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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO GRANDE DO … · Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente ... O Plano Local

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PREFEITURA MUNICIPAL DE

CACIQUE DOBLE

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - PLHIS

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

CACIQUE DOBLE - RS

JUNHO DE 2011.

3

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

CLAIRTON PASINATO

PREFEITO MUNICIPAL

ALDACIR MANFRON

VICE-PREFEITO MUNICIPAL

PATRICIA TONIAL

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

I - EQUIPE TÉCNICA DA ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO

DE INTERESSE SOCIAL

Coordenador da Equipe: Marcio Caprini

Responsável Técnico: Adriana Schenatto – Engenheira Civil

Membros da Equipe:

- Tiago Pasinato - Responsável pela Área Ambiental

- Elter Roberto Garbin – Responsável pela Área Contábil

- Jeferson Zanella – Assessor Jurídico

- Emilia Dal Moro – Assistente Social

- Luciane Zaparoli – Professora de Geografia

- Thaize Spanhol – Professora de Biologia

- Daniela Cristina Curzer – Professora de Português

- Patricia Tonial – Responsável pela Área de Projetos

II - CONSELHO MUNICIPAL HABITAÇÃO

- Patricia Tonial

- Aldacir Manfron

- Marcio Trentin da Silva

- Jurema Teles de Souza

- Gelson Luiz Dall Pizzol

- Livisgton Beltrame

- Adriana Schenatto

4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 09

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................. 09

2. METODOLOGIA ................................................................................................................. 10

2.1 CONTEXTO ......................................................................................................................... 13

2.1.1 Formação Administrativa ................................................................................................... 13

2.1.2 Fundo, Conselho Gestor e adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social ........................................................................................................................................... 13

2.1.3 Atores Institucionais ........................................................................................................... 14

2.1.4 Atores Sociais ..................................................................................................................... 14

2.1.5 Base de dados existentes .................................................................................................... 15

2.1.6 Situação Institucional do Setor Habitacional e Capacidade Administrativa para

Elaboração do PLHIS ................................................................................................................. 16

2.2 CONTEÚDOS DO PLHIS .................................................................................................... 17

2.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................................... 17

2.3.1. Estrutura de Organização e Coordenação dos Trabalhos ............................................... 17

2.3.2. Atribuições e Responsabilidades da Equipe de Trabalho ................................................. 18

2.3.3. Infraestrutura .................................................................................................................... 18

2.4 PRAZOS E CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO TRABALHO ............................................ 19

2.5 ESTRATÉGIAS DE PARTICIPAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM A

SOCIEDADE ............................................................................................................................ . 20

2.6 REFERÊNCIAS TÉCNICAS E CONCEITUAIS ................................................................ 21

2.7PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DO PLHIS: REFERÊNCIAS E

RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................. 21

2.7.1. Como deve ser entendida esta participação ...................................................................... 21

2.8 MECANISMOS DE DIVULGAÇÃO E MOBILIZAÇÃO .................................................. 22

2.9 ARTICULAÇÃO DOS PLANOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS ...................................... 23

5

2.9.1. Governo do Estado do Rio Grande do Sul assinou contrato para elaborar Plano

Estadual de Habitação de Interesse Social ................................................................................. 23

2.9.2. Princípios e Diretrizes ....................................................................................................... 24

3. DIAGNÓSTICO DO SETOR HABITACIONAL .............................................................. 25

3.1 INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO ................................ 27

3.1.1. Caracterização dos Tipos de Municípios .......................................................................... 29

3.2 ATORES INSTITUCIONAIS E SUAS CAPACIDADES ................................................... 30

3.3 CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVAS .............................................. 31

3.3.1 Estrutura Administrativa Municipal .................................................................................. 31

3.4 MARCOS LEGAIS E REGULATÓRIOS ............................................................................ 32

3.4.1. Legislação Federal ............................................................................................................ 32

3.4.2 Legislação Estadual ........................................................................................................... 33

3.4.3 Legislação Municipal ......................................................................................................... 33

3.5 ARTICULAÇÃO DO PLHIS COM O PLANO DIRETOR ................................................. 34

3.5.1 Articulação do PLHIS com outros planos .......................................................................... 34

3.6 OFERTA HABITACIONAL ................................................................................................ 35

3.6.1. Disponibilidade de Solo Urbanizado (Mapas) ................................................................. 35

3.6.2. Produção de Moradias ...................................................................................................... 38

3.7 NECESSIDADES HABITACIONAIS ................................................................................. 39

3.7.1. Precariedade Habitacional ............................................................................................... 41

3.7.2. Déficit Quantitativo e Qualitativo ..................................................................................... 44

3.7.2.1 Pesquisa Cadastral Municipal ...................................................................................... 47

3.7.3. Compatibilização de Fontes e Metodologias .................................................................... 47

3.7.4. Área Rural ......................................................................................................................... 47

3.7.5. Cálculo da Demanda Demográfica Futura: Projeção Taxa de Nascimentos – IBGE

CIDADES X Projeção Ministério das Cidades .......................................................................... 47

4. ESTRATÉGIA DE AÇÃO ................................................................................................... 49

4.1 DIRETRIZES E OBJETIVOS .............................................................................................. 49

4.2 PROVISÃO, ADEQUAÇÃO E URBANIZAÇÃO: LINHAS PROGRAMÁTICAS,

PROGRAMAS E AÇÕES........................................................................................................... 51

6

4.3 LINHAS PROGRAMÁTICAS NORMATIVAS E INSTITUCIONAIS ............................. 52

4.4 PRIORIDADES DE ATENDIMENTO ................................................................................ 52

4.5 METAS, RECURSOS E FONTES DE FINANCIAMENTO ............................................... 52

4.5.1. Metas ................................................................................................................................. 54

4.5.2. Recursos ........................................................................................................................ ... 60

4.5.3. Fontes de Financiamento .................................................................................................. 60

4.6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ............................................................................... 62

4.7 REVISÃO .............................................................................................................................. 63

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 65

6. ANEXOS ................................................................................................................................ 67

7. GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 103

7

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ASS – Aglomerado Subnormal

AEDS – Áreas de Expansão Demográfica

APMs – Áreas de Proteção dos Mananciais

APPs – Áreas de Preservação Permanente

BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento

BIRD – Banco Mundial

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Social

BNH – Banco Nacional de Habitação

CADÚNICO – Cadastro Único dos Benefícios de Programas Sociais

CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

CEDEPLAR – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional

CEF – Caixa Econômica Federal

CEM – Centro de Estudos da Metrópole

CCFGTS – Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano

CGFNHIS – Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

COHAB – Companhia de Habitação

Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

ConCidades – Conselho das Cidades

ConLeste – Consórcio Intermunicipal da Região Leste Fluminense

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

EIA – Estudo de Impacto Ambiental

FAR – Fundo de Arrendamento Residencial

FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador

FAS – Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social

FDS – Fundo de Desenvolvimento Social

FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

FJP – Fundação João Pinheiro

FMH – Faculdade de Motricidade Humana

FMH – Fundo Municipal de Habitação

FNHIS – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

GeoSNIC – Ferramenta de pesquisa desenvolvida pelo Ministério das Cidades

HBB – Programa Habitar Brasil BID

HIS – Habitação de Interesse Social

HMP – Habitação de Mercado Popular

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCC – Índice Nacional da Construção Civil

IPMF – Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano

LOA – Lei Orçamentária Anual

MBES – Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social

MDS – Ministério de Desenvolvimento Social

MDU – Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

MOVA – Movimento de Alfabetização para Adolescentes e Adultos

MPO – Ministério do Planejamento e Orçamento

8

NE – Não Especial

OAB – Organização dos Advogados Brasileiros

OGU – Orçamento Geral da União

OGU / FNHIS – Orçamento Geral da União / Fundo Nacional de Habitação de Interesse

Social

ONGs – Organizações Não Governamentais

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

PAR – Programa de Arrendamento Residencial

PBQP-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat

PEHIS – Plano Estadual de Habitação de Interesse Social

PEUC – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório

PIB – Produto Interno Bruto

PlanHab – Plano Nacional de Habitação

PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social

PMI – Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos

PMRR – Plano Municipal de Redução de Risco

PNAD – Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar

PNDR – Política Nacional de Desenvolvimento Regional

PNH – Política Nacional de Habitação

PNOT – Política Nacional de Ordenamento Territorial

POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares

PPAs – Planos Plurianuais

PROSAMIN – Programa Social e Ambiental dos Iguarapés de Manaus

PSH – Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social

RIDES – Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico

RMBS – Região Metropolitana da Baixada Santista

RMC – Região Metropolitana de Curitiba

RMSP – Região Metropolitana de São Paulo

SABESP – Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SAMI – Santo André Mais Igual

SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

SEAC – Secretaria Especial de Habitação e Ação Comunitária

SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados

SEDU – Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano

SEMASA – Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André

SEPURB – Secretaria de Política Urbana

SFH – Sistema Financeiro de Habitação

SHM – Sistema de Habitação de Mercado

SMI – Sistema Municipal de Informação

SNHM – Sistema Nacional de Habitação de Mercado

SIG – Sistema de Informações Geográficas

SNH – Secretaria Nacional de Habitação

SNHIS – Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

TAC – Termo de Ajustamento de Conduta

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

ZEIA – Zona de Especial Interesse Ambiental

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

9

1. INTRODUÇÃO

Nome tuxaua, adotado sobrenome Castelhano. O nome do município Cacique Doble

originou-se do Cacique Indígena Faustino Ferreira Doble, da tribo caingangues. Cacique Doble

caracteriza-se pela presença de um Toldo Indígena com duas tribos: caingangues e tupis-

guaranis.

Dentre as primeiras famílias indígenas que se instalaram em Cacique Doble faziam

parte: os Ferreira Doble, Darfais. Malaquias, Maia, Grande, Péia, Da veiga, Manoel Antônio e

Evaristo.

A colonização foi iniciada por volta de 1903, quando aqui chegaram as primeiras

famílias de italianos, vindos de Caxias do Sul. Inicialmente vieram as famílias Carniel,

Silvestro e Madela. Nesta época vieram também, as famílias Borges e Siqueira.

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Plano Local de Habitação de Interesse Social é um instrumento de implementação do

Sistema Nacional de Habitação – SNHIS, instituído pela lei federal 11.124/2005, que objetiva

promover o planejamento das ações do setor habitacional de forma a garantir o acesso à moradia

digna, a expressão dos agentes sociais sobre a habitação de interesse social e a integração dos

três níveis de governo.

Nesse sentido, consideraremos as legislações vigentes:

Art. 6º da Constituição Federal: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a

moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 26, de 2000).

Lei nº 8.221 de 26 de novembro de 2004: “Dispõe sobre a Política Estadual de

Habitação de Interesse Social, reestrutura o Conselho Estadual de Habitação e Saneamento, e

altera a Lei nº 7.263, de 27 de março de 2000, e dá outras providências”.

Art. 99º da Lei Orgânica de Cacique Doble: O Município promoverá programas de

interesse Social destinado a facilitar o acesso da população à habitação priorizando:

I - a regularização fundiária;

10

II – a dotação de infraestrutura básica e de equipamentos sociais;

III – a implantação de empreendimentos habitacionais.

§ Único – O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas pelos

próprios interessados, por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas

alternativas.

O processo de elaboração do PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social

contemplará três (3) etapas definidas: proposta metodológica, diagnóstico do setor habitacional e

estratégias de ação.

2. METODOLOGIA

Nos termos da recomendação da Secretaria Nacional de Habitação (SNH) que tem

orientado que a elaboração do PLHIS seja desenvolvida em três etapas: Proposta Metodológica,

Diagnóstico do Setor Habitacional e Estratégias de Ação. Cada etapa do nosso trabalho

corresponde a um produto específico inserido no documento final que consolida o PLHIS como

resultado do conjunto desses produtos.

A “Proposta Metodológica” em questão estrutura as duas etapas posteriores, norteia

procedimentos, define os conteúdos e estabelece como a proposta será pactuada com a

sociedade.

O “Diagnóstico” deve reunir informações a respeito do déficit habitacional

(quantitativo e qualitativo), identificar os assentamentos precários e levantar suas características

urbanísticas, ambientais, sociais e fundiárias. Deve, também, estimar a evolução das

necessidades habitacionais e dimensionar os recursos necessários para enfrentar o problema.

A “Estratégia de Ação”, por sua vez, consiste na definição de mecanismos para

resolver os principais problemas, especialmente no que se refere à habitação de interesse social.

Nela devem constar: as diretrizes e objetivos da política local de habitação; as linhas

programáticas e ações; as metas a serem alcançadas e a estimativa dos recursos necessários para

atingi-las, por meio de programas ou ações, identificando-se as fontes existentes e ainda, os

indicadores que permitam medir a eficácia do planejamento.

Nesta etapa, que apresentamos a seguir, buscamos elaborar uma Tabela do Resumo das

Atividades, que vem apresentar as ações que serão desenvolvidas para a concretização do Plano

11

Local de Habitação de Interesse Social, bem como, apresenta também, com ênfase, cada etapa,

desde a Cópia da Portaria de Designação da Equipe de Coordenação e Elaboração do PLHIS, o

Programa do Evento, a Ata da reunião do Conselho Municipal, o Registro Fotográfico da reunião

e o Material de Apresentação do palestrante – Capacitação dos Atores, com vistas ao

nivelamento de conhecimento.

12

TABELA DO RESUMO DAS ATIVIDADES

Fonte: Equipe de Coordenação e Elaboração do PLHIS – Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Prazos

1º Mês: 30 dias após a Portaria de

designação

2º Mês: 60 dias após a Portaria de designação

3º Mês: 90 dias após a Portaria de

designação

Etapas

Etapa 1: Metodologia

Etapa 2: Diagnóstico do Setor Habitacional

Etapa 3: Estratégias de Ação

Descrição

Estrutura de Coordenação e organização dos

trabalhos.

Levantamento de dados junto a Prefeitura Municipal, secretarias,

Sistema de Informações Municipais, IBGE, Caixa Econômica

Federal, Cad Único, representantes da sociedade civil e pesquisa in

loco com aplicação de questionário e comprovação visual.

Diretrizes e objetivos

Exarar portaria com a composição da equipe

da Prefeitura Municipal.

Identificação do Contexto: Inserção regional e características do

município, Atores sociais e suas capacidades, Marcos legais e

regulatórios, Oferta Habitacional.

Provisão, adequação e urbanização: linhas

programáticas, programas e ações.

Definição das atribuições e responsabilidades

da Equipe Técnica Municipal

Identificação das Necessidades: Precariedade habitacional, Déficit

quantitativo e qualitativo, Cálculo da demanda demográfica futura,

Produção habitacional: alternativas, padrões.

Linhas programáticas normativas e

institucionais

Estratégia de comunicação, mobilização e

participação população, com identificação dos

diferentes atores sociais e institucionais.

