Resenha Apologia de Sócrates

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RESENHA DA APOLOGIA DE SCRATES

Edson Geraldo dos Santos. - RA: 200907454 -3ADTM

Scrates comea sua defesa chamando a ateno dos cidados atenienses em relao s acusaes que contra si foram feitas Ele diz que . todas as acusaes feitas contra ele so mentirosas, principalmente quando seus acusadores alertam ao povo para que tomem cuidado com ele, pois, dizem os mesmos que se trata de homem hbil no falar. Scrates diz aos cidados atenienses que, se dizer a verdade ser um bom orador, ento ele um bom orador. Diz ele que seu discurso no ser cheio de palavras enfeitadas e persuasivas, mas conter palavras simples que lhe vierem boca. Pede desculpas pelas palavras simples, pois, nunca se apresentou diante de um tribunal e no sabe se utilizar de linguagem compatvel com o tribunal. Apesar dele no se julgar um bom orador, solicita aos cidados atenienses que julguem com justia, analisando se a sua defesa justa ou no,pois a justia deve ser a virtude do juiz e do orador. Scrates diz que seus acusadores so muitos e ir primeiro se defender dos seus primeiros acusadores e depois se defender dos ltimos. Diz ele temer mais os primeiros acusadores, pois esses influenciaram a maior parte dos cidados atenienses desde que os mesmos eram crianas, eles colocavam nas cabeas das crianas, atravs de mentiras, que Scrates era homem douto e especulador das coisas celestes e investigador das subterrneas, fazia tornar mais forte a razo mais fraca, subvertendo as tradies e negando os deuses. Diz ele que esses acusadores so muitos e influenciaram os cidados atenienses na idade em que eles mais estavam propensos a acreditar nas mentiras que contra ele eram ditas. Ele acusa esses de invejosos e caluniadores, dizia estar combatendo com as sombras, pois seus acusadores no podiam ser abordados, nem compareciam ao tribunal. A defesa de Scrates era difcil, pois deveria em poucas horas convencer os cidados atenienses das mentiras que lhes foram ditas durante grande perodo de tempo, mas que seja feita a vontade de Deus, ele diz que est fazendo sua prpria defesa e apenas est cumprindo a lei.

Prosseguindo em sua defesa, Scrates comenta a acusao que Meleto lhe moveu. Ele diz que seus acusadores fazem calnias, pois dizem que ele cometeu crime quando investigando as coisas terrenas e as celestes tornava mais forte a razo mais dbil e ensina isso aos outros. Scrates nega essas acusaes e diz aos cidados atenienses que eles prprios so testemunhas de tal mentira, diz que muitos deles que ali esto, ouviram seus discursos e pergunta-lhes se por ventura alguma vez o ouviram falar sobre tais assuntos, pois, se confirmassem que jamais ouviram tais coisas, saberiam que essa acusao era mentirosa, bem como outras mais que tambm fizeram. Declarando tais acusaes falsas, defende-se citando a comdia de Aristfanes onde um personagem chamado Scrates diz poder andar pelo ar, o que no contribuiu muito para sua defesa. Ainda dizia-se outro rumor, que investigava matrias sobrenaturais, da qual se defendeu dizendo nunca ter se interessado por cincias prticas e sim que suas maiores preocupaes versavam sobre a conduta moral e a felicidade da alma. Depois de dito isto, concentra-se em acusaes mais especficas proferidas por Metelo, seu principal acusador, que dizia ser Scrates um demnio, um ateu que procurava criar os seus deuses. Feito isto, Scrates parte para outro importante questionamento, julgando que deveria alterar seu estilo de investigao e ensino para que afastasse sua execuo, comparando sua situao com seu comportamento notrio em campos de batalha, em tempos que servia ao exrcito, assim sendo, julga a morte prefervel a desgraa, escolhendo viver de acordo com seus ideais e deuses, do que fazer o contrrio e descumprir a sua misso de filsofo. Tendo que a verdadeira desgraa seria descumprir tudo o que acreditava, desobedecendo aos deuses, para salvar sua prpria existncia, tem como caminho escolhido, aquele que o conduziria verdade, sabedoria e ao maior aperfeioamento da alma. Assim, no desonrando seus princpios, dirige-se aos Atenienses dizendo que o absolvam ou no, mas que por certo no faria jamais outra coisa, ainda que houvesse de morrer mil vezes.

Ainda diz aos seus discpulos, queles que se sentissem corrompidos, que se juntassem a Metelo e nito no dia de sua acusao. Porm, entre seus melhores amigos e defensores, visto que vrios estavam ali em seu favor e assistncia. Mas apesar deste tipo de assistncia, recusava a presena de sua famlia, por julgar que a simpatia desta poderia ajuda-lo na opinio dos juzes, tendo como nica verdade a sua defesa. Surpreendeu-se com tantos votos a seu favor, aps o fim de seu discurso, tantos votos que poderia propor pena alternativa segundo s leis atenienses, prefere, e acaba por requerer ao tribunal, que lhes apresentem uma sentena na qual seja alimentado pelo estado, rejeitando as bvias penas alternativas, visto que dedicou sua vida educao dos jovens e ao servio pblico. Ainda assim, tendo a sugesto que poderia acabar com as perguntas e escapar da sentena de morte, volta a afirmar que no desobedecer ordem de seu deus, defendendo que uma vida sem exame no valeria a pena ser vivida, assim sendo abrindo mo de sua vida em favor de sua procura pela virtude. Apenas dizendo ao tribunal que vigiassem seus filhos, para que no crescessem tornando-se materialistas, pretenciosos ou inteis, sendo este seu ltimo pedido, completando assim sua defesa. Finalizando, diz ao tribunal que no se alegrassem por ter livrado Atenas de um perturbador, pois sua execuo far mal aos prprios, do que a vtima. Assim sendo conclui que evitar sua morte seria o mesmo que viver sem virtude.