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RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL: CARACTERISTICAS E APLICAÇÕES RESIDUES OF CIVIL CONSTRUCTION: CHARACTERISTICS AND APPLICATIONS Junior Cesar Candido da Rocha 1 - UNITOLEDO Luis Fernando Soares da Silva 2 - UNITOLEDO Pedro Sérgio Hortolani Rodrigues 3 - UNITOLEDO RESUMO A reciclagem de resíduos sólidos é um assunto de destaque no mundo todo, sob o ponto de vista da sustentabilidade, seu principal objetivo é minimizar os impactos ambientais ocasionados. Ações de mitigadoras foram criadas possibilitando um enorme avanço rumo à minimização dos problemas ambientais, sociais e econômicos causadas pelo manejo inadequado dos resíduos sólidos. O presente artigo foi elaborado através de pesquisas bibliográficas e tem como objetivo de identificar as características e analisar o potencial de reutilização dos resíduos sólidos. O resultado obtido é que o material reciclado possui grande potencial competitivo no mercado, porém existem poucas usinas de reciclagem em pleno funcionamento no País. Palavras-chave: reciclagem; sustentabilidade; resíduos. ABSTRACT Solid residues recycling is a worldwide issue, from the point of view of sustainability, its main objective is to minimize the environmental impacts caused. Mitigation actions were created to make a huge progress towards minimizing the environmental, social and economic problems caused by the inadequate management of solid residues. The present article was elaborated through bibliographical researches and has as objective to identify the characteristics and to analyze the potential of reutilization of the solid residues. The result obtained is that recycled material has great competitive potential in the market, but there are few recycling plants in full operation in the country. Key-words: recycling; sustainability; waste. 1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016) [email protected] 2 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016) [email protected] 3 Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP (2009) [email protected]

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RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL: CARACTERISTICAS E

APLICAÇÕES

RESIDUES OF CIVIL CONSTRUCTION: CHARACTERISTICS AND

APPLICATIONS

Junior Cesar Candido da Rocha1- UNITOLEDO

Luis Fernando Soares da Silva2- UNITOLEDO

Pedro Sérgio Hortolani Rodrigues3- UNITOLEDO

RESUMO

A reciclagem de resíduos sólidos é um assunto de destaque no mundo todo, sob o ponto de

vista da sustentabilidade, seu principal objetivo é minimizar os impactos ambientais

ocasionados. Ações de mitigadoras foram criadas possibilitando um enorme avanço rumo à

minimização dos problemas ambientais, sociais e econômicos causadas pelo manejo

inadequado dos resíduos sólidos. O presente artigo foi elaborado através de pesquisas

bibliográficas e tem como objetivo de identificar as características e analisar o potencial de

reutilização dos resíduos sólidos. O resultado obtido é que o material reciclado possui grande

potencial competitivo no mercado, porém existem poucas usinas de reciclagem em pleno

funcionamento no País.

Palavras-chave: reciclagem; sustentabilidade; resíduos.

ABSTRACT

Solid residues recycling is a worldwide issue, from the point of view of sustainability, its main

objective is to minimize the environmental impacts caused. Mitigation actions were created to

make a huge progress towards minimizing the environmental, social and economic problems

caused by the inadequate management of solid residues. The present article was elaborated

through bibliographical researches and has as objective to identify the characteristics and to

analyze the potential of reutilization of the solid residues. The result obtained is that recycled

material has great competitive potential in the market, but there are few recycling plants in

full operation in the country.

Key-words: recycling; sustainability; waste.

1Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016) – [email protected]

2Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016) –

[email protected] 3Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP (2009) –

[email protected]

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente o termo reciclagem de resíduos sólidos vem se destacando mundialmente na

área da construção civil, porém há muito tempo o assunto vem sido tratado.

1.1. CONTEXTO HISTÓRICO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇAO E

DEMOLIÇÃO (RCD).

