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Resistência à medicalização via Promoção da Saúde Ronice Franco de Sá GT Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável

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Resistência à medicalização via Promoção da Saúde

Ronice Franco de Sá

GT Promoção da Saúde e

Desenvolvimento Sustentável

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Núcleo Executivo GT PSDS

• Dais Gonçalves Rocha (UnB) – coordenadora

• Marco Akerman (USP)

• Ronice Franco de Sá (UFPE)

• Vanessa de Almeida Guerra (UFMG)

• Veruska Prado Alexandre (UFG)

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• GT PSDS: Composto por membros das 5 regiões do Brasil

• Missão: “articular, congregar, mobilizar e promover a incorporação dos princípios, pressupostos da Promoção da Saúde, na produção de conhecimento, nas práticas, nas políticas públicas e nos modos de fazer saúde no Brasil, além de disseminar e trocar experiências e conhecimentos nos níveis nacional e internacional”.

• Um dos pressupostos do GT é o reconhecimento das iniquidades regionais no acesso aos recursos financeiros dos editais de ciência, tecnologia e inovação. As regiões Norte, Centro Oeste (e Nordeste) têm menos programas de pós-graduação, grupos de pesquisa e pesquisadores com bolsa produtividade, conseqüentemente, mais barreiras para intercâmbios e para diminuir o gap entre os resultados das pesquisas e na influencia para políticas públicas.

• GT Aberto a novos integrantes

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Eixos de atuação do GT

• 1. Agenda Internacional 2. Mobilização Regional 3. InterGTs 4, Gestão e Produção de Conhecimento 5. Reorientação da Atenção 6. Formação e Educação Permanente 7. Marco Conceitual

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Parcerias com o MS até 2016

• Abril de 2013 a maio de 2014:o processo de múltiplos movimentos para a revisão da PNPS;

• 2014: “Position Paper da Agenda de Saúde em Todas as Políticas para as Américas”;

• De 2014 a 2016: conjuntamente com a União Internacional de Promoção da Saúde, o GT coordenou e realizou a 22ª Conferência Mundial de Promoção da Saúde e Educação com o tema “Promovendo Saúde e Equidade”, realizada em Curitiba. Tema de abertura: Austeridade na Saúde. Primeiros a trazer David Stuckler ao Brasil.

• A partir da parceria com o MS pudemos, também, organizar dois números temáticos da Revista Ciência em Saúde Coletiva que evidenciam alguns produtos no âmbito da produção e disseminação do conhecimento da área.

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Medicalização

Processo onde problemas não médicos são traduzidos e apropriados como problemas médicos por meio de diagnósticos e imposição de tratamento (CONRAD, 2007)

Muitas questões humanas como desvios de comportamentos, nascimento, menopausa, envelhecimento passaram a ser colocados na jurisdição médica.

Segundo Rose (2011) a medicalização e a farmaceuticalização beneficiam (?) algumas profissões. A atuação clínica dos psiquiatras é considerada como a mais beneficiada.

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Medicalização

• Antidepressivos, ansiolíticos, hipnóticos....

• Para compensar desconexão consigo mesmo, distanciamento da natureza, perda de direitos, desesperança, falta de segurança, solidão, perda do direito à cidade, dificuldades na mobilização urbana, alimentação industrializada e contaminada, impunidade crescente, aprisionamento nos apartamentos, falta de visão do horizonte (indicador de vista do céu), condicionamento ao uso de TVs, mídias sociais, perda do EU, pouca reflexão, pouca leitura, pouca bagagem intelectual, falta de alicerces (história), falta de silêncio...

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Valores e princípios na

PNPS

• Para combater a medicalização: valores e princípios – AMOR e FELICIDADE!

• Os valores e princípios configuram-se como expressão fundamental de todas as práticas e ações no campo de atuação da promoção da saúde.

• Valores propostos para a PNPS pelo GT (conclusão dos movimentos múltiplos): reconhece a subjetividade das pessoas e dos seus coletivos no processo de atenção e cuidado em defesa da saúde e da vida. Assim, considera como importante para sua concretização a amorosidade, a solidariedade, a felicidade, a criatividade, a reflexividade, o sentido de pertencimento, a ética, o respeito às diversidades, a humanização, a corresponsabilidade com justiça e inclusão social.

• A PNPS deve adotar os seguintes princípios:

• equidade, participação social, autonomia, empoderamento, intersetorialidade, intrassetorialidade, sustentabilidade, integralidade e territorialidade.

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Eixos transversais

Equidade

Participação social

Autonomia

Empoderamento

Inter e intrasetorialidade

Integralidade

Territoriadade

Ética Solidaridade

Felicidade

Humanization

Corresponsabilidade

Creatividade

Reflexividade

Diretrizes

Formação prof. e educação permanente Alimentação saudável e adequada

Práticas corporais e atividades físicas

Enfrentamento ao uso do tabaco e derivados Enfrentamento uso de álcool e outras drogas

Cultura da paz

Desenvolvimento sustentável DSS, Equidade, Respeito pelas diversidades

Desenvolvimento sustentável

Redes prod. Soc. Saúde e cuidado Meio ambiente e territórios saudáveis Vida no trabalho Cultura de paz

Justiça Social Semente: objetivos

Esquema vivo para uma PNPS atual

R E S P O N S A B I L IDADES

Trânsito seguro e saudável

Pertencimento

Inclusão social

Amorosidade

CONTEXTO

Respeito às diversidades

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• 2017: Oficinas Regionais para advocacy da promoção da saúde e defesa do SUS nos instrumentos estratégicos de planejamento e o direito à cidade no novo ciclo de gestão dos municípios.

• Ação oriunda das oportunidades temporais e políticas que representam as seguintes agendas: ODS 2030, Planos Diretores e Planos Metropolitanos (Lei Federal 2015: Estatuto da Metrópole), Planos Plurianuais e de Saúde em processo de pactuação até o final de 2017.

• o GT, em janeiro de 2017, iniciou diálogo com a Frente Nacional de Prefeitos para inserção na programação do IV Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

• Diálogo com representantes do PNUD visando uma agenda comum de trabalho na perspectiva de ampliar o diálogo da saúde com implantação da Agenda 2030 e dos ODS nas regiões metropolitanas brasileiras.

• Preparando “Legado para a Nova Geração da Promoção da Saúde no Brasil”.

• Seminário Internacional Núcleo de Saberes e Competências em Promoção da Saúde - Brasília – novembro 2017

• Número temático “Democracia e Saúde” na Health Promotion International

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ODS e PS

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Promoção da saúde e cuidado

• De acordo com Carvalho, Cohen e Akerman (2017) a Promoção da Saúde (PS) é uma importante forma de produzir saúde que não pode prescindir da prevenção de doenças e que, para tanto, precisa também se incluir nas ações cotidianas dos serviços de saúde e no espaço da micropolítica da vida.

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Competências da PS

• Favorecimento de Mudanças

• Advocacy em saúde e Liderança

• Parcerias

• Comunicação

• Diagnóstico das necessidades, planejamento e implementação

• Avaliação

• Produção do Cuidado:

• Favorecendo, incentivando e implementando as PICS nos 3 níveis de atenção;

• Compondo, discutindo e incorporando no modelo biomédico de atenção à saúde hegemônico as Medicinas Tradicionais, Alternativas e Complementares.