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Inscrição Sala Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua sala nos retângulos abaixo. Data: 20 de janeiro de 2013. Duração: 04 horas ESPECIALIDADE: Cirurgia de Cabeça e Pescoço Cirurgia do Aparelho Digestivo Cirurgia Geral (R3) Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Cirurgia Torácica Cirurgia Vascular Coloproctologia Endoscopia Mastologia Urologia PRÉ-REQUISITO: CIRURGIA GERAL CCV COORDENADORIA DE CONCURSOS RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 CADERNO-QUESTIONÁRIO

RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 - ARES – Apoio às Residências ... · Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 3 de 13 05. Jovem de 19 anos, vítima de acidente automobilístico

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Inscrição Sala

Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua sala nos

retângulos abaixo.

Data: 20 de janeiro de 2013.

Duração: 04 horas

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ESPECIALIDADE: Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia do Aparelho Digestivo

Cirurgia Geral (R3)

Cirurgia Pediátrica

Cirurgia Plástica

Cirurgia Torácica

Cirurgia Vascular

Coloproctologia

Endoscopia

Mastologia

Urologia

PRÉ-REQUISITO: CIRURGIA GERAL

C C V COORDENADORIA DE CONCURSOS

RESIDÊNCIA MÉDICA 2013

CADERNO-QUESTIONÁRIO

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 2 de 13

01. Paciente de 58 anos, sexo feminino, diabético tipo II, em uso de insulina NPH e regular sem

acompanhamento na atenção primária ou secundária. Não apresenta outras comorbidades ou queixas.

Nega hipertensão arterial sistêmica. Não tem história familiar positiva para doença coronariana. Apresenta-se obesa e dislipidêmica. Nega tabagismo e etilismo. Tem diagnóstico de carcinoma papílifero

e deverá ser submetida a uma tireoidectomia subtotal. Quais exames laboratoriais devem ser solicitados

na avaliação pré-operatória inicial desta paciente, visando reduzir risco de hiperglicemia e de eventos cardiovasculares no perioperatório?

A) MAPA e hemoglobina glicada.

B) ECO transtorácico, ALT, AST e glicemia.

C) Eletrocardiograma e hemoglobina glicada.

D) Teste de tolerância à glicose e eletrocardiograma.

E) Hemograma completo, glicoteste e eletrocardiograma.

02. Paciente de 35 anos, feminina, sem comorbidades, sem queixas, sem história patológica pregressa, sem

alergias, sem internamento prévio, será submetida à colecistectomia videolaparoscópica. Quais exames complementares devem ser solicitados como rotina para reduzir o risco de complicações perioperatórias

nesta paciente?

A) Nenhum.

B) Eletrocardiograma.

C) Hemograma completo.

D) Hemograma completo e teste de gravidez.

E) Hemograma completo, eletrocardiograma e coagulograma.

03. Paciente de 70 anos, em choque séptico por quadro de pancreatite necrotizante, apresenta-se com estado

geral grave, hipotenso, taquicárdico, extremidades frias e edemaciadas, enchimento capilar lento. Na

gasometria apresenta: pH = 7,25; PaCO2 = 25mmHg; HCO3 = 10,7 mEq/L, BE = -12. Qual deve ser a conduta efetiva e imediata para evitar maiores danos e prejuízos relacionados ao distúrbio ácido-básico

diagnosticado na gasometria?

A) Intubação orotraqueal.

B) Necrosectomia de urgência.

C) Solução de potássio e insulina.

D) Bicarbonato de sódio endovenoso.

E) Expansão volêmica e vasopressor.

04. Mulher de 80 anos, com quadro de obstrução pilórica por sequela de úlcera, apresenta vômitos frequentes

e refere câimbras. Ao exame: desidratada +++/4+, letárgica e emagrecida. Realizou o ECG, o qual está demonstrado abaixo. Além da hidratação para melhora do quadro clínico, que reposição deve ser feita

para tratar o distúrbio constatado?

A) Reposição de cloro.

B) Reposição de sódio.

C) Reposição de cálcio.

D) Reposição de potássio.

E) Reposição de bicarbonato.

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 3 de 13

05. Jovem de 19 anos, vítima de acidente automobilístico ocorrido há quatro horas, foi encaminhado com

diagnóstico de politraumatismo do interior do estado para a emergência do hospital terciário. Há relato

de administração prévia de 2L de solução cristaloide. Na avaliação inicial, o paciente se encontra em respiração espontânea, com oxigênio suplementar, ausculta pulmonar bilateral normal, pressão arterial

85x50mmHg, frequência de pulso 115ppm; presença de palidez cutâneo-mucosa. Foi realizada

gasometria arterial que evidenciou excesso de base de menos 12mEq/L. Diante do caso, o tratamento inicial mais adequado é a infusão de:

A) coloide.

B) ringer lactato. C) cloreto de sódio a 0,9%.

D) concentrado de hemácias.

E) plasma fresco e plaquetas.

06. Homem de 23 anos foi admitido na emergência do hospital terciário, vítima de ferimento (2 cm) por arma branca na região paraesternal esquerda, na projeção da linha do mamilo. Ao exame, apresenta-se

consciente, ansioso, pele fria; observa-se distensão importante das veias do pescoço, ausculta pulmonar

bilateral normal, pulso filiforme, frequência cardíaca de 135 bpm, pressão arterial 70x40mmHg, ausculta cardíaca bulhas abafadas. Radiografia de tórax sem sinais de anormalidades. Qual a conduta mais

adequada diante deste caso?

