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ASSEMBLÉIA República Federativa do BrasD NACIONAL CONSTITUINTE DIÁRIO ANO n- NI' 295 SEXTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 1988 BRA.SáJA-DF ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE SUMÁRIO l-ATA DA 320' SESSÃO DA AS- SEMBLÉIANACIONALCONSTITUINTE, EM 18 DE AGOSTO DE 1988 I - Abertura da sessão 11 - Leitura da ata da sessão anterior que é, sem observações, assinada. 111 - Leitura do Expediente COMUNICAÇÕES Da Bancada do Partido da Social Demo- cracia Brasileira - PSDB, indicando os Se- nhores Artur da Távola e Octávio Elísio para exercerem, respectivamente, a Liderança e a Vice-Liderança daquela agremiação parndá- ria. Do Senhor Roberto Jefferson, justificando sua ausência aos trabalhos da Assembléia Na- cional Consntuinte nos períodos compreen- didos entre 21 a 31 de julho e 10 a 6 de agosto do ano em curso. IV - Pequeno Expediente JOSÉ GENOÍNO - Ato político dos traba- lhadores do porto de Santos, Estado de São Paulo, contra a privatização da Portobrás. BENEDITA DA SILVA - Matéria de autoria de Washington Novaes, divulgada pelo Jornal do Brasil, sob o título "Afogar os negros" Notícia publicada no mesmo jornal mtitulada "Fazendeiro mantinha escravos e os torturava e matava". PAULO PAIM - O tema direito de greve conforme inserido no texto constitucional. In- tenção do Presidente José Sarney de privatizar a Aços Finos Piratini e o Banco Meridional, no Rio Grande do Sul. OSVALDO BENDER - Notícia veiculada pelo jornal Zero Hora a propósito de intenção do IBGE de anular a criação de novos Muni- cípios. FRANCISCO DIAS- Alegria do orador na oportunidade de seu retorno à Assembléia Na- cional Constituinte, depois de um ano e meio de ausência Preocupação com apressamento na votação do texto constitucional. PRESIDENTE (Mauro Benevides) - Sau- dação ao Constituinte Francisco Dias em seu regresso às atividades constituintes. EDISON LOBÃO - Contradita a pronun- ciamento em que o Constituinte Brandão Monteiro manifesta preocupação com possi- bilidade de fechamento da Assembléia NaCIO- nal Constituinte e de golpe. Editoriais do Jor- nal do Brasil e de. O Globo intitulados, res- pectivamente, "Sinal do Risco" e "A Porta da Anarquia" OLMO DUTRA- Situação de dificuldade atravessada pela empresa Cobra. Carta-de- núncia do Sindicato dos Empregados em En- tidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Informação Profissio- nal do Estado de Alagoas - Senalba, a propó- SItoda política praticada com relação aos fun- cionários do SeSI e do Senai. Defesa, pelo Governador Pedro Sirnon, do RIO Grande do Sul, da Aços Finos Píratmí e do Banco Meridio- nal, ameaçados de estatização. Escolha do Prof. Alceu Ferrari para Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FARABULINI JÚNIOR - Necessidade de conscrentízaçào dos Constituintes quanto à presença em plenáno, para agilízaçáo das vo- tações da Assembléia Nacional Constituinte. HERMES ZANETI - Desmentido o non- ciário da imprensa no sentido de que o Presi- dente da Assembléia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, se teria manifestado pela supressão, no texto constitucional, do direito de voto a brasileiros com idade entre 16 e 18 anos. Apresentação de projeto de lei de autoria do orador que VIsa à reabertura do prazo para alistamento eleitoral, a fim de per- mitir aos jovens atualmente na faixa de 16 a 18 anos de idade concorrer às eleiçôes mu- nicipais de 1988. WALDYR PUGLlESI- Reparos ao pronun- ciamento do Constituinte Francisco Dias ao assurmr o lugar do Constituinte Cardoso Alves. PRESIDENTE (Amaldo Faria de Sá) - Dis- cordância dos termos do pronunciamento do Constituinte Waldyr Pugliesi. CÉSAR MAIA - Protesto contra implanta- ção das Zonas de Processamento de Expor- tação sem pronunciamento do CongressoNa- cional a respeito. PRESIDENTE - Convocação dos Consti- tuintes ao plenário, para fins de verificação de quorum. AMAURY MÜLLER- Protesto contra a cna- ção do Conselho Federal de Desestatização e apelo ao Ministro da Indústria e do Comércio, Cardoso Alves, no sentido de que não o man- tenha. Participação do orador em comitiva su- prapartidária que levou reívmdicaçôes ao Mi- nistro dos Transportes, José Reinaldo Tavares. Retenção, pelo BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, de recursos des- tinados à empresa Cobra. DJENAL GONÇALVES - Atuação da Pe- trobrás no Estado de Sergipe.

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ASSEMBLÉIARepública Federativa do BrasDNACIONAL CONSTITUINTE

DIÁRIO

ANO n- NI' 295 SEXTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 1988 BRA.SáJA-DF

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

SUMÁRIOl-ATA DA 320' SESSÃO DA AS­

SEMBLÉIANACIONAL CONSTITUINTE,EM 18 DE AGOSTO DE 1988

I - Abertura da sessão11 - Leitura da ata da sessão anterior

que é, sem observações, assinada.111 - Leitura do Expediente

COMUNICAÇÕES

Da Bancada do Partido da Social Demo­cracia Brasileira - PSDB, indicando os Se­nhores Artur da Távola e Octávio Elísio paraexercerem, respectivamente, a Liderança e aVice-Liderança daquela agremiação parndá­ria.

Do Senhor Roberto Jefferson, justificandosua ausência aos trabalhos da Assembléia Na­cional Consntuinte nos períodos compreen­didos entre 21 a 31 de julho e 10 a 6 de agostodo ano em curso.

IV - Pequeno Expediente

JOSÉ GENOÍNO - Ato político dos traba­lhadores do porto de Santos, Estado de SãoPaulo, contra a privatização da Portobrás.

BENEDITA DA SILVA - Matéria de autoriade Washington Novaes, divulgada pelo Jornaldo Brasil, sob o título "Afogar os negros"Notícia publicada no mesmo jornal mtitulada"Fazendeiro mantinha escravos e os torturavae matava".

PAULO PAIM - O tema direito de greveconforme inserido no texto constitucional. In­tenção do Presidente José Sarney de privatizara Aços Finos Piratini e o Banco Meridional,no Rio Grande do Sul.

OSVALDO BENDER - Notícia veiculadapelo jornal Zero Hora a propósito de intençãodo IBGE de anular a criação de novos Muni­cípios.

FRANCISCO DIAS- Alegria do orador naoportunidade de seu retorno à Assembléia Na­cional Constituinte, depois de um ano e meiode ausência Preocupação com apressamentona votação do texto constitucional.

PRESIDENTE (Mauro Benevides) - Sau­dação ao Constituinte Francisco Dias em seuregresso às atividades constituintes.

EDISON LOBÃO - Contradita a pronun­ciamento em que o Constituinte BrandãoMonteiro manifesta preocupação com possi­bilidade de fechamento da Assembléia NaCIO­nal Constituinte e de golpe. Editoriais do Jor­nal do Brasil e de. O Globo intitulados, res­pectivamente, "Sinal do Risco" e "A Porta daAnarquia"

OLMO DUTRA- Situação de dificuldadeatravessada pela empresa Cobra. Carta-de­núncia do Sindicato dos Empregados em En­tidades Culturais, Recreativas, de AssistênciaSocial, de Orientação e Informação Profissio­nal do Estado de Alagoas - Senalba, a propó­SItoda política praticada com relação aos fun­cionários do SeSI e do Senai. Defesa, peloGovernador Pedro Sirnon, do RIO Grande doSul, da Aços Finos Píratmí e do Banco Meridio­nal, ameaçados de estatização. Escolha doProf. Alceu Ferrari para Reitor da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul.

FARABULINI JÚNIOR - Necessidade deconscrentízaçào dos Constituintes quanto àpresença em plenáno, para agilízaçáo das vo­tações da Assembléia Nacional Constituinte.

HERMES ZANETI - Desmentido o non­ciário da imprensa no sentido de que o Presi­dente da Assembléia Nacional Constituinte,Ulysses Guimarães, se teria manifestado pelasupressão, no texto constitucional, do direitode voto a brasileiros com idade entre 16 e18 anos. Apresentação de projeto de lei deautoria do orador que VIsa à reabertura doprazo para alistamento eleitoral, a fim de per­mitir aos jovens atualmente na faixa de 16a 18 anos de idade concorrer às eleiçôes mu­nicipais de 1988.

WALDYR PUGLlESI- Reparos ao pronun­ciamento do Constituinte Francisco Dias aoassurmr o lugar do Constituinte Cardoso Alves.

PRESIDENTE (Amaldo Faria de Sá) - Dis­cordância dos termos do pronunciamento doConstituinte Waldyr Pugliesi.

CÉSAR MAIA - Protesto contra implanta­ção das Zonas de Processamento de Expor­tação sem pronunciamento do Congresso Na­cional a respeito.

PRESIDENTE - Convocação dos Consti­tuintes ao plenário, para fins de verificaçãode quorum.

AMAURY MÜLLER- Protesto contra a cna­ção do Conselho Federal de Desestatizaçãoe apelo ao Ministro da Indústria e do Comércio,Cardoso Alves, no sentido de que não o man­tenha. Participação do orador em comitiva su­prapartidária que levou reívmdicaçôes ao Mi­nistro dos Transportes, José Reinaldo Tavares.Retenção, pelo BNDES, o Banco do Brasile a Caixa Econômica Federal, de recursos des­tinados à empresa Cobra.

DJENAL GONÇALVES - Atuação da Pe­trobrás no Estado de Sergipe.

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12776 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

PAULO ZARZUR - Descoberta, pelo ProfSérgio Henrique Ferreira, do Departamentode Farmacologia da Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto, da Universidade de São Pau­lo, do medicamento P.7, contra a dor inflamatória.

ANTÔNIOFERREIRA-Apresentação peloorador, no segundo turno, de emenda quevisa a compatibilizar a redação do § 4° como dispositivo do § 3° do art. 75 do Projetode Constituição, no que concerne às prerro­gativas dos auditores quando em substituiçãoa Ministros do Tribunal de Contas da União.

CARLOS VINAGRE - Emenda supressívade autoria do orador que visa a impedir a.mdu­são, entre ocupantes de cargos de magistra­dos nos Tribunais de Justiça, órgãos regionaisde Tribunais da União e Ministério Público,dos Chefes do Executivo dos Estados e doDistrito Federal.

LUIZ SOYER - Protesto contra a preten­dida extinção, pelo Govemo, da Empresa deAssistência Técnica e Extensão Rural - Em­brater.

STÉUO DIAS,- Excelência do trabalho daPolícia Federal, sob a Diretoria Geral do Dr.Romeu Tuma, no combate ao tráfico de entor­pecentes, com a Operação Mosaico 11.

JOSÉ MOURA- Defesa da incorporaçãodo Território de Fernando de Noronha a Per­nambuco.

JORGE HAGE - Protesto contra inclusão,em proposta técnica da Seplan, da extinçãoda Ceplac.

DENISAR ARNEIRO - Sessenta anos deatividades da Polícia Rodoviária Federal.

FRANCISCO AMARAL - Necrológio doempresário Oscar Chiarelli, de Mogi Guaçu,São Paulo.

SIMÃOSESSIM - Discordância da transfe­rência da instalação do 4° Pólo Petroquímico,do Estado do Rio de Janeiro para o do RioGrande do Sul.

ABIGAIL FEITOSA- Pesquisarealizada pe­la Data/Folha e publicada no jornal Folhade S. Paulo que conchn pela concordânciada maioria dos brasileiros com' dispositivosnacionalistas aprovados no primeiro tumo pe­la Assembléia Nacional Constituinte.

MÁRIO MAIA - Restrições do orador à ane­xação do Território de Fernando de Noronhaao Estado de Pemambuco.

DORETO CAMPANARI - Crítica a ato doPresidente José Sarney que transferiu o Sr.José Aparecido do Governo do Distrito Fede­ral para a Pasta da Cultura.

DOMINGOS LEONELLI - Indicação deGilberto Gilpara candidato à Prefeitura de Sal­vador corno montagem política para desesta­bilizar o Governo Waldyr Pires, do Estado daBahia.

MOEMASÃo THIAGO-A reforma agráriano texto constitucional. Recebimento de abai­xo-assinado de populações do centro-sul doCeará contendo reivindicações a propósito damatéria.

FERES NADER- Necessidade de aprimo­ramento dos mecanismos de recuperação da

. informação científica e conveniência de patro­cínio ao Índice Bibliográfico Brasileiro de Me­

-dlcína.MAURíCIO ,FRUET - Proposta de prívatl­

zação da empresa Cobra - Computadorese Sistemas Brasileiros SA. e vantagens de suapermanência como estatal.

UBIRATAN AGUIAR - Inconveniência dorecolhimento de contribuição previdenciáriapor assalariados que prestam serviços no exte­rior.

, COSTA FERREIRA- Necessidade da im­plantação de uma política habitacional voltadaprioritariamente para o atendimento à camadamais pobre da população.

ANTÔNIODE JESUS -Adequação do sis­tema educacional ao meio rural como fatorde desenvolvimento integrado.

INOCÊNCIOOLIVEIRA-Submissão anuala exame eletroencefaloqréfíco do motoristaprofissional empregado em empresa de trans­porte coletivo e do maquinista, visando a evitar

, acidentes cuja causa pode ser crise epiléptica.. PAULOMACARINI - Controvérsia em tor­

no da posse do ponto de perfuração da Petro­brás PRs-3. Esforço do Governador Pedro IvoCampos, de Santa Catarina, em prol do reco­nhecrmento ofícial do direito dos catarínensesao pagamento de royalties sobre o petróleoexplorado no litoral do Estado.

ADEMIR ANDRADE- Crítica da LIderançado Partido Socialista Brasileiro a atitude doLíder do Partido da Frente Liberal, ConstituinteJosé Lourenço, lesiva ao 'prosseguimento dostrabalhos da Assembléia Nacional 'Constituin­te.' "

WILMA MAIA - Consequências, para o se­tor rural, da extinção da Embrater.

BOCAYUVA CUNHA - Inconformidadecom a crise econômica nacional e esperançana futura eleição do ex-Governador Leonel Brí­zola para Presidente da República.

KOYU IHA - Posicionamento do oradorcontrário às tentativas de prívatízação do portode Santos, Estado de São Paulo, e de, seusTerminais de Fertilizantes - Tefer, e-de Con­tainers - Tecon. Ressurgimento do Pactode .unidade de Ação - PUA, e convocaçãode assembléia de manifestação contrária à en­trega do porto ao capital privado.

NELTON FRIEDRICH - Encaminhamentode abaixo-assinado de Constituintes aos Presi­dentes do BNDES, do Banco do Brasil, daCaixa Econômica Federal e ao Mimstro daCiência e Tecnologia em favor da canalizaçãode recursos para a empresa Cobra.

JORGE UEQUED -Matéria publicada pelojornal O Estado de Pernambuco sob o título"Trabalhador luta há dois anos para se apo­sentar",

JUAREZ ANTUNES - Impossibilidade deregistro de chapa de oposição à atual direçãodo Sindicato dos Empregados no Comércio,de Volta Redonda, RIO de Janeiro, em virtudede ausência de divulgação do edital de convo­cação das eleições.

PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anúncio de verificação de quorum.

.LUIZ SALoMÃo (Pela ordem) - Náo-con­.cessão, pela Mesa, do prazo destinado à apre­sentação de proposições,

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLuiz Salomão.

LUIZ SALoMÃo - Requerimento de ínfor­mações, de iniciativa do orador, ao Ministérioda Educação, sobre o montante de recursosdestinados à Fundação Roberto MarInho,

ALOíSIO VASCONCELOS (Pela ordem) ­Perspectivas de breve compareclrnento dosConstituintes ao plenário.

AMAURY MÚLLER (Pela ordem) - Suges­tão de publicação, nos boletins 'da "Voz daConstituinte", dos nomes de Constituintes au­sentes das sessões,

NILSOSGUAREZI (Pela ordem) - Requeri­mento de autoria do orador que visa à cassa­ção do mandato do Constituinte Felipe Cheid­de, por mcurso emfalta de decoro parlamentare na ausência superior a um terço das sessõesda Assembléia Nacional Constituinte.

PRESIDENTE :- Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação,

(Procede-se à verificação de quorum.)

SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) -Apoiodo Partido Democrata Cristão à manutençãono texto constitucional da anistia prevista noart. 53 das Disposições Transitórias, em bene­fício dos que contraíram dívidas bancárias du­rante a validade do Plano Cruzado.

, PRESIDENTE - Constatação da existênciade quorum para votação.

V- Ordem do Dia

Votação das emendas destacadas, ofereci­das ao Projeto de Constituição em segundoturno (art. 29, § 4°, do Regimento Interno).(Votação iniciada.)

PRESIDENTE -Anúncio de Requerimentode Destaque n° 1.120, Emenda 1.513-5, doConstituinte Paulo Silva, que dá nova redaçãoao art 24 do Projeto, relativo às normas geraisde competência da União. Leitura do textodestacado.

ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS - En­caminhamento da votação.

BENITO GAMA (Pela ordem) - Registrode presença em plenário.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerfavorável à emenda,

NELSON JOBIM (PMDB),ROBERTO FREI­RE (PCB), VIVALDO BARBOSA (PDT), INO­CÊNCIO OLIVEIRA (PFL), AMARAL NETTO(PDS),ARTUR DATÁVOLA (PSDB), FARABU­LINI JÚNIOR (PTB), ADEMIR ANDRADE(PSB), PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT) - (Pe­la ordem) - Declaração de voto das respec­tivas bancadas.

PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.

(procede-se à votação.)

FRANCISCO ROSSI (pela ordem) - Equí­voco do jornal Folha de S. Paulo ao publicaro nome do orador como ausente das sessôesda Assembléia Nacional Constituinte.

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Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12777

ARNALDO FARIA DE SÁ (Péla ordem) ­Contradita a notícia publicada pelo jornal Fo­lha de S. Paulo no que conceme à ausênciado orador de sessões da Assembléia NacionalConstituinte.

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãorr 815. Aprovação da Emenda n° 1.513.

MAUROSAMPAIO (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não constante do painel eletrô­nico.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMauro Sampaio.

PRESIDENTE - Anúncio' de' proposta dereunião das Emendas n" 320, Destaque n°1.312, do Constituinte Rodrigues Palma; n°187, Destaque rr 474, do Constituinte JoséFernandes; rr 458, Destaque rr 313, do Cons­tituinte Antônio Britto; e n° 1:011, Destaquen° 724, do Constituinte Matheus Iensen, aoinciso V do art. 24, que estabelece a compe­tência simultânea da União, dos Estados edo Distrito Federal para legislarem sobre pro­dução e 'consumo e sua propaganda comer­clal, Parecer do Relator favorável ao texto.

LUIZ SOYER (Pela ordem) - Registro devoto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLuiz Soyer.

RENATO JONHSSON (Pela ordem) - Re­gistro de voto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteRenato Johnsson.

'CLÁUDIO ÁVILA (Pela ordem) - Registrode voto "sim" na votação anterior. ' .

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteCláudio Ávila.

ORLANDO PACHECO (Pela ordem) - Re­gistro de voto "sim" não constante do paineleletrônico na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteOrlando Pacheco.

FRANÇATEIXEIRA (Pela ordem) - Regis­tro de voto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteFrança Teixeira.

ROBERTO FREIRE (PCB), AMARAL NET­TO (PDS), ROBERTO D'ÁVILA (PDT),EDUARDO BONFIM(PC do B), PÚNIO ARRU­DASAMPAIO (PT),ADEMIR ANDRADE(PSB),ELIAS MURAD (PTB), ARTUR DA TÁVOLA(PSDB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.

JOÃO MENEZES (Pela ordem) - Decla-ração de voto contrário. .

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Menezes.

ADOLFO OLIVEIRA (PL), INOCJ::NCIO OLI­VEIRA (PFL), MENDES RIBEIRO (PMDB)­(Pela ordem) - Declaração de voto das res­pectivas bancadas.

PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre (processo eletrônico de votação. Parecer doRelator favorável à matéria.

(Procede-se à votação.)

ANTÔNIO CÂJ'I\ARA (Pela ordem) - Regis­tro de voto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAntônio Câmara.

HAROLDOSABÓIA(Pela ordem) - Regis­tro de voto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta-ao ConstituinteHaroldo Sabóia.

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon" 816. Aprovação da reunião de emendasvotadas.

ERALDOTRINDADE (Pela ordem) - Con­signação de voto "sim".

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Trindade.

PRESIDENTE -Anúm;Ío de Requerimentode Destaque n° 1.232, Emenda n° 182-7, doConstituinte Eraldo Tinoco, que visa à supres­são da expressão "a empresa estatal" do §2° do art. 25.

PRESIDENTE - Repetição de votação dematéria já votada sem que fosse alcançadoquorum.

ERALDO TINOCO (Pela ordem) - Conve­niência de novo encaminhamento da votaçãoda matéria, em virtude de adiàmento da dis­cussão.

JOSÉ MAURíCIO (Pela ordem) - Ocorrên­cia de encaminhamento favorável, ontem, pe­lo Constituinte Eraldo Tinoco.

PRESIDENTE - Concessão da palavra aoConstituinte Eraldo Tinoco, para encaminha­mento da votação, visando ao posterior con­traditório pelo Constituinte Gabriel Guerreiro.

ERALDO TINOCO, GABRIEL GUERREIRO.- Encaminhamento da votação.

. MANUEL DE CASTRO (Pela ordem) - Irre­levância da supressão da palavra "estatal" naemenda em votação. \ ,

PRESIDENTE -ImpossibIlidade do uso 9apalavra por oradores não-inscritos. '

BERNARDÜ'CABRAL (Relator) - Parecerpela rejeição da emenda.

PRESIDENTE -Início da votação.ROBERTO FREIRE (PCB), JOSÉ MAURí­

CIO (PDT), ADEMIR ANDRADE (PSB), BONI­FÁCIO DE ANDRADA (PDS), EDUARDOBONFIM (pC do B) - (Pela ordem) ~'Decla­ração de voto das respectivas bancadas:

INOCJ::NCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - Pe­dido de esclarecimento a propósito da matériaem votação.

PRESIDENTE - Concessão da palavra aoRelator para prestar o esclarecimento solici­tado.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Presta­ção de esclarecimento ao Constituinte Inocên­cio Oliveira.

ADOLFO OLIVEIRA (PL), ELIAS MURAD(PTB), MENDES RIBEIRO(PMDB), INOCJ::N­CIO OLIVEIRA (PFL), PLíNIO ARRUDA SAM­PAIO(PT),ARTURDATÁVOLA(PSDB),AMA­RAL NETTO (PDS), HAROLDO LIMA (PC doB), NELSON JOBIM (PMDB)- (Pela ordem)- Declaração de voto das respectivas ban­cadas.

PRESIDENTE - Parecer do Relator con­trário à matéria. Esclarecimentos sobre o pro­cesso de votação eletrônico.

(Procede-se à votação.)

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 817. Rejeição da Emenda no 182.

PRESIDENTE - Anúncio dos DestaquesnoS 1\004 e 1 286, respectivamente, dos Cons­tituintes Ruben Figueiró e Rita Furtado. Reti­rada da emenda do Constituinte Ruben Figuei­ró. Prejudicialidade da emenda da ConstituinteRita Furtado, em virtude de ausência da au­tora.

PAULO PAIM (Pela ordem) - Registro devoto "não" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituintePaulo Paim

PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteNelson Jobim sobre existência ou não de solu­ção para controvérsia entre os termos "ocupa­do" e "dornínío".

NELSON JOBIM - Solicitação de que nãoseja submetida a votos a emenda em causa,até que seja ouvido o Constituinte Nelson We­dekin.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Jobim.

RAIMUNDO LIRA (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não-constante do painel eletrô­nico na,votação anterior.

KOYU IHA (Pela ordem) - Retificação devoto.

JOSÉ CARLOS COUTINHO (pela ordem)- Registro de voto "não" na votação anterior.

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­ques rr 979, Emenda n°541 5, do ConstituinteDomingos Leonelli, que visa à supressão doinciso V do art. 26, a propósito da inclusãodas terras de extmtos aldeamentos indigenasentre os bens da União.

DOMINGOS LEONELLI - Encaminha­mento da votação.

MANSUETO DE LAVOR (Pela ordem) ­Retificação de voto.

VICTOR FONTANA (Pela ordem) - Retifi­cação de voto.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteVictor Fontana.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.

PRf:SIDENTE -Início da votação.PLlNIO ARRUDA SA.MPAlO (PT), TADEU

FRANÇA (PDT), JARBAS PASSARINHO(PDS), ADEMIR ANDRADE(PSB), EDUARDOBONFIM (PC do B), SIQUEIRA CAMPOS(PDC), ROBERTO FREIRE (PCB), MENDESRIBEIRO (PMDB), GASTONE RIGHI (PTB),ARTUR DA TÁVOLA (PSDB), INOCJ::NClOOLIVEIRA (PFL), ADOlfO OLIVEIRA (PL) ­(Pela ordem) - Declaração de voto das res­pectivas bancadas.

ADEMIR ANDRADE(Pela ordem) -Justifi­cativa do período de ausência do ConstituinteJoão Herrmann Neto das sessões da Assem­bléia Nacional Constituinte.

PRESIDENTE - Cumprimentos aos índiospresentes nas galerias pelo comportamentoexemplar no decorrer da sessão.

PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.

(Procede-se à votação.)

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12778 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

DOMINGOS LEONELLI (Pela ordem) ­Destaque ao desempenho do ConstituinteMárcIo Santillo no que concerne à aprovaçãoda emenda votada.

VIRGÍLIO GUIMARÃEs (pela ordem) - Re·gistro de voto contrário não constante do pai­nel na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteVirgílIo Guimarães.

ALUÍZIO BEZERRA(Pela ordem) - Regis­tro de voto "sim".

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAluízio Bezerra

PRESIDENTE- Encerramento da votaçãona 818. Aprovação da Emenda na 541.,

PRESIDENTE - Requenmento de Desta­que na 1.058, Emenda na 793-1, do Consti­tuinte Luiz Soyer, que visa à supressão do §30 do art. 27, que estabelece a iniciativapopu­lar no processo legislativo estadual.

PRESIDENTE - Manutenção, pelo Consti­tuinte LuizSoyer, da emenda de sua autoria.

IRMA PASSONI (Pela ordem) - Registrode voto "sim".

PRESIDENTE - Resposta à ConstituinteIrma Passoni. .

PRESIDENTE - Concessão da palavra aoConstituinte LuizSoyer.

LUIZ SOYER- Encaminhamento da vota­ção.

JOSÉ FOGAÇA(Relator) - Parecer do Re­lator Bernardo Cabral pela rejeição da matéria.

LUIZ SOYER (Pela ordem) - Retirada daemenda de sua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteLuizSoyer. Retirada da emenda de autoria doConstituinte Antero de Barros. Consulta aoConstituinte Matheus Iensen sobre manuten­ção da emenda de sua autoria.

MATHEUS IENSEN - Retirada de seu des­taque.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMatheus Iensen.

PRESIDENTE - Consulta sobre presençaem plenário do Constituinte Irajá Rodrigues.

JORGE UEQUED (Pela ordem) - Solici­tação do Constitumte Irajá Rodrigues no senotido da retirada de emenda de sua autoria.

PRESIDENTE - Retirada da emenda doConstitumte Irajá Rodrigues, em virtude da au­sência do autor.

PRESIDENTE-Anúncio de proposição doConstituinte Mauro Miranda.

MAURO MIRANDA - Retirada da propo­sição de sua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMauro Miranda.

PRESIDENTE-Anúncio de proposição doConstituinte Domingos Juvenil.

DOMINGOS JUVENIL- Retirada da pro­posição de sua autoria

PRESIDENTE - Requerimento de. Desta­que na572, Emenda na465/6, do ConstituinteWaldeck Orneias, que visa à supressão do §30 do art. 32, sobre acesso dos contribuintesàs contas dos Munidpios, para exame e ques­tionamento de legitimidade.

WALDECK ORNELAS, JOSÉ FERNAN­DES - Encaminhamento da votação.

JOSÉ FOGAÇA (Relator) - Parecer pelarejeição da matéria.

PRESIDENTE - Parecer do Relator con­trário à emenda. Início da votação..

ROBERTO FREIRE (PCB), ADEMIR AN·DRADE (PSB), PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO(PT), NELSON JOBIM (PMDB), INOCÊNCIOOLIVEIRA (PFL),FLORICENOPAIXÃo (PDT),EÇUARDO BONFIM (PC do B), ARTUR DATAVOLA (PSDB), AMARAL NETTO (PDS)­(Pela ordem) - Declaração de voto das res­pectivas bancadas.

PRESIDENTE - Decisão no sentido deque, na semana da concentração, as votaçõessejam realizadas nas manhãs e nas tardes,a fim de possibilitar reuniões de Liderançasnas noites.

ADOLFOOLIVEIRA (PL),MAURO BORGES(PDC)- (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.

ANTÔNIO DE JESUS (Pela ordem) - Re­gistro da presença em plenário dos Consti­tuintes evangélicos Francisco Dias, que assu­miu a vaga do Constituinte Cardoso Alves, ePaulo Almada, que substitui o ConstituinteLeopoldo Bessone.

PRESIDENTE - Solidariedade da Mesa àsboas-vindas aos Constituintes Citados.

PRESIDENTE --'- Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.

(Procede-se à votação.)

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãona 819. Rejeição da Emenda na 465 ..

DIRCE TUTU QUADROS (Pela ordem) ­Registro de voto "não"

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­que na 1 598, Emenda na 1 035-4, dos Consti­tuintes Marcos Queiroz e Egídio Ferreira lima,que visa à supressão da expressão "vedadaa sua divisão em municípios", do § 30 do art.33, relativa ao Distrito Federal

EGÍDIOFERREIRA LIMA (Retirado pelo ora­dor para revisão) - Encammhamento da vo­tação.

NELSON CARNEIRO (Pela ordem) - Reti­ficação de voto na votação anterior.

PAES LANDIM; BERNARDO CABRAL (Re­lator) - Encaminhamento da votação.

PRESIDENTE -Início da votação.AMARAL NETTO (PDS), HAROLDO LIMA

(PC do B), INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL),ADEMIR ANDRADE (PSB), MAURO BORGES(PDC), ADOLFO OLIVEIRA (PL), GASTONERIGH] (PTB), AUG~STO CARVALHO (PCB),VIRGILlO GUIMARAES (PT), ARTUR DA TA­VOLA (PSDB), MICHEL TEMER (PMDB), VI­VALDO BARBOSA(PDT) - (Pela ordem) ­Declaração de voto das respectivas bancadas.

PRESIDENTE - Apelo no sentido da com­preensão dos Constituintes para o horáno de18h fixado para as sessões das segundas-feí­ras e para a sessão matutina de terça-feira.

PRESIDENTE - Solicitação de que osConstituintes não se ausentem do plenário,visando à manutenção do quorum. Esclareci-

mentes sobre o processo eletrônico de vota­ção.

(Procede-se à votação.)

PRESIDENTE- Encerramento da votaçãona 820. Rejeição da Emenda na 1.035.

PRESIDENTE - Anúncio de destaque deautoria do Constituinte João Machado Rollem­berg.

PAULO RAMOS (Pela ordem) - Registrode voto "sim".

PRÉSIDENTE - Resposta ao ConstituintePaulo Ramos.

JOÃO MACHADO ROLLEMBERG (Pela or­dem) - Retirada do destaque de sua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Machado Rollemberg.

NELSON JOBIM (Pela ordem) - Solicita­ção de que o Relator aceite emenda corretivado Constituinte Geovah Amarante que visa àsupressão da palavra "legislativas" no § 60 doart. 33.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Jobim

BERNARDOCABRAL (Relator) - Pertinên­cia da emenda do Constituinte Geovah Ama­rante.

PRESIDENTE- Decisão no sentido de nãosubmeter a votos a emenda do ConstituinteGeovah Amarante, em vista da ausência doautor.

GERSON PERES (Pela ordem) - Prejudi­cialidade da emenda do Constituinte GeovahAmarante.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres. Anúncio do Destaque na 1.279,do Constituinte João Machado Rollemberg.

JOAO MACHADO ROLLEMBERG (Pela or­dem) - Retirada do destaque de sua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Machado Rollemberg.

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­que na 4, Emenda na 1.609-3, do ConstituinteNelson Jobim, que VIsa à supressão da expres­são "primeira" do inciso IIdo art. 38, a propó­sito da investidura em cargo ou emprego pú­bhco por meio de aprovação prévia em con­curso. Emenda análoga de autoria do Constí­tuinte João Paulo Bisol.

NELSON JOBIM (Pela ordem) - Parecerfavorável do Relator e apoiamento das lide­ranças a ambas as emendas. Declaração devoto "sim" da bancada do PMDB.

PRESIDENTE - Parecer do Relator favorá­vel à maténa.

ROBERTO FREIRE(PCB),PLÍNIO ARRUDASAMPtJO (PT), VIVALDO BARBOSA (PDT),INOCENCIO OLIVEIRA (PFL), GERSON PE­RES (PDS), ADEMIR ANDRADE (PSB), EUASMURAD (PTB), EDUARDO BONFIM (pC doB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas

ERALDOTINOCO (Pela ordem) - Solici­tação de esclarecimento a propósito da maté­ria posta em votação.

NELSON JOBIM - Esclarecimento aoConstituinte Eraldo Tinoco.

PRESIDENTE - Esclarecimento a propó­sito da matéria.

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Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12779

JORGE HAGE (PSDB), MAURO BORGES(PDC), AMARAL NETIO (PDS), PAULO PAIM(PT) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.

ADOLFO OLIVEIRA (Pela ordem) - Dúvidado Partido Liberal quanto ao preenchimentodo quinto constitucional do Tribunal de Justi­ça, legislação da Ordem dos Advogados.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAdolfo Oliveira.

PRESIDENTE - Parecer do Relator favorá­vel à 'matéria. Esclarecimentos sobre o pro­cesso eletrônico de votação.

(Procede-se à votação.)

MENDES BOTELHO (Pela ordem) - Re-gistro de voto "sim". .

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãorr 821. Aprovação das Emendas rr's 1.609e 736.

FRANCISCO AMARAL (Pela ordem) - Re­gistro de voto "sim" na última votação.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteFrancisco Amaral.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da Emen­da n° 741, do Constituinte Joaci Góes, emvirtude da ausência do autor.

ELIAS MURAD (Pela ordem) -- Esclareci­mento de que se trata de emenda de correçãode linguagem.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteElias Murad.

GERSON PERES (Pela ordem) - Contra­dita à manifestação do Constitumte Elias Mu­rad e prejudicialidade da emenda em causa.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres.

BENITO GAMA (Pela ordem) - Registrode voto "não" na última votação.

PRESIDENTE - Anúncio de reunião dasEmendas n° 1.601, Destaque rr 8, do Consti­tuinte Márcio Lacerda; n° 410, Destaque n°521, do Constituinte Louremberg Nunes Ro­cha; n° 410, Destaque n° 236, do ConstituinteFarabulini Júnior, ao inciso N do art. 38, sobreprioridade na convocação do aprovado emconcurso público sobre novos concursadospara assumir cargo.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.

PRESIDENTE - Parecer do Relator favorá­vel à reunião de emendas. Inicio da votação.

PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT), NELSONJOBIM (PMDB),ROBERTO FREIRE (PCB) ­(Pela ordem) - Declaração de voto das res­pectivas bancadas.

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - Po­sição do Partido Liberal favorável à matéria,embora sem partícipação nos acordos, visan­do à melhora do texto constitucional.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.

ARTUR DA TÁVOLA (PSDB), FARABULINIJÚNIOR (PTB), ADEMIR ANDRADE (PSB),MAURO BORGES (PDC), EDUARDO BON­AM (PC do B) - (pela ordem) - Declaraçãode voto das respectivas bancadas.

PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.

(Procede-se à' votação.)

GERSON PERES (Pela ordem) - Retifica­ção de voto.

OLÍVIO DUTRA(Pela ordem) - Retificaçãode voto

PRESIDENTE - Apelo aos Constituintesno sentido de que permaneçam em plenárioaté às 14h.

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 822. Aprovação da reunião de emendasvotadas.

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­que rr 793, Emenda rr' 420-6, do ConstituinteTheodoro Mendes, supressiva do item V doart. 38, a propósito do exercício de cargosem comissão e funções de confiança na admi­nistração pública por servidores ocupantes decargo de carreira técnica ou profissional.

THEODORO MENDES - Encaminha­mento da votação.

PRESIDENTE - Parecer do Relator pelarejeiçãoda matéria.

NO CERSÓSIMO (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não constante do painel eletrô­nico.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstitiunteIvo Cersósimo.

WILSON CAMPOS(Pela ordem) - Registrode voto "sim" não-constante do painel eletrô-nico. o,

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteWIlson Campos.

PRESIDENTE - Início da votação.ADEMIR ANDRADE (PSB), RUBERVAL PI­

LOTIO (PDS), MAURO BORGES (PDC), VI­VALDO BARBOSA (PDT), MICHEL TEMER(PMDB), ARTUR DA TÁVOLA (PSDB),EDUARDO JORGE (PT), ROBERTO FREIRE(PCB), INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL), EDUAR­DO BONFIM (PC do B) - (Pela ordem)­Declaração de voto das respectivas bancadas.

PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.

(Procede-se à votação.)

PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 823. Rejeição da Emenda n° 420

GASTONE RIGHI (Pela ordem) - Registrode voto "não".

PRESIDENTE - Resposta ao ConstitiunteGastone Righi.

PRESIDENTE - Requerimentos de Desta­que n° 58, Emenda n° 1.779-1, do ConstituinteJúlio Costamilan; rr 198, Emenda 789-2, doConstituinte Mário Maia; rr 922, Emenda n°634-9, do Constituinte Adhemar de Barros Fi­lho; e n° 1.467, Emenda rr 563-6, do Consti­tuinte Floriceno Paixão, que visam a suprimirdo inciso V do art. 38 a palavra "preferen­cialmente".

FLORICENO PAIXÃo (Pela ordem) - Reti­rada da emenda de sua autoria.

PRESIDENTE - Prejudicialidade dos des­taques no caso de retirada da emenda do

. Constituinte FIoriceno Paixão.

FELIPE MENDES, ANTàNIO DE JESUS(Pela ordem) - Registro de voto "sim" navotação anterior.

LYSÂNEAS MACIEL (Pela ordem) - Regis­tro de voto "não" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLysâneas Maciel.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da propo­sição do Constituinte Albérico Filho, em virtu­de da ausência do autor. Retirada das propo­sições dos Constituintes Marluce Pinto, Gu­mercindo Milhomem e Eduardo Jorge.

PRESIDENTE - Destaques de autoria dosConstituintes Floriceno Paixão, Geraldo Cam­pos, Sigmaringa Seixas e Antônio Carlos Kon­der Reis a propósito de data estabelecida pararevisão geral da remuneração dos servidorespúblicos. Consulta aos autores sobre manu­tenção dos destaques.

PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)­Existência de texto de fusão das emendas emcausa. Sugestão de votação da união dos res­pectivos destaques.

PRESIDENTE - Solicitação de encami­nhamento do texto à Mesa.

GERSON PERES (Pela ordem) - Neces­sidade de audiência das Lideranças dos parti­dos sobre a matéria

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres. Leitura do texto da reunião deemendas. Parecer do Relator pela aprovação.

ADEMIR ANDRADE (PSB), ROBERTOFREIRE (PCB), DAVI ALVESSILVA (PDS), AR­TUR DA TÁVOLA (PSDB), PLÍNIO ARRUDASAMPAIO (PT) - (Pela ordem) - Declaraçãode voto das respectivas bancadas'

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - De­claração de voto favorável da bancada do PFL,considerando que a reunião de emendas me­lhora o texto do Projeto de Constituição.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.

NELSON JOBIM (PMDB), ELIAS MURAD(PTB), FLORICENO PAIXÃO (PDT), JOÃOMENEZES (PFL), EDUARDO BONFIM (PC doB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.

PRESIDENTE - Parecer do Relator favorá­vel à matéria. Esclarecimento sobre o pro­cesso eletrônico de votação.

(Procede-se à votação.)

ADYLSON MOTIA (Pela ordem) - Regis­tro de voto contrário não-constante do paineleletrôruco na Votação n- 821.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteAdylson Motta.

BOCAYUVA CUNHA(Pela ordem) - Regis­tro de voto "sim" na votação anterior.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteBocayuva Cunha.

JOACI GÓES (Pela ordem) - Desneces­sidade de defender emenda de autoria do ora­dor, visando à correção de erros de Português,com parecer favorável do Relator

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoaci Góes.

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12780 Sexta-feira 19 DfÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agostode 1988

PRESIDENTE - Encerramento da Votaçãon° 824. Aprovação da reunião de emendasvotadas.

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­que n°29, Emenda n° 1.607-7, do ConstituinteIvo Lech, que visa a suprimir do inciso XI doart. 38 a expressão "e municípios". Requeri­mento de Destaque n° 915, no mesmo senti­do, de autoria do Constituinte Maluly Neto.Consulta ao Constituinte Ivo Lech sobre semantém sua proposição.

NELSON WEDEKIN (Pela ordem) - Retifi­cação de voto.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Wedekin.

PRESIDENTE - Manutenção da emendade autoria do Constitinte Ivo Lech. Leitura dotexto destacado.

HÉLIO ROSAS (Pela ordem) - Retificaçãode voto na votação anterior

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteHélio Rosas.

NELSON JOBIM (Pela ordem) - Exrstêncíade entendimento das Lideranças no sentidoda aprovação da emenda em votação e suges­tão de que o Relator dê parecer favorável àmatéria.

PRESIDENTE - Concessão da palavra aoRelator.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Solicita­ção de adiamento da votação visando o me­lhor exame da matéria.

PRESIDENTE - Decisão no sentido doadiamento da votação da matéria e de todasas proposições relativas ao item em causa.

PRESIDENTE - Manutenção da proposi­ção do Constituinte Siqueira Campos, que visaa suprimir dispositivo concernente à impossi­bilidade de serem os vencimentos dos cargosdo Poder Legislativo e do Poder Judiciário su­periores aos do Poder Executivo.

JOSÉ UNS (Pela ordem) - Sugestão à Me­sa no sentido de adiamento da votação dasemendas.

NELSON JOBIM - Concordância com asugestão do ConstItuinte José Lins.

PRESIDENTE - Decisão da Mesa de adia­mento da votação das emendas.

SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) - Con­cordância com a decisão de adiamento davotação das emendas.

JOSÉ LINS(Pela ordem) - Esclarecimentosobre adiamento da apreciação de todo o íncí­so, inclusive das emendas.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteJosé'lins.

PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteLavoisier Maia a propósito de emenda de suaautoria.

LAVOISIER MAIA - Retirada de sua emen­da

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLavoisier Maia.

ROBERTO FREIRE (Pela ordem) - Reti­rada também da emenda de autoria do Consti­tuinte Joaci Góes, para fins de agilização dostrabalhos.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteRoberto Freire.

PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)­Inexistência de trabalho prévio das LIderançaspara exame da matéria. Conveniência de sus­pensão da sessão, visando a entendimento.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituintePlínio Arruda Sampaio.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da emen­da do Constitumte Lourival Baptista, em virtu­de da ausência do autor.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da emen­da do Constituinte Dionísio Hage, em virtudeda ausência do autor.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da emen­da do Constituinte LuizAlberto Rodrigues, emvirtude da ausência do autor.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da emen­da do Constituinte Paes Landim, em virtudeda ausência do autor.

PRESlDENTE- Retirada, pelos autores,das emendas dos Constituintes Ronaldo CezarCoelho, Arnaldo Prieto e Firmo de Castro.

PRESIDENTE - Prejudicialidade da emen­da do Constituinte Ronaldo Aragão, em virtudeda ausência do autor.

PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteAntônio Perosa sobre manutenção ou retiradade sua emenda.

ANTONIO PEROSA - Pedido de adiamen­to da votação da matéria, visando à obtençãode consenso entre as Lideranças.

PRESIDENTE - Decisão no sentido doadiamento da matéria.

PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteJosé Carlos Sabóia sobre manutenção ou reti­rada de sua emenda.

JOSÉ CARLOS SABÓIA - Retirada daemenda de sua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJosé Carlos Sabóia.

PRESIDENTE - Consulta à ConstituinteMoema São Thiago sobre manutenção ou reti­rada de sua emenda.

MOEMA SÃO THIAGO - Solicitação deadiamento da apreciação da matéria.

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) ­Protesto contra adiamento das matérias semconcordância das Lideranças. Discordânciada Liderança do Partido da Frente Liberal. Ar­giJição de arbitrariedade por parte da Presi­dência.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.

PRESIDENTE - Anúncio de proposição deautoria do Constituinte Jamil Haddad.

ARTURDATÁVOLA (Pela ordem) -Apoioao pedido do Constituinte Plínio Arruda Sam­paio no sentido de suspensão da sessão.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteArtur da Távola.

ERALDO TINOCO (pela ordem) - Solici­tação de que a Presidência reformule sua deci­são no sentido do adiamento da votação.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Tinoco.

ERALDOTINOCO- Discriminação sofridapelo orador na sessão de ontem.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Tinoco. Prejudicialidade dos destaquesdos Constituintes Jamil Haddad e Dálton Ca­nabrava, em virtude da ausência dos autores.Concessão da palavra ao Constituinte OsmirLIma.

PRESIDENTE - Retirada da emenda desua autoria.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteOsmir Lima.

PRESIDENTE - Prejudlcrelídade do desta­que do Constitumte Louremberg Nunes Ro­cha, em virtude da ausência do autor.

PRESIDENTE - Requerimento de Desta­que n° 54, Emenda n- 1.584-4, do ConstituinteJosé Fogaça, que visa a dar nova redaçãoao inciso I do art. 41, a propósito de aposen­tadona por invalidez permanente.

JOSE FOGAÇA - Encaminhamento davotação.

BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.

EDUARDO JORGE (Pela ordem) - Inter­pretação do Partido dos Trabalhadores nosentido de se tratar de emenda modificativae restntiva.

BERNARDO CABRAL (Relator) (Pela or­dem) - Contradita à manifestação do Consti­tuinte Eduardo Jorge.

ARNALDO FARIA DE SÁ (Pela ordem)­Importância da emenda em votação, visto cor­rigir uma omissão.

ROBERTO FREIRE (Pela ordem) - Apelono sentido do adiamento da votação, para finsde esclarecimento da controvérsia existentesobre a matéria.

ARNALDO FARIA DE SÁ (Pela ordem) ­Desnecessidade de adiamento da votação.

PRESIDENTE -Consulta às Lideranças so­bre acordo no que concerne ao adiamentoda votação. Decisão do Líderdo PFL contráriaao adiamento.

PÚNlO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)­Posição do Partido dos Trabalhadores favorá­vel ao adiamento.

PRESIDENTE - Necessidade de entendi­mento das Lideranças a propósito do assunto.

HAROLDO LIMA (Pela ordem) - Posiçãodo PC do B favorável ao adiamento.

JOSÉ FOGAÇA (pela ordem) - Posiçãodo PMDB favorável ao adiamento.

VIVALDO BARBOSA (Pela ordem) - Con­cordância do PDT com o adiamento.

JOSÉ COSTA (Pela ordem) - Apelo nosentido de que não se protele a votação.

SIQUEIRACAMPOS (pela ordem) - Con­cordância do PDC com o adiamento.

PRESIDENTE - Esclarecimento de que oadiamento não constitui critério da Presidên­cia, mas das Lideranças.

GASTONE RIGHI (Pela ordem) - Concor­dância do PTB com o adiamento, em casode suspensão da sessão.

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) _Possibilidade de inexistência de quorum casose processe a votação.

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Agosto de 1988 DIARIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12781

PRESIDENTE - Decrsão no sentido do en­cerramento da sessão, conforme acordo dasLideranças. Convocação de sessão da Câmarados Deputados para segunda-feira, dia22-8-88, às 9 h. Comunicação do Presidentedo Senado Federal de convocação de sessãopara segunda-feira, dia 22-8-88, às 10h. Con­vocação de sessão da Assembléia Nacional

Constituinte para sequnda-ferra, dia 22-8-88,às 18h

VI - Encerramento,

Discurso do Constituinte Mário Lima na ses­são de 10-8-88: Notícia veiculada pela impren­sa sobre admissão, pelo Ministro do Exército,

de período semelhante, no Brasil, aos idosde 1964. Falta de quorum para votação.

2 - MESA (Relação dos membros)

3 - LIDERES E VICE-LíDERES DEPARTIDOS (Relação dos membros)

. Ata da 320~ Sessão, em .18 de agosto de 1988Presidêncie dos Srs.: Ulysses Guimarães, Presidente; Mauro· B~neVÍdes, Primeiro-Vice-Presidente;

Jorge Arbage, Segundo-Vice-Presidente;e Arnaldo Fada de Sá, Terceiro-Secretário.

ÀS 9:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO­RES:

AbigaIlFeitosa - PSB; Acival Gomes - PMDB;Adauto Pereira- PDS; Ademir Andrade - PSB;Adolfo Oliveira - PL; Adroaldo Streck - PDT;Adylson Motta - PDS; Aécio de Borba - PDS;Aécio Neves - PMDB;Affonso Camargo - PTB;Afif Domingos - PL; Afonso Arinos - PSDB;Agasslz Almeida - PMDB, Agnpino de OliveiraLima - PFL; Alarico Abib - PMDB;Albérico Cor­deiro - PFL; Alceni Guerra - PFL; Aldo Arantes- PC do B;Alércio Dias - PFL;Alexandre Puzyna- PMDB;Alfredo Campos - PMDB;Aloisio Vas-concelos - PMDB,Aloysio Chaves - PFL;AluizioBezerra - PMDB;AluízioCampos - PMDB;Alva­ro Pacheco - PFL; Álvaro Valle - PL; AlyssonPaulmelh - PFL; Amaral Netto - PDS; AmauryMuller - PDT; Amilcar Moreira - PMDB;ÂngeloMagalhães - PFL; Anna Maria Rattes - PSDB;Annibal Barcellos - PFL; Antero de Barros ­PMDB;AntÔnIO Câmara - PMDB;Antônio CarlosFranco - PMDB; Antônio Carlos Konder Reis- PDS; Antoniocarlos Mendes Thame - PFL;Antônio de Jesus - PMDB; AntOnIO Ferreira ­PFL; Antonio Gaspar - PMDB;Antonio Manz ­PMDB; Antonio Perosa - PSDB; AntOnIO Ueno- PFL;Amaldo Faria de Sá - PJ; Arnaldo Martins- PMDB;Amaldo Moraes - PMDB;Arnaldo Prie-to - PFL; Arolde de Oliveira - PFL; Artenir Wer­ner - PDS; Artur da Távola - PSDB; Assis Canu­to - PFL; Átila Lira - PFL; Augusto Carvalho- PCB; Áureo Mello - PMDB; Benedicto Mon­tetro - PTB; Benedita da Silva - PT; Benito Ga­ma - PFL; Bernardo Cabral - PMDB;Beth Azize- PSDB; Bezerra de Melo - PMDB; BocayuvaCunha - PDT; Bonifácio de Andrada - PDS;Brandão Monteiro - PDT; Caro Pompeu ­PSDB; Carlos Alberto Caó - PDT; Carlos Bene­- PFL; Carlos Cotta - PSDB; Carlos De'Carli- PTB; Carlos Sant'Anna - PMDB; Carlos Vina-gre - PMDB; Carrel Benevides - PTB; CássioCunha Lima - PMDB; Célio de Castro - PSDB;Celso Dourado-PMDB;César Cals Neto - PDS;César Mala - PDT; Chagas Duarte - PFL; Cha­gas Neto - PMDB; Chagas Rodrigues - PSDB;Chico Humberto - PDT; Cid Carvalho - PMDB;Cid Sabóia de Carvalho - PMDB; Cláudio ÁvIla- PFL; Costa Ferreira - PFL; Cristina Tavares- PSDB; Cunha Bueno - PDS; Darcy Deitos

- PMDB; Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra- PMDB; Davi Alves Silva - PDS; Del BoscoAmaral - PMDB; Délio Braz - PMDB; DenisarArneiro - PMDB;Dtorusío Dal Prá - PFL; Dioní­sio Hage - PFL; Dirce Tutu Quadros - "PSDB;Divaldo Suruagy - PFL, Djenal Gonçalves .:.­PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; DomingosLeonelli -; Doreto Campanari - PMDB, EdéSIOFrias - PDT; Edison Lobão - PFL; EdivaldoMotta - PMDB;Edme Tavares - PFL; EdrmlsonValentim -r-r- PC do B; Eduardo Bonfim - PCdo B; Eduardo Jorge - PT; Eduardo MoreIra- PMDB; Egídio Ferreira Lima - PMDB, EliasMurad - PTB; Eliel Rodrigues - PMDB;EliézerMoreira - PFL;Enoc Vieira- PFL; Eraldo Tinoco- PFL; Eraldo Trindade - PFL; Erico Pegoraro- PFL; Ervm Bonkoski - PTB; Euclides Scalco- PSDB; Euruce Michiles - PFL; Evaldo Gon-çalves - PFL; Expedito Machado - PMDB; ÉzIOFerreira- PFL; Fábio Feldmann - PSDB; FábioRaunheítti - PTB; Farabulini Júnior - PTB;Fausto Fernandes - PMDB; Fausto Rocha ­PFL; Felipe Mendes - PDS; Feres Nader - PTB;Fernando Bezerra Coelho - PMDB; FernandoGasparian - PMDB;Fernando Gomes - PMDB;Fernando Henrique Cardoso - PSDB; FernandoSantana - PCB; Fernando Velasco -, ~MDB;Firmo de Castro - PMDB;Flavio Palmier da Veiga- PMDB; FláVIO Rocha - PL; Florestan feman­des - PT; Floriceno Paixão - PDT; França Tei­xeira - PMDB;Francisco Amaral- PMDB;Fran­CISCO Benjamim - PFL; Francisco Carneiro ­PMDB; Francisco Coelho - PFL; Francisco Dias- PMDB; Francisco Diógenes - PDS; FranciscoDornelles - PFL; Francisco Kuster - PSDB;Francisco Pinto - PMDB; Francisco Rossi ­PTB; Francisco Sales - PMDB; Furtado I.;eite­PFL; Gabnel Guerreiro - PMDB; Gastone Righi- PTB; Genebaldo Correia - PMDB; qenésloBernardino - PMDB; Geovah Amarante ­PMDB; Geovani Borges - PFL; Geraldo AlckminFilho - PSDB; Geraldo Bulhões - PMDB; Ge­raldo Campos - PSDB; Geraldo Fleming ­PMDB; Gerson Marcondes - PMDB; Gerson Pe­res - PDS; Gidel Dantas - PDC; Gilson Machado- PFL; Gonzaga Patriota - PMDB; GuilhermePalmeira - PFL; Gumercindo Milhomem - PT;Gustavo de Fana - PMDB; Haroldo Lima - PCdo B' Haroldo Sabóia - PMDB; Hého Costa ­PMDB; Hélio Duque - PMDB; Hélio Manhães -

PMDB; Hélio Rosas - PMDB; Henrique Córdova- PDS; Henrique Eduardo Alves - PMDB; Herá­clito Fortes - PMDB; Hermes Zaneti - PSDB;Homero Santos - PFL; Humberto Lucena ­PMDB; Humberto Souto - PFL; Iberê Ferreira- PFL; Ibsén Pinheiro - PMDB; Inocêncio Oh­veira - PFL; lrarn Saraiva - PMDB;Irma Passoni- PT; Ismael Wanderley - PMDB;Itamar Franco- ; Ivo Cersósimo - PMDB;Ivo Lech - PMDB;Ivo MaInardi - PMDB; Ivo Vanderlmde - PMDB;Jairo Azi - PDC; Jairo Carneiro - PDC; JallesFontoura - PFL; JamIl Haddad - PSB; JarbasPassannho - PDS; Jayme Paliarin - PTB; Je­sualdo Cavalcanti - PFL; Jesus Tajra - PFL;Joaci Góes - PMDB; João Agripino - PMDB;João Alves - PFL; João Castelo - PDS; Joãode Deus Antunes - PTB; João Herrmann Neto- PMDB;João Lobo - PFL; João Machado Ro­llemberg - PFL; João Menezes - PFL; JoãoPaulo - PT; João Rezek - PMDB;Joaquim Bevi­lacqua - PTB; Joaquim Hayckel - PMDB;Joa­quim Sucena - PTB; Jofran Frejat - PFL; JonasPInheiro - PFL; .Jornval Lucas - PDC; JorgeArbage - PDS; Jorge Bornhausen - PFL; JorgeHage - PSDB; Jorge Medauar - PMDB; JorgeUequed - PMDB; Jorge VIanna - PMDB; JoséAgripino - PFL; José Camargo - PFL; JoséCarlos Coutinho - PL; José Carlos Grecco ­PSDB;José Carlos MartInez- PMDB,José CarlosSabóia - PSB; José Carlos Vasconcelos ­PMDB;José Costa - PSDB; José da Conceição- PMDB; José Dutra - PMDB; José Eqreja ­PTB; José Elias - PTB; José Fernandes - PDT;José Fogaça - PMDB; José Freire - PMDB;José Genoíno - PT;José Geraldo - PMDB;JoséGuedes - PSDB; José Ignácio Ferreira - PMDB;José Jorge - PFL; José LInS- PFL; José Lou­renço - PFL; José Luiz de Sá - PL; José LuizMaia - PDS; José Maurício - PDT; José Melo- PMDB;José Mendonça Bezerra - PFL; JoséMoura - PFL; José Paulo Biso\ - PSDB; JoséQueiroz - PFL; José Richa - PSDB; José Serra- PSDB; José Tavares - PMDB; José Teixeira- PFL; José Thomaz Nonô - PFL; José TInOCO- PFL; José Ulisses de Oliveira - PMDB; JoséViana - PMDB;Jovanni Masini - PMDB;JuarezAntunes - PDT;Júlio Campos - PFL; Júlio Cos­tamilan - PMDB; Jutahy Magalhães - PMDB;Koyu lha - PSDB; Lael Varella - PFL; LavoisierMaia - PDS; Leite Chaves - PMDB; Lélio Souza

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12782 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

- PMDB; Leur Lomanto - PFL; Levy Dias ­PFL; Lezío Sathler - PMDB; Lídice da Mata ­PC do B; Lourival Baptista - PFL; Lúcia Vânia- PMDB; LÚCIO Alcântara - PFL; Luís Eduardo- PFL; Luís Roberto Ponte - PMDB;LuizAlbertoRodrigues - PMDB; Luiz Freire - PMDB; LuizInácio Lula da Silva - PT; Luiz Leal - PMDB;Luiz Marques - PFL; LUIZ Salomão - PDr; LUIZSoyer - PMDB; Luiz VIana Neto - PMDB; Lysâ­neas Maciel- PDT; MagUltoVIlela- PMDB, Ma­luly Neto - PFL; Manoel Castro - PFL; ManoelRlbeiro - PMDB; Mansueto de Lavor - PMDB;Manuel Viana - PMDB; Marcelo Cordeiro ­PMDB; Márcio Braga - PMDB; Márcio Lacerda- PMDB; Marcondes Gadelha - PFL; MarcosLima - PMDB; Marcos Queiroz - PMDB; Mariade Lourdes Abadia - PSDB; Maria Lúcia ­PMDB;Mário Assad - PFL; Mário Covas-PSDB;Mário de Oliveira - PMDB;Mário Lima - PMDB;Mário Maia - PDT; Marluce PInto - PTB; Ma­theus Iensen - PMDB;MauríCIO Campos - PFL;Maurício Correa - PDT; Maurício Fruet- PMDB;Maurício Nasser ~ PMDB; Maurício Pádua ­PMDB; Maurího Ferreira Lima - PMDB; MauroBenevides - PMDB;Mauro Borges - PDC; Mau­ro Campos - PSDB; Mauro Miranda - PMDB;Mauro Sampaio - PMDB; Max Rosenmann ­PMDB; Meira Filho - PMDB; Melo Freire ­PMDB; Mello ReIS - PDS; Mendes Botelho ­PTB; Mendes Canale - PMDB; Mendes Ribeiro- PMDB; Messias Góis - PFL; Messias Soares- PTR; Michel Temer - PMDB; Milton Barbosa- PDC; MIlton Lima - PMDB; Milton Reis -PMDB; Míraldo Gomes - PDC; Miro Teixeira ­PMDB; Moema São Thiago - PSDB; Moysés Pi­mentel - PMDB; Mozarildo Cavalcanti - PFL;Myrian Portella - PDS; Naphtali Alves de Souza- PMDB; Narciso Mendes - PFL; Nelson Aguiar- PDT; Nelson Carneiro - PMDB; Nelson Jobim- PMDB; Nelson Sabrá - PFL; Nelson Seixas- PDT; Nelton Friedrich - PSDB; Nestor Duarte- PMDB; Ney Maranhão - PMB; Nilso Sguarezi- PMDB; Nilson Gibson - PMDB; NlOnA1bernaz- PMDB; Noel de Carvalho - PDT; Nyder Barbo-sa - PMDB;Octávio Elísio - PSDB; Odacir Soa­res - PFL; Olívio Dutra - PT; Onofre CorrêaPFL; Orlando Pacheco - PFL; Oscar Corrêa ­PFL; Osmar Leitão - PFL; Osmir Lima - PMDB;Osvaldo Bender - PDS; Osvaldo Coelho - PFL;Osvaldo Macedo - PMDB; Osvaldo Sobrinho ­PTB; Oswaldo Almeida - PL; Oswaldo Trevisan- PMDB;Ottomar Pinto - PMDB;Paes de Andra­de - PMDB; Paes Landim - PFL; Paulo Almada- PMDB; Paulo Delgado - PT; Paulo Macarini- PMDB; Paulo MIncaroni - PMDB; Paulo Pairn- PT; Paulo Pimentel - PFL; Paulo Ramos -PMN;Paulo Roberto - PMDB;Paulo Roberto Cu­nha - PDC; Paulo Silva - PSDB; Paulo Zarzur- PMDB; Pedro Canedo - PFL; Pedro Ceohn-PFL; Percival Muniz- PMDB;Pimenta da Veiga- PSDB; Plínio Arruda Sampaio - PT; PlínioMartins - PMDB; Pompeu de Sousa - PSDB;Rachid Saldanha Derzi - PMDB; Raimundo Be­zerra - PMDB;Raimundo Líra - PMDB;Raimun­do Rezende - PMDB; Raquel Cândido - PDT;Raquel Capiberibe - PSB; Raul Belém - PMDB;Raul Ferraz - PMDB; Renan Calheiros - PSDB;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnsson ­PMDB; Renato Vianna - PMDB; Ricardo Izar ­PFL; Rita Camata - PMDB; Roberto Augusto ­PTB; Roberto Balestra - PDC; Roberto Brant

- ,Roberto Campos - PDS; Roberto D'Ãvrla- PDT; Roberto Freire - PCB; Roberto Torres- PTB; Robson Marinho - PSDB; Rodngues Pal-ma - PTB; Ronaldo Aragão - PMDB; RonaldoCarvalho - PMDB; Ronaldo Cezar Coelho ­PSDB; Ronan Tito - PMDB; Ronaro Corrêa ­PFL; Rosa Prata - PMDB; Rospide Netto ­PMDB;Rubem Branquinho - PMDB;Rubem Me­dina - PFL; Ruben Fíqueiró - PMDB; RubervalPilotto - PDS; Ruy Bacelar - PMDB; Ruy Nedel- PMDB; Sadie Hauache - PFL; Salatiel Carva­lho - PFL; Samir Achôa - PMDB;Santinho Fur­tado - PMDB; Saulo Queiroz - PSDB; SérgioBrito - PFL; Sérqio Spada - PMDB, Sérgio Wer­neck - PMDB; Severo Gomes - PMDB; Sigma­ringa Seixas - PSDB; Silvio Abreu - PSDB; Si­mão Sessim - PFL; Síquerra Campos - PDC;Sólon Borges dos Reis - PTB; Stélio Dias ­PFL; Tadeu França - PDT; Telmo KIrst - PDS;Teotônio VilelaFilho - PMDB;Theodoro Mendes- PMDB; TIto Costa - PMDB; Ubiratan Aguiar- PMDB; Ubiratan Spmelli - PDS; Ulysses Gui-marães - PMDB; Valmir Campelo - PFL; ValterPereira - PMDB; Vasco Alves - PSDB; VicenteBogo - PSDB; Victor Faccíoru - PDS; VIctorFontana - PFL; VIlson Souza - PSDB; VingtRosado - PMDB; Vimcius Cansanção - PFL;VIrgIldáslo de Senna - PSDB; VirgílioGalaSSI ­PDS; VirgilioGuimarães - PT; Vitor Buaiz - PT;Vivaldo Barbosa - PDT; Vladírrur Palmeira - PT,Wagner Lago - PMDB; Waldec Ornélas - PFL;Waldyr Pugliesi - PMDB; Walmor de Luca ­PMDB; WIlma Maia - PDT; Wilson Campos ­PMDB; Wilson Martins - PMDB; Ziza Valadares-PSDB

I - ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - A

lista de presença registra o comparecimento de279 Senhores Consntumtes

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus a em nome do povo

brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

11 - LEITURA DE ATAO SR. MÁRIO MAIA, Segundo-Secretário,

procede à leitura da ata da sessão antecedente,a qual é, sem observações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Pas­sa-se à leitura do expediente.

