o focose desliga da narrativa bíblica e se volta para o próprio sujeito poético, que, então,reconhece-se incapaz de vivenciar poeticamente as Dores de Nossa Senhora.

    Essa situação ambivalente empresta à obra um caráter melancólico, que épensado, neste trabalho, à luz das reflexões do psicanalista Sigmund Freud e do filósofoGiorgio Agamben. A estrutura da obra e o comportamento da voz poética são,finalmente, interpretados como um retrato da condição do poeta simbolista,caracterizada pelo conflito insolúvel entre a busca pela vivência poética do Mistério e oreconhecimento da precariedade da linguagem.

    Trecho do livro: “ Alphonsus é, com efeito, antes de tudo, um místico frustrado. Sua poesia realiza-se no espaço agônico da ânsia, sempre insatisfeita, de transcendência,oscilando entre a tentativa fervorosa de superação da imanência e a consciênciamelancólica do insucesso eterno. Em outras palavras, o conjunto de sua obra revela, deum lado, a tentativa de sondar o Inefável, de tocar o universo das Formas; e de outro, atriste constatação da incapacidade humana, representada pela insuficiência dalinguagem.”

    Sobre o autor: Doutor em Literatura Comparada e mestre em Literatura Brasileira pelaUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eduardo Horta Nassif Veras atualmentedesenvolve pesquisa de pós-doutorado junto à Universidade Estadual de Campinas(UNICAMP) sobre as relações entre a obra de Baudelaire e a Teologia. Estudioso daspoesias francesa e brasileira da segunda metade do século XIX, cursou estágios dedoutorado e pós-doutorado no Centre de Recherche sur la Littérature Française duXIXe siècle da Université Paris-Sorbonne, sob a supervisão de André Guyaux.Organizou, em parceria com Gustavo Ribeiro, a coletânea de ensaios Por uma literatura

    pensante (Fino Traço, 2012) e tem publicado diversos artigos sobre poesia em

    periódicos especializados.

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    Sobre Alphonsus de Guimaraens : Afonso Henriques da Costa Guimaraens (Ouro Preto,MG, 1870-Mariana, MG, 1921). Formou-se bacharel em Direito, em 1894, em OuroPreto. Na época já colaborava com os jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo,Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta. Em 1895 tornou-se promotor deJustiça em Conceição do Serro, MG, e, a partir de 1906, Juiz em Mariana, MG, de ondepouco sairia. Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística , 1892/1894, foi publicado em1899, ano em que também saiu o Setenário das Dores de Nossa Senhora . Em 1902publicou Kiriale , sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens. Sua Obra Completa seria publicada em 1960. Manteve contato com Álvaro Viana, Edgar Mata e EduardoCerqueira, poetas simbolistas da nova geração mineira, e conheceu Cruz e Souza.Considerado um dos grandes nomes do Simbolismo, e por vezes o mais místico dospoetas brasileiros, Alphonsus de Guimaraens tratou em seus versos de amor, morte ereligiosidade. A morte de sua noiva Constança, em 1888, marcou profundamente suavida e sua obra, cujos versos, melancólicos e musicais, são repletos de anjos, serafins,cores roxas e virgens mortas. [Fonte: Itaú Cultural]

    Sobre a Relicário Edições : criada em 2013 pela editora Maíra Nassif, graduada e mestreem Filosofia pela UFMG, a Relicário Edições é especializada em publicações nas áreasde estética/filosofia da arte, crítica e teoria da literatura. Textos literários ainda poucoconhecidos no Brasil também compõem sua proposta editorial. Algumas de suaspublicações são: “ Jean-Luc Godard: história(s) da literatura” , de Mauricio SallesVasconcelos; “ Antiga musa (arqueologia da ficção)” , de Jacyntho Lins Brandão e “ A vidaporca” do autor argentino Roberto Arlt. Traduções de Gumbrecht, Philipe Lacoue-Labarthe, Serge Margel e Michel Carrouges serão lançadas ainda neste ano.

    SERVIÇO:Lançamento do livro O oratório poético de Alphonsus de Guimaraens: uma leitura doSetenário das Dores de Nossa Senhora , de Eduardo Horta Nassif Veras.21 de maio (sábado), 11h, na Livraria QuixoteRua Fernandes Tourinho, 274 – Savassi | Entrada gratuita. Exemplares a R$ 35,00

    Ficha técnica:

    O oratório poético de Alphonsus de Guimaraens: uma leitura do Setenário das Dores de NossaSenhora

    Autor: Eduardo Horta Nassif Veras120p.| 2016 | 14 x 21 cmISBN: 978-85-66786-38-5

    Informações para a imprensa: Maíra Nassif – Telefones: (31) 98636-5491 | (31) 2512-3462E-mail: [email protected] Site: www.relicarioedicoes.com

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