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RESENHA CRÍTICA
1. CREDENCIAIS DO AUTOR
Castelar de Carvalho é professor universitário de língua portuguesa, tendo ministrado cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Coordenou o projeto de pesquisa Língua Portuguesa e Música Popular Brasileira, desenvolvido na Faculdade de Letras da UFRJ.
Membro da Academia Brasileira de Filologia, estudioso da Estilística da Expressão, é autor de artigos e ensaios, dentre os quais se destacam, além deste Para Compreender Saussure, os livros: Ensaios gracilianos e Noel Rosa, Língua e estilo, este lançado em 1999, em co-autoria com o Prof. Dr. Antonio Martins de Araújo.
Pesquisador de sintaxe e de história da língua portuguesa, tem em preparo, para publicação, sua tese de doutorado, intitulada O Pronome Se, uma palavra obliqua e dissimulada
.
2. LINGUÍSTICA PRÉ- SAUSSURIANA
A linguística tida hoje como o estudo científico da linguagem humana, só foi
assim definida a partir do século XIX, até então era apenas um estudo assistemático dos fatos
linguísticos, de caráter puramente normativo.
Até definir-se como ciência a Línguística passou por três fases sucessivas, dos
gregos até o século XIX: Filosófica, Filológica, Histórico-comparatista.
1ª FASE: FILOSÓFICA
Iniciada com os gregos com suas reflexões em torno da origem da linguagem.
Houve os naturalistas, defendiam que o signo lingüístico é motivado, os convencionalistas
(sec.II a.C), acreditavam que o signo linguístico é arbitrário. Baseados na lógica surgiram os
analogistas; no uso corrente, os anomalistas. De início tinham uma gramática voltada para a
prática – práxis.
Assim, a gramática surgiu no Ocidente como a arte de ler e escrever, uma
disciplina normativa, não científica, não interessada na língua em si.
A gramática grega será reproduzida em Roma na tentativa de conciliar os
analogistas e anomalistas, fazendo surgir a Gramática “das regras e das exceções”.