126

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

Page 2: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidência da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidência

José Alencar Gomes da Silva

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Luís Carlos Guedes Pinto

Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo

Márcio Antonio Portocarrero

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Evolução do cooperativismo no Brasil : DENACOOP em ação / Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento. – Brasília : MAPA, �006.

��4 p.

�. Cooperativismo – Brasil. I. Título.

AGRIS E40

CDU 334

É permitida a reprodução desde que citada a fonte.

Catalogação na Fonte

Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI

Page 3: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

3

PREFÁCIO INTRODUCION PREFACIO

Uma via para a justiça social - Roberto Rodrigues

A way to social justice

Una via para la justicia social

INTRODUçãO INTRODUTION INTRODUCCIóN

Cooperativismo, o caminho para a cidadania

Cooperativism, the route to citizenship

Cooperativismo, el camino para la ciudadanía

A HISTORIA - THE HISTORY - LA HISTORIA

Ser social A social being Ser social

A aliança do mundo cooperativo The alliance of the cooperative world La alianza del mundo cooperativo

Um Brasil de todos A Brazil of everyone Un Brasil de todos

Pedra fundamental The rock of foundation Piedra fundamental

Força de lei The force of law Fuerza de ley

Viva às diferenças Vive la différence Viva las diferencias

A ESTRUTURA - THE STRUCTURE - LA ESTRUTURA

Um papel fundamental Fundamental role Un papel fundamental

O acompanhamento Followup El acompañamiento

Agronegócio Agribusiness Agronegocio

Autogestão Cooperativista Cooperative self management Autogestión Cooperativista

Valorização do servidor Give the servers their due Valoración del servidor

Como participar How to have a say in it Cómo participar

SumárioSumáriosummarysumario

05

07

�0

��

�6

�9

��

30

3�

37

38

39

4�

4�

Page 4: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

4

O PERFIL - THE PROFILE - EL PERFIL

Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña

Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos

Diálogo valioso A valuable dialogue Diálogo valioso

Merece crédito Credit worthy Merece crédito

Doce lar Home sweet home Hogar dulce hogar

Fortalecimento Encouragement Fortalecimiento

Injeção de ânimo An injection of live Inyección de ánimo

Chove no sertão Rain on the hinterland Llueve en el sertão

Made in Brazil Made in Brazil Made in Brazil

A alma do negócio The soul of trade El alma del negocio

Sem fronteiras No boundaries Sin fronteras

Garantia de futuro A guarantee for the future Garantía de futuro

Educar para crescer Educating for growth Educar para crecer

Aprender a crescer Learning to grow Aprender a crecer

Vale prêmio Worth prizes Vale premio

Elas abrem caminhos They open the way Ellas abren caminos

Voluntários da cooperação Volunteers for cooperation Voluntarios de la cooperación

Estímulo ao conhecimento Knowledge-oriented Estímulo al conocimiento

Faz bem à comunidade Doing good for the community Le hace bien a la comunidad

O cooperativismo na estante The cooperatives on the shelf El cooperativismo en los estantes

O FUTURO - THE FUTURE - EL FUTURO

Como será o amanhã? What will tomorrow bring? ¿Cómo será el mañana?

CONCLUSãO CONCLUSION CONCLUSIóN

Agradecimentos Acknowledgements Agradecimientos

44

46

48

5�

6�

66

68

7�

76

79

8�

86

88

9�

95

97

�04

�08

��0

��3

��6

��0

��3

Page 5: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

5

Num mundo cada vez mais preocupado com a redução das

desigualdades, o cooperativismo é o caminho ideal para a constru-

ção de uma sociedade mais justa, solidária, democrática e feliz. Por

isso, não canso de repetir que o sistema cooperativo é a ponte entre

o mercado e o bem-estar coletivo. Instrumento formidável para o

desenvolvimento harmonioso das nações, ele pode contribuir deci-

sivamente para que o Brasil consiga se transformar num País com

maior geração de emprego e melhor distribuição de renda.

Cooperativista por formação, tendo presidido a Organização

das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Aliança Cooperativa Interna-

cional (ACI), temos trabalhado para fortalecer os diferentes ramos

do setor, especialmente o agropecuário e o de crédito. Isso tem sido

feito em duas frentes: implementação de ações públicas voltadas à

capacitação de cooperados e à promoção do sistema e a elaboração

de propostas para atualizar a legislação do cooperativismo, objeti-

vando torná-lo mais competitivo no mercado.

Temos plena convicção que apoiar o cooperativismo é in-

vestir na consolidação da justiça social e da paz num regime demo-

crático. Conhecida há mais de três séculos, a doutrina cooperativista

tem contribuído para construir empresas eficientes e competitivas,

espalhando uma onda de solidariedade e de cooperação que en-

volve hoje 800 milhões de filiados. Se imaginarmos que cada um

deles tem três agregados familiares ou trabalhadores a eles ligados,

temos �,4 bilhões de pessoas - ou 40% da humanidade - filiadas

ao cooperativismo.

No Brasil, são pouco mais de 6 milhões de filiados ao

cooperativismo, segundo dados da OCB. Direta e indiretamente, o

setor envolve cerca de �8 milhões de pessoas, ou aproximadamente

�0% da população brasileira. Nosso desafio é ampliar o número

de cooperados, fazendo com que esse sistema contribua cada vez

mais para construir a organização econômica e combater a exclusão

social no País.

U m a v i a p a r a a j u s t i ç a s o c i a l

R o b e r t o R o d r i g u e s

Page 6: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

6

In a world increasingly concerned with reducing inequali-

ties, cooperatives are the ideal route for constructing a fairer, hap-

pier, more solidary and democratic society. That is why I do not

tire of repeating that the cooperative system is a bridge between

the market and collective welfare. It is a powerful instrument for

the harmonious development of nations and can contribute towards

transforming Brazil into a nation with greater job creation and better

distribution of income.

Trained in the cooperative movement and having been pres-

ident of the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), I have

worked in government to strengthen the different branches of the

sector, especially in agriculture and credit. This has been on two

fronts: implementing public actions aimed at training cooperative

members and promoting the system, and developing proposals

for updating cooperative legislation with the aim of making it more

competitive in the marketplace.

We are fully convinced that to support cooperatives is to

invest in consolidating social justice and peace in a democratic re-

gime. The cooperative doctrine has been known about for more than

three centuries, and has contributed to building efficient and com-

petitive companies, spreading a wave of solidarity and cooperation

that involves 800 million members today. If we think that each is

linked to three other family members or workers, we have �.4 billion

people – or 40% of mankind – connected to cooperatives.

A little more than 6 million people in Brazil are linked to co-

operatives, according to OCB data. Directly and indirectly, the sector

involves �8 million people, or approximately �0% of the Brazilian pop-

ulation. Our challenge is to expand the number of cooperative members,

making this system increasingly contribute to constructing economic

organization and combating social exclusion in the country.

A w a y t o s o c i a l j u s t i c e

En un mundo cada vez más preocupado con la reducción

de las desigualdades, el cooperativismo es el camino ideal para

la construcción de una sociedad más justa, solidaria, demo-

crática y feliz. Por eso, no me canso de repetir que el sistema

cooperativo es el puente entre el mercado y el bienestar colec-

tivo. Instrumento formidable para el desarrollo armonioso de

las naciones, él puede contribuir decisivamente para que Brasil

consiga transformarse en un país con mayor generación de em-

pleo y mejor distribución de renta.

Cooperativista por formación, habiendo presidido la Orga-

nización de las Cooperativas Brasileñas (OCB) y la Alianza Coopera-

tiva Internacional (ACI), vengo trabajando en el gobierno para forta-

lecer los diferentes ramos del sector, especialmente el agropecuario

y el de crédito. Esto se ha hecho en dos frentes: la implementación

de acciones públicas volcadas a la capacitación de cooperados y

a la promoción del sistema y la elaboración de propuestas para

actualizar la legislación del cooperativismo, buscando volverlo más

competitivo en el mercado.

Tenemos plena convicción de que apoyar al cooperativismo

e invertir en la consolidación de la justicia social y de la paz en un

régimen democrático. Conocida hace más de tres siglos, la doctrina

cooperativista ha contribuido para construir empresas eficientes y

competitivas, esparciendo una onda de solidariedad y de coopera-

ción que involucra hoy a 800 millones de afiliados. Si imaginamos

que cada uno de ellos tiene tres agregados familiares o trabajadores

y ellos unidos, tenemos �,4 mil millones de personas – o el 40%

de la humanidad – afiliadas al cooperativismo.

En Brasil, tenemos poco más de 6 millones de afiliados al

cooperativismo, según datos de la OCB. Directa e indirectamente,

el sector involucra cerca de �8 millones de personas, o aproxima-

damente �0% de la población brasileña. Nuestro desafío es ampliar

el número de cooperados, haciendo que este sistema contribuya

cada vez más a construir la organización económica y combatir la

exclusión social en el país.

Una v ia para la jus t i c ia soc ia l

Page 7: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

7

CooperativismoCom �6� anos, o Cooperativismo já faz parte das insti-

tuições nacionais em todo o mundo. Trata-se de um movimento

universal dos cidadãos em busca de um modelo mais justo, que

permita a convivência equilibrada entre o econômico e o social.

O desafio do setor cooperativista brasileiro é mostrar à so-

ciedade que, por ser um movimento solidário, é capaz de implantar

um modelo com fortes bases calcadas no conceito de sustentabili-

dade, ou seja, promover o desenvolvimento econômico, respeitan-

do o meio ambiente e inserindo o ser humano na repartição das

riquezas geradas no processo.

O reconhecimento governamental, de que o Cooperativismo

pode contribuir decisivamente para que o Brasil consiga se trans-

formar num País mais justo do ponto de vista social e econômico,

ocorreu logo após o início do primeiro governo Lula, em �003, de-

sencadeando um processo de discussão visando a eliminação dos

entraves burocráticos e legais que pudessem impedir ou dificultar

a difusão do Cooperativismo no seio da sociedade. Nesse sentido,

houve mobilização geral visando a elaboração de propostas para

atualizar a legislação do Cooperativismo. Ao mesmo tempo, pre-

senciamos grande avanço na consolidação do Cooperativismo de

crédito, objetivando-o torná-lo mais competitivo no mercado.

O governo federal fez a aposta certa, pois temos plena

convicção de que o Cooperativismo é um investimento na conso-

lidação da justiça social e da democracia.

Com a difusão do movimento cooperativista no Brasil, pro-

jetamos a inclusão de milhares de pessoas no processo. A partir

daí, resta às autoridades governamentais e às lideranças da socie-

dade a realização de um trabalho organizado para fomentar e para

prover a formação dos gestores, a educação dos associados e a

inclusão de questões relacionadas a políticas específicas voltadas

ao gênero feminino e aos jovens como forma de prover a inclusão

social com sustentabilidade.

S e c r e t a r i a d e D e s e n v o l v i m e n t o A g r o p e c u á r i oe C o o p e r a t i v i s m o

C o o p e r a t i v i s m o , o c a m i n h o p a r a a c i d a d a n i a

Page 8: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

8

CooperativismCelebrating �6� years of operation, Cooperativism has be-

come part of the institutions in Brazil and around the globe. It is a

universal citizen movement in search of a fairer social model, allow-

ing for a balanced coexistence of economic and social concerns.

The challenge of the cooperative sector in Brazil is to show

society that its solidarity status leads to the implementation of a

model strongly based on the concept of sustainability, in other

words, it promotes the economic development, with respect for

the environment while giving each human being their share in the

wealth produced by the process.

Government recognition of the fact that Cooperativism could

contribute decisively towards transforming Brazil into a fairer coun-

try from a social and economic point of view, occurred immediately

after the beginning of President Lula’s first term in office, in �003,

triggering a debating process aimed at eliminating the bureaucratic

and legal hurdles that might prevent or make it difficult for Coop-

erativism to spread across our society. Within this sense, there was

general awareness with regard to proposals intended to update co-

operative-oriented legislation. In the meantime, we witnessed great

strides toward credit cooperativism, in an effort to make it more

competitive in the market.

The federal government made the right bet, as we are fully

convinced that Cooperativism is an investment in the consolidation

of social justice and democracy.

By spreading the cooperativistic movement in Brazil, we

project the inclusion of millions of people into the process. As

things are now, it is up to the government authorities and society

leaderships to carry on with organized efforts to foster and pro-

mote the formation of managers, the education of the associate

members and the inclusion of matters related to specific policies

focused on the female gender and the young, as a manner to pro-

vide sustainable social inclusion.

S e c r e t a r y o f A g r i c u l t u r a l D e v e l o p m e n t a n d C o o p e r a t i v i s m

C o o p e r a t i v i s m , t h e r o u t e t o c i t i z e n s h i p

Page 9: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

9

CooperativismoCon �6� años, el Cooperativismo ya es parte de las insti-

tuciones nacionales en todo el mundo. Se trata de un movimiento

universal de los ciudadanos en busca de un modelo más justo, que

permita la convivencia equilibrada entre lo económico y lo social.

El desafío del sector cooperativista brasileño es mostrar a la

sociedad que, por ser un movimiento solidario, es capaz de implan-

tar un modelo con fuertes bases calcadas en el concepto de soste-

nibilidad, o sea, promover el desarrollo económico, respetando el

medio ambiente e insertando al ser humano en la repartición de las

riquezas generadas en el proceso.

El reconocimiento gubernamental, de que el Cooperativis-

mo puede contribuir decisivamente para que Brasil consiga trans-

formarse en un país más justo desde el punto de vista social y

económico, ocurrió después del inicio del primer gobierno Lula,

en �003, desencadenando un proceso de discusión, buscando la

eliminación de los entramados burocráticos y legales que puedan

impedir o dificultar la difusión del Cooperativismo en el seno de la

sociedad. En ese sentido, hubo movilización general buscando la

elaboración de propuestas para actualizar la legislación del Coope-

rativismo. Al mismo tiempo, presenciamos gran avance en la con-

solidación del Cooperativismo de crédito, buscando hacerlo más

objetivo y competitivo en el mercado.

El gobierno federal hizo la apuesta correcta, pues tenemos

plena convicción de que el Cooperativismo es una inversión en la

consolidación de la justicia social y de la democracia.

Con la difusión del movimiento cooperativista en Brasil,

proyectamos la inclusión de miles de personas en el proceso. A

partir de ahí, resta a las autoridades gubernamentales y a los líderes

de la sociedad la realización de un trabajo organizado para fomentar

y para proveer la formación de los gestores, la educación de los

asociados y la inclusión de cuestiones relacionadas a políticas es-

pecíficas volcadas al género femenino y a los jóvenes como forma

de proveer la inclusión social con sostenibilidad.

C o o p e r a t i v i s m o , e l c a m i n o p a r a l a

c i u d a d a n í a

S e c r e t a r i a d e D e s a r r o l l o A g r o p e c u a r i oy C o o p e r a t i v i s m o

Page 10: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�0

Desde tempos remotos, a arte diária da sobrevivência compro-

va: o homem é um ser social. Juntos, os indivíduos têm mais chance

de sobreviver e de evoluir. Disso já sabiam os egípcios, os gregos,

os romanos, os maias, os astecas… Não é à toa que eles viviam em

comunidades e se uniam para caçar, pescar, construir e cultivar.

Foi nesses exemplos e em teorias que defendiam a associa-

ção de pessoas como solução para problemas sociais – de pensadores

como Roberto Owen (�77�-�858) e Charles Fourier (�77�-�837) – que

os pioneiros do cooperativismo buscaram inspiração para garantir o

bem-estar de suas famílias em meio a uma crise.

Era meados do século XIX, época em que a sociedade as-

sistia a uma evolução rumo à chamada Revolução Industrial, as

máquinas a vapor surgiam como promessa de progresso, pois con-

seguiam produzir mais do que o homem e em menos tempo. Assim,

não demorou muito para o trabalho humano passar a valer menos e

para aumentar o desemprego.

Porém, diferentemente das máquinas, os homens precisavam

de alimentos para sobreviver e resolveram usar a união em busca de

garantia para a subsistência. Reunindo algumas economias, �8 traba-

lhadores ingleses, a maioria tecelões, criaram um armazém do qual

todos eram donos e onde podiam comprar alimentos de qualidade

com baixo custo. Assim, em �� de dezembro de �844, nascia na então

cidade de Rochdale (hoje um bairro de Manchester), na Inglaterra, a

Sociedade Rochdale dos Pioneiros Eqüitativos, a primeira cooperativa

formal do mundo.

Com o objetivo de sobreviver, mas sob a orientação de princí-

pios como igualdade, justiça e liberdade, os cooperados de Rochdale

abriram caminho para um movimento que logo se espalhou pela Euro-

pa e pelo mundo. Em �88�, já existiam mil cooperativas de consumo,

com cerca de 550 mil associados. Os homens percebiam que, enquanto

antes se agrupavam informalmente para atingir objetivos específicos,

agora poderiam formalizar a cooperação, ganhando ainda mais força.

Considerado tanto uma filosofia como um modelo socioeco-

nômico, o fato é que o cooperativismo nasceu com valores universais

e, dessa forma, traçou seu destino: se expandir em diferentes territórios,

não importando a cultura, a língua ou o credo.

Desde a experiência

pioneira de

Rochdale, em

�844, o espírito da

cooperação difundiu-

se e contribuiu

para aproximar a

humanidade

A históriaS e r s o c i a lRochdale

Page 11: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��

Since distant times, the daily art of survival has proven that

man is a social being. Individuals have more chance of survival and

evolution together. This was known by the Egyptians, the Greeks, the

Romans, the Mayas, the Aztecs… Not by chance did they live in com-

munities and come together to hunt, fish, build and cultivate.

These examples and theories proposing the association of

people as a solution to social problems – of thinkers like Robert Owen

(�77�-�858) and Charles Fourier (�77�-�837) – were where the pio-

neers of the cooperative movement sought inspiration to ensure the

welfare of their families in times of crisis.

This was in the mid �9th century, when society was going

through the changes of what is known as the Industrial Revolution,

steam engines appeared as a promise of progress, since they were able

to produce more than man in less time. It did not take long, therefore, for

man to be of less value and for unemployment to increase.

However, unlike machines, the men needed food to survive,

and they decided to unite in to guarantee their subsistence. Joining their

savings, �8 English workers, mostly textile workers, created a store,

owned by them all, where they could purchase quality food at low cost.

And so the Rochdale Society of Equitable Pioneers was born in Roch-

dale (now a district of Greater Manchester), England, on December ��,

�844. It was the first formal cooperative in the world.

With the objective of survival, but guided by principles such

as equality, justice and freedom, the Rochdale cooperative mem-

bers opened the way for a movement which soon spread throughout

Europe and the world. In �88� there were already �000 consumer

cooperatives, with around 550,000 associates. People noticed that

while previously they grouped together informally to reach specific

objectives, they could now formalize cooperation, acquiring even

greater strength.

Considered both as a philosophy and a socioeconomic mod-

el, the fact is that the cooperative movement was born with universal

values, and thus defined its destiny: to expand into different territories,

irrespective of culture, language or creed.

Desde tiempos remotos, el arte diario de la supervivencia

comprueba: el hombre es un ser social. Juntos, los individuos tienen

más oportunidad de sobrevivir y de evolucionar. De eso ya sabían los

egipcios, los griegos, los romanos, los mayas, los aztecas… No es sin

motivo que ellos vivían en comunidades y se unían para cazar, pescar,

construir y cultivar.

Fue con estos ejemplos y teorías que defendían la asociación

de personas como solución para problemas sociales – de pensado-

res como Roberto Owen (�77�-�858) y Charles Fourier (�77�-�837)

– pioneros del cooperativismo buscaron inspiración para garantizar el

bienestar de sus familias en medio de una crisis.

Fue a mediados del siglo XIX, época en que la sociedad asistía

a una evolución rumbo a la llamada Revolución Industrial, las máquinas

a vapor surgían como promesa de progreso, pues conseguían producir

más que el hombre y en menos tiempo. Así, no tardó mucho para que el

trabajo humano pasara a valer menos y a aumentar el desempleo.

Sin embargo, diferente a las máquinas, los hombres necesita-

ban alimentos para supervivir y resolvieron usar la unión en búsque-

da de garantía para la subsistencia. Reuniendo algunas economías,

�8 trabajadores ingleses, la mayoría tejedores, crearon un almacén

del cual todos eran dueños y donde podían comprar alimentos de

calidad con bajo costo. Así, el �� de diciembre de �844, nacía en la

entonces ciudad de Rochdale (hoy un barrio de Manchester), en In-

glaterra, la Sociedad Rochdale de los Pioneros Equitativos, la primera

cooperativa formal del mundo.

Con el objetivo de supervivir, pero bajo la orientación de prin-

cipios como igualdad, justicia y libertad, los cooperados de Rochdale

abrieron camino para un movimiento que luego se esparció por Europa

y por el mundo. En �88�, ya existían mil cooperativas de consumo, con

cerca de 550.000 asociados. Los hombres notaban que, mientas antes

se agrupaban informalmente para alcanzar objetivos específicos, ahora

podrían formalizar la cooperación, ganando aún más fuerza.

Considerado tanto una filosofía como un modelo socioeconó-

mico, el hecho es que el cooperativismo nació con valores universales

y, de esta forma, trazó su destino: expandirse en diferentes territorios,

no importando la cultura, la lengua o el credo.

A s o c i a l b e i n gSince the pioneering experience in Rochdale,

England, the spirit of cooperation has spread and contributed to bringing mankind closer together

S e r s o c i a lDesde la experiencia pionera de Rochdale, en �844, el espíritu de la cooperación se difundió y contribuyó para aproximar a la humanidad

A história

Page 12: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��

Com a rápida expansão do cooperativismo pelo mundo, 5�

anos depois da criação da primeira cooperativa foi fundada uma

entidade com representação mundial. A Aliança Cooperativa Inter-

nacional (ACI) nasceu em �895, na Inglaterra, com a missão de

representar, congregar e defender o movimento, divulgar a doutrina

e preservar seus valores e princípios.

A ACI tem sede em Genebra, na Suíça, e congrega ���

organizações-membro em �00 países, representando 800 milhões

de pessoas nos cinco continentes. Com essa representatividade,

a Aliança conquistou em �946 assento consultivo na Organização

das Nações Unidas (ONU), sendo uma das primeiras organizações

não-governamentais a ter cadeira no conselho.

Desde �99�, a Aliança Cooperativa Internacional conta com

quatro seções regionais: Europa; Américas; África; e Ásia e Pacífico.

A ACI Américas está sediada na Colômbia (na cidade de Bogotá) e

integra as representações de �0 países, incluindo o Brasil. Os pre-

sidentes das quatro regionais compõem o Conselho de Administra-

ção da ACI, com os cargos de vice-presidente, em colaboração ao

trabalho do presidente e de �5 conselheiros.

O Brasil é filiado à ACI desde �989. Em �99�, o País co-

meçou a participar da direção da entidade, quando o então presi-

dente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Roberto

Rodrigues, foi eleito presidente da ACI Américas, o que lhe conferia

automaticamente o cargo de vice-presidente. Em �997, Rodrigues

foi o primeiro não-europeu a assumir o cargo de presidente mun-

dial da ACI, ocupando a função até �00�. Rodrigues é também autor

do sétimo princípio do cooperativismo, que prega o “interesse pela

comunidade”.

A aliança do mundo cooperativoA a l i a n ç a d o m u n d o c o o p e r a t i v o

A Aliança Cooperativa Internacional representa

800 milhões de pessoas nos cinco continentes e

já foi presidida por um brasileiro

Page 13: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�3

The rapid expansion of the cooperative movement through-

out the world led to the formation of a global representative body

5� years after the creation of the first cooperative. The International

Cooperative Alliance (ICA) was born in England in �895, with a

mission to represent, assemble and protect the movement, spread

the doctrine and preserve its values and principles.

ICA is based in Geneva in Switzerland, and brings together

��� member organizations in �00 countries, representing 800 mil-

lion people on the five continents. This scale of representation led

the Alliance to gain a consultative seat at the United Nations (UN)

in �946, being one of the first non-governmental organizations to

have a seat on the council.

The International Cooperative Alliance has had four regional

sections since �99�: Europe, the Americas, Africa, and Asia and the

Pacific. ICA Americas is based in Bogotá in Colombia, with repre-

sentatives from �0 countries, including Brazil. The presidents of the

four regions are vice-presidents on the ICA Administrative Board,

joining the work of the president and �5 board members.

Brazil has been a member of ICA since �989. The country

started to participate in management of the body in �99� when the then

president of the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), Roberto

Rodrigues, was elected president of ICA Americas, which automatically

gave him the position of vice-president of ICA. In �997, Mr. Rodrigues

was the first non-European to take the post of ICA world president,

which he held until �00�. Rodrigues is also author of the seventh coo-

perativism principle, which preaches the “interest in the community”.

Con la rápida expansión del cooperativismo por el mundo,

5� años después de la creación de la primera cooperativa fue funda-

da una entidad con representación mundial. La Alianza Cooperativa

Internacional (ACI) nació en �895, en Inglaterra, con la misión de

representar, congregar y defender el movimiento, divulgar la doctri-

na y preservar sus valores y principios.

La ACI tiene sede en Ginebra, en Suiza, y congrega ���

organizaciones miembros en �00 países, representando a 800 mi-

llones de personas en los cinco continentes. Con esta representati-

vidad, la Alianza conquistó en �946 asiento consultivo en la Orga-

nización de las Naciones Unidas (ONU), siendo una de las primeras

organizaciones no gubernamentales en tener asiento en el consejo.

Desde �99�, la Alianza Cooperativa Internacional cuenta

con cuatro secciones regionales: Europa, América, África y Asia y

Pacífico. La ACI Américas tiene sede en Colombia (en la ciudad de

Bogotá) e integra las representaciones de �0 países, incluyendo a

Brasil. Los presidentes de las cuatro regionales componen el Con-

sejo de Administración de la ACI, con los cargos de vicepresidente,

en colaboración al trabajo del presidente y de �5 consejeros.

Brasil es afiliado a la ACI desde �989. En �99�, el país co-

menzó a participar de la dirección de la entidad, cuando el entonces

presidente de la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB),

Roberto Rodrigues, fue electo presidente de la ACI Américas, lo que

le confería automáticamente el cargo de vicepresidente. En �997,

Rodrigues fue el primer no europeo en asumir el cargo de presiden-

te mundial de la ACI, ocupando la función hasta �00�. Rodrigues

es también el autor del séptimo principio del cooperativismo, que

prega el “interés por la comunidad”.

The alliance of the cooperative worldThe International Cooperative Alliance represents 800 million people on the five continents, and has

already had a Brazilian president

La alianza del mundo cooperativoLa Alianza Cooperativa Internacional representa a

800 millones de personas en los cinco continentes y ya fue presidida por un brasileño

Page 14: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�4

MUNDO COOPERATIVOOs sete princípios do cooperativismo

�. Adesão voluntária e livre

As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a

todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e a assumir as

responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo,

sociais, raciais, políticas e religiosas.

�. Gestão democrática e livre

As cooperativas são organizações democráticas, contro-

ladas pelos seus membros, que participam ativamente na formu-

lação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e

as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros,

são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro

grau, os membros têm igual direito de voto (um membro, um

voto); as cooperativas de grau superior são também organizadas

de maneira democrática.

3. Participação econômica dos membros

Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das

cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital

é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros

recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao

capital integralizado, como condição de sua adesão. E destinam os

excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades:

* Desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente

através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos uma,

será indivisível.

* Benefício aos membros na proporção das suas transações

com a cooperativa;

* Apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.

4. Autonomia e independência

As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mú-

tua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com

outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem

a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o

controle democrático pelos seus membros e mantenham a autono-

mia da cooperativa.

5. Educação, formação e informação

As cooperativas promovem a educação e a formação dos

seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de

forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvi-

mento das suas cooperativas. Informam o público em geral, parti-

cularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as

vantagens da cooperação.

6. Intercooperação

As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus mem-

bros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em

conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e in-

ternacionais.

7. Interesse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sus-

tentado das suas comunidades através de políticas aprovadas

pelos membros.

Page 15: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�5

THE COOPERATIVE WORLDThe seven principles of cooperatives

�. Voluntary and free membership

Cooperatives are voluntary organizations, open to all

people able to use their services and accept responsibilities as

members without discrimination according to sex, class, race,

politics or religion.

�. Democratic and open administration

Cooperatives are democratic organizations controlled by their

members, who actively participate in the formulation of policies and

decision-making. Men and women, elected as representatives of the

other members are responsible for this. In first level cooperatives,

members have equal voting rights (one member, one vote): higher-

level cooperatives are also democratically organized.

3. Economic participation of members

Members contribute equally to the capital of cooperatives,

and control it democratically. Part of this capital is usually the com-

mon property of the cooperative. Members regularly receive remu-

neration, if there is any, limited to the capital applied, as a condition of

membership. The excess goes to one or more of the following ends:

* Returned to the cooperatives, sometimes by creating re-

serves, at least part of which is inseparable.

* Dividends to members according to their transactions with

the cooperative;

* Support for other activities approved by the members.

4. Autonomy and independence

Cooperatives are autonomous, mutual assistance organiza-

tions controlled by their members. If they establish accords with other

organizations, including public institutions, or use outside capital,

they have to do so in conditions that ensure democratic control for

their members and maintain the cooperative’s autonomy.

5. Education, training and information

Cooperatives promote the education and training of their

members, elected representatives and workers so that they can con-

tribute effectively to the development of their cooperatives. They in-

form the general public, particularly young people and opinion form-

ers, about the nature and advantages of cooperation.

6. Inter-cooperation

Cooperatives serve their members in the most effective man-

ner and give more force to the cooperative movement by working to-

gether through local, regional, national and international structures.

7. Community Interest

Cooperatives work for the sustained development of their

communities through policies approved by their members.

MUNDO COOPERATIVOLos siete principios del cooperativismo

�. Adhesión voluntaria y libreLas cooperativas son organizaciones voluntarias, abiertas a todas

las personas aptas a utilizar sus servicios y a asumir las responsabili-dades como miembros, sin discriminaciones de sexo, sociales, raciales, políticas y religiosas.�. Gestión democrática y libre

Las cooperativas son organizaciones democráticas, controladas por sus miembros, que participan activamente en la formulación de sus políticas y en la toma de decisiones. Los hombres y las mujeres, electos como representantes de los demás miembros, son responsables ante es-tos. En las cooperativas de primer grado, los miembros tienen igual de-recho de voto (un miembro, un voto); las cooperativas de grado superior son también organizadas de manera democrática.3. Participación económica de los miembros

Los miembros contribuyen equitativamente al capital de las cooperativas y lo controlan democráticamente. Parte de ese capital es, normalmente, propiedad común de la cooperativa. Los miembros reciben, habitualmente, si hubiera, una remuneración limitada al capital integrado, como condición de su adhesión. Y destinan los excedentes a una o más de las siguientes finalidades:

* Desarrollo de sus cooperativas, eventualmente a través de la

creación de reservas, parte de las cuales, por lo menos, será indivisible.* Beneficio a los miembros en la proporción de sus transaccio-

nes con la cooperativa;* Apoyo a otras actividades aprobadas por los miembros.

4. Autonomía e independenciaLas cooperativas son organizaciones autónomas, de ayuda

mutua, controladas por sus miembros. Si firmaran acuerdos con otras organizaciones, incluyendo instituciones públicas, o recurrieran a capital externo, deben hacerlo en condiciones que aseguren el control democrá-tico por sus miembros y mantengan la autonomía de la cooperativa.5. Educación, formación e información

Las cooperativas promueven la educación y la formación de sus miembros, de los representantes electos y de los trabajadores, de manera que estos puedan contribuir, eficazmente, al desarrollo de sus cooperati-vas. Informan al público en general, particularmente a los jóvenes y a los líderes de opinión, sobre la naturaleza y las ventajas de la cooperación.6. Intercooperación

Las cooperativas sirven de forma más eficaz a sus miembros y dan más fuerza al movimiento cooperativo, trabajando en conjunto, a través de las estructuras locales, regionales, nacionales e internacionales.7. Interés por la comunidad

Las cooperativas trabajan para el desarrollo sustentado de sus comunidades a través de políticas aprobadas por los miembros.

Page 16: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�6

As primeiras iniciativas cooperativistas no Brasil surgiram

pouco tempo depois que o movimento despertou no mundo. Passa-

dos menos de 50 anos da criação da primeira cooperativa, na Ingla-

terra, em �844, os brasileiros registram formalmente a sua pioneira.

Em Minas Gerais, foi formalizada a Sociedade Cooperativa Econômica

dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, no ano de �889. Assim

como os tecelões de Rochdale, os precursores brasileiros eram coo-

perados de consumo, mas a Sociedade Cooperativa oferecia produtos

diversificados, desde gêneros alimentícios até residências e crédito.

A partir da organização mineira, outras rapidamente surgiram

pelo País. No início do movimento, muitas cooperativas eram formadas

por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários,

que juntos buscavam atender melhor às suas necessidades. Outras es-

tavam vinculadas a empresas, as quais estimulavam a cooperação entre

os funcionários, principalmente no Estado de São Paulo.

Ainda no século XIX, nasciam as organizações que se torna-

ram destaques do cooperativismo brasileiro: as agropecuárias. A pri-

meira registrada foi a Società Cooperativa delle Convenzioni Agricoli,

fundada no Rio Grande do Sul, na região de Veranópolis, em �89�. A

partir daí, esse segmento se desenvolveu com vigor no Sul do País,

estimulado por imigrantes europeus e asiáticos, que traziam dos seus

continentes o conhecimento da doutrina e buscavam a união para

amenizar as dificuldades de começar vida nova longe da terra natal.

Por volta de �9�0, o setor ganhou impulso também em Minas Gerais,

no Sudeste do Brasil, quando as cooperativas foram incentivadas pelo

então governador João Pinheiro, que buscou organizar a produção e

a comercialização do café.

Porém, a cooperativa mais antiga ainda em funcionamento

no Brasil é do ramo de crédito. Em �90�, ela foi idealizada pelo

padre jesuíta suíço Theodor Amstad, grande conhecedor do sis-

tema cooperativo europeu. Era formada por colonos de origem

alemã que habitavam Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. A

organização nasceu com o nome de Sociedade Cooperativa Caixa

de Economia e Empréstimos de Nova Petrópolis e desde �99�

adota a denominação Sicredi Pioneira, pois integra o Sistema de

Crédito Cooperativo (Sicredi).

Portanto, foi no início dos anos �900 que o cooperativismo

começou a se delinear no Brasil, influenciado pela religiosidade

e pelo pensamento político dos imigrantes. O movimento seguiu

principalmente o chamado “modelo alemão”, que defendia a educa-

ção cooperativista para estimular a solidariedade entre as pessoas,

a união de todo o sistema na defesa dos interesses comuns e a

distinção entre o cooperativismo e a economia de mercado, sendo o

primeiro marcado pelo comprometimento com a justiça social.

Um Brasil de todosU m B r a s i l d e t o d o s

Cooperativas começaram

a surgir no Brasil a partir

de �889, em Minas Gerais,

enquanto a mais antiga

em atividade está no Rio

Grande do Sul

Nova Petrópolis

Page 17: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�7

PREPARANDO O TERRENOSéculos antes de o cooperativismo ser oficializado como

doutrina, os indígenas brasileiros vivenciavam o espírito da co-

operação. Juntos, esses primeiros habitantes tinham mais faci-

lidade para fazer construções e buscar a subsistência. A partir

da colonização, as primeiras reduções jesuíticas, nos anos de

�600, também foram sociedades baseadas no trabalho comuni-

tário e na solidariedade.

Até a criação da primeira cooperativa formal, em �889,

muitos exemplos de movimentos baseados na ajuda mútua foram

registrados no País. Em �84�, o imigrante francês Jules Mure ins-

tituiu em Santa Catarina uma colônia de produção e de consumo

com base nas idéias de Charles Fourier. Em �847, o também fran-

cês Jean Maurice Faivre fundava no Paraná a colônia Teresa Cristi-

na, baseada na cooperação. Esses casos podem ser citados como

exemplos de pré-cooperativismo no Brasil.

A B r a z i l o f e v e r y o n eThe first steps in the cooperative movement in Brazil appeared

a little after the movement awoke the world. Less than 50 years after the

creation of the first cooperative in England in �844, the first cooperative

was formally registered in Brazil. The Ouro Preto Civil Servants Coop-

erative Savings Society was established in Minas Gerais in �899. Like

the Rochale textile workers, the Brazilian forerunners were consumer

cooperatives, but the Cooperative Society would offer different products,

from foodstuffs to housing and credit.

From the organization in Minas Gerais, others rapidly appeared

throughout the country. In the early stages of the movement, many

cooperatives were formed by public officials, soldiers, self-employed

people and workers, who sought to better serve their needs together.

Others were related to companies which stimulated cooperation be-

tween employees, mainly in the state of São Paulo.

Still in the �9th century, organizations were born that would

become features of the Brazilian cooperative movement: agricultural co-

operatives. The first to be registered was the Società Cooperativa delle

Convenzioni Agricoli, founded in the Veranópolis region of Rio Grande

do Sul in �89�. This sector has since developed strongly in the south of

the country, stimulated by European and Asian immigrants who brought

knowledge of the doctrine from their continents and sought union to

ease the difficulties of starting life far from the countries of their birth.

Around �9�0, the sector was also given a boost in Minas Gerais, in

the southeastern region of the Brazil, when cooperatives were encour-

aged by the then governor, João Pinheiro, with an aim of organizing

the production and marketing of coffee. However, the oldest function-

ing cooperative in Brazil is in the credit sector. Devised in �90� by

the Jesuit priest Theodor Amstad, who knew much about the European

cooperative system, it was formed by colonists of German origin liv-

ing in Nova Petrópolis in Rio Grande do Sul. It was born as the Nova

Petrópolis Savings and Loans Cooperative, and since �99� has been

called Sicredi Pioneira, following integration into the Cooperative Credit

System (Siscredi)

It was therefore in the early �900s that cooperatives started

to define themselves in Brazil, influenced by the religious and political

thinking of the immigrants. The movement mainly followed the “German

model”, which strove for cooperative education to stimulate solidarity

between people, union of all in the defense of common interests and

distinction between the cooperative ideal and the market economy, with

the former being marked by commitment to social justice.

Cooperatives started to appear in Brazil in

�889, in Minas Gerais, while the oldest still

in activity is in Rio Grande do Sul

PREPARING THE GROUNDCenturies before cooperatives were formalized with a doc-

trine, indigenous Brazilians lived in the spirit of cooperation. To-

gether, these first inhabitants were more easily able to erect con-

structions and find food. From the colonial period, the first Jesuit

missions in the �7th century were also societies based on commu-

nity work and solidarity.

Until the first formal cooperative was created in �889, many

examples of movements based on mutual assistance were recorded

in the country. In �84�, the French immigrant Jules Mure, estab-

lished a production and consumer colony in Santa Catarina, based

on the ideas of Charles Fourier. Another Frenchman, Jean Maurice

Faivre, founded the Teresa Cristina colony in Paraná in�847 based

upon cooperation. These cases can be cited as examples of pre-

cooperative organizations in Brazil.

Page 18: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�8

PREPARANDO EL TERRENOSiglos antes de ser oficializado el cooperativismo como doctrina,

los indígenas brasileños vislumbraban el espíritu de la cooperación. Juntos,

estos primeros habitantes tenían más facilidad para hacer construcciones

y buscar la subsistencia. A partir de la colonización, los primeros reductos

jesuíticos, en los años de �600, también fueron sociedades basadas en el

trabajo comunitario y en la solidariedad.

Hasta la creación de la primera cooperativa formal, en �889, mu-

chos ejemplos de movimientos basados en la ayuda mutua fueron registra-

dos en el país. En �84�, el inmigrante francés Jules Mure instituyó en Santa

Catarina una colonia de producción y de consumo con base en las ideas de

Charles Fourier. En �847, el también francés Jean Maurice Faivre fundaba

en Paraná la colonia Teresa Cristina, basada en la cooperación. Estos casos

pueden ser citados como ejemplos de precooperativismo en Brasil.

