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RESOLUÇÃO CEE PLENO N. 02, DE 6 DE JULHO DE 2006. Vide Resolução CEE Pleno n° 12, de 20 de dezembro de 2013. Estabelece normas para o Sistema Estadual de Educação Superior do Estado de Goiás. 0 CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições, tendo em vista o Art. 160, da Constituição do Estado de Goiás, a Lei Federal N. 9394, de 26 dezembro de 1996, a Lei Complementar Estadual N° 26, de 28 de dezembro de 1998, a legislação nacional complementar aplicável e o Parecer CEE/CES N. 222/2006, que a fundamenta, RESOLVE: DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. I o A Educação Superior do Sistema Estadual de Educação, em consonância com a legislação federal e estadual, rege-se pelos dispositivos legais contidos nesta Resolução. Art. 2° A Educação Superior ministrada nas instituições públicas pertencentes ao Sistema Estadual de Educação do Estado de Goiás tem por finalidade: I - dar continuidade ao processo de formação que educa para o exercício pleno da cidadania iniciada na educação básica, cumprindo o seu compromisso social, valorizando a gestão democrática, a organização colegiada e a integração com a comunidade; II - contribuir para o desenvolvimento do Estado de Goiás, detectando as potencialidades econômicas e culturais regionais, visando à formação pessoal e profissional do cidadão, ao desenvolvimento de cultura, de ciência e tecnologia, ao desenvolvimento sustentável de cada micro-região, ao processo de inclusão social, ao respeito à diversidade cultural e à preservação do meio- ambiente, em especial modo, do bioma cerrado. Art. 3o No que diz respeito à organização acadêmica, a Educação Superior abrange os cursos e os programas a serem desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) assim classificadas: I - universidades; II - centros universitários; III - faculdades. Art. 4o São direitos comuns a todas as IES do Sistema Estadual de Educação, em consonância com esta Resolução e com a legislação que rege a matéria: I - elaborar seus estatutos, regimentos e demais normas, com instâncias decisórias colegiadas; II - exercer o poder disciplinar, garantindo-se o direito ao contraditório e à ampla defesa; III - elaborar as Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como estabelecer a política e o planejamento das ações indissociáveis de ensino, pesquisa e extensão, de acordo com as diretrizes curriculares; IV - estabelecer o Calendário Acadêmico e as normas de seleção, admissão e transferência;

RESOLUÇÃO CEE PLENO N. 02, DE 6 DE JULHO DE 2006. … · do pessoal administrativo e plano de cargos e salários, procedimentos de atendimento aos alunos; g) infra-estrutura física

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RESOLUÇÃO CEE PLENO N. 02, DE 6 DE JULHO DE 2006.Vide Resolução CEE Pleno n° 12, de 20 de dezembro de 2013.

Estabelece normas para o Sistema Estadual de Educação Superior do Estado de Goiás.

0 CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições, tendo em vista o Art. 160, da Constituição do Estado de Goiás, a Lei Federal N. 9394, de 26 dezembro de 1996, a Lei Complementar Estadual N° 26, de 28 de dezembro de 1998, a legislação nacional complementar aplicável e o Parecer CEE/CES N. 222/2006, que a fundamenta,

R E S O L V E :

DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. Io A Educação Superior do Sistema Estadual de Educação, em consonância com a legislação federal e estadual, rege-se pelos dispositivos legais contidos nesta Resolução.

Art. 2° A Educação Superior ministrada nas instituições públicas pertencentes ao Sistema Estadual de Educação do Estado de Goiás tem por finalidade:

I - dar continuidade ao processo de formação que educa para o exercício pleno da cidadania iniciada na educação básica, cumprindo o seu compromisso social, valorizando a gestão democrática, a organização colegiada e a integração com a comunidade;

II - contribuir para o desenvolvimento do Estado de Goiás, detectando as potencialidades econômicas e culturais regionais, visando à formação pessoal e profissional do cidadão, ao desenvolvimento de cultura, de ciência e tecnologia, ao desenvolvimento sustentável de cada micro-região, ao processo de inclusão social, ao respeito à diversidade cultural e à preservação do meio- ambiente, em especial modo, do bioma cerrado.

Art. 3o No que diz respeito à organização acadêmica, a Educação Superior abrange os cursos e os programas a serem desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) assim classificadas:

I - universidades;II - centros universitários;III - faculdades.Art. 4o São direitos comuns a todas as IES do Sistema Estadual de

Educação, em consonância com esta Resolução e com a legislação que rege a matéria:

I - elaborar seus estatutos, regimentos e demais normas, com instâncias decisórias colegiadas;

II - exercer o poder disciplinar, garantindo-se o direito ao contraditório e à ampla defesa;

III - elaborar as Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como estabelecer a política e o planejamento das ações indissociáveis de ensino, pesquisa e extensão, de acordo com as diretrizes curriculares;

IV - estabelecer o Calendário Acadêmico e as normas de seleção, admissão e transferência;

V - conferir graus, diplomas, certificados e outros títulos acadêmicos, na forma da lei.

Art. 5° Toda Instituição de Educação Superior (IES) deve:I - elaborar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que se

constitui em termo de compromisso com o Poder Público, contendo:a) identidade da Instituição: missão, objetivos, metas e histórico de

implantação e desenvolvimento da instituição;b) Projeto Pedagógico da Instituição (PPI), explicitando as linhas de

ação metodológica para a formação da pessoa humana, do cidadão, do profissional comprometido com o desenvolvimento humano, social e econômico; os campos de saber em que a instituição pretende atuar de acordo com as potencialidades regionais e as demandas do mundo do trabalho; as condições de infra-estrutura, recursos humanos e materiais de que dispõe e de que precisa; o processo de aprendizagem com a presença curricular das políticas indissociáveis de ensino, pesquisa e extensão; as formas de administração colegiada dos Conselhos com participação da administração superior, dos docentes, dos funcionários administrativos, da representação estudantil e da comunidade externa; o sistema de avaliação institucional (interna e externa) que envolva docentes, discentes, pessoal administrativo e comunidade externa, de acordo com as normas que regem a matéria;

c) Projeto Pedagógico de cada curso (PPC) com sua organização didático-pedagógica, detalhando o objetivo do curso, a metodologia, a matriz curricular e seus componentes, o regimento acadêmico, as perspectivas de desenvolvimento, a previsão de vagas, turmas e turnos, o número de alunos por turma, os estágios e as atividades práticas, os locais de funcionamento, as inovações significativas na flexibilização dos componentes curriculares, as modalidades de integralização do curso, o desenvolvimento de materiais pedagógicos e a incorporação de avanços tecnológicos, a situação e a previsão de expansão da infra-estrutura física, laboratorial e de acervo bibliográfico, do corpo docente, o sistema de avaliação discente e demais requisitos legais;

d) Plano Estratégico de Gestão (PEG) com fluxograma e cronograma das ações a serem realizadas e dos órgãos envolvidos, a curto, médio e longo prazo;

e) perfil do corpo docente com porcentagens de doutores, mestres, especialistas e graduados, indicando requisitos de titulação, experiência no magistério superior, experiência profissional não acadêmica, exigência da declaração de disponibilidade de cada docente, critérios de seleção e contratação, plano de carreira, plano de cargos e salários, regime de trabalho, procedimentos de substituição de professores e programas de qualificação docente;

f) organização administrativa da Instituição, indicando formas de participação dos docentes, alunos e funcionários nos órgãos colegiados, plano de carreira administrativo, regime de trabalho do pessoal administrativo e plano de cargos e salários, procedimentos de atendimento aos alunos;

g) infra-estrutura física e instalações acadêmicas, especificando a biblioteca: acervo dos livros, periódicos, assinatura de revistas e jornais, obras clássicas, dicionários e enciclopédias, formas de atualização do acervo e de sua expansão em correlação direta com a bibliografia indicada no ementário dos cursos e programas previstos, DVD, CD, CD-ROMS, assinaturas eletrônicas, espaço

físico para estudos e consulta, horário de funcionamento, modalidade de empréstimo, serviços oferecidos e pessoal técnico- administrativo disponibilizado; os laboratórios: instalações e equipamentos existentes, programação das aquisições de equipamento, mobiliário de acordo com as necessidades dos cursos e programas, recursos de informática disponíveis, correlação equipamento/aluno, descrição das inovações tecnológicas consideradas significativas; as salas de aula; as salas de professores e de convivência; as demais dependências; o atendimento às pessoas com necessidades educacionais especiais, no que diz respeito a aceitação, acessibilidade aos espaços, mobiliários, equipamentos, transporte e meios didáticos e pedagógicos disponibilizados;

h) educação a distância: modalidades de oferta, abrangência e pólos de apoio presencial;

i) proposta de cursos de especialização, se houver;j) Programas de pós-graduação stricto sensu com projetos

pedagógicos, se houver;k) demonstrativo da capacidade e sustentatibiiidade financeira da

instituição e de seus cursos e programas.II - garantir a liberdade acadêmica, exercida com competência e

responsabilidade;III - instalar a ouvidoria, composta por membros eleitos pelos

segmentos da comunidade institucional, para manter diálogo permanente e direto com a comunidade interna e externa;

IV - incentivar programas e projetos de inclusão social, com ações afirmativas, de acordo com a legislação em vigor;

V - constituir o Conselho Social, representativo da comunidade externa, com caráter consultivo, para interação entre instituição e sociedade.

Art. 6o O credenciamento e o recredenciamento de qualquer instituição de ensino superior (IES) do Sistema Estadual de Educação do Estado de Goiás, bem como a autorização de funcionamento e o reconhecimento de cursos são concedidos pelo Conselho Estadual de Educação por prazo determinado, mediante processo de avaliação.

Art. 7o As IES devem contemplar, em seus estatutos e regulamentos, o princípio da gestão democrática, com representatividade nos órgãos colegiados deliberativos dos segmentos da comunidade interna (docente, discente e administrativa) e de representantes da comunidade externa.

Art. 8o Setenta por cento dos assentos dos órgãos colegiados são obrigatoriamente reservados ao corpo docente.

Art. 9o O período letivo na educação superior será no mínimo de:I - cem dias, se o regime for semestral;II - duzentos dias, se for anual.Art. 10. As instituições, antes do início do período letivo e da

matrícula, devem disponibilizar ao público as informações necessárias para o conhecimento da natureza e dos serviços por elas oferecidos, publicando e mantendo atualizados, mediante página eletrônica, dados fundamentais acerca de sua legalidade e das condições de oferta de cada curso, contendo as seguintes informações:

I - credenciamento da instituição, citando o ato legal e o período devalidade;

II - relação dos dirigentes da instituição e coordenadores de curso;III - autorização e/ou reconhecimento de cada curso, citando o ato

legal e a validade;IV - editais de convocação de seleção discente;

V - programa pedagógico de cada curso, com matriz curricular, organização curricular com os componentes curriculares por período, com local

e turno de oferta, requisitos, vagas, duração do curso, docentes que nele lecionam, com a respectiva titulação, área de conhecimento e regime de trabalho;

VI - descrição da estrutura física da biblioteca, do acervo de livros e periódicos por área de conhecimento, dos recursos didáticos, tecnológicos, laboratoriais, do serviço de empréstimo, da infra-estrutura de informática à disposição dos cursos e do acesso à internet;

VII - descrição dos laboratórios e equipamentos instalados, por área de conhecimento;

VIII - resultados obtidos nas avaliações externas do curso;IX - valor atualizado das taxas e demais encargos financeiros a

serem assumidos pelos alunos e formas de reajuste.Art. 11. O credenciamento da instituição que oferece curso a

distância (EAD), a autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de tais cursos e dos cursos de pós-graduação stricto sensu, bem como dos respectivos processos avaliativos, são determinados pela legislação superior que rege a matéria.

TÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

CAPÍTULO I DA UNIVERSIDADE

Art. 12. Universidade é instituição pluridisciplinar de formação continuada de nível superior, de produção científica e/ou tecnológica, de domínio, cultivo e socialização do saber humano, abrangendo diferentes campos de saber.

§ Io A universidade caracteriza-se por:I - presença de número mínimo de cursos de graduação e/ou de pós-

graduação stricto sensu reconhecidos, de acordo com a legislação superior que rege a matéria;

II - indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão;III - produção intelectual;IV - corpo docente com titulação acadêmica de mestrado ou

doutorado, na proporção determinada pela legislação superior;V - corpo docente em regime de tempo integral, majoritariamente

mestres ou doutores, na proporção determinada pela legislação superior;VI - existência de programas institucionais de pesquisa e de

extensão, que, junto com o ensino, integrem o sistema de aprendizagem curricular.§ 2o O regime de trabalho docente poderá ser em tempo parcial ou

em tempo integral ou em dedicação exclusiva.§ 3o O regime de tempo integral compreende a prestação de

quarenta horas semanais de trabalho na mesma instituição, nele reservado o tempo de no mínimo 12 (doze) e no máximo 20 (vinte) horas semanais para aulas, sendo o restante do tempo dedicado a estudos, pesquisa, trabalho de extensão, orientação de alunos, planejamento, avaliação e/ou gestão acadêmico-pedagógica.

§ 4o O regime de dedicação exclusiva, podendo ser concedido pela IES mediante apresentação de projetos especiais, compreende a prestação de quarenta horas semanais de trabalho na mesma instituição, vedados outros vínculos empregatícios.

§ 5o É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber, que devem oferecer o número mínimo de cursos de graduação ou de pós- graduação stricto sensu reconhecidos, de acordo com a legislação superior que rege a matéria.

§ 6o As universidades podem organizar-se na forma de muiticampi, ou formas equivalentes, desde que:

I - seja comprovada a relevância e a pertinência social do campus na região, mediante levantamento sócio-econômico;

II - seus campi, situados fora do município da sede da universidade e especificados no ato que os cria, apresentem funcionamento regular e condições de qualidade comparáveis às da sede no que diz respeito à estrutura física, ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, ao atendimento administrativo e à titulação e ao regime de trabalho do corpo docente;

III - os campi tenham sido previamente autorizados pelo Conselho Estadual de Educação.

§ 7o A universidade pertencente ao Sistema Estadual de Ensino Superior, de acordo com a legislação superior que rege a matéria, goza de autonomia didático-científica, que lhe é assegurada pela autonomia administrativa e pela autonomia de gestão financeira e patrimonial, explicitada em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI):

I - a autonomia didático-científica dá à universidade o direito de definir o projeto acadêmico, científico e de desenvolvimento da instituição e de cada curso, de criar, organizar e extinguir cursos e programas na sede e nos campi autorizados, bem como de fixar número de vagas;

II - a autonomia administrativa dá à universidade o direito de elaborar seus estatutos, regimentos e demais normas, de escolher os dirigentes, de aprovar as formas colegiadas de gestão acadêmica, os regulamentos de carreira para docentes e funcionários administrativos e de gerir os recursos materiais;

III - a autonomia de gestão financeira e patrimonial dá à universidade o direito de gerir os recursos patrimoniais, orçamentários e financeiros gerados ou recebidos, de acordo com a legislação pertinente.

§ 8° Os diplomas expedidos por universidades ou centros serão por elas próprias registradas e os conferidos por faculdade serão registrados em instituições indicadas pelo CEE.

§ 9o Os diplomas de graduação expedidos por instituições de ensino superior estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso reconhecido do mesmo nível, na mesma área ou em área equivalente.

§ 10. Os diplomas de pós-graduação stricto sensu expedidos por instituições de ensino superior estrangeiras serão revalidados por universidades que possuam curso reconhecido do mesmo nível ou superior, na mesma área ou em área equivalente.

CAPÍTULO IIDO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Art. 13. Os Centros Universitários são instituições de educação superior de excelência, com direção unitária, contemplam estrutura pluridisciplinar, com PDI, propostas curriculares em mais de um campo de saber e com as seguintes características:

I - estrutura pluridisciplinar, com oferta de um número mínimo de cursos de graduação em diferentes campos de saber, todos reconhecidos, de acordo com a legislação superior que rege a matéria;

II - corpo docente com a titulação exigida pela legislação superior;III - corpo docente em regime de tempo integral, majoritariamente

entre mestres e doutores, na proporção determinada pela legislação superior;IV - presença de programa de extensão institucional que, junto com

o ensino, integre a aprendizagem curricular.§ 1° Os Centros atuam-somente rve-murvieípio ondo se localiza-a sua

sede, Cf em conformidade com o seu.P9I; -g0zafn -de -aütenefnia para criar-cursoscongêneres aos cursos de graduação reconhecidos c para.fixar-o-nú-mcro de vagasem seus cursos,—do acordo com—a—necessidade da—região -e a—capacidade

§ I o Os Centros Universitários gozam de autonomia científico- pedagógica, administrativa e de gestão financeira e atuam prioritariamente no município onde se localiza a sua sede, podendo implantar campus e/ou cursos fora da sede, com prévia autorização do Conselho Estadual de Educação.

§ 2° A excelência no ensino em todos os cursos oferecidos pela Instituição que se pretende transformar em Centro deve ser previamente comprovada pela Comissão de Especialistas, mediante avaliação interna e externa, efetuadas de forma sistemática, no que diz respeito ao PDI, à titulação do corpo docente, ao Plano de Carreira e de Capacitação para docentes e funcionários administrativos, à qualidade dos programas acadêmicos, dos projetos pedagógico^ e metodológicos, das condições de trabalho, da infra-estrutura física, laboratorial e tecnológica, bem como ao acervo bibliográfico de cada curso.

§ 3o As universidades e os centros universitários somente serão criados a partir de faculdades já credenciadas que, historicamente, tenham comprovado funcionamento regular, apresentando bom desempenho nas avaliações institucionais, internas e externas.

CAPÍTULO III DA FACULDADE

Art. 14. Faculdades são instituições de educação superior, isoladas ou integradas, que têm como objetivo fundamental a formação pessoal e profissional, apresentando comprovada qualidade em seus projetos pedagógicos, nas instalações, nos equipamentos e nos acervos bibliográficos.

§ 1° É recomendada, apesar de não obrigatória, a presença de programas de pesquisa e extensão curricular que, junto com o ensino, integram o sistema de aprendizagem.

§ 2o 0 corpo docente em exercício deve incluir mestres ou doutores, na proporção exigida pela legislação federal.

§ 3o Para o funcionamento da faculdade, são necessários a prévia autorização do poder executivo e o prévio credenciamento da instituição pelo CEE.

§ 4o Toda Instituição de educação superior será credenciada originalmente como faculdade e terá de, no mesmo ato, solicitar a autorização de pelo menos um curso.