A) Tratamento cirúrgico via esternotomia. B) Realização de tomografia helicoidal de tórax.

C) Encaminhamento para realização de ecocardiograma.

D) Passagem de cateter de artéria pulmonar para diagnóstico.

E) Abordagem cirúrgica imediata via incisão submamária esquerda.

07. Mulher de 41 anos, em uso de contraceptivo oral, foi submetida à histerectomia total abdominal. No

quarto dia pós-operatório, retorna ao hospital com queixa de dor na perna direita, que aumenta de

intensidade, especialmente na panturrilha, quando se pratica a dorsiflexão do pé direito. A paciente trazia consigo exames laboratoriais recentes que mostravam dosagem de proteína C abaixo do valor de

referência para normalidade. Diante do exposto, qual exame está mais indicado para confirmar a

suspeita diagnóstica desta paciente?

A) Dúplex Scan.

B) Teste de D-dímero.

C) Angiografia contrastada.

D) Pletismografia por impedância.

E) Venografia por ressonância nuclear magnética.

08. Homem de 58 anos, portador de fibrilação atrial tratado com amiodarona, foi submetido à artroplastia

total de quadril. No segundo dia pós-operatório, apresentou quadro de dispneia súbita associada a dor torácica do tipo pleurítica. Ao exame físico: pressão arterial 90x60mmHg; a ausculta cardíaca revelou

frequência cardíaca 110bpm, presença de quarta bulha e segunda bulha pulmonar hiperfonética na ausculta cardíaca. Ausculta pulmonar mostrou estertores inspiratórios. Membros inferiores sem

anormalidades ao exame físico. A ecocardiografia transtorácica à beira do leito mostrou hipocinesia e

dilatação ventricular direita associada a gradiente tricúspide elevado. Diante do exposto, qual o tratamento inicial mais apropriado para este paciente?

A) Varfarina administrado por via oral.

B) Colocação de filtro de veia cava inferior.

C) Dose de ataque de trombolítico intravenoso.

D) Heparina ultrafracionada em infusão venosa contínua. E) Heparina de baixo peso molecular via subcutânea 3 vezes ao dia.

09. Um paciente, com icterícia obstrutiva há 40 dias por neoplasia de pâncreas, deverá ser submetido a uma drenagem percutânea das vias biliares. Que cuidado você deverá ter para evitar uma hemorragia no local

da punção hepática?

A) Transfundir plaquetas na hora do procedimento.

B) Aplicar vitamina K, IM, na véspera do procedimento.

C) Fazer uso de protamina 2 horas antes do procedimento.

D) Comprimir o local da punção por 1 hora após procedimento.

E) Administrar plasma fresco congelado 24 horas antes do procedimento.

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 4 de 13

10. Paciente, com quadro de pancreatite aguda há 28 dias na UTI, em uso de NPT há 18 dias, foi submetido à

laparotomia para necrosectomia há uma semana. Está fazendo uso de carbapenem há 20 dias e

apresentava curva de melhora até ontem, quando voltou a ter leucocitose, elevação de PCR, piora dos parâmetros respiratórios e da função renal. Qual é a causa mais provável dessa complicação clínica?

A) Necrose infectada.

B) Infecção fúngica. C) Formação de pseudocisto.

D) Resistência ao antibiótico.

E) Infecção de outro sítio não tratada.

11. Paciente de 48 anos, sexo feminino, procura ambulatório de cirurgia com queixas de disfagia e

regurgitação há aproximadamente 2 anos. O exame físico é normal. Foram solicitados endoscopia

digestiva alta e esofagograma, os quais estão demonstrados abaixo. Ao estudo manométrico do esôfago, havia ausência de relaxamento do esfíncter esofagiano inferior (EEI), com pressão deste de 35 mmHg,

ondas de contração simultânea e praticamente nenhuma peristalse esofágica. Qual a melhor opção

terapêutica para esta paciente?

A) Diverticulectomia bilateral isolada.

B) Esofagocardiomiotomia de Heller longa isolada.

C) Esofagocardiomiotomia de Heller longa + fundoplicatura de Dor.

D) Dilatação pneumática por via endoscópica + esofagocardiomiotomia de Heller endoscópica.

E) Diverticulectomia bilateral + Esofagocardiomiotomia de Heller longa + fundoplicatura de Toupet.

12. Homem de 25 anos é admitido na emergência, vítima de agressão por faca na região cervical, zona I, à direita. A faca ainda está transfixada no pescoço cerca de 5 cm. O paciente está consciente, Glasgow de

15 e informa que foi vítima de assalto. Qual deve ser o acesso cirúrgico?

A) Toracotomia.

B) Cervicotomia direita.

C) Cervicotomia em “U”.

D) Cervicotomia + toracotomia.

E) Cervicotomia com desarticulação da mandíbula.