U n B r a s i l d e t o d o sLas Cooperativas comenzaron a surgir en Brasil

a partir de �889, en Minas Gerais, la más

antigua en actividad está en Rio Grande do Sul

Las primeras iniciativas cooperativistas en Brasil surgieron

poco tiempo después que el movimiento despertó en el mundo. Pasa-

dos menos de 50 años de la creación de la primera cooperativa, en In-

glaterra, en �844, los brasileños registran formalmente a su pionera. En

Minas Gerais, fue formalizada la Sociedad Cooperativa Económica de

los Funcionarios Públicos de Ouro Preto, en el año de �889. Así como

los tejedores de Rochdale, los precursores brasileños eran cooperados

de consumo, pero la Sociedad Cooperativa ofrecía productos diversifi-

cados, desde géneros alimenticios hasta residencias y crédito.

A partir de la organización minera, otras rápidamente surgie-

ron por el país. Al inicio del movimiento, muchas cooperativas eran

formadas por funcionarios públicos, militares, profesionales liberales y

operarios, que juntos buscaban atender mejor a sus necesidades. Otras

estaban vinculadas a empresas, las cuales estimulaban la cooperación

entre los funcionarios, principalmente en el Estado de São Paulo.

Todavía en el siglo XIX, nacían las organizaciones que se vol-

vían destaques del cooperativismo brasileño: las agropecuarias. La pri-

mera registrada fue la Società Cooperativa delle Convenzioni Agricoli,

fundada en Rio Grande do Sul, en la región de Veranópolis, en �89�.

A partir de ahí, este sector se desarrolló con vigor en el Sur del país,

estimulado por inmigrantes europeos y asiáticos, que traían de sus

continentes el conocimiento de la doctrina y buscaban la unión para

amenizar las dificultades de comenzar vida nueva lejos de la tierra natal.

Alrededor de �9�0, el sector ganó impulso también en Minas Gerais, al

Sudeste de Brasil, cuando las cooperativas fueron incentivadas por el

entonces gobernador João Pinheiro, que buscó organizar la producción

y la comercialización del café.

Sin embargo, la cooperativa más antigua todavía en funciona-

miento en Brasil es del ramo de crédito. En �90�, la misma fue ideada

por el padre jesuita suizo Theodor Amstad, gran conocedor del sistema

cooperativo europeo. Era formada por colonos de origen alemana que

vivían en Nova Petrópolis, en Rio Grande do Sul. La organización nació

con el nombre de Sociedad Cooperativa Caixa de Economia e Emprés-

timos de Nova Petrópolis y desde �99� adopta la denominación Sicredi

Pionera, pues integra el Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).

Por lo tanto, fue al inicio de los años �900 que el cooperati-

vismo comenzó a delinearse en Brasil, influenciado por la religiosidad

y por el pensamiento político de los inmigrantes. El movimiento siguió

principalmente el llamado “modelo alemán”, que defendía la educación

cooperativista para estimular la solidaridad entre las personas, la unión

de todo el sistema en defensa de los intereses comunes y la distinción

entre el cooperativismo y la economía de mercado, siendo el primero

marcado por el compromiso con la justicia social.

Page 19: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�9

Um grande monumento na praça central da cidade de Nova

Petrópolis, no interior do Rio Grande do Sul, expõe a vocação dos

habitantes locais: a cooperação. Sete figuras humanas em bronze,

número que lembra os princípios mundiais do cooperativismo, fa-

cilitam a tarefa de segurar uma pedra com a união de esforços. O

trabalho conjunto representado na obra é justamente o instrumento

que impulsiona a economia e a qualidade de vida no município.

Com cerca de 90% dos �8 mil habitantes sendo de descendência

alemã, Nova Petrópolis seguiu o exemplo europeu e transformou o

cooperativismo numa ferramenta de justiça social.

Nessa cidade, onde o nível de desemprego é praticamente

zero, nasceu a primeira cooperativa de crédito da América Latina,

em �90�. Com o nome atual de Sicredi Pioneira RS, e ligada ao

sistema Sicredi, ela é a mais antiga cooperativa brasileira em funcio-

namento. A entidade tem uma história de perseverança, resumida

na figura do padre suíço Theodor Amstad. No final do século XIX,

ele levou o conhecimento adquirido em seus estudos na Inglaterra

para a Serra Gaúcha e teve a idéia que possibilitou aos colonos

imigrantes do Rio Grande do Sul o acesso a crédito para adquirir

ferramentas, sementes e pagar terras.

Amstad encontrou terreno fértil para suas propostas,

pois os colonos usavam a união como meio de enfrentar as difi-

culdades de viver num novo país. Os imigrantes vinham de qua-

tro regiões diferentes da Alemanha e inclusive falavam dialetos

distintos, mas na colônia encontraram no trabalho comunitário

uma maneira para sobreviver.

O padre Amstad defendia a criação da cooperativa com

uma teoria que os imigrantes já tinham comprovado na prática.

Se uma grande pedra se atravessar no caminho e �0 pessoas qui-

serem passar, não conseguirão se um por um procurar removê-la

individualmente. Mas se as �0 pessoas se unem e fazem força ao

mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão solida-

riamente tirar a pedra e abrir caminho para todos. Para defender

esse ideal, Amstad percorria toda a região montado num burro. Em

Nova Petrópolis, chega-se a dizer que o padre andou o suficiente

para dar quatro voltas na Terra na altura da Linha do Equador.

Pedra fundamentalP e d r a f u n d a m e n t a l

A cidade de Nova

Petrópolis, na região

serrana do Rio

Grande do Sul, é

quase um monumento

inteiro consagrado

ao cooperativismo no

Brasil

Nova Petrópolis

Page 20: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�0

PEDRAS NO CAMINHONem tudo foi fácil na criação da primeira cooperativa de crédito

da América Latina. Com a idéia de Theodor Amstad lançada em �9 de outubro de �90�, numa reunião do Sindicato Agrícola “Bauerverein”, o agricultor Antônio Maria Feix se encarregou de elaborar os estatutos da nova entidade. O documento seria apresentado num encontro em 9 de novembro do mesmo ano, na Sociedade Tiro ao Alvo de Nova Petrópo-lis. Mas momentos antes do agendado, um temporal fez desabar parte do prédio Sociedade e a reunião teve que ser transferida.

Na nova data marcada, �3 do mesmo mês, mais um impre-visto cancelou o evento. A causa foi o falecimento da esposa do mé-

dico Müller von Milasch, um dos entusiastas do movimento. Apesar dos problemas, outro encontro foi combinado, para �8 de dezembro, no salão de bailes de Nicolau Kehl, em Linha Imperial, distrito de Nova Petrópolis. Desta vez tudo correu bem e foi fundada então a Caixa de Economia e Empréstimos (Amstad), “Sparkasse Amstad”, com �9 sócios fundadores.

O crescimento foi rápido. Quando souberam da novidade, outros colonos se associaram e no dia �5 de fevereiro de �903 foram criadas quatro filiais e pontos de coleta de depósitos, ficando a sede social e jurídica fixada em Linha Imperial, na residência do gerente recém-eleito, José Neumann Sênior.

T h e r o c k o f f o u n d a t i o nThe town of Nova Petrópolis, in the uplands of Rio

Grande do Sul, is almost a complete monument to

the cooperative movement in Brazil

ROCKS ON THE PATHCreating the first credit cooperative in Latin America was

not always easy. When Theodor Amstad’s idea was launched at a meeting of the “Bauerverein” Agricultural Union on October �9, �90�, a farmer, Antônio Maria Feix was charged with developing the statutes for the new body. The document would be presented at a meeting on November 9 the same year at the Nova Petrópolis Tira ao Alvo Society. But shortly before it was to be discussed, a storm caused part of the building to collapse, and the meeting had to be transferred.

Another unforeseen occurrence cancelled the event on the

next appointed date on the �3rd of the same month. This was the death of the wife of Dr. Müller von Milasch, one of the movement’s support-ers. Despite the problems, another meeting was arranged for Decem-ber �8 at the Nicolau Kehl ballroom in Linha Imperial, Nova Petrópo-lis. This time all was well and the Savings and Loans Bank (Amstad) “Sparkasse Amstad” was founded with �9 founder members.

Growth quickly followed. Other colonies joined when they heard the news and on February �5 �903, four branches and de-posit collection points were created, with the legal and social head-quarters remaining in Linha Imperial, at the home of the recently elected manager José Neumann Sênior.

A large monument in the central square of Nova Petrópolis,

in the Rio Grande do Sul countryside, displays the vocation of the

local inhabitants: cooperation. Seven bronze human figures, recalling

the global cooperative principles, join forces to facilitate the task of

holding a rock. The joint labor represented by the work is precisely

the instrument that drives the municipality’s economy and quality of

life. About 90% of the �8,000 population is of German descent and

Nova Petrópolis followed the European example by transforming the

cooperative ideal into an instrument for social justice.

In this town, where unemployment is practically zero, the first

credit cooperative in Latin America was born in �90�. Now called

Sicredi Pionera RS, and linked to the Sicredi system, it is the old-

est working Brazilian cooperative. It has a history of perseverance,

summed up in the figure of the Swiss priest, Theodor Amstad. At the

end of the �9th century he took the knowledge acquired from his stud-

ies in England to the Serra Gaucha and had the idea that enabled the

colonists of Rio Grande do Sul to gain access to credit for purchasing

tools, seeds and land.

Amstad found fertile soil for his ideas, since the colonists

used union as a means of facing the difficulties of living in a

new country, with almost no government support. The immigrants

came from four different regions in Germany and also spoke dif-

ferent dialects, but in the colony they found that working together

was a way of surviving.

Reverend Amstad defended the creation of the cooperative

with a theory that the immigrants had already proven in practice. If a

large rock blocks the path and �0 people want to get past, they won’t

succeed if they each try to move it individually. But if �0 people unite

and make an effort at the same time, under the guidance of one, they’ll

be able to remove the rock with solidarity and open the way for all.

To defend this ideal Amstad traveled the region on a donkey. In Nova

Petrópolis they used to say that the priest had traveled the equivalent

of four journeys around the world.

Page 21: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��

PIEDRAS EN EL CAMINONo todo fue fácil en la creación de la primera cooperativa de crédito de América Latina. Con

la idea de Theodor Amstad lanzada el �9 de octubre de �90�, en una reunión del Sindicato Agrícola

“Bauerverein”, el agricultor Antônio Maria Feix se encargó de elaborar los estatutos de la nueva

entidad. El documento sería presentado en un encuentro el 9 de noviembre del mismo año, en la

Sociedad “Tiro ao Alvo” de Nova Petrópolis. Pero momentos antes de lo programado, un temporal

hizo derrumbar parte del edificio Sociedad y la reunión tuvo que ser transferida.

En la nueva fecha marcada, el �3 del mismo mes, pero un imprevisto canceló el evento. La

causa fue el fallecimiento de la esposa del médico Müller von Milasch, uno de los entusiastas del

movimiento. A pesar de los problemas, otro encuentro fue marcado, para el �8 de diciembre, en el

salón de bailes de Nicolau Kehl, en Linha Imperial, distrito de Nova Petrópolis. Esta vez todo salió

bien y se fundó entonces la Caixa de Economia e Empréstimos (Amstad), “Sparkasse Amstad”, con

�9 socios fundadores.

El crecimiento fue rápido. Cuando supieron de la novedad, otros colonos se asociaron y el día

�5 de febrero de �903 se crearon cuatro filiales y puntos de colecta de depósitos, quedando la sede so-

cial y jurídica fijada en Linha Imperial, en la residencia del gerente recién electo, José Neumann Sênior.

P i e d r a f u n d a m e n t a lLa ciudad de Nova Petrópolis, en la región

serrana de Rio Grande do Sul, es casi un monumento entero consagrado al

cooperativismo en Brasil

Un gran monumento en la plaza central de la ciudad de

Nova Petrópolis, en el interior de Rio Grande do Sul, expone la

vocación de los habitantes locales: la cooperación. Siete figuras

humanas de bronce, número que recuerda los principios mundia-

les del cooperativismo, facilitan la tarea de asegurar una piedra

con la unión de esfuerzos. El trabajo conjunto representado en la

obra es justamente el instrumento que impulsa la economía y la

calidad de vida en el municipio. Con cerca del 90% de los �8.000

habitantes de descendencia alemana, Nova Petrópolis siguió el

ejemplo europeo y transformó el cooperativismo en una herra-

mienta de justicia social.

En esa ciudad, donde el nivel de desempleo es prácticamen-

te cero, nació la primera cooperativa de crédito de América Latina,

en �90�. Con el nombre actual de Sicredi Pioneira RS, y ligada al

sistema Sicredi, es la más antigua cooperativa brasileña en funcio-

namiento. La entidad tiene una historia de perseverancia resumida

en la figura del padre suizo Theodor Amstad. Al final del siglo XIX,

él llevó el conocimiento adquirido en sus estudios en Inglaterra

a la Sierra gaúcha y tuvo la idea que posibilitó a los colonos de

Rio Grande do Sul el acceso al crédito para adquirir herramientas,

semillas y pagar tierras.

Amstad encontró terreno fértil para sus propuestas, pues

los colonos usaban la unión como medio de enfrentar las dificulta-

des de vivir en un nuevo país, casi sin el apoyo del gobierno. Los

inmigrantes venían de cuatro regiones diferentes de Alemania e in-

clusive hablaban dialectos distintos, pero en la colonia encontraron

en el trabajo comunitario una manera para sobrevivir.

El padre Amstad defendía la creación de la cooperativa con

una teoría que los inmigrantes ya habían comprobado en la práctica.

Si una piedra grande se atraviesa en el camino y �0 personas qui-

sieran pasar, no conseguirán pasar si uno por uno quisiera moverla

individualmente. Pero si las �0 personas se unen y hacen fuerza al

mismo tiempo, bajo la orientación de uno de ellos, conseguirán so-

lidariamente sacar la piedra y abrir camino para todos. Para defender

ese ideal, Amstad recorría toda la región montado en un burro. En

Nova Petrópolis se llega a decir que el padre recorrió lo suficiente

para dar cuatro vueltas a la Tierra a la altura de la Línea del Ecuador.

Page 22: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��

Força de leiF o r ç a d e l e i

Com potência para gerar renda e para irradiar educação, o

cooperativismo vem sendo um aliado dos governos e, por isso, tem

recebido incentivos e amparo legal. No Brasil, o setor é incluído na

legislação pela primeira vez no século XIX, na Constituição Federal

de �89�, que garantia aos trabalhadores o direito de se associarem

em cooperativas e em sindicatos. O fomento público, entretanto,

começou por volta de �930. Nessa década, as cooperativas foram

definidas como sociedades de pessoas, e não de capital, e tiveram

garantida a isenção de alguns impostos (Decreto nº ��.�39, do en-

tão presidente da República Getúlio Vargas, de �93�).

Anos mais tarde, mas na mesma linha de incentivo, foi cria-

do o Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), em �95�,

que oferecia financiamentos para todos os ramos. Só que o fomen-

to passava a ser acompanhado pelo controle governamental. Em

�964, ao ganhar a primeira política nacional de cooperativismo, o

País oficializava também a intervenção estatal no setor. As medidas

foram incluídas no Estatuto da Terra (Lei nº 4504), que concedia

ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (na época

Inda), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-

to (MAPA), as funções de normatizar, registrar e fiscalizar o fun-

cionamento das cooperativas e das associações rurais. Apenas os

ramos de crédito e habitacional não estavam incluídos, pois eram

controlados pelo Banco Central e pelo extinto Banco Nacional de

Habitação, respectivamente.

Poucos anos depois, em �967, o País ganhava um Conse-

lho Nacional de Cooperativismo (CNC, pelo Decreto-lei nº 60.957),

ligado ao Incra e com a função de prover recursos ao movimento

cooperativista. A década de �960 foi também um período de regi-

me militar no Brasil. Assim, a democracia e a união de pessoas,

características do cooperativismo, provocavam receio no governo,

que decidiu extinguir incentivos fiscais às cooperativas e centralizar

cada vez mais o controle.

Nas relações com as

instâncias governamentais,

o movimento cooperativista

registra uma história de

evolução e de conquistas

gradativas

Page 23: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�3

Força de leiMODERNIZANDO O PAÍS

O Brasil está prestes a modernizar a Lei do

Cooperativismo. A Constituição Federal de �988

promoveu avanços frente à Lei nº 5.764, de �97�,

mas a evolução do setor exige novas alterações. O

Projeto de Lei nº �7�, que trata sobre o setor e foi

apresentado em �999, tramita no Congresso Na-

cional, juntamente com um substitutivo, apresenta-

do pela Casa Civil da Presidência da República em

abril de �006. Foram apensados ainda o Projeto de

Lei nº 605 e o Projeto de Lei nº 450.

Outros projetos de lei sobre cooperativis-

mo ainda tramitam no Congresso, mas tratam de

ramos específicos, como o de trabalho e o de cré-

dito. Além da legislação nacional, sete estados bra-

sileiros já têm leis próprias do setor: Acre, Espírito

Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

Rio Grande do Sul e São Paulo.

APOIO NO MAPAA Constituição Federal (CF) de �988 mudou o papel do Estado junto às

cooperativas, de fiscalizador para apoiador. O Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), que já era o interlocutor entre o governo federal e o setor

cooperativista, altera suas atribuições. Em �990, foi criado um departamento de co-

operativismo (pela Lei nº 80�5) e extinto o Conselho Nacional de Cooperativismo

(CNC). O órgão, hoje Departamento de Cooperativismo e Associativismo (DENA-

COOP), ligado à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, já

nascia com as atribuições de fomentar e de apoiar o setor.

Entretanto, os primeiros passos sem a tutela do governo não foram tão fáceis.

A nova situação impôs desafios e somou-se às dificuldades econômicas e políticas

que o Brasil enfrentava, conseqüências de sucessivos planos econômicos e de um

impeachment do presidente da República, em �99�. O Banco Nacional de Crédito

Cooperativo foi extinto e cooperativas começaram a ter dificuldades financeiras.

Para evitar o agravamento da situação, foram necessárias medidas de apoio

mais intensas de parte do governo. Por isso, foi criado o Programa de Revitalização

das Cooperativas Agropecuárias (Recoop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem

do Cooperativismo (Sescoop), este pela Medida Provisória nº �.7�5, em �998.

O Recoop constituía um socorro emergencial para o sistema, instituindo linhas

de crédito que ficaram disponíveis até �999. Já o Sescoop é permanente e atua

como preventivo, sendo responsável pela educação e pela promoção social do

cooperados.

O MAPA, por sua vez, concentra cada vez mais esforços no fomento e no apoio

a todos os segmentos do cooperativismo. As ações são coordenadas pelo DENACOOP.

LEI DO COOPERATIVISMOEm �970 foi criada a Organização das Cooperativas Bra-

sileiras (OCB) e formado um grupo de estudos para elaborar uma

lei própria para o sistema, composto por representantes do coope-

rativismo e do governo. A Lei do Cooperativismo (de nº 5.764) foi

aprovada em �6 de dezembro de �97�, detalhando a classificação,

a constituição e o funcionamento das sociedades cooperativas e

determinando para a OCB o papel de representação de todo o mo-

vimento. A lei permitia a organização do setor, criando entidades

estaduais ligadas à OCB e estimulando uma modernização. A inter-

venção governamental, porém, era mantida.

Treze anos mais tarde, a responsabilidade do governo fede-

ral pelas atividades ligadas ao cooperativismo e ao associativismo

foi transferida para a estrutura do próprio MAPA (pela Lei nº 7.�3�)

e criava-se a Secretaria Nacional de Cooperativismo (Senacoop),

pelo Decreto nº 90.393. A secretaria incorporou as atribuições do

Incra, como autorizar o funcionamento das cooperativas, promover

o cooperativismo, fiscalizar o setor e, inclusive, liquidar coopera-

tivas existentes. Também no mesmo ano foi criada a Frente Par-

lamentar do Cooperativismo (Frencoop), com o objetivo de reunir

deputados e senadores para defender os interesses do movimento

no legislativo nacional.

O movimento sentia a necessidade de autonomia e de forta-

lecimento. No X Congresso Brasileiro de Cooperativismo sugeriu-

se a desvinculação do Estado, a criação de ramos cooperativos, a

intercooperação e um programa de educação para os cooperados.

Os líderes do setor aproveitaram o período de abertura política

(com o fim da ditadura militar, em �986) e as eleições para a nova

Constituição Federal e se articularam, com o auxílio da Frencoop.

Assim, o cooperativismo brasileiro conquistava sua independência

e a garantia de apoio do Estado com a promulgação da nova Cons-

tituição Federal, em 5 de outubro de �988. Apenas o ramo crédito

continua tendo controle estatal, pelo Banco Central do Brasil.

Page 24: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�4

The cooperative movement’s power for generating income

and spreading education has allied it with governments, bringing

incentives and legal support. The sector was first included in legis-

lation in Brazil in the �9th century, with the �89� Federal Constitu-

tion, which guaranteed workers the right to associate themselves

into cooperatives and unions. Public support started in the�930s,

however. This was when cooperatives were defined as societies

of people, not capital, and were guaranteed exemption from some

taxes. (Decree ��.�39 of President Getúlio Vargas, in �93�)

Years later, but along the same lines of encouragement, the

National Cooperative Credit Bank (BNCC) was created in �95�, of-

fering financing for all sectors. Fomentation began to be accompa-

nied by governmental control, however. On gaining the first national

cooperative policy in �964, the country also officialized state in-

tervention in the sector. The measures were included in the Land

Statute (Act 4504) which gave the National Institute for Colonization

and Land Reform (at that time Inda), linked to the Ministry of Agri-

culture, Livestock and Food Supply (MAPA), the functions of stan-

dardizing, registering and inspecting the operation of cooperatives

and rural associations. Only the credit and housing branches were

not included, being controlled by the Central Bank and the extinct

National Housing Bank respectively.

A few years later, in �967, the country gained a National

Cooperative Council (CNC, in Act 60.957), linked to Incra and

charged with providing resources to the cooperative movement. The

�960s was also the period of the military regime in Brazil. Democ-

racy and union of people, features of cooperatives, were distrusted

by the government, therefore, and they decided to close off financial

incentives to cooperatives and further centralize control.

T h e f o r c e o f l a wThe cooperative movement has a history

of evolution and gradual victories in its

relations with governmental jurisdiction

COOPERATIVE LAWThe Organization of Brazilian Cooperatives (OCB) was cre-

ated in �970, and a study group of representatives from coopera-

tives and the government was formed to develop a law for the sys-

tem itself. The Cooperative Law (5.764) was approved on December

�6, �97�, outlining the classification, constitution and operation of

cooperative societies and conferring on the OCB the role of repre-

senting the whole movement. The law allowed for organization of

the sector, creating state bodies linked to the OCB and stimulating

modernization. Governmental intervention was retained, however.

Thirteen years later, federal government responsibility for

activities linked to cooperatives and associations was transferred to

the structure of the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Sup-

ply (Act 7.�3�) and the National Secretariat for Cooperatives was cre-

ated by Decree 90.393. The secretariat incorporated the attributes of

Incra, such as authorizing cooperative financing, promoting coopera-

tives, inspecting the sector and also defraying existing cooperatives.

The same year the Cooperative Parliamentary Front (Frencoop) was

also created, with the aim of uniting senators and deputies to protect

the interests of the movement in national legislation.

The movement felt the need for autonomy and reinforce-

ment. Four years later the �0th Brazilian Cooperative Congress sug-

gested separation from the state, the creation of cooperative sec-

tors, inter-cooperation and a program of education for cooperative

members. The sector leaders benefited from the period of political

liberation (with the end of the military dictatorship in �986) and the

elections for the new Federal constitution, and organized themselves

with the assistance of Frencoop. The Brazilian cooperative move-

ment thus won its independence and guarantee of state support

with the declaration of the new Federal Constitution on October 8

�988. Only the credit sector continued under the state control of the

Brazilian Central Bank.

Page 25: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�5

SUPPORT FROM MAPAThe �988 Federal Constitution (CF) changed the role of the state

towards cooperatives from that of inspector to supporter. The Ministry

of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), which had already

been the intermediary between the federal government and the coopera-

tive sector, changed its functions. In �990 a department of cooperatives

was created (by Act 80�5) and the National Cooperative Council was

abolished. The new body, today the Department of Cooperatives and

Associations (DENACOOP) linked to the Secretariat for Agricultural and

Cooperative Development, was born with the roles of fomenting and

supporting the sector.

However, the first steps without governmental protection were

not so easy. The new situation imposed challenges which were added

to the political and economic difficulties Brazil was facing, the conse-

quences of successive economic plans and the impeachment of the

President of the Republic, in �99�. The National Cooperative Credit

Bank was abolished and cooperatives started to run into financial

difficulties. More intense measures of government support were

necessary to prevent the situation worsening. The Agricultural Co-

operatives Revitalizing Program (Recoop) was therefore created, with

the National Cooperative Learning Service (Sescoop, by Provisional

Measure �7�5, in �998). Recoop is the emergency assistance for the

system, implementing credit lines that were available until �999, while

Sesacoop is permanent and works preventively, being responsible for

education and the social promotion of cooperative members.

The MAPA, in turn, increasingly concentrates efforts on

fomenting and supporting all branches of cooperative practice.

These activities are coordinated by DENACOOP.

Page 26: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�6

MODERNIZING THE NATIONBrazil is ready to modernize the Cooperative Law. The �988 Federal Constitution brought advances over the �97� Act 5.764, but

the sector’s evolution requires new changes. Bill �7� concerning the sector and presented in �999, is going through the National Congress

together with a replacement, presented by the Republic Presidency Cabinet in April �006. Also atached were Bill 605 and Bill 450.

Other bills concerning cooperatives were sent to Congress, but they deal with specific fields, such as labor and credit. In addi-

tion to national legislation, seven Brazilian states have their own laws for the sector: Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais, Rio Grande do Sul and São Paulo.

Nova Petrópolis

Page 27: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�7

F u e r z a d e l e yEn las relaciones con las instancias guber-

namentales, el movimiento cooperativista

registra una historia de evolución y de

conquistas graduales

Con potencia para generar renta y para irradiar educación, el

cooperativismo viene siendo un aliado de los gobiernos y, por esto, ha

recibido incentivos y amparo legal. En Brasil, el sector fue incluido en

la legislación por primera vez en el siglo XIX, en la Constitución Federal

de �89�, que les garantizaba a los trabajadores el derecho a asociar-

se en cooperativas y en sindicatos. El fomento público, sin embargo,

comenzó alrededor de �930. En esa década, las cooperativas fueron

definidas como sociedades de personas, y no de capital, y tuvieron

garantizada la exención de algunos impuestos (Decreto nº ��.�39, del

entonces presidente de la República Getúlio Vargas, de �93�).

Años más tarde, pero en la misma línea de incentivo, se

creó el Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), en �95�,

que ofrecía financiaciones para todos los ramos. Sólo que el fo-

mento pasaba a ser acompañado por el control gubernamental. En

�964, al ganar la primera política nacional de cooperativismo, el

país oficializaba también la intervención estatal en el sector. Las

medidas fueron incluidas en el Estatuto de la Tierra (Ley nº 4504),

que concedía al Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agra-

ria (en la época Inda), ligados al Ministerio de Agricultura, Pecuaria

y Abastecimiento (MAPA), las funciones de normar, registrar y fis-

calizar el funcionamiento de las cooperativas y de las asociaciones

rurales. Sólo los ramos de crédito y vivienda no estaban incluidos,

pues eran controlados por el Banco Central y por el extinto Banco

Nacional de Habitación, respectivamente.

Pocos años después, en �967, el país ganaba un Consejo

Nacional de Cooperativismo (CNC, por el Decreto Ley nº 60.957),

ligado al Incra y con la función de proveer recursos al movimiento

cooperativista. La década de �960 fue también un período de régi-

men militar en Brasil. Así, la democracia y la unión de personas,

características del cooperativismo, provocaban recelo en el gobier-

no, que decidió extinguir incentivos fiscales a las cooperativas y

centralizar cada vez más el control.

LEY DEL COOPERATIVISMOEn �970 se creó la Organización de las Cooperativas Bra-

sileñas (OCB) y se formó un grupo de estudios para elaborar una

ley propia para el sistema, compuesto por representantes del coo-

perativismo y del gobierno. La Ley del Cooperativismo (de nº 5.764)

fue aprobada el �6 de diciembre de �97�, detallando la clasificación,

la constitución y el funcionamiento de las sociedades cooperativas

y determinando para la OCB el papel de representación de todo el

movimiento. La ley permitía la organización del sector, creando enti-

dades estatales unidas a la OCB y estimulando una modernización. La

intervención gubernamental, todavía, era mantenida.

Trece años más tarde, la responsabilidad del gobierno

federal por las actividades vinculadas al cooperativismo y al aso-

ciativismo fue transferida a la estructura del propio Ministerio de

Agricultura, Pecuaria e Abastecimiento (por la Ley nº 7.�3�) y se

creaba la Secretaría Nacional de Cooperativismo (SENACOOP), por

el Decreto nº 90.393. La secretaría incorporó las atribuciones del

Incra, como autorizar el funcionamiento de las cooperativas, pro-

mover el cooperativismo, fiscalizar el sector e, inclusive, liquidar

cooperativas existentes. También en el mismo año se creó el Frente

Parlamentario del Cooperativismo (Frencoop), con el objetivo de

reunir a diputados y a senadores para defender los intereses del

movimiento en el legislativo nacional.

El movimiento sentía la necesidad de autonomía y de for-

talecimiento. Pasados cuatro años, en el X Congreso Brasileño de

Cooperativismo sugirió la desvinculación del Estado, la creación

de ramos cooperativos, la intercooperación y un programa de edu-

cación para los cooperados. Los líderes del sector aprovecharon

el período de abertura política (con el fin de la dictadura militar,

en �986) y las elecciones para la nueva Constitución Federal y se

articularon, con el auxilio de la Frencoop. Así, el cooperativismo

brasileño conquistaba su independencia y la garantía de apoyo del

Estado con la promulgación de la nueva Constitución Federal, el 5

de octubre de �988. Sólo el ramo de crédito continúa teniendo un

control estatal, por el Banco Central de Brasil.

Page 28: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�8

APOYO EN EL MAPALa Constitución Federal (CF) de �988 cambió el

papel del Estado junto a las cooperativas, de fiscalizador

a apoyador. El Ministerio de la Agricultura, Pecuaria y

Abastecimiento (MAPA), que ya era el interlocutor entre

el gobierno federal y el sector cooperativista, altera sus

atribuciones. En �990, se creó un departamento de coo-

perativismo (por la Ley nº 80�5) y se extinguió el Consejo

Nacional de Cooperativismo (CNC). El organismo, hoy

Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENA-

COOP), ligado a la Secretaría de Desarrollo Agropecuario

y Cooperativismo, ya nacía con las atribuciones de fomen-

tar y de apoyar el sector.

Sin embargo, los primeros pasos sin la tutela del

gobierno no fueron tan fáciles. La nueva situación impone

desafíos y se sumó a las dificultades económicas y polí-

ticas que Brasil enfrentaba, consecuencias de sucesivos

planes económicos y de un impeachment del presidente

de la República en �99�. El Banco Nacional de Crédito

Cooperativo fue extinto y las cooperativas comenzaron a

tener dificultades financieras.

Para evitar el agravamiento de la situación, fue-

ron necesarias medidas de apoyo más intensas de parte

del gobierno. Por eso, se creó el Programa de Revita-

lización de las Cooperativas Agropecuarias (Recoop) y

el Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo

(Sescoop), esto por la Medida Provisoria nº �.7�5, en

�998. El Recoop es el socorro emergencial para el siste-

ma, instituyendo líneas de crédito que quedaron disponi-

bles hasta �999. El Sescoop es permanente y actúa como

preventivo, siendo responsable por la educación y por la

promoción social de cooperados.

El MAPA, a su vez, concentra cada vez más esfuer-

zos en el fomento y en el apoyo a todos los ramos de coo-

perativismo. A las acciones las coordina el DENACOOP.

MODERNIZANDO EL PAÍS

Brasil está preparado para modernizar la Ley del Cooperativis-

mo. La Constitución Federal de �988 promovió avances frente a la Ley nº

5.764, de �97�, pero la evolución del sector exige nuevas alteraciones.

El Proyecto de Ley nº �7�, que trata sobre el sector y fue presentado en

�999, tramita en el Congreso Nacional, juntamente con un substitutivo,

presentado por la Casa Civil de la Presidencia de la República en abril

de �006. Se anexaron también el Proyecto de Ley nº 605 y el Proyecto

de Ley nº 450.

Había además otros proyectos de ley sobre cooperativismo

tramitando en el Congreso, pero que tratan de ramos específicos,

como el de trabajo y el de crédito. Además de la legislación nacional,

siete Estados brasileños ya tiene leyes propias del sector: Acre, Espí-

rito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do

Sul y São Paulo.

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�9

NA CARTA MAGNAA Constituição Federal de �988 e o coo-

perativismo:

CAPÍTULO I

Artigo 5º

XVIII - A criação de associações e, na for-

ma da lei, a de cooperativas independe de

autorização, sendo vedada a interferência

estatal em seu funcionamento.

Art. �46.

III - estabelece

c) adequado tratamento tributário ao ato

cooperativo praticado pelas sociedades

cooperativas.

Art. �74.

§ �º - A lei apoiará e estimulará o co-

operativismo e outras formas de asso-

ciativismo.

§ 3º - O Estado favorecerá a organização

da atividade garimpeira em cooperativas,

levando em conta a proteção do meio

ambiente e a promoção econômico-so-

cial dos garimpeiros.

§ 4º - As cooperativas a que se refere o

parágrafo anterior terão prioridade na au-

torização ou concessão para pesquisa e

lavra dos recursos e das jazidas de mine-

rais garimpáveis, nas áreas onde estejam

atuando, e naquelas fixadas de acordo

com o art. ��, XXV, na forma da lei.

CAPÍTULO IV

Art. �9�. O sistema financeiro nacional,

estruturado de forma a promover o de-

senvolvimento equilibrado do País e a

servir aos interesses da coletividade, em

todas as partes que o compõem, abran-

gendo as cooperativas de crédito, será re-

gulado por leis complementares que dis-

porão, inclusive, sobre a participação do

capital estrangeiro nas instituições que

o integram. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 40, de �003).

IN THE MAGNA CARTAThe �988 Federal Constitution and cooperatives:

CHAPTER I

Article 5

XVIII – The creation of associations and legal cooperatives independent of authorization,

without state interference in their operation.

Art. �46.

III - establishes

c) suitable tax treatment for the practice of cooperative action by cooperative societies.

Art. �74.

§ � - The law will stimulate cooperatives and other forms of association.

§ 3 - The State will favor the organization of prospecting into cooperatives, considering pro-

tection of the environment and the social-economic promotion of prospectors.

§ 4 - Cooperatives related to the previous paragraph will have priority in authorization or

concessions for research and extraction of mineral resources and deposits.

CHAPTER IV

Art. �9�. The national financial system, structured to promote the balanced development of

the country and serve the interests of collectivity in all its parts, including credit cooperatives

will be regulated by complementary laws which will also concern the participation of foreign

capital in the institutions within it. (From Constitutional Amendment 40, �003).

EN LA CARTA MAGNALa Constitución Federal de �988 y el cooperativismo:

CAPÍTULO I

Artículo 5º

XVIII - La creación de asociaciones y, en la forma de la ley, la de cooperativas independientes de autori-

zación, siendo prohibida la interferencia estatal en su funcionamiento.

Art. �46.

III - Establece

c) adecuado tratamiento tributario al acto cooperativo practicado por las sociedades cooperativas.

Art. �74.

§ �º - La ley apoyará y estimulará el cooperativismo y otras formas de asociativismo.

§ 3º - El Estado favorecerá la organización de la actividad minera en cooperativas, tomando en cuenta la

protección del medio ambiente y la promoción económico-social de los mineros.

§ 4º - Las cooperativas a las que se refiere el párrafo anterior tendrán prioridad en la autorización o con-

cesión para investigaciones y labrado de los recursos y los yacimientos de minerales explotables, en las

áreas donde estén actuando, y en aquellas fijadas de acuerdo con el Art. ��, XXV, en la forma de la ley.

CAPÍTULO IV

Art. �9�. El sistema financiero nacional, estructurado de forma que promueva el desarrollo equilibrado

del país y a servir a los intereses de la colectividad, en todas las partes que lo componen, abarcando las

cooperativas de crédito, será regulado por leyes complementarias que dispondrán, inclusive, sobre la

participación del capital extranjero en las instituciones que lo integran. (Redacción dada por la Enmienda

Constitucional nº 40, de �003).

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

30

As empresas comerciais e as cooperativas geram empregos

e renda e arrecadam tributos, melhorando a vida das comunidades

nas quais atuam. No entanto, apesar de características em comum,

elas têm muitas diferenças.

As cooperativas são organizações sem fins lucrativos, bus-

cam prestar serviços e solucionar problemas de seus associados.

Conforme definição da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), a

cooperativa é “uma associação autônoma de pessoas que se unem,

voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econô-

micas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de

propriedade coletiva e democraticamente gerida”.

A cooperativa é, portanto, uma sociedade de indivíduos, e

não de capital, como uma empresa mercantil. Para a sua constitui-

ção, são necessárias no mínimo �0 pessoas físicas, que se asso-

ciam livremente e atuam em benefício de todos. O cooperado é ao

mesmo tempo dono e usuário.

O controle da entidade é democrático, deliberado nas

assembléias. Para as decisões, cada associado tem direito a um

voto, independentemente do capital que possua junto à entidade,

enquanto nas empresas mercantis o peso do voto depende da pos-

se de ações. A cooperativa também não permite a transferência de

quotas-partes a terceiros; os sócios de uma empresa, por sua vez,

podem vender suas ações.

Assim, a cooperativa é uma associação. Só que, ao mesmo

tempo, tem particularidades em relação às associações definidas no

Código Civil Brasileiro. Ou seja, a cooperativa tem uma legislação

própria (a Lei nº 5.764/7�) e uma estrutura diferenciada, com con-

selho fiscal, conselho administrativo e estatuto social. Além disso,

precisa atuar de acordo com os sete princípios internacionais do

cooperativismo, definidos pela Aliança Cooperativa Internacional

(ACI). As cooperativas não deixam de ser associações, mas com

um regramento jurídico próprio.

Viva às diferençasV i v a à s d i f e r e n ç a s

A cooperativa é

uma sociedade de

indivíduos, e não de

capital, como uma

empresa mercantil.

Além disso, atua sem

fins lucrativos

Page 31: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

3�

Commercial companies and cooperatives generate jobs and

income and gather taxes, improving the lives of the communities in

which they work. However, despite their common characteristics,

they have many differences.

Cooperatives are organized with no profitable ends, seek-

ing to provide services and solve the problems of their associates.

According to the definition of the International Cooperative Alliance

(ICA) the cooperative is “an autonomous association of people who

unite voluntarily to satisfy common economic, social and cultural

needs and aspirations through a collectively owned and democrati-

cally managed company.”

The cooperative is therefore a society of individuals, and

not of capital like a commercial company. It needs minimum of �0

individual people, who associate freely and act to the benefit of all,

to be formed. The cooperative member is both owner and user.

It is democratically controlled by decisions at assemblies.

Each associate has the right to one vote, regardless of capital in

the organization, while vote weighting in commercial companies

depends on share ownership. The cooperative also forbids transfer

of part-shares to third parties: company shareholders, on the other

hand, are able to sell their shares.

So the cooperative is an association. But it also has par-

ticular features in relation to associations defined in the Brazilian

Civil Code. In other words the cooperative has its own legislation

(no, 5.764/7�) and a distinctive structure, with a fiscal board, ad-

ministrative board and social status. It also needs to act according

to the seven international principles of cooperatives defined by the

International Cooperative Alliance (ICA). Cooperatives are still as-

sociations, but with their own legal regulation.

Las empresas comerciales y las cooperativas generan em-

pleos y renta y recaudan tributos, mejorando la vida de las comuni-

dades en las cuales actúan. Si embargo, a pesar de tener caracterís-

ticas en común, ellas tienen muchas diferencias.

