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Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 1
RESOLUÇÃO Nº 1.289
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de
31.12.64, torna público que o CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL, em sessão realizada em
19.03.87, tendo em vista o disposto nas Leis nºs 4.728, de 14.07.65, e 6.385, de 07.12.76, e nos
Decretos-leis nºs 1.986, de 28.12.82, e 2.285, de 23.07.86,
R E S O L V E U:
I - Aprovar os Regulamentos que seguem como anexos I, II e III, que disciplinam
respectivamente a constituição, o funcionamento e a administração de Sociedade de Investimen-
to - Capital Estrangeiro, Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro e Carteira de Títulos e Va-
lores Mobiliários mantida no País por entidades mencionadas no art. 2º do Decreto-lei nº 2.285,
de 23.07.86.
II - A Comissão de Valores Mobiliários, ressalvado o disposto no art. 49, § 1º, alí-
neas "a" e "b", da Lei nº 4.728, de 14.07.65, poderá adotar as medidas julgadas necessárias à
execução desta Resolução, inclusive estabelecer normas e práticas referentes à administração e
aos limites máximos de remuneração, observado o disposto no inciso IV do art. 8º, da Lei nº
6.385, de 07.12.76.
III - O Banco Central, dentro de sua esfera de competência, poderá adotar as me-
didas julgadas necessárias à execução desta Resolução.
IV - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revoga-
das as Resoluções nºs 790, de 11.01.83, 910, de 05.04.84, e 1.224, de 28.11.86, e o item II, alínea
"b" da Resolução nº 1.120, de 04.04.86.
Brasília-DF, 20 de março de 1987
Francisco Roberto André Gros
Presidente
Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.
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(Regulamento Anexo I revogado, a partir de 31/3/2001, pela Resolução nº 2.689, de 26/1/2000.)
REGULAMENTO ANEXO I À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA A
CONSTITUIÇÃO, O FUNCIONAMENTO E A ADMINISTRAÇÃO DE SOCIEDADE DE
INVESTIMENTO - CAPITAL ESTRANGEIRO.
CAPÍTULO I
Da Constituição e das Características
Art. 1º A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro de que participem pes-
soas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, assumirá a forma de
sociedade anônima de capital autorizado e deverá ter por objeto a aplicação em carteira diversifi-
cada de títulos e valores mobiliários.
Parágrafo Único. A Sociedade terá prazo indeterminado de duração e adotará, em
sua denominação, a expressão "Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro".
Art. 2º Dependerá de prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários a
constituição de Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, bem como os seguintes atos re-
lativos à Sociedade:
I - a elevação do capital autorizado;
II - o aumento do capital por incorporação de reservas e lucros;
III - a investidura de membros de órgãos estatutários;
IV - a alteração do estatuto social;
V - a redução do capital subscrito;
VI - a dissolução ou a liquidação da Sociedade;
VII - os contratos celebrados com agentes de subscrição para captação de recursos
no Exterior, destinados à subscrição ou à aquisição de ações da Sociedade;
VIII - a substituição da instituição administradora da carteira de títulos e valores
mobiliários;
IX - o contrato de administração da carteira de títulos e valores mobiliários.
§ 2º O estatuto da Sociedade contemplará, obrigatoriamente, as disposições conti-
das nos arts. 48 a 51.
§ 3º O Banco Central do Brasil será ouvido na constituição da Sociedade e nos ca-
sos previstos nos incisos III, VI e VIII deste artigo.
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CAPÍTULO II
Do Capital Social
Art. 3º A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro será constituída com
capital subscrito e integralizado e capital autorizado não inferiores a Cz$ 10.000.000,00 (dez mi-
lhões de cruzados) e a Cz$ 350.000.000,00 (trezentos e cinqüenta milhões de cruzados), respec-
tivamente.
Art. 3º A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro será constituída com
capital subscrito e integralizado e capital autorizado não inferiores a 125.000 (cento e vinte e
cinco mil) Bônus do Tesouro Nacional e a 4.400.000 (quatro milhões e quatrocentos mil) Bônus
do Tesouro Nacional, respectivamente. (Redação dada pela Resolução nº 1.658, de 26/10/1989.)
§ 1°O capital social será representado por ações ordinárias nominativas.
§ 2° As ações poderão ter ou não valor nominal. Do preço de emissão fixado para
a subscrição do capital inicial, 90% (noventa por cento) deverá ser destinado à formação de re-
serva de capital.
Art. 3º O capital inicial da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro será
subscrito e integralizado por banco de investimento, sociedade corretora ou sociedade distribui-
dora de títulos e valores mobiliários, que atender às condições estabelecidas no art. 16.
Parágrafo Único. As quantias recebidas na subscrição do capital inicial serão de-
positadas em bancos comerciais autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, no prazo
máximo de 5 (cinco) dias de seu recebimento, em nome do subscritor e a favor da Sociedade em
organização, que só poderá levantá-las após haver adquirido personalidade jurídica.
Art. 4º As ações subscritas pelo fundador serão alienadas aos investidores no exte-
rior no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de sua subscrição.
Parágrafo Único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá, no caso de inobser-
vância do prazo estabelecido neste artigo, determinar a liquidação da Sociedade.
Art. 5º As ações subscritas serão integralizadas em moeda corrente, no ato da
subscrição.
Art. 6º Os aumentos de capital em espécie serão destinados, exclusivamente, à
subscrição por pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, ve-
dada a colocação das respectivas ações no mercado interno e dispensado o depósito a que se re-
fere o parágrafo único do art. 4º.
Art. 7º Nos casos de aumento de capital por capitalização de reservas e lucros,
com distribuição de novas ações, a instituição administradora apresentará ao Banco Central do
Brasil relação global dos investidores, acompanhada de fichas individuais, em que discriminará o
número de ações distribuídas e a quantidade total possuída.
Parágrafo Único. Os documentos referidos no "caput" serão apresentados no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, contados da data do ato que aprovar o aumento de capital.
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Art. 8º As ações da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, após a inte-
gralização do capital inicial, serão subscritas ou adquiridas a preço determinado pela divisão de
seu patrimônio líquido atualizado pelo número de ações em circulação.
§ 1° O preço de subscrição ou de aquisição será calculado diariamente.
§ 2° O número de ações em circulação será determinado pela soma da quantidade
de ações subscritas mais as distribuídas por bonificação, menos as que se encontrarem em tesou-
raria.
§ 3° Para o cálculo do número de ações subscritas com os recursos ingressados no
País, será deduzida, exclusivamente, a corretagem de câmbio, quando devida.
§ 4° Entende-se por patrimônio líquido a soma do disponível mais o valor da car-
teira, mais valores a receber, menos exigibilidades. Para se determinar o valor da carteira, serão
observados os critérios estabelecidos pelo plano de contas referido no art. 37.