13. Um homem de 32 anos foi atendido em hospital de referência para trauma, apresentando ferimento por

arma de fogo com orifício de entrada no hemitórax direito na altura do mamilo com a linha axilar

anterior. A pressão arterial na admissão era de 110x70 mmHg, frequência cardíaca de 110 batimentos por minuto e frequência respiratória de 24 incursões por minuto. O exame radiológico do tórax mostrava

um velamento dos seios costofrênico e cardiofrênico direito, projétil no hemitórax esquerdo e velamento

do seio costofrênico esquerdo. Foi colocado um dreno torácico à direita com saída de 350 ml de sangue. Qual é a sequência correta para o tratamento inicial e diagnóstico da possível lesão de acordo com o caso

clínico?

A) Drenagem torácica esquerda, broncoscopia e tomografia do tórax.

B) Drenagem torácica esquerda, TC do tórax, broncoscopia e endoscopia digestiva.

C) Drenagem torácica esquerda, TC do tórax, esofagograma e endoscopia digestiva.

D) Tratamento conservador do hemotórax esquerdo, broncoscopia e endoscopia digestiva.

E) Tratamento conservador do hemotórax esquerdo, ecocardiografia e tomografia do tórax.

Conferir figuras correspondentes com melhor resolução no anexo

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 5 de 13

14. Um motociclista de 25 anos sofreu um acidente automobilístico, chocando com um poste elétrico. Ele

estava sem capacete e apresentava lesões maxilofaciais com fraturas e sangramento ativo. Foi trazido ao pronto socorro e, na admissão, apresentava pressão arterial de 160x84 mmHg, frequência de pulso de 92

batimentos por minuto e frequência respiratória 29 incursões por minuto. Ele está agitado, não

cooperativo, com dificuldade respiratória e deformidade anatômica importante. A melhor conduta para garantir a via aérea pérvia é:

A) traqueostomia aberta.

B) intubação nasotraqueal. C) traqueostomia percutânea.

D) cricotireoidostomia cirúrgica.

E) cricotireioidostomia por punção (insuflação em jato).

15. Uma mulher de 55 anos foi resgatada de veículo que capotou após colidir com um ônibus. Foi levada a um hospital de trauma e apresentava-se, na admissão, hemodinamicamente estável. O abdômen era

doloroso à palpação na região suprapúbica e os ruídos hidroaéreos estavam diminuídos. Queixava-se de

dor na bacia, e o exame radiológico mostrava fratura da sínfise púbica. O exame ultrassonográfico não mostrava líquido livre na cavidade peritoneal. A urina era sanguinolenta. Quais os exames necessários

para esclarecimento diagnóstico e o tratamento mais adequado?

A) TC de abdômen, pelve e fixação externa da bacia. B) TC da pelve, urografia excretora e fixação interna da bacia.

C) TC de abdômen, uretrocistografia retrógrada e cistorrafia.

D) TC de abdômen, urografia excretora e fixação interna da bacia.

E) TC de abdômen, uretrocistografia retrógrada e fixação da bacia.

16. Homem de 35 anos faz tentativa de suicídio, ingerindo soda cáustica há 1 hora. Após o evento, em casa, foi administrada solução de vinagre com suco de limão. No hospital, realizou endoscopia digestiva alta,

com identificação de queimadura esofágica de primeiro grau. Qual a melhor conduta?

A) Alimentar por via oral quando melhorar a dor ao deglutir a saliva.

B) Alimentar por jejunostomia até que o esofagograma seja normal.

C) Manter hidratação vigorosa, dieta oral zero e NPT por 15 dias.

D) Passar “stent” endoscópico para prevenir estenoses.

E) Reavaliar endoscopicamente a cada 48 horas.

17. Mulher de 45 anos refere melena persistente há três dias. Inicialmente 1 episódio por dia e hoje apresentou

5 episódios de fezes pretas, brilhantes e vinhosas. Ao exame físico, apresenta PA de 110x60 mmHg,

frequência cardíaca de 110 bpm, pálida (+++/4+), abdômen flácido, dolorido por cólicas, distendido (+/4+), sem outros achados. Após estabilização hemodinâmica, realizou endoscopia digestiva alta que

foi normal e colonoscopia que mostrou sangue nos cólons, sem foco de sangramento detectado. Qual

exame deve ser solicitado a seguir?

A) Angiografia.

B) Enema opaco.

C) Cintilografia.

D) Angiotomografia. E) Cápsula endoscópica.

18. Paciente de 56 anos, sexo masculino, apresenta-se ao pronto socorro com quadro de febre alta, dor abdominal intensa, taquicardia e queda do estado geral. O paciente relata que há três meses vem

apresentando cólicas abdominais diárias difusas e diarreia de grande intensidade com muco e sangue. O

exame clínico revela estado geral regular, hipotensão, distensão abdominal intensa, dor à palpação abdominal e sinais de peritonite. Apresenta ainda leucocitose importante e o exame de raios X simples de

abdome evidencia distensão de todo cólon, sem sinais de pneumoperitônio. Na guia de internação, os

locais destinados ao diagnóstico e à conduta devem ser preenchidos respectivamente com:

A) doença de Crohn agudizada / enterectomia.

B) megacólon tóxico / colectomia total com ileostomia.

C) retocolite ulcerativa / corticoides por via endovenosa.

D) neoplasia obstrutiva de cólon sigmoide / transversostomia em alça. E) diverticulite aguda perfurada bloqueada / antibioticoterapia endovenosa.