Compilação dos dados obtidos e elaboração de tabelas e gráficos.

Prioridades de atendimento

Divulgar a elaboração do PLHIS no site da

prefeitura, da Secretaria Municipal de

Habitação e na imprensa.

Conclusão desta etapa com a redação final do Diagnóstico do Setor

Habitacional para ser pactuado. Dia 19 de abril de 2011 na Sala de

Reuniões dos Conselhos com o início às 13h30min.

Metas, recursos e fontes de

financiamento.

Mecanismos de participação popular e de

acesso às informações

Monitoramento, avaliação e revisão.

Cronograma de atividades e procedimentos

para a execução das etapas

Conclusão desta etapa com a redação

final das Estratégias de Ação para ser

pactuado. Dia 03 de maio de 2011 na Sala

de Reuniões dos Conselhos com o início

às 13h30min.

Conclusão desta etapa com a redação final da

Metodologia. Dia 05 de abril de 2011 na Sala

de Reuniões dos Conselhos com o início às

13h30min.

Realização de Audiência Pública para

apresentação e aprovação do Plano Local

de Habitação de Interesse Social: Dia 10

de maio de 2011 na Câmara Municipal de

Vereadores com o início às14 horas.

13

2.1 CONTEXTO

O contexto a ser abordado no texto da proposta metodológica refere-se ao mapeamento

dos atores institucionais e sociais, identificação da base de dados existentes e à capacidade

administrativa para execução dos trabalhos.

2.1.1 Formação Administrativa

- Aldacir Manfron - SECRETARIA DA SAÚDE

- Marcio Caprini - SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO

- Genoveva Reginato Beltrame - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, DESPORTOS E CULTURA

- Joãozinho Lourenço Mazete - SECRETARIA DE URBANISMO

- Tiago Pasinato - SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE

- Ângelo Itacir Tadioto - SECRETARIA DE OBRAS

- Debora Cagnini - SECRETARIA DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E TURISMO

- Patrícia Tonial - SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

- Elter Roberto Garbin - SECRETARIA DA FAZENDA

2.1.2 Fundo, Conselho Gestor e adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

A fim de dar encaminhamento ao problema habitacional através de políticas públicas, o

município instituiu por Lei Municipal nº591 de 08 de setembro de 1999, de criação de fundo,

com dotação orçamentária própria, destinado a implementar a Política de Habitação de Interesse

Social e receber os recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS, de

outra parte instituiu por Lei Municipal nº591 de 08 de setembro de 1999 e nomeia os

membros do conselho Portaria nº 274/2010 de 23 de outubro de 2010, a criação de conselho,

que contemplou a participação de entidades públicas e privadas, bem como de segmentos da

sociedade ligados à área de habitação, garantindo o princípio democrático de escolha de seus

representantes e a proporção de ¼ (um quarto) das vagas aos representantes dos movimentos

populares, levando em conta o termo de adesão firmado pelo Ministro das Cidades, pela

Secretaria Nacional de Habitação e pelo Prefeito Municipal em 09 de julho de 2007.

14

2.1.3 Atores Institucionais

Mapeamos todos os atores institucionais que atuam ou intervêm na questão habitacional

no nível de governo municipal que participaram da elaboração do plano. Levantamos todos os

órgãos da administração direta ou indireta, envolvidos, assim como outros atores externos, nos

termos que segue:

O município possui secretaria ou setor responsável pela política habitacional?

( ) Sim

Se SIM,

( ) administração direta

Se SIM,

( ) administração indireta

Nome:

(x) Não

Secretarias ou setores que têm interface com o setor habitacional. E a relação desses órgãos com a

política habitacional.

Órgão:

a. Secretaria da Assistência Social

Interface com o setor

habitacional:

a.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

2.1.4 Atores Sociais

Mapeamos os atores sociais que atuam ou intervêm na área habitacional que

propuseram estratégias de mobilização, participação e comunicação. Acolhemos a

recomendação, inicialmente, traçando um paralelo com os segmentos sociais representados no

ConCidades, com os setores populares, empresariais e acadêmicos. Em seguida, identificamos os

atores que representam estes segmentos na cidade, como associações de moradores,

universidades, movimentos ambientalistas, associações de classe como a OAB (Organização dos

Advogados Brasileiros), o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), etc.

De outra parte cabe ressaltar os princípios do Movimento Nacional pela Reforma

Urbana, que são os seguintes:

- “Direito à Cidade e à Cidadania”, entendido como uma nova lógica que universalize o acesso

aos equipamentos e serviços urbanos, a condições de vida urbana digna e ao usufruto de um

espaço culturalmente rico e diversificado e, sobretudo, em uma dimensão política de participação

ampla dos habitantes das cidades na condução de seus destinos.

- “Gestão Democrática da Cidade”, entendida como forma de planejar, produzir, operar e

governar as cidades submetidas ao controle e participação social, destacando-se como prioritária

a participação popular.

15

- “Função Social da Cidade e da Propriedade”, entendida como a prevalência do interesse

comum sobre o direito individual de propriedade, o que implica no uso socialmente justo e

ambientalmente equilibrado do espaço urbano.

Conselhos Municipais criados e regulamentados:

Conselho das Cidades ou similar

Conselho Municipal de Habitação

(x) Não

criado

( )

Criado

Nome:

( ) Não

criado

(x)

Criado

Nome:

Conselho Municipal de

Habitação

( ) Não

ativo

( ) Ativo

Desde:

( ) Não

ativo

(x) Ativo

Desde:

1999

Mapa dos Atores Sociais atuantes no Setor Habitacional

Instituições de relevante e reconhecida atuação no município em cada um dos seguintes

segmentos:

Movimento

Popular

Organização Não-

Governamental

(ONG)

Sindicato dos

Trabalhadores

Entidades

Profissionais, de Classe

e/ou Acadêmicas

Poder Público

Estadual e/ou Federal

a. a. a. Sindicato dos

Trabalhadores

Rurais de Cacique

Doble

a. a.

(x) Não existe

(x) Não existe

( ) Não existe

(x) Não existe

(x) Não existe

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

2.1.5 Base de dados existentes

Nesta etapa listamos todas as informações para elaboração do Diagnóstico do Setor

Habitacional e o Plano propriamente dito, e, ainda, identificamos as fontes. Já neste

levantamento inicial, verificamos todas as informações disponíveis, produzidas pelo município e

as acessadas por meio de fontes de institutos e trabalhos sobre o tema. Verificamos informações,

produzidas ou disponibilizadas por outros setores ou esferas de governo, necessárias e que serão

objeto de articulação específica.

Nesse mapeamento preliminar foi fundamental para se estabelecer o conteúdo do plano

e o grau de aprofundamento de seus componentes, assim como apontar o volume de trabalho e os

recursos humanos e financeiros necessários. Vale ressaltar que esse mapeamento foi o “ponto de

partida”, pois o desenvolvimento do plano.

Para exemplificar esse mapeamento, apresentamos a tabela abaixo produzida, listando

todas as informações necessárias, onde identificamos a fonte e o responsável por sua produção

ou obtenção.

16

Base de Dados existentes para Elaboração PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Assunto

Informações

Necessárias

Bases, Fontes e Anexos

Responsabilidade

pelo levantamento

das informações

Metodologia

Mapeamento dos

Atores Sociais e

Institucionais

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal, IBGE,

representantes da sociedade civil.

Prefeitura

Diagnóstico do

Setor

Habitacional

Identificação do

Contexto

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal, IBGE, Caixa

Econômica Federal, Cad. Único e

pesquisa in loco.

Prefeitura

Identificação das

Necessidades

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal, IBGE, Caixa

Econômica Federal, Cad. Único e

pesquisa in loco.

Prefeitura

Estratégias de

Ação

Linhas Programáticas

Normativas e

Institucionais

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal, PLANHAB.

Prefeitura

Fontes de

Financiamento

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal, CEF.

Prefeitura

Prioridades de

Atendimento

Levantamento de dados junto a

Prefeitura Municipal,

representantes da sociedade civil e

Conselhos Municipais.

Prefeitura

2.1.6 Situação Institucional do Setor Habitacional e Capacidade Administrativa para

Elaboração do PLHIS

Levantamos as condições institucionais e administrativas do município nas áreas

habitacional e urbana, principalmente àquelas relacionadas aos recursos humanos. Identificamos

as equipes técnicas e operacionais que trabalham nessas áreas, sua composição e qualificação,

bem como, sua disponibilização para acompanhar e apoiar a elaboração do plano.

Nome dos Técnicos da

Prefeitura Municipal

Formação

Cargo

1

Tiago Pasinato

Técnico Agricola

Responsável pela Área Ambiental

2

Elter Roberto Garbin

2º Grau completo

Responsável pela Área Contábil

3

Jeferson Zanella

Direito

Assessor Jurídico

4

Emilia Dal Moro

Assistente Social

Assistente Social

5

Luciane Zaparoli

Professora

Professora de Geografia

6

Thaize Spanhol

Professora

Professora de Biologia

7

Daniela Cristina Curzer

Professora

Professora de Português

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

17

2.2 CONTEÚDOS DO PLHIS

O PLHIS, tanto do ponto de vista de seu conteúdo como de seu aprofundamento, pode

se diferenciar de uma cidade para outra dependendo do contexto de sua elaboração.

Para tanto a “Proposta Metodológica”, estruturou as duas etapas posteriores. A

proposta norteia procedimentos, define conteúdos e estabelece como ela deverá ser pactuada com

a sociedade. Já o “Diagnóstico do Setor Habitacional” deve reunir informações a respeito do

déficit habitacional (quantitativo e qualitativo), identificar os assentamentos precários e levantar

suas características urbanísticas, ambientais, sociais e fundiárias. Deve, também, estimar a

evolução das necessidades habitacionais e dimensionar os recursos necessários para enfrentar o

problema. Para finalizar, as “Estratégias de Ação”, por sua vez, consistem na definição de

mecanismos para resolver os principais problemas, especialmente no que se refere à habitação de

interesse social. Nelas devem constar: as diretrizes e objetivos da política local de habitação; as

linhas programáticas e ações; as metas a serem alcançadas e a estimativa dos recursos

necessários para atingi-las, por meio de programas ou ações, identificando-se as fontes

existentes; e ainda, os indicadores que permitam medir a eficácia do planejamento.

2.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O documento da Proposta Metodológica mostra a forma de organização do nosso

trabalho para elaboração do PLHIS, incluindo os momentos formais de pactuação dos conteúdos,

nos termos da “tabela do resumo das atividades” e a divisão de responsabilidades entre esta e a

equipe contratada.

2.3.1 Estrutura de Organização e Coordenação dos Trabalhos

Nesta primeira etapa foram definidas a organização e a coordenação dos trabalhos. O

município designou uma equipe de coordenação e de elaboração, por meio de uma “Portaria de

designação”.

A definição das equipes envolvidas no processo, a composição da equipe de

coordenação e de elaboração do PLHIS, assim como a definição dos níveis de dedicação dos

integrantes destas equipes são desdobramentos do mapeamento dos atores institucionais e da

definição do conteúdo do plano.

18

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

I - EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO PLHIS

Coordenador da Equipe: Marcio Caprini

Responsável Técnico: Adriana Schenatto – Engenheira Civil

Membros da Equipe:

- Tiago Pasinato - Responsável pela Área Ambiental

- Elter Roberto Garbin – Responsável pela Área Contábil

- Jeferson Zanella – Assessor Jurídico

- Emilia Dal Moro – Assistente Social

- Luciane Zaparoli – Professora de Geografia

- Thaize Spanhol – Professora de Biologia

- Daniela Cristina Curzer – Professora de Português

- Patricia Tonial – Responsável pela Área de Projetos

2.3.2. Atribuições e Responsabilidades da Equipe de Trabalho

A Prefeitura Municipal definiu as suas atribuições e responsabilidades para elaboração

do Plano, que segue:

São atribuições e responsabilidades da Prefeitura Municipal:

Designar por portaria a equipe de Coordenação e elaboração do PLHIS;

Formulação de maneira institucional dos Documentos;

Levantamento de dados e informações para elaboração do PLHIS;

Mobilização da População;

Condução do debate com a população (Atores Sociais);

Infraestrutura de eventos, comunicação e divulgação;

Produção Final do PLHIS consolidando todos os documentos das três (3) etapas.

A responsabilidade pela tomada de decisão quanto aos elementos do plano foi dos

dirigentes municipais, entre os quais, a definição dos parâmetros de intervenção e custos, a

priorização do atendimento, os cenários de investimento municipal e as linhas programáticas. A

19

proposta a ser discutida e aprovada pelos atores sociais foi anteriormente pactuada com esses

dirigentes.

2.3.3. Infraestrutura

A infraestrutura própria necessária é disponibilizada pelo Poder Executivo e da cedência

de local, pelo Poder Legislativo, para que sejam realizadas as reuniões e Audiências Públicas do

plano, onde podemos destacar o uso do Plenário da Câmara Municipal de Vereadores, com

capacidade para 80 pessoas e na Sala de Reuniões dos Conselhos, com capacidade para pessoas,

levando em conta o número de interessados em participar da respectiva discussão, reuniões e

Audiências Públicas, bem como, e, em conta também, a relação dos meios e recursos necessários

para a efetiva comunicação e divulgação dos trabalhos e dos agentes responsáveis por sua

disponibilização, conforme prevê nosso Plano de Comunicação inserido no PLHIS.

2.4 PRAZOS E CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO TRABALHO

Os prazos e custos de elaboração do PLHIS estão relacionados com o contexto e com as

especificidades locais. Depende, entre outros fatores, das características do município, do

conteúdo do plano, da disponibilidade de informações e da possibilidade de envolvimento da

equipe municipal na produção do plano ou de partes deste.

A Secretaria Nacional de Habitação estima um prazo médio de elaboração do PLHIS de

nove meses. O custo de produção do PLHIS tem variado, em média, de R$ 30 mil a R$ 200 mil.

Vale ressaltar, que os valores financiados pelo FNHIS, no âmbito da Ação de Apoio à elaboração

de Planos Habitacionais de Interesse Social, objetivam incentivar e apoiar os municípios, porém,

podem ser insuficientes, ainda que somados à contrapartida obrigatória municipal. Cabe ao

município, considerando seu contexto e especificidade, estimar o custo de produção do PLHIS e,

se necessário, alocar recursos complementares e ou arcar com as despesas totais.

