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ASSEMBLÉIARepública Federativa do BrasDNACIONAL CONSTITUINTE
DIÁRIO
ANO n- NI' 295 SEXTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 1988 BRA.SáJA-DF
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
SUMÁRIOl-ATA DA 320' SESSÃO DA AS
SEMBLÉIANACIONAL CONSTITUINTE,EM 18 DE AGOSTO DE 1988
I - Abertura da sessão11 - Leitura da ata da sessão anterior
que é, sem observações, assinada.111 - Leitura do Expediente
COMUNICAÇÕES
Da Bancada do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, indicando os Senhores Artur da Távola e Octávio Elísio paraexercerem, respectivamente, a Liderança e aVice-Liderança daquela agremiação parndária.
Do Senhor Roberto Jefferson, justificandosua ausência aos trabalhos da Assembléia Nacional Consntuinte nos períodos compreendidos entre 21 a 31 de julho e 10 a 6 de agostodo ano em curso.
IV - Pequeno Expediente
JOSÉ GENOÍNO - Ato político dos trabalhadores do porto de Santos, Estado de SãoPaulo, contra a privatização da Portobrás.
BENEDITA DA SILVA - Matéria de autoriade Washington Novaes, divulgada pelo Jornaldo Brasil, sob o título "Afogar os negros"Notícia publicada no mesmo jornal mtitulada"Fazendeiro mantinha escravos e os torturavae matava".
PAULO PAIM - O tema direito de greveconforme inserido no texto constitucional. Intenção do Presidente José Sarney de privatizara Aços Finos Piratini e o Banco Meridional,no Rio Grande do Sul.
OSVALDO BENDER - Notícia veiculadapelo jornal Zero Hora a propósito de intençãodo IBGE de anular a criação de novos Municípios.
FRANCISCO DIAS- Alegria do orador naoportunidade de seu retorno à Assembléia Nacional Constituinte, depois de um ano e meiode ausência Preocupação com apressamentona votação do texto constitucional.
PRESIDENTE (Mauro Benevides) - Saudação ao Constituinte Francisco Dias em seuregresso às atividades constituintes.
EDISON LOBÃO - Contradita a pronunciamento em que o Constituinte BrandãoMonteiro manifesta preocupação com possibilidade de fechamento da Assembléia NaCIOnal Constituinte e de golpe. Editoriais do Jornal do Brasil e de. O Globo intitulados, respectivamente, "Sinal do Risco" e "A Porta daAnarquia"
OLMO DUTRA- Situação de dificuldadeatravessada pela empresa Cobra. Carta-denúncia do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de AssistênciaSocial, de Orientação e Informação Profissional do Estado de Alagoas - Senalba, a propóSItoda política praticada com relação aos funcionários do SeSI e do Senai. Defesa, peloGovernador Pedro Sirnon, do RIO Grande doSul, da Aços Finos Píratmí e do Banco Meridional, ameaçados de estatização. Escolha doProf. Alceu Ferrari para Reitor da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul.
FARABULINI JÚNIOR - Necessidade deconscrentízaçào dos Constituintes quanto àpresença em plenáno, para agilízaçáo das votações da Assembléia Nacional Constituinte.
HERMES ZANETI - Desmentido o nonciário da imprensa no sentido de que o Presidente da Assembléia Nacional Constituinte,Ulysses Guimarães, se teria manifestado pelasupressão, no texto constitucional, do direitode voto a brasileiros com idade entre 16 e18 anos. Apresentação de projeto de lei deautoria do orador que VIsa à reabertura doprazo para alistamento eleitoral, a fim de permitir aos jovens atualmente na faixa de 16a 18 anos de idade concorrer às eleiçôes municipais de 1988.
WALDYR PUGLlESI- Reparos ao pronunciamento do Constituinte Francisco Dias aoassurmr o lugar do Constituinte Cardoso Alves.
PRESIDENTE (Amaldo Faria de Sá) - Discordância dos termos do pronunciamento doConstituinte Waldyr Pugliesi.
CÉSAR MAIA - Protesto contra implantação das Zonas de Processamento de Exportação sem pronunciamento do Congresso Nacional a respeito.
PRESIDENTE - Convocação dos Constituintes ao plenário, para fins de verificaçãode quorum.
AMAURY MÜLLER- Protesto contra a cnação do Conselho Federal de Desestatizaçãoe apelo ao Ministro da Indústria e do Comércio,Cardoso Alves, no sentido de que não o mantenha. Participação do orador em comitiva suprapartidária que levou reívmdicaçôes ao Ministro dos Transportes, José Reinaldo Tavares.Retenção, pelo BNDES, o Banco do Brasile a Caixa Econômica Federal, de recursos destinados à empresa Cobra.
DJENAL GONÇALVES - Atuação da Petrobrás no Estado de Sergipe.
12776 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
PAULO ZARZUR - Descoberta, pelo ProfSérgio Henrique Ferreira, do Departamentode Farmacologia da Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, do medicamento P.7, contra a dor inflamatória.
ANTÔNIOFERREIRA-Apresentação peloorador, no segundo turno, de emenda quevisa a compatibilizar a redação do § 4° como dispositivo do § 3° do art. 75 do Projetode Constituição, no que concerne às prerrogativas dos auditores quando em substituiçãoa Ministros do Tribunal de Contas da União.
CARLOS VINAGRE - Emenda supressívade autoria do orador que visa a impedir a.mdusão, entre ocupantes de cargos de magistrados nos Tribunais de Justiça, órgãos regionaisde Tribunais da União e Ministério Público,dos Chefes do Executivo dos Estados e doDistrito Federal.
LUIZ SOYER - Protesto contra a pretendida extinção, pelo Govemo, da Empresa deAssistência Técnica e Extensão Rural - Embrater.
STÉUO DIAS,- Excelência do trabalho daPolícia Federal, sob a Diretoria Geral do Dr.Romeu Tuma, no combate ao tráfico de entorpecentes, com a Operação Mosaico 11.
JOSÉ MOURA- Defesa da incorporaçãodo Território de Fernando de Noronha a Pernambuco.
JORGE HAGE - Protesto contra inclusão,em proposta técnica da Seplan, da extinçãoda Ceplac.
DENISAR ARNEIRO - Sessenta anos deatividades da Polícia Rodoviária Federal.
FRANCISCO AMARAL - Necrológio doempresário Oscar Chiarelli, de Mogi Guaçu,São Paulo.
SIMÃOSESSIM - Discordância da transferência da instalação do 4° Pólo Petroquímico,do Estado do Rio de Janeiro para o do RioGrande do Sul.
ABIGAIL FEITOSA- Pesquisarealizada pela Data/Folha e publicada no jornal Folhade S. Paulo que conchn pela concordânciada maioria dos brasileiros com' dispositivosnacionalistas aprovados no primeiro tumo pela Assembléia Nacional Constituinte.
MÁRIO MAIA - Restrições do orador à anexação do Território de Fernando de Noronhaao Estado de Pemambuco.
DORETO CAMPANARI - Crítica a ato doPresidente José Sarney que transferiu o Sr.José Aparecido do Governo do Distrito Federal para a Pasta da Cultura.
DOMINGOS LEONELLI - Indicação deGilberto Gilpara candidato à Prefeitura de Salvador corno montagem política para desestabilizar o Governo Waldyr Pires, do Estado daBahia.
MOEMASÃo THIAGO-A reforma agráriano texto constitucional. Recebimento de abaixo-assinado de populações do centro-sul doCeará contendo reivindicações a propósito damatéria.
FERES NADER- Necessidade de aprimoramento dos mecanismos de recuperação da
. informação científica e conveniência de patrocínio ao Índice Bibliográfico Brasileiro de Me
-dlcína.MAURíCIO ,FRUET - Proposta de prívatl
zação da empresa Cobra - Computadorese Sistemas Brasileiros SA. e vantagens de suapermanência como estatal.
UBIRATAN AGUIAR - Inconveniência dorecolhimento de contribuição previdenciáriapor assalariados que prestam serviços no exterior.
, COSTA FERREIRA- Necessidade da implantação de uma política habitacional voltadaprioritariamente para o atendimento à camadamais pobre da população.
ANTÔNIODE JESUS -Adequação do sistema educacional ao meio rural como fatorde desenvolvimento integrado.
INOCÊNCIOOLIVEIRA-Submissão anuala exame eletroencefaloqréfíco do motoristaprofissional empregado em empresa de transporte coletivo e do maquinista, visando a evitar
, acidentes cuja causa pode ser crise epiléptica.. PAULOMACARINI - Controvérsia em tor
no da posse do ponto de perfuração da Petrobrás PRs-3. Esforço do Governador Pedro IvoCampos, de Santa Catarina, em prol do reconhecrmento ofícial do direito dos catarínensesao pagamento de royalties sobre o petróleoexplorado no litoral do Estado.
ADEMIR ANDRADE- Crítica da LIderançado Partido Socialista Brasileiro a atitude doLíder do Partido da Frente Liberal, ConstituinteJosé Lourenço, lesiva ao 'prosseguimento dostrabalhos da Assembléia Nacional 'Constituinte.' "
WILMA MAIA - Consequências, para o setor rural, da extinção da Embrater.
BOCAYUVA CUNHA - Inconformidadecom a crise econômica nacional e esperançana futura eleição do ex-Governador Leonel Brízola para Presidente da República.
KOYU IHA - Posicionamento do oradorcontrário às tentativas de prívatízação do portode Santos, Estado de São Paulo, e de, seusTerminais de Fertilizantes - Tefer, e-de Containers - Tecon. Ressurgimento do Pactode .unidade de Ação - PUA, e convocaçãode assembléia de manifestação contrária à entrega do porto ao capital privado.
NELTON FRIEDRICH - Encaminhamentode abaixo-assinado de Constituintes aos Presidentes do BNDES, do Banco do Brasil, daCaixa Econômica Federal e ao Mimstro daCiência e Tecnologia em favor da canalizaçãode recursos para a empresa Cobra.
JORGE UEQUED -Matéria publicada pelojornal O Estado de Pernambuco sob o título"Trabalhador luta há dois anos para se aposentar",
JUAREZ ANTUNES - Impossibilidade deregistro de chapa de oposição à atual direçãodo Sindicato dos Empregados no Comércio,de Volta Redonda, RIO de Janeiro, em virtudede ausência de divulgação do edital de convocação das eleições.
PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anúncio de verificação de quorum.
.LUIZ SALoMÃo (Pela ordem) - Náo-con.cessão, pela Mesa, do prazo destinado à apresentação de proposições,
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLuiz Salomão.
LUIZ SALoMÃo - Requerimento de ínformações, de iniciativa do orador, ao Ministérioda Educação, sobre o montante de recursosdestinados à Fundação Roberto MarInho,
ALOíSIO VASCONCELOS (Pela ordem) Perspectivas de breve compareclrnento dosConstituintes ao plenário.
AMAURY MÚLLER (Pela ordem) - Sugestão de publicação, nos boletins 'da "Voz daConstituinte", dos nomes de Constituintes ausentes das sessões,
NILSOSGUAREZI (Pela ordem) - Requerimento de autoria do orador que visa à cassação do mandato do Constituinte Felipe Cheidde, por mcurso emfalta de decoro parlamentare na ausência superior a um terço das sessõesda Assembléia Nacional Constituinte.
PRESIDENTE :- Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação,
(Procede-se à verificação de quorum.)
SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) -Apoiodo Partido Democrata Cristão à manutençãono texto constitucional da anistia prevista noart. 53 das Disposições Transitórias, em benefício dos que contraíram dívidas bancárias durante a validade do Plano Cruzado.
, PRESIDENTE - Constatação da existênciade quorum para votação.
V- Ordem do Dia
Votação das emendas destacadas, oferecidas ao Projeto de Constituição em segundoturno (art. 29, § 4°, do Regimento Interno).(Votação iniciada.)
PRESIDENTE -Anúncio de Requerimentode Destaque n° 1.120, Emenda 1.513-5, doConstituinte Paulo Silva, que dá nova redaçãoao art 24 do Projeto, relativo às normas geraisde competência da União. Leitura do textodestacado.
ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS - Encaminhamento da votação.
BENITO GAMA (Pela ordem) - Registrode presença em plenário.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerfavorável à emenda,
NELSON JOBIM (PMDB),ROBERTO FREIRE (PCB), VIVALDO BARBOSA (PDT), INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL), AMARAL NETTO(PDS),ARTUR DATÁVOLA (PSDB), FARABULINI JÚNIOR (PTB), ADEMIR ANDRADE(PSB), PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT) - (Pela ordem) - Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.
(procede-se à votação.)
FRANCISCO ROSSI (pela ordem) - Equívoco do jornal Folha de S. Paulo ao publicaro nome do orador como ausente das sessôesda Assembléia Nacional Constituinte.
Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12777
ARNALDO FARIA DE SÁ (Péla ordem) Contradita a notícia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no que conceme à ausênciado orador de sessões da Assembléia NacionalConstituinte.
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãorr 815. Aprovação da Emenda n° 1.513.
MAUROSAMPAIO (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não constante do painel eletrônico.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMauro Sampaio.
PRESIDENTE - Anúncio' de' proposta dereunião das Emendas n" 320, Destaque n°1.312, do Constituinte Rodrigues Palma; n°187, Destaque rr 474, do Constituinte JoséFernandes; rr 458, Destaque rr 313, do Constituinte Antônio Britto; e n° 1:011, Destaquen° 724, do Constituinte Matheus Iensen, aoinciso V do art. 24, que estabelece a competência simultânea da União, dos Estados edo Distrito Federal para legislarem sobre produção e 'consumo e sua propaganda comerclal, Parecer do Relator favorável ao texto.
LUIZ SOYER (Pela ordem) - Registro devoto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLuiz Soyer.
RENATO JONHSSON (Pela ordem) - Registro de voto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteRenato Johnsson.
'CLÁUDIO ÁVILA (Pela ordem) - Registrode voto "sim" na votação anterior. ' .
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteCláudio Ávila.
ORLANDO PACHECO (Pela ordem) - Registro de voto "sim" não constante do paineleletrônico na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteOrlando Pacheco.
FRANÇATEIXEIRA (Pela ordem) - Registro de voto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteFrança Teixeira.
ROBERTO FREIRE (PCB), AMARAL NETTO (PDS), ROBERTO D'ÁVILA (PDT),EDUARDO BONFIM(PC do B), PÚNIO ARRUDASAMPAIO (PT),ADEMIR ANDRADE(PSB),ELIAS MURAD (PTB), ARTUR DA TÁVOLA(PSDB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.
JOÃO MENEZES (Pela ordem) - Decla-ração de voto contrário. .
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Menezes.
ADOLFO OLIVEIRA (PL), INOCJ::NCIO OLIVEIRA (PFL), MENDES RIBEIRO (PMDB)(Pela ordem) - Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre (processo eletrônico de votação. Parecer doRelator favorável à matéria.
(Procede-se à votação.)
ANTÔNIO CÂJ'I\ARA (Pela ordem) - Registro de voto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAntônio Câmara.
HAROLDOSABÓIA(Pela ordem) - Registro de voto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta-ao ConstituinteHaroldo Sabóia.
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon" 816. Aprovação da reunião de emendasvotadas.
ERALDOTRINDADE (Pela ordem) - Consignação de voto "sim".
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Trindade.
PRESIDENTE -Anúm;Ío de Requerimentode Destaque n° 1.232, Emenda n° 182-7, doConstituinte Eraldo Tinoco, que visa à supressão da expressão "a empresa estatal" do §2° do art. 25.
PRESIDENTE - Repetição de votação dematéria já votada sem que fosse alcançadoquorum.
ERALDO TINOCO (Pela ordem) - Conveniência de novo encaminhamento da votaçãoda matéria, em virtude de adiàmento da discussão.
JOSÉ MAURíCIO (Pela ordem) - Ocorrência de encaminhamento favorável, ontem, pelo Constituinte Eraldo Tinoco.
PRESIDENTE - Concessão da palavra aoConstituinte Eraldo Tinoco, para encaminhamento da votação, visando ao posterior contraditório pelo Constituinte Gabriel Guerreiro.
ERALDO TINOCO, GABRIEL GUERREIRO.- Encaminhamento da votação.
. MANUEL DE CASTRO (Pela ordem) - Irrelevância da supressão da palavra "estatal" naemenda em votação. \ ,
PRESIDENTE -ImpossibIlidade do uso 9apalavra por oradores não-inscritos. '
BERNARDÜ'CABRAL (Relator) - Parecerpela rejeição da emenda.
PRESIDENTE -Início da votação.ROBERTO FREIRE (PCB), JOSÉ MAURí
CIO (PDT), ADEMIR ANDRADE (PSB), BONIFÁCIO DE ANDRADA (PDS), EDUARDOBONFIM (pC do B) - (Pela ordem) ~'Declaração de voto das respectivas bancadas:
INOCJ::NCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - Pedido de esclarecimento a propósito da matériaem votação.
PRESIDENTE - Concessão da palavra aoRelator para prestar o esclarecimento solicitado.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Prestação de esclarecimento ao Constituinte Inocêncio Oliveira.
ADOLFO OLIVEIRA (PL), ELIAS MURAD(PTB), MENDES RIBEIRO(PMDB), INOCJ::NCIO OLIVEIRA (PFL), PLíNIO ARRUDA SAMPAIO(PT),ARTURDATÁVOLA(PSDB),AMARAL NETTO (PDS), HAROLDO LIMA (PC doB), NELSON JOBIM (PMDB)- (Pela ordem)- Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Parecer do Relator contrário à matéria. Esclarecimentos sobre o processo de votação eletrônico.
(Procede-se à votação.)
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 817. Rejeição da Emenda no 182.
PRESIDENTE - Anúncio dos DestaquesnoS 1\004 e 1 286, respectivamente, dos Constituintes Ruben Figueiró e Rita Furtado. Retirada da emenda do Constituinte Ruben Figueiró. Prejudicialidade da emenda da ConstituinteRita Furtado, em virtude de ausência da autora.
PAULO PAIM (Pela ordem) - Registro devoto "não" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituintePaulo Paim
PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteNelson Jobim sobre existência ou não de solução para controvérsia entre os termos "ocupado" e "dornínío".
NELSON JOBIM - Solicitação de que nãoseja submetida a votos a emenda em causa,até que seja ouvido o Constituinte Nelson Wedekin.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Jobim.
RAIMUNDO LIRA (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não-constante do painel eletrônico na,votação anterior.
KOYU IHA (Pela ordem) - Retificação devoto.
JOSÉ CARLOS COUTINHO (pela ordem)- Registro de voto "não" na votação anterior.
PRESIDENTE - Requerimento de Destaques rr 979, Emenda n°541 5, do ConstituinteDomingos Leonelli, que visa à supressão doinciso V do art. 26, a propósito da inclusãodas terras de extmtos aldeamentos indigenasentre os bens da União.
DOMINGOS LEONELLI - Encaminhamento da votação.
MANSUETO DE LAVOR (Pela ordem) Retificação de voto.
VICTOR FONTANA (Pela ordem) - Retificação de voto.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteVictor Fontana.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.
PRf:SIDENTE -Início da votação.PLlNIO ARRUDA SA.MPAlO (PT), TADEU
FRANÇA (PDT), JARBAS PASSARINHO(PDS), ADEMIR ANDRADE(PSB), EDUARDOBONFIM (PC do B), SIQUEIRA CAMPOS(PDC), ROBERTO FREIRE (PCB), MENDESRIBEIRO (PMDB), GASTONE RIGHI (PTB),ARTUR DA TÁVOLA (PSDB), INOCJ::NClOOLIVEIRA (PFL), ADOlfO OLIVEIRA (PL) (Pela ordem) - Declaração de voto das respectivas bancadas.
ADEMIR ANDRADE(Pela ordem) -Justificativa do período de ausência do ConstituinteJoão Herrmann Neto das sessões da Assembléia Nacional Constituinte.
PRESIDENTE - Cumprimentos aos índiospresentes nas galerias pelo comportamentoexemplar no decorrer da sessão.
PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
12778 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
DOMINGOS LEONELLI (Pela ordem) Destaque ao desempenho do ConstituinteMárcIo Santillo no que concerne à aprovaçãoda emenda votada.
VIRGÍLIO GUIMARÃEs (pela ordem) - Re·gistro de voto contrário não constante do painel na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteVirgílIo Guimarães.
ALUÍZIO BEZERRA(Pela ordem) - Registro de voto "sim".
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAluízio Bezerra
PRESIDENTE- Encerramento da votaçãona 818. Aprovação da Emenda na 541.,
PRESIDENTE - Requenmento de Destaque na 1.058, Emenda na 793-1, do Constituinte Luiz Soyer, que visa à supressão do §30 do art. 27, que estabelece a iniciativapopular no processo legislativo estadual.
PRESIDENTE - Manutenção, pelo Constituinte LuizSoyer, da emenda de sua autoria.
IRMA PASSONI (Pela ordem) - Registrode voto "sim".
PRESIDENTE - Resposta à ConstituinteIrma Passoni. .
PRESIDENTE - Concessão da palavra aoConstituinte LuizSoyer.
LUIZ SOYER- Encaminhamento da votação.
JOSÉ FOGAÇA(Relator) - Parecer do Relator Bernardo Cabral pela rejeição da matéria.
LUIZ SOYER (Pela ordem) - Retirada daemenda de sua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteLuizSoyer. Retirada da emenda de autoria doConstituinte Antero de Barros. Consulta aoConstituinte Matheus Iensen sobre manutenção da emenda de sua autoria.
MATHEUS IENSEN - Retirada de seu destaque.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMatheus Iensen.
PRESIDENTE - Consulta sobre presençaem plenário do Constituinte Irajá Rodrigues.
JORGE UEQUED (Pela ordem) - Solicitação do Constitumte Irajá Rodrigues no senotido da retirada de emenda de sua autoria.
PRESIDENTE - Retirada da emenda doConstitumte Irajá Rodrigues, em virtude da ausência do autor.
PRESIDENTE-Anúncio de proposição doConstituinte Mauro Miranda.
MAURO MIRANDA - Retirada da proposição de sua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMauro Miranda.
PRESIDENTE-Anúncio de proposição doConstituinte Domingos Juvenil.
DOMINGOS JUVENIL- Retirada da proposição de sua autoria
PRESIDENTE - Requerimento de. Destaque na572, Emenda na465/6, do ConstituinteWaldeck Orneias, que visa à supressão do §30 do art. 32, sobre acesso dos contribuintesàs contas dos Munidpios, para exame e questionamento de legitimidade.
WALDECK ORNELAS, JOSÉ FERNANDES - Encaminhamento da votação.
JOSÉ FOGAÇA (Relator) - Parecer pelarejeição da matéria.
PRESIDENTE - Parecer do Relator contrário à emenda. Início da votação..
ROBERTO FREIRE (PCB), ADEMIR AN·DRADE (PSB), PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO(PT), NELSON JOBIM (PMDB), INOCÊNCIOOLIVEIRA (PFL),FLORICENOPAIXÃo (PDT),EÇUARDO BONFIM (PC do B), ARTUR DATAVOLA (PSDB), AMARAL NETTO (PDS)(Pela ordem) - Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Decisão no sentido deque, na semana da concentração, as votaçõessejam realizadas nas manhãs e nas tardes,a fim de possibilitar reuniões de Liderançasnas noites.
ADOLFOOLIVEIRA (PL),MAURO BORGES(PDC)- (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.
ANTÔNIO DE JESUS (Pela ordem) - Registro da presença em plenário dos Constituintes evangélicos Francisco Dias, que assumiu a vaga do Constituinte Cardoso Alves, ePaulo Almada, que substitui o ConstituinteLeopoldo Bessone.
PRESIDENTE - Solidariedade da Mesa àsboas-vindas aos Constituintes Citados.
PRESIDENTE --'- Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãona 819. Rejeição da Emenda na 465 ..
DIRCE TUTU QUADROS (Pela ordem) Registro de voto "não"
PRESIDENTE - Requerimento de Destaque na 1 598, Emenda na 1 035-4, dos Constituintes Marcos Queiroz e Egídio Ferreira lima,que visa à supressão da expressão "vedadaa sua divisão em municípios", do § 30 do art.33, relativa ao Distrito Federal
EGÍDIOFERREIRA LIMA (Retirado pelo orador para revisão) - Encammhamento da votação.
NELSON CARNEIRO (Pela ordem) - Retificação de voto na votação anterior.
PAES LANDIM; BERNARDO CABRAL (Relator) - Encaminhamento da votação.
PRESIDENTE -Início da votação.AMARAL NETTO (PDS), HAROLDO LIMA
(PC do B), INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL),ADEMIR ANDRADE (PSB), MAURO BORGES(PDC), ADOLFO OLIVEIRA (PL), GASTONERIGH] (PTB), AUG~STO CARVALHO (PCB),VIRGILlO GUIMARAES (PT), ARTUR DA TAVOLA (PSDB), MICHEL TEMER (PMDB), VIVALDO BARBOSA(PDT) - (Pela ordem) Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Apelo no sentido da compreensão dos Constituintes para o horáno de18h fixado para as sessões das segundas-feíras e para a sessão matutina de terça-feira.
PRESIDENTE - Solicitação de que osConstituintes não se ausentem do plenário,visando à manutenção do quorum. Esclareci-
mentes sobre o processo eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
PRESIDENTE- Encerramento da votaçãona 820. Rejeição da Emenda na 1.035.
PRESIDENTE - Anúncio de destaque deautoria do Constituinte João Machado Rollemberg.
PAULO RAMOS (Pela ordem) - Registrode voto "sim".
PRÉSIDENTE - Resposta ao ConstituintePaulo Ramos.
JOÃO MACHADO ROLLEMBERG (Pela ordem) - Retirada do destaque de sua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Machado Rollemberg.
NELSON JOBIM (Pela ordem) - Solicitação de que o Relator aceite emenda corretivado Constituinte Geovah Amarante que visa àsupressão da palavra "legislativas" no § 60 doart. 33.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Jobim
BERNARDOCABRAL (Relator) - Pertinência da emenda do Constituinte Geovah Amarante.
PRESIDENTE- Decisão no sentido de nãosubmeter a votos a emenda do ConstituinteGeovah Amarante, em vista da ausência doautor.
GERSON PERES (Pela ordem) - Prejudicialidade da emenda do Constituinte GeovahAmarante.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres. Anúncio do Destaque na 1.279,do Constituinte João Machado Rollemberg.
JOAO MACHADO ROLLEMBERG (Pela ordem) - Retirada do destaque de sua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoão Machado Rollemberg.
PRESIDENTE - Requerimento de Destaque na 4, Emenda na 1.609-3, do ConstituinteNelson Jobim, que VIsa à supressão da expressão "primeira" do inciso IIdo art. 38, a propósito da investidura em cargo ou emprego púbhco por meio de aprovação prévia em concurso. Emenda análoga de autoria do Constítuinte João Paulo Bisol.
NELSON JOBIM (Pela ordem) - Parecerfavorável do Relator e apoiamento das lideranças a ambas as emendas. Declaração devoto "sim" da bancada do PMDB.
PRESIDENTE - Parecer do Relator favorável à maténa.
ROBERTO FREIRE(PCB),PLÍNIO ARRUDASAMPtJO (PT), VIVALDO BARBOSA (PDT),INOCENCIO OLIVEIRA (PFL), GERSON PERES (PDS), ADEMIR ANDRADE (PSB), EUASMURAD (PTB), EDUARDO BONFIM (pC doB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas
ERALDOTINOCO (Pela ordem) - Solicitação de esclarecimento a propósito da matéria posta em votação.
NELSON JOBIM - Esclarecimento aoConstituinte Eraldo Tinoco.
PRESIDENTE - Esclarecimento a propósito da matéria.
Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12779
JORGE HAGE (PSDB), MAURO BORGES(PDC), AMARAL NETIO (PDS), PAULO PAIM(PT) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.
ADOLFO OLIVEIRA (Pela ordem) - Dúvidado Partido Liberal quanto ao preenchimentodo quinto constitucional do Tribunal de Justiça, legislação da Ordem dos Advogados.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAdolfo Oliveira.
PRESIDENTE - Parecer do Relator favorável à 'matéria. Esclarecimentos sobre o processo eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
MENDES BOTELHO (Pela ordem) - Re-gistro de voto "sim". .
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãorr 821. Aprovação das Emendas rr's 1.609e 736.
FRANCISCO AMARAL (Pela ordem) - Registro de voto "sim" na última votação.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteFrancisco Amaral.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da Emenda n° 741, do Constituinte Joaci Góes, emvirtude da ausência do autor.
ELIAS MURAD (Pela ordem) -- Esclarecimento de que se trata de emenda de correçãode linguagem.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteElias Murad.
GERSON PERES (Pela ordem) - Contradita à manifestação do Constitumte Elias Murad e prejudicialidade da emenda em causa.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres.
BENITO GAMA (Pela ordem) - Registrode voto "não" na última votação.
PRESIDENTE - Anúncio de reunião dasEmendas n° 1.601, Destaque rr 8, do Constituinte Márcio Lacerda; n° 410, Destaque n°521, do Constituinte Louremberg Nunes Rocha; n° 410, Destaque n° 236, do ConstituinteFarabulini Júnior, ao inciso N do art. 38, sobreprioridade na convocação do aprovado emconcurso público sobre novos concursadospara assumir cargo.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.
PRESIDENTE - Parecer do Relator favorável à reunião de emendas. Inicio da votação.
PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT), NELSONJOBIM (PMDB),ROBERTO FREIRE (PCB) (Pela ordem) - Declaração de voto das respectivas bancadas.
INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - Posição do Partido Liberal favorável à matéria,embora sem partícipação nos acordos, visando à melhora do texto constitucional.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.
ARTUR DA TÁVOLA (PSDB), FARABULINIJÚNIOR (PTB), ADEMIR ANDRADE (PSB),MAURO BORGES (PDC), EDUARDO BONAM (PC do B) - (pela ordem) - Declaraçãode voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.
(Procede-se à' votação.)
GERSON PERES (Pela ordem) - Retificação de voto.
OLÍVIO DUTRA(Pela ordem) - Retificaçãode voto
PRESIDENTE - Apelo aos Constituintesno sentido de que permaneçam em plenárioaté às 14h.
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 822. Aprovação da reunião de emendasvotadas.
PRESIDENTE - Requerimento de Destaque rr 793, Emenda rr' 420-6, do ConstituinteTheodoro Mendes, supressiva do item V doart. 38, a propósito do exercício de cargosem comissão e funções de confiança na administração pública por servidores ocupantes decargo de carreira técnica ou profissional.
THEODORO MENDES - Encaminhamento da votação.
PRESIDENTE - Parecer do Relator pelarejeiçãoda matéria.
NO CERSÓSIMO (Pela ordem) - Registrode voto "sim" não constante do painel eletrônico.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstitiunteIvo Cersósimo.
WILSON CAMPOS(Pela ordem) - Registrode voto "sim" não-constante do painel eletrô-nico. o,
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteWIlson Campos.
PRESIDENTE - Início da votação.ADEMIR ANDRADE (PSB), RUBERVAL PI
LOTIO (PDS), MAURO BORGES (PDC), VIVALDO BARBOSA (PDT), MICHEL TEMER(PMDB), ARTUR DA TÁVOLA (PSDB),EDUARDO JORGE (PT), ROBERTO FREIRE(PCB), INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL), EDUARDO BONFIM (PC do B) - (Pela ordem)Declaração de voto das respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Esclarecimentos sobre oprocesso eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
PRESIDENTE - Encerramento da votaçãon° 823. Rejeição da Emenda n° 420
GASTONE RIGHI (Pela ordem) - Registrode voto "não".
PRESIDENTE - Resposta ao ConstitiunteGastone Righi.
PRESIDENTE - Requerimentos de Destaque n° 58, Emenda n° 1.779-1, do ConstituinteJúlio Costamilan; rr 198, Emenda 789-2, doConstituinte Mário Maia; rr 922, Emenda n°634-9, do Constituinte Adhemar de Barros Filho; e n° 1.467, Emenda rr 563-6, do Constituinte Floriceno Paixão, que visam a suprimirdo inciso V do art. 38 a palavra "preferencialmente".
FLORICENO PAIXÃo (Pela ordem) - Retirada da emenda de sua autoria.
PRESIDENTE - Prejudicialidade dos destaques no caso de retirada da emenda do
. Constituinte FIoriceno Paixão.
FELIPE MENDES, ANTàNIO DE JESUS(Pela ordem) - Registro de voto "sim" navotação anterior.
LYSÂNEAS MACIEL (Pela ordem) - Registro de voto "não" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLysâneas Maciel.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da proposição do Constituinte Albérico Filho, em virtude da ausência do autor. Retirada das proposições dos Constituintes Marluce Pinto, Gumercindo Milhomem e Eduardo Jorge.
PRESIDENTE - Destaques de autoria dosConstituintes Floriceno Paixão, Geraldo Campos, Sigmaringa Seixas e Antônio Carlos Konder Reis a propósito de data estabelecida pararevisão geral da remuneração dos servidorespúblicos. Consulta aos autores sobre manutenção dos destaques.
PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)Existência de texto de fusão das emendas emcausa. Sugestão de votação da união dos respectivos destaques.
PRESIDENTE - Solicitação de encaminhamento do texto à Mesa.
GERSON PERES (Pela ordem) - Necessidade de audiência das Lideranças dos partidos sobre a matéria
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGerson Peres. Leitura do texto da reunião deemendas. Parecer do Relator pela aprovação.
ADEMIR ANDRADE (PSB), ROBERTOFREIRE (PCB), DAVI ALVESSILVA (PDS), ARTUR DA TÁVOLA (PSDB), PLÍNIO ARRUDASAMPAIO (PT) - (Pela ordem) - Declaraçãode voto das respectivas bancadas'
INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) - Declaração de voto favorável da bancada do PFL,considerando que a reunião de emendas melhora o texto do Projeto de Constituição.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.
NELSON JOBIM (PMDB), ELIAS MURAD(PTB), FLORICENO PAIXÃO (PDT), JOÃOMENEZES (PFL), EDUARDO BONFIM (PC doB) - (Pela ordem) - Declaração de votodas respectivas bancadas.
PRESIDENTE - Parecer do Relator favorável à matéria. Esclarecimento sobre o processo eletrônico de votação.
(Procede-se à votação.)
ADYLSON MOTIA (Pela ordem) - Registro de voto contrário não-constante do paineleletrôruco na Votação n- 821.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteAdylson Motta.
BOCAYUVA CUNHA(Pela ordem) - Registro de voto "sim" na votação anterior.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteBocayuva Cunha.
JOACI GÓES (Pela ordem) - Desnecessidade de defender emenda de autoria do orador, visando à correção de erros de Português,com parecer favorável do Relator
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJoaci Góes.
12780 Sexta-feira 19 DfÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agostode 1988
PRESIDENTE - Encerramento da Votaçãon° 824. Aprovação da reunião de emendasvotadas.
PRESIDENTE - Requerimento de Destaque n°29, Emenda n° 1.607-7, do ConstituinteIvo Lech, que visa a suprimir do inciso XI doart. 38 a expressão "e municípios". Requerimento de Destaque n° 915, no mesmo sentido, de autoria do Constituinte Maluly Neto.Consulta ao Constituinte Ivo Lech sobre semantém sua proposição.
NELSON WEDEKIN (Pela ordem) - Retificação de voto.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteNelson Wedekin.
PRESIDENTE - Manutenção da emendade autoria do Constitinte Ivo Lech. Leitura dotexto destacado.
HÉLIO ROSAS (Pela ordem) - Retificaçãode voto na votação anterior
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteHélio Rosas.
NELSON JOBIM (Pela ordem) - Exrstêncíade entendimento das Lideranças no sentidoda aprovação da emenda em votação e sugestão de que o Relator dê parecer favorável àmatéria.
PRESIDENTE - Concessão da palavra aoRelator.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Solicitação de adiamento da votação visando o melhor exame da matéria.
PRESIDENTE - Decisão no sentido doadiamento da votação da matéria e de todasas proposições relativas ao item em causa.
PRESIDENTE - Manutenção da proposição do Constituinte Siqueira Campos, que visaa suprimir dispositivo concernente à impossibilidade de serem os vencimentos dos cargosdo Poder Legislativo e do Poder Judiciário superiores aos do Poder Executivo.
JOSÉ UNS (Pela ordem) - Sugestão à Mesa no sentido de adiamento da votação dasemendas.
NELSON JOBIM - Concordância com asugestão do ConstItuinte José Lins.
PRESIDENTE - Decisão da Mesa de adiamento da votação das emendas.
SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) - Concordância com a decisão de adiamento davotação das emendas.
JOSÉ LINS(Pela ordem) - Esclarecimentosobre adiamento da apreciação de todo o íncíso, inclusive das emendas.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstitumteJosé'lins.
PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteLavoisier Maia a propósito de emenda de suaautoria.
LAVOISIER MAIA - Retirada de sua emenda
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteLavoisier Maia.
ROBERTO FREIRE (Pela ordem) - Retirada também da emenda de autoria do Constituinte Joaci Góes, para fins de agilização dostrabalhos.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteRoberto Freire.
PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)Inexistência de trabalho prévio das LIderançaspara exame da matéria. Conveniência de suspensão da sessão, visando a entendimento.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituintePlínio Arruda Sampaio.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da emenda do Constitumte Lourival Baptista, em virtude da ausência do autor.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da emenda do Constituinte Dionísio Hage, em virtudeda ausência do autor.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da emenda do Constituinte LuizAlberto Rodrigues, emvirtude da ausência do autor.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da emenda do Constituinte Paes Landim, em virtudeda ausência do autor.
PRESlDENTE- Retirada, pelos autores,das emendas dos Constituintes Ronaldo CezarCoelho, Arnaldo Prieto e Firmo de Castro.
PRESIDENTE - Prejudicialidade da emenda do Constituinte Ronaldo Aragão, em virtudeda ausência do autor.
PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteAntônio Perosa sobre manutenção ou retiradade sua emenda.
ANTONIO PEROSA - Pedido de adiamento da votação da matéria, visando à obtençãode consenso entre as Lideranças.
PRESIDENTE - Decisão no sentido doadiamento da matéria.
PRESIDENTE - Consulta ao ConstituinteJosé Carlos Sabóia sobre manutenção ou retirada de sua emenda.
JOSÉ CARLOS SABÓIA - Retirada daemenda de sua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJosé Carlos Sabóia.
PRESIDENTE - Consulta à ConstituinteMoema São Thiago sobre manutenção ou retirada de sua emenda.
MOEMA SÃO THIAGO - Solicitação deadiamento da apreciação da matéria.
INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) Protesto contra adiamento das matérias semconcordância das Lideranças. Discordânciada Liderança do Partido da Frente Liberal. ArgiJição de arbitrariedade por parte da Presidência.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.
PRESIDENTE - Anúncio de proposição deautoria do Constituinte Jamil Haddad.
ARTURDATÁVOLA (Pela ordem) -Apoioao pedido do Constituinte Plínio Arruda Sampaio no sentido de suspensão da sessão.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteArtur da Távola.
ERALDO TINOCO (pela ordem) - Solicitação de que a Presidência reformule sua decisão no sentido do adiamento da votação.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Tinoco.
ERALDOTINOCO- Discriminação sofridapelo orador na sessão de ontem.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteEraldo Tinoco. Prejudicialidade dos destaquesdos Constituintes Jamil Haddad e Dálton Canabrava, em virtude da ausência dos autores.Concessão da palavra ao Constituinte OsmirLIma.
PRESIDENTE - Retirada da emenda desua autoria.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteOsmir Lima.
PRESIDENTE - Prejudlcrelídade do destaque do Constitumte Louremberg Nunes Rocha, em virtude da ausência do autor.
PRESIDENTE - Requerimento de Destaque n° 54, Emenda n- 1.584-4, do ConstituinteJosé Fogaça, que visa a dar nova redaçãoao inciso I do art. 41, a propósito de aposentadona por invalidez permanente.
JOSE FOGAÇA - Encaminhamento davotação.
BERNARDO CABRAL (Relator) - Parecerpela aprovação da matéria.
EDUARDO JORGE (Pela ordem) - Interpretação do Partido dos Trabalhadores nosentido de se tratar de emenda modificativae restntiva.
BERNARDO CABRAL (Relator) (Pela ordem) - Contradita à manifestação do Constituinte Eduardo Jorge.
ARNALDO FARIA DE SÁ (Pela ordem)Importância da emenda em votação, visto corrigir uma omissão.
ROBERTO FREIRE (Pela ordem) - Apelono sentido do adiamento da votação, para finsde esclarecimento da controvérsia existentesobre a matéria.
ARNALDO FARIA DE SÁ (Pela ordem) Desnecessidade de adiamento da votação.
PRESIDENTE -Consulta às Lideranças sobre acordo no que concerne ao adiamentoda votação. Decisão do Líderdo PFL contráriaao adiamento.
PÚNlO ARRUDA SAMPAIO (Pela ordem)Posição do Partido dos Trabalhadores favorável ao adiamento.
PRESIDENTE - Necessidade de entendimento das Lideranças a propósito do assunto.
HAROLDO LIMA (Pela ordem) - Posiçãodo PC do B favorável ao adiamento.
JOSÉ FOGAÇA (pela ordem) - Posiçãodo PMDB favorável ao adiamento.
VIVALDO BARBOSA (Pela ordem) - Concordância do PDT com o adiamento.
JOSÉ COSTA (Pela ordem) - Apelo nosentido de que não se protele a votação.
SIQUEIRACAMPOS (pela ordem) - Concordância do PDC com o adiamento.
PRESIDENTE - Esclarecimento de que oadiamento não constitui critério da Presidência, mas das Lideranças.
GASTONE RIGHI (Pela ordem) - Concordância do PTB com o adiamento, em casode suspensão da sessão.
INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) _Possibilidade de inexistência de quorum casose processe a votação.
Agosto de 1988 DIARIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12781
PRESIDENTE - Decrsão no sentido do encerramento da sessão, conforme acordo dasLideranças. Convocação de sessão da Câmarados Deputados para segunda-feira, dia22-8-88, às 9 h. Comunicação do Presidentedo Senado Federal de convocação de sessãopara segunda-feira, dia 22-8-88, às 10h. Convocação de sessão da Assembléia Nacional
Constituinte para sequnda-ferra, dia 22-8-88,às 18h
VI - Encerramento,
Discurso do Constituinte Mário Lima na sessão de 10-8-88: Notícia veiculada pela imprensa sobre admissão, pelo Ministro do Exército,
de período semelhante, no Brasil, aos idosde 1964. Falta de quorum para votação.
2 - MESA (Relação dos membros)
3 - LIDERES E VICE-LíDERES DEPARTIDOS (Relação dos membros)
. Ata da 320~ Sessão, em .18 de agosto de 1988Presidêncie dos Srs.: Ulysses Guimarães, Presidente; Mauro· B~neVÍdes, Primeiro-Vice-Presidente;
Jorge Arbage, Segundo-Vice-Presidente;e Arnaldo Fada de Sá, Terceiro-Secretário.
ÀS 9:00 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:
AbigaIlFeitosa - PSB; Acival Gomes - PMDB;Adauto Pereira- PDS; Ademir Andrade - PSB;Adolfo Oliveira - PL; Adroaldo Streck - PDT;Adylson Motta - PDS; Aécio de Borba - PDS;Aécio Neves - PMDB;Affonso Camargo - PTB;Afif Domingos - PL; Afonso Arinos - PSDB;Agasslz Almeida - PMDB, Agnpino de OliveiraLima - PFL; Alarico Abib - PMDB;Albérico Cordeiro - PFL; Alceni Guerra - PFL; Aldo Arantes- PC do B;Alércio Dias - PFL;Alexandre Puzyna- PMDB;Alfredo Campos - PMDB;Aloisio Vas-concelos - PMDB,Aloysio Chaves - PFL;AluizioBezerra - PMDB;AluízioCampos - PMDB;Alvaro Pacheco - PFL; Álvaro Valle - PL; AlyssonPaulmelh - PFL; Amaral Netto - PDS; AmauryMuller - PDT; Amilcar Moreira - PMDB;ÂngeloMagalhães - PFL; Anna Maria Rattes - PSDB;Annibal Barcellos - PFL; Antero de Barros PMDB;AntÔnIO Câmara - PMDB;Antônio CarlosFranco - PMDB; Antônio Carlos Konder Reis- PDS; Antoniocarlos Mendes Thame - PFL;Antônio de Jesus - PMDB; AntOnIO Ferreira PFL; Antonio Gaspar - PMDB;Antonio Manz PMDB; Antonio Perosa - PSDB; AntOnIO Ueno- PFL;Amaldo Faria de Sá - PJ; Arnaldo Martins- PMDB;Amaldo Moraes - PMDB;Arnaldo Prie-to - PFL; Arolde de Oliveira - PFL; Artenir Werner - PDS; Artur da Távola - PSDB; Assis Canuto - PFL; Átila Lira - PFL; Augusto Carvalho- PCB; Áureo Mello - PMDB; Benedicto Montetro - PTB; Benedita da Silva - PT; Benito Gama - PFL; Bernardo Cabral - PMDB;Beth Azize- PSDB; Bezerra de Melo - PMDB; BocayuvaCunha - PDT; Bonifácio de Andrada - PDS;Brandão Monteiro - PDT; Caro Pompeu PSDB; Carlos Alberto Caó - PDT; Carlos Bene- PFL; Carlos Cotta - PSDB; Carlos De'Carli- PTB; Carlos Sant'Anna - PMDB; Carlos Vina-gre - PMDB; Carrel Benevides - PTB; CássioCunha Lima - PMDB; Célio de Castro - PSDB;Celso Dourado-PMDB;César Cals Neto - PDS;César Mala - PDT; Chagas Duarte - PFL; Chagas Neto - PMDB; Chagas Rodrigues - PSDB;Chico Humberto - PDT; Cid Carvalho - PMDB;Cid Sabóia de Carvalho - PMDB; Cláudio ÁvIla- PFL; Costa Ferreira - PFL; Cristina Tavares- PSDB; Cunha Bueno - PDS; Darcy Deitos
- PMDB; Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra- PMDB; Davi Alves Silva - PDS; Del BoscoAmaral - PMDB; Délio Braz - PMDB; DenisarArneiro - PMDB;Dtorusío Dal Prá - PFL; Dionísio Hage - PFL; Dirce Tutu Quadros - "PSDB;Divaldo Suruagy - PFL, Djenal Gonçalves .:.PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; DomingosLeonelli -; Doreto Campanari - PMDB, EdéSIOFrias - PDT; Edison Lobão - PFL; EdivaldoMotta - PMDB;Edme Tavares - PFL; EdrmlsonValentim -r-r- PC do B; Eduardo Bonfim - PCdo B; Eduardo Jorge - PT; Eduardo MoreIra- PMDB; Egídio Ferreira Lima - PMDB, EliasMurad - PTB; Eliel Rodrigues - PMDB;EliézerMoreira - PFL;Enoc Vieira- PFL; Eraldo Tinoco- PFL; Eraldo Trindade - PFL; Erico Pegoraro- PFL; Ervm Bonkoski - PTB; Euclides Scalco- PSDB; Euruce Michiles - PFL; Evaldo Gon-çalves - PFL; Expedito Machado - PMDB; ÉzIOFerreira- PFL; Fábio Feldmann - PSDB; FábioRaunheítti - PTB; Farabulini Júnior - PTB;Fausto Fernandes - PMDB; Fausto Rocha PFL; Felipe Mendes - PDS; Feres Nader - PTB;Fernando Bezerra Coelho - PMDB; FernandoGasparian - PMDB;Fernando Gomes - PMDB;Fernando Henrique Cardoso - PSDB; FernandoSantana - PCB; Fernando Velasco -, ~MDB;Firmo de Castro - PMDB;Flavio Palmier da Veiga- PMDB; FláVIO Rocha - PL; Florestan femandes - PT; Floriceno Paixão - PDT; França Teixeira - PMDB;Francisco Amaral- PMDB;FranCISCO Benjamim - PFL; Francisco Carneiro PMDB; Francisco Coelho - PFL; Francisco Dias- PMDB; Francisco Diógenes - PDS; FranciscoDornelles - PFL; Francisco Kuster - PSDB;Francisco Pinto - PMDB; Francisco Rossi PTB; Francisco Sales - PMDB; Furtado I.;eitePFL; Gabnel Guerreiro - PMDB; Gastone Righi- PTB; Genebaldo Correia - PMDB; qenésloBernardino - PMDB; Geovah Amarante PMDB; Geovani Borges - PFL; Geraldo AlckminFilho - PSDB; Geraldo Bulhões - PMDB; Geraldo Campos - PSDB; Geraldo Fleming PMDB; Gerson Marcondes - PMDB; Gerson Peres - PDS; Gidel Dantas - PDC; Gilson Machado- PFL; Gonzaga Patriota - PMDB; GuilhermePalmeira - PFL; Gumercindo Milhomem - PT;Gustavo de Fana - PMDB; Haroldo Lima - PCdo B' Haroldo Sabóia - PMDB; Hého Costa PMDB; Hélio Duque - PMDB; Hélio Manhães -
PMDB; Hélio Rosas - PMDB; Henrique Córdova- PDS; Henrique Eduardo Alves - PMDB; Heráclito Fortes - PMDB; Hermes Zaneti - PSDB;Homero Santos - PFL; Humberto Lucena PMDB; Humberto Souto - PFL; Iberê Ferreira- PFL; Ibsén Pinheiro - PMDB; Inocêncio Ohveira - PFL; lrarn Saraiva - PMDB;Irma Passoni- PT; Ismael Wanderley - PMDB;Itamar Franco- ; Ivo Cersósimo - PMDB;Ivo Lech - PMDB;Ivo MaInardi - PMDB; Ivo Vanderlmde - PMDB;Jairo Azi - PDC; Jairo Carneiro - PDC; JallesFontoura - PFL; JamIl Haddad - PSB; JarbasPassannho - PDS; Jayme Paliarin - PTB; Jesualdo Cavalcanti - PFL; Jesus Tajra - PFL;Joaci Góes - PMDB; João Agripino - PMDB;João Alves - PFL; João Castelo - PDS; Joãode Deus Antunes - PTB; João Herrmann Neto- PMDB;João Lobo - PFL; João Machado Rollemberg - PFL; João Menezes - PFL; JoãoPaulo - PT; João Rezek - PMDB;Joaquim Bevilacqua - PTB; Joaquim Hayckel - PMDB;Joaquim Sucena - PTB; Jofran Frejat - PFL; JonasPInheiro - PFL; .Jornval Lucas - PDC; JorgeArbage - PDS; Jorge Bornhausen - PFL; JorgeHage - PSDB; Jorge Medauar - PMDB; JorgeUequed - PMDB; Jorge VIanna - PMDB; JoséAgripino - PFL; José Camargo - PFL; JoséCarlos Coutinho - PL; José Carlos Grecco PSDB;José Carlos MartInez- PMDB,José CarlosSabóia - PSB; José Carlos Vasconcelos PMDB;José Costa - PSDB; José da Conceição- PMDB; José Dutra - PMDB; José Eqreja PTB; José Elias - PTB; José Fernandes - PDT;José Fogaça - PMDB; José Freire - PMDB;José Genoíno - PT;José Geraldo - PMDB;JoséGuedes - PSDB; José Ignácio Ferreira - PMDB;José Jorge - PFL; José LInS- PFL; José Lourenço - PFL; José Luiz de Sá - PL; José LuizMaia - PDS; José Maurício - PDT; José Melo- PMDB;José Mendonça Bezerra - PFL; JoséMoura - PFL; José Paulo Biso\ - PSDB; JoséQueiroz - PFL; José Richa - PSDB; José Serra- PSDB; José Tavares - PMDB; José Teixeira- PFL; José Thomaz Nonô - PFL; José TInOCO- PFL; José Ulisses de Oliveira - PMDB; JoséViana - PMDB;Jovanni Masini - PMDB;JuarezAntunes - PDT;Júlio Campos - PFL; Júlio Costamilan - PMDB; Jutahy Magalhães - PMDB;Koyu lha - PSDB; Lael Varella - PFL; LavoisierMaia - PDS; Leite Chaves - PMDB; Lélio Souza
12782 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
- PMDB; Leur Lomanto - PFL; Levy Dias PFL; Lezío Sathler - PMDB; Lídice da Mata PC do B; Lourival Baptista - PFL; Lúcia Vânia- PMDB; LÚCIO Alcântara - PFL; Luís Eduardo- PFL; Luís Roberto Ponte - PMDB;LuizAlbertoRodrigues - PMDB; Luiz Freire - PMDB; LuizInácio Lula da Silva - PT; Luiz Leal - PMDB;Luiz Marques - PFL; LUIZ Salomão - PDr; LUIZSoyer - PMDB; Luiz VIana Neto - PMDB; Lysâneas Maciel- PDT; MagUltoVIlela- PMDB, Maluly Neto - PFL; Manoel Castro - PFL; ManoelRlbeiro - PMDB; Mansueto de Lavor - PMDB;Manuel Viana - PMDB; Marcelo Cordeiro PMDB; Márcio Braga - PMDB; Márcio Lacerda- PMDB; Marcondes Gadelha - PFL; MarcosLima - PMDB; Marcos Queiroz - PMDB; Mariade Lourdes Abadia - PSDB; Maria Lúcia PMDB;Mário Assad - PFL; Mário Covas-PSDB;Mário de Oliveira - PMDB;Mário Lima - PMDB;Mário Maia - PDT; Marluce PInto - PTB; Matheus Iensen - PMDB;MauríCIO Campos - PFL;Maurício Correa - PDT; Maurício Fruet- PMDB;Maurício Nasser ~ PMDB; Maurício Pádua PMDB; Maurího Ferreira Lima - PMDB; MauroBenevides - PMDB;Mauro Borges - PDC; Mauro Campos - PSDB; Mauro Miranda - PMDB;Mauro Sampaio - PMDB; Max Rosenmann PMDB; Meira Filho - PMDB; Melo Freire PMDB; Mello ReIS - PDS; Mendes Botelho PTB; Mendes Canale - PMDB; Mendes Ribeiro- PMDB; Messias Góis - PFL; Messias Soares- PTR; Michel Temer - PMDB; Milton Barbosa- PDC; MIlton Lima - PMDB; Milton Reis -PMDB; Míraldo Gomes - PDC; Miro Teixeira PMDB; Moema São Thiago - PSDB; Moysés Pimentel - PMDB; Mozarildo Cavalcanti - PFL;Myrian Portella - PDS; Naphtali Alves de Souza- PMDB; Narciso Mendes - PFL; Nelson Aguiar- PDT; Nelson Carneiro - PMDB; Nelson Jobim- PMDB; Nelson Sabrá - PFL; Nelson Seixas- PDT; Nelton Friedrich - PSDB; Nestor Duarte- PMDB; Ney Maranhão - PMB; Nilso Sguarezi- PMDB; Nilson Gibson - PMDB; NlOnA1bernaz- PMDB; Noel de Carvalho - PDT; Nyder Barbo-sa - PMDB;Octávio Elísio - PSDB; Odacir Soares - PFL; Olívio Dutra - PT; Onofre CorrêaPFL; Orlando Pacheco - PFL; Oscar Corrêa PFL; Osmar Leitão - PFL; Osmir Lima - PMDB;Osvaldo Bender - PDS; Osvaldo Coelho - PFL;Osvaldo Macedo - PMDB; Osvaldo Sobrinho PTB; Oswaldo Almeida - PL; Oswaldo Trevisan- PMDB;Ottomar Pinto - PMDB;Paes de Andrade - PMDB; Paes Landim - PFL; Paulo Almada- PMDB; Paulo Delgado - PT; Paulo Macarini- PMDB; Paulo MIncaroni - PMDB; Paulo Pairn- PT; Paulo Pimentel - PFL; Paulo Ramos -PMN;Paulo Roberto - PMDB;Paulo Roberto Cunha - PDC; Paulo Silva - PSDB; Paulo Zarzur- PMDB; Pedro Canedo - PFL; Pedro Ceohn-PFL; Percival Muniz- PMDB;Pimenta da Veiga- PSDB; Plínio Arruda Sampaio - PT; PlínioMartins - PMDB; Pompeu de Sousa - PSDB;Rachid Saldanha Derzi - PMDB; Raimundo Bezerra - PMDB;Raimundo Líra - PMDB;Raimundo Rezende - PMDB; Raquel Cândido - PDT;Raquel Capiberibe - PSB; Raul Belém - PMDB;Raul Ferraz - PMDB; Renan Calheiros - PSDB;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnsson PMDB; Renato Vianna - PMDB; Ricardo Izar PFL; Rita Camata - PMDB; Roberto Augusto PTB; Roberto Balestra - PDC; Roberto Brant
- ,Roberto Campos - PDS; Roberto D'Ãvrla- PDT; Roberto Freire - PCB; Roberto Torres- PTB; Robson Marinho - PSDB; Rodngues Pal-ma - PTB; Ronaldo Aragão - PMDB; RonaldoCarvalho - PMDB; Ronaldo Cezar Coelho PSDB; Ronan Tito - PMDB; Ronaro Corrêa PFL; Rosa Prata - PMDB; Rospide Netto PMDB;Rubem Branquinho - PMDB;Rubem Medina - PFL; Ruben Fíqueiró - PMDB; RubervalPilotto - PDS; Ruy Bacelar - PMDB; Ruy Nedel- PMDB; Sadie Hauache - PFL; Salatiel Carvalho - PFL; Samir Achôa - PMDB;Santinho Furtado - PMDB; Saulo Queiroz - PSDB; SérgioBrito - PFL; Sérqio Spada - PMDB, Sérgio Werneck - PMDB; Severo Gomes - PMDB; Sigmaringa Seixas - PSDB; Silvio Abreu - PSDB; Simão Sessim - PFL; Síquerra Campos - PDC;Sólon Borges dos Reis - PTB; Stélio Dias PFL; Tadeu França - PDT; Telmo KIrst - PDS;Teotônio VilelaFilho - PMDB;Theodoro Mendes- PMDB; TIto Costa - PMDB; Ubiratan Aguiar- PMDB; Ubiratan Spmelli - PDS; Ulysses Gui-marães - PMDB; Valmir Campelo - PFL; ValterPereira - PMDB; Vasco Alves - PSDB; VicenteBogo - PSDB; Victor Faccíoru - PDS; VIctorFontana - PFL; VIlson Souza - PSDB; VingtRosado - PMDB; Vimcius Cansanção - PFL;VIrgIldáslo de Senna - PSDB; VirgílioGalaSSI PDS; VirgilioGuimarães - PT; Vitor Buaiz - PT;Vivaldo Barbosa - PDT; Vladírrur Palmeira - PT,Wagner Lago - PMDB; Waldec Ornélas - PFL;Waldyr Pugliesi - PMDB; Walmor de Luca PMDB; WIlma Maia - PDT; Wilson Campos PMDB; Wilson Martins - PMDB; Ziza Valadares-PSDB
I - ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - A
lista de presença registra o comparecimento de279 Senhores Consntumtes
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus a em nome do povo
brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da
sessão anterior.