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 6 de 13

19. Paciente masculino, 25 anos, motorista de automóvel, usando cinto de segurança, dirigindo a 100 km/h,

colidiu com um poste, há 15 minutos. O cinto de segurança rompeu no momento do trauma. Agitado,

queixa-se de falta de ar, não aceitando ficar deitado sobre a maca, dizendo que está morrendo. Apresenta hálito alcoólico. Durante o exame físico, apresentou episódio de vômito, PA 80x50mmHg; FC: 142bpm;

FR: 34 irpm; Glasgow 14. Ao fazer o exame primário, a sua primeira suspeita diagnóstica e conduta é:

A) pneumotórax extremo (acima de 60%) – Realização de toracotomia de emergência.

B) pneumotórax pequeno – Drenagem de tórax sob selo d’água sob anestesia local com dreno número 32.

C) pneumotórax – Solicitação imediata de Raios X de tórax em ortostase em PA e decúbito lateral esquerdo

com raios horizontais. D) pneumotórax hipertensivo – Punção com uma agulha calibre 18 na linha mesoclavicular no segundo

espaço intercostal anterior.

E) pneumotórax moderado (acima de 40%) – Aspiração simples com agulha calibre 18 e observação de

estabilidade por 24 a 48 horas.

20. Homem de 62 anos é acompanhado por refluxo gastresofagiano crônico em uso contínuo de omeprazol

40mg/dia. Realizou nova EDA, cuja biópsia evidenciou metaplasia intestinal da mucosa esofágica com

focos de displasia de alto grau. O paciente atualmente foi incluído na lista de candidatos a transplante hepático por hepatopatia viral crônica. Qual das seguintes condutas está mais adequada para ele?

A) Cirurgia de Merendino.

B) Mucosectomia endoscópica.

C) Esofagectomia transmediastinal.

D) Vigilância endoscópica a cada 6 meses.

E) Ressecção segmentar esofágica com preservação vagal.

21. Qual das seguintes técnicas operatórias permite maior radicalidade linfonodal para tratar adequadamente uma neoplasia de junção esofagogástrica, classificado como Siewert I?

A) Cirurgia de Merendino.

B) Esofagectomia transtorácica.

C) Esofagectomia total trans-hiatal.

D) Gastrectomia total com esofagectomia distal.

E) Gastrectomia proximal com esofagectomia distal.

22. Uma paciente de 47 anos foi submetida há cerca de 6 meses à gastroplastia de Capella. Teve um pós-operatório imediato com deiscência de anastomose gastrojejunal, necessitando de outras duas

laparotomias exploradoras. A partir daí evoluiu com vômitos crônicos de aspecto bilioso com

desnutrição grave, necessitando de reinternações e suporte nutricional parenteral. Foi feita TC de abdômen com contraste, que evidenciou dilatação moderada da alça de Roux com progressão muito lenta

de contraste a jusante e ausência de contraste no estômago desfuncionalizado. Qual das seguintes

complicações é a mais provável para este caso?

A) Reconstrução tipo “Roux-em-O desconectada”.

B) Estenose de anastomose gastrojejunal.

C) Lesão inadvertida no nervo vago. D) Inversão da alça de Roux.

E) Fístula gastrogástrica.

23. Um paciente com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico se apresenta no consultório com os resultados

de uma pesquisa que ele fez no Google sobre o tratamento cirúrgico da sua doença e lhe pede que você as esclareça. As principais dúvidas dele são referentes à extensão da cirurgia. Qual das seguintes

informações é verdadeira devendo ser utilizada na negociação do plano terapêutico?

A) Linfadenectomia a D2 implica em esplenectomia associada à gastrectomia.

B) As cadeias nodais removidas nas linfadenectomias D1 são as perigástricas (1 a 6).

C) O número mínimo de nodos considerado ideal para o estadiamento pós-operatório é 12.

D) Há aumento comprovado de sobrevida associado a linfadenectomias mais extensas (D2 x D1).

E) A chance de se estadiar adequadamente um paciente na classificação TNM aumenta com as ressecções D2.

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 7 de 13

24. Homem de 56 anos é acompanhado por 7 meses após ressecção de tumor de sigmoide obstrutivo. O

exame histopatológico da ressecção apresentou 4 linfonodos positivos de 12 ressecados. A tomografia

atual pós-operatória apresenta uma lesão hepática de característica metastática de 4 cm no segmento V. A dosagem do CEA foi de 120 ng/ml. Quantos critérios de mal prognóstico, segundo Fong, esse paciente

apresenta?

A) 1 B) 2

C) 3

D) 4

E) 5

25. Um homem de 65 anos apresenta quadro de icterícia persistente há 15 dias, acompanhado de prurido

intenso e perda de 7 kg nos últimos 2 meses. Realizou uma ressonância nuclear magnética das vias

biliares que está demonstrada abaixo. Qual a classificação para este caso segundo Bismuth?

A) I B) II C) IIIA

D) IIIB

E) IV

26. A maioria dos tumores benignos exócrinos do pâncreas são císticos, mas nem todos os tumores císticos são benignos. Sobre este tema, assinale a alternativa correta.

A) Cistadenoma seroso corresponde a 20 a 40% dos tumores císticos. Foram descritos 2 tipos, mas

nenhum se comunica com o canal pancreático. O tratamento geralmente é o cirúrgico devido a apresentarem potencial maligno.

B) Pseudocisto pancreático ocorre em pacientes com história recente de pancreatite aguda, apresentando

um conteúdo líquido pobre em enzimas e sem comunicação do cisto com o canal pancreático. O tratamento deve ser a ressecção cirúrgica.