De outra parte e neste caso específico, do nosso município, a Prefeitura Municipal,

atendendo o que dispõe a legislação, mesmo não tendo recebido recursos federais para a

elaboração PLHIS, determinou a sua Produção em um período de três (3) meses, levando em

conta o Termo de Adesão que entre si celebram a União, por intermédio do Ministério das

Cidades, e o Município de Cacique Doble – RS, objetivando a participação no Sistema

Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, onde são obrigações do MUNICÍPIO:

20

a) Constituir o Fundo Local de Habitação de Interesse Social. As leis de criação do Conselho

e do Fundo de habitação devem ser apresentadas a qualquer tempo. O acesso aos recursos do

FNHIS fica condicionado à apresentação das referidas Leis.

b) Constituir o Conselho Gestor do Fundo Local de HIS (garantida a proporção de ¼ (um

quarto) das vagas aos representantes dos movimentos populares). As leis de criação do Conselho

e do Fundo de habitação devem ser apresentadas a qualquer tempo. O acesso aos recursos do

FNHIS fica condicionado à apresentação das referidas Leis.

c) Apresentar o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). Devem apresentar o

PLHIS até o dia 31 de dezembro de 2011 todos os estados, o distrito federal e os municípios que

assinaram o Termo de Adesão ao SNHIS, tanto aqueles que recebem apoio financeiro do

MCidades, quanto aqueles que estão elaborando o PLHIS com recursos próprios. 3

4

Etapa

Descrição

Prazo

Proposta Metodológica

30 dias após a Portaria de Designação

Diagnóstico do Setor Habitacional

60 dias após a Portaria de Designação

Estratégias de Ação

90 dias após a Portaria de Designação

TOTAL

90 dias após a Portaria de Designação

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

2.5 ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM A

SOCIEDADE

O tema da participação é um elemento estratégico do conteúdo da Proposta

Metodológica, uma vez que é neste documento que se apresenta o modo como se dará a

participação da sociedade no processo de elaboração do PLHIS.

O importante é compreender que o envolvimento e o engajamento da sociedade local,

por meio das organizações atuantes na área habitacional e urbana, é essencial para garantir a

pactuação de estratégias de ação e o comprometimento com as propostas que serão definidas no

Plano.

Ser oriundo de um processo participativo, no qual a representação popular, através de

seus diversos segmentos, teve vez e voz de para levantar problemas e propor soluções, essa é a

característica que da legitimidade a uma ação de planejamento. Além disso, foi construído por

um amplo conjunto de cidadãos das mais diversas procedências, o plano será conseqüente, isto e,

capaz de gerar ações de real impacto sobre a problemática, as quais decorrerão de iniciativas

21

propostas e pactuadas por um amplo leque de representação popular. Assim, esta participação

assume extrema importância para o processo de elaboração do Plano Local de Habitação de

Interesse Social do Município, e a colaboração de pessoas pertencentes não somente ao setor

publico, mas especialmente membros da sociedade civil organizada, através da representação

destas entidades presentes no Conselho, tornam-se imprescindível.

2.6 REFERÊNCIAS TÉCNICAS E CONCEITUAIS

Participação e controle social não são temas desconhecidos. Muito se fala a respeito de

sua importância e vários instrumentos e mecanismos de participação, como os conselhos, foram

criados em diversas áreas e níveis de governo. Na área habitacional, muitos desses instrumentos

são estimulados pelo Ministério das Cidades no quadro da Política Nacional de Habitação.

Participação e Controle Social: Conselho Municipal de Cacique Doble, 2011.

Descrição

Fonte: IGBE

Fonte: Sistema de

Informação

Municipal

2001

2010

Conselho na área de habitação existência

Sim Sim

Conselho na área de habitação realizou reuniões

Sim Sim

Conselho na área de habitação: periodicidade das reuniões

Bimestral/trimestral Bimestral/trimestral

Conselho paritário na área de habitação

Sim Sim

Fundo municipal na área de habitação existência

Sim Sim

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble. IBGE, 2011.

2.7 PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DO PLHIS: REFERÊNCIAS E

RECOMENDAÇÕES

2.7.1 Como deve ser entendida esta participação?

Como é possível adotar “participação direta” ou “participação representativa” para

discutir o PLHIS, neste caso, fizemos à escolha no nível de participação representativa, onde se

pode propor a discussão no conselho existente e atuante, estabelecendo discussões, reuniões e

Audiências Públicas. A discussão no conselho pode permitir um maior aprofundamento do

debate, por se tratar, normalmente, de interlocutores que já vêm discutindo as questões em pauta,

porém, mobilizam-se mais aqueles que já têm experiência de participação e militância.

A participação da representação popular pressupõe uma relação de troca entre gestão

municipal e população, a partir da qual se torna possível construir um conhecimento conjunto

sobre a cidade, resultando na elaboração de projetos coletivos. Trata-se de criar condições para

22

que se realize um intercâmbio de saberes: de um lado, os que detêm um “conhecimento

técnico” sobre a realidade urbana e que estão no Governo e, do outro lado, um “saber popular”,

fruto da vivência que a população tem dos problemas da cidade e da sua capacidade de apontar

soluções.

Conclui-se, nessa perspectiva, que a participação cidadã é um conceito amplo, que

aponta para o fortalecimento de mecanismos democráticos.

A participação envolve:

a) Adequado sistema de geração e circulação de informação, com a constituição de canais de

participação;

b) Espaços de negociação de conflitos e momentos de pactuação;

c) Interação entre saber técnico e saber popular;

d) Processo de mobilização social;

e) Processo de aprendizagem coletivo;

f) Processo de decisões;

g) Compromisso do Governo para fazer valer as decisões.

2.8 MECANISMOS DE DIVULGAÇÃO E MOBILIZAÇÃO

A nossa Proposta Metodológica estabeleceu por meio do “Plano de Comunicação” a

estratégia de divulgação dos eventos e de mobilização da comunidade para participar das

discussões, reuniões e audiências públicas, nos termos da tabela com o resumo das atividades.

PLANO DE COMUNICAÇÃO

PLHIS: CACIQUE DOBLE - RS

DESTINO

CONTEÚDO

FONTE

CANAL

FREQUÊNCIA

ARMAZENAMENTO

População

Informar o

andamento e fazer

convite para

discussão

pactuação e

aprovação do

PLHIS

Prefeitura e

Equipe de

Coordenação

e elaboração

do PLHIS

Rádio/

Jornal/

Cartaz/

No mínimo

periodicidade

mensal a cada etapa

Arquivo/

Banco de Dados

Conselho

Informar o

andamento e fazer

convite para

discussão

pactuação e

aprovação do

PLHIS

Prefeitura e

Equipe de

Coordenação

e elaboração

do PLHIS

Rádio/

Jornal/

Cartaz e

Circular

No mínimo

periodicidade

mensal a cada etapa

Arquivo/

Banco de Dados

23

Equipe da

Prefeitura

Informar o

andamento e

convite para

Reuniões de

trabalho

Prefeitura e

Equipe de

Coordenação

e elaboração

do PLHIS

Memorando,

telefone,

email

Sempre que

necessário

Arquivo/

Banco de Dados

Prefeito

Informar o

andamento

do trabalho

Prefeitura e

Equipe de

Coordenação

e elaboração

do PLHIS

Reuniões

Sempre que

necessário

Arquivo/

Banco de Dados

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

No caso do nosso município, na elaboração do PLHIS, foram realizadas Reuniões e

Audiências Públicas abertas e, ainda, utilizamos as seguintes alternativas de divulgação: anúncio

no Site da Prefeitura Municipal; acionamento da Imprensa e Mídia local e comunicação aos

membros do Conselho Municipal.

2.9 ARTICULAÇÃO DOS PLANOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

2.9.1. Governo do Estado do Rio Grande do Sul assinou contrato para elaborar Plano Estadual

de Habitação de Interesse Social

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Habitação, Saneamento e

Desenvolvimento Urbano, assinou no dia 27 de outubro de 2009, o contrato para a Elaboração do

Plano Estadual de Habitação de Interesse Social.

A consultoria vencedora do processo de licitação conduzida pela Central de licitações

prevê um investimento total de R$ 337,9 mil com recursos do Ministério das Cidades, através da

Caixa Federal, de R$ 245,8 mil e do governo do Estado de R$ 92,1 mil.

O contrato foi assinado pelo secretário de habitação, Marco Alba, pelo diretor-

presidente da empresa, Gevasi Perroni e pelo gerente regional da Caixa Econômica Federal,

Rubem Danilo Pickrodt. Também estava presente no ato, o diretor de habitação da Sehadur,

Marcelo Soares.

Segundo o secretário de habitação, Marco Alba, o objetivo do Plano é formular

estratégias de enfrentamento das necessidades habitacionais do Rio Grande do Sul. A partir

disso, definir prioridades, recursos, meios, prazos e metas a serem atingidas no sentido de

construir uma política habitacional forte e também habilitar o Estado a receber recursos do

Fundo Nacional de Interesse Social - FINIS.

24

Conforme Marco Alba, o prazo para execução dos trabalhos será de oito meses. Neste

período a empresa e a Sehadur estarão promovendo uma série de encontros com entidades

representativas da sociedade para fortalecer o projeto e, assim, atender os princípios

fundamentais de uma política pública que contemplem o desenvolvimento, a sustentabilidade, o

meio ambiente e a qualidade de vida da população.

2.9.2 Princípios e Diretrizes

Os princípios e diretrizes do PLHIS da política habitacional municipal vão nortear a

definição das estratégias de intervenção, linhas programáticas e prioridades de investimento.

Foram, portanto debatidos com atores institucionais e sociais.

Por tal razão, foram observados os seguintes princípios, que também regem a Política

Nacional de Habitação, acolhidos e considerados no processo de elaboração do Plano:

Direito à moradia, enquanto um direito humano, individual e coletivo, previsto na

Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição Brasileira de 1988;

Moradia digna como direito e vetor de inclusão social, garantindo padrão mínimo de

habitabilidade, infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo,

equipamentos, serviços urbanos e sociais;

Compatibilidade e integração das políticas habitacionais federal, estadual, do Distrito

Federal e municipal, bem como das demais políticas setoriais de desenvolvimento urbano,

ambientais e de inclusão social;

Função social da propriedade urbana, buscando implementar instrumentos de reforma

urbana a fim de possibilitar melhor ordenamento e maior controle do uso do solo, de forma a

combater a retenção especulativa e garantir acesso à terra urbanizada;

Questão habitacional como uma política de Estado, uma vez que o poder público é agente

indispensável na regulação urbana e do mercado imobiliário, na provisão da moradia e na

regularização de assentamentos precários, devendo ser, ainda, uma política pactua da com a

sociedade e que extrapole um só governo;

Gestão democrática com participação dos diferentes segmentos da sociedade, possibilitando

controle social e transparência nas decisões e procedimentos;

Planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população e das

atividades econômicas, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano.

25

Por outro lado, indicamos as seguintes diretrizes para incorporação no Plano Local de

Habitação de Interesse Social:

Prioridade para planos, programas e projetos habitacionais para a população de Menor

Renda, articulados no âmbito Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal;

Utilização prioritária de incentivos ao aproveitamento de áreas dotadas de infraestrutura não

utilizadas ou subutilizadas, inseridas na malha urbana;

Utilização prioritária de terrenos de propriedade do Poder Público para a implantação de

projetos habitacionais de interesse social;

Sustentabilidade econômica, financeira e social dos programas e projetos implementados;

Incentivo à implementação dos diversos institutos jurídicos que regulamentam o acesso à

moradia, previstos no Estatuto da Cidade e outros;

Incentivo à pesquisa, incorporação de desenvolvimento tecnológico e de formas alternativas

de produção habitacional;

Adoção de mecanismos de acompanhamento e avaliação e de indicadores de impacto social

das políticas, planos e programas;

Observação de mecanismos de quotas para idosos, deficientes e famílias chefiadas por

mulheres dentre o grupo identificado como o de menor renda da alínea “a” deste inciso; e

Desenvolvimento institucional para que a atuação local tenha cada vez mais

institucionalidade, com a criação de órgão próprio ou com a internalização de algum órgão já

estruturado e relacionado com a problemática da habitação e que possa contar com os meios

administrativos, técnicos e financeiros necessários.

3. Diagnóstico do Setor Habitacional

O diagnóstico ora elaborado aponta a quantificação e qualificação da oferta e das

necessidades habitacionais e a identificação dos limites e potencialidades do quadro político-

institucional e financeiro existentes no governo local.

O diagnóstico foi elaborado com o levantamento de dados junto à Prefeitura Municipal,

Secretarias, IBGE e outras instituições e será consultado constantemente, tanto na etapa da

elaboração das estratégias de ação do PLHIS como no processo de sua execução. É, portanto, um

instrumento de gestão da política habitacional que orienta as tomadas de decisões. Para facilitar a

elaboração e a utilização do diagnóstico do PLHIS organizamos os conteúdos citados em dois

grandes tópicos: contexto e necessidades habitacionais.

26

A população total do Brasil é de 169.799.170 habitantes, de acordo com o Censo

Demográfico de 2000, realizado pelo IBGE. A densidade demográfica é de 19,92 habitantes por

km², em uma área total de 8.514.205 km². O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

brasileiro é de 0,766, segundo informações colhidas no Atlas de Desenvolvimento

Humano/PNUD (2000).

A população total do Estado de Rio Grande do Sul é de 10.187.798 de habitantes, de

acordo com o Censo Demográfico de 2000, realizado pelo IBGE. A Densidade Demográfica é

de 36,14 habitantes por km². A área é de 281.734 km², representando 48,88% da Região Sul

e 3,30% de todo o território brasileiro. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é

de 0,814, segundo informações do Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

A população total do Município de Cacique Doble era de 4.770 de habitantes, de

acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2000). Sua Área é de 204 km² representando

0.0758% do Estado, 0.0362 % da Região e 0.0024 % de todo o território brasileiro. Seu Índice

de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.734 segundo informações do Atlas de

Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

Síntese Demográfica

Ano

1970

1980

1991

2000

2007

População Total

6.497

5.985

5.704

4.770

4.824

Masculina

3.319

3.009

2.874

2.383

2.401

Feminina

3.178

2.976

2.830

2.387

2.423

Urbana

812

1.112

1.423

1.496

1.566

Rural

5.685

4.873

4.281

3.274

3.258

Taxa de Urbanização (%)

12,5%

18,6%

24,9%

31,4%

32,5%

Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Censos Demográficos: 1970, 1980, 1991,

2000 e estimativas de 2007.

Dados e indicadores referentes à Infraestrutura

Esta área temática apresenta os dados e os indicadores referentes à infraestrutura. As

informações estão organizadas por número de domicílios particulares permanentes e moradores.

Esta área temática reúne resultados de número total de domicílios particulares permanentes e

moradores.

27

3.1 Inserção regional e características do Município

A coleta ou sistematização das principais informações sobre o nosso município, fazendo

sua inserção micro e macro regional e sua relação com os municípios vizinhos, se deu através do

acesso ao site da FAMURS.

