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RESENHA . Na EJA a faixa etária de idade é bastante ampla, geralmente entre 20 ao idoso, entre os 20 e os 40 anos não há tantas mudanças físicas, porém, após os 40 anos a mudanças físicas começam a dar sinais. Contudo, a perda de agilidade não implica perda de habilidades. Os efeitos produzidos por essas declinações podem ser agravados pela presença de fatores como: um estado de saúde (físico e mental). A ansiedade e o estresse são dois fatores que atrapalham na aprendizagem dos jovens e adultos. O texto COMO APRENDEM OS ADULTOS – Um olhar psicoeducativo Síntese elaborada pela Profa. Rosa Aparecida Pinheiro da obra: Infante, Consuelo Undurraga – Como aprenden los adultos? Una mirada psicoeducativa. Ediciones Universidad Catolica de Chile, 2004, define as variáveis biológicas, o estresse, a ansiedade e aprendizagem dos adultos, traz também recomendações aos educadores, e as variáveis sócioafetivas que fazem parte da educação da EJA. O texto destaca que ensinar adultos exige não só conhecimento de conteúdo, como também a descoberta de novas maneiras para transmissão dele. Na Educação de Jovens e Adultos, ao contrário do ensino regular, diversas situações são encontradas: alunos que trabalham, de diferentes faixas etárias (de 20 ao idoso), com tempos diversificados de interrupção ou iniciação tardia nos estudos e professores

Resenha EJA- Como Aprendem Os Adultos

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Page 1: Resenha EJA- Como Aprendem Os Adultos

RESENHA

. Na EJA a faixa etária de idade é bastante ampla, geralmente entre 20

ao idoso, entre os 20 e os 40 anos não há tantas mudanças físicas, porém,

após os 40 anos a mudanças físicas começam a dar sinais. Contudo, a perda

de agilidade não implica perda de habilidades. Os efeitos produzidos por essas

declinações podem ser agravados pela presença de fatores como: um estado

de saúde (físico e mental). A ansiedade e o estresse são dois fatores que

atrapalham na aprendizagem dos jovens e adultos.

O texto COMO APRENDEM OS ADULTOS – Um olhar psicoeducativo

Síntese elaborada pela Profa. Rosa Aparecida Pinheiro da obra: Infante,

Consuelo Undurraga – Como aprenden los adultos? Una mirada

psicoeducativa. Ediciones Universidad Catolica de Chile, 2004, define as

variáveis biológicas, o estresse, a ansiedade e aprendizagem dos adultos, traz

também recomendações aos educadores, e as variáveis sócioafetivas que

fazem parte da educação da EJA.

O texto destaca que ensinar adultos exige não só conhecimento de

conteúdo, como também a descoberta de novas maneiras para transmissão

dele. Na Educação de Jovens e Adultos, ao contrário do ensino regular,

diversas situações são encontradas: alunos que trabalham, de diferentes faixas

etárias (de 20 ao idoso), com tempos diversificados de interrupção ou iniciação

tardia nos estudos e professores “despreparados” para este público alvo. Os

adultos desejam aprender alguma coisa no decorrer de cada encontro. É

importante que uma situação de ensino-aprendizagem lhes comunique

sentimento de que tiraram algum resultado útil. Eles se impacientam facilmente

face muita teoria e reagem melhor se lhes ensinarem, simples e diretamente, o

que querem aprender.

O aluno da Educação de Jovens e Adultos é uma pessoa que começou

a estudar tarde ou ficou ausente da escola a médio ou a longo prazo. É

alguém, que pode ser desestimulado facilmente, por isso é importante e

conveniente que os educadores não o depreciem (auto-estima), valorizando o

seu conhecimento empírico, de modo a não ocasionar evasão escolar, haja

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vista o alto índice de insucesso escolar, cuja ocorrência pode ter a ver com

este fato (preconceito/discriminação).

Muitos adultos guardam uma lembrança humilhante da escola e não

desejam que se lhes recorde essa época. Além disso, um ambiente demasiado

"escolar" corre o risco de lhes parecer infantil.

Os adultos trazem para o encontro de ensino aprendizagem uma

experiência anterior, não tão dependente do educador. Correlacionar o ensino

às experiências anteriores do educando é um ponto necessário de sustentação

à aquisição de novos conhecimentos. Por isso é importante reuniões

participativas, casos e problemas, simulações, dramatizações, práticas

supervisionadas no trabalho, entrevistas e trabalhos em grupo, como práticas

eficazes.

O aluno trabalhador é concebido com um ser social que traz

experiências de vida e conhecimento acumulados. Um sujeito fazedor de

história que intervém na realidade e que se constrói nas ações coletivas. Um

ser integral, cujas dimensões cognitivas, físicas, emocionais, econômicas,

políticas, sociais, culturais, éticas e estéticas e espirituais interagem no

processo de construção do conhecimento.

É importante que o professor da EJA ajude os alunos a estabelecer

relações entre o que já aprenderam e o que estão aprendendo, criando em sala

de aula um ambiente favorável à troca de idéias. Isso significa que os

professores devem constantemente propor questões que possibilitem aos

alunos refletir sobre o que sabem e o que estão aprendendo. É importante

transmita a idéia de que os estilos de aprendizagem podem ser melhorados,

completados e que podem variar ao longo da vida.

O texto faz uma ótima análise em relação à como aprendem os adultos, e

deixa claro o quanto este assunto é polêmico, verifica-se de antemão a

diferença já, na nomenclatura (jovens e adultos). Quem é considerado jovem

(faixa etária)? O jovem não é adulto? Se não, quando passa a ser? Após

analisar as diferenças humanas de uma forma geral, avaliando interações e

mediações, concluí-se com a leitura deste texto, que assim como as funções

biológicas do organismo, que apesar de diferentes, têm um só objetivo que é

de manter o indivíduo vivo e saudável, a Educação de Jovens e Adultos, deve

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aprender com as diferenças, para que um ambiente harmonioso e criativo se

estabeleça na escola, através da valorização do modo de ser e de aprender de

cada discente.

DANIELLA FERREIRA BEZERRA