O SR. MARCELO CORDEIRO, Primeiro­Secretário, procede à leitura do seguinte.

III - EXPEDIENTECOMUNICAÇÕES

Da Bancada do PSDB, nos seguintes ter­mos:

Brasília, 28 de julho de 1988

Excelentissimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDIgníssimo Presidente da Assembléia NacionalConsntumteNesta

Senhor Presidente,A Bancada do Partido da Social Democracia

Brasileira, na Assembléia Nacional Constituinte,

vem por meio deste, comunicar a Vossa Exce­lência a Indicação do Deputado Artur da Távolapara Líder da mesma na Constituinte, informando,ademais, haver o Líder, índrcedo o Deputado Oc­távio Elysio para Primeiro Vice-líder

Reiteramos a Vossa Excelência expressões dealta estima e consrderação. - Deputada AnnaMaria Rattes - Deputado Antonio Perosa ­Deputada Beth Azize - Deputado Carlos Cot­ta - Deputado Carlos Mosconi - DeputadoCelio de Castro - Deputado Caio Pompeu- Deputada Cristina Tavares - Deputada Dir­ce Tutu Quadros - Deputado Euclides Scaico- Deputado Fábio Feldmann - DeputadoFrancisco Küster - Deputado Geraldo Alck­min Filho - Deputado Geraldo Campos ­Deputado Hermes Zaneti - Deputado JorgeHage - DeputadoJosé Carlos Grecco - De­putado José Costa - Deputado José Guedes- Deputado José Serra - Deputado Koyo lha- Deputado Maria de Lourdes Abadia - De-putado Mauro Campos - Deputada MoemaSão Thiago - Deputado Nelton Friedrich ­Deputado Octávio E1ysio - Deputado PauloSilva - Deputado Pimenta da Veiga - Depu­tado Ronaldo Cezar Coelho - Deputado Rob­son Marinho - Deputada Rose de Freitas ­Deputado Sigmaringa Seixas - DeputadoSaulo Queiroz - Deputado Vilson Souza ­Deputado Vicente Bogo - Deputado Z1za Vala­dares - Senador Affonso Arinos - SenadorChagas Rodrigues - Senador Fernando Hen­rique Cardoso - Senador José Paulo Bisol- Senador José Richa - Senador José Igná­cio Ferreira - Senador Mário Covas - Sena­dor Pompeu de Sousa.

Do Sr. Constituinte Roberto Jefferson,nos seguintes termos.

Brasília, 10 de agosto de 1988

Exmo.SrDeputado Ulysses GimarãesDD Presidente da Assembléia Nacional Consn­tuinte

Senhor Presidente,Estou encaminhando em anexo a justificativa

de ordem médica referente as ausências verifica­das entre os dias 21 e 31 de julho de 1° e 6de agosto de 1988

Sendo para o momento subscrevo-meAtenciosamente, - Roberto Jefferson, De­

putado constituinte.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Estáfinda a leitura do expediente.

Passa-se ao

IV - PEQUENO EXPEDIENTE

Tem a palavra o Sr. Constituinte José Genoíno.

O SR. JOSE GENOÍNO (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, realizar-se-á amanhã, em Santos, ato polí­tico dos trabalhadores do porto - os portuários,contra a privattzação da Portobrás.

Sr. Presidente, este fato é importante, porquepermite a discussão de toda a política criada nestePaís em torno da prívatizaçáo.

Não há dúvida de que o processo de estatzaçãono Brasil foi marcado pelo autoritarismo, por umaconcentração de poder muito grande, e por pro-

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Agosto de 1988 DIARIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12783

cessos fisiológicos de corrupção, de montagemde uma máquina burocrático-administrativa quebeneficiou muito mais determinados grupos eco­nômicos do que a eficiência administrativa, a efi­ciência econômica a serviço da comumdade. Esão exatamente os mesmos que fizeram com quea máquina administrativa se tomasse esse grandeinstrumento de corrupção, de fisiologismo de umpoder, mas de relativa autonorrua, que hoje, aofalarem desse processo de desestatização, nãovão à raiz do problema, porque há duas questõescentrais que não são colocadas, que não vêmà tona nesse processo. A pnmeira é o problemada democratização das estatais, da democratiza­ção da administração pública. Isso é essencial,porque essa democratização é exatamente o meiode se produzir uma eficiência, uma transparênciana administração pública. A segunda questão dizrespeito ao combate às mordomias. Sempre quese fala na máquina admimstrativa, colocam nomesmo saco trabalhadores, funcionários hones­tos que trabalham, com as rnordorruas criadasexatamente pelos grupos e pelas oligarquias in­crustadas no poder, que enchem essas máquinascom os apaniguados, com os favorecidos de famí­lias ou cabos eleitorais e amigos políticos

Sr. Presidente, quando se fala no processo depnvatização, o objetivo não é a solução dessesproblemas que estamos aqui levantando, da de­mocratização da máquina administrativa, da de­mocratização das estatais e do combate à inefi­ciência, à corrupção e ao parasitismo da máquina.Seu objetivo visa a abertura de condições paraque o grande capital, nacional e estrangeiro, possaapossar-se desse setor tão importante, estrategi­camente, para o desenvolvimento do País.

Com esta fundamentação, Sr. Presidente, mani­festamos nosso apoio, nossa solidariedade ao atopolítico que os portuários de Santos realizarãoamanhã.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente. (Mui­to beml)

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ.Pronuncia o seguinte dtscurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, em várias oportunidades nestaCasa denunciei a opressão racial, sexual, sociale outras. O que me espanta é o fato de seremrecebidas naturalmente, como se fosse manifes­tação normal. Porém, hoje espero e apelo, emnome dos díreitos humanos, que prestem atençãono que tenho a declarar e, em nome da raciona­lidade, ~udem-me a inibir mais esta ação nefasta.

Sr. Presidente, Srs e Srs. Constituintes, compa­rando a realidade racial brasileira e norte-ame­ricana, conclui que nos Estados Unidos a discrimi­nação e preconceito são sistemáticos e explícitosenquanto aqui são assistemáticos e dísstrnulados.Apesar de hoje os jornais, revistas e documen­tários, estarem, direta ou indiretamente, contri­buindo para divulgar a persistência da discrimi­nação contra negros mestiços, índios. por exem­plo, barrar pessoas negras em boates, elevadoressocíats, hotéis de luxo, ainda encontramos açõespredominantemente racistas no mito da demo­cracia racial

Ao fazer estas considerações, desejo, na verda­de, abrir parênteses para registrar matéria de Wa­shington Novaes intitulada "Afogar os Negros",divulgada pelo Jornal do Brasil de 13-8-88.

Pasmem, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Constituin­tes, o absurdo que está contido nesta matéria!

Já tive conhecimento anterior a respeito daquestão, um registro importantíssimo Estão que­rendo, na verdade, acabar com os negros porquesabemos que poucos são os remanescentes dosquilombos.

Megaron Txukarrarnãe, hoje diretor do ParqueIndígena do Xingu, conhece os brancos há muitotempo. Ainda menino, acompanhou os irmãosViIlasBoas nas pnmeiras tentativas de aproxima­ção com os kren-akroro, no final da década de60. Já viu rnurta violência, viu povos inteiros dizi­mados por doenças levadas por brancos e poroutras violências mais diretas Ele não acreditaque os índios possam ser respeitados pelas atuaisgerações adultas - "só se forem as crianças",disse uma vez quando lhe propus fazer uma sériede programas de TV para mostrar a força e abeleza das culturas do Xingu, de modo que aspessoas aprendessem a respeitá-las.

Um dia, no Rio de Janeiro, olhando do balcãode uma casa o maciço da Urca, aquela pedragIgantesca e imponente, Megaron perguntou:"Essa pedra já era assim ou foi caraíba (branco)que descascou?" Megaron retratava a perplexi­dade do índio com a nossa infinita capacidadede destruir a natureza sem a qual nada somos.A mesma perplexidade que levou outro xinguano,Tupanumaka Waura, a perguntar, diante de umasérie de lombadas redutoras de velocidade numaavemda de Goiânia: "Por que branco põe asfaltopra andar depressa e depois faz calombo na ruapra andar devagar?"

Megaron e Tupanumaka talvezJá não se espan­tem com notícias como a de que Fumas, paraconstruir a hídrelétnca de Foz do Bezerra, no rioParaná, em Goiás, vai inundar as terras de 4 milnegros que habitam há séculos uma área na serrada Contenda, conservando os hábitos e constu­mes de seus ancestrais.

Quem consegue chegar a esse antigo quilom­bo de escravos fugidos de fazendas goianas, mi­neiras e baianas, e só se chega em lombo deburro, a pé ou de helicóptero, pois não há estradas- mergulha em outro tempo e outro espaço.Absolutamente isolados do mundo há uns 200anos, os calunga - como são chamados - aindafalam uma mistura de línguas africanas e portu­guês arcaico, com traços de latim. Moram longeuns dos outros e quase só se reúnem uma vezpor ano, na festa de São João, para cantar e dan­çar antigos folguedos portugueses. O governo deGoiás deu-lhes os títulos das terras que povoame a Universidade Federal de Goiás, principalmentea professora Man Baiocchi, vem lutanto pela suapreservação e para manter o isolamento que elesdesejam.

Em qualquer país, os calunga estariam sendoobjeto de todos os cuidados. Afinal, eles são onosso passado vivo, a nossa história, a luta dosnegros pela liberdade e pelo respeito que lhesé devido. Por muito menos, a China acaba deinterditar uma área e criar uma reserva ecológica:para preservar um ser que ninguém viu ainda,mas que se suspeita seja o legendário "homemdas neves". Aqui, no centenário da abolição daescravatura, planeja-se minuciosamente o geno­cídio de um grupo étnico dessa raridade e dessaimportância.

Mas não é de espantar. Todas as destruiçõesno Brasil são rigorosamente planejadas. Recebematé incentivos fiscais, como a derrubada do cerra­do maranhense e paraense para fazer carvão ve­getal nas gusarias. Serão só uns 100 mil ou 150mil hectares por ano, só mais uns 1.500 quilôme­tros quadrados por ano, que se somarão aos 250mil quilômetros quadrados (uma área igual à doEstado de São Paulo) que estão sendo desma­tados por ano na Amazônia, segundo os cálculosde pesquisadores do Instituto Nacional de Pesqui­sas Espaciais. Junto com a fumaça das queima­das, os restos da vegetação desses 1.500 km2

vão compor, ao fim e ao cabo, as 6 milhões detoneladas anuais de poeira poluente da Amazôniade hoje - o equivalene, em monóxido de carbo­no, à poluição que a cidade de São Paulo produ­ziria em 32 anos

Por isto, não dá para alegrar a notícia de queo IBDF vai cnar um "sistema nacional de preven­ção de incêndios" e obrigar os proprietários deterras que fazem queimadas a avisar seus vízmhoscom três dias de antecedência, sempre que foremtocar fogo. Na Amazônia e no Centro-Oeste,quem vai fiscalizar? Os 600 agentes e guardasflorestais que esse órgão tem para o País todo?Nem dos 11,5 milhões de hectares de parquesnacionais e reservas biológicas. o lBDF consegueCUidar com seu magérrino orçamento de Cz$ 4bilhões (que se fosse destinado só a ISSO daria300 e poucos cruzados por hectare) Como vaicuidar do restante do territóno brasileiro em cha­mas (quem duvidar, vá hoje a GOIás, Mato Grosso,Rondôma) ou em processo de desertificação(mesmo') na fronteira corri o Uruguai, no Su­doeste gOIano e em tantas partes?

E vai fazer o quê diante desse novo descalabroque se planeja na hidrelética de Balbina, comoalertou aqui mesmo no JB o prof. José Goldern­berg, reitor da USP? Vai deixar que, depois doatentado ecológico que fOI inundar 1.600 quilô­metros quadrados de selva amazônica, se. digaque o no Uatamá não é capaz de encher o lagoda barragem e se planeje abrir um canal de 25quilômetros de extensão na floresta, ao custo deUs$700 milhões. para desviar outro rio? Sabendoque as advertências dos cientistas sobre a incon­veniência de Balbína, sobre os erros técnicos doprojeto e sobre alternativas melhores foram des­prezadas, sabendo que Balbina tem um custo porquilowatt duas vezes e meia maior do que o dacaríssima ltaípu,

Não dá para engolir. Qualquer regime precisade um mínimo de racionalidade para sobreviver.E, se estamos falando tanto em modernizar onosso capitalismo, por que não nos detemos umpouco no exemplo da Holanda mcderníssnna ­um entre tantos - onde o licenciamento de umanova fábnca toma pelo menos seis meses de ava­liações rigorosas quanto aos impactos ambien­tais? Por que não olhamos os Estados Unidos,que acabam de proibir, na Califórnia pós-moder­na, o uso de embalagens de espuma de plásticonas vendas de sanduíches - e isso na civilizaçãodo hamburger - para não destruir a camadade ozôruo> (No Rio de Janeiro, a lei que proibiaa comercialização de produtos com clorofluor­carbono foi vetada pelo governador).

Já passou da hora de entrarmos no século XXe esquecermos a concepção anacrônica do ser

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humano como centro do universo, senhor da na­tureza. Se não entrarmos, corremos o risco deuma hora dessas um tecnocrata qualquer, con­templando as pirâmides de Itaipu, sentenciar: "Tátudo errado. Pode derrubar tudo e fazer outra maisabaixo".

Será que dá apenas para ouvir? Não, teremosde tomar uma providência imediata Estão amea­çados de genocidio sutil e maquiavélico, um gru­po étnico dessa raridade e dessa importância noBrasil, no Centenário da Abolição sem libertação.

Estou horrorizada, apesar do texto da Consti­tuinte que estamos elaborando dizer que a práticado racismo deverá ser crime inafiançável. Sinto­me também, como negra, ameaçada.

Como se não bastasse, o mesmo jornal, publicaque no Pará "Fazendeiro rnatínha escravos e ostorturava e matava"

Diz assim a notícia:

"O português Joaguim Lourenço de Ma­tos, 61 anos, denunciado por praticar escra­vidão branca em sua fazenda São Judas Ta­deu, no rnunícípio de Paragominas, 217 qui­lômetros a sudoeste de Belém, fOI preso pelaPolícia Federal e confessou a execução devários trabalhadores rurais por pistoleiros aseu serviço.

Lourenço de Matos admitiu ainda que usa­va trabalho escravo, de cerca de 80 trabalha­dores recrutados no interior do Maranhão,aos quais não pagava salários e mandavamatar, quando havia tentativa de fuga.

A Polícia Federal descobriu uma carcaçahumana próxima da sede da fazenda SãoJudas Tadeu, que seria de um dos trabalha­dores executados pelos pistoleiros Rei doBrega e Manteiga Na tentativa de identificaro morto, a polícia enviou a ossada para oInstituto MédiCO Legal Renato Chaves, emBelém, para as análises necessárias. Uma se­gunda ossada foi encontrada pelos agentesfederais no meio da mata e continua em Pa­ragominas.

Junto com o português Lourenço de Ma­tos foi preso o pistoleiro Edílson, que exerciao papel de feitor na fazenda. Manteiga e Reido Brega continuam foragidos, mas a policiasuspeita que estejam escondidos na fazendaNova Esperança, também de propriedade doportuguês.

Com a prisão de Lourenço, o "Velho Portu­guês", os outros trabalhadores que eramsubmetidos a trabalho escravo na fazendaSãoJudas Tadeu estão se apresentando parareforçar as denúncias de seus companheirosFrancisco de Oliveira e Paulino Alves Cardo­so. Os dois fugiram da fazenda, caminhandopelo mato durante dois dias até encontrarum posto da Polícia Federal, onde contaramsuas histórias. Eles disseram que não rece­biam salário, eram alimentados miseravel­mente, sótinham permissão para beber águaduas vezes por dia, trabalhavam sob açoitee, à noite, dormiam acorrentados numa espé­cie de senzala.

APolicia Federal pediu uma equipe da De­legacia Regional do Trabalho para levantartodas as Irregularidades trabalhistas, come­tidas pelo fazendeiro, a fim de que os traba­lhadores sejam indenizados.

O português Lourenço de Matos foi enqua­drado no art. 197 do Código Penal (Atentadoà liberdade de trabalho e constranger alguémpor ameaça ou violência); pela Policia CivIl,no art. 149 (Homicídio). A pena prevista éde 2 a 8 anos de prisão. Em seu depoimentoLourenço de Matos confessou também quesubmetia os trabalhadores à tortura. O pisto­leiro Edison se comprometeu a levar a Políciaaos locais em que foram sepultados algunstrabalhadores. Hoje, chegou a Paragominasuma equipe de legistas, de Belém, que vaiorientar a exumação dos cadáveres,"

Podemos constatar que a prática do racismoe da escravidão persiste ainda hoje entre nósNão está isolada como alguns tentam dissímular,Existe realmente e concretamente a prática doracismo e da escravidão no Brasil.

Sr. Presidente, não esmoreceremos apesar dis­so. Através de jornais e de outros veículos estamosrevelando nossa luta pela cidadania efetiva, regis­trada nos documentos do movimento organizadopara a defesa dos direitos civis e políticos; naslutas pela democratização racial através de dife­rentes vias, de uma imprensa alternativa, e dasorganizações comunitárias e de pesquisas negrasna valorização, na preservação dos elementos fun­damentais da cultura negra, no resgate da figurade Zumbi dos Palmares contra a opressão racialda classe, luta essa que deverá estar voltada tantopara a compreensão das origens do povo negrocomo para interpretação da realidade brasileira.

Buscamos, em todos os seus aspectos, a cons­trução de uma história do negro que reflita o seuestar e sentir na sociedade do Brasil, condiçãoindispensável à formação da consciência negra.Porsua vez, é essencial a participação dessa cons­ciência juntamente com as etnias, na constítutçãoda democracia no Brasil.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)

O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs Constituintes,farei um breve comentário sobre a questão dodireito de greve, como foiaprovado aqui, na Cons­tituinte.

Sr. Presidente, não concordo com alguns jor­nais quando afirmam - entendo que não é verda­de~ que aqui foi aprovado pleno e irrestrito direi­to de greve, chegando até a tentar fazer algumterrorismo com a população, dizendo que, de re­pente, um cidadão com um filho ou a esposano hospital sendo operados, os trabalhadores pa­rando o fornecimento de energia, a pessoa mor­reria na mesa de operação.

Isso é falta de seriedade, é falta de responsa­bilidade, é estar brincando com a opmíão públicae um desrespeito à classe trabalhadora. Devemos,aqui, assegurar que será de responsabíhdade, sim,dos próprios trabalhadores decidir a oportunidadee o porquê da greve.

Historicamente, neste País, sempre foi assim,até quando a lei proibia o direito de greve

Faço esta afirmação, Sr. Presidente, por enten­der que a redação amplia, melhor, e muito, odireito de greve da legislação vigente, mas, comcerteza, não Significa o irrestrito direito de greve.

Sr. Presidente, publica hoje o Jornal de Bra­sília a posição do Ministro do Trabalho, AlmirPazzianotto, sobre a questão do direito de greve.

S. Ex' vai para outro extremo DizS. Ex' que aquiloque foi aprovado aqui não assegura o direito degreve, que a lei atual ficará em vigência, porqueentende que a redação ficou confusa, até mesmoobsoleta. Contesto S. Ex~ Este não é o meu enten­dimento.

Na verdade, o Ministro Almir Pazzianotto, queserá, em sequida, Ministro do Tribunal Superiordo Trabalho, está encaminhando, desde já, umaforma de levar esse entendimento para os tribu­nais, no sentido de apenar os trabalhadores, deproibir o direito de greve, que, no meu entendi­mento, embora não tanto quanto queríamos, foiuma das principais conquistas da Assembléia Na­cional Constituinte em relação à classe trabalha­dora.

Sr. Presidente, foi aprovada uma redação, oque é normal na maioria dos países do Mundo.

Como último registro, deIXO o meu protestocontra a política de privatização do Presidente Jo­sé Samey, que quer privatizar no Rio Grande doSul a Aços Fmos Plratíní e o Banco Meridional.Lembro que o Banco Mendional, conforme seuúltimo balanço, está dando lucro.

Mais uma vez se vê que a ínicíanva privadaquer colocar as mãos naquelas estatais que, defato, dão lucro para a Nação.

Deixo aqui, portanto, o meu protesto. Ontem,esteve em Brasília, numa reunião com a BancadaFederal, o Govemador Pedro Simon, discutindoquestões como a estatização de empresas.

Registro a minha posição de oposição ao PMDBno Estado, mas estarei, lado a lado, com todaa Bancada do Rio Grande do Sul, na defesa dosinteresses do nosso Estado

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem! Palmas.)

O SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS.Sem revisão do orador.) - SR Presidente, SI""e Srs. Constituintes, o jornal Zero Hora de ontemtrouxe notícia que me deixou entristecido. O IBGEquer anular a criação de novos municípios, e sóno Rio Grande do Sul foram criados 89. Sabemosque em alguns lugares, pequenos grupos, íncon­formados, já entraram com ação competente noSupremo Tnbunal Federal e conseguiram liminar,alegando a lei federal que limita e dá normaspara a criação dos municípios. Um deles é SãoVendelíno, que se desmembrou de Bom Princípioe tem todas as condições, como os demais 88que foram criados

Se o IBGE quer anular a criação desses novosmunicípios, terá que cassar o direito de mais dametade dos municípios brasileiros que não estãoenquadrados nem estão em condições de satis­fazer a exigênciasdessa lei,que exige, em pnmeirolugar, dez mil habitantes e uma arrecadação míni­ma, que apenas, talvez, a metade dos municípiosbrasileiros atinge.

Sou mtransigente defensor de emancipações,porque, se analisarmos apenas o Estado do RioGrande do Sul, verificaremos, agora que, coma criação de mais 89 municípios, o Estado ficarácom 330 municípios A área do Rio Grande doSul é praticamente igual à da Alemanha, que tem12 mil municípios Vejamos o quanto é importantequando as admmistrações podem estar mais jun­tas da população E, em se tratando de emanci­pações no meio rural, ainda é mais importante,porque ali não existe CIdade, e a cidade não vai

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12785

absorver grande parte dos recursos, como acon­tece com os municípios maiores, e, desta forma,essa participação do FPM e do ICM poderá serinvestida na própria agricultura, através da criaçãode rnícrobacras, através, de poços artesianos, atra­vés de melhores condições para o homem rural,fixando-o, _desta maneira, com mais segurançano meio rural.

Por esta razão, Sr. Presidente, Srs. Constituintes,protesto veementemente contra essa teona doIBGE, apelando às autondades responsáveis paraque não acatem essa decisão e permitam queos municípios sejam criados Aliás, a nova CartaMagna prevê que doravante quem vai legislar so­bre a questão de novos municípios são os Esta­dos, e, a partir da promulgação da nova Carta,essa lei não terá mais razão de ser, cairá, razãopela qual não há motivos para agora impedirmosa criação desses municípios

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)

O SR. FRANCISCO DIAS (PMDB - SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, nobreConstituinte Jorge Arbage, ora no exercício daPresidência, Srs. Constituintes:

Após um hiato de ano e meio, volto a estaCasa e o faço com um misto de alegna ~ emoção,depois de ficar praticamente mudo, silencioso du­rante este tempo, aguardando os acontecimentosem Brasília. O destino quis que eu chegasse aesta Casa, e aqui estou, com a mesma coragem,com o mesmo entusiasmo, com tudo aquilo quetrouxe para cá em outras épocas.

Inicialmente desejo cumprimentar a todos oscompanheiros Constituintes, cumpnmentar a to­dos os funcionários desta Casa, desde o maisalto até o mais humilde, que foram sempre econtinuam sendo grandes amigos

Volto a esta Casa em nome da honradez, dadignidade, do trabalho operoso, da bondade edo carinho de alguns milhares de eleitores deGuarulhos e de São Paulo que acreditaram naminha pessoa e que, infelizmente, foram frustra­dos, em razão de outros desacertos havidos emminha região eleitoral.

Em nome dessa plêiade de amigos, de dignos,e honrados companheiros, homens e mulheresque se colocaram ao meu lado e que tanto torce­ram para que voltasse a esta Casa, é que aquiestou, disposto a continuar nos trabalhos daConstituinte

Coloco-me à disposição do meu Líder de Ban­cada Deputado Ibsen Pinheiro, e à disposição domeu Partido, o PMDB. Quero usar esta tribunacomo um baluarte da democracia, ao lado detantos companheiros dignos desta República bra­sileira, príncipalmente deste Congresso

Sr. Presidente, Srs. Constituintes, trago de forauma preocupação que pude sentir e ver nos olhose na mente de companheiros neste Brasil inteiro:o apressamento da votação da Constituinte.

O povo brasileiro está preocupado e desacre­ditado. Temos a grande responsabilidade de dara este povo a resposta que tanto ele pediu hádOIS anos

.Portanto, com esta preocupação, com as ale­gnas da volta, com a emoção de encontrar osmeus companheiros, concluo minha palavra ini-

cial, deixando um abraço aos companheiros desempre, aos funcionários da Casa, aos meus fami­liares, aos meus amigos, e uma palavra muitoespecial ao meu companheiro de chapa, concor­rendo à Prefeitura de Guarulhos, Pascoal Tomeu,onde concorro também este ano, se Deus quiser,à VIce-Prefeitura, colaborando com o meu grandePartido, o PMDB.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente (MUitobem!)

Durante o discurso do Sr. ConstituinteFrancisco Dias, o Sr. Jorge Arbage, Segun­do-VIce-Presidente, deixa a cadeira da presi­dência, que é ocupada pelo Sr. Mauro Bene­vides, Primeiro-Vice-Presidente.'

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) ­A Presidência saúda o retorno a esta Casa donobre Deputado Constituinte Francisco Dias, que,embora nascido nas terras do Ceará, em São Pau­lo se impôs à admiração e ao respeito do povopaulista, a ponto de ter sido guindado várias vezespara representá-lo no Congresso Nacional, e ago­ra, disputando a Prefeitura Municipal de Guaru­lhos, uma das mais Importantes Comunas dogrande Estado bandeirante.

Portanto, fica o registro, a saudação e a home­nagem da Mesa ao Constituinte que retoma assuas atividades parlamentares como membro doCongresso Nacional '

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) ­Tem a palavra o Sr. Constituinte Edison Lobã~.

O SR. EDISON LOBÃO (PFL-'MA. Pronún­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, "SrsConstítumtes, não desejo ser responsável pelasprofundas preocupações que assaltam o Depu­tado Brandão Monteiro, segundo se depreendede seu discurso de ontem. Por isso, esclareço.

Primeiro, o Deputado pelo Estado do RIO deJaneiro identifica como notória a existência desetores dentro da Assembléia Nacional Constí­tumte pregando o fechamento dela e a possibi-lidade de golpe. Eu, não! I

Segundo, defendo a Assembléia Nacl~~alConstituinte, proclamo o esforço que realii~ eaplaudo - como todos o fazem - os avaT)ç9Sque promovem em benefício do povo, atravésda Constituição que elabora. Deploro, porém, oque, a meu juízo, constitui retrocesso. E a socie­dade também o faz. A esse propósito recomendoao nobre Constituinte a leitura dos editoriais deO Globo e Jornal do Brasil de ontem, cujatranscrição agora requeiro. '

Terceiro, não falo por quem defende o pior,se alguém assim existe. Pessoalmente, desejo omelhor para o meu País.

Quarto, não sei quem pretende deter a Assem­bléia Nacional Constituinte. Para mim, ela nãopode ser detida. Teve a sua convocação propostapelo Presidente José Sarney, com a aprovaçãodo Congresso Nacional, e alcança, agora, de ma­neira laboriosa, a fase final de suas atr.ibuiçóes.

Espero ter atendido a curiosidade inquisitorialdo Deputado pelo Estado do Rio de Janeiro.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (MUltobem!)

DOCUft1ENTOS A QUE SE REFERE OORADOR.

O Globo 17-8-88

A PORTA DAANARQUIA

A aprovação pela Assembléia Constituinte dodireito de greve írrestnto para todas as categoriasde trabalhadores, em todas as circunstàncias, sobquaisquer pretextos -, ontem consumada no se­gundo turno de votação, significa a porta abertaà desordem e ao caos.

De todas as decisões capazes de agravar o pes­simismo com que os brasileíros acompanhamos trabalhos constituintes, esta é, de longe, a quedesenha perspectivas mais sombnas para os des­tinos do País. E; Ror ISSO mesmo é a mais contra­ditória na suposta pretensão de servir à demo­cracia, à liberdade e aos trabalhadores.

Não se confunda o direito de greve, como últi­ma instància da negociação trabalhista - sujeitoàs limitações determinadas pelo imperativo defuncionamento e progresso e que não pode re­nunciar a Nação -, com esta verdadeira licençapara paralisar o Pais, que acaba de ser instituida.Nos modernos Estados democráticos, a greve ésempre a prerrogativa de alguns subordinada, pe­la regulamentação legal, ao direito de todos Pnn­cipalmente, o direito de todos aos serviços essen­ciais, de caráter público.

Nos termos da decisão tomada ontem pelaConstituinte, o poder do Estado na matéria sedissolve, talo radicahsmo das lImitações impostasà sua regulamentação. É uma abdicação em favorda anarquia.

A írresponsabilldade política e social desse ges­to se caracteriza com clareza. Pois a democraciae a liberdade nascem e se sustentam através dotrabalho consciente, em benefício do individuoe da coletividade. Da anarquia, nasce a desordeme nela se amplia a miséria e se rompe todo pactopossível entre capital e trabalho.

Esta é a dimensão do gravissimo dano ao inte­resse nacional cometido ontem em Brasilia.

SIGNO DO RISCO

A Constituinte perfilhou, no segundo turno devotação, o artigo 9' nos mesmos termos que haviaSido aprovado no primeiro: uÉassegurado o direi­to de greve, competindo aos trabalhadores decidirsobre a oportunidade e os Interesses que devampor meio dele defender".

O debate marcado pela apreensão dos que in­sistiram na necessidade de condícronar a ampli­tude do direito de greve à legislação complemen­tar não conseguiu convencer completamente osConstituintes. Não obstante, os servidores públi­cos essenciais serão objeto de regulamentaçãoà parte.

O direito de greve foi conquistado na prática.O fato social ultrapassou as restrições autoritánasque perderam fundamento político no final dosanos 70, a partir do momento em que o regimenão conseguiu mais controlar as reivindicaçóestrabellustas, A sociedade esperava, no entanto,que a Constituinte definisse os hmítesclaros parao exercício de um direito que perde a razão deser quando atenta contra a sociedade

O artigo 38, em seu inCISO VII, define - noque diz respeito ao funcionalismo público - que

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12786 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

"o direito de greve será exercido nos termos enos limites definidos em lei complementar" Por­tanto, só é restrito para servidores públicos. Ofuncionalismo público rege-se pelo Estatuto dosServidores. A lei complementar, no caso, não in­cluirá as empresas de serviços públicos, cujosempregados têm suas relações de trabalho regu­lada pela CLT Asapreensões continuarão as mes­mas, no que dIZ respeito à ocorrência de grevesnos serviços públicos essenciais cuja paralisaçãopossa representar ameaça à segurança da socie­dade.

O direito de greve - como aprovado pelaConstituinte - não tem precedente em qualquernação. Em todos 05 países, existem Iímítes queevitam risco de vida ou de segurança da socie­dade. É o caso da França e da Itália, emboraa legislação ordinária nesses dois países não te­nha sido até hoje definida. Em ambos, porém,os tribunais firmaram jurisprudência que limitana prática o exercício do direito de greve nosserviços essenciais.

O princípio universal é o de que serviços públi­cos essenciais Impõem restnções. As divergên­cias dizem respeito à definição de quais serviços.públicos são essenciais. Serviços médicos de ur­gência, .hospitais, serviço de eletricidade e trans­porte coletivo estão incluídos na categoria dosque não podem cessar completamente, pela cir­cunstância de que a paralisação representa perigode vida ou põe em risco a segurança de umaparte ou de toda a sociedade.

Uma vez aprovado em termos amplos, o direitode greve terá que encontrar, de uma forma oude outra, o leito de uma regulamentação que evrteos abusos capazes de gerar contra ele resistênciasna própria sociedade. O não reconhecimento danecessidade no texto da nova ConstIutição nãomodifica a natureza política da questão. O movi­mento sindical chegará à mesma conclusão dasponderações que se fizeram ouvir no debate, poisnão se pode entregar uma conquista social tãoimportante a aventureiros e demagogos irrespon­sáveis.

Os serviços essenciais - do ponto de vistaeconômico e da sociedade - merecem ser res­guardados com a proteção q~e conte com a pre­sença dos poderes públicos. E indispensável umanorma complementar que regule, em termos de­mocráticos e responsáveis, a decisão sobre a"oportunidade e os mteresses" dos movimentoscoletivos.

Caso contrário, em aberto, o direito de grevese converterá em abuso. Deflagrado no auge deuma excitação coletiva, um movimento grevistapode sujeitar a maioria à manipulação de umpequeno gr!;!po orgamzado, como já tem aconte­cido. E se não houve até hoje conseqüências maisgraves foi porque a expectativa democrática tevepaciência de aguardar a Constituinte, na certezade que o direito de greve seria legalmente compa­tibilizado com as responsabilidades políticas detodos os cidadãos em defender o regime de liber­dades.

A modernidade que serve de padrão ao Brasilnão exclui normas disciplinadoras de direitos Pelocontrário: deixar uma conquista social e políticatão importante quanto o direito de greve ao de­samparo de regulamentação é confiá-Ia à guardade aventureiros e abrir outra porta ao populismo,que é a expressão política do atraso. Democracia

é lei, com o entendimento geral de que o direitode um termina onde começa o direito de outro.

o SR. OLÍVIO DUTRA (PT - RS. Sem revi­são do orador.)-Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Consti­tuintes, ontem recebemos a vlsita de um represen­tante dos funcionários da empresa de informáticaestatal Cobra, e de um representante do Movi­mento "Brasil Informática".

A situação por que passa a empresa Cobra,a estatal que é o eixo de uma pohnca de industria­lização, sob o controle e soberama nacronal naárea de informática, por pressão do grande em­presariado nacional e multinacional, não é dasmelhores.

Os aportes de recursos que a Cobra precisariapara desenvolver vários projetos - ela que já temcontribuído com uma tecnologia brasileira na área- não têm chegado, devido a uma política delibe­rada deste Governo de entregá-Ia, a preço de ba­nana, à irucíativa pnvada. O Banco do Brasil, aCaixa Econômica Federal e o BNDES, emborapor resoluções Já tomadas pelo Govemo, não têmaté agora repassado recursos para o desenvol­vimento de projetos da Cobra, na tentativa deobrigar a direção da empresa a aceitar as regrasde privatização conforme pressões dos setoresprivados.

Protestamos contra essa política e entedemosque a Cobra é uma empresa-piloto na área deinformática A Política Nacional de Informáticaprecisaria muito da Cobra amda, e a soberanianacional muito mais. Portanto, entedemos quea ação desses setores privatJvistas, com o apoiodo Governo, atenta contra o interesse da Nação.

Sr. Presidente, registramos, em nome do Sindi­cato dos Empregados em Entidades Culturais eRecreativas e de ASSistênciaSocial, de Orientaçãoe Formação Profissional do Estado de Alagoas,o Senalba, o protesto que os companheiros fazemà direção do Sesi e Senai de Alagoas, presididos,há mais de 30 anos pelo Sr Napoleão Barbosa,naturalmente um empresário

A direção do Sesi e a do Senai tem pressionadoos empregados nas questões de interesse dostrabalhadores de sua entidade de classe; tem dis­crírmnado os empregados que se posicionam pu­blicamente a favor do seu sindicato, com prejuízossalariais e até demissões; tem perseguido politica­mente os dmgentes do Senalba, com transferên­cia para local de trabalho que dificulte a sua açãosindical; tem investido em empregados com pro­moções e vantagens salanaís, contanto que essesse disponham a defender os interesses do patro­nato contra o interesse dos seus colegas trabalha­dores; tem feito manobras para o achatamentosalarial de dingentes do Senalba; e vem elabo­rando um plano de carreira sem a participaçãodos trabalhadores, através de sua entidade declasse, com a sua implantação, sem o devidoconhecimento e esclarecimento dos empregadosquanto ao seu conteúdo; persegue os dirigentesdo Senalba, punindo-os com a suspensão de seussalários, como recentemente aconteceu com ossalários dos dIrigentes Senalba de julho de 1988.

Portanto, Sr. Presidente, está evidenciado quea direção do Sesi e do Senai de Alagoas estáatentando contra a organização do trabalho. Oscompanheiros dirigentes smdtcais do Senalba es­tão encaminhando moção de protesto, com aqual nos solidarizamos, às centrais sindicais, às

Bancadas do Estado de Alagoas neste Congresso,e a todos os democratas que lutam por uma efeti­va organização sindical autônoma e independenteno nosso Pais

Sr. Presidente, ainda participamos ontem, deuma reunião da Bancada Federal dos diferentesPartidos do Rio Grande do Sul no Congresso Na­cionaL O Sr. Governador de Estado, Pedro Sirnon,de quem divergimos partrdariamente, mas porquem temos profundo respeito pessoal, nós, doPartido dos Trabalhadores, que fazemos oposiçãoséria, concreta, constante e pertinaz à política doPMDB no Rio Grande do Sul, como de resto àpolítica da Nova República em nível federal; oGovernador Pedro Simon esteve, aqui, em defesado Rio Grande do Sul contra a estatização doBanco Meridional, contra a estatização da AçosFmos Piratíni e pela Implantação de plantas quevenham dar ao Pólo Petroquímico do nosso Esta­do a sua real importância.

Por isso, o nosso Partido se associa, se somaa essas forças que buscam valorizar o potencialeconômico do nosso Estado. Salientamos, contu­do, que todo o desenvolvimento econôrruco donosso Estado tem que ser distribuído socialmen­te.

Portanto, a luta do Governo do Estado não podeser apenas para satisfazer os interesses dos em­presários do RIO Grande. Ela tem que ser paraatender a problemas sociais enormes que afetammilhares de trabalhadores do campo e da cidadeno nosso Estado. O desenvolvimento econômicodo Rio Grande tem que ser repartido com quemé maioria no Rio Grande, que é o trabalhadorgaúcho.

Sr Presidente, também queremos uma defini­ção urgente, Imediata, quanto a escolha do novoReitor da Universidade Federal do Rio Grande doSuLA eleição já ocorreu em 12 de abriL O Profes­sor Alceu Ferrarí obteve 58% do total de votosdaquela eleição. No entanto, há um movimentojunto ao Mimstério da Educação e ao GovernoFederal para que não seja ele o Professor AlceuFerrari designado Reitor. É uma violência ao pro­cesso democrático, é uma violência à autonomiada universidade e, fundamentalmente, é um des­respeito à comunidade universitária.

E o nosso protesto e o desejo de que, de ime­diato, se defina a designação do novo Reitor, quenão pode ser outro senão o Professor Alceu Fer­rari.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE OORADOR:

SINDICATODOS EMPREGADOS EMENTIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS,

DE ASSISTÊNCIASOCIAL,DEORIENTAÇÃOE FORMAÇÃO

PROFISSIONALDO ESTADO DEALAGOAS - SENALBNAL

CARTA DENÚNCIA

Nosso pais passa, hoje, por uma série de dificul­dades polítíco-sócio-econômícas com alta dívidaexterna, recessão, arrocho salarial, alto índice dedesemprego e uma das maiores inflações da his­tória da República. E o governo, com seus patrõesexploradores, insistem em falar em democracia

. e liberdade A democracia do governo da "novaRepública" e seus patrões é a democracia da ex­ploração, da fome, da miséria, da opressão e da

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Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12787

parseguição aos trabalhadores. Esta é a realidadeem todo o país e em Alagoas temos um retratobem vivo desta situação.

Os órgãos, Federação das Indústrias, Sesi eSenai, nata do patronato da indústria alagoana,presididos pelo Sr. Napoleão Barbosa há trintaanos, através de seus diretores vem praticandouma política mesquinha, anti-democrática e anti­sindical em relação a seus empregados, principal­mente a dirigentes do SenalbafAL, evidenciadanos seguintes fatos:

1 - pressão aos, empregados nas questões deinteresse dos trabalhadores e sua entidade declasse; .

2 - discriminação aos empregados que se po­sicionam publicamente a favor do seu sindicato,com prejuízos salariais e até demissões;

3 - perseguição política a dirigentes do Se­nalba com transferência para local de trabalhoque dificulte a sua ação sindical;

4 - investimentos em empregados com pro­moções e vantagens salariais para defender osinteresses dos patrões contra os trabalhadores;

5 - manobras para achatamento salarial de di­rigentes do Senalba;

6 - elaboração de Plano de Cerreira sem a par­ticipação dos trabalhadores, através de sua entida­de de classe, com implantação sem o devido co­nhecimento e esclarecimento dos empregadosquanto ao seu conteúdo;

Como se não bastasse essa postura antidemo­crática e anti-sindical, dos patrões do Sesi e Senai,os dirigentes do Senalba, empregados dessas en­tidades, estão sendo punidos com a suspensãode seus salários, de julho/88, pela posição assu­mida em defesa dos direitos dos trabalhadores,por não assinarem a portaria aceitando o enqua­dramento proposto no Plano de Carreira, semprévia análise, por entender que é um direito ina­lienável dos empregados o devido esclarecimentode sua situação funcional

Diante desse quadro o SenalbafAL conclamaos empregados dessas entidades, o movimentosindical, a classe política alagoana e à comuni­dade em geral a serem solidários à nossa luta.

ABAIXO AREPRESSÃO, O ABUSO DE PODERE O AUTORITARISMO.

A DIRETORIAPS - cópias deste serão enviadas aos Senalbas

do Brasil, à Imprensa local e nacional, àclasse política, ao movimento sindical, àCUTeà DRT

DECISÃO SOBRE MERIDIONALSAIRÁ EM 90 DIAS

Dentro de 90 dias, um grupo de trabalho criadopor sugestão do ministro da Fazenda, Maílsonda Nóbrega, deverá apresentar propostas de prí­vatização dos bancos federais. Este trabalho seráfeito juntamente com o Banco Central que estáexecutando a reforma bancária, e tendo comoparâmetro as decisões da Constituinte. No casodo Banco Meridional, a prívatízação está previstana própria lei de criação da instituição, restandoapenas estabelecer as formas de transferência dobanco para o setor privado O Banco Nacionalde Crédito Cooperativo (BNCC) ainda não temum destino definido, mas uma das idéias é repas­sá-lo às cooperativas de crédito.

"O que estamos avaliando são os papéis e fun­ções do sistema financeiro federal", afirmou Paulo

Galleta, secretário de Privatização do Ministériodo Planejamento Ele citou, como exemplo desuperposição de vários bancos, o sistema finan­ceiro instalado no Rio Grande do Sul "Temoso Meridional, o Banco do Brasil e a Caixa Econõ­mica Federal como instituições federais". Alémdisso, coexistem o Banrisul, Badesul, BRDE e Cai­xa Econômica Estadual. É um conjunto muitogrande de entidades que atuam na mesma área."É possível funcionar assim?", questiona Galleta.

Segundo ele, a Idéia é verificar a viabilidadede implantação do banco múltiplo. No caso doRIO Grande do Sul, o próprio Governo do Estadochegou a assinar um protocolo com o BancoCentral, assumindo toda a responsabilidade pelacriação de uma proposta de reordenamento dosistema financeiro estadual A idéia surgiu no augedas informações sobre a extinção da Caixa Eco­nômica Estadual, que motivou uma forte reaçãopolítica. (BrasíhafZH)

Correio Braziliense - 17-8-88

PRlVATlZAÇÃO PODERÁRENDER ATÉ US$ 4 BI

As 16 primeiras empresas estatais que serãoprívatízadas pelo Conselho Federal de Deseste­tização (CFD) poderão render ao governo entreUS$ 2 bilhões a US$ 4 bilhões, segundo previsãodo secretário executivo do Conselho, Paulo Galle­ta Em sua primeira reunião, realizada ontem osmembros do CFD resolveram modificar o regi­mento interno e permítir que mstítulções fman­ceiras privadas participem dos processos de pnva­tização.

De acordo com Galleta, amda esta semana de­verão ser publicados os editais de licitação paraprívatízação das empresas Companhia Celuloseda Bahia (CCB) e Companhia Siderúrgica do Nor­deste (Cosinor).

Segundo Galleta, durante a reunião do Conse­lho um de seus membros, o ministro das Minase Energia, Aurehano Chaves, levantou uma dúvidaquanto à necessidade de aprovação das privati­zações pelo Congresso NaCional Foi informadode que todas as empresas estatais criadas porlei só podem ser pnvatizadas com outra lei. "Mui­tas das empresas que estamos examinando per­tenciam à miciativa privada e foram estatizadaspelo governo para serem capitalizadas e reprívatl­zadas'', afirmou Galleta, concluindo que nessescasos não há necessidade de aprovação peloCongresso.

Durante o discurso do Sr. Constituinte Olí­vio Dutra, o Sr. Mauro Benevides, Primeiro­Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidên­cia, que é ocupada pelo Sr. Jorge Arbage,Segundo-VIce-Presidente.

o SR.PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o Sr. Constituinte Farabulini Júnior.

O SR. FARABULINIJÚNIOR (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Constituintes, voltar a falar da necessidadeque nós, que temos assento nesta Casa, de procu­rar agilizar e estimular os Companheiros Consti­tuintes para que, afinal, se concluam os trabalhos,poderá parecer, afirmando aqui todo o tempo,ocupar o microfone ociosamente. Na verdade,por mais que não se queira falar a respeito da

matéria, o fato é qse indispensável conscientizarcada Constituinte para que se desdobre e estimuleos demais colegas a estarem presentes, no plená­rio, para as votações.

Assim, com vistas à promulgação da Consti­tuíção.rro mês de setembro, inexoravelmente, pre­cisamos agilizar os trabalhos E para que se pro­mova uma análise bem mais que perfunctória,porém objetiva, passando os olhos apenas peloRelatóno do Constituinte Bernardo Cabral, verifi­camos que mais de 90% dos destaques apresen­tados contam com o ponto de Vista do Relatorpela rejeição. E S. Ex"é,indubitavelmente, alguémque merece, nesta Casa, crédito, pois sua palavraescrita e oral tem alcançado, aqui, plena eficácia.

Com base nesta estruturade pensamento, acre­dito que esteja faltando' nesse organ<'grama oCoordenador das Bancadas com assento nestaCasa. Esse Coordenador deveria convocar osseus pares para uma análise e induzi-los. quemsabe, até, à retirada dos destaques. Não a retiradapor ocasião da votação, mas retirada antes, paraque aqui possamos agilizar e votar absolutamenteconscientes de que tudo o que se votou, no pri­meiro turno, se fez através de um trabalho maisque pensado, melhor tecido, mais que urdido e;assim, com a.certeza de termos preparado o me­lhor trabalho

Concluindo, todos nós aqui somos políticos.Cada qual vem de um Estado e cada qual. noseu Estado, sabe existirem 200, 300. 400, e, emSão Paulo. mais de 500 municípios. O parlamen­tar que nesta Casa deixar de emprestar o seuapoio e seguir a orientação política das basesde onde veio, estará praticando o maior erro daHistória, porque estará deixando de participar doprocesso mais importante, a eleição dos prefeitosdo Estado de onde vem, máxime porque estaConstituinte promoveu a redistribuição das verbase recursos e mandou para os Estados e paraos municípios recursos mais que hábeis e maisque sufícrentes para que haja, na descentralizaçãoadministrativa, o melhor trabalho. E é justamentenesta hora em que o parlamentar constituinte sepropõe a estabelecer esse tipo de descentraliza­ção, é exatamente nesta hora que ele próprio fur­ta-se à possibilidade, à oportunidade de voltar àssuas bases e promover a orientação político-par­tidária, política-Ideológica, indispensáveis a queformemos o plantei de prefeitos e vereadores quehaverá de disciplinar, que haverá de aplicar aspolpudas verbas orçamentárias que deverão servotadas para o próximo exercício.

O SR. HERMES ZANETI (PSDB - RS Semrevisão do orador.) - Sr Presidente, Sr" e Srs.Constituintes, a Assembléia Nacional Constituintedecidiu, agora, em definitivo, pelo direito de votoaos Jovens brasileiros entre 16 e 18 anos. Estadecisão foi importante porque reafirmou a sobera­ma, reafirmou a vontade nacional expressa pelaAssembléia Nacional Constituinte.

Há um fato que quero registrar, aqui, Em deter­minado momento, imediatamente após a aprova­ção em primeiro turno, a imprensa divulgou queS Ex' o Sr. Presidente da Assembléia NacionalConstituinte, Deputado Ulysses Guimarães, ter­se-ia mamfestado pela supressão daquele direito.Naquela oportunidade, procurei o PresidenteUlysses Guimarães e perguntei-lhe a respeito. Dis­se-me S. Ex"que não havia feito tais declarações

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e que em nenhum momento tena praticado qual­quer ato que representasse sua desaprovação àinstituição desse direito- para a juventude brasi­letra, que não o havia feito e que não o faria,que se portaria como sempre se portou, de formaimparcial, como JUIz, na Presidência dos trabalhosda Assembléia Nacional Constitumtej-que estimu­laria a manifestação soberana da Assembléia eque de forma nenhuma move na qualquer açãopolítica tendente a constranger qualquer Consti­tuinte a se manifestar contrariamente àquele direi­to. Reafirmou S. Ex' que, pelo contrário, estavadisposto a guardar essa imparcialidade e reco­nhecer que a Liderança do PMDB,'Partido quepreside, pudesse manter a'sua posiçáo'de apoioà afirmação daquele direito

Venho aqui, por um dever de justiça. fazer esterelato, para que não paire qualquer dúvida e paraque ninguém no futuro, como forma de intnga,faça alguma restrição à do Presidente Ulysses Gui­marães em relação à ínsnturção do voto facultativoa partir dos 16 anos. Faço-o, agora, de maneiraabsolutamente gratuita, porque não' pertençomais ao Partido de S EX' e não há mais comomfknrna votação, uma vez que a Assembléia Na­cional Constituinte já afirmou aquele'díreíto,e fa­ço-o também para o cumprimento de um deverde justiça.

Por outro lado, Sr. Presidente e Srs Consti­tuintes, estou apresentando um projeto de lei pre­vendo a possibilidade da reabertura do prazo parao alistamento eleitoral, a fim de que os jovensna faixa de 16 a 18 anos possam praticar essedireito agora em 1988, para as eleições muni­cipais, de vereador e prefeito Entendo que hácondições técnicas e políticas para aprovarmosesse direito em relação a este ano" desde quepossamos promulgar a nova Constituição no pra­zo razoável que todos esperamos.

Neste sentido, além da apresentação deste pro­jeto, estou também mantendo contatos junto aoTribunal Superior Elenoral, no sentido de agilizaras medidas capazes de oferecer a oportunidadede alistamento ainda este ano e.a oportunidadeda participação no processo político eleitoral dosjovens neste faixa etária.

Sr. Presidente, terminando, reafirmo a formainequívoca com que este díreíto.foí concedidoà juventude brasileira. O Poder Executivo e asforças reacionárias mobilízaram-se quase seismeses, entre a votação do primeiro turno e agora,do segundo turno. Todo esse esforço resultouem aumentar em um voto o conjunto dos Consti­tumtes que, do primeiro para o segundo turno,votaram contra esse direito. No primeiro turno,98 Constituintes votaram contra o direito do votoaos 16 anos; e 99 Constituintes. no segundo turno.

De modo que Isto indica que estão em baixaaqueles que querem agredir a juventude brasileira.AAssembléia Nacional Constituinte preferiu apos­tar na juventude, e a parabenizo por isto.

o SR. WALDYR PUGLIESI (PMDB - PRSem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, o Constituinte Francisco Dias, queassume no lugar do "franciscano" Roberto Cardo­so Alves, acaba de fazer seu primeiro pronuncia­mento nesta Casa. Como muitos, chega aquicheio de Ilusões. S. EX' disse, há pouco, que pre­tende encontrar-se com todos os ConstítumtesMas não vai se encontrar nunca. Porque, quandoterminamos os trabalhos do primeiro turno da

Assembléia Nacional Constituinte, o PresidenteUlysses Guimarães agradeceu o trabalho de todos

·os Constituintes, mas naquele dia apenas, e tão­somente, estavam aqui 'presentes 350 Constituin-

· tesoTodos fomos nivelados, nós que estamos to­dos os dias aqui para dar cumpnmento àquiloque se propôs na praça pública, em favor dasmudanças e das reformas.

Portanto, o eminente Constituinte FranciscoDias, que assume hoje, nunca verá nesta Casaaqueles que pretende ver, porque são ausentes,estão praticando um.verdadeiro crime contra a

· Nação brasileira. Aqueles que não estão presentes· aqu] são os responsáveis por muita coisa que· está acontecendo neste País.