O Município de Cacique Doble, localizado na Região Noroeste do Estado do Rio

Grande do Sul, integra a AMUNOR– Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense,

distante da Capital do Estado 336 km. Tem como via de acesso a BRS-116 BRS-285 ERS-126

ERS-343. Tem sua data de criação em 01/06/1964 pela Lei 4.735 /1964. A Prefeitura Municipal

tem sua sede na Av. Kaingang, 292, seu CEP: 99860-000; o município é de Pequeno Porte, sua

altitude (m) 623, possui uma área (Km2) 203,908, latitude -27,77 e longitude -51,66, integra a

Microrregião de Sananduva.

Fonte: IBGE, 2011.

Caracterização do Território

Mesorregião Noroeste Rio-Grandense e Região Geográfica Sul.

Área

205,7 km²

Densidade Demográfica

23,2 hab/km²

Altitude da Sede

623 m

Ano de Instalação

1964

Distância da Capital do Estado

336 Km

Microrregião

Sananduva

Mesorregião

Noroeste Rio-Grandense

28

Índice de Desenvolvimento Humano

Índice de Desenvolvimento Humano

1970

1980

1991

2000

0, 406 0, 564 0, 582 0, 734

Educação 0, 523 0, 613 0, 651 0, 868

Longevidade 0, 564 0, 613 0, 688 0, 693

Renda 0, 133 0, 467 0, 406 0, 641

Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

Desenvolvimento Econômico

Fonte: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1998.

Infraestrutura:

Domicílios particulares e moradores

Fonte: IBGE

Ano Referência 2000

Domicílios Moradores

Total 1.269 4.751

Próprio 1.166 4.409

Próprio já quitado (a) 1.147 4.337

Próprio em aquisição (b) 19 72

Alugado (c) 47 146

Cedido 39 132

Cedido por empregador (d) 15 46

Cedido de outra forma (e) 24 86

Outra forma (f) 17 64

PIB e PIB Per Capita Fonte: IpeaData, 2011.

2001

2002

2003

2004

2005

PIB (R$ mil) 23.414 20.138 24.978 22.126 16.229

PIB per Capita (R$) 4.941 4.268 5.318 4.736 3.512

Indicadores de Renda

1970

1980

1991

2000

Renda Familiar per capita Média

(salários mínimos de 1991)

0,22

0,66

0,58

-

Percentual de Pobres (%)

92,2

58,6

69,9

34,9

29

O Município de Cacique Doble faz divisa com:

Ao Norte: Machadinho

Ao Sul: Santo Expedito do Sul

Ao Leste: São José do Ouro

Ao Oeste: São Joao da Urtiga, Sananduva e Paim Filho

Fonte: Google Mapas, 2011.

3.1.1. Caracterização dos Tipos de Municípios

O Plano Nacional de Habitação - PlanHab, nos Estudos Técnicos de Caracterização dos

Tipos de Municípios, realizada pelo Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de

Habitação por meio do Departamento de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica,

considerou o Município de Cacique Doble - RS, na tipologia utilizada pelo PlanHab J,

classificada como: “Pequenas cidades em espaços rurais pobres, com baixo dinamismo.” O

30

município não integra o Território da Cidadania, e não integra a Região Metropolitana – RIDE

(Região Integrada de Desenvolvimento) ou aglomeração urbana.

PLANHAB

Tipologia de Municípios utilizada nas Análises

Mais de 100 mil

habitantes

A

Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo

B

Principais aglomerações e capitais ricas

C

Aglomerados e capitais prósperas N e NE

D

Aglomerados e centros regionais Centro Sul

E

Aglomerados e centros regionais N e NE

Entre 20 e 100 mil

habitantes

F

Centros urbanos em espaços rurais prósperos

G

Centros urbanos em espaços rurais consolidados, com algum

grau de dinamismo

H

Centros urbanos em espaços rurais com elevada desigualdade e

pobreza

Menos de 20 mil

habitantes

I

Pequenas cidades em espaços rurais prósperos

J

Pequenas cidades em espaços rurais pobres, com baixo

dinamismo

K Pequenas cidades em espaços rurais pobres, com alto dinamismo

Elaboração: Consórcio Instituto Via Pública / LabHab-Fupam / Logos Engenharia, a partir do Estudo Tipologia das

Cidades Brasileiras do Observatório das Metrópoles, 2005.

Fonte: Google Mapas, 2011.

3.2 ATORES INSTITUCIONAIS E SUAS CAPACIDADES

Levantamos as informações sobre as formas de organização dos diversos grupos sociais

que atuam no setor habitacional e sua capacidade de atuação. Estas informações são importantes

tanto para promover a participação na elaboração do PLHIS como para a sua execução. As

31

informações institucionais e administrativas possibilitaram a identificação de ações necessárias

para que os governos municipais tenham capacidade de planejamento, gestão e investimento no

setor habitacional.

3.3 CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVAS

As informações institucionais e administrativas possibilitam a identificação de ações

necessárias para que os governos municipais tenham capacidade de planejamento, gestão e

investimento no setor habitacional.

3.3.1. Estrutura Administrativa Municipal

O organograma da Prefeitura Municipal compreende 09 (nove) Secretarias Municipais.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação – SMASH, é responsável

ainda pela questão habitacional de interesse social, como parte de sua estrutura. A SMASH é

ASSESSORIA

TÉCNICA E

ENGENHARIA

ASSESSORIA

JURÍDICA

CHEFE DE

GABINETE

Secretaria Municipal de Administração

Secretaria Municipal da Fazenda

Secretaria Municipal de Obras e Trânsito

Secretaria Municipal de Educação, Desporto e

Cultura

Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria Municipal de Agricultura,

Desenvolvimento e Meio Ambiente

Secretaria Municipal de Saúde

Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e

Turismo

CONSELHOS

GABINETE

DO PREFEITO

Secretaria Municipal de Serviços Urbanos

32

responsável pela alimentação, guarda e atualização do Cadastramento Único para Programas

Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que abrange quase que a totalidade das famílias-alvo

dos programas de habitação social, sem desconsiderar que conta com um limitado quadro de

recursos humanos.

Nome dos Técnicos do Setor

Habitacional

Formação

Cargo

1

Adriana Schenatto

Engenheira Civil

Engenheira

2

Emilia Dal Moro

Trabalho Social

Assistente Social

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

3.4 MARCOS LEGAIS E REGULATÓRIOS

O diagnóstico do PLHIS identificou os marcos Regulatórios e Legais existentes de

competência dos três entes federativos. Neste caso, tratou especialmente da legislação municipal

que precisa ser revista ou elaborada, tanto na perspectiva de promover a urbanização e

regularização dos assentamentos, como na perspectiva de ampliar o acesso à terra da população

de menor renda.

3.4.1 Legislação Federal

A Lei 9.514 de 1997, que além da instituição do SFI, disciplina o instrumento da alienação

fiduciária;

A aprovação do Estatuto da Cidade, em 2001, Lei nº. 10.257;

A criação do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH) e o

estabelecimento do regime de afetação (MP 2.212/01, regulamentada somente em 2004, Lei

10.931), além do aperfeiçoamento dos instrumentos do SFI – LCI e CCI (MP 2.223/01);

A instituição do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), em 2004 (Lei nº. 10.859), e

o estabelecimento da isenção de imposto de renda sobre ganhos de capital na venda de imóveis

de qualquer valor desde que o valor recebido seja utilizado na compra de outro imóvel em um

período máximo de 180 dias (MP 252);

A Resolução nº 460, de 14 de dezembro de 2004, cuja vigência teve início em maio de 2005,

estabelecendo novas diretrizes para aplicação dos recursos do FGTS, destacando-se a nova

distribuição entre as áreas orçamentárias que garante a alocação de 60% para Habitação Popular,

30% para Saneamento Básico, 5% para Infraestrutura Urbana e 5% para Habitação/Operações

33

Especiais, e instituindo, ainda, novo modelo de concessão dos descontos dirigidos (subsídios) a

financiamentos a pessoas físicas com renda familiar mensal bruta de até R$ 1.500,00;

A Lei 10.931 de 2004, que estabeleceu o patrimônio de afetação, com regime especial de

tributação e o valor incontroverso nos contratos de financiamento;

A criação, em 2005, do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e do

Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), Lei nº. 11.124.

3.4.2 Legislação Estadual

Resoluções do CONAMA

Resoluções do CGFNHIS

3.4.3 Legislação Municipal

Trata-se de conhecer as normas que orientam e controlam o uso, a ocupação e a

urbanização do solo e as leis que disciplinam o parcelamento do solo nos termos da planilha. Em

muitos casos, dependendo das características específicas de cada território, é necessário entender

como incidem as normas que regulam outras questões, como a questão ambiental e do

patrimônio histórico.

Descrição da Legislação Municipal

Existência

Nº da Lei

Lei Orgânica

Sim

S/nº

Plano Diretor

Não ---

Lei de Uso e Ocupação do Solo

Não ---

Código de Posturas

Sim

127/1990

Código de Vigilância Sanitária

Não ---

Código de Obras

Sim

130/1990

Lei de Perímetro Urbano

Sim

710/2002

Orçamento Municipal

Sim

1088/2010

Lei de Diretrizes Orçamentárias

Sim

1084/2010

Plano Plurianual

Sim

1035/2009

Plano Saneamento

Não ---

Plano de Regularização Fundiária Sustentável

Não ---

Plano Ambiental

Não

737/2002

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

34

3.5 ARTICULAÇÃO DO PLHIS COM O PLANO DIRETOR

O PLHIS deverá estar articulado com o Plano Diretor e a sua legislação complementar.

Essa articulação é necessária tanto para promover a urbanização e a integração dos

assentamentos existentes como para frear o crescimento desses. Sem dúvida, é necessário

recuperar a cidade ilegal, ou seja, recuperar ambientalmente os assentamentos precários,

dotando-os de infraestrutura e equipamentos urbanos. Repetindo, porém, o que é dito pela

professora Ermínia Maricato, se a ação for apenas esta estaremos “enxugando gelo”.

Para evitar a continuidade desta ocupação precária é necessário oferecer alternativas

para ampliar o acesso da população de menor renda ao mercado formal da habitação. Isso

significa mudar o rumo da política urbana na direção de incorporar, na prática, a função social da

propriedade, assim como aprimorar e consolidar o Sistema Nacional de Habitação (SNH),

canalizando recursos e subsidiando a moradia para a população de mais baixa renda.

3.5.1 Articulação do PLHIS com outros planos

O município identificou nos termos que segue os planos assinalados elaborados que

estão em sintonia com PLHIS, em função da especificidade e características de seu território e

dos problemas habitacionais e urbanos, de maneira que está articulado com outros planos que

devem ser elaborados, tais como:

Gerenciamento e Eliminação de Situações de Risco, que consiste na execução de obras

para a eliminação de situações de risco e/ou no monitoramento destas áreas. Tal monitoramento

pode ser realizado através da realização de estudos e de ações, entre outras, como vistorias

periódicas, ações sócio-educativas, avaliação de risco e execução de obras de consolidação

geotécnica.

Contenção de Invasões: que consiste no controle e fiscalização para inibir o processo de

invasões.

Recuperação de Conjuntos Habitacionais, promovidos pelo setor público, destinados à

população de baixa renda que se encontram degradados: consiste na execução de reforma de

edificação, construção ou recuperação de equipamentos comunitários e/ou obras de infra-

estrutura, tais como drenagem, pavimentação, paisagismo, consolidação geotécnica, e,

mobiliário- urbano.

35

Apoio à Remoção Temporária: subsídio financeiro destinado à população de baixa renda

que habita assentamentos precários em processo de urbanização ou áreas de risco ou ainda que se

encontre em situação de vulnerabilidade social para acesso temporário a unidades habitacionais

de terceiros.

Indenização: subsídio financeiro destinado à população de baixa renda que habita

assentamentos precários em processo de urbanização ou áreas de risco para aquisição de

moradia.

3.6 OFERTA HABITACIONAL

A demanda por habitação em nosso trabalho realizado considerou as condições em que

ocorre a oferta de habitação, que envolve tanto a produção de moradias quanto as condições de

oferta e acesso a terra, incluindo a disponibilidade de infra-estrutura urbana.

3.6.1Disponibilidade de solo urbanizado

Neste contexto, caracterizamos a oferta e a disponibilidade de solo urbanizado para a

população de menor renda, que passou a ser identificada no mapa que aponta a existência de

áreas vazias (públicas e privadas) urbanizadas e ou na área de expansão adequadas para a

habitação social, podendo registrar a quantia necessária apurada no levantamento com um total

de 117.000 metros quadrados para atender a demanda habitacional. Conforme o ANEXO R –

Mapa (Cartográfico) da indicação de Área de Terra.

36

Plano Diretor Participativo – Situação após a

aprovação do Estatuto da Cidade

( ) Aprovado

( )

Em revisão

( ) Em discussão

na Câmara dos

Vereadores

(x)

Não foi

elaborado

Lei nº:

Ano:

Zonas Especiais de Interesse Social – Áreas Ocupadas

Zonas Especiais de Interesse Social –

Áreas Vazias

IPTU

O instrumento

está previsto?

Já foi iniciada

a aplicação

das ZEIS em

áreas

ocupadas?

As ZEIS estão

delimitadas no

território?

Todos os

assentamentos

precários

consolidáveis

estão

delimitados

como ZEIS?

O instrumento

está previsto?

Já foi

iniciada a

aplicação das

ZEIS em

áreas vazias?

Existem áreas

vazias

delimitadas

como ZEIS?

O

município

cobra

IPTU?

O município

atualiza a

Planta Venal

de Valores

(ou Planta

Genérica de

Valores)?

O IPTU é

progressivo?

( ) Sim, no

Plano Diretor

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim, no

Plano Diretor

( ) Sim

( ) Sim

(x) Sim

(x) Sim

( ) Sim

( ) Sim, em Lei

Específica

(x) Não

(x) Não

(x) Não

( ) Sim, em

Lei Especifica

(x) Não

(x) Não

( ) Não

( ) Não

(x) Não

( ) Sim, na Lei

de Uso e

Ocupação do

Solo

Qual o n.ºde

ZEIS

delimitadas?

( ) Sim, na Lei

de Uso e

Ocupação do

Solo

Quantas áreas

foram

delimitadas

como ZEIS?

( ) em parte

Última

atualização:

2010

( ) No espaço

(x) Não está

previsto

Qual a área (ha)

total delimitada?

(x) Não está

previsto

Qual a dimensão

das áreas

delimitadas?

37

Parcelamento, Urbanização ou Edificação Compulsória

Outorga Onerosa do Direito de Construir

O instrumento

está previsto

no Plano

Diretor

As áreas onde

o incide o

instrumento

estão

delimitadas?

A aplicação

deste

instrumento já

está

regulamentada?

Já foi iniciada

a aplicação do

instrumento?

O instrumento

está previsto

no plano?

As áreas

onde incide o

instrumento

estão

delimitadas?

A aplicação deste

instrumento já

está

regulamentada?

Já foi iniciada

a aplicação do

instrumento?

Como são aplicados os

recursos arrecadados

com a aplicação do

instrumento?