Uma das ações humanas mais antigas que se tem conhecimento é a construção civil, e

foi executada de forma artesanal desde os tempos mais remotos da humanidade, gerando

como subproduto uma enorme quantidade de entulhos minerais. Já na época da construção do

império Romano o fato despertou a atenção de construtores, e deste período é que se

encontram os primeiros registros de reutilização de resíduos minerais da construção civil na

produção de novas obras (LEVY, 1995).

Hoje em dia, embora a disposição à tecnologia e sofisticação seja abundante, é

indiscutível a nossa dependência aos recursos minerais. Entretanto, o mundo passa por

grandes problemas ecológicos, por causa dos desmatamentos e às queimadas de florestas, e

também por conta da emissão excessiva de gases poluentes, à poluição das águas dos rios e

mares e também aos enormes problemas causados pelos resíduos domésticos, industriais,

hospitalares e resíduos sólidos de demolições e construções civis, entre outros (AMORIM, et

al., 1999).

1.2. SUSTENTABILIDADE E REAPROVEITAMENTO DE RCD.

Na concepção da sustentabilidade quanto aos resíduos, à destinação adequada, a

seleção e a utilização dos materiais contribuem consideravelmente na minimização na geração

de resíduos e os impactos consequentemente ocasionados, conforme estudo apresentado pelo

Sindicato das Indústrias de Construção Civil no Rio Grande do Sul - SINDUSCON (2016).

A redução de custos com a geração de resíduos é um dos vários benefícios na

elaboração e especificação do sistema construtivo. Sendo assim, consiste na redução do

desperdício e dos custos em virtude da aquisição de novos materiais, redução de reclamações

por parte dos clientes, em consequência de patologias no empreendimento no período de

garantia. Isso aumenta a satisfação de clientes e pode melhorar o modo que a empresa é vista.

Além de que, existem benefícios indiretos tanto para o empreendedor, quanto para os clientes,

motivo pelo qual, por exemplo, haverá um aumento da durabilidade e manutenção do

desempenho do empreendimento t s s com a redução da poluição

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ocasionada pelo transporte dos materiais e resíduos, existe também um impulso na economia

local e aumento da vida útil de aterros sanitários, entre outros (SINDUSCON, 2016).

A reciclagem dos resíduos provenientes de construção civil é feita a mais de três décadas nos

Estados Unidos, e tem como principal objetivo a produção de agregados artificiais, entretanto

em países europeus como, por exemplo, a Holanda, por questões culturais destina melhor os

seus resíduos, sendo que existe mais de 40 usinas de reciclagem de entulho distribuídas pelo

país, um dado interessante é que a Holanda reutiliza 70% do seu entulho, enquanto os

vizinhos Alemães reciclam apenas 30% (AMORIM, 1999 apud COELHO, 1998). Segundo a

Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC (2008), no Brasil, bem como no mundo

inteiro, os problemas de ordem ecológica faz com que necessitemos cada vez mais em se ter o

pensamento e hábito de se reciclar, isso acontece pelo grande crescimento da construção civil.

Segundo Porto (2008 apud PINTO, 1995) a estimativa é que no Brasil se perde cerca

de 20% dos materiais utilizados em sistemas construtivos convencionais, com a contribuição

de 60% dos resíduos gerados, a argamassa e seus componentes são os principais materiais

desperdiçadas. Os materiais de vedação também se mostraram grandes fontes de perda,

contribuindo com 30% do entulho. Na Europa, em alguns países, os valores de desperdício de

material em obra podem variar entre 10 e 15% em massa.

Para Porto (2008 apud Picchi 1993) a grande perda de materiais na construção civil

brasileira é bastante elevada se comparado a outros países. Ainda segundo Porto (2008 apud

Picchi 1993) estima-se que para o custo da obra, o desperdício relacionado ao entulho gerado,

é da ordem de 5%.

1.3. USINAS DE RECICLAGEM DE RCD NO BRASIL

Segundo Porto e Silva (2010), no Brasil ainda não é expressiva a iniciativa para a

implantação de usinas de reciclagem de resíduos de construção e demolição.

