Resenha Rev Dos Bichos

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Resenha de A Revolução dos Bichos by George Orwell

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Resenha: A Revoluo dos Bichos Por George Orwell

SEMINRIO TEOLGICO PRESBITERIANO

REV. DENOEL NICODEMOS ELLER

Rua Joviano Naves, 301 Palmares Belo Horizonte MG

CEP: 31155-710 Fone (31) 3426.9949

DATA: 13 de maro de 2001AVALIAO:_______

ALUNO: Gladson Pereira da Cunha

TIPO DE TRABALHO: Resumo

DISCIPLINA: Introduo Filosofia

TURMA: 1TURNO: Matutino

PROFESSOR(A): Rev. Ildelmar

REFERNCIA BIBLIOGRFICA:

Orwell, George: A Revoluo dos Bichos,64 Edio, So Paulo: Editora Globo, 2000.

Qualquer pessoa, com um certo conhecimento da histria mundial, consegue ver neste trabalho de George Orwell uma crtica ao Marxismo, pensamento poltico e sociolgico surgido no incio do sculo XX e aplicado, ainda hoje, de forma anloga ao livro em alguns pases, como China, Coria do Norte e Cuba, onde ainda resiste aos ataques do Capitalismo.

A histria do livro simples. Trata-se de um grupo de animais de uma granja do interior da Inglaterra que se revolta contra as atitudes arbitrrias do granjeiro, o Sr Jones. Ele era acusado de explorar a fora de trabalho dos animais da granja, bem como de no aliment-los. Segundo Major, um velho porco da granja, o homem no busca interesse que no os dele prprio. Em cima desta idia, iniciou todo o pensamento Animalista.

Aps o pensamento inicial e a revoluo, marcada com a expulso de Jones e de seus empregados, fez-se necessrio que os animais comeassem a andar com as prprias patas. Para isso seria necessrio a criao de um novo modelo de sociedade, de uma nova Estrutura Social baseada no Animalismo defendido pelo porco Major, j falecido nesta altura, que deveria ser bem diferente do sistema adotado pelos humanos.

O primeiro passo era a criao das Leis que regeriam a nova sociedade. fcil perceber que esta Lei era totalmente contrria a lei nos tempos do Jones. Desta forma, os sete mandamentos era uma forma de expurgar toda a influncia negativa dos humanos da nova sociedade animalista.

A estrutura social da sociedade animalista era bem simples. Aqueles conseguiram aprender a ler, que foi o caso dos porcos, seriam os cabeas do movimento, tendo assim a funo de organizacional da sociedade emergente. E os demais se dedicariam ao trabalho braal, como era o caso dos cavalos, das vacas, das galinhas. A princpio, houve um interesse realmente social, onde todos os animais foram iguais na nova sociedade, tanto que um dos lderes da revoluo, Bola-de-Neve, tinha um pensamento de interesse coletivo, que era contrrio a viso do Napoleo, que pensava apenas em si prprio.

Aps a expulso de Bola-de-Neve, percebe-se que passou a no existir diferenas entre a nova estrutura social e a antiga. Porque em ambos casos, nota-se a existncia dois grupos bem distintos, aqueles que mandam e aqueles que obedecem. Apesar da revoluo, continuou existindo dentro da granja a mesma organizao de antes e a mesma situao de explorador e explorados. Com a diferena, quem mandava e explorava no era um homem, mas era um porco. Melhor um porco que um homem pensavam os animais.

Criou-se uma nova ideologia que seria necessria para a sobrevivncia da nova sociedade. Na viso dos animais, um trabalho cuja administrao feita por eles prprios, mesmo que um determinado grupo seja mais favorecido, seria melhor, pelo menos eles no estavam trabalhando para o Jones, mas para eles mesmos.

Novamente observamos que a ideologia continua, na prtica, a mesma. Os animais continuam trabalhando para o benefcios de um pequeno grupo dominante, que agora no so mais os homens, e sim os porcos. Com o tempo, a figura dos porcos toma uma posio de total destaque dentro da sociedade animalista. Por exemplo: quando as trs ninhadas de porcos nascem, a primeira idia construir uma escola para os porquinhos. O que havia de melhor dentro da granja era destinado para os porcos.

Mesmo assim os animais dominados julgavam melhor o novo sistema, alis acreditavam estar vivendo melhor do que antes. Porque naquele momento eles, os animais da granja, eram todos iguais.

Viu-se, por parte dos porcos, a necessidade de manter esta idia bem viva nas mentes dos animais. Para tanto, criou um discurso que exaltava a revoluo dos bichos, que defendia a idia que os humanos no poderiam voltar ao controle da situao e que o trabalho, mesmo que exaustivo, era algo dignificante para os animais.

Assim, os interesses dos porcos seriam mantidos, porque ningum se atreveria a discordar dos ideais da Revoluo, mesmo que tenham sido alteradas desde a idia inicial do velho Major.

Este discurso ideolgico, conseguiu cauterizar as mentes dos animais, a ponto de nem mesmo questionarem algumas atitudes arbitrrias, tomadas pelos porcos. Porque o Camarada Napoleo sempre estava certo.

Desta forma, quando os porcos comearam a andar sobre duas patas, a usar roupas, a receber humanos em visitas e a ter atitudes humanas, apesar de terem vontade de protestar no conseguiram, porque surgiu outro discurso: Quatro pernas bom, duas pernas melhor.

No final histria, ficou impossvel identificar os porcos e os homens, porque no se sabia se porcos pareciam com os homens ou os homens com os porcos. Alis, o mesmo aconteceu no Comunismo, quando ele se tornou opressor e os interesses do Estado eram os interesses do pequeno grupo dominante. Da eu me lembro das palavras de uma ex-professora que dizia: Que a semelhana entre o Capitalismo e o Comunismo que em ambos o homem dominado pelo prprio homem e, portanto, no existe muita diferenas.