.Chamariaa atenção desta Assembléia NacionalConstituinte, porque o mal que praticam aquelesque não estão aqui é um mal que também estásendo praticado por aqueles que, mesmo estandosentados aqui, não acionam os equipamentos pa­ra votar, vem aqui à frente em busca dos refletoresde televisão, apenas para aparecerem. São irres­ponsáveis

Esta Constituição, Sr. Presidente, já era paraestar promulgada, e não está porque perdemosmuito tempo devido a esses que estão em buscade 'luzes, esses irresponsáveis que nunca estãoem seus lugares para votar Estamos fazendo estacrítica, Sr. Presidente, porque não é possível quese mantenha esta situação.

Disse, também, o Sr. Constituinte que o povodesacredita do político. Ora, tem que desacreditarmesmo Polítrco' que faz proposta, como muitosdo meu Partido, 'oPMDB, e a descumprem, traemoProqrarna do Partido, ferem o seu Código deÉtica. Na realidade, estamos caminhando parao esfacelamento de todos os Partidos.

Veja bem, Sr. Presidente: como é posssíveI cha­gaimos ao térmmo dos trabalhos da AssembléiaNacional Constituinte, se os apelos do PresidenteUlysses Guimarães não são levados em conta,se o desespero do Presidente Ulysses GUImarãesé ignorado pela grande maioria - posso dizerisso - dos Srs, ,Constituintes? Estamos há quaseuma hora já destes trabalhos e meia dúzia deConsntuintes está aqui, Como dizia o SenadorJ~riiiJ Haddad, ninguém levanta antes das 10 ho­ras. O que é que vamos fazer com esses quenão são Constítumtes, que, mentindo para o povo,envergonham o mandato que receberam?

Portanto, fica aqui a minha revolta contra ocomportamento indecoroso desses que não me­reciam ser eleítos. Falo como fundador do MDS,depois PMDB. ,

Sr Presidente, não me conformo com os gestosde discordância daquilo que estou falando. Estoufalando somente a verdade.

I Fica aqui o meu protesto, e espero que estaCasa tenha o mínimo de pudor para chegar aofim destes trabalhos que a Nação está exigindode.todos nós.

Durante o discurso do Sr. Consütuinte Wal­dyr Pugliesi, o Sr. Jorge Arbage, 2 9-Vice-Pre­

sidente, deixa a cadeira da presidência, queé ocupada pelo Sr. Arnaldo Faria de Sá,3°-Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Solicito à Taquigrafia encaminhe o discursodo Constituinte Waldyr Pugliesi, até porque não

concordamos com uma dás expressões utilizadaspor S. Ex', ainda que entendamos toda a suarevolta. Nós, Constituintes, jamais poderiamosconcordar com algumas das expressões aqui pro­nunciadas.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Tem a palavra o Sr. Constituinte César Maia.

o SR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ.Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constltumtes,o Governo Federal, apesar de toda a discussãoprévia haviada dentro e fora do Congresso Nacio­nal a respeito das Zonas de Processamento deExportação, iniciou, por ato autoritário do Execu­nvo, sem possibilidade de pronunciamento doCongresso Nacional, a implantação das mesmas.

Sr. Presidente, os estudos estão à disposição.Sobre eles, uma maioria substancial de Consti­tuintes pronunciou-se formalmente contra a cria­ção das Zonas de Processamento de Exportaçãopor decreto do Executivo.

Assim mesmo, o Governo, passando por cimados fatos, por cima da vontade do Poder Legis­lativo, resolveu, de maneira imperial, implementaras chamadas Zonas de Processamento de Expor­tação.

Experiência, Sr. Presidente, é bom que se diga,malsucedida onde foi implementada. O exemploda Coréia do Sul é eJoquente. Hoje, restam, naCoréia do Sul, duas Zonas de Processamento deExportação, e que se encontram em decadência.

. Sabemos, Sr. Presidente, que o incentivo àsexportações, o processo de apoio às exportaçõesnão dependeria da criação de Zonas de Processa­mento de Exportação. O Brasil conta com instru­mentos creditícios e fiscais suficientes que pode­nam, inclusive, ser ampliados, se fosse o casono sentido de sustentar nossas exportações.

A instituição das Zonas de Processamento deExportação cria, na verdade, uma zona de descon­trole. Sabemos, e as revistasestrangeiras especia­lizadas estão aí para confirmar do volume de re­cursos que foram transferidos, de forma sub-rep­tícía, de países como o México, Argentina e Brasil,para o exterior: são bilhões e bilhões de dólares.No caso- da Argentina, fala-se em 60 bilhões dedólares; no caso do México, em 80 bilhões dedólares.

Sr. Presidente, os Partidos políticos presentesna Assembléia Nacional Constituinte, no Congres­so Nacional, devem reagir, e de forma enérgicaa essa decisão autoritária.

Gostaria de dizer que, da parte de nosso Partido,estamos aguardando que as eleições de 1989venham, para afirmar que o primeiro ato econô­mico do nosso Governo - se a população noshonrar com seu voto - será iniciar a extinçãodas Zonas de Processamento de Exportação. Nãopodemos admitir nem aceitar que o Governo, pas­sando por cima do Congresso Nacional e da von­tade do povo brasileiro, não permita a discussãode decisão tão grave. No dia 15 de março de1990, à noite, o novo Governo, se for nosso, jáestará iniciando o processo de extinção das Zonasde Processamento de Exportação.

Era só isto que gostaria de deixar registrado,Sr. Presidente. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Solicitamos aos Srs. Constituintes que se en­contram em seus gabinetes, ou em outras depen­dências do Congresso, se dirijam ao Plenário.

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pois, em breve, lníçiaremosa venficação de quo-rum. '. '

Tem a palavra o Sr. Constítumte Amaury Müller

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, se é verdade que "à voz do povo é avoz de Deus" quando o povo' não fala, certamenteDeus fica mudo E Deus emudeceu em relaçãoao Brasil!Têm sido tantas e tamanhas as sandicespraticadas pelo Govemo, que até se duvida queDeus seja realmente brasileiro. '

Os salários, do trabalhador continuam conge­lados, sofrendo um processo de erosão crescentee inexorável. A inflação e o custo de vida prosse­guem na sua rota destruidora, erodindo não' sóos bolsos quase vazios do cidadão como, sobre­tudo, suas esperanças.

Prova de que as Joucuras governamentais nãotêm limite é a criança desse Conselho Federalde Desestatízação. Nos objetivos mais imediatosda orgia privativista do governo, figuram algumasempresas altamente rentáveis, que constituempatrimônio inalienável do povo brasileiro, entreelas, duas gaúchas: o Banco Meridional, que hojeexibe um perfil de Iiquidez extraordinário, e a Açosfinos Piratini

Não podemos concordar, Sr. Presidente, queo Constituinte Cardoso Alves, agora investido nasaltas funções de Ministro de Estado da Indústriae do Comércio, dê seqüência a essa violêncialnaceitável contra os interesses nacionais e a pró­pria soberania do País. Confiamos na sensibili­dade de S. Ex', mas desconfiamos da sua tendên­cia inexorável a um processo de pnvatização e,sobretudo, de ínternacíonahzaçâo da nossa eco­nomia.

fica o alerta, para que não se diga amanhãque, na hora mais grave, o PMDB omitiu-se.

Sr. Presidente, ontem, tive a honra de mtegrarcomitiva suprapartidária que, em visita ao Ministrodos Transportes José Reinaldo Tavares, pleiteouduas pequenas obras que, no seu conteúdo, sãode fundamental importância para a integraçãoeconômica da região' que tenho a honra de repre­sentar nesta Casa. Trata-se da construção de umramal de seis quilômetros e meio, que integraráo porto fluvial de Cachoeira do Sul à malha ferro­viária do Planalto Médio, área produtora de grãos,e de asfaltamento da rodovia Salto do Jacuí­Cruz Alta, encurtando o trajeto que demanda aPorto Alegre em cerca de 100 km

Ouvi o Governador Pedro Símon, que integravaa comitiva, dizer que a hora é de economizar,mas economizar no sentido de não gastar o supér­fluo e não continuar alimentando projetos faraô­nicos que ofendem a própria digmdade nacional,como é o caso da Norte. Sul. E executar pequenasobras que são vitais para as economias regionaisnão significa gastar inutilmente. Por isso, confioem que o Sr. José Reinaldo Tavares deverá aco­lher este pleito apresentado pelo Governador Pe­dro Simon e por Deputados federais, dentre dosquais eu citaria: Paulo Mincarone, Ivo Mainardi,Rospide Netto, Ruy Nedel, Amaldo Prieto, OsvaldoBender, o Presidente da Assembléia Legislativado Rio Grande do Sul, A1gir Lorenzon, e os Prefei­tos de Cruz Alta, fortaleza dos Valos, Cachoeirado Sul, Tapera, Não-Me-Toque, Arroio do Tigree Sobradinho.

Para encerrar, Sr. Presidente, e ainda dentrodesta análise que se faz sobre o escândalo do

século - que é a tentativa de privatização deempresas que constituem patrimônio da socie­dade brasileira, e que exibem um perfil de enormerentabilidade,' - chamaria a atenção da Assem­bléia Nacional Constituinte e da Nação para pque o governo pretende fazer com a Cobra, eIT)­presa estatal

"A Cobra foi cnada como empresa instru­mento do Governo brasileiro, dentro de umaestratégia de longo prazo, para obtenção demaior autonomia tecnológica do país no se­tor da informática. O domínio e a propriedadeda tecnologia que, hoje, ,a Cobra tem, sãoessenciais para que a indústria genuinamen­te brasileira se estabeleça' solidamente nomercado nacional e conquiste um espaçono mercado internacional."

Todavia, Sr. Presidente, O BNDES, o Bancodo Brasil e a Caixa Econômica Federal, que nãopertencem ao Sr. José. Sarney, muito menos aoSr. Cardoso Alves, estão impedindo a Cobra dedar seqúência ao seu projeto, na medida em quenão liberam recursos oficialmente .destínados ao

.órgão por isso, Sr. Presídnte, aqui responsabilizoo BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa EconômicaFederal' perante a opinião pública do País e aojulgamento da História, do qual ninguém esca­pará, pela manobra mconfessável, maceitável, cri­minosa, de reterem recursos, omítmdo-se, grave­mente, de suas responsabilidades perante a em­presa.o 'Se amanhã a Cobra não conseguir desenvolveros seus projetos; que interessam ~ própria sobe­rania do País por'falta de recursos, a responsa­bilidade pesará sobre o BNDES, ~Banco do Brasile a Caixa Econômica Federal. , ,

Por tudo isto, Sr. Presidente, por tudo quantoestá acontecendo neste País, é que Deus .estámudo, porque o povo está proibido de falar. (Muitobem')

Durante o discurso do Sr. ConstituinteAmaury Múller, oSr. Arnaldo Faria de Sá,3°-Secretário, deixa a cadeirà da presidência,que é ocupada pelo Sr. Jorge Arbage, 2°:14'-ce-Prestdente. ' ,

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o Sr. Constituinte Djenal Gonçalves.

O SR. DJENAL GONÇALVES (PMDB _SE. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presi­dente, SI""e Srs. Constituintes, a conquista paula­tina da nossa independência no setor da produçãodo petróleo tem uma longa históna, de mais demeio século e produziu algumas vitimas do idea­lísmo nacioneltsta,

Sergipe esteve presente a essa luta quando,a patír de 1938, naquele Estado se afirmava aconvicção da existência de lençóis petrolíferos nosubsolo, conclusão decorrente de estudos primei­ramente do Serviço Mmeralógico e, posteriormen­te, do Departamento de Produção Mmeral e peloConselho Nacional do Petróleo.

O certo é que, dois anos depois, em 1940,faziam-se vários furos exploratórios, comentandoo geólogo Pedro Mouro:

"Se há uma zona do interesse do óleo em Sergi­pe, certamente que está situada do Rosáno doCatete para o Norte, estendendo-se em direçãoao São Francisco."

Essa afirmação tão peremptória não derivadade uma simples suposição, mas do próprio traba­lho do Conselho Nacional do petróleo e das Com­panhias ITATIG e IBASA, mediante perfuraçõescom indícios veemente na área de ltaquira

Apesar de todas as esperanças, a década dequarenta não foi nada encorejadora para as pros­pecções, muitos afirmando a inexistência do pe­tróleo na região, atrasada, durante qumze anos,por indiferença ou má fé, a exploração do óleosergipano..

Graças à criação da Petrobrás, na década decinquenta, devido a Vargas, afirmou-se a sobe­rania nacional e a pesquisa fOI intensificada pelaempresa, em todo o território brasileiro.

Sergipe foi redescoberto para o petróleo, em1955, obedecendo já o rigoroso planejamentotécnico, com levantamento gravimétrico da baciasergipana, completo levantamento geológico €

perfurações pioneiras, ficou plenamente eviden­ciada a existência do óleo no Mosquelfo, em Paca­tuba, Riachuelo e Rosário do Catete.

Chegava-se à conclusão - e é o engenheiroGeonésio Barroso, técnico de empresas, em con­ferência pronunciada em 1960 quem nos diz ­de que "depois do Recôncavo e da bacia do Tuca­no, na Bahia, o Estado de Sergipe é o que oferecemaiores possibilidades de existência de Petróleo,"

Realidade Comprovada

Já não havia mais dúvidas. Conhecendo-se acautela com que falam os técnicos, sabíamos to­dos que era chegada a hora de tornar-se realidadeaquela esperança quase fenecida, e não se espe­rou muno. Em 1961, fortes indicios de óleo emRosário do Catete, juntamente com trabalhos sís­micos adicionais, levaram a que fosse locado opoço CP-I, que em 15 de agosto de 1963 propor­cionou à Petrobrás a descoberta de um novo cam­po de óleo, para satisfação da Petrobrás e deSergipe.

Comemora-se hoje um quarto de século dessaconquista e é necessáno apreciar o que fez nessesvinte e cinco anos.

Após um ano de pesquisa, com a perfuraçãode sete poços, verificou a Petrobrás estar diantede um dos maiores campos petrolíferos do País- o de Carmópolis, o primeiro poço comercial­mente aproveitável além do Recôncavo Baiano,e o segundo, pela constatação de suas reservas.

Quando o General Adhemar de Queiroz assu­miu, em 1964, a Presidência da Petrobrás, colo­cando na DIretoria de Pesquisa e Lavra o Enge­nheiro Geonésio Carvalho Barroso, aceleraram-seos trabalhos da empresa em nosso Estado, como sistema coletor de Carmópohs,o oleoduto Car­mópolis-Aracaju, o Terminal da Atalaía e o Terrru­nal Oceânico.

Em dezembro de 1964, para a execução daparte relativa à pesquisa e lavra, foi criado o Dís­tnto de Sergipe e posteriormente transformadoem regiãó de produção do Nordeste no ano de1969.

Inicialmente a produção foi escoada por viaférrea a partir de fevereiro de 1965, sendo trans­portado 90 mil barris para Salvador. Posterior­mente a Petrobrás construiu um terminal provi­sório no estuário do rio Sergipe que operou noinício de 1966 até janeiro de 1967 O óleo trans­portado para Aracaju por via rodoviária e dai pornavios até as refinarias da Petrobrás, e, por este

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meio de escoamento, foram transportados cercade 600 mil barris. Em dezembro de 1966, entrouem operação o Terminal da Atalaia, que com osistema provisório até fevereiro de 1988 trans­portou para as refinarias do País cerca de 800mil m3 de óleo ou seja 5 milhões de barns,

A partir de fevereiro deste ano, opera o sistemadefinitivo,movimentando cerca de 63 milhões rrr',ou seja 400 milhões de barris

Em 1966, Carmópolis contnbuiu para a' metanacional dos 150 mil barris, com a produção de10 mil barris. O campo de Carmópolis inicial­mente abrangia os municípios Carmopólis e .Ja­paratuba, Rosário do Catete, General Maynard eSanto Amaro e tem cerca de 1.200 poços deprodução diária, hoje, é de 4 mil m3 ou seja cercade 25 mil barris por dia, Sua produção de gásé pequena ou seja 200 m3 por dia. Este campode vital interesse para o País, já produziu, até hoje,cerca de 26 milhões m3 de óleo ou seja cercade 170 milhões de barris, como também 900milhões de m3 de gás.

Inicialmente os poços eram surgentes, depoisbombeados, utilizando novas técnicas de produ­ção tais como: injeção de água, vapor e com­bustão "in situ", permitindo uma reserva recupe­rável cerca de 24 milhões de m3 de óleo. Aliadoao campo de Carmópolis juntamente com Sírirí,Ríachuelo, Brejo Grande e outros. Sergipe produzhoje cerca de 6 mil M3 de óleo por dia ou seja39 mil barris diários.

Em 1968, a Petrobrás descobriu nas costasde Sergipe pela primeira vez petróleo da plata­forma continental, no campo de guaricena emfrente a cidade de Aracaju. Seguiram-se novasdescobertas como Caioba, Camurim e Robalo,contribuindo com a produção hoje em tomo de2 mil W, ou seja, 13 mil barris por dia. Hoje,Sergipe produz em terra e mar, 2 milhões de400 mil M3 de gás natural que, juntamente com1.100 mil M3 produzido em Alagoas, justificoua instalação de uma planta de gasolina naturalque se encontra em funcionamento já há algunsanos junto ao terminal de Carmópolis-Tecarmo.Na planta de gasolina natural que produz um gásleve, que é comerciahzado para a Nitrofértd e ou­tras indústrias da iniciativa privada, GLP (gás decozinha), comercializado para os Eestados de Ser­gipe e Alagoas, gás de injeção para os poços,além da gasolina natural (G5) que é utilizada co­mo gasolina ou reinjetada ao petróleo que seguepara as refinarias A Petromisa está presente emSergipe, através de três subsidiárias.

Em 1965, paralelamente ao petróleo, encon­trava a Petrobrás na área do campo de Carmópolisoutras riquezas minerais, tais como os Evaporitos(Halita,Cilvinita,Carnalita e Taquiditas), que foramanalisadas em detalhes pela Petrobrás. Esforçosforam na época para explorar estes recursos mi­nerais, porém, o Governo decidiu entregar aoDNPM (Departamento Nacional de Produção Mi­neral), para pesquisas completamentares e poste­riormente esta jazida já entregue a CPRM(Compa­nhia de Pesquisas e Recursos Minerais). Coubea essa empresa as providências para tomada depreços, pois o Governo desejaria que estas rique­zas fossem exploradas pela lncíanvca pnvada.

O processo entrou em fase de espera e, como apoio do governo, da comunidade sergipana,o Presidente da República, então General ErnestoGeisel, decidru que cabena à Petrobrás explorar

estas riquezas minerais através de sua subsidiáriaPetromisa criada em fevereiro de 1977. A Petro­misa completou as pesquisas da área de evapo­ritos e iniciou a implantação do projeto potássioem Taquari - Vassouras e Rosário do Cateteno ano de 1978.

Coube à Petrobrás, através desta subsidiária di­nqrda pelo Vice-Presidente, hoje Diretor da Petro­brás, Edilson Távora, tomar-se a primeira produ­tora de potássio no hernrsfério sul, com a entradade produção da Mina Taquan-Vassouras, que de­verá produzir cerca de 500 mil toneladas de clore­to de potássio. No ano passado a produção alcan­çou 62 mil toneladas e este ano está estimadauma produção de cerca de 120 mil toneladasde potássio. Para cada tonelada de cloreto depotássio é produzido cerca de 3 toneladas de clo­reto de sódio. Este sal-gema in natura, que ini­cialmente era lançado ao mar através de salmoro­duto, hoje é totalmente vendido para a Compa­nhia Nacional de Alcalis, para a Petrobrás, queutiliza nos seus poços de perfuração e produção,e teve pelo Mmistérlo da Agricultura a sua prova­ção para sua utilização no consumo animal.

Santa Rosa de Uma, outra jazida de potássio,quando entrar em operação, poderá permitir queo subsolo sergipano produza 1 milhão de cloretode potássio por ano e, em consequência, 3 mi­lhões de toneladas de cloreto de sódio. Desta­cam-se, também, programa de aproveitamentodas Carnalitas, que envolve o desenvolvimentode tecnologia pioneira, para produção de potás­sio, magnésio e bromo.

Quanto ao enxofre foi descoberto pela Petro­misa a primeira jazida da lava no Brasil no muni­cípio de Sirirí com reservas da ordem de trêsmilhões e seiscentos mil toneladas. Cabrrá à Pe­tromisa, logo que possível, estudos a respeito datecnologia de extração do mineral.

Em Sergipe, a Petrobrás através da Petrofértil,instalou a Nitrofértil localizada no município deLaranjeiras, que está em operação desde 1982,utilizando gás proveniente da planta da gasolinanatural.

Atualmente a fábrica produz 370 mil toneladasde amônia e 320 mil toneladas de uréia. Esforçosestão sendo feitos no sentido de se instalar emSergipe uma segunda planta de gasolina naturalpara possibilitar a duplicação da fábrica de amô­nia e uréia. A Petrobrás Distribuidora vem ope­rando em Sergipe desde a sua criação em 1971,atendendo uma boa parcela do consumo de deri­vado de petroléo do nosso Estado. Com o traba­lho desenvolvido pelo governo de Sergipe, o Presi­dente da República, em março deste ano, oficia­lizou a cnação do pólo doroquímico de Sergipe,que certamente nas unidades que lá serão instala­dos, utilizando as matérias-primas fomecidas pelaPetrobrás, Petromisa e Nitrofértil, permitirá a im­plantação de várias indústrias na área da Petroquí­mica, que gerará certamente cerca de 10 rml em­pregos e uma série de benefícios diretos e indire­tos para nosso Estado e para o Brasil.

A Petrobrás desde a sua instalação definitivaem Sergipe, dezembro de 1963, sempre construiuum fator de dinamismo para a economia regionalem função das características intensivas de suaatividades. São os benefícros diretos dos "Roya­letíes" pago ao Estado e Município, não só naprodução terrestre como na plataforma continen­tal, taxas portuárias e convênios para a construção

de estradas, destacando-se entre outras a pnmeiraetapa da adutora de São Francisco que hoje abas­tece não só a cidade de Aracaju como as suassubsidiárias, assim como a construção do portomarítimo de Sergipe ora em construção e queestará em operação em 1990. Registramos tam­bém diversos convêruos que já foram assinadosao longo dos anos na parte científica não só como Estado, como também com a Universidade Fe­deral de Sergipe, e a empresa, por força do decre­to-lei com a participação do conselho dessa Uni­versidade.

Atualmente cerca de 5 mil empregados do sis­tema Petrobrás operam no Estado de Sergipe,sendo uma parcela dos brasileiros oriundos deoutras plagas que, ao lado dos filhos desta terra,operam as plataformas de perfuração e produçãonas costas sergipanas, os poços de perfuraçãoe produção em terra, nas pesquisas de novasáreas tanto pela Petrobrás como a Petromisa, naoperação de seu terminal marítimo, na distribui­ção de seus derivados, na fabricação de amôniae uréia, na mineração de potássio, pioneira doHemisfério Sul.

O Estado de Sergipe sempre teve o apoio daalta direção da empresa desde da sua fundaçãoaté atual administração, representada pela suaatual diretoria, tendo como Presidente o Dr. Ar­mando Guedes, os diretores Edilson Távora, Maxi­miliano da Fonseca, Paulo Belotti, Wagner Freire,Carlos Santana, Albérico Barroso Os conse­lheiors Márcio Fontes, Aloísio Farias, Augusto Ne­ves, os Vice-Presidentes da BR, Marcos Tulío,Pe­troquisa, Juca Neves, da Petrofértil, Aurího Fer­nandes Lima, da Petromisa, Ruben Lahyr Sch­neíder,

Nós, os sergipanos, não apenas nos orgulha­mos da Petrobrás, mas devemos-lhe maior cola­boração para o nosso desenvolvimento econô­mico.

O povo sergipano não esquecerá essa colabo­ração, essa compreensão de um problema nacio­nal em termos de desenvolvimento regional, aimportância a esse instrumento de redenção doNordeste.

Era o que eu tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

o SR. PAULO ZARZUR (PMDB - SP. Pro;nuncía o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, os jornais deram notícia deuma descoberta científica de grande valor resul­tante do trabalho dedicado de um cientista brasi­leiro: o Prof. Sérgio Henrique Ferreira, do Departa­mento de Farmacologia da Faculdade de Medi­cina de Ribeirão Preto, da Universidade de SãoPaulo. A substância descoberta foi batizada dep-7 e poderá transformar em realidade o sonhode colocar no mercado consumidor um medica­mento indicado contra a dor ínflarnatóna masque não altera a temperatura e nem ataca a muco­sa gástrica. No dizer do próprio cientista paulista,"trata-se de uma espécie de aspirina melhorada"mas que não interfere no processo de coagulaçãodo sansue nem no funcionamento do intestino.

Por uma questão de justiça, deve ser dito queas pesquisas foram desenvolvidas em estreitaunião com o dentista inglês Steve Poole e já estãosendo providenciadas as devidas patentes mterna­cíonaís,

Não existe ainda uma previsão para o lança­mento do produto no mercado. Mas a descoberta,

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Agostode 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12791

em si mesma, é auspiciosa e indica a seriedadedo trabalho desenvolvido na Universidade de SãoPaulo.

Este não é o primeiro trabalho do Prof. SérgioFerreira na área da dor: ele conseguiu descrevero mecamsmo do funcionamento da dipirona eda aspirina tendo, ainda, demonstrado que a mor­fina também agia perifericamente. Essa últimadescoberta fez, inclusive, com que os laboratóriosfarmacêuticos lançassem uma droga que, partin­do da morfina, não atingisse o cérebro mas limi­tasse sua atuação à área periférica, obtendo-seo desejado efeito analgésico Também desejo sa­lientar a descoberta do mesmo cientista brasileirono que diz respeito ao óleo da erva cidreira comoanalgésico do tipo da dipirona além de assinalarque o mesmo professor participou, junto comum grupo inglês, de pesquisas com veneno decobra para se obter um medicamento contra hi­pertensão, hoje já lançado no mercado.

Ao registrar todos esses fatos, Sr. Presidente,desejo trazer a público o reconhecimento de todoo povo brasileiro a esse ilustre cientista pátrio.E proclamar, uma vez mais, que nós, brasileiros,possuímos potencialidades suficientes e iguais àsdos demais povos e etnias, nesse campo de pes­quisa científica. Necessitamos, isto sim, de ofere­cer as condições satisfatórias para que os nossosprofessores universitários e os pesquisadores pos­sam, efetivamente, dedicar-se a esse trabalhograndioso e disponham da aparelhagem técnicaque se faz necessária.

Também manifesto o meu louvor à Universi­dade de São Paulo e à Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto. A descoberta do Prof. SérgioFerreira enche de orgulho a todos nós, paulistase brasileiros.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. ANTONIO FERREIRA (PFL - AL.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constitumtes, destinando-se o segundo turnoao aperfeiçoamento final do Projeto de Consti­tuição, apresentei a Emenda n° 652 com o obje­tivo de compatibilizar a redação do § 4° com odisposto no § 3°, ambos do art. 75.

Nessa conformidade, ficaria assim o dispositivoemendado:

"§ 4° Os auditores, quando em substi­tuição a Ministros, terão as mesmas garan­tias, prerrogativas, impedimentos e vanta­gens dos titulares e, quando no exercício dasdemais atribuições da judicatura, as dos juí­zes dos tribunais regionais federais."

Na argumentação oferecida para justificar oacolhimento da proposição, enfatizei que a emen­da, além de sanar omissões, tem ainda a virtudede tornar o texto uniforme, homogêneo e coerentecom o disposto no § 30 do mesmo art. 75.

Veja-se que os dois dispositivos, §§ 3o e 4° doart. 75, por tratarem de matérias semelhantes,devem ter textos igualmente semelhantes. Esteé um procedimento correto, porque orientadospelos melhores ensinamentos dos tratadistas datécnica legislativa.

As finalidades legitimas da proposição termi­naram frustradas pela recusa liminar de seu rece­bimento, não obstante, curiosamente, as Emen­das 373, n° 565 e 1690, de mesmíssimo objetivo,tenham sido consideradas, embora rerebessern

parecer contrário, em face ao parecer favoráveldado à Emenda de n- 1734.

Aqui observa-se outro lamentável equívoco,uma vez que a Emenda de n" 1.734 pretende,dentre outras coisas, a supressão da prerrogativado Congresso Nacional de nomear dois terçosdos Ministros do Tribunal de Contas da União,a que se referem os incisos I e 11 do § 2° doreferido art. 75.

A emenda que apresentei busca não só o aper­feiçoamento do texto constitucional do ponto devista formal. Pretende também compatibilizar otexto emendado com o do Capítulo do PoderJudi­ciário, por assemelhação.

O Tribunal de Contas, conquanto não integreo Poder .Judicíáno, está estruturado à imageme semelhança do SuperiorTribunal Milítar. Ambossão compostos de Ministros e auditores. Mas aoTCU, justamente porque não faz parte do Judiciá­rio, a Constituição assegura aos seus Ministrosas mesmas garantias da magistratura. Se do Judi­ciáno fizesse parte, não precisaria o texto atribuir­lhe as garantias que são inerentes ao próprio Po­der.

Daí que a Constituinte também está deferindoaos auditores do TCU algumas garantias da ma­gistratura, para que se aperfeiçoe e se torne maiseficaz o sistema de controle externo. É que osauditores têm outras funções além de substituirMinistro, como verbi gratia, o relato de processoem plenário.

Mas mesmo que fosse a sua função somentea de substituir Mmistro, ainda assim precisariaele das garantias constitucionais, para poder de­sempenhar com elevação a sua competência de'Juiz de contas", para poder ficar imune a pressõesilegítimas. Do contrário, ficaria ele sujeito a subs­tituir os titulares só em ocasiões especiais.

Consigno, por isso, o meu apelo ao eminenteRelator. Constituinte Bernardo Cabral, para queconsidere devidamente o status do auditor doTribunal de Contas, e que, por ocasião dos acor­dos de liderança, se dê ao § 4° do art. 75 a redaçãopreconizada na minha Emenda rr 652.

Com a redação proposta, suprime-se a expres­são "da judicatura", que, efetivamente, não deveconstar do texto.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. CARLOS VINAGRE (PMDB - PA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, contraríando princípios tradi­cionais no Direito brasileiro, o art. 111 do Projetode Constituição, aprovado em primeiro turno, atrí­bUI ao SuperiorTribunal de Justiça a competênciapara processar e julgar, originariamente, os Go­vernadores dos Estados e do Distrito Federal noscrimes comuns.

Coerente com o espírito do sistema federativo,a competência para o processamento e julga­mento tanto dos crimes comuns como dos deresponsabilidade tem sido deferida aos Tribunaisde Justiça dos Estados, sob cuja jurisdição seagasalha a autoridade do Governador.

Considero inteiramente despropositada a inclu­são, entre ocupantes de cargos de magistradosnos Tribunais de Justiça e órgãos regionais deTribunais da União e Ministério Público Federal,dos Chefes do Executivo dos Estados e do DistritoFederal, pois tal deliberação viria de encontro anormas consagradas através do tempo, por esta-

rem sintonizadas com a aspiração de indepen­dência manifestada pelo povo, em cada Unidadeda Federação, independência essa perfeitamentecompatível com as linhas de respeito e harmoniaa serem imprimidas nas relações entre União eseus entes federados.

Aemenda supressiva por mim apresentada pre­tende corrigir essa distorção, evitando situaçãoconstrangedora e limitadora da autonomia esta­dual, atitude que não se coaduna, em absoluto,com o espírito que tem presidido a feitura dodocumento que irá oferecer novos e melhoresrumos ao Pais.

Apelo aos colegas Constituintes para que refli­tam maduramente sobre o assunto, pois, certa­mente, concluirão pela necessidade de se expur­gar o texto constitucional de dísposítívo estranhoaos interesses e à vontade do povo que luta pelapromoção e desenvolvimento dos Estados ondevivem e trabalham, somando esforços para levaro País a uma fase de prosperidade, justiça e pazsocial.

O SR. LUIZ SOYER (PMDB-GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs.Constituintes, anuncia-se que o Governo, por me­dida de economia administrativa, pretende a extin­ção da Empresa de Assistência Técnica e Exten­são Rural, o maior instrumento, até hoje instituídono País, para promover o desenvolvimento agrí­cola, que é um sustentáculo da economia interio­rana e vem contribuindo, de maneira lisonjeira,para que nos tomemos líderes do hemisfério naprodução de grãos, com uma pecuária leiteirae de corte em pleno crescimento, graças à insemi­nação artificial e à seleção de reprodutores e ma­trizes.

O Brasil, mais do que nunca, é um país essen­cialmente agrícola, com a produção da lavouramaior do que a da indústria extrativa ou de trans­formação.

Somente o café contribui, no superávit comer­ciaI, com um rendimento do que a produção pe­trolífera, embora sofra a contingência do confiscocambiai e o violento gravame, nos estados produ­tores, do Imposto sobre a Circulação de Merca­dorias.

Também o açúcar, além de razoável exporta­ção, atende inteiramente ao consumo interno,projetando-se a agroindústria aJcooleira comouma das mais desenvolvidas do País.

Para todo esse desempenho contribui a Embra­ter, que conta com o apoio e a gratidão de todosos lavradores e pecuaristas brasileiros, o que nãosucede com o IBC e o IM.

Portanto, se alguma economia administrativadeve ser feita, busque-se a extinção de outrasentidades que, apesar de criadas para assistir aramos da lavoura, têm merecido críticas geraisno País.

Convença-se o Governo de que a saída paraa crise econômica brasileira está no incrementoda produtividade agropecuária.

Não somente reduzimos, nos últimos dez anos,ao mínimo a importação de trigo e de cevada,graças à produção do cerrado, como temos ex­portado grande quantidade de soja, de café e atéde cereais.

Quando ocorrem crises ou se manifestam in­tempéries nas principais zonas produtoras, adver­te-se o Governo da importãncia desempenhada

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12792 Sexta-feira 19 DlARfO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agostode 1988

pela agropecuária em nossa economia, apesarde a tecnologia na agricultura não estar aindaao alcance de todos, o que somente pode ocorrerse aumentados os recursos técnicos e pedagó­gicos conferidos à Empresa Brasileira de Assis­tência Técnica e Extensão Rural.

A contenção do déficit público é desejável, emesmo inadiável, mas não pode ser feita em detri­mento da agropecuária, que nos abre caminhopara tomar-nos, no setor, uma das grandes potên­cias mundiais, depois dos Estados Unidos e daUnião Soviética.

Não seria apenas inconseqüente, mas sobre­tudo danosa aos interesses nacionais a extinçãoda Embrater, que não se justifica se faça por umGoverno que está praticamente terminando suaadministração.

O Estado de Goiás, com sua economia apoiadaprincipalmente na agricultura e na pecuária, seráum dos mais prejudicados com a anunciada extin­ção de um dos órgãos mais eficientes do setoreconômico da Administração Federal.

Por isso, temos recebido insistentes apelos deprefeitos, vereadores, associações e representa­ções de classe do nosso Estado contra essa me­dida arbitrária, em cogitação nos altos escalõesda República.

Esse esvaziamento do Ministério da Agricultura,um dos mais importantes do setor econômico,vem sendo anunciado pela cúpula da adminis­tração fazendária, levando a perplexidade não so­mente aos que têm construído o prestígio e aeficiência da Ernbrater, mas por todos os produ­tores que recorrem aos seus préstimos, obtendouma assístêncra técnica mais' do que satisfatória.

A Ernbrater vem sendo ajudada pejas Empre­sas Estaduais de Assistência Técnica e ExtensãoRural, centralizando um sistema que propicia aolavrador e ao pecuarista, com novos métodos decultivo e manejamento, oferecer ao País um cres­cente desenvolvimento da produção.

Mas a grande empresa atua, preferentemente,em programas prioritários nas áreas de reformaagrária, nos projetos de irrigação e na defesa domeio ambiente, promovendo permanente cam­panha de preservação ecológica.

Com a integração de vinte e três mil servidoresem mais de noventa por cento dos Municípiosbrasileiros - cerca de trinta e cinco mil comuni­dades, abrangendo um milhão e trezentos milprodutores rurais - esse organismo não podeser esvaziado, porque comprometerá a integri­dade do Sistema Nacional de Assistência Técnicae Extensão Rural, que ela praticamente coordena,supervislonandqo serviço de extensão rural, com­posto por vinte e cinco empresas nos Estadose Territórios Federais, comentando as atividadesdas Emater, Empaer e Aster.

Insistimos em afirmar que não acreditamosproponham os Ministros e muito menos aceiteo Presidente da República a indicação no sentidode extinguir esse órgão ínsubstítuível, tanto maisquanto, na solenidade comemorativa dos trintaanos da empresa, assinalou Sua Excelência:

"O Sistema Brasileiro de Extensão Ruralviabiliza tecnológica, econômica e social­mente as pequenas e médias unidades fami­liares de produção agropecuária. Por isso elemerece decidido apoio."

Não acreditamos que o Presidente se tenhaesquecido desse julgamento feito há dezoito me­ses, tanto mais quanto, no decurso desse prazo,nada aconteceu que desmerecesse os créditosda Embrater, nas suas sucessivas administrações.

Falamos da repercussão negativa da anunciadamedida em nosso Estado.

Mas outras unidades federativas sofrem osmesmos temores.

O Rio de Janeiro, por exemplo, com os seussetenta e cinco mil produtores e empresários ru­rais, em todos os municípios, fundamentandoeconomicamente mais de quatrocentas comuni­dades e Distritos, não aceitaria semelhante agres­são.

Em São Paulo, em Pernambuco, na Bahia, noParaná, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais,ninguém admite o esvaziamento do Sistema Em­brater, que propicia assistência técnica aos produ­tores rurais, promove o desenvolvimento agrope­cuário e incentiva a ampliação de nossas fron­teiras agrícolas, permitindo-lhes maior produtivi­dade, com o apoio efetivo e encaminhamentodas suas lidimas reivindicações, no plano nacio­nal.

A empresa abriga nada menos de quatorze rnrltécnicos, num verdadeiro mutirão interdisciplinar,abrangendo engenheiros, agrônomos, veteriná­rios, técnicos agrícolas, ecoloqlstas, assistentessociais, sociólogos, educadores, psicólogos, eco­nomistas, administradores, comunicadores,orientadores, além de outros técnicos da melhorqualificação, a serviço da mais promissora dasriquezas nacionais.

Depois de trinta e dois anos de assístência técni­ca, o produtor rural não pode ficar desamparado,principalmente porque jamais negou sua colabo­ração às medidas governamentais e ao desenvol­vimento do País.

Se for sacnficada a Embrater, será esmagadoo sistema de assessoramento único, até hoje, daagropecuária em geral.

Não acreditamos seja essa a intenção do Presi­dente da República.

Por isso, em nome dos lavradores e pecuaristasbrasileiros, principalmente do Estado de Goiás,fazemos um apelo ao Presidente da República,a fim de que faça cessar o anúncio dessas medi­das e, em vez de extinguir a Embrater, empresaque tem conseguido atingir plenamente os seusobjetivos, ofereça-lhe mais recursos, como formade incentivar a agricultura, ainda hoje carente deamparo governamental.

Era o que tínhamos a dger, Sr. Presidente, Sr"e Srs. Constituintes.

O SR. STÉLlO DIAS (PFL - ES. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Cons­tituintes, com seus efeitos negativos sobre o indivi­duo e a SOCiedade,as drogas têm levado o deses­pero a inúmeras famílias, bem como passam ase alinhar entre as princípais preocupações dogoverno em diversos países. Covardemente ab­sorvidos peja rotina do crime, os jovens, inclusivemenores de idade, ligados ao universo das drogas,compõem, em geral, o quadro mais dramáticode um processo desumano e cruel. Jniciado comoconsumidor eventual, em pouco tempo o jovemtoma-se dependente da droga, e, sem outra formade garantir o seu vício, acaba adotando o tráficocomo seu emprego natural

Recentes análises permitem uma visão aproxi­mada sobre o perfil do usuário de drogas e outrosentorpecentes. Trata-se de pessoas que apresen­tam problemas de relecronernento familiar e quenão trabalham, nem estudam, são em sua maioriado sexo masculino e têm entre 18 e 26 anos.Quanto à íncrdêncía conforme a classe social,estes estudos, no entanto, não são conclusivos.Mas, apenas a título de ilustração, em pesquisarealizada em São Paulo no ano passado, entremeninos de rua 77% já haviam usado cola desapateiro e 60% já haviam experimentado maco­nha.

No Brasil, o problema do tráfico de drogas assu­miu proporções alarmantes nos últimos anos, fa­vorecido não apenas pela potencialidade do mer­cado, mas ainda pelas facilidades propiciadas pelavastidão do território nacional e pelas condiçõesprecárias do Estado para exercer o devido con­trole e repressão aos criminosos.

Com o fortalecimento das quadrilhas, notadoprincipalmente no Rio de Janeiro, onde já existetoda uma cultura forjada por um conjunto de fato­res no qual se imiscui o tráfico de drogas, o ex­submundo aflorou à superfície travestido em fan­tasias carnavalescas, envolvido na contravençãodo jogo de bicho, presente nos estádios de futebole, enfim, incorporado ao cotidiano do povo, aca­bou por assumir ares de normalidade ou se con­fundir com ela. Parte da própria imprensa chegoua noticiar a posse da nova direção de uma qua­drilha de traficantes instalada no Morro da Roci­nha com a mesma deferência que se dedica arespeitáveis personalidades do cenário nacionalou internacional. O País sofria, então, no cursode tantos equívocos, um absurdo processo deinversão de valores e autoridade. Ostentando umfantástico poderio de fogo, amplamente bajuladose festejados, os membros dessas quadrilhas, co­mo se já não bastasse o acinte da atividade crimi­nosa, passaram a exibir uma prepotência e umaarrogância verdadeiramente msuportáveís,

Enquanto isso, o cidadão, sentindo-se abando­nado à sua própria sorte, submetido a um quadrogeral de violência, demonstrava a sua perplexi­dade diante de fatos como: o desenvolvimentode um poder paralelo, com o crime orqaruzadoafrontando a polícia e ameaçando a população;a impunidade dos criminosos; a cumplicidade deelementos da própria polícia, corrompidos pelopoder dos traficantes; e, a exemplo do que ocorreuno Rio de Janeiro, a vista grossa dos represen­tantes dos Governos Municipal e Estadual.

Não foram, portanto, poucas as críticas formu­ladas contra o papel da policia acusando-se afalta de cumpnrnento de sua função precípua,ou seja, garantIr a segurança da sociedade. Noentanto, com o firme propósito de reverter essequadro desfavorável, existem profissionais sériose dedicados, que executam o árduo e, com fre­qüência, pouco gratificante trabalho do policial.

Assim, a Polícia Federal, mesmo enfrentandoenormes dificuldades, tem efetuado um excelentetrabalho no combate ao crime organizado, e emespecial, na luta contra o tráfico de drogas Nessesentido, cabe ressaltar o brilhante desempenhodo Diretor-Geral do Departamento de Policia Fe­deral, Dr Romeu Tuma, cuja carreira coroadade êxitos e digna de elogios comprova, efetiva­mente, sua competência e larga experiência pro­fissional.

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12793

Com base nesses fatores, seis meses depoisda Mosaico I, teve início no Rio de Janeiro, comdesdobramento para outros Estados, a operaçãoMosaico 11, envolvendo policiais civis e militaresestaduais e agentes da Polícia Federal.

Além da indiscutívelvitória da lei contra o crime,representada pela destruição do mito da impuni­dade, conta-se, entre os grandes méritos dessabem-sucedida ação policial, o seu aspecto legal.De fato, não se pode deixar de exaltar o sólidorespaldo garantido à operação Mosaico 11 por for­ça dos 128 mandados de prisão assinados peloJuiz Alberto Motta Moraes da 2' Vara Criminal.Com isso, permitiu-se, inclusive, a prisão de poli­ciais e ex-policiais envolvidos com o tráfico dedrogas.

O combate eficiente ao tráfico de entorpecentescontribui, assim, para elevar o grau de confiabi­lidade da organização policial e para recuperar,perante a opinião pública, o conceito de seus inte­grantes.

Outra conclusão inevitável a respeito do suces­so da Operação Mosaico 11 consiste na neces­sidade de se manter o estreito entrosamento entreas polícias Civil, MIlitar e Federal, com oobjetivode melhor zelar pela proteção aos cidadãos.

A propósito, a Polícia Federal vem adotandomedidas complementares no sentido de agilizaro combate ao tráfico de drogas. A procura aostraficantes prosseguirá em várias frentes. Ao mes­mo tempo, tem-se mantido no Pais um severocontrole sobre a entrada e a saída de pessoase mercadorias.

Por outro lado, importa notar ainda que umadas contribuições mais significativas em relaçãoao paciente trabalho policial, certamente, será for­necida pela realização de investimentos maciçosna área de prevenção e educação. Com efeito,não existe a mínima dúvida a respeito do fatode que se deve ao consumo o principal estímuloà produção e ao tráfico de drogas.

Finalmente, resta-nos apenas parabenizar maisuma vez a excepcional atuação da Polícia Federalno combate ao tráfico de drogas no Brasil. Outros­sim, aproveitamos a oportunidade para reiterarnossas congratulações ao Dr. Romeu Tuma, Dire­tor-Gerai do DPF, pela consciência e responsa­bilidade demonstradas no exercício de sua fun­ção.

o SR. JOSÉ MOURA (PFL- PE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs.Constituintes, persistindo na defesa da reíncorpo­ração do Território de Fernando de Noronha aPernambuco, consideramos importante trazer aoconhecimento de todos informações que, mesmonão sendo.novas, auxiliam-nos na tarefa de argu­mentar em favor da manutenção do artigo 17do Ato das Disposições Constitucionais Transi­tórias., O Arquipélago de Fernando de Noronha foidescoberto na primeira década do século XVI econcedido pelo Rei D. Manuel ao comercianteque deu seu nome àquele conjunto de ilhas. So­mente por volta de 1600 noticia-se sua mcipientecolonização, bem como ataques por parte de fran­ceses e holandeses, rechaçados por tropas dePernambuco.

À época do Brasil-Colônia, não obstante a faltade água potável 00 Arquipélago, sua guarniçãomilitar se abastecia de milho, mandioca, feijão

e outros alimentos localmente produzidos, alémde carne de caprinos bastante bem adaptadosà região. Consta, inclusive, que ali existiu até mes­mo uma rudimentar tecelagem, que empregavaalgodão cultivado nas ilhas.

Em 1942, quando o Brasil se envolveu na con­flagração mundial, o Arquipélago foi retirado doEstado de Pernambuco e subordinada a sua ad­ministração ao Ministério da Guerra. A posiçãoestratégica das ilhas justificou a medida, mas otérmino da 2' Guerra Mundial não foi pretextosuficiente para sua reintegração ao nosso Estado.

É digna de nota a atitude do Monsenhor ArrudaCâmara, então Deputado Federal, ao tomar inicia­tiva de apresentar um projeto de lei restabele­cendo a situação anterior a 1942, projeto esseque, infelizmente, não chegou a ser aprovado.

Hoje, a evolução tecnológica da indústria bélicafez com que bases territorialmente avançadas co­mo Fernando de Noronha deixassem de ter signi­ficação, tanto assim que há poucos meses a admi­nistração local foi transferida do Estado-Maior dasForças Armadas para o Ministério do Interior.

Não subsiste, portanto, a alegação de que oArquipélago não pode voltar a pertencer a Per­nambuco por possuir características estratégicas;e não somente porque já não possui tais caracte­rísticas, mas também porque, mesmo pertencen­do a Pernambuco, sempre estará à disposiçãoda Pátria, para instalação de bases militares, quan­do situações bélicas o exigirem.

Devemos aduzir, em acréscimo a esse argu­mento, que praticamente todos os municípios si­tuados na área das fronteiras internacionais brasi­leiras são membros de Estados da Federação,à exceção, é claro, daqueles pertencentes aos Ter­ritórios de Roraima e Amapá, unidades que, se­gundo o Projeto de Constituição, em breve serãotransformados em Estados. E claro que, em casode conflagração externa, tais áreas poderão abri­gar instalações militares, mesmo pertencendo aEstados, e não a Territórios jurisdicionados pelaUnião.

Então, percebe-se que esse argumento não po­de justificar a vedação a que Fernando de Noro­nha volte a integrar ó território pernambucano.

O SR. JORGE HAGE (PSDB - BA.Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, o meu Estado, a Bahia, e particu­larmente a sua Região Cacaueira foram surpreen­didas com a notícia de uma nova investida contraaquela que é a sua principal Instituição: a Ceplac.No bojo da chamada Operação Desmonte conse­guimos apurar que está incluída na proposta téc­nica elaborada pela Seplan a extinção da Ceplac.Agricultura tropical, dar-se-ia nos seguintes ter­mos:

1c - O Centro de Pesquisa do Cacau .seriatransferida para Embrapa;

2°-Os Centros de Treinamento, inclusive aEmarc seriam transferidos para o Governo doEstado para serem custeados com recursos esta­duais;

3°- A Secretaria Geral sediada em Brasília se­ria extinta.

Essa proposta representa a confluência de duasmotivações: de um lado, a justificativa técnica dereduzir o déficit público com a chamada Opera­ção Desmonte, e, do outro lado, ela vem ao en­contro das pretensões já conhecidas há muito

tempo, dos setores econômicos, exportadores deCacau, articulados com os interesses multínacío­nais que sempre lutaram para enfraquecer a Ce­plac,

Se observarmos o que fez o Governo Sarney,em termos de politicagem, de loteamento de car­gos públicos, de "operações franciscanas" do tipo"é dando que se recebe" com a Ceplac vamosentender facilmente o que está acontecendo.

Registro aqui, Sr. Presidente, o meu mais vee­mente protesto contra este verdadeiro crime queo Governo Samey pretende consumar para como meu Estado e a minha Região.

Sabemos que temos o Governo Federal contranós, contra a Bahia e seus interesses, mas vamosnos mobilizar e a comunidade do Sul da Bahiavai resistir, não permitindo que se jogue no lixoum trabalho de mais de 30 anos, realizado como suor e a dedicação de mais de 4.000 servidorese trabalhadores, somente para servir à confluênciados interesses das multinacionais do cacau, degrupos econômicos de exportadores, da retalia­ção mais cínica contra o Estado da Bahia, mercêda altiveze da independência do seu Governadorsob a capa e o pretexto da demagógica e equivo­cada política de redução das despesas federais,cujo buraco não está ai mas sim nas contas exter­nas, nos juros da agiotagem internacional e nacorrupção do Governo José Sarney.

O SR. DENISAR ARNEIRO (PMDB - RJ.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr"' e Srs. Constituintes, foram comemorados ses­senta anos de atividades da Polícia Rodoviária Fe­deral, no dia 24 de julho, criada nesta data peloPresidente Washington Luiz, pelo Decreto n°18.323, "de 24-7-19213,como polícia de estradasde rodagem, em seguida polícia de tráfego e, pos-teriormente Polícia Rodovíáría Federal. .

Conta hoje com um contingente de 6.310 ho­mens, centenas de viaturas - patrulha, ambu­lâncias e motocicletas, cada dia procurando apa­relhar-se e aperfeiçoar-se mais no sentido de bematender e orientar o tráfego nas grandes rodoviasbrasileiras. Respeitada pelos serviços eficientesque durante todos esses anos vem prestando àpopulação que usa nossas estradas, sentimo-nosna obrigação, como transportadores rodoviáriosde carga, ocupando neste momento uma cadeirana Assembléia Nacional Constituinte; de prestaresta merecida homenagem. Pelas informaçõesque nos chegam, estão sendo desenvolvidos pro­jetos, nas áreas de informática e comunicações,cuja interação com a parte logística tomam-seelementos essenciais à modernização das ativida­des desenvolvidas pela PolíciaRodoviária Federal.

Projeto Piloto está sendo desenvolvido na áreado 7° DRP(Rio de Janeiro), cujos objetivos funda­mentais são as instruções: individual básica e dequalificação, instrução especializada para os di­versos níveis de comando. Pois, com índice demaior número de acidentes rodoviários do mun­do, com mais de 50 mil mortos em todas nossasestradas, por ano, não pode deixar de investir,cada vez mais, no patrulheiro e seu equipamento.

Cabe enfatizar a grande vitória alcançada pelaPolícia Rodoviária Federal com a sua institucio­nalização nà Carta Magna, no capítulo referenteà segurança pública, fato este que, sem dúvida,assegurará à corporação as condições de exercerna sua plenitude todas as atividades indispensá- .

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12794 Sexta-feira 19 DfÁRlO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988

veis ao patrulhamento de nossas estradas fede­rais.

Qual brasileiro que costuma rodar com fre­quêncía pelos milhares de quilômetros de nossasestradas, que ainda não dependeu, para sua segu­rança, proteção ou ajuda, de um patrulheiro, ge­ralmente solícito, dedicado e, acima de tudo, dis­posto a sacrificar-se para que cheguemos ao nos­so destino com a melhor segurança?

Para terminar, Sr. Presidente e Srs. Constituin­tes, queremos homenagear os atuais patrulheiros,lembrando a figura ímpar do Inspetor de tráfego- Sr. Antônio Félix Filho, conhecido na épocacomo "Turquinho": que à frente de apenas 13homens, que existiam em 1935, dignificou estacorporação que hoje orgulha nosso País, e é de­tentora do respeito de todas as pessoas de bemque trafegam pelas nossas rodovias, uns, a cami­nho do lazer e outras, carregando em seus cami­nhões a economia deste País gigante, em direçãoa um futuro promissor.

Era o que tinhamos a dizer, Sr. Presidente.

o SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB-SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, desejo registrar nos Anais destaCasa o falecimento de Oscar Chiarelli, recente­mente ocorrido na cidade de Mogi-Guaçu. Conhe­ci o ilustre empresário, um dos grandes pioneirosda cidade e aprendi a admirar-lhe o espírito em­preendedor, dinâmico e que teve por lema o tra­balho.

Ele nasceu em 14 de março de 1899 em Mogi­Guaçu, foi para São Paulo em 1920 e voltou paraa cidade em 1935 com vinte mil réis no bolsoe muita vontade de trabalhar. Chiarelli começoua negociar com gado até montar uma olaria queproduzia tijolos em 1937.

Em entrevista à Gazeta Guaçuana no anopassado, o empresário declarou que começoua tocar a olaria sozinho, carregando barro emuma carroça e fazendo tijolos que eram secadosao relento.

Para o empresário, o segredo do sucesso seresumia na palavra trabalho. Contando sobre ocomeço de seus empreendimentos em Mogi­Guaçu, Chiarelli sempre lembrava os dias de chu­va, quando trabalhava na olaria, pois, por váriasvezes, perdia todo o trabalho. Ele lutou muito,desde o início: viajava de trem para vender seusprodutos, saindo de Mogi-Guaçu de madrugadae visitando os fregueses em São Paulo, durantetodo o dia. Ele passou muitos anos sem conseguiralmoçar, só comendo sanduíches.

Com o passar dos anos, o empreendimentoChiarelli foi crescendo e passou a produzir telasfrancesas A indústria se desenvolveu, incorpo­rando novas tecnologias e passou a produzir ladri­lhos esmaltados.

Hoje, o Grupo Chiarelh conta com seis empre­sas: Cerâmica Chiarelli SA, Guainco Pisos Esmal­tados, ChiarelliMineração, Agropeçuária Pantanal,Guainco Imobiliária e Construtora e GuaincoAgropecuária Goiás, sendo um dos mais fortesgrupos empresariais do setor, no Brasil e no exte­rior.

Oscar Chiarelli foi casado com dona Zoé Bue­no, falecida há quatro anos, com quem teve cincofilhos: Oscar, Rubens, Maria Emília, Odete e Regi­na Helena. Deixou 16 netos e 20 bisnetos.

Atualmente o empresário era diretor-fundadore diretor-vice-presidente do Conselho Adminis­trativo do Grupo Chiarelli.

Particularmente, para Mogi-Guaçu, a perda foiimensa, pois, os benefícios que proporcionou acomunidade foram de grande valia para o desen­volvimento econômico da cidade.

Endereço aos seus familiares e à classe empre­sarial paulista o sentimento de pesar pelo faleci­mento de um dos seus mais lúcidos e brilhantesrepresentantes.

Que o grande homem, esposo, pai, avô e bisavôextremoso e dos mais amorosos seja acolhidopor Deus em seu divino recanto e sua alma tenhapaz e descanso eternos.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. sIMÃo SESSIM (PFL - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S....e Srs. Constituintes, o povo fluminense tem acom­panhado, com enorme expectativa, os desdobra­mentos das discussões técnicas e políticas a res­peito da instalação do Pólo Petroquímíco no Esta­do, desde que, há pouco mais de um ano, foianunciada a decisão governamental em realizartão importante investimento.

E, mais do que expectativa, alimenta fundadasesperanças de que o referido empreendimentoem muito contribuirá para a necessária recupe­ração da economia regional, promovendo conse­qüentemente maiores níveis de emprego e rendaà população.

De fato, Sr. Presidente, o 4° Pólo Petroquímico,já definido para instalação no Rio de Janeiro, ense­jará a criação de milhares de empregos diretose outros milhares de vagas em atividades a elevinculadas, significando, por conseguinte, uma vi­gorosa retomada do desenvolvimento, com reper­cussões positivas e que certamente irão suavizaro grave quadro sócio-econômico que tanto vitimanossa gente.

No entanto, depois de decididas questões desuma importância como, por exemplo, a da locali­zação do Pólo em consonância com a disponi­bilidade de matéria-prima, fruto inclusive do con­senso e do engajamento das classes políticas eempresariais do Estado, inesperadas informaçõestêm sido divulgadas recentemente, trazendo preo­cupações em face das incertezas que começama despertar.

Na verdade, resultam de pressões políticas so­bre o Govemo Federal visando retirar do Rio deJaneiro o Projeto Petroquímico que contemplaprodução de fenol e acetona, e localizá-lo no Pólode Triunfo, no Rio Grande do Sul.

Mas, Sr. Presidente, embora seja plenamentecompreensível que o grande Estado do Sul almejea ampliação do seu complexo industrial, não po­demos concordar com a proposta de transferên­cia do projeto de produção de fenol-acetona, deltaguaí - RJ - para Triunfo, porque altera oPlano Nacional de Petroquímica, prejudica seria­mente interesses do Rio de Janeiro e contrariaaspectos técnicos que devem orientar a tomadade decisão em empreendimentos desse porte.

Além disso, trata-se do único projeto com pos­sibilidade de implantação a curto prazo, represen­tando mesmo o efetivo ponto de partida para ainstalação do Pólo Petroquímico do Rio de Janei­ro, enquanto no similar gaúcho existem nove pro­jetos em curso, com investimentos superiores a500 milhões de dólares, diferença que dimen-

siona o quanto é mais prioritário e indispensávelpara o Estado do Rio de Janeiro o projeto deprodução de fenol-acetona.

E preciso considerar também que mesmo sen­do o jnaíor produtor nacional de petróleo e deten­do mais de 70% das reservas conhecidas, forne­cendo inclusive matéria-prima para o funciona­mento da mdústria petroquímica gaúcha, o Rioainda não recebeu a devida contrapartida dessaposição, denotando um injusto tratamento aonosso Estado, que desejamos não venha a repe­tir-se no que se refere à questão central destepronunciamento.