Art. 10. A data considerada, para efeito de subscrição ou de aquisição das ações
de emissão da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, será a do 1º (primeiro) dia útil
subseqüente ao da efetiva disponibilidade dos recursos provenientes do exterior em favor da ins-
tituição administradora.
Art. 11. À Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro não se aplicarão as
normas de variação nas contas do patrimônio líquido, decorrente de correção monetária, previs-
tas na Lei nº 6.404, de 15.12.76.
CAPÍTULO III
Da Administração
Art. 12. A administração da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro
compreenderá:
a) a da Sociedade;
b) a da carteira de títulos e valores mobiliários.
Seção I - Da Administração da Sociedade
Art. 13. A administração da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro
competirá ao conselho de administração e à diretoria, previstos no estatuto social e cujos mem-
bros tiverem sido eleitos pela assembléia geral de acionistas e pelo conselho de administração,
respectivamente.
Parágrafo Único. Na Sociedade em organização, os administradores serão nomea-
dos pelo subscritor do capital inicial.
Art. 14. O afastamento, por prazo certo ou indeterminado, de administrador da
Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, em gozo de licença, não o excluirá do rol de
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administradores, devendo sujeitar-se, mesmo enquanto perdurar o afastamento, às disposições
aplicáveis àqueles em exercício.
Art. 15. Aplicam-se aos administradores e membros de órgãos estatutários da So-
ciedade de Investimento - Capital Estrangeiro as normas para eleição, homologação e exercício
de cargos vigentes para administradores e membros de órgãos estatutários das instituições auto-
rizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Seção II - Da Administração da Carteira
Art. 16. A administração da carteira de títulos e valores mobiliários da Sociedade
de Investimento - Capital Estrangeiro será exercida, mediante contrato, por banco de investimen-
to, sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários, autorizados
pela Comissão de Valores Mobiliários à prática da atividade prevista no art. 23 da Lei nº 6.385,
de 07.12.76.
§ 1º A instituição administradora deverá manter departamento técnico especiali-
zado em análise de títulos e valores mobiliários, sob supervisão e responsabilidade direta de um
de seus diretores.
§ 2°A instituição administradora deverá apresentar patrimônio líquido não inferior
ao estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 17. O contrato referido no artigo anterior deverá conter, no mínimo, cláusulas
que especifiquem:
I - as datas de seu início e término e disposições quanto à sua eventual prorroga-
ção;
II - os serviços que a instituição administradora prestará à Sociedade, em estrita
consonância com o estatuto social e as normas vigentes;
III - a remuneração dos serviços da instituição administradora e a forma de seu
pagamento;
IV - as condições de substituição da instituição administradora;
V - a assembléia geral de acionistas ou o ato de constituição da Sociedade que
aprovar o contrato de administração;
VI - o diretor da instituição administradora diretamente responsável pela adminis-
tração da carteira de títulos e valores mobiliários.
Art. 18. A Comissão de Valores Mobiliários, no uso de suas atribuições legais,
poderá descredenciar a instituição administradora da carteira de títulos e valores mobiliários da
Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro se esta deixar de cumprir as normas vigentes.
§ 1° O processo de descredenciamento terá início mediante notificação da Comis-
são de Valores Mobiliários à instituição administradora, com indicação dos fatos que o funda-
mente e do prazo, não inferior a 15 (quinze) dias, para apresentar defesa.
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§ 2°A decisão da Comissão de Valores Mobiliários que descredenciar a instituição
administradora deverá ser fundamentada, cabendo recurso ao Conselho Monetário Nacional, sem
efeito suspensivo, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data do recebimento da comunicação
expedida pela Comissão.
§ 3° Na hipótese de descredenciamento, fica a instituição administradora obrigada
a convocar, imediatamente, assembléia geral, para eleger a sua substituta ou deliberar a liquida-
ção da Sociedade.
§ 4° Caberá ao Banco Central do Brasil requerer à Comissão de Valores Mobiliá-
rios o descredenciamento da instituição administradora que descumprir as normas vigentes no
âmbito de sua competência, dentre as quais aquelas relativas ao registro de capital estrangeiro e
de recolhimento do imposto de renda devido na remessa de rendimentos.
Art. 19. Os administradores da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro e
a instituição administradora da carteira de títulos e valores mobiliários serão responsáveis pelo
fiel cumprimento das normas legais e regulamentares vigentes, sendo-lhes aplicável o disposto
no Capitulo V da Lei nº 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da Lei nº 6.385, de 07.12.76, indepen-
dentemente de outras sanções legais eventualmente cabíveis.
CAPÍTULO IV
Do Credenciamento de Agentes de Subscrição
Art. 20. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro poderá credenciar
agentes de subscrição, mediante contrato, com a finalidade de captar recursos no exterior para a
subscrição ou aquisição de ações da Sociedade.
§ 1º O agente de subscrição credenciado deverá estar habilitado a operar nos mer-
cados financeiros ou de capitais do país em que mantiver sede.
§ 2º O contrato de agenciamento só entrará em vigor após registrado na Comissão
de Valores Mobiliários e no Banco Central do Brasil.
Art. 21. O contrato de agenciamento deverá conter, no mínimo, as seguintes dis-
posições:
I - referência ao estatuto da Sociedade, cuja cópia integrará o contrato;
II - O valor da captação contratada;
III - custo do serviço a ser prestado, a cargo do investidor no exterior;
IV - o valor mínimo de cada subscrição ou aquisição, por acionista, que não pode-
rá ser inferior a US$ 1,000.00 (um mil dólares), ou o seu equivalente na moeda estrangeira do
país de origem dos recursos;
V - compromisso do agente de subscrição de:
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a) remeter os recursos captados, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis de sua
captação;
b) fornecer, na forma de orientação recebida da instituição administradora, todos
os elementos necessários ao registro, no Banco Central do Brasil, da entrada dos recursos;
c) não subcontratar o agenciamento de captação, exceto quando previamente auto-
rizado pela instituição administradora;
d) submeter à aprovação prévia da instituição administradora quaisquer textos pu-
blicitários relativos ao lançamento da ações, bem como os prospectos e folhetos a serem distribu-
ídos ao público;
e) fazer constar, expressamente, no documento ou recibo fornecido ao investidor,
o valor líquido que será remetido com vistas à subscrição ou aquisição de ações da Sociedade,
após descontadas as taxas e despesas cabíveis;
f) assegurar ao investidor pleno conhecimento das disposições reguladoras do
funcionamento da Sociedade;
g) cumprir todas as exigências legais e regulamentares no país de origem dos re-
cursos relativos à captação para aplicação em ações da Sociedade.
CAPÍTULO V
Do Registro de Recursos Externos Ingressados
Art. 22. Os recursos ingressados no País estarão sujeitos a registro no Banco Cen-
tral do Brasil, para efeito de controle do capital estrangeiro e de futuras remessas para o exterior
de dividendos ou bonificações em dinheiro, de ganhos de capital obtidos na alienação de ações
de emissão da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro e de retorno de capital investido.