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

( ) Sim

-

(x) Não

(x) Não

(x) Não

(x) Não

(x) Não

(x) Não

(x) Não

(x) Não

Existem parâmetros

urbanísticos especiais para

produção de HIS em ZEIS?

Existem parâmetros urbanísticos

especiais para produção de HIS

fora de ZEIS?

Qual o tamanho mínimo do

lote de HIS?

Qual a fração ideal de terra

(média) por domicílio nos

conjuntos habitacionais

verticalizados (com até cinco

pavimentos) promovidos pelo setor

público e destinados à baixa renda

na cidade?

Qual a fração ideal de

terra (média) por

domicílio nos conjuntos

habitacionais horizontais

promovidos pelo setor

público e destinados à

população de baixa renda

na cidade?

( ) Sim

(x) Não

( ) Sim

(x) Não

-

-

-

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

38

3.6.2 Produção de moradias

Com relação à produção de moradias, caracterizamos, além das diferentes modalidades

de atendimento, a atuação dos setores público (federal, estadual e municipal), privado e da

própria população.

.Programas e Projetos Habitacionais do Município

desenvolvidos

pelo

Município

Nome:

Necessidades Atendidas

Fontes de

Recursos

Programa de Habitação

de Interesse Social

PHIS

45 casas novas

Federal e Municipal

Habitar Brasil

28 casas novas

Federal e Municipal

Atualmente

desenvolvidos

pelo

Município

Projeto:

Descrição

Valor do

Investimento

Minha Casa,

Minha Vida

50 Casas Novas

-x-

Viver Melhor 30 Casas Novas R$ 480.000,00

Balanço da

Produção

Habitacional

entre

2005/2008

Produção de Unidades

Habitacionais

N.ºde unidades aprovadas no

município entre 2005 e 2008:

Área Rural e Urbana (Casas e Apartamentos)

45

Produção de Lotes

Urbanizados

N.ºde lotes aprovados entre

2005 e 2008:

-x-

Melhorias Habitacionais

e Material de

Construção

Estimativa do n.ºde famílias

beneficiadas entre

2005 e 2008:

100

Urbanização de

Assentamentos

Precários

N.ºde famílias beneficiadas

entre 2005 e 2008:

-x-

Políticas e

Programas

Descrição

Existência:

IBGE/Prefeitura

Ações ou programas na área de habitação

Sim

Cadastro ou levantamento de famílias interessadas em

programas habitacionais

Sim

Programa de construção de unidades

Sim

Órgão específico para implementação de política

habitacional

Sim

Outros programas e ações

Sim

Programa de melhoria dos cortiços

Não

Programa de oferta de lotes

Não

Programa de oferta de material de construção

Sim

Programa de regularização fundiária

Não

Programa de urbanização e assentamentos

Não

Tamanho do lote mínimo

250 m²

39

3.7 NECESSIDADES HABITACIONAIS

Identificamos as necessidades habitacionais existentes no território, que é fundamental

para a adequada formulação do PLHIS, pois foram mensuradas e caracterizadas, permitindo que

sejam analisadas.

40

Custo de projeto por metro quadrado – Reais – IBGE – Junho 2011

Tipo de Projeto

Padrão de acabamento = Normal

Unidade da Federação

São

Paulo

Rio de

Janeiro

Minas

Gerais

Rio

Grande do

Sul

Paraná

Casa popular, 1 pavimento, varanda,

sala, 2 quartos, circulação, banheiro e

cozinha

959,75

980,24 840,13

830,67

836,52

Casa popular, 1 pavimento, sala, 2

quartos, circulação, banheiro e cozinha

1.070,65

1.093,99 939,03

928,61

934,88

Custo médio por família por tipo de intervenção

Tipos de Intervenção

Custo médio do

Plamb (R$)

Custo médio do

Município (R$)

Diferença % de

Fonte A-B

Reconstrução de unidades habitacionais

23.000,00

27.000,00

117%

Urbanização complexa

11.000,00

10.000,00

90%

Urbanização simples

5.500,00

5.000,00

90 %

Regularização Fundiária

300,00

1.700,00

566%

Trabalho Social

300,00

300,00

0%

Volume total de Recursos Orçamentários do Município Aplicados em Habitação no período

de 2005-2008:

Ano

Valor Aplicado

% Orçamento executado do Município

2005

R$ 9.075,96

0,96%

2006

R$ 87.682,05

1,15%

2007

R$ 43.325,25

0,63%

2008

R$ 149.319,52

0,95%

Quadro Geral das necessidades habitacionais do Município

Necessidades habitacionais do Município

Quantidade

Custo médio por

família

(compatibilização

de fontes)

Valor total

(R$)

Recursos necessários para urbanizar os

Assentamentos Precários (Urbanização

Simples)

749

5.000,00

3.745.000

Recursos necessários para promover a

regularização fundiária dos Assentamentos

Precários

315

1.700,00

535.500

41

Recursos necessários para a construção de

novas moradias

468

27.000,00

12.636.000

Recursos necessários para aquisição ou

desapropriação de terras, caso o município não

possua estoque suficiente de terras públicas

para atender a demanda habitacional

468

15.000,00

Valor médio de

um terreno de

250 m²

7.020.000

Recursos necessários para desenvolver outros

programas habitacionais, com requalificação

habitacional, eliminação e gerenciamento de

risco, APP e recuperação de conjuntos

habitacionais.

068

42.000,00 (Casa e Terreno)

2.856.000

As tipologias habitacionais utilizadas pelo setor público no município

Tipologias Habitacionais

Qual o custo de produção

por UH?

Data da Informação

Casas Populares de dois

dormitórios, com sala, cozinha

banheiro e Lavanderia com

42m

27.000,00

23/03/2011

3.7.1 Precariedade Habitacional

No tema versando sobre tipologias, passamos a realizar o dimensionamento e

caracterização dos tipos de assentamentos, número de domicílios, perfil da população, tipo de

intervenção, regularidade urbanística, características físicas e regularidade fundiária nos termos

da Tabela de Caracterização das Áreas – PLHIS, com levantamento “in loco” e “coleta de

dados” pela Equipe da Prefeitura Municipal, realizado pelo Engenheiro e pela Assistente Social

no ano de 2011, conforme os termos do registro que segue:

42

TABELA DE CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS – PLHIS

Levantamento “in loco” e “coleta de dados”.

Fonte: Equipe da Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Ficha

Nome/

Localidade

Tipos de

Assentamentos

Nº de

Domicílios

Perfil/

População

Tipos de

Intervenção

Regularidade

Urbanística

Características

Físicas

Regularidade

Fundiária

1

Assentamento

Precário: Interior

(Ilha das Flores e

Comunidade Brasília)

Favela, Invasão,

comunidade,

vila, núcleo...

250

Predomina

Baixa Renda

Consolidável e

Urbanização

(Simples)

Rede de Água Potável:

95%. Sistema de

Esgoto/Fossa

aprovada: 10%.

Energia Elétrica:

95 % e Baixa

Densidade.

Adequado,

Passíveis de

Adequação,

Traçado Regular

e Consolidável

Privada

Proprietário

2

APP: Rua João

Biachin e Av.

Amabile

Loteamentos

Irregulares

60

Predomina

Baixa Renda

Não Consolidável

e Reassentamento

(Total)

Rede de Água Potável

70%. Sistema de

Esgoto/Fossa aprovada

10%. Energia Elétrica

95%. Pavimentação

20%. Está em APP

(margem de rio).

Possui Área de Risco

Baixa Densidade.

Impróprio,

Não

Consolidável

-x-

3

Área Indígena

(Kaingang)

Favela, invasão,

comunidade,

vila, núcleo...

184

Predomina

Baixa Renda

Consolidado

Urbanização

(Simples)

Rede de Água Potável

80 %. Sistema de

Esgoto/Fossa aprovada

10%. Energia Elétrica

70% e Baixa

Densidade.

Adequado e

Consolidado

Privada

Proprietário

43

4

Assentamento

Precário Cidade

(Av. Amabile Viaceli

e Rua Vicente Tonial)

Favela, invasão,

comunidade,

vila, núcleo...

165

Predomina

Baixa Renda

Consolidável e

Urbanização

(Simples)

Rede de Água Potável

95%. Sistema de

Esgoto/Fossa aprovada

10%. Energia Elétrica

95 %. Pavimentação

55 %. Baixa

Densidade.

Adequado,

Passíveis de

Adequação,

Traçado Regular

e Consolidável

Privada

Proprietário

5

Faixa de Domínio

(RS 343 km 25)

Loteamentos

Irregulares

08

Predomina

Baixa Renda

Não

Consolidável,

Reassentamento

(Total)

Rede de Água

Potável100%.

Sistema de

Esgoto/Fossa aprovada

10%. Energia Elétrica

100%. Baixa

Densidade.

Inadequado,

Não

Consolidável

-x-

6

Regularização

Fundiária

(Av.Amabile Viaceli)

Loteamentos

Irregulares

150

Predomina

Baixa Renda

Consolidável e

Urbanização

(Simples)

Rede de Água Potável

70 %. Sistema de

Esgoto/Fossa

aprovada10%. Energia

Elétrica 95%.

Pavimentação 20% e

Baixa Densidade.

Adequado,

Passíveis de

Adequação,

Traçado Regular

e Consolidável

Privada

Proprietário

44

3.7.2 Déficit Quantitativo e Qualitativo

Passamos a identificar as necessidades acumuladas, as análises sobre o tamanho e o tipo

de déficit habitacional, dentro e fora de assentamentos precários.

Tipo

Déficit

Domicílios

Fonte

Déficit Quantitativo Total

do Município

Em Área Urbana

89

Sistema Mun.

Informação

Em Área Rural

379

Sistema Mun.

Informação

TOTAL

468

Sistema Mun.

Informação

Déficit Qualitativo Total

do Município

Em Área Urbana

79

Sistema Mun.

Informação

Em Área Rural

52

Sistema Mun.

Informação

TOTAL

131

Sistema Mun.

Informação

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Estimativa:

Déficit Total Habitacional na Área Urbana

Ano Base: FJP/ IBGE – 2000.

Projetado para população de

2007.

População abaixo de 20 mil

habitantes em Área

Urbana

87

168

Sistema Municipal de

Informação

Fonte: IBGE, 2011.

Estimativa de Déficit

Habitacional do

Município por

rendimento

Déficit

Domicílios

Fonte

Sem rendimento

196

Sistema Mun.

Informação

Até 1 salário mínimo

200

Sistema Mun.

Informação

Mais de 1 a 3 salários mínimos

158

Sistema Mun.

Informação

Sub-Total (até 3 salários mínimos)

554

Sistema Mun.

Informação

Mais de 3 a 5 salários mínimos

45

Sistema Mun.

Informação

TOTAL

599

Sistema Mun.

Informação

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

45

TABELA DO LEVANTAMENTO DE CAMPO DO MUNICÍPIO COM COBERTURA TOTAL – PLHIS

Levantamento “in loco” e “coleta de dados”.

Fonte: Equipe dos Agentes Comunitários de Saúde. Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Micro-

região

Descrever a abrangência da Área

da Microrregião

Agente Comunitário

de Saúde

Déficit Quantitativo da Micro-região

em Número

Déficit Qualitativo da Micro-região

em Número

MR.01

Av. Guarani e Bairro Nossa

Senhora Saúde

Franciele Aparecida Teles

de Matos

23

Em Área Urbana

23

19

Em Área Urbana

19

Em Área Rural 00 Em Área Rural 00

MR.02

Bairro Nova Esperança, Bairro

Planalto e Av. Guarani.

Valquiria Maria dos Reis

36

Em Área Urbana

36 50

Em Área Urbana

50

Em Área Rural 00 Em Área Rural 00

MR.03

Av. Kaingang, Rua Sylvio Dal

Moro, Rua Antônio Luchese e Rua

Ricardo Zeni

Markieli Mari Perondi

Bresolin

27

Em Área Urbana

27 10

Em Área Urbana

10

Em Área Rural 00 Em Área Rural 00

MR.04

Farroupilha, Linha Butiazinho,

Linha Ricardi e Linha Mioranza

Sidnei Salette Carniel

Olivoto

10

Em Área Urbana

00 01

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 10 Em Área Rural 01

MR.05

Capela Nossa Senhora das Graças,

Linha Guabiju, Linha Caciquinho,

RS 343 km 25

Leni Maria Ferreira. S.

Dal Moro

18

Em Área Urbana

03 03

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 15 Em Área Rural 03

MR.06

Linha Rio Ouro, Misericórdia,

Santo Antonio e Lajeadinho

Edir Maria Cagnini

Perondi

49

Em Área Urbana

00 09

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 49 Em Área Rural 09

MR.07

Santa Catarina e São Pedro

Renata Calgaroto Vieira

19

Em Área Urbana

00 05

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 19 Em Área Rural 05

MR.08

São Sebastião e Aparecida

Ivete de Paula Xavier

22

Em Área Urbana

00 08

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 22 Em Área Rural 08

46

MR.09

Cap. São Judas Tadeu, Linha

Brasília e Linha Caravágio

Rosa Ana D. Senhenel

24

Em Área Urbana

00 05

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 24 Em Área Rural 05

MR.10

Nossa Senhora Consoladora e

Linha São Jorge

Andréia Comel

20

Em Área Urbana

00

08

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 20 Em Área Rural 08

MR.11

São Joãozinho, Santa Terezinha

Gilso Garbin

15

Em Área Urbana

00

04

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 15 Em Área Rural 04

MR.12

São Luiz Rei e Ilha das Flores

Dinara Tonieto

21

Em Área Urbana

00

09

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 21 Em Área Rural 09

MR.

Acampamento Ilha das Flores

Leonir Franco 36

Em Área Urbana

00

00

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 36 Em Área Rural 00

MR.

Área Indígena São Pedro

Berenice da Veiga 148

Em Área Urbana

00

00

Em Área Urbana

00

Em Área Rural 148 Em Área Rural 00

47

3.7.2.1 Pesquisa Cadastral Municipal

A informação cadastral foi um importante instrumento de planejamento das

intervenções físicas e do atendimento através de programas habitacionais assim como, de outros

programas sociais.

3.7.3 Compatibilização de fontes e metodologias

Para a realização deste trabalho foram utilizadas diferentes fontes e metodologias

disponíveis, razão para fazer termos feito a compatibilização das mesmas, nos termos

apresentados neste Plano.

3.7.4 Área Rural

Município

Estimativa Déficit

Habitacional Rural

Tipos de Precariedade e

Necessidades Habitacionais

Cacique Doble - RS Tem 68,64% na área rural.