Las cooperativas son organizaciones sin fines de lucro,

buscan prestar servicios y solucionar problemas de sus asociados.

De acuerdo a la definición de la Alianza Cooperativa Internacional

(ACI), la cooperativa es “una asociación autónoma de personas que

se unen, voluntariamente, para satisfacer aspiraciones y necesida-

des económicas, sociales y culturales comunes, por medio de una

empresa de propiedad colectiva y democráticamente dirigida”.

La cooperativa es, por lo tanto, una sociedad de individuos,

y no de capital, como una empresa mercantil. Para su constitución,

son necesarias por lo menos �0 personas físicas, que se asocian li-

bremente y actúan en beneficio de todos. El cooperado es al mismo

tiempo dueño y usuario.

El control de la entidad es democrático, deliberado en las

asambleas. Para las decisiones, cada asociado tiene derecho a un

voto, independientemente del capital que tenga junto a la entidad,

mientras que en las empresas mercantiles el peso del voto depende

de la tenencia de acciones. La cooperativa tampoco permite la trans-

ferencia de cuotas partes a terceros; los socios de una empresa, a

su vez, pueden vender sus acciones.

Así, la cooperativa es una asociación. Sólo que, al mismo

tiempo, tiene particularidades con relación a las asociaciones defi-

nidas en el Código Civil Brasileño. O sea, la cooperativa tiene una

legislación propia (la de nº 5.764/7�) y una estructura diferente, con

consejo fiscal, consejo administrativo y estatuto social. Además, ne-

cesita actuar de acuerdo con los siete principios internacionales del

cooperativismo, definidos por la Alianza Cooperativa Internacional

(ACI). Las cooperativas no dejan de ser asociaciones, pero con un

reglamento jurídico propio.

V i v e l a d i f f é r e n c eThe cooperative is a society of

individuals, and not of capital

like a commercial company. It

also works to no profitable ends

V i v a l a s d i f e r e n c i a sLa cooperativa es una sociedad de

individuos, y no de capital, como una

empresa mercantil. Además, actúa sin

fines de lucro

Page 32: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

3�

A estruturaU m p a p e l f u n d a m e n t a l

DENACOOP existe

para promover

e fortalecer o

associativismo

rural e o

cooperativismo

em todos os seus

ramos, visando à

inclusão social

O Departamento de Cooperativismo e Associativismo —

DENACOOP, é o órgão do governo federal que tem a atribuição de

apoiar, fomentar e promover o cooperativismo e o associativismo

rural brasileiros. A sua missão é promover e fortalecer o associa-

tivismo rural e o cooperativismo em todos os seus ramos, visando

a inclusão social, com ações que promovam o desenvolvimento

humano e a geração de trabalho e de renda sustentável (arts. 5º,

inciso XVIII; e �74, § �º, da Constituição Federal, combinados com

a Lei nº 8.�7�/9�, capítulo XI, art. 45 – Lei Agrícola).

O objetivo das ações do DENACOOP é consolidar e fortale-

cer a atuação do sistema cooperativista em todos os seus ramos e

do associativismo rural, participando dos processos de criação de

empregos, de produção de alimentos, de geração e de distribuição

de renda e de melhoria da qualidade de vida das comunidades ru-

rais e urbanas. Entre os projetos estratégicos do DENACOOP estão

o desenvolvimento autogestionário, o apoio ao agronegócio coope-

rativo, o estímulo à competitividade, e a promoção do associativis-

mo rural e do cooperativismo em geral.

O DENACOOP, com a sua atuação, beneficia produtores ru-

rais organizados em cooperativas e associações rurais, cooperativas

em geral, tanto as ligadas às atividades rurais quanto as constituí-

das no meio urbano; e suas entidades representativas. Para serem

beneficiadas, as entidades cooperativas ou associativas rurais po-

dem estabelecer convênio com o Departamento para a realização de

seus programas e projetos. Para tanto, devem apresentar proposta

em formulário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

mento (MAPA), observando as linhas de atuação do DENACOOP e

os dispositivos legais para uso de recursos públicos.

Entre as entidades parceiras e colaboradoras do Departa-

mento estão: entidades nacionais e internacionais representativas

do cooperativismo em geral e do associativismo rural; instituições

públicas e privadas de educação, pesquisa, assistência técnica e ex-

tensão rural; entidades governamentais que apóiam o cooperativis-

mo; e entidades do setor privado, ofertadoras de bens e serviços.

Page 33: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

33

LINHAS DE ATUAçãO DO DENACOOP* Apoio à capacitação de dirigentes, associados e empregados de cooperativas e associações rurais;

* Apoio à organização cooperativista e associativista rural com base no desenvolvimento sustentável, com eqüidade entre mulheres e

homens;

* Estímulo ao desenvolvimento de jovens lideranças no âmbito do cooperativismo e do associativismo rural, com formação de mul-

tiplicadores;

* Incremento das exportações das cooperativas brasileiras, por meio da capacitação de dirigentes, associados e empregados e da

promoção de seus produtos em fóruns especializados;

* Apoio à participação de cooperativas e associações rurais em eventos técnicos, além da edição e da distribuição de material infor-

mativo e instrucional (cartilha, fôlder, vídeo, CD-Rom, CD-Card e outros);

* Estímulo à participação do cooperativismo brasileiro no processo de integração e consolidação do Mercosul;

* Promoção de ações para redução das desigualdades regionais, em especial no Norte e no Nordeste, com o desenvolvimento de

estudos, de consultorias e de monitoramento de processos, produtos e serviços;

* Acompanhamento e levantamento dos resultados da aplicação dos recursos liberados pelo DENACOOP.

F u n d a m e n t a l r o l eDENACOOP strengthens and promotes rural

associativism and cooperativism in all its

particularities, aimed at fostering social inclusion

The Department of Cooperativism and Associativism —

DENACOOP, is an organ of the federal government with the specific

attribution to support, foment and promote rural associativism and

cooperativism in Brazil. Its mission is to promote and strengthen ru-

ral associativism and cooperativism within its entire scope, with an

eye toward social inclusion, with activities that promote human de-

velopment and the generation of sustainable income (art. 5, clause

XVIII; and �74, & �, of the Federal Constitution, in conjunction with

law nº 8.�7�/�9, chapter XI, art. 45 – Agricultural Law).

DENACOOP’s goal is to consolidate and strengthen the co-

operative system in all its modalities and rural cooperativism, taking

part in the job creating processes, food production, income genera-

tion and distribution, while improving the quality of life in the rural

and urban communities. DENACOOP’s strategic projects include

self-managed development, support to cooperative agribusiness,

stimulus to competitiveness, promotion of rural associativism and

cooperativism in general.

With its actions, the DENACOOP benefits rural producers

organized in cooperatives and rural associations, cooperatives in

general, either linked to rural activities or urban enterprises; and its

representative entities. To take advantage of the benefits, the coop-

erative or rural associative entities may enter into agreements with

the Department in order to carry out their programs and projects. To

this end, they must submit a proposal in the format of the Ministry

of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), in compliance

with DENACOOP’s line of action and the legal provisions for the use

of public resources.

The Department’s collaborating and partner entities include

the following: national and international entities representing rural

cooperativism and associativism in general; public and private insti-

tutions linked to education, research, technical assistance and rural

extension; governmental entities that support cooperatisvism; and

private entities that provide goods and services.

Page 34: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

34

DENACOOP’S ACTION LINES • Support to the qualification of officials, associates and employees of cooperatives and rural associations;

• Support to rural cooperative and associative organization, based on sustainable development, whilst fostering equity between men

and women;

• Stimulus to the development of young leaderships in the rural cooperative and associative environment, whilst forming multipliers;

• Higher exports by the Brazilian cooperatives, through the qualification of the officials, associates and employees and the promotion

of their products in specialized forums;

• Support to the participation of rural cooperatives and associations in technical events, besides the edition and distribution of infor-

mative and instructional materials (primer, folder, video, CD-Rom, CD-Card and others);

• Stimulus to participation of Brazilian cooperativism in the Mercosur integration and consolidation process;

• Initiatives aimed at reducing regional inequalities, particularly in the North and Northeast, through the development of studies, con-

sultancies and the monitoring of processes, products and services;

• Follow-up and survey of the results achieved by the resources granted by DENACOOP.

U n p a p e l f u n d a m e n t a lDENACOOP existe para promover y fortalecer

el asociativismo rural y el cooperativismo en

todos sus ramos, buscando la inclusión social

El Departamento de Cooperativismo y Asociativismo — DE-

NACOOP, es el órgano del gobierno federal que tiene la atribución

de apoyar, fomentar y promover el cooperativismo y el asociativis-

mo rural brasileños. Su misión es promover y fortalecer el asocia-

tivismo rural y el cooperativismo en todos sus ramos, buscando la

inclusión social, con acciones que promuevan el desarrollo huma-

no y la generación de trabajo y de renta sostenible (Art. 5º, inciso

XVIII; y �74, § �º, de la Constitución Federal, combinados con la

Ley nº 8.�7�/9�, capítulo XI, Art. 45 – Ley Agrícola).

El objetivo de las acciones del DENACOOP es consolidar

y fortalecer la actuación del sistema cooperativista en todos sus

ramos y del asociativismo rural, participando de los procesos de

creación de empleos, de producción de alimentos, de generación y

de la distribución de renta y de la mejora de la calidad de vida de las

comunidades rurales y urbanas. Entre los proyectos estratégicos del

DENACOOP están el desarrollo autogestionario, el apoyo al agrone-

gocio cooperativo, el estímulo a la competitividad, y la promoción

del asociativismo rural y del cooperativismo en general.

El DENACOOP, con su actuación, beneficia a producto-

res rurales organizados en cooperativas y asociaciones rurales,

cooperativas en general, tanto las ligadas a las actividades rurales

como a las constituidas en el medio urbano; y sus entidades re-

presentativas. Para ser beneficiadas, las entidades cooperativas

o asociativas rurales pueden establecer convenio con el Depata-

mento para la realización de sus programas y proyectos. Por lo

tanto, deben presentar propuesta en formulario del Ministerio de

Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA), observando las

líneas de acción del DENACOOP y los dispositivos legales para

uso de recursos públicos.

Entre las entidades asociadas y colaboradoras del Depar-

tamento están: entidades nacionales e internacionales representativas

del cooperativismo en general y del asociativismo rural; instituciones

públicas y privadas de educación, investigación, asistencia técnica y

extensión rural; entidades gubernamentales que apoyan al cooperativis-

mo; y entidades del sector privado, que ofrecen bienes y servicios.

Page 35: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

35

LÍNEAS DE ACTUACIóN DEL DENACOOP* Apoyo a la capacitación de dirigentes, asociados y empleados de cooperativas y asociaciones rurales;

* Apoyo a la organización cooperativista y asociativista rural con base en el desarrollo sostenible, con equidad entre mujeres y hombres;

* Estímulo al desarrollo de jóvenes lideres en el ámbito del cooperativismo y del asociativismo rural, con formación de multiplicadores;

* Incremento de las exportaciones de las cooperativas brasileñas, por medio de la capacitación de dirigentes, asociados y empleados

y de la promoción de sus productos en foros especializados;

* Apoyo a la participación de cooperativas y asociaciones rurales en eventos técnicos, además de la edición y de la distribución de

material informativo e instructivo (cartilla, fólder, vídeo, CD-Rom, CD-Card y otros);

* Estímulo a la participación del cooperativismo brasileño en el proceso de integración y consolidación del Mercosur;

* Promoción de acciones para reducción de las desigualdades regionales, en especial en el Norte y en el Nordeste, con el desarrollo

de estudios, de consultorías y de monitoreo de procesos, productos y servicios;

* Acompañamiento y levantamiento de los resultados de la aplicación de los recursos liberados por el DENACOOP.

Page 36: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

36

COMPETÊNCIAS

As competências do DENACOOP são desenvol-

vidas sob a condução de três coordenações-ge-

rais: a Coordenação-Geral de Acompanhamento,

a Coordenação-Geral de Autogestão Cooperati-

vista e a Coordenação-Geral de Apoio ao Agro-

negócio Cooperativo.

O Departamento de Cooperativismo e Associativis-

mo (DENACOOP) tem como competências:

* Elaborar planos, programas e projetos de desen-

volvimento do cooperativismo e do associativismo;

* Fomentar programas, projetos, ações e ati-

vidades de promoção do cooperativismo e do

associativismo nas áreas de: educação, capaci-

tação e formação; profissionalização da gestão;

intercooperação; e responsabilidade social com

as comunidades;

* Propor políticas públicas para o cooperativismo

e o associativismo, visando ao bem-estar social;

* Estimular e promover a implantação de

agroindústrias em sistemas cooperativistas ou

associativistas;

* Formular propostas e participar de negocia-

ções de acordos, tratados ou convênios inter-

nacionais, concernentes aos temas relacionados

ao cooperativismo e ao associativismo, em ar-

ticulação com as demais unidades organizacio-

nais dos órgãos do ministério;

* Coordenar, promover, acompanhar, auditar e

avaliar programas, projetos, ações e atividades

do Departamento.

COMPETENCIASLas competencias del DENACOOP son desarrolladas bajo la conducción de tres coordi-

naciones generales: La Coordinación General de Acompañamiento, la Coordinación Ge-

neral de Autogestión Cooperativista y la Coordinación General de Apoyo al Agronegocio

Cooperativo.

El Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP) tiene como compe-

tencias:

* Elaborar planes, programas y proyectos de desarrollo del cooperativismo y del asocia-

tivismo;

* Fomentar programas, proyectos, acciones y actividades de promoción del cooperativismo

y del asociativismo en las áreas de: educación, capacitación y formación; profesionalización

da gestión; intercooperación; y responsabilidad social con las comunidades;

* Proponer políticas públicas para el cooperativismo y el asociativismo, buscando el bien-

estar social;

* Estimular y promover la implantación de agroindustrias en sistemas cooperativistas o

asociativista;

* Formular propuestas y participar de negociaciones de acuerdos, tratados o convenios in-

ternacionales, concernientes a los temas relacionados al cooperativismo y al asociativismo,

en articulación con las demás unidades organizacionales de los órganos del ministerio;

* Coordinar, promover, acompañar, auditar y evaluar los programas, proyectos, acciones y

actividades del Departamento.

COMPETENCESDENACOOP’s competences are carried out under the control of three general coordina-

tions: Followup General Coordination, Cooperative Self-Management General Coordina-

tion and Cooperative Agribusiness Support General Coordination.

The Department of Cooperativism and Associativism (DENACOOP) includes the following

competences:

• Work out associativism and cooperativism development plans, programs and projects;

• Foment programs, projects, actions and activities promoting associativism and coop-

erativism in the following areas: education, capacity building and formation; management

profissionalization; intercooperation; and social responsibility regarding the communities;

• Propose pro-cooperativism and associativism public policies, geared toward social well-

being;

• Stimulate and promote the implementation of agroindustries in associative or cooperative

systems;

• Formulate proposals and take part in agreement negotiations, treaties or international

covenants, concerned with themes related to cooperativism and associativism, in conjunc-

tion with other organizational units of the ministerial organs;

• Coordinate, promote, followup, audit and assess programs, projects and activities and

initiatives of the Department.

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

37

O acompanhamentoA Coordenação-Geral de Acom-

panhamento é responsável pelo controle e

pela avaliação da execução dos convênios

firmados, em articulação com as Superin-

tendências Federais da Agricultura (SFA’s).

No período de �003 a �006, a principal

característica foi a definição de linhas com

a finalidade de atingir a missão de desen-

volvimento cooperativo, um passo que

até então não havia sido dado. Ao invés

de aguardar pelas demandas oriundas do

Brasil inteiro, atendendo àquelas que fosse

possível, agora o DENACOOP se antecipa

e fixa metas dentro do propósito do desen-

volvimento cooperativo.

Por outro lado, houve diferença

fundamental de atuação dentro do foco

da missão (atender cooperativas e asso-

ciações). Antes do período �003-�006,

�5% ocorriam dentro do foco. Em �006,

chegou-se a 96% das ações dentro do

foco da missão. O grande objetivo é

verificar a evolução do sistema coope-

rativista para atender à missão consti-

tucional, uma vez que cabe ao governo

o apoio ao cooperativismo e a todas as

formas associativas, o que é cumprido

por intermédio do DENACOOP.

A aplicação de recursos acontece

conforme a manifestação de necessidades

ou de propostas. As duas grandes linhas

de ação atualmente são o planejamento

estratégico e a educação cooperativista.

FollowupThe Followup General Coordination is responsible for control and evaluation of

the execution of the agreed upon covenants, in conjunction with agriculture’s Federal

Superintendencies (SFA’s). Over the �003-�006 period, the main characteristic was the

definition of lines with the purpose to achieve the cooperative development mission, a

step that had never been taken before. Instead of waiting for the demands from the entire

country, attending to the possible ones, now DENACOOP works in anticipation and sets

targets within the scope of cooperative development.

On the other hand, there has been a fundamental difference within the mission’s

focus (see to cooperatives and associations). Before the �003-�006 period, �5% used to

occur within the focus. In �006, actions within the mission focus amounted to 96%. The

great goal is to check the evolution of the cooperative system within the constitutional

mission, once it is the government’s duty to support cooperativism and all its associative

forms, which is complied with through DENACOOP.

The application of resources is in accordance with the needs and proposals that

surface. The two current action lines are strategic planning and cooperativist education.

El acompañamientoLa Coordinación General de Acompañamiento es responsable por el control y

por la evaluación de la ejecución de los convenios firmados, en articulación con las

Superintendencias Federales de la Agricultura (SFA’s). En el período de �003 a �006, la

principal característica fue la definición de líneas con la finalidad de alcanzar la misión

de desarrollo cooperativo, un paso que hasta entonces no había sido dado. En vez de

aguardar por las demandas oriundas de todo Brasil, atendiendo a aquellas que fuera

posible, ahora el DENACOOP se anticipa y fija metas dentro del propósito del desarrollo

cooperativo.

Por otro lado, hubo diferencia fundamental de actuación dentro del enfoque

de la misión (atender cooperativas y asociaciones). Antes del período �003-�006, el

�5% ocurría dentro del enfoque. En �006, se llegó a 96% de las acciones dentro del

enfoque de la misión. El gran objetivo es verificar la evolución del sistema cooperati-

vista para atender a la misión constitucional, una vez que cabe al gobierno el apoyo al

cooperativismo y a todas las formas asociativas, lo que se cumple por intermedio del

DENACOOP.

La aplicación de recursos se da de acuerdo a la manifestación de necesidades

o de propuestas. Las dos grandes líneas de acción actualmente son el planeamiento

estratégico y la educación cooperativista.

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

38

AgronegócioA Coordenação-Geral de Apoio ao Agronegócio Coopera-

tivo surgiu com a reestruturação do MAPA, ocorrida em janeiro de

�005. Dentro dela funciona ainda a Coordenação de Capitalização

e Financiamento das Cooperativas. O objetivo principal dessa coor-

denação-geral é apoiar o agronegócio cooperativo para assegurar o

fortalecimento de todos os ramos do cooperativismo.

Houve, por exemplo, ênfase especial no Programa de Apoio

à Agroindústria Cooperativa, para estimular iniciativas de coopera-

tivas que queiram agregar renda através da agroindústria, além de

apoiar consultorias de viabilidade ou de fusões de cooperativas,

entre outros itens. No mesmo sentido, a partir das discussões do

Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), foi criado o Norcoop, vol-

tado às regiões menos desenvolvidas do Norte e do Nordeste.

Além de analisar os projetos com pareceres-técnicos, essa

coordenação-geral emite notas técnicas para a legislação apresen-

tada no Congresso Nacional, influenciando nas políticas públicas

para o associativismo.

Agribusiness

General Coordination in Support of Cooperative Agribusi-

ness was born with MAPA’s restructuring process, promoted during

minister Roberto Rodrgues’s tenure. It also includes the Coordina-

tion of Cooperative Financing and Capitalization. The main goal of

the general coordination is to lend support to cooperative agribusi-

ness so as to strengthen all the divisions of cooperativism.

For example, special emphasis was given to the Cooper-

ative Agroindustry Support Program, to encourage cooperatives

interested in aggregating value through agroindustry, in addi-

tion to supporting viability consultancies or cooperative merges,

among other items. Within this context, based on the debates

held by the Interministerial Work Group (GTI), the Norcoop was

created, geared toward the less developed regions in the North

and Northeast. Agribusiness is a priority, but the idea is to create

pilot-projects working as references to stimulate the development

of these two regions. Besides analyzing the projects with tech-

nical-appraisals, this general coordination also issues technical

notes for legislation presented in Congress, influencing the pub-

lic policies on associativism.

AgronegocioLa Coordinación General de Apoyo al Agronegocio Coope-

rativo surgió con la reestructuración del MAPA, promovida en la

gestión del ministro Roberto Rodrigues. Dentro de ella funciona

también la Coordinación de Capitalización y Financiación de las

Cooperativas. El objetivo principal de esta coordinación general es

apoyar el agronegocio cooperativo para asegurar el fortalecimiento

de todos los ramos del cooperativismo.

Hubo, por ejemplo, énfasis especial en el Programa de

Apoyo a la Agroindustria Cooperativa, para estimular iniciativas de

cooperativas que quieran agregar renta a través de la agroindustria,

además de apoyar consultorías de viabilidad o de fusiones de coo-

perativas, entre otros ítems. En el mismo sentido, a partir de las

discusiones del Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), fue creado

el Norcoop, volcado a las regiones menos desarrolladas del Norte y

del Nordeste. El agronegocio es prioritario, por la idea es crear pro-

yectos piloto que puedan funcionar como referencias para estimular

el desarrollo de estas dos regiones.

Además de analizar los proyectos con pareceres técnicos,

esta coordinación general aún emite notas técnicas para la legis-

lación presentada en el Congreso Nacional, influenciando en las

políticas públicas para el asociativismo.

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

39

Autogestão CooperativistaA coordenação-Geral de Autogestão Cooperati-

vista tem como uma de suas principais competências

capacitar o sistema cooperativista e o associativismo

rural para a autogestão e para a inclusão tecnológica,

especialmente em novas fronteiras agrícolas. Além dis-

so, apóia e estimula o processo de organização social

cooperativista, como instrumento de desenvolvimento

das comunidades, bem como articula e coordena ações

e programas de cooperação técnica e financeira, com

organismos nacionais e internacionais, voltados ao de-

senvolvimento do cooperativismo e do associativismo

rural. Possui duas coordenações de áreas – Coorde-

nação de Autogestão Cooperativa e Coordenação de

Programas e Projetos – e uma divisão de Programa de

Formação e Capacitação de Jovens.

Por meio de programas e projetos, esta coorde-

nação-geral pretende orientar a utilização dos recursos

públicos, com o objetivo de reduzir os pontos fracos

das cooperativas e das associações rurais, potencia-

lizando os pontos fortes e apoiando as oportunidades

existentes.

O objetivo principal é aprimorar o desenvolvi-

mento humano, visando a inclusão social, o verdadeiro

sentido do cooperativismo. Procura direcionar suas ativi-

dades de capacitação para a formação básica, conceitual,

cultural, informativa, tecnológica, troca de experiências,

agronegócio, cadeias produtivas etc.

Enfim, busca apoiar a população brasileira no

desenvolvimento sustentável, do conhecimento e da

cidadania, fomentando ações de cooperação e de asso-

ciação, para a elevação da renda e para a geração de

trabalho.

O DENACOOP trabalha em cima de linhas de

ações que formam a capacitação propondo o desenvolvi-

mento da autogestão cooperativa, que é o grande “guar-

da-chuva” dos recursos destinados à sua finalidade.

Além da autogestão, os programas e os pro-

jetos passam ainda por divulgação, promoção do co-

operativismo, cooperação internacional, no Mercosul,

estímulo ao ensino do cooperativismo e à produção

acadêmica, jovens e gênero, e valorização do servidor

do DENACOOP.

O que se pretende é transformar a realidade do

público-alvo, elevando-o a agente mais bem preparado

pela formação, pela informação e pela capacitação.

Page 40: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

40

Cooperative self managementOne of the main competences of the Cooperative Self Man-

agement general coordinating bureau is to qualify the cooperative

and rural associative system for self management and technology

inclusion, particularly in new agricultural frontiers. Furthermore,

it supports and encourages the cooperative social organization

process as a community development instrument, while articulat-

ing and coordinating initiatives and programs involving technical

and financial cooperation, with national and international organs,

focused on the development of rural associative and cooperative

initiatives. It comprises two area coordinating bodies – Coopera-

tive Self Management Coordination and Projects and Programs

Coordination – and a Capacity Building and Qualifying Division

for young people.

Through programs and projects, this general coordinating

body gives guidance on the use of public resources, with the aim to

reduce the weak points of the cooperatives and their rural associ-

ate members, improving the effectiveness of the strong points and

lending support to the existing opportunities.

The main purpose is to build up perfect human develop-

ment, with an eye toward social inclusion, which is all cooperativ-

ism is about. It directs its activities toward capacity building for

the acquisition of basic concepts, culture, information, technology,

exchange of experience, agribusiness, production chains, etc. After

all, it lends support to the Brazilian population seeking sustainable

development, knowledge and citizenship, fostering cooperation and

associative efforts, intended to generate higher income and jobs.

DENACOOP works in line with qualification efforts, promot-

ing cooperative self management, which is the big “umbrella” of the

resources destined for its purpose.

Besides self management, the programs and projects rely on

advertising, promotion of cooperativism, international cooperation,

Mercosur cooperation, encouragement to cooperativism awareness,

academic work, young people and gender, and due values and com-

petences of all DENACOOP members.

The intention is to transform the reality of the target pub-

lic, raising each individual to the status of a better prepared agent,

through information and capacity building efforts.

Autogestión CooperativistaLa coordinación General de Autogestión Cooperativista tie-

ne como una de sus principales competencias capacitar al sistema

cooperativista y al asociativismo rural para la autogestión y para la

inclusión tecnológica, especialmente en nuevas fronteras agrícolas.

Además, apoya y estimula el proceso de organización social coo-

perativista, como instrumento de desarrollo de las comunidades,

así como articula y coordina acciones y programas de cooperación

técnica y financiera, con organismos nacionales e internacionales,

volcados al desarrollo del cooperativismo y del asociativismo rural.

Tiene dos coordinaciones de áreas – Coordinación de Autogestión

Cooperativa y Coordinación de Programas y Proyectos – y una divi-

sión de Programa de Formación y Capacitación de Jóvenes.

Por medio de programas y proyectos, esta coordinación ge-

neral pretende orientar la utilización de los recursos públicos, con el

objetivo de reducir los puntos débiles de las cooperativas y de las

asociaciones rurales, potenciando los puntos fuertes y apoyando

las oportunidades existentes.

El objetivo principal es perfeccionar el desarrollo humano,

buscando la inclusión social, el verdadero sentido del cooperativis-

mo. Procura dirigir sus actividades de capacitación para la forma-

ción básica, conceptual, cultural, informativa, tecnológica, cambio

de experiencias, agronegocio, cadenas productivas, etc.

En fin, busca apoyar a la población brasileña en el desa-

rrollo sostenible, del conocimiento y de la ciudadanía, fomentando

acciones de cooperación y de asociación, para la elevación de la

renta y para la generación de trabajo.

El DENACOOP trabaja encima de líneas de acciones que

forman la capacitación proponiendo el desarrollo de la autoges-

tión cooperativa, que es el gran “paraguas” de los recursos des-

tinados a su finalidad.

Además de la autogestión, los programas y los proyectos

pasan todavía por divulgación, promoción del cooperativismo, co-

operación internacional, en el Mercosur, estímulo a la enseñanza

del cooperativismo y a la producción académica, jóvenes y género,

y valorización del servidor del DENACOOP.

Lo que se pretende es transformar la realidad del público

objetivo, elevándolo a agente mejor preparado por la formación, por

la información y por la capacitación.

Page 41: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

4�

Valorização do servidorNum esforço para cumprir com as suas funções, o DE-

NACOOP, visando apoiar o desenvolvimento e a sustentabilidade

do cooperativismo e do associativismo rural, deu nova face à sua

estrutura organizacional e funcional. Nessas últimas décadas, o co-

operativismo e o associativismo rural passaram por grandes mu-

danças e inovações. O Departamento teve que buscar alternativas

para acompanhar essas mudanças.

O Programa de Valorização do Servidor do DENACOOP

(PROVALOR), de iniciativa dos dirigentes e dos servidores do

Departamento, surgiu em razão da necessidade de promover a

integração dos servidores envolvidos no desenvolvimento do co-

operativismo e do associativismo rural, bem como de capacitar

os profissionais do MAPA, buscando atender às demandas da

sociedade relativas ao setor.

O objetivo desse projeto é proporcionar e aprimorar co-

nhecimentos dos funcionários em cooperativismo e associativismo

rural, contribuindo para o desenvolvimento dos mesmos. Busca

qualificar e aprimorar igualmente o conhecimento dos servidores,

que, por sua vez, irão capacitar outros funcionários, facilitando o

intercâmbio de experiências profissionais desenvolvidas por eles,

além de promover a valorização e a integração da equipe de traba-

lho. Com esse programa, o DENACOOP tem por meta propiciar aos

servidores uma melhor condição profissional no desenvolvimento

de suas atividades, tendo funcionários motivados e satisfeitos no

desempenho de suas atribuições.

Give the servers their dueIn an effort to comply with its functions, DENACOOP,

with an eye toward the development and sustainability of ru-

ral cooperativism and associativism, perked up the image of

its functional and organizational structure. Over the past de-

cades, rural associativism and cooperativism went through deep

changes and innovations. The Department had to go in search

of alternatives to keep pace with these changes.

The DENACOOP Server Development Program (PROV-

ALOR), an initiative by the officials and servers of the Department,

originated from the need to promote the integration of the servers

involved in the development of rural cooperativism and associa-

tivism, as well as qualifying the professionals of the MAPA, at-

tempting to meet the demands of society relative to the sector.

The goal of the project is to improve the knowledge of

the employees in rural cooperativism and associativism, thus

contributing to their development. The Department also seeks

to qualify and improve the knowledge of the servers, who, in

turn, will qualify other employees, facilitating the interchange

of professional experiences developed by them, in addition to

promoting the development and the integration of the work-

ing team. With this program, DENACOOP hopes to provide its

servers with better professional conditions in the development

of their activities, with officials and employees satisfied with

the performance of their attributions.

Valoración del servidorEn un esfuerzo para cumplir con sus funciones, el DENACOOP,

buscando apoyar el desarrollo y la sostenibilidad del cooperativismo y

del asociativismo rural, dio nueva fase a su estructura organizacional y

funcional. En estas últimas décadas, el cooperativismo y el asociativis-

mo rural pasaron por grandes cambios e innovaciones. El Departamen-

to tuvo que buscar alternativas para acompañar estos cambios.

El Programa de Valorización del Servidor del DENACOOP

(PROVALOR), de iniciativa de los dirigentes y de los servidores

del Departamento, surgió en razón de la necesidad de promover

la integración de los servidores involucrados en el desarrollo del

cooperativismo y del asociativismo rural, así como de capacitar a

los profesionales del MAPA, buscando atender las demandas de la

sociedad relativas al sector.

El objetivo de este proyecto es proporcionar y perfeccionar

conocimientos de los funcionarios en cooperativismo y asociativis-

mo rural, contribuyendo al desarrollo de los mismos. Busca calificar

y perfeccionar igualmente el conocimiento de los servidores, que, a

su vez, capacitarán a otros funcionarios, facilitando el intercambio

de experiencias profesionales desarrolladas por ellos, además de

promover la valoración y la integración del equipo de trabajo. Con

este programa, el DENACOOP espera propiciar a los servidores una

mejor condición profesional en el desarrollo de sus actividades,

teniendo funcionarios motivados y satisfechos en el desempeño de

sus atribuciones.

Page 42: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

4�

As entidades interessadas em estabelecer parceria com o DE-

NACOOP podem apresentar projetos solicitando convênio. O critério

para a aprovação é a conformidade com as linhas de atuação, que

buscam seguir os princípios de gestão democrática e livre, educação,

intercooperação e responsabilidade social. São aprovados projetos que

sejam não só economicamente viáveis, mas sobretudo socialmente jus-

tos e ecologicamente sustentáveis.

Quase todos os programas promovidos e apoiados estão liga-

dos à educação para jovens, mulheres, líderes, cooperados e trabalha-

dores do sistema. Se dirigentes, funcionários e cooperados se fortale-

cem, os reflexos são sentidos também na cooperativa, e há um contexto

de melhoria da qualidade de vida.

As maiores parceiras do DENACOOP são entidades ligadas à

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e ao Serviço Nacional

de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), principalmente dos

ramos agropecuário e de crédito. Mas o DENACOOP segue a univer-

salidade do cooperativismo, apoiando também iniciativas de economia

solidária e de agricultura familiar organizadas. O MAPA atende o coo-

perativismo e o associativismo como um todo. A demanda de coopera-

tivas não filiadas à OCB vem aumentando.

Os detalhes da atuação do DENACOOP podem ser conferidos

no site www.agricultura.gov.br, “Serviços”, “Cooperativismo/Associa-

tivismo”. Outras informações são fornecidas pelo e-mail denacoop@

agricultura.gov.br ou pela Central de Relacionamento - 0800 6� �995.

Como participarC o m o p a r t i c i p a r

DENACOOP também segue a universalidade

do cooperativismo, ao apoiar iniciativas de

economia solidária e de agricultura familiar

Page 43: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

43

H o w t o h a v e a s a y i n i tDENACOOP also follows the universality of the cooperative ideal

in its support for solidary saving and family farming

Las entidades interesadas en establecer sociedad con el

DENACOOP pueden presentar proyectos solicitando convenio. El

criterio para la aprobación es la conformidad con las líneas de ac-

tuación, que buscan seguir los principios de gestión democrática

y libre, educación, intercooperación y responsabilidad social. Se

aprueban proyectos que sean no sólo económicamente viables, sino

sobre todo socialmente justos y ecológicamente sostenibles.

Casi todos los programas promovidos y apoyados están rela-

cionados a la educación, para jóvenes, mujeres, líderes, cooperados y

trabajadores del sistema. Si dirigentes, funcionarios y cooperados se

fortalecen, los reflejos se sienten también en la cooperativa, y hay un

contexto de mejora de la calidad de vida.

Las mayores aliadas del DENACOOP son entidades relacio-

nadas a la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB) y al

Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (Sescoop), prin-

cipalmente de los ramos agropecuario y de crédito. Pero el DENACOOP

sigue la universalidad del cooperativismo, apoyando también iniciativas

de economía solidaria y de agricultura familiar organizadas. El MAPA

atiende al cooperativismo y al asociativismo como un todo. La demanda

de cooperativas no afiliadas a la OCB viene aumentando.

Los detalles de la actuación del DENACOOP pueden ser veri-

ficados en el sitio www.agricultura.gov.br, “Serviços”, “Cooperativismo/

Associativismo”. Otras informaciones son proporcionadas por e-mail de-

[email protected] y Central de Relacionamento 0800 6� �995.

C ó m o p a r t i c i p a rDENACOOP también sigue la universalidad

del cooperativismo, al apoyar iniciativas de

economía solidaria y de agricultura familiar

Entities interested in establishing partnerships with DENACOOP

can present projects requesting an agreement. The criterion for approval

is conformity with the lines of action which seek to follow the principles of

democratic and free administration, education, inter-cooperation and so-

cial responsibility. Projects that are not just economically viable, but which

are, above all, socially just and ecologically sustainable, are approved.

Almost all the programs promoted and supported are linked to

education, for young people, women, leaders, cooperative members and

workers in the system. If directors, staff and members are strengthened,

the effects are also felt in the cooperative, and there’s a context of improv-

ing quality of life.

DENACOOP’s biggest partners are bodies linked to the Orga-

nization of Brazilian Cooperatives (OCB), and the National Service for

Cooperative Learning (Sescoop), especially in the agricultural and credit

fields. But DENACOOP follows the universality of the cooperative ideal,

also supporting solidary savings, and organized family farming initiatives.

MAPA serves cooperatives and associations as a whole. There is increas-

ing demand from cooperatives not affiliated to the OCB.

Details about the Department of Cooperatives and Associations

can be found on the www.agricultura.gov.br website, “Services”, “Cooper-

atives/Associations”. Other information is available by e-mail denacoop@

agricultura.gov.br or by Relationship Central 0800 6� �995.

Page 44: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

44

O cooperativismo brasi-leiro é pleno de diversidades. O mo-saico de raças e de culturas formado nesse País de dimensões continentais impõe uma mescla de estágios de desenvolvimento econômico. E o coope-rativismo não foge à regra. Enquanto o Sul e o Sudeste são potências cooperativas de dar inveja até aos países desen-volvidos, o Norte e o Nordeste pedem atenção especial do governo para evoluir. Por outro lado, as diferenças garantem criatividade e se complementam. Nos �3 ramos do coopera-tivismo brasileiro são encontrados incontáveis exemplos de impulso à economia das comunidades, de aproveitamento das vocações locais e de superação de crises econômicas ou de problemas climáticos.

Esses casos se multiplicam. Em �995, 3,5 milhões de brasileiros estavam ligados ao cooperativismo. Uma década depois, esse número simplesmente havia dobrado. Em �005 havia 6,8 milhões de cooperados, valorizando princípios como a responsabilidade social, a educação e a gestão democrática. O setor soma quase �00 mil empregos diretos em 7.500 cooperativas, que estão presentes em 3�% dos municípios brasileiros, conforme dados da Orga-nização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

E a cooperação é sinônimo de desenvolvimento. O cooperati-vismo é uma doutrina lastreada por princípios e valores, com uma ética básica que tem os mesmos objetivos de qualquer governo democrático sério: justiça social, eqüidade, distribuição de renda, defesa do meio am-biente e garantia da segurança alimentar.

O Índice de

Desenvo lv i -mento Humano (IDH) comprova

que, enquanto nos municípios

sem cooperativas a média de IDH é de

0,6%, onde há coopera-ção ele aumenta para 0,7%. Além

disso, os bons resultados despontam na agre-gação de valor aos produtos de cooperativas e no crescimento das exportações. Esse desempenho

é um reflexo do investimento nas pessoas, com as inúmeras ações educativas promovidas pelo sistema,

muitas das quais apoiadas pelo MAPA. As linhas de re-sultados positivos no gráfico do setor cooperativo são direta-

mente proporcionais ao processo de educação. Na agricultura, por exemplo, a renda média dos cooperados é quase duas vezes superior à dos que não estão no sistema.

Isso se deve ao fato de que, capacitadas e conscientemente orga-nizadas, as pessoas somam forças e se tornam robustas o suficiente para enfrentar o mercado. Associados, os indíviduos são capazes de fazer as coisas acontecerem de uma forma mais equitativa, tanto no acesso quanto na distribuição dos recursos. E é aí que mora o grande valor do sistema.

O cooperativismo revela incontáveis

exemplos de impulso fundamental à

economia e ao desenvolvimento das

comunidades, vitalizando o País

O perfilA q u a r e l a b r a s i l e i r a

Page 45: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

45

The Brazilian cooperative movement is full of di-versities. The mosaic of races and cultures of this country of continental proportions imposes a mixture of stages of economic development. Cooperatives do not break from this rule. While the South and Southeast are coopera-tive forces and even the envy of developed countries, the North and Northeast need special government attention to properly develop. On the other hand, these differentials ensure creativity and complement each other. Countless examples can be found of Brazilian cooperatives driving the economy of communities, using local vocations and overcoming economic crises or climate problems.

The cases are multiplying. 3.5 million Brazilians were linked to the cooperative movement in �995. A decade later, this figure had simply doubled. There were 6.8 million cooperative members in �005, valuing principles like social responsibility, education and democratic administration. Ac-cording to Organization of Brazilian Cooperatives (OCB) data, the sector involves �00,000 direct jobs in 7,500 cooperatives with a presence in 3�% of Brazilian municipalities.

Cooperation is synonymous with development. The cooperative ideal is a doctrine stabilized by principles and values, with a basic ethic which has the same objec-tives of any serious democratic government: social jus-tice, equity, distribution of income, environmental protec-tion and assurance of food safety.