C) Tumores mucinosos são mais comuns na cabeça do pâncreas e podem acometer pequenos e grandes

ductos. O diagnóstico pode ser feito ao momento da endoscopia quando se vê a saída de muco de um

orifício papilar com aspecto de boca de peixe. D) Tumor pseudopapilar do pâncreas é relativamente incomum, sendo mais frequente em jovens do sexo

feminino. Geralmente são grandes massas, bem demarcadas que ocorrem em qualquer parte do

pâncreas. A ressecção local é curativa. E) Tumor mucinoso papilar intraductal responde por 20 a 40% das neoplasias císticas do pâncreas,

geralmente se localiza no corpo e na cauda do pâncreas e é assintomático. A ressecção é indicada

quando há dúvida no diagnóstico ou quando se torna sintomático.

27. Um paciente de 68 anos foi submetido à colecistectomia videolaparoscópica por colecistite crônica

calculosa. Três meses após o procedimento, apresentou icterícia. A ultrassonografia abdominal mostra dilatação das vias biliares intra-hepáticas e ausência de vesícula biliar. Foi realizada colangioressonância

que evidenciou uma estenose de via biliar tipo 2 pela Classificação de Bismuth. Neste caso, qual a

melhor conduta definitiva?

A) Realização de coledocoduodenostomia.

B) Realização de coledocojejunostomia em Y-de Roux.

C) Realização de hepaticojejunostomia em Y-de-Roux.

D) Dilatação com balão por via transparieto-hepática percutânea. E) Dilatação com balão por colangiografia endoscópica retrógrada.

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 8 de 13

28. Homem de 46 anos, portador de vírus B, apresentava escore MELD (Modelo para Doença Hepática

Terminal) = 20, quando desenvolveu quadro de hemorragia digestiva alta, evoluindo em poucos dias

para encefalopatia progressiva, coagulopatia (alargamento de INR) e hipoglicemia. O quadro de hemorragia digestiva foi controlado, o paciente foi estabilizado hemodinamicamente. Diante do exposto,

qual a conduta terapêutica mais indicada para este paciente?

A) Cirurgia de Anastomose Portocava.

B) Estabilização clínica para retornar ao MELD 20.

C) Derivação Portossistêmica Transjugular Intra-hepática (TIPS).

D) Administração de Interferon Recombinante Alfa-2b.

E) Transplante de fígado em caráter prioritário.

29. Segundo os critérios de Milão, o transplante hepático está mais bem indicado em qual das seguintes situações?

A) Homem 64 anos, alcoolista, com cirrose e hepatocarcinoma de 5 cm em segmento VI.

B) Mulher 52 anos, cirrose por vírus B, Child C, com hepatocarcinoma de 7 cm no segmento II.

C) Mulher 42 anos com hepatocarcinoma fibrolamelar de 12 cm com invasão da veia hepática direita.

D) Homem 59 anos, cirrose por vírus C, Child B, com hepatocarcinoma em segmento II, VI e V de até 2 cm.

E) Mulher 36 anos, cirrose criptogênica com hepatocarcinoma de 4 cm em segmento IV com adenomegalia hilar positiva.

30. Um paciente de 27 anos foi submetido à apendicectomia e evoluiu com fístula estercoralis no pós- operatório. O anatomopatológico revelou suspeita de doença de Crohn, sendo iniciado tratamento clínico. Após seis

meses sem resultados com a corticoterapia, iniciou-se azatioprina e infliximab também sem cicatrização

da fístula após outros seis meses. Foi levado à cirurgia, sendo achados: intenso bloqueio de alças em FID com pequeno abscesso e fístula entre o ceco e a parede abdominal. Qual dos seguintes fatores está

menos associado ao desenvolvimento de deiscência e sepse pós-operatória?

A) Uso de imunomoduladores.

B) Anemia e hipoalbuminemia.

C) Ocorrência de fístula intestinal.

D) Ocorrência de abscesso intracavitário.

E) Estado nutricional pré-operatório (desnutrição proteico calórica).

31. O conhecimento de aspectos de biologia e genética do câncer colorretal proporcionou o entendimento do comportamento tumoral e permitiu, em muitos casos, se estabelecer correlações clínicas entre a ciência

básica e a prática diária como, por exemplo, programas de rastreamento do câncer colorretal. Acerca das

vias de carcinogênese colorretal, é correto afirmar que:

A) tumores com mutações MSI tendem a ter prognóstico melhor do que aqueles com mutações CIN.

B) a via mais comum de carcinogênese no câncer hereditário é conhecida como CIN (instabilidade cromossomal).

C) o fenótipo de instabilidades de microssatélites (MSI) está intimamente relacionado com a via CIN.

D) pacientes com câncer esporádico e fenótipo de instabilidades de microssatélite têm mutações

somáticas associadas à via MMR. E) a via de carcinogênese pela mutação de genes de reparo (MMR) está associada à ocorrência da

polipose juvenil através de mutação no gene SMAD 4.