Fonte: IBGE

328

Habitações Precárias (rústicas)

103

Co-Habitação Familiar

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

3.7.5 Cálculo da Demanda Demográfica Futura: Projeção Taxa de Nascimentos – IBGE

CIDADES X Projeção Ministério das Cidades

Qualquer projeção futura é elaborada com base em análise dos ritmos de crescimento

populacional. Consideramos neste sentido, com base nos dados, que houve um decréscimo

ocorrido em períodos anteriores. Diante disto e visando identificar tendências futuras, faz-se

importante considerar possíveis imprecisões e erros decorrentes de transformações não previstas,

sobretudo porque atualmente defrontamo-nos com a defasagem dos dados do último Censo

Demográfico, que subsidiam boa parte do planejamento. Além disso, dificilmente se consegue

captar os impactos de grandes investimentos, por exemplo, na atração ou expulsão populacional

de determinadas áreas, razões pelas quais se ressalta a importância das revisões do PLHIS.

De outra parte, os dados os dados do IBGE/Estatísticas do Registro Civil 2009, dos

Nascidos Vivos é de 42, enquanto que, os óbitos ocorridos informam a quantia de 12. Pode-se

apurar um saldo positivo de 30. Dividindo este número pelo número de 4 (quatro) pessoas por

48

família (média nacional), chegou-se ao número 7,5 para ser considerado de novos domicílios,

razão para fazer uma projeção estimada no horizonte temporal do PLHIS de 2010 a 2030.

TN: PROJEÇÃO DA “DEMANDA FUTURA” DE DOMICÍLIOS 2010 a 2030 (TN – Taxa de Nascimentos)

Ano

2000/

IBGE

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Nº de

Domicílios

1.269

1.269

1276

1283

1290

1297

1304

1311

1318

Ano

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

Nº de

Domicílios

1325

1332

1339

1346

1353

1395

1402

1409

1416

Ano

2027

2028

2029

2030

Demanda futura no horizonte temporal do

PLHIS

175 novos domicílios

Nº de

Domicílios

1423

1430

1437

1444

Fonte: IBGE/Simulação Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

MC: PROJEÇÃO DA “DEMANDA FUTURA” DE DOMICÍLIOS 2003 a 2023 MC – Ministério das Cidades

Ano

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Nº de

Domicílios

1.211

1.228

1.253

1.284

1.315

1.343

1.367

1.385

1.401

Ano

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Nº de

Domicílios

1.415

1.428

1.442

1.456

1.470

1.486

1.503

1.522

1.541

Ano

2021

2022

2023

Demanda futura no horizonte temporal do PLHIS

214 novos domicílios

Nº de

Domicílios

1.561

1.580

1.599

Fonte: Oliveira e Rios-Neto, 2009.

Assim, de 2010 a 2030 tem-se vinte anos de horizonte temporal para o PLHIS, com

revisões previstas em: 2013, 2017, 2021, 2025 e 2029, coincidindo com os anos de elaboração do

49

Plano Plurianual (PPA) pelos municípios. Estimar o número de domicílios necessários para

atender à demanda demográfica prioritária, que surgirão no período abarcado pelo PLHIS.

Portanto, as demandas demográficas futuras, apresentam-se projetadas para o período

entre 2003/2023 e 2010/2030, ou seja, para o horizonte temporal do PLHIS, que envolve entre

quatro e cinco gestões municipais. Com base nos dados disponíveis, estimou-se o número de

domicílios necessários para atender às necessidades habitacionais futuras, considerando-se o

período de vigência deste PLHIS.

Percebe-se que a população total apresentou um decréscimo segundo os dados

censitários. Observa-se tendência de inversão na distribuição demográfica, haja vista que ocorreu

aumento da população urbana e diminuição da rural, fenômeno comum na maioria dos

municípios brasileiros. Há evidências, portanto, de que está ocorrendo migração populacional no

município, principalmente da zona rural, cujos destinos podem ser a própria zona urbana do

município e/ou outras cidades.

4. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Nos termos da orientação da Secretaria Nacional de Habitação, os problemas

identificados no Diagnóstico do Setor Habitacional receberam propostas pactuadas com a

sociedade, contando com o envolvimento dos atores sociais e institucionais na definição das

respectivas estratégias.

4.1 DIRETRIZES E OBJETIVOS

A Prefeitura Municipal observando as diretrizes gerais e específicas que nortearam a

elaboração do PLHIS, levando-se em consideração a Política Nacional de Habitação e a política

50

habitacional local, os eixos de desenvolvimento que impactem a questão habitacional e urbana e

os princípios democráticos de participação social, nesta linha de entendimento destacamos

diretrizes e objetivos conforme segue:

As “diretrizes” norteadoras deste PLHIS, consoante os princípios e objetivos

enunciados, são as seguintes:

Garantia do princípio da função social da propriedade estabelecido na Constituição e no

Estatuto da Cidade, respeitando-se o direito da população a permanecer nas áreas ocupadas por

assentamentos precários ou em áreas próximas, que estejam adequadas do ponto de vista

socioambiental, preservando seus vínculos sociais com o território, o entorno e sua inserção na

estrutura urbana, considerando a viabilidade econômico-financeira das intervenções;

Promoção do atendimento à população de baixa renda, aproximando-o ao perfil do déficit

qualitativo e quantitativo e com prioridade para a população com renda de até 3 (três) salários

mínimos;

Promoção e apoio às intervenções urbanas articuladas territorialmente, especialmente

programas habitacionais, de infra-estrutura urbana e saneamento ambiental, de mobilidade e de

transporte, integrando programas e ações das diferentes políticas, visando garantir o acesso à

moradia adequada e o direito à cidade;

Estímulo aos processos participativos locais que envolvam a população beneficiária,

especialmente nas intervenções de integração urbana e regularização fundiária;

Atuação coordenada e articulada dos entes federativos por meio de políticas que

apresentem tanto caráter corretivo, baseadas em ações de regularização fundiária, urbanização e

inserção social dos assentamentos precários; quanto preventivo, com ações voltadas para a

ampliação e universalização do acesso à terra urbanizada e a novas unidades habitacionais

adequadas;

Atuação integrada com as demais políticas públicas ambientais e sociais para garantir a

adequação urbanística e sócio-ambiental das intervenções no enfrentamento da precariedade

urbana e da segregação espacial que caracterizam esses assentamentos;

Definição de parâmetros técnicos e operacionais mínimos de intervenção urbana de forma

a orientar os programas e políticas federais, estaduais e municipais, levando-se em conta as

dimensões fundiária, urbanística e edilícia, a dimensão da precariedade física (risco,

acessibilidade, infraestrutura e nível de habitabilidade) e a dimensão da vulnerabilidade social,

51

compatíveis com a salubridade, a segurança e o bem-estar da população, respeitando-se as

diferenças regionais e a viabilidade econômico-financeira das intervenções;

Estímulo ao desenvolvimento de alternativas regionais, levando em consideração as

características da população local, suas manifestações culturais, suas formas de organização e

suas condições econômicas e urbanas, evitando-se soluções padronizadas e flexibilizando as

normas, de maneira a atender às diferentes realidades do País.

Embasado nos princípios relacionados, este PLHIS visa que a política municipal de

habitação alcance os seguintes “objetivos”:

Promover e apoiar ações de desenvolvimento institucional;

Estabelecer critérios e parâmetros técnicos de orientação para as intervenções urbanas;

Democratização do acesso à terra urbanizada, à moradia e aos serviços públicos de

qualidade, ampliando a oferta de habitações e melhorando as condições de habitabilidade da

população de baixa renda;

Atendimento às necessidades habitacionais do conjunto da população, com prioridade

para as famílias cuja renda seja igual ou inferior a três salários mínimos e formas diferenciadas

de atuação segundo os segmentos de renda;

Reversão do processo de segregação sócio-espacial na cidade, por intermédio da oferta de

áreas, do incentivo e indução à produção habitacional dirigida aos segmentos sociais de menor

renda, inclusive em áreas centrais, bem como pela urbanização e regularização dos

assentamentos precários ocupados por população de baixa renda;

Recuperação ambiental das áreas degradadas (assentamentos precários), combinando

sempre que possível ações de urbanização, com ações de recuperação e preservação ambiental.

4.2 PROVISÃO, ADEQUAÇÃO E URBANIZAÇÃO: LINHAS PROGRAMÁTICAS,

PROGRAMAS E AÇÕES

Os programas e ações serão estruturados a partir destas linhas, de forma a articular os

agentes promotores e financeiros públicos e privados.

O município apontou as linhas programáticas, e ações que serão desenvolvidos:

LPA1-Linha Programática e de Atendimento para Integração Urbana de Assentamentos

Precários e Informais;

LPA2 - Linha Programática e de Atendimento para Produção e Aquisição da Habitação;

LPA3 - Linha Programática de Atendimento para Melhoria Habitacional;

52

LPA4 - Linha Programática de Atendimento para Assistência Técnica;

LPA5 - Linha Programática de Atendimento para o Desenvolvimento Institucional.

4.3 LINHAS PROGRAMÁTICAS NORMATIVAS E INSTITUCIONAIS

Na etapa „Estratégias de Ações‟ foram apontados ações e projetos que serão

desenvolvidos para viabilizar a execução do PLHIS. Estas ações respondem aos problemas

identificados e relacionados com as condições institucionais e normativas do setor habitacional

no município.

4.4 PRIORIDADES DE ATENDIMENTO

Nesta etapa elencamos os critérios de priorização de atendimento das necessidades

habitacionais, seguindo a ordem abaixo:

Ordem

Descrição das Prioridades de Atendimentos

Situações de insalubridade e de risco

Ocupação em áreas de proteção ambiental (EX: APMs, APA)

Recuperação ambiental e urbana do setor urbano ou micro-bacia

Tempo de existência do assentamento

Aprovação da urbanização do assentamento no Orçamento Participativo

Relação custo-benefício, considerando-se o custo da intervenção em relação ao

número de famílias diretamente e indiretamente beneficiadas (assentamento,

entorno e cidade)

Nível de organização comunitária

Existência de fatores facilitadores da regularização fundiária

Imposições jurídicas (existência de ações populares e/ou ações de reintegração de

posse, existência de TACs – Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério

Público)

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

4.5 METAS, RECURSOS E FONTES DE FINANCIAMENTO

A definição das metas de atendimento previstas para o horizonte temporal abarcado

pelo PLHIS do município envolveu uma simulação da disponibilidade total de recursos a serem

aplicados em habitação no município.

Para simular a definição de “metas” estimou-se valores de referência baseados no

critério de porcentagem do déficit habitacional do Município de Cacique Doble - RS em relação

53

ao déficit da Microrregião de Sananduva, considerando os números da FJP que apontou um

Déficit Habitacional absoluto 1.099, de outra banda no levantamento de campo efetuado pelo

município foi apurado um déficit habitacional quantitativo de 468 no município, representando

um déficit de 42,58% da região, já no Estado do Rio Grande do Sul o Déficit Habitacional

absoluto da FJP é de 218.784, representando um déficit de 0.21% do Estado e do Déficit

Habitacional absoluto da FJP é de 5.890.139, representando um déficit de 0,007% do País.

Como ensaio preliminar, pôde-se prever que, no mínimo, deverão ser destinados ao

Município, os respectivos percentuais de recursos que correspondem ao déficit no âmbito

nacional e estadual para desenvolver programas para a área habitacional.

Distribuição por Município:

Para a divisão do valor foi considerado o índice percentual da cota do FPM de cada

Município. Pode-se utilizar qualquer outro método que estabeleça um mesmo critério de

repartição para todos os municípios. A cota parte do FPM leva em conta o índice populacional.

O critério adotado e a cota partem para cada município, informação conseguida

diretamente na Secretaria Municipal da Fazenda.

No caso do Município de Cacique Doble - RS, o índice do FPM é 0.60, com base nas

Ações Orçamentárias do Orçamento Geral da União do Exercício de 2011, resultando um valor

de R$ 4.152.003,85, ao ano multiplicado por 20 anos referentes ao horizonte do Plano,

apontando um resultado de R$ 83.090.077,00, considerando ainda que incluímos neste último

cálculo uma única vez o valor de R$ 50.000,00, referentes a elaboração do PLHIS, previstos para

os municípios com menos de 20 mil habitantes.

54

EXTRATIFICAÇÃO DA DEMANDA POR GRUPO DE ATENDIMENTO

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

Grupos de atendimento por capacidade

Financeira

Necessidade

de domicílios

Fontes de

Recursos

I

Famílias com renda abaixo da linha de financiamento RM SP/RJ: até

R$ 800,00 / Outras RMs: R$ 700,00. Demais situações: até R$

600,00.

396

FNHIS

II

Famílias com renda que permite assumir pagamento mensal e acessar

financiamento, mas insuficiente para adquirir uma solução

habitacional e com alto risco de crédito para os Agentes Financeiros.

RM SP/RJ: de R$ 800,00 a 1.600,00 / Outras RMs: de R$700,00 a

1.400,00. Demais situações: de R$ 600,00 a 1.200,00.

158

FGTS e

FNHIS

Financiamento

com subsídio

III

Famílias com renda mensal que permite assumir pagamento mensal e

acessar financiamento, com moderado risco de crédito para os

Agentes Financeiros RM SP/RJ: de R$ 1.600,00 a 2.000,00 / Outras

RMs: de R$ 1.600,00 a 2.000,00 / Demais situações: de R$ 1.600,00

a 2.000,00.

045

FGTS

Financiamento

com subsídio

IV

Famílias com capacidade de acesso a uma habitação através de

financiamento, em valor suficiente para acessar uma moradia

adequada, (perfil do FGTS) de R$ 2.000,00 a 4.000,00.

-x-

FGTS

V

Famílias com plena capacidade de acesso a uma habitação através de

financiamento de mercado (SBPE e outros). Acima de R$ 4.000,00.

-x-

SBPE e

Mercado

4.5.1 Metas

As metas propostas foram submetidas apreciação da Participação Cidadã, nas

discussões, reuniões e Audiências Públicas, subdivididas em Metas de Curto, Médio e Longo

prazo das Ações e/ou Projetos e em cenários distintos.

E, manifesta a concentração dos esforços nos quatro primeiros anos do PLHIS, não

somente devido à urgência de solução para os problemas apontados, mas também, pela

oportunidade aberta pelo governo federal, que reserva um papel privilegiado para a produção

habitacional em geral e de interesse social em particular.

55

EXTRATIFICAÇÃO DAS METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO DAS AÇÕES E/OU PROJETOS DO PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

AÇÕES E/OU PROJETOS

Metas

Curto prazo:

anual até 4 anos

Médio prazo:

entre 4 e 8 anos

Longo prazo:

de 8 até 20 anos

Organização institucional: Consiste, quando couber, na reforma administrativa, criação de

estrutura administrativa ou ainda disponibilização de técnicos para tratar da área

habitacional e urbana. Trata-se inclusive de avaliar ou implantar estruturas de Defesa

Civil em cidades onde parte da população more em áreas de risco.

X

Capacitação profissional de técnicos dirigentes para gestão do PLHIS.