A maior parte dos geradores de RCD continua a descartar esse material de forma

inadequada, geralmente esse descarte é feito ao longo de estradas e avenidas, terrenos baldios

e em margens de rios e córregos. Com isso foram surgindo pessoas que vivem da remoção de

entulhos, os chamados caçambeiros, movimento que contribuiu para que esse quadro fosse

amenizado com a criação de locais pré-determinados, quase sempre inapropriados, para o

depósito dos resíduos. As administrações de algumas cidades brasileiras, tais como Belo

Horizonte, Ribeirão Preto, entre outras, estão implantando para receber os resíduos, as

chamadas usinas de reciclagem de entulho. Essas usinas são basicamente constituídas por um

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espaço adequado para deposição do resíduo, uma linha de triagem, um britador, no qual tritura

os resíduos na granulometria desejada e um local de armazenamento, onde o material

processado aguarda para ser utilizado. (PORTO & SILVA, 2010)

A Figura 1 apresenta as estimativas da quantidade do entulho produzido no país e no

exterior.

Figura 1 – Estimativas de geração de entulho em algumas regiões do país e exterior

(ZORDAN, 2001)

1.3.1 PANORAMA DAS USINAS DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS

SÓLIDOS NO BRASIL

Em estudo realizado pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da

Construção Civil e Demolição - ABRECON (2015), revela-se que existem cerca de 310

usinas de reciclagem de resíduos sólidos em funcionamento no Brasil. O estudo aponta que

antes da publicação da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, nº

307 (2002), a taxa de abertura de novas usinas era de três usinas por ano no país, e após a

publicação a taxa chegou a 10,3 usinas novas por ano em dados levantado de 2008 a 2013,

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entretanto, o estudo em questão revela houve uma estabilidade dessa taxa no período de 2013

a 2015.

Sabe-se que o Estado de São Paulo possui mais usinas instaladas em relação aos outros

estados do Brasil, isto se dá pelo maior volume de RCD gerado na atividade de construção

civil e por outros fatores, como o preço mais elevado dos agregados naturais ou maior

fiscalização quanto à destinação do RCD. No entanto, comparando os estudos realizados pela

Abrecon em 2013, a representatividade do estado do Estado de São Paulo caiu de 58% para

54%, e na contramão disso houve um aumento de 3% para 7% no Estado do Rio de Janeiro.

(ABRECON, 2015)

1.4. DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO RCD

Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS (2010), a definição de

resíduos sólidos se resume em:

“Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de

atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe

proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem

como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável

s u l ç t r públ s t s u rp s ’á u , u x j p r

isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia

disponível.”

A Resolução 307 do Conama (2002), propõe a seguinte definição:

“Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,

reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e

da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,

solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,

argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação

elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.”

Segundo Abrecon (2015) no Brasil, devido ao grande espaço geográfico que possui é

comum que este resíduo seja conhecido de varias formas em diferentes regiões, tais como,

entulho, caliça ou metralha. No termo mais técnico, o Resíduo da Construção e Demolição

(RCD) ou Resíduo da Construção Civil (RCC) é todo resíduo gerado no processo de

construção, reforma, escavação ou no processo de demolição. Sendo assim, denomina-se

entulho o conjunto de estilhaços ou restos de cerâmicas, concreto, argamassa, aço, madeira,

etc., oriundos do desperdício na construção, na reforma e/ou demolição de estruturas, como

edifícios, casas e pontes.

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A composição do entulho da construção é, portanto, de restos e fragmentos de

materiais, enquanto o de demolição é formado apenas por fragmentos, possuindo assim uma

maior qualidade, se comparado ao entulho de construção. (ABRECON, 2015)

Este volume só aumenta e é de suma importância, tratar adequadamente estes resíduos

gerados. A reciclagem, a redução e a reutilização devem ser priorizadas visando à introdução

desses materiais novamente no ciclo produtivo. (SINDUSCON, 2016)

Ainda conforme a Abrecon (2015), o processo de reciclagem do entulho, para a

obtenção de agregados, consiste na seleção dos materiais recicláveis do entulho e a trituração

em equipamentos adequados.