TITULO III DA AVALIAÇÃO

Art. 15. Avaliação é o processo educativo, de diagnóstico, análise e aperfeiçoamento das Instituições de Educação Superior (IES), que permite aferir se a identidade e a missão da instituição, declaradas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), realizam-se com eficiência e eficácia no aprendizado do aluno, no desenvolvimento dos projetos acadêmicos e didático- pedagógicos, nas metodologias propostas, na infra-estrutura ofertada, nos programas de ensino, pesquisa e extensão executados, na ação pedagógica do corpo docente, nos processos de capacitação, bem como na resposta às demandas sociais e culturais da região em que a instituição se insere.

§ Io A avaliação é um processo sistêmico, participativo e global: sistêmico, por ser interativo, contínuo e permanente; participativo, por ser executado pela comunidade interna e externa; global, por abranger as condições de oferta de todos os programas, cursos e atividades da instituição.

§ 2o A avaliação é efetuada:a) pela comunidade institucional (direção, professores, alunos,

funcionários administrativos, comunidade local) sob a supervisão de Comissão Própria de Avaliação (CPA);

b) pelo Conselho Estadual de Educação, que pode indicar comissões ad hoc;

c) pelo Ministério da Educação, se prevista em convênios entre Conselhos de Educação e MEC e de acordo com legislação que rege o regime de cooperação entre sistemas educacionais.

§ 3o A Comissão Própria de Avaliação (CPA) é órgão composto por membros da comunidade interna e externa da IES, nomeados pelo dirigente máximo da instituição, mas independente dos Conselhos Superiores da Instituição, que supervisiona todo o processo da Avaliação Institucional, em estreita relação com o CEE.

Art. 16. A avaliação tem como objeto:I - na administração geral: a legalidade e a eficiência da

mantenedora, dos órgãos de direção, dos órgãos colegiados, dos órgãos de apoio; <II - no regime acadêmico: a legalidade e a eficiência na elaboração e

execução dos currículos dos cursos, de acordo com as diretrizes curriculares, adequadas à realidade local, regional e nacional;

III - na infra-estrutura física e de recursos humanos e materiais: as condições das instalações, dos equipamentos, dos laboratórios, dos acervos bibliográficos, dos processos de informatização, da titulação e do regime de trabalho do corpo docente, dos programas de capacitação e demais fatores exigidos pela legislação;

IV - na integração sócio-econômica: a relevância da instituição na comunidade local e regional por meio de seus programas de ensino, pesquisa e extensão;

V - na produção cultural, científica e tecnológica: a pesquisa e a extensão e sua relevância, de acordo com a disponibilidade de docentes e técnicos qualificados e conforme seus regimes de trabalho.

§ 1° Toda avaliação tem necessariamente de considerar a auto- avaliação institucional (ou avaliação interna), realizada pela instituição, com a participação de todos os segmentos (administração superior, professores, funcionários administrativos e alunos) e a avaliação externa, realizada pelas comissões de especialistas do CEE.

§ 2° O CEE, ao término do processo, emitirá conceito de avaliação por escala de cinco níveis.

§ 3° A obtenção de conceitos insatisfatórios indica a existência e a identificação de deficiências ou irregularidades e implica, necessariamente, a assinatura de Protocolo de Compromisso contendo:

a) o diagnóstico das condições insatisfatórias da IES;b) os encaminhamentos, os processos e as ações a serem adotados

com vista à superação das irregularidades detectadas;c) a indicação expressa de metas a serem cumpridas e, quando

couber, a caracterização das responsabilidades de cada dirigente;d) o prazo máximo para o cumprimento do Protocolo;e) a criação, pela IES, da comissão para acompanhamento da

execução do Protocolo.§ 4o Na vigência do Protocolo de Compromisso pode ser determinada

a proibição de admissão de novos discentes:a) se o CEE julgar que a gravidade das deficiências impede o

funcionamento adequado do curso;b) em caso de descumprimento de qualquer das exigências contidas

no Protocolo.§ 5o Ao findar o prazo estipulado no Protocolo de Compromisso, a

IES será submetida a nova avaliação in loco pelo CEE para a verificação do cumprimento do mesmo, com vista à alteração ou manutenção do conceito de avaliação.

§ 6o O descumprimento do Protocolo de Compromisso enseja a instauração de Processo Administrativo, para a aplicação das seguintes penalidades, a critério do CEE:

I - suspensão temporária de abertura de processo seletivo;II — cassação da autorização, fixando-se o prazo para saná-

las;vencido o prazo, efetua-se nova avaliação; se houver justificativas comprovadas

§ 3o A Comissão Própria de Avaliação (CPA) é órgão composto por membros da comunidade interna e externa da IES, nomeados pelo dirigente máximo da instituição, mas independente dos Conselhos Superiores da Instituição, que supervisiona todo o processo da Avaliação Institucional, em estreita relação com o CEE.

Art. 16. A avaliação tem como objeto:I - na administração geral: a legalidade e a eficiência da

mantenedora, dos órgãos de direção, dos órgãos colegiados, dos órgãos de apoio;II - no regime acadêmico: a legalidade e a eficiência na elaboração e

execução dos currículos dos cursos, de acordo com as diretrizes curriculares, adequadas à realidade local, regional e nacional;

III - na infra-estrutura física e de recursos humanos e materiais: as condições das instalações, dos equipamentos, dos laboratórios, dos acervos bibliográficos, dos processos de informatização, da titulação e do regime de trabalho do corpo docente, dos programas de capacitação e demais fatores exigidos pela legislação; .

IV - na integração sócio-econômica: a relevância da instituição na comunidade local e regional por meio de seus programas de ensino, pesquisa e extensão;

V - na produção cultural, científica e tecnológica: a pesquisa e a extensão e sua relevância, de acordo com a disponibilidade de docentes e técnicos qualificados e conforme seus regimes de trabalho.

§ Io Toda avaliação tem necessariamente de considerar a auto- avaliação institucional (ou avaliação interna), realizada pela instituição, com a participação de todos os segmentos (administração superior, professores, funcionários administrativos e alunos) e a avaliação externa, realizada pelas comissões de especialistas do CEE.

§ 2o O CEE, ao término do processo, emitirá conceito de avaliação por escala de cinco níveis.

§ 3° A obtenção de conceitos insatisfatórios indica a existência e a identificação de deficiências ou irregularidades e implica, necessariamente, a assinatura de Protocolo de Compromisso contendo:

a) o diagnóstico das condições insatisfatórias da IES;b) os encaminhamentos, os processos e as ações a serem adotados

com vista à superação das irregularidades detectadas;c) a indicação expressa de metas a serem cumpridas e, quando

couber, a caracterização das responsabilidades de cada dirigente;d) o prazo máximo para o cumprimento do Protocolo;e) a criação, pela IES, da comissão para acompanhamento da

execução do Protocolo.§ 4o Na vigência do Protocolo de Compromisso pode ser determinada

a proibição de admissão de novos discentes:a) se o CEE julgar que a gravidade das deficiências impede o

funcionamento adequado do curso;b) em caso de descumprimento de qualquer das exigências contidas

no Protocolo.§ 5° Ao findar o prazo estipulado no Protocolo de Compromisso, a

IES será submetida a nova avaliação in loco pelo CEE para a verificação do cumprimento do mesmo, com vista à alteração ou manutenção do conceito de avaliação.

§ 6o O descumprimento do Protocolo de Compromisso enseja a instauração de Processo Administrativo, para a aplicação das seguintes penalidades, a critério do CEE:

I - suspensão temporária de abertura de processo seletivo;II — cassação da autorização, fixando-se o prazo para saná-

las;vencido o prazo, efetua-se nova avaliação; se houver justificativas comprovadas

e aceitas pelo Conselho Estadual de Educação, poder-se-á prorrogar o prazo para sanarem-se as deficiências;

III - permanecendo as irregularidades e as deficiências, haverá suspensão temporária ou desativação de cursos, bem como suspensão temporária das prerrogativas da autonomia (no caso de universidade ou centro), intervenção na instituição ou até o seu descredenciamento.

§ 7o Enquanto a instituição estiver submetida a processo de averiguação de deficiências ou irregularidades, será sustada a tramitação de qualquer solicitação de autorização, reconhecimento, renovação de reconhecimento de cursos e recredenciamento.

§ 8o As conseqüências jurídicas e as implicações financeiras decorrentes da desativação de curso, bem como do descredenciamento, são de exclusiva responsabilidade da entidade mantenedora da instituição.

§ 9o Com autorização do CEE, são assegurados aos alunos do curso desativado ou com reconhecimento suspenso:

I - a convalidação dos estudos até o fim do período da matrículaefetivada;

II - a transferência para outra instituição do Sistema Estadual de Educação que ofereça o mesmo curso, independentemente da existência de vaga;

III - a expedição e o registro do diploma, para o aluno que concluiu o curso com aproveitamento regular.

§ 10. O Poder Executivo, responsável pela manutenção da IES, acompanhará o processo de saneamento, podendo fornecer recursos adicionais necessários para a superação de suas deficiências, de acordo com a legislação que rege a matéria.

TÍTULO IVDA FUNÇÃO REGULATÓRIA

Art. 17. A função reaulatória é exercida pelo CEE mediante os atos autorizativos para efeito de credenciamento, renovação de credenciamento e descredenciamento das IES: autorização,reconhecimento e renovação de reconhecimento do curso.

§ 1° O primeiro credenciamento inicia-se com o protocolo do pedido de credenciamento, objeto de avaliação por parte do CEE.

§ 2° Somente após a aprovação e a publicação do primeiro credenciamento a instituição poderá iniciar suas atividades.

§ 3o O período do primeiro credenciamento é de três anos, durante o qual a instituição será submetida a processo específico de supervisão.

S4° A instituição submeter-se-á à renovação periódica de seu credenciamento, aue poderá ser de. no máximo, 5 (cinco 1 anos para faculdade ou centro universitário e 10 (dez) anos para universidade,

§ 5o A documentação exigida deve ser organizada, protocolada e entregue ao CEE na modalidade material ou eletrônica, de acordo com as normas que regulamentam a matéria.

CAPÍTULO I DO CREDENCIAMENTO

Seção IDo Credenciamento das Universidades

Art. 18. Os processos que visam ao credenciamento de Universidade são protocolados no Conselho Estadual de Educação e devem conter documentação probatória organizada, com numeração progressiva das folhas, dos seguintes itens:

I - Estatuto da Mantenedora, com situação jurídico-organizacional, condições patrimoniais e econômico-financeiras, documentação relativa à regularidade fiscal e parafiscal;

II - Estatuto e Regimento Geral da IES mantida, com os respectivos atos que os aprovaram, estrutura organizacional, localização da sede, composição da direção com curriculum vitae dos dirigentes;

III - Plano de Desenvolvimento Institucional da IES (PDI), de acordo com o inciso I do Art. 5o;

IV - atendimento ao disposto nos incisos II a V do Art.5o.Art. 19. A tramitação do processo de credenciamento de

universidade, de centro universitário e de faculdade seguirá a seguinte rotina:

I - o Requerimento, contendo a documentação exigida, é protocolado e autuado no Conselho Estadual de Educação, que o enviará ao Secretário de Ciência e Tecnologia (SECTEC) para, no prazo de 30 (trinta) dias, analisar a relevância social, política e econômica da matéria, à luz das políticas públicas de desenvolvimento regional, do Plano Estadual de Educação e do Plano Diretor para a Educação Superior no Estado de Goiás;

II - o Processo, autuado e com parecer da SECTEC, é remetido à Câmara de Educação Superior ou de Educação Profissional, para as providências regimentais;

III - o Presidente da Câmara designa o conselheiro-relator do processo, que, após considerá-lo saneado, apresenta despacho motivado à Câmara no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

IV - se o voto do Conselheiro-Relator for aprovado pela Câmara, esta indicará a comissão verificadora, encarregada da verificação in loco, composta por especialistas consultores ad hoc e técnico do CEE, quando for o caso;

V - após a visita in loco e a entrega do relatório por parte da comissão de especialistas, o Conselheiro-Relator terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, para apresentar seu voto, apreciando o mérito da matéria;

VI - o voto do relator, após aprovação da Câmara, é encaminhado à autoridade competente para a emissão de portaria de credenciamento.

§ Io Em caso de decisão final desfavorável da Câmara, facultar-se-á à Instituição requerente o direito de pedido de reconsideração, acompanhada de justificativa, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da ciência do indeferimento.

§ 2o A Instituição poderá considerar-se credenciada e usufruir das prerrogativas do credenciamento, somente após a publicação no Diário Oficial.

§ 3o Os prazos de cada fase do credenciamento poderão ser prorrogados pelo Conselho, mediante decisão motivada, quando houver necessidade comprovada.

Art. 20. O processo deve ser organizado com solicitação inicial efetuada pelo dirigente máximo da instituição e explicitada com clareza, folhas com numeração progressiva, documentação não repetida, índice inicial com referência às folhas numeradas.

Art. 21. As exigências detalhadas para o credenciamento das universidades devem ser seguidas também em caso de criação de campi fora da sede,

Art. 22. Em caso de decisão desfavorável ao credenciamento da instituição, ao reconhecimento de cursos ou à autorização prévia de funcionamento de cursos, na sede ou nos campi fora da sede, nova solicitação poderá ser apresentada somente após comprovadamente superadas as deficiências.

Seção IIDo Credenciamento dos Campi

Art. 23. Considera-se Campus a unidade acadêmico-administrativa, localizada fora da sede da instituição a que pertence, que ministra cursos, programas e projetos com qualidade acadêmica equivalente à exigida na sede.

§ Io A abertura de campi é prerrogativa exclusiva de universidade, mediante autorização prévia do CEE.

§ 2o A solicitação para o credenciamento dos campi em localidades diferentes da sede definida em forma de aditamento ao ato do credenciamento deve conter:

I - justificativa da abertura, no contexto das necessidades regionais;II - comprovação de que o processo de expansão não prejudicará os

princípios de unidade e organicidade da universidade;III - situação atual da universidade com relação ao ensino, à

pesquisa e à extensão, corpo docente, condições econômico-financeiras e patrimoniais;

IV - estrutura física, incluindo equipamentos, laboratórios, salas de aula, biblioteca e outros recursos de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão no novo campus;

V - fluxograma administrativo e financeiro do processo de implantação do novo campus',

VI - nominata do corpo docente, discriminando, para cada docente que atuará no novo campus, disponibilidade, titulação, forma de admissão, bem como os componentes curriculares que ministra em cada curso, e a carga horária semanal;

VII - caracterização dos cursos a serem oferecidos;VIII - definição das áreas de pesquisa e programas de extensão a

serem desenvolvidos no novo campus;IX - atos legais internos que aprovaram a criação do campus.§ 3o A tramitação do processo de credenciamento dos campi obedece

ao disposto no Art. 19.§ 4° Os campi criados por universidade e ainda não implantados na

data da publicação desta Resolução são por ela normatizados.

SEÇÃO IIIDO CREDENCIAMENTO DOS CENTROS UNIVERSITÁRIOS

Art. 24. O requerimento de credenciamento de centro universitário, encaminhado ao Conselho Estadual de Educação, deve ser instruído com documentação detalhada sobre:

I - o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), de acordo com o inciso I do Art. 5o, excluindo-se o que se refere a cursos de pós-graduação stricto sensu e programas de pesquisa, não obrigatórios para os centros universitários;

II - o disposto nos inciso II e V do art. 5o;III - os requisitos contemplados nos incisos II e IV do Art. 18.Art. 25. O processo de credenciamento do centro obedece, quanto à

sua tramitação, ao disposto no Art. 19.

Seção IVDo Credenciamento das Faculdades

Art. 26. A faculdade deve solicitar, num único requerimento, seu credenciamento e a sua autorização para pelo menos um Curso regular de Graduação.

Art. 27. A mantenedora protocola o requerimento, com pedido de credenciamento, no Conselho Estadual de Educação, instruído com o disposto nos

incisos I a IV, do Art.18, exceto o que se refere a pesquisa, extensão e pós- graduação stricto sensu, não obrigatórias para as faculdades.

Art. 28. O processo de credenciamento de faculdade obedece, quanto à sua tramitação, ao disposto no Art. 19.

Seção VDa Renovação de Credenciamento

Art. 29. Um semestre antes do vencimento do período de validade do credenciamento, a instituição protocolará no CEE o requerimento de renovação do credenciamento, apresentando a mesma documentação.

§ ío o processo de renovação do credenciamento observará as disposições processuais referentes ao pedido de credenciamento, acrescentando a seguinte documentação:

I - avaliação do PDI, face à evolução da instituição;II - atualização do PDI, dos estatutos e do regimento e das

informações relativas ao corpo dirigente.§ 2o A renovação do credenciamento será precedida de avaliação

institucional.§ 3o Identificadas deficiências ou irregularidades no processo de

avaliação, proceder-se-á nos termos do disposto no Art. 16 desta resolução.§ 4o 0 período de validade de renovação do credenciamento é o

disposto no § 4o do Art. 17.

CAPÍTULO IIDA AUTORIZAÇÃO DE CURSO

Art. 30. As universidades, no exercício de sua autonomia, podem criar, autorizar e organizar, em sua sede, cursos e programas de educação superior, na modalidade de cursos de graduação, cursos seqüenciais e cursos de pós-graduação lato sensu, devendo enviar ao Conselho Estadual de Educação cópia da ata da reunião do Colegiado Superior que criou o curso, no prazo máximo de sessenta dia, a partir da data da reunião.

Parágrafo único. Para a criação de cursos de pós-graduação stricto sensu, exige-se autorização prévia do Conselho estadual de Educação e a obediência à legislação superior que rege a matéria.

Art. 31. Os projetos que visem à autorização de Cursos Seqüenciais ou de Graduação, em Centros ou Faculdades, devem ser protocolados no CEE, contendo o Plano Pedagógico do Curso (PPC) com as seguintes informações, devidamente comprovadas:

I - justificativa da necessidade social, especificação da demanda regional e dos objetivos do Curso;

II - requisitos legais para acesso ao curso;III - curriculum vitae do coordenador de curso;IV - proposta pedagógico-metodológica do curso de acordo com as

diretrizes curriculares, contendo definição do perfil de profissional a ser formado, organização da matriz curricular por período com todos os componentes curriculares, regime acadêmico, duração mínima e máxima do curso, formas de avaliação da aprendizagem discente, certificação, ementário e bibliografia das disciplinas, critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores, quando for o caso;

V - titulação e regime de trabalho do corpo docente (com indicação da instituição que expediu a titulação) e disciplinas lecionadas;

VI - modalidade de seleção discente, número de vagas e divisão de turmas e turnos;

VII - descrição das instalações físicas disponíveis (salas de aula, laboratórios, espaço de convivência, secretaria, adequação dos espaços para portadores de necessidades especiais);

VIII - modalidade de lançamento, controle e segurança dos registrosacadêmicos;

IX - número e descrição dos equipamentos de laboratórios e dos equipamentos de informática e acesso à Internet;

X - descrição do acervo bibliográfico e de periódicos, atualizado (sendo obrigatória a presença dos títulos indicados na bibliografia básica de cada disciplina do curso) e sistema de empréstimo;

XI - descrição das modalidades de estágio, de sua supervisão eavaliação;

XII - certificação conferida;XIII - dados orçamentários e financeiros que garantam condições de

manutenção do curso;XIV - demonstração da regularidade fiscal e parafiscal da instituição

mantenedora;XV - cópia da aprovação do projeto do curso por parte do Órgão

Colegiado competente.§ 1° O projeto deve ser acompanhado de uma cópia do Regimento

Interno da Instituição de Educação Superior.§ 2° Em caso de alteração substancial das matrizes curriculares do

curso, modificando sua duração ou certificação, a Faculdade e o Centro devem solicitar autorização prévia ao CEE, incluindo no requerimento a matriz antiga e a nova e justificando as alterações.

Art. 32. O requerimento de autorização, uma vez protocolado no Conselho Estadual de Educação, seguirá a tramitação prevista no art. 19.

Parágrafo único. Das decisões da Plenária do Conselho Estadual de Educação, cabe pedido de reconsideração no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da comunicação oficial.

CAPÍTULO IIIDO RECONHECIMENTO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

Art. 33. O requerimento solicitando reconhecimento de cursos de graduação e de autorização de novas habilitações deve ser protocolado no Conselho Estadual de Educação, contendo a documentação que comprove a execução do Projeto de curso autorizado.

Parágrafo único. O requerimento deve ser instruído com a seguinte documentação:

I - plano pedagógico de curso (PPC) executado, conforme dispostono art. 31;

II - cópia do documento oficial que autorizava o curso;III - seriações históricas que relatam a relação candidato/vaga;IV - eventuais alterações efetuadas;V - nominata do corpo docente do curso, assim discriminada:

a) relação do corpo docente do curso quando de sua implantação, indicando titulação, carga horária e regime de trabalho;

b) relação dos professores substitutos, que lecionaram no curso, indicando a sua titulação;

c) relação do corpo docente na data em que o pedido de reconhecimento é protocolado no CEE, indicando titulação e regime de trabalho.

VI - índices de evasão, repetência e transferência interna e externa;VII - avaliações internas e externas do curso, com resultados obtidos

na seriação histórica das avaliações.

Art. 34. Os pedidos de reconhecimento de cursos de graduação devem ser protocolados no Conselho Estadual de Educação decorrido pelo menos um ano do início do curso e até a metade do prazo para sua conclusão.

Art. 35. Os processos de reconhecimento de cursos de graduação obedecem à tramitação prevista no Art. 19.

§ Io O reconhecimento de curso é condição necessária para a validade nacional dos respectivos diplomas e terá duração pelo período indicado pelo CEE, não superior a 5 (cinco) anos.

§ 2° Das decisões da Plenária do Conselho Estadual de Educação, cabe pedido de reconsideração no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da comunicação oficial.

CAPÍTULO IVDA RENOVAÇÃO DO RECONHECIMENTO

DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

Art. 36. Os cursos reconhecidos são objeto de avaliação institucional permanente: avaliação interna (ou auto-avaliação) efetuada pela Instituição e avaliação externa, realizada pelo Conselho Estadual de Educação, de acordo com os Arts. 15 e 16.

Art. 37. A Instituição credenciada protocolará, no CEE, pedido de renovação de reconhecimento no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias antes do vencimento do prazo de validade do reconhecimento do curso.

§ 1° A documentação exigida no processo de renovação de reconhecimento é a referida no Art. 33.

§ 2o O processo de renovação de reconhecimento de curso de graduação obedecerá à tramitação prevista no Art. 19.

§ 3o Identificadas deficiências ou irregularidades no processo de avaliação e esgotado o prazo fixado para saneamento, nunca inferior a 6 (seis) meses, haverá reavaliação, que poderá resultar nas penalidades previstas no Art.16.

§ 4o Os alunos de curso com reconhecimento não renovado têm assegurado o direito à transferência para curso idêntico, em série ou período correspondente, em outra instituição que integre o Sistema Estadual de Educação, de acordo com decisão do Conselho Estadual de Educação.

TÍTULO VDA NATUREZA DOS CURSOS SUPERIORES

Art. 38. Na oferta dos cursos de educação superior, o CEE obedecerá aos parâmetros conceituais fundamentais, que norteiam sua função regulatória, de supervisão e de avaliação:

I - a Educação Pública é leiga, democrática e a princípio gratuita;II - a Educação Superior se insere no projeto de Nação e de Estado,

e em suas políticas de desenvolvimento;III - a Educação Superior é modalidade privilegiada para a efetivação

dos processos de inclusão e mobilidade social;IV - a Educação Superior é tarefa comunitária de gestão democrática

e de relevância social;V - a Educação Superior é um bem social de qualidade, que requer

instituições dinâmicas e cientificamente referenciadas;VI - a Educação Superior requer indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão.§ 1° O Sistema Estadual de Educação, nos termos da legislação

superior que rege a matéria, tem liberdade e autonomia para organizar, manter e desenvolver as instituições oficiais de seu sistema de educação superior, em regime de colaboração com a União.

§ 2o Em estreita ligação com a Secretaria de Educação e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, as prioridades na oferta dos cursos superiores são determinadas:

I - pelo atendimento às demandas da educação básica, formando e qualificando os professores da rede pública e privada, oferecendo com prioridade o ensino médio e definindo formas de colaboração com os municípios que assegurem a oferta de ensino fundamental de qualidade;

II - pela necessidade de formar profissionais que atendam às políticas de desenvolvimento regional, dando especial atenção à educação profissional, de acordo com as potencialidades e demandas de cada região do estado.

Art. 39. A Educação Superior abrange:I - ensino de graduação que compreende o bacharelado, a

licenciatura e os cursos de educação profissional tecnológica, reservados aos alunos que concluíram o ensino médio;

II - ensino de pós-graduação strícto sensu, que compreende o mestrado, o doutorado e o Pós-doutorado, reservados aos candidatos que concluíram a Graduação;

III - formação continuada, que inclui os cursos seqüenciais de educação superior e os cursos de aperfeiçoamento e de especialização, para portadores do diploma de graduação;

IV - pesquisa e extensão acadêmica.

CAPÍTULO IDOS CURSOS SEQÜENCIAIS

Art. 40. Os Cursos Seqüenciais são conjuntos de atividades sistemáticas de formação superior que se inserem na educação continuada e constituem alternativa ou complementação aos cursos de graduação.

§ 1° São cursos de educação superior que exigem a conclusão prévia da educação básica, mas

I ̂não correspondem a cursos de graduação;II - não dão direito ao exercício de profissões de nível superior já

regulamentadas por lei;III - não podem ser oferecidos como complementação pedagógica ou

outra modalidade de educação que vise à formação de professores;IV - não habilitam ao exercício do magistério nem à matrícula em

cursos de graduação e de pós-graduação.§ 2o Os cursos seqüenciais têm por objetivo:a) diversificar as formas de acesso e as modalidades de oferta do

ensino superior de maneira inovadora;b) integrar o conhecimentos de várias áreas do saber;c) ampliar e atualizar os horizontes intelectuais dos alunos para o

exercício pleno de sua cidadania;d) inserir no mundo profissional, qualificando em profissões não

regulamentadas;e) otimizar o uso das vagas ociosas em cursos de graduação

reconhecidos.Art. 41. Os cursos seqüências são de dois tipos:a) Curso seqüencial de formação específica, de iniciativa da IES que

apresenta programa com destinação coletiva e com terminalidade atestada em certificação, de acordo com a legislação que rege a matéria;

b) Curso seqüencial de complementação de estudos, de iniciativa do aluno que apresenta à avaliação da IES um itinerário formativo de disciplinas que caracterizam um campo de saber (destinação individual) ou de iniciativa da IES que apresenta o itinerário

rormativo (aesunaçao coietiva; e com terminauaaae atestaaa em certificado.

Art. 42. As universidades, os centros e as faculdades podem ministrar seus cursos seqüenciais de acordo com a legislação vigente.

Art. 43. A IES que oferece curso seqüencial, no lançamento dos Registros Acadêmicos e nos processos de divulgação dos cursos, deve evitar qualquer denominação conflitante com aquela usada na graduação.

§ Io A certificação do curso seqüencial de formação específica» expedido pela IES, deverá dizer que se trata de "Curso Superior de Formação Específica", com registro da data de início e término do curso, das disciplinas, com carga horária, período em que foram ministradas, aproveitamento por nota e freqüência, e com o total da carga horária do curso.

§ 2o O certificado do curso seqüencial de complementação de estudos expedido pela IES, conterá os dizeres: "Certificado de Curso Superior de Complementação de Estudos", com registro das disciplinas cursadas, carga horária, período em que foram ministradas e aproveitamento por nota e freqüência.

Art. 44. Somente a IES que tiver um ou mais cursos de graduação reconhecidos pode ministrar cursos seqüenciais, que devem, obrigatoriamente, ser ligados à área de conhecimento dos cursos de graduação.

Parágrafo único. Se o curso seqüencial pressupõe disciplinas pertencentes a várias áreas, a IES deve oferecer cursos de graduação reconhecidos nestas áreas, presentes no campus onde o curso for ministrado.

Art. 45. A estruturação do projeto pedagógico é de competência da instituição que, observadas as normas que regem a matéria e os ditames do Edital publicado, tem autonomia para a definição do processo seletivo e dos critérios de ingresso, na escolha das diretrizes curriculares e na determinação da modalidade de oferta, não sendo obrigado a obedecer ao ano letivo regular.

Parágrafo único. O curso seqüencial de formação específica tem carga horária mínima de 1600 (mil e seiscentos) horas e 400 (quatrocentos) dias letivos.

Art. 46. A oferta de curso seqüencial de complementação de Estudos não precisa de autorização do CEE.

Art. 47. A IES solicita autorização para a implantação de curso seqüencial de formação específica, comprovando adequada capacidade instalada em termos de estrutura física e qualidade do corpo docente.

Art. 48. Os cursos seqüenciais podem ser aproveitados para a integralização dos cursos de graduação, desde que o aluno tenha sido aprovado no processo seletivo do curso de graduação.

Art. 49. Para implantar curso seqüencial em unidade fora da sede, a instituição deve solicitar autorização prévia do CEE.

Art. 50. O curso seqüencial ministrado na modalidade a distância obedecerá à legislação superior que rege a matéria.

CAPÍTULO IIDOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

Art. 51. Os cursos de graduação respondem a Diretrizes Curriculares Nacionais, que orientam seu projeto pedagógico (PPC) e sua matriz curricular.

§ Io Os cursos de graduação devem cumprir a carga horária mínima prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais, podendo, na organização curricular, incluir um período de formação geral em quaisquer campos de saber, com duração prevista em lei, visando à formação humanística, científica, tecnológica e interdisciplinar, ou aos estudos preparatórios para os níveis superiores de formação ou à orientação para a escolha profissional.

§ 2° Os cursos de graduação de licenciatura ou bacharelado têm duração de carga horária mínima de três anos, devendo ser de no mínimo quatro anos, se incluírem o período de formação geral._________________________________

§ 3o Os cursos de graduação tecnológicos têm duração de carga horária mínima de dois anos.

§ 4° Resguardada a autonomia de que goza o Sistema Estadual de Educação e em regime de cooperação com o Sistema Federal, os cursos de graduação obedecem às normas do Conselho Estadual e à legislação superior que rege a matéria, no que tange à sua regulação, supervisão e avaliação.

CAPÍTULO IIIDOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Art. 52. A pós-graduação é facultada exclusivamente aos portadores de título de graduação e pode ser Iato sensu (cursos de atualização, aperfeiçoamento, especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado).

SeçãolDos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu

Art. 53. São considerados cursos superiores de pós-graduação lato sensu os de atualização, aperfeiçoamento e especialização, os designados como MBA (Master Business Administration) ou equivalentes, que observem todos os requisitos legais.

Art. 54. As instituições de ensino superior do Sistema Estadual, ao criar cursos de pós-graduação lato sensu, próprios ou conveniados, com instituições nacionais ou estrangeiras, devem notificar o fato ao CEE-GO, solicitando autorização prévia e disponibilizando todas as informações por este solicitadas.

Art. 55. Compete ao Conselho Estadual de Educação, quando da renovação de credenciamento da Instituição de Ensino Superior, supervisionar os cursos de pós-graduação lato sensu por ela oferecidos, em qualquer modalidade.

Art. 56. Os certificados dos cursos de especialização, cursados no exterior ou oferecidos por instituições estrangeiras em território nacional, conveniadas ou não com IES nacionais, são reconhecidos mediante processo de avaliação, realizado por universidade, pública ou privada, que tenha programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido, na área ou em área afim.

Art. 57. A instituição, quando da publicação da abertura de um curso de pós-graduação lato sensu, deve fazer constar nos instrumentos de divulgação, o número e a data do ato oficial de credenciamento ou renovação de credenciamento da instituição.

Art. 58. A Instituição credenciada, pertencente ao Sistema de Educação Superior Estadual, tem autonomia para a implantação de cursos de atualização e aperfeiçoamento, desde que:

I - as matrículas sejam abertas a candidatos diplomados em curso deGraduação;

II - os candidatos atendam a todas as exigências do Programa daInstituição;

III - o Certificado, emitido pela Instituição, explicite:a) carga horária de cada disciplina e carga horária total do curso;

b) nota (ou conceito) e freqüência;

c) nominata dos docentes do curso com respectiva titulação,

indicando a instituição que emitiu o diploma;

d) lugar e data de realização do curso;

e) duração do curso de atualização, que deve ser de pelo menos 60

(sessenta) horas ou de aperfeiçoamento, de pelo menos 160

(cento e sessenta) horas.

Parágrafo único. A instituição de ensino superior, quando da solicitação do recredenciamento, deve listar todos os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos, já ministrados ou em andamento, com o projeto do curso e sua justificativa, sobretudo no que diz respeito à relevância social dos cursos para o desenvolvimento regional.

Art. 59. Os cursos de especialização podem ser ofertados em 3 (três) modalidades:

I - especialização acadêmica, para o exercício do magistério;II - especialização Profissional, para qualificação no exercício da

profissão;III - especialização na dupla modalidade: acadêmico-profissional.Art. 60. Somente o portador de diploma de conclusão de curso de

graduação pode freqüentar curso de especialização, em qualquer modalidade.Art. 61. O curso de especialização, qualquer que seja a modalidade

de oferta, será supervisionado pelo Conselho Estadual de Educação, que avaliará:I - a qualificação do corpo docente do curso, que deve ter pelo

menos 70% (setenta por cento) de professores portadores do título de mestre ou doutor, obtido em programa de pós-graduação stricto sensu, devidamente reconhecido;

II - a duração do curso, que deve ser de, no mínimo, de 360 (trezentos e sessenta) horas/aula, computadas 90 (noventa) horas de disciplina didático-pedagógico-metodológica e não computados o tempo de estudo individual ou em grupo sem assistência presencial do docente e o tempo reservado para a elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso;

III - o aproveitamento escolar, cujos critérios de avaliação serão previamente estabelecidos pela instituição, mediante nota ou conceito, bem como freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento).

§ Io Com aprovação prévia e expressa do CEE, determinados componentes curriculares do curso de especialização podem ser ministrados por profissionais não pós-graduados, de comprovada experiência e reconhecida competência, sob supervisão direta do docente responsável pela disciplina e pela avaliação discente.

§ 2o A duração do curso não pode ser inferior a um semestre letivo nem superior a 24 (vinte e quatro) meses consecutivos.

Art. 62. Os certificados de conclusão de especialização, qualquer que seja a modalidade de oferta, expedidos pela instituição de educação superior que o ministrou, deverão conter:

I - modalidade do curso: acadêmica, profissional, acadêmico-profissional;

II - identificação da área de conhecimento;III - relação das disciplinas cursadas, com avaliação e freqüência;IV - carga horária de cada componente curricular;V - nome do professor, sua qualificação de graduação, pós-

graduação e identificação da instituição que concedeu o diploma;VI - carga horária do curso, com data de início e término;VII - título da monografia ou trabalho de conclusão de curso, com

nota ou conceito obtido;VIII - número de registro do certificado, a ser registrado em livro

próprio da instituição;IX - indicação do ato legal e data do

credenciamento/recredenciamento da instituição;X - declaração da instituição, atestando que o curso cumpriu todas

as disposições exigidas pela legislação que rege a matéria.Art. 63. Os certificados de conclusão do curso de especialização

acadêmica que observarem os dispositivos desta Resolução serão aceitos como documentação válida para o exercício da docência em todas as instituições de

ensino superior do Sistema Estadual de Educação, desde que acompanhados pelo diploma de graduação.

§ Io O exercício da docência está condicionada à existência de identidade entre a competência adquirida, atestada no diploma de graduação ou pós-graduação, e o conteúdo disciplinar a ser lecionado.

§ 2o Em caso de ausência de docentes com a competência enunciada no parágrafo anterior, a instituição de ensino superior pode aceitar provisoriamente docentes com comprovada experiência na área e especialização em área afim, con\ autorização expressa do CEE.

Art. 64. Quando a instituição de educação superior ofertar curso de especialização na dupla modalidade acadêmico-profissional pode:

I - ministrar carga horária mínima básica de 360h/a (trezentas e sessenta horas/aula), dedicadas a componentes curriculares da área profissional, podendo conferir ao concluinte desta primeira etapa do programa certificado de especialização profissional, não tendo validade para o exercício do magistério superior;

II - acrescentar carga horária de 90 (noventa) horas-aula na oferta de componentes curriculares que aperfeiçoam a compreensão e o exercício dos processos de comunicação da aprendizagem, a formação didático-pedagógica- metodológica ou a elaboração de monografia, conferindo ao concluinte das duas etapas certificado único de conclusão da especialização nas duas modalidades: acadêmica e profissional.

Art. 65. A instituição tem autonomia na oferta de cursos de especialização profissional, desde que na área possua cursos de graduação autorizados ou reconhecidos, devendo relatar ao Conselho Estadual de Educação esta atividade, quando da renovação de credenciamento.

Art. 66. A instituição que programar curso de especialização acadêmica ou em dupla modalidade e não possuir na área curso de graduação (autorizado ou reconhecido), ou curso de pós-graduação stricto sensu (em funcionamento), não pode iniciar as atividades de especialização, sem prévia autorização do Conselho Estadual de Educação, encaminhando-lhe o projeto com as seguintes informações:

I - proposta pedagógica do curso;II - componentes curriculares, contendo a matriz, a carga horária, as

ementas com bibliografia básica e complementar;III - corpo docente e sua qualificação;IV - metodologia de avaliação;V - destinatários;VI - cronograma de execução do curso;VII - critérios de seleção dos alunos;VIII - vagas oferecidas;IX - total de alunos por turma.