The Human Development Index (IDH) proves the minister’s statement. While municipalities without cooperatives have an average IDH of 0.6%, those with cooperation show an increase to 0.7%. And the good results are also being seen in adding value to coopera-tives’ products and growth in exports. This performance as a result of “investment in people”, through the numer-ous educational actions promoted by the system, many of which are supported by MAPA. The lines of positive results in the graph of the cooperative sector are directly proportional to the process of education. In agriculture, for example, the average income of cooperative members is almost twice that of those outside the system.

This is due to the fact that, trained and conscien-tiously organized, people join forces and become strong enough to confront the marketplace. When they are as-sociated together, individuals are able to make things happen more equitably, in terms of both access to and distribution of resources. And that is where the great value of the system lies.

A B r a z i l i a n w a t e r c o l o rThe cooperative movement shows countless

examples of its fundamental drive to the economy and development of communities, energizing the nation

El cooperativismo brasileño es lleno de diversidades. El mosaico de razas y de culturas formado en este país de dimensiones continentales impone una mezcla de estados de desarrollo económico. Y el cooperativismo no huye de la regla. Mientras que el Sur y el Sudeste son potencias cooperativas de dar envidia hasta a los países desar-rollados, el Norte y el Nordeste piden atención especial del gobierno para ir adelante. Por otro lado, las diferencias garantizan creatividad y se complementan. En los �3 ramos del cooperativismo brasileño se encuentran incontables ejemplos de impulso a la economía de las comunidades, de aprovechamiento de las vocaciones locales y de superación de crisis económicas o de problemas climáticos.

Estos casos se multiplican En �995, 3,5 millones de brasileños estaban unidos al cooperativismo. Una década después, este número simplemente había doblado. En �005 había 6,8 millones de cooperados, valorizando principios como la responsabilidad social, la educación y la gestión democrática. El sector suma casi �00.000 empleos directos en 7.500 cooperativas, que están presentes en el 3�% de los municipios brasi-leños, de acuerdo a datos de la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB).

La cooperación es sinónimo de desarrollo. El cooperativismo es una doctri-na cargada por principios y valores, con una ética básica que tiene los mismos objeti-vos de cualquier gobierno democrático serio: justicia social, equidad, distribución de renta, defensa del medio ambiente y garantía de la seguridad alimentaria.

El Índice de Desarrollo Humano (IDH) comprueba la constatación del mi-nistro. Mientras que en los municipios sin cooperativas el promedio es de IDH del 0,6%, donde hay cooperación él aumenta al 0,7%. Además, los buenos resultados aparecen en primer lugar en la agregación de valor a los productos de cooperativas y en el crecimiento de las exportaciones. Este desempeño es un reflejo de la inversión en las personas, con las innumerables acciones educativas promovidas por el siste-ma, muchas de las cuales apoyadas por el MAPA. Las líneas de resultados positivos en el gráfico del sector cooperativo son directamente proporcionales al proceso de educación. En la agricultura, por ejemplo, la renta media de los cooperados es casi dos veces superior a la de los que no están en el sistema.

Esto se debe al hecho de que, capacitadas y concientemente organizadas, las personas suman fuerzas y se vuelven robustas lo suficiente para enfrentar el mercado. Asociados, los individuos son capaces de hacer que las cosas se realicen de forma más equitativa, tanto en el acceso como en la distribución de los recursos. Y es ahí donde vive el gran valor del sistema.

Acuarela brasileñaEl cooperativismo revela incontables ejemplos de impulso fundamental a la economía y al desarrollo

de las comunidades, vitalizando al país

Page 46: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

46

Na lavoura e na agroindústria estão as maiores expressões

econômicas do cooperativismo brasileiro. Esse setor é responsável

por cerca de 30% da colheita brasileira de grãos, que em �005 foi

de ��3,9 milhões de toneladas. Individualmente, alguns produtos

agropecuários vão além deste índice de participação na produção,

como trigo, cevada, leite, aveia, algodão e suínos.

A evolução do segmento é apontada no crescimento da

industrialização e das exportações. As cooperativas agropecuárias

exportaram US$ �,� bilhões em �005, entre produtos primários e

industrializados, volume �97% maior do que o de �000, segundo

dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Cen-

tro-Sul do País é a região que mais se destaca.

A importância desse complexo fez com que ele se tornasse

sinônimo de cooperativismo no Brasil por muito tempo, mas seu

exemplo se expandiu para outras áreas, que hoje adotam cada vez

mais essa doutrina como modelo de desenvolvimento. No coopera-

tivismo agropecuário estão reunidos produtores rurais, agropastoris

e de pesca. As cooperativas recebem a produção, armazenam, indus-

trializam, comercializam ou exportam os produtos de forma conjunta.

Essa atuação permite agregar valor e dá mais segurança ao agricultor,

permitindo que seus produtos cheguem ao consumidor final com

qualidade e preço justo. As cooperativas também agem como instru-

mentos de transferência e de difusão de técnicas e de tecnologias e

ainda regulam os preços no mercado em que atuam.

Somente em �005, 89 novos registros de cooperativas

agropecuárias foram concedidos pela OCB, fazendo com que o setor

chegasse a �.5�4 cooperativas, com 880 mil associados no cadas-

tro da entidade. Mas os números reais podem ser ainda maiores.

Estima-se a existência de milhares de cooperativas não registradas

na entidade. Somente a União Nacional das Cooperativas da Agri-

cultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), criada em �005,

tem outras mil filiadas, a maioria de agricultura familiar.

O sucesso das cooperativas depende da eficácia com que

atuam no mercado competitivo onde estão inseridas, ditada pela

capacidade de seus dirigentes na condução dos seus negócios.

Cientes disso, o DENACOOP tem atuado preferencialmente na ca-

pacitação destas entidades, bem como no incentivo à agregação de

valor aos seus produtos, via exportação.

A agricultura é

por excelência um

terreno fértil para

o cooperativismo,

movimentando a

economia das regiões

e impulsionando as

exportações

Uma colheita de sucessosU m a c o l h e i t a d e s u c e s s o s

Page 47: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

47

The greatest expression of the Brazilian cooperative movement can be found in the fields and in agribusiness. The sector is responsible for about 30% of the Brazilian grain harvest, which reached ��3.9 mil-lion tonnes in �005. Some individual agricultural products, such as wheat, barley, milk, oats, cotton and pork, exceed this proportion.

The sector’s evolution is indicated by the growth of processing and exports. According to data from the Organization of Brazilian Cooper-atives (OCB), agricultural cooperatives exported US$ �.� billion in �005, including raw and processed products, which was �97% higher than the figure for �000. The Center-South is the region that stands out the most.

The importance of this field means it has been synonymous with the cooperative movement in Brazil for some time, but its example has expanded into other sectors which are increasingly adopting this doctrine as a model for development today. Rural agropastoral and fish-ery producers are coming together into agricultural cooperatives. Co-operatives receive the produce, store it, process it and market or export products in a joint manner. This activity brings added value and more security to the farmer, allowing his products to reach the end consumer with quality and at a fair price. Cooperatives also act as instruments for

the transfer and diffusion of techniques and technologies, and regulate the prices of the market in which they work.

In �005 alone, 89 new agricultural cooperatives were registered by the OCB, reaching the figure of �,5�4 cooperatives with 880 associ-ates registered with the body. But the real figures could be even higher. Thousands of cooperatives are not registered with the body. The Na-tional Union of Family Agriculture and Solidary Savings Cooperatives (Unicafes) alone, created in �005, has another thousand members, most of which are family farms.

The success of cooperativism depends on the effectiveness it shows in the competitive market it is inserted into, dictated by the capacity of its officials in conducting the businesses. Aware of this, DENACOOP has almost exclusively worked toward the qualification of these entities, as well as toward encouraging the value adding process, via exports.

En la plantación y en la agroindustria están las mayores expresiones económicas del cooperativismo brasileño. El ramo es responsable por cerca del 30% de la cosecha brasileña de granos, que en �005 fue de ��3,9 millones de toneladas. Individualmente, algunos productos agropecuarios van mas allá de este índice de par-ticipación en la producción, como trigo, cebada, leche, avena, algo-dón y porcionos.

Se señala la evolución del sector en el crecimiento de la industrialización y de las exportaciones. Las cooperativas agrope-cuarias exportaron US$ �,� mil millones el �005, entre productos primarios e industrializados, volumen un �97% mayor que el de �000, según datos de la Organización de Cooperativas Brasileñas (OCB). El Centrosur del país es la región que más se destaca.

La importancia de este ramo hizo que él se volviera sinó-nimo de cooperativismo en Brasil durante mucho tiempo, pero su ejemplo se expandió hacia otros sectores, que hoy adoptan cada vez más esta doctrina como modelo de desarrollo. En el cooperativismo agropecuario están reunidos productores rurales, agropastoriles y de pesca. Las cooperativas reciben la producción, almacenan, in-dustrializan, comercializan o exportan los productos de forma con-junta. Esta actuación permite agregar valor y da más seguridad al agricultor, permitiendo que sus productos lleguen al consumidor final

con calidad y precio justo. Las cooperativas también actúan como instrumentos de transferencia y de difusión de técnicas y de tecnolo-gías e incluso regulan los precios en el mercado en los que actúan.

Solamente el �005, 89 nuevos registros de cooperativas agropecuarias fueron concedidos por la OCB, haciendo que el sec-tor llegara a �.5�4 cooperativas, con 880.000 asociados en el regis-tro de la entidad. Pero los números reales pueden ser aún mayores. Se estima la existencia de miles de cooperativas no registradas en la entidad. Solamente la Unión Nacional de Cooperativas de Agricul-tura Familiar y Economía Solidaria (Unicafes), creada en �005, tiene otras �000 afiliadas, la mayoría de agricultura familiar.

El éxito de las cooperativas depende de la eficacia con que actúan en el mercado competitivo donde están insertadas, dictada por la capacidad de sus dirigentes en la conducción de sus nego-cios. Concientes de esto, el DENACOOP ha actuado preferentemente en la capacitación de estas entidades, así como en el incentivo a la agregación de valor a sus productos, vía exportación.

U n a c o s e c h a d e é x i t o sLa agricultura es por excelencia un terreno fértil para el cooperativismo,

moviendo la economía de las regiones e impulsando las exportaciones

A h a r v e s t o f s u c c e s s e sAgriculture is, par excellence, fertile soil for the cooperative movement, stimulating the economy of the regions and driving exports

Page 48: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

48

Pelo mundo, a cachaça é conhecida como um produto tí-

pico brasileiro. No Brasil, por trás do aspecto cultural, milhares

de pequenos produtores ganham a vida com a fabricação e com

a comercialização dessa bebida. Só em Minas Gerais, maior fabri-

cante do País de cachaça artesanal, cerca de 8.500 mil alambiques

dão origem a quase �50 milhões de litros por ano. E o setor só não

movimenta ainda mais a economia do Estado porque faz parte da

lista negra da informalidade. No ano de �000, o Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mineiro diag-

nosticou a amarga realidade: 95% dos produtores de cachaça de

alambique atuavam informalmente.

Desde �00�, a Instrução Normativa 56, o Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) permite que os produtores

de cachaça se agrupem em associações ou cooperativas, ganhando

força e legalidade. Hoje, oito cooperativas, somando 700 associados, es-

tão ligadas à Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambi-

que de Minas Gerais (Coocen-MG) e já existem outras formalizadas pelo

País. Com a organização do setor, é possível promover treinamentos e

cursos que aprimoram técnicas e tecnologias de produção.

A partir do fortalecimento, as cooperativas de produtores

de cachaça conquistaram também representação na Câmara Setorial

da Cadeia Produtiva da Cachaça, do MAPA. Essa instância congre-

ga entidades, governo e empresas de produção, comercialização e

distribuição na discussão de políticas que impulsionem o segmento.

Essa é, também, a primeira Câmara Setorial que tem a participação do

DENACOOP, que presta apoio institucional a essas cooperativas.

O cooperativismo é uma solução para que os pequenos pro-

dutores possam ganhar em qualidade e volume para exportação.

Cooperativas

contribuem

para colocar a

cachaça, bebida

típica nacional,

na formalidade

e agregar

qualidade ao

produto

Diálogo valiosoD i á l o g o v a l i o s o

Page 49: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

49

EM DEFESA DOS PEQUENOSCom sede de crescer, as cooperativas de cachaça de alam-

bique lutam para diminuir a carga tributária do setor. Os produtores

levaram à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça a deman-

da de poder optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos

e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

(Simples). O pedido foi incluído no relatório da Lei Geral das Micro

e Pequenas Empresas, a ser votado no Congresso. A medida é uma

forma de resgatar a formalidade dos produtores.

Sem essa possibilidade, o Imposto sobre Produtos Indus-

trializados (IPI) chega a representar cerca de 60% na composição de

preço do produto. Para o enquadramento no Simples, as cooperativas

solicitam também que a palavra artesanal seja usada nos rótulos da

bebida, identificando-a como “cachaça artesanal de alambique”.

Como resultado concreto da atuação do DENACOOP e da

Câmara Setorial, os pequenos produtores comemoram a representa-

tividade conquistada no recém-criado Instituto Brasileiro da Cachaça.

A entidade, constituída no início de �006, terá em seu conselho ad-

ministrativo produtores artesanais, produtores de cachaça de coluna

(industrializada) e representantes de instituições do setor agrícola.

A v a l u a b l e d i a l o g u eCooperatives are contributing towards making the national beverage, cachaça, respectable and

are adding quality to the product

Cachaça is known throughout the world as a typically Bra-

zilian product. Behind its cultural aspect in Brazil, thousands of

small producers earn a living from the manufacture and marketing

of this drink. In Minas Gerais alone, the main manufacturer of arti-

sanal cachaça in country, around 8,500 alembics are the source of

almost �50 million liters per year. And the only reason why the sec-

tor does not stimulate the State’s economy further, is because it is

on the black list of informality. In �000 the Minas Gerais branch of

the Brazilian Micro and Small Company Support Service (Sebrae)

diagnosed the bitter reality: 95% of the cachaça producers were

working in the informal sector.

Since �00�, with Normative Instruction 56, the Ministry of

Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) has allowed cacha-

ça producers to group together into associations or cooperatives,

acquiring strength and legality. There are eight cooperatives today,

with a total of 700 associates, which are linked to the Minas Gerais

Central Alembic Cachaça Producers Cooperative (Coocen-MG), and

others have already been formalized throughout the country. Or-

ganization of the sector makes it possible to organize training and

courses to improve production techniques and technologies.

This strengthening has led the cachaça producers’ coop-

eratives to also achieve representation in Mapa’s Sectoral Chamber

for the Cachaça Production Chain. This body assembles entities,

government, and production, marketing and distribution companies

to discuss policies for stimulating the sector. This is also the first

Sectoral Chamber with participation from the Mapa Department of

Cooperatives and Associations (DENACOOP).

Cooperatives are a way for small producers to increase qual-

ity and volume for exports.

APRECIADA: Cachaça brasileira faz sucesso pelo mundo e as cooperativas fortalecem o maior pólo de produção, em Minas Gerais

APPRECIATED: Brazilian cachaça is achieving success throughout the world and cooperatives are strengthening the major production center in Minas Gerais

APRECIADA: La Cachaça brasileña es un éxito por el mundo y las cooperativas fortalecen el mayor polo de producción, en Minas Gerais

Page 50: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

50

DEFENDING THE SMALL PRODUCERThirsty for growth, the alembic cachaça cooperatives are

struggling to reduce the sector’s tax burden. The producers have

taken their requests for opting for the Integrated System for Tax and

Contribution Payments from Small and Micro Businesses (Simples)

to the Sectoral Chamber for the Cachaça Production Chain. The

request was included in report of the General Micro and Small Busi-

nesses Law, to be voted on in Congress. The measure is a way of

recovering the formal establishment of the producers.

Without this possibility, the Industrialized Products Tax

(IPI) amounts to about 60% of the price of the final product,

he adds. To be included in the Simples system, the coopera-

tives also asked that the word artisanal be used on the labels,

identifying it as “artisanal alembic cachaça”. The request has

been made by the Chamber and is being analyzed by the MAPA

legal department.

As a concrete result of DENACOOP participation in the

Sectoral Chamber, small producers are celebrating represen-

tation on the recently created Brazilian Cachaça Institute. This

body, formed in early �006, will have artisanal producers, in-

dustrialized cachaça producers and representatives from institu-

tions in the agricultural sector on its administrative board.

D i á l o g o v a l i o s oCooperativas contribuyen para colocar a

la cachaça, bebida típica nacional, en la

formalidad y agregar calidad al producto

Por el mundo, a la cachaça se la conoce como un producto

típico brasileño. En Brasil, por detrás del aspecto cultural, miles de

pequeños productores se ganan la vida con la fabricación y con la

comercialización de esta bebida. Sólo en Minas Gerais, el mayor

fabricante del país de cachaça artesanal, cerca de 8.500 alambiques

dan origen a casi �50 millones de litros por año. Y el sector sólo no

mueve aún más la economía del Estado porque es parte de la lista

negra de la informalidad. En el año �000, el Servicio Brasileño de

Apoyo a las Micro y Pequeñas Empresas (Sebrae) de Minas Gerais

diagnosticó la amarga realidad: el 95% de los productores de ca-

chaça de alambique actuaban informalmente.

Pero desde �00� este escenario viene cambiando. Con la

Instrucción Normativa 56, el Ministerio de Agricultura, Pecuaria y

Abastecimiento (MAPA) permite que los productores de cachaça

se agrupen en asociaciones o cooperativas, ganando fuerza y le-

galidad. Hoy, ocho cooperativas, sumando 700 asociados, están

unidas a la Cooperativa Central de los Productores de Cachaça de

Alambique de Minas Gerais (Coocen-MG) y ya existen otras for-

malizadas por el país. Con la organización del sector, es posible

promover entrenamientos y cursos que perfeccionan técnicas y

tecnologías de producción.

A partir de este fortalecimiento, las cooperativas de produc-

tores de cachaça conquistaron también representación en la Cámara

Sectorial de la Cadena Productiva de la Cachaça, del MAPA. Esta

instancia congrega entidades, gobierno y empresas de producción,

comercialización y distribución en la discusión de políticas que im-

pulsen el sector. Esta es, también, la primera Cámara Sectorial que

tiene la participación del DENACOOP que presta apoyo institucional

a estas cooperativas.

El cooperativismo es una solución para que los pequeños

productores puedan ganar en calidad y volumen para exportación.

Page 51: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

5�

EN DEFENSA DE LOS PEQUEÑOSCon sed de crecer, las cooperativas de cachaça de alambique

luchan para disminuir la carga tributaria del sector. Los productores

llevarán a la Cámara Sectorial de la Cadena Productiva de la Ca-

chaça la demanda de poder optar por el Sistema Integrado de Pago

de Impuestos y Contribuciones de las Microempresas y Empresas de

Pequeño Tamaño (Simple). El pedido fue incluido en el informe de

la Ley General de las Micro y Pequeñas Empresas, del diputado Luiz

Carlos Hauly, a ser votado en el Congreso. La medida es una forma

de rescatar la formalidad de los productores.

Sin esta posibilidad, el Impuesto sobre Productos Industrializa-

dos (IPI) llega a representar cerca del 60% en la composición de precio

del producto, afirma. Para el encuadre en el Simples, las cooperativas

solicitan también que la palabra artesanal sea usada en los rótulos de la

bebida, identificándola como “cachaça artesanal de alambique”.

Como resultado concreto de la participación del DENACOOP

en la Cámara Sectorial, los pequeños productores conmemoraron la

representatividad conquistada en el recién creado Instituto Brasileño

de la Cachaça. La entidad, constituida al inicio del �006, tendrá en su

consejo administrativo productores artesanales, productores de ca-

chaça de columna (industrializada) y representantes de instituciones

del sector agrícola.

Page 52: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

5�

Merece créditoM e r e c e c r é d i t o

Com uma administração complexa, as cooperativas de crédito

requerem mais do que seguir a doutrina de Rochdale para serem sau-

dáveis. A experiência de Rochdale costuma ser citada como exemplo

de gestão bem-sucedida. São necessários conhecimentos em áreas tão

árduas quanto contabilidade, finanças e auditoria. Isso nem sempre é

fácil para a maioria dos dirigentes, que não têm na gestão de uma em-

presa financeira sua atividade principal. Os líderes do segmento são

produtores rurais e empregados de empresas públicas ou privadas,

normalmente com pouco conhecimento do sistema financeiro.

Tendo por meta fomentar ações de capacitação do ramo, o

DENACOOP implantou em �004 o Programa de Apoio ao Fortaleci-

mento, Desenvolvimento e Expansão do Cooperativismo de Crédito

Brasileiro (Procrédito). A proposta foi de estimular a preparação

de projetos de capacitação nas cooperativas, na busca do apoio

financeiro do DENACOOP. Até �006, ações dos sistemas Sicredi,

Cresol, Confebras e organizações estaduais das cooperativas rece-

beram R$ �,3 milhões pelo Procrédito. O trabalho buscou fortale-

cer o cooperativismo, expandir a base de associados e aumentar o

número de cooperativas em estados onde o cooperativismo vem se

consolidando.

O apoio do DENACOOP foi fundamental para a melhoria

da qualidade da gestão das cooperativas de crédito de todo o País,

visto que essa atividade é muito exigente em excelência operacional

e de gestão. Por meio desta ação, busca-se o fortalecimento do

cooperativismo de crédito no País, a expansão das áreas de atuação,

a excelência operacional e de gestão, a difusão da filosofia coopera-

tivista e das instituições de crédito, no que tange ao seu funciona-

mento, e dos produtos e dos serviços ofertados pelo sistema.

Depois de ter superado obstáculos nas últimas

décadas, cooperativismo de crédito mantém o

crescimento e almeja qualificação cada vez maior

Page 53: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

53

NA HORA CERTA No Sistema de Crédito Cooperativo

(Sicredi), os recursos chegaram em boa hora. Apesar de ser o segundo

maior sistema de crédito cooperativo do País, a instituição não pára de

pensar em novas formas de se fortalecer, com um programa permanen-

te de capacitação interna.

O Sicredi assinou dois convênios com o MAPA através desse

programa, um para treinamento nas diversas áreas de negócio e outro

para capacitação em gestão de projetos. Os dois somaram apoio de

R$ 900 mil do governo federal, gesto que vem sendo retribuído com a

aplicação imediata dos conhecimentos adquiridos. Desde �005, quan-

do as ações tiveram início, mais de 5.000 colaboradores participaram

de atividades custeadas pelo convênio, número que representa 70% do

corpo funcional de todo o Sistema.

A qualificação garante menos riscos e melhor atendimento

para os associados. Os novos projetos propostos aos colaborado-

res explicam parte dos resultados positivos. De �004 para �006, o

Sistema aumentou mais ��% o número de associados, chegando a

cerca de � milhão; o patrimônio líquido cresceu �3%, totalizando

quase R$ � bilhão; e os empréstimos aumentaram ��%, batendo a

casa dos R$ 3,� bilhões.

With complex administration, credit cooperatives need to do more

than follow the Rochdale doctrine to be healthy. Rochdale’s experience is

normally cited as an example of successful management. Knowledge is

required in difficult areas such as accounting, finance and auditing. This

is not always easy for many administrators, for whom management of a

financial company is not their main activity. The leaders in the field are

rural producers and employees from public or private companies, who

often have little understanding of the financial system.

Seeking to foment training activities in the area, DENACOOP set

up the Support Program for Strengthening, Development and Expansion

of Brazilian Credit Cooperatives (Procrédito) in �004. The idea is to stimu-

late preparation of training projects in the cooperatives, which can apply

for financial support from DENACOOP. By �006, activities in the Sicredi,

Cresol, Confebras systems and state cooperative organizations had re-

ceived R$ �.3 million from Procrédito. The work seeks to strengthen the

cooperative movement, expand the associate base and increase the num-

ber of cooperatives in states where the movement is being consolidated.

The support lent by DENACOOP was of fundamental impor-

tance for improving the quality of the credit cooperatives throughout

the Country, seeing that this activity is very demanding in manage-

ment and operational excellence terms. Through this initiative, what

is sought after is the strengthening of credit cooperativism in the

Country, the expansion of the operational areas, management and

operational excellence, the spreading of the philosophy of the credit

institutions, as far as their operations are concerned, and the prod-

ucts and services offered by the system.

C r e d i t w o r t h ySince overcoming the obstacles of recent decades,

credit cooperatives have maintained their growth

and are aspiring to ever-greater qualification

AT THE RIGHT TIME The resources arrived at the

right time for the Cooperative Credit System (Sicredi). Despite be-

ing the second largest cooperative credit system in the country, the

institution never ceases thinking about new ways of strengthening

itself, whit a continuous training program.

Sicredi has signed two agreements with MAPA through this

program: one for training in the various business areas, and the oth-

er for project management training. The two received R$ 900,000 in

support from the Federal Government, which has been returned by

immediate application of the knowledge acquired. When the actions

started in �005, 5,�00 members took part in the activities funded by

the agreement, representing 70% of the staff of the whole system.

Qualification guarantees fewer risks and better service for

associates. The new projects proposed for staff account for part of

the positive results.. From �004 to �006, the System increased its

associates by ��%, to almost � million; liquid assets grew by �3%

to almost R$ � billion; and loans increased by ��%, reaching a

threshold of R$ 3.� billion.

Page 54: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

54

Con una administración compleja, las cooperativas de crédito

requieren más que seguir la doctrina de Rochdale para ser saludables.

La experiencia de Rochdale suele ser citada como ejemplo de gestión

exitosa. Son necesarios conocimientos en áreas tan arduas como

contabilidad, finanzas y auditoría. Esto no siempre es fácil para la ma-

yoría de los dirigentes, que no tienen en la gestión de una empresa fi-

nanciera su actividad principal. Los líderes del ramo son productores

rurales y empleados de empresas públicas o privadas, normalmente

con poco conocimiento del sistema financiero.

Teniendo por meta fomentar acciones de capacitación del

ramo, el DENACOOP implantó en �004 el Programa de Apoyo al For-

talecimiento, Desarrollo y Expansión del Cooperativismo de Crédito

Brasileño (Procrédito). La propuesta es estimular la preparación de

proyectos de capacitación en las cooperativas, que pueden buscar el

apoyo financiero del DENACOOP. Hasta �006, acciones de los sis-

temas Sicredi, Cresol, Confebras y organizaciones estatales de las

cooperativas recibieron R$ �,3 millones por el Procrédito. El trabajo

buscó fortalecer el cooperativismo, expandir la base de asociados y

aumentar el número de cooperativas en estados donde el cooperati-

vismo se viene consolidando.

El apoyo del DENACOOP fue fundamental para la mejora

de la calidad de la gestión de las cooperativas de crédito de todo

el País, en vista que esta actividad es muy exigente en excelencia

operacional y de gestión. Por medio de esta acción, se busca el for-

talecimiento del cooperativismo de crédito en el país, la expansión

de las áreas de actuación, la excelencia operacional y de gestión,

la difusión de la filosofía cooperativista y de las instituciones de

crédito, en lo que se refiere a su funcionamiento, y de los productos

y de los servicios ofertados por el sistema.

M e r e c e c r é d i t o

Después de haber superado obstáculos en las últimas décadas, el cooperativismo de crédito mantiene el crecimiento y anhela

calificación cada vez mayor

EN LA HORA EXACTA En el Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi),

los recursos llegaron en buena hora. A pesar de ser el segundo mayor sistema de crédito

cooperativo del país, la institución no para de pensar en nuevas formas de fortalecerse, con

un programa permanente de capacitación interna.

El Sicredi firmó dos convenios con el MAPA a través de ese programa, uno para

entrenamiento en las diversas áreas de negocio y otro para capacitación en gestión de

proyectos. Los dos sumaron el apoyo de R$ 900.000 del gobierno federal, gesto que

viene siendo retribuido con la aplicación inmediata de los conocimientos adquiridos.

En �005, cuando las acciones tuvieron inicio, más de 5.000 colaboradores participaron

de actividades costeadas por el convenio, número que representa el 70% del cuerpo

funcional de todo el Sistema.

La calificación garantiza menos riesgos y mejor atención para los asociados. Los

nuevos proyectos propuestos a los colaboradores explican parte de los resultados posi-

tivos. De �004 a �006, el Sistema aumentó en un ��% el número de asociados, llegando

a cerca de � millón; el patrimonio neto creció un �3%, totalizando casi R$ � mil millones;

y los préstamos aumentaron un ��%, llegando a los R$ 3,� mil millones.

Page 55: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

55

Vantagem que não acaba Os números do cooperativismo de crédito no Brasil

são animadores. O total de associados vem crescendo em

média 30% a cada ano e a modalidade aumentou sua par-

ticipação de �,8% para �,�% no total de ativos do sistema

financeiro nacional, entre �00� e �005. Mas ainda há um bom

caminho a percorrer até o cenário ideal. Enquanto na Europa

40% da população economicamente ativa (PEA) opera com

cooperativas de crédito, no Brasil o índice é de apenas �,6%

– ou seja, �,4 milhões de cooperados.

Esse segmento do cooperativismo tem o objetivo de

promover a poupança e oferecer aos associados a possibili-

dade de acessar o sistema financeiro com melhores condições

em relação às instituições bancárias tradicionais. Os juros co-

brados pelas cooperativas são, em média, a metade dos prati-

cados nas outras instituições, comprova um levantamento rea-

lizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O segmento desempenha ainda o papel de disseminar o

crédito para atividades produtivas de menor porte, nas quais as

garantias são mais escassas. Dessa forma, pode ajudar a incluir

no sistema financeiro 60 milhões de brasileiros que ainda não têm

conta-corrente, a maioria delas nas regiões Norte e Nordeste.

Atualmente, existem no País �.300 cooperativas de

crédito, organizadas em três confederações e duas centrais

regionais, que são os sistemas de Cooperativas de Crédi-

to do Brasil (Sicoob) e de Crédito Cooperativo (Sicredi), a

Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unicreds

(Unicred do Brasil), o Sistema Cooperativo de Crédito Rural

com Integração Solidária (Cresol) e o Sistema Nacional de

Cooperativas de Economia e Crédito Solidário (Ecosol). Os

dois primeiros criaram seus próprios bancos, o Bancoob e

o Bansicredi.

Page 56: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

56

MAPA DO CRÉDITOOs servidores do Executivo federal têm sua própria cooperativa

de crédito. Como incentivador do cooperativismo, o Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi o berço da iniciativa. Em

�98� nasceu a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo do Pessoal

do Ministério da Agricultura (Coominagri). O objetivo era possibilitar

empréstimos, mas ao mesmo tempo dividir resultados, e promover a

educação cooperativista e financeira entre os servidores do MAPA. A

instituição começou com �4 cooperados e evoluiu ano após ano.

Em �003, quando contava com 3.300 associados, a coopera-

tiva decidiu abrir o leque do seu público para todos os servidores do

Executivo federal, tornando-se a Cooperativa de Economia e Crédito

Mútuo dos Servidores do Poder Executivo Federal em Brasília (Sicoob

Coominagri Executivo).

Com a preocupação de ser uma instituição confiável e moder-

na, a Coominagri entrou na era do auto-atendimento e passou a ofere-

cer um home banking, prestando serviços pela internet. Para o futuro,

o Sicoob Coominagri Executivo, que integra a Rede Bancoob (Banco

Cooperativo do Brasil), planeja transformar-se na principal instituição

financeira para o servidor público do Poder Executivo.

FORTALEZA COOPERATIVATrabalhando no sistema financeiro, os funcionários de

instituições bancárias aprendem a cuidar das suas economias.

Foi com conhecimento de causa que servidores do Banco do Bra-

sil criaram sua própria cooperativa de crédito, em �984. Naquela

época, nem os 33 fundadores imaginavam que a Cooperativa de

Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários de Instituições Fi-

nanceiras Públicas Federais (Cooperforte) se expandiria por ou-

tras instituições e se tornaria a maior cooperativa de crédito do

Brasil. Hoje, a Cooperforte tem 76 mil associados e ativos que

somam R$ 387 mil.

O segredo do sucesso está no tripé simplicidade, facilida-

de e agilidade. O sistema deve estar permanentemente procuran-

do ampliar os benefícios aos associados. A preocupação com o

cliente é demonstrada nos diversos canais de relacionamento da

cooperativa. Entre eles estão telemarketing pós-venda, call center

receptivo, auto-atendimento eletrônico e internet. O resultado é

um índice de 99% de satisfação dos cooperados.

BOLSO SEGUROO crédito é o único ramo do cooperativismo que precisa

de regulamentação e de fiscalização do governo federal, por meio

do Banco Central (BC). Se por um lado a aplicação de regras tão

rígidas inibe a criação de novos empreendimentos, por outro agrega

muita segurança aos cooperados.

A intensificação do controle do BC foi uma espécie de rea-

ção à falência do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC).

Criado em �965 para dar suporte e apoio ao cooperativismo bra-

sileiro, o BNCC entrou em estado de insolvência, fechando as

portas em �990.

Em �99�, foi vedada pela resolução �9�4 a criação de

novas cooperativas de livre admissão. Nesse momento, inicia-se

o processo de reorganização das cooperativas. Ou seja, aquelas

que eram abertas a diferentes públicos (não atendendo apenas ao

segmento rural ou ao de uma determinada categoria profissional,

por exemplo). Essas instituições eram chamadas Luzzati, em refe-

rência ao italiano Luigi Luzzatti, que criou o modelo, em �864.

Mas a pressão do sistema fez com que em �003 o mode-

lo de livre admissão fosse novamente liberado (pela resolução nº

3.�06). Dessa vez, o BC impôs regras para disciplinar o setor. É

preciso, entre outros aspectos, apresentar um projeto de viabilidade

e comprovar a capacidade atual de atendimento para pedir a aber-

tura de uma cooperativa de crédito.

Page 57: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

57

Endless benefits The figures for cooperative credit in Brazil are impressive. The

total of number of associates has been growing by an average of 30%

each year and the sector expanded its holdings in the national financial

system from �.8% to �.�% between �00� and �005. But there is still

some way to go to reach the ideal scenario. While 40% of the economi-

cally active population (EAP) in Europe works with credit cooperatives,

the figure in Brazil is only �.6%: �.4 million members.

This branch of the cooperative movement seeks to promote

savings and offer members the possibility of access to the financial

system with better conditions than the usual banking institutions.

A survey carried out by the Organization of Brazilian Cooperatives

(OCB) proves that interest rates charged by cooperatives are on av-

erage half those of other institutions.

The sector also plays a role in providing credit for smaller-

scale activities in which guarantees are scarcer. In this way it can

help to include in the financial system 60 million Brazilians who

still have no bank account, most of whom are from the North and

Northeastern regions.

The country currently has �,300 credit cooperatives organized

into three confederations and two regional centers: the Credit Coopera-

tives of Brazil (Sicoob) and the Credit Cooperative (Sicredi), the Na-

tional Confederation of Unicred Centers (Unicred do Brasil), the Rural

Cooperative Credit System with Solidary Integration (Cresol) and the

National System of Savings and Solidary Credit Cooperatives (Ecosol).

The two first created their own banks, Bancoob and Bansicredi.

A SAFE POCKETCredit is the only field of the cooperative movement requiring regulation and inspection by the federal government, through

the Central Bank (BC). The rules are strict, which on one hand prevents the creation of new enterprises and, on the other provides

security for members’ funds.

Intensification of BC control was, in a way, a reaction to the collapse of the National Cooperative Credit Bank (BNCC). Created

in �965 to support the Brazilian cooperative movement, the BNCC became insolvent and closed down in �990.

Resolution �9�4 of �99� prohibited the creation of new free admission cooperatives, which are those open to different publics

(not serving just the rural sector or a certain professional category, for example). These institutions were called Luzzatti, after the Italian,

Luigi Luzzatti, who created the model in �864.

But pressure from the system liberated the free admission model in �003 (with resolution 3.�06). This time the BC imposed

rules for controlling the sector. Among other requirements it is necessary to present a viability study and prove the current service

capacity when asking to open a credit cooperative.

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

58

Ventaja que no acaba Los números del cooperativismo de crédito en Brasil son

animadores. El total de asociados va creciendo en un promedio del

30% cada año y el ramo aumentó su participación del �,8% al �,�%

en el total de activos del sistema financiero nacional, entre �00� y

�005. Pero aún hay un buen camino para recorrer hasta el escenario

ideal. Mientras que en Europa el 40% de la población económica-

mente activa (PEA) opera con cooperativas de crédito, en Brasil el

índice es de sólo el �,6% – o sea, �,4 millones de cooperados.

Este sector del cooperativismo tiene el objetivo de promover

el ahorro y ofrecer a los asociados la posibilidad de acceder al sistema

financiero con mejores condiciones con relación a las instituciones

bancarias tradicionales. Los intereses cobrados por las cooperativas

son, en media, la mitad de los practicados en las otras instituciones,

comprueba un levantamiento realizado por la Organización de Coo-

perativas Brasileñas (OCB).

El sector desempeña también el papel de diseminar el cré-

dito para actividades productivas de menor tamaño, en las cuales las

garantías son más escasas. De esta forma, puede ayudar a incluir

en el sistema financiero a 60 millones de brasileños que todavía no

tienen cuenta corriente, la mayoría en las regiones Norte y Nordeste.

Actualmente, existen en el país �.300 cooperativas de cré-

dito, organizadas en tres confederaciones y dos centrales regionales,

que son los sistemas de Cooperativas de Crédito de Brasil (Sicoob)

y de Crédito Cooperativo (Sicredi), la Confederación Nacional de

las Cooperativas Centrales Unicreds (Unicred do Brasil), el Sistema

Cooperativo de Crédito Rural con Integración Solidaria (Cresol) y el

Sistema Nacional de Cooperativas de Economía y Crédito Solidario

(Ecosol). Los dos primeros crearon sus propios bancos, el Bancoob

y el Bansicredi.

COOPERATIVE STRENGTHWorking in the financial system, banking

institution staff learn how to look after their sav-

ings. This knowledge led Banco do Brasil staff

to create their own credit cooperative in �984.

At that time, none of the 33 employees imagined

that the Federal Public Financial Institutions Staff

Mutual Credit and Savings Cooperative (Coo-

perforte) would expand to other institutions and

become the biggest credit cooperative in Brazil.

Cooperforte today has 76,000 associates and

holdings of R$387,000.

The secret of success lies in the trio of

simplicity, facility and agility. The system should

constantly seek to increase benefits to associates.

Concern for the client is demonstrated in the co-

operative’s various channels of communication.

These include after-sales telemarketing, incoming

call-center, and electronic and internet self-ser-

vice. The result is 99% member satisfaction.

CREDIT MAP

Federal Executive staff have their own credit cooperative. The initiative was

fostered by the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) to

encourage the cooperative movement. The Ministry of Agriculture Staff Mutual

Credit and Savings Cooperative (Coominagri) was founded in �98�. The aim was

to enable loans, but also to share results and promote the cooperative and financial

education of MAPA staff. The institution started with �4 members and has evolved

year by year.

In �003, when it had 3,300 associates, the cooperative decided to open the

range of its public to all federal Executive staff, becoming the Brasilia Federal Execu-

tive Staff Mutual Credit and Savings Cooperative (Sicoob Coominagri Executivo).

Concerned about being a reliable and up to date institution, Coominagri

has therefore come into the era of self-service and started to offer home banking,

providing services over the Internet. Sicoob Coominagri Executivo, which is part of

the Bancoob (Brazil Cooperative Bank) Network, plans to transform itself into the

main financial institution for the Federal Executive civil service.

Page 59: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

59

MAPA DEL CRÉDITOLos servidores del Ejecutivo Federal tienen su propia cooperativa

de crédito. Como incentivo del cooperativismo, el Ministerio de la Agri-

cultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) fue el origen de la iniciativa.

En �98� nació la Cooperativa de Economía y Crédito Mutuo del Personal

del Ministerio de la Agricultura (Coominagri). El objetivo era posibili-

tar préstamos, pero al mismo tiempo dividir resultados, y promover la

educación cooperativista y financiera entre los servidores del MAPA. La

institución comenzó con �4 cooperados y evolucionó año tras año.

