22
 CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS  PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br  1 de 22 Olá, meus amigos. Como estão?! É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, para disponibilizar para vocês a Resolução 750/93 Esquematizada e Comentada. E o que é isso? Simplesmente, a norma mais importante para o estudo da Contabilidade. A base, o pilar da disciplina! Trata a referida Resolução dos princípios da contabilidade. Explicamos clara e diretamente todos os pontos da norma, para que você compreenda o assunto e, o mais importante, ganhe pontos preciosos na sua prova. Desde concursos mais básicos até os mais difíceis, como os da área fiscal, por exemplo, abordam o tema. Se quiser aprender contabilidade para concursos sigam nossas redes sociais: Temos um grupo de estudos no Facebook chamado Contabilidade para Concursos  Grupo de Estudos, em que debatemos pontos importantíssimos da matéria, tiramos dúvidas, postamos links e dicas úteis, entre outros. Além disso, temos um Instagram exclusivo para postar coisas da Contabilidade. O endereço é @contabilidadefacilitada. E, como não poderia deixar de ser, com uma frequência muito grande, fazemos Periscopes, que são aulas gratuitas para que vocês possam entender a disciplina. É baixar o aplicativo e seguir @gabrielrabelo87 e @proflucianorosa É isso! Vamos à norma de hoje! Esperamos que gostem! Um abraço. Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo. Professores de Contabilidade  Estratégia Concursos PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE: RES. 750/93 - ESQUEMATIZADA E COMENTADA

Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 1/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, para

disponibilizar para vocês a Resolução 750/93 –  Esquematizada eComentada.

E o que é isso? Simplesmente, a norma mais importante para o estudo daContabilidade. A base, o pilar da disciplina! Trata a referida Resolução dosprincípios da contabilidade.

Explicamos clara e diretamente todos os pontos da norma, para quevocê compreenda o assunto e, o mais importante, ganhe pontospreciosos na sua prova. Desde concursos mais básicos até os mais difíceis,como os da área fiscal, por exemplo, abordam o tema.

Se quiser aprender contabilidade para concursos sigam nossas redessociais:

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE: RES. 750/93 - ESQUEMATIZADA ECOMENTADA

Page 2: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 2/22

d d b k h d bilid d

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

R ESOLUÇÃO N

750/93  DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

(ATUALIZADA)

Os itens da Resolução estão nas caixas destacadas em azul claro.

1.1  CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 

Art. 1º  Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por estaResolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercícioda profissão  e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras deContabilidade (NBC).

Antes os princípios eram chamados de princípios fundamentais dacontabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como princípios decontabilidade.

Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observarsempre a aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercícioda profissão.

l d d l b ã d l d b l d d

Page 3: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 3/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

1.2  CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas eteorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimentopredominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto éo patrimônio das entidades.  (Redação dada pela Resolução CFC nº.1.282/10)

A importância deste artigo está em enaltecer a importânciados princípios de contabilidade, sendo a essência dasdoutrinas e teorias das ciências contábeis. Reconhece, ainda,

o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade. 

Continuemos...

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.1.282/10)

1) da Entidade;2) o da Continuidade;

Page 4: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 4/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ouinstituição.

Parágrafo único –  O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não éverdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos nãoresulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Com base no artigo 4º, os principais pontos sobre o princípio da entidade são:

Princípio da entidadeReconhece o patrimônio como objeto da contabilidadeAfirma a autonomia patrimonialDiferencia o patrimônio particular do patrimônio da sociedade

Patrimônio pertence à entidade. Entidade não pertence ao patrimônioSoma ou agregação de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,mas unidade de natureza econômico contábil

Quando A e B celebram contrato para constituir a sociedadeCelta LTDA e entregam para esta entidade cada um omontante de R$ 100.000,00, não poderão, a seu bel prazer

Page 5: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 5/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimôniosautônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de naturezaeconômico-contábil”.  Imagine-se que uma pessoa jurídica possui umestabelecimento empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro.Ora, este carro pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro,de modo que pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta,etc, sem que se altere a natureza da empresa. Assim, concluímos que opatrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimôniosautônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de naturezaeconômico-contábil. Por exemplo. Em alguns casos, a legislação manda quesejam elaboradas demonstrações consolidadas entre determinadas entidades,como empresas controladas ou coligadas com influência significativa, nos termosdo CPC 36. Grosso modo, a consolidação das demonstrações contábeis é a união

de demonstrações contábeis de entidade distintas numa só demonstração. Nestahipótese não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade denatureza econômico-contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelasdemonstrações consolidadas.

Page 6: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 6/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

3  SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará emoperação no futuro  e, portanto, a mensuração e a apresentação doscomponentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dadapela Resolução CFC nº. 1.282/10)

A empresa deve ser avaliada e escriturada na suposiçãode que a entidade não será extinta, está emfuncionamento contínuo.

Princípio da Continuidade

Page 7: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 7/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim, vão tomar as providênciasnecessárias para receber a dívida).

4  SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 

Art. 6º  O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração eapresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegrase tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e nadivulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidadeda informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

A informação contábil necessita ser tempestiva e

íntegra  (essas são as duas palavras chaves). Atempestividade ajuda de modo consistente na produçãode informação para a tomada de decisões acertadas.Quanto mais tempestiva (rápida) uma informação,mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápidaprodução de uma informação contábil pode estar

desprovida de elementos que provem sua integridade e confiabilidade, e vice-

Page 8: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 8/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintose combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serempagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos quesão entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registradospelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, emalgumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, osquais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;e

Atentem-se! O custo histórico (inicial) pode ser tanto o valor pago ou aser pago, como também o valor justo (valor de mercado) dos recursosque são entregues. Depende de como será registrado o item.

Custo histórico

AtivoValor pagoValor a ser pagoValor justo ("valor de mercado")

PassivoValor recebido em troca da obrigaçãoValor necessário para liquidar o passivo

Page 9: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 9/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

II –  Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, oscomponentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaçõesdecorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativosequivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstraçõescontábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar aobrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

Custo correnteAtivo Valor a ser pago na data das demonstrações

Passivo Valor para liquidar a obrigação na data das demonstraçõesO que vem a ser o custo corrente? Vejamos.

Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois,devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor.Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor justo”. Então agora

Page 10: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 10/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,

mediante compra no mercado;

O que isso tem a ver com o custo corrente?

Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores emcaixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ouativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações

contábeis.

Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que aempresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la.

Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podemgerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda.

No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas nafabricação de produtos acabados.

Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar paracomprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos

h d (d bit “d d t lt d ”

Page 11: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 11/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valorde custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dosnegócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos

estimados necessários para se concretizar a venda.Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, comdespesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, deR$ 85,00.

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do

fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item nocurso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valorpresente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se esperaseja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações daEntidade;

Em lição comezinha, valor presente, como o próprio nome sugere, é quanto vale

Page 12: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 12/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivoliquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação semfavorecimentos; e

Valor justoAtivo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos

Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos

Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entrepartes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, comausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou quecaracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra “trocado”.Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ativo xdinheiro, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai

corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procuraalguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham umnegócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

Page 13: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 13/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

(CESPE/Analista/STJ/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista,mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os

custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidasmercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de vendaunitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessáriopara a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação semfavorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercadopelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item,considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC).

1) Em 31/7/2015, o valor justo de cada unidade da mercadoria adquirida era R$11,00.

2) Em 31/7/2015, o custo corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$

Page 14: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 14/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I –  a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, nãorepresenta unidade constante em termos do poder aquisitivo;II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transaçõesoriginais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fimde que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes

patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; eIII – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente oajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicaçãode indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poderaquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pelaResolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do queprescrevia a Resolução 750/93 antes do CFC 1.282/10. O que houve foi amudança de posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio doRegistro pelo Valor Original.

(CESPE/Analista/MPU/2015) Nos casos em que são aplicados indexadoresem contas de ativo com a intenção de representar a variação do poder aquisitivo

Page 15: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 15/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

6  SEÇÃO VI  -  O  PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA,  R EGIME DE COMPETÊNCIA X 

R EGIME DE CAIXA 

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações eoutros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,independentemente do recebimento ou pagamento.

Pessoal, uma entidade com fins lucrativos, para sobreviver, basicamente,precisa gerar receitas. E, para que haja prosperidade, essas receitas precisam

Page 16: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 16/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Comentários: O item está incorreto, haja vista que versa sobre o princípio dacompetência.

A Lei 6.404/76 é clara ao exigir que as demonstrações contábeis sejamelaboradas conforme o regime de competência. Senão vejamos.

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípiosde contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérioscontábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo oregime de competência.

O regime a ser utilizado na contabilidade é o de competência. Assim, setemos uma conta de luz que vence em janeiro de 2010, referente a janeiro de2010, devemos lançar este valor como despesa em janeiro de 2010, mesmo seo pagamento se der, por exemplo, só em março de 2010.

Se anteciparmos o pagamento de um empregado em junho de 2011, por umserviço que ele prestará somente em março de 2012, a despesa com salário sóserá lançada em março de 2012, pois é nesse período que houve a efetivadespesa. Funciona, resumidamente, deste modo:

Page 17: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 17/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Regime de caixa: é o regime contábil que apropria as receitas e despesas noperíodo de seu recebimento ou pagamento, respectivamente,independentemente do momento em que são realizadas.

Assim, para o regime de caixa, se o salário foi pago em dezembro, é neste mêsque devemos considerar a despesa como incorrida. Se uma venda teve seurecebimento em janeiro, independentemente se a entrega das mercadorias for a

 posteriori, reconheceremos a receita em janeiro! E assim por diante.

Continuemos o estudo da Resolução 750/93:

Art. 9º. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe asimultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10). 

Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega,devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas quecorrespondam a essa venda.

Atenção:  O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, quecontabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenasempresas podem se utilizar do regime de caixa.

Page 18: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 18/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

O imposto é calculado sobre a receita recebida. O regime de competênciadeveria ser a regra. Mas, se não der para usar o método contábil, usa o que épossível, que é o livro caixa.

7  SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor paraos componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que seapresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutaçõespatrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é o seguinte: quando seapresentem alternativas válidas para quantificaçãodas mutações patrimoniais que alterem o PL,escolhe-se o menor valor para o ativo, e maior

valor para o passivo. Assim, se é possível que aconta clientes fique avaliada pelo total de vendas,

no montante de R$ 100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5%desses valores não serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, emhomenagem ao princípio da prudência.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau

Page 19: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 19/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

8  PRINCIPAIS ASPECTOS DA R ESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC 

1 –  Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominadosprincípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios decontabilidade.2 –  Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade,continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e

prudência.3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valororiginal.

9  R ESUMO DOS PONTOS ABORDADOS

Princípio da entidade.

Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA eentregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, nãopoderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso denecessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e afigura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida comoprincípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na

Page 20: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 20/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidadebasicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços desaída.

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houverdescontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vaificar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irãose habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias

para receber a dívida).

Princípio da oportunidade.

A informação contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duaspalavras chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção deinformação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva

(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápidaprodução de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos queprovem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa.

Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida àrealização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmentena imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi

Page 21: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 21/22

 

CONTABILIDADE FACILITADA PARA CONCURSOS – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Ativo Valor obtido em uma venda de forma ordenadaPassivo Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio

Valor justoAtivo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos

Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos

Princípio da competência.

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outroseventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,independentemente do recebimento ou pagamento.

Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês

de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011.Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá aque mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, emdezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro,independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas.

Princípio da prudência.

Page 22: Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

7/26/2019 Resolução 750 Princípios de Contabilidade1

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-750-principios-de-contabilidade1 22/22

 

CONTABILIDADEFACILITADA PARA CONCURSOS– PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (R ES. CFC 750/93) 

GABRIEL R ABELO/LUCIANO R OSA/JULIO CARDOZO 

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br  22 de 22 

10  MAPA MENTAL