Diante de tal situação, as Bancadas do Rio deJaneiro, nas duas Casas do Congresso Nacionale na Assembléia Nacional Constituinte, de formaunânime, encaminharam há poucos dias, ao Pre­sidente da República, documento expressando osjustos anseios da gente fluminense, quais sejam,a pronta e definitiva decisão de se iniciar a produ­ção de fenol-acetona no Município de ltaguaí ­RJ. (Muito bem!)

ASRA.ABIGAIL FEITOSA(PSB - BA Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,S.... e Srs, Constituintes, segundo pesqursa reali­zada pela Data Folha e publicada no jornal Folhade S. Paulo, a maioria dos brasileiros é a favorda proteção social e dos dispositivos nacionalistasaprovados pela Assembléia Constituinte no 19 tur­no de votação.

A pesquisa, realizada em nove capitais brasi­leiras no dia 8 de julho último, aprovou, com umíndice de 80 por cento dos entrevistados, o direitode greve para os trabalhadores, sendo que a jorna­da de seis horas de trabalho foi aprovada por77 por cento dos brasileiros ouvidos.

Outros pontos que foram amplamente aprova­dos pelos entrevrstados, Sr. Presidente, foram alicença-gestante, com 75 por cento, e a licença­paternidade de 8 dias com 65 por cento, índicesque, a nosso ver, praticamente inviabiliza a suaanulação pelos Constituintes no 2° turno de vota­ção.

Dos artigos nacionalistas aprovados em 10 tur­no e referendados pela opinião pública estão aexclusividade a empresas nacionais para explo­ração de recursos minerais brasileiros, com 62por cento, e o controle do capital estrangeiro,com 61 por cento, significando, igualmente, pon­tos intocáveis no 2° turno de votação.

Também mereceram aprovação, com 77 porcento, a decretação de Impostos sobre grandesfortunas e o limite dos juros bancários a 12 porcento ao ano, com 60 por cento, resultados queapenas vêm confirmar o acerto das principais de­cisões da Assembléia Constituinte e que mostramque este é um foro absolutamente smtonízadocom o povo brasileiro.

O SR. MÁRIo MAIA (PDT - AC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs.Constituintes, a nova Carta Constitucional, queesperamos ver promulgada brevemente, é inova­dora e vanguardista em muitos aspectos. Acreditoser esta atividade pública a que mais esforçosexigiu e está exigindo de todos nós, principal­mente das lideranças e dos integrantes da Mesadiretora. Com justificada razão, é um trabalho quemuito nos gratifica e nos enche de orgulho cívico

No atacado, concordo, apóio e estou prontoa colocar-me veementemente contra qualquer

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Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12795

tentativa de diminuição da importância e das qua­lidades da nova Carta. No varejo, obviamente, sen­do um trabalho coletivo, torna-se impossível quea Carta atenda plenamente a todas as expecta­tivas. Porém, afirmo que tenho poucas restriçõesao novo texto constitucional.

Devo, por questão de consciência, citar pelomenos uma dessas restrições: é quanto à anexa­ção de Fernando de Noronha ao Estado de Per­nambuco Como todos sabemos, o arquipélagotem pequenas atividades econômicas. Estas sãocaracterizadas pelas díficuldades materiais e cus­tos elevados de intercâmbio com o continentee pelos baixos niveis de produção em agricultura,fruticultura, criação de pequenos animais, produ­ção de leite e de pescado. A fertilidade do soloé elevada, porém há uma aguda falta de água.A agricultura de subsistência e a pesca são asprincipais atividades econômicas, porém insufi­cientes e com poucas possíbíhdades de amplia­ção a nível que permita ao arquipélago auferirlucros significabvos, além de suas próprias neces­sidades de abastecimento.

Fernando de Noronha, sob pena de profundae irreparável descaracterização ou, propriamente,destruição ecológica, não poderá auto-sustentar­se. A unidade federada que pretender a anexaçãoterá que arcar com os grandes, continuos e per­manentes custos para a manutenção das ilhas.

Todos sabemos que Pernambuco não dispõedessas condições.

Esta é uma restrição que faço ao novo textoconstitucional. Entretanto, ainda está em tempode corrigirmos esta Impropriedade, pela qual,mais tarde, poderemos ser acusados de co-res­ponsáveis pela destruição de Fernando de Noro­nha. Apelo aos eminentes colegas constituintespara que aprovemos uma das emendas que suprí­me o art. 17 das Disposições Transitórias, desane­xando de Pernambuco e continuando como Terri­tório Federal, subordmado à Umão

o SR. DORETO CAMPANARI (PMDS ­SP. Pronuncia o seguínte discurso.) - Sr Presi­dente, Sr" e Srs. Constituintes, quando o Presi­dente José Sarney escolheu o Sr. José Aparecidopara Ministro da Cultura, apenas tornava sua umahomenagem de Tancredo Neves, que era bas­tante hábil para colocar o homem certo no lugarvazio Pois a criação desse Ministério foi a coisamais mútil que se fez na administração federal.Teria sido melhor a criação do Ministério do Turis­mo e dos Desportos, porque a cultura ia muitobem no MEC, evidentemente dentro das disponi­bilidades orçamentárias de que dispunha.

Mas ninguém entendeu José Sarney, quandoremoveu Aparecido para o Governo do DistritoFederal, onde outra coisa não fez que imciar umaciclovia Incompleta e encomendar novos monu­mentos a Nyemeier, como se o Brasil de hojefosse o mesmo de Juscelino Kubitschek.

Agora, Aparecido despede-se do Governo deBrasilia e volta à origem - o Ministério vazio einócuo.

Mas, antes disso, deixa um rombo no GDF,que ameaça alcançar cinco bilhões de cruzados.quando o déficit em conta corrente é da ordemde dez por cento do Orçamento, ou seja, cmquen­ta bilhões de cruzados, segundo estimativa doSecretário da Reforma Admmistrativa e AssuntosEconômicos, Sr. Arlécio Gazal, que considera ne-

cessário o apelo a recursos externos, pois, a partirde outubro, os cofres estarão vazios

O Senador Alexandre Costa recebeu um autên­tico abacaxi. Terá que aumentar mais impostos,pOIS foi lnsunciente a majoração do ICMem qua­trocentos por cento, a partir do ano passado.Apresse-se o povo para aguentar uma quadru­plicação do lPTU, além de outras rubricas, poisas reservas financeiras em Brasilia não podemesperar mais de dois meses

Dizem que o Sr. Sarney é amicíssimo do Sena­dor Alexandre Costa. Pelo visto, um autêntico"amigo da onça.....

Era o que tinhamos a dizer, Sr. Presidente. (Mui­to bem!)

O SR. DOMINGOS LEONELLI (SA. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, falo em defesa do GovernadorWaldir Pires.

Não alimento ilusões quanto à repercussãodestas palavras a serviço da verdade. Tenho per­feita consciência da força dos príncipes da comu­nicação, mormente quando três fatores se so­mam em tomo da pessoa de Gilberto Gil: seugrande talento, sua justa popularidade e sua atualarticulação com o poder econômico na Bahiae no BraSIL

A mentira política que se refere a vetos, racis­mos e elitismos incorporada pelo cidadão GIlbertoGil, não pode ser encarada seriamente como umepisódio inocente de inabilidade política ou in­competência do Governador Waldir Pires. Não.

O próprio fato, em si, desmente a afirmaçãodo veto. O Sr. Máno Kertesz tem o controle abso­luto dos Diretórios Zonais do PMDB de Salvadore ao invés de mdicar candidato a Prefeito GilbertoGil, mdicou o Sr. Fernando José. Quem vetouGilberto GIl,portanto, foi o Sr. Mário Kertesz.

Mas, isso todos já sabem. E esta é a face, diga­mos, mais primária e inocente desta mentira.

O lado rnars grave deste episódio que mcluio Centrão e o Ministro Prisco Viana, é que issonão é uma simples mentira. Trata-se de umamontagem política para desestabilIzar o único go­vernador de grande estado que ousou se posicio­nàr abertamente contra o Governo Sarney, colo­cando-se tàmbém contra interesses sagrados dogrande capital. Waldir PIres é também um dospoucos governadores que assumiu abertamenteuma posição firme contra o pagamento da dividaexterna.

O crescimento da liderança política do Gover­nador Waldir Pires no plano nacional tornou-ouma figura penqosa, .

É preciso que os analistas políticos atentempara o fato de que a direita baiana. hoje, é umaparte importante da direita nacional.

A armadilha que o Prefeito Mário Kertesz prepa­rou contra o Governador Waldir Pires na Bahiafoi montada em Brasília, mas só funcionou pelametade. Pretendia-se inviabilizaro governo demo­crático da Bahia a esquerda e a direita. O Sr.Kertesz apresentou 12 candidatos e ofereceu aWaldir Pires a chance apenas de vetar 11. Que- I

riam que Waldir vetasse companheiros e indicas­se aquele que acabou sendo indicado. Isso incom­patibilizaria Waldir Pires na capital e no interiore o enfraqueceria enormemente no plano nacio­nal.

GIlnunca foi candidato de Mário Kertesz, CarlosSantana e Prisco Viana. Funcionou como um ele-

mento de pressão contra Waldir Pires, e 50 Ocandidato deles era o representante do empre­sário Pedro lrujo, o radialista Fernando José. Tan­to era, que sendo dono absoluto da convençãopartidária, Mário Kertesz o fez candidato.

E, agora, com grandes espaços na televisãoe no jornal do Sr. Antonio Carlos Magalhães, comcobertura nacional da Rede Globo e com o apoioexplícito do Centrão, monta-se esta farsa do vetoe do ehtísmo,

A questão não é apenas baiana O que a direitano plano nacional quer, e para isso está utilizandoGilberto Gil, é inviabilizaro nome de Waldir PIrespara qualquer remota possibihdade de vir a sercandidato a Presidente da República.

A trama é evidente e não respeita sequer ahistória

Enquanto Gilberto Gil era preso e perseguidopela ditadura, Mário Kertesz e Prisco Viana, porexemplo, estavam onde estão hoje - no poder.Naquele tempo ao lado da ditadura a que serviam.Hoje, ao lado de Sarney.

Quem está do lado errado? Por equívoco. pornão perceber a montagem reacionária que naBahia é patrocinada por um empresário espanhole no plano nacional pelo Centrão, ou consciente­mente, quem está do lado errado neste episódioé o compositor Gilberto Gil.

E a uma inteligência tão evidente, a uma sensi­bilidade tão profunda, a uma consciência tão uni­versal das coisas da vida não se pode ofendercom a condescendência.

O poeta do povo baiano. o militante que conhe­ci ainda nos anos 60, o artista libertador, o homemlibertário não tem o direito de errar tanto e tãoprofundamente.

A articulação do fisiologismo, do direitismo edos interesses da elite brasileira está muito clara.Gila assumiu quando defendeu os 5 (cinco) anospara Sarney, quando incorporou-se ao grupo doSr. Mário Kertesz herdeiro político de Antonio Car­los Magalhães e vinculado ao Sr. Prisco Vianae ao Centrão.

Não há inocências em política. nem existemtrês lados.

Não desejamos que o poeta estabeleça umacontradição entre a sua obra e sua biografia, comoocorreu com Manuel Bandeira apoiando CarlosLacerda, ou Ezra Pound enredado pelo fascismo.

Preferimos Gil ao lado de Castro Alves, poetae rmlítante da Abolição, ao lado de Pablo Neruda,cantor da liberdade e inimigo dos poderosos atéo fim. (Muito bem!)

A SRA. MOEMA SÃO THIlAGO (PSDB ­CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs, Constituintes, a sociedade esperoucom ansiedade a votação do Capítulo 111, do TítuloVíldo Projeto de Consbtuição.

A produção de um texto constitucional que in­corporasse as conquistas alcançadas nas lutasdiárias dos trabalhadores rurais, que permitisseo exercício da cidadania a milhões de trabalha­dores sem terra, que abrisse espaço para novasformas de organização e participação econômicae política do homem do campo, que maximizasseo nível de oportunidade para todos, era a grandeesperança depositada na Assembléia NacionalConstituinte.

Em momento algum, a Assembléia NacionalConstituinte pregou a reforma do sistema de pos-

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12796 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

se e uso da terra como sinônimo de violência,de anarquia, de luta de classe e, muito menos,se preconizou a desestabilização social e a desor­ganização do processo produtivo. Esse argumen­to foi, sim, sempre usado por grupos dominantese por latlfunctárlos, com o claro propósito de con­fundir os incautos e menos avisados.

Este grupo anti-reforma abriga normalmenteos radicais da direita, cuja pregação se identifica,em muito, com a TfP Seus métodos de trabalhosão, geralmente, campanhas terroristas de disse­minação de boatos de que "o governo vai tomara terra dos pequenos agricultores", Sob o pretextode proteger-se contra a intervenção do Estado,organizam-se em instituições (tipo UDR),que esti­mulam a formação de milícias particulares, verda­deiros grupos paramilitares que se armam paraproteger a "propriedade privada e a hvre empre­sa".E, hoje, a UDR tem acesso direto aos órgãosque definem a estratégia política do aparelho doEstado, em especial o Gabinete Civil, os órgãosmilitares e até o próprio MlRAD.

Mesmo lutando contra estes radícais de direita- com eficiente representação no Congresso Na­cional - que, ora tentavam impedir que o tema"reforma agrária" fizesse parte do novo textoconstitucional, ora pretendiam criar mecanismosprotelatórios e díversíonlstas que impedissem ouretardassem a sua implementação, a AssembléiaNacional Constitumte, desde o início do seu fun­cionamento, teve sempre como meta determinaros princípios constitucionais básicos que permi­tissem, logo após a promulgação da nova Consti­tuição, a montagem de um arcabouço legal.

Sabiam os Constituintes comprometidos coma causa dos trabalhadores rurais que a reformaagrária é, antes de tudo, o resultado de uma luta,a luta pela terra, mas que o suporte legal é funda­mentaI para viabilizar o processo, a fim de queele não se torne prisioneiro de limitações e falsasinterpretações leqais que impeçam a efetiva con­cretização das decisôes políticas.

Ao definir estes princípíos constitucionais, a As­sembléfa Nadonal Constftuinte teve sempre emmente a necessidade de profundas mudanças naestrutura fundiária e no regime de produção. Ea reforma agrária é, sem dúvida alguma, a alterna­tiva única de realização destas modificações subs­tanciais na estrutura da propriedade que se en­contra marcada por inúmeras distorções. Somen­te através da reforma agrária é possível se iniciaramplo processo de redistrlbuíçâo da terra e darenda no meio rural e se promover a criação deempregos produtivos.

A reforma agrária contribuirá decisivamente pa­ra a retomada do processo de crescimento por­que, através dela, é possível tornar produtivas asextensas áreas ociosas dos latifúndios mantidoscomo reserva de valor. Através dela são reativadosos recursos humanos e materiais - terra e mão­de-obra - que permanecem ociosos.

A Incorporação ao processo produtivo destasgrandes extensões de terra inexploradas contri­buirá, decisivamente, para ampliar a produção dealimentos básicos e matérias-primas industriaise, ainda, para produzir excedentes exportáveis.Possibilitando a criação de novos empregos nosetor rural, a reforma agrária permitirá a reduçãodo processo migratório: estima-se que nas duasúltimas décadas, mais de 30 milhões de trabalha­dores rurais foram expulsos do campo, indo-se

deparar nas cidades com um mercado fechadoe em crise, em face do recrudescimento do pro­cesso recessivo que vem caracterizando a econo­rrua nacional nos últimos anos

Os objetivos da reforma agrária estão contidosnas propostas discutidas e encaminhadas ao lon­go dos trabalhos da Assembléia Nacional Consti­tuinte e, finalmente, consubstancíadas no textoaprovado em comum com esta "reforma agráriamarginal" que se preconiza com o novo textodo Capítulo íll, do Título VII, aprovado em Plenário.

Atendendo às pressões da classe produtora ru­ral, membros da Assembléia Nacional Constituin­te abandonaram os princípios básicos que nortea­ram a elaboração do Estatuto da Terra, diga-sede passagem, concebido e aprovado em plenoregime autoritário.

O texto aprovado, em 11 de maio de 1988,se constituiu na barreira que deteve os avançospopulares e postergou as conquistes dos trabalha­dores rurais, ameaçados de perderem a sua terraou impOSSIbilitadosde alcançá-la.

A legislação que se produziu em pleno regimeautoritário, pelo menos, permitiu atuações timidase localizadas, além de oferecer condições paraadministrar os conflitos pela posse da terra.

Não quero, aqui, afirmar que o Estatuto da Ter­ra tenha sido a grande alavanca da reforma agrá­ria. Ele, na realidade, fora aprovado para estimulare privilegiar o desenvolvimento e a proliferaçãoda empresa rural. Na verdade, o Estatuto da Terrapreconiza uma "modernização conservadora" dopr6prio latifúndio. Mas ísso não era um subter­fúgio. Estava muito clara na Mensagem rr 33,que encaminhou ao Congresso o texto do projetode lei que se transformou, depois, na Lei n° 4.504,de 30 de novembro de 1964: "Não se contentao projeto em ser uma lei de reforma agrária. Visa,também, à modernização da política agrícola doPaís, tendo por isso objetivo mais amplo e ambi­cioso: é uma lei de desenvolvimento rural".

Em pleno regime militar, porém, presenciamosmomentos de rompimento no movimento anti-re­forma:

- a assinatUra da Emenda Constitucional rr10, de 10 de novembro de 1964, que estabeleceo pagamento da indenização em títulos e nãoem dinheiro, como determinavam, até aquele mo­mento, os textos constitucionais;

- o grande avanço representado pelo Ato Insti­tucional n° 9 e pelo Decreto-Lei n° 554, ambosde 25 de abril de 1969, que eliminaram a determi­nação de "prévia e justa" indenização e estabele­ceram o rito sumário no processo desapropria­tório. O Governo militar deixou, portanto, um ins­trumental jurídico dos mais eficientes para se po­der implementar a reforma agrária.

O texto aprovado do Capítulo 111, do Titulo VII,do Projeto de Constituição, porém, não passa deuma "contra-reforma agrária" que se identificacom medidas protelatórias e diversionismos ope­racionais que visam tão-somente retardar a imple­mentação do processo de completa reformuJaçãodo sistema de posse e uso da terra.

Todos estes atrasos, reações e recuos que pre­senciamos, hoje, na Assembléia Nacional Consti­tuinte, 'quando da votação do Capítulo da ReformaAgrária, tem história. Ao longo de todos estesanos, a burguesia agrária vem atuando decisiva­mente. A marca do agrário, e neste a do latifúndio,está presente em todo o desenvolvimento da so-

ciedade. E o aparelho de Estado, em todas estasfases, assumiu o papel de implementador de polí­ticas públicas que favorecem a ação dos grandesproprietários de terra e dos complexos agromdus­triais E, assim, todo o processo de desenvolvi­mento nacional se deu sem reforma agrána.

As reações contra qualquer proposta de refor­mulação da estrutura fundlárra se fizeram presen­tes em todas as fases. Era necessário atuar sobrea realidade agrána, mas nunca alterá-la.

Foi assim no período de 1930 a 1964. Podía­mos afirmar que, neste período, a burguesia agrá­ria perdeu o seu papel hegemônico, não deixando,porém, jamais de participar do bloco do Poder.

E, no Parlamento, sua atuação foi presente atra­vés do PSD, que tinha como uma de suas propos­tas básicas a defesa dos interesses da agriculturaem geral.

MUlto embora se apresentasse como um par­tido de corte urbano, a UDN sempre se POSiCIO­nava ao lado do PSD, quando a votação envolviaquestões relacionadas com a propriedade privadada terra.

A partir de 1964, as formas retrógradas lIgadasaos grupos agroexportadores se umram em defe­sa do instituto da propriedade privada, com ativaparticipação do movimento militar.

Quando da aprovação do Estatuto da Terra,muito embora esta lei não representasse umaameaça ao latifúndio, a reaçáo foi imediata. E,poucos dias após a sua assinatura, o Sr. RobertoCampos. então Ministro do Planejamento, declara,para acalmar os ánímos, que "o destinatário doEstatuto da Terra é o empresáno, o produtor dota­do de espírito capitalista, que organiza a sua ativi­dade económica segundo os critérios da raciona­lidade do capital".

Com a Nova República, tenta-se nova expe­riência, agora com o Plano Nacional de ReformaAgrária. O mesmo tipo de pressão, também, ago­ra, se repete. E não foi tímida a reação do empre­sariado rural.

E as pressões dos proprietários de terra tiveramresultado. Alterações Introduadas, à últIma hora,por mfluência do Palácio do Planalto, descaracte­rizaram, totalmente, a proposta original do PNRAque já era, por SI só, bastante moderada e conser­vadora

A assinatura do Decreto n° 91.766, de 10 deoutubro de 1985 - que aprovou o Plano Nacronalde Reforma Agrária - ressuscitou a denominada"reforma agrária consentida", muito em voga nostempos áureos do Presidente Médici

Neste período, como reação ao Plano Nacionalde Reforma Agrária, surge a União DemocráticaRuralista - UDR que, arrecadando fundos, atra­vés de seus leilões de gado, se organizou em16 Estados da Federação, com milhares de asso­ciados.

Convocada e instalada a Constituinte, o empre­sariado rural continua influenciando diretamenteaquela Assembléia, através da Frente Parlamentarda Agricultura que recebeu drscreto sporo gover­namental para congregar todas as associaçõespatronais do meio rural que não seguissem aorientação da UDR, tais como, a Sociedade RuralBrasileira (SRB), a Confederação Nacronal daAgricultura (CNA) e a Organização das Coope­rativas Brasileiras (OCB).

Temerosos de que o tema "Reforma Agrária"pudesse ocupar espaço na Assembléia Nacional

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12797

Constituinte, o empresariado rural procurou seposicionar com força na Subcomissão .da Re~or­

ma Agrária e na Comissão da Ordem Econômica.Seus representantes conseguiram ora vitórias

parciais, ora derrotas, até que, na Comissão deSistematização, fOI possível aprovar um texto que,embora tímido, fOI um texto possível, dentro dacorrelação de forças atuais, na Assembléia Nacio­nal Constituinte.

O Centrão,apresentou, para ser votado em Ple­nário, uma proposta onde estavam contempladosos interesses dos propnetários rurais.

Votados os textos do Centrão e da Sistema­tização, foram ambos rejeitados. E, com o surgi­mento do "buraco negro", o relator Bernardo Ca­bral apresentou novo texto que expressava algu­ma semelhança com o Projeto da Sistematização,incorporando, porém, muitas das exigências dosproprietários rurais.

Aprovada a proposta do Relator, o Centrão fezinserir no texto, através de uma manobra regi­mental, a inexpropnabilidade das denominadas"terras produtivas".

O texto aprovado do Capítulo lll, do Título VII,do Projeto de Constituição é uma peça de defesado latífúndio como instituição permanente. Con­seguiu-se produzir um texto que contém prívilé­gios descabidos ao latifúndio.

E, assim, a radicalização de direita conseguiuinviabilizar totalmente a implementação da refor­ma agrária pela via ínsntudonal.

Vejamos alguns pontos do Capítulo Ill, do TítuloVII, do Projeto de Constituição:

1. Função Social da Propriedade:

O Projeto de Constituição, no seu artigo 220,tentou consagrar o prmcípío da função social dapropnedade, já que no Capítulo "Dos DIreitos Indi­viduais e Coletivos", a propriedade fora definidacomo direito.

O conceito privativista do direito de proprie­dade, que fazia parte da Constituição Política doImpério (1824, foi aos poucos, se aperfeiçoando.Em 1934, a Carta Magna já determinava que "odireito de propriedade não poderia ser exercidocontra o interesse social ou coletivo"

O Capítulo, ora aprovado, porém, apenas ins­creveu no texto constitucional aquilo que já fazparte do art 2°, § l° do Estatuto da Terra. Nãose verificou, portanto, aprofundamento, moder­nização ou melhor precisão no conceito de funçãosocial da propriedade rural. Não se incorporounovas concepções de direito que, superando o"hibridismo Insuficiente" da função social da pro­priedade, definem "a propriedade como funçãosocial", não havendo, portanto, direito de proprie­dade sem função SOCiaL

O direito de propriedade, logo, só passaria aexistir quando estivesse satisfeita a exigência dafunção social.

2. Desapropriação por Interesse Social

Exatamente para assegurar a "função socialda propriedade" é que a Constituição contemplao instituto da desapropriação, caracterizando-seesta como "um ato administrativo, mediante oqual o poder público, compulsoriamente, e porato unilateral, despoja alguém de um bem, adqui­rindo-o, mediante indenização".

A implementação do dispositivo constitucionalque permite a desapropriação do imóvel rural,

por interesse social para fins de reforma agrária,esteve sempre condicionado pela exigência de"pagamento em dinheiro" e de "indenização pré­via". A primeira exigência foi removida com aEmenda Constitucional rr 10, de 10 de novembrode 1964 e a segunda pelo AJ·9 e pelo Decreto-Lein° 554, ambos de 25 de abnl de 1969.

Depois de superados estes obstáculos, o texto,ora aprovado, faz ressurgir novamente a exigênciade "prévia indenização", contida nas Constltut­ções de 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967.

No tocante à utilização dos Títulos da DívidaAgrária (TDA), a Constituição Vigente estabeleceque eles poderão ser empregados como meiode pagamento de até 50% do valor do Impostosobre a Propriedade Territorial Rural e de terraspúblicas. O texto aprovado remete a matéria paraa legislação ordinária, deixando, portanto, emaberto, a possibílidade de ressuscitar a idéia doCentrão que propunha a utilização dos TDA, tam­bém, como meio de pagamento de qualquer tri­buto federal. Isso equivale à decretação da liquideztotal e imediata dos títulos, ou seja, é o mesmoque pagar, em dinheiro, o imóvel desapropriado.

No que se refere à indenização de benfeitoriase isenção de impostos na transferência dos imó­veis desapropriados, repete-se o já disposto naConstltuição vigente.

O texto, recém-aprovado, todavia, inova no art.219, inciso li,ao determinar a "inexpropriabilidadedas terras produtivas". Aqui ficou bem clara averdadeira face da reforma agrária que se desejaimplementar.

A confusão criada pelos latifundiários tem umobjetivo definido e preciso: inviabilizar totalmentea reforma agrária.

O critério básico para desapropriação semprefoi o cumprimento da função social da proprie­dade - conceito que envolve, além da exigênciade adequados níveis de produtividade da terra,os aspectos sociais referentes ao cumpnmentoda legislação trabalhista, a manutenção do bem­estar do proprietário e dos trabalhadores e a con­servação dos recursos naturais.

A adoção da terminologia "propriedade produ­tiva", segundo José Gomes (ex-Presidente do In­cra e atual membro do Conselho Deliberativo daAssociação Brasileira de Reforma Agrária ­ABRA), além de representar uma impropriedadesemântica e deformação metodológica, escondeuma armadilha legal e uma tática latifundista.

Se entendermos "terra produtiva" como "aque­la que produz, é fértil", pode-se concluir que, emsendo essas áreas insusceptíveis de desapropria­ção, restariam disponíveis para a reforma agráriatão-somente as longínquas terras imprestáveis einacessíveis, ou seja, as terras improdutivas. Se­gundo José Gomes, "restarão para a reformaagrária, apenas, os carrascaís, charcos, areiões,piçarras e pirambeiras. E isso, é claro, nem ostrabalhadores e nem a racionalidade aceitarão".

A determinação de "inexpropriabIlidade da pro­priedade produtiva" é, portanto, uma medida pro­telatória e um diversionismo operacional que nãotem outro objetivo senão procrastinar, indefinida­mente, a implementação da reforma agrária.

Para mostrar a imprecisão da terminologia usa­da, é pertinente lembrar que o famigerado Decre­to-Lei n° 2.363, de 21 de outubro de 1987, quefoi o primeiro documento legal a preconizar, comapoio do Ministro Jáder Barbalho, a inexpropria-

bilidade das propriedades produtivas, utilizavauma terminologia mais precisa ao defmir comoinsusceptíveis de desapropriação as "áreas emprodução".

A respeito disso é bom, também, lembrar quetodas as entidades que produzem estatísticas dosetor agropecuário tràbalham com terminologiasbem mais precisas, claras e objetivas:

-IBGE: fala em "terras produtivas não utiliza­das" para significar "as áreas passíveis de aprovei­tamento agropecuário, mas que não estão tendoutIlização econômica";

- ex-INCRA: em suas estatísticas cadastrais,utilizava a expressão "área aproveitável não explo­rada".

A armadilha contida no texto do projeto apro­vado não foi concebida e posta em prática pelaprimeira vez agora na Assembléia Nacional Cons­tituinte. Ela vem sendo preparada e engendradahá muito tempo, com o apoio do aparelho deEstado. Começou com a assinatura do Decreton° 91.766, de 10 de outubro de 1985, e maisrecentemente, com o Decreto-Lei n° 2.363, de21 de outubro de 1987, e o Decreto n° 95.715,de 10 de fevereiro de 1988, tomando imunes àdesapropriação "as áreas em produção" e "aspartes produtivas dos latifúndios".

Transcrita, agora, no texto constitucional todaesta trama engendrada, é possível concluir quequalquer proprietário pode contestar a desapro­priação do seu imóvel rural.

Isso é inaceitável quando sabemos que a gran­de propriedade rural, no Brasil, é geralmente su­butilizada e subexplorada. "a área aproveitável nãoutilizada dos latifúndios é idêntica à área aprovei­tável utilizada".

Por trás desta imposição dos empresários daagropecuária, aprovada através do Centrão, estárealmente a defesa da manutenção do latifúndiocomo instituição permanente. Aterra se converteunum ativo financeiro. Passou a ser altemativa deinvestimento rentável de grandes grupos indus­triais e financeiros que buscam, através da aquisi­ção de terras, se beneficiar de grandes volumesde recursos repassados, via crédito subsidiadoe incentivos fiscais, além de se livrar do paga­mento do imposto de renda. As grandes concen­trações de terras destes grupos econômicos (in­dustriais, comerciantes, banqueiros) passaram aser o subterfúgio para descarregar os lucros obti­dos, às vezes de forma espúria.

3. Reforma Agrária e Política Agrícola

O texto aprovado em Plenário quer manifestaruma preocupação no sentido de integrar reformaagrária e política agricola, como segmentos quese complementam.

É bom lembrar, aqui, em momento algum, ja­mais alguém preconizou implementar plano dereforma agrária, de forma isolada. Ninguém vis­lumbrou solucionar a questão fundiária com asimples distribuição de terra. Qualquer um debom senso sabe que a reforma agrária mera­mente distributiva em nada contribuirá para am­pliar o volume de produção e proporcionar em­prego de mão-de-obra.

Acontece que por detrás desta insistência decompatibilizar política agrícola e reforma agráriaestá o firme propósito de não priorizar a reformaagrária. Política agrícola, aqui, está assumindo opapel de dissimulador da reforma agrária.

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12798 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988

É preciso deixar bem claro que distribuir terrassem implementar o apoio institucional nas áreasde crédito, comercialização, sustentação de preçoé deixar o pequeno agricultor "ciscando" a suaprópria sobrevivência.

Por outro lado, é maisverdade, ainda, afirmarque "pregar reforma agrá7ia sem primeiro demo­cratizar o acesso de todos à propriedade é quererfazer omelete sem quebrar os ovos".

Priorizar a política agrícola esquecendo a refor­mulação da estrutura fundiária é querer "fazerreforma agrária sem terra", ou talvez, permitir a"distribuição de alguma terra para não distribuiras terras que os latifundiários mantêm estocadascomo reserva de valor".

4. Alienação e Concessão de Terras PÚ-blicas I

Em relaçãoàs terras públicas, o texto aprovado,muito embora tenha ficado bem aquém do textoda Comissão de Sistematização, conseguiu avan­çar um pouco em relação às constituições ante-riores. '

Nas Constituições de 1934 e 1946, para a ahe­nação ou concessão de terras públicas, com áreaacima de 10 mil hectares, exigia-se tão-somentea autorização do Senado Federal A Constituiçãovigente manteve a competência do Senado e re­duziu a área para 3 mil hectares.

a texto aprovado, além de reduzir o limite deárea para 2.500 hectares, inovou, substancial­mente, ao transferir a competência de autorizaçãodo Senado para o Congresso Nacional.

Esta medida é complementada por uma outrade igual importância: a criação de comissão para,num prazo de três anos, contados a partir da pro­mulgação da Carta, rever todas as doações, ven­das e concessões de terras públicas, com áreasuperior a 3 mil hectares e realizadas no períodode 10 de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de1987. A criação desta comissão está prevista no"Ato das Disposições Constitucionais Gerais eTransitórias".

Em relação ao instituto da usucapião, é perti­nente, aqui, lembrar que, muito embora ele conti­nue restritivo, ao exigir que a posse seja por cincoanos, sem oposição, é louvável a ampliação daárea havida, através da usucapião, para 50 hec­tares.

É lamentável verificar, ao final dos trabalhosda Assembléia Nacional Constituinte que, en rela­ção à questão agrária, dois pontos fundamentaisnão foram contemplados:

- a fíxaçâo da área máxima da propriedaderural;-o instituto da perda sumária das terras OCIO­

sas.Em relação ao texto do Capítulo lll, do Título

VII, como ~m todo, é possível verificar que, namaioria dos seus dispositivos, houve, apenas, umainscrição, no Projeto de Constituição, de dispo­sitivos de Constituição vigente, do Estatuto daTerra e de outras leis ordinánas. Nas poucas vezesem que a Assembléia Nacional Constituinte resol­veu inovar, observamos retrocessos, atrasos e re­cuos, em relação ao arcabouço legal vigente.

Gostaria, ainda, de lembrar que a luta pela im­plementação da reforma agrária não é de hoje.Por isso, não é a debilidade orgânica dos partidospolíticos, a fragilidade das alianças e a própriacomposição da Assembléia Nacional Constituinte

que vão impedir que o movimento pela reformaagrária se amplie e se consolide. Não tenho dúvi­das que derrotas como esta verificada na votaçãodo Capítulo 111, do Titulo VII, dificultam, em muito,a luta pela reforma agrária. Mas é impressionanteverificarque cada recuo que acontece é a sementede novas mobilizações. A derrota aqui pode repre­sentar um ganho mais à frente, um ganho deconsciência social.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Constituintes, apro­veito para registrar o recebimento de um docu­mento com 1.585 assinaturas, contendo a prin­cipal reivindicação das populações dos Municí­pios de Iguatu, Jucás, Caríús, Saboeíro, Acoplara,Quixelô, Icó e Orós, todos da região centro-suldo Ceará. Querem e pedem os subscritores aaprovação da reforma agrária nos termos das pro­postas "encaminhadas, por um milhão e duzentasmil assinaturas de trabalhadores de todo o País,ao Congresso Constituinte".

Claro que a esta altura dos trabalhos, sabemosimpossível, até por dificuldades regimentais, oatendimento a tão justa postulação. De qualquerforma, além de encaminhar cópia da citada docu­mentação ao Relator Bernardo Cabral, alerto àbancada cearense para que se una no sentidode não permitir outros recuos nas votações dosdispositivos relativos a reforma agrária.

Para tanto, convém não esquecer o que dizemos trabalhadores quando afirmam que a Históriacobrará aos Constituintes a quebra de compro­missos assumidos no período eleitoral, porque"acima da propriedade privada está o inte­resse coletivo."

O SR. FÉRES NADER (PTB- RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Cons­tituintes, a comunidade médica brasileira ressen­te-se da falta de um inventário de fácil acesso,que reúna as publicações nacionais. Em que pe­sem os esforços já feitos no sentido de resolveresse problema, ele continua cada vez mais difícil.a que já foi produzido, embora à custa de muitotrabalho, não teve continuidade.

Com o advento do atual sistema de Pós-Gra­duação, implantado com a Reforma Universitáriaem 1970, a feitura de teses de doutoramento foi,de certa forma, estimulada, ao mesmo tempo quesurgiram, em virtude dos dois níveis da pós-gra­duação - Mestrado e Doutorado -, outras mo­dalidades de publicações avulsas, a dissertaçãodo mestrado. Esses tipos de publicação têm sem­pre uma edição muito restrita e praticamente semcirculação. a acúmulo desses trabalhos está re­sultando num acervo valiosíssimo que, certamen­te, se perderá pela inviabilidade crescente do pes­quisador, interessado no assunto, encontrar indi­cação da publicação.

Tal fato desencadeou o aparecimento dos cha­mados Bancos de Teses ou índices de Teses,que vieram preencher especificamente esta lacu­na. Entretanto, como eles são muito abrangentese nunca restritos a uma área definida do sabere muito menos atinentes a uma especialidade,servem mais para relacionar a produção cíentíficade uma unidade ou mesmo universidade do quepropriamente de apoio, facilitando a pesquisa bi­bliográfica e possibilitando o encontro do autornacional. Não fosse essa limitação suficiente pararestringir seus objetivos, há ainda publicaçõesocasionais, sem regularidade e distribuição siste­mática

A lacuna a que nos referimos está, pois, sendopreenchida de maneira parcial e precária, deixan­do muito a desejar quanto à qualidade da recupe­ração por parte de quem, realmente, possa utilizaras publicações avulsas nacionais.

Um simples raciocínio pode fornecer-nos umaestimativa da produção científica que é ignoradae acaba por perder-se. Sabendo-se que a Univer­sidade de São Paulo produz um terço das publica­ções científicas do País, porcentagem que semantém na área da saúde, e sabendo-se, ainda,que ela titulou, de 1981 a 1986, mais de cincomil pós-graduados, pode inferir-se que, no Brasil,mil teses da área de saúde estejam caindo num"buraco negro", Certamente, dispondo dos atuaissistemas de indexação, elas não chegarão àsmãos dos pesquisadores, por melhor que sejasua pesquisa bibliográfica.

Urge, pois, que se aprimorem os mecanismosde recuperação da informação científica em Medi­cina.

Esperamos que as sociedades médicas espe­cializadas procurem despertar a enorme força la­tente de que dispõem, somando apenas um pe­queno esforço de cada um de seus sócios. Naeventualidade de ocorrer tal fato, não seria muitopedir ao CNPq para retomar sua publicação, desa­tivada há uma década, dispondo agora de umanova força de alimentação do sistema, passando,então, a patrocinar o Índice BibliográficoBrasileirode Medicina. (Muito bem!)

O SR. MAURíCIO FRUET (PMDB-PRoPro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, frente ao quadro de dificulda­des enfrentado pelo País, buscam-se bodes expia­tónos, E o que se tem prestado a este papel porvários motivos, alguns até passíveis de suspeita,são as estatais.

A partir de um certo instante, vender estatalpassou a ser a solução de todos os problemasnacionais, pois resultará "em menores despesaspara o Tesouro e diminuirá a participação do Esta­do na economia".

Analisemos a primeira afirmação, com umexemplo concreto - a proposta de privatizaçãoda Cobra, Computadores e Sistemas BrasileirosS/A.A referida empresa, em fevereiro do correnteano, buscando capital de giro e saldar algumasdívidas, solicitou ao BNDES, um financiamentono valor de Cz$ 1.819 milhões, equivalentes aUS$ 19 milhões. Tal pedido não foi atendido porser a Cobra uma estatal, embora o BNDES tenhasocorrido inúmeras empresas do setor de infor­mática em valor acima deste. Caso a Cobra tivesserecebido esses recursos teria fechado o atual exer­cício em 30 de junho com lucro. a Estado podesocorrer as empresas privadas quando dão prejuí­zo. Isto é uma atitude correta, mas as estataisna mesma situação são ineficientes e devem servendidas.

Na proposta em curso no BNDES a empresaserá vendida, mas, antes, o Governo (através doBNDES, CEF e Banco do Brasil) aportará US$45 milhões a título de saneamento para que onovo sócio privado receba uma empresa saudá­vel. Logo no início do ano seguinte, o Governoestá disposto, caso o sócio privado deseje, a apor­tar mais US$ 15 milhões.

No prazo de um ano, o Governo se propõea colocar, na Cobra, um total de US$ 60 milhões,

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOQNAL COI'ISmmNTE Sexta-feira 19 12799

mas não colocou um terço desse montante emfevereiro, para continuar proprietário de uma em­presa lucrativa.

Fica dífícíl entender a lógica governamental.Observamos hoje que são vários os que atacam

a Política Nacional de Informática, que vários re­sultados positivos tem apresentado. E a Cobratem desempenhado, desde sua fundação, papeldesbravador no setor de informática. A perma­nência da Cobra no desempenho dessa missãodesbravadora afigura-se indispensável em face:

- dos riscos empresariais inerentes às inicia­tivas de alta densidade tecnológica;

- das constantes pressões externas que ten­tam, por todos os meios, destruir o setor de infor­mática nacional;

- a parcial desmoralização da PolíticaNacionalde Informática pela prática do contrabando e dapirataria por empresas nacionais do setor.

Entendemos, ainda, que a Cobra poderia seprestar a uma experiência pioneira de controledas estatais em que seriam qualificados metase parâmetros administrativos e de resultados, osquais constariam de um protocolo assinado entrea sua Diretoria e a Sest Caso não fossem atingi­dos esses objetivos, a Diretoria seria destituída.

Tal procedimento daria condições de efetivagestão da empresa estatal, o que é impossível

'hoje, em face do emaranhado de leis, decretose outros instrumentos legais que cerceiam a açãodos gestores dessas empresas estatais, tomandoimpossível a sua gestão eficiente.~a o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito

bem!)

O SR. UBIRATAN AGUIAR (PMDB - CE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, existem hoje inúmeras empre­sas nacionais que prestam serviços no exterior,sobretudo no campo da construção civil, comsignificativa repercussão na balança de pagamen­tos do País, pois os recursos obtidos além fron­k!iras contribuem para equilibrar as contas inter­nacionais.

Estima-se que só no ano passado foram con­cluídos contratos, no exclusivo setor de engenha­ria, num valor aproximado de bilhões de dólares.

Este intercâmbio se toma mais importantequando é levado em consideração o fato de quecada dólar vendido em serviços rende à Naçãooutros quatro dólares correspondentes à expor­tação de equipamentos, máquinas e utensílios di­versos necessários à implantação dos projetos.

É, pois, necessário que iniciativas empresariaisde tal sorte recebam incentivos próprios capazesde estimular a atividade, tomando-a rentável.

São frequentes as queixas relativas à sobre­carga fiscal e parafiscal, fatores que oneram ex­traordinariamente os custos. Inclusive, parece terespecial procedência os vinculados à obrigato­ríedade do recolhimento da contribuição previ­denciária, no tocante aos empregados aqui con­tratados para prestarem serviços no exterior. Eví­

.dencía-se que esses assalariados não podem go­zar dos benefícios previstos na sistemática securi­tária interna por uma simples impossibilidade físi­ca conquanto estejam compelidos à contrapres­tação correspondente.

A solução para os demais casos é a suspensãodo recolhimento da contribuição durante o perío­do de afastamento do território nacional, ficandoo empregador obrigado a assegurar, por si ou

pela via de um sistema específico de seguro-saú­de, a assistência médico-hospitalar a que fariajus o trabalhador se estivesse aqui, no Brasil.

Atualmente, todos, salvo o sistema previden­ciário oficial, são penalizados. O empregado vêcompulsoriamente descontado do seu salário umpercentual destinado a remunerar serviço que lheé inacessível. O empregador, além de contribuircom a sua parcela para o erário, vê-se moralmentecompelido a prestar assistência ao servidor aco­metido de enfermidade em local estranho e, fre­qüentemente, de escasso desenvolvimento.

Beneficia-se, desta forma, apenas a instituiçãoestatal que aufere recursos sem qualquer ônusou contrapartida.

Assim, precisamos, urgentemente, acabar comeste recoíhírnento, pois, desta maneira, estaremosdesestimulando as empresas e trabalhadores quecontribuem para a captação de divisas de quetanto necessitamos. ,

Era o que tínhamos a dizer.Sr. Presidente. (Mui­to bem!)

O SR. COSTA FERREIRA (PFL - MA. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a casa própria inscreve-se entreos fatores básicos para a sobrevivência digna dasfamílias de baixa renda, cujos salários não com­portam um item de custo cada vez mais inaces­sível aos brasileiros - o aluguel.

Sabe-se que o contingente das populações to­talmente desassistidas, no tocante à moradia, au­menta assustadoramente, na medida em que seagrava a atual crise econômica. Famílias inteirasvivem hoje ao relento ou, quando muito, embaixode pontes, tangidas pela miséria que não lhespermite sequer o acesso aos bens essenciais, cujafalta reduz o cidadão à condição de pária da socie­dade.

Incapazes de proteger-se contra as adversida­des climáticas, ficam esses homens, mulheres ecrianças, sujeitos ao frio, à chuva e a qualquertipo de intempérie, presas fáceis da doença e damorte.

Não podemos assistír impassíveis à chacinaque se vem perpetrando contra os brasileiros quenão tiveram oportunidades de educação nem deemprego, os quais estão sendo duplamente puni­dos - pela falta de emprego com salário satisfa­tório e pela ausência de medidas governamentaisque possam minimizar a dolorosa situação emque se encontram, como a implantação de umapolítica habitacional adequada.

As autoridades governamentais não podemcontinuar ignorando o problema, investindo depreferência em casas e apartamentos destinadosà classe média, justamente a que percebe maiorremuneração, e deixando engrossar a multidãodos que não "moram", mas subsistem a duraspenas em qualquer canto de onde não sejamenxotados.

Sr. Presidente, Srs, Constituintes, cumpre quese implante, o quanto antes, uma política habita­cional realista, voltada prioritariamente para oatendimento da camada mais pobre da popula­ção. Uma política que contemple os mais necessi­tados, os sem-teto, que não têm onde reclinara cabeça depois de um dia de lutas, daquelesbrasileiros entregues à própria sorte, trabalhado­res de ínfima renda ou desempregados, doentes,marginalizados do processo produtivo, mas nem

por isso menos dignos das atenções e dos cuida­dos do poder público.

Os objetivos maiores da política habitacionaldo País não podem se distanciar dos interessesmais legítimos da grande massa populacional enão chegarão a consubstanciar-se, certamente,se os programas e atividades da área não refleti­rem 'uma preocupação prioritária com os projetosde baixo custo, tomando acessíveis aos mais po­bres a aquisição de uma casa ou apartamentopopular.

O caminho natural para colimar esse propósitoserá, sem dúvida, o incentivo à ação das coope­rativas habitacionais, fornecendo-lhes recursos eassistência técnica que permitam construir mora­dias modestas e de menor custo, inclusive aiavésdo sistema de mutirão, que se tem revelado eficazem alguns empreendimentos esparsos.

Deixo aqui o meu recado e o meu apelo vee­mente às autoridades com ingerência na políticahabitacional. Cuidemos dos mais pobres, dos de­safortunados, proporcionemos-lhes o mínimoexigívelpara a preservação da dignidade humana-um teto.

Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muitobem!)

O SR. ANl'ONIO DE JESUS (PMDB- ao.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a adequação do sistema educa­cional ao meio rural, como um componente dedesenvolvimento integrado, é um dos problemasmais complexos enfrentados pelos países em de­senvolvimento. De um modo geral, é exatamentenas áreas rurais onde se encontra a maior escas­sez de recursos, considerados fundamentais porplanejadores educacionais envolvidos em educa­ção rural.

A escola deve ser encarada como o principalveículo de melhoria de vários aspectos das popu­lações do campo.

As escolas geralmente não estão devidamenteequipadas para desenvolver uma educação ago­cola e oferecer alternativas de solução aos proble­mas locais.

A escola rural é um ponto de contato que aspopulações rurais mantêm com a educação for­mai.

Malassis (1972) afirma que cerca de 60% dapopulação mundial viveno campo e que a grandemaioria destes são analfabetos. Considerando es­te aspecto, é necessário que a escola rural nãosó desempenhe o papel de ensinar a ler, escrevere calcular, mas tenha em vista todo o conjuntoda população rural. A escola deve funcionar emharmonia com outras agências, para desenvolverum PlPcesso de desenvolvimento globa) e parti­cipante.

A Lei Orgânica do Ensino Agrícola refere-seàquilo que se deve entender como tal: "É o ramode ensino até o segundo grau, destinado essen­cialmente à preparação profissional dos trabalha­dores na agricultura. O art. lo deverá atender aosinteresses dos que trabalham nos serviços e mis­teres da vida rural, promovendo a sua preparaçãotécnica e a sua formação humana, aos interessesdas propriedades ou estabelecimentos agrícolas.

O SR.INOC~CIO OUVEIRA (PFL - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, sempre defendemos que o mo­torista_proãssíonal empregado em empresa de

1'\ •

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12800 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAaONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

transporte coletivo e maquinista seja submetidoanualmente a exame eletroencefalográfico, às ex­pensas do empregador.

Além de defender a integridade física dos pas­sageiros, seria de interesse da empresa a defesade seu patrimônio e o de terceiros, porquantofreqüentemente ocorrem desastres automobílís­ticos em que não aparecem as causas determi­nadas, que podem ser devido a uma crise epi­léptica.

O exame consubstanciado no projeto já é feitona aviação civil,onde realmente o perigo é maior,mas a quantidade de aviões é menor.

Através da eletroencefalografia e por meio deexcitações elétricas cerebrais do homem e dosanimais, chegou-se ao conceito atual: a epilepsiaresulta de uma descarga elétrica anormal, tendocomo ponto de partida um conjunto de neurôniossituados em qualquer parte do sistema nervosocentral.

Sob o ponto de vista cronológico, as causasepileptogênicas podem ocorrer precedendo a for­mação do ovo, na vida intrauterina, no parto, nainfância e no adulto.

Durante o parto dístocíaco,podem ocorrer ano­xia duradoura e ítensa, traumatismos, laceraçõesetc. A grande prevalência dos focos temporaisnos epilépticos seria devido a compressão dosmesmos contra a tenda do cérebro, produzindoáreas de ísquernia por ocasião do parto distócíco.

Na infância, o grupo de doença designado co­mo "paralisia cerebral" provocado por muitascausas é o responsável pelo aparecimento de50% de pacientes com convulsões.

Se por um lado, o epiléptico pode levar umavida quase completamente normal, deve evitartoda atividade que ofereça perigo para si ou paraa coletividade. Podendo e devendo trabalhar nãodeve empregar-se em ofícios perigosos que exi­jam, por exemplo, subir em escadas, postes, an­daimes, operar determinadas máquinas comoserras, prensas, etc. A condução de veículos cole­tivos, como automóveis e, principalmente, cami­nhões, ôníbos, trens e aviões, e mormente quandoos automóveis, os caminhões e os ônibus se destí­narem ao tráfego intermunicipal, deve ser absolu­tamente proscrito.

Pelas razões acima, submetemos à esclarecidadeliberação de nossos pares um projeto de leique, pela sua importância, trará benefícios ao trân­sito, não só de veiculos de transporte coletivocomo de trens, bem como, o mais importante,caso aprovado, poderá evitar muitos acidentescom irreparáveis perdas humanas.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. PAULO MACARlNI (PMDB - Se.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constitumtes, o Governador Pedro Ivo Cam­pos prossegue, com o apoio e os aplausos dasociedade catarinense, no esforço pelo reconhe­cimento oficial de um direito que cabe a todosos catarínenses, ou seja, o pagamento de royal­ties sobre o petróleo explorado no litoral de SantaCatarina.

Assim sendo, a disputa concentra-se à questãoda posse do ponto de perfuração da PetrobrásPRs-3 (Paraná, submarino 3).

Mas, a controvérsia inicia-se já no nome dopoço, porque até 1986, era conhecido e chamadopor SCs-6 (Santa Catarina, submarino 6).

A seu turno, o Estado do Paraná teve, equivoca­damente, a projeção de seu território no mar am­pliada pelo IBGE, o que alcançaria as projeçõesora em obras de perfuração.

No entanto, a posição do Governo catarínense,que reflete a verdade dos fatos, é serena e pacífica,assim projetadas:

1. Introdução

O equívoco que está sendo cometido pelo IBGEna interpretação das leis que definem divisas marí­timas entre os Estados poderia ser enquadradocomo mais uma das discriminações que SantaCatarina já sofreu no passado. É interessante no­tar que o poço de petróleo do litoral sul chama­va-se SCs-6 (Santa Catarina, submarino 6) até1986. Nesse ano, ficou determinado que os Esta­dos teriam direito aos royalties do petróleo, equase simultaneamente o nome do poço mudoupara PRs (Paraná, submarino). Anteriores a essecontexto, duas convenções mternacíonals, emGenebra (1958) e na Jamaica (1982), definiramas questões relativas à plataforma continental,mar territorial e limites de costa. Foi a origemda legislação interna do Brasil, estabelecida pelaLei n° 7.525 e o Decreto rr 93.189/86. Ambosratificam as decisões das convenções interna­cionais.

Até 1986, não havia razão para que os estadosdiscutissem suas divisas de mar territorial. Coma legislação dos royalties, ficou decidido que oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística ­IBGE - passava a ser o responsável pela defini­ção dessas divisas. E foinesse ano que a Petrobrásconsultou o órgão para saber a qual estado per­tencia o ponto de perfuração no litoral sul, ondeainda era apenas "possível" a localizaçãode pe­tróleo.

Pelas convenções de Genebra e da Jamaica,os limites do mar são definidos por linhas traçadasa partir do ponto central de encontro das linhasbase da costa. Como poderá ser notado nos ma­pas que seguem em anexo, o mar do Paraná,segundo as normas técnicas, está contido notriângulo menor. (Mapa 1.)

O texto sobre o direito do mar concluído em1982 na Jamaica estabelece 12 milhas marítimas,a partir das linhas de base do litoral, como larguramáxima do mar territorial dos Estados. É adotadocomo lei no Brasil.Ainda assim, no relatório envia­do ao Governador Pedro Ivo Campos, em julhode 88, o IBGE admite que para elaborar seu pare­cer dizendo que o poço é do Paraná, estendeuas linhas divisórias dos Estados até o limite das200 milhas da plataforma continental.

Assim, o triângulo que forma o mar territonaldo Paraná fica muito maior, e abrange a regiãodos poços de perfuração. O próprio IBGE, nomesmo relatório, reconhece que o estabeleci­mento das divisas foi arbitrário, e recomenda oencaminhamento à Consultoria Geral da Repú­blica.

É o momento dos catarinenses se unirem pelajusta reivindicação daquilo que as leis asseguramcomo correto. O petróleo é nosso e o Governodo Estado não pretende abrir mão do direito sobreele. Mesmo que para isso tenha que recorrer àjustiça.

2. Histórico"O ponto de extração de petróleo no litoral sul

situa-se na costa de Santa Catarina, considerando

sua latitude, e na do Estado do Paraná, conside­rando seu azimute". Foi essa explicação confusaque o IBGE deu à Petrobrás no dia 7 de marçodesse ano, ao ser questionado pela empresa aque Estado pertence a região dos poços Vintedias depois, o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística pede a Petrobrás que ignore a primeiradefinição sobre o assunto.

Este é apenas um dos tópicos obscuros quecompõem o histórico da localização dos poçosde perfuração do litoral sul. O primeiro passo foidado em janeiro de 1987, quando o Governo deSanta Catarina manifestou inconformidade ao IB­GE em relação aos critérios adotados para definiras divisas marítimas dos Estados brasileiros.

Em fevereiro de 1987, o IBGE abre as portaspara a discussão e solicita a indicação de repre­sentantes do Governo catarínense para estudosconjuntos com os técnicos da Diretoria de Geo­ciências do órgão. Em maio, o Governador PedroIvo Campos indicou os geólogos Luiz Carlos daSilva (Secretaria de Ciência e Tecnologia, Minase Energia) e Ademir Koerich (Seplan), mais oProcurador do Estado, Gilberto D'AvilaRufino.

No final daquele ano, em 12 de novembro, oPresidente da Petrobrás, Ozires da Silva, informaque o poço 1-PRs (Paraná, submarino) está locali­zado "em águas do paraná". Em março de 1988,entretanto, é a própria Petrobrás que, dada a rei­vindicação catarlnense, solicita ao IBGE a defini.ção da localização do poço.

A resposta confusa do IBGE, em termos delatitude e azimute, fez com que a Petrobrás pedis­se ao órgão, ainda em março, que confirmasseque o ponto de perfuração se situa na "margemcontinental do Estado do Paraná". Três dias de­pois, 17 de março, numa reunião entre os técnicosdo IBGE e de Santa Catarina, é analisada a pro­posta de Santa Catarina para a alteração do limitedo mar territorial sobre a plataforma continental,segundo as leis internacionais.

Mais uma vez, no dia 28 de março de 1988,o IBGE informa à Petrobrás que o ponto situa-sena costa do Paraná. Mas menciona que há ques­tionamento sobre essa projeção, diante de "indefi­nições geométri~asacarretadas pelos critérios le­gais vigentes". E nesse ponto que o IBGE pedeà Petrobrás que ignore a resposta que citava oazimute e latitude.

No dia 25 de abril passado, o Procurador doEstado, Dr. Gilberto D'Ávila Rufino, conclui umestudo de 21 páginas, solicitado pelo GovernadorPedro Ivo Campos. Foi formalizada a propostade Santa Catarina para a mudança de limites,baseada no arrazoado téCnICO sobre mapas elabo­rados pela comissão catarinense. Esses estudosforam encaminhados ao IBGE no dia 11 de maio.

Simultaneamente, o Governador Pedro Ivo en­viou ofício às mais diversas lideranças estaduais- políticos, sindicatos, entidades de classe ­relatando a situação e solicitando o seu eng~a­

mento. Em 10 de junho a administração estadualsolicita ao IBGE nova reunião das comissões. Nodia 22, a Casa Civildo Governo enviou um ofícioao Presidente Sarney, reportando a situação e en­fatizando a necessidade que a legislação perti­nente não seja mudada.

O decreto estadual que criou a Comissão Espe­cial de Estudos de limites Intermunicipais e Inte­restaduais foi assinado dia 29 de junho. No dia4 de julho, Pedro Ivo Campos envia novo ofício

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12801

ao IBGE, cobrando a manifestação formal do pre­sidente do órgão quanto à definição dos limitesmarítimos entre Santa Catarina e Paraná. No dia14 chega a resposta, através de um relatório quesegue anexo, na íntegra.

Em 11 laudas e quatro mapas, a Diretoria deGeociênclas do IBGE conclui ser impossível cum­prir, sem questionamentos, o que determina alei no que tange às divisas dos Estados do Paranáe Santa Catarina. Os técmcos alegam não teremrespaldo legal para estender a projeção dos esta­dos até o limite da plataforma continental. AsSIm,recomendam o encammhamento da questão àConsultoria Geral da República.

3. Conceitos e Proposta

Plataforma continental, mar territorial e limitesmarítimos entre Estados e Municípios são con­ceitos que precisam obedecer normas para seremprojetados no campo real. O Brasil, através deleqislaçáo oficial, adotou as regras ditadas pelasduas últimas convenções internacionais, realiza­das em Genebra (1958) e na Jamaica (1982).Nestas convenções estão baseados a Lei n° 7.525e o Decreto n° 93.189 de 1986, que tambémdão ao IBGE a função de determinar os limitesentre as Unidades da Federação.

Segundo os conceitos e principios básicos des­sa legislação, plataforma continental marítima éa faixa de terra submersa que se estende desdea costa a 200 milhas marítimas (370,4 krn). Énesse trecho que o País tem o direito de explo­ração dos recursos naturais. Mar territorial é afaixa que se estende desde a costa até 12 milhasmarítimas (22,2 krn), dentro da qual o País exercesua soberama.