En �003, cuando contaba con 3.300 asociados, la cooperativa

decidió abrir el abanico de su público para todos los servidores del

Ejecutivo Federal, volviéndose la Cooperativa de Economía y Crédito

Mutuo de los Servidores del Poder Ejecutivo Federal en Brasilia (Sicoob

Coominagri Executivo).

Con la preocupación es ser una institución confiable y moderna,

la Coominagri entró en la era de autoatención y pasó a ofrecer un home

banking, prestando servicios por Internet. Para el futuro, el Sicoob Co-

ominagri Executivo, que integra la Red Bancoob (Banco Cooperativo de

Brasil), planea transformarse en la principal institución financiera para el

servidor público del Poder Ejecutivo.

BOLSILLO SEGUROEl crédito es el único ramo del cooperativismo que necesita

de reglamentación y de fiscalización del gobierno federal, por medio

del Banco Central (BC). Si por un lado la aplicación de reglas tan

rígidas inhibe la creación de nuevos negocios, por otro añade mucha

seguridad a los cooperados.

La intensificación del control del BC fue una especie de reacción

a la quiebra del Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC). Creado

en �965 para dar soporte y apoyo al cooperativismo brasileño, el BNCC

entró en estado de insolvencia, cerrando sus puertas en �990.

En �99�, la resolución �9�4 prohibió la creación de nuevas

cooperativas de libre admisión, o sea, aquellas que estaban abiertas

a diferentes públicos (no atendiendo solamente al sector rural o al de

una determinada categoría profesional, por ejemplo). Estas institucio-

nes eran llamadas Luzzati, en referencia al italiano Luigi Luzzatti, que

creó el modelo, en �864.

Pero la presión del sistema hizo que en �003 el modelo de li-

bre admisión fuera nuevamente liberado (por la resolución nº 3.�06).

En aquella oportunidad, el BC impuso reglas para disciplinar el sector.

Es preciso, entre otros aspectos, presentar un proyecto de viabilidad y

comprobar la capacidad actual de atención para pedir la abertura de una

cooperativa de crédito.

FORTALEZA COOPERATIVATrabajando en el sistema financiero, los funcio-

narios de instituciones bancarias aprenden a cuidar de su

economía. Fue con conocimiento de causa que servido-

res del Banco do Brasil crearon su propia cooperativa de

crédito, en �984. En aquella época, ni los 33 fundadores

imaginaban que la Cooperativa de Economía y Crédito

Mutuo de los Funcionarios de Instituciones Financieras

Públicas Federales (Cooperforte) se expandiría por otras

instituciones y se volvería la cooperativa de crédito más

grande de Brasil. Hoy, la Cooperforte tiene 76.000 aso-

ciados y activos que suman R$ 387 millones.

El secreto del éxito está en el trípode: simplici-

dad, facilidad y agilidad. El sistema debe estar perma-

nentemente buscando ampliar los beneficios a los aso-

ciados. La preocupación con el cliente se demuestra en

los diversos canales de relación de la cooperativa. Entre

ellos están telemarketing posventa, call center receptivo,

autoatención electrónica e Internet. El resultado es un

índice del 99% de satisfacción de los cooperados.

Page 60: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

60

Somar para crescer Não é por acaso que as cooperativas

agropecuárias são as estrelas do cooperativis-

mo brasileiro, respondendo por aproximada-

mente 40% de toda a produção nacional. Desde

as primeiras iniciativas de fomento estatal ao

setor, o MAPA está à frente das ações. A pasta

tem um órgão encarregado exclusivamente de

estimular o sistema: o DENACOOP, vinculado à

Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e

Cooperativismo (SDC). O MAPA defende que o

agronegócio é a soma das cadeias produtivas e

tem como coluna dorsal a atividade de produção

agrícola. O órgão estimula a integração entre os

elos das cadeias, e o cooperativismo pode ser

um elemento de diferenciação.

O DENACOOP incentiva a intercoope-

ração e apóia iniciativas de capacitação visando

agregar valor aos produtos primários, com a

industrialização ou com a exportação. Os pro-

gramas promovidos pelo DENACOOP baseiam-

se no desenvolvimento humano e na geração

de trabalho e de renda, independentemente do

ramo cooperativo ou associativo. Isso porque

todo o sistema é considerado uma ferramenta

de inclusão social, de legalização e de profissio-

nalização do trabalho.

Entre as metas do DENACOOP está

uma atuação cada vez mais pró-ativa, identi-

ficando as áreas prioritárias para a qualifica-

ção do sistema e promovendo programas de

modo a contemplá-las. Esse rumo vem sendo

dado nos últimos anos pelos dirigentes das

áreas vinculadas ao cooperativismo. Para tan-

to, para a ocupação dos cargos, o MAPA tem

atraído profissionais com experiência e lide-

rança no movimento cooperativista.

Adding for growth Accounting for approximately 40% of all national production, agricultural

cooperatives have not become the stars of the Brazilian cooperative movement by

chance. The MAPA heads the activity, from the first initiatives for state fomentation

of the sector. Its portfolio includes a body exclusively responsible for stimulating

the system: the DENACOOP, linked to the Secretariat for Agricultural and Coopera-

tive Development (SDC). Mapa believes that agribusiness is the sum of the chains

of production whose backbone is agricultural production. The organ encourages

integration between the links of the chains, and the cooperative system can be an

element for differentiation.

DENACOOP encourages inter-cooperation and supports training initiatives

to add value to primary products with processing or exports. The programs or-

ganized by DENACOOP are based on human development and job and income

generation independent of the cooperative or associative areas. This is because

the whole system is considered to be a tool for social inclusion and legalizing and

professionalizing work.

One of the DENACOOP targets is to work increasingly proactively, identify-

ing priority areas for qualifying the system and promoting programs to work with

them. This direction has been taken in recent years by the directors of the bodies

related to cooperatives. To this end, to take up the positions, MAPA has attracted

professionals with experience and leadership in the cooperative movement.

Page 61: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

6�

Sumar para crecer No es por casualidad que las cooperativas agropecuarias

son las estrellas del cooperativismo brasileño, respondiendo por

aproximadamente el 40% de toda la producción nacional. Desde

las primeras iniciativas de fomento estatal al sector, el Ministerio

de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) está al frente de

las acciones. La carpeta tiene un órgano encargado exclusivamente

de estimular el sistema: el Departamento de Cooperativismo y Aso-

ciativismo (DENACOOP), vinculado a la Secretaria de Desarrollo

Agropecuario y Cooperativismo (SDC). El MAPA defiende que el

agronegocio es la suma de las cadenas productivas y tiene como

columna dorsal la actividad de producción agrícola. El órgano in-

centiva la integración entre los eslabones de las cadenas, y el coo-

perativismo puede ser un elemento de diferenciación.

El DENACOOP estimula la intercooperación y apoya inicia-

tivas de capacitación buscando agregar valor a los productos prima-

rios, con la industrialización o con la exportación. Los programas

promovidos por el MAPA se basan en el desarrollo humano y en

la generación de trabajo y de renta, independientemente del ramo

cooperativo o asociativo. Esto porque todo se considera a todo el

sistema una herramienta de inclusión social, de legalización y de

profesionalización del trabajo.

Entre las metas del DENACOOP está una actuación cada vez

más proactiva, identificando las áreas prioritarias para la calificación

del sistema y promoviendo programas de modo a contemplarlas. Este

rumbo lo vienen dando en los últimos años los dirigentes de las

áreas vinculadas al cooperativismo. Para tanto, para la ocupación de

los cargos, el MAPA ha atraído a profesionales con experiencia y

liderazgo en el movimiento cooperativista.

Page 62: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

6�

A casa própria ainda é um sonho para quase 7 milhões

de famílias brasileiras. O número poderia ser ainda maior se não

fosse a atuação das cooperativas habitacionais. Com o objetivo de

construir moradias a preço mais acessível, manter e administrar

conjuntos habitacionais, esse segmento do cooperativismo tem um

importante papel social.

Cerca de 9�.300 associados ligados a 355 cooperativas de

habitação fazem parte do cadastro da Organização das Cooperativas

Brasileiras (OCB), conforme dados de dezembro de �005. Até a

década de �980, o segmento recebia fomento e era fiscalizado pelos

extintos Banco Nacional de Habitação (BNH) e Instituto Nacional de

Orientação às Cooperativas (Inocoop).

O apoio terminou com o fim da intervenção estatal no coo-

perativismo. Assim, o segmento estacionou por um tempo, mas se

rearticulou e partiu para o autofinanciamento.

Graças à ação do DENACOOP, muitos novos empreendi-

mentos puderam ser concretizados. O DENACOOP foi apoiador

efetivo do 6º Congresso Brasileiro das Cooperativas Habitacionais,

em �005, numa iniciativa da Confederação Brasileira das Coopera-

tivas Habitacionais (Confhab), do Sindicato e da Organização das

Cooperativas do Rio Grande do Norte (OCB/RN) e da Federação

das Cooperativas Habitacionais do Rio Grande do Norte. No evento,

durante quatro dias, foram discutidas inúmeras medidas que deve-

rão melhorar as perspectivas do cooperativismo de crédito no País.

Uma das metas é a criação do Banco Social do Brasil, que seria

formado por entidades sem fins lucrativos.

Doce larD o c e l a r

Formação de cooperativas habitacionais para facilitar

a construção de moradias agrega uma importante

face social a esse tipo de iniciativa

Page 63: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

63

UMA CIDADE COOPERATIVAO Brasil tem o maior complexo de construções por coope-

rativas habitacionais do mundo, o Projeto Águas Claras, no Distrito

Federal (DF). No início dos anos de �990, o governo do DF usou o

cooperativismo como um aliado dentro da meta de suprir a demanda

por moradias para a classe média e, ao mesmo tempo, ocupar uma área

desabitada que estava na rota do então projeto do metrô de Brasília. A

comunidade da região foi estimulada a se organizar em cooperativas,

recebendo facilidades para o pagamento dos terrenos.

O incentivo deu resultado. Em �99�, 8� cooperativas, formadas

principalmente por funcionários de órgãos públicos federais, tiveram

acesso aos lotes, a �5 quilômetros do plano-piloto. A área total de �60

mil hectares recebeu planejamento urbanístico prevendo a infra-estru-

tura necessária para uma cidade de �60 mil habitantes, hoje em boa

parte concretizada.

A Cooperativa Habitacional dos Empregados da Embrapa (Co-

operbrapa) foi uma das que nasceu junto com o Águas Claras. Até

o momento, a Cooperbrapa já entregou oito empreendimentos, mas

planeja finalizar �0, beneficiando �.800 famílias.

O Águas Claras não pára de crescer e hoje as incorporado-

ras privadas já entraram no projeto. A agora cidade-satélite, cortada

pela linha do metrô de Brasília, abriga cerca de �5 mil famílias

em �40 prédios e tem mais ��0 edifícios em planejamento ou em

construção. O total de investimentos nas obras já concluídas e em

andamento é calculado em R$ � bilhões e o número de postos de

trabalho gerados situa-se em �5 mil.

Having one’s own home is still a dream for more than 7 million

Brazilian families. This figure could be even higher without the activities

of housing cooperatives. With the aim of building homes at more acces-

sible prices, and maintaining and running housing complexes, this field

of the cooperative movement has an important social role.

Around 9�,300 associates connected to 355 housing coop-

eratives are registered with the Organization of Brazilian Cooperatives

(OCB), according to data from December �005. Until the �980s the field

was fomented and inspected by the now extinct National Housing Bank

(BNH) and the National Institute for Cooperative Guidance (Inocoop).

This finished with the end of state intervention in the co-

operative movement. The sector thus stood still for a while, but was

re-started and moved towards self-financing.

Thanks to DENACOOP’s initiative, many new enterprises ma-

terialized. DENACOOP effectively supported the 6th Brazilian Housing

Coopeartives Congress, in �005, an initiative of the Brazilian Con-

federation of Housing Cooperatives (Confhab), Rio grande do Norte

Cooperatives Organization Union (OCB/RN) and the Rio Grande do

Norte Federation of Coopeartives. At the event, for four days, several

debates were held and they will certainly improve the perspectives of

credit cooperativism in the Country. One of the targets is the creation

of the Brazilian Social Bank, to be formed by non-profitable entities.

H o m e s w e e t h o m eHousing cooperatives for facilitating

home building bring an important social

face to this kind of initiative

Page 64: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

64

A COOPERATIVE CITYBrazil has the biggest housing cooperative building complex in

the world: the Águas Claras Project in the Federal District (DF). In the

early nineties the DF government allied itself with the cooperative move-

ment in its target of supplying the demand for middle class housing

and at the same time occupying an uninhabited area on the route for the

planned Brasília Metro. The community of the region was encouraged to

form cooperatives, being given assistance for land purchase.

The incentive brought results. In �99�, 8� cooperatives,

formed mainly from staff of public federal bodies, gained access to

plots �5 kilometers from the pilot-plan. The �60,000-hectare site

was given town planned with the necessary infrastructure for a city of

�60,000 people, of which a large part has now been realized.

The Embrapa Employees’ Housing Cooperative (Cooperbra-

pa) was one of those born with Águas Claras. Cooperbrapa has cur-

rently delivered eight complexes, but plans to complete �0, benefiting

�,800 families.

This is why Águas Claras does not stop growing and private

incorporators have now entered the project. Now a satellite city divided

by the Brasília Metro line, it houses about �5,000 families in �40 build-

ings and has ��0 more buildings under construction or at the planning

stage. The total investment in the work completed and in progress is

calculated to be R$ � billion, with the creation of about �5,000 jobs.

La casa propia todavía es un sueño para casi 7 millones de

familias brasileñas. El número podría ser todavía mayor si no fuera

la actuación de las cooperativas habitacionales. Con el objetivo de

construir viviendas a precio más accesible, mantener y administrar

conjuntos habitacionales, este ramo del cooperativismo tiene un

importante papel social.

Cerca de 9�.300 asociados unidos a 355 cooperativas de

habitación son parte del registro de la Organización de las Coope-

rativas Brasileñas (OCB), de acuerdo a datos de diciembre de �005.

Hasta la década de �980, el ramo recibía fomento y era fiscalizado

por los extintos Banco Nacional de Habitación (BNH) e Instituto

Nacional de Orientación a las Cooperativas (Inocoop).

El apoyo terminó con el fin de la intervención estatal al

cooperativismo. Así, el ramo se estancó por un tiempo, pero se

rearticuló y partió para la autofinanciación.

Gracias a la acción del DENACOOP, muchos nuevos nego-

cios pudieron ser concretados. El DENACOOP fue apoyador efec-

tivo del 6º Congreso Brasileño de las Cooperativas Habitacionales

(Confhab), del Sindicato y de la Organización de las Cooperativas

de Rio Grande do Norte. En el evento, durante cuatro días, se discu-

tieron innumerables medidas que deberán mejorar las perspectivas

del cooperativismo de crédito en el país. Una de las metas es la

creacion del Banco Social do Brasil, que sería formado por entida-

des sin fines de lucro.

H o g a r d u l c e h o g a rFormación de cooperativas habitacionales para

facilitar la construcción de viviendas agrega un

importante lado social a este tipo de iniciativa

Águas Claras - DF

Page 65: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

65

UNA CIUDAD COOPERATIVABrasil tiene el mayor complejo de construcciones por coo-

perativas habitacionales del mundo, el Proyecto Aguas Claras, en el

Distrito Federal (DF). Al inicio de los años 90, el gobierno del DF

usó el cooperativismo como un aliado dentro de la meta de suplir

la demanda de viviendas para la clase media y, al mismo tiempo,

ocupar un área deshabitada que estaba en la ruta del entonces pro-

yecto del tren subterráneo de Brasilia. La comunidad de la región

fue estimulada a organizarse en cooperativas, recibiendo facilidades

para el pago de los terrenos.

El incentivo dio resultado. En �99�, 8� cooperativas, for-

madas principalmente por funcionarios de organismos públicos fe-

derales, tuvieron acceso a los lotes, a �5 kilómetros del plan piloto.

El área total de �60.000 hectáreas recibió planeamiento urbanístico

previendo la infraestructura necesaria para una ciudad de �60.000

habitantes, hoy en buena parte concretada.

La Cooperativa Habitacional de los Empleados de Embrapa

(Cooperbrapa) fue una de las que nació junto con Aguas Claras.

Hasta el momento, Cooperbrapa ya entregó ocho emprendimientos,

pero planea finalizar �0, beneficiando a �.800 familias.

Por esto, Aguas Claras no para de crecer y hoy las incorpo-

radoras privadas ya entraron al proyecto. La ahora ciudad satélite,

cortada por la línea del subterráneo de Brasilia, abriga cerca de

�5.000 familias en �40 edificios y tiene otros ��0 edificios en pla-

neamiento o en construcción. El total de inversiones en las obras ya

concluidas y en construcción se calcula en R$ � mil millones y el

número de puestos de trabajo generados se sitúa en �5.000.

Page 66: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

66

Quem vive o cooperativismo na prática conhece bem o po-

tencial de desenvolvimento e as necessidades do setor. Por isso, o

Brasil vem pautando suas políticas públicas pelas demandas dos

cooperados. Esta história começa no primeiro sábado do mês de

julho de �003, Dia Internacional do Cooperativismo. A Organização

das Cooperativas Brasileiras (OCB) aproveitou a data para entregar

ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, uma lista de

reivindicações que visavam fomentar o segmento. Os pedidos inclu-

íam desde crédito até atualizações legais, caso da reforma na Lei do

Cooperativismo (Lei nº 5.764/7�) e da regulamentação apropriada

às cooperativas de trabalho.

Para avaliar os pleitos e formular propostas, foi criado um

Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), envolvendo �3 ministérios

mais o Banco Central e o Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (BNDES). Coordenado pela Subchefia de Análise

e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da

Presidência da República, o GTI busca estruturar um conjunto de

ações para o desenvolvimento do cooperativismo.

A arrancada para concretizar essas propostas ficou a

cargo de um segundo GTI, constituído em �004, sob a coorde-

nação do DENACOOP.

De todo esse trabalho, muitos resultados já surgiram. Entre

eles estão a abertura de financiamento para cooperativas; os proje-

tos de apoio às exportações e à capacitação para a gestão; o fomen-

to ao cooperativismo da agricultura familiar e à economia solidária;

a regulamentação em lei da participação de servidores públicos

em cargos de gerência de cooperativas; e o envio ao Congresso de

Projeto-de-Lei para regulamentar as cooperativas de trabalho.

Outros ganham evidência, como a estruturação do progra-

ma de estímulo ao cooperativismo no Norte e no Nordeste do Brasil

e a atualização da legislação do setor, em fase final de discussão no

Congresso. A expectativa é de que muitos ainda serão constituídos,

pois a união de esforços para desenvolver o cooperativismo parece

ter fertilizado o terreno.

FortalecimentoF o r t a l e c i m e n t o

Com a criação de um grupo de trabalho, ministérios e instituições

bancárias unem forças e interesses para apoiar o cooperativismo

Page 67: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

67

Those who live the cooperative ideal in practice are fully

aware of the sector’s needs and potential for growth. So Brazil has

been directing public policies according to the needs of coopera-

tives. This story began on the first Saturday of July �003, Interna-

tional Cooperative Day. The Organization of Brazilian Cooperatives

(OCB) used the date to deliver a list of claims for fomenting the

sector to the President of the Republic, Luís Inácio Lula Da Silva.

The requests include issues from credit to legal updating, such as

reforms to the Cooperative Act (Act 5.764/7�) and suitable regula-

tion of labor cooperatives.

An Inter-ministerial Working Party (GTI) involving �3 minis-

ters, the Central Bank and the National Economic and Social Develop-

ment Bank (BNDES) was created to assess the requests and formulate

proposals. Coordinated by the Cabinet Subcommittee for Govern-

mental Policy Analysis and Monitoring of the Republic Presidency

Civil House, GTI seeks to structure a group of actions for developing

the cooperative movement.

The task of materializing the proposals was passed to a

second GTI, formed in �004, coordinated by the DENACOOP.

From all this work, many results have derived. This includes

opening up financing for cooperatives; projects for supporting ex-

ports and training for management; fomenting cooperative family

farming and solidary saving; legal regulation of civil servants in

cooperative management posts; sending a Bill to Congress for regu-

lation of labor cooperatives.

Others are blossoming, such as structuring the program for

stimulating cooperatives in the North and Northeast regions of Bra-

zil, and updating sector legislation, which are in their final phase in

Congress. Many projects are still expected to sprout, since uniting

forces to develop cooperatives seems to be fertilizing the ground.

E n c o u r a g e m e n tCreation of a working party allows ministers

and banking institutions to join forces to

support the cooperative movement

Quien vive el cooperativismo en la práctica conoce bien el

potencial de desarrollo y las necesidades del sector. Por eso, Brasil

viene dando las pautas a sus políticas públicas por las demandas de

los cooperados. Esta historia empieza el primer sábado del mes de

julio de �003, Día Internacional del Cooperativismo. La Organización

de las Cooperativas Brasileñas (OCB) aprovechó la fecha para entregarle

al presidente de la República, Luís Inácio Lula da Silva, una lista de

reivindicaciones que buscaban fomentar el sector. Los pedidos incluían

desde crédito hasta actualizaciones legales, caso de la reforma en la Ley

del Cooperativismo (Ley nº 5.764/7�) y de la reglamentación apropiada

a las cooperativas de trabajo.

Para evaluar los pleitos y formular propuestas, fue creado un

Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), involucrando a �3 ministerios

más el Banco Central y el Banco Nacional de Desarrollo Económico y

Social (BNDES). Coordinado por la Subjefatura de Análisis y Acompaña-

miento de Políticas Gubernamentales de la Casa Civil de la Presidencia

de la República, el GTI busca estructurar un conjunto de acciones para el

desarrollo del cooperativismo.

El arranque para concretar estas propuestas quedó a cargo de

un segundo GTI, constituido en �004, bajo la coordinación del Depar-

tamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP).

De todo este trabajo, muchos resultados ya surgieron. Entre

ellos están la abertura de financiación para cooperativas; los proyectos

de apoyo a las exportaciones y a la capacitación para la gestión; el

fomento al cooperativismo de la agricultura familiar y a la economía

solidaria; la reglamentación en ley de la participación de servidores

públicos en cargos de gerencia de cooperativas; y el envío al Congreso

del Proyecto de Ley para reglamentar las cooperativas de trabajo.

Otros ganan destaque, como la estructuración del programa de

estímulo al cooperativismo en el Norte y en el Nordeste de Brasil y la

actualización de la legislación del sector, en fase final de discusión en el

Congreso. La expectativa es que muchos proyectos todavía serán cons-

tituidos, pues la unión de esfuerzos para desarrollar el cooperativismo

parece haber fertilizado el terreno.

F o r t a l e c i m i e n t oCon la creación de un grupo de trabajo,

ministerios e instituciones bancarias unen las manos para apoyar el cooperativismo

Page 68: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

68

Linhas de crédito com juros abaixo do mercado e menos

burocracia significam o fortalecimento das cooperativas. A conclu-

são foi do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) formado com a

missão de discutir meios de desenvolvimento para o cooperativis-

mo brasileiro. A partir da constatação, o Plano Brasil Cooperativo

incluiu o financiamento como uma ação para impulsionar o setor.

Aos poucos, as medidas são concretizadas. Em �006, o governo fe-

deral, com o apoio de agentes financeiros, aprovou três programas

de crédito, que somaram a oferta de R$ �,8 bilhão ao segmento.

O Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito

(Procapcred) visa oferecer empréstimos às cooperativas de crédito

urbanas e rurais e foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional,

com regulamentação por parte do Banco Central. O objetivo é fa-

cilitar a aquisição de cotas-partes pelos cooperados, aumentando

assim o patrimônio das cooperativas. O Banco Nacional de De-

senvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza R$ �,6

bilhão a agentes financeiros, que farão com que esses recursos

cheguem às cooperativas de todo o País. A expectativa é que o

Procapcred consiga elevar em até 50% o patrimônio de referência

das cooperativas de crédito. Dessa forma, a participação do setor

no Sistema Financeiro Nacional pode aumentar de �,�%, em �006,

para mais de 3%.

A linha de crédito Giro Cooperativo Agropecuário teve a

liberação aprovada em abril. Por essa linha, o Fundo de Amparo

ao Trabalhador (FAT) disponibiliza R$ �50 milhões, montante a ser

operacionalizado pelo Banco do Brasil. O recurso chegará em boa

hora para custear a aquisição de insumos, despesas administrati-

vas, de pessoal, beneficiamento e industrialização de produtos.

Com o Giro Agropecuário, o DENACOOP pretende benefi-

ciar 80% das �.500 cooperativas agropecuárias singulares do País.

As cooperativas singulares do ramo podem solicitar até R$ 5 mi-

lhões, e as centrais, até R$ �5 milhões. As vantagens são as taxas

menores, de até 8% ao ano, mais a Taxa de Juros de Longo Prazo

(TJLP). Faz parte da missão do DENACOOP buscar linhas de crédi-

to e discutir com os agentes financeiros e com as entidades ações

que possam angariar recursos a juros mais baixos.

Injeção de ânimoI n j e ç ã o d e â n i m o

Grupo de Trabalho Interministerial tem a meta de avaliar diferentes

maneiras para estimular o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro

Page 69: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

69

AS LINHAS DE CRÉDITOProcapcred

Destinação dos recursos: Aquisição de cotas-

partes de cooperativas de crédito e agrope-

cuárias

Quem pode solicitar: Cooperados, desde que

a cooperativa emissora das cotas-partes tenha

um projeto aprovado pelo agente financeiro

Carência para o pagamento: Um ano

Prazo de pagamento: Até cinco anos, sem

contar a carência

Taxas: TJLP + até 4% ao ano

Onde buscar os recursos: Nas agências do

BNDES e de agentes credenciados por ele.

Giro Cooperativo Agropecuário

Destinação dos recursos: Capital de giro, que

pode ser usado para aquisição de insumos,

despesas administrativas e de pessoal, bene-

ficiamento e industrialização de produtos

Quem pode solicitar: Cooperativas agropecu-

árias constituídas há pelo menos cinco anos

Carência para o pagamento: Não tem

Prazo de pagamento: Até dois anos

Taxas: TJLP + até 8% ao ano

Onde buscar os recursos: Nas agências do

Banco do Brasil

Giro Cooperativo Habitacional

Destinação dos recursos: Capital de giro, po-

dendo ser usado para necessidades na cons-

trução de unidades habitacionais

Quem pode solicitar: Cooperativas habitacio-

nais constituídas há pelo menos cinco anos

Carência para o pagamento: Um ano

Prazo de pagamento: Até quatro anos

Taxas: TJLP + até 9% ao ano

Onde buscar os recursos: Nas agências do

Banco do Brasil.

Credit lines with lower than market interest rates and less bureaucracy im-

ply a strengthening of cooperatives. This was the conclusion of the Inter-ministerial

Working Party formed to discuss forms of development for the Brazilian cooperative

movement. The findings led the Brazilian Cooperative Plan to include financing as

an action to stimulate the sector. The measures are slowly materializing. In �006, the

federal government, supported by financial agencies, approved three credit programs,

offering RS �.8 billion to the sector.

The Credit Cooperatives Capitalization Program (Propacred) aims to provide

loans to urban and rural credit cooperatives and was approved by the National Mon-

etary Council with regulation by the Central Bank. It aims to facilitate cooperative

members’ acquisition of shares, thus increasing the assets of the cooperatives. The

National Economic and Social Development Bank (BNDES) has made R$ �.6 billion

available to financial agencies for delivering these resources to cooperatives through-

out the country. It is expected that Propacred will be able to increase credit coop-

eratives’ assets by up to 50%. This could lead sector participation by the National

Financial System to increase from �.�% in �006 to more than 3%.

The Agricultural Giro Cooperative credit line was approved in April. This

will allow the cooperatives in this area to loosen belts tightened by the crisis that

hit Brazilian agriculture due to the drought and the value of the Real against the

dollar. The Worker Support Fund (FAT) is making R$ �50 million available for this

line, to be put into operation by the Banco do Brasil. The money will arrive at the

right time to pay for input material, administrative, personnel, product processing

and industrializing costs.

DENACOOP intends 80% of the country’s individual agricultural cooperatives

to benefit from the Agricultural Giro. Individual cooperatives in the area can request

up to R$ 5 million and central cooperatives up to R$ �5 million. The advantages are

reduced rates, up to 8% per year, and the Long-Term Interest Rate (TJLP). It’s part of

DENACOOP’s mission to look for lines of credit and discuss with financial agencies

and bodies that can raise funds at lower rates.

A n i n j e c t i o no f l i f e

Inter-ministerial Working Party aims to assess

different ways of stimulating the development

of Brazilian cooperatives

Page 70: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

70

THE CREDIT LINES

Procapcred

Resources destination: Purchasing shares in

credit and agriculture cooperatives

Who can apply: Cooperative members, when

the share-issuing cooperative has a project

approved by the financial agency

Free period: One year

Payment terms: Up to five years, without

counting free period

Interest rates: TJLP + up to 4% per year

Where to seek funding: BNDES agencies and

accredited agencies

Agricultural Cooperative Giro

Resources destination: Giro Capital that can

be used to purchase input material, admin-

istrative, personnel, processing and product

industrialization costs

Who can apply: Agricultural cooperatives es-

tablished for more than five years

Free period: Nil

Payment terms: Up to two years

Interest rates: TJLP + up to 8% per year

Where to seek funding: Branches of Banco

do Brazil

Hosing Cooperative Giro

Resources destination: Giro capital that can

be used for requirements in building hous-

ing units

Who can apply: Housing cooperatives estab-

lished for at least five years

Free period: One year

Payment terms: Up to four years

Interest rates: TJLP + up to 9% per year

Where to seek funding: Branches of Banco

do Brasil

I n y e c c i ó n d e á n i m o

Grupo de Trabajo Interministerial tiene la meta de evaluar

diferentes maneras para estimular el desarrollo del

cooperativismo brasileño

Líneas de crédito con intereses por debajo del mercado y menos burocracia significan

el fortalecimiento de las cooperativas. La conclusión fue del Grupo de Trabajo Interministerial

formado con la misión de discutir formas de desarrollo para el cooperativismo brasileño. A

partir de la constatación, el Plan Brasil Cooperativo incluye la financiación como una acción para

impulsar al sector. Poco a poco, las medidas son concretadas. En �006, el gobierno federal, con

el apoyo de agentes financieros, aprobó tres programas de crédito, que se sumaron a la oferta

de R$ �,8 mil millones al sector.

El Programa de Capitalización de las Cooperativas de Crédito (Procapcred) busca ofre-

cer préstamos a las cooperativas de crédito urbanas y rurales y fue aprobado por el Consejo

Monetario Nacional, con reglamentación por parte del Banco Central. El objetivo es facilitar la

adquisición de cuotas-partes por los cooperados, aumentando así el patrimonio de las coope-

rativas. El Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDES) dispone de R$ �,6 mil

millones para agentes financieros, que harán que estos recursos lleguen a las cooperativas de

todo el país. La expectativa es que el Procapcred consiga elevar hasta en 50% el patrimonio de

referencia de las cooperativas de crédito. De esa forma, la participación del sector en el Sistema

Financiero Nacional puede aumentar del �,�%, en �006, a más del 3%.

La línea de crédito Giro Cooperativo Agropecuario tuvo la liberación aprobada en

abril. Por esta línea, el Fondo de Amparo al Trabajador (FAT) dispone de R$ �50 millones,

monto a ser puesto en operación por el Banco do Brasil. El dinero llegará en buena hora

para costear la adquisición de insumos, gastos administrativos, de personal, beneficio e

industrialización de productos.

Con el Giro Agropecuario, el DENACOOP pretende beneficiar el 80% de las �.500

cooperativas agropecuarias singulares del país. Las cooperativas singulares del ramo pueden

solicitar hasta R$ 5 millones, y las centrales, hasta R$ �5 millones. Las ventajas son las tasas

menores, de hasta un 8% al año, más la Tasa de Intereses de Largo Plazo (TJLP). “Es parte de

la misión del DENACOOP buscar líneas de crédito y discutir con los agentes financieros y con

las entidades que puedan atraer recursos a intereses más bajos.

Page 71: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

7�

LAS LÍNEAS DE CRÉDITO

Procapcred

Destino de los recursos: Adquisición de cuotas

partes de cooperativas de crédito y agropecua-

rias.

Quién lo puede solicitar: Cooperados, siempre

que la cooperativa emisora de las cuotas-partes

tenga un proyecto aprobado por el agente finan-

ciero.

Plazo para el pago: Un año

Plazo de pago: Hasta cinco años, sin contar la

carencia

Tasas: TJLP + hasta un 4% al año

Dónde buscar los recursos: En las agencias del

BNDES y de agentes acreditados por él.

Giro Cooperativo Agropecuario

Destino de los recursos: Capital de giro, que pue-

de ser usado para adquisición de insumos, gastos

administrativos y de personal, beneficiación e in-

dustrialización de productos

Quién lo puede solicitar: Cooperativas agropecua-

rias constituidas hace por lo menos cinco años

Carencia para el pago: No tiene

Plazo de pago: Hasta dos años

Tasas: TJLP + hasta un 8% al año

Dónde buscar los recursos: En las agencias del

Banco do Brasil

Giro Cooperativo Habitacional

Destino de los recursos: Capital de giro, pudiendo

ser usado para necesidades en la construcción de

unidades habitacionales

Quién lo puede solicitar: Cooperativas habitacio-

nales constituidas hace por lo menos cinco años

Carencia para el pago: Un año

Plazo de pago: Hasta cuatro años

Tasas: TJLP + hasta un 9% al año

Dónde buscar los recursos: En las agencias del

Banco do Brasil

Page 72: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

7�

Somando um pouco de capital de cada associado e usan-

do a criatividade, a Cooperativa dos Curtidores de Ribeira de Ca-

baceiras (Arteza) conseguiu comprar equipamentos modernos e

enfrentar as adversidades da seca, em busca do sustento de de-

zenas de famílias. A Arteza é considerada exemplo para o coope-

rativismo da região Nordeste do País, onde o setor ainda precisa

de impulso para crescer.

Os 50 cooperados de produção curtem, por mês, � mil pe-

les de ovinos e de caprinos, animais que são a base da economia

da cidade de Cabaceiras, na Paraíba. O processo é feito com um

produto vegetal (um tanino extraído da casca de angico) e, portanto,

sem prejuízos ao meio ambiente. Do couro são fabricados, em má-

quinas importadas, chapéus, calçados, bolsas e até bijuterias, com

design moderno e diferenciado.

Casos como o da Arteza estimulam o MAPA a buscar

formas de fortalecer o cooperativismo no Nordeste e no Norte

do País. Dos 6,8 milhões de cooperados brasileiros, apenas 5%

estão no Nordeste e só �% no Norte. A economia dessas regiões

também enfrenta problemas. O Norte tem a menor representati-

vidade no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, entre as cinco

regiões do País, com somente 5%, e o Nordeste está mais de-

senvolvido, com �4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), relativos a �003.

O governo federal amplia formas de melhorar a renda e a

qualidade de vida das regiões Norte e Nordeste, impulsionando o

estímulo à organização cooperativa.

Chove no sertãoC h o v e n o s e r t ã o

Criar mecanismos para proporcionar o

crescimento de regiões Nordeste e Norte é um

desafio do cooperativismo no Brasil

Arteza, Cabaceiras (PB)

Page 73: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

73

NORCOOP As necessidades das regiões Nordeste e

Norte foram destacadas pelo Grupo de Trabalho Interministe-

rial (GTI), criado para propor políticas de estímulo ao coope-

rativismo. Os desafios ficaram comprovados num diagnóstico

finalizado em dezembro de �005, coordenado pela Organização

das Cooperativas Brasileiras (OCB). Conforme o levantamento,

o desempenho das cooperativas nessas áreas do País apresenta

melhora, mas ainda há um grande potencial de crescimento.

A partir das constatações, o MAPA aprovou o Programa

de Reestruturação do Cooperativismo no Norte e no Nordes-

te (Norcoop). Ele envolve ações para vários segmentos e está

fundamentado na preocupação de levar educação cooperativa às

comunidades. A intenção é que o programa seja permanente e,

apesar de estruturado pelo MAPA, esteja vinculado à Presidência

da República, coordenando as ações dos diversos ministérios

voltadas ao cooperativismo.

Os trabalhos educativos e a aplicação de recursos envol-

vem as principais cadeias produtivas locais. No Nordeste, leite,

frutas e ovinocaprinocultura devem ser os projetos-pilotos. No

Norte, o pioneirismo pode ficar com a castanha-do-pará e com as

frutas, juntamente com o cooperativismo de crédito e as coopera-

tivas urbanas, como as de produção e as de trabalho.

By adding a little capital from each associate and being

creative, the Ribeira de Cabaceiras Tanning Cooperative (Arteza)

has managed to purchase modern equipment and confront the ad-

versities of drought, providing sustenance for dozens of families.

Arteza is considered an example for the cooperative movement in

the Northeast region of the country, where the sector still needs

some impetus to take off.

The 50 members of the production cooperative cure �,000

goatskins and sheepskins per month. These animals are the basis

of the economy of Cabaceiras in Paraíba. The process is carried

out with a vegetable product (a tannin extracted from angico skin),

which therefore has no harmful environmental effects. Imported ma-

chinery manufactures the leather into hats, footwear, bags and even

contemporary, distinctively designed jewelry.

Cases like Artez are stimulating the MAPA to seek out ways

of strengthening cooperatives in the Northeast and North of the

country. Only 5% of the 6.8 million Brazilian cooperatives are in

the Northeast and only �% in the North. The economy of these

regions is also facing problems. According to data from the Brazil-

ian Geography and Statistics Institute (IBGE) from �003, the North

accounts for the lowest Gross Domestic Product figure among the

five regions of Brazil, at only 5%, with the Northeast being more

developed at �4%.

The federal government expands ways to improve the in-

come and quality of life of people in the North and Northeast, and

adding a stimulus to cooperative organization.

R a i n o n t h e s e r t ã oOne of the challenges for the cooperative movement

in Brazil is to create mechanisms for providing

growth in North and Northeast regions

Page 74: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

74

NORCOOP The needs of the Northeast and North regions

were outlined by the Inter-ministerial Working Party, created to consider

policies for stimulating cooperatives. The challenges were confirmed by

diagnosis completed in December �005 by the Organization of Brazilian

Cooperatives (OCB) and Método consultancy. The survey shows that the

performance of cooperatives in these areas of the country is showing

improvements, but there is great potential for growth.

Based on this evidence, MAPA has approved the Cooperative

Restructuring Program for the North and Northeast (Norcoop). This in-

volves actions for many branches and is founded on a concern to bring

cooperative education to the communities. The program is intended to

be permanent, and, although structured by MAPA, is to be linked to

the Presidency of the Republic, coordinating the actions of the various

ministries concerned with cooperatives.

Educational work and application of resources will start in-

volving the main local chains of production. Milk, fruit and goat and

sheep rearing will be pilot projects in the Northeast. In the North, the

pioneering work can be with fruit and Brazil nuts, along with credit

cooperatives and urban cooperatives concerned with sectors such as

production and labor.

Sumando un poco de capital de cada asociado y usando la

creatividad, la Cooperativa de los Curtidores de Ribeira de Cabaceiras

(Arteza) consiguió comprar equipos modernos y enfrentar las ad-

versidades de la sequía, en búsqueda del sustento de decenas de

familias. A Arteza se la considera un ejemplo para el cooperativismo

de la región Nordeste del País, donde el sector todavía necesita de

impulso para despegar.

Los 50 cooperados de producción curten, por mes, �.000

pieles de ovinos y caprinos, animales que son la base de la econo-

mía de la ciudad de Cabaceiras, en Paraíba. El proceso se realiza

con un producto vegetal (un tanino extraído de la cáscara de angi-

co) y, por lo tanto, sin perjuicios al medio ambiente. Del cuero se

fabrican, en máquinas importadas, sombreros, zapatos, bolsas y

hasta bisuterías, con diseño moderno y diferente.