11 - LEITURA DE ATAO SR. MÁRIO MAIA, Segundo-Secretário,
procede à leitura da ata da sessão antecedente,a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. MARCELO CORDEIRO, PrimeiroSecretário, procede à leitura do seguinte.
III - EXPEDIENTECOMUNICAÇÕES
Da Bancada do PSDB, nos seguintes termos:
Brasília, 28 de julho de 1988
Excelentissimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDIgníssimo Presidente da Assembléia NacionalConsntumteNesta
Senhor Presidente,A Bancada do Partido da Social Democracia
Brasileira, na Assembléia Nacional Constituinte,
vem por meio deste, comunicar a Vossa Excelência a Indicação do Deputado Artur da Távolapara Líder da mesma na Constituinte, informando,ademais, haver o Líder, índrcedo o Deputado Octávio Elysio para Primeiro Vice-líder
Reiteramos a Vossa Excelência expressões dealta estima e consrderação. - Deputada AnnaMaria Rattes - Deputado Antonio Perosa Deputada Beth Azize - Deputado Carlos Cotta - Deputado Carlos Mosconi - DeputadoCelio de Castro - Deputado Caio Pompeu- Deputada Cristina Tavares - Deputada Dirce Tutu Quadros - Deputado Euclides Scaico- Deputado Fábio Feldmann - DeputadoFrancisco Küster - Deputado Geraldo Alckmin Filho - Deputado Geraldo Campos Deputado Hermes Zaneti - Deputado JorgeHage - DeputadoJosé Carlos Grecco - Deputado José Costa - Deputado José Guedes- Deputado José Serra - Deputado Koyo lha- Deputado Maria de Lourdes Abadia - De-putado Mauro Campos - Deputada MoemaSão Thiago - Deputado Nelton Friedrich Deputado Octávio E1ysio - Deputado PauloSilva - Deputado Pimenta da Veiga - Deputado Ronaldo Cezar Coelho - Deputado Robson Marinho - Deputada Rose de Freitas Deputado Sigmaringa Seixas - DeputadoSaulo Queiroz - Deputado Vilson Souza Deputado Vicente Bogo - Deputado Z1za Valadares - Senador Affonso Arinos - SenadorChagas Rodrigues - Senador Fernando Henrique Cardoso - Senador José Paulo Bisol- Senador José Richa - Senador José Ignácio Ferreira - Senador Mário Covas - Senador Pompeu de Sousa.
Do Sr. Constituinte Roberto Jefferson,nos seguintes termos.
Brasília, 10 de agosto de 1988
Exmo.SrDeputado Ulysses GimarãesDD Presidente da Assembléia Nacional Consntuinte
Senhor Presidente,Estou encaminhando em anexo a justificativa
de ordem médica referente as ausências verificadas entre os dias 21 e 31 de julho de 1° e 6de agosto de 1988
Sendo para o momento subscrevo-meAtenciosamente, - Roberto Jefferson, De
putado constituinte.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Estáfinda a leitura do expediente.
Passa-se ao
IV - PEQUENO EXPEDIENTE
Tem a palavra o Sr. Constituinte José Genoíno.
O SR. JOSE GENOÍNO (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, realizar-se-á amanhã, em Santos, ato político dos trabalhadores do porto - os portuários,contra a privattzação da Portobrás.
Sr. Presidente, este fato é importante, porquepermite a discussão de toda a política criada nestePaís em torno da prívatizaçáo.
Não há dúvida de que o processo de estatzaçãono Brasil foi marcado pelo autoritarismo, por umaconcentração de poder muito grande, e por pro-
Agosto de 1988 DIARIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12783
cessos fisiológicos de corrupção, de montagemde uma máquina burocrático-administrativa quebeneficiou muito mais determinados grupos econômicos do que a eficiência administrativa, a eficiência econômica a serviço da comumdade. Esão exatamente os mesmos que fizeram com quea máquina administrativa se tomasse esse grandeinstrumento de corrupção, de fisiologismo de umpoder, mas de relativa autonorrua, que hoje, aofalarem desse processo de desestatização, nãovão à raiz do problema, porque há duas questõescentrais que não são colocadas, que não vêmà tona nesse processo. A pnmeira é o problemada democratização das estatais, da democratização da administração pública. Isso é essencial,porque essa democratização é exatamente o meiode se produzir uma eficiência, uma transparênciana administração pública. A segunda questão dizrespeito ao combate às mordomias. Sempre quese fala na máquina admimstrativa, colocam nomesmo saco trabalhadores, funcionários honestos que trabalham, com as rnordorruas criadasexatamente pelos grupos e pelas oligarquias incrustadas no poder, que enchem essas máquinascom os apaniguados, com os favorecidos de famílias ou cabos eleitorais e amigos políticos
Sr. Presidente, quando se fala no processo depnvatização, o objetivo não é a solução dessesproblemas que estamos aqui levantando, da democratização da máquina administrativa, da democratização das estatais e do combate à ineficiência, à corrupção e ao parasitismo da máquina.Seu objetivo visa a abertura de condições paraque o grande capital, nacional e estrangeiro, possaapossar-se desse setor tão importante, estrategicamente, para o desenvolvimento do País.
Com esta fundamentação, Sr. Presidente, manifestamos nosso apoio, nossa solidariedade ao atopolítico que os portuários de Santos realizarãoamanhã.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente. (Muito beml)
A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ.Pronuncia o seguinte dtscurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, em várias oportunidades nestaCasa denunciei a opressão racial, sexual, sociale outras. O que me espanta é o fato de seremrecebidas naturalmente, como se fosse manifestação normal. Porém, hoje espero e apelo, emnome dos díreitos humanos, que prestem atençãono que tenho a declarar e, em nome da racionalidade, ~udem-me a inibir mais esta ação nefasta.
Sr. Presidente, Srs e Srs. Constituintes, comparando a realidade racial brasileira e norte-americana, conclui que nos Estados Unidos a discriminação e preconceito são sistemáticos e explícitosenquanto aqui são assistemáticos e dísstrnulados.Apesar de hoje os jornais, revistas e documentários, estarem, direta ou indiretamente, contribuindo para divulgar a persistência da discriminação contra negros mestiços, índios. por exemplo, barrar pessoas negras em boates, elevadoressocíats, hotéis de luxo, ainda encontramos açõespredominantemente racistas no mito da democracia racial
Ao fazer estas considerações, desejo, na verdade, abrir parênteses para registrar matéria de Washington Novaes intitulada "Afogar os Negros",divulgada pelo Jornal do Brasil de 13-8-88.
Pasmem, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Constituintes, o absurdo que está contido nesta matéria!
Já tive conhecimento anterior a respeito daquestão, um registro importantíssimo Estão querendo, na verdade, acabar com os negros porquesabemos que poucos são os remanescentes dosquilombos.
Megaron Txukarrarnãe, hoje diretor do ParqueIndígena do Xingu, conhece os brancos há muitotempo. Ainda menino, acompanhou os irmãosViIlasBoas nas pnmeiras tentativas de aproximação com os kren-akroro, no final da década de60. Já viu rnurta violência, viu povos inteiros dizimados por doenças levadas por brancos e poroutras violências mais diretas Ele não acreditaque os índios possam ser respeitados pelas atuaisgerações adultas - "só se forem as crianças",disse uma vez quando lhe propus fazer uma sériede programas de TV para mostrar a força e abeleza das culturas do Xingu, de modo que aspessoas aprendessem a respeitá-las.
Um dia, no Rio de Janeiro, olhando do balcãode uma casa o maciço da Urca, aquela pedragIgantesca e imponente, Megaron perguntou:"Essa pedra já era assim ou foi caraíba (branco)que descascou?" Megaron retratava a perplexidade do índio com a nossa infinita capacidadede destruir a natureza sem a qual nada somos.A mesma perplexidade que levou outro xinguano,Tupanumaka Waura, a perguntar, diante de umasérie de lombadas redutoras de velocidade numaavemda de Goiânia: "Por que branco põe asfaltopra andar depressa e depois faz calombo na ruapra andar devagar?"
Megaron e Tupanumaka talvezJá não se espantem com notícias como a de que Fumas, paraconstruir a hídrelétnca de Foz do Bezerra, no rioParaná, em Goiás, vai inundar as terras de 4 milnegros que habitam há séculos uma área na serrada Contenda, conservando os hábitos e constumes de seus ancestrais.
Quem consegue chegar a esse antigo quilombo de escravos fugidos de fazendas goianas, mineiras e baianas, e só se chega em lombo deburro, a pé ou de helicóptero, pois não há estradas- mergulha em outro tempo e outro espaço.Absolutamente isolados do mundo há uns 200anos, os calunga - como são chamados - aindafalam uma mistura de línguas africanas e português arcaico, com traços de latim. Moram longeuns dos outros e quase só se reúnem uma vezpor ano, na festa de São João, para cantar e dançar antigos folguedos portugueses. O governo deGoiás deu-lhes os títulos das terras que povoame a Universidade Federal de Goiás, principalmentea professora Man Baiocchi, vem lutanto pela suapreservação e para manter o isolamento que elesdesejam.
Em qualquer país, os calunga estariam sendoobjeto de todos os cuidados. Afinal, eles são onosso passado vivo, a nossa história, a luta dosnegros pela liberdade e pelo respeito que lhesé devido. Por muito menos, a China acaba deinterditar uma área e criar uma reserva ecológica:para preservar um ser que ninguém viu ainda,mas que se suspeita seja o legendário "homemdas neves". Aqui, no centenário da abolição daescravatura, planeja-se minuciosamente o genocídio de um grupo étnico dessa raridade e dessaimportância.
Mas não é de espantar. Todas as destruiçõesno Brasil são rigorosamente planejadas. Recebematé incentivos fiscais, como a derrubada do cerrado maranhense e paraense para fazer carvão vegetal nas gusarias. Serão só uns 100 mil ou 150mil hectares por ano, só mais uns 1.500 quilômetros quadrados por ano, que se somarão aos 250mil quilômetros quadrados (uma área igual à doEstado de São Paulo) que estão sendo desmatados por ano na Amazônia, segundo os cálculosde pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Junto com a fumaça das queimadas, os restos da vegetação desses 1.500 km2
vão compor, ao fim e ao cabo, as 6 milhões detoneladas anuais de poeira poluente da Amazôniade hoje - o equivalene, em monóxido de carbono, à poluição que a cidade de São Paulo produziria em 32 anos
Por isto, não dá para alegrar a notícia de queo IBDF vai cnar um "sistema nacional de prevenção de incêndios" e obrigar os proprietários deterras que fazem queimadas a avisar seus vízmhoscom três dias de antecedência, sempre que foremtocar fogo. Na Amazônia e no Centro-Oeste,quem vai fiscalizar? Os 600 agentes e guardasflorestais que esse órgão tem para o País todo?Nem dos 11,5 milhões de hectares de parquesnacionais e reservas biológicas. o lBDF consegueCUidar com seu magérrino orçamento de Cz$ 4bilhões (que se fosse destinado só a ISSO daria300 e poucos cruzados por hectare) Como vaicuidar do restante do territóno brasileiro em chamas (quem duvidar, vá hoje a GOIás, Mato Grosso,Rondôma) ou em processo de desertificação(mesmo') na fronteira corri o Uruguai, no Sudoeste gOIano e em tantas partes?
E vai fazer o quê diante desse novo descalabroque se planeja na hidrelética de Balbina, comoalertou aqui mesmo no JB o prof. José Goldernberg, reitor da USP? Vai deixar que, depois doatentado ecológico que fOI inundar 1.600 quilômetros quadrados de selva amazônica, se. digaque o no Uatamá não é capaz de encher o lagoda barragem e se planeje abrir um canal de 25quilômetros de extensão na floresta, ao custo deUs$700 milhões. para desviar outro rio? Sabendoque as advertências dos cientistas sobre a inconveniência de Balbína, sobre os erros técnicos doprojeto e sobre alternativas melhores foram desprezadas, sabendo que Balbina tem um custo porquilowatt duas vezes e meia maior do que o dacaríssima ltaípu,
Não dá para engolir. Qualquer regime precisade um mínimo de racionalidade para sobreviver.E, se estamos falando tanto em modernizar onosso capitalismo, por que não nos detemos umpouco no exemplo da Holanda mcderníssnna um entre tantos - onde o licenciamento de umanova fábnca toma pelo menos seis meses de avaliações rigorosas quanto aos impactos ambientais? Por que não olhamos os Estados Unidos,que acabam de proibir, na Califórnia pós-moderna, o uso de embalagens de espuma de plásticonas vendas de sanduíches - e isso na civilizaçãodo hamburger - para não destruir a camadade ozôruo> (No Rio de Janeiro, a lei que proibiaa comercialização de produtos com clorofluorcarbono foi vetada pelo governador).
Já passou da hora de entrarmos no século XXe esquecermos a concepção anacrônica do ser
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humano como centro do universo, senhor da natureza. Se não entrarmos, corremos o risco deuma hora dessas um tecnocrata qualquer, contemplando as pirâmides de Itaipu, sentenciar: "Tátudo errado. Pode derrubar tudo e fazer outra maisabaixo".
Será que dá apenas para ouvir? Não, teremosde tomar uma providência imediata Estão ameaçados de genocidio sutil e maquiavélico, um grupo étnico dessa raridade e dessa importância noBrasil, no Centenário da Abolição sem libertação.
Estou horrorizada, apesar do texto da Constituinte que estamos elaborando dizer que a práticado racismo deverá ser crime inafiançável. Sintome também, como negra, ameaçada.
Como se não bastasse, o mesmo jornal, publicaque no Pará "Fazendeiro rnatínha escravos e ostorturava e matava"
Diz assim a notícia:
"O português Joaguim Lourenço de Matos, 61 anos, denunciado por praticar escravidão branca em sua fazenda São Judas Tadeu, no rnunícípio de Paragominas, 217 quilômetros a sudoeste de Belém, fOI preso pelaPolícia Federal e confessou a execução devários trabalhadores rurais por pistoleiros aseu serviço.
Lourenço de Matos admitiu ainda que usava trabalho escravo, de cerca de 80 trabalhadores recrutados no interior do Maranhão,aos quais não pagava salários e mandavamatar, quando havia tentativa de fuga.
A Polícia Federal descobriu uma carcaçahumana próxima da sede da fazenda SãoJudas Tadeu, que seria de um dos trabalhadores executados pelos pistoleiros Rei doBrega e Manteiga Na tentativa de identificaro morto, a polícia enviou a ossada para oInstituto MédiCO Legal Renato Chaves, emBelém, para as análises necessárias. Uma segunda ossada foi encontrada pelos agentesfederais no meio da mata e continua em Paragominas.
Junto com o português Lourenço de Matos foi preso o pistoleiro Edílson, que exerciao papel de feitor na fazenda. Manteiga e Reido Brega continuam foragidos, mas a policiasuspeita que estejam escondidos na fazendaNova Esperança, também de propriedade doportuguês.
Com a prisão de Lourenço, o "Velho Português", os outros trabalhadores que eramsubmetidos a trabalho escravo na fazendaSãoJudas Tadeu estão se apresentando parareforçar as denúncias de seus companheirosFrancisco de Oliveira e Paulino Alves Cardoso. Os dois fugiram da fazenda, caminhandopelo mato durante dois dias até encontrarum posto da Polícia Federal, onde contaramsuas histórias. Eles disseram que não recebiam salário, eram alimentados miseravelmente, sótinham permissão para beber águaduas vezes por dia, trabalhavam sob açoitee, à noite, dormiam acorrentados numa espécie de senzala.
APolicia Federal pediu uma equipe da Delegacia Regional do Trabalho para levantartodas as Irregularidades trabalhistas, cometidas pelo fazendeiro, a fim de que os trabalhadores sejam indenizados.
O português Lourenço de Matos foi enquadrado no art. 197 do Código Penal (Atentadoà liberdade de trabalho e constranger alguémpor ameaça ou violência); pela Policia CivIl,no art. 149 (Homicídio). A pena prevista éde 2 a 8 anos de prisão. Em seu depoimentoLourenço de Matos confessou também quesubmetia os trabalhadores à tortura. O pistoleiro Edison se comprometeu a levar a Políciaaos locais em que foram sepultados algunstrabalhadores. Hoje, chegou a Paragominasuma equipe de legistas, de Belém, que vaiorientar a exumação dos cadáveres,"
Podemos constatar que a prática do racismoe da escravidão persiste ainda hoje entre nósNão está isolada como alguns tentam dissímular,Existe realmente e concretamente a prática doracismo e da escravidão no Brasil.
Sr. Presidente, não esmoreceremos apesar disso. Através de jornais e de outros veículos estamosrevelando nossa luta pela cidadania efetiva, registrada nos documentos do movimento organizadopara a defesa dos direitos civis e políticos; naslutas pela democratização racial através de diferentes vias, de uma imprensa alternativa, e dasorganizações comunitárias e de pesquisas negrasna valorização, na preservação dos elementos fundamentais da cultura negra, no resgate da figurade Zumbi dos Palmares contra a opressão racialda classe, luta essa que deverá estar voltada tantopara a compreensão das origens do povo negrocomo para interpretação da realidade brasileira.
Buscamos, em todos os seus aspectos, a construção de uma história do negro que reflita o seuestar e sentir na sociedade do Brasil, condiçãoindispensável à formação da consciência negra.Porsua vez, é essencial a participação dessa consciência juntamente com as etnias, na constítutçãoda democracia no Brasil.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)
O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs Constituintes,farei um breve comentário sobre a questão dodireito de greve, como foiaprovado aqui, na Constituinte.
Sr. Presidente, não concordo com alguns jornais quando afirmam - entendo que não é verdade~ que aqui foi aprovado pleno e irrestrito direito de greve, chegando até a tentar fazer algumterrorismo com a população, dizendo que, de repente, um cidadão com um filho ou a esposano hospital sendo operados, os trabalhadores parando o fornecimento de energia, a pessoa morreria na mesa de operação.
Isso é falta de seriedade, é falta de responsabilidade, é estar brincando com a opmíão públicae um desrespeito à classe trabalhadora. Devemos,aqui, assegurar que será de responsabíhdade, sim,dos próprios trabalhadores decidir a oportunidadee o porquê da greve.
Historicamente, neste País, sempre foi assim,até quando a lei proibia o direito de greve
Faço esta afirmação, Sr. Presidente, por entender que a redação amplia, melhor, e muito, odireito de greve da legislação vigente, mas, comcerteza, não Significa o irrestrito direito de greve.
Sr. Presidente, publica hoje o Jornal de Brasília a posição do Ministro do Trabalho, AlmirPazzianotto, sobre a questão do direito de greve.
S. Ex' vai para outro extremo DizS. Ex' que aquiloque foi aprovado aqui não assegura o direito degreve, que a lei atual ficará em vigência, porqueentende que a redação ficou confusa, até mesmoobsoleta. Contesto S. Ex~ Este não é o meu entendimento.
Na verdade, o Ministro Almir Pazzianotto, queserá, em sequida, Ministro do Tribunal Superiordo Trabalho, está encaminhando, desde já, umaforma de levar esse entendimento para os tribunais, no sentido de apenar os trabalhadores, deproibir o direito de greve, que, no meu entendimento, embora não tanto quanto queríamos, foiuma das principais conquistas da Assembléia Nacional Constituinte em relação à classe trabalhadora.
Sr. Presidente, foi aprovada uma redação, oque é normal na maioria dos países do Mundo.
Como último registro, deIXO o meu protestocontra a política de privatização do Presidente José Samey, que quer privatizar no Rio Grande doSul a Aços Fmos Plratíní e o Banco Meridional.Lembro que o Banco Mendional, conforme seuúltimo balanço, está dando lucro.
Mais uma vez se vê que a ínicíanva privadaquer colocar as mãos naquelas estatais que, defato, dão lucro para a Nação.
Deixo aqui, portanto, o meu protesto. Ontem,esteve em Brasília, numa reunião com a BancadaFederal, o Govemador Pedro Simon, discutindoquestões como a estatização de empresas.
Registro a minha posição de oposição ao PMDBno Estado, mas estarei, lado a lado, com todaa Bancada do Rio Grande do Sul, na defesa dosinteresses do nosso Estado
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem! Palmas.)
O SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS.Sem revisão do orador.) - SR Presidente, SI""e Srs. Constituintes, o jornal Zero Hora de ontemtrouxe notícia que me deixou entristecido. O IBGEquer anular a criação de novos municípios, e sóno Rio Grande do Sul foram criados 89. Sabemosque em alguns lugares, pequenos grupos, ínconformados, já entraram com ação competente noSupremo Tnbunal Federal e conseguiram liminar,alegando a lei federal que limita e dá normaspara a criação dos municípios. Um deles é SãoVendelíno, que se desmembrou de Bom Princípioe tem todas as condições, como os demais 88que foram criados
Se o IBGE quer anular a criação desses novosmunicípios, terá que cassar o direito de mais dametade dos municípios brasileiros que não estãoenquadrados nem estão em condições de satisfazer a exigênciasdessa lei,que exige, em pnmeirolugar, dez mil habitantes e uma arrecadação mínima, que apenas, talvez, a metade dos municípiosbrasileiros atinge.
Sou mtransigente defensor de emancipações,porque, se analisarmos apenas o Estado do RioGrande do Sul, verificaremos, agora que, coma criação de mais 89 municípios, o Estado ficarácom 330 municípios A área do Rio Grande doSul é praticamente igual à da Alemanha, que tem12 mil municípios Vejamos o quanto é importantequando as admmistrações podem estar mais juntas da população E, em se tratando de emancipações no meio rural, ainda é mais importante,porque ali não existe CIdade, e a cidade não vai
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12785
absorver grande parte dos recursos, como acontece com os municípios maiores, e, desta forma,essa participação do FPM e do ICM poderá serinvestida na própria agricultura, através da criaçãode rnícrobacras, através, de poços artesianos, através de melhores condições para o homem rural,fixando-o, _desta maneira, com mais segurançano meio rural.
Por esta razão, Sr. Presidente, Srs. Constituintes,protesto veementemente contra essa teona doIBGE, apelando às autondades responsáveis paraque não acatem essa decisão e permitam queos municípios sejam criados Aliás, a nova CartaMagna prevê que doravante quem vai legislar sobre a questão de novos municípios são os Estados, e, a partir da promulgação da nova Carta,essa lei não terá mais razão de ser, cairá, razãopela qual não há motivos para agora impedirmosa criação desses municípios
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)
O SR. FRANCISCO DIAS (PMDB - SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, nobreConstituinte Jorge Arbage, ora no exercício daPresidência, Srs. Constituintes:
Após um hiato de ano e meio, volto a estaCasa e o faço com um misto de alegna ~ emoção,depois de ficar praticamente mudo, silencioso durante este tempo, aguardando os acontecimentosem Brasília. O destino quis que eu chegasse aesta Casa, e aqui estou, com a mesma coragem,com o mesmo entusiasmo, com tudo aquilo quetrouxe para cá em outras épocas.
Inicialmente desejo cumprimentar a todos oscompanheiros Constituintes, cumpnmentar a todos os funcionários desta Casa, desde o maisalto até o mais humilde, que foram sempre econtinuam sendo grandes amigos
Volto a esta Casa em nome da honradez, dadignidade, do trabalho operoso, da bondade edo carinho de alguns milhares de eleitores deGuarulhos e de São Paulo que acreditaram naminha pessoa e que, infelizmente, foram frustrados, em razão de outros desacertos havidos emminha região eleitoral.
Em nome dessa plêiade de amigos, de dignos,e honrados companheiros, homens e mulheresque se colocaram ao meu lado e que tanto torceram para que voltasse a esta Casa, é que aquiestou, disposto a continuar nos trabalhos daConstituinte
Coloco-me à disposição do meu Líder de Bancada Deputado Ibsen Pinheiro, e à disposição domeu Partido, o PMDB. Quero usar esta tribunacomo um baluarte da democracia, ao lado detantos companheiros dignos desta República brasileira, príncipalmente deste Congresso
Sr. Presidente, Srs. Constituintes, trago de forauma preocupação que pude sentir e ver nos olhose na mente de companheiros neste Brasil inteiro:o apressamento da votação da Constituinte.
O povo brasileiro está preocupado e desacreditado. Temos a grande responsabilidade de dara este povo a resposta que tanto ele pediu hádOIS anos
.Portanto, com esta preocupação, com as alegnas da volta, com a emoção de encontrar osmeus companheiros, concluo minha palavra ini-
cial, deixando um abraço aos companheiros desempre, aos funcionários da Casa, aos meus familiares, aos meus amigos, e uma palavra muitoespecial ao meu companheiro de chapa, concorrendo à Prefeitura de Guarulhos, Pascoal Tomeu,onde concorro também este ano, se Deus quiser,à VIce-Prefeitura, colaborando com o meu grandePartido, o PMDB.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente (MUitobem!)
Durante o discurso do Sr. ConstituinteFrancisco Dias, o Sr. Jorge Arbage, Segundo-VIce-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Mauro Benevides, Primeiro-Vice-Presidente.'
O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) A Presidência saúda o retorno a esta Casa donobre Deputado Constituinte Francisco Dias, que,embora nascido nas terras do Ceará, em São Paulo se impôs à admiração e ao respeito do povopaulista, a ponto de ter sido guindado várias vezespara representá-lo no Congresso Nacional, e agora, disputando a Prefeitura Municipal de Guarulhos, uma das mais Importantes Comunas dogrande Estado bandeirante.
Portanto, fica o registro, a saudação e a homenagem da Mesa ao Constituinte que retoma assuas atividades parlamentares como membro doCongresso Nacional '
O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) Tem a palavra o Sr. Constituinte Edison Lobã~.
O SR. EDISON LOBÃO (PFL-'MA. Pronúncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, "SrsConstítumtes, não desejo ser responsável pelasprofundas preocupações que assaltam o Deputado Brandão Monteiro, segundo se depreendede seu discurso de ontem. Por isso, esclareço.
Primeiro, o Deputado pelo Estado do RIO deJaneiro identifica como notória a existência desetores dentro da Assembléia Nacional Constítumte pregando o fechamento dela e a possibi-lidade de golpe. Eu, não! I
Segundo, defendo a Assembléia Nacl~~alConstituinte, proclamo o esforço que realii~ eaplaudo - como todos o fazem - os avaT)ç9Sque promovem em benefício do povo, atravésda Constituição que elabora. Deploro, porém, oque, a meu juízo, constitui retrocesso. E a sociedade também o faz. A esse propósito recomendoao nobre Constituinte a leitura dos editoriais deO Globo e Jornal do Brasil de ontem, cujatranscrição agora requeiro. '
Terceiro, não falo por quem defende o pior,se alguém assim existe. Pessoalmente, desejo omelhor para o meu País.
Quarto, não sei quem pretende deter a Assembléia Nacional Constituinte. Para mim, ela nãopode ser detida. Teve a sua convocação propostapelo Presidente José Sarney, com a aprovaçãodo Congresso Nacional, e alcança, agora, de maneira laboriosa, a fase final de suas atr.ibuiçóes.
Espero ter atendido a curiosidade inquisitorialdo Deputado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (MUltobem!)
DOCUft1ENTOS A QUE SE REFERE OORADOR.
O Globo 17-8-88
A PORTA DAANARQUIA
A aprovação pela Assembléia Constituinte dodireito de greve írrestnto para todas as categoriasde trabalhadores, em todas as circunstàncias, sobquaisquer pretextos -, ontem consumada no segundo turno de votação, significa a porta abertaà desordem e ao caos.
De todas as decisões capazes de agravar o pessimismo com que os brasileíros acompanhamos trabalhos constituintes, esta é, de longe, a quedesenha perspectivas mais sombnas para os destinos do País. E; Ror ISSO mesmo é a mais contraditória na suposta pretensão de servir à democracia, à liberdade e aos trabalhadores.
Não se confunda o direito de greve, como última instància da negociação trabalhista - sujeitoàs limitações determinadas pelo imperativo defuncionamento e progresso e que não pode renunciar a Nação -, com esta verdadeira licençapara paralisar o Pais, que acaba de ser instituida.Nos modernos Estados democráticos, a greve ésempre a prerrogativa de alguns subordinada, pela regulamentação legal, ao direito de todos Pnncipalmente, o direito de todos aos serviços essenciais, de caráter público.
Nos termos da decisão tomada ontem pelaConstituinte, o poder do Estado na matéria sedissolve, talo radicahsmo das lImitações impostasà sua regulamentação. É uma abdicação em favorda anarquia.
A írresponsabilldade política e social desse gesto se caracteriza com clareza. Pois a democraciae a liberdade nascem e se sustentam através dotrabalho consciente, em benefício do individuoe da coletividade. Da anarquia, nasce a desordeme nela se amplia a miséria e se rompe todo pactopossível entre capital e trabalho.
Esta é a dimensão do gravissimo dano ao interesse nacional cometido ontem em Brasilia.
SIGNO DO RISCO
A Constituinte perfilhou, no segundo turno devotação, o artigo 9' nos mesmos termos que haviaSido aprovado no primeiro: uÉassegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidirsobre a oportunidade e os Interesses que devampor meio dele defender".
O debate marcado pela apreensão dos que insistiram na necessidade de condícronar a amplitude do direito de greve à legislação complementar não conseguiu convencer completamente osConstituintes. Não obstante, os servidores públicos essenciais serão objeto de regulamentaçãoà parte.
O direito de greve foi conquistado na prática.O fato social ultrapassou as restrições autoritánasque perderam fundamento político no final dosanos 70, a partir do momento em que o regimenão conseguiu mais controlar as reivindicaçóestrabellustas, A sociedade esperava, no entanto,que a Constituinte definisse os hmítesclaros parao exercício de um direito que perde a razão deser quando atenta contra a sociedade
O artigo 38, em seu inCISO VII, define - noque diz respeito ao funcionalismo público - que
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"o direito de greve será exercido nos termos enos limites definidos em lei complementar" Portanto, só é restrito para servidores públicos. Ofuncionalismo público rege-se pelo Estatuto dosServidores. A lei complementar, no caso, não incluirá as empresas de serviços públicos, cujosempregados têm suas relações de trabalho regulada pela CLT Asapreensões continuarão as mesmas, no que dIZ respeito à ocorrência de grevesnos serviços públicos essenciais cuja paralisaçãopossa representar ameaça à segurança da sociedade.
O direito de greve - como aprovado pelaConstituinte - não tem precedente em qualquernação. Em todos 05 países, existem Iímítes queevitam risco de vida ou de segurança da sociedade. É o caso da França e da Itália, emboraa legislação ordinária nesses dois países não tenha sido até hoje definida. Em ambos, porém,os tribunais firmaram jurisprudência que limitana prática o exercício do direito de greve nosserviços essenciais.
O princípio universal é o de que serviços públicos essenciais Impõem restnções. As divergências dizem respeito à definição de quais serviços.públicos são essenciais. Serviços médicos de urgência, .hospitais, serviço de eletricidade e transporte coletivo estão incluídos na categoria dosque não podem cessar completamente, pela circunstância de que a paralisação representa perigode vida ou põe em risco a segurança de umaparte ou de toda a sociedade.
Uma vez aprovado em termos amplos, o direitode greve terá que encontrar, de uma forma oude outra, o leito de uma regulamentação que evrteos abusos capazes de gerar contra ele resistênciasna própria sociedade. O não reconhecimento danecessidade no texto da nova ConstIutição nãomodifica a natureza política da questão. O movimento sindical chegará à mesma conclusão dasponderações que se fizeram ouvir no debate, poisnão se pode entregar uma conquista social tãoimportante a aventureiros e demagogos irresponsáveis.
Os serviços essenciais - do ponto de vistaeconômico e da sociedade - merecem ser resguardados com a proteção q~e conte com a presença dos poderes públicos. E indispensável umanorma complementar que regule, em termos democráticos e responsáveis, a decisão sobre a"oportunidade e os mteresses" dos movimentoscoletivos.
Caso contrário, em aberto, o direito de grevese converterá em abuso. Deflagrado no auge deuma excitação coletiva, um movimento grevistapode sujeitar a maioria à manipulação de umpequeno gr!;!po orgamzado, como já tem acontecido. E se não houve até hoje conseqüências maisgraves foi porque a expectativa democrática tevepaciência de aguardar a Constituinte, na certezade que o direito de greve seria legalmente compatibilizado com as responsabilidades políticas detodos os cidadãos em defender o regime de liberdades.
A modernidade que serve de padrão ao Brasilnão exclui normas disciplinadoras de direitos Pelocontrário: deixar uma conquista social e políticatão importante quanto o direito de greve ao desamparo de regulamentação é confiá-Ia à guardade aventureiros e abrir outra porta ao populismo,que é a expressão política do atraso. Democracia
é lei, com o entendimento geral de que o direitode um termina onde começa o direito de outro.
o SR. OLÍVIO DUTRA (PT - RS. Sem revisão do orador.)-Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Constituintes, ontem recebemos a vlsita de um representante dos funcionários da empresa de informáticaestatal Cobra, e de um representante do Movimento "Brasil Informática".
A situação por que passa a empresa Cobra,a estatal que é o eixo de uma pohnca de industrialização, sob o controle e soberama nacronal naárea de informática, por pressão do grande empresariado nacional e multinacional, não é dasmelhores.
Os aportes de recursos que a Cobra precisariapara desenvolver vários projetos - ela que já temcontribuído com uma tecnologia brasileira na área- não têm chegado, devido a uma política deliberada deste Governo de entregá-Ia, a preço de banana, à irucíativa pnvada. O Banco do Brasil, aCaixa Econômica Federal e o BNDES, emborapor resoluções Já tomadas pelo Govemo, não têmaté agora repassado recursos para o desenvolvimento de projetos da Cobra, na tentativa deobrigar a direção da empresa a aceitar as regrasde privatização conforme pressões dos setoresprivados.
Protestamos contra essa política e entedemosque a Cobra é uma empresa-piloto na área deinformática A Política Nacional de Informáticaprecisaria muito da Cobra amda, e a soberanianacional muito mais. Portanto, entedemos quea ação desses setores privatJvistas, com o apoiodo Governo, atenta contra o interesse da Nação.
Sr. Presidente, registramos, em nome do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais eRecreativas e de ASSistênciaSocial, de Orientaçãoe Formação Profissional do Estado de Alagoas,o Senalba, o protesto que os companheiros fazemà direção do Sesi e Senai de Alagoas, presididos,há mais de 30 anos pelo Sr Napoleão Barbosa,naturalmente um empresário
A direção do Sesi e a do Senai tem pressionadoos empregados nas questões de interesse dostrabalhadores de sua entidade de classe; tem discrírmnado os empregados que se posicionam publicamente a favor do seu sindicato, com prejuízossalariais e até demissões; tem perseguido politicamente os dmgentes do Senalba, com transferência para local de trabalho que dificulte a sua açãosindical; tem investido em empregados com promoções e vantagens salanaís, contanto que essesse disponham a defender os interesses do patronato contra o interesse dos seus colegas trabalhadores; tem feito manobras para o achatamentosalarial de dingentes do Senalba; e vem elaborando um plano de carreira sem a participaçãodos trabalhadores, através de sua entidade declasse, com a sua implantação, sem o devidoconhecimento e esclarecimento dos empregadosquanto ao seu conteúdo; persegue os dirigentesdo Senalba, punindo-os com a suspensão de seussalários, como recentemente aconteceu com ossalários dos dIrigentes Senalba de julho de 1988.
Portanto, Sr. Presidente, está evidenciado quea direção do Sesi e do Senai de Alagoas estáatentando contra a organização do trabalho. Oscompanheiros dirigentes smdtcais do Senalba estão encaminhando moção de protesto, com aqual nos solidarizamos, às centrais sindicais, às
Bancadas do Estado de Alagoas neste Congresso,e a todos os democratas que lutam por uma efetiva organização sindical autônoma e independenteno nosso Pais
Sr. Presidente, ainda participamos ontem, deuma reunião da Bancada Federal dos diferentesPartidos do Rio Grande do Sul no Congresso NacionaL O Sr. Governador de Estado, Pedro Sirnon,de quem divergimos partrdariamente, mas porquem temos profundo respeito pessoal, nós, doPartido dos Trabalhadores, que fazemos oposiçãoséria, concreta, constante e pertinaz à política doPMDB no Rio Grande do Sul, como de resto àpolítica da Nova República em nível federal; oGovernador Pedro Simon esteve, aqui, em defesado Rio Grande do Sul contra a estatização doBanco Meridional, contra a estatização da AçosFmos Piratíni e pela Implantação de plantas quevenham dar ao Pólo Petroquímico do nosso Estado a sua real importância.
Por isso, o nosso Partido se associa, se somaa essas forças que buscam valorizar o potencialeconômico do nosso Estado. Salientamos, contudo, que todo o desenvolvimento econôrruco donosso Estado tem que ser distribuído socialmente.
Portanto, a luta do Governo do Estado não podeser apenas para satisfazer os interesses dos empresários do RIO Grande. Ela tem que ser paraatender a problemas sociais enormes que afetammilhares de trabalhadores do campo e da cidadeno nosso Estado. O desenvolvimento econômicodo Rio Grande tem que ser repartido com quemé maioria no Rio Grande, que é o trabalhadorgaúcho.
Sr Presidente, também queremos uma definição urgente, Imediata, quanto a escolha do novoReitor da Universidade Federal do Rio Grande doSuLA eleição já ocorreu em 12 de abriL O Professor Alceu Ferrarí obteve 58% do total de votosdaquela eleição. No entanto, há um movimentojunto ao Mimstério da Educação e ao GovernoFederal para que não seja ele o Professor AlceuFerrari designado Reitor. É uma violência ao processo democrático, é uma violência à autonomiada universidade e, fundamentalmente, é um desrespeito à comunidade universitária.
E o nosso protesto e o desejo de que, de imediato, se defina a designação do novo Reitor, quenão pode ser outro senão o Professor Alceu Ferrari.
DOCUMENTOS A QUE SE REFERE OORADOR:
SINDICATODOS EMPREGADOS EMENTIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS,
DE ASSISTÊNCIASOCIAL,DEORIENTAÇÃOE FORMAÇÃO
PROFISSIONALDO ESTADO DEALAGOAS - SENALBNAL
CARTA DENÚNCIA
Nosso pais passa, hoje, por uma série de dificuldades polítíco-sócio-econômícas com alta dívidaexterna, recessão, arrocho salarial, alto índice dedesemprego e uma das maiores inflações da história da República. E o governo, com seus patrõesexploradores, insistem em falar em democracia
. e liberdade A democracia do governo da "novaRepública" e seus patrões é a democracia da exploração, da fome, da miséria, da opressão e da
Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12787
parseguição aos trabalhadores. Esta é a realidadeem todo o país e em Alagoas temos um retratobem vivo desta situação.
Os órgãos, Federação das Indústrias, Sesi eSenai, nata do patronato da indústria alagoana,presididos pelo Sr. Napoleão Barbosa há trintaanos, através de seus diretores vem praticandouma política mesquinha, anti-democrática e antisindical em relação a seus empregados, principalmente a dirigentes do SenalbafAL, evidenciadanos seguintes fatos:
1 - pressão aos, empregados nas questões deinteresse dos trabalhadores e sua entidade declasse; .
2 - discriminação aos empregados que se posicionam publicamente a favor do seu sindicato,com prejuízos salariais e até demissões;
3 - perseguição política a dirigentes do Senalba com transferência para local de trabalhoque dificulte a sua ação sindical;
4 - investimentos em empregados com promoções e vantagens salariais para defender osinteresses dos patrões contra os trabalhadores;
5 - manobras para achatamento salarial de dirigentes do Senalba;
6 - elaboração de Plano de Cerreira sem a participação dos trabalhadores, através de sua entidade de classe, com implantação sem o devido conhecimento e esclarecimento dos empregadosquanto ao seu conteúdo;
Como se não bastasse essa postura antidemocrática e anti-sindical, dos patrões do Sesi e Senai,os dirigentes do Senalba, empregados dessas entidades, estão sendo punidos com a suspensãode seus salários, de julho/88, pela posição assumida em defesa dos direitos dos trabalhadores,por não assinarem a portaria aceitando o enquadramento proposto no Plano de Carreira, semprévia análise, por entender que é um direito inalienável dos empregados o devido esclarecimentode sua situação funcional
Diante desse quadro o SenalbafAL conclamaos empregados dessas entidades, o movimentosindical, a classe política alagoana e à comunidade em geral a serem solidários à nossa luta.
ABAIXO AREPRESSÃO, O ABUSO DE PODERE O AUTORITARISMO.
A DIRETORIAPS - cópias deste serão enviadas aos Senalbas
do Brasil, à Imprensa local e nacional, àclasse política, ao movimento sindical, àCUTeà DRT
DECISÃO SOBRE MERIDIONALSAIRÁ EM 90 DIAS
Dentro de 90 dias, um grupo de trabalho criadopor sugestão do ministro da Fazenda, Maílsonda Nóbrega, deverá apresentar propostas de prívatização dos bancos federais. Este trabalho seráfeito juntamente com o Banco Central que estáexecutando a reforma bancária, e tendo comoparâmetro as decisões da Constituinte. No casodo Banco Meridional, a prívatízação está previstana própria lei de criação da instituição, restandoapenas estabelecer as formas de transferência dobanco para o setor privado O Banco Nacionalde Crédito Cooperativo (BNCC) ainda não temum destino definido, mas uma das idéias é repassá-lo às cooperativas de crédito.
"O que estamos avaliando são os papéis e funções do sistema financeiro federal", afirmou Paulo
Galleta, secretário de Privatização do Ministériodo Planejamento Ele citou, como exemplo desuperposição de vários bancos, o sistema financeiro instalado no Rio Grande do Sul "Temoso Meridional, o Banco do Brasil e a Caixa Econõmica Federal como instituições federais". Alémdisso, coexistem o Banrisul, Badesul, BRDE e Caixa Econômica Estadual. É um conjunto muitogrande de entidades que atuam na mesma área."É possível funcionar assim?", questiona Galleta.
Segundo ele, a Idéia é verificar a viabilidadede implantação do banco múltiplo. No caso doRIO Grande do Sul, o próprio Governo do Estadochegou a assinar um protocolo com o BancoCentral, assumindo toda a responsabilidade pelacriação de uma proposta de reordenamento dosistema financeiro estadual A idéia surgiu no augedas informações sobre a extinção da Caixa Econômica Estadual, que motivou uma forte reaçãopolítica. (BrasíhafZH)
Correio Braziliense - 17-8-88
PRlVATlZAÇÃO PODERÁRENDER ATÉ US$ 4 BI
As 16 primeiras empresas estatais que serãoprívatízadas pelo Conselho Federal de Desestetização (CFD) poderão render ao governo entreUS$ 2 bilhões a US$ 4 bilhões, segundo previsãodo secretário executivo do Conselho, Paulo Galleta Em sua primeira reunião, realizada ontem osmembros do CFD resolveram modificar o regimento interno e permítir que mstítulções fmanceiras privadas participem dos processos de pnvatização.
De acordo com Galleta, amda esta semana deverão ser publicados os editais de licitação paraprívatízação das empresas Companhia Celuloseda Bahia (CCB) e Companhia Siderúrgica do Nordeste (Cosinor).
Segundo Galleta, durante a reunião do Conselho um de seus membros, o ministro das Minase Energia, Aurehano Chaves, levantou uma dúvidaquanto à necessidade de aprovação das privatizações pelo Congresso NaCional Foi informadode que todas as empresas estatais criadas porlei só podem ser pnvatizadas com outra lei. "Muitas das empresas que estamos examinando pertenciam à miciativa privada e foram estatizadaspelo governo para serem capitalizadas e reprívatlzadas'', afirmou Galleta, concluindo que nessescasos não há necessidade de aprovação peloCongresso.
Durante o discurso do Sr. Constituinte Olívio Dutra, o Sr. Mauro Benevides, PrimeiroVice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Jorge Arbage,Segundo-VIce-Presidente.
o SR.PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o Sr. Constituinte Farabulini Júnior.
O SR. FARABULINIJÚNIOR (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Constituintes, voltar a falar da necessidadeque nós, que temos assento nesta Casa, de procurar agilizar e estimular os Companheiros Constituintes para que, afinal, se concluam os trabalhos,poderá parecer, afirmando aqui todo o tempo,ocupar o microfone ociosamente. Na verdade,por mais que não se queira falar a respeito da
matéria, o fato é qse indispensável conscientizarcada Constituinte para que se desdobre e estimuleos demais colegas a estarem presentes, no plenário, para as votações.
Assim, com vistas à promulgação da Constituíção.rro mês de setembro, inexoravelmente, precisamos agilizar os trabalhos E para que se promova uma análise bem mais que perfunctória,porém objetiva, passando os olhos apenas peloRelatóno do Constituinte Bernardo Cabral, verificamos que mais de 90% dos destaques apresentados contam com o ponto de Vista do Relatorpela rejeição. E S. Ex"é,indubitavelmente, alguémque merece, nesta Casa, crédito, pois sua palavraescrita e oral tem alcançado, aqui, plena eficácia.
Com base nesta estruturade pensamento, acredito que esteja faltando' nesse organ<'grama oCoordenador das Bancadas com assento nestaCasa. Esse Coordenador deveria convocar osseus pares para uma análise e induzi-los. quemsabe, até, à retirada dos destaques. Não a retiradapor ocasião da votação, mas retirada antes, paraque aqui possamos agilizar e votar absolutamenteconscientes de que tudo o que se votou, no primeiro turno, se fez através de um trabalho maisque pensado, melhor tecido, mais que urdido e;assim, com a.certeza de termos preparado o melhor trabalho
Concluindo, todos nós aqui somos políticos.Cada qual vem de um Estado e cada qual. noseu Estado, sabe existirem 200, 300. 400, e, emSão Paulo. mais de 500 municípios. O parlamentar que nesta Casa deixar de emprestar o seuapoio e seguir a orientação política das basesde onde veio, estará praticando o maior erro daHistória, porque estará deixando de participar doprocesso mais importante, a eleição dos prefeitosdo Estado de onde vem, máxime porque estaConstituinte promoveu a redistribuição das verbase recursos e mandou para os Estados e paraos municípios recursos mais que hábeis e maisque sufícrentes para que haja, na descentralizaçãoadministrativa, o melhor trabalho. E é justamentenesta hora em que o parlamentar constituinte sepropõe a estabelecer esse tipo de descentralização, é exatamente nesta hora que ele próprio furta-se à possibilidade, à oportunidade de voltar àssuas bases e promover a orientação político-partidária, política-Ideológica, indispensáveis a queformemos o plantei de prefeitos e vereadores quehaverá de disciplinar, que haverá de aplicar aspolpudas verbas orçamentárias que deverão servotadas para o próximo exercício.
O SR. HERMES ZANETI (PSDB - RS Semrevisão do orador.) - Sr Presidente, Sr" e Srs.Constituintes, a Assembléia Nacional Constituintedecidiu, agora, em definitivo, pelo direito de votoaos Jovens brasileiros entre 16 e 18 anos. Estadecisão foi importante porque reafirmou a soberama, reafirmou a vontade nacional expressa pelaAssembléia Nacional Constituinte.
Há um fato que quero registrar, aqui, Em determinado momento, imediatamente após a aprovação em primeiro turno, a imprensa divulgou queS Ex' o Sr. Presidente da Assembléia NacionalConstituinte, Deputado Ulysses Guimarães, terse-ia mamfestado pela supressão daquele direito.Naquela oportunidade, procurei o PresidenteUlysses Guimarães e perguntei-lhe a respeito. Disse-me S. Ex"que não havia feito tais declarações
12788 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUlNTE Agosto de 1988
e que em nenhum momento tena praticado qualquer ato que representasse sua desaprovação àinstituição desse direito- para a juventude brasiletra, que não o havia feito e que não o faria,que se portaria como sempre se portou, de formaimparcial, como JUIz, na Presidência dos trabalhosda Assembléia Nacional Constitumtej-que estimularia a manifestação soberana da Assembléia eque de forma nenhuma move na qualquer açãopolítica tendente a constranger qualquer Constituinte a se manifestar contrariamente àquele direito. Reafirmou S. Ex' que, pelo contrário, estavadisposto a guardar essa imparcialidade e reconhecer que a Liderança do PMDB,'Partido quepreside, pudesse manter a'sua posiçáo'de apoioà afirmação daquele direito
Venho aqui, por um dever de justiça. fazer esterelato, para que não paire qualquer dúvida e paraque ninguém no futuro, como forma de intnga,faça alguma restrição à do Presidente Ulysses Guimarães em relação à ínsnturção do voto facultativoa partir dos 16 anos. Faço-o, agora, de maneiraabsolutamente gratuita, porque não' pertençomais ao Partido de S EX' e não há mais comomfknrna votação, uma vez que a Assembléia Nacional Constituinte já afirmou aquele'díreíto,e faço-o também para o cumprimento de um deverde justiça.
Por outro lado, Sr. Presidente e Srs Constituintes, estou apresentando um projeto de lei prevendo a possibilidade da reabertura do prazo parao alistamento eleitoral, a fim de que os jovensna faixa de 16 a 18 anos possam praticar essedireito agora em 1988, para as eleições municipais, de vereador e prefeito Entendo que hácondições técnicas e políticas para aprovarmosesse direito em relação a este ano" desde quepossamos promulgar a nova Constituição no prazo razoável que todos esperamos.
Neste sentido, além da apresentação deste projeto, estou também mantendo contatos junto aoTribunal Superior Elenoral, no sentido de agilizaras medidas capazes de oferecer a oportunidadede alistamento ainda este ano e.a oportunidadeda participação no processo político eleitoral dosjovens neste faixa etária.
Sr. Presidente, terminando, reafirmo a formainequívoca com que este díreíto.foí concedidoà juventude brasileira. O Poder Executivo e asforças reacionárias mobilízaram-se quase seismeses, entre a votação do primeiro turno e agora,do segundo turno. Todo esse esforço resultouem aumentar em um voto o conjunto dos Constitumtes que, do primeiro para o segundo turno,votaram contra esse direito. No primeiro turno,98 Constituintes votaram contra o direito do votoaos 16 anos; e 99 Constituintes. no segundo turno.
De modo que Isto indica que estão em baixaaqueles que querem agredir a juventude brasileira.AAssembléia Nacional Constituinte preferiu apostar na juventude, e a parabenizo por isto.
o SR. WALDYR PUGLIESI (PMDB - PRSem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, o Constituinte Francisco Dias, queassume no lugar do "franciscano" Roberto Cardoso Alves, acaba de fazer seu primeiro pronunciamento nesta Casa. Como muitos, chega aquicheio de Ilusões. S. EX' disse, há pouco, que pretende encontrar-se com todos os ConstítumtesMas não vai se encontrar nunca. Porque, quandoterminamos os trabalhos do primeiro turno da
Assembléia Nacional Constituinte, o PresidenteUlysses Guimarães agradeceu o trabalho de todos
·os Constituintes, mas naquele dia apenas, e tãosomente, estavam aqui 'presentes 350 Constituin-
· tesoTodos fomos nivelados, nós que estamos todos os dias aqui para dar cumpnmento àquiloque se propôs na praça pública, em favor dasmudanças e das reformas.
Portanto, o eminente Constituinte FranciscoDias, que assume hoje, nunca verá nesta Casaaqueles que pretende ver, porque são ausentes,estão praticando um.verdadeiro crime contra a
· Nação brasileira. Aqueles que não estão presentes· aqu] são os responsáveis por muita coisa que· está acontecendo neste País.
.Chamariaa atenção desta Assembléia NacionalConstituinte, porque o mal que praticam aquelesque não estão aqui é um mal que também estásendo praticado por aqueles que, mesmo estandosentados aqui, não acionam os equipamentos para votar, vem aqui à frente em busca dos refletoresde televisão, apenas para aparecerem. São irresponsáveis
Esta Constituição, Sr. Presidente, já era paraestar promulgada, e não está porque perdemosmuito tempo devido a esses que estão em buscade 'luzes, esses irresponsáveis que nunca estãoem seus lugares para votar Estamos fazendo estacrítica, Sr. Presidente, porque não é possível quese mantenha esta situação.
Disse, também, o Sr. Constituinte que o povodesacredita do político. Ora, tem que desacreditarmesmo Polítrco' que faz proposta, como muitosdo meu Partido, 'oPMDB, e a descumprem, traemoProqrarna do Partido, ferem o seu Código deÉtica. Na realidade, estamos caminhando parao esfacelamento de todos os Partidos.
Veja bem, Sr. Presidente: como é posssíveI chagaimos ao térmmo dos trabalhos da AssembléiaNacional Constituinte, se os apelos do PresidenteUlysses Guimarães não são levados em conta,se o desespero do Presidente Ulysses GUImarãesé ignorado pela grande maioria - posso dizerisso - dos Srs, ,Constituintes? Estamos há quaseuma hora já destes trabalhos e meia dúzia deConsntuintes está aqui, Como dizia o SenadorJ~riiiJ Haddad, ninguém levanta antes das 10 horas. O que é que vamos fazer com esses quenão são Constítumtes, que, mentindo para o povo,envergonham o mandato que receberam?
Portanto, fica aqui a minha revolta contra ocomportamento indecoroso desses que não mereciam ser eleítos. Falo como fundador do MDS,depois PMDB. ,
Sr Presidente, não me conformo com os gestosde discordância daquilo que estou falando. Estoufalando somente a verdade.
I Fica aqui o meu protesto, e espero que estaCasa tenha o mínimo de pudor para chegar aofim destes trabalhos que a Nação está exigindode.todos nós.
Durante o discurso do Sr. Consütuinte Waldyr Pugliesi, o Sr. Jorge Arbage, 2 9-Vice-Pre
sidente, deixa a cadeira da presidência, queé ocupada pelo Sr. Arnaldo Faria de Sá,3°-Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Solicito à Taquigrafia encaminhe o discursodo Constituinte Waldyr Pugliesi, até porque não
concordamos com uma dás expressões utilizadaspor S. Ex', ainda que entendamos toda a suarevolta. Nós, Constituintes, jamais poderiamosconcordar com algumas das expressões aqui pronunciadas.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Tem a palavra o Sr. Constituinte César Maia.
o SR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ.Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constltumtes,o Governo Federal, apesar de toda a discussãoprévia haviada dentro e fora do Congresso Nacional a respeito das Zonas de Processamento deExportação, iniciou, por ato autoritário do Execunvo, sem possibilidade de pronunciamento doCongresso Nacional, a implantação das mesmas.
Sr. Presidente, os estudos estão à disposição.Sobre eles, uma maioria substancial de Constituintes pronunciou-se formalmente contra a criação das Zonas de Processamento de Exportaçãopor decreto do Executivo.
Assim mesmo, o Governo, passando por cimados fatos, por cima da vontade do Poder Legislativo, resolveu, de maneira imperial, implementaras chamadas Zonas de Processamento de Exportação.
Experiência, Sr. Presidente, é bom que se diga,malsucedida onde foi implementada. O exemploda Coréia do Sul é eJoquente. Hoje, restam, naCoréia do Sul, duas Zonas de Processamento deExportação, e que se encontram em decadência.