Em último caso, os resíduos de construções e demolições devem ser encaminhados a

unidades de destinações finais devidamente licenciadas, dispostos conforme as suas

classificações. (SINDUSCON, 2016)

1.5. LEGISLAÇÃO

O problema ambiental ocasionado pelos resíduos descartados de forma inadequada em

aterros clandestinos, acostamentos e rodovias deve ser resolvido no intuito de preservar o

meio ambiente. Medidas têm sido elaboradas para mudar a situação atual, que é o caso da

Resolução 307 do Conama (2002), que institui orientações, critérios e procedimentos para a

Gestão dos Resíduos da Construção Civil, onde foram criados instrumentos que determinam a

responsabilidade do gerador do RCD (Resíduo de Construção e Demolição). Segundo Troca

(2008) pode-se citar como resumo principal da Resolução do Conama (2002) os seguintes

itens:

“1) É pressuposto dessa resolução, além disso, que a responsabilidade pelos resíduos

é do gerador;

2) Municípios e Distrito Federal devem implementar a gestão dos resíduos da

construção civil no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil, onde serão incorporados o Programa Municipal de Resíduos da Construção

Civil e Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, oriundos de

geradores de pequenos volumes, a partir de 05/07/ 2003;

3) Grandes geradores de RCD (normalmente acima de 1 m³) devem implementar

seus projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, para estabelecer

os procedimentos necessários ao manejo e destinação ambientalmente adequados

dos resíduos, a partir de 05/07/2004.

Com essa resolução, define-se a responsabilidade do poder público e agentes

privados para a implementação de planos integrados de gerenciamento dos resíduos

de construção, criando condições legais para aplicação da Lei 9.605/1988 que define

os crimes ambientais.”

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Com a implantação da Lei nº 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional dos

Resíduos Sólidos – PNRS, um enorme avanço esta sendo alcançado rumo à minimização dos

problemas ambientais, sociais e econômicos causadas pelo manejo inadequado dos resíduos

sólidos.

1.6. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A PNRS (2010) traz em seu texto o gerenciamento dos resíduos no qual é definido da

conforme abaixo:

“Gerenciamento de Resíduos Sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou

indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, trasbordo, tratamento e destinação

final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão

integrada dos resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos,

exigidos na forma de Lei.”

Ainda segundo o artigo publicado no site do Ministério do Meio Ambiente – MMA

em 2010 a PNRS diz que:

“Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a

prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para

propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que

tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação

ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou

reutilizado).

Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes,

importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de

manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e

embalagens pós-consumo e pós-consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui

instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional,

intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares

elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países

desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e

catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando

na Coleta Seletiva.”

1.7. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Ainda conforme a Resolução do Conama (2002) os resíduos de construção são

classificados em quatro seguintes categorias:

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“I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais

como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras

de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias

ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,

tais como os produtos oriundos do gesso;

IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais

como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de

demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e

outros”

1.8. COLETA DE RCD NO BRASIL

Segundo o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil (2015), realizado pela Associação

Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE, a tabela 1

mostra que os municípios coletaram cerca de 45 milhões de toneladas de RCD em 2015, o que

configura um aumento de 1,2% em relação a 2014. Esta situação, também observada em anos

anteriores, exige atenção especial, sendo que a quantidade total desses resíduos é ainda maior,

visto que os municípios, comumente, coletam apenas os resíduos lançados ou abandonados

nos logradouros públicos.

TABELA 1 - QUANTIDADE TOTAL DE RCD COLETADO PELOS MUNICÍPIOS NO BRASIL (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

BRASIL 122.262 0,603 123.721 0,605

As tabelas de 2 a 6 também retiradas do estudo da Abrelpe (2015) descrevem o total

de coleta de RCD quantificado por regiões.