Casos como el de Arteza estimulan al MAPA a buscar for-

mas de fortalecer el cooperativismo en el Nordeste y en el Norte

del país. De los 6,8 millones de cooperados brasileños, sólo el

5% están en el Nordeste y sólo el �% en el Norte. La economía de

estas regiones también enfrenta problemas. El Norte tiene la menor

representatividad en el Producto Interno Bruto (PIB) de Brasil, entre

las cinco regiones del país, con solamente el 5%, y el Nordeste está

más desarrollado, con el �4%, según datos del Instituto Brasileño

de Geografía y Estadística (IBGE), relativos a �003.

El gobierno federal amplía formas de mejorar la renta y la

calidad de vida de los habitantes del Norte y del Nordeste impulsan-

do el estímulo a la organización cooperativa.

L l u e v e e n e l s e r t ã oCrear mecanismos para proporcionar el

crecimiento de regiones Nordeste y Norte es un desafío del cooperativismo en Brasil

Page 75: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

75

NORCOOP Las necesidades de las regiones Nordeste y

Norte fueron destacadas por el Grupo de Trabajo Interministerial (GTI),

creado para pensar políticas de estímulo al cooperativismo. Los desafíos

quedaron comprobados en un diagnóstico finalizado en diciembre de

�005 por la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB). Según el

levantamiento, el desempeño de las cooperativas en esas áreas del país

presenta mejora, pero además hay un gran potencial de crecimiento.

A partir de las constataciones, el MAPA aprobó el Programa de

Reestructuración del Cooperativismo en el Norte y en el Nordeste (Nor-

coop). Él incluye acciones para varios sectores y está fundamentado en la

preocupación de llevar educación cooperativa a las comunidades. La in-

tención es que el programa sea permanente y, a pesar de estructurado por

el MAPA, esté vinculado a la Presidencia de la República, coordinando las

acciones de los diversos ministerios volcados al cooperativismo.

Los trabajos educativos y la aplicación de recursos involucran

las principales cadenas productivas locales. En el Nordeste, leche, frutas

y ovinocaprinocultura deben ser los proyectos pilotos. En el Norte, el

pionerismo puede quedarse con la castaña de Pará y con las frutas, junta-

mente con el cooperativismo de crédito y las cooperativas urbanas, como

las de producción y las de trabajo.

Page 76: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

76

Made in BrazilM a d e i n B r a z i l

De olho nas amplas

potencialidades para

negócios com o

exterior, cooperativas

buscam ferramentas

para incrementar as

exportações

Em �003, por ocasião das comemorações do Dia Internacio-nal do Cooperativismo, em cerimônia no Palácio do Planalto, foi as-sinado o Decreto que instituiu um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), para tratar questões específicas do cooperativismo. E, então, no âmbito do GTI, foram instituídos subgrupos, sendo um deles para tratar sobre a questão das exportações envolvendo cooperativas.

A cada ano, os produtos das cooperativas brasileiras ganham mais mercado externo, incrementando a receita dos cooperados. En-tre �000 e �005, o volume de recursos que ingressou nas organiza-ções agropecuárias em virtude do embarque de produtos para outros países cresceu nada menos que �97%. O índice representa salto de US$ 759 milhões anuais para US$ �,�5 bilhões em cinco anos, se-gundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Como ações decorrentes do trabalho do subgrupo do GTI, foi possível estabelecer parceria com o MDIC e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), objetivando capaci-tar cooperativas para buscarem o mercado internacional.

Mas atender o exigente mercado internacional é um grande desafio. Sem preparação, o que podia ser um vôo longo corre o risco de não passar de um ensaio de decolagem. É preciso planejamento, pesquisa de mercados e profissionalismo. Além disso, torna-se fun-damental desmistificar a idéia de que somente empresas de grande porte conseguem exportar, pois muitas pequenas têm qualidade para

isso. Precisam apenas de capacitação.Para promover essa qualificação necessária, o DENACO-

OP implantou em �003 o Programa de Cooperação Internacional (Procin), buscando parceria com o MDIC. Desde então, são pro-movidos treinamentos e palestras, que orientam as cooperativas sobre formas de buscar espaços e se manter no mercado externo. No período �003/�006 foram beneficiadas cooperativas dos esta-dos do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernam-buco, Piauí, Bahia e Ceará.

O Procin também dá apoio financeiro para que associados, por meio de suas cooperativas, possam realizar intercâmbios técnicos e promover ou participar de eventos internacionais, como feiras e rodadas de negócio.

Outra atividade que está em andamento no DENACOOP, em parceria com o MDIC, é a produção de um CD-ROM, inicialmente de-nominado “Aprendendo a Exportar – Cooperativas”, que visa orientar as cooperativas brasileiras para a exportação.

O “Aprendendo a Exportar” é um produto desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), com objetivo de ensi-nar o passo-a-passo dos negócios com outros países.

O DENACOOP defende a criação de um pensamento estraté-gico exportador, para fomentar a cultura exportadora de produtos e de serviços cooperativos. A meta é abrir novos mercados e incrementar a presença do cooperativismo brasileiro no exterior.

Page 77: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

77

M a d e i n B r a z i lIn �003, during a ceremony at the Planalto Palace mark-

ing the International Cooperativism Day, president Lula signed

a government Act instituting an Interministerial Working Group

(GTI) to deal with specific matters related to cooperativism. And

then, it was broken down into subgroups, and one of them was

given the responsibility to deal with matters related to exports

involving cooperatives.

Year after year, the products from the Brazilian cooperatives

increase their share in the foreign market, boosting the income of

their members. According to a survey by the Ministry of Devel-

opment, Industry and Foreign Trade (MDIC), from �000 to �005,

the volume of resources raked in by agricultural organizations from

shipments abroad went up �97%, jumping from US$ 759 million a

year to US$ �.�5 billion in five years.

Actions derived from the work of GTI’s subgroup made

it possible to partner with the MDIC and with the Cooperativism

Learning Service (Sescoop), with the aim to qualify the cooperatives

in their search for international markets.

However, to satisfy the discerning international market

is a challenge. Without any appropriate preparation, what could

be a long flight runs the risk of being nothing else than an at-

tempt to take off. What is needed is planning, market research and

professionalism. Furthermore, it is of fundamental importance to

demystify the idea that only big companies are able to export,

because many small ones also qualify for exports. They just need

to be given the capacity to export.

To promote this necessary qualification, in �003, DENA-

COOP implanted the International Cooperation Program (Procin),

seeking partnership with the MDIC. Since then, a series of training

sessions and lectures have been going on, focused on how to find

the way into the international market and stay in it. Over the �003-

�006 period, the benefits were extended to the cooperatives of the

states of Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernam-

buco, Piauí, Bahia and Ceará.

Procin also lends financial support to associate members,

so as to make it possible for them, with the help of their coopera-

tives, to carry out technical interchanges, promote and take part in

international events, like fairs and business rounds.

Another activity now going on at DENACOOP, jointly with

the MDIC, is the production of a CD-ROM, initially called “Learning

to Export – Cooperatives”, which gives directives to the Brazilian

cooperatives on exports.

The “Learning to Export” is a product developed by the Sec-

retariat of Foreign Trade (Secex/MDIC), with the goal to teach the

basics of businesses with other countries.

DENACOOP defends the building of strategic export think-

ing, in order to promote a real export culture of cooperative prod-

ucts and services. The target is to find new markets and boost the

presence of Brazilian cooperativism abroad.

With an eye on the great potential for foreign

trade, cooperatives are seeking instruments

to increase exports

Page 78: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

78

M a d e i n B r a z i l

Mirando las amplias potencialidades

para negocios con el exterior,

cooperativas buscan herramientas

para incrementar las exportaciones

En �003, por ocasión de las conmemoraciones del Día Internacional del

Cooperativismo, en ceremonia en el Palacio del Planalto, fue firmado el Decre-

to que instituyó un Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), para tratar cuestiones

específicas del cooperativismo. Y, entonces, en el ámbito del GTI, se instituyeron

subgrupos, siendo uno de ellos para tratar sobre la cuestión de las exportaciones

en las que participen las cooperativas.

Cada año, los productos de las cooperativas brasileñas ganan, más mer-

cado externo, incrementando el ingreso de sus miembros. Entre �000 y �005, el

volumen de recursos que ingresó a las organizaciones agropecuarias en virtud del

embarque de productos a otros países creció nada menos que un �97%. El índice

representa un salto de US$ 759 millones anuales a US$ �,�5 mil millones en cin-

co años, según levantamiento del Ministerio del Desarrollo, Industria y Comercio

Exterior (MDIC).

Como acciones resultantes del trabajo del subgrupo del GTI, fue posible

establecer sociedad con el MDIC y con el Servicio de Aprendizaje del Cooperati-

vismo (Sescoop), cuyo objetivo es capacitar a las cooperativas para que busquen

el mercado internacional.

Pero atender el exigente mercado internacional es un gran desafío. Sin pre-

paración, lo que podía ser un vuelo largo, corre el riesgo de no pasar de un ensayo

de despegue. Es necesario planificación, investigación de mercados y profesiona-

lismo. Además, es fundamental desmitificar la idea de que solamente empresas de

gran tamaño consiguen exportar, pues muchas pequeñas tienen calidad para eso.

Necesitan solamente capacitación.

Para promover esta calificación necesaria, el DENACOOP implantó en �003

el Programa de Cooperación Internacional (Procin), buscando asociarse con el MDIC.

Desde entonces se promueven entrenamientos y conferencias, que orientan a las coo-

perativas sobre las formas de buscar espacios y mantenerse en el mercado externo. En

el período �003/�006, se beneficiaron cooperativas de los Estados de Paraná, Río de

Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco, Piauí, Bahia y Ceará.

El Procin también da apoyo financiero para que asociados, por medio de

sus cooperativas, puedan realizar intercambios técnicos y promover o participar de

eventos internacionales, como ferias y ruedas de negocios.

Otra actividad que está en marcha en el DENACOOP, en sociedad con el MDIC,

es la producción de un CD-ROM, inicialmente denominado “Aprendiendo a Exportar

– Cooperativas”, que busca orientar a las cooperativas brasileñas a exportar.

El “Aprendiendo a Exportar” es un producto desarrollado por la Secretaría

de Comercio Exterior (Secex/MDIC), con el objetivo de enseñar el paso a paso de

los negocios con otros países.

El DENACOOP defiende la creación de un pensamiento estratégico exporta-

dor, para fomentar la cultura exportadora de productos y de servicios cooperativos.

La meta es abrir nuevos mercados e incrementar la presencia del cooperativismo

brasileño en el exterior.

Page 79: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

79

Divulgar o potencial do trabalho organizado de forma as-

sociativa e as oportunidades de capacitação na área faz parte das

linhas de atuação do DENACOOP. Por meio do Programa de Pro-

moção e Divulgação da Prática do Cooperativismo (Promocoope),

o Denacoop marca presença nos principais eventos do setor no

País e no mundo, como feiras, exposições e seminários.

Nessas ocasiões, o DENACOOP tem a oportunidade de

se relacionar de perto com o público que constitui a sua razão

de ser: os cooperados e os associados.

O Brasil participa da Organização das Cooperativas dos Po-

vos de Língua Portuguesa (OCPLP), criada em �997 para fomentar a

integração entre os movimentos cooperativos. Além do Brasil, a OCPLP

é composta pelos seguintes países: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau,

São Tomé e Príncipe, Moçambique, Portugal e Timor Leste.

Nessa parceria com os povos de língua portuguesa, o

MAPA também está retomando o Programa de Integração Cul-

tural, Educacional e Tecnológica Brasil-África. Nesse trabalho, o

DENACOOP pode levar até os outros países a experiência brasi-

leira de cooperativismo, abrindo espaços para a comercialização

de produtos entre os países.

A alma do negócioA a l m a d o n e g ó c i o

A promoção do cooperativismo brasileiro motiva

a participação das entidades em eventos de

expressão nacional e internacional

Page 80: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

80

T h e s o u l o f t r a d ePromotion of the Brazilian cooperative

movement motivates entities to participate

in national and international events

Publicize the potential of associative organized work and

opportunities for capacity building courses are part of DENA-

COOP’s action lines. Through the Program for Promoting and

Publicizing Cooperative Practice (Promocoop), Denacoop is pres-

ent at the main events in the sector, such as fairs, exhibitions and

conferences at home and abroad.

On these occasions, DENACOOP has the opportunity to relate

closely with the public which is the real motive of its existence: the

cooperative members and associates.

Brazil is part of the Organization of Cooperatives of Por-

tuguese Speaking Peoples (OCPLP), consisting of Angola, Cape

Verde, Guinea Bissau, São Tomé e Príncipe, Mozambique, Portugal

and East Timor, created in �997 to foment integration between

cooperative movements.

In this partnership with Portuguese speaking peoples,

MAPA is also returning to the Brazil-Africa Program for Cultural,

Educational and Technological Integration. In this work, DENACOOP

might take to other countries the Brazilian cooperative experience,

paving the way for product trading among the countries.

EVENTOS NO BRASILO Brasil promove eventos de destaque no cooperativismo.

Um dos mais importantes é a Feira Internacional das Cooperati-

vas, Fornecedores e Serviços (Fenacoop), que vem se consoli-

dando como um fórum de negócios do setor cooperativista com o

apoio do DENACOOP, da OCB/Sescoop e da ACI.

Outra iniciativa que dita rumos no País é o Seminário

Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, realizado pela

OCB/Sescoop, com apoio do DENACOOP. O encontro ocorre anu-

almente, desde �00�, colocando em pauta exemplos de sucesso e

avaliando desafios do setor.

Nesses eventos, o DENACOOP divulga programas a fim de

que as entidades interessadas possam estabelecer parcerias com o

MAPA para fortalecimento de suas atividades.

EVENTS IN BRAZILBrazil organizes important events for cooperatives. One of the most important is the International Fair

for Cooperatives, Suppliers and Services (Fenacoop), which has become established as a forum for Brazilian

cooperative business, supported by DENACOOP, OCB/National Cooperative Learning Service (Sescoop) and

the International Cooperative Alliance.

Another initiative dictating the country’s direction is the Contemporary Cooperative Tendencies Confer-

ence, organized by OCB and Sescoop with the support of DENACOOP. This has been an annual event since

�00�, discussing examples of the sector’s success and assessing its challenges.

By putting up stands, DENACOOP discloses programs for interested entities to establish partnerships

with MAPA in order to strengthen their activities.

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

8�

E l a l m a d e l n e g o c i oLa promoción del cooperativismo brasileño

motiva la participación de las entidades en

eventos de expresión nacional e internacional

Divulgar el potencial del trabajo organizado de forma

asociativa y las oportunidades de capacitación en el área son

parte de las líneas de actuación del DENACOOP. A través del

Programa de Promoción y Divulgación de la Práctica del Coope-

rativismo (Promocoope), el DENACOOP marca presencia en los

principales eventos del sector en el país y en el mundo, como

ferias, exposiciones y seminarios.

En estas ocasiones, el departamento tiene la oportunidad de

relacionarse de cerca con el público que constituye su razón de ser:

los cooperados y los asociados.

Brasil participa de la Organización de las Cooperativas

de los Pueblos de Lengua Portuguesa (OCPLP), creada en �997

para fomentar la integración entre los movimientos cooperativos y

está compuesta además por Angola, Cabo Verde, Guinea Bissau,

São Tomé y Príncipe, Mozambique, Portugal y Timor del Este.

En esta alianza con los pueblos de lengua portuguesa, el

MAPA también está retomando el Programa de Integración Cul-

tural, Educacional y Tecnológica Brasil - África. En este trabajo

el DENACOOP puede llevar hacia los otros países la experiencia

brasileña de cooperativismo, abriendo espacios para la comercia-

lización de productos entre los países.

EVENTOS EN BRASILBrasil promueve eventos de destaque en el cooperativismo.

Uno de los más importantes es la Feria Internacional de las Coopera-

tivas, Proveedores y Servicios (Fenacoop), que se viene consolidando

como un foro de negocios del sector cooperativista con el apoyo del

DENACOOP, de la OCB/Sescoop y de la ACI.

Otra iniciativa que dicta rumbos en el país es el Seminario

Tendencias del Cooperativismo Contemporáneo, realizado por la OCB/

Sescoop, con apoyo del DENACOOP. El encuentro se celebra anual-

mente, desde �00�, colocando en pauta ejemplos de éxito y evaluando

desafíos del sector.

En esos eventos, el DENACOOP divulga programas para que

las entidades interesadas puedan establecer alianzas con el MAPA para

el fortalecimiento de sus actividades.

Page 82: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

8�

Sem fronteirasS e m f r o n t e i r a s

Aproximação entre

as cooperativas do

Mercosul amplia

as perspectivas de

integração, estendendo

os benefícios muito

além da questão

econômica

Entre as atividades realizadas pelo DENACOOP, com o

apoio do Programa Sul-Americano de Apoio às Atividades de

Cooperação em Ciência e Tecnologia (Prosul), estão: publicação

de trabalho do comitê jurídico sobre o regime legal das coope-

rativas do Mercosul; levantamento sobre o impacto da legislação

impositiva (tributária) nas cooperativas da região; realização de

encontros de fronteiras abrangendo os Estados-partes para avaliar

o potencial de integração do cooperativismo na região; realização

do Seminário Internacional de Políticas Públicas de Apoio ao Co-

operativismo e do Seminário Internacional de Integração Coope-

rativa Mercosul e Pacto Andino; estudo sobre políticas públicas

aplicadas ao cooperativismo; organização da rede agrária; orga-

nização da rede acadêmica; realização do seminário da Reunião

Especializada das Cooperativas do Mercosul (RECM) e Comissão

Parlamentar Conjunta (CPC) do Mercosul, com participação de

parlamentares da União Européia; Assinatura de Convênios com

organizações de fomento ao cooperativismo – Confederação Em-

presarial Espanhola da Economia Social (Cepes), da Espanha; e

CCACES, órgão da União Européia que corresponde à RECM no

Mercosul; inclusão do texto em Declaração Presidencial da Cúpula

do Mercosul, onde se reconhece a importância do cooperativismo

no processo de desenvolvimento econômico e social da região; e

busca da ampliação do Mercosul cooperativo, com a inclusão de

Bolívia, Chile e Venezuela.

Page 83: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

83

N o b o u n d a r i e sClose relations between Mercosul coopera-

tives expands perspectives of integration,

extending benefits beyond economic issues

Among the activities carried out by DENACOOP, under the

umbrella of the South American Support Program for Science

and Technology Cooperation (Prosul), the following are of note:

publication of the paper by the juridical committee on the legal

status of the cooperatives in the Mercosur countries; a survey

of the impact caused by imposing legislation (taxation) upon the

region’s cooperatives; frontier meetings, including the States in

question in order to evaluate the potential integration of regional

cooperativism; the International Seminar on Public Policies Lend-

ing Support to Cooperativism and the International Seminar on

Mercosur Cooperative Integration and Andean Pact; study on pub-

lic policies applied to cooperativism; organization of the agrar-

ian network; organization of the academic network; seminar on

the Specialized Reunion of the Mercosur Cooperatives (RECM)

and the Joint Mercosur Parliamentary Committee (CPC), also

attended by parliament members from the European Union; Agree-

ments with fostering and cooperativism organizations – Spanish

Entrepreneurial Confederation on Social Economy (Cepes), from

Spain; and CCACES, an organ of the European Union, which cor-

responds to the Mercosur RECM; the inclusion of the text in the

Mercosur Summit Presidential Declaration, which acknowledges

the importance of cooperativism in the social and economic de-

velopment process of a region; expansion of the cooperative Mer-

cosur, including Bolivia, Chile and Venezuela.

A VEZ DO BRASILA presidência da Reunião Especializada

de Cooperativas do Mercosul (RECM) é tem-

porária. A cada seis meses, assume a entidade

governamental do país que preside o Mercosul

no período. O Brasil deteve a responsabilidade

de julho a dezembro de �006, o que constituiu

oportunidade para impor dinamismo e lançar

novas ações. Na gestão, a agenda englobou

também a busca por alternativas para solucio-

nar problemas de sanidade nas fronteiras, am-

pliar a participação das mulheres no cooperati-

vismo e ainda a promoção de um programa de

intercâmbios para jovens cooperados.

Page 84: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

84

LA VEZ DE BRASILLa presidencia de la Reunión Especializada de Cooperativas del Mercosur (RECM) es temporal. Cada seis meses, asume la entidad

gubernamental del país que preside el Mercosur en el período. Brasil detuvo la responsabilidad de julio a diciembre de �006, lo que cons-

tituyó oportunidad para imponer dinamismo y lanzar nuevas acciones. En la gestión, la agenda abarcó también la búsqueda por alternativas

para solucionar problemas de sanidad en las fronteras, ampliar la participación de las mujeres en el cooperativismo y además la promoción

de un programa de intercambios para jóvenes cooperados.

BRAZIL’S TURNPresidency of the Specialist Cooperative Union of Mercosul is temporary. Each six months it is held by the governmental body of

the country presiding over Mercosul at the time. Brazil held this responsibility from July to December �006, which was an opportunity to

bring in some dynamism and launch new actions. During the administration, the agenda encompassed the search for alternatives for solving

the problem of foot and mouth disease at the borders, increasing women’s participation in cooperatives and also promoting an exchange

program for young members of cooperatives.

S i n f r o n t e r a sAproximación entre las cooperativas del

Mercosur amplia las perspectivas de inte-

gración, extendiendo los beneficios mucho

más allá de la cuestión económica

Entre las actividades realizadas por el DENACOOP, con el

apoyo del Programa Sudamericano de Apoyo a las Actividades de

Cooperación en Ciencia y Tecnología (Prosul), están: publicación

de trabajo del comité jurídico sobre el régimen legal de las coopera-

tivas del Mercosur; levantamiento sobre el impacto de la legislación

impositiva (tributaria) en las cooperativas de la región; realización

de encuentros de fronteras abarcando los Estados partes para eva-

luar el potencial de integración del cooperativismo en la región;

realización del Seminario Internacional de Políticas Públicas de

Apoyo al Cooperativismo y del Seminario Internacional de Integra-

ción Cooperativa Mercosur y Pacto Andino; estudio sobre políticas

públicas aplicadas al cooperativismo; organización de la red agraria;

organización de la red académica; realización del seminario de la

Reunión Especializada de las Cooperativas del Mercosur (RECM) y

Comisión Parlamentaria Conjunta (CPC) del Mercosur, con partici-

pación de parlamentarios de la Unión Europea; Firma de Convenios

con organizaciones de fomento al cooperativismo – Confederación

Empresarial Española de la Economía Social (Cepes), de España; y

CCACES, órgano de la Unión Europea que corresponde a la RECM

en el Mercosur; inclusión del texto en Declaración Presidencial de

la Cúpula del Mercosur, donde se reconoce la importancia del coo-

perativismo en el proceso de desarrollo económico y social de la

región; busca de la ampliación del Mercosur cooperativo, con la

inclusión de Bolivia, Chile y Venezuela.

Page 85: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

85

PONTES ENTRE PESSOAS: As áreas de fronteira, como a da Ponte Getúlio Vargas, em Uruguaiana (RS), são vias para a integração

BRIDGES BETWEEN PEOPLE: Border areas, like the Getúlio Vargas Bridge in Uruguaiana (RS), are routes for integration

PUENTES ENTRE PERSONAS: Las áreas de frontera, como la del Puente Getúlio Vargas, en Uruguaiana (RS), son vías para la integración.

Page 86: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

86

Garantia de futuroG a r a n t i a d e f u t u r o

O acompanhamento constante e a avaliação

das condições de cada cooperativa

asseguram a continuidade dos trabalhos,

em ritmo normal

Todos os meses, as informações financeiras das

��8 cooperativas paranaenses são detalhadas em um

programa de computador e enviadas posteriormente

para a Organização das Cooperativas do Paraná (Oce-

par). Dados como faturamento, margens de lucro e en-

dividamento são considerados um termômetro para que

uma equipe de técnicos da organização identifique difi-

culdades e projete cenários. Analisando os balanços, a

Ocepar pode acender o alerta amarelo para as coopera-

tivas, orientando-as a não cair no vermelho. O programa

chama-se Sistema de Análise e Acompanhamento das

Cooperativas (SAAC) e conta ainda com visitas técni-

cas, nas quais se aborda a situação das cooperativas e o

cenário paranaense, estimulando a busca constante por

melhores resultados.

O SAAC já teve repercussão nacional, incentivan-

do o governo federal a criar o Programa de Revitalização

de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop),

em �998. O Recoop contemplou, entre outras medidas, a

abertura de linha especial de crédito às cooperativas.

No ano �000, o programa de autogestão passou

a incorporar atividades de capacitação, a partir da criação

do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo

(Sescoop). Mais de mil eventos, com 70 mil participações,

são realizados anualmente.

Mas como num mundo de constantes mudanças é

preciso estar sempre evoluindo, em breve o SAAC agregará

novidades no sistema de informática que recebe as informa-

ções das cooperativas. Do atual programa Acces, instalado

numa plataforma Windows, ele passará a ser realizado via

internet, dando mais agilidade e introduzindo projeções,

que vão auxiliar ainda mais o acompanhamento do setor.

Programas bem-sucedidos de apoio ao desenvol-

vimento do cooperativismo, como o da Ocepar, tem re-

cebido o apoio do DENACOOP para a sua divulgação e

para a sua implantação, principalmente nas regiões onde

o associativismo rural e o cooperativismo estão menos

desenvolvidos.

Page 87: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

87

Each month the financial information from the ��8 Paraná co-

operatives is detailed in a computer program and then sent to Paraná

Organization of Cooperatives (Ocepar). Data about income, profit mar-

gins and debt are considered as a thermometer for the organization’s

technical team to identify problems and project scenarios. By analyzing

the balance sheet, Ocepar can turn on a yellow light for cooperatives,

guiding them away from falling into the red. The program is called the

Cooperative Analysis and Monitoring System (SAAC) and includes

technical visits, which deal with the situation of the cooperatives and the

Paraná scenario, stimulating constant striving for better results.

SAAC has already had effects at national level, encourag-

ing the federal government to create the Agricultural Production

Cooperatives’ Revitalization Program (Recoop) in �998. Among

other measures, Recoop considered opening a special credit line

for the cooperatives.

In �000 the self-administration program started to incorpo-

rate training activities, following the creation of the National Coopera-

tive Learning Service (Sescoop). More than �000 events with 70,000

participants are organized each year.

But as a world of constant change makes it necessary to always

be evolving, SAAC will soon be adding new items to the informatics

system that receives the information from the cooperatives. From the

present Access program installed on a Windows platform, it will move

to being done on the Internet, providing greater agility and introducing

projections that will further assist in monitoring the sector.

Successful programs supporting the development of coop-

erativism, like the Ocepar, have received support from DENACOOP

in their publicity and implementation efforts, particularly where rural

associativism and cooperativism are less developed.

Todos los meses, las informaciones financieras de las ��8

cooperativas paranaenses se detallan en un programa de computadora

y se las envía posteriormente a la Organización de las Cooperativas de

Paraná (Ocepar). Datos como facturación, márgenes de lucro y endeu-

damiento son considerados un termómetro para que un equipo de téc-

nicos de la organización identifique dificultades y proyecte escenarios.

Analizando los balances, la Ocepar puede encender la alerta amarilla

para las cooperativas, orientándolas a no caer en la roja. El programa

se llama Sistema de Análisis y Acompañamiento de las Cooperativas

(SAAC) y cuenta además con visitas técnicas, en las cuales se aborda la

situación de las cooperativas y el escenario paranaense, estimulando la

búsqueda constante por mejores resultados.

El SAAC ya tuvo repercusión nacional, incentivando al go-

bierno federal a crear el Programa de Revitalización de Cooperativas

de Producción Agropecuaria (Recoop), en �998. El Recoop contem-

pló, entre otras medidas, la abertura de una línea especial de crédito

a las cooperativas.

En el año �000, el programa de autogestión pasó a incorpo-

rar actividades de capacitación, a partir de la creación del Servicio

Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (SESCOOP). Más de

�.000 eventos, con 70.000 participaciones, se realizan anualmente.

Pero como en un mundo de constantes cambios es preciso

estar siempre evolucionando, en breve el SAAC agregará novedades

al sistema de informática que recibe las informaciones de las coo-

perativas. Del actual programa Acces, instalado en una plataforma

Windows, pasará a ser realizado vía Internet, dando más agilidad e

introduciendo proyecciones, que van a auxiliar aún más el acompa-

ñamiento del sector.

Programas bien desarrollados de apoyo al desenvolvimien-

to del cooperativismo, como el de la Ocepar, ha recibido el apoyo

del DENACOOP para su divulgación y para su implementación,

principalmente en las regiones donde el asociativismo rural y el

cooperativismo están menos desarrollados.

A g u a r a n t e e f o r t h e f u t u r eConstant monitoring and evaluation of

the conditions of each cooperative ensure

continuity of work at a normal rhythm

G a r a n t í a d e f u t u r oEl acompañamiento constante y la evaluación de

las condiciones de cada cooperativa aseguran la

continuidad de los trabajos, en ritmo normal

Page 88: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

88

Educar para crescerE d u c a r p a r a c r e s c e r

As cooperativas

educacionais

contribuem

para a formação

humana e para o

desenvolvimento

social, como um

segmento bastante

promissor

O DENACOOP vem implementando, em parceria com o

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sesco-

op), várias atividades voltadas à formação de jovens cooperati-

vistas. A preocupação é estimular a formação de uma consciên-

cia inicial sobre o cooperativismo nos estudantes matriculados

no ensino fundamental e médio de escolas cooperativas e pú-

blicas que estão iniciando a cooperação, dentro de uma ação

chamada “Programa Cooperjovem”.

Este trabalho é seqüenciado pelos jovens de faixa etária

acima dos �8 anos, que são preparados para o mundo do trabalho,

a partir do desenvolvimento da visão e da prática empreendedora do

moderno associativismo. Liderança, gerenciamento, gestão cooperati-

vista e empreendedorismo constituem pontos centrais na formação de

novas lideranças organizadas para terem sua representação junto ao

sistema brasileiro cooperativista e, assim, estarem preparados para,

no futuro, assumirem cargos de direção nas cooperativas.

O primeiro passo do Cooperjovem é capacitar professores

em oficinas, que duram 40 horas. Depois, os educadores traçam

seus caminhos, tornando-se multiplicadores do que aprenderam.

A primeira impressão do professor costuma ser a de que terá mais

uma carga de trabalho. No decorrer da oficina, ele começa a sen-

tir que ganha um instrumento prazeroso para ensinar. O Sescoop

fornece o material didático e as orientações para que o tema possa

ser tratado em sala de aula. As atividades recebem o apoio dos

Sescoop estaduais e de cooperativas locais, que são responsáveis

pela sustentabilidade do programa.

Os professores têm ainda a ajuda da “Turma da Coopera-

ção” para passar os ensinamentos. São personagens de histórias

em quadrinhos disponibilizadas pela Organização das Cooperativas

Brasileiras (OCB), detentora da marca Cooperjovem, que deixam

mais leve e divertida a parte teórica das lições.

No Mato Grosso do Sul, com o apoio da OCB/MS e do

Sescoop local, em parceria com o DENACOOP, a “Turma da Coo-

peração” entra também na era virtual e vira história em formato de

desenho animado, em CD-ROM, uma ferramenta alinhada com os

novos tempos. O material será distribuído aos Sescoops do País

e às escolas do Estado, onde 360 professores já passaram pelas

oficinas do Cooperjovem.

Mas a multiplicação dos ensinamentos vai além. A intenção

é que os alunos das muitas escolas participantes do programa co-

mecem a formar suas cooperativas mirins e pratiquem e espalhem

o entendimento sobre os princípios e sobre os valores do coope-

rativismo por gerações de estudantes dos ensinos fundamental e

médio. Elas são mais do que um projeto pedagógico, pois projeto

tem começo, meio e fim, e a cooperativa mirim não tem fim.

A Divisão de Programas de Formação e Capacitação de Jo-

vens do DENACOOP veio para dinamizar ainda mais as atividades

desenvolvidas com os jovens. Ela apóia a formação de ��.�60 pro-

fessores de �.�49 escolas do País, beneficiando mais de �94 mil

alunos, sendo alicerçada por �95 cooperativas.

Page 89: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

89

E d u c a t i n g f o r g r o w t h

Educational cooperatives contribute towards

training the individual and social development,

in a very promising sector

DENACOOP has been implementing, jointly with the Na-

tional Service for Cooperativism Learning (Sescoop), several ac-

tivities geared toward forming young cooperativists. The idea is to

encourage the formation of an initial awareness of cooperativism

in fundamental and high school students of private and public co-

operatives now starting the cooperation process within a program

known as “Programa Cooperjovem”.

This work is sequenced by over �8-year olds, under

preparation for the job market, based on the development of

an entrepreneurial practice and vision of modern associativism.

Leadership, management, cooperative management and entre-

preneurship are kernel points in the formation of new leader-

ships, organized to have their representation in the Brazilian

cooperativistic system and, therefore, get prepared for future

leadership positions in cooperatives.

The first step of the Cooperjovem is to qualify schoolmas-

ters in up to 40-hour workshops. Then these schoolmasters shape

their paths, turning into multipliers of what they learned. A school-

master’s first impression normally points to an extra workload. As

the workshop sessions go by, he/she realizes that a new pleasurable

teaching instrument is now handy. Sescoop supplies didactic mate-

rials and the necessary assistance for the subjects to be covered in

class. All the activities are backed by the State Sescoops and local

cooperatives, responsible for keeping the program sustainable.

The schoolmasters also receive help from the “Coopera-

tion Group” to engage in the learning process. These are cartoon

characters made available by the Brazilian Cooperative Organization

(OCB), owner of the Cooperjovem trademark, making the theoretic

lessons more attractive and more amusing.

In Mato Grosso do Sul, with the support of OCB/MS and

the local Sescoop, in partnership with DENACOOP, the “Coopeation

Group” enters the virtual world and makes history in the shape of

cartoons and CD-/ROM, an instrument in line with the new times.

The material is to be distributed to the Country’s Sescoops and to

State Schools, where 360 schoolmasters previously attended the

Cooperjovem workshops.

The learning process does not stop there. The intention is

to encourage the students of participating schools to form their own

mini cooperatives thus practicing and spreading the knowledge on

the principles and values of cooperativism for generations of funda-

mental and high school students. They are more than just a peda-

gogical project, once a project has a beginning, a growing stage and

end, and mini cooperatives have no end.

The DENACOOP Capacity Building and Formation Division

for young people was created to make the activities developed by the

young even more dynamic. It backs the formation of ��,�60 thou-

sand schoolmasters in �,�49 thousand schools across the Country,

benefiting �94 thousand students, backed by �95 cooperatives.

Page 90: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

90

El DENACOOP viene implementando, en sociedad con el Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (Sescoop), varias actividades volcadas a la formación de jóvenes cooperativis-tas. La preocupación es estimular la formación de una consciencia inicial sobre el cooperativismo en los estudiantes matriculados en la enseñanza fundamental y media de escuelas cooperativas y públicas que están iniciando la cooperación, dentro de una acción llamada “Programa Cooperjovem”.

Este trabajo es continuado para jóvenes de edad superior a los �8 años, que son preparados para el mundo del trabajo, a partir del desarrollo de la visión y de la práctica emprendedora del moderno asociativismo. Liderazgo, dirección, gestión cooperativista y emprendimiento constituyen puntos centrales en la formación de nuevos liderazgos organizados para tener su representación junto al sistema brasileño cooperativista y, así, prepararlos para que, en el futuro, asuman cargos de dirección en las cooperativas.

El primer paso del Cooperjovem es capacitar a profesores en talleres, que duran 40 horas. Después, los educadores trazan sus caminos, haciéndose multiplicadores de lo que aprendieron. La primera impresión del profesor suele ser la de que tendrá una carga más de trabajo. En el transcurso del taller, él empieza a sentir que gana un instrumento agradable para enseñar. El Sescoop proporcio-na el material didáctico y las orientaciones para que el tema pueda ser tratado en sala de aula. Las actividades reciben el apoyo de los Sescoop estatales y de cooperativas locales, que son responsables por la sostenibilidad del programa.

Los profesores tienen también la ayuda del “Grupo de la Cooperación” para transmitir lo enseñado. Son personajes de his-

torias en cuadritos puestos a disposición por la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB), que detenta la marca Cooperjovem, que dejan más liviana y divertida la parte teórica de las lecciones.

En Mato Grosso do Sul, con el apoyo de la OCB/MS y del Sescoop local, en sociedad con el DENACOOP, el “Grupo de la Cooperación” entra también en la era virtual y se vuelve historia en formato de dibujo animado, en CD-ROM, una herramienta alineada con los nuevos tiempos. El material será distribuido a los Sescoops del país y las escuelas del Estado, donde 360 profesores ya pasaron por los talleres del Cooperjovem.

Pero la multiplicación de lo enseñado va más allá. La inten-ción es que los alumnos de las muchas escuelas participantes del programa empiecen a formar sus pequeñas cooperativas y practi-quen y esparzan el entendimiento sobre los principios y sobre los valores del cooperativismo por generaciones de estudiantes de la enseñanza fundamental y media. Ellas son más que un proyecto pe-dagógico, pues el proyecto tiene inicio, medio y final, y la pequeña cooperativa no tiene fin.

La División de Programas de Formación y Capacitación de Jóvenes del DENACOOP vino para dinamizar todavía más las acti-vidades desarrolladas con los jóvenes. Ella apoya la formación de ��.�60 profesores de �.�49 escuelas del país, beneficiando a más de �94.000 alumnos, siendo cimentada por �95 cooperativas.

E d u c a r p a r a c r e c e rLas cooperativas educacionales contribuyen

a la formación humana y al desarrollo social,

como un sector bastante promisorio

Gente jovem reunida Nas vizinhanças do Bairro Jardim Santa Marta, em Cara-

pó, no Mato Grosso do Sul, não há quem não conheça a turma de crianças que atua unida para melhorar a própria escola. Em todo evento das redondezas, lá estão eles, devidamente uniformizados, recolhendo o lixo seco, material que mais tarde será transforma-do em recursos para a Escola Municipal Cândido Lemes dos Santos. O valor arrecadado já permitiu a compra de uma cama elástica, de uma mesa de pingue-pongue, de brinquedos e de jogos pedagógicos, que divertem o recreio da garotada.

Apesar da pouca idade (são alunos de �ª a 8ª série de Ensino Fundamental), eles estão conhecendo os resultados do trabalho em cooperação. Os jovens integram uma cooperativa mirim, a Coopercicla, criada em �00� (antes com o nome de Cooperlatas) para atuar como uma cooperativa de trabalho.

A motivação para atuar em equipe contribui para reduzir

os problemas de relacionamento e estimula a preocupação com o ambiente e com os colegas. A mudança de comportamento é um dos principais objetivos do estímulo à consciência cooperativa desde a infância. O Mato Grosso do Sul é um dos Estados engaja-dos num programa chamado Jovens Cooperativistas, ou Cooper-jovem, promovido pela OCB/Sescoop nacional e pelo DENACOOP. Paraná, Goiás, Espírito Santo, Pernambuco e Tocantins são outras unidades da Federação em que esse trabalho tem sido desenvolvi-do com muito destaque.

Desde �000, quase �00 mil jovens de todo o País pas-saram pelo Cooperjovem. No futuro, podem formar uma legião de cooperados comprometidos e líderes. As crianças começam a internalizar o espírito e a filosofia do cooperativismo e até mesmo a praticá-los no dia-a-dia. Assim, é possível formar lideranças prontas para gerir as cooperativas.

Page 91: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

9�

Young people come together Everyone in the vicinity of Bairro Jardim Santa Marta,

in Carapó, Mato Grosso do Sul knows the group of children

who are working together to improve their own school. There

they are, duly uniformed, at every neighborhood event, collect-

ing recyclable waste, to be later transformed into resources for

the Cândido Lemes dos Santos Municipal School. The value

collected has already enabled the purchase of a trampoline, a

ping-pong table, toys and educational games, which brighten

up the children’s break times.

Despite their youth (these are �st to 8th grade Primary

School pupils) they are discovering the results of coopera-

tive work. The youngsters are part of a small cooperative called

Coopercicla, created in �00� (previously called Cooperlatas) to

function as a work cooperative. This motivation for working as

a team contributes towards reducing relationship problems and

stimulates concern for the environment and their colleagues.