§ 1° O registro será requerido pela instituição administradora até o último dia útil
do mês seguinte àquele em que se efetivarem as aplicações.
§ 2° Para obtenção de registro, a instituição administradora deverá apresentar re-
lação global dos investidores, acompanhada de fichas individuais, discriminando a aplicação de
cada um.
§ 3° A cada subscrição ou aquisição de ações de emissão da Sociedade correspon-
derá um registro distinto de investimento em moeda estrangeira em nome do acionista, respeita-
do sempre o valor mínimo previsto no art. 21, inciso IV.
§ 4° A relação referida no § 2º deste artigo será entregue mediante protocolo e os
investimentos serão considerados automaticamente registrados, sem prejuízo da responsabilidade
da instituição administradora pela exatidão e propriedade dos documentos encaminhados e das
informações prestadas, o que poderá ser verificado, a qualquer tempo, pelo Banco Central do
Brasil, que, se for o caso, adotará as providências cabíveis para a regularização do registro e res-
ponsabilização da instituição administradora.
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Art. 22. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 23. O valor do registro de investimento em moeda estrangeira não sofrerá
qualquer alteração no caso de emissão de ações resultante de aumento de capital por capitaliza-
ção de reservas e lucros, modificando-se o registro apenas na parte relativa ao número de ações.
Parágrafo único. Nos aumentos de capital efetuados na forma deste artigo, a insti-
tuição administradora deverá adotar as providências previstas no art. 8º.
Art. 23. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 24. As ações da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro relativas a
cada registro de capital estrangeiro serão transferíveis no exterior mediante documento hábil, o
qual só produzirá efeitos perante a Sociedade depois de apresentado à instituição administradora,
devidamente formalizado.
§ 1º Apresentado o pedido de transferência, formulado de acordo com as disposi-
ções do "caput", a instituição administradora deverá efetivá-la no prazo máximo de 5 (cinco) di-
as.
§ 2º A instituição administradora requererá ao Banco Central do Brasil a alteração
do registro de capital estrangeiro, exclusivamente para mudança do nome do investidor, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da efetivação da transferência, juntando a ficha in-
dividual correspondente ao novo investidor estrangeiro.
§ 3º A instituição administradora poderá suspender os serviços de transferência de
ações por período não superior a 15 (quinze) dias consecutivos, antecedentes às datas de distri-
buição de resultados, vedada a suspensão desses serviços, durante o ano, por mais de 90 (noven-
ta) dias.
Art. 24. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 25. O certificado de registro do capital estrangeiro emitido pelo Banco Cen-
tral do Brasil, será o instrumento hábil para que se efetivem o retorno do capital estrangeiro e as
remessas de dividendos ou bonificações em dinheiro e de ganhos de capital obtidos na venda de
ações de emissão de Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro.
Parágrafo único. As remessas serão processadas pela instituição administradora,
através de bancos autorizados a operar em câmbio, correspondendo, a cada tipo de remessa, fe-
chamento de câmbio distinto.
Art. 25. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 26. Por ocasião das remessas, a instituição administradora deverá entregar aos
bancos intervenientes nas operações os documentos a seguir relacionados, devidamente formali-
zados e autenticados, para que, juntamente com a 4ª (quarta) via dos contratos de câmbio, sejam
encaminhados ao Banco Central do Brasil:
I) nos casos de dividendos ou bonificações em dinheiro:
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a) demonstrações financeiras, com base nas quais estiverem sendo distribuídos os
rendimentos;
b) documento comprobatório de disposição estatutária e do ato que autorizar a dis-
tribuição dos rendimentos;
c) prova de recolhimento do imposto de renda;
II) nos casos de retorno de capital e de ganhos de capital: comprovante da aliena-
ção das ações.
Art. 26. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 27. A instituição administradora deverá encaminhar ao Banco Central do Bra-
sil, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da efetivação da remessa, os seguintes documentos:
I - nos casos de dividendos ou bonificações em dinheiro:
a) valor global dos dividendos remetidos;
b) relação discriminativa, contendo os nomes dos acionistas, a quantidade de
ações possuídas, os valores bruto e líquido do dividendo de cada um, com a indicação do valor e
do número de registro de capital estrangeiro;
II - nos casos de retorno de capital e de ganhos de capital:
a) demonstrativo evidenciando o número de ações vendidas e o produto da respec-
tiva negociação;
b) especificação das baixas do registro de capital estrangeiro.
Art. 27. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 28. Na efetivação das transferências prevista no art. 25, os bancos interveni-
entes serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte da instituição administrado-
ra e de acordo com a natureza da remessa, dos dispositivos deste Regulamento, cabendo-lhes,
ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras, inclusive no que tange às
anotações cabíveis nas folhas anexas aos certificados de registro.
Art. 28. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 29. O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente os registros de in-
vestimentos em moeda estrangeira efetivados na forma deste Regulamento.
Art. 29. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO VI
Da Liquidação do Investimento
Art. 30. O capital correspondente a cada investimento ficará sujeito a um prazo
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mínimo de 90 (noventa) dias de permanência no País, findo o qual poderá ser retornado o valor
apurado na liquidação do investimento.
Art. 30. (Revogado pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Art. 31. A liquidação do investimento será feita mediante a compra das ações pela
própria Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, pelo valor que estiver em vigor no 1º
(primeiro) dia subseqüente ao da entrada do pedido de liquidação na Sociedade e calculado na
forma prevista no art. 9º, mantendo-se as ações adquiridas em tesouraria.
Parágrafo único. O pedido de liquidação do investimento acompanhado das res-
pectivas ações, será dirigido à Sociedade pelo investidor no exterior, a qualquer tempo, direta-
mente ou através do agente de subscrição.
Art. 32. A liquidação será efetuada em dinheiro, dentro do prazo de 10 (dez) dias
úteis, contado da data do recebimento do pedido na Sociedade de Investimento - Capital Estran-
geiro, observadas as seguintes normas:
II - a aquisição das ações da própria Sociedade será feita mediante a aplicação de
reservas de capital ou de lucros, deduzidas do valor despendido na aquisição das ações em tesou-
raria;
III - se as reservas referidas no inciso anterior inexistirem ou forem insuficientes
para atendimento dos pedidos de liquidação, a Sociedade poderá aplicar recursos do capital
subscrito na aquisição de suas ações.
§ 2º A Sociedade terá o prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias para proceder à
recolocação das ações adquiridas na forma do inciso II deste artigo, findo o qual as ações acaso
remanescentes deverão ser canceladas, mediante redução do capital subscrito.
§ 3º Enquanto não colocadas todas as ações existentes em tesouraria, adquiridas
na forma dos incisos I e II deste artigo, com preferência para a colocação das ações adquiridas
com recursos do capital subscrito, não serão feitas emissões de ações para aumento do capital
subscrito.
§ 4º A Comissão de Valores Mobiliários poderá estabelecer normas complementa-
res relativas aos prazos de que trata este artigo.
CAPÍTULO VII
Das Demonstrações Financeiras, Publicidade e Remessa de Documentos
Art. 33. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro deverá informar, se-
manalmente, o seu valor patrimonial líquido e o de cada ação de seu capital, à bolsa de valores
da localidade de sua sede, com vistas à divulgação desses dados.
Art. 34. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro fornecerá a cada acio-
nista, ao menos semestralmente, documento contendo as seguintes informações:
I - rentabilidade auferida no semestre;
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II - valor e composição da carteira, discriminando quantidade, espécie e a cotação
dos títulos e valores mobiliários que a integrarem, valor de cada aplicação e sua percentagem so-
bre o valor total da carteira;
III - balanço e demais demonstrações financeiras referentes ao semestre;
IV - resumo dos relatórios da instituição administradora e pareceres dos auditores.
Art. 35. Até o dia 10 (dez) de cada mês, a Sociedade de Investimento - Capital Es-
trangeiro remeterá à Comissão de Valores Mobiliários o balancete do mês anterior, acompanha-
do de demonstrativo de composição da carteira, que especificará, entre outros dados, a quantida-
de, espécie e cotação dos títulos e valores mobiliários que a integrarem, o valor de cada
aquisição, destacando os adquiridos por subscrição e os em bolsa de valores, bem como os de
emissão de companhias abertas controladas por capitais privados nacionais.
Parágrafo único. Por ocasião da remessa dos documentos referidos no "caput", a
Sociedade juntará demonstrativo da evolução, no período, dos recursos captados, das liquidações
efetuadas e das compras e vendas de títulos e valores mobiliários.
Art. 36. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro levantará balancetes
ao final de cada mês e balanços semestrais, estes em 31 de março e 30 de setembro de cada ano.
Parágrafo único. As demonstrações financeiras semestrais, levantadas nos meses
de março e setembro, serão auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valo-
res Mobiliários.
Art. 37. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro estará sujeita às nor-
mas de escrituração e demonstração financeira expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. O plano de conta editado pela Comissão de Valores Mobiliários
estabelecerá as normas para avaliação dos ativos integrantes da carteira da Sociedade e observará
orientação do Banco Central do Brasil no que diz respeito aos títulos.
CAPÍTULO VIII
Dos Aspectos Fiscais
Art. 38. A Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro está isenta de imposto
de renda na fonte ou na declaração de pessoa jurídica, desde que atenda às disposições deste Re-
gulamento.
Art. 39. As reservas da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro serão
mantidas em contas específicas, observadas as normas contábeis expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários e de acordo com os seguintes critérios:
I - os recursos registrados como reserva de capital só poderão ser utilizados na
aquisição de ações da própria Sociedade na forma prevista no art. 32;
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II - as reservas provenientes de lucros que remanescerem após a distribuição de
dividendos ou de bonificações em dinheiro poderão ser aplicados pela Sociedade, alternativa-
mente, em:
a) aquisição de ações de emissão da própria Sociedade, na forma prevista no art.
32;
b) distribuição complementar de dividendos ou de bonificações em dinheiro;
c) incorporação ao capital da Sociedade, observado o disposto no art. 8º.
§ 2º As reservas previstas neste artigo, quaisquer que sejam seus montantes em re-
lação ao capital subscrito da Sociedade, não se sujeitarão ao imposto de renda.
§ 3º Os aumentos de capital realizados pela Sociedade mediante incorporação de
lucros, na forma prevista no inciso II, alínea "c", deste artigo, estarão isentos do imposto de ren-
da, não se sujeitando, igualmente, à tributação o valor das ações novas distribuídas aos acionis-
tas.
Art. 40. Os dividendos e bonificações em dinheiro, distribuídos pela Sociedade de
Investimento - Capital Estrangeiro a acionistas residentes, domiciliados ou com sede no exterior,
estão sujeitos ao imposto de renda na fonte, à alíquota de 15% (quinze por cento), ressalvado o
disposto no art. 42.
Art. 41. O produto da conversão, em moeda estrangeira, dos valores em cruzados
obtidos na alienação de ações de emissão da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro,
por pessoas físicas ou jurídicas, residentes, domiciliados ou com sede no exterior, poderá retor-
nar com isenção do imposto de renda.
Art. 42. O imposto de renda na fonte sobre os rendimentos referidos no art. 40,
produzidos por recursos ingressados no País até a data da entrada em vigor do Decreto-lei nº
1.986, de 28.12.82, e integralmente mantidos no País pelos prazos abaixo, contados da data do
respectivo registro do investimento inicial no Banco Central do Brasil, será calculado de acordo
com a seguinte tabela:
I - acima de 6 (seis) e até 7 (sete) anos, 12% (doze por cento);
II - acima de 7 (sete) e até 8 (oito) anos, 10% (dez por cento);
III - acima de 8 (oito) anos, 8% (oito por cento).
Parágrafo único. A regressividade prevista neste artigo cessará no ano em que
ocorrer qualquer retorno do investimento por ela beneficiado, aplicando-se, daí em diante, a alí-
quota correspondente ao prazo em que a totalidade do investimento inicial permanecer no País.
CAPÍTULO IX
Da Composição da Carteira de Títulos e Valores Mobiliários
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 13
Art. 43. Do valor global das aplicações da Sociedade de Investimento - Capital
Estrangeiro, mínimos de 50% (cinqüenta por cento) serão representados por ações ou debêntures
conversíveis em ações de emissão de companhias abertas controladas por capitais privados naci-
onais.
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Letras do Banco Central;
II - Letras do Tesouro Nacional;
III - Obrigações do Tesouro Nacional;
IV - debêntures de emissão de companhias abertas controladas por capitais priva-
dos nacionais;
V - ações de companhias registradas em bolsa de valores, adquiridas em bolsa ou
por subscrição.
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Cotas de fundos de aplicação financeira;
II - Títulos de emissão do tesouro nacional ou do Banco Central do Brasil;
III - Debêntures de emissão de companhias abertas controladas por capitais priva-
dos nacionais;
IV - Ações de companhias registradas em bolsa de valores, adquiridas em bolsa
ou por subscrição.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 1.819, de 24/4/1991.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Debêntures de emissão de companhias abertas controladas por capitais priva-
dos nacionais;
II - Ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
III - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND), debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS), Certi-
ficados de Privatização, outros títulos, valores mobiliários e créditos cuja utilização vier a ser
admitida para pagamento no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, bem assim direi-
tos e opções para a aquisição de referidos títulos e valores mobiliários;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 14
IV - Operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº. 1.935, de 30.06.92;
V - Quotas de Fundos de Aplicação Financeira.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.013, de 19/8/1993.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - títulos da divida agrária (TDA), obrigações do fundo nacional de desenvolvi-
mento (OFND), debêntures de emissão da siderurgia brasileira s.a. (SIDERBRÁS), certificados
de privatização, outros títulos representativos de securitização de dívidas do governo federal e
créditos cuja utilização for admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desesta-
tização, bem "assim direitos e opções para a aquisição de referidos títulos;"
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - quotas de fundos de aplicação financeira.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.046, de 19/1/1994.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - quotas de Fundos de Aplicação Financeira;
V - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.079, de 15/6/1994.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 15
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;.
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.115, de 19/10/1994.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.246, de 8/2/1996.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas
a partir de 1º.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.330, de 31/10/1996.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores adquiridas em bolsa ou
por subscrição;
II - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas
a partir de 1º.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 16
III - ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras com sede no
País, com ações negociadas em bolsas de valores;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.344, de 19/12/1996.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores, adquiridas em bolsa ou
por subscrição, inclusive ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras, obser-
vado o disposto em Decreto de 09.12.96;
II - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, observado o dispos-
to no art. 1º, parágrafo único, da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
III - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 2º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.384, de 22/5/1997.)
Art. 44. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ações de companhias registradas em bolsa de valores, adquiridas em bolsa ou
por subscrição, inclusive ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras, obser-
vado o disposto em Decreto de 9 de dezembro de 1996;
II - ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa, observado o
disposto nos arts. 1º e 2º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
III - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 44 com redação dada pela Resolução nº 2.628, de 6/8/1999.)
Art. 45. Na aplicação de recursos, serão observados os seguintes critérios de di-
versificação:
I - o total de aplicações em ações não excederá 5% (cinco por cento) do capital
votante ou 20% (vinte por cento) do capital total de uma única empresa;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 17
II - o total de aplicações em valores mobiliários de um mesmo emitente não exce-
derá 10% (dez por cento) do total das aplicações da Sociedade;
III - não serão consideradas, na determinação dos limites de diversificação ora es-
tabelecidos as ações recebidas em bonificação ou resultantes da conversão de debêntures e as
ações ou debêntures conversíveis provenientes do exercício do direito de preferência, desde que
o excesso seja eliminado no prazo de 6 (seis) meses, prorrogável quando justificada a medida pe-
rante a Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo Único. O não cumprimento dos limites de composição e diversificação
de que trata este Regulamento deverá ser justificado perante a Comissão de Valores Mobiliários,
que poderá descredenciar a instituição administradora, determinando a convocação da assem-
bléia geral para decidir sobre uma das seguintes alternativas:
I - transferência da administração da Sociedade para outra instituição;
II - liquidação da Sociedade.
Parágrafo 1º. Não estará sujeita aos critérios de diversificação de que trata este ar-
tigo a sociedade que, previamente e nos termos da Resolução nº 1.832, de 31.05.91, e normas
complementares baixadas pela comissão de valores mobiliários, comprovar que todos os seus
acionistas são investidores institucionais, tais como fundos de pensão, carteiras próprias de insti-
tuições financeiras, companhias seguradoras e fundos mútuos de investimento constituídos no
exterior. (Incluído pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 2º. Ocorrendo a hipótese de que trata o parágrafo 1º deste artigo, qual-
quer alteração na relação de acionistas da sociedade deverá ser imediatamente comunicada à co-
missão de valores mobiliários, acompanhada, no caso de ingresso de novo(s) acionista(s), da
qualificação respectiva, nos termos das normas baixadas pela referida comissão. (Incluído pela
Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 3º. A inobservância do disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo acar-
retará, relativamente à sociedade,a perda automática e definitiva do direito ao tratamento de ex-
ceção de que trata o parágrafo 1º anterior. (Incluído pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 4º. O não cumprimento dos limites de composição e diversificação de
que trata este Regulamento deverá ser justificado perante a Comissão de Valores Mobiliários,
que poderá descredenciar a instituição administradora, determinando a convocação da assem-
bléia geral para decidir sobre uma das seguintes alternativas:
I - transferência da administração da Sociedade para outra instituição;
II - liquidação da Sociedade.
(Parágrafo 4º renumerado do parágrafo único pela Resolução nº 1.877, de
22/10/1991.)
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CAPÍTULO X
Das Normas Operacionais
Art. 46. Os títulos e valores mobiliários componentes da carteira da Sociedade de
Investimento - Capital Estrangeiro serão obrigatoriamente custodiados em instituições financei-
ras, em bolsa de valores ou entidade de custódia autorizada pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios.
Art. 47. O equivalente em cruzados dos recursos externos aplicados na subscrição
ou aquisição de ações da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro poderá, no máximo até
o dia útil seguinte ao da referida aplicação, ser depositado no Banco Central do Brasil por um
prazo de até 180 (cento e oitenta) dias.
§ 1º O Banco Central do Brasil aceitará o depósito de que trata este artigo pelo seu
equivalente na moeda estrangeira de origem dos recursos, em nome da Sociedade, abonando ju-
ros a uma taxa por ele fixada, com base nas cotações vigentes no mercado interbancário de Lon-
dres para depósitos na mesma moeda.
§ 2º A Sociedade poderá, a qualquer tempo, realizar o levantamento parcial ou to-
tal do depósito.
§ 3º Vencido o prazo citado no "caput", o Banco Central do Brasil liberará em fa-
vor da Sociedade depositante e independentemente de solicitação desta, os valores remanescen-
tes, acrescidos de juros devidos, pelo seu equivalente em cruzados.
Art. 48. À Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro é vedado:
I - receber depósitos;
II - adquirir bens imóveis;
III - contrair ou efetuar empréstimos, sob qualquer modalidade;
IV - participar de operações de redesconto, mesmo como coobrigada;
V - efetuar, por qualquer forma, manipulação de preços;
VI - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
VII - utilizar os títulos e valores mobiliários constitutivos da carteira para locação,
empréstimo, penhor ou caução;
VIII - aplicar recursos no exterior;
IX - aplicar recursos em quotas de fundos de investimento ou em ações de emis-
são de outras sociedades de investimento;
X - aplicar recursos em ações de companhias registradas exclusivamente para ne-
gociação no mercado de balcão;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 19
XI - vender a descoberto;
XII - comprar ou vender fora do pregão das bolsas de valores ações de companhi-
as abertas registradas para negociação em bolsa.
Art. 49. Não será permitida, também, a aplicação de recursos pela Sociedade de
Investimento - Capital Estrangeiro em valores mobiliários de emissão:
I - da própria instituição administradora;
II - de companhia da qual a instituição administradora participar, direta ou indire-
tamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital;
III - de companhia em que administradores da instituição administradora partici-
parem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou in-
diretamente;
IV - de companhia em que administradores da Sociedade participarem, em con-
junto ou isoladamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;
V - de companhia da qual cônjuges, companheiros ou parentes até o 2º (segundo)
grau de pessoas citadas nos incisos III e IV participarem, em conjunto ou isoladamente, com
mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;
VI - de companhia da qual acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital
da instituição administradora participarem em percentual semelhante;
VII - de companhia da qual acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital
da Sociedade participarem em percentual semelhante;
VIII - de companhia que participar, direta ou indiretamente, do capital da institui-
ção administradora;
IX - de companhia cujos respectivos administradores e seus cônjuges, companhei-
ros ou parente até o 2º (segundo) grau participarem, em conjunto ou isoladamente, com mais de
10% (dez por cento) do capital da instituição administradora, direta ou indiretamente;
X - de companhia cujos acionistas que detiverem mais de 10% (dez por cento) de
seu capital possuírem igual percentual do capital da instituição administradora ou da Sociedade,
de forma direta ou indireta;
XI - de companhia cujos administradores, no todo ou em parte, forem os mesmo
da instituição administradora ou da Sociedade, ressalvados os cargos exercidos em órgãos cole-
giados, previstos no estatuto ou regimento interno da Sociedade, desde que seus titulares não
exerçam funções executivas, ouvida previamente a Comissão de Valores Mobiliários;
XII - de sociedades corretoras ou sociedade distribuidoras de títulos e valores mo-
biliários, de empresas de administração ou de participação, inclusive de administração de cartões
de crédito, de companhias de seguro e capitalização e de instituições financeiras.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 20
Parágrafo Único. Excetuam-se do disposto neste artigo os casos em que houver
prévia e expressa anuência de todos os acionistas da sociedade. (Incluído pela Resolução nº
1.877, de 22/10/1991.)
Art. 50. Poderão constituir encargos de Sociedade de Investimento - Capital Es-
trangeiro as seguintes despesas:
I - taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas,
que recaiam ou venham a recair sobre bens, direitos ou obrigações da Sociedade;
II - despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e
informações periódicas de interesse da Sociedade ou previstas na regulamentação pertinente;
III - honorários e despesas dos auditores independentes responsáveis pela audito-
ria das contas da Sociedade;
IV - emolumentos e comissões pagas sobre as operações de compra e venda de tí-
tulos e valores mobiliários da carteira da Sociedade;
V - honorários de advogados, custas e despesas correlatas, incorridas em defesa
dos interesses da Sociedade, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação, caso a Soci-
edade vier a ser vencida;
VI - prejuízos eventuais, relativos à parcela em que tais eventos não forem cober-
tos por apólices de seguros nem atribuíveis diretamente à culpa ou negligência da instituição
administradora;
VII - despesas com a administração da carteira da Sociedade, previstas no contra-
to de administração;
VIII - despesas com pessoal e remuneração dos administradores e membros de ór-
gãos estatutários da Sociedade, bem como com processamento de dados, se for o caso;
IX - prêmios de seguros sobre os títulos e valores mobiliários, bem como despesas
decorrentes de custódia a outros serviços prestados por instituições autorizadas;
X - despesas de constituição da Sociedade.
Parágrafo Único. Outras despesas administrativas e operacionais, imprescindíveis
ao bom funcionamento da Sociedade, poderão ser-lhe atribuídas como encargo, desde que previ-
amente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 51. As despesas de propaganda para captação de recursos no exterior não se-
rão imputáveis como encargos da Sociedade de Investimento - Capital Estrangeiro, devendo ser
consideradas como custo de captação e, portanto, incluídas na comissão de serviços convencio-
nada para remuneração do agente de subscrição.
Art. 52. Os valores em moeda estrangeira correspondentes à captação de recursos
no exterior, deduzidas as comissões de serviços contratadas com os agentes de subscrição, serão
remetidos para o País, através de ordem de pagamento transmitida, preferencialmente, via telex
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 21
ou telegrama, por intermédio de banco autorizado a operar em câmbio, observadas as seguintes
normas:
I - as ordens de pagamento serão expedidas pelos agentes de subscrição em favor
da instituição administradora;
II - a negociação das divisas será feita pela instituição administradora, que aplica-
rá o respectivo produto na subscrição ou aquisição das ações da Sociedade, após deduzida a cor-
retagem de câmbio, quando devida;
III - a diferença entre o produto da negociação das divisas e o valor investido,
quando não suficiente para completar o valor de subscrição ou aquisição de 1 (uma) ação, será
devolvida ao investidor estrangeiro por ocasião da primeira remessa de dividendos ou incorpora-
da ao patrimônio da Sociedade, observado o que houver sido acordado entre o investidor e a ins-
tituição administradora.
CAPÍTULO XI
Das Disposições Gerais
Art. 53. A Comissão de Valores Mobiliários poderá alterar os valores fixados no
art. 3º e a forma de prestação e divulgação de informações previstas neste Regulamento.
CAPÍTULO XII
Das Disposições Transitórias
Art. 54. Até a edição do plano de contas referido no art. 37, aplicar-se-ão à Socie-
dade de Investimento - Capital Estrangeiro as disposições constantes da Padronização Contábil
das Sociedades de Investimento, instituída pelo Banco Central do Brasil.
Art. 55. Enquanto não forem transferidos os serviços relativos às Sociedades de
Investimento - Capital Estrangeiro para o âmbito de competência da Comissão de Valores Mobi-
liários, o Banco Central do Brasil continuará responsável por sua execução.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 22
(Regulamento Anexo II revogado, a partir de 31/3/2001, pela Resolução nº 2.689, de 26/1/2000.)
REGULAMENTO ANEXO II À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA A
CONSTITUIÇÃO, O FUNCIONAMENTO E A ADMINISTRAÇÃO DE FUNDO DE INVES-
TIMENTO - CAPITAL ESTRANGEIRO.
CAPÍTULO I
Da Constituição e das Características
Art. 1º O Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro, de que participem pessoas
físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, fundos ou outras entidades
de investimento coletivo estrangeiros, é uma comunhão de recursos destinados à aplicação em
carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, constituídos sob a forma de condomínio
aberto sem personalidade jurídica.
Parágrafo Único. O Fundo adotará, em sua denominação, a expressão Fundo de
Investimento - Capital Estrangeiro.
Art. 2º Dependerá de prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários a
constituição de Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro, bem como os seguintes atos relati-
vos ao Fundo:
I - alteração do regulamento;
II - indicação e substituição do responsável pelo departamento técnico da institui-
ção administradora;
III - substituição da instituição administradora;
IV - fusão;
V - incorporação;
VI - cisão;
VII - liquidação;
VIII - contratos celebrados com agentes intermediários.
§ 1º O Banco Central do Brasil será ouvido na constituição do Fundo e nos casos
previstos nos incisos II, III e VIII deste artigo.