32. Uma paciente de 42 anos se apresenta em consultório para aconselhamento com a seguinte história

familiar patológica pregressa: avós paternos (avô vivo e avó falecida com câncer de cólon); tios paternos (4), sendo dois homens que tiveram câncer colorretal no ceco e cólon ascendente aos 35 e 38 anos,

respectivamente, e duas mulheres que tiveram câncer em ureter direito e endométrio aos 41 e 37 anos,

respectivamente; mãe teve câncer de cólon descendente aos 49 anos e removeu 6 pólipos adenomatosos na última colonoscopia de controle. Com base nos dados descritos acima, é correto afirmar que:

A) trata-se de uma doença autossômica dominante com penetrância completa.

B) mediante achado de mutação somática no gene APC, pode-se enquadrar a paciente como portadora de

HNPCC. C) há necessidade de comprovação de mutação genética para enquadrar essa paciente nos critérios

diagnósticos de Amsterdan II.

D) a ocorrência de pólipos no exame de colonoscopia da mãe sugere que se trate de uma polipose

adenomatosa familiar da forma atenuada. E) todas as neoplasias relatadas se enquadram como tendo incidência aumentada na síndrome HNPCC

(Hereditary nonpolyposis colorectal cancer).

Residência Médica 2013 Pré-Requisito: Cirurgia Geral Pág. 9 de 13

33. Um paciente com 50 anos chega ao consultório de um especialista em cirurgia digestiva com a seguinte

história: procurou uma emergência há 3 dias com dor em FIE, febre baixa e anorexia. Foi feito hemograma

que mostrou leucocitose leve; foi medicado com ciprofloxacina e metronidazol por via oral, e o paciente foi orientado a procurar eletivamente um especialista, pois tinha uma diverticulite aguda leve. Teve melhora

subjetiva, está assintomático, mas, ao exame abdominal, ainda tem dor localizada em FIE sem sinais de

irritação peritoneal difusa. Ainda segundo o paciente, esse era o terceiro episódio e, em um deles, precisou se internar por dois dias para fazer antibióticos venosos. Com base nesse caso, qual a melhor conduta a ser

adotada?

A) Internar o paciente para antibióticos parenterais.

B) Solicitar TC de abdômen para confirmar o diagnóstico do médico da emergência.

C) Indicar retossigmoidectomia eletiva em decorrência dos episódios de diverticulite prévia.

D) Solicitar colonoscopia diagnóstica para confirmar o diagnóstico do médico da emergência.

E) Manter tratamento clínico e, diante de melhora, fazer acompanhamento ambulatorial.

34. Neonatologista solicita avaliação cirúrgica para lactente, sexo feminino, 2 meses de vida, atualmente

pesando 2.100 gramas, nascido com Capurro de 32 semanas e 4 dias, que, há 2 dias, apresenta

abaulamento inguinal inalterado à direita, sem irritabilidade ou vômitos associados. Atualmente, a

criança se encontra em bom estado geral, sem sinais de infecção, em fase final de progressão de dieta oral com boa aceitação e evacuações presentes O exame físico demonstra abdome flácido, indolor e

aumento de volume inguinal direito compatível com hérnia inguinal não redutível. Por sua vez, o exame

da região inguinal em questão não revela dor ou qualquer outro sinal de flogose local. A associação entre a hipótese mais provável e a melhor conduta inicial para esta criança é:

A) encarceramento intestinal – indicar operação de urgência.

B) estrangulamento ovariano – indicar operação de urgência.

C) estrangulamento intestinal – suspender dieta por 6 horas e tentar redução manual, sob anestesia geral.

D) perfuração intestinal com peritonite – solicitar exame de raios X de abdome com raios horizontais para

confirmar suspeita clínica.

E) encarceramento ovariano – programar operação eletiva para os próximos dias, se a evolução clínica se

mantiver inalterada.

35. Lactente, sexo masculino, 40 dias de vida, apresenta icterícia progressiva associada à colúria e à acolia

fecal. Seu ganho ponderal e desenvolvimento neuropsicomotor são adequados. Ao exame físico: fígado a

2 cm do rebordo costal com borda romba e consistência endurecida, e baço não palpável. Exames laboratoriais demonstraram, entre outros, bilirrubina total = 9mg/dL com bilirrubina direta = 3mg/dL e

ultrassonografia abdominal, ausência de vesícula biliar ou qualquer dilatação de vias biliares extra-

hepáticas. Seguidamente, resultado de biópsia hepática por agulha foi compatível com atresia de vias biliares. A abordagem cirúrgica mais apropriada para esta criança, além da confirmação do quadro por

uma colangiografiaintraoperatória, é:

A) transplante hepático de doador vivo.

B) coledocojejunostomia em Y de Roux.

C) transplante hepático de doador cadáver.

D) hepatoportoenterostomia em Y de Roux.

E) transplante hepático de doador vivo ou cadáver.

36. Paciente, masculino, tabagista, procurou pronto socorro com a história de, há 3 meses, ter iniciado

quadro de disfonia que piorou de intensidade e se associou a comprometimento da tosse, levando a

engasgos frequentes e por último à dispneia leve. Paciente nega perda de peso no período ou

aparecimento de massas cervicais. Provavelmente, diante do exposto, estamos diante de:

A) tumor subglótico por papilomatose laríngea.

B) tumor supraglótico por carcinoma verrucoso.

C) tumor glótico por carcinoma espinocelular.

D) tumor glótico por carcinoma de células fusiformes. E) tumor supraglótico por carcinoma basaloide de células escamosas.