Changing behavior is one of the main aims of stimulating

cooperative awareness from childhood. The state is one of those

involved in a program called Young Cooperativists, or Cooperjo-

vem, organized by National Sescoop and DENACOOP.

Almost �00,000 young people throughout the country have

experienced Cooperjovem since �000. In the future they could form

a legion of committed cooperative members and leaders. The chil-

dren start to absorb the spirit and philosophy of the cooperative

movement and even start to practice them in their daily lives. In this

way we can form leaders ready to run cooperatives.

Gente joven reunida En las cercanías del Barrio Jardim Santa Marta, en Ca-

rapó, en Mato Grosso do Sul, no hay quien no conozca al grupo

de niños que actúa unido para mejorar la propia escuela. En

cualquier evento de los alrededores, allá están ellos, debidamente

uniformados, recogiendo la basura seca, material que más tarde

será transformado en recursos para la Escuela Municipal Cândido

Lemes dos Santos. El valor recaudado ya permitió la compra de

una cama elástica, de una mesa de ping pong, de juguetes y de

juegos pedagógicos, que divierten el recreo de la muchachada.

A pesar de la poca edad (son alumnos del �º al 8º año

de Enseñanza Fundamental), están conociendo los resultados

del trabajo en cooperación. Los jóvenes integran una coope-

rativa de niños, la Coopercicla, creada el �00� (antes con el

nombre de Cooperlatas) para actuar como una cooperativa de

trabajo. Esta motivación para actuar en equipo contribuye para

reducir los problemas de relación y estimula la preocupación

con el ambiente y con los colegas.

El cambio de comportamiento es uno de los principales

objetivos del estímulo a la consciencia cooperativa desde la in-

fancia. El Estado es uno de los participantes de un programa lla-

mado Jóvenes Cooperativistas, o Cooperjovem, promovido por

el Sescoop nacional y por el DENACOOP.

Desde el �000, casi �00.000 jóvenes de todo el País

pasaron por el Cooperjovem. En el futuro, pueden formar una

legión de cooperados comprometidos y líderes. Los niños co-

mienzan a entender el espíritu y la filosofía del cooperativismo e

incluso los practican en el día a día. Así, podemos formar lideres

listos para dirigir las cooperativas.

Page 92: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

9�

O Serviço Nacional de Aprendizagem do

Cooperativismo (Sescoop), vinculado à Organiza-

ção das Cooperativas do Brasil (OCB), foi a vira-

da de página no livro do sistema cooperativista

brasileiro. O setor passa de um capítulo de de-

pendência estatal para a busca do fortalecimento

e da autogestão, tendo o governo como apoia-

dor. O Serviço nasceu em �998 com a função

de investir permanentemente na capacitação e na

promoção social dos associados, dos dirigentes

e dos funcionários do movimento cooperativis-

ta. Ele conta com recursos gerados pelo setor

cooperativista. Da folha de pagamento dos fun-

cionários das cooperativas brasileiras, �,5% são

destinados ao Sescoop.

Está organizado em uma entidade nacio-

nal e em �7 estaduais, todas interligadas. Essas

unidades promovem cursos, treinamentos, pa-

lestras e monitoram a evolução das cooperativas

em suas regiões. As atividades visam uma pro-

fissionalização que caminhe junto com os princí-

pios cooperativistas. É importante formar pessoas

não apenas em busca de um diploma, mas de um

comportamento cooperativo.

Aprender a crescerA p r e n d e r a c r e s c e r

Sescoop promove o ingresso em uma

nova geração do cooperativismo brasileiro,

voltado à capacitação e à formação

Cooperativa de mineração - Bahia

Page 93: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

93

ESTÍMULO CAPIXABANo Espírito Santo, o Sescoop acompanha de perto o de-

sempenho de suas cooperativas desde �005. A entidade capixaba

implantou um programa de Certificação de Regularidade Técnica,

que avalia a conformidade das cooperativas do Estado com a

legislação brasileira e com a doutrina cooperativista. A iniciativa

envolve parceria com o DENACOOP.

O trabalho consiste em visitas de técnicos da OCB/Ses-

coop às cooperativas, nas quais são analisados documentos

administrativos e contábeis e feitos diagnósticos. Isso permite

identificar onde estão as falhas e onde estão os acertos.

A partir do diagnóstico, as cooperativas recebem pon-

tuação de acordo com o desempenho e são certificadas. As que

precisam de ajustes ganham certificação provisória e orienta-

ções para a adequação. Mais de 70 organizações já passaram

pelo processo.

A intenção é que as �34 cooperativas registradas no Es-

pírito Santo participem da certificação até o final de �007, reno-

vando-o anualmente, com nova visita e diagnóstico. Todas são

estimuladas a melhorarem a pontuação. A certificação é uma ini-

ciativa para profissionalizar a gestão por meio de uma educação

continuada, indo ao encontro da missão do Sescoop.

The National Cooperative Learning Service (Sescoop) has

turned the page in the Brazilian cooperative system. The sector is

moving from a chapter of state dependence towards reinforcement

and self-administration, with government support. The Service was

born in �998 with a task of permanently investing in the training and

social promotion of the movement’s associates, directors and staff.

It relies on resources generated by the cooperative sector. �.5% of

the staff payroll of Brazilian cooperatives goes to Sescoop.

It is organized into a national body and �7 state bodies, all

interlinked. These entities organize courses, training, lectures and

monitor the development of the cooperatives in their regions. The

activities are geared towards professionalization along the lines of

cooperative principles. It is important to train people not just in

pursuit of a diploma, but in a cooperative spirit.

STIMULATING ESPÍRITO SANTOIn Espiríto Santo, Sescoop has been following the per-

formance of its cooperatives more closely since �005. It has im-

plemented a program of Technical Regularity Certification, which

assesses conformity with Brazilian legislation and the cooperative

doctrine of those cooperatives in the state registered with the Sys-

tem. The initiative involves partnership with the DENACOOP.

The work consists of visits by OCB/Sescoop technicians

to the cooperatives, where the administrative and accounting docu-

ments are analyzed and diagnoses made. This enables identifica-

tion of where things are going well, and where there are faults.

Based on the diagnosis, the cooperatives are awarded

points according to performance, and are certificated. Those

needing adjustments are given temporary certification and gui-

dance for adaptation. More than 70 organizations have gone

through the process.

The aim is for the �34 cooperatives registered in Espírito

Santo to take part in certification by the end of �007, renewing

annually, with a new visit and diagnosis. There is stimulus for

everyone to improve their points. Certification is an initiative for

professionalizing administration through continuing education,

and goes towards meeting Sescoop’s mission.

L e a r n i n g t o g r o wFocused on training and qualification, Ses-

coop is promoting the Brazilian cooperative

movement’s entry into a new generation

Page 94: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

94

El Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo

(Sescoop) fue la vuelta de la página en el libro del sistema coope-

rativista brasileño. El sector pasa de un capítulo de dependencia

estatal para la búsqueda del fortalecimiento y de la autogestión,

teniendo al gobierno como soporte.

El Servicio nació el �998 con la función de invertir per-

manentemente en la capacitación y en la promoción social de los

asociados, de los dirigentes y de los funcionarios del movimiento

cooperativista. Él cuenta con recursos generados por el sector coo-

perativista. De la hoja de pago de los funcionarios de las cooperati-

vas brasileñas, el �,5% se destina al Sescoop.

Está organizado en una entidad nacional y en �7 estatales,

todas interconectadas. Esas unidades promueven cursos, entrena-

mientos, conferencias y monitorean la evolución de las cooperati-

vas en sus regiones. Las actividades buscan una profesionalización

que camine junto con los principios cooperativistas. Es importante

formar personas no sólo en búsqueda de un diploma, sino de un

comportamiento cooperativo.

ESTÍMULO DESDE ESPÍRITO SANTOEn Espírito Santo, el SESCOOP viene acompañando

más de cerca el desempeño de sus cooperativas desde �005.

La entidad capixaba implantó un programa de Certificación de

Regularidad Técnica, que evalúa la conformidad de las coope-

rativas del Estado registradas en el Sistema con la legislación

brasileña y con la doctrina cooperativista. La iniciativa involucra

alianza con el DENACOOP.

El trabajo consiste en visitas de técnicos de la OCB/Sescoop

a las cooperativas, en las cuales se analizan documentos adminis-

trativos y contables y se hacen diagnósticos. Eso permite identificar

dónde están las fallas y dónde están los aciertos.

A partir del diagnóstico, las cooperativas reciben pun-

tuación de acuerdo con el desempeño y se certifican. Las que

necesitan de ajustes ganan certificación provisoria y orientacio-

nes para la adecuación. Mas de 70 organizaciones ya pasaron

por el proceso.

La intención es que las �34 cooperativas registradas

en Espírito Santo participen de la certificación hasta el final de

�007, renovándolo anualmente, con nueva visita y diagnóstico.

Hay estímulo para que todas mejoren la puntuación. La cer-

tificación es una iniciativa para profesionalizar la gestión por

medio de una educación continuada, yendo al encuentro de la

misión del Sescoop.

A p r e n d e r a c r e c e rSESCOOP promueve el ingreso en una nueva

generación del cooperativismo brasileño,

volcado a la capacitación y a la formación

Page 95: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

95

Para conhecer e para praticar a doutrina cooperativista

não há idade mínima. Quanto mais cedo, melhor. Por isso, as

atividades cooperativas mais inovadoras e significativas de-

senvolvidas no ambiente escolar serão premiadas. O MAPA

e o Ministério da Educação e Cultura (MEC) projetam uma

premiação especial para alunos e professores de instituições

públicas e privadas. Trata-se de um projeto futuro dentro do

estímulo à produção acadêmica, no Ensino Fundamental, Mé-

dio, Profissionalizante e Tecnológico, em etapas estaduais,

regionais e nacional. A cada fase, os responsáveis pelas ações

escolhidas receberão uma premiação. A iniciativa pretende es-

timular, divulgar e promover o reconhecimento de atividades

empreendedoras para o desenvolvimento da cultura coopera-

tivista desde a idade escolar.

Vale prêmioV a l e p r ê m i o

Premiação estabelecida pelo governo

pretende estimular o desenvolvimento da

cultura cooperativista desde a idade escolar

Page 96: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

96

There is no minimum age for finding out about

and practicing the cooperative doctrine. The earlier the

better. Therefore, the most innovative and significant co-

operative activities developed in schools will win prizes.

The MAPA and the Ministry of Education and Culture

(MEC) are planning special awards for students and

teachers in private and public institutions. It is future

project aimed at encouraging academic work at Elemen-

tary, Middle, Professional and Technological education,

at state, regional and national levels. Those responsi-

ble for the chosen actions at each level will receive an

award. The initiative intends to stimulate, divulge and

promote recognition of enterprising activities for the the

development of cooperative culture from school age.

Para conocer y para practicar la doctrina cooperativista no

hay edad mínima. Cuanto más temprano, mejor. Por eso, las activi-

dades cooperativas más innovadoras y significativas desarrolladas

en el ambiente escolar serán premiadas. El MAPA y el Ministerio

de Educación y Cultura (MEC) proyectan una premiación espe-

cial para alumnos y profesores de instituciones públicas y privadas.

Se trata de un proyecto futuro dentro del estímulo a la producción

académica, en la Enseñanza Fundamental, Media, Profesionalizante

y Tecnológica, en etapas estatales, regionales y nacional. En cada

fase, los responsables por las acciones escogidas recibirán una re-

compensa. La iniciativa pretende estimular, divulgar y promover el

reconocimiento de actividades emprendedoras para el desarrollo de

la cultura cooperativista desde la edad escolar.

W o r t h p r i z e s

Awards established by the government

aim to stimulate the development of

cooperative culture from school age

V a l e p r e m i oPremiación establecida por el gobierno

pretende estimular el desarrollo de la cultura

cooperativista desde la edad escolar

Elas abrem caminhos

Page 97: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

97

Equilibrando sensibilidade e garra, as mulheres aos pou-

cos chegam a cargos de direção e, o mais importante, são reco-

nhecidas na capacidade de opinar, de gerenciar e de decidir. No

cooperativismo, o sexo feminino representa aproximadamente �5%

dos associados e ��% dos ocupantes de cargos de direção. Os

números ainda estão longe dos ideais, se comparados com a re-

presentatividade das mulheres na população brasileira, que chega a

5�%. No mundo, 50% de toda a população ativa é de mulheres que

trabalham fora do lar.

Com o desafio de ampliar essa participação feminina, o

DENACOOP lançou em �004 o Programa Gênero e Cooperativismo:

Integrando a Família (Coopergênero).

Através dele, o MAPA busca promover a igualdade e valo-

rizar a capacidade feminina para dinamizar o cooperativismo brasi-

leiro. Por isso, apóia atividades de qualificação e de integração da

família dos cooperados.

As ações apoiadas pelo Coopergênero têm como primeiro pas-

so despertar nas próprias mulheres a consciência sobre a importância

do trabalho e da participação delas como cidadãs na vida da comuni-

dade. A causa da mulher é universal e exige o compromisso da tomada

de decisões. Ela precisa estar representada em todos os setores. E para

afiar as capacidades, são realizadas ainda atividades educativas, que en-

globam conteúdos importantes quanto ao entendimento de cidadania,

economia e produção num mundo globalizado.

Os resultados vêm sendo sentidos nas famílias, nas coope-

rativas e nas comunidades às quais estão ligadas as mais de 3 mil

mulheres que participaram de ações de capacitação financiadas pelo

programa, entre �004 e �006.

O objetivo é estimular a incorporação do componente gênero

como política pública, apoiando ações de capacitação, divulgação, ge-

ração de renda e organização cooperativista e associativista com base

no desenvolvimento sustentável, com eqüidade entre mulheres e ho-

mens. Durante o período de �003 a �006, o programa Coopergênero

atendeu entidades por meio de convênios em �4 estados brasileiros e

apoiou institucionalmente mais dois estados. Todas as ações de apoio,

de estímulo e de fomento foram e são destinadas a:

* Sensibilização e capacitação de gestores (as), lideranças e

associados (as) na área de gênero;

* Divulgação de experiências produtivas das mulheres desde a

agricultura familiar até a produção acadêmica;

* Oportunizar o exercício da cidadania da mulher nos níveis

político, social, econômico e cultural;

* Inserir a mulher no agronegócio, na sociedade cooperativa

de contexto familiar;

* Redução das desigualdades;

* Construir modelo de desenvolvimento regional sustentável.

Elas abrem caminhosE l a s a b r e m c a m i n h o s

Através do

Coopergênero, o

Brasil estimula

e viabiliza a

participação mais

efetiva das mulheres

na condução dos

trabalhos em

comunidade

Page 98: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

98

Balancing sensitivity and endeavor, the women are slowly

taking management posts and, more importantly, are recognized as

being very able to give opinions, administrate and take decisions.

Women represent approximately �5% of the associates in the co-

operative movement and occupy��% of management posts. These

figures are still far from ideal if compared with the 5�% representa-

tion of women in the Brazilian population. In the world, 50% of the

entire active population are women who hold regular jobs.

With the challenge of expanding women’s participation,

DENACOOP launched he Gender and Cooperatives: Integrating the

family program (Coopergênero) in �004.

This program intends to promote equality and value

female ability to energize the Brazilian cooperative movement.

It therefore supports activities for qualifying and integrating

members’ families.

The first step of the actions supported by Coopergênero is

to awaken the awareness of women themselves about the impor-

tance of the work and their participation as citizens in community

life. The woman’s cause is universal and requires the commitment

of decision taking. She must be represented in every sector. And to

sharpen the capacities, educational activities are carried out, which

comprise relevant contents as to the understanding of citizenship,

economy and production in a globalized world.

The results are being felt in the families, cooperatives and com-

munities linked to the more than 3000 women who have taken part in

the training activities funded by the program between �004 and �006.

The objective is to promote the incorporation of the gender

component as public policy, giving support to capacity building ini-

tiatives, generation of income and cooperativistic and associativistic

organizations on the ground of sustainable development, with equal

chances for men and women. From �003 to �006, the Coopergen-

der Program assisted entities through agreements in �4 Brazilian

states, and lent institutional support to two additional states. All

support, encouragement and promotion initiatives seek to:

* Sensitize and qualify managers, leaderships and associate

members in the area of the gender;

* Make publicity of the productive experiences of the wom-

en, from family farming to academic work;

* Give women the chance to exert their citizenship rights at

social, political, economic and cultural level;

* Insert the women into agribusiness, family-oriented co-

operative society;

* Reduce inequalities;

* Build a sustainable regional development model.

Through Coopergênero,

Brazil stimulates and

enables the more

effective participation of

women in directing work

in the community

T h e y o p e n t h e w a y

Page 99: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

99

Equilibrando sensibilidad y garra, las mujeres poco a poco

llegan a cargos de dirección y, lo más importante, son reconocidas

en la su capacidad de opinar, de administrar y de decidir. En el

cooperativismo, el sexo femenino representa aproximadamente el

�5% de los asociados y el ��% ocupantes de cargos de dirección.

Los números aún están lejos de los ideales, si se comparan con

la representatividad de las mujeres en la población brasileña, que

llega al 5�%. En el mundo, el 50% de toda la población activa es de

mujeres que trabaja fuera del hogar.

Con el desafío de ampliar esta participación femenina, el

DENACOOP lanzó en �004 el programa Género y Cooperativismo:

Integrando a la Familia (Coopergênero). El objetivo es promover la

igualdad y valorar la capacidad femenina para dinamizar el coope-

rativismo brasileño. Por esto, apoya actividades de calificación y de

integración de la familia de los cooperados.

Las acciones apoyadas por el Coopergênero tienen como

primer paso despertar en las propias mujeres la consciencia sobre

la importancia del trabajo y de la participación de ellas como ciu-

dadanas en la vida en comunidad. La causa de la mujer es universal

y exige el compromiso de la toma de decisiones. Ella necesita estar

representada en todos los sectores. Y para afinar sus capacidades,

se realizan también actividades educativas, que engloban conteni-

dos importantes en lo que se refiere al entendimiento de ciudada-

nía, economía y producción en un mundo globalizado.

Los resultados se vienen sintiendo en las familias, en las

cooperativas y en las comunidades las cuales están unidas a las más

de 3.000 mujeres que participaron de acciones de capacitación finan-

ciadas por el programa, entre �004 y �006.

El objetivo es promover la incorporación del componente

género como política pública, apoyando acciones de capacitación,

divulgación, generación de renta y organización cooperativista y

asociativista con base en el desarrollo sostenible, con equidad entre

mujeres y hombres. Durante el período �003 a �006, el programa

Coopergénero atendió entidades por medio de convenios en �4

estados brasileños y apoyó institucionalmente dos Estados más.

Todas las acciones de apoyo, de estímulo y de fomento fueron y

están destinadas a:

* Sensibilización y capacitación de gestores (as), liderazgos

y asociados (as) en el área de género;

* Divulgación de experiencias productivas de las mujeres

desde la agricultura familiar hasta la producción académica;

* Dar oportunidad al ejercicio de la ciudadanía de la mujer

en los niveles político, social, económico y cultural;

* Insertar a la mujer en el agronegocio, en la sociedad coo-

perativa de contexto familiar;

* Reducción de las desigualdades;

* Construir modelo de desarrollo regional sostenible.

Ellas abren caminosA través del Coopergênero,

Brasil estimula y viabiliza la

participación más efectiva de las

mujeres en la conducción de los

trabajos en comunidad

Page 100: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�00

Lugar de mulher é na cooperativa Uma iniciativa pioneira do Coopergênero foi desenvolvi-

da na região Noroeste do Rio Grande do Sul, entre �004 e �005,

pela Cooperativa Agro-Pecuária Alto Uruguai (Cotrimaio). Apro-

ximadamente 600 esposas e filhas de cooperados participaram

do Projeto de Desenvolvimento e Capacitação da Mulher Agricul-

tora para a Gestão da Propriedade e o Cooperativismo, financiado

pelo MAPA e pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres,

da Presidência da República.

Há quase 30 anos a Cotrimaio vinha promovendo cursos

voltados para as mulheres, iniciando por temas como culinária e

artesanato e passando para assuntos mais abrangentes, entre eles

auto-estima e medicina alternativa. Mas, entrando no século ��,

as mulheres queriam saber mais também sobre questões ligadas

à cidadania e à administração das propriedades rurais de suas

famílias, o que motivou uma capacitação diferente.

Com essa demanda e com o apoio do governo federal, a

Cotrimaio formou turmas em �3 municípios da região, reunindo

mulheres com diferentes níveis de escolaridade, mas com o mesmo

objetivo: aprender mais sobre o mundo à sua volta. As aulas foram

divididas nos módulos Fundamentos; Economia e Gestão da Pro-

priedade; Participação e Cidadania. Essa diversidade proporcionou

uma qualificação mais completa às participantes. Normalmente, os

programas de capacitação são pontuais e não dão a lógica do sis-

tema. Além de aprenderem teoria, as alunas visitaram indústrias da

região e o porto marítimo da cidade de Rio Grande, onde puderam

verificar como são levados para o exterior os produtos que saem

das lavouras. A maioria viu o mar de perto pela primeira vez.

Tantos ensinamentos estimularam as mulheres a serem

mais pró-ativas. Estima-se um aumento de 400% na participa-

ção delas em assembléias e reuniões de núcleos da cooperativa.

Nas atividades, como normalmente encaram os problemas de

uma forma diferente, as mulheres elevam o nível das discus-

sões na entidade.

Page 101: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�0�

Women belong in cooperatives One of Coopergênero’s pioneering initiatives was devel-

oped in the Northeastern region of Rio Grande do Sul from �004

to �005, by the Upper Uruguay Agricultural Cooperative (Co-

trimaio). Approximately 600 wives and daughters of members

took part in the Project for Developing and Enabling Farming

Women in Property Management and Cooperatives, financed by

MAPA and the Presidency of The Republic’s Special Secretariat

for Women’s Policies.

Cotrimaio had been organizing courses for women for

almost 30 years, starting with subjects like cookery and handi-

craft, and moving on to wider matters, including self-esteem and

alternative medicine. But entering the ��st century, women want

to know more about issues connected to citizenship and running

their families’ rural properties, which has been the motivation for

different training.

With this demand, and with support from the federal gov-

ernment, Cotrimaio trained groups in �3 municipalities in the re-

gion, bringing together women with different levels of education,

but with the same aims: to learn more about the world around

them. Classes were divided into modules entitled Fundamentals;

Property Administration and Economy; Participation and Citizen-

ship. This diversity offered participants more complete qualifi-

cation. Training programs normally deal with points and don’t

explain the logic of the system. In addition to learning theory,

students also visited industries in the region and the Rio Grande

seaport, where they could check how the products from the

fields are taken abroad. Most of them were seeing the sea for

the first time.

Such teaching stimulates women to be more proactivet. An

increase of 400% is estimated in their participation at cooperative

assemblies and core meetings. As they usually look at problems

differently, women raise the level of the entity’s discussions.

El lugar de la mujer es en la cooperativa Una iniciativa pionera del Coopergênero fue desarrollada

en la región Noroeste de Rio Grande do Sul, entre �004 y �005,

por la Cooperativa Agropecuaria Alto Uruguay (Cotrimaio). Apro-

ximadamente 600 esposas e hijas de cooperados participaron del

Proyecto de Desarrollo y Capacitación de la Mujer Agricultora

para la Gestión de la Propiedad y el Cooperativismo, financiado

por el MAPA y por la Secretaría Especial de Políticas para Muje-

res, de la Presidencia de la República.

Hace casi 30 años la Cotrimaio venía promoviendo cursos

dirigidos a las mujeres, iniciando con temas culinarios y artesa-

nales y pasando a asuntos de más alcance, entre ellos autoestima

y medicina alternativa. Pero, entrando al siglo XXI, las mujeres

querían saber más sobre asuntos relacionados a la ciudadanía y

a la administración de las propiedades rurales de sus familias, lo

que motivó una capacitación diferente.

Con esta demanda y con el apoyo del gobierno federal, la

Cotrimaio formó grupos en �3 municipios de la región, reunien-

do a mujeres con diferentes niveles de escolaridad, pero con el

mismo objetivo: aprender más sobre el mundo a su alrededor. Las

aulas fueron divididas en los módulos Fundamentos; Economía y

Gestión de la Propiedad; Participación y Ciudadanía. Esta diversi-

dad proporcionó una calificación más completa a las participan-

tes. Normalmente, los programas de capacitación son puntuales

y no dan la lógica del sistema. Además de aprender teoría, las

alumnas visitaron industrias de la región y el puerto marítimo

de la ciudad de Rio Grande, donde pudieron verificar cómo se

llevan al extranjero los productos que salen de las plantaciones.

La mayoría vio el mar de cerca por primera vez.

Tantas enseñanzas estimularon a las mujeres a ser más

proactivas. Se estima un aumento del 400% en la participación

de ellas en asambleas y reuniones de núcleos de la cooperativa.

En las actividades, como normalmente encaran los problemas

de forma diferente, las mujeres elevan el nivel de las discusiones

en la entidad.

Page 102: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�0�

Empreendedoras Em uma propriedade de São José do Inhacorá, no Rio

Grande do Sul, uma tecnologia simples dobrou a produção de

leite. As vacas, antes alimentadas com pasto, passaram a rece-

ber silagem: ao invés de �0 litros, começaram a dar 40 litros

de leite por dia. A melhoria foi obtida graças à sugestão que a

mulher deu ao marido, e resulta das aulas no Projeto de Desen-

volvimento e Capacitação da Mulher Agricultora para a Gestão

da Propriedade e o Cooperativismo, realizado na Cotrimaio, em

Três de Maio (RS). Mas essa foi apenas uma das muitas coisas

que aprendeu esta mulher agricultora, que precisou deixar o

colégio na terceira série do Ensino Fundamental para ajudar a

família com o trabalho na lavoura. Hoje, ela já compreende até

como funciona a Bolsa de Chicago.

Mais uma inovação ocorreu em uma propriedade na

cidade de Três de Maio, onde outra agricultora, atenta às boas

perspectivas do biodiesel, agregou o girassol às plantações de

milho, soja, trigo e aveia. O marido aprovou a diversificação nas

atividades. O produtor, entusiasmado com as conquistas da mu-

lher, chegou a se emocionar na formatura do curso.

Outra agricultora de Três de Maio tirou ensinamentos di-

ferentes do projeto. Como o marido trabalha na cidade, há cinco

anos ela administra a propriedade do casal. E usa o que aprendeu

no curso técnico de Contabilidade como suporte para gerenciar

as produções de soja, milho, aveia e leite. A maior novidade para

ela foi desmistificar o movimento feminista, do qual só tinha ou-

vido boatos, nem sempre positivos. O estímulo foi tanto que em

�006 ela tornou-se presidente do Conselho Municipal dos Di-

reitos da Mulher de Três de Maio. Constatou que hoje a mulher

rural está mais organizada e que já há preocupação de mobilizar

também a urbana.

Mesmo tendo participação ativa na sociedade, o capricho

da casa e da propriedade comprovam que a mulher não deixou de

lado os afazeres do lar. Organizando as tarefas, é possível conci-

liar tudo. Depois do aprendizado, duas dessas mulheres foram em

busca de vôos mais altos, literalmente. Elas viajaram para o Rio

Grande do Norte, em maio de �006, para participar, como pales-

trantes, do �º Encontro de Mulheres Cooperativistas do Estado,

mostrando os resultados do projeto gaúcho.

Page 103: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�03

Entrepreneurs A simple technique has doubled milk production

on a farm in São José do Inhacorá, Rio Grande do Sul.

Cows previously fed on pasture are now given silage: in-

stead of giving �0 liters, they now give 40 liters of milk per

day. The improvement was obtained thanks to the sugges-

tion of the wife to her husband, result from the classes in

the Project for Developing and Training Women Farmers

for Farm Administration and Cooperatives. But this was

just one of the things this woman farmer learned when

she had to leave school after the third grade of Elementary

Teaching to help her family working in the fields. Now she

even knows how the Chicago stock exchange works.

One more innovation occurred in the town of Três

de Maio, where another woman farmer, alert to the good

prospects for biodiesel, added sunflowers to the corn, soy-

bean, wheat and oat plantations. Her husband approved.

Her husband gave his approval to activity diversification.

The producer, excited about his wife’s achievements, felt

very happy at the course graduation.

Another farmer from Três de Maio learnt

something different from the project. As her husband

works in the town, she has run the couple’s property

for five years. And she uses what she learnt on the

technical Accountancy course to support administra-

tion of soybean corn, oats and milk production. The

greatest new feature was demystifying the feminist

movement, which she had not always positive rumors

about. She was so encouraged that in �006 she be-

came president of the Três de Maio Municipal Coun-

cil for Women’s Rights. She realized that rural women

are more organized today and there is great concern

in mobilizing urban women, too.

Even playing an active part in society, care for

the house and farm prove that they have not neglected

tasks at home. Organizing the chores, it’s possible to

do everything. Since the course the two women sought

to fly higher, literally. They traveled to Rio Grande do

Norte in May �006 to speak at the �st Cooperative

Women’s Meeting in the state, showing the results from

the project in Rio Grande do Sul.

Emprendedoras En una propiedad de São José do Inhacorá, en Rio Grande do Sul, una

técnica simple duplicó la producción de leche. Las vacas, antes alimentadas con

pasto, pasaron a recibir forraje: en lugar de �0 litros, comenzaron a producir

40 litros de leche por día. La mejora se obtuvo gracias a la sugerencia que la

mujer le dio a su marido, producto de las clases en el Proyecto de Desarrollo y

Capacitación de la Mujer Agricultora para la Gestión de la Propiedad y el Coope-

rativismo, realizado en la Cotrimaio en la ciudad de Três de Maio (RS). Pero esa

fue sólo una de las muchas cosas que esta mujer agricultora, que precisó dejar

el colegio en el tercer año de la Enseñanza Fundamental para ayudar a la familia

con el trabajo en la plantación, aprendió. Hoy, ella incluso ya sabe cómo funciona

la Bolsa de Chicago.

Una innovación más se llevó a cabo en la ciudad de Três de Maio, donde

otra agricultora, atenta a las buenas perspectivas del biodiesel, agregó el girasol a

las plantaciones de maíz, soja, trigo y avena. El marido aprobó la diversificación

en las actividades. El productor, entusiasmado con las conquistas de su mujer,

llegó a emocionarse en la graduación del curso.

Otra agricultora de Três de Maio sacó diferentes lecciones del proyecto.

Como su marido trabaja en la ciudad, hace cinco años ella administra la propiedad

de la pareja. Y ella usa lo que aprendió en el curso técnico de Contabilidad como

soporte para administrar las producciones de soja, maíz, avena y leche. La mayor

novedad para ella fue desmitificar el movimiento feminista, del cual sólo había oído

rumores, no siempre positivos. El estímulo fue tanto que en �006 a ella la eligieron

Presidente del Consejo Municipal de los Derechos de la Mujer de Três de Maio.

Constató que hoy la mujer rural está más organizada y que ya existe la preocupación

de movilizar también a la urbana.

Aunque teniendo participación activa en la sociedad, el cuidado de la

casa y de la propiedad comprueban que la mujer no dejó de lado los quehace-

res del hogar. Organizando las tareas es posible conciliarlo todo. Después de lo

aprendido, las dos mujeres fueron en búsqueda de vuelos más altos, literalmente.

Ellas viajaron a Rio Grande do Norte, en mayo de �006, para participar, como

conferencistas del �º Encuentro de Mujeres Cooperativistas del Estado, mostran-

do los resultados del proyecto gaúcho.

Page 104: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�04

Voluntários da cooperaçãoV o l u n t á r i o s d a c o o p e r a ç ã o

Centro de

Voluntários em

Cooperativismo

e Economia

Social

desencadeia

uma nova

proposta de

auxílio social

nas Américas

Uma legião de voluntários está sendo formada para aju-

dar o desenvolvimento de cooperativas em países americanos e

integrantes da Organização das Cooperativas dos Povos de Língua

Portuguesa (OCPLP). O Centro de Voluntários em Cooperativismo

e Economia Social para as Américas (Vocoopas) foi lançado no

final de �005 no Brasil. Graças ao apoio do DENACOOP, em pouco

mais de seis meses, o Vocoopas cadastrou �70 voluntários, todos

brasileiros, interessados em colaborar. O voluntário número um foi

o líder cooperativista e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abas-

tecimento (MAPA) do Brasil, Roberto Rodrigues.

A iniciativa da Vocoopas partiu da organização cooperati-

vista internacional ACDI/Voca, que tem matriz em Washington, nos

Estados Unidos, e atua no Brasil desde a década de �970, numa

parceria com o DENACOOP. Nesses anos de experiência, a Voca

trouxe centenas de voluntários de outros países para auxiliar co-

operativas brasileiras. Pela experiência acumulada pelo Voca, será

possível criar um banco de dados próprio e fazer o voluntariado no

Brasil e em outros países.

O Vocoopas busca estimular brasileiros a participarem

como voluntários, mas aceitará também pessoas de outros países

interessadas em atuar com os povos americanos e de língua por-

tuguesa. Pode ser voluntário quem tem experiência cooperativa,

prática ou teórica, bem como disponibilidade para prestar con-

sultoria em entidades que precisam de apoio profissional e não

podem arcar com os custos de um consultor.

Este trabalho consegue profissionalizar e melhorar a com-

petitividade dos negócios cooperativos, dando condições de manu-

tenção e de crescimento mesmo num mercado competitivo.

Page 105: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�05

BANCO DE DADOS Todos os segmen-

tos do cooperativismo e do associativismo podem ser

assistidos por voluntários, em atividades ligadas a con-

tabilidade, administração, marketing, desenvolvimento

de cooperativas, processamento de produtos agrícolas

e outras. O trabalho começa com um diagnóstico de

problemas e termina com uma orientação sobre manei-

ras de solucioná-los.

O banco de dados do Vocoopas é organizado

com um programa de informática denominado Stars,

desenvolvido pela ACDI/Voca internacional. Ele permi-

te identificar o voluntário com as características que

melhor atendam às necessidades da cooperativa que

precisa de apoio.

DATABASE All fields of cooperatives and asso-

ciations can be helped by volunteers, in activities related

to accounts, administration, marketing, cooperative develop-

ment, agricultural produce processing and others. The work

star ts with diagnosing problems and ends with guidance on

how to solve them.

The Vocoopas database is organized with computer

program called Stars, developed by ACDI Voca international. It

enables identification of the volunteer with characteristics that

best meet the needs of the cooperative needing support.

V o l u n t e e r s f o r c o o p e r a t i o nThe Center for Volunteers in

Cooperatives and Social Economy

opens a new social assistance

project in the Americas

A legion of volunteers is being formed to help develop-

ment of cooperatives in American countries and members of the

Portuguese Speaking Peoples’ Organization of Cooperatives (OC-

PLP). The Center for Volunteers in Cooperatives and Social Economy

(Vocoopas) was launched in Brazil at the end of �005. Thanks to DE-

NACOOP support, in a little less than six months it has registered �70

volunteers, all Brazilian, interested in collaborating. The first volunteer

was the cooperative leader and Brazilian ex-Minister of Agriculture,

Livestock and Food Supply (MAPA), Roberto Rodrigues.

The Vocoopas initiative started from the ACDI/Voca inter-

national cooperative organization, based in Washington, USA, and

working in Brazil since the �970s, in partnership with DENACOOP.

During these years of experience Voca brought hundreds of vol-

unteers from other countries to assist Brazilian cooperatives. After

working for so long, it will be possible to create a database and

provide volunteers in the country and others.

Vocoopas seeks to encourage Brazilians to take part as vol-

unteers, but will also accept people from other countries interested

in working with American and Portuguese speaking peoples. The

volunteer can have practical or theoretical experience, and also be

available to provide consultancy to entities needing professional

support, and may not charge consultancy fees.

This work manages to professionalize and improve the

competitiveness of cooperative trade, giving conditions for continu-

ation and growth even in a competitive market.

Page 106: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�06

Una legión de voluntarios se está formando para ayudar al

desarrollo de cooperativas en países americanos e integrantes de la

Organización de Cooperativas de los Pueblos de Lengua Portuguesa

(OCPLP). El Centro de Voluntarios en Cooperativismo y Economía

Social para las Américas (Vocoopas) fue lanzado al final de �005

en Brasil. Gracias al apoyo del DENACOOP, en poco más de seis

meses, el Vocoopas registró a �70 voluntarios, todos brasileños,

interesados en colaborar. El voluntario número uno fue el líder coo-

perativista y ex ministro de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento

(MAPA) de Brasil, Roberto Rodrigues.

La iniciativa de la Vocoopas partió de la organización coo-

perativista internacional ACDI/Voca, que tiene matriz en Washington,

en los Estados Unidos, y actúa en Brasil desde la década de �970,

en una alianza con el DENACOOP. En estos años de experiencia,

Voca trajo a centenas de voluntarios de otros países para auxiliar a

cooperativas brasileñas. Por la experiencia acumulada por el Voca,

será posible, crear un banco de datos propio y hacer el voluntariado

en Brasil y en otros países.

El Vocoopas busca estimular a brasileños a participar como vo-

luntarios, pero aceptará también a personas de otros países interesadas

en actuar con los pueblos americanos y de lengua portuguesa. Puede

ser voluntario quien tiene experiencia cooperativa, práctica o teórica, así

como disponibilidad para prestar consultoría en entidades que necesitan

de apoyo profesional y no pueden pagar los costos de un consultor.

Este trabajo consigue profesionalizar y mejorar la competi-

tividad de los negocios cooperativos, dando condiciones de mante-

nimiento y de crecimiento inclusive en el mercado competitivo.

Marcas na trajetóriaOs primeiros técnicos voluntários que a ACDI/Voca trouxe para o

Brasil tiveram uma importante atuação no desenvolvimento tecnológico e

organizacional das cooperativas. Vindos principalmente dos Estados Uni-

dos, eles apresentaram novas tecnologias sobretudo para cooperativas

agropecuárias, trabalhando diferentes elos das cadeias produtivas.

Os setores lácteo e de soja receberam melhoramentos a partir

das orientações dos técnicos internacionais. A primeira usina de trans-

formação da soja em óleo foi feita pela cooperativa Cotia, de São Paulo,

na década de �970, graças ao trabalho voluntário de transferência de

tecnologia das cooperativas americanas.

Para receber um voluntário, a cooperativa precisa se inscrever

junto à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que faz uma

seleção observando a necessidade do apoio. São considerados ainda

outros requisitos, como contabilidade em dia, potencial de reação na

comunidade e condições de prestar apoio logístico aos voluntários.

A prioridade da parceria do DENACOOP com a ACDI/Voca no Brasil

é atender os estados situados no território da Floresta Amazônica no

setor da agricultura, como as cadeias produtivas de cupuaçu, guaraná,

abacaxi, piscicultura e oleaginosas, entre outras.

No mundo, a entidade tem �5 mil voluntários cadastrados

e atua em aproximadamente 60 países, principalmente em regiões

de depressão econômica ou que passaram por algum problema am-

biental, político ou financeiro. Esse trabalho está dentro das linhas

da educação cooperativa, da capacitação gerencial, da exportação e

do intercâmbio internacional.

BANCO DE DATOS Todos los sectores del

cooperativismo y del asociativismo pueden ser asistidos por

voluntarios, en actividades relacionadas a contabilidad, admi-

nistración, marketing, desarrollo de cooperativas, proceso de

productos agrícolas y otras. El trabajo comienza con un diag-

nóstico de problemas y termina con una orientación sobre ma-

neras de cómo solucionarlos.

El banco de datos del Vocoopas está organizado con

un programa de informática denominado Stars, desarrollado

por la ACDI/Voca internacional. El mismo permite identificar

al voluntario con las características que mejor atiendan a las

necesidades de la cooperativa que necesita apoyo.