O limite da costa é definido a partir das linhasde baixa-mar, que estão registradas nas cartasnáuticas de grande escala. Nos pontos em queo litoral apresenta SInuosidades, como sehênciase reentrâncias, o traçado deve ser do tipo "hnhasde costa". São linhas de base retas, cujo compri­mento só excepcionalmente deve exceder as 12milhas. O traçado não deve afastar-se da costapara que reproduze sua configuração geral.

As linhas de costa retas são traçadas a partirde pontos externos, não devendo cortar terra fir­me. O mar SItuado entre as linhas de costa eo continente é considerado "águas internas". Osenunciados são do direito internacional público,respeitados pelos países envolvidos, que estabe­lece os limites laterais da plataforma continentale do mar territorial, no mundo.

O critério geral para estabelecer limites lateraisé o traçado, sobre o mar de linhas ortogonais(ou perpendiculares) às linhas de costa, no pontoda fronteira entre os territónos. Quando as ortogo­nais não coíncidern, usa-se como limite a bissetrizdo ângulo formado por elas. A correta aplicaçãodestes principios requer estudos em cartas dese­nhadas em grande escala - 1: 50 000, por exem­plo.

Para projetar os limites da plataforma conti­nental dos Estados brasileiros, o IBGE fez usode cartas de pequena escala. Com isso, pode-seclassificar de "subjetivo" o traçado das linhas retasentre os pontos limítrofes dos Estados costeiros.

Foram usados pontos intermediários arbitrá­rios, nos casos em que a costa muda de direção:

No litoral de São Paulo, por exemplo, foi esco­lhido como ponto intermediário o extremo lesteda Ilha de São Sebastião. O Estado ganhou umaimensa área de águas internas. Já em Santa Cata­rina, o ponto limítrofe foi o Farol de Santa Marta,em Laguna. Isso fez com que um número expres­sivo de municípios catarinenses ficassem "dentrod'água" localizados no mar territorial. Entre elesestá Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça.

As linhas de costa retas traçadas pelo IBGEnão respeitam o comprimento máximo de 12 mi­lhas, não observam o princípio de baixa-mar enão refletem de forma razoável o direcionamentogeral do litoral brasileiro. E fOI a partir dessaslinhas que o órgão traçou os limites marítimosentre os Estados brasileiros, obedecendo à regradas bissetrizes.

Como os mares territoriais do Paraná e do Piauíficaram restritos a pequenos triângulos, devidoà forma da costa, o IBGE arbitrou na questãodo traçado. Foi projetado o vértice do triânguloaté as 200 milhas do limite da plataforma conti­nental.

Maior o triângulo, o Estado do Paraná passoua abranger toda a zona dos poços de perfuração.

Não há por que um Estado, com reduzida ex­tensão costeira, não possa ter menor plataformacontinental. Há Estados no interior do País, comoMato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais quesimplesmente não possuem plataforma continen­tal. É a realidade de cada um.

A proposta de Santa Catarina na questão dedefinir o posicionamento dos poços e as divisasmarítimas é de que o traçado deve ser feito segun­do os princípios do direito internacional público,e do direito interno em vigor no País. É precisofazer os cálculos em cartas geográficas de grandeescala. As linhas de costa devem ser baseadasna baixa-mar e refletir a configuração do litoral,não necessariamente devendo estender-se até as200 milhas (mapa 2).

4. OsMapas

Mapa 1: A proposta anterior do IBGE, "esti­cando" o mar territorial do Paraná (triângulo me­nor) até as 200 milhas, arbitrariamente (triângulomaior).

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.,,.,'/

Mapa 2: A proposta de Santa Catarina, de acor­do com as leis internacionais e nacionais.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO­GRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGEPRl250 RiodeJaneiro,RJ,ll de julho de 1988Exm°Sr.Dr. Pedro Ivo CamposDD. Governador de EstadoFlorianópolis - SC

Senhor Governador,Acuso o recebimento do Oficlo/SEPLAN/SC/

GIBINn° 01500, de 11 de maio de 1988, atravésdo qual V. Ex' encaminha o Estado de autoriado Dr. Gilberto D'Ávila Rufino, Procurador desseEstado, cujas conclusões obtiveram a aprovaçãode V.Ex", discordando dos critérios utilizados poresta Fundação na definição das linhas de projeçãodos limites territoriais dos Estados, Territórios eMumcípios confrontantes, segundo a linha geodé­sica ortogonal à costa ou segundo o paralelo,até os pontos limites de conformidade com asatribuições previstas no art. 9" da Lei n° 7.525,de 22 de julho de 1986, regulamentada pelo De­creto n° 93.189, de 29 de agosto de 1986.

O fundamentado trabalho de autoria do Dr. Gil­berto D'Avila Rufino foi remetido à DIretoria deGeociências desta Entidade, para o necessárioexame, resultado em Relatório Técnico sobre otema Projeção dos Limites Interestaduais em ÁreaMarítima, elaborado pela equipe técnica da aludi­da Diretoria, concluindo que a legislação sobreo assunto não apresenta uma caracterização per­feita dos procednnentos referentes à definição daprojeção dos limites das unidades da federaçãona Plataforma Continental.

5. Oficio e relatório do IBGE, reconhecendoque sua proposta antenormente apresentada nãotem respaldo legal.

Neste Relatório, com o objetivo maior de salva­guardar os legitimos interesses das Unidades daFederação e a competência técnica do órgão res­ponsável pelo cumprimento das atnbuiçôes ãxa­das na legislação que rege o assunto, está sendorecomendado o encaminhamento da questão àConsultoria Geral da República para, com basenas interpretações dos textos legais e dos estudose procedimentos até aqui desenvolvidos, buscar­se a solução definitiva do problema.

Estou juntando cópia do Relatório da Diretoriade Geociências do IBGE sobre o assunto, aguar­dando um pronunciamento desse Governo quan-

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12802 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITaINTE Agosto de 1988

to às conclusões contidas no referido documento,ao mesmo tempo que coloco a equipe técnicadesta instituição à disposição desse Governo paraquaisquer outros esclarecimentos.

Aproveito o ensejo para renovar a V.Ex"nossosprotestos de consideração e elevado apreço. ­Charles Curt MueUer, Presidente.

Relatório Técnico DGC n° 01/88Assunto: Projeção dos Limites Interestaduais emArea Marítima

Referência: Lein° 7.525, de 22-7-1986 e Decre­to n° 93.189, de 29-8-1986.

1. IntroduçãoEm dezembro de 1985 o Exm- Sr. Presidente

da República sancionou a Leirr 7.453, que, modi­ficando a redação do artigo 27 da Lei n° 2.004,de 3-10-53, e com as alterações introduzidas pelaLei n· 3.257, de 2-9-57, gerou a obrigatoriedadedo pagamento de indenização aos estados, territó­rios e municípios confrontantes com à área oceâ­nica em que se dá a exploração petrolífera.

A matéria foi regulada pela Lei n° 7.525, de22-7-86, atribuindo à Fundação Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística -IBGE, no artigo9", o traçado das projeções dos limites territoriaisdos estados, territórios e municlpios, segundo oscritérios enunciados no parágrafo do pré-citadoartigo:

I- Unha geodésica ortogonal à costa pa­ra indicação dos estados onde se localizamos rnunicípíos confrontantes;

...............................................................................".Os critérios complementares ao desenvolvi­

mento de ações por parte do IBGE na projeçãodas unidades político-administrativas foram enun­ciados no Decreto Presidencial de n° 93.189, de29 de agosto de 1986:

Art. 1° AFundação Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística - IBGE, para traçaras linhas de proteção dos limites territoriaisdos estados, territórios e municípios confron­tentes, segundo a linha geodésica ortogonalà costa, tomará por base a linha da baixa-mardo litoral continental e insular brasileiro, ado­tada como referência nas cartas náuticas.

Art. 2° Para o fim de traçar as linhas deprojeção dos limites territoriais segundo oparalelo até o ponto de sua interseção comos limites da plataforma continental, enten­der-se-á por plataforma continental o leitodo mar e o subsolo das regiões submarinasadjacentes à costa, até o ponto em que aprofundidade das águas sobrejacentes per­mita o aproveitamento dos recursos naturaisdessas regiões.

Art. 3. Nos lugares em que o litoral apre­senta reentrâncias profundas ou saliências,ou onde exista uma série de ilhas ao longoda costa e em sua proximidade imediata, seráadotado o método das linhas de bases retas,ligando pontos apropriados para o traçadoda linha em relação à qual serão tomadasas projetantes dos limites territoriais.

Art. 4° Os limites dos estados e dos terri­tórios serão projetados segundo a linha geo­désica ortogonal à costa, enquadrando estasprojeções às dos limites municipais.

Os enunciados legais conceituam duas entida­des fundamentais para o entendimento das açõesatribuídas ao IBGE:"linha de costa" e "plataformacontinental".

2. PJatafonna Continental

O palco da exploração petrolífera, nos termosda legislação em referência, é o segmento doespaço oceânico vizinho à área continental, emprincípio limitado à extensão das ações soberanasdo Estado brasileiro.

Do ponto de vista geográfico, a plataforma con­tinental é entendida como prolongamento da pla­ca continental até a profundidade de 200m. Comoa exploração petrolífera pode se dar a profun­didades maiores, observa-se o cuidado de legis­lador ao generalizar este conceito, entendendo,no artigo 2° do Decreto n° 93.189/86, "por plata­forma continental o leito do mar e o subsolo dasregiões submarinas adjacentes às costas, até oponto em que a profundidade das águas sobreja­centes permita o aproveitamento dos recursosnaturais dessas regiões". Dessa forma, consoli­da-se um conceito jurídico para plataforma contí­nental e, conseqüentemente, os benefícios da ex­ploração petrolífera não se restringem à operaçãodos poços produtores circunscritos à profundi­dade de 200m.

A despeito do cuidado conceitual, não ficouexplicitado, no diploma legal, os limites, oceanoa leste, posslveis para essa exploração. Emboraa tecnologia hoje disponível não permita avançara exploração petrolífera convencional em profun­didades superiores a 400m, certamente a legisla­ção deverá ser aplicável a todos os casos futuros,independente das limitações tecnológicas.

Admitido o pressuposto anterior, onde se resu­me a não aceitação de um limite oceânico ditadopela tecnologia disponível, somos levados a explo­rar outros dispositivos legais que nos permitamidentificar os limites da plataforma continental noconceito jurídico.

O Decreto Legislativo rr 05, de 9-11-86, aoaprovar o texto da Convenção das Nações Unidassobre o direito do mar, concluído em Montego,Bay, em 10 de dezembro de 1982, estabelece odireito dos países lítcrâneos, em termos de açõessoberanas, no artigo 3° ..... Todo Estado tem odireito de fixar a largura do seu mar territorialaté um limite que não ultrapasse 12 milhas maríti­mas, medidas a partir de linhas de bases determi­nadas de conformidade com a presente Conven­ção". Na parte V da Convenção estabelece uma"Zona Econômica Exclusiva", situada "além demar territorial e a este adjacente", "que não seestenderá além de 200 milhas marltimas das li­nhas de base a partir das quais se mede a largurado mar territorial".

Diante da leitura do Decreto Legislativo n° 5,somos levados a interpretar que para os efeitosda Lei n° 7.453/85, a plataforma continental seestende até 200 milhas marítimas da costa nosentido jurídico. O que é de todo recomendável'e implicitamente aceito pelo fato de muitos dospoços em produção estarem localizados além das12 milhas marítimas, limite do mar territorial.

Para todos os efeitos neste trabalho, o 18·'GE entende como pJatafonna continental aárea maritima adjacente ao continente e es­tendida a 200 mllhas marítimas da costa.

3. Unha de Costa

O legislador determinou que a "projeção doslimites dos estados, territórios e municlpios con­frantantes" dar-se-á "segundo a linha geodésicaortogonal à costa".

Mais uma vez, destaca-se o cuidado dos diplo­mas legais em esgotar conceitualmente o enten­dimento de "costa".

No artigo 2° do Decreto n° 93.189/86, a transi­ção das áreas continentais para as oceânicas seráconsiderada como a "linha da baixa-mar do litoralcontinental e insular brasileiro, adotada como re­ferência nas cartas náuticas". Ressalta-se o fatode que o HtoraJé representado, na cartografiabrasileira náutica e terrestre, em qualquerescaJa, segundo a Unha da babra·mar.

Os caprichos da natureza ao modelar o litoralbrasileiro, criando singularidades na costa, queimpossibilitariam ou, numa melhor hipótese, cria­riam grandes dificuldades para o traçado das li­nhas geodésicas projetantes dos limites territo­riais, ficaram generalizadas por retas de tendência,segundo a redação do artigo 3. do Decreto n°93.189/86, ao estabelecer que "nos lugares emque o litoral apresente reentrâncias profundas ousaliências, ou onde exista uma série de ilhas aolongo da costa e em sua proximidade imediata,será adotado o método das linhas de bases retas,ligando pontos apropriados para o traçado da li­nha em relação à qual serão tomadas as proje­tantes..",

Uma dificuldade ainda perdura, a despeito doenunciado. A substituição da costa, uma linhacontínua, por uma coleção discreta de pontosextremos das "linhas de bases retas", carece dadefinição do comprimento máximo dessas retas.

Recorrendo-se à legislação brasileira, pejo me­nos dois diplomas legais trataram da matéria. ODecreto n°5.798, de 11.6.40, preconizava o méto­do das lmhas de bases retas que "unam as partessalientes do território quando estas se achem dis­tantes, no máximo, doze milhas umas das outras".O Decreto-Lei rr 553, de 25-4-69, no artigo 19,

ao tratar dos limites do mar territorial brasileiro,considerou como distância máxima entre os pon­tos extremos das "linhas de bases retas", "vintee quatro milhas marítimas". Por outro lado, o De­creto-Lei n° 1.098, de 28-3-70, que estendeu oslimites do mar territorial brasileiro para duzentasmilhas marítimas, apregoou o método das linhasde bases retas apenas em situações em que acosta "apresente reentrâncias profundas ou sa­liências, ou onde exista uma série de ilhas aolongo da costa e em sua proximidade imediata".

Cotejando a legislação brasileira eas Conven­ções Internacionais, embora não se possa admitirum comprimento limite para as "linhas de basesretas", dever-se-á ter como premissa básica queas mesmas deverão garantir a direção geral dacosta e que nas reentrâncias as águas marítimascircunscritas pelas retas e o continente serão con­sideradas águas internas, por outro lado, nenhu­ma porção continental deverá ficar externa à reta,a menos que a costa excessivamente recortada,situação em que as retas não representarão atendência geral.

A escolha dos pontos extremos das "linhas debases retas" não é de solução trivial, na medidaem que a inclusão ou exclusão de pontos condu-

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITOINTE Sexta·feira 19 12803

Esta solução garante a manutenção do quadro do Paraná tendo como "linha de base reta" umade confrontações continentais na projeção ma- única reta unindo os seus pontos de limites inte-rítima. restaduais na interseção com o litoral Traçan-

Embora os diplomas legais que tratam da ex- do-se a geodésica ortogonal a esta linha em seuploração petrolífera não prevejam a situação ací- ponto médio intercepta-se o limite de 200 milhas,ma levantada, não se encontrou base legal para definindo o ponto de contato. As projetantes des-a contra-argumentação, sendo perfeitamente ad- ses estados serão as linhas geodésicas que unemmissível considerar que qualquer unidade da fede- os pontos dos limites interestaduais com o pontoração, que seja litorânea, se projete até o limite de contato, anexo (4).das 200 milhas marítimas. Assim procedendo, foram definidos os azimu-

A única forma de se garantir ao menos um tes das projetantes para os Estados do Piauí eponto, de projeção a 200 milhas será conside- do Paraná, conforme os valores lançados na tabe­rendo o litoral o Estado do Piauí e do Estado la (2).

íAaELA (2)

GEODÉSICAS PROJETANTES PARA OS ESTADOS

DO PIAUÍ E 00 PA!WlÃ

PONTO AZIMUTEDA OBSERVAÇÕES

IDENTIFICAÇÃO LATITUDE LONGITUDE G.EoDÉSIA

JlJINoIAIAMAPA ••••••••••••••• 04°30'30,00" N 51°36'12,00" W 221°30'00,00" ~OXODRÔMlCA 1t

J/APÁ/PAAA ••••••••••••••••• 00°45'54,00" N 49°54'24,00" W 225°23'22,52"

PAnÁlIo1ARANHÃO •••••••••••••• 01°05'00,00" S 46°03'12,00" '1/ 207°23'35,94"

;EARÁ/RIO GRANDE DO NORTE •• 04°49'53,00" S 37°15'10,00" W 206°32'59,19"

110 GRANDE DO NORTE/PARAÍBA. 06°29'08,00" S 34°56'09,00" W 252°04'54,86"

'AlVjElA/PERNAMSUCO •.....•.. 07°33'01,00" S 34°49'56,00" W 272°53'59,63"

'ERNAO,Il3I.!CO/ALAGOAS ......... 08°54'52,00" S 35°09'08,00" W 295°26'24,52"

~~/SERGIPE •••••••••••• 10°30'36,00" S 36°24'00,00" W 311°1'4'59,82"

SERGIPE/B"'iIA •••••••••••••• 11°26'32,00" S 37019'58,OO"

W 309°08'48,59"

..AIiIN'ESPÍ'iITO SANTO ••••••• 18°20'45,80" S 39040'49,6C"W 297°47'48,55" **

~sp1Rno $IJ'lTO/RIO DEJI>NEIRO 21°18'04,00" S 40°57'24,00" W 296°32'49,78"

RIO OE JANEIRO/SÃO PAULO•••• 23°22'13,59" S 44°43'21,70" W 327°29'07,07" *.SANTA/CATARINA/R GRANDE SUL 29°19'34,0-0" S 49°42'40,00" W 305°'6'24,63"

'UO GRANDE DO SUL/URUGUAI ••• 33044'2g,40"

S 53°22'21,10" W 308°00'00,00" •

mo deverá se projetar integralmente na "plata­forma continental", admitindo ao menos um pon-

zirá a situações diversas, ou seja, a solução nãoé única.

4. Procedimentos Adotados Pelo mGETão logo foram Identificadas e analisadas as

questões apontadas nos itens anteriores, as equi­pes técnicas do IBGE, da área de cartografia, pas­saram ao traçado das projeções dos estados eterrit6rios. Como primeira aproximação para seobter a tendência geral do litoral na baixa-mar,foram utilizados os resultados da digitalização grá­fica do litoral, selecionando-se os pontos descri­tores do mesmo compatibilizados para uma re­presentação cartográfica na escala 1:1.000.000(um para um milhão). Este procedimento inicialpermitiu a identificação da tendência geral do lito­ral brasileiro, sem grande rigor no traçado das"linhas de bases retas", anexo (1).

Cabe ressaltar que a solução até aqui encami­nhada objetivava identificar possíveis problemasno traçado das linhas geodésicas projetantes,além de auxiliar na seleção dos pontos vizinhosà interseção dos limites interestaduais com o lito­ral. Com esta seleção, então, poder-se-ia estabe­lecer as "linhas de bases retas", em que estives­sem jacentes os pontos de limites interestaduais,para o traçado da linha geodésica que lhe fosseortogonal. De imediato verificou-se ser possívela solução das projetantes, a menos de dois esta­dos, o do Piauí e o do Paraná, anexo (2).

Em função de mudanças no sentido geral. dalinha de baixa-mar, nas vizinhanças dos limitesInterestaduais dos Estados do Maranhão, Piauíe Ceará, da mesma forma que entre os Estadosde São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina,as linhas geodésicas ortogonais às "linhas de ba­ses retas" interceptavam-se, criando uma índefi­cação para as projetantes, áreas assinaladas noanexo (2).

Viabilizada a projeção dos demais estados, oIBGE passou a adotar como geodésicas ortogo­nais à costa nos pontos de limites interestaduais,aquelas constantes da tabela (1).

Para a projeção dos Estados do Piauí e do Para­ná buscou-se diversas alternativas na seleção das"linhas de bases retas". Em todas as soluçõespesquisadas partiu-se do princípio da amoldagempolinominal das retas de tendências. No caso daamoldagem polinominal adotou-se como "linhade base reta" a tangente à curva polinomial noponto correspondente aos limites interestaduais.No anexo (3) pode ser visualizada uma dessassoluções em que persiste a interseção das proje­tantes pr6ximas ao litoral.

Na impossibilidade de se ter uma solução únicae imediata a partir da simples aplicação do textolegal, sem o surgimento de áreas com índefíní­ções passou-se ao estudo de soluções que garan­tissem a projeção dos estados, sem, contudo, sig­nificar a estrita interpretação ou leitura da legis­lação.

Uma primeira questão a ser respondida e quese tornou premissa básica para a pesquisa, serefere à fixação do limite até o qual deve ser garan­tida a projeção de uma unidade da federação.

Partindo das conclusões expostas no item 2deste relatório, por "plataforma continental", nosentido jurídico, entender-se-á o fundo oceânicoaté 200 milhas marítimas. Por outro lado, se umestado é litorâneo, parece-nos lógico que o mes-

*

to de contatocom o traçado do limite das 200milhas marítírnas,

Os pontos e anmute$ de limites entre ° Brasil e vizinhos constan, de ajustes inte,!:

nacionais.

Pontt·:. de l:rJltC:' tCor, mar-cc s e cccr dcnacar, c.!cflOlda::. por coru,s::.ÕCS JTtlr..tar., exiate,!!

tu~ C~ arqulvO~ do IOGC.

PONTO AZIMUTE DA

IDENTIFICAÇÃO LATITUDE lCNGITUDE OEOOÉSIA

W.RANHÃO/PlAUÍ ............. 02044'C4,OO"

S 41048'39.00"W 205°04'06,73"

PIAUÍ/CEARÁ ................ 02°55'08,00" S 41°19'21 ,OO"~I 190°06'25,57"

SÃo P,AULO/PARAJ'là ............ 25°19'10,(\0" S 4eo04'56,OO"\~ 311 044'?3,24"

PARANÁ/SANTA CATARINA •••••• 2~o5a·30,OO.. S 48035'25.00"~1 20~O'7'S1,!j311

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12804 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agostode 1988

Esta últimasolução pode ser considerada "arbi­trária", incontestavelmente, contudo é a que me­lhor atende às premissas básicas utilizadas peloIBGE e aqui apresentadas. A adoção das proje­tantes ortogonais geraria limites litigiosos,portan­to, perpetuando indefinições.

Para efeitos outros que não a garantia de dIrei­tos por força da lei n° 7.453/85, o IBGEvem ado­tando esta última solução.

5. ConclusõesDepreende-se do até aqui exposto ser impos­

sível ao IBGE cumprir, sem questionamentos, o

que determina a lei n° 7.525/86 e o Decreto n°93.189/86, no que tange aos Estados do Piauíe do Paraná. A solução encontrada carece de res­paldo legal e parte de uma premissa que nãose encontra perfeitamente caracterizada; a da ga­rantiada projeção integral das unidades da federa­ção na "plataforma continental",

Considerando que o Governo do Estado deSanta Catanna questiona o procedimento ou pro­cedimentos adotados pelo IBGE, recomenda-seo encaminhamento da questão à Consultoria Ge-

ral da República, diante das interpretações de tex­tos legais efetuadas nos estudos e soluções de­senvolvidas.

O questionamento levantado pelo Governo doEstado de Santa Catarina, em presença de ocor­rências semelhantes em outros países e mesmoquestões de lImitesinternacionais em águas marí­timas, encontra solução por acordo ou convençãoentre as partes, ou ato arbitral.

Riode Janeiro, 4 de julho de 1988. - Diretoriade Geociências.

ANI::XO 1

BRASIL

C~T": ~6-~I-I!JRL-_._------_..------------- -------------------:---:-:--~

_~~_f.~ - I : 2~~~::l3~9

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Agostode 1988 DIÁRJO DAASSEMBI.ÉIA NAOONAL CONS1TTOINTE

ANEXO 2

Sexta-feira 19 12805

DATA: C6-n1-19D4

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12806 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONS1TI'U/NTE

BRASIL

ANEXO 3

Agosto de 1988

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITOINTE

ANr.XO <1

Sexta-feira 19 12807

BRASIL -,

()ATA: r,G-C.!..::J9r.".

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12808 Sexta-feira 19 DfARlo DA ASSEMBLÉIA NAOONAl CONSTITQINlE Agosto de 1988

~" .....,.- :',OPETROLEO

lNOSSO!~

SANTA CATARINA

o P::'YfRÓVEOENOSSO!

Finalmente, ao participar desta luta, que perten­ce a todos os catarínenses, estou convicto que,no amparo da lei, a razão pertence a Santa Cata­rina, que está empenhada em defender apenaso que pertence à terra e à gente barriga-verde,por direito e por justiça.

Chega de discriminações.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito

bem!)

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA.Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, em nome da Uderança do Par­tido Socialista Brasileiro, desejamos repudiar ocomportamento do Líder do Partido da FrenteLiberal,ConstituinteJosé Lourenço, que se retirouda mesa das negociações, e está obstruindo ostrabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.

Este é o comportamento da intransigência, dodesrespeito à vontade da maioria, e, portando,do desrespeito à própria democracia.

O fato da Constituinte ter aprovado o direitode greve dos trabalhadores, do voto optativo aosmaiores de 16 anos de idade, entre outras con­quistas dos direitos sociais, como os 120 diasde licença-maternidade, o terço a mais nas férias,etc., fez com que os representantes do Capital,que já vêm tentando chantagear esta Constituintehá quase dois meses, agora se retirassem da mesadas negociações como forma de tumultuar e atra­sar o processo.

Desejamos conclamar os homens sérios e dig­nos que compõem esse Parlamento a estarempresentes, e nos ajudarem a concluir a nova Cons­tituição do Brasil,tão esperada por todo o povo.

nós, que defendemos o socialismo como formade govemo, que somos minoria neste Parlamento,sabemos respeitar a representação que compõeesta Casa, e muitas vezes perdendo em nossasproposições, aceitamos sempre o resultado, semchantagear ou tentar boicotar a Constituinte. In­vestimos num processo democrático e atravésdele procuramos atingir nossos objetivos.

Por fim,Sr. Presidente, Srs. Constituintes, dese­jamos também nos dirigir a toda a populaçãobrasileira, para que também condene esse com­portamento do PFL, e se mobilize para apoiare respaldar essa Constituinte, pois, não sendo elaculpada pelos problemas atuais que vivemos, eembora não sendo também a Constituição plena­mente justa e igualitária que desejamos, é porintennédio dela, entretanto, que alcançare­mos de imediato refonnas importantes, de·sejadas pelo povo, além de consoUdannosa democrada, que possibUitará a conquJnaelas outras refonnas. (Muitobem!)

A SRA VlLMAMAIA (PDT- RN. Pronunciao seguinte díscurso.) - Sr. Presidente, Srs, Cons­tituintes, foi com enorme preocupação que tomeiconhecimento da decisão do Governo Federalde suspender os recursos financeiros destinadosà Embrater, Empresa que representa o GovernoFederal num sistema de âmbito nacional, como objetivoprincipal de oferecer assistência técnicaao produtor rural e à sua família. Como centrode um sistema cabe à Embrater estabelecer asdiretrizesprogramáticas do Sibrater (Sistema Bra­sileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural)e exercer a supervisão e avaliação do desempe­nho das associadas estaduais "Emater" atuandoem 25 Estados através de 3.300 municípios brasí-

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSrrrUINTE Sexta-feira 19 12809

lelros,beneficiando diretamente 1,4 milhão de pe­quenos e médios produtores dos quais 92% sãopequenos produtores.

Embora seja prioridade do Govemo Federalreduzir despesas com o orçamento, a colocaçãoda Embrater no rol das empresas que deverãoser modificadas, extintas ou privatizadas,mereceuma análise mais detalhada, pois tal decisão entraem choque com a tão propalada frase "Tudo peloSocial", uma vez que seria desfeito um sistemaque vem atuando há mais de 40 anos, envolvendogrande soma de recursos e que vem executandoprogramas de assistência técnica e extensão ruralnas áreas de reforma agrária e colonização,viabili­zação do progresso técnico dos pequenos produ­tores, microbacias hidrográficas, ecologia, ener­gia alternativa, irrigação, entre outros, fundamen­tais para a produção de alimentos à sociedadebrasileira.

A extinção da Embrater poderá trazer conse­qüências seríssimas ao setor rural, iniciando umprocesso de desarticulação da produção agrícolaem virtude de ruptura do processo de transfe­rência de tecnologia, trazendo insatisfações eco­nômicas e sociais com repercussões políticas se­melhantes às que ocorreram a partir de 1970na maioria dos países da América Latina, comexceção da Argentina.

Estes países tiveram como conseqüência a re­dução da produção agrícola, abandono do peque­no produtor, aumento de pobreza no meio ruralcom o aparecimento de grandes movimentos po­líticos provenientes da extinção da assistência aoprodutor rural.

Atualmente, estes países buscam, através deempréstimos, viaBanco Mundiale outros progra­mas internacionais, reestruturar os serviços de as­sistência técnica idêntica aos que haviam desa­tivado.

Peço aos nobres colegas refletirem e ponde­rarem sobre este assunto, fazendo com que oGovernose defina rapidamente como deverá ficaro sistema institucional da Embrater, para que otrabalho do Sibrater não sofra solução de conti­nuidade.

O enfraquecimento do Sistema traria grandesprejuízos principalmente à Região Nordeste já tãopenalizada.

Se houver ônus ou sobrecarga para os Estados,estes não terão condições de assumir o processode assistência técnica e extensão rural, acarre­tando baixos índices de produção e produtividadeagrícolas.

Assim sendo, o Brasildeve fortalecer o seu sis­tema de apoio ao produtor rural e não extingui-lo,pois este setor tem provado ser aquele demaisrápida resposta aos problemas econômicos e so­ciais que atravessamos. (Muitobem!)

o SR. BOCAVUVA CUNHA (PDT-RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, de novo o aumento do leite,do pão. De tudo.

Em que pesem as "boas intenções" das autori­dades governamentais encarregadas da gestãoeconômica, a situação é insuportável. Com umainflação que se anuncia "controlada", de maisde 20% ao mês, como podem viver os assala­riados, os funcionários públicos, os professores?

Da classe média esmagada aos trabalhadoresmais humildes a grita é geral. Nos supermerca-

dos, nas feiras livres, o que se ve e o que sesabe é que as pessoas estão comprando menos,procurando os gêneros mais baratos e não é inco­mum a raiva, a impotência e o desespero seremdemonstrados à toda hora.

É muito perigosa a atual fase da vida brasileira.Recém-saídos de um regime militarque nada re­solveu e tudo piorou, a desesperança do povoé o maior adversário da consolidação democrá­tica. Felizmente teremos eleições municipais esteano. A eleição é sempre uma válvulapara descar­regar tensões e descontentamento. E é uma penaque as eleições presidenciais ainda demorem tan­to. Faltam-nos ainda 15 meses para que o povobrasileiro possa eleger o seu Presidente. É muitomês, no dia-a-dia de cada um de nós. Mas,poucosmeses na história de um país e na vida de umpovo. Até lá é ir sofrendo, com raiva, como fazo nosso povo bom e pacífico.

Mas alguma coisa tem que ser feita. Não épossível continuarmos absolutamente conforma­dos com o atual estado de coisas. Precisamosprocurar os caminhos pacíficos para mostrar onosso inconformismo. Salários reajustados muitoabaixo da inflação. Confisco da URP. Tudo istonão dá para suportar. Não podemos aceitar isto.Aqueles que estão no poder, nos palácios e noscarros oficiais é que são os responsáveis. E oprimeiro passo é derrotá-los nas umas de novem­bro. Estamos cansados de esperar o fim do défiCitpúblico - e como controlá-lo com esta dívidaexterna de mais de 100 bilhões de dólares e umadívida interna que é remunerada todos os dias,a taxas de mais de 1%?

A onda contra as empresas estatais, como sefossem as responsáveis pelas dificuldades queatravessamos, é outra mistificação que se tentaimp,ingir ao nosso povo.Também esta falácianãopega. Não é cortando os investimentos da Petro­brás, da Vale do Rio Doce ou da Siderbrás, epraticando preços gravosos que vão resolver osnossos problemas.

Por tudo isto é que cada dia cresce o nomede Brizola. Porque o povo sabe: só Brizola é aesperança. (Muitobem!)

o SR. KOVU IHA (PSDB - SP. Pronunciaosequínte díscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Cons­tituintes, inúmeras têm sido as tentativas de priva­tização do Porto de Santos, sob as mais variadasmotivações. Ora se fala em saída do Estado naórbita da ordem econômica, ora se alega queo Estado é mau administrador, e, até mesmo,credita-se algum decréscimo de produtividade àpresença do Estado.

Entendo, Sr. Presidente, que o Estado deve res­tringirsua atuação, na economia nacional, a pou­cas e importantes áreas. E, dentre essas, inegavel­mente a operação dos terminais portuários é umadaquelas que deve permanecer sob a orientaçãodas autoridades govemamentais.

Hámuito tempo venho me posíoonando contraas crescentes e cada vez mais audaciosas tenta­tivas de privatizaçãodo Porto de Santos e de seusterminais de Fertilizantes (TEFER) e de Contai­ners (TECON).E não se trata de uma colocaçãoisolada; ao contrário, representa ela a vontade es­magadora de todos os portuários.

Ainda agora, Sr. Presidente, ressurgiu o Pactode Unidade de Ação - PUA que fora declaradoextintoem 1964. E uma de suas primeiras ativida-

des foi a convocação de uma grande assembléiade todos os que militam na orla marítima parase manifestarem contra a anunciada intenção doGoverno de entregar o Porto de Santos ao capitalprivado.

Os trabalhadores sabem que a iniciativa privadasomente se preocupa com seus lucros. No inícro,finge ser um bom patrão e, aos poucos, vai exigin­do mais dos empregados, enquanto suprime to­das as conquistas anteriormente obtidas. O idealpara a iniciativa privada é que os trabalhadoresdo Porto sejam semi-escravos, com salários avilta­dos e com trabalhos exaustivos.Sempre foiassime não existe razão nenhuma para que se admitaque, agora, em pleno capitalismo selvagem daeconomia brasileira, as coisas mudem.

Nem se diga, Srs. Constituintes, que o Portode Santos seja deficitãrioou esteja mal aparelhadopara servir aos interesses da economia nacional.Ainda agora, no mês de julho de 1988, houveum recorde histórico nas atividades daquele Por­to, com três milhões de toneladas de movimentomensal de cargas

Outro ponto que deve merecer a ampla reflexãode todo o país é o seguinte: os japoneses escolhe­ram o Porto de Santos como o único terminalbrasileiro a receber dinheiro do programa de aJu­da econômica Nakasone. Se assim acontece, Sr.Presidente, é porque a admmistração é segurae confiável.

Ao registrar todos esses fatos, nos Anais daAssembléia Nacional Constituinte, o meu desejoé que fique bem clara e nítida a intenção egoístae antinacional dos que defendem os interessesdo capital privado e pretendem, através de artifí­cios e manobras administrativas, entregar o Portode Santos para o domínio e controle da iniciativaparticular. Contra esse golpe, contra essa mano­bra que afeta diretamente a própria soberania bra­sileira (pois o Porto está intimamente ligado àsobrevivência econômica da Nação através dasimportações e exportações), deixo registrado omeu protesto e o de todos aqueles que, comoeu, se preocupam em defender a economia nacio­nal contra as investidas do capital privado. Capitalesse que, ao longo de toda a nossa história, sem­pre se preocupou com lucros astronômicos e foio responsável direto pelas péssimas condiçõesde vida e de salário do trabalhador.

Ao anunciar o meu apoio à luta contra a privati­zação do Porto de Santos, estou certo de repre­sentar a vontade de todos aqueles verdadeirosbrasileiros, preocupados única e exclusivamentecom o engrandecimento de nosso País.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (MUItobem!)

o SR. NELTON FRIEDRICH (PSDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, o Brasil não pode abrir mãodas áreas estratégicas para seu desenvolvimento,sob pena de perder o 'Trem da História" nestemomento em que estamos vivendo o limiar daextraordinária Revolução do Conhecimento. Ouse tem tecnologia ou não se desenvolve.

COBRA - empresa-instrumento do Governobrasileiro numa estratégia para obtenção de auto­nomia tecnológica - faz parte da fecunda ousa­dia brasileira de buscar caminhos próprios paranosso desenvolvimento e vem sofrendo desaten­ção por parte do Governo, por falta de adequada

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12810 Sexta-feirà 19 DIARIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONsmOINTE Agosto de 1988

política industrial para o setor e duvidosos críténosquanto à injeção de recursos na área. Para com­plicar ainda mais a situação, busca-se agora suaprivatização.

Trata-se de uma postura inadmissível. Deve-secorrigir possiveis desencontros administrativos,estimular o desempenho inovador da empresa­instrumento, injetar recursos e preservar sua natu­reza e função. O Estado deve intervir nos setoresestratégicos para o nosso desenvolvimento, prin­cipalmente tecnológico, sob pena de não domi­narmos todas as etapas do processo e cairmosna dependência estrangeira, condenando o Brasila ser um País periférico.

É preciso reagir. Por isso, vários Constituintesencaminharam aos Presidentes do BNDES, Ban­co do Brasil, Caixa Econômica Federal e Minis­tério de Ciência e Tecnologia urna solícítaçâodeimediatas e profundas providências, nos termosdo texto anexo que passo a ler para que fiquetranscrito nos Anais da Assembléia HactonalConstituinte.

Aos Senhores Presidentes do Banco doBrasil S/A, da Caixa Econômica Federal edo Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social

1. A COBRA fOI criada como empresa­instrumento do Governo brasileiro, numa es­tratégia de longo prazo para obtenção demaior autonomia tecnológica do País no se­tor de Informática.

2. Registramos nosso repúdio a que odestino da empresa, tal como sua privati­zação, seja decidido sem uma ampla discus­são nesta Casa.

3. A COBRA é a única empresa fora domundo desenvolvido que dispõe de tecno­logia própria de sistema operacional, padrãoínternacíonal.

4. O dominio e a propriedade desta tecno­logia são essenciais para que a indústria ge­nuinamente brasileira se estabeleça solida­mente no mercado nacional e conquiste suapresença no mercado internacional.

5. A COBRA viabiliza a disponibilidade,mediante licenciamento, desta tecnologiapara todas as empresas brasileiras.

6. E imprenscindfvel, inclusive para ma­nutenção do patrimônio público que sejamimediatamente liberados recursos para a re­tomada das operações correntes da COBRAe a discussão de seu destino possa acontecerem clima de normalidade.

7. A asfixiada empresa para forçar a priva­tização rápida e sem discussão é manobraque não passará desapercebida pela socie­dade brasileira.

8. O BNDES, o Banco do Brasil e a CaixaEconômica Federal serão responsabilizadospela opinião pública tanto em caso de coni­vência com esta manobra inconfessável, co­mo no caso de persistirem nessa grave omis­são de suas responsabilidades perante a em­presa.

9. Instamos que a direção destas entida­des, como acionistas controladores, efetivemrapidamente o acesso da empresa aos recur­sos necessários. - Nelton Friedrich ­PSDBIPR.Donúngos Leonelli - OctávioElísio PSDB/MG. Amawy Müller PDTIRS.Cristina Tavares - PSDBIPE. José Car-

los Sabóia - PSDB/M. Haroldo Sabóia- PMDB.Lídice da Mata - PC do B.Wal­dir PugUesi PMDB. Paulo Ramos - Pf.Paulo Paim PT. Ademir Andrade - PT.Eduardo Bomfim - PC do B. - AugustoCarvalho - PCB.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)

O SR. JORGE UEQUED (PMDB- RS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, pretendo lembrar a esta As­sembléia a necessidade da alteração na gestãoda Previdência Social, com a participação de em­presários, aposentados e trabalhadores, para agili­zar os trabalhos e diminuir os entraves que hojeapresentam às postulações dos trabalhadores.

Alguns trabalhadores apresentam seus pedidosde aposentadoria e levam até dois anos para co­meçarem a receber. Passam fome e a burocraciada Previdência, por falta de administração e defuncionários, não faz os cálculos e nem preencheos formulários necessários. Em continuação nes­sa luta quero juntar material do jornal O Estadode Pernambuco, do dia 15 último, com a matéria"Trabalhador luta há dois anos para se aposen­tar", que passo a ler:

Trabalhador luta há dois anos para seaposentar

Depois de passar sete meses visitando se­manalmente o INPS, principalmente o Postode Olinda, o contribuinte previdenciário JoãoDias Pereira completou dois anos à esperade sua aposentadoria e não tendo mais aquem apelar, está denunciando à opinião pú­blica a má vontade dos servidores do órgãoem "calcular" sua aposentadoria. Desde28-10-1986, João Dias, após 30 anos e 19dias pagando a Previdência, requereu o abo­no de permanência e serviço, instrumentolegal que antecede a aposentadoria. A 17de março deste ano, encaminhou toda docu­mentação segundo o protocolo, mas as res­postas que lhe dão é de que não têm nin­guém para calcular o valor que irá recebercomo inativo.

Desde o dia 3 de novembro de 1987, queJoão Dias Pereira deixou o Moinho Recifeonde trabalhava, ficando no aguardo dos cál­culos. Após meses de espera, sua situaçãohoje é bastante precária: três meses de ener­gia com atraso, água, e devendo na vizinhan­ça.

Conseguindo dinheiro emprestado comamigos para sobreviver e até mesmo paravisitar o Posto de Atendimento de Olinda,sua área de moradia, João Dias Pereira jáchegou até mesmo a recorrer ao Serviço So­cial do INPS. Disse que depois de contar oseu drama à assistente social lrinete (matrí­cula 226.1146), ela mandou-o preencheruma ficha encaminhando-o ao Banco doBrasil- lAPAS (Rua do Imperador), em queautorizava o pagamento de um aUXIlIO espe­cial no valor de Cz$ 10.000,00, referente àAP/176/88. Mais uma vez o esquema falhou,pois desde o dia 11 que ele vai à agênciabancária e somente tem recebido a respostade que não tem nada referente a essa APno caixa do Banco.

O desencanto do trabalhador João DiasPereira não termina por ai. Diz que nuncadeixou de fazer sua feira, mesmo quandotrabalhava com salário defasado, nunca dei­xou de dar o sustento e a segurança neces­sários a sua família, mas hoje se encontranuma situação desesperadora, pedindo aju­da de parentes com quem deixou seus fami­liares, permanecendo com sua esposa, jápassando necessidades, à espera dessa apo­sentadoria do INPS,que, para o seu desapon­tamento não está sendo paga ainda "por faltade alguém que calcule", conforme explica­ções de alguns funcionários tanto do Postode Olinda como na agência central da Previ­dência.

Avia crucls já ultrapassou o PAde OIinda.Mesmo sem que os diretores do órgão gos­tassem João Dias procurou a Superinten­dência chegando até ao Sr. Ubiratam, que,depois de ouvi-lo encaminhou-o à secretáriaFátima Oliveira, que novamente o mandoupara o PA de Olinda, onde ouviu de DonaUvia as mesmas explicações:

"Não tem gente para calcular."Cansado, pois o caso o está levando quase

ao desespero, João Dias Pereira recorreu on­tem a um advogado para processar o INPSou tomar qualquer outra providência que re­solvasua situação, entendendo ser inadmis­sível que seus direitos tenham na Previdênciaum destino tão incerto. Depois, recorreu àimprensa, no sentido de que sua história pos­sa sensibilizar alguns dos diretores.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)

O SR. JUAREZ ANTUNES (PDT - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, no momento em que nestaAssembléia Nacional Constnuínte os trabalhado­res obtêm consideráveis avanços no campo dasatividades sindicais, entregando às categorias pro­fissionais o destino de suas entidades de classe,desatrelando-as do Estado; neste momento deautonomia e liberdade de organização sindical,ainda temos a tristeza de constatar fatos que deve­riam estar enterrados nesta fase de Constituiçãonova.

Em Volta Redonda, recentemente, uma chapade oposição à atual direção do Sindicato dos Em­pregadõs no Comércio procurou a entidade pararegistrar sua chapa e concorrer às eleições desteano. Foi grande a decepção dos companheirosao chegarem à Secretaria do órgão de classe aoverificarem que o edital de convocação para ocompetente registro já tinha seu prazo esgotado.

Até que seria um fato normal, se a coisa tivesseocorrido como manda a lei, isto é, se os preten­dentes ao registro da chapa tivessem descuidadodo prazo. Acontece, porém, que o que aconteceufoi grave:

O Presidente daquele sindicato publicou o edi­tai emjomal de Volta redonda, que simplesmentenão circulou nas bancas. Ninguém tomou conhe­cimento do edital. Logicamente, o Presidente dosindicato guardou para si dois exemplares do ditojornal: um para os arquivos (para provar a quemquiser), outro para o Ministério do Trabalho.

Nada mais vergonhoso! Coisa de pelegos dadécada de 40.

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBL8A NACIONAL CONSTIfUINTE Sexta-feira 19 12811

Esperamos que o Sr. Ministro do Trabalho sim­plesmente mande cancelar essas eleições de can­didato único.

Durante o discurso doSr.ConstituinteJua­rezAntunes, o Sr.JorgeArbage, 2'_vice-Pre­sidente, deixa a cadeira da presidência, queé ocupadapeloSr.Ulysses Guimarães, Presi­dente.

O SR. PRESIDENTE (<JIysses Guimarães) ­Vamos fazer a constatação de quorum.

Peço aos Srs. Constituintes que ocupem osseus lugares para que possamos começar a verifi­cação de presença. (Pausa.)

Queiram registrar os números de códigos.(Pausa.)

O Sr. Luiz Salomão - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. LUIZ SALoMÃo (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, V. Ex', aoque me parece, esqueceu-se de conceder aqueleprazo para apresentação de proposições, e eugostaria de me valer ...

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Não me esqueci, é porque não existe esse prazo.V.Ex' estâ inventando isso agora. Pode encami­nhar à Mesa. Agora é hora de votação; começacom "V'.

O SR. LUIZ SALoMÃO - Quero aproveitareste intervalo em que V. Ex' não manda apertaros botões para encaminhar à Mesa - tendo emvista a publicação de um livro que está causandogrande repercussão em todo o Pais, já esgotandoduas edições, chamado "A" Fundação RobertoMarinho" - um requerimento de ínforrnaçõessolicitando ao Ministério da Educação preste con­tas a esta Casa sobre o montante destinado àFundação, de forma que esses recursos foramtransferidos, os incentivos que foram concedidosdiretamente ...

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Colabore com a Mesa, nobre Constituinte, esta­mos aqui para votar.

O SR. LUIZ SALoMÁo - Perfeitamente,Sr. Presidente. Encaminho à Mesa este requeri­mento de informações:

REQUERIMENTO DE INFORMA­ÇÕES

N9 /88

SoUcita informações ao Sr.MinistrodaEducação, através do Gabinete Civil daPresld~nciada RepúbUca.

Sr. Presidente:Com fundamento no art. 62, § 5' do Regimento

Interno da Assembléia Nacional Constituinte, soli­cito a V. Ex' seja encaminhado ao Ministro daEducação, através do Gabinete Civil da Presidên­cia da República, o seguinte pedido de informa­ções:

l-Montante dos recursos destinados à Fun­dação Roberto Marinho, no período de 1982 ­1987.

2 - Esses recursos foram repassados sobquais formas: con~ios, subvenções, comprasde serviço, dotações etc?

3 - Relação dos incentivos fiscais concedidosdiretamente a essa Fundação ou a seus anuncian­tes, a titulo de estimulo ao investimento na cultura.

4 -Inteiro teor da prestação de contas da Fun­dação Roberto Marinho, referente ao período de1982-1987.

Justiftcação

A imprensa tem publícado.freqüentemente su­postas irregularidades na Fundação Roberto Mari­nho, em decorrência, principalmente, da publica­ção de um livro, escrito por ex-funcionário dessainstituição, intitulada "A Fundação Roberto Mari­nho".

O teor das denúncias apontam graves delitos,tais como sonegações fiscais, na aplicação deverbas do Poder Público, configurando ilícitos pe­nais.

Os membros da Assembléia Nacional Consti­tuinte têm o dever de apurar denúncias dessanatureza e ao que parece a própria Fundaçãodeve ter o total interesse em que suas contas,documentos fiscais e contâbeis sejam fiscaliza­dos, até mesmo para afastar tais denúncias.

Sala das Sessões, de de 1988. -Constituinte Luiz Salomão

O Sr. Aloisio Vasconcelos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ALOISIO VASCONCELOS (PMDB- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente:Os Constituintes se encontram em seus Gabi­netes, mas estão vindo para cá. Dentro de 5 minu­tos estarão aqui.

O Sr. Amaury MIIer - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMAaRY MüLLER (PDT'- RS. Semrevisão do orador.)-Sr. Presidente, compreendoo empenho e o esforço de V. Ex', até diria queV. Ex' já está rouco e quase afônico de tantoapelar para a consciência cívica dos Constituintes.Enquanto não houver uma punição mais drástica,esse triste e melancólico espetáculo de pessoasque não cumprem com suas obrigações conti­nJ,1ará repetindo-se.

Sr. Presidente, sugiro a V. Ex' que, a partir da­quelas assinaturas quejã recebeu de Constituintesque assumiram o compromisso de compareceràs sessões e caso não comparecerem, não honra­rem esse compromisso, que tenham seus nomesdivulgados nos boletins da "Vozda Constituinte",que são veiculados através de rede de televisãoe rádio. Do contrário, continuará tudo como está,Sr. Presidente, e V. Ex' ficará sem voz para pro­mulgar a Constituição.

O Sr. Nllso Sguarezl - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NlLSO SGUAREZI (PMDB - PRoSem revisão cio orador.) - Sr. Presidente, solicito

a V. Ex' receba este meu requerimento, em quesolicito seja aplicada a pena de cassação do man­dato do Constituinte Felipe Cheidde.

Só para dar conhecimento à Casa e a V. Ex',em 96 sessões realizadas no primeiro semestre,o Constituinte compareceu a onze, evidentementenos dias de pagamento, e, em 727 votações, esseParlamentar compareceu a 39, apenas a 5%.

Sr. Presidente, está formalizado o requerimentocom base no Regimento Interno, para que sejacassado o mandato desse Constituinte.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE OORADOR:

Exm" Sr. Deputado Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinte e Presidente da Câmara dos Deputados.

Requeiro, com fundamento no art. 35, §§ 2'e 3" da Constituição federal, combinados como art. 253, incisos 11 e III do Regimento Internoda Câmara, e art. 83 do Regimento Interno daAssembléia Nacional Constituinte, seja aplicadaa pena de cassação de mandato ao DeputadoFelipe Cheidde, por incurso na falta de decoroparlamentar e na ausência superior a um terçoàs sessões da Assembléia Nacional Constituinte.

Justificação

Cumpre a esta Casa zelar pelo maior de seuspatrimônios - a integridade moral tanto da insti­tuição como de seus membros. Não terá sidooutra a razão de a Constituição Federal armar-secom o dispositivo constante no inciso 11 do seuart. 35, o qual comina com a perda do mandatoo integrante do Congresso, cujo procedimentonão se coadune com o decoro parlamentar, dis­positivo, aliás, acolhido no Regimento Interno daCâmara dos Deputados.

O jornal O Estado de S. Paulo, na ediçãode 16 de agosto, à página seis, veicula episódioda-maior gravidade, envolvendo o Deputado Feli­pe Cheidde na emissão de cheques sem fundospor jogatina, viciado contumaz e confesso, e noindiciamento perante a Justiça americana comoestelionatârio. Cada item, individualmente, seriao bastante para a caracterização de procedimentoindigno de um Parlamentar. Há, todavia, a agra­vante de perpetrados no estrangeiro, afetando di­retamente a honorabilidade desta instituição, bemcomo a do País. Para o estrangeiro será difícildissociar o nome de um congressista da totali­dade dos seus integrantes: a atitude sem decorode um único representante servirá para conspur­car o conceito do Congresso como um todo. Ade­mais, confessar-se jogador contumaz, reconhe­cer-se incurso na Justiça estrangeira como este­lionatário, saber-se passível de condenação judi­cial em país com que temos relações diplomá­ticas, e ainda por cima, jactar-se da sua condutaem apostando na sua impunidade parlamentar- como estampado no mesmo O Estado deS. Pauio de 17 de agosto - é aliar a imposturaà desfaçatez, a incontinência comportamenta1 àdolosidade irresponsável. E semelhante quadronão se compadece com a dignidade da investi­dura num mandato eletivo. O Deputado, a uma,enxovalhou o Congresso, traiu o povo que lheconferiu a responsabilidade legislativae desonrou,no estrangeiro, o País que lhe incumbia dignificar.

No entanto, não foram suficientes tais posturasindignas de um Parlamentar, cabe ainda relevar

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12812 Sexta-feira 19 DIARIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUlNTE Agosto de 1988

a manifesta desídia demonstrada pelo mencio­nado Constituinte. No período de 27 de janeiroa 30 de junho, do ano em curso, enquanto estaCasa se desdobrava nos trabalhos da Constitui­ção, com ingentes sacrifícios para a maioria deseus membros, com sessões avançando noiteadentro, registrou o painel eletrônico a partici­pação do referido Deputado em escassas 39 vota­ções no total de 727, apresentando um absen­teísmo superior a 90 por cento.

O quadro sínóptícoabaixo espelha com preci­são a participação do referido Constituinte nostrabalhos desenvolvidos nesta Casa, no primeirosemestre deste ano:

Total de Sessões 96Total de Presenças do Deputado 11Percentagem de Presença (%) 11,4Total de Votações 727Totalde Participação do Deputado 39Percentagem (% ) 5,3Por todo o exposto - comprovado pelos jor-

nais que anexo -, impõe-se o resguardo da de­cência desta Casa e de seus membros pela aplica­ção dos dispositivos postos à mão para casosdessa natureza. Exige-o a dignidade do País; exi­ge-o a honorabilidade desta Casa; exige-o o res­peito à vontade popular.

Art. 34. Os deputados e senadores não pode­rão:1-desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa de

direito público, autarquia, empresa pública, socie­dade de economia mista ou empresa conces­sionária de serviço público, salvo quando o con­trato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou empre­go remunerado nas entidades constantes da alí­nea anterior;

U- desde a posse:a) ser proprietários ou diretores de empresa

que goze de favor decorrente de contrato compessoa jurídica de direito público, ou nela exercerfunção remunerada;

b) ocupar ,cargo, função ou emprego, de quesejam demissíveis ad nutum , nas entidades refe­ridas na alínea a do item I;

c) exercer outro cargo eletivofederal, estadualou municipal; e

d) patrocinar causa em que seja interessadaqualquer das entidades a que se refere a alíneaado item /.

Art. 35. Perderá o mandato o deputado ousenador:

I - que infringirqualquer das proibições esta­belecidas no artigo anterior;

U- cujo procedimento for declarado incom­patível com o decoro parlamentar ou atentatóriodas instituições vigentes;

UI - que deixarde comparecer, em cada sessãolegislativaanual, à terça parte das sessões ordiná­rias da Câmara a que pertencer, salvo doençacomprovada, licença ou missão autorizada pelarespectiva Casa;

N - que perder ou tiver suspensos os direitospolíticos;ou

V- que praticar atos de infidelidadepartidária,segundo o previsto no parágrafo único do art.152.

§ 1o Além de outros casos definidos no Regi­mento Intemo, considerar-se-á incompatível com

o decoro parlamentar o abuso das prerrogativasasseguradas ao congressista ou à percepção, noexercício do mandato, de vantagens ííícitas ouimorais.

§ 2° Nos casos dos itens I e 1/, a perda domandato será declarada pela Câmara dos Depu­tados ou pelo Senado Federal, mediante provo­cação de qualquer de seus membros, da respec­tiva Mesa ou de partido político.

§ 3° No caso do Item UI, a perda do mandatopoderá ocorrer por provocação de qualquer dosmembros da Câmara, de partido político ou doprimeiro suplente do partido, e será declaradapela Mesa da Câmara a que pertencer o represen­tante, assegurada plena defesa e podendo a deci­são ser objeto de apreciação judiciaL

CAPITULO 11IDisposições Finais

Art. 83. Na resolução de casos omissos nesteRegimento, a Presidência poderá valer-se, subsi­diariamente, do estabelecido nos Regimentos daCâmara dos Deputados ou do Senado Federal.

Art. 84. A partir de 1° de março de 1987, oSenado Federal, a Câmara dos Deputados e oCongresso Nacional adaptarão seus regimentosintemos para compatibilizar a realização de suassessões, em caráter extraordinário e para examede matéria urgente ou de relevante interesse na­cional, ao funcionamento prioritário da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Art. 85. Esta Resolução entra em vigorna da­ta de sua publicação.

Art. 86. Revogam-se as disposições em con­trário.

Assembléia Nacional Constituinte,24 de marçode 1987. - Ulysses Guimarães (pMDB) - Presi­dente; Mauro Benevides (PMDB) - Secretário;Humberto Souto (PMDB) - Secretário; Bonifáciode Andrada (PDS)- Secretário; Vivaldo Barbosa(PDT) - Secretário; Arnaldo Faria de Sá (PTB)- Secretário; Abigail Feitosa (PMDB); Acival Go­mes (PMDB); Adauto Pereira (PDS); Ademir An­drade (PMDB); Adhemar de Barros Filho (PDT);AdolfoOliveira(PL); Adroaldo Streck (PDT);Adyl­son Motta (PDS); Aércio de Borba (PDS); AécioNeves (PMDB); Affonso Camargo (PMDB); AfifDomingos (PL); Afonso Arinos (PFL);Agassiz Al­meida (PMDB); Agripmo de OliveiraUma (PFL);Airton Cordeiro (PDT); Airton Sandoval; EuclidesScalo (PMDB); Eunice Michiles (PFL); EvaldoGonçalves (PFL);Expedito Júnior (PMDB); Expe­dito Machado (PMDB); Ézio Ferreira (PFL);FábioFeldmann (PMDB); Fábio Lucena (PMDB); Fábio.Raunheitti (PTB).

Art. 248. Asvagas, na Câmara, verificar-se-ãoem virtude de:

I - falecimento;U- renúncia;" - perda de mandato.Art. 249. A renúncia do Deputado ao man­

dato deve ser dirigida por escrito à Mesa, comfirma reconhecida, e independente de aprovaçãoda Câmara, mas somente se tomará efetivae irre­tratável depois de lida no Expediente e publicadano Diário do Congresso Nadonal.

Parágrafo único. É lícito ao Deputado, ou aoSuplente em exercício, fazer em Plenário, oral­mente, a renúncia ao mandato, a qual se tomaráefetiva e irretratável depois da sua publicação noDiário do Congreno Nacional.

Art. 250. Considera-se haver renunciado:I - o Deputado que não prestar o compro­

misso no prazo estabelecido neste Regimento ouque for empossado em função ou cargo incom­patível com o mandato;

II - o Suplente que, convocado, não se apre­sentar para entrar em exercício no prazo estabe­lecido neste Regimento.

Art 251. O comparecimento efetivo do De­putado à sessão será verificado, no decurso desua duração, mediante registro eletrônico.

Art. 252. A vacância, nos casos de renúncia,será declarada, em sessão, pelo Presidente.

Parágrafo único. Na sessão seguinte à publi­cação da declaração de vacância, qualquer Depu­tado dela poderá interpor recursos para o Plenário,que deliberará, ouvida a Comissão de Constitui­ção e justiça.

Art. 253. Perde o mandato o Deputado:1-que infringirqualquer das proibições cons­

tantes do art. 34 da Constituição;II - cujo procedimento for declarado incom­

patível com o decoro parlamentar ou atentatóriodas instituições vigentes;

UI - que deixar de comparecer à terça partedas sessões ordinárias da Câmara, em cada ses­são legislativa anual, salvo doença comprovada,licença ou missão autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitospolíticos;

V- que, por atitudes ou pelo voto, se opuseràs diretrizeslegitimamente estabelecidas pelos ór­gãos de direção partidária ou deixar o Partidosob cuja legenda foi eleito (Constituição, art. 152,§ 5°).

§ 10 Nos casos dos incisos I e lI, a perda domandato poderá ser provocada por iniciativa dequalquer Deputado, da Mesa ou de partido políti­co, mediante representação documentada, e de­penderá do voto da Casa, em escrutínio secreto.

§ 2° No caso do inciso 11I, a representaçãopoderá ser de iniciativa de qualquer Deputado,de partido político ou do primeiro Suplente doPartido, e a perda do mandato será declaradapela Mesa, assegurada ao representado plena de­fesa, podendo a decisão ser objeto de apreciaçãojudicial.

§ 3° No caso do inciso IV, a perda é automá­tica e declarada pela Mesa.

§ 4° No caso do inciso V, decreta pela JustiçaEleitoral,a perda do mandato será declarada pelaMesa

§ 5° A representação será encaminhada àComissão de Constituição e Justiça, que proferiráseu parecer em quinze sessões, concluindo:

a) nos casos dos incisos I e 11, peja aceitaçãoda representação para melhor exame ou pelo seuarquivamento;

b) no caso do inciso 11I, pela procedência, ounão, da representação.

§ 6° O parecer da Comissão de Constituiçãoe Justiça, uma vez lido no Expediente, publicadono Diário do Congresso Nacional e em avulsosserá:

a) nos casos dos incisos 1 e 1/, incluído emOrdem do Dia;

b) nos casos do inciso lll, encaminhado à Mesapara decisão.

Art. 254. Admitida a representação pelo votodo Plenário, o Presidente designará Comissão

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NAOONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12813

composta de nove membros para instrução damatéria.

§ 10 Recebida e processada, será fornecidacópia da representação ao acusado, que terá oprazo de quinze sessões, prorrogável por maisquinze, para apresentar, à Comissão, defesa es­crita.

§ 20 Apresentada ou não a defesa, a Comis­são, após proceder às diligências que entendernecessárias, emitirá parecer, concluindo por pro­jeto de resolução, no sentido da perda do man­dato ou do arquivamento definitivodo processo.

§ 3° Para falar sobre o parecer, será conce­dida vista do processo ao acusado pelo prazode dez sessões.

6 - O Estado de S. Paulo

Política

Terça-feira, 16 de agosto de 1988

CHEIDDEJOGA A CRÉDITO

Eliane Simonetti

Brasília - o deputado Felipe Cheidde (pMDB­SP), de 52 anos, pode ter uma surpresa, casoresolva viajar para os Estados Unidos: ele correo risco de encontrar lá, à sua espera no aeroporto,um reluzente par de algemas. Pouco mais de umano atrás, Cheidde emitiu quatro cheques semfundo no cassino Sands, em Santource, PortoRico, e pode ser condenado pela justiça norte-a­mericana por estelionato. "Eu devo mesmo e nãovou pagar", disse o deputado na semana passadaà Agência Estado. Além de inadimplente, Cheiddeé também recordista em ausência na Constituinte.

A história aconteceu em 12 de julho do anopassado, um domingo, logo depois da divulgaçãodo primeiro projeto oficial da nova Constituiçãobrasileira. Cheidde comprou fichas no cassinocom quatro cheques do Sun Bank Money MarketAccount de Miami,na Flórída, Não havia dinheirosuficien}e para cobrir o primeiro cheque emitidoe a conta do deputado foi fechada. Foram gastosao todo, US$ 200 mil, ou Cz$ 52,7 milhões aocâmbio de ontem, supostamente em uma únicanoite. Os cheques podem também ter servidoapenas para a compra de fichas rapidamente tro­cadas por dólares, o que indicaria um verdadeirogolpe contra o cassino.

No entanto, não é o cassino que processa hojeo deputado. Nos Estados Unidos, a emissão decheques sem fundo é automaticamente comu­nicada pelos bancos a um promotor público, queapresenta denúncia na Justiça por crime de este­lionato, um crime de ação pública. A pena, quevaria de Estado para Estado, é em média dequatro anos, Existe, entretanto, a possibilidade deque o acusado, declarando sua culpa, consigabarganhar uma redução da pena.

Neste caso, pode ficar preso apenas por doisanos.

"Problema ParUcular"

O deputado explicou que joga nos Estados Uni­dos há 30 anos. "É normal a gente não pagardividas de jogo, ou pagar parcelado, a cada mêsou a cada 15 dias. Só deve quem tem créditoe eu jogo com crédito", disse Cheídde, bastanteirritado com o fato de a informação ter chegadoà'ímprensa, "Vocês não têm nada a ver com isso,esse é um problema da minha vida particular",

reagiu o parlamentar, falando ao telefone, de SãoBemardo do Campo, em São Paulo, já que insisteem permanecer ausente de Brasília.

Apesar de bastante nervoso, gritando ao telefo­ne, Cheidde baseava sua relativatranqüilidade emuma certeza: "A dívida feita nos Estados Unidosnão é reconhecida aqui", repetiu várias vezes. Des­ta forma, ele acredita que se não voltar ao paísonde cometeu o crime não será incomodado.Masna embaixada americana as informações sãodiferentes. É comum ali se pedir à Justiça brasi­leira a condenação de pessoas que cometeramcrimes nos Estados Unidos.

Existe ainda a possíbíiidade da abertura de umoutro processo movido pelo próprio cassino. Issoporque as tentativas de cobrança amigável foramencerradas na semana passada. Desde 10 de ju­nho deste ano - após esperar um ano para, queo deputado pagasse sua divida espontaneamente- Robert Goldstein, vice-presidente executivo docassino Sands, nomeou um procurador no Brasilpara discutir o pagamento. O escolhido foi o jor­nalista Newton Duarte, chefe de ComunicaçãoSocial do Governador do Amazonas, AmazoninoMendes. Ele recebeu a procuração, tentou, masnão teve sucesso na cobrança. "Ninguém nuncame intimidou na vida e não vai me intimidar ago­ra", afirmou Cheidde.

6 - O Estado de S. Paulo

Política

Quarta-feira, 17 de agosto de 1988

CHElDDEAPOSTAASFICHAS NA IMUNIDADE

Eduardo Reina

São Bemardo do Campo - Felipe Cheidde,deputado federal pelo PMDBde São Paulo, correo risco de ser condenado por estelionato pelajustiça norte-americana por ter passado quatrocheques sem fundo, em julho do ano passadono cassino Sands de Santource, Porto Rico. Ago­ra, depois de confirmar que pagará a dívida"assimque tiver condições", ele explica: "Além da dívrdano Sands também devo em outros locais, masnão pretendo citar os nomes".

Acostumado a jogar - tem mais de 30 anosde experiência na atividade - Cheidde não receiaser preso apostando na imunidade parlamentar.Além disso, alega ser leal e decente consigo mes­mo: "Sou um livro aberto", orgulhava-se, ontem,sem muita originalidade mas com convicção, emseu escritório político em São Bernardo.

O segundo maior ausente da Constituinte ­ele só perde para Mário Bouchardet, do PMDBmineiro - afirma que o procurador do cassinoSands, o jornalista Newton Duarte, chefe de Co­municação Social do governador do Amazonas,Amazonino Mendes, tentou "achacá-Io", amea­çando-o por telefone. "Ele disse estar de possede um documento que poderia ser usado contramim se a divida não fosse saldada, e que estavaperdendo a paciência comigo." Depois, exube­rante, admitiu: "Sou sincero, jogo muito, sim.Quando morrer, quero um baralho no meu cai­xão". Acostumado ao carteado, o deputado, quejá foi acusado de ser bicheiro, viaja o mundo intei­ro atrás de diversão. No ano passado fretou umBoeing e patrocinou uma Viagem de dezenas deamigos - gerentes de bancos, delegados de polí-

cia e colaboradores de sua campanha nas elei­ções de 86 - para um weekend em Punta deiLeste. Com tudo pago. "Não há mal nenhum empassear com os colegas", argumentou.

Cheidde tem até uma boate no piso inferiorde sua casa no bairro Anchieta, considerado declasse A em São Bernardo, na Grande São Paulo.Paredes que refletem a iluminação em brancoe lilás,bancos de veludo, pista de dança e ar-con­dicionado. Além da boate, seu orgulho é um heli­cóptero, que usa "para atividades filantrópicas".De novo um argumento irrespondível: "Não vejonada de mais em ter helicóptero, alias eu tinhatrês e vendi dois. Também não tem nada de maister Mercedes e ir trabalhar nela, já que isso medá prazer. Não vejo por quê ter um carro dessese ir trabalhar de fusquinha, só para fazer númeropara os funcionários".

Além desses gostos caros, Cheidde, 52 anos,é apaixonado por futebol. Durante 28 anos foipresidente do Esporte Clube São Bernardo, equi­pe da 2" divisão do futebol paulista. Hoje é vice­presidente.

Sua atuação na Constituinte é lastimável. Emfevereiro,Cheidde disse ter apresentado 14 emen­das ao relator. Ontem, calculando melhor ficouem uma dúzia, logo depois cortada para oito. Enão soube dizer sobre o que, nem qual seria amais importante. Também não lembrou de quecomissão faz parte. Confessou apenas que teriagostado de atuar na de Esportes e Turismo, por­que "entende de futebol". Não foi ouvido e ficouem outra, que supõe ser a que discute o sistemaeleitoral. Desculpou-se pelo lapso de memória:esteve apenas na primeira reunião, e disse aopresidente que não voltaria mais, já que não en­tendia nada do assunto.

Odiado por muitos e adorado por uns poucos,escolhe cuidadosamente as amizades. Quem forde confiança passa a ser admitido na "Sala dos22", uma sala de reuniões com uma mesa e 22cadeiras de veludo, cada uma com um nomegravado. É ali que são tomadas as grandes deci­sões, de projetos políticos a programas de fimde semana ou atos de caridade. "Já doei maisde 300 cadeiras de rodas a carentes. Nenhumjomal conta isso", acusa Cheídde, Também o di­nheiro que recebe no Congrsseo é distribuído aosnecessitados. "Não preciso dele", afirma o depu­tado.

Filho de mascate, ex-bíscateíro, e no seu tercei­ro mandato como deputado. Felipe Cheidde pare­ce não se incomodar em ser acusado de estelio­natário, excêntrico e gazeteiro. E usa o argumentomais velho do mundo: "Falem mal de mim, masfalem".A - 4 - Política - Quarta-Feira, 17 de agostode 1988

Folha de S. Paulo

CHEIDDEDIZQUE SOFRE

CHANTAGEM POR CAUSA DE JOGO

Da sucursal do ABC

O deputado federal Felipe Cheidde (PMDB ­SP) confirmou ontem que tem uma dívida dejogo de US$ 200 mil, contraída há mais de umano com '0 cassino Sands, em Santource, PortoRico. Cheidde disse que está negociando o paga­mento com o cassino, mas está sendo chanta­geado por uma pessoa gue se apresentou como

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12814 Sexta-feira 19 DfÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSlITrnNTE Agostode 1988

"procurador" do Sands e tentou fazer a cobrança."Ele ameaçou colocar a história nos jornais seeu não pagasse", afirma Cheidde.

O deputado dizque perdeu muito mais no cas­sino, sem revelar a quantia total. "Paguei umaparte e estou negociando esses US$ 200 mil",afirma. Na ocasião, 12 de julho do ano passado,Cheidde entregou ao cassino quatro cheques desua conta no Sun Bank Money Mark.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Vamos à verificação de quorum . Acredito quejá houve tempo para que os Srs. Constituintesse dirigissem ao plenário.

(Procede-se à verificação de quorum.)

O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (pDC-GO.Pro­nuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, o Partido Democrata Cristãotem posição clara e definida em defesa dos mi­cros, pequenos e médios empresários e produ­tores rurais que contraíram débitos decorrentesde empréstimos bancários ao tempo do "PlanoCruzado".

Todos nós, Constituintes do Partido DemocrataCristão, vamos lutar com todas as nossas forçaspara ampliar ou, pelo menos, manter a anistiaprevista no art. 53 das Disposições Transitóriasda nova Constituição que beneficia os devedoresdo tempo do "Plano Cruzado".

A nossa posição de defesa intransigente dosmicros, pequenos e médios empresários e produ­tores rurais é decorrente do entendimento de que,com o Plano Cruzado, houve uma grande fraudecontra a Nação, deixando milhões de pessoasendividadas, desempregadas e esbulhadás peloGoverno e beneficiários daquela fraude.

Os empréstimos feitosao tempo do "Plano Cru­zado" e reformados em 1987, tinham por basea declaração oficial enfática: "inflação nuncamais!"

Como podem o Govemo e os bancos deseja­rem receber os débitos decorrentes daqueles em­préstimos com correção monetária, além de pe­sados juros, com base numa inflação de nove­centos por cento?

Arepercussão negativa do "Plano Cruzado" emtodos os setores da economia ameaça a estabi­lidade política e social do País, pelo que é deverdo Govemo pagar essa conta o mais rapidamentepossível.

É hora de parar de gastar com supérfluos, dedar dinheiro do povo para tapar rombos provo­cados pela ação dos ladrões de "colarinhos bran­cos" e de aliviar a grave situação a que o Paíschegou, em razão das dívidas contraídas ao tem­po do "Plano Cruzado".

E para aliviar a Nação da situação aflitiva emque se encontra, temos que anistiar todos os queo "Plano Cruzado" deixou à beira da falência.

O PDC, Sr. Presidente, não faz concessões: va­mos lutar pela ampliação da anistia prevista noart.53 das Disposições Transitórias da nova CartaMagna ou, pelo menos, manter o que esse dispo­sitivo prevê.

Era o que tinha a dizer,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Está encerrada a verificação de quorum.

Estão presentes na Casa 324 Srs. Constituintes.Há, portanto, quorum para a votação.

REOISTRARAMPRESENÇA OSSRS. CONS71­T(JJNTES:

Presidente: Ulysses GuimarãesAcival Gomes - Ademir Andrade - Adolfo

Oliveira- Adroaldo Streck - Adylson Motta ­Aécio de Borba - Agripino de Oliveira Uma ­Alarico Abib - Alceni Guerra - Aldo Arantes- Alexandre Costa - Alexandre Puzyna- mirGabriel - oisio Vasconcelos - Aloysio Chaves- Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - ÁlvaroPacheco - Amaral Netto - Amaury Müller ­Amilcar Moreira - Anna Maria Rattes - AnnibalBarcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara- Antônio Carlos Franco - Antônio Carlos Kon­der Reis - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira-Antonio Perosa-Amaldo Faria deSá-Amal­do Martins - Amaldo Moraes - Amaldo Prieto- Arolde de Oliveira- Artenir Werner - Arturda Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto-Átila Ura -Augusto Carvalho - BasilioVdlani- Bernardo Cabral - Beth Azize - Bezerra deMelo - Bocayuva Cunha - Carlos Alberto ­Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - CarlosCardinal - Carlos Cotta - Carlos MoscotJi ­Cássio Cunha Uma - Célio de Castro - CelsoDourado -César Maia- Chagas Duarte -Cha­gas Rodrigues - Chico Humberto - Cid Carva­lho - Cid Sabóia de Carvalho - Costa Ferreira- Cunha Bueno - Darcy Deitos - Darcy Pozza- Daso Coimbra - Del Bosco Amaral - DélioBraz- Denisar Ameiro - DionísioHage-DirceTutu Quadros - Dirceu Cameiro - Divaldo Su­ruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil- Domingos Leonelli - Doreto Campanari ­Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta- Edmilson Valentim - Eduardo Bonfim ­Eduardo Jorge - Eduardo Moreira- Egídio Fer­reira Uma - Elias ,Murad - Eliel Rodrigues ­Enoc Vieira- Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade- ErvinBonkoski - Euclides Scalco - ExpeditoMachado - Fábio Feldmann - Farabulini Júnior- Fausto Fernandes - Felipe Mendes - Fer­nando Bezerra Coelho - Fernando Gasparian- Fernando Gomes - Fernando Santana - Fir­mo de Castro - Florestan Fernandes - Aori­ceno Paixão - Francisco Amaral - FranciscoBenjamim - Francisco Carneiro - FranciscoDias Alves - Francisco Dornelles - FranciscoKüster - Francisco Rollemberg - FranciscoRossi~ Francisco Sales - Furtado Leite- Ge­nebaldo Correia - Geovani Borges - GeraldoCampos, - Geraldo Aeming - Gerson Peres- Gonzaga Patriota - Gumercindo Milhomem- Haroldo Lima - HélioManhães-HélioRosas- Henrique Córdova - Heráclito Fortes - Her-mes Zaneti- Homero Santos - Humberto Luce­na - Humberto Souto-Iberê Ferreira -Inocên­cio Oliveira - Iram Saraiva - Irma Passoni ­Israel Pinheiro -Itamar Franco -Iturival Nasci­mento -Ivo Lech -Ivo Mainardi-Ivo Vander­linde -Jairo Cameiro-Jamil Haddad-Jarbasdo Cavalcanti - João Agripino- João Calmon- .JoêóHerrmann Neto - João Machado Ro­llemberg -João Menezes -João Natal-JoãoPaulo-Joaquim Bevilacqua-Joaquim Sucena- Jofran Frej~ - Jonas Pinheiro - Jonival Lu-

cas - Jorge Arbage - Jorge Bornhausen ­Jorge Hage - Jorge Medauar - Jorge Uequed- Jorge Vianna - José Carlos Grecco - JoséCarlos Martinez - José Carlos Sabóia - JoliéCarlos Vasconcelos -José da Conceição-JoséElias -José Femandes -José Genoíno -JoséGuedes - José Ignácio Ferreira - José Uns-José LuizMaia-José Maurício-José Moura-José Paulo Bisol-José Queiroz-José Richa- José Tavares - José Tinoco - José Ulissesde Oliveira-José Viana-José Yunes-JuarezAntunes -Júlio Costamilan -JutahyMagalhães- koyu lha - Lael Varella - Lavoisier Maia ­Leite Chaves - Lídice da Mata - Luís RobertoPonte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire- LuizGushiken - LuizHenrique - LuizInácioLula da Silva - Luiz Marques - Luiz Salomão- Luiz Soyer - Luiz Viana Neto - LysâneasMaciel-Maguito Vilela -Manoel Castro-Man­sueto de Lavor - Márcio Braga - Marco Maciel-Marcos Lima-Marcos Perez Queiroz-MariaLúcia - Mário Covas - Mário de Oliveira ­Mário Maia - Marluce Pinto - Matheus Iensen- Maurício Campos - Maurício Corrêa - Mau­rício Fruet - Maurício Nasser - MaurícioPádua- Maun1io Ferreira Uma - Mauro Benevides- Mauro Sampaio - Max Rosenmann - MeiraFilho - Mendes Botelho - Mendes Canale ­Mendes Ribeiro - Messias Soares - MichelTe­mer - MiltonReis - MiraldoGomes - MoemaSão Thiago - MoysésPimentel-MyrianPortella- Nabor Júnior - Naphtali Alves de Souza ­Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Car­neiro-Nel50nJobim-NelsonSeixas -NelsonWedekin - Nelton Friedrich - Ney Maranhão- NilsoSguarezi - Nilson Gibson - NionA1ber­naz - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - OlívioDutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra ­Osmar Leitão- Ottomar Pinto - Paes de Andra­de - Paes Landim - Paulo Delgado - PauloMacarini- Paulo Paim - Paulo Pimentel-Pau­lo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Silva- PauloZarzur- Pimenta da Veiga- Plínio Arruda Sem­paio - Raimundo Bezerra - Raimundo Ura ­Raimundo Rezende - Raquel Capiberibe - Re­nan Calheiros - Renato Bernardi - RenatoJohnsson - Roberto Augusto - Roberto Cam­pos - Roberto Freire - Robson Marinho - Ro­drigues Palma - Ronaldo Carvalho- Ronan Tito- Ronaro Corrêa - Rospide Netto - RubemMedina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto ­Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Samir Achôa ­Saulo Queiroz - Sérgio Naia - Sérgio Spada- Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - SílvioAbreu - Simão Sessim - Siqueira Campos ­Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - TadeuFrança - Telmo Kirst - Tito Costa - UbiratanAguia,r - Ubiratan Spinelli - Ulysses Guimarães- Valmir Campelo - Vasco Alves - VicenteBago - VictorFaccioni - VictorFontana - VIl­son Souza - Virgílio Galassi- Virgílio Guimarães- VitorBuaiz - Vivaldo Barbosa - VladimirPal­meira - Waldeck Omélas - Waldyr Pugliesi ­Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson Cam­pos - Wilson Martins

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vai-se passar à

V - ORDEM DODIAVotação das emendas destacadas, oferecidas

ao Projeto de Constituição em segundo turno

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Agosto de -1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12815

(Art. 29, § 4° do Regimento Interno). (Votaçãoiniciada).

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.120

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n"

2T01513-5. Paulo SOva.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDAN° 1.513Do Sr. Paulo Silva

Dê-se ao art. 24 do Projeto de Constituição,a seguinte redação:

"M 24. Compete à União estabelecernormas gerais sobre:1-direito tributário, financeiro, peniten-

ciário, econômico e urbanístico;/1- orçamento;III-juntas comerciais;IV- custas dos serviços forenses;V- fixação de emolumentos relativos aos

atos praticados pelos serviços notariais e deregistro;

VI-produção e consumo, inclusive suapropaganda comercial;

VlI- florestas, caça, pesca, fauna, conser­vação da natureza, defesa do solo e dos re­cursos naturais, proteção ao meio ambientee controle de poluição;

V111-proteção ao patrimônio histórico,cultural, artístico, turístico e paisagístico;

IX- responsabilidade por dano ao meioambiente, ao consumidor, a bens e direitosde valor artístico, estético, histórico, turísticoe paisagístico;

X - educação, cultura, ensino e desporto;XI- criação, funcionamento e processo

do juizado de pequenas causas;XII- procedimentos em matéria proces­

sual;XIII- previdência social, proteção e defe­

sada saúde;XIV- assistência judiciária e defensoria

pública;XV- normas de proteção e integração so­

cial das pessoas portadoras de deficiência;XVI- normas de proteção à infância e à

juventude;XVII- organização, garantias, díreitos e

deveres das polícias civis;XVIII- política nacional de transportes e

viação;XIX- organização, efetivos, material béli­

co e garantias das polícias militares e corposde bombeiros militares;

XX - normas gerais de licitação e contra­tação em todas as modalidades, para a admi­nistração pública, direta e indireta, nas diver­sas esferas de governo, inclusive para as fun­dações e empresas sob seu controle;

XXI- desenvoMmento urbano, inclusivehabitação, saneamento básico e transportesurbanos.

§ 19 A lei federal sobre normas geraislimitar-se-â a:

1-assegurar a unidade nacional noscampos políticos, econômico-financeiro esocial;

/1-prevenir conflitos de competência en­tre as pessoas político-administrativas;

11I-explicitar princípios constitucionaisque, por seu conteúdo, requeiram aplicaçãouniforme no território nacional.

§ 2° A competência da União sobre nor­mas gerais não exclui a competência legis­lativa suplementar dos Estados.

§ 3° Inexistindo lei federal sobre normasgerais, os Estados exercerão a competêncialegislativa plena, para atender às suas pecu­liaridades, observado o disposto no § 1°, noque couber.

§ 49 A superveniência de lei federal so­bre normas gerais suspende a eficácia dalei estadual, no que lhe for contrária.

Em face da nova redação dada ao "caput"que reúne diversos dispositivos do texto doProjeto:

a) suprimam-se os incisos .xx e XXI doart. 21, os incisos IX, XXIII e XXVI do art.22 e o § 2° do art. 106;

b) mantenha-se, no inciso.xx do art. 22,apenas o seguinte seguimento: "normas so­bre convocação e mobilização das políciasmilitares e corpos de bombeiros militares".

o SR. PRESIDEIriE (Ulysses Guimarães) ­A proposição do nobre Constituinte Paulo Silva,pela informação do nobre Relator, refere-se il téc­nica legislativa de desdobramento do art. 24 eseus §§ 29, 3° e 4°, que passarão a ter a seguinteredação:

"§ 2° A competência da União sobre asnormas gerais não exclui a competência le­gislativa suplementar dos Estados.

§ 3° Inexistindo lei federal sobre normasgerais, os Estados exercerão a competêncialegislativaplena para atender às suas peculia­ridades.

§ 4° A superveniência de lei federal so­bre normas gerais suspende a eficácia dalei estadual no que lhe for contrário."

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o Sr. Constituinte Antônio Carlos~onder Reis, para encaminhar. '

OSR.ANTÓNIOCARLOS KONDER REIS(PDS - Se) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Consti­tuintes, permito-me solicitar a atenção do Plenáriopara a emenda subscrita pelo nobre Sr..Consti­tuinte Paulo Silva; é a de n" 1.513/5. Ela propõeum reordenamento da competência concorrente,para legislar, da União e dos Estados. Não·inova.Estabelece melhor disposição técnica e sana umagrave contradição. Ontem, ao final da sessão, onobre Sr. Constituinte Paulo Silva formulou pro­posta que mantém o caput do artigo, todos osseus incisos e apenas promove a correção no§ 2°

Dizo § 29 do art. 24 do Projeto:

"Inexistindo lei federal sobre matéria decompetência concorrente, os Estados exer­cerão a competência legislativa suplementarpara atender às suas peculiaridades.'.'

Esse parágrafo tem uma redação contraditória.Como o Estado pode elaborar a legislação suple­mentar, inexistindo a legislação básica da compe­tência da União?

Sr. Presidente, levantei essa questão no primei­ro turno. A emenda de minha autoria obteve, en­tão, 268 votos e somente não foi aprovada emrazão do baixo quorum.

Agora, o nobre Sr. Constituinte Paulo Silva pro­põe que esse § 2° seja desdobrado, de modoa sanar a contradição e promover um aperfeiçoa­mento de técnica legislativa, ficando, assim, a re­dação:

.'§ 2° A competência da Únião sobrenormae gerais não exclui a competência le­gislativa suplementar dos Estados."

O § 1° estabelece que:

"Na competência legislativa concorrente:à União caberá a legislação sobre normasgerais."

Assim, o § 2° completa o § i-, estabelecendoque a competência sobre normas gerais nesteestabelecida não exclui a competência legislativasuplementar.

A emenda se completa com mais dois pará-'grafos:

"§ 3° Inexistindo lei federal sobre nor­mas gerais" - é uma hipótese que podeocorrer.

"Os Estados exercerão competência legis­lativa plena para atender às suas peculiari­dades."

Finalmente, para dar harmonia à norma, o §39 estabelece:

nAsuperveniência da lei federal sobre nor­mas geraJs suspende a eficácia da leiestadualno que Jhe for contrária."

Na proposta, é assegurada a prevalência dalegislação federal. Se esta não existir, os Estadospoderão legislar para atender às suas peculiari­dades. Se a União vier a legislar, a legislação doEstado sobre normas geraIS contrária à federalperde a sua eficácia.

Sr. Presidente, é uma emenda de aperfeiçoa­mento de técnica legislativa.

Como sabe o Plenário, pela primeira vez, aConstituição vai contemplar o instituto da legisla­ção concorrente, a exemplo da Lei Maior alemã.Por ele, determinadas matérias poderão serobjetodelegislação da União e dos Estados.

Dizo Projeto que "a União deverá legislar sobrenormas gerais", mas o § 2° do Projeto iencerrauma contradição. A emenda do nobre Sr. Consti­tuin~e pelo Piauísanaa contradição. Pediriaa aten­ção. dos Srs. nobres Líderes para que se possaaprovar a emenda e, por meio dela, se fazer acorreção.

É a justificação, Sr. Presidente.

O Sr. Benito Gama - SrPresidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. BENITO GAMA (PFL- BA.Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, apenas pararegistrar a minha presença na verificação de quo­rum.

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12816 Sexta·feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONS1ITUINTE Agosto de 1988

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, S,... e Srs. Constituintes, inequivo­camente a emenda que acaba de ser sustentadapelo eminente Constituinte Antônio Carlos Kon­der Reis, reportando-se à de autoria do Consti­tuinte Paulo Silva, depois do recurso feito a V.Ex' pinçando apenas o § 2°, é uma emenda decorreção que melhora o texto, e é uma emendanitidamente de técnica legislativa.

As Líderanças, Sr. Presidente, estão, inclusive,trocando idéias sobre o assunto e eu lhes pediriaconcordassem com a aprovação da emenda, poisqueaprimora o texto.

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, é necessário que se esclareça o Plenárioque o eminemte Constituinte Paulo Silva alterouo texto, fez modificações - não de mérito -,restringindo a sua emenda exclusivamente aos§ 2",3- e 4°,o que, realmente, compõe uma con­tradição que o texto permanente espelha e quefoi muito bem retratado pelo eminente Constí­tuinte Antônio Carlos Konder Reis.

AsLideranças, que se reuniram, hoje de manhã,haviam examinado a emenda em sua amplitudeetinham opinado contrariamente. Com a redaçãofeitâ pelo Constituinte Paulo Silva, a Liderançado PMDB conversou com algumas Uderançase entendemos aprovar a emenda porque compõeum equívoco realmente existente no texto.

Por isso, Sr. Presidente o PMDBvota "sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB -PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, seguindoos acordos das Lideranças, votaremos "sim".

O Sr.Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE «(J)ysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a Líde­rança do PDT recçmenda à Bancada votar "sim",nos termos da emenda colocada sobre a mesa.

O Sr. Inocêncio ODveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O sR.mocêNclO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, consí­derando que este texto, fruto da reunião de quatrodestaques, melhora o texto do Projeto Constitu­cional, a Liderança do Partido da Frente Liberalrecomenda à sua Bancada que vote "sim".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presídente.peço, a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NEfTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.)-Sr. Presidente, o PDS votará"slm'',

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSDBvotará "sim".

O Sr. Farabulini Júnior - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FARABWJNI JáNlOR (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTBvotará "sim".

O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

OSR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro também votará "sim".

O Sr. Plinio AlTuda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PLÍNIO ARRUDASAMPAIO (PT­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT votará "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar seus lugares.A proposição tem parecer favorável. (Pausa.)

(Procede-se à votação.)

O Sr. Francisc:o Rossi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FRANCISCO ROSSI (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, enquanto os Colegas votam no pos­to avulso, eu gostaria de dar uma resposta à Folhaele S. Paulo, que, no painel de hoje aponta omeu nome como um dos ausentes, aqui, na As­sembléia Nacional Constituinte.

Não tenho a pretensão de esperar que a Folhaele S. Paulo corrija o lapso, o engano.

Apenas para consignar nos Anais desta Casa,gostaria de frisar que não perdi nenhum dia devotação nesta Casa, não faltei a nenhum dia devotação, sou dos mais assíduos. Se não sou omais assíduo de São Paulo, seguramente estouentre os dois ou três mais assíduos.

O Sr. Arnaldo Faria ele Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, permi­ta-me fazer uma comunicação na esteira do co­municado do Companheiro Francisco Rossi. Aténem queria manifestar-me mais sobre a mesmamatéria.

Eu e o Companheiro Francisco Rossi somosacusados, no jomal Folha de S. Paulo de hoje,de não termos comparecido às sessões da As­sembléia Nacional Constituinte.

Estranho esse procedimento, até porque nãosó no dia de ontem, como anteontem, conver­samos com os repórteres do citado jomal, e esti­vemos aqui presentes. Esse mesmo jomal fazuma alusão, em outra nota, de que eu estariaassediando o Deputado Júlio Campos, em rela­ção à posição anteriormente assumida.

Não posso concordar que seja considerado umausente, quando estive aqui ontem, anteontem,estou aqui hoje. E estranha essa postura da Folhaele S. Paulo.

Ainda que candidato à sucessão municipal,prioritariamente o meu trabalho é com a Consti­tuinte. Estarei aqui, não há necessidade de melicenciar, continuarei meu trabalho constituinte,a despeito de algumas colocações que são muitoestranhas.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 815):

S/M-336NÃO-2ABSTENÇÃO - 6TOTAL-344

A Emenda foi aprovada.

VOTARAMOS SRS. CO/'iSrrraINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - AbstençãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - SimAgripinó de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna- SimAloisio Vasconcelos - SimAloysio Chaves - SimAluízioCampos - SimAmaral Netto - SimAmaury Müller - SimAmilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Franco - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - Sim

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12817

AntomoGaspar - SimAntonioMariz - SimAntonioPerosa - SimAntonioUeno - SimArnaldoFaria de Sá - SimArnaldoMartins - SimArnaldoMoraes- SimArnaldoPrieto- SimAroldede Oliveira - SimArtenir Werner- SimArturda Távola- SimAsdrubalBentes - SimAsSIS Canuto - SimÁtilaUra-SimAugusto Carvalho- SimBasílio Víllaní - SimBenedita da Silva- SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize - SImBezerrade Melo- SimBocayuvaCunha - SimBonifácio de Andrada- SimCaio Pompeu - SimCarlosAlberto- SimCarlosAlbertoCaó - SimCarlos Benevides- SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi- SimCarlos Vinagre - SimCarrelBenevides- SimCássio Cunha Lima- SimCéliode Castro - SimCelso Dourado - SImCésar Maia- SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues- SimChico Humberto - SimCid Carvalho- SimCidSabóia de Carvalho- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcyDeítos - SimDarcyPozza- SimDaso Coimbra- SimDavi Alves Silva- SimDelBosco Arnaral- SimDélioBraz- SimDenisarArneiro- SimDionísio Hage- SimDirceTutu Quadros - SimDirceu Carneiro- SimDjenalGonçalves- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanaa - SimEdésio Frias - SimEdivaldoMotta- SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim- SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídioFerreira Lima- SimEliasMurad- SimEliel Rodrigues- SimEnoc Vieira - SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimErvinBonkoski- Sim

Euclides Scalco - SimExpeditoMachado - SimFábio Feldmann - SimFarabuliniJúnior - SimFausto Femandes - SimFelipeMendes - SimFemando BezerraCoelho - SimFernando Gomes - SimFemando HenriqueCardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlávioRocha - AbstençãoFlorestan Fernandes - SimRoriceno Paixão- SimFrancisco Arnaral- SimFrancisco Benjamim- SimFrancisco Carneiro- SimFrancisco DiasAlves - SimFrancisco Dornelles- SimFrancisco Rollemberg- SimFrancisco Rossi- SimFurtado Leite- SimGenebaldo Correia- SimGeovaniBorges - SimGeraldoCampos - SimGeraldoFleming - SimGerson Peres - SimGumercindo MIlhomem - SimHaroldoUma - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenriqueCórdova- SimHermes Zaneti- SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira- SimInocêncio Oliveira - SimIram Saraiva- SimIrma Passoni - SimIsmaelWanderley- SimIsraelPinheiro- SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvoLech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlinde - SimJairo Carneiro- SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra- SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg- SimJoão Menezes- AbstençãoJoão Natal- SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat- SimJonas Pinheiro- SimJonival Lucas - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage- SimJorge Medauar- SimJorge Uequed - Sim

Jorge Vianna - SimJosé Carlos Martinez - SimJosé CarlosSabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos- SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno- SimJosé Guedes - SimJosé IgnácioFerreira- SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - AbstençãoJosé Luiz Maia- SimJosé Maurício - SimJosé M.oura - SimJosé Paulo 8isol- SimJosé Queiroz- SimJosé Richa- SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJosé Viana- SimJosé Yunes- SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan- SimJutahy Magalhães- SimKoyu lha - SimLaelVarella - SimLavoisier Maia- SimLeiteChaves - SimLídiceda Mata- SimLúcioAlcântara- SimLuísRoberto Ponte :- SimLuiz AlbertoRodrigues- SimLuIZ Freire - SimLuiz Gushiken- SimLuiz Henrique- SimLuisInácioLulada Silva- SimLuiz Marques- SimLuiz Salomão - SimLuiz VianaNeto- SimLysâneasMaciel - SímMaguito Vilela - SimMaluly Neto- SimManoelCastro - SimMansueto de Lavor- SimMárcio Braga - SimMarcoMaciel- SimMarcosPerezQueiroz- SimMaria de LourdesAbadia- SimMaria Lúcia- SimMário Assad - SimMário Covas- SimMário de Oliveira - SimMário Maia- SimMarlucePinto- SimMatheusIensen - SimMauricio Corrêa- SimMauricio Fruet - SimMaurício Nasser - SimMauricio Pádua - SimMauroBenevides- SimMax Rosenmann - SimMeira Filho- SimMendes Botelho- SimMendes Canale- Sim

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12818 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAaDNAL CONSTIfOlNTE Agosto de 1988

Mendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMoema São Thiago - SimMoysés Pimentel- SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - SimOlivio Dutra - SimOrlando Bezerra - SimOsmar Leitão - SimOsmir Uma - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPimenta da Veiga - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém - SimRenan Calheiros - SimRenato Bemardi - SimRenato Vianna - SimRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- SimRoberto Freire - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Carvalho - SimRonan Tito - SimRospide Netto - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - Sim

Sérgio Naia - SimSérgio Spada - SimSevero Gomes - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França-SimTelmo Kirst - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan SpineUi- AbstençãoValmir Campelo - SimVasco Alves - SimVicente Bago - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilson Souza - SimVirgílio Galassi - SimVitor Buaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWilma Maia - SimWilson Campos - SimWilson Marti'1s- Sim

O Sr. Mauro sampaio-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MAURO SAMPAIO (PMOB - CE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade assinalar o meu voto "sim" não registrado nopainel.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) ­Será anotado.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)­Sobre a mesa, proposta de reunião nos seguintestermos:

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTEEXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DAASSEMBLÉIANACIONAL CONSill(JJNTE

Os firmatários, abaixo assinados, vêm requerer,nos termos das normas regimentais, a reuniãodos destaques e emendas infra-referidos, para vo­tação simultânea, relativo ao texto do art. 24, inci­so V, para supressão parcial/correção, restandoos textos com a seguinte redação:

"M 24. ...V- produção e consumo;"Transponha-se para o artigo 22, como inciso,

a parte final do inciso acima referido, com a se­guinte redação:

"Art. 22....XXVIII - propaganda comercial."Sala das Sessões, de agosto de 1988. Ro-

drigues Palma, D. 1312/E.320-AntonioBrit­to; D. 313/E.458 - José Fernandes; D.4741E.187 -Matheus Iensen; D.7241E. 1011.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) ­Anuncio uma reunião de emendas da responsa­bilidade dos Constituintes Rodrigues Palma, Antô­nio Britto, José Fernandes e Matheus Iensen.

O que querem S. Ex"'?

O art 24, inciso V, estabelece a competênciasimultãnea, concomitante, da União, dos Estadose do Distrito Federal, para legislarem sobre produ­ção e consumo, inclusive sua propaganda co­merciaI.

Querem os proponentes, os autores dos desta­ques que essa competência, simultânea ou con­comitante, não se exercite para legislar sobre pro­paganda comercial. Legisla-se sobre produção econsumo, não se exercita etc. Querem S. Ex'"retirar "inclusive propaganda comercial", queremeJqCluir essa competência.

Depois, querem que no art. 22, onde dispõe:"Competência privativa", portanto, excludente dasdemais, conste:

"Compete privativamente à União legislarsobre:

XXVlII- defesa territorial, defesa aeroes­pacial, defesa civil, mobilização nacional epropaganda comercial."

Quer dizer, a propaganda comercial passaráa estar na área da competência privativa da União:

É o texto.Já foi encaminhada a votação, e o relator é

pela aprovação.Vamos votar.

O Sr. Luiz Soyer - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. LWZ SOYER (PMDB- GO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, peço seja regis­trado o meu voto na última votação, que foi "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V. Ex' será atendido.

O Sr. Renato Johnuon - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. RENATO JOHNSSON (PMOB-PR.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, igual­mente, só para registrar o meu voto "sim" navotação anterior.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) ­Constará a declaração de V. Ex"

O Sr. Cláudio Ávna - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. CLAClDIO ÁVIlA (PFL - Se. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, também sópara registrar o meu voto "sim" na votação ante­rior.

O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)­Constará a declaração de V. Ex'

O Sr. Orlando Pacheco - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ORLANDO PACHECO (PFL - Se.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o meuvoto foi "sim" na votação anterior e não apareceuno painel.

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NAOONAL CONSmUlNTE Sexta-feira 19 12819

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Perfeito.

o Sr. França Teixeira- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FRANÇA TEIXEIRA (PMDB - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, queroregistrar o meu voto na última votação, que foi"sim".

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Gurrnarâesr-i­Constará o registro pedido por V.Ex"

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB- PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvotará"sím",

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O PCB vota "sim".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NElTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sim",

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O PDS vota "sim".

O Sr. Roberto D'ÁviJa -Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

OSR. ROBERTO D'ÁVILA (PDT-RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Bancadado PDT vota "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­OPDTvota "sim".

O Sr. EduardoBonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B votará "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vota "sim" o PC do B.

O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PLÍNIO ARRODA SAMPAIO (PT ­SP) - Sr. Presidente, o PT vota "sim".

O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vota "sim", o PSB.

O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EUAS MORA0 (PTB-MG. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim",

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O PTB vota "sim".

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o votodo PSDB será "sim".

O Sr. João Menezes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOÁO MENEZES (PFL - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como setrata de emenda de "confusão", continuo a votar"não",

O SR. IPRESIDENtE. (Ulysses Guimarães) ­Pois não!

O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoq palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Const(tuinte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberal vota "sim".

O Sr. Inocêncio OUvelra - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOCtNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Liberal não ter participadode qualquer acordo, poísesté'ne disposição denão fazê-los, mas, considerando que essa reuniãode emendas melhora o texto do Projeto Constitu­cional, a Liderança do Partido recomenda à suaBancada vote "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Muito bem! O eminente Líder do PFL recomendaà sua Bancada que vote "sim".

O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente; 'peçoa palavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -Tem a palavra o nobre Constituinte. '

O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PMDBvota "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res. A reunião de destaques tem parecer favorávele pronunciamento dos Líderes, conforme é doconhecimento da Casa.

(procede-se à votação)

O Sr. AntônioCâmara - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ANTONIO CÁMARA (PMDB - RN.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade registrar que, na votação anterior, meu votofoi "sim.".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -V.Ex" será atendido.

O Sr. Haroldo Sabóia - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. HAROLDO SABÓIA (PMDB- MA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, gostariade registrar que na votação anterior o meu votofoi "sim". 1

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -V.Ex" será atendido.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação rr 816):

SIM-353NÃO-3ABSTENÇÃO-4TOTAL-36D

A reunião foi aprovada.

VOTARAM OS SRS. CONST/T(J/NTES:

Presidente Ulysses Guimarães - J\bstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAffonso Camargo - SimAfonso Arinos - SimAgripino de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - NãoAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna - SimAloysio Chaves - SimAluízio Campos - SimAmaral Netto - SimAmaury MiJller - SimAmilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - Sim

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12820 Sexta-feira 19

Antônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimAmaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martms - SimArnaldo Moraes - SimAmaldo Prieto - SimArolde de Oliveira- SimArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Lira- SimAugusto Carvalho - SimBasílio Villani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral - SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Benevides - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Vinagre - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SimChico Humberto - SimCid Carvalho - SimCid Sabóia de Carvalho - SimCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaso Coimbra - SimDel Bosco Amaral - SimDélio Braz - SimDenísar Ameiro - SimDionísio Hage - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SinoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Lima - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimErico Pegoraro - SimErvin Bonkoski - SimEuclides Scalco - Sim

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAaONAL CONSTITOINTE

Expedito Machado - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFausto Fernandes - SimFelipe Mendes - SimFeres Nader - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Gomes - SimFernando Santana - SimFernando Velasco - SimFirmo de Castro - SimFlorestan Fernandes - SimFloríceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimGabriel Guerreiro - SimGenebaldo Correia - SimGenésio Bernardino - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Peres - SimGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsmael Wanderley - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvo Lech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlínde - SimJairo Cameiro - Sim ,Jamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - AbstençãoJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Menezes - AbstençãoJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - Sim

Agosto de 1988

Jonival Lucas - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJorge Vianna - SimJosé Agripmo - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Guedes - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJosé Viana - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella- AbstençãoLeite Chaves - SimLevy Dias - SimUdice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique ---.: SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizSoyer - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel- SimMaguito Vilela- SimMalulyNeto - SimManoel Castro - SimMansueto de Lavor - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário de Oliveira - SimMário Lima"':" SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - SimMaurício Campos - Sim

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Agostode 1988 DIÁRIO DA ASSEMBL..ÉIA NAOONALCONSmUINTE Sexta-feira 19 12821

Maurício Corrêa- SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaurício Pádua - SimMauroBenevides- SimMauroBorges - SimMauroMiranda - SimMauroSampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho- SimMelo Freire- SimMendes Botelho- SimMendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessiasGóis - SimMessiasSoares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis- SimMiraldo Gomes - SimMoemaSão Thiago - SimMoysés Pimentel- SimMyrian PorteUa - SimNaborJúnior~ SimNaphtali Alves de Souza - SimNelsonAguiar- SimNelsone'cl.meiro - SimNelsonJobim - SimNelsonSeixas- SimNelsonWedekin- SimNeltonFriedrich- SimNeyMaranhão- SimNilson Gibson- SimNionA1bemaz - SimNoelde Carvalho - SimNyderBarbosa - SimOctávioElisio- SimOlivio Dutra- SimOrlando Pacheco - SimOsmar Leitão- SimOsmir Uma - SimOsvaldoBender - SimOsvaldoSobrinho - SimOswaldoAlmeida - SimOswaldoTrevisan- SimOttomar Pinto- SimPaes de Andrade- SimPaes Landim- SimPaulo Delgado- SimPauloMacarini - SimPauloPaim - SimPauloRamos - SimPauloRoberto- SimPauloRobertoCunha - SimPauloSilva- SimPauloZarzur- SimPimenta da Veiga - SimPlínio ArrudaSampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundoBezerra- SimRaimundoRezende- SimRaquelCapiberibe - SimRaulBelém - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi- NãoRenatoJohnsson - SimRenatoVianna - SimRobertoAugusto- SimRobertoBalestra- SimRobertoBrant- SimRobertoCampos - Sim

RobertoD'Avila - SimRoberto Freire- SimRobson Marinho - SimRodriguesPalma - SimRonaldoAragão- SimRonaldoCarvalho - SimRonanTito- SimRonaro Corrêa- SimRospideNetto- SimRubem Branquinho- SimRubem Medina - SimRuben Figueiró- SimRuberval Pilotto - SimRuyBacelar- SimRuyNedel- SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz- SimSérgio Spada - SimSevero Gomes - SimSigmaringa Seixas- SimSílvio Abreu- SimSiqueiraCampos - SimSólon Borges dos Reis- SimStélioDias- SimTadeu França - SimTelmo Kirst- SimTheodoro Mendes- SimTito Costa - SimUbiratanAguiar - SimUbiratanSpinelli - SimUlysses Guimarães- AbstençãoValmir Campelo - SimVascoAlves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni- SimVictor Fontana - SimVIlson Souza - SimVirgílio Galassi- SimVitor Buaiz- SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira- SimWaldyr Pugliesi - SimWalmorde Luca - SimWilma Maia - SimWilson Campos - SimWilson Martins - Sim

o Sr. Eraldo TrIndade-Sr. Presidente,peçoa palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavrao nobre Constituinte.

O SR. ERALDO 1RINDADE (PFL- AP) ­Sr. Presidente, peço seja consignado meu voto"sím",

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Será registradoo voto de V. Ex"

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE1'10 1.232

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda na 2T

00182-7- Eraldo TInoco.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N' 182Do Sr. EraldoTinoco

Suprima-se no § 2' do artigo 25 a expressão"a empresa estatai".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Anuncioo destaque para o qual já se processoua votação e não houve quorum. Avotação repe­te-se agora. Já houve encaminhamento.

O Sr. Eraldo TInoco - Sr. Presidente, peçoa palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavrao nobre Constituinte.

O SR. ERALDO TINOCO (PFL- BA Semrevisãodo orador.)- Sr.Presidente,salvomelhorjuízo,esta emenda deveriaser encammhada nova­mente, porque houve um adiamento da discus­são, exatamentepelobaixoquorum. Se não hou­ver oportunidade de esclarecer...

O Sr. José Maurício - Sr. Presidente,peçoa palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavrao nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ MAURíCIO (PDT- RS.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o encami­nhamento favorável,realmente se deu ontem,mercê de brilhante exposição do ConstituinteEraldoTinoco.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sr. Constituinte, o contraditório tem que ser feitona ocasião. Alguns Constituintes talvez não esti­vessem aqui no momento. Alguns Constituintespodiam não estar presentes, e queremos decidircom plena consciência.

Dou a palavraao nobre Constituinte EraldoTi­noco, para que o contraditório se estabeleça, de­pois, através do nobre Constituinte Gabriel Guer­reiro.

O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA. Semrevisãodo orador.)- Srs. Constituintes, fiz ques­tão de falar desta tnbuna exatamente para estarmais próximoao nosso Relator, BernardoCabral,a quem peço especial atenção para este assunto,bem como aos meus queridos Lideres NelsonJobim, Luiz Inácioda Silva, Haroldo Uma, e aindaaos demais Lideres.

Srs. Constituintes, o texto aprovado diz, clara­mente, que a distribuição de gás é competênciado Estado, que pode exercitaresta competênciadiretamenteou mediante concessão. Nestepontovem o complemento que queremos tirar: "con­cessão à empresa estatal".

Srs. Constituintes, se o texto constitucionalde­clara que o Estadó pode exercitaresses serviçosdiretamenteou mediante concessão, é óbvioqueem todas as situações possíveis e imaginárias aprioridadede exploraçãodos serviços de gás en­canado será do Estado. Exemplos:São Paulodis­põe de uma empresa de gás, já exploraesse servi­ço. O texto constítucronal está assegurando aoEstado de São Pauloa realização desses serviços,essa empresa já atua e também nas outras locali­dades onde ela não conseguiu chegar.

a Estado que não disponha de uma empresaestatalde distribuição de gás, desejando executaresses serviçosatravésde uma estatal,poderá fazê­lo,porqueo textoconstitucional assegura ao Esta-

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12822 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINlE Agosto de 1988

do a exploração desses serviços diretamente oumediante concessão. É óbvio,o Estado que dese­jar criar a sua estatal para a distribuição de gás,e desejando fazê-lo por intermédio de uma em­presa estatal, se retirarmos essa exigência exclu­siva para empresa estatal, esse Estado poderáadotar essa solução.

O que acontece, Sr. Relator Bemardo Cabral?Vamos imaginar uma localidade qualquer do inte­rior do Amazonas, da Bahia, de São Paulo, ondeo Estado, através de sua empresa de gás, nãopossa ou não queira fazer um investimento paraservir à população; vamos supor que naquela lo­calidade haja um empresário que deseja prestaresse serviço à sua comunidade. Pelo texto apro­vado no primeiro turno, não será possível, querdizer, a população poderá estar prejudicada poressa limitação,a limitação de o Estado não poderconceder esse serviço a uma empresa privada.Então, Sr. Presidente, Srs. Constituintes,é, no mí­nimo, um exagero, porque a condição básica jáestá assegurada: O Estado tem prioridade paraexercitar o serviço diretatamente ou, se desejar,através de uma empresa estatal, porque o Estadodeterá a competência de poder concedente. Seo Estado não desejar conceder a exploração doserviço a uma empresa privada,por ter uma solu­ção estatal mais apropriada, não estará vedadono texto constitucional. E o inverso: se o Estadonão tiver interesse, mas existiremempresas priva­das interessadas em prestar esse serviço, só tere­mos um prejudicado: a população.

Srs. Líderes, Sr. Relator, peço-lhe um poucode reflexão para aprovarmos essa emenda, que,acredito, é útile benéfica ao País,sem criarnenhu­ma' restrição.

, O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavrao Sr. ConstituinteGabrielGuerreiro,para encaminhar o contraditório.

O SR. GABRIEL GUERREIRO (PMDB ­PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr. Relator, Srs. Constituintes, o assunto tratadonesta emenda é da maior importância.

Acabei de ouvir, atentamente, o ConstituinteEraldo Tinoco apresentar uma argumentaçãodesta tribuna, baseado em algumas suposiçõesmuito remotas de uma cidadezinha lá no interioretc.,etc..Issoestá absolutamente fora da realidadebrasileira.

Este País tem um grande problema com a suamatriz energética. A matriz energética brasileira,no seu futuro, está praticamente condenada acuidar da questão do gás, porque todas as baciassedimentares brasileiras, e mui especialmente asbacias sedimentares continentais, que são asgrandes bacias sedimentares brasileiras - a Ba­cia do Amazonas, a Bacia do Maranhão e a Baciado Paraná, e todas as da plataforma continental- são, tecnicamente, bacias promissoras paragás, não são promissoras para óleo.

A indústria brasileira totalmente terá de estarligada à produção e consumo de gás no futuro.Não estou aqui fazendo Constituição para hoje,estou fazendo para o amanhã, para o futuro. Te­mos que manter na mão da União, dos Estadose dos Municípiosa questão estratégica da distri­buição de gás encanado, porque a indústria éfundamental para este País. É isso que está portrás desta questão. Não está por trás desta questãoa distribuição de gás lá na minha pobre cidade

de Oriximiná, está, sim na distribuição do gásfundamental para a redução de metais, por exem­plo, para a produção de energia direta para af~rica de São Paulo e de qualquer pólo industrial.E isso que está em jogo. A grande produção deenergéticos fósseis neste Pais será a produçãode gás, indiscutivelmente, porque a Bacia doAmazonas está lá com uma fantástica quantidadede gás, a Bacia do Maranhão tem promessas degás, a Bacia do Paraná tem gás, todas as baciasque perfuramos na plataforma continental sãoprodutoras de gás. Está lá a Bacia de Marajó.A produção de gás na Bacia de Marajó é fato,mas a produção de petróleo não o é. Contaramuma balela.Pode até vira ser, mas neste momentoninguém pode falar naquilo. Não há dados cíentí­fícos para falar disso. A realidade é esta: a matrizenergética brasileira vai precisar cuidar do gás.Por quê? Porque a transmissão do gás se fazsemperda. Hoje um gasoduto é muito mais baratodo que a transmissão de milhares de quilômetros,como seria o caso de transferir energia elétricada Amazônia para São Paulo, o que é impossívelpois a perda é extraordinariamente alta, e o custodo linhão é muito maior do que um gasoduto.Então, este País está condenado na sua matrizenergética para o futuro. Essa distribuição de gásna cidade é para a indústria, e não para o fogãode ninguém, porque o fogão requer o botijão.Estou cuidando da estratégia da produção na­cional.

Portanto, é fundamental se mantenha na mãodo Estado estrategicamente esta questão. E nãome venham aqui dizer que uma empresa lá nacidade de não-sei-de-onde vai encanar gás emOriximiná.

Meu caro Relator, V. Ex- conhece o interior.Srs. Constituintes, V. Ex-" sabem muito bem quenão se encana gás em cidadezinha do interior.É uma suposição, é um sofisma, é uma maneiracapciosa de querer induziraqui que se mexa coma estratégia fundamental-a dístríbuíçâo de ener­gia neste País, que tem, obrigatoriamente, queficar nas mãos do Estado.

Peço aos Srs. Constituintes meditem sobre aquestão, que votem "não" a esta proposta, deixemo texto como está. É melhor para este País, émelhor para o nosso futuro. (palmas.)

O Sr. Manoel Castro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (OIyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MANOEL CA51R0 (PFL- BA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, tenho umainformação relevante sobre este assunto. Por isso,dirijo-me ao Relator, antes que S. Ex- sobre elese pronuncie.

Quero lembrar àqueles que me ouvem queprestem atenção, porque foi por causa de infor­mação relevante que mudamos uma decisão daAssembléia NacionalConstituintecom 280 votos,na questão da concessão e da permissão de servi­ço público, e que diz respeito à política tarifária.

Sr. Relator, em política não há segredo, empolíticahá desinformação. Na questão do gás en­canado, defendido brilhantemente pelo Constí­tuinte Eraldo Tinoco e depois contra-argumen­tado pelo Constituinte GabrielGuerreiro,é impor­tante considerar que a exclusão da palavra "esta­tal" não causa prejuízo~.

Sr. Presidente, o assunto é de fato relevante.Existem, hoje, três cidades do Nordeste brasileiroque contam com um sistema de distribuição degás por empresa privada.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães. Fa­zendo soar a campainha.) - Os oradores quequeiram fazeruso da palavratêm que se inscrever.

O SR. MANOEL CAS1RO -Isso não é in­compatível com o progresso do setor.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Está com a palavra o nobre Relator.

O SR. MANOEL CAS1RO - Sr. Presidente,este assunto pode ...

O SR. PRESIDENTE (OIyssesGuiplarães)­Mas todo assunto é da maior importância, Ex­V. Ex- deveria inscrever-se. Conto com a colabo­ração de V.Ex-

O SR. MANOEL CAStRO - Não fízernosa inscrição porque ...

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Já fuiliberal,permitindo a reabertura da discussãodo assunto.

O SR. MANOEL CA51R0 - V.Ex-está dei­xando de obter uma informação importante. En­tão, inscrevo-me para falar a favor.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães. Fa­zendo soar a campainha) - Não há maís nin­guém inscrito.

Com a palavra o Relator.

O SR. MANOEL CAStRO - Sr. Presidente,quero deixar registrado meu protesto contra estaviolência. Espero que o Sr. Relator utilize essainformação com relação a um dado errado queestá sendo trazido à Assembléia Nacional Cons­tituinte.

-O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Vamos ouvir o Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, apenas para levar ao conhecimen­to da Casa - e creio que é desnecessário, porquetodos os Srs. Constituintes, a partir de ontem,já estão devidamente informados e esclarecidossobre a matéria - o art. 25, § 2°, casa-se como art. 183 do texto do projeto, que diz:

"Constituem monopólio da União:

N - o transporte marítimo do petróleobruto de origem nacional ou de derivadoscombustíveis de petróleo produzidos no País,bem assim o transporte, por meio de con­duto, de petróleo bruto, seus derivados e gásnatural de qualquer origem;"

Sr. Presidente, isto é suficiente.Pela rejeição da emenda.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Vamos à votação.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Sem, revisão do orador.) - Sr. Presidente, em defesa

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIANAOONALCONSTITUINTE Sexta-feira 19 12823

do interesse nacional, o Partido Comunista Brasi­leiro votará "não".

O Sr. José Mauricio - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ MAURíCIO (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDT, coe­rente com a etema linha de soberania nacional,vota "não".

O Sr. Ademir Andrade - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará "não".

O Sr. Bonifácio de Andrada - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. BONIFÁCIO DE ANDRADA (PDS- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,oPDSvota "sim".

O Sr.EduardoBonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONAM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Partido Comunista do Brasil votará "não".

O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, paraesclarecer melhor a nossa orientação, peço aoilustre Relator nos informe: no caso de gás embotijão, pode ser feito só por empresa estatal oupode ser feito por empresa privada, mantendo-seo texto do Projeto constitucional?

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Atenção! É um pedido de esclarecimento, queserá dado rapidamente.

Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. PresiderTte, tenho que render as minhas home­nagens ao eminente Constituinte Inocêncio Oli­veira...

O Sr. Inocêncio Oliveira - Muito obrigado.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­... que, no dificilexercicio da Liderança, sabe quetem de cumprir o seu dever.

O texto é claro: gás canalizado, que não seconfunde com gás em botijão.

O Sr. Adolfo OUveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado Partido Liberal vota "não".

O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ELIAS MURAD (PTB- MG.Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PTB sugereà sua bancada votar "não".

O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.Sem revisão do orador.)-Sr. Presidente, o PMDBvota "não".

O Sr. Inocêncio Oftveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tendosido devidamente esclarecida, a Liderança do Par­tido da Frente Liberal recomenda à sua Bancadaque vote "sim".

O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "não".

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ·ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, pelasmesmas razões do voto anterior na mesma maté­ria, o PSDB vota "não".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NE'lTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS temquestão aberta.

O Sr. Haroldo LIma - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B votará "não".

O Sr. Nelson JobIm - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBvotará "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res. A proposição tem parecer contrário do emi­nente Relator.

(Procede-se li votação.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n- 817):

SIM-114NÁO-261ABSTENÇÃO - 4TOTAL-379

A emenda foi rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTfT(JINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - NãoAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira - NãoAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - NãoAfonso Sancho - NãoAgripino de Oliveira Lima - SimAlarico Abib - NãoAlbérico Cordeiro - NãoAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna - SimAlfredo Campos - NãoAloysio Chaves - SimAluizioBezerra - NãoAluízio Campos - SimAlysson Paulinelli - SimArnaral Netto - SimArnaury Müller - NãoArnilcar Moreira - NãoAnna Maria Rattes - NãoAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - NãoAntônio Câmara - NãoAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoArnaldo Martins - SimArnaldo Moraes - NãoArnaldo Prieto - SimArolde de Olivêira - SimArtenir Werner - NãoArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - NãoAssis Canuto - SimÁtila Lira - SimAugusto Carvalho - NãoAureo Mello - NãoBasílio Víllaní - SimBenedicto Monteiro - Não

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12824 Sexta-feira 19

Benedita da Silva - NãoBenito Gama - SimBernardo Cabral- NãoBeth Azize - NãoBezerra de Melo - NãoBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal- NãoCarlos Chiarelli- AbstençãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCarrel Benevides - NãoCássio Cunha Uma -'- NãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - NãoCésar Maia - NãoChagas Duarte - NãoChagas Rodrigues - NãoChico Humberto - NãoCid Sabóia de Carvalho - NãoCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - NãoDarcy Pozza - SimDaso Coimbra - SimDel Bosco Amaral- NãoDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDionísio Hage - NãoDirce Tutu Quadros - NãoDirceu Cameiro - NãoDivaldo Suruagy - NãoDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - NãoDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Uma - NãoElias Murad - NãoEliel Rodrigues - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoErvin Bonkoski - SimEuclides Scalco - NãoEunice Michiles- SimExpedito Machado - SimFábio Feldmann - NãoFarabulini Júnior - NãoFausto Femandes - NãoFelipe Mendes - SimFeres Nader - NãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Gomes - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - NãoFlorestan Fernandes - NãoFlcríceno Paixão - NãoFrança Teixeira - AbstençãoFrancisco Amaral - NãoFrancisco Benjamim - Não

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Francisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Diógenes - SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Rossi - NãoFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - NãoGenebaldo Correia - NãoGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - NãoHaroldo Uma - Não

. Haroldo Sabóia - NãoHélio Costa - NãoHélio Duque - NãoHélioManhães - NãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - NãoHumberto Lucena - NãoHumberto Souto - NãoIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsmael Wanderley - NãoIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - Nãolturival Nascimento - SimIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJamil Haddad - NãoJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - NãoJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - NãoJesus Tajra - NãoJoaci Góes - NãoJoão Agripino - NãoJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - NãoJoão Paulo - NãoJoão Rezek - SimJoaquim Bevilacqua - NãoJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - NãoJorge Bornhausen - SimJorge Hage - NãoJorge Medauar - NãoJorge Uequed - NãoJorge Vianna - SimJosé Agripino - NãoJosé Camargo - SimJosé Carlos Grecco - NãoJosé Carlos Sabóia - NãoJosé Costa - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - Não

Agostode 1988

José Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - NãoJosé Guedes - NãoJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - NãoJosé Melo - NãoJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Richa - NãoJosé Tavares ~ NãoJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- NãoJosé Viana - NãoJosé Yunes - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - SimLael Varella- SimLeite Chaves - NãoLevy Dias - SimLídice da Mata - NãoLouremberg Nunes Rocha - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - NãoLuizGushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuizInácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - SimLuizSalomão - NãoLuizSoyer - SimLuizViana Neto - NãoLysâneas Maciel - NãoMaguito VIlela - SimMaluly Neto - Não'Manoel Castro - SimManoel Ribeiro - NãoMansueto de Lavor - SimManuel Viana - SimMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - NãoMário Uma - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - SimMaurício Campos - AbstençãoMaurício Corrêa - NãoMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - NãoMaun1io Ferreira Uma - NãoMauro Benevides - NãoMauro Borges - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - NãoMax Rosenmann - Sim

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12825

Meira Filho - SimMelo Freire - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMilton Lima - NãoMilton Reis - NãoMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - NãoMozarildo Cavalcanti - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Cameiro - NãoNelson Jobim - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - NãoNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - NãoOdacir Soares - NãoOlívio Dutra - NãoOrlando Bezerra - SimOrlando Pacheco - SimOscar Corrêa - SimOsmir Uma - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - NãoPaes Landim - SimPaulo Almada - NãoPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - NãoPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRaimundo Bezerra - NãoRaimundo Lira - NãoRaimundo Rezende - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRenan Calheiros - NãoRenato Bemardi - NãoRenato Johnsson - SimRenato Vianna - NãoRicardo Izar - SimRoberto Augusto - NãoRoberto Balestra - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - NãoRoberto Torres - NãoRobson Marinho - Não

Rodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSamir Achôa - NãoSantinho Furtado - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Brito - NãoSérgio Spada - NãoSevero Gomes - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoStélio Dias - SimTadeu França - NãoTeotônio VilelaFilho - NãoTheodoro Mendes - NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - SimVasco Alves - NãoVicente 8ogo - NãoVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - NãoVilson Souza - Não

'Vinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVitor Buaiz - NãoVivaldo Barbosa - NãoVladimir Palmeira - NãoWagner Lago - NãoWaldyr Pugliesi - NãoWalmor de Luca - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - NãoWilson Martins - Não

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio os Destaques na 1.004, do nobre Consti­tuinte Ruben Figueiró, e na 1.286, da nobre Consti­tuinte Rita Furtado.

Pergunto se o nobre Constituinte Ruben Figuei­ró está presente na Casa. (Pausa.)

S. Ex' retira a emenda.A nobre Constituinte Rita Furtado está presen­

te? (Pausa.)S. Ex' está ausente.

O Sr. Paulo Paim - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, gostaria apenas deanunciar que na votação anterior o meu voto foi"não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Será feito o registro.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Nobre Constituinte Nelson Jobim, há, aqui, naemenda, aquela erudita discussão entre "ocupa­do" e "domínio". Isto já está resolvido ou não?

O SR. NELSON JOBIM (pMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a informaçãoque temos é que o Senador Nelson Wedekin haviadesistido de sua emenda.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Não, é o Constituinte Messias Góis.

O SR. NELSON JOBIM - Sr. Presidente,temos que resolver com o Constituinte NelsonWedekin o problema dessa fusão. Peço, então,a V.Ex"não coloque em votação.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Perfeito. Esta emenda já estava sobrestada. Porisso, não criamos nenhuma novidade.

O Sr. Raimundo Ura - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. RAIMUNDO URA (PMDB-·PB. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria deregistrar o meu voto na votação anterior, - "sim",porque não saiu no painel.

O Sr. Koyu lha - Sr. Presidente, peço a pala­vra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. KOYU IHA (PSDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, simplesmente paramudar meu voto de "sim" para "não".

O Sr. José Carlos Coutinho - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ CARLOS COUTINHO (PL­RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,na votação anterior, meu voto foi "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sobre a Mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"10 979

Senhor Presidente:Requeiro destaque para a Emenda na

2T00541-5. - Domingos LeonelU.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gulrríarêesj-e­É a seguinte a matéria destacada: '

EMENDA N°541Do Sr. Domingos Leonelli

Suprima-se o inciso V do artigo 26.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Destaque na 979, da, nobre Constituinte Domin­gos Leonelli.

Diz O destaque:

"Art. 26. Incluem-se entre os bens dosEstados: .

V- as terras de extintos aldeamentos indí­genas."

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12826 Sexta-feira 19 D!ARIoDAASSEMBI.BA NACIONAL COOSTIfUlNTE Agostode 1988

É o texto do nobre Constituinte Domingos Leo­nelli,a quem concedo a palavra,para encaminhar.

o SR. DOMINGOS LEONEllI (BA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, vou dispen­sar uma longa sustentação, limitando-me apenasa esclarecer que esta matéria, objeto de acordogeral de todos os partidos, sem exceção, inclusivecom a anuência do Líder Inocêncio Oliveira, doPFL, visa corrigir a introdução, no texto constitu­cional, de uma figura que já havia sido abolidadesde o século passado, os aldeamentos indige­nas, figura que serviu a uma política genocidano século passado e que só foi retomada em1946, mesmo assim com muitas ressalvas.

Desta forma, Sr. Presidente, agradeçoe registroa presença dos guerreiros Caiapós, agradeço acompreensão de todos os partidos nesta Casae afirmo a V. EX que a Constituição que é doscidadãos, dos miseráveis, é também a Consti­tuição dos índios.

O Sr. Mansueto de Lavor - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MANSUEfO DE lAVOR (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade pedir a V. EX registrasse a retificação do meuvoto, que é "não", e saiu "sim".

O Sr. Victor Fontana - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

~O SR. VICTOR FONTANA (PFL-SC. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria deretificar o meu voto. Saiu "não", quando votei"sim".

o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Pois não, constará a retificação.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, SI"" e Srs. Constituintes, acompa­nhei a evolução dos estudos feitos em derredordesta emenda do eminente Constituinte Domin­gos Leonelli. Depois, consegui ouvir cada Lide­lllI1ça, isoladamente. Todos os Líderes com as­sento nesta Assembléia Nacional Constituinte fo­ram unânimes na opinião de que esta emendamerece ser acolhida.

Sr. Presidente, o relator acompanha e louvao trabalho do Constituinte Domingos Leonelli,dando parecer pela aprovação.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem,

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. pl..Ú'no ARRUDA SAMPAIO (PT ­'SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT votará "sim".

O Sr. Tadeu França - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. TADEU FRANÇA (PDT - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDT, sau­dando as delegações dos índios de todo o Brasilaqui presentes, votará "sim".

O Sr. Jarbas Passarinho - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JARBAS PASSARINHO (PDS - PASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDSrecebe um apelo do seu Presidente nacional paraque a sua bancada vote "sim".

O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileirovotará "sim".

O Sr. Eduardo Bonftm-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,em defesa das terras indígenas, o PC do B votaráusim".

O Sr. Siqueira Campós - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - ao.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido Democrata Cristão, saudando todas as na­ções indigenas do Brasil, votará "sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE - (PCB - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvotará "sim".

O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem.? palavra o nobre Constituinte.

O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.-Sern revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PMDB.votará "sim".

O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PlB votará "sim".

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peço.a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOlA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr..Presidente,os acor­dos feitos nesta Casa para a questão dos índiosem geral, é um dos mais altos momentos daAssembléia Nacional Constituinte.

O voto é "sim".

O Sr. Inocêncio ODveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOCêNCIO OLIVEIRA (PFL -·PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente Liberal recomenda a sua Bancadavote "sim".

O Sr. Adolfo ODveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL- RJ.SemIrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberalcoloca-se ao lado dos brasileiros mais bra­sileiros que são os índios e vota "sim".

OSr.AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­túíntes, leio, rapidamente, uma nota, para justificara ausência, nesta Casa, do nosso CompanheiroJoão Herrmann Neto durante certo penedo:

"O Deputado João Herrmann Neto (PSB- SP), que esteve afastado dos trabalhosda Constituinte por questão de saúde, comu­nica que seu retorno à Assembléia Nacional 'Constituinte se deu no dia 2 (dois) de agosto.Ele justifica sua ausência através do atestadomédico em anexo.

O Deputado, filiado ao Partido SocialistaBrasileiro, enfatiza que, embora candidato aprefeito em sua cidade, Piracicaba (SP), estáe estará presente a todos os momentos devotação da Assembléia Nacional Constituin­te, para preservar os, avanços conseguidospela Carta, assim como garantir sua promul­gação em breve, entregando o Brasil à nor­malidade democrática."DOCUMENTO Ã Q(JE SE REFERE O GWA­

DOR:CÚNICA DR.JOSÉ FERNANDOGOBBO

ADExrrr Sr,Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteDeputado Ulysses Guimarães

Prezado Senhor,VimosComunicar a V.EX que nesta data nosso

paciente Dep. Federal João Herrmann Neto.encontra-se de alta médica estando apto a reter­nar às suas atividades parlamentares, com resm;.ções a frequência a locais climatizados artificial­mente.

Sem mais, firmo-me.Campinas, 1° de Agosto de 1988.

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUlNTE Sexta-feira 19 12827

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Antes da votação, como Presidente, quero, emnome de todos, saudar e cumprimentar o com­portamento exemplar dos nossos patrícios índios,que aqui se encontram, colaborando com a nor­malidade de nossos trabalhos. (Palmas.)

Srs. Constituintes, queiram tomar 05 seusluga­res. A disposição a respeito da emenda é do co­nhecimento geral do caso.

(Procede-se à votação}

O Sr. Domingos LeoneUi - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. DOMINGOS LEONELU (BA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs, Consti­tuintes, antes mesmo de ser anunciado o resul­tado, faço o registro de uma omissão muito séria,naminha rápida sustentação: é atribuída a respon­sabilidade dessa articulação, à atenção que foidada à pesquisa feita e à movimentação que serealizou, ao papel inestimável do Deputado Márcio'SantUlo, que, estando conosco aqui, desempe­nhou papel importantíssimo na aprovação destaemenda. (Muito bem!)

O Sr. Virgílio Guimarães - Sr. Presidente;peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VlRGfUO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade registrar que na votação anterior o meu votofoi "não", apesar de não ter aparecido no painel.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimo-;;es) -V.Ex"será atendido.

O Sr. Aluízio Bezerra - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ALUÍZIO BEZERRA (PMDB - AC. .Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apenaspara registrar meu voto "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Será registrada a declaração de V" Ex"

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (votação na 818):

SIM-367NÃO-3ABSTENÇÃO - 3TOTAL-373

A Emenda foi aprovada.

VOTARAMOS SRS. CONSrrraINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - Sim

Agripino de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel - SimAloysio Chaves - SimAluízioCampos - SimAlysson Paulinelli - SimArnaral Netto - SimArnaury Müller- SimArnilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Lira - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello - SimBasílio VIllani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Benevides - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SimChico Humberto .,.... SimCid Carvalho - SimGáudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaviAlves Silva - SimDélio Braz - SimDenisar Arneiro - Não

Dirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Lima - SimElias Murad - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimEuclides Scalco - SimEunice Michiles - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFausto Fernandes - SimFeres Nader - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Gomes - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimAavio Palmier da Veiga - SimFlorestan Fernandes - SimAoriceno Paixão':"" SimFrança Teixeira - SimFrancisco Arnaral- SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Coelho - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Diógenes - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - SimGastone Righk- SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Camata - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira - SimIram Saraiva - SimIsmael Wanderley - SimIsrael Pinheiro - Simlturival Nascimento - SimIvo Lech - SimIvotia!~di_ - ~~

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12828 Sexta-feira 19

IvoVanderlinde - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Lobo - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoão Rezek - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - SimJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Dutra - SimJosé Egreja - SimJosé Femandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Freire - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - SimJosé Queiroz - SimJosé Richa - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Viana- SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLeite Chaves - SimLevyDias - SimLídice da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - Sim

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

LuizGushiken - SimLuiz Henrique - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizSoyer - SimLysâneas Maciel - SimMaguito Vilela - SimMalulyNeto - SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - Sim,.\aria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - SimMaurício Campos - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaunlio Ferreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMelo Freire - SimMendes Botelho - Sim

. Mendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessias Soares - SimMichelTemer - SimMiltonBarbosa - SimMilton Lima - SimMiltonReis - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - SimMussa Demes - SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion Albemaz - SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - Sim

. Octávio Elísio - SimOlívioDutra - SimOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmar Leitão - SimOsmir Lima - SimOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - Sim

Agosto de 1988

Oswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes Landim - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - SimPlínioArruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - SimRenato Vianna - SimRicardo Izar - NãoRoberto Augusto - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila - SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadíe Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - SimSérgio Werneck-i- SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotônio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan SpinelIí - SimValmir Campelo - SimVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - NãoVilson Souza - SimViníciu~ Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgílio Guimarães - SimVitorBuaiz - Sim

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAA..c;sEMB1...ÉIA NAOONALCONSTITUINTE Sexta-feira 19 12829

Vivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Ornélas - SimWaldyrPugliesi - SimWilma Maia- SimWilson Campos - SimWilsonMartins - Sim

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQOERJMEN.TO DE DESTAQUEN°!.OS8

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°

2TOO793-1 - Luiz Soyer.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N° 193DoSr. LuizSoyer

Suprima-se integralmente o § 3° do Art. 27

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Anuncio o Destaque n9 1.058, de autoria do nobreConstituinte LuizSoyer. (Pausa.)

S. Ex" deseja manter a emenda? O texto estabe­lece a iniciativa popular no processo legislativoestadual. É da maior importância. (Pausa.)

S. Ex"vai mantê-Ia.

A S ... lona Passoni - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem. -

O SR. PRESIDENTE.(Ulysses Guimarães)­Tem a palavra a nobre Constituinte.

A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão da oradora.) - Sr. Presidente, registroo meu voto, que é "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V.Ex' será atendida.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte Luiz Soyer,para encaminhar.

O SR. LWZ SOYER (PMDB - GO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs, Consti­tuintes, gostaria de lera justificativadesta emenda.Trata-se de emenda de interesse de todas as As­semblêías Legislativas do Brasil.Há- parece-me- um entendimento contrário por parte das Lide­ranças. Não obstante, chamaria a atenção dosSrs. e Sr'"Constituintes,porque se trata de matériade interesse de todas as Assembléias Legislativasdo Brasil.

Nem mesma a Carta Constitucionalatualmenteem vigor, outorgada pela Junta Militar, teve a ou­sadia de cassar ou restringir a prerrogativa dasAssembléias Legislativasno que se refere à com­petência do Poder LegislativoEstadual para exer­citar a iniciativa das leis que fixam vencimentose vantagens dos seus próprios servidores e regularo regime jurídico dos mesmos. É incrível queo § 3° do art. 27 tenha sido inserido no textoda Constituição,ora em discussão e votação, coma finalidade estranha de restringiras prerrogativasdo Poder Legislativo dos Estados-Membros.

Valeressaltar que a Constituinte houve por bemnão só manter como também ampliar essas prer­rogativas das duas Casas do Congresso Nacional.

Ãfigura-se-nos incoerência absurda não semanter para as Assembléias Legislativasas mes­mas prerrogativas resguardadas para o Congres­so Nacional, no que tange à matéria pacificamen­te considerada de economia interna das CasasLegislativas.

Ora, da mesma forma que a Constituinte semostrou ciosa em manter e ampliar essas prerro­gativªs do Congresso Nacional, deveria, no míni­mo, deixar a critériodo Constituinte estadual essamatéria interna cOJPOris da Assembléia legis­lativa.Como não o fez,a solução será a supressãodo § 3° do art 27, a fun de que as futuras Consti­tuições Estaduais possam, obedecendo ao prin­cípio da Lei Maior, dispor livremente a respeitodo assunto do seu peculiar interesse.

Se prevalecer o § 3° do art. 27, no corpo daConstituição, como foi aprovado no primeiro tur­no, a Constituinte estará praticando discriminaçãoodiosa para com os legisladores estaduais, vezque o art. 60 do texto constitucional dispõe:

"É da competência exclusivade cada umadas Casas do Congresso Nacional elaboraro seu Regimento Interno e díspor sobre orga­nização, funcionamento, polícia, criação,transformação ou extinção de cargos, em­pregos e funções de seus serviços e fixaçãoda respectiva remuneração, observados osparâmetros estabelecidos na Leide DiretrizesOrçamentárias. "

Como se vê,se no âmbito nacional o Legislativocontinua com as prerrogativas para organizar daforma mais abrangente possível, os seus serviçosadministrativos,por que se negar ao Constituinteestadual essa competência?

Por isto,SOl e Srs. Constituintes, se o § 3°perma­necer, vai-se retirar a competência de as Assem­bléias Legislativas fixarem o seu quadro de pes­soal.

Assim, para que as Assembléias Legislativasfiquem com o mesmo poder do Congresso Na­cional, para não haver discriminação no tocanteàs Casas Legislativasde nívelestadual, proponhoa supressão deste § 3°, mesmo que o parecerdo Relator di~a que não haverá prejuízo.

Não havendo prejuízo, se o § 3° permanecer,evidentemente ficarárestrita a sua capacidadenostermos do referido parágrafo. Não se poderá apli­car, porque, se se pudesse, não iriarestringir coma existência do § 3°. (Muitobem!)

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte José Fogaça.

O SR. JOSÉ FOGAÇA (Relator)-Sr. Presi­dente, Srs. Constituintes, não tem procedênciaa argumentação do ilustre Constituinte LuizSoyer,uma vez que este § 3° visa simplesmente a res­guardar a competência das Assembléias Legisla­tivas no âmbito dos seus interesses internos, atépara evitar a inteferência do Poder Executivo. Acompetência não se presume, é preciso que aíseja resguardada estritamente essa competência.

Quanto ao poder de iniciativa para a criaçãode cargos, isto não está vedado pela ConstituiçãoFederal, e poderá ser assegurada pelas Consti­tuições Estaduais.

Portanto, o parecer do RelatorBernardo Cabraljá está claro, no sentido da rejeição.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­O Relator é pela rejeição.

O Sr. Luiz Soyer - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. LWZ SOYER (PMDB - GO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, embora nãosendo convencido pelas Lideranças, porque en­tendo que este parágrafo está restringindo a açãodas Assembléias Legislativas, e havendo um acor­do geral, para ganhar tempo, retiro a emenda.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Nossos aplausos ao eminente Companheiro LuizSoyer.

Tem a palavra o nobre Constituinte Antero deBarros. (Pausa.)

S. Ex' está presente? (Pausa.)O ConstituinteAntero de Barros está em Plená­

rio? (Pausa.)Pergunto a S. Ex" se mantém a emenda. (Pau­

sa.)Retira.Os nossos cumprimentos.O nobre Constituinte Matheus Iensen está pre­

sente no Plenário? (Pausa.)

O Sr. Matheus Iensen - Estou presente, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V. Ex"mantém a emenda?

O SR. MATHEUS IENSEN (PMDB - PR.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, contri­buindo para a rapidez da votação da AssembléiaNacional Constituinte, retiro o meu destaque.(Muitobem! Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Muitograto a V. Ex"por retirar o destaque.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­O nobre Constituinte IrajáRodrigues está presen­te?

O Sr. Jorge Uequed - Peço a palavra pelaordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JORGE UEQ((E() (PMDB - RS.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o nobreConstituinte Irajá Rodrigues pediu-me que reti­rasse sua Emenda, porque S. Ex" não pôde com­parecer hoje à sessão.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-S. Ex" retira a Emenda.

A Emenda é retirada, mesmo porque S. Ex'não está presente e, pelo Regimento, não se podeapreciá-Ia.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Anuncio a Proposição do nobre ConstituinteMau­roMiranda.

O SR. MAURO MIRANDA (PMDB - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, retirominha proposição.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-S. Ex' retira a proposição. Os nossos agradeci­mentos a S. Ex'

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12830 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINlE Agosto de 1988

o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Anuncio a proposição do nobre Constituinte Do­mingos Juvenil.

O SR. DOMINGOS JOVENIL (PMOB - PASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu aretiro.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQQEN°572

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n9

2T00465-6. - Waldeck Omelas.

O SR. PRESIDENTE «(lJysses Guimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N9 465Do Sr. Waldeck ameIas

Suprima-se, do Projeto de Constituição (B) o§ 3° do art. 32.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a proposição do nobre Constituinte WaI­deck Omelas,

S. Ex" propõe a supressão do § 3°, do art. 32,que diz:

"As contas dos Municípios ficarão durantesessenta dias, anualmente, à disposição dequalquer contribuinte, para exame e aprecia­ção, o qual poderá questionar-lhes a legitimi­dade, nos termos da lei."

O nobre Constituinte Waldeck Ornelas quer asupressão deste dispositivo.

Tem a palavra o nobre Constituinte, para enca­minhar.

O SR. WALDECK ORNELAS (PFL - BASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, há uma fórmula para resolvermosesse problema, de ganhar-se tempo. na elabo­ração da nova Constituição. É retirar este dispo­sitivodo Projeto, porque ele é, nítida e caracteristi­camente, supérfluo, ocioso e indigno para comas administrações municipais de nosso País.

Dizo dispositivo:

"As contas dos Municípios" - atentembem para o fato - "ficarão, durante sessentadias, anualmente, à disposição de qualquercontribuinte, para exame e apreciação, o qualpoderá questionar-lhes a legitimidade, nostermos da lei."

Ainda vai existiruma lei.Ora, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, no qae

dizrespeito à competência dos Tribunais de Con­tas, o art. 76, § 2°, já estabelece, de forma muito.mais ampla, que

"Qualquer cidadão, partido político, asso­ciação ou sindicato é parte legítima para, naforma da lei, denunciar irregularidades ouabusos perante o Tribunal de Contas daUnião."

O art. 77 diz:

"As normas estabelecidas nessa sessão"- que se referem ao Tribunal de Contasda União - "aplicam-se, no que couber, àorganização e fiscalização dos Tribunais de

Contas dos Estados e do Distrito Federal,e dos Tribunais e Conselhos de Contas dosMunicípios."

Ora, no § 2°do art. 76, esse direito é asseguradoa qualquer cidadão, no § 3°, que quero suprimir,o direito é dado a qualquer contribuinte. Não hádúvida de que, existindo um Conselho de Contasnos municípios, ou sendo a fiscalização extemada Câmara de Vereadores exercida com apoiodo Tribunal de Contas dos Estados, a existênciadeste dispositivoé completamente desnecessária,ou, então, vão existir duas leis para tratar de ummesmo assunto.

Por isso, o meu apelo ao bom senso. Não setrata, apenas, de suprimir votações; o mais corretoé que votemos, e votemos para retirar dispositivoscomo este, que são inócuos, supérfluos, ociosose, sobretudo, desrespeitosos para com os admi­nistradores municipais de nosso País. (Muitobem!)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o Sr. Constituinte José Fernandes,para o contraditório.

O SR. JOSÉ FERNANDES (PDT - AM.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, desejo encaminhar contra, ou seja,pela rejeição da Emenda Waldeck Omêlas, por­que é a primeira vez que é inserida, em um textoconstitucional, a obrigatoriedade de os adminis­tradores prestarem contas aos seus munícipes,àqueles que, realmente, pagando os tributos, fi­nanciam as atividades das diversas comunas.

Só queria lembrar ao Constituinte que quer su­primir este texto que está falida hoje a instituiçãodo exame das contas municipais por parte dosTribunais de Contas ou até dos Conselhos deContas. A verdade é que algumas contas estãohá mais de 10 anos nesses Conselhos. E mais,os Conselhos são preenchidos através de açõespolítícas e não há, na história da verificação dascontas públicas municipais, qualquer tipo de se­gUrança que dig~ que os Conselhos, por exemplo,de Contabilidade, de Economia, de Engenharia,e assim por diante, podem verificar as contas.A única maneira é abrir à sociedade o examedas contas dos administradores municipais, se­não vai continuar a haver corrupção desenfreadanas comunas, sem que se possa colocar um freioa essa ação que tem, a cada dia, dilapidado osrecursos municipais.

Portanto, pela rejeição da emenda supressivado Constituinte Waldeck Omélas. (Muitobem!)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos ouvir agora o parecer do Relator.

O SR. JOSÉ FOGAÇA (Relator) - O pare­cer, Sr. Presidente, é pela rejeição.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O Relator manifesta-se pela rejeição da emenda.

Vamos à votação.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, o PCBvotarácontra.

O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará contra.

O Sr. Plínio Amlda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PLíNIo ARRODA SAMPAIO (Pf ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Pl', como é favorável a glasnost, não vai votarem uma emenda antigJasnost. De modo quevota "não",

o Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palvra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMOBvota "não".

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR.INOCéNCIO OUVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PFLdeixa a questão em aberto no seio de sua Ban­cada.

O Sr. Florlceno Paixão - Sr. Presidente, pe­ço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palvra o nobre Constituinte.

O SR. FLORlCENO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota "não".

O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM(PC do B - AL.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B vota "não".

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PSDBvota "não".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NElTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"não".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­A Presidência declara que conversou com a1gu-

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIANAGONALCONSTITrnNTE Sexta-feira 19 12831

mas Lideranças, fazendo um apelo quanto a umadecisão que quer tomar, que os dias da semanaque vem, a semana da concentração, sejam desti­nados à votação, para que as Lideranças se reú­nam preferentemente à noite. Assim, votaremosde manhã, votaremos à tarde, pelo menos emum número razoável de dias. Conto com a colabo­ração, o sacrifício de trabalho à noite das lideran­ças para a votação render mais.

Vamos votar.

O 5r. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O 5R. PRE5IDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O 5R. ADOLFO OUVEIRA (PL- RJ.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberal fica com o texto.

Vota "não".

O 5r. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O 5R. PRE5IDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O 5R. MAURO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDC vota"não".

o 5r. Antônio de Jesus - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O 5R. ANTONIO DE JESU5 (PMDB - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, registroa presença, neste Plenário, de dois companheiros,autênticos evangélicos. Francisco Dias, do Estadode São Paulo, que assumiu a vaga do ConstituinteCardoso Alves, e Paulo Almada, que assumiu avaga do nosso colega Leopoldo Bessone. Sãodois evangélicos que vêm para esta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­A Presidência associa-se às justas manifestaçõesde regozijo de V.Ex"e da Casa.

O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res. A proposição tem parecer contrário. (Pausa)

(Procede-se à votação)

O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n° 819):

SIM-52NÃO-281ABSTENÇÃO- 5TOTAL-338

A Emenda foi rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - NãoAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira- NãoAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - NãoAécio de Borba - NãoAgripino de Oliveira Lima - Sim

Albérico Cordeiro - NãoAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - NãoAlmirGabriel - NãoAloysio Chaves - NãoAluizioBezerra - NãoAluízio Campos - NãoÁlvaroValle- NãoArnaury Müller- NãoÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - NãoAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - NãoAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntoniocarlos Mendes Thame - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Gaspar - NãoAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - NãoArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - NãoAugusto Carvalho - NãoÁureo Mello- AbstençãoBasílio VJllani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva- NãoBenito Gama - SimBernardo Cabral- NãoBeth Azize- NãoBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal - NãoCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCarlos Sant'Anna - SimCarrel Benevides - NãoCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - Nãoéésar Maia - NãóChagas Duarte - NãoChagas Rodrigues - NãoCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - NãoCunha Bueno - NãoI)arcy Deitos - NãoDarcy Pozza - NãoDélio Braz - NãoDenisar Arneiro - SimDirceu Carneiro - NãoDjenal Gonçalves - SimDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Lima - NãoElias f./\urad - NãoEliel Rodrigues - Não

Eraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoEuclides Scalco - NãoEunice Michiles- NãoEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - NãoFábio Raunheitti - NãoFarabulini Júnior - NãoFausto Fernandes - NãoFausto Rocha - SimFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - Simflavio Palmier da Veiga - NãoFlorestan Fernandes - NãoFloriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - NãoFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - NãoFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Dornelles - NãoFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - NãoFurtado Leite - NãoGastone Righi - NãoGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGilson Machado - NãoGumercindo Milhomem - NãoHaroldo Lima - NãoHaroldo Sabóia - NãoHélio Manhães - NãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - NãoIberê Ferreira - NãoIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsrael Pinheiro - NãoItamar Franco - NãoIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJairo Azi- SimJamil Haddad - NãoJarbas Passarinho - SimJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - NãoJoão Agripino - NãoJoão Alves - SimJoão Calmon - NãoJoão Castelo - SimJoão de Deus Antunes - NãoJoão Herrmann Neto - NãoJoão Lobo - NãoJoão Machado Rollemberg - NãoJoão Natal - NãoJoão Paulo - NãoJoaquim Bevilacqua - NãoJoaquim Sucena - NãoJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage - Não

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12832 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

Jorge Uequed - NãoJosé Camargo - NãoJosé Carlos Coutinho - NãoJosé Carlos Grecco - NãoJosé Costa - NãoJosé Dutra - NãoJosé Egreja - NãoJosé Elias - SimJosé Fernandes - NãoJosé Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - NãoJosé Geraldo - SimJosé Guedes - NãoJosé Jorge - NãoJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Mauricio - NãoJosé Melo - NãoJosé Mendonça Bezerra - NãoJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Richa - NãoJosé Serra - NãoJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - NãoJosé Ulísses de Oliveira - NãoJosé Viana - NãoJosé Yunes - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - NãoLélio Souza - NãoLevyDias - SimUdice da Mata - NãoLouremberg Nunes Rocha - NãoLúcio Alcântara - NãoLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuizFreire - NãoLuiz Gushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - NãoLuizSalomão - NãoMaguito Vilela- NãoManoel Castro - SimMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMarco Maciel- NãoMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - NãoMarta Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - NãoMauricio Campos - AbstençãoMauricio Corrêa - NãoMauricio Fruet - SimMauricio Nasser - NãoMaurilioFerreira Uma - NãoMauro Borges - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - Não

Max Rosenmann - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMiltonBarbosa - NãoMilton Reis - NãoMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - SimMussa Demes - SimMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Carneiro - SimNelson Jobim - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNestor Duarte - NãoNey Maranhão - NãoNilson Gibson - NãoNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoOctávio Elísio - NãoOdacir Soares - NãoOlivio Dutra - NãoOrlando Bezerra - NãoOscar Corrêa - SimOsmar Leitão - NãoOsmir Uma - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - NãoPaes Landim - SimPaulo Almada - NãoPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - NãoPaulo Paim - NãoPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPedro Ceolin - NãoPimenta da Veiga - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Bezerra - NãoRaimundo Ura - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRaul Ferraz - NãoRenan Calheiros - NãoRenato Bernardi - NãoRenato Vianna - NãoRicardo Izar - SimRoberto Augusto - NãoRoberto Brant - NãoRpberto Campos =-- SimRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - NãoRoberto Torres - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - Nõo

Ronaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - NãoRubem Medina - NãoRuben Figueiró - AbstençãoRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - NãoSamir Achôa - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Brito - SimSérgio Werneck - NãoSigmaringa Seixas - NãoSilvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoStélio Dias - NãoTadeu França - NãoTeotônio VilelaFilho - NãoTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - NãoValmir Campelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - NãoVicente Bego - NãoVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - SimVilson Souza - NãoVinicius Cansanção - NãoVirgílio Galassi - NãoVirgílio Guimarães - NãoVitorBuaiz - NãoVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - NãoWagner Lago - NãoWaldeck Ornélas - SimWaldyr Pugliesi - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - NãoWilson Martins - NãoZiza Valadares - Não

A S .. Dirce Tutu Quadros - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra a nobre Constituinte.

A SR" DIRCE TUTU QUADROS (PSDB ­SP. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,meu voto é "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.598

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a emenda nO

2TOI035-4. - Marcos Queiroz.

• O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­E a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N° 1.035Dos Srs. Marcos Queiroz e

Egldio Ferreira Uma

Suprima-se do § 3°, do art. 33, do Projeto deConstituição, as expressões "vedada a sua divisãoem municípios".

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSrrrUINTE Sexta-feira 19 12833

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio Emenda n° 1.035, do nobre ConstituinteMarcos Queiroz.

S. Ex' está presente? (Pausa)A emenda é sobre o art. 33 - Distrito Federal

-, § 3° Diz o texto:

"O Distrito Federal, vedada sua divisão emmunicípios, ..."

S. Ex' quer retirar esta vedação, que noDistrito Federal possam ser criados muni­cípios - "reger-se-á por Lei Orgânica apro­vada por dois terços da Câmara Legislativa."

Está inscrito o nobre Constituinte Egídio Fer­reira Lima, a quem dou a palavra.

O SR. EofDlO FERREIRA LIMA PRONUN­CM DISCURSO Q(JE, ENTREOaE À REVI­s40DOORADOR, SERÁPUBUCADOPOS­TERIORMENTE.

O Sr. Nelson Carneiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON CARNEIRO (PMDB- RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, meuvoto, no texto anterior, foi registrado como a favor,mas votei contra.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o Constituinte Paes Landim, quevai manifestar-se contrariamente à proposição.

OSR. PAES LANDIM (PFL- PI. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes,a emenda ora defendida pelo eminente Consti­tuinte Egídio Ferreira Lima não merece aprova­ção, sem embargo do respeito que S. Ex' merecede toda a Casa.

A Constituinte já cometeu um erro ao conva­lidar uma criação da Junta Militarde 1969, quefoi a figura do governador.

O Distrito Federal, na tradição republicana denosso País, sempre teve o seu prefeito. Aliás, estaé uma tradição majoritária dos países ocidentais.Há o prefeito do Distrito de Colúmbia, de Paris,de Londres e até Moscou tem o seu prefeito, natradição socialista. No Brasil, a Junta Militarqueassumiu o poder em 1969, na elaboração daEmenda Constitucional n° 1- Constituição essatão criticada aqui, inclusive pelo eminente Presi­dente da Constituinte, em várias oportunidades-, criou a figura do governador, violando a tradi­ção histórica do Brasil. Segundo consta e aquipediria licença ao eminente Senador Jarbas Pas­sarinho para corroborar ou não -, a justificativaà época era que, como o RDE proíbe a coronéisou a qualquer patente de oficial do Exército serprefeito sem perder a posição de militar da ativa,criou-se a figura do governador, para propiciara oportunidade a um militar da ativa ser nomeadoGovernador do Distrito Federel, Então, foi umacriação da Junta Militarna atual Constituição tãocriticada aqui pelos componentes majoritários doPlenário, pelas esquerdas. E consagramos essacriatividade da Junta Militar, preservando a figurado governador do Distrito Federal. O que se pode­ria fazer, em respeito às tradições republicanase democráticas, era restabelecer a figura de pre­feito, embora esse fosse ou não eleito - méritoda questão a ser discutida.

Portanto, Sr. Presidente, querer-se, ainda, trans­formar o Distrito Federal numa série de minipre­feituras com a figura de governador distrital, quefoioutra grande inovação constitucional brasileira,essa figura de governador distrital, pelo nome,significaria o prefeito em circunstãncias especia­líssimas; com esse nome de governador distrital,seria uma razão, portanto, para que fossem agoracriadas subprefeituras ou as cidades-satélites dis­tribuídas em prefeituras, criando-se uma redun­dância de poderes, uma superposiçãode poderes,enfim, aumentando a carga burocrática do Dis­trito Federal, criando mais ônus para o contri­buinte.

Não tem nenhuma procedência, portanto, aemenda defendida pelo eminente ConstituinteEgídio Ferreira Lima, com. todo o respeito queesta Casa tem por S. Ex', até porque, repito, aprópria criação do governador distrital, imitandouma criação da Junta Militar, tão criticada aquina Constituinte, já foi um erro nosso do pontode vista técnico constitucional e da nossa tradiçãohistórica tê-Ia mantido aqui, nesta Constituinte.

Portanto, Sr. Presidente, devemos dizer "não"à emenda supressiva defendida por essa grandefigura humana que é o Constituinte Egídio Fer­reira Lima.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, SI""' e Srs. Constituintes, não pre­ciso colocar em relevo a dificuldade que tenhopara discordar do eminente Constituinte EgídioFerreira Lima, dificuldade que se amplia no ins­tante em que não dá para evoluir quanto ao pare­cer, conforme S. Ex' fez no apelo final.

Chamaria a atenção dos eminentes Constituin­tes para o fato de que o Distrito Federal constituimunicípio neutro, e, como tal, é unidade indivi­sível; município é subdivisão do Estado.

Ora, não sendo o Distrito Federal Estado, nãocabe sua divisão em municípios, e sim em regiõesadministrativas. Aliás, quem se lembra do antigoDistrito Federal, depois transformado em Estadoda Guanabara, verificará exatamente esta circuns­tância. Ora, aceitar, como quer o eminente autorda emenda, e tão brilhantemente defendida peloConstituinte Egídio Ferreira Lima, seria criar umconflito de imcompetência, e por quê? Porqueteríamos, sobretudo, no que tange à competênciatributária, uma bitributação de impostos muni­cipais, impostos estaduais num Estado inexisten-te. .

Sr. Presidente, os municípios são criados porConstituição e o que se vê no texto constitucionalé o § 3° "O Distrito Federal reger-se-á por leiorgânica". Esta é a razão de ter ficado, entre vírgu­las, "vedada a sua divisão em municípios".

Por tudo isso, Sr. Presidente, não tenho comoacolher, o que faço a contragosto, a emenda de­fendida pelo ilustre Constituinte Egídio FerreiraLima.

Por estas razões, Sr. Presidente, sou pela rejei­ção.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vamos à votação,

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NETl'O (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, sigo o pare­cer do Relator e voto "não", recomendando-o àminha Bancada.

O Sr. Haroldo Urna - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B considera que não tem procedência se proi­bir na Constituição o futuro de Brasília. Então,votaremos a favor desta emenda; o voto é "sim".

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOCêNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente Liberal recomenda à sua Bancadavote "não", pois considera esta emenda um gran­de equívoco.

O Sr. AdemirAl\drade - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará "sim", pela autonomiamunicipal do Distrito Federal.

O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MAURO BORGES (PDC - GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristâo vota com o Relator, pela rejei­ção, se não irá haver uma descaracterização doDistrito Federal, com grave prejuízo.

O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, pelas mes­mas razões enunciadas pelo nobre ex-GovernadorMauro Borges, o Partido Liberalvota "não", acom­panhando o Relator.

O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PTB vota "sim", pela autonomia das cidadessatélites como municípios.

O Sr. Augusto Carvalho - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

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12834 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAAS5EMBI..ÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Ag~de1988'

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

o SR. AUGUSTO CARVAUlO (PCB - DF.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBentende que a emenda não cria município, apenasnão proibe constitucionalmente a criação de mu­nicípio; ap6ia a emenda, votando "sim".

O Sr. VIrgOlo Guimarães - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VlRGjuo GUIMARÃES (PT- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido dos Trabalhadores vota "sim".

O Sr. Artur elaTávola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, aten­dendo a ponderações de Membros do DistritoFederal da Bancada do PSDB, votaremos "sim".

O Sr. Michel Temer - S;, Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MICHEL TEMER (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBacompanha o Relator e vota "não".

O Sr. VIvaldoBarbosa-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota"nêo".

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­A Mesa pede a compreensão dos Srs. Consti­tuintes, porque as sessões das segundas-feirasserão realizadas às '18 horas. Eram realizadas às14 horas e 30 minutos, passamos para às 16horas, e agora, num esforço de compreensão,pela chegada dos aviões a Brasília, convocamosuma sessão para terça-feira, pela manhã, numasêmana de esforço concentrado.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­AMesa pede a colaboração para que os Srs. Cons­tituintes não se ausentem do plenário, senão anossa métlia de votação ficará baixa, aquém dasnossas expectativas, aquém dos nossos cálculose os do próprio País.

Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res. A emenda tem parecer contrário. (Pausa.)

(Procede-se iJ YOtaçâo.)

O SR. PRESIDENTE (UIys!;es Guimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 820):

SIM-166NÃO-182ABSTENÇÃO-4TOTAL-352

A Emenda foi rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcival Gomes - SimAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - NãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - NãoAécio Neves - NãoAffonso Camargo - SimAgripino de Oliveira Uma - SimAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel- NãoAloysio Chaves - NãoAluizioBezerra - SimAluízioCampos - NãoÁlvaro Valle- NãoAlysson Paulinelli - NãoAmaral Netto - NãoAmaury Müller - SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAmaldo Faria de Sá - SimAmaldo Martins - NãoAmaldo Moraes - NãoAmaldo Prieto - NãoArtenir Werner - NãoArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - NãoÁtila Ura - NãoAugusto Carvalho - SimBasílio Vmani- NãoBenedita da Silva - SimBenito Gama - NãoBernardo Cabral- NãoBeth Azize- SimBezerra de Melo - NãoBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - NãoCarlos Alberto Ca6 - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - SimCarlos De'Carli - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - NãoCarrel Benevides - SimCássio Cunha Uma - NãoCélio de Castro - SimCelso Dourado - Sim

César Maia - NãoChagas Neto - NãoChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - NãoDarcy Deitos - SimDavi Alves Silva - NãoDélio Braz - SimDenisar Ameiro - NãoDirce Tutu Quadros - SimDirceu Cameiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - NãoEliézer Moreira - NãoEraldo Tinoco - NãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - NãoEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFábio Raunheitti - SimFarabulini Júnior - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - NãoFlorestan Fernandes - SimAoriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - NãoFrancisco Amaral- NãoFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Dornelles - NãoFrancisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - NãoGastone Righi - SimGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGUsonMachado - NãoGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Uma - SimHaroldo Sab6ia - SimHélio Costa - SimHélio Manhães - NãoHélio Rosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimIberê Ferreira - NãoIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira - Não/ram Saraiva - SimIrma Passoni - Sim

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Sexta-feira 19 12835Agostode 1988 DIÁRIO Dt\ ASSE'MBI..áA NAOONAL CONSlITUINTE

Israel Pinheiro - NãoItamar Franco - NãoIturivalNascimento - NãoIvo Lech - SimIvoMainardi - NãoIvo Vanderlinde - NãoJairo Azi.....:. NãoJalles Fontoura - NãoJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - NãoJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - NãoJesus Tajra - NãoJoão Agripino - SimJoão Alves - NãoJoão Calmon - NãoJoão Castelo - NãoJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Lobo - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Hayckel - SimJoaquim Sucena - NãoJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Bomhausen - NãoJorge Hage - SimJorge Uequed - AbstençãoJorge Vianna - NãoJosé Agripino - NãoJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Dutra - NãoJosé Elias - SimJosé Fernandes - NãoJosé Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - SimJosé Geraldo-c- NãoJosé Guedes - SimJosé Jorge - NãoJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Maurício - SimJosé Melo - NãoJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - NãoJosé Richa - SimJosé Serra - NãoJosé Teixeira - NãoJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - NãoJosé ülíssesde Oliveira- NãoJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - SimLélio Souza - SimLevy Dias - SimLídice da Mata - SimLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - NãoLuíz Alberto Rodrigues - SimLuíz Freire - Sim

LuizGushiken - SimLuizHenrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - NãoLuizSalomão - SimLysâneas Maciel - NãoMaguito VIlela - SimManoel Castro - NãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMarco Maciel- NãoMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - NãoMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - NãoMaunlio Ferreira Lima - SimMauro Borges - NãoMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - NãoMaxRosenmann - NãoMeira Filho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMilton Barbosa - NãoMilton Reis - NãoMiraldo Gomes - NãoMiro Teixeira - NãoMussa Demes - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtaIi Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Cameiro - NãoNelson Jobim - NãoNelson Seixas - Não •Nelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoOctávio Elísio - SimOdacir Soares - SimOscar Corrêa - NãoOsmar Leitão - SimOsmir Lima - NãoOsvaldo Bender - NãoOsvaldo Coelho - NãoOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Almeida - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - NãoPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - NãoPawo Mincarone - NãoPaulo Paim - Sim

Paulo Pimentel - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - SimPlínioArruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - NãoRaimundo Rezende - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRaul Ferraz - AbstençãoRenan Calheiros - SimRenato Bemardi - SimRenato Johnsson - NãoRenato Vianna - NãoRita Camata - SimRoberto Brant - NãoRoberto Campos - NãoRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonaro Corrêa - NãoRospide Netto - NãoRubem Branquinho - NãoRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - NãoRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - AbstençãoSamir Achôa - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - NãoSérgio Wemeck - NãoSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSimão Sessim - SimSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - SimTadeu França - NãoTeotônio VIlela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan SpineUi- NãoValmirCampelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - NãoVIlsonSouza - SimVinicius Cansanção - NãoVirgilio Galassi - NãoVirgilio Guimarães - SimVitorBuaiz - SimVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Omélas - NãoWaldyr Pugliesi - Sim

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12836 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTIfUINTE Agosto de 1988

Wilma Maia- SimWilson Campos - SimWilson Martins- NãoZizaValadares- Sim

o SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Anuncio o destaque do nobre Constituinte JoãoMachado Rollemberg.

O Sr. Paulo Ramos - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PAULO RAMOS (PMOB - RJ. Semrevisãodo orador.) - Sr. Presidente, só para regis­trar o meu voto "sim".

Õ SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães)­Perfeito.

O Sr. João Machado Rollemberg - Sr. Pre­sidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOÃO MACHADO ROLLEMBERG(PFL- SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, meu destaque tem parecer contrário doRelator. Por esta razão, para colaborar, retiro odestaque.

O SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães)­Muitograto a V. Ex"

Vamos à votação.

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, antes deV. Ex'anunciar a nova emenda, eu pediria a aten­ção do Sr. Relator.

No que diz respeito ao art. 33, § 5°, há umaemenda do Constituinte Geovah Amarante, quenão se encontra presente, e que importa na su­pressão da palavra "legislativas"- a rigor, é umaemenda de correção. Que o Sr. Relator aceiteessa emenda, senão ficará o DistritoFederal semas outras competências consistentes dos muni­cípios.

Assim, Sr. Presidente pediria fosse ouvido oRelator e que S. Ex" aceite como uma espéciede correção.

O SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães) ­É uma supressão, e acontece que o ConstituinteGeovah Amarante, conforme estou informado,não está no exercício.

O SR. NELSON JOBIM - Sr. Presidente,o problema é outro, é de correção. O DistritoFederal, no que diz respeito à existência de muni­cípios, tem que ficar com a competência não sólegislativa dos municípios como a competênciacomum e administrativa, porque tem a caracte­rística também de um município. É uma questãode correção. Se não ficaria um absurdo.

Este é o meu entendimento, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) ­Como se trata de emenda de redação, ela seráresolvida no momento oportuno.

Passo ao Relator para, oportunamente, exami­nar da procedência ou não das alegações de V.Ex'

Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator- Sr.Presidente, Srs. Constituintes, a matéria estã paraser resolvida agora:

O Constituinte Geovah Amarante apresentoucomo emenda supressiva, S. Ex"quer que se su­prima o termo "Legislativas".

Em janeiro deste ano dei parecer favorável eeu dizia que o autor buscava eliminar o caráterrestritivodo texto, da linha de raciocínio do emi­nente Constituinte Nelson Jobim.

De qualquer maneira, a emenda é pertinente,oferece harmonia ao Projeto, mas tem que sersubmetida a votos do Plenário, que tenho a im­pressão de que não recusará apoio à aprovação.

Portanto, Sr. Presidente, sou pela aprovação,mas com o voto do Plenário.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Não vou colocar a emenda em votação, porquecontrariaria a norma, pois S. Ex"não está no exer­cício, não está presente o autor.

Vamos fazer isto: se a emenda for de teor, evi­dentemente, como parece ser, de redação, haveráinstância oportuna para resolver o assunto.

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, se o autornão está presente, a emenda está prejudicada.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­é claro.

Anuncio o Destaque n- 1.279, do nobre Consti­tuinte João Machado Rollemberg.

Parece-me que rsta emenda conecta com aanterior, retirada por S. Ex'; parece que há a sortede que uma se vincula à outra. Em todo caso,o juiz é a consciência do emimente Relator.

O Sr. João Machado Rollemberg-Sr. Pre­sidente, peço a palavrapeja ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOÃO MACHADO ROLLEMBERG(PFL- SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, retiro o destaque.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Muitograto a V. Ex'.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) ­sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 4

Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda N°

2TOl609-3.(Suprima-se no inciso 11 do art. 38, a expressão

"primeira".) -Nelson Jobim.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N° 1.609Do Sr. Nelson Jobim

Suprima-se no inciso 11 do art. 38, a expressão"primeira".

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) ­O nobre Constituinte Nelson Jobim tem um des­taque. Éa Emenda n°1.609. S. Ex'deseja suprimira palavra primeira". Já estamos no Capítulo VII- "Da Administração pública". O art. 38 esta­belece:

"1-os cargos, empregos e funções públi­cas são acessíveis a brasileiros que preen­cham os requisitos estabelecidos em lei;

11 - a primeira investidura em cargo ouemprego público depende de aprovação pré­via em concurso..."

O texto é muito conhecido da Casa. S. Ex'.quer retirara palavra "primeira", naturalmente pa­ra que qualquer investidurase faça mediante con­curso.

O nobre ConstituinteJosé Paulo Bisol tem pro­posição análoga: retirar essa exigência de quea primeira investidura depende de concurso.

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, as duas emen­das supressivas, de minha autoria e do Consti­tuinteJosé Paulo Bisol,receberam parecer favorá­vel do Relator e apoiamento integral das Líderan­ças. Isto dispensa sustentação. O PMOB enca­minha "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­O parecer do Relator é favorável.

Vamos à votação.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem:

O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvota"sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­OPCBvóta "sim".

O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PúNIO ARRUDA SAMPAIO (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­O PT vota "sim".

O Sr. Vivaldo Bamosa-Sr. Presidente, peçoa palavra peja ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTtambém vota "sim".

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Agosto de 1988 DIÁRIODA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONsmOlNTE Sexta-feira 19 12837

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O PDT vota "sim".

O Sr. Inocêncio OOveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulyusses Guimarães)- Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOCtNCIO OUVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Liberal não ter participadodo acordos, mas sendo uma emenda que visamelhorar o texto do Projeto Constitucional, a Ude­rança do partido recomensa á sua Bancada quevote "sím".

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O PFL também vota "sim".

O Sr. Genon Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sim", de acordo com o entendimento.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O PDS vota "sim".

O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente, peçoa p2llavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O PSB vota "sim".

O Sr. ElIas Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EUAS MURAD (PTB - MG.Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O PTBvota "sim".

O Sr. Eduardo Bonfim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "sim".

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O PC 'do B vota "sim".

O Sr. Eraldo TInoco - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, antes davotação, como não houve encaminhamento, gos­taria de uma explicação do Sr. Relator.

Retirada a expressão "primeira investidura", sig­nifica,por exemplo, que a ascensão funcional nu-

ma universidade em que alguém ingressa no car­go de professor-assistente, depois ele tem condi­ção de passar para professor-adjunto, se retiradaa palavra "primeira", nesta hipótese, como é umcargo diferente, ele terá que prestar concurso pú­blico, salvo melhor juízo?

Gostaria de uma explicação do Sr. Relator.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Relator.

OSR. ERALDO TINOCO-Não é ascensão.Aí fala em investidura. Uma ascensão funcionaltambém é uma investidura em cargo público.Gostaria de um esclarecimento, porque não estoubem informado sobre a matéria.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o autor da emenda.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, foi exami­nado pelo Sr. Relator que isto representa um im­pedimento para a transposição de cargo indepen­dente de concurso. É uma carreira - e o emi­nente Constituinte a isso se refere em que háa manutenção do mesmo cargo de professor euma ascensão funcional. Não há necessidade deconcurso no caso de juiz de direito, desembar­gador, etc. Isso fica plenamente ressalvado, tendoem vista o desenvolvimento da carreira.

O Sr. Eraldo Tinoco Permita-me, Sr. Presi­dente, trata-se de um cargo diferente. O cargo,por exemplo, de professor-assistente é um, o car­go de professor-adjunto é outro.

O SR. NELSON JOBIM - Não. Há umadiscordância sobre a função. Eminente Consti­tuinte, o cargo é um só, de professor; o outroé o desenvolvimento de carreira.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Srs. Constituintes, vamos à votação e os esclareci­mentos prestados integrarão a mens legis e amens leglslatoris. Quem for aplicar o texto, oaplicará com a interpretação dada, com as decla­rações do Relator e do debate aqui havido.

A decisão final cabe ao Plenário.

O Sr. Jorge Hage - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JORGE HAGE (PSDB - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSDB vota"sim".

O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MACIRO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. AMARAL NE1TO (PDS - RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o voto doPDSé "sim".

O Sr. Paulo Paim - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PAOLO PAIM (PT- RS. Sem revisãodo orador) - Sr. Presidente, o PT vota "sim".

O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL- RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PartidoUberal participa do acordo. A Uderança tem dúvi­das, mas confia em que prevalecerá, afinal,o bomsenso.

A dúvida da Liderança, Sr. Presidente, diz res­peito ao preenchimento do quinto constitucionaldo Tribunal de Justiça, legislação da Ordem dosAdvogados.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sr. Constituinte, figurará nos Anais, para interpre­tação, qualquer dúvida que posteriormente surja.

Os textos se interpretam, também, pelos Anais.Por isso, as intervenções, os debates têm umaimportância interpretativa.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Os Srs. Constituintes já podem votar.

A proposição tem parecer favorável do emi­nente Relator.

(Procede-seà votação)

OSr.MenduBoteJho-Sr. Presidente,peçoa palavra peJaordem.

OSR. PRIii!JIDElYTE ((JJysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MEJYDES BOTELHO (PTB - SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente,so/icitoa V. Ex"registre o meu voto "sim ':

O SR. PRESIDElYTE ((JJysses Guimarães)­Será feito o registro.

O SR. PRESIDElYTE ((JJysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vaiproclamaro resultado (lIOtaçãon: 821):

SIM-318NÃO-9ABSTENÇÃO- 4TOTAL-331

A Emenda foi aprovada.