. Sabemos, Sr. Presidente, que o incentivo àsexportações, o processo de apoio às exportaçõesnão dependeria da criação de Zonas de Processamento de Exportação. O Brasil conta com instrumentos creditícios e fiscais suficientes que podenam, inclusive, ser ampliados, se fosse o casono sentido de sustentar nossas exportações.
A instituição das Zonas de Processamento deExportação cria, na verdade, uma zona de descontrole. Sabemos, e as revistasestrangeiras especializadas estão aí para confirmar do volume de recursos que foram transferidos, de forma sub-reptícía, de países como o México, Argentina e Brasil,para o exterior: são bilhões e bilhões de dólares.No caso- da Argentina, fala-se em 60 bilhões dedólares; no caso do México, em 80 bilhões dedólares.
Sr. Presidente, os Partidos políticos presentesna Assembléia Nacional Constituinte, no Congresso Nacional, devem reagir, e de forma enérgicaa essa decisão autoritária.
Gostaria de dizer que, da parte de nosso Partido,estamos aguardando que as eleições de 1989venham, para afirmar que o primeiro ato econômico do nosso Governo - se a população noshonrar com seu voto - será iniciar a extinçãodas Zonas de Processamento de Exportação. Nãopodemos admitir nem aceitar que o Governo, passando por cima do Congresso Nacional e da vontade do povo brasileiro, não permita a discussãode decisão tão grave. No dia 15 de março de1990, à noite, o novo Governo, se for nosso, jáestará iniciando o processo de extinção das Zonasde Processamento de Exportação.
Era só isto que gostaria de deixar registrado,Sr. Presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Solicitamos aos Srs. Constituintes que se encontram em seus gabinetes, ou em outras dependências do Congresso, se dirijam ao Plenário.
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12789
pois, em breve, lníçiaremosa venficação de quo-rum. '. '
Tem a palavra o Sr. Constítumte Amaury Müller
O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, se é verdade que "à voz do povo é avoz de Deus" quando o povo' não fala, certamenteDeus fica mudo E Deus emudeceu em relaçãoao Brasil!Têm sido tantas e tamanhas as sandicespraticadas pelo Govemo, que até se duvida queDeus seja realmente brasileiro. '
Os salários, do trabalhador continuam congelados, sofrendo um processo de erosão crescentee inexorável. A inflação e o custo de vida prosseguem na sua rota destruidora, erodindo não' sóos bolsos quase vazios do cidadão como, sobretudo, suas esperanças.
Prova de que as Joucuras governamentais nãotêm limite é a criança desse Conselho Federalde Desestatízação. Nos objetivos mais imediatosda orgia privativista do governo, figuram algumasempresas altamente rentáveis, que constituempatrimônio inalienável do povo brasileiro, entreelas, duas gaúchas: o Banco Meridional, que hojeexibe um perfil de Iiquidez extraordinário, e a Açosfinos Piratini
Não podemos concordar, Sr. Presidente, queo Constituinte Cardoso Alves, agora investido nasaltas funções de Ministro de Estado da Indústriae do Comércio, dê seqüência a essa violêncialnaceitável contra os interesses nacionais e a própria soberania do País. Confiamos na sensibilidade de S. Ex', mas desconfiamos da sua tendência inexorável a um processo de pnvatização e,sobretudo, de ínternacíonahzaçâo da nossa economia.
fica o alerta, para que não se diga amanhãque, na hora mais grave, o PMDB omitiu-se.
Sr. Presidente, ontem, tive a honra de mtegrarcomitiva suprapartidária que, em visita ao Ministrodos Transportes José Reinaldo Tavares, pleiteouduas pequenas obras que, no seu conteúdo, sãode fundamental importância para a integraçãoeconômica da região' que tenho a honra de representar nesta Casa. Trata-se da construção de umramal de seis quilômetros e meio, que integraráo porto fluvial de Cachoeira do Sul à malha ferroviária do Planalto Médio, área produtora de grãos,e de asfaltamento da rodovia Salto do JacuíCruz Alta, encurtando o trajeto que demanda aPorto Alegre em cerca de 100 km
Ouvi o Governador Pedro Símon, que integravaa comitiva, dizer que a hora é de economizar,mas economizar no sentido de não gastar o supérfluo e não continuar alimentando projetos faraônicos que ofendem a própria digmdade nacional,como é o caso da Norte. Sul. E executar pequenasobras que são vitais para as economias regionaisnão significa gastar inutilmente. Por isso, confioem que o Sr. José Reinaldo Tavares deverá acolher este pleito apresentado pelo Governador Pedro Simon e por Deputados federais, dentre dosquais eu citaria: Paulo Mincarone, Ivo Mainardi,Rospide Netto, Ruy Nedel, Amaldo Prieto, OsvaldoBender, o Presidente da Assembléia Legislativado Rio Grande do Sul, A1gir Lorenzon, e os Prefeitos de Cruz Alta, fortaleza dos Valos, Cachoeirado Sul, Tapera, Não-Me-Toque, Arroio do Tigree Sobradinho.
Para encerrar, Sr. Presidente, e ainda dentrodesta análise que se faz sobre o escândalo do
século - que é a tentativa de privatização deempresas que constituem patrimônio da sociedade brasileira, e que exibem um perfil de enormerentabilidade,' - chamaria a atenção da Assembléia Nacional Constituinte e da Nação para pque o governo pretende fazer com a Cobra, eIT)presa estatal
"A Cobra foi cnada como empresa instrumento do Governo brasileiro, dentro de umaestratégia de longo prazo, para obtenção demaior autonomia tecnológica do país no setor da informática. O domínio e a propriedadeda tecnologia que, hoje, ,a Cobra tem, sãoessenciais para que a indústria genuinamente brasileira se estabeleça' solidamente nomercado nacional e conquiste um espaçono mercado internacional."
Todavia, Sr. Presidente, O BNDES, o Bancodo Brasil e a Caixa Econômica Federal, que nãopertencem ao Sr. José. Sarney, muito menos aoSr. Cardoso Alves, estão impedindo a Cobra dedar seqúência ao seu projeto, na medida em quenão liberam recursos oficialmente .destínados ao
.órgão por isso, Sr. Presídnte, aqui responsabilizoo BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa EconômicaFederal' perante a opinião pública do País e aojulgamento da História, do qual ninguém escapará, pela manobra mconfessável, maceitável, criminosa, de reterem recursos, omítmdo-se, gravemente, de suas responsabilidades perante a empresa.o 'Se amanhã a Cobra não conseguir desenvolveros seus projetos; que interessam ~ própria soberania do País por'falta de recursos, a responsabilidade pesará sobre o BNDES, ~Banco do Brasile a Caixa Econômica Federal. , ,
Por tudo isto, Sr. Presidente, por tudo quantoestá acontecendo neste País, é que Deus .estámudo, porque o povo está proibido de falar. (Muitobem')
Durante o discurso do Sr. ConstituinteAmaury Múller, oSr. Arnaldo Faria de Sá,3°-Secretário, deixa a cadeirà da presidência,que é ocupada pelo Sr. Jorge Arbage, 2°:14'-ce-Prestdente. ' ,
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o Sr. Constituinte Djenal Gonçalves.
O SR. DJENAL GONÇALVES (PMDB _SE. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, SI""e Srs. Constituintes, a conquista paulatina da nossa independência no setor da produçãodo petróleo tem uma longa históna, de mais demeio século e produziu algumas vitimas do idealísmo nacioneltsta,
Sergipe esteve presente a essa luta quando,a patír de 1938, naquele Estado se afirmava aconvicção da existência de lençóis petrolíferos nosubsolo, conclusão decorrente de estudos primeiramente do Serviço Mmeralógico e, posteriormente, do Departamento de Produção Mmeral e peloConselho Nacional do Petróleo.
O certo é que, dois anos depois, em 1940,faziam-se vários furos exploratórios, comentandoo geólogo Pedro Mouro:
"Se há uma zona do interesse do óleo em Sergipe, certamente que está situada do Rosáno doCatete para o Norte, estendendo-se em direçãoao São Francisco."
Essa afirmação tão peremptória não derivadade uma simples suposição, mas do próprio trabalho do Conselho Nacional do petróleo e das Companhias ITATIG e IBASA, mediante perfuraçõescom indícios veemente na área de ltaquira
Apesar de todas as esperanças, a década dequarenta não foi nada encorejadora para as prospecções, muitos afirmando a inexistência do petróleo na região, atrasada, durante qumze anos,por indiferença ou má fé, a exploração do óleosergipano..
Graças à criação da Petrobrás, na década decinquenta, devido a Vargas, afirmou-se a soberania nacional e a pesquisa fOI intensificada pelaempresa, em todo o território brasileiro.
Sergipe foi redescoberto para o petróleo, em1955, obedecendo já o rigoroso planejamentotécnico, com levantamento gravimétrico da baciasergipana, completo levantamento geológico €
perfurações pioneiras, ficou plenamente evidenciada a existência do óleo no Mosquelfo, em Pacatuba, Riachuelo e Rosário do Catete.
Chegava-se à conclusão - e é o engenheiroGeonésio Barroso, técnico de empresas, em conferência pronunciada em 1960 quem nos diz de que "depois do Recôncavo e da bacia do Tucano, na Bahia, o Estado de Sergipe é o que oferecemaiores possibilidades de existência de Petróleo,"
Realidade Comprovada
Já não havia mais dúvidas. Conhecendo-se acautela com que falam os técnicos, sabíamos todos que era chegada a hora de tornar-se realidadeaquela esperança quase fenecida, e não se esperou muno. Em 1961, fortes indicios de óleo emRosário do Catete, juntamente com trabalhos sísmicos adicionais, levaram a que fosse locado opoço CP-I, que em 15 de agosto de 1963 proporcionou à Petrobrás a descoberta de um novo campo de óleo, para satisfação da Petrobrás e deSergipe.
Comemora-se hoje um quarto de século dessaconquista e é necessáno apreciar o que fez nessesvinte e cinco anos.
Após um ano de pesquisa, com a perfuraçãode sete poços, verificou a Petrobrás estar diantede um dos maiores campos petrolíferos do País- o de Carmópolis, o primeiro poço comercialmente aproveitável além do Recôncavo Baiano,e o segundo, pela constatação de suas reservas.
Quando o General Adhemar de Queiroz assumiu, em 1964, a Presidência da Petrobrás, colocando na DIretoria de Pesquisa e Lavra o Engenheiro Geonésio Carvalho Barroso, aceleraram-seos trabalhos da empresa em nosso Estado, como sistema coletor de Carmópohs,o oleoduto Carmópolis-Aracaju, o Terminal da Atalaía e o Terrrunal Oceânico.
Em dezembro de 1964, para a execução daparte relativa à pesquisa e lavra, foi criado o Dístnto de Sergipe e posteriormente transformadoem regiãó de produção do Nordeste no ano de1969.
Inicialmente a produção foi escoada por viaférrea a partir de fevereiro de 1965, sendo transportado 90 mil barris para Salvador. Posteriormente a Petrobrás construiu um terminal provisório no estuário do rio Sergipe que operou noinício de 1966 até janeiro de 1967 O óleo transportado para Aracaju por via rodoviária e dai pornavios até as refinarias da Petrobrás, e, por este
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meio de escoamento, foram transportados cercade 600 mil barris. Em dezembro de 1966, entrouem operação o Terminal da Atalaia, que com osistema provisório até fevereiro de 1988 transportou para as refinarias do País cerca de 800mil m3 de óleo ou seja 5 milhões de barns,
A partir de fevereiro deste ano, opera o sistemadefinitivo,movimentando cerca de 63 milhões rrr',ou seja 400 milhões de barris
Em 1966, Carmópolis contnbuiu para a' metanacional dos 150 mil barris, com a produção de10 mil barris. O campo de Carmópolis inicialmente abrangia os municípios Carmopólis e .Japaratuba, Rosário do Catete, General Maynard eSanto Amaro e tem cerca de 1.200 poços deprodução diária, hoje, é de 4 mil m3 ou seja cercade 25 mil barris por dia, Sua produção de gásé pequena ou seja 200 m3 por dia. Este campode vital interesse para o País, já produziu, até hoje,cerca de 26 milhões m3 de óleo ou seja cercade 170 milhões de barris, como também 900milhões de m3 de gás.
Inicialmente os poços eram surgentes, depoisbombeados, utilizando novas técnicas de produção tais como: injeção de água, vapor e combustão "in situ", permitindo uma reserva recuperável cerca de 24 milhões de m3 de óleo. Aliadoao campo de Carmópolis juntamente com Sírirí,Ríachuelo, Brejo Grande e outros. Sergipe produzhoje cerca de 6 mil M3 de óleo por dia ou seja39 mil barris diários.
Em 1968, a Petrobrás descobriu nas costasde Sergipe pela primeira vez petróleo da plataforma continental, no campo de guaricena emfrente a cidade de Aracaju. Seguiram-se novasdescobertas como Caioba, Camurim e Robalo,contribuindo com a produção hoje em tomo de2 mil W, ou seja, 13 mil barris por dia. Hoje,Sergipe produz em terra e mar, 2 milhões de400 mil M3 de gás natural que, juntamente com1.100 mil M3 produzido em Alagoas, justificoua instalação de uma planta de gasolina naturalque se encontra em funcionamento já há algunsanos junto ao terminal de Carmópolis-Tecarmo.Na planta de gasolina natural que produz um gásleve, que é comerciahzado para a Nitrofértd e outras indústrias da iniciativa privada, GLP (gás decozinha), comercializado para os Eestados de Sergipe e Alagoas, gás de injeção para os poços,além da gasolina natural (G5) que é utilizada como gasolina ou reinjetada ao petróleo que seguepara as refinarias A Petromisa está presente emSergipe, através de três subsidiárias.
Em 1965, paralelamente ao petróleo, encontrava a Petrobrás na área do campo de Carmópolisoutras riquezas minerais, tais como os Evaporitos(Halita,Cilvinita,Carnalita e Taquiditas), que foramanalisadas em detalhes pela Petrobrás. Esforçosforam na época para explorar estes recursos minerais, porém, o Governo decidiu entregar aoDNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), para pesquisas completamentares e posteriormente esta jazida já entregue a CPRM(Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais). Coubea essa empresa as providências para tomada depreços, pois o Governo desejaria que estas riquezas fossem exploradas pela lncíanvca pnvada.
O processo entrou em fase de espera e, como apoio do governo, da comunidade sergipana,o Presidente da República, então General ErnestoGeisel, decidru que cabena à Petrobrás explorar
estas riquezas minerais através de sua subsidiáriaPetromisa criada em fevereiro de 1977. A Petromisa completou as pesquisas da área de evaporitos e iniciou a implantação do projeto potássioem Taquari - Vassouras e Rosário do Cateteno ano de 1978.
Coube à Petrobrás, através desta subsidiária dinqrda pelo Vice-Presidente, hoje Diretor da Petrobrás, Edilson Távora, tomar-se a primeira produtora de potássio no hernrsfério sul, com a entradade produção da Mina Taquan-Vassouras, que deverá produzir cerca de 500 mil toneladas de cloreto de potássio. No ano passado a produção alcançou 62 mil toneladas e este ano está estimadauma produção de cerca de 120 mil toneladasde potássio. Para cada tonelada de cloreto depotássio é produzido cerca de 3 toneladas de cloreto de sódio. Este sal-gema in natura, que inicialmente era lançado ao mar através de salmoroduto, hoje é totalmente vendido para a Companhia Nacional de Alcalis, para a Petrobrás, queutiliza nos seus poços de perfuração e produção,e teve pelo Mmistérlo da Agricultura a sua provação para sua utilização no consumo animal.
Santa Rosa de Uma, outra jazida de potássio,quando entrar em operação, poderá permitir queo subsolo sergipano produza 1 milhão de cloretode potássio por ano e, em consequência, 3 milhões de toneladas de cloreto de sódio. Destacam-se, também, programa de aproveitamentodas Carnalitas, que envolve o desenvolvimentode tecnologia pioneira, para produção de potássio, magnésio e bromo.
Quanto ao enxofre foi descoberto pela Petromisa a primeira jazida da lava no Brasil no município de Sirirí com reservas da ordem de trêsmilhões e seiscentos mil toneladas. Cabrrá à Petromisa, logo que possível, estudos a respeito datecnologia de extração do mineral.
Em Sergipe, a Petrobrás através da Petrofértil,instalou a Nitrofértil localizada no município deLaranjeiras, que está em operação desde 1982,utilizando gás proveniente da planta da gasolinanatural.
Atualmente a fábrica produz 370 mil toneladasde amônia e 320 mil toneladas de uréia. Esforçosestão sendo feitos no sentido de se instalar emSergipe uma segunda planta de gasolina naturalpara possibilitar a duplicação da fábrica de amônia e uréia. A Petrobrás Distribuidora vem operando em Sergipe desde a sua criação em 1971,atendendo uma boa parcela do consumo de derivado de petroléo do nosso Estado. Com o trabalho desenvolvido pelo governo de Sergipe, o Presidente da República, em março deste ano, oficializou a cnação do pólo doroquímico de Sergipe,que certamente nas unidades que lá serão instalados, utilizando as matérias-primas fomecidas pelaPetrobrás, Petromisa e Nitrofértil, permitirá a implantação de várias indústrias na área da Petroquímica, que gerará certamente cerca de 10 rml empregos e uma série de benefícios diretos e indiretos para nosso Estado e para o Brasil.
A Petrobrás desde a sua instalação definitivaem Sergipe, dezembro de 1963, sempre construiuum fator de dinamismo para a economia regionalem função das características intensivas de suaatividades. São os benefícros diretos dos "Royaletíes" pago ao Estado e Município, não só naprodução terrestre como na plataforma continental, taxas portuárias e convênios para a construção
de estradas, destacando-se entre outras a pnmeiraetapa da adutora de São Francisco que hoje abastece não só a cidade de Aracaju como as suassubsidiárias, assim como a construção do portomarítimo de Sergipe ora em construção e queestará em operação em 1990. Registramos também diversos convêruos que já foram assinadosao longo dos anos na parte científica não só como Estado, como também com a Universidade Federal de Sergipe, e a empresa, por força do decreto-lei com a participação do conselho dessa Universidade.
Atualmente cerca de 5 mil empregados do sistema Petrobrás operam no Estado de Sergipe,sendo uma parcela dos brasileiros oriundos deoutras plagas que, ao lado dos filhos desta terra,operam as plataformas de perfuração e produçãonas costas sergipanas, os poços de perfuraçãoe produção em terra, nas pesquisas de novasáreas tanto pela Petrobrás como a Petromisa, naoperação de seu terminal marítimo, na distribuição de seus derivados, na fabricação de amôniae uréia, na mineração de potássio, pioneira doHemisfério Sul.
O Estado de Sergipe sempre teve o apoio daalta direção da empresa desde da sua fundaçãoaté atual administração, representada pela suaatual diretoria, tendo como Presidente o Dr. Armando Guedes, os diretores Edilson Távora, Maximiliano da Fonseca, Paulo Belotti, Wagner Freire,Carlos Santana, Albérico Barroso Os conselheiors Márcio Fontes, Aloísio Farias, Augusto Neves, os Vice-Presidentes da BR, Marcos Tulío,Petroquisa, Juca Neves, da Petrofértil, Aurího Fernandes Lima, da Petromisa, Ruben Lahyr Schneíder,
Nós, os sergipanos, não apenas nos orgulhamos da Petrobrás, mas devemos-lhe maior colaboração para o nosso desenvolvimento econômico.
O povo sergipano não esquecerá essa colaboração, essa compreensão de um problema nacional em termos de desenvolvimento regional, aimportância a esse instrumento de redenção doNordeste.
Era o que eu tínhamos a dizer, Sr. Presidente.
o SR. PAULO ZARZUR (PMDB - SP. Pro;nuncía o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, os jornais deram notícia deuma descoberta científica de grande valor resultante do trabalho dedicado de um cientista brasileiro: o Prof. Sérgio Henrique Ferreira, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de SãoPaulo. A substância descoberta foi batizada dep-7 e poderá transformar em realidade o sonhode colocar no mercado consumidor um medicamento indicado contra a dor ínflarnatóna masque não altera a temperatura e nem ataca a mucosa gástrica. No dizer do próprio cientista paulista,"trata-se de uma espécie de aspirina melhorada"mas que não interfere no processo de coagulaçãodo sansue nem no funcionamento do intestino.
Por uma questão de justiça, deve ser dito queas pesquisas foram desenvolvidas em estreitaunião com o dentista inglês Steve Poole e já estãosendo providenciadas as devidas patentes mternacíonaís,
Não existe ainda uma previsão para o lançamento do produto no mercado. Mas a descoberta,
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em si mesma, é auspiciosa e indica a seriedadedo trabalho desenvolvido na Universidade de SãoPaulo.
Este não é o primeiro trabalho do Prof. SérgioFerreira na área da dor: ele conseguiu descrevero mecamsmo do funcionamento da dipirona eda aspirina tendo, ainda, demonstrado que a morfina também agia perifericamente. Essa últimadescoberta fez, inclusive, com que os laboratóriosfarmacêuticos lançassem uma droga que, partindo da morfina, não atingisse o cérebro mas limitasse sua atuação à área periférica, obtendo-seo desejado efeito analgésico Também desejo salientar a descoberta do mesmo cientista brasileirono que diz respeito ao óleo da erva cidreira comoanalgésico do tipo da dipirona além de assinalarque o mesmo professor participou, junto comum grupo inglês, de pesquisas com veneno decobra para se obter um medicamento contra hipertensão, hoje já lançado no mercado.
Ao registrar todos esses fatos, Sr. Presidente,desejo trazer a público o reconhecimento de todoo povo brasileiro a esse ilustre cientista pátrio.E proclamar, uma vez mais, que nós, brasileiros,possuímos potencialidades suficientes e iguais àsdos demais povos e etnias, nesse campo de pesquisa científica. Necessitamos, isto sim, de oferecer as condições satisfatórias para que os nossosprofessores universitários e os pesquisadores possam, efetivamente, dedicar-se a esse trabalhograndioso e disponham da aparelhagem técnicaque se faz necessária.
Também manifesto o meu louvor à Universidade de São Paulo e à Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto. A descoberta do Prof. SérgioFerreira enche de orgulho a todos nós, paulistase brasileiros.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR. ANTONIO FERREIRA (PFL - AL.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constitumtes, destinando-se o segundo turnoao aperfeiçoamento final do Projeto de Constituição, apresentei a Emenda n° 652 com o objetivo de compatibilizar a redação do § 4° com odisposto no § 3°, ambos do art. 75.
Nessa conformidade, ficaria assim o dispositivoemendado:
"§ 4° Os auditores, quando em substituição a Ministros, terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos e vantagens dos titulares e, quando no exercício dasdemais atribuições da judicatura, as dos juízes dos tribunais regionais federais."
Na argumentação oferecida para justificar oacolhimento da proposição, enfatizei que a emenda, além de sanar omissões, tem ainda a virtudede tornar o texto uniforme, homogêneo e coerentecom o disposto no § 30 do mesmo art. 75.
Veja-se que os dois dispositivos, §§ 3o e 4° doart. 75, por tratarem de matérias semelhantes,devem ter textos igualmente semelhantes. Esteé um procedimento correto, porque orientadospelos melhores ensinamentos dos tratadistas datécnica legislativa.
As finalidades legitimas da proposição terminaram frustradas pela recusa liminar de seu recebimento, não obstante, curiosamente, as Emendas 373, n° 565 e 1690, de mesmíssimo objetivo,tenham sido consideradas, embora rerebessern
parecer contrário, em face ao parecer favoráveldado à Emenda de n- 1734.
Aqui observa-se outro lamentável equívoco,uma vez que a Emenda de n" 1.734 pretende,dentre outras coisas, a supressão da prerrogativado Congresso Nacional de nomear dois terçosdos Ministros do Tribunal de Contas da União,a que se referem os incisos I e 11 do § 2° doreferido art. 75.
A emenda que apresentei busca não só o aperfeiçoamento do texto constitucional do ponto devista formal. Pretende também compatibilizar otexto emendado com o do Capítulo do PoderJudiciário, por assemelhação.
O Tribunal de Contas, conquanto não integreo Poder .Judicíáno, está estruturado à imageme semelhança do SuperiorTribunal Milítar. Ambossão compostos de Ministros e auditores. Mas aoTCU, justamente porque não faz parte do Judiciário, a Constituição assegura aos seus Ministrosas mesmas garantias da magistratura. Se do Judiciáno fizesse parte, não precisaria o texto atribuirlhe as garantias que são inerentes ao próprio Poder.
Daí que a Constituinte também está deferindoaos auditores do TCU algumas garantias da magistratura, para que se aperfeiçoe e se torne maiseficaz o sistema de controle externo. É que osauditores têm outras funções além de substituirMinistro, como verbi gratia, o relato de processoem plenário.
Mas mesmo que fosse a sua função somentea de substituir Mmistro, ainda assim precisariaele das garantias constitucionais, para poder desempenhar com elevação a sua competência de'Juiz de contas", para poder ficar imune a pressõesilegítimas. Do contrário, ficaria ele sujeito a substituir os titulares só em ocasiões especiais.
Consigno, por isso, o meu apelo ao eminenteRelator. Constituinte Bernardo Cabral, para queconsidere devidamente o status do auditor doTribunal de Contas, e que, por ocasião dos acordos de liderança, se dê ao § 4° do art. 75 a redaçãopreconizada na minha Emenda rr 652.
Com a redação proposta, suprime-se a expressão "da judicatura", que, efetivamente, não deveconstar do texto.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS VINAGRE (PMDB - PA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, contraríando princípios tradicionais no Direito brasileiro, o art. 111 do Projetode Constituição, aprovado em primeiro turno, atríbUI ao SuperiorTribunal de Justiça a competênciapara processar e julgar, originariamente, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal noscrimes comuns.
Coerente com o espírito do sistema federativo,a competência para o processamento e julgamento tanto dos crimes comuns como dos deresponsabilidade tem sido deferida aos Tribunaisde Justiça dos Estados, sob cuja jurisdição seagasalha a autoridade do Governador.
Considero inteiramente despropositada a inclusão, entre ocupantes de cargos de magistradosnos Tribunais de Justiça e órgãos regionais deTribunais da União e Ministério Público Federal,dos Chefes do Executivo dos Estados e do DistritoFederal, pois tal deliberação viria de encontro anormas consagradas através do tempo, por esta-
rem sintonizadas com a aspiração de independência manifestada pelo povo, em cada Unidadeda Federação, independência essa perfeitamentecompatível com as linhas de respeito e harmoniaa serem imprimidas nas relações entre União eseus entes federados.
Aemenda supressiva por mim apresentada pretende corrigir essa distorção, evitando situaçãoconstrangedora e limitadora da autonomia estadual, atitude que não se coaduna, em absoluto,com o espírito que tem presidido a feitura dodocumento que irá oferecer novos e melhoresrumos ao Pais.
Apelo aos colegas Constituintes para que reflitam maduramente sobre o assunto, pois, certamente, concluirão pela necessidade de se expurgar o texto constitucional de dísposítívo estranhoaos interesses e à vontade do povo que luta pelapromoção e desenvolvimento dos Estados ondevivem e trabalham, somando esforços para levaro País a uma fase de prosperidade, justiça e pazsocial.
O SR. LUIZ SOYER (PMDB-GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs.Constituintes, anuncia-se que o Governo, por medida de economia administrativa, pretende a extinção da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, o maior instrumento, até hoje instituídono País, para promover o desenvolvimento agrícola, que é um sustentáculo da economia interiorana e vem contribuindo, de maneira lisonjeira,para que nos tomemos líderes do hemisfério naprodução de grãos, com uma pecuária leiteirae de corte em pleno crescimento, graças à inseminação artificial e à seleção de reprodutores e matrizes.
O Brasil, mais do que nunca, é um país essencialmente agrícola, com a produção da lavouramaior do que a da indústria extrativa ou de transformação.
Somente o café contribui, no superávit comerciaI, com um rendimento do que a produção petrolífera, embora sofra a contingência do confiscocambiai e o violento gravame, nos estados produtores, do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias.
Também o açúcar, além de razoável exportação, atende inteiramente ao consumo interno,projetando-se a agroindústria aJcooleira comouma das mais desenvolvidas do País.
Para todo esse desempenho contribui a Embrater, que conta com o apoio e a gratidão de todosos lavradores e pecuaristas brasileiros, o que nãosucede com o IBC e o IM.
Portanto, se alguma economia administrativadeve ser feita, busque-se a extinção de outrasentidades que, apesar de criadas para assistir aramos da lavoura, têm merecido críticas geraisno País.
Convença-se o Governo de que a saída paraa crise econômica brasileira está no incrementoda produtividade agropecuária.
Não somente reduzimos, nos últimos dez anos,ao mínimo a importação de trigo e de cevada,graças à produção do cerrado, como temos exportado grande quantidade de soja, de café e atéde cereais.
Quando ocorrem crises ou se manifestam intempéries nas principais zonas produtoras, adverte-se o Governo da importãncia desempenhada
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pela agropecuária em nossa economia, apesarde a tecnologia na agricultura não estar aindaao alcance de todos, o que somente pode ocorrerse aumentados os recursos técnicos e pedagógicos conferidos à Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural.
A contenção do déficit público é desejável, emesmo inadiável, mas não pode ser feita em detrimento da agropecuária, que nos abre caminhopara tomar-nos, no setor, uma das grandes potências mundiais, depois dos Estados Unidos e daUnião Soviética.
Não seria apenas inconseqüente, mas sobretudo danosa aos interesses nacionais a extinçãoda Embrater, que não se justifica se faça por umGoverno que está praticamente terminando suaadministração.
O Estado de Goiás, com sua economia apoiadaprincipalmente na agricultura e na pecuária, seráum dos mais prejudicados com a anunciada extinção de um dos órgãos mais eficientes do setoreconômico da Administração Federal.
Por isso, temos recebido insistentes apelos deprefeitos, vereadores, associações e representações de classe do nosso Estado contra essa medida arbitrária, em cogitação nos altos escalõesda República.
Esse esvaziamento do Ministério da Agricultura,um dos mais importantes do setor econômico,vem sendo anunciado pela cúpula da administração fazendária, levando a perplexidade não somente aos que têm construído o prestígio e aeficiência da Ernbrater, mas por todos os produtores que recorrem aos seus préstimos, obtendouma assístêncra técnica mais' do que satisfatória.
A Ernbrater vem sendo ajudada pejas Empresas Estaduais de Assistência Técnica e ExtensãoRural, centralizando um sistema que propicia aolavrador e ao pecuarista, com novos métodos decultivo e manejamento, oferecer ao País um crescente desenvolvimento da produção.
Mas a grande empresa atua, preferentemente,em programas prioritários nas áreas de reformaagrária, nos projetos de irrigação e na defesa domeio ambiente, promovendo permanente campanha de preservação ecológica.
Com a integração de vinte e três mil servidoresem mais de noventa por cento dos Municípiosbrasileiros - cerca de trinta e cinco mil comunidades, abrangendo um milhão e trezentos milprodutores rurais - esse organismo não podeser esvaziado, porque comprometerá a integridade do Sistema Nacional de Assistência Técnicae Extensão Rural, que ela praticamente coordena,supervislonandqo serviço de extensão rural, composto por vinte e cinco empresas nos Estadose Territórios Federais, comentando as atividadesdas Emater, Empaer e Aster.
Insistimos em afirmar que não acreditamosproponham os Ministros e muito menos aceiteo Presidente da República a indicação no sentidode extinguir esse órgão ínsubstítuível, tanto maisquanto, na solenidade comemorativa dos trintaanos da empresa, assinalou Sua Excelência:
"O Sistema Brasileiro de Extensão Ruralviabiliza tecnológica, econômica e socialmente as pequenas e médias unidades familiares de produção agropecuária. Por isso elemerece decidido apoio."
Não acreditamos que o Presidente se tenhaesquecido desse julgamento feito há dezoito meses, tanto mais quanto, no decurso desse prazo,nada aconteceu que desmerecesse os créditosda Embrater, nas suas sucessivas administrações.
Falamos da repercussão negativa da anunciadamedida em nosso Estado.
Mas outras unidades federativas sofrem osmesmos temores.
O Rio de Janeiro, por exemplo, com os seussetenta e cinco mil produtores e empresários rurais, em todos os municípios, fundamentandoeconomicamente mais de quatrocentas comunidades e Distritos, não aceitaria semelhante agressão.
Em São Paulo, em Pernambuco, na Bahia, noParaná, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais,ninguém admite o esvaziamento do Sistema Embrater, que propicia assistência técnica aos produtores rurais, promove o desenvolvimento agropecuário e incentiva a ampliação de nossas fronteiras agrícolas, permitindo-lhes maior produtividade, com o apoio efetivo e encaminhamentodas suas lidimas reivindicações, no plano nacional.
A empresa abriga nada menos de quatorze rnrltécnicos, num verdadeiro mutirão interdisciplinar,abrangendo engenheiros, agrônomos, veterinários, técnicos agrícolas, ecoloqlstas, assistentessociais, sociólogos, educadores, psicólogos, economistas, administradores, comunicadores,orientadores, além de outros técnicos da melhorqualificação, a serviço da mais promissora dasriquezas nacionais.
Depois de trinta e dois anos de assístência técnica, o produtor rural não pode ficar desamparado,principalmente porque jamais negou sua colaboração às medidas governamentais e ao desenvolvimento do País.
Se for sacnficada a Embrater, será esmagadoo sistema de assessoramento único, até hoje, daagropecuária em geral.
Não acreditamos seja essa a intenção do Presidente da República.
Por isso, em nome dos lavradores e pecuaristasbrasileiros, principalmente do Estado de Goiás,fazemos um apelo ao Presidente da República,a fim de que faça cessar o anúncio dessas medidas e, em vez de extinguir a Embrater, empresaque tem conseguido atingir plenamente os seusobjetivos, ofereça-lhe mais recursos, como formade incentivar a agricultura, ainda hoje carente deamparo governamental.
Era o que tínhamos a dger, Sr. Presidente, Sr"e Srs. Constituintes.
O SR. STÉLlO DIAS (PFL - ES. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, com seus efeitos negativos sobre o individuo e a SOCiedade,as drogas têm levado o desespero a inúmeras famílias, bem como passam ase alinhar entre as princípais preocupações dogoverno em diversos países. Covardemente absorvidos peja rotina do crime, os jovens, inclusivemenores de idade, ligados ao universo das drogas,compõem, em geral, o quadro mais dramáticode um processo desumano e cruel. Jniciado comoconsumidor eventual, em pouco tempo o jovemtoma-se dependente da droga, e, sem outra formade garantir o seu vício, acaba adotando o tráficocomo seu emprego natural
Recentes análises permitem uma visão aproximada sobre o perfil do usuário de drogas e outrosentorpecentes. Trata-se de pessoas que apresentam problemas de relecronernento familiar e quenão trabalham, nem estudam, são em sua maioriado sexo masculino e têm entre 18 e 26 anos.Quanto à íncrdêncía conforme a classe social,estes estudos, no entanto, não são conclusivos.Mas, apenas a título de ilustração, em pesquisarealizada em São Paulo no ano passado, entremeninos de rua 77% já haviam usado cola desapateiro e 60% já haviam experimentado maconha.
No Brasil, o problema do tráfico de drogas assumiu proporções alarmantes nos últimos anos, favorecido não apenas pela potencialidade do mercado, mas ainda pelas facilidades propiciadas pelavastidão do território nacional e pelas condiçõesprecárias do Estado para exercer o devido controle e repressão aos criminosos.
Com o fortalecimento das quadrilhas, notadoprincipalmente no Rio de Janeiro, onde já existetoda uma cultura forjada por um conjunto de fatores no qual se imiscui o tráfico de drogas, o exsubmundo aflorou à superfície travestido em fantasias carnavalescas, envolvido na contravençãodo jogo de bicho, presente nos estádios de futebole, enfim, incorporado ao cotidiano do povo, acabou por assumir ares de normalidade ou se confundir com ela. Parte da própria imprensa chegoua noticiar a posse da nova direção de uma quadrilha de traficantes instalada no Morro da Rocinha com a mesma deferência que se dedica arespeitáveis personalidades do cenário nacionalou internacional. O País sofria, então, no cursode tantos equívocos, um absurdo processo deinversão de valores e autoridade. Ostentando umfantástico poderio de fogo, amplamente bajuladose festejados, os membros dessas quadrilhas, como se já não bastasse o acinte da atividade criminosa, passaram a exibir uma prepotência e umaarrogância verdadeiramente msuportáveís,
Enquanto isso, o cidadão, sentindo-se abandonado à sua própria sorte, submetido a um quadrogeral de violência, demonstrava a sua perplexidade diante de fatos como: o desenvolvimentode um poder paralelo, com o crime orqaruzadoafrontando a polícia e ameaçando a população;a impunidade dos criminosos; a cumplicidade deelementos da própria polícia, corrompidos pelopoder dos traficantes; e, a exemplo do que ocorreuno Rio de Janeiro, a vista grossa dos representantes dos Governos Municipal e Estadual.
Não foram, portanto, poucas as críticas formuladas contra o papel da policia acusando-se afalta de cumpnrnento de sua função precípua,ou seja, garantIr a segurança da sociedade. Noentanto, com o firme propósito de reverter essequadro desfavorável, existem profissionais sériose dedicados, que executam o árduo e, com freqüência, pouco gratificante trabalho do policial.
Assim, a Polícia Federal, mesmo enfrentandoenormes dificuldades, tem efetuado um excelentetrabalho no combate ao crime organizado, e emespecial, na luta contra o tráfico de drogas Nessesentido, cabe ressaltar o brilhante desempenhodo Diretor-Geral do Departamento de Policia Federal, Dr Romeu Tuma, cuja carreira coroadade êxitos e digna de elogios comprova, efetivamente, sua competência e larga experiência profissional.
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Com base nesses fatores, seis meses depoisda Mosaico I, teve início no Rio de Janeiro, comdesdobramento para outros Estados, a operaçãoMosaico 11, envolvendo policiais civis e militaresestaduais e agentes da Polícia Federal.
Além da indiscutívelvitória da lei contra o crime,representada pela destruição do mito da impunidade, conta-se, entre os grandes méritos dessabem-sucedida ação policial, o seu aspecto legal.De fato, não se pode deixar de exaltar o sólidorespaldo garantido à operação Mosaico 11 por força dos 128 mandados de prisão assinados peloJuiz Alberto Motta Moraes da 2' Vara Criminal.Com isso, permitiu-se, inclusive, a prisão de policiais e ex-policiais envolvidos com o tráfico dedrogas.
O combate eficiente ao tráfico de entorpecentescontribui, assim, para elevar o grau de confiabilidade da organização policial e para recuperar,perante a opinião pública, o conceito de seus integrantes.
Outra conclusão inevitável a respeito do sucesso da Operação Mosaico 11 consiste na necessidade de se manter o estreito entrosamento entreas polícias Civil, MIlitar e Federal, com oobjetivode melhor zelar pela proteção aos cidadãos.
A propósito, a Polícia Federal vem adotandomedidas complementares no sentido de agilizaro combate ao tráfico de drogas. A procura aostraficantes prosseguirá em várias frentes. Ao mesmo tempo, tem-se mantido no Pais um severocontrole sobre a entrada e a saída de pessoase mercadorias.
Por outro lado, importa notar ainda que umadas contribuições mais significativas em relaçãoao paciente trabalho policial, certamente, será fornecida pela realização de investimentos maciçosna área de prevenção e educação. Com efeito,não existe a mínima dúvida a respeito do fatode que se deve ao consumo o principal estímuloà produção e ao tráfico de drogas.
Finalmente, resta-nos apenas parabenizar maisuma vez a excepcional atuação da Polícia Federalno combate ao tráfico de drogas no Brasil. Outrossim, aproveitamos a oportunidade para reiterarnossas congratulações ao Dr. Romeu Tuma, Diretor-Gerai do DPF, pela consciência e responsabilidade demonstradas no exercício de sua função.
o SR. JOSÉ MOURA (PFL- PE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs.Constituintes, persistindo na defesa da reíncorporação do Território de Fernando de Noronha aPernambuco, consideramos importante trazer aoconhecimento de todos informações que, mesmonão sendo.novas, auxiliam-nos na tarefa de argumentar em favor da manutenção do artigo 17do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias., O Arquipélago de Fernando de Noronha foidescoberto na primeira década do século XVI econcedido pelo Rei D. Manuel ao comercianteque deu seu nome àquele conjunto de ilhas. Somente por volta de 1600 noticia-se sua mcipientecolonização, bem como ataques por parte de franceses e holandeses, rechaçados por tropas dePernambuco.
À época do Brasil-Colônia, não obstante a faltade água potável 00 Arquipélago, sua guarniçãomilitar se abastecia de milho, mandioca, feijão
e outros alimentos localmente produzidos, alémde carne de caprinos bastante bem adaptadosà região. Consta, inclusive, que ali existiu até mesmo uma rudimentar tecelagem, que empregavaalgodão cultivado nas ilhas.
Em 1942, quando o Brasil se envolveu na conflagração mundial, o Arquipélago foi retirado doEstado de Pernambuco e subordinada a sua administração ao Ministério da Guerra. A posiçãoestratégica das ilhas justificou a medida, mas otérmino da 2' Guerra Mundial não foi pretextosuficiente para sua reintegração ao nosso Estado.
É digna de nota a atitude do Monsenhor ArrudaCâmara, então Deputado Federal, ao tomar iniciativa de apresentar um projeto de lei restabelecendo a situação anterior a 1942, projeto esseque, infelizmente, não chegou a ser aprovado.
Hoje, a evolução tecnológica da indústria bélicafez com que bases territorialmente avançadas como Fernando de Noronha deixassem de ter significação, tanto assim que há poucos meses a administração local foi transferida do Estado-Maior dasForças Armadas para o Ministério do Interior.
Não subsiste, portanto, a alegação de que oArquipélago não pode voltar a pertencer a Pernambuco por possuir características estratégicas;e não somente porque já não possui tais características, mas também porque, mesmo pertencendo a Pernambuco, sempre estará à disposiçãoda Pátria, para instalação de bases militares, quando situações bélicas o exigirem.
Devemos aduzir, em acréscimo a esse argumento, que praticamente todos os municípios situados na área das fronteiras internacionais brasileiras são membros de Estados da Federação,à exceção, é claro, daqueles pertencentes aos Territórios de Roraima e Amapá, unidades que, segundo o Projeto de Constituição, em breve serãotransformados em Estados. E claro que, em casode conflagração externa, tais áreas poderão abrigar instalações militares, mesmo pertencendo aEstados, e não a Territórios jurisdicionados pelaUnião.
Então, percebe-se que esse argumento não pode justificar a vedação a que Fernando de Noronha volte a integrar ó território pernambucano.
O SR. JORGE HAGE (PSDB - BA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, o meu Estado, a Bahia, e particularmente a sua Região Cacaueira foram surpreendidas com a notícia de uma nova investida contraaquela que é a sua principal Instituição: a Ceplac.No bojo da chamada Operação Desmonte conseguimos apurar que está incluída na proposta técnica elaborada pela Seplan a extinção da Ceplac.Agricultura tropical, dar-se-ia nos seguintes termos:
1c - O Centro de Pesquisa do Cacau .seriatransferida para Embrapa;
2°-Os Centros de Treinamento, inclusive aEmarc seriam transferidos para o Governo doEstado para serem custeados com recursos estaduais;
3°- A Secretaria Geral sediada em Brasília seria extinta.
Essa proposta representa a confluência de duasmotivações: de um lado, a justificativa técnica dereduzir o déficit público com a chamada Operação Desmonte, e, do outro lado, ela vem ao encontro das pretensões já conhecidas há muito
tempo, dos setores econômicos, exportadores deCacau, articulados com os interesses multínacíonais que sempre lutaram para enfraquecer a Ceplac,
Se observarmos o que fez o Governo Sarney,em termos de politicagem, de loteamento de cargos públicos, de "operações franciscanas" do tipo"é dando que se recebe" com a Ceplac vamosentender facilmente o que está acontecendo.
Registro aqui, Sr. Presidente, o meu mais veemente protesto contra este verdadeiro crime queo Governo Samey pretende consumar para como meu Estado e a minha Região.
Sabemos que temos o Governo Federal contranós, contra a Bahia e seus interesses, mas vamosnos mobilizar e a comunidade do Sul da Bahiavai resistir, não permitindo que se jogue no lixoum trabalho de mais de 30 anos, realizado como suor e a dedicação de mais de 4.000 servidorese trabalhadores, somente para servir à confluênciados interesses das multinacionais do cacau, degrupos econômicos de exportadores, da retaliação mais cínica contra o Estado da Bahia, mercêda altiveze da independência do seu Governadorsob a capa e o pretexto da demagógica e equivocada política de redução das despesas federais,cujo buraco não está ai mas sim nas contas externas, nos juros da agiotagem internacional e nacorrupção do Governo José Sarney.
O SR. DENISAR ARNEIRO (PMDB - RJ.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr"' e Srs. Constituintes, foram comemorados sessenta anos de atividades da Polícia Rodoviária Federal, no dia 24 de julho, criada nesta data peloPresidente Washington Luiz, pelo Decreto n°18.323, "de 24-7-19213,como polícia de estradasde rodagem, em seguida polícia de tráfego e, pos-teriormente Polícia Rodovíáría Federal. .
Conta hoje com um contingente de 6.310 homens, centenas de viaturas - patrulha, ambulâncias e motocicletas, cada dia procurando aparelhar-se e aperfeiçoar-se mais no sentido de bematender e orientar o tráfego nas grandes rodoviasbrasileiras. Respeitada pelos serviços eficientesque durante todos esses anos vem prestando àpopulação que usa nossas estradas, sentimo-nosna obrigação, como transportadores rodoviáriosde carga, ocupando neste momento uma cadeirana Assembléia Nacional Constituinte; de prestaresta merecida homenagem. Pelas informaçõesque nos chegam, estão sendo desenvolvidos projetos, nas áreas de informática e comunicações,cuja interação com a parte logística tomam-seelementos essenciais à modernização das atividades desenvolvidas pela PolíciaRodoviária Federal.
Projeto Piloto está sendo desenvolvido na áreado 7° DRP(Rio de Janeiro), cujos objetivos fundamentais são as instruções: individual básica e dequalificação, instrução especializada para os diversos níveis de comando. Pois, com índice demaior número de acidentes rodoviários do mundo, com mais de 50 mil mortos em todas nossasestradas, por ano, não pode deixar de investir,cada vez mais, no patrulheiro e seu equipamento.
Cabe enfatizar a grande vitória alcançada pelaPolícia Rodoviária Federal com a sua institucionalização nà Carta Magna, no capítulo referenteà segurança pública, fato este que, sem dúvida,assegurará à corporação as condições de exercerna sua plenitude todas as atividades indispensá- .
12794 Sexta-feira 19 DfÁRlO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988
veis ao patrulhamento de nossas estradas federais.
Qual brasileiro que costuma rodar com frequêncía pelos milhares de quilômetros de nossasestradas, que ainda não dependeu, para sua segurança, proteção ou ajuda, de um patrulheiro, geralmente solícito, dedicado e, acima de tudo, disposto a sacrificar-se para que cheguemos ao nosso destino com a melhor segurança?
Para terminar, Sr. Presidente e Srs. Constituintes, queremos homenagear os atuais patrulheiros,lembrando a figura ímpar do Inspetor de tráfego- Sr. Antônio Félix Filho, conhecido na épocacomo "Turquinho": que à frente de apenas 13homens, que existiam em 1935, dignificou estacorporação que hoje orgulha nosso País, e é detentora do respeito de todas as pessoas de bemque trafegam pelas nossas rodovias, uns, a caminho do lazer e outras, carregando em seus caminhões a economia deste País gigante, em direçãoa um futuro promissor.
Era o que tinhamos a dizer, Sr. Presidente.
o SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB-SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, desejo registrar nos Anais destaCasa o falecimento de Oscar Chiarelli, recentemente ocorrido na cidade de Mogi-Guaçu. Conheci o ilustre empresário, um dos grandes pioneirosda cidade e aprendi a admirar-lhe o espírito empreendedor, dinâmico e que teve por lema o trabalho.
Ele nasceu em 14 de março de 1899 em MogiGuaçu, foi para São Paulo em 1920 e voltou paraa cidade em 1935 com vinte mil réis no bolsoe muita vontade de trabalhar. Chiarelli começoua negociar com gado até montar uma olaria queproduzia tijolos em 1937.
Em entrevista à Gazeta Guaçuana no anopassado, o empresário declarou que começoua tocar a olaria sozinho, carregando barro emuma carroça e fazendo tijolos que eram secadosao relento.
Para o empresário, o segredo do sucesso seresumia na palavra trabalho. Contando sobre ocomeço de seus empreendimentos em MogiGuaçu, Chiarelli sempre lembrava os dias de chuva, quando trabalhava na olaria, pois, por váriasvezes, perdia todo o trabalho. Ele lutou muito,desde o início: viajava de trem para vender seusprodutos, saindo de Mogi-Guaçu de madrugadae visitando os fregueses em São Paulo, durantetodo o dia. Ele passou muitos anos sem conseguiralmoçar, só comendo sanduíches.
Com o passar dos anos, o empreendimentoChiarelli foi crescendo e passou a produzir telasfrancesas A indústria se desenvolveu, incorporando novas tecnologias e passou a produzir ladrilhos esmaltados.
Hoje, o Grupo Chiarelh conta com seis empresas: Cerâmica Chiarelli SA, Guainco Pisos Esmaltados, ChiarelliMineração, Agropeçuária Pantanal,Guainco Imobiliária e Construtora e GuaincoAgropecuária Goiás, sendo um dos mais fortesgrupos empresariais do setor, no Brasil e no exterior.
Oscar Chiarelli foi casado com dona Zoé Bueno, falecida há quatro anos, com quem teve cincofilhos: Oscar, Rubens, Maria Emília, Odete e Regina Helena. Deixou 16 netos e 20 bisnetos.
Atualmente o empresário era diretor-fundadore diretor-vice-presidente do Conselho Administrativo do Grupo Chiarelli.
Particularmente, para Mogi-Guaçu, a perda foiimensa, pois, os benefícios que proporcionou acomunidade foram de grande valia para o desenvolvimento econômico da cidade.
Endereço aos seus familiares e à classe empresarial paulista o sentimento de pesar pelo falecimento de um dos seus mais lúcidos e brilhantesrepresentantes.
Que o grande homem, esposo, pai, avô e bisavôextremoso e dos mais amorosos seja acolhidopor Deus em seu divino recanto e sua alma tenhapaz e descanso eternos.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. sIMÃo SESSIM (PFL - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S....e Srs. Constituintes, o povo fluminense tem acompanhado, com enorme expectativa, os desdobramentos das discussões técnicas e políticas a respeito da instalação do Pólo Petroquímíco no Estado, desde que, há pouco mais de um ano, foianunciada a decisão governamental em realizartão importante investimento.
E, mais do que expectativa, alimenta fundadasesperanças de que o referido empreendimentoem muito contribuirá para a necessária recuperação da economia regional, promovendo conseqüentemente maiores níveis de emprego e rendaà população.
De fato, Sr. Presidente, o 4° Pólo Petroquímico,já definido para instalação no Rio de Janeiro, ensejará a criação de milhares de empregos diretose outros milhares de vagas em atividades a elevinculadas, significando, por conseguinte, uma vigorosa retomada do desenvolvimento, com repercussões positivas e que certamente irão suavizaro grave quadro sócio-econômico que tanto vitimanossa gente.
No entanto, depois de decididas questões desuma importância como, por exemplo, a da localização do Pólo em consonância com a disponibilidade de matéria-prima, fruto inclusive do consenso e do engajamento das classes políticas eempresariais do Estado, inesperadas informaçõestêm sido divulgadas recentemente, trazendo preocupações em face das incertezas que começama despertar.
Na verdade, resultam de pressões políticas sobre o Govemo Federal visando retirar do Rio deJaneiro o Projeto Petroquímico que contemplaprodução de fenol e acetona, e localizá-lo no Pólode Triunfo, no Rio Grande do Sul.
Mas, Sr. Presidente, embora seja plenamentecompreensível que o grande Estado do Sul almejea ampliação do seu complexo industrial, não podemos concordar com a proposta de transferência do projeto de produção de fenol-acetona, deltaguaí - RJ - para Triunfo, porque altera oPlano Nacional de Petroquímica, prejudica seriamente interesses do Rio de Janeiro e contrariaaspectos técnicos que devem orientar a tomadade decisão em empreendimentos desse porte.
Além disso, trata-se do único projeto com possibilidade de implantação a curto prazo, representando mesmo o efetivo ponto de partida para ainstalação do Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro, enquanto no similar gaúcho existem nove projetos em curso, com investimentos superiores a500 milhões de dólares, diferença que dimen-
siona o quanto é mais prioritário e indispensávelpara o Estado do Rio de Janeiro o projeto deprodução de fenol-acetona.
E preciso considerar também que mesmo sendo o jnaíor produtor nacional de petróleo e detendo mais de 70% das reservas conhecidas, fornecendo inclusive matéria-prima para o funcionamento da mdústria petroquímica gaúcha, o Rioainda não recebeu a devida contrapartida dessaposição, denotando um injusto tratamento aonosso Estado, que desejamos não venha a repetir-se no que se refere à questão central destepronunciamento.
Diante de tal situação, as Bancadas do Rio deJaneiro, nas duas Casas do Congresso Nacionale na Assembléia Nacional Constituinte, de formaunânime, encaminharam há poucos dias, ao Presidente da República, documento expressando osjustos anseios da gente fluminense, quais sejam,a pronta e definitiva decisão de se iniciar a produção de fenol-acetona no Município de ltaguaí RJ. (Muito bem!)
ASRA.ABIGAIL FEITOSA(PSB - BA Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,S.... e Srs, Constituintes, segundo pesqursa realizada pela Data Folha e publicada no jornal Folhade S. Paulo, a maioria dos brasileiros é a favorda proteção social e dos dispositivos nacionalistasaprovados pela Assembléia Constituinte no 19 turno de votação.
A pesquisa, realizada em nove capitais brasileiras no dia 8 de julho último, aprovou, com umíndice de 80 por cento dos entrevistados, o direitode greve para os trabalhadores, sendo que a jornada de seis horas de trabalho foi aprovada por77 por cento dos brasileiros ouvidos.
Outros pontos que foram amplamente aprovados pelos entrevrstados, Sr. Presidente, foram alicença-gestante, com 75 por cento, e a licençapaternidade de 8 dias com 65 por cento, índicesque, a nosso ver, praticamente inviabiliza a suaanulação pelos Constituintes no 2° turno de votação.
Dos artigos nacionalistas aprovados em 10 turno e referendados pela opinião pública estão aexclusividade a empresas nacionais para exploração de recursos minerais brasileiros, com 62por cento, e o controle do capital estrangeiro,com 61 por cento, significando, igualmente, pontos intocáveis no 2° turno de votação.
Também mereceram aprovação, com 77 porcento, a decretação de Impostos sobre grandesfortunas e o limite dos juros bancários a 12 porcento ao ano, com 60 por cento, resultados queapenas vêm confirmar o acerto das principais decisões da Assembléia Constituinte e que mostramque este é um foro absolutamente smtonízadocom o povo brasileiro.
O SR. MÁRIo MAIA (PDT - AC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs.Constituintes, a nova Carta Constitucional, queesperamos ver promulgada brevemente, é inovadora e vanguardista em muitos aspectos. Acreditoser esta atividade pública a que mais esforçosexigiu e está exigindo de todos nós, principalmente das lideranças e dos integrantes da Mesadiretora. Com justificada razão, é um trabalho quemuito nos gratifica e nos enche de orgulho cívico
No atacado, concordo, apóio e estou prontoa colocar-me veementemente contra qualquer
Agosto de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12795
tentativa de diminuição da importância e das qualidades da nova Carta. No varejo, obviamente, sendo um trabalho coletivo, torna-se impossível quea Carta atenda plenamente a todas as expectativas. Porém, afirmo que tenho poucas restriçõesao novo texto constitucional.
Devo, por questão de consciência, citar pelomenos uma dessas restrições: é quanto à anexação de Fernando de Noronha ao Estado de Pernambuco Como todos sabemos, o arquipélagotem pequenas atividades econômicas. Estas sãocaracterizadas pelas díficuldades materiais e custos elevados de intercâmbio com o continentee pelos baixos niveis de produção em agricultura,fruticultura, criação de pequenos animais, produção de leite e de pescado. A fertilidade do soloé elevada, porém há uma aguda falta de água.A agricultura de subsistência e a pesca são asprincipais atividades econômicas, porém insuficientes e com poucas possíbíhdades de ampliação a nível que permita ao arquipélago auferirlucros significabvos, além de suas próprias necessidades de abastecimento.
Fernando de Noronha, sob pena de profundae irreparável descaracterização ou, propriamente,destruição ecológica, não poderá auto-sustentarse. A unidade federada que pretender a anexaçãoterá que arcar com os grandes, continuos e permanentes custos para a manutenção das ilhas.
Todos sabemos que Pernambuco não dispõedessas condições.