Vo l u n t a r i o s d e l a c o o p e r a c i ó nCentro de Voluntarios en Cooperativismo

y Economía Social desencadena una nueva

propuesta de auxilio social en las Américas

Page 107: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�07

Marking the wayThe first volunteer technicians brought to Brazil by

ACDI/Voca did important work in the technological and organi-

zational development of cooperatives. Coming mainly from the

United States, they introduced new technologies, especially for

agricultural cooperatives, working with the different links in the

chains of production.

The dairy and soybean sectors improved after receiving

guidance from international technicians. The first soya oil pro-

cessing plant was made by the Cotia cooperative in São Paulo

in the 70s thanks to voluntary work transferring technology from

American cooperatives.

A cooperative wishing to have a volunteer has to apply to

the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), which makes

the selection according to the need for support and inability to

pay a private consultant. Other features such as current accounts,

potential for community reaction and conditions for logistical

support for volunteers are also considered. DENACOOP and

ACDI/Voca’s partnership priority in Brazil is to provide services

to the agricultural sector in the Amazon states, with production

chains such as cupuaçu, guaraná, pineapples, fish farming and

oil crops, among others.

In the world, the entity has �5,000 volunteers registered

globally, and works in approximately 60 countries, particularly in

regions that are economically deprived or have undergone some

environmental, political or financial problem. This work complies

with cooperative education, management capacity building, exports

and international cooperation.

Marcas en la trayectoriaLos primeros técnicos voluntarios que ACDI/Voca trajo a

Brasil tuvieron una importante actuación en el desarrollo tecnoló-

gico y organizacional de las cooperativas. Venidos principalmente

de los Estados Unidos, ellos presentaron nuevas tecnologías sobre

todo para cooperativas agropecuarias, trabajando diferentes eslabo-

nes de las cadenas productivas.

Los sectores lácteo y de soja recibieron mejoras a partir de

las orientaciones de los técnicos internacionales. La primera planta

de transformación de soja en aceite la hizo la cooperativa Cotia, de

São Paulo, en la década de �970, gracias al trabajo voluntario de

transferencia de tecnología de las cooperativas americanas.

Para recibir a un voluntario, la cooperativa necesita can-

didatearse junto a la Organización de las Cooperativas Brasileñas

(OCB), que hace una selección observando la necesidad del apoyo.

Se consideran aún otros requisitos, como contabilidad al día, po-

tencial de reacción en la comunidad y condiciones de prestar apoyo

logístico a los voluntarios. La prioridad de la alianza del DENACO-

OP con ACDI/Voca es atender los Estados situados en el territorio

de la Floresta Amazónica en el sector de la agricultura, como las

cadenas productivas de cupuaçu, guaraná, piña, piscicultura y ole-

aginosas, entre otras.

En el mundo, la entidad tiene �5.000 voluntarios registrados

y actúa en aproximadamente 60 países, principalmente en regiones

de depresión económica o que pasaron por algún problema am-

biental, político o financiero. Este trabajo está dentro de las líneas

de la educación cooperativa, de la capacitación de administración,

de la exportación y del intercambio internacional.

Page 108: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�08

Gerenciar uma cooperativa não é tarefa fácil. Seguir os prin-

cípios do cooperativismo e conhecer o ramo de atuação são aspec-

tos imprescindíveis, mas é preciso ainda entender de administra-

ção, contabilidade, técnicas de liderança, tecnologia… Por isso, a

gestão é um desafio do cooperativismo brasileiro. Para buscar pro-

fissionalização, é necessário educação, informação, capacitação e

intercooperação. A preocupação se reflete nos investimentos. Quase

80% do orçamento do DENACOOP, que totaliza cerca de R$ �0

milhões por ano, é aplicado em programas e em ações destinados

a qualificar a gestão das cooperativas brasileiras.

Além disso, o DENACOOP começa a dar forma a um projeto

inovador, chamado, inicialmente, de Universidade do Cooperativis-

mo. A iniciativa vai estimular e organizar a oferta de cursos que

aliam prática e teoria em projetos de educação à distância, usando

as ferramentas da informática. A organização será virtual, contando

com a infra-estrutura física de instituições de ensino parceiras e

tendo um comitê gestor, com especialistas em cooperativismo.

Apesar de ser chamada de universidade, a estrutura teria

forma diversa daquela que tradicionalmente identifica uma institui-

ção de ensino superior. Os cursos oferecidos serão técnicos e um

requisito importante para os docentes será a vivência cooperativa.

A idéia do projeto nasceu a partir do Programa de Estímulo

ao Ensino e à Produção Acadêmica na Área do Cooperativismo,

criado no MAPA pela Portaria Ministerial nº �57, de 7 de julho

de �004, para fomentar e para apoiar a educação no setor. Através

dele, também está sendo criado um link no portal do Ministério da

Educação e Cultura (MEC) e do MAPA com publicações de acesso

virtual e informações sobre o cooperativismo. Simultaneamente, é

realizado um estudo antropológico sobre a contribuição das coope-

rativas para as comunidades.

O programa também prevê a concessão de bolsas de

estudos para alunos de graduação e pós-graduação interessa-

dos em desenvolver projetos na área. O DENACOOP preocupa-

se especialmente em dar continuidade e apoio financeiro aos

projetos na graduação, na pós-graduação e na especialização

voltados ao cooperativismo.

Estímulo ao conhecimentoE s t í m u l o a o c o n h e c i m e n t o

Um projeto inovador vai estimular e organizar

a oferta de cursos que aliem a prática e a teoria

no ensino sobre cooperativismo

Page 109: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

�09

Administrating a cooperative is not an easy task. Following cooperative principles and having knowledge of the field are essen-tial aspects, but it is also necessary to understand administration, accounting, leadership techniques, technology… Management is therefore a challenge for Brazilian cooperatives. To seek profession-alization, there is a need for education, information, skills and inter-cooperation. This concern is reflected in investments. Almost 80% of DENACOOP’s budget, which is around R$ �0 million per year, is applied to programs and actions for qualifying the administration of Brazilian cooperatives.

Furthermore, DENACOOP has started to give shape to an in-novative project, initially called the University of Cooperativism. The initiative will stimulate and organize the availability of courses linking practice and theory, and can be followed without leaving home, using information technology. Organization will be virtual, with a physical infrastructure of partner teaching institutions, and an administrative committee with specialists in the cooperative movement.

Although it is called a university, its structure will be different from that traditionally associated with a higher education institution. The courses offered will be technical and and a relevant requirement

for the faculty members is an experience of cooperative living. The idea of the project came from the Program for Stimulat-

ing Teaching and Academic Production in the Area of Cooperatives, created by MAPA in �004 to foment and support education in the sector. It will also create a link on the Ministry of Education and Culture (MEC) and the MAPA portal to virtual books about coopera-tives. There will simultaneously be an anthropological study into the continuation of cooperatives for communities.

The program also foresees awarding study grants to un-dergraduate and postgraduate students interested in developing projects in the area. DENACOOP is particularly interested in giving continuity and financial support to undergraduate, post graduation and specialization projects geared toward cooperativism.

K n o w l e d g e - o r i e n t e dAn innovative Denacoop project will stimu-

late and organize availability of courses

linking practice and theory in teaching

about cooperatives

Dirigir una cooperativa no es tarea fácil. Seguir los prin-cipios del cooperativismo y conocer el ramo de actuación son as-pectos imprescindibles, pero es preciso además entender de ad-ministración, contabilidad, técnicas de liderazgo, tecnología… Por esto, la gestión es un desafío del cooperativismo brasileño. Para buscar profesionalización, se vuelven necesarios la educación, la información, la capacitación y la intercooperación. La preocupación se refleja en las inversiones. Casi el 80% del Presupuesto del DE-NACOOP, que totaliza cerca de R$ �0 millones por año, se aplica en programas y en acciones destinados a calificar la gestión de las cooperativas brasileñas.

Además, el DENACOOP comienza a dar forma a un proyecto innovador llamado inicialmente Universidad del Cooperativismo. La iniciativa va a estimular y a organizar la oferta de cursos que unen práctica y teoría en proyectos de educación a distancia, usando las herramientas de la informática. La organización será virtual, contan-do con la infraestructura física de instituciones de enseñanza aliadas y teniendo un comité gestor, con especialistas en cooperativismo.

A pesar de ser llamada universidad, la estructura tendría for-ma diferente de aquella que tradicionalmente identifica una institución de enseñanza superior. Los cursos ofrecidos serán técnicos y un re-quisito importante para los docentes será la vivencia cooperativa.

La idea del proyecto nació a partir del Programa de Es-

tímulo a la Enseñanza y a la Producción Académica en el Área del Cooperativismo, creado en el MAPA a través del Decreto Ministerial nº �57, del 07 de julio de �004, para fomentar y para apoyar la educación en el sector. A través de él, se está creando también un enlace en el portal del Ministerio de Educación y Cultura (MEC) y del MAPA, con publicaciones de acceso virtual e informaciones sobre cooperativismo. Simultáneamente, se vie-ne realizando un estudio antropológico sobre la contribución de las cooperativas para las comunidades.

El programa también prevé la concesión de becas de es-tudios para alumnos de graduación y postgrado interesados en desarrollar proyectos en el área. El DENACOOP se preocupa es-pecialmente en dar continuidad y apoyo financiero a los proyectos en los cursos de graduación, postgrado y especialización volca-dos al cooperativismo.

E s t í m u l o a l c o n o c i m i e n t oUn proyecto innovador del Denacoop va

a estimular y organizar la oferta de cursos

que unan la práctica y la teoría en la

enseñanza sobre cooperativismo

Page 110: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��0

Está comprovado cientificamente: as cooperativas são fortes

alavancas para o desenvolvimento das comunidades em que estão in-

seridas. Um estudo do Centro de Pesquisa Aplicada em Antropologia

(BARA, na sigla em inglês) da Universidade do Arizona, nos Estados

Unidos, apontou o quanto elas conseguem regular preços no mer-

cado, servir como exemplos de democracia e contribuir para o cres-

cimento econômico das comunidades e dos associados. A pesquisa

foi feita em cinco cooperativas brasileiras – quatro da região Norte e

uma do Sudeste (no caso, São Paulo) – e com entidades paraguaias,

ligadas à agropecuária. O estudo contou com a parceria da entidade

ACDI/Voca Brasil e com o apoio do DENACOOP.

A cooperativa realmente é uma força na comunidade em

que está inserida. Para se chegar a essas conclusões, a equipe de

pesquisadores do BARA fez um trabalho bibliográfico; depois, os

integrantes passaram um tempo nas comunidades. A convivência

possibilitou entrevistar cooperados, líderes do setor, gerentes de

bancos das localidades, autoridades públicas, comerciantes e estu-

diosos. Os resultados foram semelhantes no Brasil e no Paraguai.

O estudo começou em �004 e tem o prazo de cinco anos

para a conclusão, incluindo mais duas etapas, na Colômbia e na

Bolívia. O enfoque é identificar estratégias bem-sucedidas de coo-

perativas quanto à melhoria da qualidade de vida, usando os casos

em análise como exemplos a serem seguidos. No Brasil, constatou-

se que as cooperativas pesquisadas passaram por momentos de

crise e conseguiram superá-los buscando a profissionalização e a

diversificação de produtos. Porém, ainda há desafios. O trabalho

apontou a necessidade de um melhor planejamento das ações das

cooperativas e de mais equilíbrio entre a gestão empresarial e a

preocupação social e educativa com os associados. É importante

ainda uma mudança de comportamento dos cooperados.

Faz bem à comunidadeF a z b e m à c o m u n i d a d e

Pesquisa

desenvolvida

junto a

cooperativas

do Brasil e do

Paraguai aponta

que as entidades

são uma grande

força nas regiões

em que atuam

Representantes ACI e ACDI/VOCA

Page 111: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

���

It is scientifically proven: cooperatives are strong levers for

the development of the communities they work in. A study by the

Bureau of Applied Research in Anthropology (BARA) at the Uni-

versity of Arizona in the United States has indicated how they have

managed to control prices in the marketplace, serve as examples

of democracy and contribute to the economic growth of their com-

munities and associates. Research was carried out at five Brazilian

cooperatives – four in the Northern region, and one in the Southeast

(São Paulo) – and with Paraguayan organizations linked to agricul-

ture. BARA worked in partnership with ACDI/Voca Brasil and was

supported by the DENACOOP.

The cooperative really is a force in the community in which it

works. BARA’s research team came to these conclusions by carrying

out bibliographical work and then spending time in the communities.

The interaction enabled them to interview cooperative members, sec-

tor leaders, bank managers, public authorities, merchants and schol-

ars. Results from Brazil and Paraguay were similar.

The study began in �004 and will take five years to com-

plete, including another two stages, in Colombia and Bolivia. It is

focused on identifying successful cooperative strategies in terms

of quality of life, using the analyzed cases as examples to be fol-

lowed. In Brazil, it was shown that the surveyed cooperatives had

gone through times of crisis, but had managed to overcome them

by becoming professional and through diversification of products.

Challenges remain, however. The study has indicated the need for

better planning of cooperative activities and greater balance be-

tween business management and social and educational concern

by the associates. What is also important is a change in behavior

of the associates.

INSPIRAçãO NO TIO SAMBuscando inspiração no trabalho da Universidade do Ari-

zona, o Brasil também reuniu pesquisadores para estudar o coo-

perativismo. Sob a coordenação da ACDI/Voca Brasil, as equipes

trabalharam com uma organização de São Paulo, na região Sudeste

do País, e outra do Amapá, no Norte. O diagnóstico indicou reco-

mendações para apoiar as cooperativas e para promover o desen-

volvimento do sistema.

O trabalho dos brasileiros identificou algumas dificulda-

des na forma de administração das cooperativas. É preciso ter

força organizacional para manter o quadro de cooperados em

ação. A cooperativa pode dar muito certo, desde que seja bem

planejada, direcionada, e com objetivos definidos. As conclusões

serão acrescentadas ao trabalho do BARA, da Universidade do

Arizona, nos Estados Unidos.

INSPIRED BY UNCLE SAMSeeking inspiration from the work by the University of Arizona, Brazil has also assembled

researchers to study cooperatives. Coordinated by ACDI/Voca Brasil, teams are working with an

organization in São Paulo state in the southeast of the country and another in Amapá in the north.

Based upon the diagnosis, recommendations are being prepared to support cooperatives and orga-

nize development of the system.

The work by the Brazilians has identified some difficulties in how cooperatives are adminis-

trated. There is a need for an organizational effort to keep the cooperative members in activity. The

cooperative can do very well, when it’s well planned, directed, with defined objectives. The conclu-

sions will be added to the work of the University of Arizona BARA.

D o i n g g o o d f o r t h e c o m m u n i t yResearch developed with Brazilian and

Paraguayan cooperatives indicates that they are

a major force in the regions they work in

Page 112: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

���

INSPIRACIóN EN EL TÍO SAMBuscando inspiración en el trabajo de la Universidad de

Arizona, Brasil también reunió a investigadores para estudiar el

cooperativismo. Bajo la coordinación de ACDI/Voca Brasil, los

equipos trabajaron con una organización del Estado de São Paulo,

en la región Sudeste del país, y otra de Amapá, en el Norte. El

diagnóstico indicó recomendaciones para apoyar a las cooperati-

vas y para promover el desarrollo del sistema.

El trabajo de los brasileños identificó algunas dificultades

en la forma de administración de las cooperativas. Es necesario

tener fuerza organizacional para mantener el cuadro de coopera-

dos en acción. La cooperativa puede tener mucho éxito, siempre

que esté bien planeada, dirigida, con objetivos definidos. Las

conclusiones serán añadidas al trabajo del BARA, de la Universi-

dad de Arizona, en los Estados Unidos.

L e h a c e b i e n a l a c o m u n i d a dInvestigación desarrollada junto a

cooperativas de Brasil y de Paraguay

señala que las entidades son una gran

fuerza en las regiones en las que actúan

Está comprobado científicamente: las cooperativas son

fuertes incentivos para el desarrollo de las comunidades en las que

están insertadas. Un estudio del Centro de Investigación Aplicada

en Antropología (BARA, sigla en inglés) de la Universidad de Ari-

zona, en los Estados Unidos, mostró cuánto ellas consiguen regu-

lar precios en el mercado, servir como ejemplos de democracia y

contribuir al crecimiento económico de las comunidades y de los

asociados. La investigación se la hizo en cinco cooperativas brasi-

leñas – cuatro de la región Norte y una del Sudeste (en São Paulo)

– y con entidades paraguayas, ligadas a la agropecuaria. El estudio

contó con la cooperación de la entidad ACDI/Voca Brasil y con el

apoyo del DENACOOP.

La cooperativa realmente es una fuerza en la comunidad en

que está insertada. Para llegar a estas conclusiones, el equipo de

investigadores del BARA hizo un trabajo bibliográfico; después, los

integrantes pasaron un tiempo en las comunidades. La convivencia

posibilitó entrevistar a cooperados, líderes del sector, gerentes de

bancos de las localidades, autoridades públicas, comerciantes y estu-

diosos. Los resultados fueron semejantes en Brasil y en Paraguay.

El estudio comenzó en �004 y tiene el plazo de cinco años

para la conclusión, incluyendo otras dos etapas, en Colombia y en

Bolivia. El enfoque es identificar estrategias exitosas de cooperativas

en lo que se refiere a la mejora de la calidad de vida, usando los ca-

sos en análisis como ejemplos a ser seguidos. En Brasil, se constató

que las cooperativas investigadas pasaron por momentos de crisis y

consiguieron superarlos buscando la profesionización y la diversifi-

cación de productos. Sin embargo todavía hay desafíos. El trabajo

mostró la necesidad de un mejor planeamiento de las acciones de

las cooperativas y de más equilibrio entre la gestión empresarial y

la preocupación social y educativa con los asociados. Es importante

también un cambio de comportamiento de los cooperados.

Page 113: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��3

Uma viagem à agropecuária brasileira do século XIX ou um

mergulho em tendências do agribusiness. Na Biblioteca Nacional

de Agricultura (Binagri), do MAPA, é possível ter acesso a cerca

de 400 mil volumes ligados à agropecuária. São livros, revistas,

vídeos, CD-ROM’s e legislações que datam do tempo do Brasil Im-

pério aos dias atuais, transformando a Binagri em uma das mais

completas do setor na América Latina.

Criada em �909, ela desempenha os papéis de coletar, ar-

mazenar e disseminar informações da agricultura e de áreas corre-

latas. Além do acervo próprio, a Binagri abriga o acervo do Instituto

Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil

e a Biblioteca Referencial da Organização das Nações Unidas para

Agricultura e Alimentação (FAO). Os materiais estão organizados na

sede do MAPA, em Brasília, acessíveis a qualquer pessoa interes-

sada em pesquisar. A maior parte dos títulos pode ter referências

consultadas também pela internet (www.agricultura.gov.br).

O cooperativismo na estante

Biblioteca do MAPA tem acervo de mais de 400

mil volumes disponíveis para pesquisas, com

destaque para o cooperativismo

O c o o p e r a t i v i s m o n a e s t a n t e

Page 114: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��4

COOPERATIVISMO NA REDE O cooperati-

vismo tem destaque entre os temas que compõem o acervo da

Binagri. Além das aproximadamente 5.400 publicações ligadas

ao setor, ele faz parte de um projeto-piloto que pretende abrir

os livros da Binagri para o mundo pela internet. Numa parceria

entre o MAPA e o Ministério da Educação e Cultura (MEC),

publicações de cooperativismo foram digitalizadas, incluindo

títulos muito antigos e raros, e estão sendo disponibilizadas na

íntegra no Portal Domínio Público do MEC (www.mec.gov.br).

A preocupação em respeitar os direitos autorais limi-

tou o volume inicial de documentos digitalizados, priorizando

as obras com cessão de direitos. A intenção é disponibilizar

títulos conforme as autorizações. No futuro, a digitalização

deverá abranger também outros temas da agropecuária, mas

o cooperativismo foi escolhido para começar o processo de-

vido à sua importância no Brasil e aos esforços do MAPA em

divulgar informações sobre os princípios do cooperativismo

e sua atuação.

A voyage into �9th century Brazilian agriculture or a delve

into agribusiness trends. Around 400,000 volumes connected with

agriculture can be accessed in the MAPA National Agriculture Li-

brary (Binagri). It includes books, magazines, videos, CD-ROMs

and legislation dating from the Imperial period in Brazil to the pres-

ent, transforming Binagri into one of the most complete libraries in

the sector in Latin America.

Created in �909, it performs the functions of collecting,

storing and disseminating information about agriculture and related

fields. In addition to its own collection, Binagri also houses the col-

lection of the Inter-American Cooperation for Agriculture Institute

(IICA) in Brazil and the United Nations Food and Agriculture Orga-

nization (FAO) Reference Library. The material is organized at the

MAPA headquarters in Brasília, and accessible to anyone interested

in research. Most of the titles have references consultable over the

Internet (www.agricultura.gov.br).

T h e c o o p e r a t i v e s o n t h e s h e l f

The MAPA Library has more than

400,000 volumes available for

research, with an emphasis on

cooperatives

COOPERATIVES ON THE WEB Cooperatives

stand out as one of the topics in the Binagri collection. In addition to

approximately 5,400 publications associated with the sector, it is also

part of a pilot project that aims to open the Binagri books to the world,

over the Internet. In a partnership between the MAPA and the Ministry

of Education and Culture (MEC), publications on cooperatives were

digitized, including very old and rare titles, now available in their en-

tirety on the Public Domain Portal of MEC (www.mec.gov.br).

Concern for respecting authors’ rights has restricted the

initial number of digitized documents, giving priority to works au-

thorized for publication. The intention is to make more titles avail-

able according to authorization. In the future, digitizing should

comprise other agriculture and livestock issues, but cooperativism

was chosen to start the process becuase of its importance in Bra-

zil and MAPA’s efforts in divulging information on the principles

of cooperativism and its field of action.

Page 115: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��5

Un viaje a la agropecuaria brasileña del siglo XIX o una

zambullida en tendencias del agribusiness. En la Biblioteca Nacio-

nal de Agricultura (Binagri), del MAPA, es posible tener acceso a

cerca de 400.000 volúmenes relacionados a la agropecuaria. Son

libros, revistas, vídeos, CD-ROM’s y legislaciones que datan del

tiempo del Brasil Imperio a los días actuales, transformando Binagri

en una de las más completas del sector en la América Latina.

Creada en �909, desempeña los papeles de colectar, al-

macenar y diseminar informaciones de la agricultura y de áreas

relacionadas. Además del acervo propio, Binagri abriga el acervo

del Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura

(IICA) en Brasil y la Biblioteca Referencial de la Organización de

las Naciones Unidas para Agricultura y Alimentación (FAO). Los

materiales están organizados en la sede del MAPA, en Brasilia,

accesibles a cualquier persona interesada en investigar, pero sólo

servidores del Ministerio y de otras bibliotecas están autorizados

a realizar préstamos.

La mayor parte de los títulos puede tener referencias

consultadas también por la Internet (www.agricultura.gov.br). El

ministerio no tiene registro de cuántos internautas o usuarios

la Biblioteca Binagri recibe, pero el número es creciente, afirma

la coordinadora general, Neuza Arantes Silva. “A la biblioteca la

utilizan mucho los estudiantes, investigadores y servidores del

Ejecutivo Federal”, justifica. Otra función que enorgullece a la co-

ordinadora es que desde julio de �995 la Biblioteca ofrece tam-

bién un Servicio de teléfono 0800, transformado actualmente en

Central de Relaciones y Servicios del Mapa. Por esta herramienta

– compuesta de oidor, Recursos Humanos y Help Desk, además

de la biblioteca – se da el contacto entre el Ministerio y las soli-

citudes del servidor y de otros ciudadanos.

E l c o o p e r a t i v i s m o e n l o s e s t a n t e sLa biblioteca del MAPA tiene más de

400.000 volúmenes disponibles para

investigaciones, con destaque para el

cooperativismo

COOPERATIVISMO EN LA RED El cooperati-

vismo tiene destaque entre los temas que componen el acervo

de Binagri. Además de las aproximadamente 5.400 publicacio-

nes relacionadas al sector, él es parte de un proyecto piloto que

pretende abrir los libros de Binagri al mundo por Internet. En

una sociedad entre el MAPA y el Ministerio de la Educación y

Cultura (MEC), publicaciones de cooperativismo fueron digita-

lizadas, incluyendo títulos muy antiguos y raros, y están siendo

colocados a disposición íntegramente en el Portal Dominio Pú-

blico del MEC (www.mec.gov.br).

La preocupación de respetar los derechos de autor limitó el

volumen inicial de documentos digitalizados, priorizando las obras

con cesión de derechos. La intención es disponer títulos conforme

a las autorizaciones. En el futuro, la digitalización deberá abarcar

también otros temas de la agropecuaria, pero el cooperativismo fue

escogido para comenzar el proceso debido a su importancia en

Brasil y a los esfuerzos del MAPA en divulgar informaciones sobre

los principios del cooperativismo y su actuación.

Page 116: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��6

O futuroSe o passado dita o futuro, o cooperativismo brasileiro tem o progresso pela frente. Os

investimentos na educação cooperativista e na gestão do sistema, que marcam o início do século XXI, preparam o terreno para uma ótima colheita para o setor: profissionalização da gestão; in-vestimento permanente em educação e comunicação; formação de redes de negócios; e respon-sabilidade social.

A cooperativa é o braço econômico da organização social e tem que ser tratada com profissionalismo, gerida como uma empresa, para dar resultado para o sócio-cooperado. Mas como no setor o grande capital são as pessoas, é preciso valorizar os associados, o quadro operacional e dirigente.

A tendência da formação de redes é, na verdade, um retorno às raízes do sistema para encontrar a solidariedade. É necessário formar uma grande teia solidária, com negócios entre cooperativas. Organizações agropecuárias podem movimentar seus recursos por cooperativas de crédito e contratar serviços cooperados, por exemplo. As cooperativas também têm que se relacio-nar com as empresas. A responsabilidade social é vista como a prática do discurso cooperativo. Se o sistema prega a justiça, nada mais correto do que se preocupar com a sociedade que o cerca.

Nesses primeiros anos do século XXI, o cooperativismo mundial promete uma forte onda de desenvolvimento. Da mesma forma como as cooperativas tiveram um impulso no século XIX com a Revolução Industrial, que causou exclusão e concentração, hoje, mais experientes e puxadas pela globalização da economia, que gera os mesmos elementos, elas podem crescer ainda mais. A expectativa é de uma vigorosa expansão, como resposta à democracia e à paz ameaçadas pela concentração de riquezas.

C o m o s e r á o a m a n h ã ?

Um retorno às raízes do sistema cooperativo

para encontrar a solidariedade pode ditar os

rumos do movimento no século XXI

Page 117: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��7

Page 118: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��8

If the past dictates the future, the Brazilian cooperative move-

ment is heading for progress. Investments in cooperative education

and administration of the system, which mark the start of the ��st

century, are preparing the ground for an excellent harvest for the

sector: professionalization of administration; permanent investment

in education and communication; formation of trading networks;

and social responsibility.

The cooperative is the economic wing of social organization and

has to be run with professionalism, managed like a company, to bring results

for the cooperative member. But as the major capital in the sector is people, it

needs to value its members, the operational team and management.

The trend for forming networks is, in fact, a return to the

roots of the system in pursuit of solidarity. It is necessary to form

a great web of solidarity of trade between cooperatives. Agricultural

organizations can move their resources through credit cooperatives

and contract cooperative doctors, for example. Cooperatives also

have to form relations with companies. Social responsibility is al-

ready seen as the practice of cooperative theory. If the system is

concerned with justice, nothing is more appropriate than it being

concerned with the society around it.

And at this start of the ��st century, worldwide cooperativ-

ism is geared toward a strong wave of development. Just as there

was a surge in cooperatives with the �9th century Industrial Revolu-

tion, which brought exclusion and concentration of wealth, today,

more experient and pulled by the globalization of the economy,

which generates the same elements, they can grow even further.

Vigorous growth is expected as a response to the threat posed to

democracy and peace by concentration of wealth.

W h a t w i l l t o m o r r o w b r i n g ?

A return to the roots of the

cooperative system in pursuit

of solidarity could dictate the

movement’s direction in

the ��st century

Page 119: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��9

Si el pasado dicta el futuro, el cooperativismo brasileño

tiene el progreso por delante. Las inversiones en la educación coo-

perativista y en la gestión del sistema, que marcan el inicio del

siglo XXI, preparan el terreno para una excelente cosecha para el

sector: profesionalización de la gestión; inversión permanente en

educación y comunicación; formación de redes de negocios y res-

ponsabilidad social.

La cooperativa es el brazo económico de la organización

social y tiene que ser tratada con profesionalismo, dirigida como

una empresa, para dar resultado al socio-cooperado. Pero como en

el sector el gran capital son las personas, es preciso valorizar a los

asociados, el cuadro operacional y dirigente.

La tendencia de la formación de redes es, en verdad, un

retorno a las raíces del sistema para encontrar la solidaridad. Es ne-

cesario formar una gran malla solidaria, con negocios entre coope-

rativas. Organizaciones agropecuarias pueden mover sus recursos

por cooperativas de crédito y contratar servicios de cooperados, por

ejemplo. Las cooperativas también tienen que relacionarse con las

empresas. Si el sistema pregona la justicia, nada más correcto que

preocuparse con la sociedad que lo cerca.

En estos primeros años del siglo XXI, el cooperativismo

mundial promete una fuerte ola de desarrollo. De la misma forma

que las cooperativas tuvieron un impulso en el siglo XIX con la Re-

volución Industrial, que causó exclusión y concentración, hoy, con

mEas experiencia y empujadas por la globalización de la economía,

que genera los mismos elementos, ellas pueden crecer aún mas. La

expectativa es de un vigoroso crecimiento, como respuesta a la de-

mocracia y a la paz amenazadas por la concentración de riquezas.

¿ C ó m o s e r á e l m a ñ a n a ?

Un retorno a las raíces del

sistema cooperativo para

encontrar la solidariedad

puede dictar los rumbos del

movimiento en el siglo XXI

Page 120: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��0

ConclusãoC o n c l u s ã o

O sentido geral das mudanças que vêm sendo promovidas pelo atual governo é a inclusão dos excluídos. Isto significa que os frutos da nova etapa de desenvolvimento devem ser distribuídos para todos os cidadãos, mas de forma tal que permita melhorar significativamente as condições de vida dos menos favorecidos – “...fortalecer a estrutura do cooperativismo é parte indissociável de uma política de desenvolvimento comprometida com a solidariedade e com a justiça social...”. (discurso do Presidente Lula no Dia Internacional do Cooperativismo, come-morado no Palácio do Planalto em 4 de julho de �003).

Para isso, o Departamento de Cooperatvismo e Associativismo — DENACOOP, no cumprimento do seu dever de Estado, busca definir políticas públicas consistentes, que promovam o desenvolvimento econômico sustentado, a geração de trabalho e de renda, de modo a eliminar a fome e combater a pobreza e a exclusão social.

Para o pleno cumprimento do seu papel, o DENACOOP estabeleceu diretrizes e linhas de ação visando projetos de desenvolvimento regional e de fortalecimento do coo-perativismo no Brasil.

No seu âmbito de atuação, o DENACOOP tem implementado ações de apoio ao desen-volvimento das cooperativas, das cadeias produtivas e do agronegócio, da redução das desigual-dades regionais, de gênero e de jovens, além de direcionar seus esforços, principalmente, para o desenvolvimento humano e para a inclusão social.

Dessa forma, o governo federal, por meio do DENACOOP, cumpre o seu papel nas políticas de desenvolvimento sustentável das cooperativas e do crescimento do cooperativis-mo nacional, à medida em que promove o estímulo à organização social e econômica, à gestão social e cooperativada, à promoção do associativismo rural e do cooperativismo em geral, ao desenvolvimento autogestionário, ao estímulo à competitividade e à promoção institucional.

M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , P e c u á r i a e A b a s t e c i m e n t o

Page 121: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

���

C o n c l u s i o nThe scope of the changes now being implemented by the government is the inclusion of the excluded. This means

that the fruits of the new development step should be shared by all citizens, but in a manner that allows for the improvement of the living conditions of the less favored persons - “… strengthening the structure of cooperativism is an inseparable part of a development policy committed to solidarity and social justice…” excerpt from President Lula’s speech on the National Cooperativism Day, celebrated at the Planalto Palace on 4 July �003).

To this end, DENACOOP, in compliance with its State duty, seeks to define consistent public policies, that pro-mote sustained economic development, the generation of jobs and income, so as to eliminate hunger and fight poverty and social exclusion.

In order to fulfill its role fully, DENACOOP established directives and action lines aimed at regional development projects whilst strengthening cooperativism in Brazil.

In its range of action, DENACOOP has implemented actions to support the development of cooperatives, production chains and agribusiness, the reduction of regional, gender and age inequalities, besides directing its efforts primarily toward human development and social inclusion.

Therefore, the federal government, through DENACOOP, fulfils its role in the sustainable cooperative de-velopment policies and the growth of national cooperativism, while encouraging social and economic organization, social and cooperative management, promotion of rural associativism and cooperativism in general, self manage-ment development, encouragement to competitiveness and institutional promotion.

C o n c l u s i ó nEl sentido general de los cambios que vienen siendo promovidos por el actual gobierno es la inclusión de los

excluidos. Esto significa que los frutos de la nueva etapa de desarrollo deben ser distribuidos a todos los ciudadanos, pero de forma tal que permita mejorar significativamente las condiciones de vida de los menos favorecidos – “...fortalecer la estructura del cooperativismo es parte indisociable de una política de desarrollo comprometida con la solidaridad y con la justicia social...” (Discurso del Presidente Lula el Día Internacional del Cooperativismo, conmemorado en el Palacio del Planalto el 4 de julio de �003).

Para esto, el DENACOOP, en cumplimiento de su deber de Estado, busca definir políticas públicas consistentes, que promuevan el desarrollo económico sustentado, la generación de trabajo y de renta, de forma que se elimine el ham-bre y se comba la pobreza y la exclusión social.

Para el pleno cumplimiento de su papel, el DENACOOP estableció directrices y líneas de acción buscando pro-yectos de desarrollo regional y de fortalecimiento del cooperativismo en Brasil.

En su ámbito de acción, el DENACOOP ha implementado acciones de apoyo al desarrollo de las cooperativas, de las cadenas productivas y del agronegocio, de la reducción de las desigualdades regionales, de género y de jóvenes, además de dirigir sus esfuerzos, principalmente, al desarrollo humano y para la inclusión social.

De esta forma, el gobierno federal, por medio del DENACOOP, cumple su papel en las políticas de desarrollo sostenible de las cooperativas y del crecimiento del cooperativismo nacional, a medida que promueve el estímulo a la organización social y económica, a la gestión social y cooperativizada, a la promoción del asociativismo rural y del coope-rativismo en general, al desarrollo autogestionario, al estímulo a la competitividad y a la promoción institucional.

M i n i s t r y o f A g r i c u l t u r e , L i v e s t o c k a n d F o o d S u p l y

M i n i s t e r i o d e A g r i c u l t u r a , P e c u a r i a y A b a s t e c i m i e n t o

Page 122: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

���

Gestão DENACOOP

Departamento de Cooperativismo e Associativismo

Paulo Roberto da Silva

Coordenação-Geral de Apoio ao Agronegócio Cooperativo

Agamenon Leite Coutinho

Coordenação-Geral de Acompanhamento

Luiz Carlos Colturato

Coordenação-Geral de Autogestão Cooperativista

Vera Lucia Oliveira Daller

EQUIPE TÉCNICA DO DENACOOP

Aura de Lourdes Domingos Pereira

Carlos Juruna de Souza Castello Branco

Fernando Leite Magalhães

Geraldo Antonio de Queiroz Mauricio

Luiz Lesse Moura Santos

João Atílio Zardim

Marconi Lopes de Albuquerque

Marli Bianna do Nascimento Nunes

Maria Aparecida Castro Lima Santos

Sandra Mara de Morais Jardim

Wilson Aparecido Gomes Pickina

Agradecimento Especial

Ao ex-Ministro Roberto Rodrigues, que durante a gestão à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estimulou e

criou um novo cenário para as ações do Mapa em prol do cooperativismo brasileiro, ao mesmo tempo em que apoiou a construção do

desenvolvimento e da organização econômica e social do País.

Special Thanks

To former Minister Roberto Rodrigues, who during his tenure as Minister of Agriculture, Livestock and Food Supply encouraged and

created a new scenario for MAPA’s initiatives on behalf of Cooperativism in Brazil, while giving support

Agradecimiento Especial

Al ex Ministro Roberto Rodrigues, que durante la gestión al frente del Ministerio de la Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento estimuló y

creó un nuevo escenario para las acciones del MAPA en pro del cooperativismo brasileño, al mismo tiempo en que apoyó la construcci-

ón del desarrollo y de la organización económica y social del País.

Page 123: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��3

Abelardo Duarte de Melo Sobrinho

Alair Aparecido Zago

Aldo Brito

Anisia Trevisan

Antônio Wünsch

Carlos André Santos de Oliveira

Célia Gaudencio Martins

Celso Luiz Claro de Oliveira

Clemente Néri Muniz

Daniel Rubens Cenci

Daniel Silva

Denise Pinto Ribeiro

Diva Benevides Pinho

Edilson Urbano

Edinéia Ricci da Silva

Édio Spier

Egon Édio Hoerlle

Érico Feltrin

Evandro Ninaut

Franclin Nascimento

Geci Pungan

Gerson José Lauermann

Gilberto Kny

Guntolf Van Kaick

Ildegardo Rosa Santos

Ives Gandra

Jaime Callado

João Nunes Ramis

José Alberto Evaristo da Silva

José Apolônio de Castro Figueira

José Aroldo Gallassini

José Cauby Pita

José Fernandes Jardim Júnior

José Itamar Maracajá

José Norberto Kretzer

José Paulo Crisóstomo Ferreira

José Roberto Ricken

José Valdir Ribeiro dos Reis

Juarez Pereira

Lécio Lima Costa

Luiz Irineu Schenkel

Lurdes Gresele

Manoel Messias Gonçalves da Cruz

Manoel Waldemiro Francalino da Rocha

Marcio do Valle

Márcio Lopes de Freitas

Marco Antônio Rodrigues

Maria Alice Martins de Souza

Maria Thereza Rosália Teixeira Mendes

Mário De Conto

Marlise Fernandes

Neusa Arantes Silva

Neusa Rasche

Nilson Luiz May

Odacir Zonta

Paulo Ronaldo Pinheiro de Souza

Renato Urbano Seibt

Roberto Coelho da Silva

Roberto Marazi

Seno Dreyer

Sérgio Rodrigues José

Sigismundo Bialoskorki Neto

Tânia Moura

Timothy Finan

Trajano Raul Ladeira de Lima

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Departamento de Cooperativismo e Associativismo (DENACOOP) agradecem a aqueles que concederam entrevistas, disponibilizaram informações, dados, fotografias ou ilustrações e que contribuíram de alguma forma para a realização desta publicação. Agradecem, em especial, a:

Agradecimentos Acknowledgements Agradecimientos

The Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) and the Cooperativism and Associativism Department (DENACOOP) are thankful to those people who gave interviews, provided information, data, photos and illustrations, giving their contribution, one way or another, to this book. Special thanks to:

El Ministerio de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) y el Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP) agradecen a aquellos que concedieron entrevistas, colocaron a disposición informaciones, datos, fotografías o ilustraciones y que contri-buyeron de alguna forma para la realización de este libro. Agradecen, en especial, a:

Page 124: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

��4

Ficha técnica

Coordenação Geral: Vera Lúcia Oliveira Daller

Coordenação Editorial: Scheila Maria Correa Fogaça

Projeto gráfico, pesquisa e edição: Editora Gazeta Santa Cruz

Tradução: Traduzca

Revisão: Vera Lúcia Oliveira Daller e Aura Domingos Pereira

Departamento de Cooperativismo e Associativismo

Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo Ala B, �º andar- Brasília-DF, Brasil

CEP: 70043-900 – Tels: ++ (6�) 3��3439� – 3��8�787 – Fax: ++ (6�) 3��5 4386

Central de Relacionamento: 0800 6� �995

Site: www.agricultura.gov.br - e-mail: [email protected]

Page 125: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Page 126: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos Diálogo valioso

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo