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Nº 144, quarta-feira, 30 de julho de 2014 85 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012014073000085 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 I - número de registro no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético: 05/2014; II - proponente: Natura Inovação e Tecnologia de produtos Ltda.; III - objeto: repartição de benefícios oriundos do projeto mencionado no art. 1º desta Deliberação; e IV - fundamento legal: arts. 1º, inciso III e; 2º, da Resolução nº 40, de 27 de fevereiro de 2013, do Conselho de Gestão do Pa- trimônio Genético e, por analogia, aos termos dos arts. 16, § 4º; 27 a 29, da Medida Provisória nº 2.186-16, de 2001. Art. 3 o As informações constantes do Processo 02000.002863/2007-21, embora não transcritas aqui, são consideradas partes integrantes deste documento. Art. 4 o Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação. IZABELLA TEIXEIRA DELIBERAÇÃO N o - 429, DE 26 DE MARÇO DE 2014 A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE faz saber que o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, no uso das competências que lhe foram conferidas pela Medida Provisória n o 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, e pelo Decreto n o 3.945, de 28 de setembro de 2001, tendo em vista o disposto no art. 13, inciso III, e no art. 14 do seu Regimento Interno, publicado por meio da Portaria n o 316, de 25 de junho de 2002, resolve: Art. 1 o Postergar a apresentação do projeto de repartição de benefícios, previsto na Resolução n o 40, de 2013, pela Empresa Bra- sileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA, CNPJ n o 00.348.003/0001-10, até o início do desenvolvimento tecnológico ou o depósito de pedido de patente, no âmbito do Processo n o 02000.002639/2013-88, referente ao projeto intitulado "Avaliação de genótipos de cana-de-açúcar quanto a resposta à fixação biológica de nitrogênio" incluído no portfólio de projetos da Autorização Especial de Acesso e de Remessa de Amostra de Componente do Patrimônio Genético para fins de Bioprospecção n o 001-B/2013, em analogia aos termos previstos para postergação do CURB nos §§ 4 o e 5 o do art. 9 o - D do Decreto n o 3.945, de 28 de setembro de 2001. Art. 2 o As informações constantes do Processo n o 02000.002639/2013-88, embora não transcritas aqui, são consideradas partes integrantes deste documento. Art. 3 o Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação. IZABELLA TEIXEIRA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO N o - 463, DE 29 DE JULHO DE 2014 Dispõe sobre o controle ambiental de pro- dutos destinados à remediação. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CO- NAMA, no uso da competência que lhe é conferida pelo art. 8 o , inciso VII, da Lei n o 6.938, de 31 de agosto de 1981 e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno; e Considerando que os acidentes com vazamentos de subs- tâncias potencialmente poluidoras, incluindo petróleo e seus deri- vados, constituem uma das principais fontes de poluição do meio ambiente e que o uso de remediadores é uma opção viável nas ações específicas de recuperação; Considerando os benefícios que podem advir da utilização adequada de remediadores na recuperação de ecossistemas conta- minados e no tratamento de resíduos e efluentes; Considerando que, em função de suas peculiaridades ou de um uso inadequado, os remediadores podem acarretar desequilíbrio no ecossistema e danos ao meio ambiente, resolve: Art. 1 o Esta resolução dispõe sobre o controle ambiental de remediadores para fins de produção, importação, exportação, comer- cialização e utilização. Art. 2 o Para os efeitos desta Resolução, entende-se por: I - remediador: produto ou agente de processo físico, quí- mico ou biológico destinado à recuperação de ambientes e ecos- sistemas contaminados e ao tratamento de efluentes e resíduos; II - biorremediador: remediador que apresenta como ingre- diente ativo microrganismos capazes de se reproduzir e de degradar bioquimicamente compostos e substâncias contaminantes; III - bioestimulador: remediador que favorece o crescimento de microrganismos naturalmente presentes no ambiente e capazes de acelerar o processo de degradação dos compostos e substâncias con- taminantes; IV - remediador químico ou físico-químico: remediador que apresenta como ingrediente ativo substância ou composto químico, capaz de degradar, adsorver ou absorver compostos e substâncias contaminantes; V - fitorremediador: vegetal empregado como remediador com a finalidade de remover, imobilizar ou reduzir o potencial de contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes no solo ou na água; VI - agente de processo físico: equipamento, material ou instrumento empregado como remediador em processo físico, me- cânico ou térmico de recuperação de ambientes e ecossistemas con- taminados ou no tratamento de efluentes e resíduos; VII - responsável técnico: profissional legalmente habilitado, capacitado nas tecnologias que compõem o produto, responsável pe- las informações técnicas apresentadas pelo registrante ou titular do registro; VIII - registrante: pessoa física ou jurídica responsável pelo requerimento do registro do produto remediador e responsável legal pelas informações nele contidas; IX - titular do registro: pessoa física ou jurídica que detém os direitos e as obrigações conferidas pelo registro de um remediador e responsável legal pela sua comercialização e pela garantia da ma- nutenção das características do produto em conformidade com aque- las apresentadas ao órgão registrante, incluindo a composição do produto, indicações de uso e demais características descritas no rótulo do produto; X - pesquisa e experimentação: atividades referentes à pre- paração ou aplicação de remediador em escala piloto e em condições controladas, visando à obtenção de conhecimento a ele relativo, para fins de registro ou para alteração das características ou indicações de uso de produto remediador já registrado. Art. 3 o A comercialização e o uso de remediadores depen- dem de prévio registro junto ao Instituto Brasileiro do Meio Am- biente e Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, que estabelecerá os requisitos e os procedimentos para a aplicação desta Resolução. § 1 o Estão dispensados da obtenção de registro os bioes- timuladores e os fitorremediadores, desde que não compostos por espécies exóticas, além dos agentes de processos físicos. § 2 o Produtos ou agentes de processo físico, químico, bio- lógico, ou combinados entre si, a serem empregados com a finalidade de controle de organismo indesejado não se caracterizam como re- mediador. Art. 4 o Sem prejuízo do disposto no art. 3 o , o uso de re- mediadores depende de prévia autorização do órgão ambiental com- petente. Parágrafo único. A autorização de uso a que se refere o caput também será exigida para os remediadores referidos no § 1 o do art. 3 o . Art. 5 o A importação de remediadores só poderá ser rea- lizada pelo titular do registro ou por terceiros por ele autorizados, após anuência prévia do IBAMA. Art. 6 o A produção ou importação de remediadores des- tinados à pesquisa e experimentação deverá ser objeto de autorização prévia pelo IBAMA. Art. 7 o Os biorremediadores, remediadores químicos e físico- químicos deverão exibir rótulos, contendo instruções e restrições de uso ao produto, para serem vendidos ou expostos à venda. Art. 8 o As informações aportadas no processo de registro de remediadores devem ser mantidas atualizadas e são de responsa- bilidade do registrante durante o processo e do titular do registro após a emissão deste. § 1 o As informações técnicas apresentadas pelo registrante ou titular do registro e suas atualizações deverão ser atestadas pelo responsável técnico. § 2 o As alterações de composição, forma de apresentação, embalagens, indicações e instruções de uso do remediador, bem como as condições de fabricação de biorremediadores, deverão ser pre- viamente submetidas à aprovação do IBAMA. Art. 9 o Será cancelado o registro do remediador quando constatada modificação não autorizada nos termos do § 2 o do art. 8 o . Art. 10. Fica revogada a Resolução n o 314, de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação. IZABELLA TEIXEIRA Presidente do Conselho SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO PORTARIA Nº 92, DE 29 DE JULHO DE 2014 O DIRETOR-GERAL SUBSTITUTO DO SERVIÇO FLO- RESTAL BRASILEIRO - SFB, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto na Portaria nº 359, de 17 de setembro de 2010, publicada no Diário Oficial da União em 20 de setembro de 2010, resolve: Art. 1 o Publicar o resumo executivo do Plano Anual de Outorga Florestal para o ano de 2015 - PAOF 2015, conforme Anexo desta Portaria, em cumprimento à Portaria n o 263, de 25 de julho de 2014, do Ministério do Meio Ambiente. Art. 2 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. MARCUS VINICIUS DA SILVA ALVES ANEXO RESUMO EXECUTIVO O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) da União para o ano de 2015 tem como objetivo selecionar e descrever as florestas públicas federais (FPF) habilitadas para concessão no período de janeiro a dezembro de 2015, considerando a convergência e o ali- nhamento com outras políticas públicas da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. O PAOF 2015 foi elaborado com base no Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP), que, em novembro de 2013, registrava aproximadamente 313 milhões de hectares de florestas públicas ca- dastradas - cerca de 224 milhões de hectares de florestas públicas federais, 89 milhões de hectares de florestas públicas estaduais e 120 mil hectares de florestas públicas municipais. As florestas públicas do Brasil estão localizadas nos di- ferentes biomas e regiões do país. No entanto, a maior parte (92,1%) encontra-se no Bioma Amazônico. São compostas por Terras In- dígenas (36%), Unidades de Conservação Federal (19%), florestas públicas estaduais destinadas (14%), glebas arrecadadas pela União e estados e ainda não destinadas (26%), áreas de uso comunitário (4%) e áreas militares (1%). Dentre os 313 milhões de hectares de florestas públicas, a seleção de áreas para concessão florestal observa, entre outros cri- térios, os impedimentos e as restrições legais. Nesse sentido, foram excluídos 98,9% dessas áreas, especialmente, Terras Indígenas, uni- dades de proteção integral e áreas de uso comunitário. Como re- sultado final do processo de seleção de áreas passíveis de concessão florestal em 2015, este PAOF torna elegível para concessão, apro- ximadamente, 3,4 milhões de hectares de florestas públicas federais, distribuídos em oito Florestas Nacionais e uma área destacada de gleba não destinada, com interesse do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para destinação direta. Essas áreas estão localizadas em três estados da Federação: Amazonas, Pará e Rondônia. O processo de elaboração do PAOF considerou iniciativas de grande valor estratégico, como: o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), o Ma- crozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal, entre ou- tros. Além disso, aspectos importantes relativos a outras concessões e políticas setoriais foram considerados neste Plano, tais como: mi- neração, petróleo e gás, infraestrutura, energia e água. Este Plano apresenta a manifestação formal da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), em cumprimento aos dispositivos da Lei no 11.284/2006. O Plano Anual de Outorga Florestal para o ano de 2015 estabelece os critérios de acesso às concessões florestais por pessoas jurídicas de micro, pequeno e médio portes, como forma de promover a equidade na política de gestão de florestas públicas no Brasil. O estabelecimento de parâmetros para a definição de ta- manhos das unidades de manejo considerou as peculiaridades re- gionais, a área necessária para completar um ciclo de produção da floresta, a estrutura, o porte e a capacidade dos agentes envolvidos na cadeia produtiva dos produtos, os serviços objeto da concessão, a infraestrutura local e o acesso aos mercados. Como forma de ampliar a oportunidade de acesso às con- cessões, este PAOF estabelece a inclusão obrigatória de, pelo menos uma Unidade de Manejo Florestal (UMF) pequena em cada lote a ser submetido a processo de licitação para concessão florestal por parte do SFB. No PAOF de 2015, as informações sobre o setor madeireiro na Amazônia Legal foram analisadas a partir dos dados oficiais dos sistemas eletrônicos de controle florestal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Do- cumento de Origem Florestal (DOF), dos estados, por meio do Sis- tema de Cadastro, Comercialização e Transporte de Produtos Flo- restais (Sisflora), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (IT- TO). Instituído pela Lei no 11.284/2006 Lei de Gestão de Flo- restas Públicas (LGFP) para, fundamentalmente, descrever as flo- restas públicas a serem submetidas a processos de concessão florestal no ano em que vigorar, o PAOF apresenta-se como um instrumento de planejamento das ações da União voltadas à produção florestal sustentável por meio da concessão de florestas públicas, naturais ou plantadas, para a exploração de recursos madeireiros, não madeireiros e serviços. No âmbito federal, o PAOF é elaborado e proposto pelo Serviço Florestal Brasileiro e definido e aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A elaboração do PAOF obedece aos dis- positivos legais e formais de consultas aos órgãos e entidades de governo, mas também leva em consideração a participação direta da sociedade, promovendo reuniões técnicas e submetendo a minuta do documento a consulta pública na internet. SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL PORTARIA N o 68, DE 29 DE JULHO DE 2014 O SECRETÁRIO DE ORÇAMENTO FEDERAL, tendo em vista a autorização constante do art. 38, § 1 o , inciso III, alínea "a", da Lei n o 12.919, de 24 de dezembro de 2013, e Considerando o cancelamento das negociações relativas à contratação de operação de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID para financiar o Projeto de Apoio à Mo- dernização da Advocacia-Geral da União - ProAgu, cujas despesas à conta do ingresso de recursos externos foram previstas na Lei or- çamentária vigente na ação "Representação Judicial e Extrajudicial da União e suas Autarquias e Fundações Federais"; e Considerando a necessidade de atender os compromissos as- sumidos com a prestação de serviços essenciais ao funcionamento do órgão, no âmbito dessa mesma ação, e a existência de excesso de arrecadação de Recursos Próprios Não Financeiros que podem fi- nanciar tais despesas, resolve: Art. 1 o Modificar, na forma dos Anexos I e II desta Portaria, as fontes de recursos constantes da Lei n o 12.952, de 20 de janeiro de 2014, no que concerne à Advocacia-Geral da União. Art. 2 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. JOSÉ ROBERTO FERNANDES JÚNIOR Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão .

Resolução Conama 463 - Remediadores

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A resolução 463 de 2014, considera a utilização adequada de remediadores na recuperação de ecossistemas contaminados e no tratamento de resíduos e efluentes e o uso inadequado, podendo acarretar desequilíbrio no ecossistema e danos ao meio ambiente.

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Page 1: Resolução Conama 463 - Remediadores

Nº 144, quarta-feira, 30 de julho de 2014 85ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012014073000085

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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I - número de registro no Conselho de Gestão do PatrimônioGenético: 05/2014;

II - proponente: Natura Inovação e Tecnologia de produtosLtda.;

III - objeto: repartição de benefícios oriundos do projetomencionado no art. 1º desta Deliberação; e

IV - fundamento legal: arts. 1º, inciso III e; 2º, da Resoluçãonº 40, de 27 de fevereiro de 2013, do Conselho de Gestão do Pa-trimônio Genético e, por analogia, aos termos dos arts. 16, § 4º; 27 a29, da Medida Provisória nº 2.186-16, de 2001.

Art. 3o As informações constantes do Processo nº02000.002863/2007-21, embora não transcritas aqui, são consideradaspartes integrantes deste documento.

Art. 4o Esta Deliberação entra em vigor na data de suapublicação.

IZABELLA TEIXEIRA

DELIBERAÇÃO No- 429, DE 26 DE MARÇO DE 2014

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE fazsaber que o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, no uso dascompetências que lhe foram conferidas pela Medida Provisória no

2.186-16, de 23 de agosto de 2001, e pelo Decreto no 3.945, de 28 desetembro de 2001, tendo em vista o disposto no art. 13, inciso III, eno art. 14 do seu Regimento Interno, publicado por meio da Portariano 316, de 25 de junho de 2002, resolve:

Art. 1o Postergar a apresentação do projeto de repartição debenefícios, previsto na Resolução no 40, de 2013, pela Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA, CNPJ no

00.348.003/0001-10, até o início do desenvolvimento tecnológico ouo depósito de pedido de patente, no âmbito do Processo no

02000.002639/2013-88, referente ao projeto intitulado "Avaliação degenótipos de cana-de-açúcar quanto a resposta à fixação biológica denitrogênio" incluído no portfólio de projetos da Autorização Especialde Acesso e de Remessa de Amostra de Componente do PatrimônioGenético para fins de Bioprospecção no 001-B/2013, em analogia aostermos previstos para postergação do CURB nos §§ 4o e 5o do art. 9o-D do Decreto no 3.945, de 28 de setembro de 2001.

Art. 2o As informações constantes do Processo no

02000.002639/2013-88, embora não transcritas aqui, são consideradaspartes integrantes deste documento.

Art. 3o Esta Deliberação entra em vigor na data de suapublicação.

IZABELLA TEIXEIRA

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

RESOLUÇÃO No- 463, DE 29 DE JULHO DE 2014

Dispõe sobre o controle ambiental de pro-dutos destinados à remediação.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CO-NAMA, no uso da competência que lhe é conferida pelo art. 8o,inciso VII, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981 e tendo em vistao disposto em seu Regimento Interno; e

Considerando que os acidentes com vazamentos de subs-tâncias potencialmente poluidoras, incluindo petróleo e seus deri-vados, constituem uma das principais fontes de poluição do meioambiente e que o uso de remediadores é uma opção viável nas açõesespecíficas de recuperação;

Considerando os benefícios que podem advir da utilizaçãoadequada de remediadores na recuperação de ecossistemas conta-minados e no tratamento de resíduos e efluentes;

Considerando que, em função de suas peculiaridades ou deum uso inadequado, os remediadores podem acarretar desequilíbriono ecossistema e danos ao meio ambiente, resolve:

Art. 1o Esta resolução dispõe sobre o controle ambiental deremediadores para fins de produção, importação, exportação, comer-cialização e utilização.

Art. 2o Para os efeitos desta Resolução, entende-se por:I - remediador: produto ou agente de processo físico, quí-

mico ou biológico destinado à recuperação de ambientes e ecos-sistemas contaminados e ao tratamento de efluentes e resíduos;

II - biorremediador: remediador que apresenta como ingre-diente ativo microrganismos capazes de se reproduzir e de degradarbioquimicamente compostos e substâncias contaminantes;

III - bioestimulador: remediador que favorece o crescimentode microrganismos naturalmente presentes no ambiente e capazes deacelerar o processo de degradação dos compostos e substâncias con-taminantes;

IV - remediador químico ou físico-químico: remediador queapresenta como ingrediente ativo substância ou composto químico,capaz de degradar, adsorver ou absorver compostos e substânciascontaminantes;

V - fitorremediador: vegetal empregado como remediadorcom a finalidade de remover, imobilizar ou reduzir o potencial decontaminantes orgânicos e inorgânicos presentes no solo ou naágua;

VI - agente de processo físico: equipamento, material ouinstrumento empregado como remediador em processo físico, me-cânico ou térmico de recuperação de ambientes e ecossistemas con-taminados ou no tratamento de efluentes e resíduos;

VII - responsável técnico: profissional legalmente habilitado,capacitado nas tecnologias que compõem o produto, responsável pe-las informações técnicas apresentadas pelo registrante ou titular doregistro;

VIII - registrante: pessoa física ou jurídica responsável pelorequerimento do registro do produto remediador e responsável legalpelas informações nele contidas;

IX - titular do registro: pessoa física ou jurídica que detémos direitos e as obrigações conferidas pelo registro de um remediadore responsável legal pela sua comercialização e pela garantia da ma-nutenção das características do produto em conformidade com aque-las apresentadas ao órgão registrante, incluindo a composição doproduto, indicações de uso e demais características descritas no rótulodo produto;

X - pesquisa e experimentação: atividades referentes à pre-paração ou aplicação de remediador em escala piloto e em condiçõescontroladas, visando à obtenção de conhecimento a ele relativo, parafins de registro ou para alteração das características ou indicações deuso de produto remediador já registrado.

Art. 3o A comercialização e o uso de remediadores depen-dem de prévio registro junto ao Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, que estabelecerá osrequisitos e os procedimentos para a aplicação desta Resolução.

§ 1o Estão dispensados da obtenção de registro os bioes-timuladores e os fitorremediadores, desde que não compostos porespécies exóticas, além dos agentes de processos físicos.

§ 2o Produtos ou agentes de processo físico, químico, bio-lógico, ou combinados entre si, a serem empregados com a finalidadede controle de organismo indesejado não se caracterizam como re-m e d i a d o r.

Art. 4o Sem prejuízo do disposto no art. 3o, o uso de re-mediadores depende de prévia autorização do órgão ambiental com-petente.

Parágrafo único. A autorização de uso a que se refere o caputtambém será exigida para os remediadores referidos no § 1o do art.3o.

Art. 5o A importação de remediadores só poderá ser rea-lizada pelo titular do registro ou por terceiros por ele autorizados,após anuência prévia do IBAMA.

Art. 6o A produção ou importação de remediadores des-tinados à pesquisa e experimentação deverá ser objeto de autorizaçãoprévia pelo IBAMA.

Art. 7o Os biorremediadores, remediadores químicos e físico-químicos deverão exibir rótulos, contendo instruções e restrições deuso ao produto, para serem vendidos ou expostos à venda.

Art. 8o As informações aportadas no processo de registro deremediadores devem ser mantidas atualizadas e são de responsa-bilidade do registrante durante o processo e do titular do registro apósa emissão deste.

§ 1o As informações técnicas apresentadas pelo registranteou titular do registro e suas atualizações deverão ser atestadas peloresponsável técnico.

§ 2o As alterações de composição, forma de apresentação,embalagens, indicações e instruções de uso do remediador, bem comoas condições de fabricação de biorremediadores, deverão ser pre-viamente submetidas à aprovação do IBAMA.

Art. 9o Será cancelado o registro do remediador quandoconstatada modificação não autorizada nos termos do § 2o do art.8o.

Art. 10. Fica revogada a Resolução no 314, de 2002, doConselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRAPresidente do Conselho

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO

PORTARIA Nº 92, DE 29 DE JULHO DE 2014

O DIRETOR-GERAL SUBSTITUTO DO SERVIÇO FLO-RESTAL BRASILEIRO - SFB, no uso de suas atribuições e tendo emvista o disposto na Portaria nº 359, de 17 de setembro de 2010,publicada no Diário Oficial da União em 20 de setembro de 2010,resolve:

Art. 1o Publicar o resumo executivo do Plano Anual deOutorga Florestal para o ano de 2015 - PAOF 2015, conforme Anexodesta Portaria, em cumprimento à Portaria no 263, de 25 de julho de2014, do Ministério do Meio Ambiente.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

MARCUS VINICIUS DA SILVA ALVES

ANEXO

RESUMO EXECUTIVOO Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) da União para o

ano de 2015 tem como objetivo selecionar e descrever as florestaspúblicas federais (FPF) habilitadas para concessão no período dejaneiro a dezembro de 2015, considerando a convergência e o ali-nhamento com outras políticas públicas da União, dos estados, dosmunicípios e do Distrito Federal.

O PAOF 2015 foi elaborado com base no Cadastro Nacionalde Florestas Públicas (CNFP), que, em novembro de 2013, registravaaproximadamente 313 milhões de hectares de florestas públicas ca-dastradas - cerca de 224 milhões de hectares de florestas públicasfederais, 89 milhões de hectares de florestas públicas estaduais e 120mil hectares de florestas públicas municipais.

As florestas públicas do Brasil estão localizadas nos di-ferentes biomas e regiões do país. No entanto, a maior parte (92,1%)encontra-se no Bioma Amazônico. São compostas por Terras In-dígenas (36%), Unidades de Conservação Federal (19%), florestaspúblicas estaduais destinadas (14%), glebas arrecadadas pela União eestados e ainda não destinadas (26%), áreas de uso comunitário (4%)e áreas militares (1%).

Dentre os 313 milhões de hectares de florestas públicas, aseleção de áreas para concessão florestal observa, entre outros cri-térios, os impedimentos e as restrições legais. Nesse sentido, foramexcluídos 98,9% dessas áreas, especialmente, Terras Indígenas, uni-dades de proteção integral e áreas de uso comunitário. Como re-sultado final do processo de seleção de áreas passíveis de concessãoflorestal em 2015, este PAOF torna elegível para concessão, apro-ximadamente, 3,4 milhões de hectares de florestas públicas federais,distribuídos em oito Florestas Nacionais e uma área destacada degleba não destinada, com interesse do Serviço Florestal Brasileiro(SFB) para destinação direta. Essas áreas estão localizadas em trêsestados da Federação: Amazonas, Pará e Rondônia.

O processo de elaboração do PAOF considerou iniciativas degrande valor estratégico, como: o Plano de Ação para a Prevenção eControle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), o Ma-crozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal, entre ou-tros. Além disso, aspectos importantes relativos a outras concessões epolíticas setoriais foram considerados neste Plano, tais como: mi-neração, petróleo e gás, infraestrutura, energia e água.

Este Plano apresenta a manifestação formal da Secretaria doPatrimônio da União (SPU), em cumprimento aos dispositivos da Leino 11.284/2006.

O Plano Anual de Outorga Florestal para o ano de 2015estabelece os critérios de acesso às concessões florestais por pessoasjurídicas de micro, pequeno e médio portes, como forma de promovera equidade na política de gestão de florestas públicas no Brasil.

O estabelecimento de parâmetros para a definição de ta-manhos das unidades de manejo considerou as peculiaridades re-gionais, a área necessária para completar um ciclo de produção dafloresta, a estrutura, o porte e a capacidade dos agentes envolvidos nacadeia produtiva dos produtos, os serviços objeto da concessão, ainfraestrutura local e o acesso aos mercados.

Como forma de ampliar a oportunidade de acesso às con-cessões, este PAOF estabelece a inclusão obrigatória de, pelo menosuma Unidade de Manejo Florestal (UMF) pequena em cada lote a sersubmetido a processo de licitação para concessão florestal por partedo SFB.

No PAOF de 2015, as informações sobre o setor madeireirona Amazônia Legal foram analisadas a partir dos dados oficiais dossistemas eletrônicos de controle florestal do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Do-cumento de Origem Florestal (DOF), dos estados, por meio do Sis-tema de Cadastro, Comercialização e Transporte de Produtos Flo-restais (Sisflora), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (IT-TO ) .

Instituído pela Lei no 11.284/2006 Lei de Gestão de Flo-restas Públicas (LGFP) para, fundamentalmente, descrever as flo-restas públicas a serem submetidas a processos de concessão florestalno ano em que vigorar, o PAOF apresenta-se como um instrumentode planejamento das ações da União voltadas à produção florestalsustentável por meio da concessão de florestas públicas, naturais ouplantadas, para a exploração de recursos madeireiros, não madeireirose serviços.

No âmbito federal, o PAOF é elaborado e proposto peloServiço Florestal Brasileiro e definido e aprovado pelo Ministério doMeio Ambiente (MMA). A elaboração do PAOF obedece aos dis-positivos legais e formais de consultas aos órgãos e entidades degoverno, mas também leva em consideração a participação direta dasociedade, promovendo reuniões técnicas e submetendo a minuta dodocumento a consulta pública na internet.

SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL

PORTARIA No 68, DE 29 DE JULHO DE 2014

O SECRETÁRIO DE ORÇAMENTO FEDERAL, tendo emvista a autorização constante do art. 38, § 1o, inciso III, alínea "a", daLei no 12.919, de 24 de dezembro de 2013, e

Considerando o cancelamento das negociações relativas àcontratação de operação de crédito com o Banco Interamericano deDesenvolvimento - BID para financiar o Projeto de Apoio à Mo-dernização da Advocacia-Geral da União - ProAgu, cujas despesas àconta do ingresso de recursos externos foram previstas na Lei or-çamentária vigente na ação "Representação Judicial e Extrajudicial daUnião e suas Autarquias e Fundações Federais"; e

Considerando a necessidade de atender os compromissos as-sumidos com a prestação de serviços essenciais ao funcionamento doórgão, no âmbito dessa mesma ação, e a existência de excesso dearrecadação de Recursos Próprios Não Financeiros que podem fi-nanciar tais despesas, resolve:

Art. 1o Modificar, na forma dos Anexos I e II desta Portaria,as fontes de recursos constantes da Lei no 12.952, de 20 de janeiro de2014, no que concerne à Advocacia-Geral da União.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

JOSÉ ROBERTO FERNANDES JÚNIOR

Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão

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