Esta é uma restrição que faço ao novo textoconstitucional. Entretanto, ainda está em tempode corrigirmos esta Impropriedade, pela qual,mais tarde, poderemos ser acusados de co-responsáveis pela destruição de Fernando de Noronha. Apelo aos eminentes colegas constituintespara que aprovemos uma das emendas que supríme o art. 17 das Disposições Transitórias, desanexando de Pernambuco e continuando como Território Federal, subordmado à Umão
o SR. DORETO CAMPANARI (PMDS SP. Pronuncia o seguínte discurso.) - Sr Presidente, Sr" e Srs. Constituintes, quando o Presidente José Sarney escolheu o Sr. José Aparecidopara Ministro da Cultura, apenas tornava sua umahomenagem de Tancredo Neves, que era bastante hábil para colocar o homem certo no lugarvazio Pois a criação desse Ministério foi a coisamais mútil que se fez na administração federal.Teria sido melhor a criação do Ministério do Turismo e dos Desportos, porque a cultura ia muitobem no MEC, evidentemente dentro das disponibilidades orçamentárias de que dispunha.
Mas ninguém entendeu José Sarney, quandoremoveu Aparecido para o Governo do DistritoFederal, onde outra coisa não fez que imciar umaciclovia Incompleta e encomendar novos monumentos a Nyemeier, como se o Brasil de hojefosse o mesmo de Juscelino Kubitschek.
Agora, Aparecido despede-se do Governo deBrasilia e volta à origem - o Ministério vazio einócuo.
Mas, antes disso, deixa um rombo no GDF,que ameaça alcançar cinco bilhões de cruzados.quando o déficit em conta corrente é da ordemde dez por cento do Orçamento, ou seja, cmquenta bilhões de cruzados, segundo estimativa doSecretário da Reforma Admmistrativa e AssuntosEconômicos, Sr. Arlécio Gazal, que considera ne-
cessário o apelo a recursos externos, pois, a partirde outubro, os cofres estarão vazios
O Senador Alexandre Costa recebeu um autêntico abacaxi. Terá que aumentar mais impostos,pOIS foi lnsunciente a majoração do ICMem quatrocentos por cento, a partir do ano passado.Apresse-se o povo para aguentar uma quadruplicação do lPTU, além de outras rubricas, poisas reservas financeiras em Brasilia não podemesperar mais de dois meses
Dizem que o Sr. Sarney é amicíssimo do Senador Alexandre Costa. Pelo visto, um autêntico"amigo da onça.....
Era o que tinhamos a dizer, Sr. Presidente. (Muito bem!)
O SR. DOMINGOS LEONELLI (SA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, falo em defesa do GovernadorWaldir Pires.
Não alimento ilusões quanto à repercussãodestas palavras a serviço da verdade. Tenho perfeita consciência da força dos príncipes da comunicação, mormente quando três fatores se somam em tomo da pessoa de Gilberto Gil: seugrande talento, sua justa popularidade e sua atualarticulação com o poder econômico na Bahiae no BraSIL
A mentira política que se refere a vetos, racismos e elitismos incorporada pelo cidadão GIlbertoGil, não pode ser encarada seriamente como umepisódio inocente de inabilidade política ou incompetência do Governador Waldir Pires. Não.
O próprio fato, em si, desmente a afirmaçãodo veto. O Sr. Máno Kertesz tem o controle absoluto dos Diretórios Zonais do PMDB de Salvadore ao invés de mdicar candidato a Prefeito GilbertoGil, mdicou o Sr. Fernando José. Quem vetouGilberto GIl,portanto, foi o Sr. Mário Kertesz.
Mas, isso todos já sabem. E esta é a face, digamos, mais primária e inocente desta mentira.
O lado rnars grave deste episódio que mcluio Centrão e o Ministro Prisco Viana, é que issonão é uma simples mentira. Trata-se de umamontagem política para desestabilIzar o único governador de grande estado que ousou se posicionàr abertamente contra o Governo Sarney, colocando-se tàmbém contra interesses sagrados dogrande capital. Waldir PIres é também um dospoucos governadores que assumiu abertamenteuma posição firme contra o pagamento da dividaexterna.
O crescimento da liderança política do Governador Waldir Pires no plano nacional tornou-ouma figura penqosa, .
É preciso que os analistas políticos atentempara o fato de que a direita baiana. hoje, é umaparte importante da direita nacional.
A armadilha que o Prefeito Mário Kertesz preparou contra o Governador Waldir Pires na Bahiafoi montada em Brasília, mas só funcionou pelametade. Pretendia-se inviabilizaro governo democrático da Bahia a esquerda e a direita. O Sr.Kertesz apresentou 12 candidatos e ofereceu aWaldir Pires a chance apenas de vetar 11. Que- I
riam que Waldir vetasse companheiros e indicasse aquele que acabou sendo indicado. Isso incompatibilizaria Waldir Pires na capital e no interiore o enfraqueceria enormemente no plano nacional.
GIlnunca foi candidato de Mário Kertesz, CarlosSantana e Prisco Viana. Funcionou como um ele-
mento de pressão contra Waldir Pires, e 50 Ocandidato deles era o representante do empresário Pedro lrujo, o radialista Fernando José. Tanto era, que sendo dono absoluto da convençãopartidária, Mário Kertesz o fez candidato.
E, agora, com grandes espaços na televisãoe no jornal do Sr. Antonio Carlos Magalhães, comcobertura nacional da Rede Globo e com o apoioexplícito do Centrão, monta-se esta farsa do vetoe do ehtísmo,
A questão não é apenas baiana O que a direitano plano nacional quer, e para isso está utilizandoGilberto Gil, é inviabilizaro nome de Waldir PIrespara qualquer remota possibihdade de vir a sercandidato a Presidente da República.
A trama é evidente e não respeita sequer ahistória
Enquanto Gilberto Gil era preso e perseguidopela ditadura, Mário Kertesz e Prisco Viana, porexemplo, estavam onde estão hoje - no poder.Naquele tempo ao lado da ditadura a que serviam.Hoje, ao lado de Sarney.
Quem está do lado errado? Por equívoco. pornão perceber a montagem reacionária que naBahia é patrocinada por um empresário espanhole no plano nacional pelo Centrão, ou conscientemente, quem está do lado errado neste episódioé o compositor Gilberto Gil.
E a uma inteligência tão evidente, a uma sensibilidade tão profunda, a uma consciência tão universal das coisas da vida não se pode ofendercom a condescendência.
O poeta do povo baiano. o militante que conheci ainda nos anos 60, o artista libertador, o homemlibertário não tem o direito de errar tanto e tãoprofundamente.
A articulação do fisiologismo, do direitismo edos interesses da elite brasileira está muito clara.Gila assumiu quando defendeu os 5 (cinco) anospara Sarney, quando incorporou-se ao grupo doSr. Mário Kertesz herdeiro político de Antonio Carlos Magalhães e vinculado ao Sr. Prisco Vianae ao Centrão.
Não há inocências em política. nem existemtrês lados.
Não desejamos que o poeta estabeleça umacontradição entre a sua obra e sua biografia, comoocorreu com Manuel Bandeira apoiando CarlosLacerda, ou Ezra Pound enredado pelo fascismo.
Preferimos Gil ao lado de Castro Alves, poetae rmlítante da Abolição, ao lado de Pablo Neruda,cantor da liberdade e inimigo dos poderosos atéo fim. (Muito bem!)
A SRA. MOEMA SÃO THIlAGO (PSDB CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Constituintes, a sociedade esperoucom ansiedade a votação do Capítulo 111, do TítuloVíldo Projeto de Consbtuição.
A produção de um texto constitucional que incorporasse as conquistas alcançadas nas lutasdiárias dos trabalhadores rurais, que permitisseo exercício da cidadania a milhões de trabalhadores sem terra, que abrisse espaço para novasformas de organização e participação econômicae política do homem do campo, que maximizasseo nível de oportunidade para todos, era a grandeesperança depositada na Assembléia NacionalConstituinte.
Em momento algum, a Assembléia NacionalConstituinte pregou a reforma do sistema de pos-
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se e uso da terra como sinônimo de violência,de anarquia, de luta de classe e, muito menos,se preconizou a desestabilização social e a desorganização do processo produtivo. Esse argumento foi, sim, sempre usado por grupos dominantese por latlfunctárlos, com o claro propósito de confundir os incautos e menos avisados.
Este grupo anti-reforma abriga normalmenteos radicais da direita, cuja pregação se identifica,em muito, com a TfP Seus métodos de trabalhosão, geralmente, campanhas terroristas de disseminação de boatos de que "o governo vai tomara terra dos pequenos agricultores", Sob o pretextode proteger-se contra a intervenção do Estado,organizam-se em instituições (tipo UDR),que estimulam a formação de milícias particulares, verdadeiros grupos paramilitares que se armam paraproteger a "propriedade privada e a hvre empresa".E, hoje, a UDR tem acesso direto aos órgãosque definem a estratégia política do aparelho doEstado, em especial o Gabinete Civil, os órgãosmilitares e até o próprio MlRAD.
Mesmo lutando contra estes radícais de direita- com eficiente representação no Congresso Nacional - que, ora tentavam impedir que o tema"reforma agrária" fizesse parte do novo textoconstitucional, ora pretendiam criar mecanismosprotelatórios e díversíonlstas que impedissem ouretardassem a sua implementação, a AssembléiaNacional Constitumte, desde o início do seu funcionamento, teve sempre como meta determinaros princípios constitucionais básicos que permitissem, logo após a promulgação da nova Constituição, a montagem de um arcabouço legal.
Sabiam os Constituintes comprometidos coma causa dos trabalhadores rurais que a reformaagrária é, antes de tudo, o resultado de uma luta,a luta pela terra, mas que o suporte legal é fundamentaI para viabilizar o processo, a fim de queele não se torne prisioneiro de limitações e falsasinterpretações leqais que impeçam a efetiva concretização das decisôes políticas.
Ao definir estes princípíos constitucionais, a Assembléfa Nadonal Constftuinte teve sempre emmente a necessidade de profundas mudanças naestrutura fundiária e no regime de produção. Ea reforma agrária é, sem dúvida alguma, a alternativa única de realização destas modificações substanciais na estrutura da propriedade que se encontra marcada por inúmeras distorções. Somente através da reforma agrária é possível se iniciaramplo processo de redistrlbuíçâo da terra e darenda no meio rural e se promover a criação deempregos produtivos.
A reforma agrária contribuirá decisivamente para a retomada do processo de crescimento porque, através dela, é possível tornar produtivas asextensas áreas ociosas dos latifúndios mantidoscomo reserva de valor. Através dela são reativadosos recursos humanos e materiais - terra e mãode-obra - que permanecem ociosos.
A Incorporação ao processo produtivo destasgrandes extensões de terra inexploradas contribuirá, decisivamente, para ampliar a produção dealimentos básicos e matérias-primas industriaise, ainda, para produzir excedentes exportáveis.Possibilitando a criação de novos empregos nosetor rural, a reforma agrária permitirá a reduçãodo processo migratório: estima-se que nas duasúltimas décadas, mais de 30 milhões de trabalhadores rurais foram expulsos do campo, indo-se
deparar nas cidades com um mercado fechadoe em crise, em face do recrudescimento do processo recessivo que vem caracterizando a econorrua nacional nos últimos anos
Os objetivos da reforma agrária estão contidosnas propostas discutidas e encaminhadas ao longo dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte e, finalmente, consubstancíadas no textoaprovado em comum com esta "reforma agráriamarginal" que se preconiza com o novo textodo Capítulo íll, do Título VII, aprovado em Plenário.
Atendendo às pressões da classe produtora rural, membros da Assembléia Nacional Constituinte abandonaram os princípios básicos que nortearam a elaboração do Estatuto da Terra, diga-sede passagem, concebido e aprovado em plenoregime autoritário.
O texto aprovado, em 11 de maio de 1988,se constituiu na barreira que deteve os avançospopulares e postergou as conquistes dos trabalhadores rurais, ameaçados de perderem a sua terraou impOSSIbilitadosde alcançá-la.
A legislação que se produziu em pleno regimeautoritário, pelo menos, permitiu atuações timidase localizadas, além de oferecer condições paraadministrar os conflitos pela posse da terra.
Não quero, aqui, afirmar que o Estatuto da Terra tenha sido a grande alavanca da reforma agrária. Ele, na realidade, fora aprovado para estimulare privilegiar o desenvolvimento e a proliferaçãoda empresa rural. Na verdade, o Estatuto da Terrapreconiza uma "modernização conservadora" dopr6prio latifúndio. Mas ísso não era um subterfúgio. Estava muito clara na Mensagem rr 33,que encaminhou ao Congresso o texto do projetode lei que se transformou, depois, na Lei n° 4.504,de 30 de novembro de 1964: "Não se contentao projeto em ser uma lei de reforma agrária. Visa,também, à modernização da política agrícola doPaís, tendo por isso objetivo mais amplo e ambicioso: é uma lei de desenvolvimento rural".
Em pleno regime militar, porém, presenciamosmomentos de rompimento no movimento anti-reforma:
- a assinatUra da Emenda Constitucional rr10, de 10 de novembro de 1964, que estabeleceo pagamento da indenização em títulos e nãoem dinheiro, como determinavam, até aquele momento, os textos constitucionais;
- o grande avanço representado pelo Ato Institucional n° 9 e pelo Decreto-Lei n° 554, ambosde 25 de abril de 1969, que eliminaram a determinação de "prévia e justa" indenização e estabeleceram o rito sumário no processo desapropriatório. O Governo militar deixou, portanto, um instrumental jurídico dos mais eficientes para se poder implementar a reforma agrária.
O texto aprovado do Capítulo 111, do Titulo VII,do Projeto de Constituição, porém, não passa deuma "contra-reforma agrária" que se identificacom medidas protelatórias e diversionismos operacionais que visam tão-somente retardar a implementação do processo de completa reformuJaçãodo sistema de posse e uso da terra.
Todos estes atrasos, reações e recuos que presenciamos, hoje, na Assembléia Nacional Constituinte, 'quando da votação do Capítulo da ReformaAgrária, tem história. Ao longo de todos estesanos, a burguesia agrária vem atuando decisivamente. A marca do agrário, e neste a do latifúndio,está presente em todo o desenvolvimento da so-
ciedade. E o aparelho de Estado, em todas estasfases, assumiu o papel de implementador de políticas públicas que favorecem a ação dos grandesproprietários de terra e dos complexos agromdustriais E, assim, todo o processo de desenvolvimento nacional se deu sem reforma agrána.
As reações contra qualquer proposta de reformulação da estrutura fundlárra se fizeram presentes em todas as fases. Era necessário atuar sobrea realidade agrána, mas nunca alterá-la.
Foi assim no período de 1930 a 1964. Podíamos afirmar que, neste período, a burguesia agrária perdeu o seu papel hegemônico, não deixando,porém, jamais de participar do bloco do Poder.
E, no Parlamento, sua atuação foi presente através do PSD, que tinha como uma de suas propostas básicas a defesa dos interesses da agriculturaem geral.
MUlto embora se apresentasse como um partido de corte urbano, a UDN sempre se POSiCIOnava ao lado do PSD, quando a votação envolviaquestões relacionadas com a propriedade privadada terra.
A partir de 1964, as formas retrógradas lIgadasaos grupos agroexportadores se umram em defesa do instituto da propriedade privada, com ativaparticipação do movimento militar.
Quando da aprovação do Estatuto da Terra,muito embora esta lei não representasse umaameaça ao latifúndio, a reaçáo foi imediata. E,poucos dias após a sua assinatura, o Sr. RobertoCampos. então Ministro do Planejamento, declara,para acalmar os ánímos, que "o destinatário doEstatuto da Terra é o empresáno, o produtor dotado de espírito capitalista, que organiza a sua atividade económica segundo os critérios da racionalidade do capital".
Com a Nova República, tenta-se nova experiência, agora com o Plano Nacional de ReformaAgrária. O mesmo tipo de pressão, também, agora, se repete. E não foi tímida a reação do empresariado rural.
E as pressões dos proprietários de terra tiveramresultado. Alterações Introduadas, à últIma hora,por mfluência do Palácio do Planalto, descaracterizaram, totalmente, a proposta original do PNRAque já era, por SI só, bastante moderada e conservadora
A assinatura do Decreto n° 91.766, de 10 deoutubro de 1985 - que aprovou o Plano Nacronalde Reforma Agrária - ressuscitou a denominada"reforma agrária consentida", muito em voga nostempos áureos do Presidente Médici
Neste período, como reação ao Plano Nacionalde Reforma Agrária, surge a União DemocráticaRuralista - UDR que, arrecadando fundos, através de seus leilões de gado, se organizou em16 Estados da Federação, com milhares de associados.
Convocada e instalada a Constituinte, o empresariado rural continua influenciando diretamenteaquela Assembléia, através da Frente Parlamentarda Agricultura que recebeu drscreto sporo governamental para congregar todas as associaçõespatronais do meio rural que não seguissem aorientação da UDR, tais como, a Sociedade RuralBrasileira (SRB), a Confederação Nacronal daAgricultura (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Temerosos de que o tema "Reforma Agrária"pudesse ocupar espaço na Assembléia Nacional
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12797
Constituinte, o empresariado rural procurou seposicionar com força na Subcomissão .da Re~or
ma Agrária e na Comissão da Ordem Econômica.Seus representantes conseguiram ora vitórias
parciais, ora derrotas, até que, na Comissão deSistematização, fOI possível aprovar um texto que,embora tímido, fOI um texto possível, dentro dacorrelação de forças atuais, na Assembléia Nacional Constituinte.
O Centrão,apresentou, para ser votado em Plenário, uma proposta onde estavam contempladosos interesses dos propnetários rurais.
Votados os textos do Centrão e da Sistematização, foram ambos rejeitados. E, com o surgimento do "buraco negro", o relator Bernardo Cabral apresentou novo texto que expressava alguma semelhança com o Projeto da Sistematização,incorporando, porém, muitas das exigências dosproprietários rurais.
Aprovada a proposta do Relator, o Centrão fezinserir no texto, através de uma manobra regimental, a inexpropnabilidade das denominadas"terras produtivas".
O texto aprovado do Capítulo lll, do Título VII,do Projeto de Constituição é uma peça de defesado latífúndio como instituição permanente. Conseguiu-se produzir um texto que contém prívilégios descabidos ao latifúndio.
E, assim, a radicalização de direita conseguiuinviabilizar totalmente a implementação da reforma agrária pela via ínsntudonal.
Vejamos alguns pontos do Capítulo Ill, do TítuloVII, do Projeto de Constituição:
1. Função Social da Propriedade:
O Projeto de Constituição, no seu artigo 220,tentou consagrar o prmcípío da função social dapropnedade, já que no Capítulo "Dos DIreitos Individuais e Coletivos", a propriedade fora definidacomo direito.
O conceito privativista do direito de propriedade, que fazia parte da Constituição Política doImpério (1824, foi aos poucos, se aperfeiçoando.Em 1934, a Carta Magna já determinava que "odireito de propriedade não poderia ser exercidocontra o interesse social ou coletivo"
O Capítulo, ora aprovado, porém, apenas inscreveu no texto constitucional aquilo que já fazparte do art 2°, § l° do Estatuto da Terra. Nãose verificou, portanto, aprofundamento, modernização ou melhor precisão no conceito de funçãosocial da propriedade rural. Não se incorporounovas concepções de direito que, superando o"hibridismo Insuficiente" da função social da propriedade, definem "a propriedade como funçãosocial", não havendo, portanto, direito de propriedade sem função SOCiaL
O direito de propriedade, logo, só passaria aexistir quando estivesse satisfeita a exigência dafunção social.
2. Desapropriação por Interesse Social
Exatamente para assegurar a "função socialda propriedade" é que a Constituição contemplao instituto da desapropriação, caracterizando-seesta como "um ato administrativo, mediante oqual o poder público, compulsoriamente, e porato unilateral, despoja alguém de um bem, adquirindo-o, mediante indenização".
A implementação do dispositivo constitucionalque permite a desapropriação do imóvel rural,
por interesse social para fins de reforma agrária,esteve sempre condicionado pela exigência de"pagamento em dinheiro" e de "indenização prévia". A primeira exigência foi removida com aEmenda Constitucional rr 10, de 10 de novembrode 1964 e a segunda pelo AJ·9 e pelo Decreto-Lein° 554, ambos de 25 de abnl de 1969.
Depois de superados estes obstáculos, o texto,ora aprovado, faz ressurgir novamente a exigênciade "prévia indenização", contida nas Constltutções de 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967.
No tocante à utilização dos Títulos da DívidaAgrária (TDA), a Constituição Vigente estabeleceque eles poderão ser empregados como meiode pagamento de até 50% do valor do Impostosobre a Propriedade Territorial Rural e de terraspúblicas. O texto aprovado remete a matéria paraa legislação ordinária, deixando, portanto, emaberto, a possibílidade de ressuscitar a idéia doCentrão que propunha a utilização dos TDA, também, como meio de pagamento de qualquer tributo federal. Isso equivale à decretação da liquideztotal e imediata dos títulos, ou seja, é o mesmoque pagar, em dinheiro, o imóvel desapropriado.
No que se refere à indenização de benfeitoriase isenção de impostos na transferência dos imóveis desapropriados, repete-se o já disposto naConstltuição vigente.
O texto, recém-aprovado, todavia, inova no art.219, inciso li,ao determinar a "inexpropriabilidadedas terras produtivas". Aqui ficou bem clara averdadeira face da reforma agrária que se desejaimplementar.
A confusão criada pelos latifundiários tem umobjetivo definido e preciso: inviabilizar totalmentea reforma agrária.
O critério básico para desapropriação semprefoi o cumprimento da função social da propriedade - conceito que envolve, além da exigênciade adequados níveis de produtividade da terra,os aspectos sociais referentes ao cumpnmentoda legislação trabalhista, a manutenção do bemestar do proprietário e dos trabalhadores e a conservação dos recursos naturais.
A adoção da terminologia "propriedade produtiva", segundo José Gomes (ex-Presidente do Incra e atual membro do Conselho Deliberativo daAssociação Brasileira de Reforma Agrária ABRA), além de representar uma impropriedadesemântica e deformação metodológica, escondeuma armadilha legal e uma tática latifundista.
Se entendermos "terra produtiva" como "aquela que produz, é fértil", pode-se concluir que, emsendo essas áreas insusceptíveis de desapropriação, restariam disponíveis para a reforma agráriatão-somente as longínquas terras imprestáveis einacessíveis, ou seja, as terras improdutivas. Segundo José Gomes, "restarão para a reformaagrária, apenas, os carrascaís, charcos, areiões,piçarras e pirambeiras. E isso, é claro, nem ostrabalhadores e nem a racionalidade aceitarão".
A determinação de "inexpropriabIlidade da propriedade produtiva" é, portanto, uma medida protelatória e um diversionismo operacional que nãotem outro objetivo senão procrastinar, indefinidamente, a implementação da reforma agrária.
Para mostrar a imprecisão da terminologia usada, é pertinente lembrar que o famigerado Decreto-Lei n° 2.363, de 21 de outubro de 1987, quefoi o primeiro documento legal a preconizar, comapoio do Ministro Jáder Barbalho, a inexpropria-
bilidade das propriedades produtivas, utilizavauma terminologia mais precisa ao defmir comoinsusceptíveis de desapropriação as "áreas emprodução".
A respeito disso é bom, também, lembrar quetodas as entidades que produzem estatísticas dosetor agropecuário tràbalham com terminologiasbem mais precisas, claras e objetivas:
-IBGE: fala em "terras produtivas não utilizadas" para significar "as áreas passíveis de aproveitamento agropecuário, mas que não estão tendoutIlização econômica";
- ex-INCRA: em suas estatísticas cadastrais,utilizava a expressão "área aproveitável não explorada".
A armadilha contida no texto do projeto aprovado não foi concebida e posta em prática pelaprimeira vez agora na Assembléia Nacional Constituinte. Ela vem sendo preparada e engendradahá muito tempo, com o apoio do aparelho deEstado. Começou com a assinatura do Decreton° 91.766, de 10 de outubro de 1985, e maisrecentemente, com o Decreto-Lei n° 2.363, de21 de outubro de 1987, e o Decreto n° 95.715,de 10 de fevereiro de 1988, tomando imunes àdesapropriação "as áreas em produção" e "aspartes produtivas dos latifúndios".
Transcrita, agora, no texto constitucional todaesta trama engendrada, é possível concluir quequalquer proprietário pode contestar a desapropriação do seu imóvel rural.
Isso é inaceitável quando sabemos que a grande propriedade rural, no Brasil, é geralmente subutilizada e subexplorada. "a área aproveitável nãoutilizada dos latifúndios é idêntica à área aproveitável utilizada".
Por trás desta imposição dos empresários daagropecuária, aprovada através do Centrão, estárealmente a defesa da manutenção do latifúndiocomo instituição permanente. Aterra se converteunum ativo financeiro. Passou a ser altemativa deinvestimento rentável de grandes grupos industriais e financeiros que buscam, através da aquisição de terras, se beneficiar de grandes volumesde recursos repassados, via crédito subsidiadoe incentivos fiscais, além de se livrar do pagamento do imposto de renda. As grandes concentrações de terras destes grupos econômicos (industriais, comerciantes, banqueiros) passaram aser o subterfúgio para descarregar os lucros obtidos, às vezes de forma espúria.
3. Reforma Agrária e Política Agrícola
O texto aprovado em Plenário quer manifestaruma preocupação no sentido de integrar reformaagrária e política agricola, como segmentos quese complementam.
É bom lembrar, aqui, em momento algum, jamais alguém preconizou implementar plano dereforma agrária, de forma isolada. Ninguém vislumbrou solucionar a questão fundiária com asimples distribuição de terra. Qualquer um debom senso sabe que a reforma agrária meramente distributiva em nada contribuirá para ampliar o volume de produção e proporcionar emprego de mão-de-obra.
Acontece que por detrás desta insistência decompatibilizar política agrícola e reforma agráriaestá o firme propósito de não priorizar a reformaagrária. Política agrícola, aqui, está assumindo opapel de dissimulador da reforma agrária.
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É preciso deixar bem claro que distribuir terrassem implementar o apoio institucional nas áreasde crédito, comercialização, sustentação de preçoé deixar o pequeno agricultor "ciscando" a suaprópria sobrevivência.
Por outro lado, é maisverdade, ainda, afirmarque "pregar reforma agrá7ia sem primeiro democratizar o acesso de todos à propriedade é quererfazer omelete sem quebrar os ovos".
Priorizar a política agrícola esquecendo a reformulação da estrutura fundiária é querer "fazerreforma agrária sem terra", ou talvez, permitir a"distribuição de alguma terra para não distribuiras terras que os latifundiários mantêm estocadascomo reserva de valor".
4. Alienação e Concessão de Terras PÚ-blicas I
Em relaçãoàs terras públicas, o texto aprovado,muito embora tenha ficado bem aquém do textoda Comissão de Sistematização, conseguiu avançar um pouco em relação às constituições ante-riores. '
Nas Constituições de 1934 e 1946, para a ahenação ou concessão de terras públicas, com áreaacima de 10 mil hectares, exigia-se tão-somentea autorização do Senado Federal A Constituiçãovigente manteve a competência do Senado e reduziu a área para 3 mil hectares.
a texto aprovado, além de reduzir o limite deárea para 2.500 hectares, inovou, substancialmente, ao transferir a competência de autorizaçãodo Senado para o Congresso Nacional.
Esta medida é complementada por uma outrade igual importância: a criação de comissão para,num prazo de três anos, contados a partir da promulgação da Carta, rever todas as doações, vendas e concessões de terras públicas, com áreasuperior a 3 mil hectares e realizadas no períodode 10 de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de1987. A criação desta comissão está prevista no"Ato das Disposições Constitucionais Gerais eTransitórias".
Em relação ao instituto da usucapião, é pertinente, aqui, lembrar que, muito embora ele continue restritivo, ao exigir que a posse seja por cincoanos, sem oposição, é louvável a ampliação daárea havida, através da usucapião, para 50 hectares.
É lamentável verificar, ao final dos trabalhosda Assembléia Nacional Constituinte que, en relação à questão agrária, dois pontos fundamentaisnão foram contemplados:
- a fíxaçâo da área máxima da propriedaderural;-o instituto da perda sumária das terras OCIO
sas.Em relação ao texto do Capítulo lll, do Título
VII, como ~m todo, é possível verificar que, namaioria dos seus dispositivos, houve, apenas, umainscrição, no Projeto de Constituição, de dispositivos de Constituição vigente, do Estatuto daTerra e de outras leis ordinánas. Nas poucas vezesem que a Assembléia Nacional Constituinte resolveu inovar, observamos retrocessos, atrasos e recuos, em relação ao arcabouço legal vigente.
Gostaria, ainda, de lembrar que a luta pela implementação da reforma agrária não é de hoje.Por isso, não é a debilidade orgânica dos partidospolíticos, a fragilidade das alianças e a própriacomposição da Assembléia Nacional Constituinte
que vão impedir que o movimento pela reformaagrária se amplie e se consolide. Não tenho dúvidas que derrotas como esta verificada na votaçãodo Capítulo 111, do Titulo VII, dificultam, em muito,a luta pela reforma agrária. Mas é impressionanteverificarque cada recuo que acontece é a sementede novas mobilizações. A derrota aqui pode representar um ganho mais à frente, um ganho deconsciência social.
Sr. Presidente, Sr" e Srs. Constituintes, aproveito para registrar o recebimento de um documento com 1.585 assinaturas, contendo a principal reivindicação das populações dos Municípios de Iguatu, Jucás, Caríús, Saboeíro, Acoplara,Quixelô, Icó e Orós, todos da região centro-suldo Ceará. Querem e pedem os subscritores aaprovação da reforma agrária nos termos das propostas "encaminhadas, por um milhão e duzentasmil assinaturas de trabalhadores de todo o País,ao Congresso Constituinte".
Claro que a esta altura dos trabalhos, sabemosimpossível, até por dificuldades regimentais, oatendimento a tão justa postulação. De qualquerforma, além de encaminhar cópia da citada documentação ao Relator Bernardo Cabral, alerto àbancada cearense para que se una no sentidode não permitir outros recuos nas votações dosdispositivos relativos a reforma agrária.
Para tanto, convém não esquecer o que dizemos trabalhadores quando afirmam que a Históriacobrará aos Constituintes a quebra de compromissos assumidos no período eleitoral, porque"acima da propriedade privada está o interesse coletivo."
O SR. FÉRES NADER (PTB- RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, a comunidade médica brasileira ressente-se da falta de um inventário de fácil acesso,que reúna as publicações nacionais. Em que pesem os esforços já feitos no sentido de resolveresse problema, ele continua cada vez mais difícil.a que já foi produzido, embora à custa de muitotrabalho, não teve continuidade.
Com o advento do atual sistema de Pós-Graduação, implantado com a Reforma Universitáriaem 1970, a feitura de teses de doutoramento foi,de certa forma, estimulada, ao mesmo tempo quesurgiram, em virtude dos dois níveis da pós-graduação - Mestrado e Doutorado -, outras modalidades de publicações avulsas, a dissertaçãodo mestrado. Esses tipos de publicação têm sempre uma edição muito restrita e praticamente semcirculação. a acúmulo desses trabalhos está resultando num acervo valiosíssimo que, certamente, se perderá pela inviabilidade crescente do pesquisador, interessado no assunto, encontrar indicação da publicação.
Tal fato desencadeou o aparecimento dos chamados Bancos de Teses ou índices de Teses,que vieram preencher especificamente esta lacuna. Entretanto, como eles são muito abrangentese nunca restritos a uma área definida do sabere muito menos atinentes a uma especialidade,servem mais para relacionar a produção cíentíficade uma unidade ou mesmo universidade do quepropriamente de apoio, facilitando a pesquisa bibliográfica e possibilitando o encontro do autornacional. Não fosse essa limitação suficiente pararestringir seus objetivos, há ainda publicaçõesocasionais, sem regularidade e distribuição sistemática
A lacuna a que nos referimos está, pois, sendopreenchida de maneira parcial e precária, deixando muito a desejar quanto à qualidade da recuperação por parte de quem, realmente, possa utilizaras publicações avulsas nacionais.
Um simples raciocínio pode fornecer-nos umaestimativa da produção científica que é ignoradae acaba por perder-se. Sabendo-se que a Universidade de São Paulo produz um terço das publicações científicas do País, porcentagem que semantém na área da saúde, e sabendo-se, ainda,que ela titulou, de 1981 a 1986, mais de cincomil pós-graduados, pode inferir-se que, no Brasil,mil teses da área de saúde estejam caindo num"buraco negro", Certamente, dispondo dos atuaissistemas de indexação, elas não chegarão àsmãos dos pesquisadores, por melhor que sejasua pesquisa bibliográfica.
Urge, pois, que se aprimorem os mecanismosde recuperação da informação científica em Medicina.
Esperamos que as sociedades médicas especializadas procurem despertar a enorme força latente de que dispõem, somando apenas um pequeno esforço de cada um de seus sócios. Naeventualidade de ocorrer tal fato, não seria muitopedir ao CNPq para retomar sua publicação, desativada há uma década, dispondo agora de umanova força de alimentação do sistema, passando,então, a patrocinar o Índice BibliográficoBrasileirode Medicina. (Muito bem!)
O SR. MAURíCIO FRUET (PMDB-PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, frente ao quadro de dificuldades enfrentado pelo País, buscam-se bodes expiatónos, E o que se tem prestado a este papel porvários motivos, alguns até passíveis de suspeita,são as estatais.
A partir de um certo instante, vender estatalpassou a ser a solução de todos os problemasnacionais, pois resultará "em menores despesaspara o Tesouro e diminuirá a participação do Estado na economia".
Analisemos a primeira afirmação, com umexemplo concreto - a proposta de privatizaçãoda Cobra, Computadores e Sistemas BrasileirosS/A.A referida empresa, em fevereiro do correnteano, buscando capital de giro e saldar algumasdívidas, solicitou ao BNDES, um financiamentono valor de Cz$ 1.819 milhões, equivalentes aUS$ 19 milhões. Tal pedido não foi atendido porser a Cobra uma estatal, embora o BNDES tenhasocorrido inúmeras empresas do setor de informática em valor acima deste. Caso a Cobra tivesserecebido esses recursos teria fechado o atual exercício em 30 de junho com lucro. a Estado podesocorrer as empresas privadas quando dão prejuízo. Isto é uma atitude correta, mas as estataisna mesma situação são ineficientes e devem servendidas.
Na proposta em curso no BNDES a empresaserá vendida, mas, antes, o Governo (através doBNDES, CEF e Banco do Brasil) aportará US$45 milhões a título de saneamento para que onovo sócio privado receba uma empresa saudável. Logo no início do ano seguinte, o Governoestá disposto, caso o sócio privado deseje, a aportar mais US$ 15 milhões.
No prazo de um ano, o Governo se propõea colocar, na Cobra, um total de US$ 60 milhões,
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mas não colocou um terço desse montante emfevereiro, para continuar proprietário de uma empresa lucrativa.
Fica dífícíl entender a lógica governamental.Observamos hoje que são vários os que atacam
a Política Nacional de Informática, que vários resultados positivos tem apresentado. E a Cobratem desempenhado, desde sua fundação, papeldesbravador no setor de informática. A permanência da Cobra no desempenho dessa missãodesbravadora afigura-se indispensável em face:
- dos riscos empresariais inerentes às iniciativas de alta densidade tecnológica;
- das constantes pressões externas que tentam, por todos os meios, destruir o setor de informática nacional;
- a parcial desmoralização da PolíticaNacionalde Informática pela prática do contrabando e dapirataria por empresas nacionais do setor.
Entendemos, ainda, que a Cobra poderia seprestar a uma experiência pioneira de controledas estatais em que seriam qualificados metase parâmetros administrativos e de resultados, osquais constariam de um protocolo assinado entrea sua Diretoria e a Sest Caso não fossem atingidos esses objetivos, a Diretoria seria destituída.
Tal procedimento daria condições de efetivagestão da empresa estatal, o que é impossível
'hoje, em face do emaranhado de leis, decretose outros instrumentos legais que cerceiam a açãodos gestores dessas empresas estatais, tomandoimpossível a sua gestão eficiente.~a o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito
bem!)
O SR. UBIRATAN AGUIAR (PMDB - CE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, existem hoje inúmeras empresas nacionais que prestam serviços no exterior,sobretudo no campo da construção civil, comsignificativa repercussão na balança de pagamentos do País, pois os recursos obtidos além fronk!iras contribuem para equilibrar as contas internacionais.
Estima-se que só no ano passado foram concluídos contratos, no exclusivo setor de engenharia, num valor aproximado de bilhões de dólares.
Este intercâmbio se toma mais importantequando é levado em consideração o fato de quecada dólar vendido em serviços rende à Naçãooutros quatro dólares correspondentes à exportação de equipamentos, máquinas e utensílios diversos necessários à implantação dos projetos.
É, pois, necessário que iniciativas empresariaisde tal sorte recebam incentivos próprios capazesde estimular a atividade, tomando-a rentável.
São frequentes as queixas relativas à sobrecarga fiscal e parafiscal, fatores que oneram extraordinariamente os custos. Inclusive, parece terespecial procedência os vinculados à obrigatoríedade do recolhimento da contribuição previdenciária, no tocante aos empregados aqui contratados para prestarem serviços no exterior. Eví
.dencía-se que esses assalariados não podem gozar dos benefícios previstos na sistemática securitária interna por uma simples impossibilidade física conquanto estejam compelidos à contraprestação correspondente.
A solução para os demais casos é a suspensãodo recolhimento da contribuição durante o período de afastamento do território nacional, ficandoo empregador obrigado a assegurar, por si ou
pela via de um sistema específico de seguro-saúde, a assistência médico-hospitalar a que fariajus o trabalhador se estivesse aqui, no Brasil.
Atualmente, todos, salvo o sistema previdenciário oficial, são penalizados. O empregado vêcompulsoriamente descontado do seu salário umpercentual destinado a remunerar serviço que lheé inacessível. O empregador, além de contribuircom a sua parcela para o erário, vê-se moralmentecompelido a prestar assistência ao servidor acometido de enfermidade em local estranho e, freqüentemente, de escasso desenvolvimento.
Beneficia-se, desta forma, apenas a instituiçãoestatal que aufere recursos sem qualquer ônusou contrapartida.
Assim, precisamos, urgentemente, acabar comeste recoíhírnento, pois, desta maneira, estaremosdesestimulando as empresas e trabalhadores quecontribuem para a captação de divisas de quetanto necessitamos. ,
Era o que tínhamos a dizer.Sr. Presidente. (Muito bem!)
O SR. COSTA FERREIRA (PFL - MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a casa própria inscreve-se entreos fatores básicos para a sobrevivência digna dasfamílias de baixa renda, cujos salários não comportam um item de custo cada vez mais inacessível aos brasileiros - o aluguel.
Sabe-se que o contingente das populações totalmente desassistidas, no tocante à moradia, aumenta assustadoramente, na medida em que seagrava a atual crise econômica. Famílias inteirasvivem hoje ao relento ou, quando muito, embaixode pontes, tangidas pela miséria que não lhespermite sequer o acesso aos bens essenciais, cujafalta reduz o cidadão à condição de pária da sociedade.
Incapazes de proteger-se contra as adversidades climáticas, ficam esses homens, mulheres ecrianças, sujeitos ao frio, à chuva e a qualquertipo de intempérie, presas fáceis da doença e damorte.
Não podemos assistír impassíveis à chacinaque se vem perpetrando contra os brasileiros quenão tiveram oportunidades de educação nem deemprego, os quais estão sendo duplamente punidos - pela falta de emprego com salário satisfatório e pela ausência de medidas governamentaisque possam minimizar a dolorosa situação emque se encontram, como a implantação de umapolítica habitacional adequada.
As autoridades governamentais não podemcontinuar ignorando o problema, investindo depreferência em casas e apartamentos destinadosà classe média, justamente a que percebe maiorremuneração, e deixando engrossar a multidãodos que não "moram", mas subsistem a duraspenas em qualquer canto de onde não sejamenxotados.
Sr. Presidente, Srs, Constituintes, cumpre quese implante, o quanto antes, uma política habitacional realista, voltada prioritariamente para oatendimento da camada mais pobre da população. Uma política que contemple os mais necessitados, os sem-teto, que não têm onde reclinara cabeça depois de um dia de lutas, daquelesbrasileiros entregues à própria sorte, trabalhadores de ínfima renda ou desempregados, doentes,marginalizados do processo produtivo, mas nem
por isso menos dignos das atenções e dos cuidados do poder público.
Os objetivos maiores da política habitacionaldo País não podem se distanciar dos interessesmais legítimos da grande massa populacional enão chegarão a consubstanciar-se, certamente,se os programas e atividades da área não refletirem 'uma preocupação prioritária com os projetosde baixo custo, tomando acessíveis aos mais pobres a aquisição de uma casa ou apartamentopopular.
O caminho natural para colimar esse propósitoserá, sem dúvida, o incentivo à ação das cooperativas habitacionais, fornecendo-lhes recursos eassistência técnica que permitam construir moradias modestas e de menor custo, inclusive aiavésdo sistema de mutirão, que se tem revelado eficazem alguns empreendimentos esparsos.
Deixo aqui o meu recado e o meu apelo veemente às autoridades com ingerência na políticahabitacional. Cuidemos dos mais pobres, dos desafortunados, proporcionemos-lhes o mínimoexigívelpara a preservação da dignidade humana-um teto.
Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muitobem!)
O SR. ANl'ONIO DE JESUS (PMDB- ao.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a adequação do sistema educacional ao meio rural, como um componente dedesenvolvimento integrado, é um dos problemasmais complexos enfrentados pelos países em desenvolvimento. De um modo geral, é exatamentenas áreas rurais onde se encontra a maior escassez de recursos, considerados fundamentais porplanejadores educacionais envolvidos em educação rural.
A escola deve ser encarada como o principalveículo de melhoria de vários aspectos das populações do campo.
As escolas geralmente não estão devidamenteequipadas para desenvolver uma educação agocola e oferecer alternativas de solução aos problemas locais.
A escola rural é um ponto de contato que aspopulações rurais mantêm com a educação formai.
Malassis (1972) afirma que cerca de 60% dapopulação mundial viveno campo e que a grandemaioria destes são analfabetos. Considerando este aspecto, é necessário que a escola rural nãosó desempenhe o papel de ensinar a ler, escrevere calcular, mas tenha em vista todo o conjuntoda população rural. A escola deve funcionar emharmonia com outras agências, para desenvolverum PlPcesso de desenvolvimento globa) e participante.
A Lei Orgânica do Ensino Agrícola refere-seàquilo que se deve entender como tal: "É o ramode ensino até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores na agricultura. O art. lo deverá atender aosinteresses dos que trabalham nos serviços e misteres da vida rural, promovendo a sua preparaçãotécnica e a sua formação humana, aos interessesdas propriedades ou estabelecimentos agrícolas.
O SR.INOC~CIO OUVEIRA (PFL - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, sempre defendemos que o motorista_proãssíonal empregado em empresa de
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12800 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAaONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
transporte coletivo e maquinista seja submetidoanualmente a exame eletroencefalográfico, às expensas do empregador.
Além de defender a integridade física dos passageiros, seria de interesse da empresa a defesade seu patrimônio e o de terceiros, porquantofreqüentemente ocorrem desastres automobílísticos em que não aparecem as causas determinadas, que podem ser devido a uma crise epiléptica.
O exame consubstanciado no projeto já é feitona aviação civil,onde realmente o perigo é maior,mas a quantidade de aviões é menor.
Através da eletroencefalografia e por meio deexcitações elétricas cerebrais do homem e dosanimais, chegou-se ao conceito atual: a epilepsiaresulta de uma descarga elétrica anormal, tendocomo ponto de partida um conjunto de neurôniossituados em qualquer parte do sistema nervosocentral.
Sob o ponto de vista cronológico, as causasepileptogênicas podem ocorrer precedendo a formação do ovo, na vida intrauterina, no parto, nainfância e no adulto.
Durante o parto dístocíaco,podem ocorrer anoxia duradoura e ítensa, traumatismos, laceraçõesetc. A grande prevalência dos focos temporaisnos epilépticos seria devido a compressão dosmesmos contra a tenda do cérebro, produzindoáreas de ísquernia por ocasião do parto distócíco.
Na infância, o grupo de doença designado como "paralisia cerebral" provocado por muitascausas é o responsável pelo aparecimento de50% de pacientes com convulsões.
Se por um lado, o epiléptico pode levar umavida quase completamente normal, deve evitartoda atividade que ofereça perigo para si ou paraa coletividade. Podendo e devendo trabalhar nãodeve empregar-se em ofícios perigosos que exijam, por exemplo, subir em escadas, postes, andaimes, operar determinadas máquinas comoserras, prensas, etc. A condução de veículos coletivos, como automóveis e, principalmente, caminhões, ôníbos, trens e aviões, e mormente quandoos automóveis, os caminhões e os ônibus se destínarem ao tráfego intermunicipal, deve ser absolutamente proscrito.
Pelas razões acima, submetemos à esclarecidadeliberação de nossos pares um projeto de leique, pela sua importância, trará benefícios ao trânsito, não só de veiculos de transporte coletivocomo de trens, bem como, o mais importante,caso aprovado, poderá evitar muitos acidentescom irreparáveis perdas humanas.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR. PAULO MACARlNI (PMDB - Se.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constitumtes, o Governador Pedro Ivo Campos prossegue, com o apoio e os aplausos dasociedade catarinense, no esforço pelo reconhecimento oficial de um direito que cabe a todosos catarínenses, ou seja, o pagamento de royalties sobre o petróleo explorado no litoral de SantaCatarina.
Assim sendo, a disputa concentra-se à questãoda posse do ponto de perfuração da PetrobrásPRs-3 (Paraná, submarino 3).
Mas, a controvérsia inicia-se já no nome dopoço, porque até 1986, era conhecido e chamadopor SCs-6 (Santa Catarina, submarino 6).
A seu turno, o Estado do Paraná teve, equivocadamente, a projeção de seu território no mar ampliada pelo IBGE, o que alcançaria as projeçõesora em obras de perfuração.
No entanto, a posição do Governo catarínense,que reflete a verdade dos fatos, é serena e pacífica,assim projetadas:
1. Introdução
O equívoco que está sendo cometido pelo IBGEna interpretação das leis que definem divisas marítimas entre os Estados poderia ser enquadradocomo mais uma das discriminações que SantaCatarina já sofreu no passado. É interessante notar que o poço de petróleo do litoral sul chamava-se SCs-6 (Santa Catarina, submarino 6) até1986. Nesse ano, ficou determinado que os Estados teriam direito aos royalties do petróleo, equase simultaneamente o nome do poço mudoupara PRs (Paraná, submarino). Anteriores a essecontexto, duas convenções mternacíonals, emGenebra (1958) e na Jamaica (1982), definiramas questões relativas à plataforma continental,mar territorial e limites de costa. Foi a origemda legislação interna do Brasil, estabelecida pelaLei n° 7.525 e o Decreto rr 93.189/86. Ambosratificam as decisões das convenções internacionais.
Até 1986, não havia razão para que os estadosdiscutissem suas divisas de mar territorial. Coma legislação dos royalties, ficou decidido que oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE - passava a ser o responsável pela definição dessas divisas. E foinesse ano que a Petrobrásconsultou o órgão para saber a qual estado pertencia o ponto de perfuração no litoral sul, ondeainda era apenas "possível" a localizaçãode petróleo.
Pelas convenções de Genebra e da Jamaica,os limites do mar são definidos por linhas traçadasa partir do ponto central de encontro das linhasbase da costa. Como poderá ser notado nos mapas que seguem em anexo, o mar do Paraná,segundo as normas técnicas, está contido notriângulo menor. (Mapa 1.)
O texto sobre o direito do mar concluído em1982 na Jamaica estabelece 12 milhas marítimas,a partir das linhas de base do litoral, como larguramáxima do mar territorial dos Estados. É adotadocomo lei no Brasil.Ainda assim, no relatório enviado ao Governador Pedro Ivo Campos, em julhode 88, o IBGE admite que para elaborar seu parecer dizendo que o poço é do Paraná, estendeuas linhas divisórias dos Estados até o limite das200 milhas da plataforma continental.
Assim, o triângulo que forma o mar territonaldo Paraná fica muito maior, e abrange a regiãodos poços de perfuração. O próprio IBGE, nomesmo relatório, reconhece que o estabelecimento das divisas foi arbitrário, e recomenda oencaminhamento à Consultoria Geral da República.
É o momento dos catarinenses se unirem pelajusta reivindicação daquilo que as leis asseguramcomo correto. O petróleo é nosso e o Governodo Estado não pretende abrir mão do direito sobreele. Mesmo que para isso tenha que recorrer àjustiça.
2. Histórico"O ponto de extração de petróleo no litoral sul
situa-se na costa de Santa Catarina, considerando
sua latitude, e na do Estado do Paraná, considerando seu azimute". Foi essa explicação confusaque o IBGE deu à Petrobrás no dia 7 de marçodesse ano, ao ser questionado pela empresa aque Estado pertence a região dos poços Vintedias depois, o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística pede a Petrobrás que ignore a primeiradefinição sobre o assunto.
Este é apenas um dos tópicos obscuros quecompõem o histórico da localização dos poçosde perfuração do litoral sul. O primeiro passo foidado em janeiro de 1987, quando o Governo deSanta Catarina manifestou inconformidade ao IBGE em relação aos critérios adotados para definiras divisas marítimas dos Estados brasileiros.
Em fevereiro de 1987, o IBGE abre as portaspara a discussão e solicita a indicação de representantes do Governo catarínense para estudosconjuntos com os técnicos da Diretoria de Geociências do órgão. Em maio, o Governador PedroIvo Campos indicou os geólogos Luiz Carlos daSilva (Secretaria de Ciência e Tecnologia, Minase Energia) e Ademir Koerich (Seplan), mais oProcurador do Estado, Gilberto D'AvilaRufino.
No final daquele ano, em 12 de novembro, oPresidente da Petrobrás, Ozires da Silva, informaque o poço 1-PRs (Paraná, submarino) está localizado "em águas do paraná". Em março de 1988,entretanto, é a própria Petrobrás que, dada a reivindicação catarlnense, solicita ao IBGE a defini.ção da localização do poço.
A resposta confusa do IBGE, em termos delatitude e azimute, fez com que a Petrobrás pedisse ao órgão, ainda em março, que confirmasseque o ponto de perfuração se situa na "margemcontinental do Estado do Paraná". Três dias depois, 17 de março, numa reunião entre os técnicosdo IBGE e de Santa Catarina, é analisada a proposta de Santa Catarina para a alteração do limitedo mar territorial sobre a plataforma continental,segundo as leis internacionais.
Mais uma vez, no dia 28 de março de 1988,o IBGE informa à Petrobrás que o ponto situa-sena costa do Paraná. Mas menciona que há questionamento sobre essa projeção, diante de "indefinições geométri~asacarretadas pelos critérios legais vigentes". E nesse ponto que o IBGE pedeà Petrobrás que ignore a resposta que citava oazimute e latitude.
No dia 25 de abril passado, o Procurador doEstado, Dr. Gilberto D'Ávila Rufino, conclui umestudo de 21 páginas, solicitado pelo GovernadorPedro Ivo Campos. Foi formalizada a propostade Santa Catarina para a mudança de limites,baseada no arrazoado téCnICO sobre mapas elaborados pela comissão catarinense. Esses estudosforam encaminhados ao IBGE no dia 11 de maio.
Simultaneamente, o Governador Pedro Ivo enviou ofício às mais diversas lideranças estaduais- políticos, sindicatos, entidades de classe relatando a situação e solicitando o seu eng~a
mento. Em 10 de junho a administração estadualsolicita ao IBGE nova reunião das comissões. Nodia 22, a Casa Civildo Governo enviou um ofícioao Presidente Sarney, reportando a situação e enfatizando a necessidade que a legislação pertinente não seja mudada.
O decreto estadual que criou a Comissão Especial de Estudos de limites Intermunicipais e Interestaduais foi assinado dia 29 de junho. No dia4 de julho, Pedro Ivo Campos envia novo ofício
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12801
ao IBGE, cobrando a manifestação formal do presidente do órgão quanto à definição dos limitesmarítimos entre Santa Catarina e Paraná. No dia14 chega a resposta, através de um relatório quesegue anexo, na íntegra.
Em 11 laudas e quatro mapas, a Diretoria deGeociênclas do IBGE conclui ser impossível cumprir, sem questionamentos, o que determina alei no que tange às divisas dos Estados do Paranáe Santa Catarina. Os técmcos alegam não teremrespaldo legal para estender a projeção dos estados até o limite da plataforma continental. AsSIm,recomendam o encammhamento da questão àConsultoria Geral da República.
3. Conceitos e Proposta
Plataforma continental, mar territorial e limitesmarítimos entre Estados e Municípios são conceitos que precisam obedecer normas para seremprojetados no campo real. O Brasil, através deleqislaçáo oficial, adotou as regras ditadas pelasduas últimas convenções internacionais, realizadas em Genebra (1958) e na Jamaica (1982).Nestas convenções estão baseados a Lei n° 7.525e o Decreto n° 93.189 de 1986, que tambémdão ao IBGE a função de determinar os limitesentre as Unidades da Federação.
Segundo os conceitos e principios básicos dessa legislação, plataforma continental marítima éa faixa de terra submersa que se estende desdea costa a 200 milhas marítimas (370,4 krn). Énesse trecho que o País tem o direito de exploração dos recursos naturais. Mar territorial é afaixa que se estende desde a costa até 12 milhasmarítimas (22,2 krn), dentro da qual o País exercesua soberama.
O limite da costa é definido a partir das linhasde baixa-mar, que estão registradas nas cartasnáuticas de grande escala. Nos pontos em queo litoral apresenta SInuosidades, como sehênciase reentrâncias, o traçado deve ser do tipo "hnhasde costa". São linhas de base retas, cujo comprimento só excepcionalmente deve exceder as 12milhas. O traçado não deve afastar-se da costapara que reproduze sua configuração geral.
As linhas de costa retas são traçadas a partirde pontos externos, não devendo cortar terra firme. O mar SItuado entre as linhas de costa eo continente é considerado "águas internas". Osenunciados são do direito internacional público,respeitados pelos países envolvidos, que estabelece os limites laterais da plataforma continentale do mar territorial, no mundo.
O critério geral para estabelecer limites lateraisé o traçado, sobre o mar de linhas ortogonais(ou perpendiculares) às linhas de costa, no pontoda fronteira entre os territónos. Quando as ortogonais não coíncidern, usa-se como limite a bissetrizdo ângulo formado por elas. A correta aplicaçãodestes principios requer estudos em cartas desenhadas em grande escala - 1: 50 000, por exemplo.
Para projetar os limites da plataforma continental dos Estados brasileiros, o IBGE fez usode cartas de pequena escala. Com isso, pode-seclassificar de "subjetivo" o traçado das linhas retasentre os pontos limítrofes dos Estados costeiros.
Foram usados pontos intermediários arbitrários, nos casos em que a costa muda de direção:
No litoral de São Paulo, por exemplo, foi escolhido como ponto intermediário o extremo lesteda Ilha de São Sebastião. O Estado ganhou umaimensa área de águas internas. Já em Santa Catarina, o ponto limítrofe foi o Farol de Santa Marta,em Laguna. Isso fez com que um número expressivo de municípios catarinenses ficassem "dentrod'água" localizados no mar territorial. Entre elesestá Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça.
As linhas de costa retas traçadas pelo IBGEnão respeitam o comprimento máximo de 12 milhas, não observam o princípio de baixa-mar enão refletem de forma razoável o direcionamentogeral do litoral brasileiro. E fOI a partir dessaslinhas que o órgão traçou os limites marítimosentre os Estados brasileiros, obedecendo à regradas bissetrizes.
Como os mares territoriais do Paraná e do Piauíficaram restritos a pequenos triângulos, devidoà forma da costa, o IBGE arbitrou na questãodo traçado. Foi projetado o vértice do triânguloaté as 200 milhas do limite da plataforma continental.
Maior o triângulo, o Estado do Paraná passoua abranger toda a zona dos poços de perfuração.
Não há por que um Estado, com reduzida extensão costeira, não possa ter menor plataformacontinental. Há Estados no interior do País, comoMato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais quesimplesmente não possuem plataforma continental. É a realidade de cada um.
A proposta de Santa Catarina na questão dedefinir o posicionamento dos poços e as divisasmarítimas é de que o traçado deve ser feito segundo os princípios do direito internacional público,e do direito interno em vigor no País. É precisofazer os cálculos em cartas geográficas de grandeescala. As linhas de costa devem ser baseadasna baixa-mar e refletir a configuração do litoral,não necessariamente devendo estender-se até as200 milhas (mapa 2).
4. OsMapas
Mapa 1: A proposta anterior do IBGE, "esticando" o mar territorial do Paraná (triângulo menor) até as 200 milhas, arbitrariamente (triângulomaior).
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.,,.,'/
Mapa 2: A proposta de Santa Catarina, de acordo com as leis internacionais e nacionais.
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGEPRl250 RiodeJaneiro,RJ,ll de julho de 1988Exm°Sr.Dr. Pedro Ivo CamposDD. Governador de EstadoFlorianópolis - SC
Senhor Governador,Acuso o recebimento do Oficlo/SEPLAN/SC/
GIBINn° 01500, de 11 de maio de 1988, atravésdo qual V. Ex' encaminha o Estado de autoriado Dr. Gilberto D'Ávila Rufino, Procurador desseEstado, cujas conclusões obtiveram a aprovaçãode V.Ex", discordando dos critérios utilizados poresta Fundação na definição das linhas de projeçãodos limites territoriais dos Estados, Territórios eMumcípios confrontantes, segundo a linha geodésica ortogonal à costa ou segundo o paralelo,até os pontos limites de conformidade com asatribuições previstas no art. 9" da Lei n° 7.525,de 22 de julho de 1986, regulamentada pelo Decreto n° 93.189, de 29 de agosto de 1986.
O fundamentado trabalho de autoria do Dr. Gilberto D'Avila Rufino foi remetido à DIretoria deGeociências desta Entidade, para o necessárioexame, resultado em Relatório Técnico sobre otema Projeção dos Limites Interestaduais em ÁreaMarítima, elaborado pela equipe técnica da aludida Diretoria, concluindo que a legislação sobreo assunto não apresenta uma caracterização perfeita dos procednnentos referentes à definição daprojeção dos limites das unidades da federaçãona Plataforma Continental.
5. Oficio e relatório do IBGE, reconhecendoque sua proposta antenormente apresentada nãotem respaldo legal.
Neste Relatório, com o objetivo maior de salvaguardar os legitimos interesses das Unidades daFederação e a competência técnica do órgão responsável pelo cumprimento das atnbuiçôes ãxadas na legislação que rege o assunto, está sendorecomendado o encaminhamento da questão àConsultoria Geral da República para, com basenas interpretações dos textos legais e dos estudose procedimentos até aqui desenvolvidos, buscarse a solução definitiva do problema.
Estou juntando cópia do Relatório da Diretoriade Geociências do IBGE sobre o assunto, aguardando um pronunciamento desse Governo quan-
12802 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITaINTE Agosto de 1988
to às conclusões contidas no referido documento,ao mesmo tempo que coloco a equipe técnicadesta instituição à disposição desse Governo paraquaisquer outros esclarecimentos.
Aproveito o ensejo para renovar a V.Ex"nossosprotestos de consideração e elevado apreço. Charles Curt MueUer, Presidente.
Relatório Técnico DGC n° 01/88Assunto: Projeção dos Limites Interestaduais emArea Marítima
Referência: Lein° 7.525, de 22-7-1986 e Decreto n° 93.189, de 29-8-1986.
1. IntroduçãoEm dezembro de 1985 o Exm- Sr. Presidente
da República sancionou a Leirr 7.453, que, modificando a redação do artigo 27 da Lei n° 2.004,de 3-10-53, e com as alterações introduzidas pelaLei n· 3.257, de 2-9-57, gerou a obrigatoriedadedo pagamento de indenização aos estados, territórios e municípios confrontantes com à área oceânica em que se dá a exploração petrolífera.
A matéria foi regulada pela Lei n° 7.525, de22-7-86, atribuindo à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE, no artigo9", o traçado das projeções dos limites territoriaisdos estados, territórios e municlpios, segundo oscritérios enunciados no parágrafo do pré-citadoartigo:
I- Unha geodésica ortogonal à costa para indicação dos estados onde se localizamos rnunicípíos confrontantes;
...............................................................................".Os critérios complementares ao desenvolvi
mento de ações por parte do IBGE na projeçãodas unidades político-administrativas foram enunciados no Decreto Presidencial de n° 93.189, de29 de agosto de 1986:
Art. 1° AFundação Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística - IBGE, para traçaras linhas de proteção dos limites territoriaisdos estados, territórios e municípios confrontentes, segundo a linha geodésica ortogonalà costa, tomará por base a linha da baixa-mardo litoral continental e insular brasileiro, adotada como referência nas cartas náuticas.
Art. 2° Para o fim de traçar as linhas deprojeção dos limites territoriais segundo oparalelo até o ponto de sua interseção comos limites da plataforma continental, entender-se-á por plataforma continental o leitodo mar e o subsolo das regiões submarinasadjacentes à costa, até o ponto em que aprofundidade das águas sobrejacentes permita o aproveitamento dos recursos naturaisdessas regiões.
Art. 3. Nos lugares em que o litoral apresenta reentrâncias profundas ou saliências,ou onde exista uma série de ilhas ao longoda costa e em sua proximidade imediata, seráadotado o método das linhas de bases retas,ligando pontos apropriados para o traçadoda linha em relação à qual serão tomadasas projetantes dos limites territoriais.
Art. 4° Os limites dos estados e dos territórios serão projetados segundo a linha geodésica ortogonal à costa, enquadrando estasprojeções às dos limites municipais.
Os enunciados legais conceituam duas entidades fundamentais para o entendimento das açõesatribuídas ao IBGE:"linha de costa" e "plataformacontinental".
2. PJatafonna Continental
O palco da exploração petrolífera, nos termosda legislação em referência, é o segmento doespaço oceânico vizinho à área continental, emprincípio limitado à extensão das ações soberanasdo Estado brasileiro.
Do ponto de vista geográfico, a plataforma continental é entendida como prolongamento da placa continental até a profundidade de 200m. Comoa exploração petrolífera pode se dar a profundidades maiores, observa-se o cuidado de legislador ao generalizar este conceito, entendendo,no artigo 2° do Decreto n° 93.189/86, "por plataforma continental o leito do mar e o subsolo dasregiões submarinas adjacentes às costas, até oponto em que a profundidade das águas sobrejacentes permita o aproveitamento dos recursosnaturais dessas regiões". Dessa forma, consolida-se um conceito jurídico para plataforma contínental e, conseqüentemente, os benefícios da exploração petrolífera não se restringem à operaçãodos poços produtores circunscritos à profundidade de 200m.
A despeito do cuidado conceitual, não ficouexplicitado, no diploma legal, os limites, oceanoa leste, posslveis para essa exploração. Emboraa tecnologia hoje disponível não permita avançara exploração petrolífera convencional em profundidades superiores a 400m, certamente a legislação deverá ser aplicável a todos os casos futuros,independente das limitações tecnológicas.
Admitido o pressuposto anterior, onde se resume a não aceitação de um limite oceânico ditadopela tecnologia disponível, somos levados a explorar outros dispositivos legais que nos permitamidentificar os limites da plataforma continental noconceito jurídico.
O Decreto Legislativo rr 05, de 9-11-86, aoaprovar o texto da Convenção das Nações Unidassobre o direito do mar, concluído em Montego,Bay, em 10 de dezembro de 1982, estabelece odireito dos países lítcrâneos, em termos de açõessoberanas, no artigo 3° ..... Todo Estado tem odireito de fixar a largura do seu mar territorialaté um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir de linhas de bases determinadas de conformidade com a presente Convenção". Na parte V da Convenção estabelece uma"Zona Econômica Exclusiva", situada "além demar territorial e a este adjacente", "que não seestenderá além de 200 milhas marltimas das linhas de base a partir das quais se mede a largurado mar territorial".
Diante da leitura do Decreto Legislativo n° 5,somos levados a interpretar que para os efeitosda Lei n° 7.453/85, a plataforma continental seestende até 200 milhas marítimas da costa nosentido jurídico. O que é de todo recomendável'e implicitamente aceito pelo fato de muitos dospoços em produção estarem localizados além das12 milhas marítimas, limite do mar territorial.
Para todos os efeitos neste trabalho, o 18·'GE entende como pJatafonna continental aárea maritima adjacente ao continente e estendida a 200 mllhas marítimas da costa.
3. Unha de Costa
O legislador determinou que a "projeção doslimites dos estados, territórios e municlpios confrantantes" dar-se-á "segundo a linha geodésicaortogonal à costa".
Mais uma vez, destaca-se o cuidado dos diplomas legais em esgotar conceitualmente o entendimento de "costa".
No artigo 2° do Decreto n° 93.189/86, a transição das áreas continentais para as oceânicas seráconsiderada como a "linha da baixa-mar do litoralcontinental e insular brasileiro, adotada como referência nas cartas náuticas". Ressalta-se o fatode que o HtoraJé representado, na cartografiabrasileira náutica e terrestre, em qualquerescaJa, segundo a Unha da babra·mar.
Os caprichos da natureza ao modelar o litoralbrasileiro, criando singularidades na costa, queimpossibilitariam ou, numa melhor hipótese, criariam grandes dificuldades para o traçado das linhas geodésicas projetantes dos limites territoriais, ficaram generalizadas por retas de tendência,segundo a redação do artigo 3. do Decreto n°93.189/86, ao estabelecer que "nos lugares emque o litoral apresente reentrâncias profundas ousaliências, ou onde exista uma série de ilhas aolongo da costa e em sua proximidade imediata,será adotado o método das linhas de bases retas,ligando pontos apropriados para o traçado da linha em relação à qual serão tomadas as projetantes..",
Uma dificuldade ainda perdura, a despeito doenunciado. A substituição da costa, uma linhacontínua, por uma coleção discreta de pontosextremos das "linhas de bases retas", carece dadefinição do comprimento máximo dessas retas.
Recorrendo-se à legislação brasileira, pejo menos dois diplomas legais trataram da matéria. ODecreto n°5.798, de 11.6.40, preconizava o método das lmhas de bases retas que "unam as partessalientes do território quando estas se achem distantes, no máximo, doze milhas umas das outras".O Decreto-Lei rr 553, de 25-4-69, no artigo 19,
ao tratar dos limites do mar territorial brasileiro,considerou como distância máxima entre os pontos extremos das "linhas de bases retas", "vintee quatro milhas marítimas". Por outro lado, o Decreto-Lei n° 1.098, de 28-3-70, que estendeu oslimites do mar territorial brasileiro para duzentasmilhas marítimas, apregoou o método das linhasde bases retas apenas em situações em que acosta "apresente reentrâncias profundas ou saliências, ou onde exista uma série de ilhas aolongo da costa e em sua proximidade imediata".
Cotejando a legislação brasileira eas Convenções Internacionais, embora não se possa admitirum comprimento limite para as "linhas de basesretas", dever-se-á ter como premissa básica queas mesmas deverão garantir a direção geral dacosta e que nas reentrâncias as águas marítimascircunscritas pelas retas e o continente serão consideradas águas internas, por outro lado, nenhuma porção continental deverá ficar externa à reta,a menos que a costa excessivamente recortada,situação em que as retas não representarão atendência geral.
A escolha dos pontos extremos das "linhas debases retas" não é de solução trivial, na medidaem que a inclusão ou exclusão de pontos condu-
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITOINTE Sexta·feira 19 12803
Esta solução garante a manutenção do quadro do Paraná tendo como "linha de base reta" umade confrontações continentais na projeção ma- única reta unindo os seus pontos de limites inte-rítima. restaduais na interseção com o litoral Traçan-
Embora os diplomas legais que tratam da ex- do-se a geodésica ortogonal a esta linha em seuploração petrolífera não prevejam a situação ací- ponto médio intercepta-se o limite de 200 milhas,ma levantada, não se encontrou base legal para definindo o ponto de contato. As projetantes des-a contra-argumentação, sendo perfeitamente ad- ses estados serão as linhas geodésicas que unemmissível considerar que qualquer unidade da fede- os pontos dos limites interestaduais com o pontoração, que seja litorânea, se projete até o limite de contato, anexo (4).das 200 milhas marítimas. Assim procedendo, foram definidos os azimu-
A única forma de se garantir ao menos um tes das projetantes para os Estados do Piauí eponto, de projeção a 200 milhas será conside- do Paraná, conforme os valores lançados na taberendo o litoral o Estado do Piauí e do Estado la (2).
íAaELA (2)
GEODÉSICAS PROJETANTES PARA OS ESTADOS
DO PIAUÍ E 00 PA!WlÃ
PONTO AZIMUTEDA OBSERVAÇÕES
IDENTIFICAÇÃO LATITUDE LONGITUDE G.EoDÉSIA
JlJINoIAIAMAPA ••••••••••••••• 04°30'30,00" N 51°36'12,00" W 221°30'00,00" ~OXODRÔMlCA 1t
J/APÁ/PAAA ••••••••••••••••• 00°45'54,00" N 49°54'24,00" W 225°23'22,52"
PAnÁlIo1ARANHÃO •••••••••••••• 01°05'00,00" S 46°03'12,00" '1/ 207°23'35,94"
;EARÁ/RIO GRANDE DO NORTE •• 04°49'53,00" S 37°15'10,00" W 206°32'59,19"
110 GRANDE DO NORTE/PARAÍBA. 06°29'08,00" S 34°56'09,00" W 252°04'54,86"
'AlVjElA/PERNAMSUCO •.....•.. 07°33'01,00" S 34°49'56,00" W 272°53'59,63"
'ERNAO,Il3I.!CO/ALAGOAS ......... 08°54'52,00" S 35°09'08,00" W 295°26'24,52"
~~/SERGIPE •••••••••••• 10°30'36,00" S 36°24'00,00" W 311°1'4'59,82"
SERGIPE/B"'iIA •••••••••••••• 11°26'32,00" S 37019'58,OO"
W 309°08'48,59"
..AIiIN'ESPÍ'iITO SANTO ••••••• 18°20'45,80" S 39040'49,6C"W 297°47'48,55" **
~sp1Rno $IJ'lTO/RIO DEJI>NEIRO 21°18'04,00" S 40°57'24,00" W 296°32'49,78"
RIO OE JANEIRO/SÃO PAULO•••• 23°22'13,59" S 44°43'21,70" W 327°29'07,07" *.SANTA/CATARINA/R GRANDE SUL 29°19'34,0-0" S 49°42'40,00" W 305°'6'24,63"
'UO GRANDE DO SUL/URUGUAI ••• 33044'2g,40"
S 53°22'21,10" W 308°00'00,00" •
mo deverá se projetar integralmente na "plataforma continental", admitindo ao menos um pon-
zirá a situações diversas, ou seja, a solução nãoé única.
4. Procedimentos Adotados Pelo mGETão logo foram Identificadas e analisadas as
questões apontadas nos itens anteriores, as equipes técnicas do IBGE, da área de cartografia, passaram ao traçado das projeções dos estados eterrit6rios. Como primeira aproximação para seobter a tendência geral do litoral na baixa-mar,foram utilizados os resultados da digitalização gráfica do litoral, selecionando-se os pontos descritores do mesmo compatibilizados para uma representação cartográfica na escala 1:1.000.000(um para um milhão). Este procedimento inicialpermitiu a identificação da tendência geral do litoral brasileiro, sem grande rigor no traçado das"linhas de bases retas", anexo (1).
Cabe ressaltar que a solução até aqui encaminhada objetivava identificar possíveis problemasno traçado das linhas geodésicas projetantes,além de auxiliar na seleção dos pontos vizinhosà interseção dos limites interestaduais com o litoral. Com esta seleção, então, poder-se-ia estabelecer as "linhas de bases retas", em que estivessem jacentes os pontos de limites interestaduais,para o traçado da linha geodésica que lhe fosseortogonal. De imediato verificou-se ser possívela solução das projetantes, a menos de dois estados, o do Piauí e o do Paraná, anexo (2).
Em função de mudanças no sentido geral. dalinha de baixa-mar, nas vizinhanças dos limitesInterestaduais dos Estados do Maranhão, Piauíe Ceará, da mesma forma que entre os Estadosde São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina,as linhas geodésicas ortogonais às "linhas de bases retas" interceptavam-se, criando uma índeficação para as projetantes, áreas assinaladas noanexo (2).
Viabilizada a projeção dos demais estados, oIBGE passou a adotar como geodésicas ortogonais à costa nos pontos de limites interestaduais,aquelas constantes da tabela (1).
Para a projeção dos Estados do Piauí e do Paraná buscou-se diversas alternativas na seleção das"linhas de bases retas". Em todas as soluçõespesquisadas partiu-se do princípio da amoldagempolinominal das retas de tendências. No caso daamoldagem polinominal adotou-se como "linhade base reta" a tangente à curva polinomial noponto correspondente aos limites interestaduais.No anexo (3) pode ser visualizada uma dessassoluções em que persiste a interseção das projetantes pr6ximas ao litoral.
Na impossibilidade de se ter uma solução únicae imediata a partir da simples aplicação do textolegal, sem o surgimento de áreas com índefíníções passou-se ao estudo de soluções que garantissem a projeção dos estados, sem, contudo, significar a estrita interpretação ou leitura da legislação.
Uma primeira questão a ser respondida e quese tornou premissa básica para a pesquisa, serefere à fixação do limite até o qual deve ser garantida a projeção de uma unidade da federação.
Partindo das conclusões expostas no item 2deste relatório, por "plataforma continental", nosentido jurídico, entender-se-á o fundo oceânicoaté 200 milhas marítimas. Por outro lado, se umestado é litorâneo, parece-nos lógico que o mes-
*
to de contatocom o traçado do limite das 200milhas marítírnas,
Os pontos e anmute$ de limites entre ° Brasil e vizinhos constan, de ajustes inte,!:
nacionais.
Pontt·:. de l:rJltC:' tCor, mar-cc s e cccr dcnacar, c.!cflOlda::. por coru,s::.ÕCS JTtlr..tar., exiate,!!
tu~ C~ arqulvO~ do IOGC.
PONTO AZIMUTE DA
IDENTIFICAÇÃO LATITUDE lCNGITUDE OEOOÉSIA
W.RANHÃO/PlAUÍ ............. 02044'C4,OO"
S 41048'39.00"W 205°04'06,73"
PIAUÍ/CEARÁ ................ 02°55'08,00" S 41°19'21 ,OO"~I 190°06'25,57"
SÃo P,AULO/PARAJ'là ............ 25°19'10,(\0" S 4eo04'56,OO"\~ 311 044'?3,24"
PARANÁ/SANTA CATARINA •••••• 2~o5a·30,OO.. S 48035'25.00"~1 20~O'7'S1,!j311
12804 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agostode 1988
Esta últimasolução pode ser considerada "arbitrária", incontestavelmente, contudo é a que melhor atende às premissas básicas utilizadas peloIBGE e aqui apresentadas. A adoção das projetantes ortogonais geraria limites litigiosos,portanto, perpetuando indefinições.
Para efeitos outros que não a garantia de dIreitos por força da lei n° 7.453/85, o IBGEvem adotando esta última solução.
5. ConclusõesDepreende-se do até aqui exposto ser impos
sível ao IBGE cumprir, sem questionamentos, o
que determina a lei n° 7.525/86 e o Decreto n°93.189/86, no que tange aos Estados do Piauíe do Paraná. A solução encontrada carece de respaldo legal e parte de uma premissa que nãose encontra perfeitamente caracterizada; a da garantiada projeção integral das unidades da federação na "plataforma continental",
Considerando que o Governo do Estado deSanta Catanna questiona o procedimento ou procedimentos adotados pelo IBGE, recomenda-seo encaminhamento da questão à Consultoria Ge-
ral da República, diante das interpretações de textos legais efetuadas nos estudos e soluções desenvolvidas.
O questionamento levantado pelo Governo doEstado de Santa Catarina, em presença de ocorrências semelhantes em outros países e mesmoquestões de lImitesinternacionais em águas marítimas, encontra solução por acordo ou convençãoentre as partes, ou ato arbitral.
Riode Janeiro, 4 de julho de 1988. - Diretoriade Geociências.
ANI::XO 1
BRASIL
C~T": ~6-~I-I!JRL-_._------_..------------- -------------------:---:-:--~
_~~_f.~ - I : 2~~~::l3~9
Agostode 1988 DIÁRJO DAASSEMBI.ÉIA NAOONAL CONS1TTOINTE
ANEXO 2
Sexta-feira 19 12805
DATA: C6-n1-19D4
12806 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONS1TI'U/NTE
BRASIL
ANEXO 3
Agosto de 1988
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITOINTE
ANr.XO <1
Sexta-feira 19 12807
BRASIL -,
()ATA: r,G-C.!..::J9r.".
12808 Sexta-feira 19 DfARlo DA ASSEMBLÉIA NAOONAl CONSTITQINlE Agosto de 1988
~" .....,.- :',OPETROLEO
lNOSSO!~
SANTA CATARINA
o P::'YfRÓVEOENOSSO!
Finalmente, ao participar desta luta, que pertence a todos os catarínenses, estou convicto que,no amparo da lei, a razão pertence a Santa Catarina, que está empenhada em defender apenaso que pertence à terra e à gente barriga-verde,por direito e por justiça.
Chega de discriminações.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito
bem!)
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, em nome da Uderança do Partido Socialista Brasileiro, desejamos repudiar ocomportamento do Líder do Partido da FrenteLiberal,ConstituinteJosé Lourenço, que se retirouda mesa das negociações, e está obstruindo ostrabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.
Este é o comportamento da intransigência, dodesrespeito à vontade da maioria, e, portando,do desrespeito à própria democracia.
O fato da Constituinte ter aprovado o direitode greve dos trabalhadores, do voto optativo aosmaiores de 16 anos de idade, entre outras conquistas dos direitos sociais, como os 120 diasde licença-maternidade, o terço a mais nas férias,etc., fez com que os representantes do Capital,que já vêm tentando chantagear esta Constituintehá quase dois meses, agora se retirassem da mesadas negociações como forma de tumultuar e atrasar o processo.
Desejamos conclamar os homens sérios e dignos que compõem esse Parlamento a estarempresentes, e nos ajudarem a concluir a nova Constituição do Brasil,tão esperada por todo o povo.
nós, que defendemos o socialismo como formade govemo, que somos minoria neste Parlamento,sabemos respeitar a representação que compõeesta Casa, e muitas vezes perdendo em nossasproposições, aceitamos sempre o resultado, semchantagear ou tentar boicotar a Constituinte. Investimos num processo democrático e atravésdele procuramos atingir nossos objetivos.
Por fim,Sr. Presidente, Srs. Constituintes, desejamos também nos dirigir a toda a populaçãobrasileira, para que também condene esse comportamento do PFL, e se mobilize para apoiare respaldar essa Constituinte, pois, não sendo elaculpada pelos problemas atuais que vivemos, eembora não sendo também a Constituição plenamente justa e igualitária que desejamos, é porintennédio dela, entretanto, que alcançaremos de imediato refonnas importantes, de·sejadas pelo povo, além de consoUdannosa democrada, que possibUitará a conquJnaelas outras refonnas. (Muitobem!)
A SRA VlLMAMAIA (PDT- RN. Pronunciao seguinte díscurso.) - Sr. Presidente, Srs, Constituintes, foi com enorme preocupação que tomeiconhecimento da decisão do Governo Federalde suspender os recursos financeiros destinadosà Embrater, Empresa que representa o GovernoFederal num sistema de âmbito nacional, como objetivoprincipal de oferecer assistência técnicaao produtor rural e à sua família. Como centrode um sistema cabe à Embrater estabelecer asdiretrizesprogramáticas do Sibrater (Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural)e exercer a supervisão e avaliação do desempenho das associadas estaduais "Emater" atuandoem 25 Estados através de 3.300 municípios brasí-
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSrrrUINTE Sexta-feira 19 12809
lelros,beneficiando diretamente 1,4 milhão de pequenos e médios produtores dos quais 92% sãopequenos produtores.
Embora seja prioridade do Govemo Federalreduzir despesas com o orçamento, a colocaçãoda Embrater no rol das empresas que deverãoser modificadas, extintas ou privatizadas,mereceuma análise mais detalhada, pois tal decisão entraem choque com a tão propalada frase "Tudo peloSocial", uma vez que seria desfeito um sistemaque vem atuando há mais de 40 anos, envolvendogrande soma de recursos e que vem executandoprogramas de assistência técnica e extensão ruralnas áreas de reforma agrária e colonização,viabilização do progresso técnico dos pequenos produtores, microbacias hidrográficas, ecologia, energia alternativa, irrigação, entre outros, fundamentais para a produção de alimentos à sociedadebrasileira.
A extinção da Embrater poderá trazer conseqüências seríssimas ao setor rural, iniciando umprocesso de desarticulação da produção agrícolaem virtude de ruptura do processo de transferência de tecnologia, trazendo insatisfações econômicas e sociais com repercussões políticas semelhantes às que ocorreram a partir de 1970na maioria dos países da América Latina, comexceção da Argentina.
Estes países tiveram como conseqüência a redução da produção agrícola, abandono do pequeno produtor, aumento de pobreza no meio ruralcom o aparecimento de grandes movimentos políticos provenientes da extinção da assistência aoprodutor rural.
Atualmente, estes países buscam, através deempréstimos, viaBanco Mundiale outros programas internacionais, reestruturar os serviços de assistência técnica idêntica aos que haviam desativado.
Peço aos nobres colegas refletirem e ponderarem sobre este assunto, fazendo com que oGovernose defina rapidamente como deverá ficaro sistema institucional da Embrater, para que otrabalho do Sibrater não sofra solução de continuidade.
O enfraquecimento do Sistema traria grandesprejuízos principalmente à Região Nordeste já tãopenalizada.
Se houver ônus ou sobrecarga para os Estados,estes não terão condições de assumir o processode assistência técnica e extensão rural, acarretando baixos índices de produção e produtividadeagrícolas.
Assim sendo, o Brasildeve fortalecer o seu sistema de apoio ao produtor rural e não extingui-lo,pois este setor tem provado ser aquele demaisrápida resposta aos problemas econômicos e sociais que atravessamos. (Muitobem!)
o SR. BOCAVUVA CUNHA (PDT-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, de novo o aumento do leite,do pão. De tudo.
Em que pesem as "boas intenções" das autoridades governamentais encarregadas da gestãoeconômica, a situação é insuportável. Com umainflação que se anuncia "controlada", de maisde 20% ao mês, como podem viver os assalariados, os funcionários públicos, os professores?
Da classe média esmagada aos trabalhadoresmais humildes a grita é geral. Nos supermerca-
dos, nas feiras livres, o que se ve e o que sesabe é que as pessoas estão comprando menos,procurando os gêneros mais baratos e não é incomum a raiva, a impotência e o desespero seremdemonstrados à toda hora.
É muito perigosa a atual fase da vida brasileira.Recém-saídos de um regime militarque nada resolveu e tudo piorou, a desesperança do povoé o maior adversário da consolidação democrática. Felizmente teremos eleições municipais esteano. A eleição é sempre uma válvulapara descarregar tensões e descontentamento. E é uma penaque as eleições presidenciais ainda demorem tanto. Faltam-nos ainda 15 meses para que o povobrasileiro possa eleger o seu Presidente. É muitomês, no dia-a-dia de cada um de nós. Mas,poucosmeses na história de um país e na vida de umpovo. Até lá é ir sofrendo, com raiva, como fazo nosso povo bom e pacífico.
Mas alguma coisa tem que ser feita. Não épossível continuarmos absolutamente conformados com o atual estado de coisas. Precisamosprocurar os caminhos pacíficos para mostrar onosso inconformismo. Salários reajustados muitoabaixo da inflação. Confisco da URP. Tudo istonão dá para suportar. Não podemos aceitar isto.Aqueles que estão no poder, nos palácios e noscarros oficiais é que são os responsáveis. E oprimeiro passo é derrotá-los nas umas de novembro. Estamos cansados de esperar o fim do défiCitpúblico - e como controlá-lo com esta dívidaexterna de mais de 100 bilhões de dólares e umadívida interna que é remunerada todos os dias,a taxas de mais de 1%?
A onda contra as empresas estatais, como sefossem as responsáveis pelas dificuldades queatravessamos, é outra mistificação que se tentaimp,ingir ao nosso povo.Também esta falácianãopega. Não é cortando os investimentos da Petrobrás, da Vale do Rio Doce ou da Siderbrás, epraticando preços gravosos que vão resolver osnossos problemas.
Por tudo isto é que cada dia cresce o nomede Brizola. Porque o povo sabe: só Brizola é aesperança. (Muitobem!)
o SR. KOVU IHA (PSDB - SP. Pronunciaosequínte díscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, inúmeras têm sido as tentativas de privatização do Porto de Santos, sob as mais variadasmotivações. Ora se fala em saída do Estado naórbita da ordem econômica, ora se alega queo Estado é mau administrador, e, até mesmo,credita-se algum decréscimo de produtividade àpresença do Estado.
Entendo, Sr. Presidente, que o Estado deve restringirsua atuação, na economia nacional, a poucas e importantes áreas. E, dentre essas, inegavelmente a operação dos terminais portuários é umadaquelas que deve permanecer sob a orientaçãodas autoridades govemamentais.
Hámuito tempo venho me posíoonando contraas crescentes e cada vez mais audaciosas tentativas de privatizaçãodo Porto de Santos e de seusterminais de Fertilizantes (TEFER) e de Containers (TECON).E não se trata de uma colocaçãoisolada; ao contrário, representa ela a vontade esmagadora de todos os portuários.
Ainda agora, Sr. Presidente, ressurgiu o Pactode Unidade de Ação - PUA que fora declaradoextintoem 1964. E uma de suas primeiras ativida-
des foi a convocação de uma grande assembléiade todos os que militam na orla marítima parase manifestarem contra a anunciada intenção doGoverno de entregar o Porto de Santos ao capitalprivado.
Os trabalhadores sabem que a iniciativa privadasomente se preocupa com seus lucros. No inícro,finge ser um bom patrão e, aos poucos, vai exigindo mais dos empregados, enquanto suprime todas as conquistas anteriormente obtidas. O idealpara a iniciativa privada é que os trabalhadoresdo Porto sejam semi-escravos, com salários aviltados e com trabalhos exaustivos.Sempre foiassime não existe razão nenhuma para que se admitaque, agora, em pleno capitalismo selvagem daeconomia brasileira, as coisas mudem.
Nem se diga, Srs. Constituintes, que o Portode Santos seja deficitãrioou esteja mal aparelhadopara servir aos interesses da economia nacional.Ainda agora, no mês de julho de 1988, houveum recorde histórico nas atividades daquele Porto, com três milhões de toneladas de movimentomensal de cargas
Outro ponto que deve merecer a ampla reflexãode todo o país é o seguinte: os japoneses escolheram o Porto de Santos como o único terminalbrasileiro a receber dinheiro do programa de aJuda econômica Nakasone. Se assim acontece, Sr.Presidente, é porque a admmistração é segurae confiável.
Ao registrar todos esses fatos, nos Anais daAssembléia Nacional Constituinte, o meu desejoé que fique bem clara e nítida a intenção egoístae antinacional dos que defendem os interessesdo capital privado e pretendem, através de artifícios e manobras administrativas, entregar o Portode Santos para o domínio e controle da iniciativaparticular. Contra esse golpe, contra essa manobra que afeta diretamente a própria soberania brasileira (pois o Porto está intimamente ligado àsobrevivência econômica da Nação através dasimportações e exportações), deixo registrado omeu protesto e o de todos aqueles que, comoeu, se preocupam em defender a economia nacional contra as investidas do capital privado. Capitalesse que, ao longo de toda a nossa história, sempre se preocupou com lucros astronômicos e foio responsável direto pelas péssimas condiçõesde vida e de salário do trabalhador.
Ao anunciar o meu apoio à luta contra a privatização do Porto de Santos, estou certo de representar a vontade de todos aqueles verdadeirosbrasileiros, preocupados única e exclusivamentecom o engrandecimento de nosso País.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (MUItobem!)
o SR. NELTON FRIEDRICH (PSDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, o Brasil não pode abrir mãodas áreas estratégicas para seu desenvolvimento,sob pena de perder o 'Trem da História" nestemomento em que estamos vivendo o limiar daextraordinária Revolução do Conhecimento. Ouse tem tecnologia ou não se desenvolve.
COBRA - empresa-instrumento do Governobrasileiro numa estratégia para obtenção de autonomia tecnológica - faz parte da fecunda ousadia brasileira de buscar caminhos próprios paranosso desenvolvimento e vem sofrendo desatenção por parte do Governo, por falta de adequada
12810 Sexta-feirà 19 DIARIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONsmOINTE Agosto de 1988
política industrial para o setor e duvidosos críténosquanto à injeção de recursos na área. Para complicar ainda mais a situação, busca-se agora suaprivatização.
Trata-se de uma postura inadmissível. Deve-secorrigir possiveis desencontros administrativos,estimular o desempenho inovador da empresainstrumento, injetar recursos e preservar sua natureza e função. O Estado deve intervir nos setoresestratégicos para o nosso desenvolvimento, principalmente tecnológico, sob pena de não dominarmos todas as etapas do processo e cairmosna dependência estrangeira, condenando o Brasila ser um País periférico.
É preciso reagir. Por isso, vários Constituintesencaminharam aos Presidentes do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Ministério de Ciência e Tecnologia urna solícítaçâodeimediatas e profundas providências, nos termosdo texto anexo que passo a ler para que fiquetranscrito nos Anais da Assembléia HactonalConstituinte.
Aos Senhores Presidentes do Banco doBrasil S/A, da Caixa Econômica Federal edo Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social
1. A COBRA fOI criada como empresainstrumento do Governo brasileiro, numa estratégia de longo prazo para obtenção demaior autonomia tecnológica do País no setor de Informática.
2. Registramos nosso repúdio a que odestino da empresa, tal como sua privatização, seja decidido sem uma ampla discussão nesta Casa.
3. A COBRA é a única empresa fora domundo desenvolvido que dispõe de tecnologia própria de sistema operacional, padrãoínternacíonal.
4. O dominio e a propriedade desta tecnologia são essenciais para que a indústria genuinamente brasileira se estabeleça solidamente no mercado nacional e conquiste suapresença no mercado internacional.
5. A COBRA viabiliza a disponibilidade,mediante licenciamento, desta tecnologiapara todas as empresas brasileiras.
6. E imprenscindfvel, inclusive para manutenção do patrimônio público que sejamimediatamente liberados recursos para a retomada das operações correntes da COBRAe a discussão de seu destino possa acontecerem clima de normalidade.
7. A asfixiada empresa para forçar a privatização rápida e sem discussão é manobraque não passará desapercebida pela sociedade brasileira.
8. O BNDES, o Banco do Brasil e a CaixaEconômica Federal serão responsabilizadospela opinião pública tanto em caso de conivência com esta manobra inconfessável, como no caso de persistirem nessa grave omissão de suas responsabilidades perante a empresa.
9. Instamos que a direção destas entidades, como acionistas controladores, efetivemrapidamente o acesso da empresa aos recursos necessários. - Nelton Friedrich PSDBIPR.Donúngos Leonelli - OctávioElísio PSDB/MG. Amawy Müller PDTIRS.Cristina Tavares - PSDBIPE. José Car-
los Sabóia - PSDB/M. Haroldo Sabóia- PMDB.Lídice da Mata - PC do B.Waldir PugUesi PMDB. Paulo Ramos - Pf.Paulo Paim PT. Ademir Andrade - PT.Eduardo Bomfim - PC do B. - AugustoCarvalho - PCB.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)
O SR. JORGE UEQUED (PMDB- RS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, pretendo lembrar a esta Assembléia a necessidade da alteração na gestãoda Previdência Social, com a participação de empresários, aposentados e trabalhadores, para agilizar os trabalhos e diminuir os entraves que hojeapresentam às postulações dos trabalhadores.
Alguns trabalhadores apresentam seus pedidosde aposentadoria e levam até dois anos para começarem a receber. Passam fome e a burocraciada Previdência, por falta de administração e defuncionários, não faz os cálculos e nem preencheos formulários necessários. Em continuação nessa luta quero juntar material do jornal O Estadode Pernambuco, do dia 15 último, com a matéria"Trabalhador luta há dois anos para se aposentar", que passo a ler:
Trabalhador luta há dois anos para seaposentar
Depois de passar sete meses visitando semanalmente o INPS, principalmente o Postode Olinda, o contribuinte previdenciário JoãoDias Pereira completou dois anos à esperade sua aposentadoria e não tendo mais aquem apelar, está denunciando à opinião pública a má vontade dos servidores do órgãoem "calcular" sua aposentadoria. Desde28-10-1986, João Dias, após 30 anos e 19dias pagando a Previdência, requereu o abono de permanência e serviço, instrumentolegal que antecede a aposentadoria. A 17de março deste ano, encaminhou toda documentação segundo o protocolo, mas as respostas que lhe dão é de que não têm ninguém para calcular o valor que irá recebercomo inativo.
Desde o dia 3 de novembro de 1987, queJoão Dias Pereira deixou o Moinho Recifeonde trabalhava, ficando no aguardo dos cálculos. Após meses de espera, sua situaçãohoje é bastante precária: três meses de energia com atraso, água, e devendo na vizinhança.
Conseguindo dinheiro emprestado comamigos para sobreviver e até mesmo paravisitar o Posto de Atendimento de Olinda,sua área de moradia, João Dias Pereira jáchegou até mesmo a recorrer ao Serviço Social do INPS. Disse que depois de contar oseu drama à assistente social lrinete (matrícula 226.1146), ela mandou-o preencheruma ficha encaminhando-o ao Banco doBrasil- lAPAS (Rua do Imperador), em queautorizava o pagamento de um aUXIlIO especial no valor de Cz$ 10.000,00, referente àAP/176/88. Mais uma vez o esquema falhou,pois desde o dia 11 que ele vai à agênciabancária e somente tem recebido a respostade que não tem nada referente a essa APno caixa do Banco.
O desencanto do trabalhador João DiasPereira não termina por ai. Diz que nuncadeixou de fazer sua feira, mesmo quandotrabalhava com salário defasado, nunca deixou de dar o sustento e a segurança necessários a sua família, mas hoje se encontranuma situação desesperadora, pedindo ajuda de parentes com quem deixou seus familiares, permanecendo com sua esposa, jápassando necessidades, à espera dessa aposentadoria do INPS,que, para o seu desapontamento não está sendo paga ainda "por faltade alguém que calcule", conforme explicações de alguns funcionários tanto do Postode Olinda como na agência central da Previdência.
Avia crucls já ultrapassou o PAde OIinda.Mesmo sem que os diretores do órgão gostassem João Dias procurou a Superintendência chegando até ao Sr. Ubiratam, que,depois de ouvi-lo encaminhou-o à secretáriaFátima Oliveira, que novamente o mandoupara o PA de Olinda, onde ouviu de DonaUvia as mesmas explicações:
"Não tem gente para calcular."Cansado, pois o caso o está levando quase
ao desespero, João Dias Pereira recorreu ontem a um advogado para processar o INPSou tomar qualquer outra providência que resolvasua situação, entendendo ser inadmissível que seus direitos tenham na Previdênciaum destino tão incerto. Depois, recorreu àimprensa, no sentido de que sua história possa sensibilizar alguns dos diretores.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muitobem!)
O SR. JUAREZ ANTUNES (PDT - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, no momento em que nestaAssembléia Nacional Constnuínte os trabalhadores obtêm consideráveis avanços no campo dasatividades sindicais, entregando às categorias profissionais o destino de suas entidades de classe,desatrelando-as do Estado; neste momento deautonomia e liberdade de organização sindical,ainda temos a tristeza de constatar fatos que deveriam estar enterrados nesta fase de Constituiçãonova.
Em Volta Redonda, recentemente, uma chapade oposição à atual direção do Sindicato dos Empregadõs no Comércio procurou a entidade pararegistrar sua chapa e concorrer às eleições desteano. Foi grande a decepção dos companheirosao chegarem à Secretaria do órgão de classe aoverificarem que o edital de convocação para ocompetente registro já tinha seu prazo esgotado.
Até que seria um fato normal, se a coisa tivesseocorrido como manda a lei, isto é, se os pretendentes ao registro da chapa tivessem descuidadodo prazo. Acontece, porém, que o que aconteceufoi grave:
O Presidente daquele sindicato publicou o editai emjomal de Volta redonda, que simplesmentenão circulou nas bancas. Ninguém tomou conhecimento do edital. Logicamente, o Presidente dosindicato guardou para si dois exemplares do ditojornal: um para os arquivos (para provar a quemquiser), outro para o Ministério do Trabalho.
Nada mais vergonhoso! Coisa de pelegos dadécada de 40.
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBL8A NACIONAL CONSTIfUINTE Sexta-feira 19 12811
Esperamos que o Sr. Ministro do Trabalho simplesmente mande cancelar essas eleições de candidato único.
Durante o discurso doSr.ConstituinteJuarezAntunes, o Sr.JorgeArbage, 2'_vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, queé ocupadapeloSr.Ulysses Guimarães, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (<JIysses Guimarães) Vamos fazer a constatação de quorum.
Peço aos Srs. Constituintes que ocupem osseus lugares para que possamos começar a verificação de presença. (Pausa.)
Queiram registrar os números de códigos.(Pausa.)
O Sr. Luiz Salomão - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. LUIZ SALoMÃo (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, V. Ex', aoque me parece, esqueceu-se de conceder aqueleprazo para apresentação de proposições, e eugostaria de me valer ...
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Não me esqueci, é porque não existe esse prazo.V.Ex' estâ inventando isso agora. Pode encaminhar à Mesa. Agora é hora de votação; começacom "V'.
O SR. LUIZ SALoMÃO - Quero aproveitareste intervalo em que V. Ex' não manda apertaros botões para encaminhar à Mesa - tendo emvista a publicação de um livro que está causandogrande repercussão em todo o Pais, já esgotandoduas edições, chamado "A" Fundação RobertoMarinho" - um requerimento de ínforrnaçõessolicitando ao Ministério da Educação preste contas a esta Casa sobre o montante destinado àFundação, de forma que esses recursos foramtransferidos, os incentivos que foram concedidosdiretamente ...
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Colabore com a Mesa, nobre Constituinte, estamos aqui para votar.
O SR. LUIZ SALoMÁo - Perfeitamente,Sr. Presidente. Encaminho à Mesa este requerimento de informações:
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES
N9 /88
SoUcita informações ao Sr.MinistrodaEducação, através do Gabinete Civil daPresld~nciada RepúbUca.
Sr. Presidente:Com fundamento no art. 62, § 5' do Regimento
Interno da Assembléia Nacional Constituinte, solicito a V. Ex' seja encaminhado ao Ministro daEducação, através do Gabinete Civil da Presidência da República, o seguinte pedido de informações:
l-Montante dos recursos destinados à Fundação Roberto Marinho, no período de 1982 1987.
2 - Esses recursos foram repassados sobquais formas: con~ios, subvenções, comprasde serviço, dotações etc?
3 - Relação dos incentivos fiscais concedidosdiretamente a essa Fundação ou a seus anunciantes, a titulo de estimulo ao investimento na cultura.
4 -Inteiro teor da prestação de contas da Fundação Roberto Marinho, referente ao período de1982-1987.
Justiftcação
A imprensa tem publícado.freqüentemente supostas irregularidades na Fundação Roberto Marinho, em decorrência, principalmente, da publicação de um livro, escrito por ex-funcionário dessainstituição, intitulada "A Fundação Roberto Marinho".
O teor das denúncias apontam graves delitos,tais como sonegações fiscais, na aplicação deverbas do Poder Público, configurando ilícitos penais.
Os membros da Assembléia Nacional Constituinte têm o dever de apurar denúncias dessanatureza e ao que parece a própria Fundaçãodeve ter o total interesse em que suas contas,documentos fiscais e contâbeis sejam fiscalizados, até mesmo para afastar tais denúncias.
Sala das Sessões, de de 1988. -Constituinte Luiz Salomão
O Sr. Aloisio Vasconcelos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ALOISIO VASCONCELOS (PMDB- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente:Os Constituintes se encontram em seus Gabinetes, mas estão vindo para cá. Dentro de 5 minutos estarão aqui.
O Sr. Amaury MIIer - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMAaRY MüLLER (PDT'- RS. Semrevisão do orador.)-Sr. Presidente, compreendoo empenho e o esforço de V. Ex', até diria queV. Ex' já está rouco e quase afônico de tantoapelar para a consciência cívica dos Constituintes.Enquanto não houver uma punição mais drástica,esse triste e melancólico espetáculo de pessoasque não cumprem com suas obrigações continJ,1ará repetindo-se.
Sr. Presidente, sugiro a V. Ex' que, a partir daquelas assinaturas quejã recebeu de Constituintesque assumiram o compromisso de compareceràs sessões e caso não comparecerem, não honrarem esse compromisso, que tenham seus nomesdivulgados nos boletins da "Vozda Constituinte",que são veiculados através de rede de televisãoe rádio. Do contrário, continuará tudo como está,Sr. Presidente, e V. Ex' ficará sem voz para promulgar a Constituição.
O Sr. Nllso Sguarezl - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NlLSO SGUAREZI (PMDB - PRoSem revisão cio orador.) - Sr. Presidente, solicito
a V. Ex' receba este meu requerimento, em quesolicito seja aplicada a pena de cassação do mandato do Constituinte Felipe Cheidde.
Só para dar conhecimento à Casa e a V. Ex',em 96 sessões realizadas no primeiro semestre,o Constituinte compareceu a onze, evidentementenos dias de pagamento, e, em 727 votações, esseParlamentar compareceu a 39, apenas a 5%.
Sr. Presidente, está formalizado o requerimentocom base no Regimento Interno, para que sejacassado o mandato desse Constituinte.
DOCUMENTOS A QUE SE REFERE OORADOR:
Exm" Sr. Deputado Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Constituinte e Presidente da Câmara dos Deputados.
Requeiro, com fundamento no art. 35, §§ 2'e 3" da Constituição federal, combinados como art. 253, incisos 11 e III do Regimento Internoda Câmara, e art. 83 do Regimento Interno daAssembléia Nacional Constituinte, seja aplicadaa pena de cassação de mandato ao DeputadoFelipe Cheidde, por incurso na falta de decoroparlamentar e na ausência superior a um terçoàs sessões da Assembléia Nacional Constituinte.
Justificação
Cumpre a esta Casa zelar pelo maior de seuspatrimônios - a integridade moral tanto da instituição como de seus membros. Não terá sidooutra a razão de a Constituição Federal armar-secom o dispositivo constante no inciso 11 do seuart. 35, o qual comina com a perda do mandatoo integrante do Congresso, cujo procedimentonão se coadune com o decoro parlamentar, dispositivo, aliás, acolhido no Regimento Interno daCâmara dos Deputados.
O jornal O Estado de S. Paulo, na ediçãode 16 de agosto, à página seis, veicula episódioda-maior gravidade, envolvendo o Deputado Felipe Cheidde na emissão de cheques sem fundospor jogatina, viciado contumaz e confesso, e noindiciamento perante a Justiça americana comoestelionatârio. Cada item, individualmente, seriao bastante para a caracterização de procedimentoindigno de um Parlamentar. Há, todavia, a agravante de perpetrados no estrangeiro, afetando diretamente a honorabilidade desta instituição, bemcomo a do País. Para o estrangeiro será difícildissociar o nome de um congressista da totalidade dos seus integrantes: a atitude sem decorode um único representante servirá para conspurcar o conceito do Congresso como um todo. Ademais, confessar-se jogador contumaz, reconhecer-se incurso na Justiça estrangeira como estelionatário, saber-se passível de condenação judicial em país com que temos relações diplomáticas, e ainda por cima, jactar-se da sua condutaem apostando na sua impunidade parlamentar- como estampado no mesmo O Estado deS. Pauio de 17 de agosto - é aliar a imposturaà desfaçatez, a incontinência comportamenta1 àdolosidade irresponsável. E semelhante quadronão se compadece com a dignidade da investidura num mandato eletivo. O Deputado, a uma,enxovalhou o Congresso, traiu o povo que lheconferiu a responsabilidade legislativae desonrou,no estrangeiro, o País que lhe incumbia dignificar.
No entanto, não foram suficientes tais posturasindignas de um Parlamentar, cabe ainda relevar
12812 Sexta-feira 19 DIARIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUlNTE Agosto de 1988
a manifesta desídia demonstrada pelo mencionado Constituinte. No período de 27 de janeiroa 30 de junho, do ano em curso, enquanto estaCasa se desdobrava nos trabalhos da Constituição, com ingentes sacrifícios para a maioria deseus membros, com sessões avançando noiteadentro, registrou o painel eletrônico a participação do referido Deputado em escassas 39 votações no total de 727, apresentando um absenteísmo superior a 90 por cento.
O quadro sínóptícoabaixo espelha com precisão a participação do referido Constituinte nostrabalhos desenvolvidos nesta Casa, no primeirosemestre deste ano:
Total de Sessões 96Total de Presenças do Deputado 11Percentagem de Presença (%) 11,4Total de Votações 727Totalde Participação do Deputado 39Percentagem (% ) 5,3Por todo o exposto - comprovado pelos jor-
nais que anexo -, impõe-se o resguardo da decência desta Casa e de seus membros pela aplicação dos dispositivos postos à mão para casosdessa natureza. Exige-o a dignidade do País; exige-o a honorabilidade desta Casa; exige-o o respeito à vontade popular.
Art. 34. Os deputados e senadores não poderão:1-desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa de
direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado nas entidades constantes da alínea anterior;
U- desde a posse:a) ser proprietários ou diretores de empresa
que goze de favor decorrente de contrato compessoa jurídica de direito público, ou nela exercerfunção remunerada;
b) ocupar ,cargo, função ou emprego, de quesejam demissíveis ad nutum , nas entidades referidas na alínea a do item I;
c) exercer outro cargo eletivofederal, estadualou municipal; e
d) patrocinar causa em que seja interessadaqualquer das entidades a que se refere a alíneaado item /.
Art. 35. Perderá o mandato o deputado ousenador:
I - que infringirqualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
U- cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou atentatóriodas instituições vigentes;
UI - que deixarde comparecer, em cada sessãolegislativaanual, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara a que pertencer, salvo doençacomprovada, licença ou missão autorizada pelarespectiva Casa;
N - que perder ou tiver suspensos os direitospolíticos;ou
V- que praticar atos de infidelidadepartidária,segundo o previsto no parágrafo único do art.152.
§ 1o Além de outros casos definidos no Regimento Intemo, considerar-se-á incompatível com
o decoro parlamentar o abuso das prerrogativasasseguradas ao congressista ou à percepção, noexercício do mandato, de vantagens ííícitas ouimorais.
§ 2° Nos casos dos itens I e 1/, a perda domandato será declarada pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, mediante provocação de qualquer de seus membros, da respectiva Mesa ou de partido político.
§ 3° No caso do Item UI, a perda do mandatopoderá ocorrer por provocação de qualquer dosmembros da Câmara, de partido político ou doprimeiro suplente do partido, e será declaradapela Mesa da Câmara a que pertencer o representante, assegurada plena defesa e podendo a decisão ser objeto de apreciação judiciaL
CAPITULO 11IDisposições Finais
Art. 83. Na resolução de casos omissos nesteRegimento, a Presidência poderá valer-se, subsidiariamente, do estabelecido nos Regimentos daCâmara dos Deputados ou do Senado Federal.
Art. 84. A partir de 1° de março de 1987, oSenado Federal, a Câmara dos Deputados e oCongresso Nacional adaptarão seus regimentosintemos para compatibilizar a realização de suassessões, em caráter extraordinário e para examede matéria urgente ou de relevante interesse nacional, ao funcionamento prioritário da Assembléia Nacional Constituinte.
Art. 85. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação.
Art. 86. Revogam-se as disposições em contrário.
Assembléia Nacional Constituinte,24 de marçode 1987. - Ulysses Guimarães (pMDB) - Presidente; Mauro Benevides (PMDB) - Secretário;Humberto Souto (PMDB) - Secretário; Bonifáciode Andrada (PDS)- Secretário; Vivaldo Barbosa(PDT) - Secretário; Arnaldo Faria de Sá (PTB)- Secretário; Abigail Feitosa (PMDB); Acival Gomes (PMDB); Adauto Pereira (PDS); Ademir Andrade (PMDB); Adhemar de Barros Filho (PDT);AdolfoOliveira(PL); Adroaldo Streck (PDT);Adylson Motta (PDS); Aércio de Borba (PDS); AécioNeves (PMDB); Affonso Camargo (PMDB); AfifDomingos (PL); Afonso Arinos (PFL);Agassiz Almeida (PMDB); Agripmo de OliveiraUma (PFL);Airton Cordeiro (PDT); Airton Sandoval; EuclidesScalo (PMDB); Eunice Michiles (PFL); EvaldoGonçalves (PFL);Expedito Júnior (PMDB); Expedito Machado (PMDB); Ézio Ferreira (PFL);FábioFeldmann (PMDB); Fábio Lucena (PMDB); Fábio.Raunheitti (PTB).
Art. 248. Asvagas, na Câmara, verificar-se-ãoem virtude de:
I - falecimento;U- renúncia;" - perda de mandato.Art. 249. A renúncia do Deputado ao man
dato deve ser dirigida por escrito à Mesa, comfirma reconhecida, e independente de aprovaçãoda Câmara, mas somente se tomará efetivae irretratável depois de lida no Expediente e publicadano Diário do Congresso Nadonal.
Parágrafo único. É lícito ao Deputado, ou aoSuplente em exercício, fazer em Plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a qual se tomaráefetiva e irretratável depois da sua publicação noDiário do Congreno Nacional.
Art. 250. Considera-se haver renunciado:I - o Deputado que não prestar o compro
misso no prazo estabelecido neste Regimento ouque for empossado em função ou cargo incompatível com o mandato;
II - o Suplente que, convocado, não se apresentar para entrar em exercício no prazo estabelecido neste Regimento.
Art 251. O comparecimento efetivo do Deputado à sessão será verificado, no decurso desua duração, mediante registro eletrônico.
Art. 252. A vacância, nos casos de renúncia,será declarada, em sessão, pelo Presidente.
Parágrafo único. Na sessão seguinte à publicação da declaração de vacância, qualquer Deputado dela poderá interpor recursos para o Plenário,que deliberará, ouvida a Comissão de Constituição e justiça.
Art. 253. Perde o mandato o Deputado:1-que infringirqualquer das proibições cons
tantes do art. 34 da Constituição;II - cujo procedimento for declarado incom
patível com o decoro parlamentar ou atentatóriodas instituições vigentes;
UI - que deixar de comparecer à terça partedas sessões ordinárias da Câmara, em cada sessão legislativa anual, salvo doença comprovada,licença ou missão autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitospolíticos;
V- que, por atitudes ou pelo voto, se opuseràs diretrizeslegitimamente estabelecidas pelos órgãos de direção partidária ou deixar o Partidosob cuja legenda foi eleito (Constituição, art. 152,§ 5°).
§ 10 Nos casos dos incisos I e lI, a perda domandato poderá ser provocada por iniciativa dequalquer Deputado, da Mesa ou de partido político, mediante representação documentada, e dependerá do voto da Casa, em escrutínio secreto.
§ 2° No caso do inciso 11I, a representaçãopoderá ser de iniciativa de qualquer Deputado,de partido político ou do primeiro Suplente doPartido, e a perda do mandato será declaradapela Mesa, assegurada ao representado plena defesa, podendo a decisão ser objeto de apreciaçãojudicial.
§ 3° No caso do inciso IV, a perda é automática e declarada pela Mesa.
§ 4° No caso do inciso V, decreta pela JustiçaEleitoral,a perda do mandato será declarada pelaMesa
§ 5° A representação será encaminhada àComissão de Constituição e Justiça, que proferiráseu parecer em quinze sessões, concluindo:
a) nos casos dos incisos I e 11, peja aceitaçãoda representação para melhor exame ou pelo seuarquivamento;
b) no caso do inciso 11I, pela procedência, ounão, da representação.
§ 6° O parecer da Comissão de Constituiçãoe Justiça, uma vez lido no Expediente, publicadono Diário do Congresso Nacional e em avulsosserá:
a) nos casos dos incisos 1 e 1/, incluído emOrdem do Dia;
b) nos casos do inciso lll, encaminhado à Mesapara decisão.
Art. 254. Admitida a representação pelo votodo Plenário, o Presidente designará Comissão
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NAOONAL CONSmUINTE Sexta-feira 19 12813
composta de nove membros para instrução damatéria.
§ 10 Recebida e processada, será fornecidacópia da representação ao acusado, que terá oprazo de quinze sessões, prorrogável por maisquinze, para apresentar, à Comissão, defesa escrita.
§ 20 Apresentada ou não a defesa, a Comissão, após proceder às diligências que entendernecessárias, emitirá parecer, concluindo por projeto de resolução, no sentido da perda do mandato ou do arquivamento definitivodo processo.
§ 3° Para falar sobre o parecer, será concedida vista do processo ao acusado pelo prazode dez sessões.
6 - O Estado de S. Paulo
Política
Terça-feira, 16 de agosto de 1988
CHEIDDEJOGA A CRÉDITO
Eliane Simonetti
Brasília - o deputado Felipe Cheidde (pMDBSP), de 52 anos, pode ter uma surpresa, casoresolva viajar para os Estados Unidos: ele correo risco de encontrar lá, à sua espera no aeroporto,um reluzente par de algemas. Pouco mais de umano atrás, Cheidde emitiu quatro cheques semfundo no cassino Sands, em Santource, PortoRico, e pode ser condenado pela justiça norte-americana por estelionato. "Eu devo mesmo e nãovou pagar", disse o deputado na semana passadaà Agência Estado. Além de inadimplente, Cheiddeé também recordista em ausência na Constituinte.
A história aconteceu em 12 de julho do anopassado, um domingo, logo depois da divulgaçãodo primeiro projeto oficial da nova Constituiçãobrasileira. Cheidde comprou fichas no cassinocom quatro cheques do Sun Bank Money MarketAccount de Miami,na Flórída, Não havia dinheirosuficien}e para cobrir o primeiro cheque emitidoe a conta do deputado foi fechada. Foram gastosao todo, US$ 200 mil, ou Cz$ 52,7 milhões aocâmbio de ontem, supostamente em uma únicanoite. Os cheques podem também ter servidoapenas para a compra de fichas rapidamente trocadas por dólares, o que indicaria um verdadeirogolpe contra o cassino.
No entanto, não é o cassino que processa hojeo deputado. Nos Estados Unidos, a emissão decheques sem fundo é automaticamente comunicada pelos bancos a um promotor público, queapresenta denúncia na Justiça por crime de estelionato, um crime de ação pública. A pena, quevaria de Estado para Estado, é em média dequatro anos, Existe, entretanto, a possibilidade deque o acusado, declarando sua culpa, consigabarganhar uma redução da pena.
Neste caso, pode ficar preso apenas por doisanos.
"Problema ParUcular"
O deputado explicou que joga nos Estados Unidos há 30 anos. "É normal a gente não pagardividas de jogo, ou pagar parcelado, a cada mêsou a cada 15 dias. Só deve quem tem créditoe eu jogo com crédito", disse Cheídde, bastanteirritado com o fato de a informação ter chegadoà'ímprensa, "Vocês não têm nada a ver com isso,esse é um problema da minha vida particular",
reagiu o parlamentar, falando ao telefone, de SãoBemardo do Campo, em São Paulo, já que insisteem permanecer ausente de Brasília.
Apesar de bastante nervoso, gritando ao telefone, Cheidde baseava sua relativatranqüilidade emuma certeza: "A dívida feita nos Estados Unidosnão é reconhecida aqui", repetiu várias vezes. Desta forma, ele acredita que se não voltar ao paísonde cometeu o crime não será incomodado.Masna embaixada americana as informações sãodiferentes. É comum ali se pedir à Justiça brasileira a condenação de pessoas que cometeramcrimes nos Estados Unidos.
Existe ainda a possíbíiidade da abertura de umoutro processo movido pelo próprio cassino. Issoporque as tentativas de cobrança amigável foramencerradas na semana passada. Desde 10 de junho deste ano - após esperar um ano para, queo deputado pagasse sua divida espontaneamente- Robert Goldstein, vice-presidente executivo docassino Sands, nomeou um procurador no Brasilpara discutir o pagamento. O escolhido foi o jornalista Newton Duarte, chefe de ComunicaçãoSocial do Governador do Amazonas, AmazoninoMendes. Ele recebeu a procuração, tentou, masnão teve sucesso na cobrança. "Ninguém nuncame intimidou na vida e não vai me intimidar agora", afirmou Cheidde.
6 - O Estado de S. Paulo
Política
Quarta-feira, 17 de agosto de 1988
CHElDDEAPOSTAASFICHAS NA IMUNIDADE
Eduardo Reina
São Bemardo do Campo - Felipe Cheidde,deputado federal pelo PMDBde São Paulo, correo risco de ser condenado por estelionato pelajustiça norte-americana por ter passado quatrocheques sem fundo, em julho do ano passadono cassino Sands de Santource, Porto Rico. Agora, depois de confirmar que pagará a dívida"assimque tiver condições", ele explica: "Além da dívrdano Sands também devo em outros locais, masnão pretendo citar os nomes".
Acostumado a jogar - tem mais de 30 anosde experiência na atividade - Cheidde não receiaser preso apostando na imunidade parlamentar.Além disso, alega ser leal e decente consigo mesmo: "Sou um livro aberto", orgulhava-se, ontem,sem muita originalidade mas com convicção, emseu escritório político em São Bernardo.
O segundo maior ausente da Constituinte ele só perde para Mário Bouchardet, do PMDBmineiro - afirma que o procurador do cassinoSands, o jornalista Newton Duarte, chefe de Comunicação Social do governador do Amazonas,Amazonino Mendes, tentou "achacá-Io", ameaçando-o por telefone. "Ele disse estar de possede um documento que poderia ser usado contramim se a divida não fosse saldada, e que estavaperdendo a paciência comigo." Depois, exuberante, admitiu: "Sou sincero, jogo muito, sim.Quando morrer, quero um baralho no meu caixão". Acostumado ao carteado, o deputado, quejá foi acusado de ser bicheiro, viaja o mundo inteiro atrás de diversão. No ano passado fretou umBoeing e patrocinou uma Viagem de dezenas deamigos - gerentes de bancos, delegados de polí-
cia e colaboradores de sua campanha nas eleições de 86 - para um weekend em Punta deiLeste. Com tudo pago. "Não há mal nenhum empassear com os colegas", argumentou.
Cheidde tem até uma boate no piso inferiorde sua casa no bairro Anchieta, considerado declasse A em São Bernardo, na Grande São Paulo.Paredes que refletem a iluminação em brancoe lilás,bancos de veludo, pista de dança e ar-condicionado. Além da boate, seu orgulho é um helicóptero, que usa "para atividades filantrópicas".De novo um argumento irrespondível: "Não vejonada de mais em ter helicóptero, alias eu tinhatrês e vendi dois. Também não tem nada de maister Mercedes e ir trabalhar nela, já que isso medá prazer. Não vejo por quê ter um carro dessese ir trabalhar de fusquinha, só para fazer númeropara os funcionários".
Além desses gostos caros, Cheidde, 52 anos,é apaixonado por futebol. Durante 28 anos foipresidente do Esporte Clube São Bernardo, equipe da 2" divisão do futebol paulista. Hoje é vicepresidente.
Sua atuação na Constituinte é lastimável. Emfevereiro,Cheidde disse ter apresentado 14 emendas ao relator. Ontem, calculando melhor ficouem uma dúzia, logo depois cortada para oito. Enão soube dizer sobre o que, nem qual seria amais importante. Também não lembrou de quecomissão faz parte. Confessou apenas que teriagostado de atuar na de Esportes e Turismo, porque "entende de futebol". Não foi ouvido e ficouem outra, que supõe ser a que discute o sistemaeleitoral. Desculpou-se pelo lapso de memória:esteve apenas na primeira reunião, e disse aopresidente que não voltaria mais, já que não entendia nada do assunto.
Odiado por muitos e adorado por uns poucos,escolhe cuidadosamente as amizades. Quem forde confiança passa a ser admitido na "Sala dos22", uma sala de reuniões com uma mesa e 22cadeiras de veludo, cada uma com um nomegravado. É ali que são tomadas as grandes decisões, de projetos políticos a programas de fimde semana ou atos de caridade. "Já doei maisde 300 cadeiras de rodas a carentes. Nenhumjomal conta isso", acusa Cheídde, Também o dinheiro que recebe no Congrsseo é distribuído aosnecessitados. "Não preciso dele", afirma o deputado.
Filho de mascate, ex-bíscateíro, e no seu terceiro mandato como deputado. Felipe Cheidde parece não se incomodar em ser acusado de estelionatário, excêntrico e gazeteiro. E usa o argumentomais velho do mundo: "Falem mal de mim, masfalem".A - 4 - Política - Quarta-Feira, 17 de agostode 1988
Folha de S. Paulo
CHEIDDEDIZQUE SOFRE
CHANTAGEM POR CAUSA DE JOGO
Da sucursal do ABC
O deputado federal Felipe Cheidde (PMDB SP) confirmou ontem que tem uma dívida dejogo de US$ 200 mil, contraída há mais de umano com '0 cassino Sands, em Santource, PortoRico. Cheidde disse que está negociando o pagamento com o cassino, mas está sendo chantageado por uma pessoa gue se apresentou como
12814 Sexta-feira 19 DfÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSlITrnNTE Agostode 1988
"procurador" do Sands e tentou fazer a cobrança."Ele ameaçou colocar a história nos jornais seeu não pagasse", afirma Cheidde.
O deputado dizque perdeu muito mais no cassino, sem revelar a quantia total. "Paguei umaparte e estou negociando esses US$ 200 mil",afirma. Na ocasião, 12 de julho do ano passado,Cheidde entregou ao cassino quatro cheques desua conta no Sun Bank Money Mark.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Vamos à verificação de quorum . Acredito quejá houve tempo para que os Srs. Constituintesse dirigissem ao plenário.
(Procede-se à verificação de quorum.)
O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS (pDC-GO.Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, o Partido Democrata Cristãotem posição clara e definida em defesa dos micros, pequenos e médios empresários e produtores rurais que contraíram débitos decorrentesde empréstimos bancários ao tempo do "PlanoCruzado".
Todos nós, Constituintes do Partido DemocrataCristão, vamos lutar com todas as nossas forçaspara ampliar ou, pelo menos, manter a anistiaprevista no art. 53 das Disposições Transitóriasda nova Constituição que beneficia os devedoresdo tempo do "Plano Cruzado".
A nossa posição de defesa intransigente dosmicros, pequenos e médios empresários e produtores rurais é decorrente do entendimento de que,com o Plano Cruzado, houve uma grande fraudecontra a Nação, deixando milhões de pessoasendividadas, desempregadas e esbulhadás peloGoverno e beneficiários daquela fraude.
Os empréstimos feitosao tempo do "Plano Cruzado" e reformados em 1987, tinham por basea declaração oficial enfática: "inflação nuncamais!"
Como podem o Govemo e os bancos desejarem receber os débitos decorrentes daqueles empréstimos com correção monetária, além de pesados juros, com base numa inflação de novecentos por cento?
Arepercussão negativa do "Plano Cruzado" emtodos os setores da economia ameaça a estabilidade política e social do País, pelo que é deverdo Govemo pagar essa conta o mais rapidamentepossível.
É hora de parar de gastar com supérfluos, dedar dinheiro do povo para tapar rombos provocados pela ação dos ladrões de "colarinhos brancos" e de aliviar a grave situação a que o Paíschegou, em razão das dívidas contraídas ao tempo do "Plano Cruzado".
E para aliviar a Nação da situação aflitiva emque se encontra, temos que anistiar todos os queo "Plano Cruzado" deixou à beira da falência.
O PDC, Sr. Presidente, não faz concessões: vamos lutar pela ampliação da anistia prevista noart.53 das Disposições Transitórias da nova CartaMagna ou, pelo menos, manter o que esse dispositivo prevê.
Era o que tinha a dizer,Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Está encerrada a verificação de quorum.
Estão presentes na Casa 324 Srs. Constituintes.Há, portanto, quorum para a votação.
REOISTRARAMPRESENÇA OSSRS. CONS71T(JJNTES:
Presidente: Ulysses GuimarãesAcival Gomes - Ademir Andrade - Adolfo
Oliveira- Adroaldo Streck - Adylson Motta Aécio de Borba - Agripino de Oliveira Uma Alarico Abib - Alceni Guerra - Aldo Arantes- Alexandre Costa - Alexandre Puzyna- mirGabriel - oisio Vasconcelos - Aloysio Chaves- Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - ÁlvaroPacheco - Amaral Netto - Amaury Müller Amilcar Moreira - Anna Maria Rattes - AnnibalBarcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara- Antônio Carlos Franco - Antônio Carlos Konder Reis - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira-Antonio Perosa-Amaldo Faria deSá-Amaldo Martins - Amaldo Moraes - Amaldo Prieto- Arolde de Oliveira- Artenir Werner - Arturda Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto-Átila Ura -Augusto Carvalho - BasilioVdlani- Bernardo Cabral - Beth Azize - Bezerra deMelo - Bocayuva Cunha - Carlos Alberto Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - CarlosCardinal - Carlos Cotta - Carlos MoscotJi Cássio Cunha Uma - Célio de Castro - CelsoDourado -César Maia- Chagas Duarte -Chagas Rodrigues - Chico Humberto - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Costa Ferreira- Cunha Bueno - Darcy Deitos - Darcy Pozza- Daso Coimbra - Del Bosco Amaral - DélioBraz- Denisar Ameiro - DionísioHage-DirceTutu Quadros - Dirceu Cameiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil- Domingos Leonelli - Doreto Campanari Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta- Edmilson Valentim - Eduardo Bonfim Eduardo Jorge - Eduardo Moreira- Egídio Ferreira Uma - Elias ,Murad - Eliel Rodrigues Enoc Vieira- Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade- ErvinBonkoski - Euclides Scalco - ExpeditoMachado - Fábio Feldmann - Farabulini Júnior- Fausto Fernandes - Felipe Mendes - Fernando Bezerra Coelho - Fernando Gasparian- Fernando Gomes - Fernando Santana - Firmo de Castro - Florestan Fernandes - Aoriceno Paixão - Francisco Amaral - FranciscoBenjamim - Francisco Carneiro - FranciscoDias Alves - Francisco Dornelles - FranciscoKüster - Francisco Rollemberg - FranciscoRossi~ Francisco Sales - Furtado Leite- Genebaldo Correia - Geovani Borges - GeraldoCampos, - Geraldo Aeming - Gerson Peres- Gonzaga Patriota - Gumercindo Milhomem- Haroldo Lima - HélioManhães-HélioRosas- Henrique Córdova - Heráclito Fortes - Her-mes Zaneti- Homero Santos - Humberto Lucena - Humberto Souto-Iberê Ferreira -Inocêncio Oliveira - Iram Saraiva - Irma Passoni Israel Pinheiro -Itamar Franco -Iturival Nascimento -Ivo Lech -Ivo Mainardi-Ivo Vanderlinde -Jairo Cameiro-Jamil Haddad-Jarbasdo Cavalcanti - João Agripino- João Calmon- .JoêóHerrmann Neto - João Machado Rollemberg -João Menezes -João Natal-JoãoPaulo-Joaquim Bevilacqua-Joaquim Sucena- Jofran Frej~ - Jonas Pinheiro - Jonival Lu-
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O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vai-se passar à
V - ORDEM DODIAVotação das emendas destacadas, oferecidas
ao Projeto de Constituição em segundo turno
Agosto de -1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12815
(Art. 29, § 4° do Regimento Interno). (Votaçãoiniciada).
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.120
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n"
2T01513-5. Paulo SOva.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDAN° 1.513Do Sr. Paulo Silva
Dê-se ao art. 24 do Projeto de Constituição,a seguinte redação:
"M 24. Compete à União estabelecernormas gerais sobre:1-direito tributário, financeiro, peniten-
ciário, econômico e urbanístico;/1- orçamento;III-juntas comerciais;IV- custas dos serviços forenses;V- fixação de emolumentos relativos aos
atos praticados pelos serviços notariais e deregistro;
VI-produção e consumo, inclusive suapropaganda comercial;
VlI- florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao meio ambientee controle de poluição;
V111-proteção ao patrimônio histórico,cultural, artístico, turístico e paisagístico;
IX- responsabilidade por dano ao meioambiente, ao consumidor, a bens e direitosde valor artístico, estético, histórico, turísticoe paisagístico;
X - educação, cultura, ensino e desporto;XI- criação, funcionamento e processo
do juizado de pequenas causas;XII- procedimentos em matéria proces
sual;XIII- previdência social, proteção e defe
sada saúde;XIV- assistência judiciária e defensoria
pública;XV- normas de proteção e integração so
cial das pessoas portadoras de deficiência;XVI- normas de proteção à infância e à
juventude;XVII- organização, garantias, díreitos e
deveres das polícias civis;XVIII- política nacional de transportes e
viação;XIX- organização, efetivos, material béli
co e garantias das polícias militares e corposde bombeiros militares;
XX - normas gerais de licitação e contratação em todas as modalidades, para a administração pública, direta e indireta, nas diversas esferas de governo, inclusive para as fundações e empresas sob seu controle;
XXI- desenvoMmento urbano, inclusivehabitação, saneamento básico e transportesurbanos.
§ 19 A lei federal sobre normas geraislimitar-se-â a:
1-assegurar a unidade nacional noscampos políticos, econômico-financeiro esocial;
/1-prevenir conflitos de competência entre as pessoas político-administrativas;
11I-explicitar princípios constitucionaisque, por seu conteúdo, requeiram aplicaçãouniforme no território nacional.
§ 2° A competência da União sobre normas gerais não exclui a competência legislativa suplementar dos Estados.
§ 3° Inexistindo lei federal sobre normasgerais, os Estados exercerão a competêncialegislativa plena, para atender às suas peculiaridades, observado o disposto no § 1°, noque couber.
§ 49 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia dalei estadual, no que lhe for contrária.
Em face da nova redação dada ao "caput"que reúne diversos dispositivos do texto doProjeto:
a) suprimam-se os incisos .xx e XXI doart. 21, os incisos IX, XXIII e XXVI do art.22 e o § 2° do art. 106;
b) mantenha-se, no inciso.xx do art. 22,apenas o seguinte seguimento: "normas sobre convocação e mobilização das políciasmilitares e corpos de bombeiros militares".
o SR. PRESIDEIriE (Ulysses Guimarães) A proposição do nobre Constituinte Paulo Silva,pela informação do nobre Relator, refere-se il técnica legislativa de desdobramento do art. 24 eseus §§ 29, 3° e 4°, que passarão a ter a seguinteredação:
"§ 2° A competência da União sobre asnormas gerais não exclui a competência legislativa suplementar dos Estados.
§ 3° Inexistindo lei federal sobre normasgerais, os Estados exercerão a competêncialegislativaplena para atender às suas peculiaridades.
§ 4° A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia dalei estadual no que lhe for contrário."
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o Sr. Constituinte Antônio Carlos~onder Reis, para encaminhar. '
OSR.ANTÓNIOCARLOS KONDER REIS(PDS - Se) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Constituintes, permito-me solicitar a atenção do Plenáriopara a emenda subscrita pelo nobre Sr..Constituinte Paulo Silva; é a de n" 1.513/5. Ela propõeum reordenamento da competência concorrente,para legislar, da União e dos Estados. Não·inova.Estabelece melhor disposição técnica e sana umagrave contradição. Ontem, ao final da sessão, onobre Sr. Constituinte Paulo Silva formulou proposta que mantém o caput do artigo, todos osseus incisos e apenas promove a correção no§ 2°
Dizo § 29 do art. 24 do Projeto:
"Inexistindo lei federal sobre matéria decompetência concorrente, os Estados exercerão a competência legislativa suplementarpara atender às suas peculiaridades.'.'
Esse parágrafo tem uma redação contraditória.Como o Estado pode elaborar a legislação suplementar, inexistindo a legislação básica da competência da União?
Sr. Presidente, levantei essa questão no primeiro turno. A emenda de minha autoria obteve, então, 268 votos e somente não foi aprovada emrazão do baixo quorum.
Agora, o nobre Sr. Constituinte Paulo Silva propõe que esse § 2° seja desdobrado, de modoa sanar a contradição e promover um aperfeiçoamento de técnica legislativa, ficando, assim, a redação:
.'§ 2° A competência da Únião sobrenormae gerais não exclui a competência legislativa suplementar dos Estados."
O § 1° estabelece que:
"Na competência legislativa concorrente:à União caberá a legislação sobre normasgerais."
Assim, o § 2° completa o § i-, estabelecendoque a competência sobre normas gerais nesteestabelecida não exclui a competência legislativasuplementar.
A emenda se completa com mais dois pará-'grafos:
"§ 3° Inexistindo lei federal sobre normas gerais" - é uma hipótese que podeocorrer.
"Os Estados exercerão competência legislativa plena para atender às suas peculiaridades."
Finalmente, para dar harmonia à norma, o §39 estabelece:
nAsuperveniência da lei federal sobre normas geraJs suspende a eficácia da leiestadualno que Jhe for contrária."
Na proposta, é assegurada a prevalência dalegislação federal. Se esta não existir, os Estadospoderão legislar para atender às suas peculiaridades. Se a União vier a legislar, a legislação doEstado sobre normas geraIS contrária à federalperde a sua eficácia.
Sr. Presidente, é uma emenda de aperfeiçoamento de técnica legislativa.
Como sabe o Plenário, pela primeira vez, aConstituição vai contemplar o instituto da legislação concorrente, a exemplo da Lei Maior alemã.Por ele, determinadas matérias poderão serobjetodelegislação da União e dos Estados.
Dizo Projeto que "a União deverá legislar sobrenormas gerais", mas o § 2° do Projeto iencerrauma contradição. A emenda do nobre Sr. Constituin~e pelo Piauísanaa contradição. Pediriaa atenção. dos Srs. nobres Líderes para que se possaaprovar a emenda e, por meio dela, se fazer acorreção.
É a justificação, Sr. Presidente.
O Sr. Benito Gama - SrPresidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. BENITO GAMA (PFL- BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apenas pararegistrar a minha presença na verificação de quorum.
12816 Sexta·feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONS1ITUINTE Agosto de 1988
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, S,... e Srs. Constituintes, inequivocamente a emenda que acaba de ser sustentadapelo eminente Constituinte Antônio Carlos Konder Reis, reportando-se à de autoria do Constituinte Paulo Silva, depois do recurso feito a V.Ex' pinçando apenas o § 2°, é uma emenda decorreção que melhora o texto, e é uma emendanitidamente de técnica legislativa.
As Líderanças, Sr. Presidente, estão, inclusive,trocando idéias sobre o assunto e eu lhes pediriaconcordassem com a aprovação da emenda, poisqueaprimora o texto.
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, é necessário que se esclareça o Plenárioque o eminemte Constituinte Paulo Silva alterouo texto, fez modificações - não de mérito -,restringindo a sua emenda exclusivamente aos§ 2",3- e 4°,o que, realmente, compõe uma contradição que o texto permanente espelha e quefoi muito bem retratado pelo eminente Constítuinte Antônio Carlos Konder Reis.
AsLideranças, que se reuniram, hoje de manhã,haviam examinado a emenda em sua amplitudeetinham opinado contrariamente. Com a redaçãofeitâ pelo Constituinte Paulo Silva, a Liderançado PMDB conversou com algumas Uderançase entendemos aprovar a emenda porque compõeum equívoco realmente existente no texto.
Por isso, Sr. Presidente o PMDBvota "sim".
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB -PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, seguindoos acordos das Lideranças, votaremos "sim".
O Sr.Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE «(J)ysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a Líderança do PDT recçmenda à Bancada votar "sim",nos termos da emenda colocada sobre a mesa.
O Sr. Inocêncio ODveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O sR.mocêNclO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, consíderando que este texto, fruto da reunião de quatrodestaques, melhora o texto do Projeto Constitucional, a Liderança do Partido da Frente Liberalrecomenda à sua Bancada que vote "sim".
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presídente.peço, a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NEfTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.)-Sr. Presidente, o PDS votará"slm'',
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSDBvotará "sim".
O Sr. Farabulini Júnior - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FARABWJNI JáNlOR (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTBvotará "sim".
O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
OSR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro também votará "sim".
O Sr. Plinio AlTuda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PLÍNIO ARRUDASAMPAIO (PTSP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT votará "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar seus lugares.A proposição tem parecer favorável. (Pausa.)
(Procede-se à votação.)
O Sr. Francisc:o Rossi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FRANCISCO ROSSI (PTB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, enquanto os Colegas votam no posto avulso, eu gostaria de dar uma resposta à Folhaele S. Paulo, que, no painel de hoje aponta omeu nome como um dos ausentes, aqui, na Assembléia Nacional Constituinte.
Não tenho a pretensão de esperar que a Folhaele S. Paulo corrija o lapso, o engano.
Apenas para consignar nos Anais desta Casa,gostaria de frisar que não perdi nenhum dia devotação nesta Casa, não faltei a nenhum dia devotação, sou dos mais assíduos. Se não sou omais assíduo de São Paulo, seguramente estouentre os dois ou três mais assíduos.
O Sr. Arnaldo Faria ele Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, permita-me fazer uma comunicação na esteira do comunicado do Companheiro Francisco Rossi. Aténem queria manifestar-me mais sobre a mesmamatéria.
Eu e o Companheiro Francisco Rossi somosacusados, no jomal Folha de S. Paulo de hoje,de não termos comparecido às sessões da Assembléia Nacional Constituinte.
Estranho esse procedimento, até porque nãosó no dia de ontem, como anteontem, conversamos com os repórteres do citado jomal, e estivemos aqui presentes. Esse mesmo jomal fazuma alusão, em outra nota, de que eu estariaassediando o Deputado Júlio Campos, em relação à posição anteriormente assumida.
Não posso concordar que seja considerado umausente, quando estive aqui ontem, anteontem,estou aqui hoje. E estranha essa postura da Folhaele S. Paulo.
Ainda que candidato à sucessão municipal,prioritariamente o meu trabalho é com a Constituinte. Estarei aqui, não há necessidade de melicenciar, continuarei meu trabalho constituinte,a despeito de algumas colocações que são muitoestranhas.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 815):
S/M-336NÃO-2ABSTENÇÃO - 6TOTAL-344
A Emenda foi aprovada.
VOTARAMOS SRS. CO/'iSrrraINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - AbstençãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - SimAgripinó de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna- SimAloisio Vasconcelos - SimAloysio Chaves - SimAluízioCampos - SimAmaral Netto - SimAmaury Müller - SimAmilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Franco - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - Sim
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12817
AntomoGaspar - SimAntonioMariz - SimAntonioPerosa - SimAntonioUeno - SimArnaldoFaria de Sá - SimArnaldoMartins - SimArnaldoMoraes- SimArnaldoPrieto- SimAroldede Oliveira - SimArtenir Werner- SimArturda Távola- SimAsdrubalBentes - SimAsSIS Canuto - SimÁtilaUra-SimAugusto Carvalho- SimBasílio Víllaní - SimBenedita da Silva- SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize - SImBezerrade Melo- SimBocayuvaCunha - SimBonifácio de Andrada- SimCaio Pompeu - SimCarlosAlberto- SimCarlosAlbertoCaó - SimCarlos Benevides- SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi- SimCarlos Vinagre - SimCarrelBenevides- SimCássio Cunha Lima- SimCéliode Castro - SimCelso Dourado - SImCésar Maia- SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues- SimChico Humberto - SimCid Carvalho- SimCidSabóia de Carvalho- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcyDeítos - SimDarcyPozza- SimDaso Coimbra- SimDavi Alves Silva- SimDelBosco Arnaral- SimDélioBraz- SimDenisarArneiro- SimDionísio Hage- SimDirceTutu Quadros - SimDirceu Carneiro- SimDjenalGonçalves- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanaa - SimEdésio Frias - SimEdivaldoMotta- SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim- SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídioFerreira Lima- SimEliasMurad- SimEliel Rodrigues- SimEnoc Vieira - SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimErvinBonkoski- Sim
Euclides Scalco - SimExpeditoMachado - SimFábio Feldmann - SimFarabuliniJúnior - SimFausto Femandes - SimFelipeMendes - SimFemando BezerraCoelho - SimFernando Gomes - SimFemando HenriqueCardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlávioRocha - AbstençãoFlorestan Fernandes - SimRoriceno Paixão- SimFrancisco Arnaral- SimFrancisco Benjamim- SimFrancisco Carneiro- SimFrancisco DiasAlves - SimFrancisco Dornelles- SimFrancisco Rollemberg- SimFrancisco Rossi- SimFurtado Leite- SimGenebaldo Correia- SimGeovaniBorges - SimGeraldoCampos - SimGeraldoFleming - SimGerson Peres - SimGumercindo MIlhomem - SimHaroldoUma - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenriqueCórdova- SimHermes Zaneti- SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira- SimInocêncio Oliveira - SimIram Saraiva- SimIrma Passoni - SimIsmaelWanderley- SimIsraelPinheiro- SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvoLech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlinde - SimJairo Carneiro- SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra- SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg- SimJoão Menezes- AbstençãoJoão Natal- SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat- SimJonas Pinheiro- SimJonival Lucas - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage- SimJorge Medauar- SimJorge Uequed - Sim
Jorge Vianna - SimJosé Carlos Martinez - SimJosé CarlosSabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos- SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno- SimJosé Guedes - SimJosé IgnácioFerreira- SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - AbstençãoJosé Luiz Maia- SimJosé Maurício - SimJosé M.oura - SimJosé Paulo 8isol- SimJosé Queiroz- SimJosé Richa- SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJosé Viana- SimJosé Yunes- SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan- SimJutahy Magalhães- SimKoyu lha - SimLaelVarella - SimLavoisier Maia- SimLeiteChaves - SimLídiceda Mata- SimLúcioAlcântara- SimLuísRoberto Ponte :- SimLuiz AlbertoRodrigues- SimLuIZ Freire - SimLuiz Gushiken- SimLuiz Henrique- SimLuisInácioLulada Silva- SimLuiz Marques- SimLuiz Salomão - SimLuiz VianaNeto- SimLysâneasMaciel - SímMaguito Vilela - SimMaluly Neto- SimManoelCastro - SimMansueto de Lavor- SimMárcio Braga - SimMarcoMaciel- SimMarcosPerezQueiroz- SimMaria de LourdesAbadia- SimMaria Lúcia- SimMário Assad - SimMário Covas- SimMário de Oliveira - SimMário Maia- SimMarlucePinto- SimMatheusIensen - SimMauricio Corrêa- SimMauricio Fruet - SimMaurício Nasser - SimMauricio Pádua - SimMauroBenevides- SimMax Rosenmann - SimMeira Filho- SimMendes Botelho- SimMendes Canale- Sim
12818 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAaDNAL CONSTIfOlNTE Agosto de 1988
Mendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMoema São Thiago - SimMoysés Pimentel- SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - SimOlivio Dutra - SimOrlando Bezerra - SimOsmar Leitão - SimOsmir Uma - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPimenta da Veiga - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém - SimRenan Calheiros - SimRenato Bemardi - SimRenato Vianna - SimRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- SimRoberto Freire - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Carvalho - SimRonan Tito - SimRospide Netto - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - Sim
Sérgio Naia - SimSérgio Spada - SimSevero Gomes - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França-SimTelmo Kirst - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan SpineUi- AbstençãoValmir Campelo - SimVasco Alves - SimVicente Bago - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilson Souza - SimVirgílio Galassi - SimVitor Buaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWilma Maia - SimWilson Campos - SimWilson Marti'1s- Sim
O Sr. Mauro sampaio-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MAURO SAMPAIO (PMOB - CE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade assinalar o meu voto "sim" não registrado nopainel.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) Será anotado.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)Sobre a mesa, proposta de reunião nos seguintestermos:
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTEEXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DAASSEMBLÉIANACIONAL CONSill(JJNTE
Os firmatários, abaixo assinados, vêm requerer,nos termos das normas regimentais, a reuniãodos destaques e emendas infra-referidos, para votação simultânea, relativo ao texto do art. 24, inciso V, para supressão parcial/correção, restandoos textos com a seguinte redação:
"M 24. ...V- produção e consumo;"Transponha-se para o artigo 22, como inciso,
a parte final do inciso acima referido, com a seguinte redação:
"Art. 22....XXVIII - propaganda comercial."Sala das Sessões, de agosto de 1988. Ro-
drigues Palma, D. 1312/E.320-AntonioBritto; D. 313/E.458 - José Fernandes; D.4741E.187 -Matheus Iensen; D.7241E. 1011.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) Anuncio uma reunião de emendas da responsabilidade dos Constituintes Rodrigues Palma, Antônio Britto, José Fernandes e Matheus Iensen.
O que querem S. Ex"'?
O art 24, inciso V, estabelece a competênciasimultãnea, concomitante, da União, dos Estadose do Distrito Federal, para legislarem sobre produção e consumo, inclusive sua propaganda comerciaI.
Querem os proponentes, os autores dos destaques que essa competência, simultânea ou concomitante, não se exercite para legislar sobre propaganda comercial. Legisla-se sobre produção econsumo, não se exercita etc. Querem S. Ex'"retirar "inclusive propaganda comercial", queremeJqCluir essa competência.
Depois, querem que no art. 22, onde dispõe:"Competência privativa", portanto, excludente dasdemais, conste:
"Compete privativamente à União legislarsobre:
XXVlII- defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa civil, mobilização nacional epropaganda comercial."
Quer dizer, a propaganda comercial passaráa estar na área da competência privativa da União:
É o texto.Já foi encaminhada a votação, e o relator é
pela aprovação.Vamos votar.
O Sr. Luiz Soyer - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. LWZ SOYER (PMDB- GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço seja registrado o meu voto na última votação, que foi "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V. Ex' será atendido.
O Sr. Renato Johnuon - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. RENATO JOHNSSON (PMOB-PR.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, igualmente, só para registrar o meu voto "sim" navotação anterior.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães) Constará a declaração de V. Ex"
O Sr. Cláudio Ávna - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. CLAClDIO ÁVIlA (PFL - Se. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, também sópara registrar o meu voto "sim" na votação anterior.
O SR. PRESIDENTE «(JIyssesGuimarães)Constará a declaração de V. Ex'
O Sr. Orlando Pacheco - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (CIlysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ORLANDO PACHECO (PFL - Se.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o meuvoto foi "sim" na votação anterior e não apareceuno painel.
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NAOONAL CONSmUlNTE Sexta-feira 19 12819
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Perfeito.
o Sr. França Teixeira- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FRANÇA TEIXEIRA (PMDB - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, queroregistrar o meu voto na última votação, que foi"sim".
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Gurrnarâesr-iConstará o registro pedido por V.Ex"
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB- PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvotará"sím",
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O PCB vota "sim".
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NElTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sim",
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O PDS vota "sim".
O Sr. Roberto D'ÁviJa -Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
OSR. ROBERTO D'ÁVILA (PDT-RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Bancadado PDT vota "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) OPDTvota "sim".
O Sr. EduardoBonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B votará "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vota "sim" o PC do B.
O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PLÍNIO ARRODA SAMPAIO (PT SP) - Sr. Presidente, o PT vota "sim".
O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Vota "sim", o PSB.
O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EUAS MORA0 (PTB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim",
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O PTB vota "sim".
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o votodo PSDB será "sim".
O Sr. João Menezes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOÁO MENEZES (PFL - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como setrata de emenda de "confusão", continuo a votar"não",
O SR. IPRESIDENtE. (Ulysses Guimarães) Pois não!
O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoq palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Const(tuinte.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberal vota "sim".
O Sr. Inocêncio OUvelra - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOCtNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Liberal não ter participadode qualquer acordo, poísesté'ne disposição denão fazê-los, mas, considerando que essa reuniãode emendas melhora o texto do Projeto Constitucional, a Liderança do Partido recomenda à suaBancada vote "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Muito bem! O eminente Líder do PFL recomendaà sua Bancada que vote "sim".
O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente; 'peçoa palavra pela ordem
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -Tem a palavra o nobre Constituinte. '
O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PMDBvota "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares. A reunião de destaques tem parecer favorávele pronunciamento dos Líderes, conforme é doconhecimento da Casa.
(procede-se à votação)
O Sr. AntônioCâmara - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ANTONIO CÁMARA (PMDB - RN.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade registrar que, na votação anterior, meu votofoi "sim.".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -V.Ex" será atendido.
O Sr. Haroldo Sabóia - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. HAROLDO SABÓIA (PMDB- MA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, gostariade registrar que na votação anterior o meu votofoi "sim". 1
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -V.Ex" será atendido.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação rr 816):
SIM-353NÃO-3ABSTENÇÃO-4TOTAL-36D
A reunião foi aprovada.
VOTARAM OS SRS. CONST/T(J/NTES:
Presidente Ulysses Guimarães - J\bstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAffonso Camargo - SimAfonso Arinos - SimAgripino de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - NãoAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna - SimAloysio Chaves - SimAluízio Campos - SimAmaral Netto - SimAmaury MiJller - SimAmilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - Sim
12820 Sexta-feira 19
Antônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimAmaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martms - SimArnaldo Moraes - SimAmaldo Prieto - SimArolde de Oliveira- SimArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Lira- SimAugusto Carvalho - SimBasílio Villani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral - SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Benevides - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Vinagre - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SimChico Humberto - SimCid Carvalho - SimCid Sabóia de Carvalho - SimCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaso Coimbra - SimDel Bosco Amaral - SimDélio Braz - SimDenísar Ameiro - SimDionísio Hage - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SinoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Lima - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimErico Pegoraro - SimErvin Bonkoski - SimEuclides Scalco - Sim
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAaONAL CONSTITOINTE
Expedito Machado - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFausto Fernandes - SimFelipe Mendes - SimFeres Nader - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Gomes - SimFernando Santana - SimFernando Velasco - SimFirmo de Castro - SimFlorestan Fernandes - SimFloríceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimGabriel Guerreiro - SimGenebaldo Correia - SimGenésio Bernardino - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Peres - SimGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsmael Wanderley - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvo Lech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlínde - SimJairo Cameiro - Sim ,Jamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - AbstençãoJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Menezes - AbstençãoJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - Sim
Agosto de 1988
Jonival Lucas - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJorge Vianna - SimJosé Agripmo - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Guedes - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJosé Viana - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella- AbstençãoLeite Chaves - SimLevy Dias - SimUdice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique ---.: SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizSoyer - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel- SimMaguito Vilela- SimMalulyNeto - SimManoel Castro - SimMansueto de Lavor - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário de Oliveira - SimMário Lima"':" SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - SimMaurício Campos - Sim
Agostode 1988 DIÁRIO DA ASSEMBL..ÉIA NAOONALCONSmUINTE Sexta-feira 19 12821
Maurício Corrêa- SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaurício Pádua - SimMauroBenevides- SimMauroBorges - SimMauroMiranda - SimMauroSampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho- SimMelo Freire- SimMendes Botelho- SimMendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessiasGóis - SimMessiasSoares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis- SimMiraldo Gomes - SimMoemaSão Thiago - SimMoysés Pimentel- SimMyrian PorteUa - SimNaborJúnior~ SimNaphtali Alves de Souza - SimNelsonAguiar- SimNelsone'cl.meiro - SimNelsonJobim - SimNelsonSeixas- SimNelsonWedekin- SimNeltonFriedrich- SimNeyMaranhão- SimNilson Gibson- SimNionA1bemaz - SimNoelde Carvalho - SimNyderBarbosa - SimOctávioElisio- SimOlivio Dutra- SimOrlando Pacheco - SimOsmar Leitão- SimOsmir Uma - SimOsvaldoBender - SimOsvaldoSobrinho - SimOswaldoAlmeida - SimOswaldoTrevisan- SimOttomar Pinto- SimPaes de Andrade- SimPaes Landim- SimPaulo Delgado- SimPauloMacarini - SimPauloPaim - SimPauloRamos - SimPauloRoberto- SimPauloRobertoCunha - SimPauloSilva- SimPauloZarzur- SimPimenta da Veiga - SimPlínio ArrudaSampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundoBezerra- SimRaimundoRezende- SimRaquelCapiberibe - SimRaulBelém - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi- NãoRenatoJohnsson - SimRenatoVianna - SimRobertoAugusto- SimRobertoBalestra- SimRobertoBrant- SimRobertoCampos - Sim
RobertoD'Avila - SimRoberto Freire- SimRobson Marinho - SimRodriguesPalma - SimRonaldoAragão- SimRonaldoCarvalho - SimRonanTito- SimRonaro Corrêa- SimRospideNetto- SimRubem Branquinho- SimRubem Medina - SimRuben Figueiró- SimRuberval Pilotto - SimRuyBacelar- SimRuyNedel- SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz- SimSérgio Spada - SimSevero Gomes - SimSigmaringa Seixas- SimSílvio Abreu- SimSiqueiraCampos - SimSólon Borges dos Reis- SimStélioDias- SimTadeu França - SimTelmo Kirst- SimTheodoro Mendes- SimTito Costa - SimUbiratanAguiar - SimUbiratanSpinelli - SimUlysses Guimarães- AbstençãoValmir Campelo - SimVascoAlves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni- SimVictor Fontana - SimVIlson Souza - SimVirgílio Galassi- SimVitor Buaiz- SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira- SimWaldyr Pugliesi - SimWalmorde Luca - SimWilma Maia - SimWilson Campos - SimWilson Martins - Sim
o Sr. Eraldo TrIndade-Sr. Presidente,peçoa palavrapela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavrao nobre Constituinte.
O SR. ERALDO 1RINDADE (PFL- AP) Sr. Presidente, peço seja consignado meu voto"sím",
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Será registradoo voto de V. Ex"
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE1'10 1.232
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda na 2T
00182-7- Eraldo TInoco.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N' 182Do Sr. EraldoTinoco
Suprima-se no § 2' do artigo 25 a expressão"a empresa estatai".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Anuncioo destaque para o qual já se processoua votação e não houve quorum. Avotação repete-se agora. Já houve encaminhamento.
O Sr. Eraldo TInoco - Sr. Presidente, peçoa palavrapela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavrao nobre Constituinte.
O SR. ERALDO TINOCO (PFL- BA Semrevisãodo orador.)- Sr.Presidente,salvomelhorjuízo,esta emenda deveriaser encammhada novamente, porque houve um adiamento da discussão, exatamentepelobaixoquorum. Se não houver oportunidade de esclarecer...
O Sr. José Maurício - Sr. Presidente,peçoa palavrapela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavrao nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ MAURíCIO (PDT- RS.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o encaminhamento favorável,realmente se deu ontem,mercê de brilhante exposição do ConstituinteEraldoTinoco.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sr. Constituinte, o contraditório tem que ser feitona ocasião. Alguns Constituintes talvez não estivessem aqui no momento. Alguns Constituintespodiam não estar presentes, e queremos decidircom plena consciência.
Dou a palavraao nobre Constituinte EraldoTinoco, para que o contraditório se estabeleça, depois, através do nobre Constituinte Gabriel Guerreiro.
O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA. Semrevisãodo orador.)- Srs. Constituintes, fiz questão de falar desta tnbuna exatamente para estarmais próximoao nosso Relator, BernardoCabral,a quem peço especial atenção para este assunto,bem como aos meus queridos Lideres NelsonJobim, Luiz Inácioda Silva, Haroldo Uma, e aindaaos demais Lideres.
Srs. Constituintes, o texto aprovado diz, claramente, que a distribuição de gás é competênciado Estado, que pode exercitaresta competênciadiretamenteou mediante concessão. Nestepontovem o complemento que queremos tirar: "concessão à empresa estatal".
Srs. Constituintes, se o texto constitucionaldeclara que o Estadó pode exercitaresses serviçosdiretamenteou mediante concessão, é óbvioqueem todas as situações possíveis e imaginárias aprioridadede exploraçãodos serviços de gás encanado será do Estado. Exemplos:São Paulodispõe de uma empresa de gás, já exploraesse serviço. O texto constítucronal está assegurando aoEstado de São Pauloa realização desses serviços,essa empresa já atua e também nas outras localidades onde ela não conseguiu chegar.
a Estado que não disponha de uma empresaestatalde distribuição de gás, desejando executaresses serviçosatravésde uma estatal,poderá fazêlo,porqueo textoconstitucional assegura ao Esta-
12822 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINlE Agosto de 1988
do a exploração desses serviços diretamente oumediante concessão. É óbvio,o Estado que desejar criar a sua estatal para a distribuição de gás,e desejando fazê-lo por intermédio de uma empresa estatal, se retirarmos essa exigência exclusiva para empresa estatal, esse Estado poderáadotar essa solução.
O que acontece, Sr. Relator Bemardo Cabral?Vamos imaginar uma localidade qualquer do interior do Amazonas, da Bahia, de São Paulo, ondeo Estado, através de sua empresa de gás, nãopossa ou não queira fazer um investimento paraservir à população; vamos supor que naquela localidade haja um empresário que deseja prestaresse serviço à sua comunidade. Pelo texto aprovado no primeiro turno, não será possível, querdizer, a população poderá estar prejudicada poressa limitação,a limitação de o Estado não poderconceder esse serviço a uma empresa privada.Então, Sr. Presidente, Srs. Constituintes,é, no mínimo, um exagero, porque a condição básica jáestá assegurada: O Estado tem prioridade paraexercitar o serviço diretatamente ou, se desejar,através de uma empresa estatal, porque o Estadodeterá a competência de poder concedente. Seo Estado não desejar conceder a exploração doserviço a uma empresa privada,por ter uma solução estatal mais apropriada, não estará vedadono texto constitucional. E o inverso: se o Estadonão tiver interesse, mas existiremempresas privadas interessadas em prestar esse serviço, só teremos um prejudicado: a população.
Srs. Líderes, Sr. Relator, peço-lhe um poucode reflexão para aprovarmos essa emenda, que,acredito, é útile benéfica ao País,sem criarnenhuma' restrição.
, O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavrao Sr. ConstituinteGabrielGuerreiro,para encaminhar o contraditório.
O SR. GABRIEL GUERREIRO (PMDB PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr. Relator, Srs. Constituintes, o assunto tratadonesta emenda é da maior importância.
Acabei de ouvir, atentamente, o ConstituinteEraldo Tinoco apresentar uma argumentaçãodesta tribuna, baseado em algumas suposiçõesmuito remotas de uma cidadezinha lá no interioretc.,etc..Issoestá absolutamente fora da realidadebrasileira.
Este País tem um grande problema com a suamatriz energética. A matriz energética brasileira,no seu futuro, está praticamente condenada acuidar da questão do gás, porque todas as baciassedimentares brasileiras, e mui especialmente asbacias sedimentares continentais, que são asgrandes bacias sedimentares brasileiras - a Bacia do Amazonas, a Bacia do Maranhão e a Baciado Paraná, e todas as da plataforma continental- são, tecnicamente, bacias promissoras paragás, não são promissoras para óleo.
A indústria brasileira totalmente terá de estarligada à produção e consumo de gás no futuro.Não estou aqui fazendo Constituição para hoje,estou fazendo para o amanhã, para o futuro. Temos que manter na mão da União, dos Estadose dos Municípiosa questão estratégica da distribuição de gás encanado, porque a indústria éfundamental para este País. É isso que está portrás desta questão. Não está por trás desta questãoa distribuição de gás lá na minha pobre cidade
de Oriximiná, está, sim na distribuição do gásfundamental para a redução de metais, por exemplo, para a produção de energia direta para af~rica de São Paulo e de qualquer pólo industrial.E isso que está em jogo. A grande produção deenergéticos fósseis neste Pais será a produçãode gás, indiscutivelmente, porque a Bacia doAmazonas está lá com uma fantástica quantidadede gás, a Bacia do Maranhão tem promessas degás, a Bacia do Paraná tem gás, todas as baciasque perfuramos na plataforma continental sãoprodutoras de gás. Está lá a Bacia de Marajó.A produção de gás na Bacia de Marajó é fato,mas a produção de petróleo não o é. Contaramuma balela.Pode até vira ser, mas neste momentoninguém pode falar naquilo. Não há dados cíentífícos para falar disso. A realidade é esta: a matrizenergética brasileira vai precisar cuidar do gás.Por quê? Porque a transmissão do gás se fazsemperda. Hoje um gasoduto é muito mais baratodo que a transmissão de milhares de quilômetros,como seria o caso de transferir energia elétricada Amazônia para São Paulo, o que é impossívelpois a perda é extraordinariamente alta, e o custodo linhão é muito maior do que um gasoduto.Então, este País está condenado na sua matrizenergética para o futuro. Essa distribuição de gásna cidade é para a indústria, e não para o fogãode ninguém, porque o fogão requer o botijão.Estou cuidando da estratégia da produção nacional.
Portanto, é fundamental se mantenha na mãodo Estado estrategicamente esta questão. E nãome venham aqui dizer que uma empresa lá nacidade de não-sei-de-onde vai encanar gás emOriximiná.
Meu caro Relator, V. Ex- conhece o interior.Srs. Constituintes, V. Ex-" sabem muito bem quenão se encana gás em cidadezinha do interior.É uma suposição, é um sofisma, é uma maneiracapciosa de querer induziraqui que se mexa coma estratégia fundamental-a dístríbuíçâo de energia neste País, que tem, obrigatoriamente, queficar nas mãos do Estado.
Peço aos Srs. Constituintes meditem sobre aquestão, que votem "não" a esta proposta, deixemo texto como está. É melhor para este País, émelhor para o nosso futuro. (palmas.)
O Sr. Manoel Castro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (OIyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MANOEL CA51R0 (PFL- BA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, tenho umainformação relevante sobre este assunto. Por isso,dirijo-me ao Relator, antes que S. Ex- sobre elese pronuncie.
Quero lembrar àqueles que me ouvem queprestem atenção, porque foi por causa de informação relevante que mudamos uma decisão daAssembléia NacionalConstituintecom 280 votos,na questão da concessão e da permissão de serviço público, e que diz respeito à política tarifária.
Sr. Relator, em política não há segredo, empolíticahá desinformação. Na questão do gás encanado, defendido brilhantemente pelo Constítuinte Eraldo Tinoco e depois contra-argumentado pelo Constituinte GabrielGuerreiro,é importante considerar que a exclusão da palavra "estatal" não causa prejuízo~.
Sr. Presidente, o assunto é de fato relevante.Existem, hoje, três cidades do Nordeste brasileiroque contam com um sistema de distribuição degás por empresa privada.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães. Fazendo soar a campainha.) - Os oradores quequeiram fazeruso da palavratêm que se inscrever.
O SR. MANOEL CAS1RO -Isso não é incompatível com o progresso do setor.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Está com a palavra o nobre Relator.
O SR. MANOEL CAS1RO - Sr. Presidente,este assunto pode ...
O SR. PRESIDENTE (OIyssesGuiplarães)Mas todo assunto é da maior importância, ExV. Ex- deveria inscrever-se. Conto com a colaboração de V.Ex-
O SR. MANOEL CAStRO - Não fízernosa inscrição porque ...
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Já fuiliberal,permitindo a reabertura da discussãodo assunto.
O SR. MANOEL CA51R0 - V.Ex-está deixando de obter uma informação importante. Então, inscrevo-me para falar a favor.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães. Fazendo soar a campainha) - Não há maís ninguém inscrito.
Com a palavra o Relator.
O SR. MANOEL CAStRO - Sr. Presidente,quero deixar registrado meu protesto contra estaviolência. Espero que o Sr. Relator utilize essainformação com relação a um dado errado queestá sendo trazido à Assembléia Nacional Constituinte.
-O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Vamos ouvir o Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, apenas para levar ao conhecimento da Casa - e creio que é desnecessário, porquetodos os Srs. Constituintes, a partir de ontem,já estão devidamente informados e esclarecidossobre a matéria - o art. 25, § 2°, casa-se como art. 183 do texto do projeto, que diz:
"Constituem monopólio da União:
N - o transporte marítimo do petróleobruto de origem nacional ou de derivadoscombustíveis de petróleo produzidos no País,bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gásnatural de qualquer origem;"
Sr. Presidente, isto é suficiente.Pela rejeição da emenda.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Vamos à votação.
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Sem, revisão do orador.) - Sr. Presidente, em defesa
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIANAOONALCONSTITUINTE Sexta-feira 19 12823
do interesse nacional, o Partido Comunista Brasileiro votará "não".
O Sr. José Mauricio - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ MAURíCIO (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDT, coerente com a etema linha de soberania nacional,vota "não".
O Sr. Ademir Andrade - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará "não".
O Sr. Bonifácio de Andrada - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. BONIFÁCIO DE ANDRADA (PDS- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,oPDSvota "sim".
O Sr.EduardoBonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONAM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Partido Comunista do Brasil votará "não".
O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, paraesclarecer melhor a nossa orientação, peço aoilustre Relator nos informe: no caso de gás embotijão, pode ser feito só por empresa estatal oupode ser feito por empresa privada, mantendo-seo texto do Projeto constitucional?
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Atenção! É um pedido de esclarecimento, queserá dado rapidamente.
Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. PresiderTte, tenho que render as minhas homenagens ao eminente Constituinte Inocêncio Oliveira...
O Sr. Inocêncio Oliveira - Muito obrigado.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) ... que, no dificilexercicio da Liderança, sabe quetem de cumprir o seu dever.
O texto é claro: gás canalizado, que não seconfunde com gás em botijão.
O Sr. Adolfo OUveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado Partido Liberal vota "não".
O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ELIAS MURAD (PTB- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTB sugereà sua bancada votar "não".
O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.Sem revisão do orador.)-Sr. Presidente, o PMDBvota "não".
O Sr. Inocêncio Oftveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tendosido devidamente esclarecida, a Liderança do Partido da Frente Liberal recomenda à sua Bancadaque vote "sim".
O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PTSP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "não".
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ·ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, pelasmesmas razões do voto anterior na mesma matéria, o PSDB vota "não".
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NE'lTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS temquestão aberta.
O Sr. Haroldo LIma - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B votará "não".
O Sr. Nelson JobIm - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBvotará "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares. A proposição tem parecer contrário do eminente Relator.
(Procede-se li votação.)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n- 817):
SIM-114NÁO-261ABSTENÇÃO - 4TOTAL-379
A emenda foi rejeitada.
VOTARAM OS SRS. CONSTfT(JINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - NãoAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira - NãoAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - NãoAfonso Sancho - NãoAgripino de Oliveira Lima - SimAlarico Abib - NãoAlbérico Cordeiro - NãoAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna - SimAlfredo Campos - NãoAloysio Chaves - SimAluizioBezerra - NãoAluízio Campos - SimAlysson Paulinelli - SimArnaral Netto - SimArnaury Müller - NãoArnilcar Moreira - NãoAnna Maria Rattes - NãoAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - NãoAntônio Câmara - NãoAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoArnaldo Martins - SimArnaldo Moraes - NãoArnaldo Prieto - SimArolde de Olivêira - SimArtenir Werner - NãoArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - NãoAssis Canuto - SimÁtila Lira - SimAugusto Carvalho - NãoAureo Mello - NãoBasílio Víllaní - SimBenedicto Monteiro - Não
12824 Sexta-feira 19
Benedita da Silva - NãoBenito Gama - SimBernardo Cabral- NãoBeth Azize - NãoBezerra de Melo - NãoBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal- NãoCarlos Chiarelli- AbstençãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCarrel Benevides - NãoCássio Cunha Uma -'- NãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - NãoCésar Maia - NãoChagas Duarte - NãoChagas Rodrigues - NãoChico Humberto - NãoCid Sabóia de Carvalho - NãoCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - NãoDarcy Pozza - SimDaso Coimbra - SimDel Bosco Amaral- NãoDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDionísio Hage - NãoDirce Tutu Quadros - NãoDirceu Cameiro - NãoDivaldo Suruagy - NãoDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - NãoDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Uma - NãoElias Murad - NãoEliel Rodrigues - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoErvin Bonkoski - SimEuclides Scalco - NãoEunice Michiles- SimExpedito Machado - SimFábio Feldmann - NãoFarabulini Júnior - NãoFausto Femandes - NãoFelipe Mendes - SimFeres Nader - NãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Gomes - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - NãoFlorestan Fernandes - NãoFlcríceno Paixão - NãoFrança Teixeira - AbstençãoFrancisco Amaral - NãoFrancisco Benjamim - Não
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
Francisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Diógenes - SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Rossi - NãoFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - NãoGenebaldo Correia - NãoGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - NãoHaroldo Uma - Não
. Haroldo Sabóia - NãoHélio Costa - NãoHélio Duque - NãoHélioManhães - NãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - NãoHumberto Lucena - NãoHumberto Souto - NãoIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsmael Wanderley - NãoIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - Nãolturival Nascimento - SimIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJamil Haddad - NãoJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - NãoJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - NãoJesus Tajra - NãoJoaci Góes - NãoJoão Agripino - NãoJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - NãoJoão Paulo - NãoJoão Rezek - SimJoaquim Bevilacqua - NãoJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - NãoJorge Bornhausen - SimJorge Hage - NãoJorge Medauar - NãoJorge Uequed - NãoJorge Vianna - SimJosé Agripino - NãoJosé Camargo - SimJosé Carlos Grecco - NãoJosé Carlos Sabóia - NãoJosé Costa - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - Não
Agostode 1988
José Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - NãoJosé Guedes - NãoJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - NãoJosé Melo - NãoJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Richa - NãoJosé Tavares ~ NãoJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- NãoJosé Viana - NãoJosé Yunes - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - SimLael Varella- SimLeite Chaves - NãoLevy Dias - SimLídice da Mata - NãoLouremberg Nunes Rocha - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - NãoLuizGushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuizInácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - SimLuizSalomão - NãoLuizSoyer - SimLuizViana Neto - NãoLysâneas Maciel - NãoMaguito VIlela - SimMaluly Neto - Não'Manoel Castro - SimManoel Ribeiro - NãoMansueto de Lavor - SimManuel Viana - SimMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - NãoMário Uma - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - SimMaurício Campos - AbstençãoMaurício Corrêa - NãoMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - NãoMaun1io Ferreira Uma - NãoMauro Benevides - NãoMauro Borges - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - NãoMax Rosenmann - Sim
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12825
Meira Filho - SimMelo Freire - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMilton Lima - NãoMilton Reis - NãoMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - NãoMozarildo Cavalcanti - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Cameiro - NãoNelson Jobim - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - NãoNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - NãoOdacir Soares - NãoOlívio Dutra - NãoOrlando Bezerra - SimOrlando Pacheco - SimOscar Corrêa - SimOsmir Uma - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - NãoPaes Landim - SimPaulo Almada - NãoPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - NãoPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRaimundo Bezerra - NãoRaimundo Lira - NãoRaimundo Rezende - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRenan Calheiros - NãoRenato Bemardi - NãoRenato Johnsson - SimRenato Vianna - NãoRicardo Izar - SimRoberto Augusto - NãoRoberto Balestra - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - NãoRoberto Torres - NãoRobson Marinho - Não
Rodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSamir Achôa - NãoSantinho Furtado - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Brito - NãoSérgio Spada - NãoSevero Gomes - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoStélio Dias - SimTadeu França - NãoTeotônio VilelaFilho - NãoTheodoro Mendes - NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - SimVasco Alves - NãoVicente 8ogo - NãoVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - NãoVilson Souza - Não
'Vinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVitor Buaiz - NãoVivaldo Barbosa - NãoVladimir Palmeira - NãoWagner Lago - NãoWaldyr Pugliesi - NãoWalmor de Luca - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - NãoWilson Martins - Não
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio os Destaques na 1.004, do nobre Constituinte Ruben Figueiró, e na 1.286, da nobre Constituinte Rita Furtado.
Pergunto se o nobre Constituinte Ruben Figueiró está presente na Casa. (Pausa.)
S. Ex' retira a emenda.A nobre Constituinte Rita Furtado está presen
te? (Pausa.)S. Ex' está ausente.
O Sr. Paulo Paim - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, gostaria apenas deanunciar que na votação anterior o meu voto foi"não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Será feito o registro.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Nobre Constituinte Nelson Jobim, há, aqui, naemenda, aquela erudita discussão entre "ocupado" e "domínio". Isto já está resolvido ou não?
O SR. NELSON JOBIM (pMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a informaçãoque temos é que o Senador Nelson Wedekin haviadesistido de sua emenda.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Não, é o Constituinte Messias Góis.
O SR. NELSON JOBIM - Sr. Presidente,temos que resolver com o Constituinte NelsonWedekin o problema dessa fusão. Peço, então,a V.Ex"não coloque em votação.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Perfeito. Esta emenda já estava sobrestada. Porisso, não criamos nenhuma novidade.
O Sr. Raimundo Ura - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. RAIMUNDO URA (PMDB-·PB. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria deregistrar o meu voto na votação anterior, - "sim",porque não saiu no painel.
O Sr. Koyu lha - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. KOYU IHA (PSDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, simplesmente paramudar meu voto de "sim" para "não".
O Sr. José Carlos Coutinho - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ CARLOS COUTINHO (PLRJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,na votação anterior, meu voto foi "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Sobre a Mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"10 979
Senhor Presidente:Requeiro destaque para a Emenda na
2T00541-5. - Domingos LeonelU.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gulrríarêesj-eÉ a seguinte a matéria destacada: '
EMENDA N°541Do Sr. Domingos Leonelli
Suprima-se o inciso V do artigo 26.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Destaque na 979, da, nobre Constituinte Domingos Leonelli.
Diz O destaque:
"Art. 26. Incluem-se entre os bens dosEstados: .
V- as terras de extintos aldeamentos indígenas."
12826 Sexta-feira 19 D!ARIoDAASSEMBI.BA NACIONAL COOSTIfUlNTE Agostode 1988
É o texto do nobre Constituinte Domingos Leonelli,a quem concedo a palavra,para encaminhar.
o SR. DOMINGOS LEONEllI (BA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, vou dispensar uma longa sustentação, limitando-me apenasa esclarecer que esta matéria, objeto de acordogeral de todos os partidos, sem exceção, inclusivecom a anuência do Líder Inocêncio Oliveira, doPFL, visa corrigir a introdução, no texto constitucional, de uma figura que já havia sido abolidadesde o século passado, os aldeamentos indigenas, figura que serviu a uma política genocidano século passado e que só foi retomada em1946, mesmo assim com muitas ressalvas.
Desta forma, Sr. Presidente, agradeçoe registroa presença dos guerreiros Caiapós, agradeço acompreensão de todos os partidos nesta Casae afirmo a V. EX que a Constituição que é doscidadãos, dos miseráveis, é também a Constituição dos índios.
O Sr. Mansueto de Lavor - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MANSUEfO DE lAVOR (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade pedir a V. EX registrasse a retificação do meuvoto, que é "não", e saiu "sim".
O Sr. Victor Fontana - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
~O SR. VICTOR FONTANA (PFL-SC. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria deretificar o meu voto. Saiu "não", quando votei"sim".
o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Pois não, constará a retificação.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, SI"" e Srs. Constituintes, acompanhei a evolução dos estudos feitos em derredordesta emenda do eminente Constituinte Domingos Leonelli. Depois, consegui ouvir cada LidelllI1ça, isoladamente. Todos os Líderes com assento nesta Assembléia Nacional Constituinte foram unânimes na opinião de que esta emendamerece ser acolhida.
Sr. Presidente, o relator acompanha e louvao trabalho do Constituinte Domingos Leonelli,dando parecer pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem,
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. pl..Ú'no ARRUDA SAMPAIO (PT 'SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT votará "sim".
O Sr. Tadeu França - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. TADEU FRANÇA (PDT - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDT, saudando as delegações dos índios de todo o Brasilaqui presentes, votará "sim".
O Sr. Jarbas Passarinho - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JARBAS PASSARINHO (PDS - PASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDSrecebe um apelo do seu Presidente nacional paraque a sua bancada vote "sim".
O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileirovotará "sim".
O Sr. Eduardo Bonftm-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,em defesa das terras indígenas, o PC do B votaráusim".
O Sr. Siqueira Campós - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - ao.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido Democrata Cristão, saudando todas as nações indigenas do Brasil, votará "sim".
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE - (PCB - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvotará "sim".
O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem.? palavra o nobre Constituinte.
O SR. MENDES RIBEIRO (PMDB - RS.-Sern revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PMDB.votará "sim".
O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PlB votará "sim".
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peço.a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOlA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr..Presidente,os acordos feitos nesta Casa para a questão dos índiosem geral, é um dos mais altos momentos daAssembléia Nacional Constituinte.
O voto é "sim".
O Sr. Inocêncio ODveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOCêNCIO OLIVEIRA (PFL -·PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido da Frente Liberal recomenda a sua Bancadavote "sim".
O Sr. Adolfo ODveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL- RJ.SemIrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberalcoloca-se ao lado dos brasileiros mais brasileiros que são os índios e vota "sim".
OSr.AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constitúíntes, leio, rapidamente, uma nota, para justificara ausência, nesta Casa, do nosso CompanheiroJoão Herrmann Neto durante certo penedo:
"O Deputado João Herrmann Neto (PSB- SP), que esteve afastado dos trabalhosda Constituinte por questão de saúde, comunica que seu retorno à Assembléia Nacional 'Constituinte se deu no dia 2 (dois) de agosto.Ele justifica sua ausência através do atestadomédico em anexo.
O Deputado, filiado ao Partido SocialistaBrasileiro, enfatiza que, embora candidato aprefeito em sua cidade, Piracicaba (SP), estáe estará presente a todos os momentos devotação da Assembléia Nacional Constituinte, para preservar os, avanços conseguidospela Carta, assim como garantir sua promulgação em breve, entregando o Brasil à normalidade democrática."DOCUMENTO Ã Q(JE SE REFERE O GWA
DOR:CÚNICA DR.JOSÉ FERNANDOGOBBO
ADExrrr Sr,Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteDeputado Ulysses Guimarães
Prezado Senhor,VimosComunicar a V.EX que nesta data nosso
paciente Dep. Federal João Herrmann Neto.encontra-se de alta médica estando apto a reternar às suas atividades parlamentares, com resm;.ções a frequência a locais climatizados artificialmente.
Sem mais, firmo-me.Campinas, 1° de Agosto de 1988.
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUlNTE Sexta-feira 19 12827
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Antes da votação, como Presidente, quero, emnome de todos, saudar e cumprimentar o comportamento exemplar dos nossos patrícios índios,que aqui se encontram, colaborando com a normalidade de nossos trabalhos. (Palmas.)
Srs. Constituintes, queiram tomar 05 seuslugares. A disposição a respeito da emenda é do conhecimento geral do caso.
(Procede-se à votação}
O Sr. Domingos LeoneUi - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. DOMINGOS LEONELU (BA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs, Constituintes, antes mesmo de ser anunciado o resultado, faço o registro de uma omissão muito séria,naminha rápida sustentação: é atribuída a responsabilidade dessa articulação, à atenção que foidada à pesquisa feita e à movimentação que serealizou, ao papel inestimável do Deputado Márcio'SantUlo, que, estando conosco aqui, desempenhou papel importantíssimo na aprovação destaemenda. (Muito bem!)
O Sr. Virgílio Guimarães - Sr. Presidente;peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VlRGfUO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade registrar que na votação anterior o meu votofoi "não", apesar de não ter aparecido no painel.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimo-;;es) -V.Ex"será atendido.
O Sr. Aluízio Bezerra - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ALUÍZIO BEZERRA (PMDB - AC. .Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apenaspara registrar meu voto "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Será registrada a declaração de V" Ex"
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (votação na 818):
SIM-367NÃO-3ABSTENÇÃO - 3TOTAL-373
A Emenda foi aprovada.
VOTARAMOS SRS. CONSrrraINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - SimAfonso Arinos - Sim
Agripino de Oliveira Uma - SimAlarico Abib - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel - SimAloysio Chaves - SimAluízioCampos - SimAlysson Paulinelli - SimArnaral Netto - SimArnaury Müller- SimArnilcar Moreira - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Lira - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello - SimBasílio VIllani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Benevides - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SimChico Humberto .,.... SimCid Carvalho - SimGáudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaviAlves Silva - SimDélio Braz - SimDenisar Arneiro - Não
Dirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Lima - SimElias Murad - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimEuclides Scalco - SimEunice Michiles - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFausto Fernandes - SimFeres Nader - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Gomes - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimAavio Palmier da Veiga - SimFlorestan Fernandes - SimAoriceno Paixão':"" SimFrança Teixeira - SimFrancisco Arnaral- SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Coelho - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Diógenes - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - SimGastone Righk- SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Camata - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGidel Dantas - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira - SimIram Saraiva - SimIsmael Wanderley - SimIsrael Pinheiro - Simlturival Nascimento - SimIvo Lech - SimIvotia!~di_ - ~~
12828 Sexta-feira 19
IvoVanderlinde - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Lobo - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoão Rezek - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - SimJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Dutra - SimJosé Egreja - SimJosé Femandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Freire - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - SimJosé Queiroz - SimJosé Richa - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Viana- SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLeite Chaves - SimLevyDias - SimLídice da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - Sim
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
LuizGushiken - SimLuiz Henrique - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizSoyer - SimLysâneas Maciel - SimMaguito Vilela - SimMalulyNeto - SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - Sim,.\aria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - SimMaurício Campos - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaunlio Ferreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMelo Freire - SimMendes Botelho - Sim
. Mendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessias Soares - SimMichelTemer - SimMiltonBarbosa - SimMilton Lima - SimMiltonReis - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - SimMussa Demes - SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion Albemaz - SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - Sim
. Octávio Elísio - SimOlívioDutra - SimOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmar Leitão - SimOsmir Lima - SimOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - Sim
Agosto de 1988
Oswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes Landim - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - SimPlínioArruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - SimRenato Vianna - SimRicardo Izar - NãoRoberto Augusto - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila - SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadíe Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - SimSérgio Werneck-i- SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotônio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan SpinelIí - SimValmir Campelo - SimVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - NãoVilson Souza - SimViníciu~ Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgílio Guimarães - SimVitorBuaiz - Sim
Agosto de 1988 DIÁRIO DAA..c;sEMB1...ÉIA NAOONALCONSTITUINTE Sexta-feira 19 12829
Vivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Ornélas - SimWaldyrPugliesi - SimWilma Maia- SimWilson Campos - SimWilsonMartins - Sim
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQOERJMEN.TO DE DESTAQUEN°!.OS8
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°
2TOO793-1 - Luiz Soyer.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) É a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N° 193DoSr. LuizSoyer
Suprima-se integralmente o § 3° do Art. 27
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Anuncio o Destaque n9 1.058, de autoria do nobreConstituinte LuizSoyer. (Pausa.)
S. Ex" deseja manter a emenda? O texto estabelece a iniciativa popular no processo legislativoestadual. É da maior importância. (Pausa.)
S. Ex"vai mantê-Ia.
A S ... lona Passoni - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem. -
O SR. PRESIDENTE.(Ulysses Guimarães)Tem a palavra a nobre Constituinte.
A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão da oradora.) - Sr. Presidente, registroo meu voto, que é "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V.Ex' será atendida.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte Luiz Soyer,para encaminhar.
O SR. LWZ SOYER (PMDB - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs, Constituintes, gostaria de lera justificativadesta emenda.Trata-se de emenda de interesse de todas as Assemblêías Legislativas do Brasil.Há- parece-me- um entendimento contrário por parte das Lideranças. Não obstante, chamaria a atenção dosSrs. e Sr'"Constituintes,porque se trata de matériade interesse de todas as Assembléias Legislativasdo Brasil.
Nem mesma a Carta Constitucionalatualmenteem vigor, outorgada pela Junta Militar, teve a ousadia de cassar ou restringir a prerrogativa dasAssembléias Legislativasno que se refere à competência do Poder LegislativoEstadual para exercitar a iniciativa das leis que fixam vencimentose vantagens dos seus próprios servidores e regularo regime jurídico dos mesmos. É incrível queo § 3° do art. 27 tenha sido inserido no textoda Constituição,ora em discussão e votação, coma finalidade estranha de restringiras prerrogativasdo Poder Legislativo dos Estados-Membros.
Valeressaltar que a Constituinte houve por bemnão só manter como também ampliar essas prerrogativas das duas Casas do Congresso Nacional.
Ãfigura-se-nos incoerência absurda não semanter para as Assembléias Legislativasas mesmas prerrogativas resguardadas para o Congresso Nacional, no que tange à matéria pacificamente considerada de economia interna das CasasLegislativas.
Ora, da mesma forma que a Constituinte semostrou ciosa em manter e ampliar essas prerrogativªs do Congresso Nacional, deveria, no mínimo, deixar a critériodo Constituinte estadual essamatéria interna cOJPOris da Assembléia legislativa.Como não o fez,a solução será a supressãodo § 3° do art 27, a fun de que as futuras Constituições Estaduais possam, obedecendo ao princípio da Lei Maior, dispor livremente a respeitodo assunto do seu peculiar interesse.
Se prevalecer o § 3° do art. 27, no corpo daConstituição, como foi aprovado no primeiro turno, a Constituinte estará praticando discriminaçãoodiosa para com os legisladores estaduais, vezque o art. 60 do texto constitucional dispõe:
"É da competência exclusivade cada umadas Casas do Congresso Nacional elaboraro seu Regimento Interno e díspor sobre organização, funcionamento, polícia, criação,transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixaçãoda respectiva remuneração, observados osparâmetros estabelecidos na Leide DiretrizesOrçamentárias. "
Como se vê,se no âmbito nacional o Legislativocontinua com as prerrogativas para organizar daforma mais abrangente possível, os seus serviçosadministrativos,por que se negar ao Constituinteestadual essa competência?
Por isto,SOl e Srs. Constituintes, se o § 3°permanecer, vai-se retirar a competência de as Assembléias Legislativas fixarem o seu quadro de pessoal.
Assim, para que as Assembléias Legislativasfiquem com o mesmo poder do Congresso Nacional, para não haver discriminação no tocanteàs Casas Legislativasde nívelestadual, proponhoa supressão deste § 3°, mesmo que o parecerdo Relator di~a que não haverá prejuízo.
Não havendo prejuízo, se o § 3° permanecer,evidentemente ficarárestrita a sua capacidadenostermos do referido parágrafo. Não se poderá aplicar, porque, se se pudesse, não iriarestringir coma existência do § 3°. (Muitobem!)
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte José Fogaça.
O SR. JOSÉ FOGAÇA (Relator)-Sr. Presidente, Srs. Constituintes, não tem procedênciaa argumentação do ilustre Constituinte LuizSoyer,uma vez que este § 3° visa simplesmente a resguardar a competência das Assembléias Legislativas no âmbito dos seus interesses internos, atépara evitar a inteferência do Poder Executivo. Acompetência não se presume, é preciso que aíseja resguardada estritamente essa competência.
Quanto ao poder de iniciativa para a criaçãode cargos, isto não está vedado pela ConstituiçãoFederal, e poderá ser assegurada pelas Constituições Estaduais.
Portanto, o parecer do RelatorBernardo Cabraljá está claro, no sentido da rejeição.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) O Relator é pela rejeição.
O Sr. Luiz Soyer - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. LWZ SOYER (PMDB - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, embora nãosendo convencido pelas Lideranças, porque entendo que este parágrafo está restringindo a açãodas Assembléias Legislativas, e havendo um acordo geral, para ganhar tempo, retiro a emenda.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Nossos aplausos ao eminente Companheiro LuizSoyer.
Tem a palavra o nobre Constituinte Antero deBarros. (Pausa.)
S. Ex' está presente? (Pausa.)O ConstituinteAntero de Barros está em Plená
rio? (Pausa.)Pergunto a S. Ex" se mantém a emenda. (Pau
sa.)Retira.Os nossos cumprimentos.O nobre Constituinte Matheus Iensen está pre
sente no Plenário? (Pausa.)
O Sr. Matheus Iensen - Estou presente, Sr.Presidente.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V. Ex"mantém a emenda?
O SR. MATHEUS IENSEN (PMDB - PR.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, contribuindo para a rapidez da votação da AssembléiaNacional Constituinte, retiro o meu destaque.(Muitobem! Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Muitograto a V. Ex"por retirar o destaque.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)O nobre Constituinte IrajáRodrigues está presente?
O Sr. Jorge Uequed - Peço a palavra pelaordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JORGE UEQ((E() (PMDB - RS.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o nobreConstituinte Irajá Rodrigues pediu-me que retirasse sua Emenda, porque S. Ex" não pôde comparecer hoje à sessão.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-S. Ex" retira a Emenda.
A Emenda é retirada, mesmo porque S. Ex'não está presente e, pelo Regimento, não se podeapreciá-Ia.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Anuncio a Proposição do nobre ConstituinteMauroMiranda.
O SR. MAURO MIRANDA (PMDB - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, retirominha proposição.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-S. Ex' retira a proposição. Os nossos agradecimentos a S. Ex'
12830 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINlE Agosto de 1988
o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Anuncio a proposição do nobre Constituinte Domingos Juvenil.
O SR. DOMINGOS JOVENIL (PMOB - PASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu aretiro.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQQEN°572
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n9
2T00465-6. - Waldeck Omelas.
O SR. PRESIDENTE «(lJysses Guimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N9 465Do Sr. Waldeck ameIas
Suprima-se, do Projeto de Constituição (B) o§ 3° do art. 32.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a proposição do nobre Constituinte WaIdeck Omelas,
S. Ex" propõe a supressão do § 3°, do art. 32,que diz:
"As contas dos Municípios ficarão durantesessenta dias, anualmente, à disposição dequalquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei."
O nobre Constituinte Waldeck Ornelas quer asupressão deste dispositivo.
Tem a palavra o nobre Constituinte, para encaminhar.
O SR. WALDECK ORNELAS (PFL - BASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, há uma fórmula para resolvermosesse problema, de ganhar-se tempo. na elaboração da nova Constituição. É retirar este dispositivodo Projeto, porque ele é, nítida e caracteristicamente, supérfluo, ocioso e indigno para comas administrações municipais de nosso País.
Dizo dispositivo:
"As contas dos Municípios" - atentembem para o fato - "ficarão, durante sessentadias, anualmente, à disposição de qualquercontribuinte, para exame e apreciação, o qualpoderá questionar-lhes a legitimidade, nostermos da lei."
Ainda vai existiruma lei.Ora, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, no qae
dizrespeito à competência dos Tribunais de Contas, o art. 76, § 2°, já estabelece, de forma muito.mais ampla, que
"Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, naforma da lei, denunciar irregularidades ouabusos perante o Tribunal de Contas daUnião."
O art. 77 diz:
"As normas estabelecidas nessa sessão"- que se referem ao Tribunal de Contasda União - "aplicam-se, no que couber, àorganização e fiscalização dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal,e dos Tribunais e Conselhos de Contas dosMunicípios."
Ora, no § 2°do art. 76, esse direito é asseguradoa qualquer cidadão, no § 3°, que quero suprimir,o direito é dado a qualquer contribuinte. Não hádúvida de que, existindo um Conselho de Contasnos municípios, ou sendo a fiscalização extemada Câmara de Vereadores exercida com apoiodo Tribunal de Contas dos Estados, a existênciadeste dispositivoé completamente desnecessária,ou, então, vão existir duas leis para tratar de ummesmo assunto.
Por isso, o meu apelo ao bom senso. Não setrata, apenas, de suprimir votações; o mais corretoé que votemos, e votemos para retirar dispositivoscomo este, que são inócuos, supérfluos, ociosose, sobretudo, desrespeitosos para com os administradores municipais de nosso País. (Muitobem!)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o Sr. Constituinte José Fernandes,para o contraditório.
O SR. JOSÉ FERNANDES (PDT - AM.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, desejo encaminhar contra, ou seja,pela rejeição da Emenda Waldeck Omêlas, porque é a primeira vez que é inserida, em um textoconstitucional, a obrigatoriedade de os administradores prestarem contas aos seus munícipes,àqueles que, realmente, pagando os tributos, financiam as atividades das diversas comunas.
Só queria lembrar ao Constituinte que quer suprimir este texto que está falida hoje a instituiçãodo exame das contas municipais por parte dosTribunais de Contas ou até dos Conselhos deContas. A verdade é que algumas contas estãohá mais de 10 anos nesses Conselhos. E mais,os Conselhos são preenchidos através de açõespolítícas e não há, na história da verificação dascontas públicas municipais, qualquer tipo de segUrança que dig~ que os Conselhos, por exemplo,de Contabilidade, de Economia, de Engenharia,e assim por diante, podem verificar as contas.A única maneira é abrir à sociedade o examedas contas dos administradores municipais, senão vai continuar a haver corrupção desenfreadanas comunas, sem que se possa colocar um freioa essa ação que tem, a cada dia, dilapidado osrecursos municipais.
Portanto, pela rejeição da emenda supressivado Constituinte Waldeck Omélas. (Muitobem!)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos ouvir agora o parecer do Relator.
O SR. JOSÉ FOGAÇA (Relator) - O parecer, Sr. Presidente, é pela rejeição.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O Relator manifesta-se pela rejeição da emenda.
Vamos à votação.
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, o PCBvotarácontra.
O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará contra.
O Sr. Plínio Amlda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PLíNIo ARRODA SAMPAIO (Pf SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Pl', como é favorável a glasnost, não vai votarem uma emenda antigJasnost. De modo quevota "não",
o Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palvra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMOBvota "não".
O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR.INOCéNCIO OUVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PFLdeixa a questão em aberto no seio de sua Bancada.
O Sr. Florlceno Paixão - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palvra o nobre Constituinte.
O SR. FLORlCENO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota "não".
O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM(PC do B - AL.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B vota "não".
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PSDBvota "não".
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NElTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"não".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)A Presidência declara que conversou com a1gu-
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBlÉIANAGONALCONSTITrnNTE Sexta-feira 19 12831
mas Lideranças, fazendo um apelo quanto a umadecisão que quer tomar, que os dias da semanaque vem, a semana da concentração, sejam destinados à votação, para que as Lideranças se reúnam preferentemente à noite. Assim, votaremosde manhã, votaremos à tarde, pelo menos emum número razoável de dias. Conto com a colaboração, o sacrifício de trabalho à noite das lideranças para a votação render mais.
Vamos votar.
O 5r. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O 5R. PRE5IDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O 5R. ADOLFO OUVEIRA (PL- RJ.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoLiberal fica com o texto.
Vota "não".
O 5r. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O 5R. PRE5IDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O 5R. MAURO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDC vota"não".
o 5r. Antônio de Jesus - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O 5R. ANTONIO DE JESU5 (PMDB - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, registroa presença, neste Plenário, de dois companheiros,autênticos evangélicos. Francisco Dias, do Estadode São Paulo, que assumiu a vaga do ConstituinteCardoso Alves, e Paulo Almada, que assumiu avaga do nosso colega Leopoldo Bessone. Sãodois evangélicos que vêm para esta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)A Presidência associa-se às justas manifestaçõesde regozijo de V.Ex"e da Casa.
O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares. A proposição tem parecer contrário. (Pausa)
(Procede-se à votação)
O 5R. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n° 819):
SIM-52NÃO-281ABSTENÇÃO- 5TOTAL-338
A Emenda foi rejeitada.
VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - NãoAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira- NãoAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - NãoAécio de Borba - NãoAgripino de Oliveira Lima - Sim
Albérico Cordeiro - NãoAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - NãoAlmirGabriel - NãoAloysio Chaves - NãoAluizioBezerra - NãoAluízio Campos - NãoÁlvaroValle- NãoArnaury Müller- NãoÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - NãoAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - NãoAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntoniocarlos Mendes Thame - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Gaspar - NãoAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - NãoArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - NãoAugusto Carvalho - NãoÁureo Mello- AbstençãoBasílio VJllani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva- NãoBenito Gama - SimBernardo Cabral- NãoBeth Azize- NãoBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal - NãoCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCarlos Sant'Anna - SimCarrel Benevides - NãoCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - Nãoéésar Maia - NãóChagas Duarte - NãoChagas Rodrigues - NãoCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - NãoCunha Bueno - NãoI)arcy Deitos - NãoDarcy Pozza - NãoDélio Braz - NãoDenisar Arneiro - SimDirceu Carneiro - NãoDjenal Gonçalves - SimDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Lima - NãoElias f./\urad - NãoEliel Rodrigues - Não
Eraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoEuclides Scalco - NãoEunice Michiles- NãoEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - NãoFábio Raunheitti - NãoFarabulini Júnior - NãoFausto Fernandes - NãoFausto Rocha - SimFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - Simflavio Palmier da Veiga - NãoFlorestan Fernandes - NãoFloriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - NãoFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - NãoFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Dornelles - NãoFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - NãoFurtado Leite - NãoGastone Righi - NãoGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGilson Machado - NãoGumercindo Milhomem - NãoHaroldo Lima - NãoHaroldo Sabóia - NãoHélio Manhães - NãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - NãoIberê Ferreira - NãoIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsrael Pinheiro - NãoItamar Franco - NãoIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJairo Azi- SimJamil Haddad - NãoJarbas Passarinho - SimJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - NãoJoão Agripino - NãoJoão Alves - SimJoão Calmon - NãoJoão Castelo - SimJoão de Deus Antunes - NãoJoão Herrmann Neto - NãoJoão Lobo - NãoJoão Machado Rollemberg - NãoJoão Natal - NãoJoão Paulo - NãoJoaquim Bevilacqua - NãoJoaquim Sucena - NãoJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - SimJorge Arbage - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage - Não
12832 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
Jorge Uequed - NãoJosé Camargo - NãoJosé Carlos Coutinho - NãoJosé Carlos Grecco - NãoJosé Costa - NãoJosé Dutra - NãoJosé Egreja - NãoJosé Elias - SimJosé Fernandes - NãoJosé Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - NãoJosé Geraldo - SimJosé Guedes - NãoJosé Jorge - NãoJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Mauricio - NãoJosé Melo - NãoJosé Mendonça Bezerra - NãoJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Richa - NãoJosé Serra - NãoJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - NãoJosé Ulísses de Oliveira - NãoJosé Viana - NãoJosé Yunes - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - NãoLélio Souza - NãoLevyDias - SimUdice da Mata - NãoLouremberg Nunes Rocha - NãoLúcio Alcântara - NãoLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuizFreire - NãoLuiz Gushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - NãoLuizSalomão - NãoMaguito Vilela- NãoManoel Castro - SimMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMarco Maciel- NãoMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - NãoMarta Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - NãoMauricio Campos - AbstençãoMauricio Corrêa - NãoMauricio Fruet - SimMauricio Nasser - NãoMaurilioFerreira Uma - NãoMauro Borges - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - Não
Max Rosenmann - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMiltonBarbosa - NãoMilton Reis - NãoMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - SimMussa Demes - SimMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Carneiro - SimNelson Jobim - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNestor Duarte - NãoNey Maranhão - NãoNilson Gibson - NãoNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoOctávio Elísio - NãoOdacir Soares - NãoOlivio Dutra - NãoOrlando Bezerra - NãoOscar Corrêa - SimOsmar Leitão - NãoOsmir Uma - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - NãoPaes Landim - SimPaulo Almada - NãoPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - NãoPaulo Paim - NãoPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPedro Ceolin - NãoPimenta da Veiga - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Bezerra - NãoRaimundo Ura - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRaul Ferraz - NãoRenan Calheiros - NãoRenato Bernardi - NãoRenato Vianna - NãoRicardo Izar - SimRoberto Augusto - NãoRoberto Brant - NãoRpberto Campos =-- SimRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - NãoRoberto Torres - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - Nõo
Ronaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - NãoRubem Medina - NãoRuben Figueiró - AbstençãoRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - NãoSamir Achôa - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Brito - SimSérgio Werneck - NãoSigmaringa Seixas - NãoSilvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoStélio Dias - NãoTadeu França - NãoTeotônio VilelaFilho - NãoTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - NãoValmir Campelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - NãoVicente Bego - NãoVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - SimVilson Souza - NãoVinicius Cansanção - NãoVirgílio Galassi - NãoVirgílio Guimarães - NãoVitorBuaiz - NãoVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - NãoWagner Lago - NãoWaldeck Ornélas - SimWaldyr Pugliesi - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - NãoWilson Martins - NãoZiza Valadares - Não
A S .. Dirce Tutu Quadros - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra a nobre Constituinte.
A SR" DIRCE TUTU QUADROS (PSDB SP. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,meu voto é "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.598
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a emenda nO
2TOI035-4. - Marcos Queiroz.
• O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)E a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N° 1.035Dos Srs. Marcos Queiroz e
Egldio Ferreira Uma
Suprima-se do § 3°, do art. 33, do Projeto deConstituição, as expressões "vedada a sua divisãoem municípios".
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSrrrUINTE Sexta-feira 19 12833
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio Emenda n° 1.035, do nobre ConstituinteMarcos Queiroz.
S. Ex' está presente? (Pausa)A emenda é sobre o art. 33 - Distrito Federal
-, § 3° Diz o texto:
"O Distrito Federal, vedada sua divisão emmunicípios, ..."
S. Ex' quer retirar esta vedação, que noDistrito Federal possam ser criados municípios - "reger-se-á por Lei Orgânica aprovada por dois terços da Câmara Legislativa."
Está inscrito o nobre Constituinte Egídio Ferreira Lima, a quem dou a palavra.
O SR. EofDlO FERREIRA LIMA PRONUNCM DISCURSO Q(JE, ENTREOaE À REVIs40DOORADOR, SERÁPUBUCADOPOSTERIORMENTE.
O Sr. Nelson Carneiro - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON CARNEIRO (PMDB- RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, meuvoto, no texto anterior, foi registrado como a favor,mas votei contra.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o Constituinte Paes Landim, quevai manifestar-se contrariamente à proposição.
OSR. PAES LANDIM (PFL- PI. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes,a emenda ora defendida pelo eminente Constituinte Egídio Ferreira Lima não merece aprovação, sem embargo do respeito que S. Ex' merecede toda a Casa.
A Constituinte já cometeu um erro ao convalidar uma criação da Junta Militarde 1969, quefoi a figura do governador.
O Distrito Federal, na tradição republicana denosso País, sempre teve o seu prefeito. Aliás, estaé uma tradição majoritária dos países ocidentais.Há o prefeito do Distrito de Colúmbia, de Paris,de Londres e até Moscou tem o seu prefeito, natradição socialista. No Brasil, a Junta Militarqueassumiu o poder em 1969, na elaboração daEmenda Constitucional n° 1- Constituição essatão criticada aqui, inclusive pelo eminente Presidente da Constituinte, em várias oportunidades-, criou a figura do governador, violando a tradição histórica do Brasil. Segundo consta e aquipediria licença ao eminente Senador Jarbas Passarinho para corroborar ou não -, a justificativaà época era que, como o RDE proíbe a coronéisou a qualquer patente de oficial do Exército serprefeito sem perder a posição de militar da ativa,criou-se a figura do governador, para propiciara oportunidade a um militar da ativa ser nomeadoGovernador do Distrito Federel, Então, foi umacriação da Junta Militarna atual Constituição tãocriticada aqui pelos componentes majoritários doPlenário, pelas esquerdas. E consagramos essacriatividade da Junta Militar, preservando a figurado governador do Distrito Federal. O que se poderia fazer, em respeito às tradições republicanase democráticas, era restabelecer a figura de prefeito, embora esse fosse ou não eleito - méritoda questão a ser discutida.
Portanto, Sr. Presidente, querer-se, ainda, transformar o Distrito Federal numa série de miniprefeituras com a figura de governador distrital, quefoioutra grande inovação constitucional brasileira,essa figura de governador distrital, pelo nome,significaria o prefeito em circunstãncias especialíssimas; com esse nome de governador distrital,seria uma razão, portanto, para que fossem agoracriadas subprefeituras ou as cidades-satélites distribuídas em prefeituras, criando-se uma redundância de poderes, uma superposiçãode poderes,enfim, aumentando a carga burocrática do Distrito Federal, criando mais ônus para o contribuinte.
Não tem nenhuma procedência, portanto, aemenda defendida pelo eminente ConstituinteEgídio Ferreira Lima, com. todo o respeito queesta Casa tem por S. Ex', até porque, repito, aprópria criação do governador distrital, imitandouma criação da Junta Militar, tão criticada aquina Constituinte, já foi um erro nosso do pontode vista técnico constitucional e da nossa tradiçãohistórica tê-Ia mantido aqui, nesta Constituinte.
Portanto, Sr. Presidente, devemos dizer "não"à emenda supressiva defendida por essa grandefigura humana que é o Constituinte Egídio Ferreira Lima.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, SI""' e Srs. Constituintes, não preciso colocar em relevo a dificuldade que tenhopara discordar do eminente Constituinte EgídioFerreira Lima, dificuldade que se amplia no instante em que não dá para evoluir quanto ao parecer, conforme S. Ex' fez no apelo final.
Chamaria a atenção dos eminentes Constituintes para o fato de que o Distrito Federal constituimunicípio neutro, e, como tal, é unidade indivisível; município é subdivisão do Estado.
Ora, não sendo o Distrito Federal Estado, nãocabe sua divisão em municípios, e sim em regiõesadministrativas. Aliás, quem se lembra do antigoDistrito Federal, depois transformado em Estadoda Guanabara, verificará exatamente esta circunstância. Ora, aceitar, como quer o eminente autorda emenda, e tão brilhantemente defendida peloConstituinte Egídio Ferreira Lima, seria criar umconflito de imcompetência, e por quê? Porqueteríamos, sobretudo, no que tange à competênciatributária, uma bitributação de impostos municipais, impostos estaduais num Estado inexisten-te. .
Sr. Presidente, os municípios são criados porConstituição e o que se vê no texto constitucionalé o § 3° "O Distrito Federal reger-se-á por leiorgânica". Esta é a razão de ter ficado, entre vírgulas, "vedada a sua divisão em municípios".
Por tudo isso, Sr. Presidente, não tenho comoacolher, o que faço a contragosto, a emenda defendida pelo ilustre Constituinte Egídio FerreiraLima.
Por estas razões, Sr. Presidente, sou pela rejeição.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Vamos à votação,
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NETl'O (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, sigo o parecer do Relator e voto "não", recomendando-o àminha Bancada.
O Sr. Haroldo Urna - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B considera que não tem procedência se proibir na Constituição o futuro de Brasília. Então,votaremos a favor desta emenda; o voto é "sim".
O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOCêNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido da Frente Liberal recomenda à sua Bancadavote "não", pois considera esta emenda um grande equívoco.
O Sr. AdemirAl\drade - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileiro votará "sim", pela autonomiamunicipal do Distrito Federal.
O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MAURO BORGES (PDC - GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristâo vota com o Relator, pela rejeição, se não irá haver uma descaracterização doDistrito Federal, com grave prejuízo.
O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, pelas mesmas razões enunciadas pelo nobre ex-GovernadorMauro Borges, o Partido Liberalvota "não", acompanhando o Relator.
O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PTB vota "sim", pela autonomia das cidadessatélites como municípios.
O Sr. Augusto Carvalho - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
12834 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAAS5EMBI..ÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Ag~de1988'
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
o SR. AUGUSTO CARVAUlO (PCB - DF.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBentende que a emenda não cria município, apenasnão proibe constitucionalmente a criação de município; ap6ia a emenda, votando "sim".
O Sr. VIrgOlo Guimarães - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VlRGjuo GUIMARÃES (PT- MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido dos Trabalhadores vota "sim".
O Sr. Artur elaTávola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, atendendo a ponderações de Membros do DistritoFederal da Bancada do PSDB, votaremos "sim".
O Sr. Michel Temer - S;, Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MICHEL TEMER (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBacompanha o Relator e vota "não".
O Sr. VIvaldoBarbosa-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota"nêo".
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)A Mesa pede a compreensão dos Srs. Constituintes, porque as sessões das segundas-feirasserão realizadas às '18 horas. Eram realizadas às14 horas e 30 minutos, passamos para às 16horas, e agora, num esforço de compreensão,pela chegada dos aviões a Brasília, convocamosuma sessão para terça-feira, pela manhã, numasêmana de esforço concentrado.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)AMesa pede a colaboração para que os Srs. Constituintes não se ausentem do plenário, senão anossa métlia de votação ficará baixa, aquém dasnossas expectativas, aquém dos nossos cálculose os do próprio País.
Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares. A emenda tem parecer contrário. (Pausa.)
(Procede-se iJ YOtaçâo.)
O SR. PRESIDENTE (UIys!;es Guimarães) Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 820):
SIM-166NÃO-182ABSTENÇÃO-4TOTAL-352
A Emenda foi rejeitada.
VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcival Gomes - SimAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira - NãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - NãoAécio Neves - NãoAffonso Camargo - SimAgripino de Oliveira Uma - SimAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - SimAlexandre Costa - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel- NãoAloysio Chaves - NãoAluizioBezerra - SimAluízioCampos - NãoÁlvaro Valle- NãoAlysson Paulinelli - NãoAmaral Netto - NãoAmaury Müller - SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAmaldo Faria de Sá - SimAmaldo Martins - NãoAmaldo Moraes - NãoAmaldo Prieto - NãoArtenir Werner - NãoArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - NãoÁtila Ura - NãoAugusto Carvalho - SimBasílio Vmani- NãoBenedita da Silva - SimBenito Gama - NãoBernardo Cabral- NãoBeth Azize- SimBezerra de Melo - NãoBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - NãoCarlos Alberto Ca6 - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - SimCarlos De'Carli - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - NãoCarrel Benevides - SimCássio Cunha Uma - NãoCélio de Castro - SimCelso Dourado - Sim
César Maia - NãoChagas Neto - NãoChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - NãoDarcy Deitos - SimDavi Alves Silva - NãoDélio Braz - SimDenisar Ameiro - NãoDirce Tutu Quadros - SimDirceu Cameiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - NãoEdésio Frias - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - NãoEliézer Moreira - NãoEraldo Tinoco - NãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - NãoEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFábio Raunheitti - SimFarabulini Júnior - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - NãoFlorestan Fernandes - SimAoriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - NãoFrancisco Amaral- NãoFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - NãoFrancisco Dornelles - NãoFrancisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - NãoGastone Righi - SimGeovani Borges - NãoGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Fleming - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGUsonMachado - NãoGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Uma - SimHaroldo Sab6ia - SimHélio Costa - SimHélio Manhães - NãoHélio Rosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimIberê Ferreira - NãoIbsen Pinheiro - NãoInocêncio Oliveira - Não/ram Saraiva - SimIrma Passoni - Sim
Sexta-feira 19 12835Agostode 1988 DIÁRIO Dt\ ASSE'MBI..áA NAOONAL CONSlITUINTE
Israel Pinheiro - NãoItamar Franco - NãoIturivalNascimento - NãoIvo Lech - SimIvoMainardi - NãoIvo Vanderlinde - NãoJairo Azi.....:. NãoJalles Fontoura - NãoJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - NãoJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - NãoJesus Tajra - NãoJoão Agripino - SimJoão Alves - NãoJoão Calmon - NãoJoão Castelo - NãoJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Lobo - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Hayckel - SimJoaquim Sucena - NãoJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Bomhausen - NãoJorge Hage - SimJorge Uequed - AbstençãoJorge Vianna - NãoJosé Agripino - NãoJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Dutra - NãoJosé Elias - SimJosé Fernandes - NãoJosé Fogaça - NãoJosé Freire - NãoJosé Genoíno - SimJosé Geraldo-c- NãoJosé Guedes - SimJosé Jorge - NãoJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Maurício - SimJosé Melo - NãoJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - NãoJosé Richa - SimJosé Serra - NãoJosé Teixeira - NãoJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tinoco - NãoJosé ülíssesde Oliveira- NãoJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - SimLélio Souza - SimLevy Dias - SimLídice da Mata - SimLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - NãoLuíz Alberto Rodrigues - SimLuíz Freire - Sim
LuizGushiken - SimLuizHenrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - NãoLuizSalomão - SimLysâneas Maciel - NãoMaguito VIlela - SimManoel Castro - NãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMarco Maciel- NãoMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - NãoMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - NãoMaunlio Ferreira Lima - SimMauro Borges - NãoMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - NãoMaxRosenmann - NãoMeira Filho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - NãoMichel Temer - NãoMilton Barbosa - NãoMilton Reis - NãoMiraldo Gomes - NãoMiro Teixeira - NãoMussa Demes - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtaIi Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Cameiro - NãoNelson Jobim - NãoNelson Seixas - Não •Nelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- NãoNoel de Carvalho - NãoOctávio Elísio - SimOdacir Soares - SimOscar Corrêa - NãoOsmar Leitão - SimOsmir Lima - NãoOsvaldo Bender - NãoOsvaldo Coelho - NãoOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Almeida - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - NãoPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - NãoPawo Mincarone - NãoPaulo Paim - Sim
Paulo Pimentel - NãoPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPedro Ceolin - SimPimenta da Veiga - SimPlínioArruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - NãoRaimundo Rezende - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRaul Ferraz - AbstençãoRenan Calheiros - SimRenato Bemardi - SimRenato Johnsson - NãoRenato Vianna - NãoRita Camata - SimRoberto Brant - NãoRoberto Campos - NãoRoberto D'Ávila- NãoRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonaro Corrêa - NãoRospide Netto - NãoRubem Branquinho - NãoRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - NãoRuy Nedel - NãoSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - AbstençãoSamir Achôa - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - NãoSérgio Wemeck - NãoSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSimão Sessim - SimSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - SimTadeu França - NãoTeotônio VIlela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan SpineUi- NãoValmirCampelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - NãoVIlsonSouza - SimVinicius Cansanção - NãoVirgilio Galassi - NãoVirgilio Guimarães - SimVitorBuaiz - SimVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Omélas - NãoWaldyr Pugliesi - Sim
12836 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTIfUINTE Agosto de 1988
Wilma Maia- SimWilson Campos - SimWilson Martins- NãoZizaValadares- Sim
o SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Anuncio o destaque do nobre Constituinte JoãoMachado Rollemberg.
O Sr. Paulo Ramos - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PAULO RAMOS (PMOB - RJ. Semrevisãodo orador.) - Sr. Presidente, só para registrar o meu voto "sim".
Õ SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães)Perfeito.
O Sr. João Machado Rollemberg - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOÃO MACHADO ROLLEMBERG(PFL- SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, meu destaque tem parecer contrário doRelator. Por esta razão, para colaborar, retiro odestaque.
O SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães)Muitograto a V. Ex"
Vamos à votação.
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, antes deV. Ex'anunciar a nova emenda, eu pediria a atenção do Sr. Relator.
No que diz respeito ao art. 33, § 5°, há umaemenda do Constituinte Geovah Amarante, quenão se encontra presente, e que importa na supressão da palavra "legislativas"- a rigor, é umaemenda de correção. Que o Sr. Relator aceiteessa emenda, senão ficará o DistritoFederal semas outras competências consistentes dos municípios.
Assim, Sr. Presidente pediria fosse ouvido oRelator e que S. Ex" aceite como uma espéciede correção.
O SR. PRESIDENlE (Ulysses Guimarães) É uma supressão, e acontece que o ConstituinteGeovah Amarante, conforme estou informado,não está no exercício.
O SR. NELSON JOBIM - Sr. Presidente,o problema é outro, é de correção. O DistritoFederal, no que diz respeito à existência de municípios, tem que ficar com a competência não sólegislativa dos municípios como a competênciacomum e administrativa, porque tem a característica também de um município. É uma questãode correção. Se não ficaria um absurdo.
Este é o meu entendimento, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) Como se trata de emenda de redação, ela seráresolvida no momento oportuno.
Passo ao Relator para, oportunamente, examinar da procedência ou não das alegações de V.Ex'
Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator- Sr.Presidente, Srs. Constituintes, a matéria estã paraser resolvida agora:
O Constituinte Geovah Amarante apresentoucomo emenda supressiva, S. Ex"quer que se suprima o termo "Legislativas".
Em janeiro deste ano dei parecer favorável eeu dizia que o autor buscava eliminar o caráterrestritivodo texto, da linha de raciocínio do eminente Constituinte Nelson Jobim.
De qualquer maneira, a emenda é pertinente,oferece harmonia ao Projeto, mas tem que sersubmetida a votos do Plenário, que tenho a impressão de que não recusará apoio à aprovação.
Portanto, Sr. Presidente, sou pela aprovação,mas com o voto do Plenário.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Não vou colocar a emenda em votação, porquecontrariaria a norma, pois S. Ex"não está no exercício, não está presente o autor.
Vamos fazer isto: se a emenda for de teor, evidentemente, como parece ser, de redação, haveráinstância oportuna para resolver o assunto.
O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, se o autornão está presente, a emenda está prejudicada.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)é claro.
Anuncio o Destaque n- 1.279, do nobre Constituinte João Machado Rollemberg.
Parece-me que rsta emenda conecta com aanterior, retirada por S. Ex'; parece que há a sortede que uma se vincula à outra. Em todo caso,o juiz é a consciência do emimente Relator.
O Sr. João Machado Rollemberg-Sr. Presidente, peço a palavrapeja ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOÃO MACHADO ROLLEMBERG(PFL- SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, retiro o destaque.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Muitograto a V. Ex'.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 4
Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda N°
2TOl609-3.(Suprima-se no inciso 11 do art. 38, a expressão
"primeira".) -Nelson Jobim.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N° 1.609Do Sr. Nelson Jobim
Suprima-se no inciso 11 do art. 38, a expressão"primeira".
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) O nobre Constituinte Nelson Jobim tem um destaque. Éa Emenda n°1.609. S. Ex'deseja suprimira palavra primeira". Já estamos no Capítulo VII- "Da Administração pública". O art. 38 estabelece:
"1-os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis a brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei;
11 - a primeira investidura em cargo ouemprego público depende de aprovação prévia em concurso..."
O texto é muito conhecido da Casa. S. Ex'.quer retirara palavra "primeira", naturalmente para que qualquer investidurase faça mediante concurso.
O nobre ConstituinteJosé Paulo Bisol tem proposição análoga: retirar essa exigência de quea primeira investidura depende de concurso.
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, as duas emendas supressivas, de minha autoria e do ConstituinteJosé Paulo Bisol,receberam parecer favorável do Relator e apoiamento integral das Líderanças. Isto dispensa sustentação. O PMOB encaminha "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)O parecer do Relator é favorável.
Vamos à votação.
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem:
O SR. PRESIDENlE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCBvota"sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)OPCBvóta "sim".
O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PúNIO ARRUDA SAMPAIO (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)O PT vota "sim".
O Sr. Vivaldo Bamosa-Sr. Presidente, peçoa palavra peja ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTtambém vota "sim".
Agosto de 1988 DIÁRIODA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONsmOlNTE Sexta-feira 19 12837
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O PDT vota "sim".
O Sr. Inocêncio OOveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulyusses Guimarães)- Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOCtNCIO OUVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Liberal não ter participadodo acordos, mas sendo uma emenda que visamelhorar o texto do Projeto Constitucional, a Uderança do partido recomensa á sua Bancada quevote "sím".
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O PFL também vota "sim".
O Sr. Genon Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sim", de acordo com o entendimento.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O PDS vota "sim".
O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente, peçoa p2llavrapela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O PSB vota "sim".
O Sr. ElIas Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EUAS MURAD (PTB - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O PTBvota "sim".
O Sr. Eduardo Bonfim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "sim".
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O PC 'do B vota "sim".
O Sr. Eraldo TInoco - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, antes davotação, como não houve encaminhamento, gostaria de uma explicação do Sr. Relator.
Retirada a expressão "primeira investidura", significa,por exemplo, que a ascensão funcional nu-
ma universidade em que alguém ingressa no cargo de professor-assistente, depois ele tem condição de passar para professor-adjunto, se retiradaa palavra "primeira", nesta hipótese, como é umcargo diferente, ele terá que prestar concurso público, salvo melhor juízo?
Gostaria de uma explicação do Sr. Relator.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Relator.
OSR. ERALDO TINOCO-Não é ascensão.Aí fala em investidura. Uma ascensão funcionaltambém é uma investidura em cargo público.Gostaria de um esclarecimento, porque não estoubem informado sobre a matéria.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o autor da emenda.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, foi examinado pelo Sr. Relator que isto representa um impedimento para a transposição de cargo independente de concurso. É uma carreira - e o eminente Constituinte a isso se refere em que háa manutenção do mesmo cargo de professor euma ascensão funcional. Não há necessidade deconcurso no caso de juiz de direito, desembargador, etc. Isso fica plenamente ressalvado, tendoem vista o desenvolvimento da carreira.
O Sr. Eraldo Tinoco Permita-me, Sr. Presidente, trata-se de um cargo diferente. O cargo,por exemplo, de professor-assistente é um, o cargo de professor-adjunto é outro.
O SR. NELSON JOBIM - Não. Há umadiscordância sobre a função. Eminente Constituinte, o cargo é um só, de professor; o outroé o desenvolvimento de carreira.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Srs. Constituintes, vamos à votação e os esclarecimentos prestados integrarão a mens legis e amens leglslatoris. Quem for aplicar o texto, oaplicará com a interpretação dada, com as declarações do Relator e do debate aqui havido.
A decisão final cabe ao Plenário.
O Sr. Jorge Hage - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JORGE HAGE (PSDB - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSDB vota"sim".
O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MACIRO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".
O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. AMARAL NE1TO (PDS - RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o voto doPDSé "sim".
O Sr. Paulo Paim - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PAOLO PAIM (PT- RS. Sem revisãodo orador) - Sr. Presidente, o PT vota "sim".
O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL- RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PartidoUberal participa do acordo. A Uderança tem dúvidas, mas confia em que prevalecerá, afinal,o bomsenso.
A dúvida da Liderança, Sr. Presidente, diz respeito ao preenchimento do quinto constitucionaldo Tribunal de Justiça, legislação da Ordem dosAdvogados.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sr. Constituinte, figurará nos Anais, para interpretação, qualquer dúvida que posteriormente surja.
Os textos se interpretam, também, pelos Anais.Por isso, as intervenções, os debates têm umaimportância interpretativa.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Os Srs. Constituintes já podem votar.
A proposição tem parecer favorável do eminente Relator.
(Procede-seà votação)
OSr.MenduBoteJho-Sr. Presidente,peçoa palavra peJaordem.
OSR. PRIii!JIDElYTE ((JJysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MEJYDES BOTELHO (PTB - SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente,so/icitoa V. Ex"registre o meu voto "sim ':
O SR. PRESIDElYTE ((JJysses Guimarães)Será feito o registro.
O SR. PRESIDElYTE ((JJysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vaiproclamaro resultado (lIOtaçãon: 821):
SIM-318NÃO-9ABSTENÇÃO- 4TOTAL-331
A Emenda foi aprovada.
VOTARAM OS SRS. CONSrrrUINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAécio Neves - SimAldo Arantes - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel - SimAloysioChaves - SimAluízio Campos - SimÁlvaro Valle- SimAlysson Paulinelli- Sim
12838 Sexta-feira 19
Arnaral Netto - SimArnawy Müller- SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnníbal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - AbstençãoArnaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaLíra - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- AbstençãoBasílio VIIlani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBemardo Cabral- SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal- SimCarlos Cotta - SimCarlos De'Carli - SimCarlos Mosconi - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia - SimChagas Neto - SimChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimCláudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - NãoDarcyDeitos - SimDélio Braz - SimDenisar Arneiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Cameiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - NãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEuclides Scalco - Sim
DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NACIONAL CONSmUINTE
Eunice Michiles- SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFemando Bezerra Coelho - SimFemando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlorestan Femandes - SimFloriceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Domelles - SimFrancisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - SimGastone Righi - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGilson Machado - SimGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélioManhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturival Nascimento - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJairo Azi- SimJaUes Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJesus Tajra - SimJoão Agripino - SimJoão Alves - SimJoão Calmon - SimJoão Castelo - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Hayckel- SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - NãoJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Sabóia - Sim
Agostode 1988
José Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Freire - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - NãoJosé Guedes - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol- SimJosé Queiroz - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLélio Souza - SimLevyDias - SimLídice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLuízMarques - SimLuízSalomão - SimMaguito VIlela - SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaurllioFerreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMaxRosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichelTemer - SimMiltonReis - SimMiraldo Gomes - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - Sim
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12839
Myrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNarCISO Mendes - SimNelson Aquiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Fnednch - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion Albernaz - SimOctávio Elísio - SimOlívio Dutra - SimOnofre Corrêa - SimOscar Corrêa - SimOsmir Lima - SirnOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SirnOsvaldo Sobnnho - SimOswaldo Almeida - SImOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - NãoPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macanni - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Zarzur - SimPImenta da Veiga - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha DerZI - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cãndtdo - SimRaquel Capibenbe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRenato Vianna - SimRita Camata - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRospide Netto - SImRubem Branquinho - SimRuben FIgueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSamir Achôa - Sim
Saulo Queiroz - SimSérgio Bnto - SimSérgio Werneck - SimSigrnannqa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis- SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotonio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - SImTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SImVilson Souza - SImVinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgílio Guimarães - SimVItorBuaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldeck Ornélas - NãoWaldyr Pugliesi - SImWilson Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Sim.
o Sr. Francisco Amaral - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB-SP.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, votei"sim" na última votação
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Será registrado.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda n° 741, do Sr Constituinte.Joaci Góes (Pausa.)
S. Ex' não está presenteConsidero prejudicada a emenda, pela ausên
CIa do nobre Constituinte.
O Sr. Elias Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)Tem a palavra o nobre Constituinte
O SR. ELIAS MURAD (PTB- MG.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, esta é umaemenda de correção de linguagem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)A emenda foi retirada. Se é de correção de linguagem, poderá ser examinada na ocasião
O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, a emendanão é de correção de linguagem. No caso, é umaquestão de interpretação, porque "prorrogáveis"
seria para dois anos, que é o limite. Não é redaçãofinal, ela está prejudicada
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Na ocasião da redação, eventual Imperfeição serácorrigida
O Sr. Benito Gama - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte
O SR. BENITO GAMA (PFL - BA Sem revisão do orador) - Sr Presidente, quero registraro meu voto "não", na última votação
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio o seguinte texto de reunião:
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacronal Constituinte,
Os firrnatários, abaixo assinados, vêm requerer,nos termos das normas regimentais, a reuniãodos destaques e emendas infra-referidos, para votação simultânea, relativo ao texto do art 38, inciso IV, para supressão parcial/correçáo, restandoos textos com a seguinte redação:
"Art 38 .. .IV - durante o prazo Improrrogável pre
visto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou provas e títulos será convocado com prioridadesobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira"
Sala das Sessões, de agosto de 1988.-Márcio Lacerda D. 008/E 1601 LourembergNunes Rocha - D 521/E.410- FarabuliniJúnior, D.236/E.41 O.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Trata-se de uma reumão de emendas subscritaspelos Srs. Constituintes MárCIO Lacerda, Louremberg Nunes Rocha e Farabulim Júnior Trata-sede uma nova redação oferecida ao art. 38, IV.A redação é a seguinte.
"Durante o prazo improrrogável, previstono edital de convocação, aquele aprovadoem concurso público de provas ou provase títulos será convocado com pnondade sobre novos concursados para assumir cargoou emprego na carreira
Tem a palavra o Relator
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator)Sr Presidente. Srs. Constituintes, somos pelaaprovação. Houve consenso entre as Lideranças.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)O Relator é favorável.
Vamos à votação
O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim"
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
12840 Sexta-feira 19 olARIo DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agostode 1988
o SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, houve acordo. O PMDB vota "sim".
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB- PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, em facedo acordo, o PCB vota "sim".
O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOCâicIO OUVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde o Partido da Frente Uberal não estar participando dos acordos, mas considerando que estareunião de emendas melhora o texto constitucional, a Liderança do meu Partido recomendaà sua Bancada que vote "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Agradecemos a V. Ex"a colaboração para melhorar o texto.
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TAVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, os tucanos votam "sim".
O Sr. Farabulini Júnior - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FARABULINI JáNIOR(PTB - SP.Sem revisão do orador.) - O PTB vota "sim",Sr. Presidente.
O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoSocialista Brasileirovota "sim".
O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MAURO BORGES (PDC- GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".
O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares. As emendas têm parecer favorável. (Pausa.)
{Procede-se à votação}
O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, apertei errado o botão; meu voto é "sim".
O Sr. Olívio Dutra - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. oLÍVIo DUTRA (PT - RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, acabo de votarenganado. O meu voto é "sim". Provavelmentemeu voto estará registrado "não". Voto "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Permita-me faça um apelo aos companheiros. Peço aos amigos Constituintes permaneçam no plenário até às 14 horas, de vez que não haverásessão à tarde. Vamo-nos aguentar aqui, a começar pelo Presidente, todos os Constituintes, atéàs 14 horas, para que atinjamos a média - oproblema é de média de votação - e precisamosir até às 14 horas.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n" 822):
SIM-316NÃO-3ABSTENÇÃO - 4TOTAL-323
A reunião foi aprovada.
VOTARAMOS SRS. CO/'lSrrraINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigailFeitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio Neves - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimNfredo Campos - SimNmir Gabriel - SimNoysio Chaves - SimNuizio Bezerra - SimlIuízio Campos - SimAlvaroValle - SimAlysson Paulinelli- SimAmaral Netto - SimAmaury Müller- SimAnna Maria Rattes - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - Sim
Antonio Ueno - SimAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- SimBasílíoVmani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBemardo Cabral- SimBeth Azize - SimBezerra de Melo - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Cardinal- SimCarlos Chiarelli- SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCássio Cunha Uma - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia- SimChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - SimGáudio Ávila - SimCosta Ferreira "- SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos LeoneUi - SimDoreto Campanari - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim- SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - AbstençãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFemando Bezerra Coelho - SimFemando Henrique Cardoso - SimFemando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes.e-, SimFloríceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Domelles - Sim
Agosto de 1988
Francisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimGastone Righi - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - NãoGilson Machado - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimGustavo de Faria - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélioManhães - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- Simlram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturivalNascimento - SimIvo Lech - SimIvo Mainardi - SimIvoVanderlinde - SimJalles Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJoão Agripino - SimJoão Alves - SimJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Hage - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - SimJosé da Conçeíção - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - SimJosé Paulo Bisol- Sim
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
José Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Yunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella- SimLélio Souza - SimLevy Dias - SimLídice da Mata - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuiz Salomão - SimMaguito Vilela- SimManoel Castro - AbstençãoMansueto de Lavor - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel - SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMária Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Campos - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaun1io Ferreira Lima - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Botelho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNarciso Mendes - SimNelson Aguiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- Sim
Sexta-feira 19 12841
Noel de Carvalho - SimOctávio Elísio - SimOlívio Dutra - NãoOscar Corrêa - SimOsmir Lima - SimOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel- SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRitaCamata - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto Freire - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRubem Branquinho - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel- SimSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - SimSérgio Spada - SimSérgio Werneck - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimTadeu França - SimTeotônio VilelaFilho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - SimValmirCampelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves- SimVicente Bogo - Sim
12842 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBI..áA NACIONAL CONS1ITrnNTE Agosto de 1988
Victor Faccioni - SimVictor Fontana - NãoVilson Souza - SimVinicius Cansanção - SimVirgilio Guimarães - SimVitorBuaiz - SimVivaldoBarbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldeck Omélas - AbstençãoWaldyr Pugliesi - SimW~son Martins - SimZizaValadares - Sim
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a Mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 793
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°
2T00420-6Theodoro Mendes.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N°420Do Sr. Theodoro Mendes
Suprima-se, do projeto, inciso V do artigo 38que diz o seguihte:
..... os cargos em comissão e funções deconfiança na administração pública serãoexercidos, preferencialmente, por servidoresocupantes de cargo de carreira técnica ouprofissional, nos casos e condições previstosem lei".
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) -S. Ex', o nobre Constituinte Theodoro Mendes,autor do Destaque, quer retirar do art. 38 - DaAdministração Pública - o inciso V, que diz oseguinte:
"Art 38.· ..V- os cargos em comissão e funções de
confiança serão exercidos preferencialmentepor servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional nos casos e condições previstos em lei."
S. Ex' deseja retirar este inciso V.Tem a palavra o nobre Constituinte Theodoro
Mendes, para dizer de suas razões.
OSR. THEODORO MENDES (PMDB-SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras.e Srs. Constituintes, os cargos em comissão sãoaqueles cujos ocupantes são demissíveis ad nutum, são os cargos reservados à AdministraçãoPública, que se renova para também renovar oespírito do novo Govemo, para renovar atravésda busca de companheiros de partido, não rarasvezes para implementar o ideal de determinadopartido que chega ao Govemo.
É evidente que, se mantivermos o texto constitucional estabelecendo que os cargos em comis- .são ou funções de confiança sejam exercidos pre- .ferencialmente por funcionários de carreira, estaremos impedindo as administrações, que muitasvezes se elegem na oposição ou da oposição,de poder implementar o seu Governo, de poderimplementar a sua idéia de Govemo, de poder
implementar o seu pensamento administrativo epolítico.
Por isso, Sr. Presidente, eliminação desse incisonão vai impedir aque a Administração Pública venha servir-se, eventualmente, de funcionários decarreira, para poder levá-los, então, ao exercíciode cargos em comissão. Todavia, esse texto, obrigando a que preferencialmente se escolham funcionários de carreira para o exercício de cargosem comissão, significa impedir que novas administrações, vindas com novas idéias, possam trazer, às vezes, da iniciativa privada ou dos própriosquadros partidários, os novos ocupantes dos cargos em comissão.
Sabendo;Sr. Presidente, que houve um acordode liderança para a votação favorável a este meudestaque, encerro, encaminhando favoravelmente. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O nobre Relator manifesta-se pela rejeição.
O Sr. Ivo Cersóslmo - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
OSR. IVO CERSÓSIMO (pMDB-MS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, registrei omeu voto "sim" e não saiu no painel.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex' será atendido.
O Sr. Wilson Campos - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. WILSON CAMPOS (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, registreio meu voto "sim" e não saiu na tela.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Nobre Constituinte Wilson Campos, V. Ex' seráatendido.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
O parecer do Relator é contrário à proposição.
O Sr. AdemirAndrade-Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a liderançado PSB indica votação "não".
O Sr. Ruberval PlIotto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. RUBERVAL PILOTTO (PDS - Se.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDSvota favoravelmente, vota "sim".
O Sr. Mauro Borges - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. MAURO BORGES (PDC - GO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PartidoDemocrata Cristão vota "sim".
O Sr. Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, dentroda Bancada do PDT é uma questão aberta e dividida. Há, inclusive, emendas de companheiros doPDT no sentido contrário. No entanto, em virtudedo acordo feito com a liderança, o PDT recomenda o voto "sim".
O Sr. Michel Temer - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. M1ÇHEL TEMER (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a liderançado PMDB votará "sim", mas, em face de umadivergência na Bancada, a questão está aberta.
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o psDBprefere o texto, e votará "não".
O Sr. Eduardo Jorge - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partidodos Trabalhadores recomenda à sua Bancada v0te "não".
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, o PCB votará"não".
O Sr. Inocêncio OliveIra - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. INOC~CIOOUVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido da Frente liberal recomenda à sua Bancadavote "sim".
O Sr. Eduardo Bonfim-Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B vota "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram os seus lugares, oparecer do douto relator é pela rejeição. [Pausa.)
(Procede-se à votação)
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTIfOlNTE Sexta-feira 19 12843
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 823):
S/M-129NÃO-l84ABSTENÇÃO- 7TOTAL-320
A Emenda foi rejeitada.
VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:
Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - NãoAdolfo Oliveira - SimAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - SimAécio Neves - SimAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlfredo Campos - NãoAlmir Gabriel - SimAloysio Chaves - SimAloysioTeixeira - NãoAluizioBezerra - NãoAluízioCampos - SimÁlvaro Valle- NãoAlysson Paulinelli - SimAmaral Netto - SimAmaury Müller - NãoAmilcar Moreira - NãoÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - NãoAntero de Barros - NãoAntônio Carlos Konder Reis - SimAntonio Ferreira - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - NãoAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - NãoAmaldo Prieto - SimArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra-NãoAugusto Carvalho - NãoÁureo Mello - AbstençãoBasílio Víllani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva - NãoBenito Gama - SimBemardo Cabral- NãoBeth Azize- NãoBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - NãoCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal- NãoCarlos Chiarelli - NãoCarlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - NãoCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - NãoCésar Maia - Não
Chagas Rodrigues - NãoCid Carvalho - SimCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - SimCristina Tavares - NãoCunha Bueno - SimDarcy Deitos - NãoDel Bosco Amaral- NãoDélio Braz - NãoDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - NãoDirceu Cameiro - NãoDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- NãoDomingos Leonelli - NãoDoreto Campanari - SimEdison Lobão - SimEdivaldo Motta - NãoEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - NãoElias Murad - SimEliel Rodrigues - NãoEliézer Moreira - SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - NãoErico Pegoraro - SimEunice Michiles- NãoEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - NãoFarabulini Júnior - NãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFirmo de Castro - SimAavio Palmier da Veiga - NãoAávio Rocha - NãoFlorestan Fernandes - NãoAoriceno Paixão - NãoFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Cameiro - SimFrancisco Dias Alves - SimFrancisco Domelles - NãoFrancisco Pinto - NãoFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - NãoGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - NãoGeraldo Aeming - SimGerson Marcondes - NãoGerson Peres - SimGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - NãoGustavo de Faria - SimHaroldo Uma - NãoHaroldo Sabóia - nãoHélio Costa - nãoHélio Manhães - NãoHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - NãoHumberto Lucena - NãoHumberto Souto - NãoInocêncio Oliveira- Sim
Iram Saraiva - NãoIrma Passoni - NãoIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - NãoIturival Nascimento - NãoIvo Cersósimo - SimIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJalles Fontoura - NãoJarbas Passarinho - SimJoão Agripino - NãoJoão Calmon - NãoJoão Herrmann Neto - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal- NãoJoão Paulo - NãoJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - SimJorge Hage - NãoJorge Uequed - NãoJosé Agripino - NãoJosé Camargo - SimJosé Carlos Sabóia - NãoJosé Costa - SimJosé da Conceição.- SimJosé Egreja~ SimJosé Elias - SimJosé Femandes - SimJosé Fogaça~NãoJosé Genoíno - NãoJosé Geraldo - SimJosé Guedes - NãoJosé Jorge - SimJosé Uns - SimJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - SimJosé Melo - SimJosé Paulo Bisol - NãoJosé Queiroz - NãoJosé Serra - NãoJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - AbstençãoKÕytdha - SimLavoisier Maia - NãoLélio Souza - NãoLídice da Mata - NãoLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuizFreire - SimLuiz Gushiken - NãoLuiz Henrique - NãoLuiz Inácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - SimLuiz Salomão - NãoMaguito VIlela - NãoJ'lllinoel Castro - SimMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - NãoMaria Lúcia - Sim
12844 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988
Mário Assad - Não'Mário Maia - SimMarluce Pinto - NãoMaurício Corrêa - NãoMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - SimMauro Borges - SimMauro Campos - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - NãoMaxRosenmann - SimMeira Filho - NãoMendes Botelho - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - NãoNelson Aguiar - NãoNelson Carneiro - NãoNelson Jobim - SimNelson Sabrá - NãoNelson Seixas - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho- NãoNyder Barbosa - AbstençãoOctávio Elísio - NãoOlívio Dutra - NãoOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmir Uma - AbstençãoOsvaldo Bender - NãoOsvaldo Macedo - NãoOswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - NãoPaes de Andrade - SimPaulo Almada - SjmPaulo Delgado - NãoPaulo Macarini - SimPaulo Mincarone - NãoPaulo Paim - NãoPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - NãoPaulo Zarzur - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPompeu de Sousa - NãoRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - NãoRaimundo Rezende - AbstençãoRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - NãoRenan Calheiros - SimRenato Bernardi - SimRenato Vianna - NãoRita Camata - SimRoberto J\ugusto - Não
Roberto Brant - NãoRoberto Campos - SimRoberto Freire - NãoRoberto Torres - SimRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - NãoSalatiel Carvalho- SimSamir Achôa - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvioAbreu - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - NãoTeotônio VIlela Filho - NãoTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - SimValmir Campelo - NãoValter Pereira - AbstençãoVasco Alves - NãoVicente 8ogo - NãoVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilson Souza - NãoVinicius Cansanção - SimVirgílio Galassi - SimVirgilio Guimarães - NãoVitor Buaiz - NãoVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldyr Pugliesi - NãoWílson Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Não
o Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, não puderegistrar o meu voto, que é "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) constará a declaração de V.EX'
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães) Sobre a mesa, os seguintes requerimentos de destaque:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"1"58
Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda n
2T01779-1 (art. 38, V).
Jú60 Costamilan.
REQUERIMENTO DE DESTAQUE1"1"198
Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda N" 2T
00789-2Suprime o Termo "Preferencialmente" do Art.
38
MárloMaiaREQUERIMENTO DE DESTAQUE
1"1"922
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda N'
2T00634-9, para supressão da palavra "preferencialmente" referente ao inciso V art. 38.
Adhemar de Barros Filho.REQUERIMENTO DE DESTAQUE
1"1" 1.467
Senhor Presidente,Requeiro Destaque para a Emenda n"
2T00563-6 - Referente à supressão ao item V,do art.38, o advérbio "preferencialmente".
Aoriceno Paixão.O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)
São as seguintes as emendas destacadas.
EMENDA N" 1.779Do Sr. Júlio Costamilan
Suprimir no inciso V,do art.38, a palavra "preferencialmente"
EMENDA N"789Do Sr. Mário Maia
Suprima-se no art. 38, inciso V- o termo "Preferencialmente".
EMENDA N" 634Do Sr. Adhemar de Barros Filho
Suprimir do artigo 38, inciso V,a palavra "preferencialmente", passando o referido inciso a tera seguinte redação:
Art. 38 V - Os cargos em comissão e fimções de confiança serão exercidos, por servidoresocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;
EMENDA N" 563Do Sr. F1oriceno Paixão
Suprima-se do item V do art. 38 o advérbio"preferencialmente".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Anuncio, portanto, os Destaques: n"58, do nobreConstituinte Júlio Costamilan; n" 198, do Constituinte Mário Maia; rr 922, do Constituinte Adhemar de Barros Filho; n" 1.467, do ConstituinteF1oriceno Paixão.
O texto já é do conhecimento da Casa. O art.38, inciso V, diz:
"Os cargos em comissão, em funções deconfiança, serão exercidos preferencialmente por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos termos econdições previstos em lei".
Os autores desejam retirar o advérbio "preferencialmente". Conseqüentemente, se for aceitopelo Plenário, esses cargos s6 poderão ser preenchidos por servidores ocupantes de cargos decarreira ou profissional.
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12845
o Sr. F1orlceno PlÚXáo- Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FLORlCENO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisãodo orador.)-Sr. Presidente,a emenda foisugerida pelos próprios servidores públicos,a Redação teria que ter sido aquela da emendaapresentada anteriormente na Comissão Temática, ressalvando o primeiro escalãe.
Então, Sr. Presidente, não me resta outra alternativa senão retirar a emenda.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)V.Ex" retira a emenda?
O SR. FLORlCENO PAIXÃo - lamentavelmente.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Se V.Ex" retira a emenda, ficam prejudicados osdestaques.
O Sr. FeUpe Mendes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FEUPE MENDES (PDS - PI. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, na votaçãoanterior meu voto foi "sim".
O Sr. Antônio de Jesus - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ANTONIO DE JESUS (PMOB - GO.Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, na votação anterior meu voto foi "sim".
O Sr. Lysâneas Maclel-Sr. Presidente,peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
OSR. LYSÂNEAS MACIEL (PDT-RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, quero registrar o meu voto "não" na votação anterior.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Será feito o registro pedido por V. Ex"
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)O nobre Constituinte Albérico Filho se encontrana Casa? (Pausa.)
Está prejudicada a sua proposição.A nobre Constituinte MarlucePinto se encontra
na Casa? (Pausa.)S. Ex' retirou a sua proposição.O nobre Constituinte Gumercindo Milhomem
retira a sua proposição? (Pausa.)S. Ex' retirou a sua proposição.O nobre Constituinte Eduardo Jorge retirou a
sua proposição? (Pausa.)S. Ex"retirou a sua proposição.Nossos agradecimentos a todos.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Anuncio o seguinte texto de reunião:
A revisão geral da remuneração dos servidorespúblicos sem distinção do índices entre servidores
públicos civise mílítares far-se-á sempre na mesma data.
F1orlceno Paixão - Geraldo Campos Sigmaringa Seixas - Antônio Carlos Konder Reis.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Temos aqui destaques dos nobres Constituintes.
Antônio Carlos Konder Reis;Chagas Neto, Geraldo Campos e Sigmarina Seixas.
S. Ex" mantêm seus destaques? (Pausa.)O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presi
dente. peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O Sr. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,acabo de falar com o ConstituinteAntônio CarlosKonder Reis, e queria colocar a V. Ex"o seguinte:existem aqui quatro emendas versando o mesmoassunto. Nós fizemos uma redação que fundetodas, somente para ficar mais claro o texto, etodos os autores da emenda a assmaram.
Quem sabe, poderíamos votar a união de todosesses destaques que os autores assinaram deuma só vez.Ai há unanimidade de acordo.
Caso V. Ex"queira, poderia ler.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Peço a V.Ex"encaminhe à Mesa.
O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Poisnão. Vou imediatamente encaminhar a V. Ex'
O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a regra éque a iniciativa seja das Uderanças e não dosautores das emendas. Como as Lideranças dosPartidos não foram ouvidas sobre a matéria, pediria a atenção de V. Ex" para esse critério que V.Ex" tem adotado na Assembléia Nacional Constituinte.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Com as normas expedidas no início dos nossostrabalhos, ficou consignada a possibilidade dereunião de emendas, que pode ser de duas sortes:da responsabilidade exclusiva dos que propõemas emendas sem o endosso das Uderanças, oureunião de emendas com o apoio das Uderanças,o que significa praticamente a sua aprovação..Areunião de emendas sem o apoio das Uderançasé um direito das normas que o Regimento também admite. Hoje mesmo já votamos algumasdessas emendas. O Plenário, na sua soberania,é que vai decidir "sim" ou "não".
A reunião de emendas tem a seguinte redação:
"A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índice entreos servidores públicos civis e mílítares, farse-á sempre na mesma data."
Este é o texto.O Relator é pela aprovação.Passamos à votação.O Sr. AdemirAndrade -Sr. Presidente,peço
a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
OSR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota"sim".
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisãodo orador.)-Sr. Presidente, o PCBvotará"sim".
O Sr. Davi Alves Silva - Sr. Presidente,peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. DAVIALVES SILVA (PDS-MA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sím",
O Sr. Artur da Távola - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o PSOBvota "sim".
O Sr. Plínio Arruda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PTSP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PT vota "sim.
O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR.INOC~CIO OLIVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde não ter participado desses entendimentos, masconsiderando que esta reunião de emendas melhorao texto do projeto constitucional,a Liderançado Partido da Frente Uberal recomenda à suaBancada vote "sim".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Muito grato ao prestigioso partido de V. Ex"pelacolaboração. Estamos aqui para melhorar o texto.Enquanto pudermos melhorá-lo dentro das possibilidades regimentais, deveremos fazê-lo.
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMOB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMOBvota "sim".
O Sr. EUas Murad - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
12846 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
o SR. ELIAS MURAD (PTB -MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTB vota"sim".
o Sr. Florlceno Paixão - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. FLORICErfO PAIXÃo (PDT - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTvota "sim".
O Sr. João Menezes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOÃO MENEZES (PFL - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como aemenda é de conjunto, o PFL vota "não".
O Sr. Eduardo Bonfim- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO BONFIM (PC do B AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o PC do B votará contra, porque entende quecom esta alteração do texto voltam os privilégiose discriminações entre servidores civise militares.Estamos regredindo a conquista de equiparaçãoentre servidores civis e militares. É um recuo nosegundo turno à conquista do primeiro turno. Portanto, o PC do B votará "não".
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Vamos à votação.
Srs. Constituintes, queiram tomar os seus lugares, a reunião de emendas tem parecer favorável.(Pausa)
(Procede-se à votação)
O Sr. Adylson Motta - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ADYLSON MOTIA - (PDS - RS.)(Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, registro que na votação n° 821 não consta meu nome,mas votei "não".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)A declaração de V.Ex-será registrada.
O SR. BOCAYUVA CUNHA - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. BOCAYUVA CUNHA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, pediriaa fineza de registrar o meu voto na votação anterior, que foi "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)A declaração de V. Ex-será registrada.
O Sr. Joaci Góes - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
o SR. JOACI GÓES (PMDB - BA Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, ainda hápouco V.Ex-me chamava para defender emendaem que eu propunha a mudança de "prorrogáveis" para "prorrogável". Entendi que não tinhanada a defender, porque se trata de um erro primário de Português, compreensível no volumede redação. É um erro de concordância, porqueo prazo de validade do concurso público seráde até dois anos. Prorrogáveis não pode ser, porque é o prazo que é prorrogável. Se o prazo devalidade do concurso público fosse de dois anos,então, aí, seria "prorrogáveis". ,
O Relator proferiu parecer favorável.E só consultar os professores de Português e verificaremosque a redação como está não pode ficar, deveser mudada.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Peço a V.Ex-que encaminhe as suas declaraçõesao Relator, para a apreciação de S. Ex- no momento oportuno.
O SR. PRESIDENTE'(UlyssesGuimarães) Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (votação n° 824):
SIM-294NÃO-22ABSTENÇÃO-5TOTAL-321
A reunião de emendas foi aprovada.
VOTARAM OSSRS. CONSTfTilINTES:Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigailFeitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - AbstençãoAécio de Borba - SimAécio Neves - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldoArantes - NãoAlfredo Campos - SimAlmirGabriel - SimAloysioChaves - SimAloysioTeixeira- NãoAluizio Bezerra - SimAlysson Paulinelli- SimAmaral Netto - SimAmaury Müller- SimAmilcar Moreira - SimÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - SimAntero de Barros - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Ueno - SimAmaldo Faria de Sá - SimAmaldo Martins - SimAmaldo Moraes - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimÁtilaUra-SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello- Sim
Basílio Vmani - SimBenedicto Monteiro - NãoBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral- SimBeth Azize - SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli- NãoCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Maia- NãoChagas Rodrigues - SimCid Carvalho - Sim:Iáudio Ávila- SimCosta Ferreira - SimCristina Tavares - SimCunha Bueno - SimDarcy Deitos - SimDaviAlvesSilva - SimDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdison Lobão - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim- NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimElielRodrigues - NãoEliézer Moreira - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEunice Michiles- SimEvaldo Gonçalves - SimFábio Feldmann - SimFarabulini Júnior - SimFelipe Mendes - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlavio Palmier da Veiga- SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes - SimF1oricenoPaixão - SimFrança Teixeira- SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Dias Alves- SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Rollemberg - Sim
Agosto de 1988
Francisco Rossi - SimGastone Righi - SimGenebaldo Correia - SimGeovani Borges - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHaroldo Lima - NãoHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélioManhães - AbstençãoHélioRosas - NãoHenrique Córdova - SimHermes Zaneti - SimIbsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsrael Pinheiro - SimItamar Franco - SimIturivalNascimento - SimIvo Cersósimo - SimIvoLech - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJaUes Fontoura - SimJarbas Passarinho - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Menezes - AbstençãoJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJosé Agripino - SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Uns ~ SimJosé Luiz de Sá - SimJosé LuizMaia - SimJosé Maurício - SimJosé Melo - NãoJosé Paulo Bisol - SimJosé Queiroz - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Thomaz Nonô- SimJosé Tinoco - SimJosé Yunes - SimJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - Sim
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
Koyu lha - SimLavoisier Maia - SimLélio Souza - SimLídice da Mata - NãoLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Henrique - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuiz Soyer - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel- NãoMaguito VJ1ela - SimManoel Castro - NãoMansueto de Lavor - NãoMarcelo Cordeiro - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Nasser - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMendes Botelho - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares - SimMichel Temer - SimMiltonBarbosa - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - SimMoema São Thiago - SimNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - SimNestor Duarte - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1bemaz- SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - SimOlivio Dutra - SimOrlando Bezerra - SimOscar Corrêa - SimOsmir Lima - NãoOsvaldo Bender - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - Sim
Sexta-feira 19 12847
Oswaldo Almeida - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaulo Almada - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Paim - SimPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur - SimPlinio Arruda Sampaio - SimPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Ura - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - NãoRenato Bemardi - SimRenato Vianna - SimRita Camata - SimRoberto Augusto - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto Torres - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimStélio Dias - SimTadeu França - SimTeotônio VJ1ela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan SpineUi- SimValmirCampelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves - SimVicente 8ogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVilsonSouza - SimViniciusCansanção - SimVrrgílio Galassi - SimVrrgílio Guimarães - SimVitorBuaiz - AbstençãoVIValdo Barbosa - SimVladimirPalmeira - SimWaldyr Pugliesi - SimWJ1son Campos - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Sim
12848 Sexta-feira 19 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Agosto de 1988
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 29
Senhor Presidente,Requeiro destaque para a Emenda n°
2ro1607-7 (Art.38, XI). -Ivo Lech.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)É a seguinte a matéria destacada:
EMENDAN° 1.601Do Sr. Ivo Lech
Suprima-se no Inciso XI,do art. 38, a expressão"e Municípios".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Anuncio o Destaque n° 29, do nobre ConstituinteIvo Lech, há também, um destaque, da mesmasorte, de rr 915, do Constituinte MalulyNeto.
O nobre Constituinte IvoLech mantém sua proposição? (Pausa)
O Sr. Nelson Wedekin - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON WEDEKIN (PMDB - Se.Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, apenaspara retificar o meu voto, que está assinalado"não", sendo "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex"será atendido.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O Constituinte Ivo Lech mantém a sua emenda?(Pausa)
S. Ex"mantém a emenda.O nobre Constituinte quer o seguinte:Inciso XIdo art. 38:
"A lei fixará o limite máximo e a relaçãode valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados,como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título, por membro do Congresso Nacional, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Ministros de Estado e seus correspondentes nosEstados e municípios:'
S. Ex" quer retirar, desses condicionamentose parâmetros aqui fixados, o município. O município, aqui ficaria excluído.
O Sr. Hélio Rosas - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. HÉLIO ROSAS (PMDB - SP. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, para consignar que na votação anterior, o meu voto saiu errado. O meu voto realmente é "sim".
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Será feito o registro.
O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, há um entendimento comum das Lideranças no sentido dese aprovar a emenda, porque importaria em resolver uma dificuldade ocorrente nos municípiosbrasileiros. Os vereadores, em alguns municípios,reúnem-se às vezes, uma vez por semana, ouuma vez por mês. Estabelecer-se a remuneraçãodo vereador como teto da remuneração do serviço público municipal é um equivoco, considerando o tipo de serviço prestado pelo vereador.Por isso, os Lideres entenderam apelar ao Sr. Relator, para que revise o seu parecer e aprove aemenda.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, Srs. Constituintes, queria fazer umaponderação às Lideranças: se for excluída a palavra "municípios", poderá resultar num esvaziamento do corpo técnico de alguns municípios.Ademais, também poderá ampliar a remuneraçãodesmesurada dos vereadores.
Sr. Presidente, requeiro a V.Ex"adie esta votação, atendendo ao que pedem as Lideranças, paraum melhor exame da matéria.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) AsLideranças estão de acordo? Realmente, é preciso ver as implicações. Se estabelecem medidaslimitativas, é necessário ver o alcance, se retiramos municípios ou não.
É justo. Adia-se a votação, por solicitação detodas as Lideranças. Conseqüentemente, todasas proposições relativas a este item estão adiadas.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O nobre Constituinte Siqueira Campos está naCasa?
S. Ex" mantém a sua proposição.S. Ex' deseja retirar, suprimir:
"Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderãoser superiores aos pagos pelo Poder Executivo."
O Sr. José Lins - Sr. Presidente, peço apalavra peja ordem. _.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ UNS (PFL - CE. Sem revisãodo orador) -Sr. Presidente, esta emenda é sobreo inciso que foi adiado?
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Como?
O SR. JOSÉ UNS - Esta emenda é sobreo inciso que foi adiado?
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Qual foi o inciso adiado?
O SR. JOSÉ LINS - Sr. Presidente, poderiamos adiar todas as emendas também, porqueo novo texto a ser proposto vai ser analisado àluz das emendas.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Estão de acordo que se adie?
O SR. NELSON JOBIM - Perfeito. Adiamse todas as emendas.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vamos ver. Não gosto de meter o bedelho nessascoisas, mas onde constam Poder Judiciário, Poder Legislativo, Poder Executivo, há peculiaridades. Inclusive,dentro do Legislativo,a criação doscargos é do Legislativo; a atribuição das funçõesé do Legislativo; a fíxação de vencimentos é doLegislativo; as promoções são do Legislativo. Eo mesmo para o Judiciário. De maneira que épreciso meditar bem se estabelecem as regrasde dependência de um dos Poderes com relaçãoao outro, em função dos Executivo.
O SR. JOSÉ UNS - Adiado.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está adiado.
A emenda supressiva tem parecer favorável.Mas vamos meditar...
O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. SIQaEIRA CAMPOS (PDC - 00.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, eu estava vindo ao plenário quando V.Ex" adiou. É muitocorreta a atitude de V.Ex" em adiar...
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Muito obrigado.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - ... porqueesta emenda é muito importante, muito justa. Deforma que tenha V.Ex" a certeza de que as lideranças, reunidas, irão chegar a esta conclusão.
O Sr. José Uns - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ UNS (PFL - CE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, a idéia é de adiara apreciação de todo o inciso, inclusive as emendas, porque as emendas serão analisadas à luzdo novo texto proposto.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)É até o 15 que se adia. Vamos avançar um poucomais.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Destaque do nobre Constituinte Lavoisier Maia.
S. Ex" estã presente? (Pausa)O nobre Constituinte Lavoisier Maia diz que é
correção de linguagem. A palavra "magistério"compreenderá não só o professor como tambémo supervisor e orientador.
Não é linguagem. Altera.
O SR. LAVOISIER MAIA - Desisto.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-S. Ex" desiste. Retirou a emenda. V. Ex" tem osnossos cumprimentos.
O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB-PE. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, esta emendavaiser retirada juntamente com a do nobre Consti·tuinteJoaci Góes. Ambos querem a mesma coisa,
Agosto de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 19 12849
e vamos retirar, em função de solicitações e paraa agilização dos trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Louvo a coerência de V. Ex',que pede aos outrosConstituintes retirem, e dá o exemplo, retirando.
o Sr. PI~o Arruda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
o SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,vou-me arriscar a uma coisa da qual V. Ex' não
, gosta.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimárães) Não gosto?
O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Éque estou sentindo que, até aqui, tínhamos tidoum trabalho prévio, nas Lideranças de examinara matéria, fazer os acordos e chegar aos entendimentos.
A experiência que temos aqui, na Casa, é quetoda vez que vem a matéria ao Plenário sem umentendimento prévio, temos conflitos. Estamosprorrogando matérias. Uma não deu acordo, jájogamos para adiante... Por isso, é preferível sejasuspensa a sessão...
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Nobre Constituinte, quando houver matéria maisdifícil, adia-se. Outras, podemos ir resolvendo. Se-não vamos sempre ter problemas. .
O SR. PLÍNO ARRUDA SAMPAIO - FIZum apelo, Sr. Presidente. Quando surgir o problema, vamos ver.
OSR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda do Constituinte LourivalBaptista. (Pausa.)
S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda do Constituinte Dionísio Hage.(Pausa.)
S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda do Constituinte Luiz AlbertoRodrigues (Pausa.)
S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda do Constituinte Paes Landim.(Pausa)
S. Ex' não está presente.Considero a emenda prejudicada.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Temos aqui as proposições dos nobres Constituintes Ronaldo Cezar Coelho, Arnaldo Prieto eFirmo de Castro.
O Constituinte Ronaldo Cezar Coelho mantémou retira sua emenda?
OSR. RONALDO CEZAR COELHO (PSDB- RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,eu a retiro.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães)O Sr. Arnaldo Prieto mantém ou retira a sua emenda? (Pausa.)
Retiradas as emendas.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a emenda do Sr. Ronaldo Aragão.
S. Ex' não está presente.Considero prejudicada sua emenda.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a proposição do Sr Antonio Perosa.
S. Ex' a mantém ou a retira?
O SR. ANTONIO PEROSA (PSDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, comonão existe um consenso ainda, entre as lideranças, sobre este assunto, gostaria que a sua apreciação fosse adiada, a exemplo do que foi feitooutras vezes. para que possa haver um entendimento sobre o mesmo.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está adiada a apreciação da proposição.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Anuncio a proposição do Constituinte José CarlosSabóia.
S. Ex' mantém ou retira sua emenda? (Pausa)
O SR. JOSÉ CARLOS SABÓIA (PSB MA Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,retiro.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)O Constituinte José Carlos Sabóia retira suaemenda. Os nossos cumprimentos.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) A Constituinte, nossa colega, Moema São Thiagoretira ou mantém a sua emenda?
ASR' MOEMA SÃO THIAGO (PSDB - CE.Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, peçoadiamento pois ainda estamos tentando negociare esta questão poderia ficar para depois.
O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR.INOCÊ"ICIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente não,assim também é demais... adiando sem consentimento do Líder não pode, Sr. Presidente. V.Ex'consulta o Plenário, e se todos os Líderes concordarem, há o Líder do Partido da Frente Liberal'que não concorda. Então, não pode ser adiadaa apreciação.
O SR. PRIESIDENTE (Ulysses Guimarães) Entendo que uma medida adotada, com algumasprovidências... será registrada a declaração de V.Ex'.
O SR. INOCÊ"ICIO OLIVEIRA - Sr. Presidente, V.Ex' não pode adiar sem consentimentodos Líderes, e o Líder do Partido da Frente Liberalnão aceita o adiamento.
O SR. PRIESIDENTE (Ulysses Guimarães) Pondero ao nobre Constituinte, com quem tenhotido relações de conversas tão amistosas,...
O SR. INOCÊ"lCIO OLIVEIRA - É verdade. Respeito V.Ex', mas V.Ex' está se excedendo.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ... que o Presidente tem condições, por força doRegimento, em determinadas circunstâncias, defazer o adiamento. Assumo a responsabilidadedo adiamento.
O SR. INOCÊ"ICIO OUVElRA - Sr. Presidente, V.Ex' cometeu um ato de grande arbitrariedade. E, nesta hora, peço que conste nos Anaisque o Líder do Partido da Frente Liberal diz queo Presidente da Assembléia Nacional Constituintecometeu um ato de arbitrariedade.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Muito obrigado a V.Ex' pelo adjetivo.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Anuncio a proposição do nobre Constituiríte JamilHaddad. (Pausa)
O SR. ARTUR DA TÁVOLA-Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, seique esta questão de ordem possivelmente irritarágrande parte da Casa.
Chamaria a atenção dos meus Companheirospara a profunda razão de que estava possuídoo Constituinte PlínioArruda Sampaio, quando solicitou à Casa suspendesse a sessão, ao se tratarde matéria não debatida pelas Lideranças. É realmente impossível, ao nível de plenário, pela complexidade dos temas que aqui estamos votando,submetermos cada votação aos conflitos que estamos vendo a cada instante.
Reitero a V. Ex' e à Casa, no sentido da solicitação do Constituinte PlínioArruda Sampio. Pediriaa V. Ex' ouvisse as demais Lideranças. Acreditoque elas estarão assentes nesta posição.
Agradeço a V.Ex'.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Desejo ponderar, a propósito deste respeito, como Presidente, que é lógico que acredito quetenho demonstrado, tenho tido a iniciativa até,que não está no Regimento, desta disciplina prévia, por via das Lideranças, e não me arrependo,principalmente pela qualidade de trabalho dostextos. Desejo dizer que não podemos subordinaros nossos trabalhos exclusivamente às decisõesque sejam tomadas pelas Lideranças. Não posso,é matéria, inclusive, que não tem toda importânciade um ato constitucional. Toda matéria é importante, desde que suscite maiores controvérsias.Prestigiarei as Lideranças e o seu trabalho. Nãotenho feito reuniões pela manhã em função dasLiderançs. Já fiz um apelo para que, na próximasemana - pelo menos, na maioria dos dias façamos reuniões pela manhã, e as Liderançastrabalhem à noite. Mas, os que pleiteiam que sesuspenda a sessão havendo quorum, pela circunstância de não haver estes entendimentos,não posso assumir esta responsabilidade.
O SR. ERALDO TINOCO - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE - (Ulysses Guimarães)- Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ERALDO TINOCO (PFL - BA Semrevisão do orador) -Sr. Presidente, é compreen-
12850 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Agosto de 1988
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Relator.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, tem razão o Constituinte José Fogaça. A emenda corrige, o servidor público, nocaso de sua invalidezpermanente em serviço, temdireito à aposentadoria integral. É, realmente, umaemenda que repara uma omissão.
Por esta razão, Sr. Presidente, opino pela aprovação.
O Sr. Eduardo Jorge - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, nossa interpretação, pelo Partido dos Trabalhadores, é queessa emenda é modificativa, é restritiva, salvo melhor juízo.
O Sr. Arnaldo Faria de Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, salvomelhor juízo, a emenda é de extrema importância,até porque o texto original limita os casos emque pode ocorrer a aposentadoria por invalidezpermanente. E a emenda contempla aquilo quejá está feito inicialmente, permitindo a aposentadoria proporcional nos demais casos.
Esta emenda é muito importante, e gostariahouvesse uma reflexão daqueles que tentam impugná-Ia para o alcance da mesma. É de extremaimportância, porque permite a proporcionalidadenos demais casos, mantendo a integralidade noscasos anteriormente especificados. É caso deomissão, sim.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Relator Bemardo Cabral.
O SR. BERNARDO CABRAL (Relator) O Sr. Presidente, o texto beneficia, através da correção feita pelo Constituinte José Fogaça, aqueletrabalhador ou aquele servidor que, estando noexercício da sua função, do seu trabalho, do seuemprego, venha a ser vitimado por uma moléstia,ou por um acidente contraído em serviço. Nessacircunstância, se corrige a omissão, se corrigea injustiça, e não se dá uma aposentadoria integrai. Quando ela é contraída fora do serviço, oacidente é fora do serviço, e naquelas especllicadas em leis, aí, sim, a aposentadoria é proporcionai.
Corrige, realmente, uma grande injustiça. Soupela aprovação, Sr. Presidente.
o Sr. Roberto Freire - Peço a palavra pelaordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra onobre Constituinte.
O SR. ROBERTO FREIRE (PCB -PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, apelo paraque a votação seja adiada, porque está haVendo
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Destaque do nobre Constituinte José Fogaça.
Propõe S. Ex" a seguinte redação ao art. 41,inciso I:
.....por invalidezpermanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço, moléstias profissionais oudoença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demaiscasos."
Tem a palavra o nobre Constituinte José Fogaça, para encaminhar.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarãês)Anuncio o destaque do nobre Constituinte Louremberg Nunes Rocha.
S. Ex' não está presente? (Pausa.)Prejudicado o seu destaque.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a mesa, requerimento de destaque nos seguintes termos:
REQUERIMENTO DE DESTAQUEND54
Senhor Presidente, requeiro destaque para aEmenda N°2T01584-4 (art. 41, inciso I).-JoséFogaça.
• O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)E a seguinte a matéria destacada:
EMENDA N° 1.584Do Sr. José Fogaça
Dê-se ao inciso I, do art. 41, do Projeto (B),a seguinte redação:
"Art. 41. .. .l-Por invalidez permanente, sendo os
proventos integrais quando decorrentes deacidente em serviço, moléstia profissional oudoença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demaiscasos."
o SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, a emenda tem parecer favorável do Relator e visa a corrigir uma deformação do textoatual, que diz o seguinte:
..Art. 41. O servidor será aposentado:1-por invalidez permanente, sendo os
proventos integrais quando decorrentes deacidente em serviço, moléstia profissional oudoença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei e proporcionais nos demaiscasos."
Ora, com isso estamos assegurando um tratamento rigorosamente adequado a situações deinvalidez permanente, em que uma moléstia profissional, ou seja, originada pela própria atuaçãodo servidor em serviço ou uma doença grave con-
, tagioséf ou incurável lhe dê a garantia dos proventos integrais.
Portanto, estamos aperfeiçoando o texto, e esta.mos assegurando aos demais casos, aqui não'
. mencionados, proventos proporcionais no casoda invalidez, situação da qual o texto atual nãotrata, a situação está omissa no texto ·atual.
Por conseguinte, Sr. Presidente, insistimos quea emenda seja votada, por ser de relevante interesse público.
sível que V. Ex", pelo esforço que tem feito, devotações consecutivas, votações cansativas, naturalmente possa esquecer-se de decisões anteriores.
Ontem tive uma emenda levada a voto. Soliciteio adiamento, e V. Ex" declarou - e os Anaisregistraram -quesó poderia adiar com a concordância de todas as Lideranças. Subi à tribuna,defendi a minha emenda, ia a voto, quando asLideranças ponderaram - e não houve qualquerdiscordância - que a matéria fosse adiada. Eo foi. No entanto, a decisão de V. Ex" foi a deque não poderia adiar a votação, exceto se contasse com a concordância de todas as Lideranças.Hoje estranho ver que V. Ex" reformuJa esta suadecisão de ontem, e permite o adiamento de matérias sem a concordância de todas as Lideranças.
Como tenho verificado que V. Ex" tem-se pautado pelo equilíbrio e pela sabedoria na conduçãodestes trabalhos, solicito a V. Ex' reformule suadecisão anterior e não permita o adiamento davotação, exceto com a concordância de todasas Lideranças.
É a questão de ordem que formulo a V. Ex"
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Ouço, com o apreço costumeiro, a intervenção,sempre inteligente e talentosa, do meu eminenteColega. Desejo somente ponderar o seguinte: hádois tipos de adiamentos. Adiamentos construídos até aqui para o andamento dos nossos trabalhos, quando as Lideranças todas pedem, masa Presidência tem e sempre teve - a Presidênciada Câmara, a Presidência do Senado, está escritoaté nos Regimentos que é a responsável pela disciplina dos trabalhos, pejo andamento dos trabalhos -, a Presidência tem condições regimentaisde, entendendo que convém à disciplina dos trabalhos, fazer o adiamento de sua apreciação, epode fazê-lo. De maneira que, quando estou convencido disto, eu o faço. Do contrário, as Lideranças assumem a responsabilidade.
Assim se conjuga o assunto de acordo como Regimento e no interesse do andamento dosnossos trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Muito obrigado a V. Ex'
O nobre Constituinte .JarmlHaddad se encontrana Casa? (Pausa.)
S. Ex' não se encontra na Casa. Está prejudi- ,cado o seu destaque.
O nobre Constituinte Dálton Canabrava se encontra na Casa? (Pausa)
S. Ex' não se encontra na Casa. Está prejudicado o seu destaque. Encontra-se presente o nobre Constituinte Osmir Lima? (Pausa.)
Tem S. Ex' a palavra.
o SR. ERALDO TINOCO - Sem quererdialogar com a Mesa, até porque o Regimentonão me permite, quero apenas registrar que fuialtamente discriminado no dia de ontem, e agradeço a V. Ex' pela discriminação que sofri.
O SR. OSMIR UMA (PMDB- AC.Sem revisão do orador.) Atendendo ao pedido das Lideran- .ças e do Relator, retiro a emenda. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)5 ..Ex' retirou a emenda, com os nossos agrade- .cimentos.
Agostode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCON51TTOINTE Sexta-feira 19 12851
uma controvérsia muito grande em relação aoentendimento.
O Sr. Arnaldo Faria de Sá - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaráes)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PJ - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, náoacho que seja caso de adiamento. É simples entendimento, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)As Liderançasestão de acordo com o adiamento?(Pausa.)
O nobre Líder do PFL deseja a votação.
O Sr. Plínio Anuda Sampaio - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. PÚNIO ARRUDA SAMPAIO (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,o Partido dos Trabalhadores pede tempo, porquea nossa interpretação está duvidosa e, dado oclima, não foi possível chegara um entendimento.Então, pedimos o adiamento.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem que haver um entendimento das Lideranças.Este é um caso em que a Presidência não estádeterminando o adiamento.
O Sr. Harol~oUma - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guitnarães) Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, também sugerimos seja adiada a votação, porquea emenda é importante e, na verdade, surgiu umapolêmica em tomo dela, que precisa ser devidamente esclarecida. Daí o nosso apelo no sentidodo adiamento.
o Sr. José Fogaça - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como autor,solicito também o adiamento.
O Sr. Vivaldo Barbosa- Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDTconcorda com o adiamento.
O Sr. José'Costa - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. JOSÉ COSTA (PSDB - AL. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, como Membro desta Assembléia Nacional Constituinte, façoum apelo a V.Ex"
Deadiamento em adiamento, estamos procrastinando esta votação. Não conseguimos votar matéria relevante nenhuma.
O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Partido Democrata Cristão concorda com o adiamento.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Que haja o adiamento dentro do critério de quenão é o Presidente que está determinando, mashá solicitação de Lideranças.
O Sr. Gastone Righi~ Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Uderançado PTB não só concorda com o adiamento comoreitera o apelo feito pelo Líder do PT, ConstituintePlinio Arruda Sampaio, no sentido de que V.Ex"suspenda a sessão, e verificará V. Ex" que nãohá nenhum clima, nenhuma maneira de podermos votar hoje qualquer matéria. Nenhuma matéria será aprovada e possivelmente não atingiremos sequerquorum.
O Sr. Inocêncio OUveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra o nobre Constituinte.
O SR.INOC~CIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, esteassunto é de grande importância. E como existeum processo de votação, concordo que adiemostoda a sessão. Senão, será feita a votação e nãovamos dar quorum, porque o assunto é muitoimportante.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Se as Uderanças se manifestarem a favor, encerraremos a sessão.
Tínhamos, na verdade, mais uma votação, deacordo com o prazo estabelecido pela Presidência.
Se as Lideranças estiverem de acordo, encerraremos a sessão. (Pausa)
Está convocada a Câmara dos Deputados parauma sessão a realizar-se segunda-feira, dia 22,às 9 horas.
Por solicitação do Presidente do Senado Federal, comunico que haverá sessão dessa Casa segunda-feira, às 10 horas.
Teremos sessão da Constituinte às 18 horasde segunda-feira.
O SR. Presidente ((JJysses Ouimarães) - Nodecorrer da Ordem do Dia, comparecem maisosSr.:. Alexandre Costa - PFL; Almir Gabriel PMDB;Aloysio Teixeira - PMDB;Asdrubal Bentes- PMDB;Basílio Vilani- PTB; Carlos Alberto- PTB; Carlos Cardinal - PDT; Carlos Mosconi- PSDB; Dirceu Carneiro - PMDB; FranciscoRollemberg - PMDB;Jayme Santana - P5OB;João CaImóm - PMDB -João NataI-Pft1DB;
Louremberg Nunes Rocha - PTB; LuizGushiken- PT; Marco Maciel - PFL; Mussa Demes PFL; Nabor Júnior - PMDB; Nelson Wedekin-PMDB.
VI - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Adhemar de Barros Filho - PDT;Afonso Sancho - PDS;AirtonCordeiro - PFL;AirtonSandoval- PMDB;Albano Franco - PMDB;'A1béricoFilho - PMDB; ÁlvaroAntônio - PMDB; AntônioBritto - PMDB; Antônio Salim Cunati - PDS;Arnold Fioravante - PDS; Bosco França PMDB; Carlos Vrrgílio - PDS; Cleonâncio Fonseca - PFL; Dalton Canabrava - PMDB; DelfrrnNetto - PDS; Edivaldo Holanda - PL; EtevaldoNogueira - PFL; Felipe Cheidde - PMDB;Fernando Lyra - PDT; Gandi Jamil- PFL; GeraldoMelo - PMDB;Gerson Camata - PMDB; HarlanGadelha - PMDB; Hilário Braun - PMDB; IrajáRodrigues - PMDB; Irapuan Costa Júnior PMDB;Jacy Scanagatta - PFL; Jessé Freire PFL; João Carlos Bacelar - PMDB;João Cunha-PDT;João da Mata-PDC;Joaquim Francisco- PFL; Jorge Leite; PMDB; José Maranhão -PMDB;José Maria Eymael- PDC;José Santanade Vasconcelos - PFL; Júlio Campos - PFL;Leopoldo Peres -PMDB; LezioSathler-PMDB;Lúcia Braga - PFL; LuizViana- PMDB; ManoelMoreira - PMDB; Márcia Kubitschek - PMDB;Mário Bouchardet - PMDB; Mattos Leão PMDB; Olavo Pires - PTB; Osmundo Rebouças- PMDB; Paulo Marques - PFL; Ricardo Fiuza- PFL; Rita Furtado - PFL; Roberto Vital -PMDB; Rose de Freitas - PSDB; Sandra Cavelcanti - PFL;Sotero Cunha - PDC;Uldurico Pinto- PMDB; Victor Trovão - PFL; Vieira da Silva-PDS.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Encerro a sessão, designando para a de segunda-feira próxima, dia 22, às 18 horas, anteriormente convocada, a seguinte
ORDEM DO DIA
Prosseguimento da votação das emendas destacadas, oferecidas ao Projeto de ConstItuição emsegundo turno.
(Encerra-se a sessão às 13 horas e 30minutos.)
DISCURSO PRONUNCIADO PELO SR.MÁRIO LIMA NA SESSÃO DE 10-8-88 EQUE, EIYTREOUE À REVISÃO DO ORADOR, SERIAPUBLICADO POSTERIORMENTE.
O SR. MÁRIo LIMA (PMDB- BA)Sr. Presidente, Sras. e Srs. Constituintes, nós, Membrosda Assembléia Nacional Constituinte, estamosvendo as dificuldades, os empecilhos, que vêmde todos os lados para dificultar e até mesmotentar impedir que se faça uma nova Constituiçãopara este País.
12852 Sexta-feira 19 DIÁRIO DAASSEMBlÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Agosto de 1988
Hoje, os jornais estampam que o Ministro doExército, respondendo a um cidadão estrangeiro,admitia que o País estaria vivendo dias semelhantes aos idos de 1964, quando esse cidadãoestrangeiro, que na época era o Embaixador dosEstados Unidos no Brasil, atuou com a maiordesenvoltura, intervindonos assuntos internos donosso País,articulando o golpe militarque vitimouesta Nação. Este mesmo cidadão volta a estePaís e diz que a nossa situação de hoje muitose assemelha aos idos de 1964.
Vejam,Srs. Constituintes, como este País é paradoxal. Quando qualquer trabalhador, fazendouma pressão legítima sobre esta Casa, na defesa
dos seus interesses, toma uma posição mais enérgica, surgem os defensores da Constituição, daConstituinte, das instituições. No entanto, um cidadão estrangeiro, que teve uma passagem tristeneste País, volta e repete as suas sandices contraas instituições e contra a Assembléia NacionalConstituinte.
Sr. Presidente, acreditamos que o povo brasileiro já começa a ficar cansado. Mais uma vezo plenário está quase vazio, e infelizmente nãosomos em número suficiente para dar quorum.A canhota, o centro e até a direita estão aqui,mas a Nação já está ficando cansada. Ou tomamos conhecimento de que o povo já não aguenta
mais esta dúvida, se vai ter ou não uma novaConstituição, e os parlamentares assumem a suaresponsabilidade de comparecer ao plenário paraultimar a votação desta Constituição, ou aí, sim,este País poderá ter dias difíceis. Não porque esseestrangeiro irresponsável e leviano esteja desejando, mas porque o povo já está cansando. Enós, Deputados e Senadores Constituintes,temosque ter consciência disso e cumprir o nosso dever.Quando pedimos nas praças públicas, o voto aopovo, foi para aqui fazermos uma nova Constituição para criar,realmente, uma democracia neste País. Muitoobrigado. (Muito bem!) .
29-Vlee-Presidente:JORGE ARBAGE
19-5ecret4rio:MARCELO CORDBRO
19.9uplente de SecretMlo:BEftEDRA DASILVA
2°-Suplente de Secretário:LOIZSOYER
J9-5uplente de Secretário:8OTERO CarIIfA
mA -,-
UDERAftÇA8 nAASSEMBLÉIA nACIOnAL cOJlll8maINI'E
PMDB Valmir Campelo V1ce-1.JcItreI:Uder: Messias (jóls PIfnlo Arruda~
NtIIon Jobim, Arolde de 0Ilvefnt JoHQenofno
\ke-Uderno exercfdo PLda J.Jdenlnça t.vaIdo Oonçalyes Líder:
Simio Sessim AcIoJfo 0IMIra\'Ice-lJderea: Divaldo Suruagy
Paulo Macarinl José AgrIpinoMaia
AnttlnIo Brttto MauricioCampos POCGonzaga Patriota Paulo PImentel Uder:
JOsé Uns MMII'O ....OsmirUma Paes L.anclim(jidel Dantas
Henrique Eduardo Alves V1ce-Uderet:
Ubiratan Aguiar PDS José Maria EymaelLíder: SiqueIraCamposRoeede Freitas AmuIII fIIetto
JoedCJ6es PCdoBNeItor Duarte V1ce-Uderes:
Uder:AntcnIo MarIz Vlc:tor F~donI lWoIdo lJInaWalmor de Luca Carlos VIrglIioRaulBel6m
RobertoBrant Vice-UcIir:
lt\IIuro c.mpos PDT Aldo Ar...
H61lo Manh6es Líder:
TeotonioWeIa FlIholIrandIo lIIontIlIro PCB
Aluizio Bezerra Vlce-Uderes: Uder:
NIon AIbemaz RobertoFreIre
0aWIId0 MacedoAmaury Müller Vice·L,(der:
Jcwannl Maslni AdberNr de Barros FlIho Felllllndo Santana
NelsonJobitnVIvaldo Barbosa
Miro TeixeiraJosé Fernandes
Ronaldo César Coelho PSBPJB Uder:
PFLUd'er: Aden* Andrade
Líder:Gutone RIghI
Joe6 LourençoVlce-Uderes:
S6Ion aotges dos Reis PMBVice-Lideres!
RobertoJefferson Líder:Ir1cdnclode Oliveira ElIasMurad
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Fausto RochaRicarcIo Fiuza PT PTR
(jeovani Borges Uder: Líder:/t1ozaI1Jdo Cavalcanti LuIzbádo Lulada... ..........ao..
PTB
Pfl.PDS
Antonloclll\os KonderReis
Dllrcy pozzaGerson Peres
cOMlS8AODESIS1EMA117Ac;Ao
PrelIIdente:AfonIo ArInos - PfL - RJ
1··Vlc:e-Presldente:Aluizio CemI'O'- PMDB - P8
2'.Vlc:e-Presldente:BrandaoMonteilo - PDT - RJ
Relator:Bernardo CabraI- PMDB-AM
PCBFernando5llntana
PT
PedoB
PTB
José Oenoino
PDT
PL
OttomarPInto
Aldo ArlIntes
PTLuizInácioLula PIúúo Arruda
da Silva Sampaio
PLhIoIfo OIlveirll
PDCSiqueira Campos
PedoBHaroldoUma
PCBR9berto Freire
PSBJamil Haddad
PMDB~Farlas
Frandsco RossiGastone RIghl
PSB
PMB
IsraelPInheiro FJho
R8InI6u; terças, quartas e quinta-feira
8eaetáta: Maria L.atn Coutitho .
Te.efonu: 224·2848 - 213.6875213-6878.
PMDB
~~M6rcIo BragaMarcos I.knaMichelTemerMIroTeixeiraNelsonWedekinOctávIo EIisioRobertoBl1!lIltRosede Freitas(Jdurlco PntoVIcente 8OQOWsonde SõuzaZiza VeIadares
AédoNevesAlbanoFrancoAntonIo MarizChagas RodriguesDuo CoimbraDélIoBrazEuclides 5calcoIsrael PfnheiloJo6o AgrIpinoJoão NateIJoséCarlos GreccoJosé CostaJoséMaÍ'IInhãoJosé Tavares
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