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37. Paciente de 35 anos, sexo feminino, apresentou-se ao ambulatório com queixa de massa cervical palpável

observada há 2 meses. Ao exame físico, apresentava-se normotensa, com massa paramediana cervical de

consistência endurecida, de 2 x 1,5 cm, sem linfoadenopatias palpáveis. Portava uma ultrassonografia cervical compatível com o exame físico, sem evidenciar aumento das glândulas paratireoides. Os

hormônios tireoidianos estavam normais, mas a calcitonina estava elevada. De acordo com este caso, a

melhor conduta a ser tomada é:

A) nodulectomia.

B) tireoidectomia total.

C) biópsia por agulha fina. D) tireoidectomia quase total.

E) lobectomia com istimectomia.

38. Mulher de 63 anos, portadora de Insuficiência Renal Crônica, necessita pela primeira vez de acesso

vascular externo, mediante colocação de cateter por via percutânea para realização de hemodiálise até que a fístula arteriovenosa confeccionada no membro superior esquerdo esteja madura. Qual vaso deve

ser puncionado com o objetivo de acarretar menor risco de complicações vasculares e infecciosas para a

referida paciente?

A) Veia subclávia direita.

B) Veia subclávia esquerda.

C) Veia jugular interna direita. D) Veia jugular externa esquerda.

E) Veia femoral direita ou esquerda.

39. Homem de 62 anos, diabético, apresenta-se com história clínica que se iniciou com claudicação, dor na

panturrilha direita, que evoluiu em meses para dor em repouso, caracterizado por desconforto acentuado no antepé, por vezes o acordando no período noturno, aliviando os sintomas quando pendura o membro

afetado para fora da cama. A arteriografia mostrou oclusões longas na artéria femoral superficial e ausência

de doença oclusiva na artéria ilíaca. Qual a conduta terapêutica mais indicada para este paciente?

A) Controle glicêmico e esquema de deambulação intenso.

B) Colocação de Endoprótese na região do vaso femoral afetado.

C) Realização de Angioplastia Transluminal Percutânea da artéria femoral. D) Cirurgia de Ponte femorodistal com enxerto venoso autógeno de safena.

E) Controle glicêmico e tratamento farmacológico com inibidor da fosfodiesterase III.

40. Neonato apresenta a genitália da foto abaixo, em que as gônadas não são palpáveis. Na segunda semana

de vida, evolui com hiponatremia, hipercalemia, acidose metabólica e hipovolemia. Segundo o Consenso de Chicago (2006), o tipo mais provável de anomalia de diferenciação sexual (ADS) que esta criança

possui é:

A) ADS – 46,XX.

B) ADS – 46,XY.

C) ADS ovotesticular.

D) hermafroditismo verdadeiro.

E) ADS – 46,XY- disgenesiagonadal parcial.

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41. Criança, sexo masculino, 2 anos de idade, outrora hígido, é trazido pelos pais para consulta médica com

história de aumento de volume abdominal há 2 semanas. Nega febre, alteração do hábito intestinal ou

urinário ou perda ponderal. Não possui antecedente de dor abdominal importante, infecção de trato urinário ou hematúria. Sua mãe relata apenas que, há 4 meses, o filho sofreu queda leve de própria altura

enquanto brincava com amigos da mesma idade. Ao exame físico: estado geral preservado, com massa

abdominal palpável e indolor em hipocôndrio esquerdo. Realizou tomografia computadorizada de abdome (figura abaixo). A hipótese diagnóstica mais provável para esta criança é:

A) Hidronefrose.

B) Neuroblastoma.

C) Tumor de Wilms.

D) Rabdomiossarcoma.

E) Laceração renal com extensão ao sistema coletor.

42. Paciente de 72 anos com perda de substância de pele de 3cm por 1,5 cm na pálpebra superior, sem a

possibilidade de se rodar um retalho cutâneo. Qual das alternativas preenche melhor a necessidade de tratamento visando a um bom resultado funcional e estético?

A) Enxerto de pele em malha.

B) Enxerto de pele parcial fino.

C) Enxerto de pele parcial médio.

D) Enxerto de pele parcial espesso. E) Enxerto de pele de espessura total.

43. Pacientes que permanecem por muito tempo de cama adquirem muito frequentemente úlcera de pressão como resultado de isquemia tecidual, devido à pressão prolongada que excede a pressão capilar de

32 mmHg. Qual seria a melhor opção cirúrgica para um paciente com úlcera de pressão estágio III, não

chegando à fáscia muscular, de 8 cm por 8cm em região sacral interessando toda a camada da pele?

A) Retalho músculo-cutâneo.

B) Retalho cutâneo a distância.

C) Retalho cutâneo da região. D) Enxerto de pele de espessura total.

E) Enxerto de pele de espessura parcial.

44. Considere que você foi chamado para avaliar um paciente numa UTI, portador de traqueostomia em decorrência de ventilação mecânica prolongada. O desmame ventilatório foi efetuado, e agora o médico

intensivista gostaria de seu parecer em relação ao fechamento da abertura traqueal. A sua tomada de

decisão em relação ao procedimento é:

A) fechar a abertura traqueal mediante pequeno retalho cervical. B) realizar sutura da pele para acelerar o processo de cicatrização.

C) orientar ao médico que o fechamento ocorre por segunda intenção entre 10 a 15 dias.