TABELA 2 - COLETA DE RCD NA REGIÃO NORTE (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

NORTE 4.539 0,263 4.736 0,271

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TABELA 3 - COLETA DE RCD NA REGIÃO NORDESTE (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

NORDESTE 24.066 0,428 24.310 0,430

TABELA 4 - COLETA DE RCD NA REGIÃO CENTRO-OESTE (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

CENTRO-OESTE 13.675 0,899 13.916 0,901

TABELA 5 - COLETA DE RCD NA REGIÃO SUDESTE (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

SUDESTE 63.469 0,746 64.097 0,748

TABELA 6 - COLETA DE RCD NA REGIÃO SUL (ABRELPE, 2015)

Região

2014 2015

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

RCD Coletado (t/dia)

Índice (Kg/hab/dia)

SUL 16.513 0,569 16.662 0,570

2. OBJETIVOS

O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica sobre os Resíduos de

Construção Civil – RCD, identificando suas características e analisando seu potencial de

reutilização, contemplando também uma visita a uma central de tratamento desses resíduos,

de modo a analisar a prática atual desta atividade.

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3. METODOLOGIA

Para a pesquisa bibliográfica foram consultadas várias literaturas relativas ao estudo

dos resíduos sólidos de construção civil ou demolição, entre elas, livros e artigos publicados

na internet, no qual fundamentou este trabalho no modo em que foi escrito.

O estudo de caso foi realizado em forma de visita técnica á uma usina de reciclagem

de resíduos sólidos de construção civil, modelo de gestão e processos em uma usina de

reciclagem e analisar as dificuldades, vantagens, desvantagens e mercado do ponto de vista do

empreendedor do ramo de reciclagem de resíduos sólidos de construção civil, no qual

posteriormente essa entrevista será analisada e discutida em forma de um texto no tópico

seguinte.

4. DESENVOLVIMENTO

No intuito colher informações sobre modelo de gestão e processos em uma usina de

reciclagem e analisando as dificuldades, vantagens, desvantagens e mercado do ponto de vista

do empreendedor do ramo de reciclagem de resíduos sólidos de construção civil, foi realizado

um estudo de caso na empresa Eco Solutions (empresa sediada na cidade de Lins-SP), o

estudo em questão foi feito em forma de entrevista em visita técnica onde o entrevistado foi o

Gerente Odair Monteiro.

A começar pela apresentação da empresa, Odair explica que a missão da empresa é

promover o desenvolvimento sustentável por meio da adoção de práticas normatizadas de

reciclagem e que seja referência em desempenho, qualidade e respeito ao meio ambiente. A

empresa foi concebida por profissionais da área industrial, agroambiental e de educação, para

atender uma necessidade ambiental crescente no Brasil, que é a reciclagem e reuso de

resíduos da construção civil, volumosos e biomassa.

Com o objetivo de mitigar impactos ambientais que estes resíduos causam ao meio

ambiente e aos centros urbanos, a empresa considera de extrema importância, o

gerenciamento adequado desses materiais, sendo objeto de trabalho, investir neste setor,

colaborar com o Poder Público, solucionando técnica e adequadamente os efeitos deletérios

deste tipo de material gerado.

A empresa realiza serviços de assessoria na elaboração de legislação específica, em

consonância com a legislação estadual, federal e Normas da ABNT, quanto à coleta,

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transporte, disposição, triagem, processamento e destinação final, bem como consultoria na

implantação do referido projeto e treinamentos dos agentes responsáveis pela execução do

mesmo.

A empresa atua na cidade de Lins e Região, recebendo uma quantidade mensal de

2300 a 2500m³ de RCD. Segundo a Abrecon (2015) a maioria das usinas brasileiras possui

uma capacidade instalada de produção entre 5000 e 10.000 m³/mês. O que significa que a

maioria das usinas instalou britadores com capacidade nominal de produção entre 25 e 50

m³/h.

A empresa recebe as caçambas que são colocadas nas ruas e por sua vez coletadas por

caminhões, para isso o pessoal que coleta o entulho deve ser devidamente licenciados junto a

Prefeitura Municipal de Lins, com base no inciso 5 do artigo nº 10 do Código de Posturas de

Lins, fundamentada pela Lei Complementar nº 502, de 28/06/99, atualizada até 05/11/15, que

prevê:

“ rt 10 - Para preservar, de maneira geral, a higiene pública, fica terminantemente

proibido:

V - o transporte, em qualquer veículo, de materiais ou produtos de qualquer natureza

que possam comprometer a higiene e a segurança pública, sem a devida proteção

qu ”

Portanto para coletar resíduos de construção, é necessário que tenham o controle de

transporte de resíduos (CTR) que é um documento que possui a finalidade de controlar o

transporte e a destinação final adequada dos RCD’s classificados como A, B e C, segundo o

Conama (2002). Os resíduos classificados como Classe I, perigosos, ou classe D, só poderão

ser transportados acompanhados de manifesto de transporte de resíduos (MTR) Sem estes

documentos, a empresa não recebe os resíduos de maneira alguma.

A empresa possui 8 funcionários, e o processo de triagem é realizado por 4 pessoas,

que trabalham o dia todo separando o resíduo de construção de impurezas, ou seja, lixo que as

pessoas descartam nas caçambas.

Na pesquisa da Abrecon (2015) foi observado que a maior parte das empresas de

reciclagem de agregados é de pequeno porte, com 60% das empresas possuem entre 5 e 10

funcionários e 25% entre 11 e 20 e os outros 15% representam empresas com mais de 21

funcionários .

Nesse processo há ainda uma separação do lixo, são separados madeiras, plásticos,

vidros, materiais metálicos e materiais contaminados. A empresa destina os plásticos e os

vidros para as cooperativas de reciclagem da cidade, já as madeiras e materiais contaminados

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para locais adequados de descarte e por ultimo os materiais metálicos são vendidos á ferros

velhos da região.

Segundo Monteiro, o maior problema na separação dos resíduos são as impurezas,

devido a questões culturais no Brasil não se tem o habito de separar devidamente os resíduos.

Assim que devidamente retiradas est s pur z s s RCC’s sã l r s s u t

maneira:

Material cinza: concreto limpo

Material vermelho: blocos cerâmicos, telhas cerâmicas, restos de alvenarias,

reboco, de cerâmicos em geral.

A maior parte dos materiais reciclados é destinada a obras de pavimentação para uso

em base e sub-base.

No processo de trituração todo material proveniente de construção civil é

reaproveitado só não a objetos metálicos que são separadas através de eletroímãs.

Vale observar conforme dito antes, lixo, madeiras, vidros são separados antes da

trituração. Gesso, restos de asfalto, isopores e pilhas a usina não recebe de forma alguma.

Na Classificação do Conama (2002), o gesso é pertencente à Classe C, que são os

resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente

viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação. Os isopores se enquadram na Classe B

que são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão,

metais, vidros, madeiras e outros. E os restos de asfalto e pilhas se enquadram na Classe D,

que são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas,

solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e

reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Segundo Monteiro, o mercado em geral vem crescendo nos últimos anos, com a ideia

mais difundida de responsabilidade ambiental, mas o que se vê geralmente é certa

desconfiança quanto a qualidade dos produtos reciclados, mesmo que testado e comprovado

cientificamente a resistência e durabilidade e obedecendo normas rigorosas de produção.

O estudo da Abrecon (2015) indica que ainda não faz parte do cotidiano da maior

parte das usinas a realização de ensaios de controle tecnológico nos materiais produzidos.

Entre os motivos que levaram as usinas a realizarem os ensaios tecnológicos, os principais são

a preocupação com a qualidade e a exigência do consumidor, e o interesse na divulgação dos

agregados produzidos.

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Os produtos finais que a empresa oferece são elaborados dentro dos padrões de

qualidade. Os agregados reciclados produzidos estão de acordo com as normas brasileiras

NBR 15.114 e NBR 15.116 e com as especificações técnicas, que definem os requisitos dos

agregados reciclados para utilização em pavimentos e preparo de concreto sem função

estrutural. Os produtos podem ser utilizados como base ou reforço em obras de pavimentação

de rodovias, avenidas, ruas, aeroportos, pátios industriais e outros semelhantes. Além disso,

podem ser utilizada em artefatos de concreto, argamassa de assentamento de alvenaria de

vedação, entre outros usos.

A Bica Corrida conforme a figura 2 é obtida dos resíduos da construção civil e

demolição, mas com característica diferente. Livre de impurezas e isenta de materiais que

prejudicam a compactação, tais como terrões de argila e matéria orgânica.

Figura 2 - Bica corrida

Uso Recomendado:

Melhoria de condição de rolamento de estradas não pavimentadas ou

rurais;

Obras de base, sub-base ou reforço de subleito de pavimentação de vias;

Obras de base, sub-base de pátios industriais e semelhantes;

Aterros e acertos topográficos de terrenos;

Assentamentos de tubos.

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O Pedrisco é oriundo de fragmentos de concreto, conforme a figura 3, o Pedrisco é um

produto livre de impurezas, durável e isento de materiais estranhos que possam interferir na

reação de endurecimento do cimento.

Figura 3 - Pedrisco

Uso Recomendado:

Fabricação de artefatos de concreto tais como:

Blocos de vedação;

Pisos intertravados;

Manilhas de esgoto;

Meio-fio, entre outros.

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A Brita 1 conforme a figura 4 é um produto durável e isento de materiais estranhos

que possam interferir na reação de endurecimento do cimento, resistente e constituído de

partículas ásperas.

Figura 4 - Brita 1

Uso Recomendado:

Melhoria do rolamento de estradas não pavimentadas ou rurais;

Obras de base, sub-base ou reforço de subleito de pavimentação de vias;

Obras de base, sub-base de pátios industriais e semelhantes;

Aterros e acertos topográficos de terrenos;

Assentamentos de tubos.

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Com características similares à Brita 1, a Brita 2 conforme a figura 5 também é um

produto resistente e constituído de partículas ásperas, duráveis e isentas de impurezas.

Figura 5 - Brita 2 / Rachão

Uso Recomendado:

Terraplenagem;

Drenagens;

Empedramento C.B. (Camada de Bloqueio);

Agulhamento em pavimentação.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O setor da construção civil segundo diversos estudos é indicado como um dos maiores

geradores de resíduos, portanto é um dos setores que mais consome os recursos naturais e

contribui para os problemas de ordem ecológica, geralmente esses problemas são causados

pela produção energética dos materiais utilizados, pelo desperdício e pelo descarte

inadequado dos resíduos.

As medidas criadas para a inversão da situação que é o caso da Resolução nº 307 do

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (2002) e a Lei nº 12.305 que instituiu a

Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS (2010), foram instrumentos importantes para

o avanço contra os problemas ambientais causas pelos resíduos de construção e demolição

(RCD).

Nesse contexto, a criação de leis que oferecem diretrizes quanto à gestão,

determinação da responsabilidade do gerador e quanto ao manejo adequado dos resíduos,

propiciam um ambiente de mercado atrativo para a criação de usinas de reciclagem de

entulho. E ainda o baixo custo da matéria prima e operação, torna a reciclagem de RCD’s

economicamente viável e muito rentável, no entanto, a quantidade de usinas hoje em atividade

é insuficiente para suprir a demanda de resíduos gerados.

Compete, portanto as administrações municipais, a criação leis para induzir a pratica

do gerenciamento de resíduos, e ainda atrair e incentivar a implantação de usinas de

reciclagem em suas cidades.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2016.

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projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15116: Requisitos para

utilização em pavimentos e preparo de concreto sem função estrutural com agregados

reciclados de resíduos da construção. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO - ABRECON. Relatório Pesquisa Setorial

2014/2015. São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.abrecon.org.br/relatorio-pesquisa-

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS

ESPECIAIS - ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil, 2015. Disponível em:

<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf>. Acesso em: 03 out. 2016.

BRASIL. Lei n.° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei no. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>.

Acesso em: 2 set. 2016.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA Nº 307, de 05 de julho de

2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da

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2015. Dispõe sobre o código de posturas do município de Lins. Disponível em:

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