X

Revisão e/ou elaboração dos marcos regulatório da legislação do tipo:

Plano Diretor,

Lei de ZEIS (Zonas de Especial Interesse Social),

Planos setoriais (área ambiental, mobilidade urbana, patrimônio histórico).

X

Implantação do Sistema Municipal de Informações em Habitação.

X

Implantação de um banco de projetos na Prefeitura: objetivando a viabilização de

captação de recursos para as ações de Habitação.

X

Ampliação progressiva do Fundo Municipal de Habitação, com um aumento realista da

participação do orçamento municipal e aumento significativo de recursos extra-fiscais.

X

Integração no planejamento, na execução e na avaliação das ações na Habitação: da sede

municipal e demais localidades do município.

X

Desenvolver um sistema para monitorizar e avaliar o comportamento dos sistemas de

Habitação.

X

Ampliar a aplicação de recursos do FAR, do FGTS e do SBPE, estimulando o setor

privado a investir em HIS e HMP, e reduzir os custos de produção de habitação no

município.

X

56

Criação de um Sistema de informações que permita a gestão e monitoramento dos

Benefícios.

X

Revisão e atualização dos estudos e pesquisas sobre o Déficit Habitacional: consiste na

elaboração de pesquisas e estudos para levantar ou qualificar o déficit habitacional ou

perfil da população que demanda atendimento por programas habitacionais. Exemplos:

censo da população de assentamentos precários, censo ou cadastramento da população

que habita cortiços, censo ou cadastro das famílias que habitam área rural ou de

preservação e proteção ambiental (Parques ecológicos, Unidades de Conservação, APPs).

X

Implementação do sistema de informações no Setor Habitacional: incluindo um cadastro

geral.

X

Estruturar serviços de assistência técnica para a produção de moradia por autogestão (com

ou sem mutirão) e para a autopromoção individual da moradia associada ao

financiamento do material de construção ou de lote urbanizado, o serviço de assistência

técnica deverá ser entendido como um serviço interdisciplinar, que abarca tanto a área de

arquitetura e engenharia, como a área social e do direito.

X

Implementação dos critérios do PLHIS para o atendimento de prioridades no Setor

Habitacional.

X

Manutenção e Controle Urbano: inserção das áreas urbanizadas ou em processo final de

urbanização no conjunto de ações e programas desenvolvidos por outras áreas da

administração municipal, responsáveis pelos serviços de manutenção da cidade e de

controle urbano.

X

Aquisição pelo município de área de terra para produção de unidades habitacionais.

X

Promoção de lotes urbanizados.

X

Urbanização e regularização de assentamentos precários.

X

Implantação de equipamentos básicos, em especial de lazer, saúde e educação;.

X

Melhorar a infra-estrutura de saneamento básico e drenagem, articulado com o sistema

viário e de espaços públicos conectados com as vias do entorno.

X

57

Aquisição pelo município de área de terra para produção de novas moradias.

X

Melhoria Habitacional com o desenvolvimento de um conjunto de ações voltados para

apoiar a construção, reforma e ampliação de unidades habitacionais, de forma a melhorar

a qualidade das moradias

X

Eliminação e gerenciamento das áreas de risco: realização de vistorias e avaliação de

risco.

X

Apoio a remoção temporária, com subsídio financeiro destinado à população de baixa

renda que habita assentamentos precários em área de preservação ambiental, de risco ou

ainda que se encontre em situação de vulnerabilidade social.

X

Atualização permanente de planos, programas e projetos de Habitação.

X

58

Simulação I Cenário

Pessimista

Fonte: IBGE Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais na

Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no

levantamento de Campo

com cobertura total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS

Base: Taxa de Nascimentos

% Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Gestão

2025/2028

Previsão de Construção

de Unidades

Habitacionais, sem a

manutenção a gestão

2005/2008

00

00

00

00

00

(x) Aumentou

( ) Manteve

( ) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com

base na Taxa de

Nascimentos apurado

pelo IBGE

14

21

21

21

21

Total do Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Total da diferença

14 21 21 21 21

566

Simulação II Cenário

Conservador

Fonte: IBGE Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais

na Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no levantamento

de Campo com cobertura

total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS

% Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Gestão

2025/2028

Previsão de Construção

de Unidades

Habitacionais, sem a

manutenção a gestão

2005/2008

45

45

45

45

45

( ) Aumentou

( ) Manteve

(x) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com

base na Taxa de

Nascimentos apurado

pelo IBGE

14

21

21

21

21

Total do Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Total da diferença - 31 - 24 - 24 - 24 - 24

341

Simulação III

Cenário Otimista

Fonte: IBGE Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais na

Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no

levantamento de Campo

com cobertura total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS

% Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Gestão

2025/2028

Previsão de Construção

de Unidades

Habitacionais, sem a

manutenção a gestão

2005/2008

90

90

90

90

90

( ) Aumentou

( ) Manteve

(x) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com

base na Taxa de

Nascimentos apurado

pelo IBGE

14

21

21

21

21

Total do Déficit

Quantitativo no

horizonte do

plano

Total da diferença

-76 -69 -69 -69 -69

116

59

Simulação I

Cenário Pessimista

Fonte: Ministério das Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais

na Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no levantamento

de Campo com cobertura

total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS Projeção: Ministério das Cidades.

% Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Previsão de Construção de

Unidades Habitacionais,

sem a manutenção a gestão

2005/2008

00

00

00

00

(x) Aumentou

( ) Manteve

( ) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com base

na projeção do MC

48

42

55

38

Total do Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Total da diferença

48 42 55 38

651

Simulação II Cenário

Conservador

Fonte: Ministério das Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais

na Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no levantamento

de Campo com cobertura

total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS

% Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Previsão de Construção de

Unidades Habitacionais,

sem a manutenção a gestão

2005/2008

45

45

45

45

( ) Aumentou

(x) Manteve

( ) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com base

na projeção do MC

48

42

55

38

Total do Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Total da diferença

03 -03 10 07 485

Simulação III

Cenário Otimista

Fonte: Ministério das Cidades

Média Construção de

Unidades Habitacionais

na Gestão 2005/2008

Nº 45

Déficit Quantitativo atual

produzido no levantamento

de Campo com cobertura

total

Nº 468

Descrição do objeto

Horizonte Temporal abarcado pelo PLHIS

% Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Gestão

2009/2012

Gestão

2013/2016

Gestão

2017/2020

Gestão

2021/2024

Previsão de Construção de

Unidades Habitacionais,

sem a manutenção a gestão

2005/2008

90

90

90

90

( ) Aumentou

( ) Manteve

(x) Diminui

( ) Zerou

Demanda Futura com base

na projeção do MC

48

42

55

38

Total do Déficit

Quantitativo

no horizonte do

plano

Total da diferença

-42 -48 -35 -52

291

60

4.5.2 Recursos

Em relação ao total de recursos públicos a serem investidos em soluções para os

problemas habitacionais do município, o Plano Local de Habitação de Interesse Social elaborou

um Diagnóstico do Setor Habitacional que tomaram como base todas as esferas de governo.

Para uma análise mais precisa que possibilitasse a estimativa do volume total de

recursos que será aplicado no período de implantação do PLHIS pelos três respectivos entes

federativos (União, Estado e Município), foram então levantadas, as seguintes informações:

Previsão do volume total de Aplicação de Recursos Orçamentários do Município na Área de

Habitação (no PPA) no período de 2009-2012.

Ano

Valor Aplicado

% Orçamento executado do Município

2009

R$ 38.428,10

1,99%

2010

R$ 78.668,31

1,77%

2011

R$ 235.722,40

1,90%

2012

-x-

-x-

4.5.3 Fontes de Financiamento

Ficou clara, na análise dos percentuais acima, a completa impossibilidade do município

se responsabilizar pelo custo financeiro necessário para a efetivação do Plano, sem o auxílio

externo. Na verdade, dentro do Plano Nacional de Habitação de Interesse Social, já está

assentada à convergência dos recursos das diversas instâncias governamentais para a consecução

dos resultados.

Esfera de

Governo

Fontes

Descrição

Municipal

Prefeitura e Setor

Habitacional

Crescimento expressivo do Orçamento mantendo

para o período abarcado pelo PLHIS a ampliação

dos investimentos.

Receita extra-fiscal

Arrecadação plena da outorga onerosa

Recursos do FMH

Aumento do repasse ao Fundo Municipal, sem

abatimento na previsão de arrecadação com

comercialização de unidades habitacionais e outras

arrecadação do fundo.

Estadual

Secretaria de

Habitação, Saneamento

e Desenvolvimento

Urbano

Adesão do Estado ao SNH e repasse dos recursos

orçamentários do Estado usando os mesmos

critérios da resolução 460.

61

Federal

OGU/FNHIS

Implantação do FNHIS com repasse ao município

FGTS

Alocação progressiva dos recursos do FGTS para a

população de baixa renda com repasse ao

município de acordo com critérios da resolução

460 (calculado pelo déficit e população dos

municípios). Fonte: Ministério das Cidades. Plano Nacional de Habitação e Interesse Social, 2011.

De acordo com as fontes de recursos, os programas desenvolvidos pela Secretaria

Nacional de Habitação são os seguintes:

Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS):

- Ação Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos Precários;

- Ação Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social – Modalidades Produção ou

Aquisição de Unidades Habitacionais; Produção ou Aquisição de Lotes Urbanizados;

Requalificação de Imóveis;

- Ação de Apoio à Produção Social da Moradia;

- Ação Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social – Modalidade Prestação de

Serviços de Assistência Técnica.

Orçamento Geral da União (OGU):

- Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social – PSH;

- Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP - Habitat.

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS):

- Carta de Crédito Individual;

- Carta de Crédito Associativo;

- Programa de Apoio à Produção de Habitações;

Programa de atendimento Habitacional através do Setor Público - PRÓ- MORADIA

que opera com as seguintes modalidades:

a) URBANIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS

b) PRODUÇÃO DE CONJUNTOS HABITACIONAIS

c) DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

d) DESCONTOS NOS FINANCIAMENTOS A PESSOAS FÍSICAS

Fundo de Arrendamento Residencial (FAR):

- Programa de Arrendamento Residencial – PAR

62

Fundo de Desenvolvimento Social (FDS):

- Programa Crédito Solidário.

Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT):

- Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos (PMI).

A Assistência Técnica à Produção Habitacional

Ações orçamentárias do Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social – FNHIS

2011

Distribuição de

recursos

% para o Município

levando em conta o

índice do FPM 0.60%

1. Apoio à Melhoria das Condições de

Habitabilidade de Assentamentos Precários

R$ 421.827.311,00

R$ 2.530.963,86

2. Apoio à Provisão Habitacional de

Interesse Social.

R$ 270.173.333,00

R$ 1.621.039,99

3. Apoio à Elaboração de Planos

Habitacionais de Interesse Social

R$ 20.000.000,00

R$ 50.000,00

Fonte: Orçamento Geral da União, 2011.

4.6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O mecanismo de avaliação e divulgação dos indicadores deverá constituir uma das

missões da área Habitacional da Prefeitura Municipal. A divulgação deverá acompanhar a

publicação dos balanços do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social. Assim, os

resultados em termos físicos (lotes, casas, etc.) serão dados a conhecimento do mesmo, por meio

de divulgação da prestação de contas de natureza financeira.

O município iniciará a construção de Sistema de Informações com o objetivo de:

Acompanhar o cumprimento das metas deste Plano;

Monitorar e avaliar programas, projetos e ações do Governo Municipal e demais agentes

e seu impacto na diminuição do déficit e da inadequação habitacional;

Monitorar as variáveis que compõem o diagnóstico habitacional do município, em

especial:

- O déficit quantitativo e qualitativo habitacional;

- O crescimento demográfico;

- Os custos de produção habitacional;

- O preço e a disponibilidade de terra;

Monitorar a captação de recursos e gestão financeira dos programas.

63

Para monitorar a execução do Plano, o Município constituirá um Sistema Municipal de

Habitação.

Para a execução racional e organizada das ações de Habitação no município, uma

estratégia promissora é a organização de um Sistema Municipal de Habitação, para acompanhar

os resultados da política habitacional e o cumprimento do PLHIS entre outras, composto por

instâncias, instrumentos básicos de gestão e um conjunto de agentes institucionais que, no

âmbito das respectivas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo

articulado e cooperativo, para a formulação das políticas, definição de estratégias, execução e

avaliação das ações de Habitação.

Instrumentos deste Sistema Municipal de Habitação:

Conferência Municipal de Habitação;

Conselho Municipal de Habitação;

Plano Municipal de Habitação

Fundo Municipal de Habitação;

Sistema Municipal de Informações em Habitação.

4.7 REVISÃO

A revisão do PLHIS possibilita a correção ou complementação do Diagnóstico, assim

como das metas e propostas do Plano. Precisam ser confirmadas tanto as informações produzidas

no Diagnóstico sobre o cálculo das necessidades habitacionais, como as definições adotadas na

Estratégia de Ação, tais como: tendências, premissas e informações de definições de

investimento pelas três esferas de governo. Além disto, o Diagnóstico elaborado pode ser

alterado em função de fatores não previstos ou confirmados durante a elaboração do PLHIS.

As alterações são procedimentos a que se sujeita qualquer instrumento de planejamento

em longo prazo, e que, poderão ser decorrentes das mudanças do quadro estrutural ou

simplesmente de oportunidades de empreendimentos que possam impactar o contexto da

habitação de interesse social (o que inclui a possibilidade de operações urbanas consorciadas,

instituto incorporado a legislação municipal quando da votação das leis afins).

Ao Conselho Gestor do FMHIS serão atribuídas, além das atribuições relativas à gestão

financeira, também a coordenação dos trabalhos a serem desenvolvidos pela área habitacional.

64

Desse modo, caberá ao Conselho prever a necessidade de revisão do PLHIS, quando

assim for julgado oportuno, levando as propostas de novas metas, objetivos, indicadores, etc.

O PLHIS constitui-se como parte de um processo de planejamento de longo prazo do

Governo Municipal, que pressupõe revisões periódicas e articulação com os outros instrumentos

de planejamento e orçamento, como o Plano Plurianual (PPA). O horizonte de planejamento do

PLHIS é o ano de 2029, com as suas revisões correspondentes aos anos de elaboração dos PPAs:

2013, 2017, 2021, 2025 e 2029.

Propomos que os períodos de revisão estejam associados ao planejamento

orçamentário-financeiro dos PPA da Prefeitura Municipal e que a primeira revisão seja realizada

em 2013.

REVISÃO DO PLANO PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

ANO

AÇÃO

FREQÜÊNCIA

2009

4 anos 2010 Elaboração do PLHIS

2011

2012

2013 PPA/Início Gestão/Revisão

4 anos 2014

2015

2016

2017 PPA/Início Gestão/Revisão

4 anos 2018

2019

2020

2021 PPA/Início Gestão/Revisão

4 anos 2022

2023

2024

2025 PPA/Início Gestão/Revisão

4 anos

2026

2027

2028

2029 PPA/Início Gestão/Revisão

65

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRETCHE, Marta (Coord.). Capacidades administrativas, déficit e efetividade na política

habitacional, s/d. BRASIL. Ministério das Cidades / SNH / CEF / USP / FDTE / Aliança de

Cidades.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Disponível em: http://

www.abnt.org.br

BRASIL. Ações integradas de urbanização de assentamentos precários. Brasília: Org.