§ 2º O pedido de autorização para constituição do Fundo de Investimento - Capital
Estrangeiro será instruído com:
I - deliberação da instituição administradora relativa à constituição do Fundo, da
qual constará o inteiro teor do seu regulamento, o qual, após a autorização, será registrado em
Cartório de Registro de Títulos e Documentos;
II - indicação da instituição administradora;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 23
III - informações sobre o credenciamento de agentes intermediários;
IV - indicação do patrimônio inicial do Fundo, que não poderá ser inferior a Cz$
10.000.000,00 (dez milhões de cruzados).
IV - Indicação do patrimônio inicial do Fundo, que não poderá ser inferior a
125.000 (cento e vinte e cinco mil) Bônus do Tesouro Nacional. (Redação dada pela Resolução
nº 1.658, de 26/10/1989.)
§ 3º O regulamento do Fundo deverá conter as seguintes informações, que serão
destacadas das demais cláusulas:
I - prazo de duração;
II - taxas de captação ou critério para sua fixação, de serviço referente a promo-
ção, divulgação e representação do Fundo, e remuneração do agente fiduciário, quando coube-
rem;
III - taxa de administração;
IV - prazo de permanência dos recursos para os efeitos de resgate conforme dis-
posto no art. 32.
Art. 3º A Comissão de Valores Mobiliários cancelará a autorização para constitui-
ção do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro que, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar
da data de autorização não captar os recursos necessários à formação do seu patrimônio inicial.
CAPÍTULO II
Da Administração
Art. 4º A administração do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro será
exercida, exclusivamente, por banco de investimento, sociedade corretora ou sociedade distri-
buidora de títulos e valores mobiliários, autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários à prá-
tica da atividade prevista no art. 23 da Lei nº 6.385, de 07.12.76.
§ 1º As entidades referidas no "caput" deste artigo deverão manter departamento
técnico especializado em análise de títulos e valores mobiliários ou contratar esses serviços com
entidades habilitadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2º A administração do Fundo ficará sob a supervisão e responsabilidade direta
de diretor da instituição administradora.
§ 3º A instituição administradora deverá apresentar patrimônio líquido não inferi-
or ao estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 5º A instituição administradora poderá mediante aviso prévio de 6 (seis) me-
ses, por intermédio de carta, telex ou telegrama endereçada a cada condômino, renunciar a admi-
nistração, ficando obrigada, no mesmo ato, a comunicar sua intenção à Comissão de Valores
Mobiliários.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 24
Art. 6º A Comissão de Valores Mobiliários, no uso de suas atribuições legais, po-
derá descredenciar a instituição administradora se esta deixar de cumprir as normas vigentes.
§ 1º O processo de descredenciamento terá início mediante notificação da Comis-
são de Valores Mobiliários à instituição administradora, com indicação dos fatos que o funda-
mente e do prazo, não inferior a 15 (quinze) dias, para apresentar defesa.
§ 2º A decisão da Comissão de Valores Mobiliários que descredenciar a institui-
ção administradora deverá ser fundamentada cabendo recurso ao Conselho Monetário Nacional
sem efeito suspensivo no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de recebimento da comuni-
cação expedida pela Comissão.
Art. 7º Caberá ao Banco Central do Brasil requerer à Comissão de Valores Mobi-
liários o descredenciamento da instituição administradora que descumprir as normas vigentes no
âmbito de sua competência, dentre as quais aquelas relativas ao registro de capital estrangeiro e
de recolhimento do imposto de renda devido na remessa de rendimentos.
Art. 8º Nas hipóteses de renúncia e descredenciamento, fica a instituição adminis-
tradora obrigada a convocar, imediatamente, a assembléia geral para eleger a sua substituta, ou
deliberar a liquidação do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro.
Parágrafo Único. A instituição administradora deverá permanecer no exercício de
suas funções até sua efetiva substituição.
Art. 9º A instituição administradora terá poderes para exercer todos os direitos
inerentes aos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do Fundo de Investimento - Ca-
pital Estrangeiro inclusive o de ação e o de comparecer e votar em assembléias gerais ou especi-
ais. Poderá, igualmente, abrir e movimentar contas bancárias, adquirir e alienar livremente títulos
e valores mobiliários, transigir, praticar, enfim, todos os atos necessários à administração da car-
teira, observadas as limitações deste Regulamento.
Art. 10. Incluem-se entre as obrigações da instituição administradora:
I - manter atualizados e em perfeita ordem:
a) o registro de condôminos;
b) o livro de atas de assembléias gerais;
c) o livro de presença de condôminos;
d) o arquivo dos pareceres dos auditores;
e)os registros contábeis referentes ao patrimônio do Fundo;
f)a documentação relativa às operações do Fundo;
II - receber dividendos, bonificações e quaisquer outros rendimentos ou valores do
Fundo;
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III - exercer, ou alienar, os direitos de subscrição de ações e de outros valores mo-
biliários;
IV - empregar, na defesa dos direitos dos condôminos, a diligência exigida pelas
circunstâncias, praticando os atos necessários a assegurá-los, inclusive ações, recursos e exce-
ções.
V - Fornecer, semanalmente, o valor da cota, o valor e a data da última distribui-
ção e o valor do patrimônio líquido do Fundo à bolsa de valores da localidade de sua sede, que
deverá divulgar essas informações;
VI - Fornecer anualmente aos condôminos comprovantes do recolhimento do im-
posto de renda;
VII - Fornecer a cada condômino, ao menos semestralmente, documento contendo
as seguintes informações:
a) número de cotas possuídas e seu valor;
b) rentabilidade auferida no semestre;
c) valor e composição da carteira, discriminando quantidade, espécie e cotação
dos títulos e valores mobiliários que a integram, valor de cada aplicação e sua percentagem sobre
o valor total da carteira;
d) balanços e demais demonstrações financeiras referentes ao semestre acompa-
nhados do parecer do auditor independente.
Parágrafo Único. As instituições custodiantes dos títulos e valores mobiliários do
Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro só poderão acatar ordens assinadas pelo (s) repre-
sentante (s) legal (is) ou mandatário (s) da instituição administradora, devidamente credenciado
(s) junto a ele (s) para esse fim.
Art. 11. A instituição administradora perceberá pela prestação de seus serviços de
gestão e administração, uma remuneração a ser fixada pelo regulamento do Fundo de Investi-
mento - Capital Estrangeiro, podendo a Comissão de Valores Mobiliários estabelecer normas a
respeito vedada a participação no resultado do Fundo.
Parágrafo Único. A assembléia geral poderá autorizar a administradora a subcon-
tratar pessoas físicas ou jurídicas para prestar serviços de consultoria econômica, cabendo, ainda,
à assembléia precisar se o pagamento desses serviços constituirá outro encargo do Fundo.
CAPÍTULO III
Da Assembléia Geral
Art. 12. Compete privativamente à assembléia geral de condôminos:
I - tomar, anualmente, as contas relativas ao Fundo, e deliberar sobre as demons-
trações financeiras apresentadas pela instituição administradora;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 26
II - alterar o regulamento do Fundo;
III - deliberar sobre a substituição da instituição administradora;
IV - deliberar sobre a liquidação, transformação, fusão, incorporação e cisão do
Fundo.