VOTARAM OS SRS. CONSrrrUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAécio Neves - SimAldo Arantes - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel - SimAloysioChaves - SimAluízio Campos - SimÁlvaro Valle- SimAlysson Paulinelli- Sim

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12838 Sexta-feira 19

Arnaral Netto - SimArnawy Müller- SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnníbal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaLíra - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- AbstençãoBasílio VIIlani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBemardo Cabral- SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal- SimCarlos Cotta - SimCarlos De'Carli - SimCarlos Mosconi - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Neto - SimChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - NãoDarcyDeitos - SimDélio Braz - SimDenisar Arneiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Cameiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - NãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEuclides Scalco - Sim

DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NACIONAL CONSmUINTE

Eunice Michiles- SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFemando Bezerra Coelho - SimFemando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlorestan Femandes - SimFloriceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Domelles - SimFrancisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - SimGastone Righi - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGilson Machado - SimGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélioManhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJairo Azi- SimJaUes Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJesus Tajra - SimJoão Agripino - SimJoão Alves - SimJoão Calmon - SimJoão Castelo - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Hayckel- SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - NãoJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Sabóia - Sim

Agostode 1988

José Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Freire - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - NãoJosé Guedes - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLélio Souza - SimLevyDias - SimLídice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLuízMarques - SimLuízSalomão - SimMaguito VIlela - SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaurllioFerreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMaxRosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichelTemer - SimMiltonReis - SimMiraldo Gomes - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - Sim

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12839

Myrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNarCISO Mendes - SimNelson Aquiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Fnednch - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion Albernaz - SimOctávio Elísio - SimOlívio Dutra - SimOnofre Corrêa - SimOscar Corrêa - SimOsmir Lima - SirnOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SirnOsvaldo Sobnnho - SimOswaldo Almeida - SImOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - NãoPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macanni - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Zarzur - SimPImenta da Veiga - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha DerZI - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cãndtdo - SimRaquel Capibenbe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRenato Vianna - SimRita Camata - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRospide Netto - SImRubem Branquinho - SimRuben FIgueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - Sim

Saulo Queiroz - SimSérgio Bnto - SimSérgio Werneck - SimSigrnannqa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis- SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotonio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - SImTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SImVilson Souza - SImVinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgílio Guimarães - SimVItorBuaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldeck Ornélas - NãoWaldyr Pugliesi - SImWilson Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Sim.

o Sr. Francisco Amaral - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB-SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, votei"sim" na última votação

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Será registrado.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda n° 741, do Sr Constituinte.Joaci Góes (Pausa.)

S. Ex' não está presenteConsidero prejudicada a emenda, pela ausên­

CIa do nobre Constituinte.

O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte

O SR. ELIAS MURAD (PTB- MG.Sem revi­são do orador) - Sr. Presidente, esta é umaemenda de correção de linguagem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­A emenda foi retirada. Se é de correção de lingua­gem, poderá ser examinada na ocasião

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, a emendanão é de correção de linguagem. No caso, é umaquestão de interpretação, porque "prorrogáveis"

seria para dois anos, que é o limite. Não é redaçãofinal, ela está prejudicada

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Na ocasião da redação, eventual Imperfeição serácorrigida

O Sr. Benito Gama - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte

O SR. BENITO GAMA (PFL - BA Sem revi­são do orador) - Sr Presidente, quero registraro meu voto "não", na última votação

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio o seguinte texto de reunião:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacronal Constituinte,

Os firrnatários, abaixo assinados, vêm requerer,nos termos das normas regimentais, a reuniãodos destaques e emendas infra-referidos, para vo­tação simultânea, relativo ao texto do art 38, inci­so IV, para supressão parcial/correçáo, restandoos textos com a seguinte redação:

"Art 38 .. .IV - durante o prazo Improrrogável pre­

visto no edital de convocação, aquele apro­vado em concurso público de provas ou pro­vas e títulos será convocado com prioridadesobre novos concursados para assumir car­go ou emprego, na carreira"

Sala das Sessões, de agosto de 1988.-Márcio Lacerda D. 008/E 1601 LourembergNunes Rocha - D 521/E.410- FarabuliniJú­nior, D.236/E.41 O.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Trata-se de uma reumão de emendas subscritaspelos Srs. Constituintes MárCIO Lacerda, Lourem­berg Nunes Rocha e Farabulim Júnior Trata-sede uma nova redação oferecida ao art. 38, IV.A redação é a seguinte.

"Durante o prazo improrrogável, previstono edital de convocação, aquele aprovadoem concurso público de provas ou provase títulos será convocado com pnondade so­bre novos concursados para assumir cargoou emprego na carreira

Tem a palavra o Relator

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator)­Sr Presidente. Srs. Constituintes, somos pelaaprovação. Houve consenso entre as Lideranças.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­O Relator é favorável.

Vamos à votação

O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim"

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

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12840 Sexta-feira 19 olARIo DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agostode 1988

o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, houve acor­do. O PMDB vota "sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB- PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, em facedo acordo, o PCB vota "sim".

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOCâicIO OUVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Uberal não estar partici­pando dos acordos, mas considerando que estareunião de emendas melhora o texto constitu­cional, a Liderança do meu Partido recomendaà sua Bancada que vote "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Agradecemos a V. Ex"a colaboração para melho­rar o texto.

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TAVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, os tuca­nos votam "sim".

O Sr. Farabulini Júnior - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FARABULINI JáNIOR(PTB - SP.Sem revisão do orador.) - O PTB vota "sim",Sr. Presidente.

O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileirovota "sim".

O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MAURO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".

O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res. As emendas têm parecer favorável. (Pausa.)

{Procede-se à votação}

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, apertei erra­do o botão; meu voto é "sim".

O Sr. Olívio Dutra - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. oLÍVIo DUTRA (PT - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, acabo de votarenganado. O meu voto é "sim". Provavelmentemeu voto estará registrado "não". Voto "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Permita-me faça um apelo aos companheiros. Pe­ço aos amigos Constituintes permaneçam no ple­nário até às 14 horas, de vez que não haverásessão à tarde. Vamo-nos aguentar aqui, a come­çar pelo Presidente, todos os Constituintes, atéàs 14 horas, para que atinjamos a média - oproblema é de média de votação - e precisamosir até às 14 horas.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n" 822):

SIM-316NÃO-3ABSTENÇÃO - 4TOTAL-323

A reunião foi aprovada.

VOTARAMOS SRS. CO/'lSrrraINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigailFeitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio Neves - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimNfredo Campos - SimNmir Gabriel - SimNoysio Chaves - SimNuizio Bezerra - SimlIuízio Campos - SimAlvaroValle - SimAlysson Paulinelli- SimAmaral Netto - SimAmaury Müller- SimAnna Maria Rattes - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - Sim

Antonio Ueno - SimAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- SimBasílíoVmani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBemardo Cabral- SimBeth Azize - SimBezerra de Melo - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Cardinal- SimCarlos Chiarelli- SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCássio Cunha Uma - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia- SimChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimGáudio Ávila - SimCosta Ferreira "- SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos LeoneUi - SimDoreto Campanari - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim- SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - AbstençãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFemando Bezerra Coelho - SimFemando Henrique Cardoso - SimFemando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes.e-, SimFloríceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Domelles - Sim

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Agosto de 1988

Francisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimGastone Righi - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - NãoGilson Machado - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimGustavo de Faria - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélioManhães - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- Simlram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturivalNascimento - SimIvo Lech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlinde - SimJalles Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJoão Agripino - SimJoão Alves - SimJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - SimJosé da Conçeíção - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Paulo Bisol- Sim

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

José Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Yunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella- SimLélio Souza - SimLevy Dias - SimLídice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuiz Salomão - SimMaguito Vilela- SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel - SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMária Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Campos - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaun1io Ferreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Botelho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNarciso Mendes - SimNelson Aguiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- Sim

Sexta-feira 19 12841

Noel de Carvalho - SimOctávio Elísio - SimOlívio Dutra - NãoOscar Corrêa - SimOsmir Lima - SimOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel- SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRitaCamata - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel- SimSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - SimSérgio Spada - SimSérgio Werneck - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimTadeu França - SimTeotônio VilelaFilho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - SimValmirCampelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves- SimVicente Bogo - Sim

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12842 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBI..áA NACIONAL CONS1ITrnNTE Agosto de 1988

Victor Faccioni - SimVictor Fontana - NãoVilson Souza - SimVinicius Cansanção - SimVirgilio Guimarães - SimVitorBuaiz - SimVivaldoBarbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldeck Omélas - AbstençãoWaldyr Pugliesi - SimW~son Martins - SimZizaValadares - Sim

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a Mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 793

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°

2T00420-6Theodoro Mendes.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N°420Do Sr. Theodoro Mendes

Suprima-se, do projeto, inciso V do artigo 38que diz o seguihte:

..... os cargos em comissão e funções deconfiança na administração pública serãoexercidos, preferencialmente, por servidoresocupantes de cargo de carreira técnica ouprofissional, nos casos e condições previstosem lei".

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -S. Ex', o nobre Constituinte Theodoro Mendes,autor do Destaque, quer retirar do art. 38 - DaAdministração Pública - o inciso V, que diz oseguinte:

"Art 38.· ..V- os cargos em comissão e funções de

confiança serão exercidos preferencialmentepor servidores ocupantes de cargos de car­reira técnica ou profissional nos casos e con­dições previstos em lei."

S. Ex' deseja retirar este inciso V.Tem a palavra o nobre Constituinte Theodoro

Mendes, para dizer de suas razões.

OSR. THEODORO MENDES (PMDB-SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras.e Srs. Constituintes, os cargos em comissão sãoaqueles cujos ocupantes são demissíveis ad nu­tum, são os cargos reservados à AdministraçãoPública, que se renova para também renovar oespírito do novo Govemo, para renovar atravésda busca de companheiros de partido, não rarasvezes para implementar o ideal de determinadopartido que chega ao Govemo.

É evidente que, se mantivermos o texto consti­tucional estabelecendo que os cargos em comis- .são ou funções de confiança sejam exercidos pre- .ferencialmente por funcionários de carreira, esta­remos impedindo as administrações, que muitasvezes se elegem na oposição ou da oposição,de poder implementar o seu Governo, de poderimplementar a sua idéia de Govemo, de poder

implementar o seu pensamento administrativo epolítico.

Por isso, Sr. Presidente, eliminação desse incisonão vai impedir aque a Administração Pública ve­nha servir-se, eventualmente, de funcionários decarreira, para poder levá-los, então, ao exercíciode cargos em comissão. Todavia, esse texto, obri­gando a que preferencialmente se escolham fun­cionários de carreira para o exercício de cargosem comissão, significa impedir que novas admi­nistrações, vindas com novas idéias, possam tra­zer, às vezes, da iniciativa privada ou dos própriosquadros partidários, os novos ocupantes dos car­gos em comissão.

Sabendo;Sr. Presidente, que houve um acordode liderança para a votação favorável a este meudestaque, encerro, encaminhando favoravelmen­te. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O nobre Relator manifesta-se pela rejeição.

O Sr. Ivo Cersóslmo - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

OSR. IVO CERSÓSIMO (pMDB-MS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, registrei omeu voto "sim" e não saiu no painel.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex' será atendido.

O Sr. Wilson Campos - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. WILSON CAMPOS (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, registreio meu voto "sim" e não saiu na tela.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Nobre Constituinte Wilson Campos, V. Ex' seráatendido.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

O parecer do Relator é contrário à proposição.

O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a liderançado PSB indica votação "não".

O Sr. Ruberval PlIotto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. RUBERVAL PILOTTO (PDS - Se.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDSvota favoravelmente, vota "sim".

O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. MAURO BORGES (PDC - GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".

O Sr. Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, dentroda Bancada do PDT é uma questão aberta e dividi­da. Há, inclusive, emendas de companheiros doPDT no sentido contrário. No entanto, em virtudedo acordo feito com a liderança, o PDT reco­menda o voto "sim".

O Sr. Michel Temer - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. M1ÇHEL TEMER (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a liderançado PMDB votará "sim", mas, em face de umadivergência na Bancada, a questão está aberta.

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o psDBprefere o texto, e votará "não".

O Sr. Eduardo Jorge - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partidodos Trabalhadores recomenda à sua Bancada v0­te "não".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, o PCB votará"não".

O Sr. Inocêncio OliveIra - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. INOC~CIOOUVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente liberal recomenda à sua Bancadavote "sim".

O Sr. Eduardo Bonfim-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram os seus lugares, oparecer do douto relator é pela rejeição. [Pausa.)

(Procede-se à votação)

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DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTIfOlNTE Sexta-feira 19 12843

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 823):

S/M-129NÃO-l84ABSTENÇÃO- 7TOTAL-320

A Emenda foi rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira - SimAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - SimAécio Neves - SimAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlfredo Campos - NãoAlmir Gabriel - SimAloysio Chaves - SimAloysioTeixeira - NãoAluizioBezerra - NãoAluízioCampos - SimÁlvaro Valle- NãoAlysson Paulinelli - SimAmaral Netto - SimAmaury Müller - NãoAmilcar Moreira - NãoÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - NãoAntero de Barros - NãoAntônio Carlos Konder Reis - SimAntonio Ferreira - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - NãoAmaldo Prieto - SimArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra-NãoAugusto Carvalho - NãoÁureo Mello - AbstençãoBasílio Víllani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva - NãoBenito Gama - SimBemardo Cabral- NãoBeth Azize- NãoBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal- NãoCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - NãoCésar Maia - Não

Chagas Rodrigues - NãoCid Carvalho - SimCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - SimCristina Tavares - NãoCunha Bueno - SimDarcy Deitos - NãoDel Bosco Amaral- NãoDélio Braz - NãoDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - NãoDirceu Cameiro - NãoDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- NãoDomingos Leonelli - NãoDoreto Campanari - SimEdison Lobão - SimEdivaldo Motta - NãoEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - NãoElias Murad - SimEliel Rodrigues - NãoEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoErico Pegoraro - SimEunice Michiles- NãoEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - NãoFarabulini Júnior - NãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - SimAavio Palmier da Veiga - NãoAávio Rocha - NãoFlorestan Fernandes - NãoAoriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Domelles - NãoFrancisco Pinto - NãoFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - NãoGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - NãoGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - NãoGerson Peres - SimGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - NãoGustavo de Faria - SimHaroldo Uma - NãoHaroldo Sabóia - nãoHélio Costa - nãoHélio Manhães - NãoHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - NãoHumberto Lucena - NãoHumberto Souto - NãoInocêncio Oliveira- Sim

Iram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - NãoIturival Nascimento - NãoIvo Cersósimo - SimIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJalles Fontoura - NãoJarbas Passarinho - SimJoão Agripino - NãoJoão Calmon - NãoJoão Herrmann Neto - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal- NãoJoão Paulo - NãoJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - SimJorge Hage - NãoJorge Uequed - NãoJosé Agripino - NãoJosé Camargo - SimJosé Carlos Sabóia - NãoJosé Costa - SimJosé da Conceição.- SimJosé Egreja~ SimJosé Elias - SimJosé Femandes - SimJosé Fogaça~NãoJosé Genoíno - NãoJosé Geraldo - SimJosé Guedes - NãoJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - SimJosé Melo - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Serra - NãoJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - AbstençãoKÕytdha - SimLavoisier Maia - NãoLélio Souza - NãoLídice da Mata - NãoLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuizFreire - SimLuiz Gushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - SimLuiz Salomão - NãoMaguito VIlela - NãoJ'lllinoel Castro - SimMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - NãoMaria Lúcia - Sim

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12844 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988

Mário Assad - Não'Mário Maia - SimMarluce Pinto - NãoMaurício Corrêa - NãoMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - SimMauro Borges - SimMauro Campos - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - NãoMaxRosenmann - SimMeira Filho - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Carneiro - NãoNelson Jobim - SimNelson Sabrá - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho- NãoNyder Barbosa - AbstençãoOctávio Elísio - NãoOlívio Dutra - NãoOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmir Uma - AbstençãoOsvaldo Bender - NãoOsvaldo Macedo - NãoOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - NãoPaes de Andrade - SimPaulo Almada - SjmPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - SimPaulo Mincarone - NãoPaulo Paim - NãoPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - NãoRaimundo Rezende - AbstençãoRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - NãoRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRenato Vianna - NãoRita Camata - SimRoberto J\ugusto - Não

Roberto Brant - NãoRoberto Campos - SimRoberto Freire - NãoRoberto Torres - SimRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - NãoSalatiel Carvalho- SimSamir Achôa - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvioAbreu - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - NãoTeotônio VIlela Filho - NãoTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - NãoValter Pereira - AbstençãoVasco Alves - NãoVicente 8ogo - NãoVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilson Souza - NãoVinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgilio Guimarães - NãoVitor Buaiz - NãoVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldyr Pugliesi - NãoWílson Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Não

o Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, não puderegistrar o meu voto, que é "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­constará a declaração de V.EX'

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães) ­Sobre a mesa, os seguintes requerimentos de des­taque:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"1"58

Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda n­

2T01779-1 (art. 38, V).

Jú60 Costamilan.

REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"1"198

Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda N" 2T

00789-2Suprime o Termo "Preferencialmente" do Art.

38

MárloMaiaREQUERIMENTO DE DESTAQUE

1"1"922

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda N'

2T00634-9, para supressão da palavra "preferen­cialmente" referente ao inciso V art. 38.

Adhemar de Barros Filho.REQUERIMENTO DE DESTAQUE

1"1" 1.467

Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda n"

2T00563-6 - Referente à supressão ao item V,do art.38, o advérbio "preferencialmente".

Aoriceno Paixão.O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­

São as seguintes as emendas destacadas.

EMENDA N" 1.779Do Sr. Júlio Costamilan

Suprimir no inciso V,do art.38, a palavra "prefe­rencialmente"

EMENDA N"789Do Sr. Mário Maia

Suprima-se no art. 38, inciso V- o termo "Pre­ferencialmente".

EMENDA N" 634Do Sr. Adhemar de Barros Filho

Suprimir do artigo 38, inciso V,a palavra "prefe­rencialmente", passando o referido inciso a tera seguinte redação:

Art. 38 V - Os cargos em comissão e fim­ções de confiança serão exercidos, por servidoresocupantes de cargo de carreira técnica ou profis­sional, nos casos e condições previstos em lei;

EMENDA N" 563Do Sr. F1oriceno Paixão

Suprima-se do item V do art. 38 o advérbio"preferencialmente".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Anuncio, portanto, os Destaques: n"58, do nobreConstituinte Júlio Costamilan; n" 198, do Consti­tuinte Mário Maia; rr 922, do Constituinte Adhe­mar de Barros Filho; n" 1.467, do ConstituinteF1oriceno Paixão.

O texto já é do conhecimento da Casa. O art.38, inciso V, diz:

"Os cargos em comissão, em funções deconfiança, serão exercidos preferencialmen­te por servidores ocupantes de cargo de car­reira técnica ou profissional, nos termos econdições previstos em lei".

Os autores desejam retirar o advérbio "prefe­rencialmente". Conseqüentemente, se for aceitopelo Plenário, esses cargos s6 poderão ser preen­chidos por servidores ocupantes de cargos decarreira ou profissional.

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12845

o Sr. F1orlceno PlÚXáo- Sr. Presidente, pe­ço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FLORlCENO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisãodo orador.)-Sr. Presidente,a emen­da foisugerida pelos próprios servidores públicos,a Redação teria que ter sido aquela da emendaapresentada anteriormente na Comissão Temá­tica, ressalvando o primeiro escalãe.

Então, Sr. Presidente, não me resta outra alter­nativa senão retirar a emenda.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­V.Ex" retira a emenda?

O SR. FLORlCENO PAIXÃo - lamenta­velmente.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Se V.Ex" retira a emenda, ficam prejudicados osdestaques.

O Sr. FeUpe Mendes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FEUPE MENDES (PDS - PI. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, na votaçãoanterior meu voto foi "sim".

O Sr. Antônio de Jesus - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ANTONIO DE JESUS (PMOB - GO.Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, na vota­ção anterior meu voto foi "sim".

O Sr. Lysâneas Maclel-Sr. Presidente,peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

OSR. LYSÂNEAS MACIEL (PDT-RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, quero regis­trar o meu voto "não" na votação anterior.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Será feito o registro pedido por V. Ex"

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­O nobre Constituinte Albérico Filho se encontrana Casa? (Pausa.)

Está prejudicada a sua proposição.A nobre Constituinte MarlucePinto se encontra

na Casa? (Pausa.)S. Ex' retirou a sua proposição.O nobre Constituinte Gumercindo Milhomem

retira a sua proposição? (Pausa.)S. Ex' retirou a sua proposição.O nobre Constituinte Eduardo Jorge retirou a

sua proposição? (Pausa.)S. Ex"retirou a sua proposição.Nossos agradecimentos a todos.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Anuncio o seguinte texto de reunião:

A revisão geral da remuneração dos servidorespúblicos sem distinção do índices entre servidores

públicos civise mílítares far-se-á sempre na mes­ma data.

F1orlceno Paixão - Geraldo Campos ­Sigmaringa Seixas - Antônio Carlos Kon­der Reis.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Temos aqui destaques dos nobres Constituintes.

Antônio Carlos Konder Reis;Chagas Neto, Ge­raldo Campos e Sigmarina Seixas.

S. Ex" mantêm seus destaques? (Pausa.)O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi­

dente. peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O Sr. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,acabo de falar com o ConstituinteAntônio CarlosKonder Reis, e queria colocar a V. Ex"o seguinte:existem aqui quatro emendas versando o mesmoassunto. Nós fizemos uma redação que fundetodas, somente para ficar mais claro o texto, etodos os autores da emenda a assmaram.

Quem sabe, poderíamos votar a união de todosesses destaques que os autores assinaram deuma só vez.Ai há unanimidade de acordo.

Caso V. Ex"queira, poderia ler.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Peço a V.Ex"encaminhe à Mesa.

O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Poisnão. Vou imediatamente encaminhar a V. Ex'

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a regra éque a iniciativa seja das Uderanças e não dosautores das emendas. Como as Lideranças dosPartidos não foram ouvidas sobre a matéria, pedi­ria a atenção de V. Ex" para esse critério que V.Ex" tem adotado na Assembléia Nacional Cons­tituinte.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Com as normas expedidas no início dos nossostrabalhos, ficou consignada a possibilidade dereunião de emendas, que pode ser de duas sortes:da responsabilidade exclusiva dos que propõemas emendas sem o endosso das Uderanças, oureunião de emendas com o apoio das Uderanças,o que significa praticamente a sua aprovação..Areunião de emendas sem o apoio das Uderançasé um direito das normas que o Regimento tam­bém admite. Hoje mesmo já votamos algumasdessas emendas. O Plenário, na sua soberania,é que vai decidir "sim" ou "não".

A reunião de emendas tem a seguinte redação:

"A revisão geral da remuneração dos servi­dores públicos, sem distinção de índice entreos servidores públicos civis e mílítares, far­se-á sempre na mesma data."

Este é o texto.O Relator é pela aprovação.Passamos à votação.O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente,peço

a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

OSR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisãodo orador.)-Sr. Presidente, o PCBvotará"sim".

O Sr. Davi Alves Silva - Sr. Presidente,peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. DAVIALVES SILVA (PDS-MA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sím",

O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PSOBvota "sim".

O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim.

O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR.INOC~CIO OLIVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde não ter participado desses entendimentos, masconsiderando que esta reunião de emendas me­lhorao texto do projeto constitucional,a Liderançado Partido da Frente Uberal recomenda à suaBancada vote "sim".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Muito grato ao prestigioso partido de V. Ex"pelacolaboração. Estamos aqui para melhorar o texto.Enquanto pudermos melhorá-lo dentro das possi­bilidades regimentais, deveremos fazê-lo.

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMOBvota "sim".

O Sr. EUas Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

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12846 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

o SR. ELIAS MURAD (PTB -MG. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim".

o Sr. Florlceno Paixão - Sr. Presidente, pe­ço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. FLORICErfO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota "sim".

O Sr. João Menezes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOÃO MENEZES (PFL - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como aemenda é de conjunto, o PFL vota "não".

O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B ­AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B votará contra, porque entende quecom esta alteração do texto voltam os privilégiose discriminações entre servidores civise militares.Estamos regredindo a conquista de equiparaçãoentre servidores civis e militares. É um recuo nosegundo turno à conquista do primeiro turno. Por­tanto, o PC do B votará "não".

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Vamos à votação.

Srs. Constituintes, queiram tomar os seus luga­res, a reunião de emendas tem parecer favorável.(Pausa)

(Procede-se à votação)

O Sr. Adylson Motta - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ADYLSON MOTIA - (PDS - RS.)(Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, regis­tro que na votação n° 821 não consta meu nome,mas votei "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­A declaração de V.Ex-será registrada.

O SR. BOCAYUVA CUNHA - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. BOCAYUVA CUNHA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, pediriaa fineza de registrar o meu voto na votação ante­rior, que foi "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­A declaração de V. Ex-será registrada.

O Sr. Joaci Góes - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

o SR. JOACI GÓES (PMDB - BA Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, ainda hápouco V.Ex-me chamava para defender emendaem que eu propunha a mudança de "prorrogá­veis" para "prorrogável". Entendi que não tinhanada a defender, porque se trata de um erro pri­mário de Português, compreensível no volumede redação. É um erro de concordância, porqueo prazo de validade do concurso público seráde até dois anos. Prorrogáveis não pode ser, por­que é o prazo que é prorrogável. Se o prazo devalidade do concurso público fosse de dois anos,então, aí, seria "prorrogáveis". ,

O Relator proferiu parecer favorável.E só con­sultar os professores de Português e verificaremosque a redação como está não pode ficar, deveser mudada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Peço a V.Ex-que encaminhe as suas declaraçõesao Relator, para a apreciação de S. Ex- no mo­mento oportuno.

O SR. PRESIDENTE'(UlyssesGuimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (votação n° 824):

SIM-294NÃO-22ABSTENÇÃO-5TOTAL-321

A reunião de emendas foi aprovada.

VOTARAM OSSRS. CONSTfTilINTES:Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigailFeitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - AbstençãoAécio de Borba - SimAécio Neves - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldoArantes - NãoAlfredo Campos - SimAlmirGabriel - SimAloysioChaves - SimAloysioTeixeira- NãoAluizio Bezerra - SimAlysson Paulinelli- SimAmaral Netto - SimAmaury Müller- SimAmilcar Moreira - SimÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimAmaldo Faria de Sá - SimAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra-SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- Sim

Basílio Vmani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize - SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli- NãoCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia- NãoChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - Sim:Iáudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDaviAlvesSilva - SimDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdison Lobão - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim- NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimElielRodrigues - NãoEliézer Moreira - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEunice Michiles- SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFelipe Mendes - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlavio Palmier da Veiga- SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes - SimF1oricenoPaixão - SimFrança Teixeira- SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Rollemberg - Sim

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Agosto de 1988

Francisco Rossi - SimGastone Righi - SimGenebaldo Correia - SimGeovani Borges - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - NãoHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélioManhães - AbstençãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturivalNascimento - SimIvo Cersósimo - SimIvoLech - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJaUes Fontoura - SimJarbas Passarinho - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Menezes - AbstençãoJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Uns ~ SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - NãoJosé Paulo Bisol - SimJosé Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Thomaz Nonô- SimJosé Tinoco - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - Sim

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Koyu lha - SimLavoisier Maia - SimLélio Souza - SimLídice da Mata - NãoLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuiz Soyer - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel- NãoMaguito VJ1ela - SimManoel Castro - NãoMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Nasser - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Botelho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMiltonBarbosa - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - SimMoema São Thiago - SimNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - SimNestor Duarte - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - SimOlivio Dutra - SimOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmir Lima - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - Sim

Sexta-feira 19 12847

Oswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPlinio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - NãoRenato Bemardi - SimRenato Vianna - SimRita Camata - SimRoberto Augusto - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotônio VJ1ela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan SpineUi- SimValmirCampelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves - SimVicente 8ogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilsonSouza - SimViniciusCansanção - SimVrrgílio Galassi - SimVrrgílio Guimarães - SimVitorBuaiz - AbstençãoVIValdo Barbosa - SimVladimirPalmeira - SimWaldyr Pugliesi - SimWJ1son Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Sim

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12848 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 29

Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°

2ro1607-7 (Art.38, XI). -Ivo Lech.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­É a seguinte a matéria destacada:

EMENDAN° 1.601Do Sr. Ivo Lech

Suprima-se no Inciso XI,do art. 38, a expressão"e Municípios".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Anuncio o Destaque n° 29, do nobre ConstituinteIvo Lech, há também, um destaque, da mesmasorte, de rr 915, do Constituinte MalulyNeto.

O nobre Constituinte IvoLech mantém sua pro­posição? (Pausa)

O Sr. Nelson Wedekin - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON WEDEKIN (PMDB - Se.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, apenaspara retificar o meu voto, que está assinalado"não", sendo "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex"será atendido.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O Constituinte Ivo Lech mantém a sua emenda?(Pausa)

S. Ex"mantém a emenda.O nobre Constituinte quer o seguinte:Inciso XIdo art. 38:

"A lei fixará o limite máximo e a relaçãode valores entre a maior e a menor remune­ração dos servidores públicos, observados,como limites máximos e no âmbito dos res­pectivos poderes, os valores percebidos co­mo remuneração em espécie, a qualquer títu­lo, por membro do Congresso Nacional, Mi­nistros do Supremo Tribunal Federal, Minis­tros de Estado e seus correspondentes nosEstados e municípios:'

S. Ex" quer retirar, desses condicionamentose parâmetros aqui fixados, o município. O muni­cípio, aqui ficaria excluído.

O Sr. Hélio Rosas - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. HÉLIO ROSAS (PMDB - SP. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, para consig­nar que na votação anterior, o meu voto saiu erra­do. O meu voto realmente é "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Será feito o registro.

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, há um enten­dimento comum das Lideranças no sentido dese aprovar a emenda, porque importaria em resol­ver uma dificuldade ocorrente nos municípiosbrasileiros. Os vereadores, em alguns municípios,reúnem-se às vezes, uma vez por semana, ouuma vez por mês. Estabelecer-se a remuneraçãodo vereador como teto da remuneração do servi­ço público municipal é um equivoco, conside­rando o tipo de serviço prestado pelo vereador.Por isso, os Lideres entenderam apelar ao Sr. Rela­tor, para que revise o seu parecer e aprove aemenda.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, Srs. Constituintes, queria fazer umaponderação às Lideranças: se for excluída a pala­vra "municípios", poderá resultar num esvazia­mento do corpo técnico de alguns municípios.Ademais, também poderá ampliar a remuneraçãodesmesurada dos vereadores.

Sr. Presidente, requeiro a V.Ex"adie esta vota­ção, atendendo ao que pedem as Lideranças, paraum melhor exame da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­AsLideranças estão de acordo? Realmente, é pre­ciso ver as implicações. Se estabelecem medidaslimitativas, é necessário ver o alcance, se retiramos municípios ou não.

É justo. Adia-se a votação, por solicitação detodas as Lideranças. Conseqüentemente, todasas proposições relativas a este item estão adiadas.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O nobre Constituinte Siqueira Campos está naCasa?

S. Ex" mantém a sua proposição.S. Ex' deseja retirar, suprimir:

"Os vencimentos dos cargos do Poder Le­gislativo e do Poder Judiciário não poderãoser superiores aos pagos pelo Poder Execu­tivo."

O Sr. José Lins - Sr. Presidente, peço apalavra peja ordem. _.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ UNS (PFL - CE. Sem revisãodo orador) -Sr. Presidente, esta emenda é sobreo inciso que foi adiado?

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Como?

O SR. JOSÉ UNS - Esta emenda é sobreo inciso que foi adiado?

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Qual foi o inciso adiado?

O SR. JOSÉ LINS - Sr. Presidente, poderia­mos adiar todas as emendas também, porqueo novo texto a ser proposto vai ser analisado àluz das emendas.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Estão de acordo que se adie?

O SR. NELSON JOBIM - Perfeito. Adiam­se todas as emendas.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vamos ver. Não gosto de meter o bedelho nessascoisas, mas onde constam Poder Judiciário, Po­der Legislativo, Poder Executivo, há peculiarida­des. Inclusive,dentro do Legislativo,a criação doscargos é do Legislativo; a atribuição das funçõesé do Legislativo; a fíxação de vencimentos é doLegislativo; as promoções são do Legislativo. Eo mesmo para o Judiciário. De maneira que épreciso meditar bem se estabelecem as regrasde dependência de um dos Poderes com relaçãoao outro, em função dos Executivo.

O SR. JOSÉ UNS - Adiado.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está adiado.

A emenda supressiva tem parecer favorável.Mas vamos meditar...

O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. SIQaEIRA CAMPOS (PDC - 00.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, eu esta­va vindo ao plenário quando V.Ex" adiou. É muitocorreta a atitude de V.Ex" em adiar...

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Muito obrigado.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS - ... porqueesta emenda é muito importante, muito justa. Deforma que tenha V.Ex" a certeza de que as lideran­ças, reunidas, irão chegar a esta conclusão.

O Sr. José Uns - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ UNS (PFL - CE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, a idéia é de adiara apreciação de todo o inciso, inclusive as emen­das, porque as emendas serão analisadas à luzdo novo texto proposto.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­É até o 15 que se adia. Vamos avançar um poucomais.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Destaque do nobre Constituinte Lavoisier Maia.

S. Ex" estã presente? (Pausa)O nobre Constituinte Lavoisier Maia diz que é

correção de linguagem. A palavra "magistério"compreenderá não só o professor como tambémo supervisor e orientador.

Não é linguagem. Altera.

O SR. LAVOISIER MAIA - Desisto.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-S. Ex" desiste. Retirou a emenda. V. Ex" tem osnossos cumprimentos.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, esta emendavaiser retirada juntamente com a do nobre Consti·tuinteJoaci Góes. Ambos querem a mesma coisa,

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Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12849

e vamos retirar, em função de solicitações e paraa agilização dos trabalhos.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Louvo a coerência de V. Ex',que pede aos outrosConstituintes retirem, e dá o exemplo, retirando.

o Sr. PI~o Arruda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

o SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,vou-me arriscar a uma coisa da qual V. Ex' não

, gosta.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimárães) ­Não gosto?

O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Éque estou sentindo que, até aqui, tínhamos tidoum trabalho prévio, nas Lideranças de examinara matéria, fazer os acordos e chegar aos entendi­mentos.

A experiência que temos aqui, na Casa, é quetoda vez que vem a matéria ao Plenário sem umentendimento prévio, temos conflitos. Estamosprorrogando matérias. Uma não deu acordo, jájogamos para adiante... Por isso, é preferível sejasuspensa a sessão...

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Nobre Constituinte, quando houver matéria maisdifícil, adia-se. Outras, podemos ir resolvendo. Se-não vamos sempre ter problemas. .

O SR. PLÍNO ARRUDA SAMPAIO - FIZum apelo, Sr. Presidente. Quando surgir o proble­ma, vamos ver.

OSR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda do Constituinte LourivalBap­tista. (Pausa.)

S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda do Constituinte Dionísio Hage.(Pausa.)

S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda do Constituinte Luiz AlbertoRodrigues (Pausa.)

S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda do Constituinte Paes Landim.(Pausa)

S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Temos aqui as proposições dos nobres Consti­tuintes Ronaldo Cezar Coelho, Arnaldo Prieto eFirmo de Castro.

O Constituinte Ronaldo Cezar Coelho mantémou retira sua emenda?

OSR. RONALDO CEZAR COELHO (PSDB- RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,eu a retiro.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães)­O Sr. Arnaldo Prieto mantém ou retira a sua emen­da? (Pausa.)

Retiradas as emendas.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a emenda do Sr. Ronaldo Aragão.

S. Ex' não está presente.Considero prejudicada sua emenda.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a proposição do Sr Antonio Perosa.

S. Ex' a mantém ou a retira?

O SR. ANTONIO PEROSA (PSDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, comonão existe um consenso ainda, entre as lideran­ças, sobre este assunto, gostaria que a sua apre­ciação fosse adiada, a exemplo do que foi feitooutras vezes. para que possa haver um entendi­mento sobre o mesmo.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está adiada a apreciação da proposição.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio a proposição do Constituinte José CarlosSabóia.

S. Ex' mantém ou retira sua emenda? (Pausa)

O SR. JOSÉ CARLOS SABÓIA (PSB ­MA Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,retiro.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O Constituinte José Carlos Sabóia retira suaemenda. Os nossos cumprimentos.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A Constituinte, nossa colega, Moema São Thiagoretira ou mantém a sua emenda?

ASR' MOEMA SÃO THIAGO (PSDB - CE.Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, peçoadiamento pois ainda estamos tentando negociare esta questão poderia ficar para depois.

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR.INOCÊ"ICIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente não,assim também é demais... adiando sem consen­timento do Líder não pode, Sr. Presidente. V.Ex'consulta o Plenário, e se todos os Líderes concor­darem, há o Líder do Partido da Frente Liberal'que não concorda. Então, não pode ser adiadaa apreciação.

O SR. PRIESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Entendo que uma medida adotada, com algumasprovidências... será registrada a declaração de V.Ex'.

O SR. INOCÊ"ICIO OLIVEIRA - Sr. Presi­dente, V.Ex' não pode adiar sem consentimentodos Líderes, e o Líder do Partido da Frente Liberalnão aceita o adiamento.

O SR. PRIESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Pondero ao nobre Constituinte, com quem tenhotido relações de conversas tão amistosas,...

O SR. INOCÊ"lCIO OLIVEIRA - É verda­de. Respeito V.Ex', mas V.Ex' está se excedendo.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­... que o Presidente tem condições, por força doRegimento, em determinadas circunstâncias, defazer o adiamento. Assumo a responsabilidadedo adiamento.

O SR. INOCÊ"ICIO OUVElRA - Sr. Presi­dente, V.Ex' cometeu um ato de grande arbitrarie­dade. E, nesta hora, peço que conste nos Anaisque o Líder do Partido da Frente Liberal diz queo Presidente da Assembléia Nacional Constituintecometeu um ato de arbitrariedade.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Muito obrigado a V.Ex' pelo adjetivo.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Anuncio a proposição do nobre Constituiríte JamilHaddad. (Pausa)

O SR. ARTUR DA TÁVOLA-Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, seique esta questão de ordem possivelmente irritarágrande parte da Casa.

Chamaria a atenção dos meus Companheirospara a profunda razão de que estava possuídoo Constituinte PlínioArruda Sampaio, quando so­licitou à Casa suspendesse a sessão, ao se tratarde matéria não debatida pelas Lideranças. É real­mente impossível, ao nível de plenário, pela com­plexidade dos temas que aqui estamos votando,submetermos cada votação aos conflitos que es­tamos vendo a cada instante.

Reitero a V. Ex' e à Casa, no sentido da solicita­ção do Constituinte PlínioArruda Sampio. Pediriaa V. Ex' ouvisse as demais Lideranças. Acreditoque elas estarão assentes nesta posição.

Agradeço a V.Ex'.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Desejo ponderar, a propósito deste respeito, co­mo Presidente, que é lógico que acredito quetenho demonstrado, tenho tido a iniciativa até,que não está no Regimento, desta disciplina pré­via, por via das Lideranças, e não me arrependo,principalmente pela qualidade de trabalho dostextos. Desejo dizer que não podemos subordinaros nossos trabalhos exclusivamente às decisõesque sejam tomadas pelas Lideranças. Não posso,é matéria, inclusive, que não tem toda importânciade um ato constitucional. Toda matéria é impor­tante, desde que suscite maiores controvérsias.Prestigiarei as Lideranças e o seu trabalho. Nãotenho feito reuniões pela manhã em função dasLiderançs. Já fiz um apelo para que, na próximasemana - pelo menos, na maioria dos dias ­façamos reuniões pela manhã, e as Liderançastrabalhem à noite. Mas, os que pleiteiam que sesuspenda a sessão havendo quorum, pela cir­cunstância de não haver estes entendimentos,não posso assumir esta responsabilidade.

O SR. ERALDO TINOCO - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE - (Ulysses Guimarães)- Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA Semrevisão do orador) -Sr. Presidente, é compreen-

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12850 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Agosto de 1988

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Relator.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, tem razão o Constituinte José Fo­gaça. A emenda corrige, o servidor público, nocaso de sua invalidezpermanente em serviço, temdireito à aposentadoria integral. É, realmente, umaemenda que repara uma omissão.

Por esta razão, Sr. Presidente, opino pela apro­vação.

O Sr. Eduardo Jorge - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, nossa inter­pretação, pelo Partido dos Trabalhadores, é queessa emenda é modificativa, é restritiva, salvo me­lhor juízo.

O Sr. Arnaldo Faria de Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, salvomelhor juízo, a emenda é de extrema importância,até porque o texto original limita os casos emque pode ocorrer a aposentadoria por invalidezpermanente. E a emenda contempla aquilo quejá está feito inicialmente, permitindo a aposen­tadoria proporcional nos demais casos.

Esta emenda é muito importante, e gostariahouvesse uma reflexão daqueles que tentam im­pugná-Ia para o alcance da mesma. É de extremaimportância, porque permite a proporcionalidadenos demais casos, mantendo a integralidade noscasos anteriormente especificados. É caso deomissão, sim.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Relator Bemardo Cabral.

O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ­O Sr. Presidente, o texto beneficia, através da cor­reção feita pelo Constituinte José Fogaça, aqueletrabalhador ou aquele servidor que, estando noexercício da sua função, do seu trabalho, do seuemprego, venha a ser vitimado por uma moléstia,ou por um acidente contraído em serviço. Nessacircunstância, se corrige a omissão, se corrigea injustiça, e não se dá uma aposentadoria inte­grai. Quando ela é contraída fora do serviço, oacidente é fora do serviço, e naquelas especlli­cadas em leis, aí, sim, a aposentadoria é propor­cionai.

Corrige, realmente, uma grande injustiça. Soupela aprovação, Sr. Presidente.

o Sr. Roberto Freire - Peço a palavra pelaordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra onobre Constituinte.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB -PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, apelo paraque a votação seja adiada, porque está haVendo

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Destaque do nobre Constituinte José Fogaça.

Propõe S. Ex" a seguinte redação ao art. 41,inciso I:

.....por invalidezpermanente, sendo os pro­ventos integrais quando decorrentes de aci­dente em serviço, moléstias profissionais oudoença grave, contagiosa ou incurável, espe­cificadas em lei, e proporcionais nos demaiscasos."

Tem a palavra o nobre Constituinte José Foga­ça, para encaminhar.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarãês)­Anuncio o destaque do nobre Constituinte Lou­remberg Nunes Rocha.

S. Ex' não está presente? (Pausa.)Prejudicado o seu destaque.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQUERIMENTO DE DESTAQUEND54

Senhor Presidente, requeiro destaque para aEmenda N°2T01584-4 (art. 41, inciso I).-JoséFogaça.

• O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­E a seguinte a matéria destacada:

EMENDA N° 1.584Do Sr. José Fogaça

Dê-se ao inciso I, do art. 41, do Projeto (B),a seguinte redação:

"Art. 41. .. .l-Por invalidez permanente, sendo os

proventos integrais quando decorrentes deacidente em serviço, moléstia profissional oudoença grave, contagiosa ou incurável, espe­cificadas em lei, e proporcionais nos demaiscasos."

o SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, a emenda tem parecer favorável do Rela­tor e visa a corrigir uma deformação do textoatual, que diz o seguinte:

..Art. 41. O servidor será aposentado:1-por invalidez permanente, sendo os

proventos integrais quando decorrentes deacidente em serviço, moléstia profissional oudoença grave, contagiosa ou incurável, espe­cificadas em lei e proporcionais nos demaiscasos."

Ora, com isso estamos assegurando um trata­mento rigorosamente adequado a situações deinvalidez permanente, em que uma moléstia pro­fissional, ou seja, originada pela própria atuaçãodo servidor em serviço ou uma doença grave con-

, tagioséf ou incurável lhe dê a garantia dos proven­tos integrais.

Portanto, estamos aperfeiçoando o texto, e esta­.mos assegurando aos demais casos, aqui não'

. mencionados, proventos proporcionais no casoda invalidez, situação da qual o texto atual nãotrata, a situação está omissa no texto ·atual.

Por conseguinte, Sr. Presidente, insistimos quea emenda seja votada, por ser de relevante inte­resse público.

sível que V. Ex", pelo esforço que tem feito, devotações consecutivas, votações cansativas, natu­ralmente possa esquecer-se de decisões anterio­res.

Ontem tive uma emenda levada a voto. Soliciteio adiamento, e V. Ex" declarou - e os Anaisregistraram -quesó poderia adiar com a concor­dância de todas as Lideranças. Subi à tribuna,defendi a minha emenda, ia a voto, quando asLideranças ponderaram - e não houve qualquerdiscordância - que a matéria fosse adiada. Eo foi. No entanto, a decisão de V. Ex" foi a deque não poderia adiar a votação, exceto se con­tasse com a concordância de todas as Lideranças.Hoje estranho ver que V. Ex" reformuJa esta suadecisão de ontem, e permite o adiamento de ma­térias sem a concordância de todas as Lideranças.

Como tenho verificado que V. Ex" tem-se pau­tado pelo equilíbrio e pela sabedoria na conduçãodestes trabalhos, solicito a V. Ex' reformule suadecisão anterior e não permita o adiamento davotação, exceto com a concordância de todasas Lideranças.

É a questão de ordem que formulo a V. Ex"

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Ouço, com o apreço costumeiro, a intervenção,sempre inteligente e talentosa, do meu eminenteColega. Desejo somente ponderar o seguinte: hádois tipos de adiamentos. Adiamentos construí­dos até aqui para o andamento dos nossos traba­lhos, quando as Lideranças todas pedem, masa Presidência tem e sempre teve - a Presidênciada Câmara, a Presidência do Senado, está escritoaté nos Regimentos que é a responsável pela dis­ciplina dos trabalhos, pejo andamento dos traba­lhos -, a Presidência tem condições regimentaisde, entendendo que convém à disciplina dos tra­balhos, fazer o adiamento de sua apreciação, epode fazê-lo. De maneira que, quando estou con­vencido disto, eu o faço. Do contrário, as Lideran­ças assumem a responsabilidade.

Assim se conjuga o assunto de acordo como Regimento e no interesse do andamento dosnossos trabalhos.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Muito obrigado a V. Ex'

O nobre Constituinte .JarmlHaddad se encontrana Casa? (Pausa.)

S. Ex' não se encontra na Casa. Está prejudi- ,cado o seu destaque.

O nobre Constituinte Dálton Canabrava se en­contra na Casa? (Pausa)

S. Ex' não se encontra na Casa. Está prejudi­cado o seu destaque. Encontra-se presente o no­bre Constituinte Osmir Lima? (Pausa.)

Tem S. Ex' a palavra.

o SR. ERALDO TINOCO - Sem quererdialogar com a Mesa, até porque o Regimentonão me permite, quero apenas registrar que fuialtamente discriminado no dia de ontem, e agra­deço a V. Ex' pela discriminação que sofri.

O SR. OSMIR UMA (PMDB- AC.Sem revi­são do orador.) Atendendo ao pedido das Lideran- .ças e do Relator, retiro a emenda. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­5 ..Ex' retirou a emenda, com os nossos agrade- .cimentos.

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Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCON51TTOINTE Sexta-feira 19 12851

uma controvérsia muito grande em relação aoentendimento.

O Sr. Arnaldo Faria de Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaráes)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, náoacho que seja caso de adiamento. É simples en­tendimento, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­As Liderançasestão de acordo com o adiamento?(Pausa.)

O nobre Líder do PFL deseja a votação.

O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presi­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Partido dos Trabalhadores pede tempo, porquea nossa interpretação está duvidosa e, dado oclima, não foi possível chegara um entendimento.Então, pedimos o adiamento.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem que haver um entendimento das Lideranças.Este é um caso em que a Presidência não estádeterminando o adiamento.

O Sr. Harol~oUma - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guitnarães) ­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tam­bém sugerimos seja adiada a votação, porquea emenda é importante e, na verdade, surgiu umapolêmica em tomo dela, que precisa ser devida­mente esclarecida. Daí o nosso apelo no sentidodo adiamento.

o Sr. José Fogaça - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como autor,solicito também o adiamento.

O Sr. Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTconcorda com o adiamento.

O Sr. José'Costa - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ COSTA (PSDB - AL. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como Mem­bro desta Assembléia Nacional Constituinte, façoum apelo a V.Ex"

Deadiamento em adiamento, estamos procras­tinando esta votação. Não conseguimos votar ma­téria relevante nenhuma.

O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido Democrata Cristão concorda com o adia­mento.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Que haja o adiamento dentro do critério de quenão é o Presidente que está determinando, mashá solicitação de Lideranças.

O Sr. Gastone Righi~ Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Uderançado PTB não só concorda com o adiamento comoreitera o apelo feito pelo Líder do PT, ConstituintePlinio Arruda Sampaio, no sentido de que V.Ex"suspenda a sessão, e verificará V. Ex" que nãohá nenhum clima, nenhuma maneira de poder­mos votar hoje qualquer matéria. Nenhuma maté­ria será aprovada e possivelmente não atingire­mos sequerquorum.

O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra o nobre Constituinte.

O SR.INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, esteassunto é de grande importância. E como existeum processo de votação, concordo que adiemostoda a sessão. Senão, será feita a votação e nãovamos dar quorum, porque o assunto é muitoimportante.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Se as Uderanças se manifestarem a favor, encer­raremos a sessão.

Tínhamos, na verdade, mais uma votação, deacordo com o prazo estabelecido pela Presidên­cia.

Se as Lideranças estiverem de acordo, encerra­remos a sessão. (Pausa)

Está convocada a Câmara dos Deputados parauma sessão a realizar-se segunda-feira, dia 22,às 9 horas.

Por solicitação do Presidente do Senado Fede­ral, comunico que haverá sessão dessa Casa se­gunda-feira, às 10 horas.

Teremos sessão da Constituinte às 18 horasde segunda-feira.

O SR. Presidente ((JJysses Ouimarães) - Nodecorrer da Ordem do Dia, comparecem maisosSr.:. Alexandre Costa - PFL; Almir Gabriel ­PMDB;Aloysio Teixeira - PMDB;Asdrubal Ben­tes- PMDB;Basílio Vilani- PTB; Carlos Alberto- PTB; Carlos Cardinal - PDT; Carlos Mosconi- PSDB; Dirceu Carneiro - PMDB; FranciscoRollemberg - PMDB;Jayme Santana - P5OB;João CaImóm - PMDB -João NataI-Pft1DB;

Louremberg Nunes Rocha - PTB; LuizGushiken- PT; Marco Maciel - PFL; Mussa Demes ­PFL; Nabor Júnior - PMDB; Nelson Wedekin-PMDB.

VI - ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a ses­são.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Adhemar de Barros Filho - PDT;Afonso San­cho - PDS;AirtonCordeiro - PFL;AirtonSando­val- PMDB;Albano Franco - PMDB;'A1béricoFilho - PMDB; ÁlvaroAntônio - PMDB; AntônioBritto - PMDB; Antônio Salim Cunati - PDS;Arnold Fioravante - PDS; Bosco França ­PMDB; Carlos Vrrgílio - PDS; Cleonâncio Fon­seca - PFL; Dalton Canabrava - PMDB; DelfrrnNetto - PDS; Edivaldo Holanda - PL; EtevaldoNogueira - PFL; Felipe Cheidde - PMDB;Fer­nando Lyra - PDT; Gandi Jamil- PFL; GeraldoMelo - PMDB;Gerson Camata - PMDB; HarlanGadelha - PMDB; Hilário Braun - PMDB; IrajáRodrigues - PMDB; Irapuan Costa Júnior ­PMDB;Jacy Scanagatta - PFL; Jessé Freire ­PFL; João Carlos Bacelar - PMDB;João Cunha-PDT;João da Mata-PDC;Joaquim Francisco- PFL; Jorge Leite; PMDB; José Maranhão -PMDB;José Maria Eymael- PDC;José Santanade Vasconcelos - PFL; Júlio Campos - PFL;Leopoldo Peres -PMDB; LezioSathler-PMDB;Lúcia Braga - PFL; LuizViana- PMDB; ManoelMoreira - PMDB; Márcia Kubitschek - PMDB;Mário Bouchardet - PMDB; Mattos Leão ­PMDB; Olavo Pires - PTB; Osmundo Rebouças- PMDB; Paulo Marques - PFL; Ricardo Fiuza- PFL; Rita Furtado - PFL; Roberto Vital -PMDB; Rose de Freitas - PSDB; Sandra Cavel­canti - PFL;Sotero Cunha - PDC;Uldurico Pinto- PMDB; Victor Trovão - PFL; Vieira da Silva-PDS.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Encerro a sessão, designando para a de segun­da-feira próxima, dia 22, às 18 horas, anterior­mente convocada, a seguinte

ORDEM DO DIA

Prosseguimento da votação das emendas des­tacadas, oferecidas ao Projeto de ConstItuição emsegundo turno.

(Encerra-se a sessão às 13 horas e 30minu­tos.)

DISCURSO PRONUNCIADO PELO SR.MÁRIO LIMA NA SESSÃO DE 10-8-88 EQUE, EIYTREOUE À REVISÃO DO ORA­DOR, SERIAPUBLICADO POSTERIORMEN­TE.

O SR. MÁRIo LIMA (PMDB- BA)Sr. Presi­dente, Sras. e Srs. Constituintes, nós, Membrosda Assembléia Nacional Constituinte, estamosvendo as dificuldades, os empecilhos, que vêmde todos os lados para dificultar e até mesmotentar impedir que se faça uma nova Constituiçãopara este País.

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12852 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988

Hoje, os jornais estampam que o Ministro doExército, respondendo a um cidadão estrangeiro,admitia que o País estaria vivendo dias seme­lhantes aos idos de 1964, quando esse cidadãoestrangeiro, que na época era o Embaixador dosEstados Unidos no Brasil, atuou com a maiordesenvoltura, intervindonos assuntos internos donosso País,articulando o golpe militarque vitimouesta Nação. Este mesmo cidadão volta a estePaís e diz que a nossa situação de hoje muitose assemelha aos idos de 1964.

Vejam,Srs. Constituintes, como este País é pa­radoxal. Quando qualquer trabalhador, fazendouma pressão legítima sobre esta Casa, na defesa

dos seus interesses, toma uma posição mais enér­gica, surgem os defensores da Constituição, daConstituinte, das instituições. No entanto, um ci­dadão estrangeiro, que teve uma passagem tristeneste País, volta e repete as suas sandices contraas instituições e contra a Assembléia NacionalConstituinte.

Sr. Presidente, acreditamos que o povo brasi­leiro já começa a ficar cansado. Mais uma vezo plenário está quase vazio, e infelizmente nãosomos em número suficiente para dar quorum.A canhota, o centro e até a direita estão aqui,mas a Nação já está ficando cansada. Ou toma­mos conhecimento de que o povo já não aguenta

mais esta dúvida, se vai ter ou não uma novaConstituição, e os parlamentares assumem a suaresponsabilidade de comparecer ao plenário paraultimar a votação desta Constituição, ou aí, sim,este País poderá ter dias difíceis. Não porque esseestrangeiro irresponsável e leviano esteja dese­jando, mas porque o povo já está cansando. Enós, Deputados e Senadores Constituintes,temosque ter consciência disso e cumprir o nosso dever.Quando pedimos nas praças públicas, o voto aopovo, foi para aqui fazermos uma nova Consti­tuição para criar,realmente, uma democracia nes­te País. Muitoobrigado. (Muito bem!) .

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29-Vlee-Presidente:JORGE ARBAGE

19-5ecret4rio:MARCELO CORDBRO

19.9uplente de SecretMlo:BEftEDRA DASILVA

2°-Suplente de Secretário:LOIZSOYER

J9-5uplente de Secretário:8OTERO CarIIfA

mA -,-

UDERAftÇA8 nAASSEMBLÉIA nACIOnAL cOJlll8maINI'E

PMDB Valmir Campelo V1ce-1.JcItreI:Uder: Messias (jóls PIfnlo Arruda~

NtIIon Jobim, Arolde de 0Ilvefnt JoHQenofno

\ke-Uderno exercfdo PLda J.Jdenlnça t.vaIdo Oonçalyes Líder:

Simio Sessim AcIoJfo 0IMIra\'Ice-lJderea: Divaldo Suruagy

Paulo Macarinl José AgrIpinoMaia

AnttlnIo Brttto MauricioCampos POCGonzaga Patriota Paulo PImentel Uder:

JOsé Uns MMII'O ....OsmirUma Paes L.anclim(jidel Dantas

Henrique Eduardo Alves V1ce-Uderet:

Ubiratan Aguiar PDS José Maria EymaelLíder: SiqueIraCamposRoeede Freitas AmuIII fIIetto

JoedCJ6es PCdoBNeItor Duarte V1ce-Uderes:

Uder:AntcnIo MarIz Vlc:tor F~donI lWoIdo lJInaWalmor de Luca Carlos VIrglIioRaulBel6m

RobertoBrant Vice-UcIir:

lt\IIuro c.mpos PDT Aldo Ar...

H61lo Manh6es Líder:

TeotonioWeIa FlIholIrandIo lIIontIlIro PCB

Aluizio Bezerra Vlce-Uderes: Uder:

NIon AIbemaz RobertoFreIre

0aWIId0 MacedoAmaury Müller Vice·L,(der:

Jcwannl Maslni AdberNr de Barros FlIho Felllllndo Santana

NelsonJobitnVIvaldo Barbosa

Miro TeixeiraJosé Fernandes

Ronaldo César Coelho PSBPJB Uder:

PFLUd'er: Aden* Andrade

Líder:Gutone RIghI

Joe6 LourençoVlce-Uderes:

S6Ion aotges dos Reis PMBVice-Lideres!

RobertoJefferson Líder:Ir1cdnclode Oliveira ElIasMurad

....,~

Fausto RochaRicarcIo Fiuza PT PTR

(jeovani Borges Uder: Líder:/t1ozaI1Jdo Cavalcanti LuIzbádo Lulada... ..........ao..

Page 80: República Federativa do BrasD ASSEMBLÉIA NACIONAL …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/295anc19ago1988.pdf · 2011. 10. 7. · ASSEMBLÉIA República Federativa do BrasD NACIONAL

PTB

Pfl.PDS

Antonloclll\os KonderReis

Dllrcy pozzaGerson Peres

cOMlS8AODESIS1EMA117Ac;Ao

PrelIIdente:AfonIo ArInos - PfL - RJ

1··Vlc:e-Presldente:Aluizio CemI'O'- PMDB - P8

2'.Vlc:e-Presldente:BrandaoMonteilo - PDT - RJ

Relator:Bernardo CabraI- PMDB-AM

PCBFernando5llntana

PT

PedoB

PTB

José Oenoino

PDT

PL

OttomarPInto

Aldo ArlIntes

PTLuizInácioLula PIúúo Arruda

da Silva Sampaio

PLhIoIfo OIlveirll

PDCSiqueira Campos

PedoBHaroldoUma

PCBR9berto Freire

PSBJamil Haddad

PMDB~Farlas

Frandsco RossiGastone RIghl

PSB

PMB

IsraelPInheiro FJho

R8InI6u; terças, quartas e quinta-feira

8eaetáta: Maria L.atn Coutitho .

Te.efonu: 224·2848 - 213.6875­213-6878.

PMDB

~~M6rcIo BragaMarcos I.knaMichelTemerMIroTeixeiraNelsonWedekinOctávIo EIisioRobertoBl1!lIltRosede Freitas(Jdurlco PntoVIcente 8OQOWsonde SõuzaZiza VeIadares

AédoNevesAlbanoFrancoAntonIo MarizChagas RodriguesDuo CoimbraDélIoBrazEuclides 5calcoIsrael PfnheiloJo6o AgrIpinoJoão NateIJoséCarlos GreccoJosé CostaJoséMaÍ'IInhãoJosé Tavares

~Jorge

~1.b1s~Lourenço

José Santllna deVasconcelkls

José Thomaz NonOLuls EduardoMarcondes GadelhaM6rlo"Assad0MId0 CoelhoPauloPmentelRIcardo fiuzaSandra CavlIIcant1

PFL

EDIÇÃO DE HOJE: 80 PÁGINAS PREÇO DESTE EXEMPLAR: Cz$ 16,00 l