§ Io A instituição que ministrou curso de especialização, cuja conclusão prevê elaboração de monografia ou trabalho final, pode conceder certificado de aperfeiçoamento ao aluno que tiver cursado todos os créditos das disciplinas do curso, mas não tiver defendida a monografia ou não tiver elaborado o trabalho de final de curso.

§ 2o Estão aptos à docência no magistério superior somente os portadores de certificado de especialização acadêmica ou acadêmico-profissional.

§ 3o Os portadores de certificado de especialização profissional podem lecionar no magistério superior desde que complementem a carga horária do curso de especialização, de acordo com os termos do inciso II, do Art. 64, desta Resolução.

§ 4° Os certificados de cursos de especialização acadêmica não autorizados e/ou emitidos por instituições não credenciadas não têm validade no Sistema Estadual de Educação do Estado de Goiás, não sendo aceitos:

a) para o exercício da docência em instituições de educação superiorda rede estadual e municipal;b) para efeito de ascensão profissional, em que se exige a titulaçãode especialista.Art. 67. O curso de pós-graduação lato sensu, oferecido na,

modalidade de ensino a distância, pode ser reconhecido para os fins de exercício de magistério superior somente se a instituição que o tenha oferecido for credenciada para esta modalidade, conforme a legislação superior.

Seção IIDa Pós-Graduação Stricto Sensu

do Mestrado e Doutorado

Art. 68. Os programas de pós-graduação stricto sensu, oferecidos por instituições de educação superior integrantes do Sistema Estadual de Educação, têm por objetivo a formação do pesquisador.

§ 1° Os programas de que trata o caput podem ser oferecidos na modalidade acadêmica ou profissional.

§ 2o Os Centros e/ou Institutos de Pesquisa, mantidos pelo poder público estadual ou municipal de qualquer unidade da federação, que pretendam oferecer cursos de mestrado ou doutorado no Estado, devem requerer autorização ao CEE de Goiás que os credenciará, acompanhará e avaliará.

Art. 69. Os programas de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições de educação superior do Sistema Estadual de Educação, para que tenham validade, devem ser autorizados, acompanhados, avaliados e reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação, nos termos desta Resolução e da legislação superior que rege a matéria.

Art. 70. Os programas de pós-graduação stricto sensu somente podem ser oferecidos por instituições de educação superior que ministrem cursos de graduação devidamente reconhecidos e que apresentem produção relevante de grupos de pesquisa consolidados.

Art. 71. Os programas de pós-graduação stricto sensu, disciplinados pela presente Resolução, somente podem ser divulgados e iniciados após a conclusão dos trâmites legais de criação e autorização, pelos órgãos competentes de instituições de educação superior credenciadas e pelo Conselho Estadual de Educação, de acordo com a legislação que rege a matéria.

Parágrafo único. O ingresso nos cursos de mestrado e doutorado está condicionado à apresentação de diploma de graduação e ao resultado do processo seletivo.

Art. 72. As instituições de educação superior apresentarão ao CEE pedidos de reconhecimento de cursos de mestrado e doutorado acompanhado da documentação exigida, nos termos, nos prazos e nas modalidades estabelecidas pela legislação superior que rege a matéria.

§ 1° A instituições de educação superior que implantar programa de pós-graduação stricto sensu sem a prévia solicitação de autorização e reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação, torna-se juridicamente responsável pela não validade dos diplomas, podendo os seus dirigentes sofrer as sanções legais decorrentes.

§ 2° Os cursos já existentes, na data de publicação desta Resolução, que não tenham solicitado autorização e/ou reconhecimento, serão analisados caso a caso, mediante requerimento da instituição interessada.

Art. 73. O pedido de autorização e o de reconhecimento deveconter:

I - justificativa de programas, demonstrando a sua relevância social e perspectivas;

II - regimento do programa com detalhamento da estrutura curricular, período de realização, critérios de seleção, modalidades de avaliação e registro de freqüência, linhas de pesquisa, nominata do corpo docente com curriculum vitae individual, contendo a titulação acadêmica e a instituição que concedeu a diplomação, a produção intelectual, o regime de trabalho e a forma de atuação no programa;

III - organização administrativa e acadêmica, acompanhada das normas regimentais e regulamentos vigentes;

IV - recursos materiais do programa, bem como as condições de infra-estrutura física, de informática, de laboratórios e de biblioteca;

V - demonstração da capacidade do programa em orientação das dissertações ou teses e comprovação da existência de orientadores qualificados para cada linha de pesquisa escolhida.

Art. 74. Os requerimentos, encaminhados ao Conselho Estadual de Educação, são protocolados, autuados e dirigidos à Câmara de Educação Superior e obedecem à seguinte tramitação:

I - informação instrutiva do setor competente do Conselho, contendo indicativos detalhados dos elementos eventualmente faltantes, de acordo com a legislação vigente, devendo a Presidência da Câmara de Educação Superior determinar as providências para a necessária complementação documental;

II - cumprido o inciso anterior, a Presidência do Conselho Estadual de Educação designará Comissão de Verificação e Avaliação, composta por consultores que elaborarão relatório conclusivo de verificação in loco, constituída por indicação do Presidente da Câmara de Educação Superior, ouvido o seu Colegiado;

III - recebido o relatório conclusivo, será designado o Conselheiro- Relator pelo Presidente da Câmara de Educação Superior;

IV - nos termos regimentais, será emitido Parecer do Conselheiro- Relator, submetido à decisão dos membros da Câmara de Educação Superior.

Parágrafo único. Das decisões da Câmara de Educação Superior cabe pedido de reconsideração no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da comunicação oficial ao interessado.

Art. 75. O reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado será concedido por um período máximo de 5 (cinco) anos, mediante Resolução do Conselho Estadual de Educação, e terá validade após a publicação do ato oficial pela autoridade competente.

Art. 76. Desde que não haja modificação substancial ao programa original, durante o período de vigência do reconhecimento, a universidade pode, sob sua responsabilidade, introduzir as alterações que julgar pertinentes e necessárias ao bom andamento do programa, dando ciência imediata ao Conselho Estadual de Educação.

Art. 77. A universidade apresentará o pedido de renovação do reconhecimento do programa no Conselho Estadual de Educação 3 (três) meses antes do término de validade do reconhecimento.

Parágrafo único. A falta do requerimento implica automaticamente o cancelamento do programa.

Art. 78. Os elementos exigidos no processo de renovação do reconhecimento são os elencados no Art.73, quando do reconhecimento.

Art. 79. O tempo normal para o aluno concluir o programa é de 24 (vinte e quatro) meses para o mestrado, e de 36 (trinta e seis) meses para o doutorado e o máximo, 36 (trinta e seis) meses para o mestrado, e 48 (quarenta e oito) meses para o doutorado, salvo casos especiais aprovados pelo CEE.

Art. 80. Mestrado e Doutorado, apesar de serem consecutivos, têm terminalidade própria.

§ Io- O programa pode prever e regulamentar, em caráter excepcional, o "Doutorado Direto", sem defesa da dissertação de mestrado, de acordo com as normas que regem a matéria.

§ 2o Para a obtenção do grau de mestre, são exigidos exames de qualificação e defesa de dissertação, de acordo com os critérios estabelecidos pela instituição, no regimento do programa.

§ 3° Para a obtenção do grau de doutor, são exigidos exames de qualificação e defesa de tese, com trabalho original de pesquisa, que importç contribuição para o desenvolvimento da área do conhecimento, de acordo com os critérios estabelecidos no regimento do programa.

§ 4o Ao aluno do curso de mestrado, que cumprir todos os créditos em disciplinas sem a defesa da dissertação, a IES pode atribuir o certificado de especialização.

Art. 81. Os diplomas de mestrado e doutorado expedidos devem informar a área de concentração realizada e, no verso, o respectivo histórico com as seguintes informações:

a) número do registro do diploma, com referências cadastrais;b) relação das disciplinas com a respectiva carga horária, nome do

professor (com sua titulação e indicação da Instituição que concedeu a diplomação), freqüência e notas ou conceitos obtidos;

c) período em que o programa foi cumprido pelo titulado e sua duração total;

d) título da dissertação ou tese, com o respectivo orientador, data de conclusão e conceito;

e) assinaturas dos representantes da instituição, na forma da lei.Art. 82. E permitida a celebração de convênios entre Instituições de

Educação Superior para que o estudante possa ser autorizado a realizar parte do programa em atividades de ensino e/ou pesquisa fora da sede do programa, no país ou no exterior, em instituições credenciadas (se nacionais) ou de reconhecida qualidade (se estrangeiras), com acompanhamento de orientadores individuais qualificados.

Art. 83. No respeito ao princípio federativo e à necessária cooperação entre os sistemas educacionais, o CEE reconhece como válidos todos os diplomas de mestrado e doutorado expedidos ou reconhecidos pelo Ministério da Educação e pelos sistemas estaduais de educação.

TÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO IAUMENTO, DIMINUIÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS.

Art. 84. As universidades e os centros universitários credenciados gozam de autonomia, com relação à alteração de vagas no processo seletivo, prevista no ato do credenciamento da Instituição.