D) orientar ao médico que a abertura da traqueia ficará permanente, não há nada a executar.

E) orientar ao médico que o fechamento ocorre por segunda intenção entre 5 a 7 dias.

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45. Mulher de 42 de anos, fumante desde os 11 anos, com história de dor nos pés e na panturrilha D, ao

andar ou fazer atividade física, já foi submetida à amputação do 2o pododáctilo. Atualmente refere

inflamação e trombose de veias superficiais recorrentes e alterações de sensibilidade dos membros. Esses eventos provavelmente são explicados por:

A) reação autoimune a antígenos arteriais.

B) depósitos de colesterol na microvasculatura.

C) vasoconstricção periférica estimulada pelo cigarro.

D) doença arterioesclerótica degenerativa generalizada.

E) ocorrência de microêmbolos na vascularização periférica.

46. Paciente apresenta lesão neoplásica única hepática, compatível com carcinoma do tipo fibrolamelar que

acomete os segmentos II, III e IV. A operação proposta para este paciente, no sentido de proceder à ressecção

completa dessa lesão, segundo a terminologia adotada pela Associação Americana Hepato-Pancreato-Biliar, é:

A) hepatectomia central.

B) hemi-hepatectomia direita.

C) trissegmentectomia direita. D) trissegmentectomia esquerda.

E) hemi-hepatectomia esquerda.

47. Paciente com história de lesão escura de pele > 6 mm, de tons variados, que começou a crescer em extensão e apresentar elevação e prurido, teve como diagnóstico melanoma maligno. Qual a alternativa

que melhor relaciona a espessura da lesão ou metástase com a conduta recomendada nos primeiros 2

anos e com o risco de morte por melanoma?

A) < 0,75 mm sem evidência clínica de metástase; ressecção da lesão com margem de 1 cm, exame

dermatológico e linfonodos e Raios X de tórax a cada 6 meses; < 5%. B) De 1,5 a 4 mm sem evidência clínica de metástase; ressecção da lesão com margem de 2 cm; exame

dermatológico e linfonodos a cada 2 meses; Raios X de tórax e hepatograma e pesquisa de linfonodo

sentinela; 25 a 50%.

C) > 4 mm sem evidência clínica de metástase; ressecção da lesão com margem de 4 cm, exame dermatológico e linfonodos a cada 2 meses, Raios X de tórax e hepatograma a cada 6 meses; 55 a 70%.

D) > 4 mm sem evidência clínica de metástase; ressecção da lesão com margem de 2 cm, exame

dermatológico e linfonodos a cada 2 meses, Raios X de tórax e hepatograma a cada 6 meses, pesquisa

de linfonodo sentinela; 55 a 70%. E) < 0,75 mm sem evidência clínica de metástase; ressecção da lesão com margem de 2 cm, exame

dermatológico e linfonodos e Raios X de tórax a cada 6 meses; < 5%.

48. Quando se tem um paciente adulto com massa tumoral crescendo e sintomática em tecido mole no

membro inferior, persistindo por mais de 4 semanas, deve-se fazer uma biópsia e suspeitar de sarcoma.

De acordo com o quadro descrito e com a incidência/evolução dos Sarcomas, é correto afirmar que:

A) a maioria das metástases de sarcomas de membros inferiores ocorre no fígado. B) cinquenta por cento dos sarcomas de partes moles ocorrem nos membros superiores.

C) Doença de Von Recklinghausen, irradiação e linfedema são fatores predisponentes ao surgimento de

sarcomas.

D) punção por agulha fina é o método de escolha diagnóstico inicial de tumores superficiais menores do

que 3 cm. E) punção por agulha grossa é o método de escolha diagnóstico inicial de tumores superficiais menores

do que 3 cm.

49. Um paciente de 23 anos, portador de tumor de testículo de células germinativas, teve colhidas amostras

sanguíneas para análise de hCG, alfafetoproteína e DHL. Qual das seguintes afirmativas pode ser considerada

verdadeira em relação ao diagnóstico e monitoramento de pacientes com tumores testiculares?

A) Aumento dos níveis de hCG no pós-operatório implicam em doença residual.

B) No pós-operatório, há decréscimo mais rápido dos níveis de alfafetoproteína do que de beta hCg.

C) O melhor uso da DHL se relaciona à investigação de tumores com componente seminatoso e metastáticos.

D) Níveis elevados de alfafetoproteína são geralmente considerados diagnósticos de componente seminatoso de um tumor.

E) A melhor utilização clínica desses três marcadores está na confirmação diagnóstica em conjunto com

o anátomo-patológico.

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50. Dentre as iniciativas globais para a construção de sistemas de atenção à saúde mais seguros, a ANVISA

divulgou um manual que subsidia a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”. Com base nestas

medidas de segurança, é correto afirmar que:

A) a tricotomia sistemática do local cirúrgico foi capaz de reduzir o número de infecções cirúrgicas.

B) a informação do cirurgião acerca de suas taxas de infecção cirúrgica é medida eficaz na prevenção de

infecções. C) para prevenir erros e acidentes, a abordagem de pessoas garante mais segurança do que a abordagem

de sistemas.

D) a demarcação do sítio cirúrgico a ser operado com um X ou uma cruz confere ausência de

ambiguidade. E) o uso de propés diminui a dispersão de microorganismos do chão para o ar e influi na diminuição das

infecções cirúrgicas.