Ministério das Cidades, 2008.

_______________A política habitacional e a integração urbana de assentamentos precários:

parâmetros conceituais, técnicos e metodológicos, 2008, BRASIL. MinCidades/SNH/ Consórcio

Via Pública / FUPAM - LabHab / Logos Engenharia.

________________Assentamentos precários no Brasil Urbano. MinCidades/SNH/. Centro de

Estudos da Metrópole / CEBRAP, dez.2007.

________________Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do

Brasil. Brasília. DF: Senado, 1988.

________________Decreto – Lei Nº 9.760/1946. Dispõe sobre os bens imóveis da União e dá

outras providências.

________________FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS BRASIL. Ministério das

Cidades. Secretaria Nacional de Habitação – MinCidades/SNH. Apoio à elaboração de Planos

Habitacionais de Interesse Social. Manual para apresentação de propostas 2007.

_______________Guia Básico dos Programas Habitacionais. Direito à moradia, 2007.

________________Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social –

SNHIS, 2008.

_______________Lei Nº 4.771/1965. Institui o novo Código Florestal.

________________Lei Nº 6.766/1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras

providências.

________________Lei Nº 6.938/1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,

seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

________________Lei Nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Regulamenta os

artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá

outras providências.

________________Lei Nº 11.124, de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de

Habitação de Interesse Social – SNHIS cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.

66

______________Resolução Nº 237/1997. CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente.

Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem

de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e

Relatório de Impacto Ambiental.

______________Resolução Nº 369/2006. Dispõe sobre os casos excepcionais de utilidade

pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou

supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP.

______________Secretaria do Tesouro Nacional: Perfil e evolução das finanças municipais:

1998 - 2006. Brasília, out. 2007.

CENSO DEMOGRÁFICO. Perfil Municipal: IBGE, 2000. Disponível em

http:/www.perfilmunicipal.com. Acesso em 19 de junho de 2010.

DENALDI, R. Plano de Ação Integrada em Assentamentos Precários. In: Ministério das

Cidades / SNH / CEF / USP / FDTE / Aliança de Cidades. Ações integradas de urbanização de

assentamentos precários (publicação de Curso à Distância). Brasília: Ministério das Cidades,

2008.

FUNDAÇÃO João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações. Déficit Habitacional no

Brasil 2005. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatística e Informações,

2006.

______________Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PAD, Brasília, 2007.

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico. Explicitação das

Normas da ABNT. 11º ed. Porto Alegre: s.n., 2002.

MARQUES, Eduardo. Plano Nacional de Habitação – Versão para debates. Brasília:

Ministério das Cidades, 2008.

OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias

no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009, no

prelo.

67

6. ANEXOS

ANEXO A – Prefeito assinando a Portaria ANEXO B – Divulgação Cartaz (Câmara)

ANEXO C – Divulgação Cartaz (Prefeitura) ANEXO D – Capacitação dos Atores

ANEXO E – Registro da 1ª Reunião ANEXO F – Registro da 2ª Reunião

68

ANEXO G – Registro da 3ª Reunião ANEXO H – Área de Terra (Oferta)

ANEXO I – Área de Terra (Oferta) ANEXO J – Registro da Audiência Pública

ANEXO K – Registro da Audiência Pública ANEXO L – Entrega do Relatório Técnico Final PLHIS

69

ANEXO M – Portaria de Designação: Equipe de Coordenação e Elaboração do PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

70

ANEXO N – Material da Capacitação e Sensibilização dos Atores

Fonte: Ministério das Cidades, 2011.

O processo de urbanização brasileiro e a

função social da propriedade urbana

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

Necessidades Habitacionais, Assentamentos

Precários e Produção Habitacional.

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

Política e Sistema Nacional de Habitação,

Plano Nacional de Habitação

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

Diagnóstico do Setor Habitacional

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

PLHIS: Metodologia, Princípios e

Diretrizes

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

Estratégias de Ação

CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA ELABORAR

O PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALExigência Legal

PLHIS- CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOS ATORES

CACIQUE DOBLE - RS

71

ANEXO O – Imagem no Site com a Notícia: Elaboração do PLHIS

Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

72

ANEXO P – Lista de Presença da Capacitação dos Atores Institucionais e Sociais

Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

73

ANEXO Q – Lista de Presença da Capacitação dos Atores Institucionais e Sociais

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

74

ANEXO R – Mapa (Cartográfico) da indicação de Área de Terra

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

75

ANEXO S – Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

76

ANEXO T - Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

77

ANEXO U - Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

78

ANEXO V - Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

79

ANEXO W - Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

80

ANEXO X – Ficha Caracterização de Área

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

81

ANEXO Y – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

82

ANEXO Z – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total – PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

83

ANEXO AA – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

84

ANEXO AB – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

85

ANEXO AC – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal Cacique Doble, 2011.

86

ANEXO AD – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

87

ANEXO AE – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

88

ANEXO AF – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

89

ANEXO AG – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total – PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

90

ANEXO AH – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

91

ANEXO AI – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

92

ANEXO AJ – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

93

ANEXO AK – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

94

ANEXO AL – Tabela de Levantamento de Campo Cobertura Total - PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

95

ANEXO AM – Ata nº 01/2011

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: 1º ATA N° 01/2011 - Reunião de Elaboração do PLHIS.

96

ANEXO AN – Ata nº 01/2011

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: 1º ATA N° 01/2011 - Reunião de Elaboração do PLHIS.

97

ANEXO AO - Ata n° 02/2011

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: 2º ATA N° 02/2011 - Reunião de Elaboração do PLHIS.

98

ANEXO AP - Ata n° 03/2011

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: 3º ATA N° 03/2011 - Reunião de Elaboração do PLHIS.

99

ANEXO AQ – Edital de Convocação para Audiência Pública

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

100

ANEXO AR - Ata da Audiência Pública

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA: Apresentação e Aprovação do

PLHIS, 2011.

101

ANEXO AS – Ata de Apreciação e Aprovação do PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble: ATA APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DO PLHIS, 2011.

102

ANEXO AT – Decreto de Aprovação do PLHIS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2011.

103

7. GLOSSÁRIO

Assentamentos precários: Compreendem: os cortiços, as favelas, os loteamentos irregulares de

moradores de baixa renda e os conjuntos habitacionais produzidos pelo poder público, que se

encontram em situação de irregularidade ou de degradação, demandando ações de reabilitação e

adequação.

Cadúnico: O Cadastro Único, gerido pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), é um

cadastro sócio-econômico de famílias de baixa renda que objetiva subsidiar os programas sociais

desenvolvidos pelas três esferas governamentais. A inclusão, exclusão e atualização do cadastro

são feitas, de forma descentralizada, pelos municípios.

Coabitação familiar: Compreende a convivência de mais de uma família no mesmo domicílio

(denominadas de famílias conviventes), diferenciando-se as principais e secundárias ou o aluguel

de quartos ou cômodos para a moradia de outras famílias. As famílias conviventes secundárias

são constituídas por, no mínimo, duas pessoas ligadas por grau de parentesco, dependência

doméstica ou normas de convivência e que residem no mesmo domicílio com outra família

denominada principal. O responsável pela família principal é também o responsável pelo

domicílio (FJP, 2006).

Consolidados: São assentamentos já integrados urbanisticamente e dotados de infraestrutura

básica. Não são necessárias intervenções físicas que alterem sua morfologia (reparcelamento de

lotes, redefinição de sistema viário), ou mesmo a execução de obras de infraestrutura básica. Os

assentamentos podem, porém, não estar regularizados, e sua população pode apresentar

demandas específicas por programas de pós-ocupação sociais, equipamentos e serviços públicos.

Consolidáveis: São aqueles que apresentam condições favoráveis de recuperação urbanística e

ambiental e de reordenamento urbano (abertura ou readequação de sistema viário, implantação

de infraestrutura básica, regularização urbanística do parcelamento do solo), com ou sem

necessidade de remoção (reassentamento) de parte das famílias moradoras. A remoção pode ser

necessária para eliminar situações de risco, promover o desadensamento, executar intervenções

urbanas ou, ainda, em função de restrições legais à ocupação.

Déficit Habitacional: Corresponde à quantidade de moradias novas que necessitam ser

produzidas para atender às demandas acumuladas. Pode ser entendido como déficit por reposição

do estoque, quando engloba as moradias sem condições de habitabilidade, devido à precariedade

das construções ou em virtude de desgaste da estrutura física; e como déficit por incremento de

104

estoque, no caso de famílias que convivem em uma mesma habitação junto a outra família e

aquelas que vivem em cômodos.

Demanda Demográfica: se relaciona com o dimensionamento das moradias a serem

acrescentadas ao estoque habitacional a fim de acomodar o crescimento populacional projetado

em determinado período. Essa estimativa das necessidades de incremento do estoque de

moradias, não considera o déficit habitacional acumulado nem a inadequação de parcela do

estoque existente. O cálculo dessa demanda vai depender da taxa de crescimento da população e

da média de moradores por domicílio, refletindo o tamanho da família e os arranjos familiares.

Domicílio Carente: Domicílios carentes de infraestrutura, àqueles que não dispõem de ao menos

um dos seguintes serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com

canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Domicílios improvisados: São aqueles construídos para fins não residenciais, mas que estão

servindo de moradia na ocasião do Censo.

Domicílios rústicos: São os domicílios permanentes cuja construção é feita por material

improvisado, como madeira aproveitada e vasilhames, e que correspondem à parcela da

necessidade de reposição, que pode ser definida como os domicílios a serem restaurados,

substituídos ou repostos.

Inadequação de moradias: Corresponde a problemas na qualidade da habitação, não

implicando, contudo, na necessidade de novas construções. Seu dimensionamento visa à

elaboração de políticas voltadas à melhoria dos domicílios existentes, complementares à

produção de novas unidades habitacionais.

Moradia Digna: é aquela provida de redes de infra-estrutura (transporte coletivo, água, esgoto,

luz, coleta de lixo, pavimentação, telefone); com acesso a equipamentos de educação, saúde,

segurança, cultura e lazer; instalações sanitárias adequadas; condições mínimas de conforto e

habitabilidade; utilização por uma única família (a menos de outra opção voluntária); e dispondo

de, pelo menos, um dormitório permanente para cada dois moradores adultos. Tal conceito serve

de diretriz tanto para a produção de novas unidades habitacionais de interesse social, como

também para a urbanização, regularização e melhorias do estoque de moradias precárias em

favelas, loteamentos irregulares de moradores de baixa renda e áreas centrais degradadas.

105

Necessidades Habitacionais: Inclui o déficit – necessidade de reposição total de unidades

habitacionais precárias e o atendimento à demanda reprimida –, a demanda demográfica –

necessidade de construção de novas unidades para atender ao crescimento demográfico –, e a

inadequação – compreendendo a necessidade de melhoria de unidades habitacionais que

apresentem certo tipo de carência.

Não consolidáveis: São assentamentos que não apresentam condições de recuperação

urbanística e ambiental e de reordenamento urbano. Trata-se de núcleos comprometidos por

situações de risco e insalubridade não solucionáveis, como, por exemplo, os que se localizam

sobre aterro sanitário, oleoduto, sistema viário estrutural da cidade, áreas de risco, de

preservação ambiental e non aedificandi. Os núcleos não consolidáveis são objetos de

intervenção do tipo “remoção” e reassentamento em novas áreas. Ônus excessivo com aluguel:

Corresponde ao número de famílias urbanas com renda de até três salários mínimos, que moram

em casa ou apartamento e que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel (FJP, 2006).

Reassentamento (realocação): Compreende a remoção para outro terreno, fora do perímetro da

área de intervenção. Trata-se da produção de novas moradias de diferentes tipos (apartamentos,

habitações evolutivas, lotes urbanizados) destinadas aos moradores removidos de assentamentos

precários consolidáveis ou não consolidáveis.

Remanejamento (relocação): Trata-se da reconstrução da unidade no mesmo perímetro da

favela ou assentamento precário que está sendo urbanizado. A população é mantida no local após

a substituição das moradias e tecido urbano. É o caso, por exemplo, de áreas que necessitam de

troca de solo ou aterro. Na maioria das vezes, a solução é a remoção temporária das famílias para

execução de obras de infra-estrutura e construção de novas moradias. A intervenção, nesse caso,

também envolve a abertura de sistema viário, implantação de infraestrutura completa,

parcelamento do solo, construção de equipamentos (quando necessária) e regularização

fundiária.

Terreno adequado: É aquele onde a ocupação pode ser consolidada.

Terreno impróprio: É aquele onde a ocupação não pode ser consolidada. Caracteriza-se por

apresentar risco não passível de ser superado por intervenção urbanística. Trata-se, por exemplo,

de ocupações sobre gasodutos e oleodutos, faixas de proteção de ferrovias e rodovias, aterros

sanitários, lixões e outras áreas contaminadas não passíveis de recuperação, ou sob viadutos,

pontes e redes de alta tensão.

106

Terreno inadequado: É aquele onde a ocupação pode ou não ser consolidada e a tomada de

decisão depende do resultado de estudo específico do assentamento. Esse estudo envolve, entre

outras variáveis, disponibilidade de terra, análise de viabilidade econômica, financeira e social,

custo das obras de contenção geotécnica, saneamento ou infraestrutura e até mesmo o resultado

da aplicação de instrumentos, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou o Termo de

Ajustamento de Conduta (TAC). Como exemplo, pode-se citar faixas marginais a córregos e

rios, áreas de mangue (orla marítima), áreas suscetíveis a risco geotécnico e áreas de proteção de

mananciais.

Urbanização: Consolidação do assentamento com a manutenção total ou parcial da população

no local. Compreende abertura, readequação ou consolidação de sistema viário, implantação de

infra-estrutura completa, reparcelamento do solo (quando couber), regularização fundiária e,

quando necessário, a execução de obras de consolidação geotécnica, a construção de

equipamentos sociais e a promoção de melhorias habitacionais.

Urbanização complexa: compreende a intervenção em assentamentos com alto grau de

densidade, em geral do tipo aglomerado, com alto índice de remoções, que não apresentam

traçado regular e/ou a necessidade de realização de complexas obras geotécnicas ou drenagem

urbana, como canalização de córregos, contenção de encostas e “criação de solo”.

Urbanização simples: Compreende a intervenção em assentamentos que possuem baixa ou

média densidade, traçado regular, não apresentam necessidade de realização de obras complexas

de infraestrutura urbana, consolidação geotécnica e drenagem e apresentam índice baixo de

remoções (até 5%).