Art. 85. As faculdades, no tocante à possibilidade de alteração de vagas, devem encaminhar solicitação ao Conselho Estadual de Educação, mediante projeto, contendo as seguintes informações:

I - justificativa da necessidade social e demanda regional;II - documentação de autorização de funcionamento e/ou

reconhecimento do respectivo curso ou habilitação e curriculum vitae do coordenador;

III - qualificação e regime de trabalho do corpo docente, quando houver aumento e/ou redistribuição de vagas;

IV - comprovação da estrutura física e das condições econômicas, que garantam e viabilizem o aumento ou redistribuição de vagas;

V - seriações históricas da avaliação institucional.

Art. 86. O requerimento deve ser protocolado no Conselho Estadual de Educação, avaliado por um conselheiro-relator, que apresentará parecer a ser votado pela Câmara de Educação Superior.

Parágrafo único. Contra a decisão da Câmara de Educação Superior a instituição pode protocolar pedido de reconsideração e recurso no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da comunicação oficial da decisão, para o Conselho Pleno.

Art. 87. A instituição pode realizar, a pedido do aluno, a transferência para cursos afins, desde que haja vaga e mediante processo seletivo.

§ 1° A aceitação da transferência é compulsória, independentemente da existência de vaga e em qualquer tempo, quando requerida por servidor público civil ou militar, da administração direta ou indireta, matriculado em IES pública, ou por dependente estudante, em razão de comprovada remoção ou transferência ex ofício, excluindo-se o caso de cargo assumido por causa de concurso público, cargo comissionado ou função de confiança.

§ 2° Mediante processo seletivo específico e de acordo com as normas de cada instituição, esta pode destinar as vagas não preenchidas em disciplinas, para alunos não regulares que demonstram capacidade para cursá-las, conferindo-lhes atestado de aproveitamento, válido para integralização curricular somente após o ingresso do aluno no curso superior por processo de seleção discente.

§ 3° As disciplinas cursadas na modalidade prevista no parágrafo anterior não podem superar um terço das disciplinas da matriz curricular do curso pretendido.

CAPÍTULO II DA EXTINÇÃO DE CURSO

Art. 88. As instituições de educação superior, integrantes do Sistema Estadual de Educação, devem comunicar, oficialmente, ao Conselho Estadual de Educação a extinção de cursos com a devida justificativa.

CAPÍTULO IIIDO CREDENCIAMENTO DE DOCENTES

Art. 89. O credenciamento de docentes para o exercício do magistério superior é feito pelas instituições, de acordo com as exigências e os critérios estabelecidos em seus estatutos e regimentos, observando-se:

I - a titulação exigida para o exercício do magistério, em cursos seqüenciais e de graduação, é o diploma de graduação na área da disciplina, com pelo menos especialização na área ou área afim;

II - a titulação para o exercício do magistério em cursos lato sensu é o título de mestre ou doutor, admitida a presença de até 30% (trinta por cento) de portadores do título de especialista, que comprovem experiência profissional ou produção intelectual, técnica ou científica relacionadas com a disciplina;

III - a titulação para o exercício do magistério em programa de pós- graduação stricto sensu é o título de doutor;

IV - além da titulação, o docente que estiver em programas de pós- graduação stricto sensu deve apresentar qualificada produção, na área de conhecimento em que estiver inserido.

Art. 90. O CEE implementará o cadastro estadual de docentes de ensino superior, a ser constantemente atualizado, de acordo com a legislação que rege a matéria, tornando-se referência obrigatória para a aprovação da nominata de cada curso.

TITULO VIIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I

Art. 91. A instituição de educação superior credenciada pode oferecer cursos ou programas especiais, de caráter emergencial e temporário, motivados por comprovadas necessidades regionais e com autorização prévia do CEE.

§ Io Para a elaboração do projeto, a instituição observará as diretrizes contidas no Art.31.

§ 2o A instalação de cursos ou programas de educação superior fora de sede depende de autorização prévia do Conselho Estadual de Educação.

Art. 92. O processo para autorização de curso ministrado fora da sede, terá a tramitação indicada no Art. 19.

§ 1° Das decisões da Plenária do Conselho Estadual de Educação, caberá pedido de reconsideração no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da comunicação oficial.

§ 2o A instituição poderá ministrar cursos fora de sede somente após a publicação da autorização no diário oficial.

Art. 93. A Câmara de Educação Superior, enquanto durar a Década da Educação, excepcionalmente e mediante comprovada justificativa, poderá aceitar para o exercício do magistério superior docente graduado na área (sem título de especialista, mestre ou doutor), desde que a instituição em que é lotado apresente plano de capacitação Docente e o docente esteja matriculado em curso de pós-graduação stricto sensu ou especialização acadêmica.

Art. 94. No prazo limite de 31 de dezembro de 2.008, as universidades deverão atender ao disposto no Art. 12, incisos IV e V, os centros ao Art. 13, I e III e as faculdades ao Art. 14, § Io, nos prazos estabelecidos pela legislação superior

TÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 95. Cabe à Presidência do Conselho Estadual de Educação garantir, mediante instruções complementares, o pleno cumprimento desta Resolução.

Art. 96. Respeitada a autonomia de que gozam as universidades, toda alteração estatutária efetuada por instituições de educação superior, deve ser aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.

Parágrafo único. Resguardada a autonomia de que gozam as universidades, ficam na dependência de parecer do Conselho Estadual de Educação as medidas relativas à:

I - desativação ou reativação de cursos;II - transferência de entidade mantenedora;III - alteração regimental e curricular.Art. 97. Tratando-se de desativação das atividades acadêmicas,

todos os registros acadêmicos e administrativos serão arquivados:I - na própria instituição, em caso de desativação de curso;II - em outra instituição de educação superior indicada pela

Presidência do Conselho Estadual de Educação, em caso de desativação de instituição, observado o critério da proximidade geográfica.

Art. 98. Resguardada a autonomia de que gozam as universidades, sujeita à prévia aprovação da dotação orçamentária pelos órgãos competentes, é expressamente vedada a realização de qualquer processo seletivo ou qualquer outro ato acadêmico antes da autorização legal do funcionamento de programa de curso superior.

Art. 99. Das decisões dos órgãos máximos das instituições de educação superior, em matéria de ensino, pesquisa e extensão cabe recurso ao

Conselho Estadual de Educação, no prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da data da publicação do respectivo ato ou ciência do mesmo.

Art. 100. Os diplomas de curso superior expedidos por universidade, são por ela registrados e os expedidos pelas demais instituições são registrados por universidade escolhida e credenciada pelo Conselho Estadual de Educação.

Parágrafo único. Os atestados e certificados de cursos e programas, ministrados de acordo com as normas legais, são expedidos e registrados pela instituição credenciada que os ministrou.

Art. 101. É obrigatória a freqüência do estudante a pelo menos 75% das horas destinadas às atividades presenciais em cada disciplina, salvo a modalidade do ensino à distância (EAD), regido por legislação específica.

Art. 102. Qualquer que seja o turno e a modalidade de oferta do curso, o padrão de qualidade deve ser garantido.

Art. 103. A consolidação da biblioteca e a atualização do acervo deve ser uma das preocupações fundamentais da instituição, devendo prioritariamente constar os títulos indicados como bibliografia básica no ementário de cada disciplina, em quantidade suficiente para consulta e empréstimo.

Art. 104. No respeito aos princípios da autonomia, territorialidade e complementaridade dos Sistemas Educacionais, todo e qualquer convênio relativo à oferta de cursos de graduação e pós-graduação, celebrado entre IES do Sistema Estadual de Educação de Goiás e IES de outros Sistemas Estaduais ou do Sistema Federal, deve ser avaliado, autorizado, acompanhado e reconhecido pelo CEE, estando sujeito às normas por ele emanadas.

Art. 105. Os cursos e programas de competência de IES integrantes do Sistema Estadual de Educação de outras unidades da federação, somente podem ser oferecidos e executados no Estado mediante autorização prévia do CEE de Goiás.

Art. 106. O exercício de atividade docente na educação superior não se sujeita à inscrição do professor em órgão de regulamentação profissional.

Art. 107. A modalidade a distância na oferta do Ensino Superior obedece às resoluções do CEE, bem como à legislação superior que rege a matéria.

Art. 108. Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Estadualde Educação.

Art. 109. Ficam revogadas as Resoluções de N. 120/2000, 260/1998, 261/1998 e 262/98, do Conselho Estadual de Educação, bem como as demais disposições em contrário.

Art. 110. Esta Resolução entra em vigor na data de sua aprovação.

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS, em Goiânia, aos 6 dias do mês de Julho de 2006

JOSÉ GERALDO DE SANTANA OLIVEIRA Presidente

MARIA DO ROSÁRIO CASSIMIRO Vice-Presidente

ANTÔNIO CAPPI ARNALDO CARDOSO FREIRE

DOMINGOS PEREIRA DA SILVA EDUARDO MENDES REED

ELIANA MARIA FRANÇA CARNEIRO ELOÍSIO ALVES DE MATOS

ENILDA RODRIGUES DE ALMEIDA BUENO GERALDO PROFÍRIO PESSOA

IARA BARRETO JOSÉ ANTÔNIO MOIANA

LEOMARA CRAVEIRO DE SÁ

MANOEL PEREIRA DA COSTA MARCOS ANTÔNIO CUNHA TORRES

MARCOS ELIAS MOREIRA MARIA DO CARMO RIBEIRO ABREU MARIA HELENA BARCELLOS CAFÉ

MARIA LÚCIA FERNANDES LIMA SANTANA MARIA ZAIRA TURCHI

MARLENE DE OLIVEIRA LÔBO FALEIRO SEBASTIÃO DONIZETE DE CARVALHO SÔNIA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS

WAGNER JOSÉ RODRIGUES