Art. 13. A convocação da assembléia geral far-se-á mediante a expedição de carta,
telex ou telegrama a todos os condôminos inscritos no "Registro de Condôminos" até 15 (quinze)
dias antes da data fixada para sua realização, contado o prazo incluindo-se o dia da realização da
assembléia e excluindo-se o dia da expedição do instrumento de convocação. Não se realizando a
assembléia, será feita segunda convocação com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis.
§ 2º Da convocação constarão, obrigatoriamente, dia, hora e local em que será rea-
lizada a assembléia e, ainda que de forma sucinta, os assuntos a serem tratados.
§ 3° Independentemente da convocação prevista neste artigo, será considerada re-
gular a assembléia geral a que comparecerem todos os condôminos.
§ 4º A assembléia geral poderá ser convocada pela instituição administradora ou
por condômino (s) que detenha (m) no mínimo 5% (cinco por cento) do total de cotas emitidas
pelo Fundo.
Art. 14. Na assembléia geral de condôminos, que poderá ser instalada com qual-
quer número, as deliberações serão tomadas pelo critério da maioria de cotas de condôminos pre-
sentes, correspondendo a cada cota um voto, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo e no § 3º
do art. 15.
§ 1º As deliberações relativas às matérias previstas nos incisos III e IV do art. 12
serão tomadas, em primeira convocação, por maioria das cotas emitidas e, em segunda convoca-
ção, pela maioria das cotas dos condôminos presentes.
§ 2º Somente poderão votar na assembléia geral os condôminos inscritos no "Re-
gistro de Condôminos" 15 (quinze) dias antes da data fixada para sua realização.
Art. 15. As deliberações da assembléia geral poderão ser tomadas mediante pro-
cesso de consulta formalizada em carta, telex ou telegrama dirigido pela instituição administra-
dora a cada condômino para resposta no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 1º Da consulta deverão constar todos os elementos informativos necessários ao
exercício do direito de voto.
§ 2º A ausência da resposta será considerada como anuência, por parte do condô-
mino, desde que tal interpretação seja autorizada expressamente pelo regulamento do Fundo e
conste na própria consulta.
§ 3º O "quorum" de deliberação será o de maioria absoluta das cotas emitidas, in-
dependentemente da matéria.
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CAPÍTULO IV
Do Credenciamento de Intermediários no Exterior
Art. 16. A instituição administradora do Fundo de Investimento - Capital Estran-
geiro poderá credenciar agentes intermediários, mediante contrato, com a finalidade de captar re-
cursos no exterior, para a subscrição ou aquisição de cotas do Fundo, realizar serviços de promo-
ção, divulgação e representação do Fundo e atuar como agente fiduciário.
§ 1º Os agentes credenciados deverão estar, conforme o caso, habilitados a operar
e/ou a atuar como agente fiduciário nos mercados financeiros ou de capitais do país em que man-
tiverem sede.
§ 2º Os contratos de agenciamento só entrarão em vigor após registrados na Co-
missão de Valores Mobiliários e no Banco Central do Brasil.
Art. 17. Os contratos de agenciamento, conforme o caso, deverão conter, no mí-
nimo, as seguintes disposições:
I - referência ao regulamento do Fundo, cuja cópia integrará o contrato;
II - valor da captação inicial contratada;
III - taxa de captação a cargo do investidor no exterior;
IV - valor mínimo de cada subscrição ou aquisição por condômino, que não pode-
rá ser inferior a US$ 5,000,00 (cinco mil dólares), ou o seu equivalente em moeda estrangeira do
país de origem dos recursos;
V - compromisso do agente intermediário de:
a) remeter os recursos captados, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, de sua
captação;
b) fornecer, na forma de orientação recebida da instituição administradora, todos
os elementos necessários ao registro, no Banco Central do Brasil, da entrada dos recursos;
c) não subcontratar o agenciamento de captação salvo se previamente autorizado
pela instituição administradora;
d) submeter à aprovação prévia da instituição administradora quaisquer textos pu-
blicitários relativos ao lançamento das cotas, prospectos e folhetos a serem distribuídos ao públi-
co, bem como informações periódicas;
e) fazer constar, expressamente, no documento ou recibo fornecido ao investidor,
o valor líquido que será remetido, com vistas à subscrição de cotas do Fundo, após descontadas
as taxas e despesas cabíveis;
f) assegurar, ao investidor, pleno conhecimento das disposições reguladoras de
funcionamento do Fundo;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 28
g) cumprir todas as exigências legais e regulamentares do país de origem dos re-
cursos relativas à captação para aplicação em cotas do Fundo;
VI - taxa de serviço referente a promoção, divulgação e representação do Fundo;
VII - remuneração do agente fiduciário.
Art. 18. Entende-se por patrimônio líquido do Fundo de Investimento - Capital
Estrangeiro a soma do disponível mais o valor da carteira, mais os valores a receber, menos exi-
gibilidades. Para se determinar o valor da carteira, serão observados os critérios estabelecidos pe-
lo plano de contas referido no parágrafo único do art. 36.
CAPÍTULO VI
Da Emissão e Colocação de Cotas e de Certificado de Investimento
Art. 19. As cotas do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro corresponderão
a frações ideais desse e assumirão a forma nominativa.
§ 1º As cotas poderão ser representadas por Certificado de Investimento, ou man-
tidas em contas de depósito em nome de seus titulares, conforme estabelecer o regulamento do
Fundo.
§ 2º A qualidade de condômino será comprovada pelo Certificado de Investimento
ou pelo extrato de contas de depósito.
Art. 20. O Certificado de Investimento, quando adotado, conterá:
I - a denominação "CERTIFICADO DE INVESTIMENTO";
II - o nome do Fundo e o número de seu registro no Cadastro Geral de Contribuin-
tes do Ministério da Fazenda;
III - as seguintes informações sobre a instituição administradora:
a) denominação e o local da sede;
b) referência à autorização da Comissão de Valores Mobiliários (Art. 4º) e à auto-
rização para funcionamento do Banco Central do Brasil;
c) número do registro no Cadastro de Contribuintes do Ministério da Fazenda;
IV - o nome do condômino;
V - o número de ordem do certificado;
VI - quantidade de cotas por ele representada;
VII - local e data de emissão;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 29
VIII - as assinaturas de, no mínimo, 2 (dois) diretores da instituição administrado-
ra, admitida a chancela mecânica.
Art. 21. O Certificado de Investimento ou os extratos das contas de depósito cons-
tituem o documento hábil para comprovação da obrigação da instituição administradora de cum-
prir as prescrições contratuais constantes do regulamento do Fundo de Investimento - Capital Es-
trangeiro e as normas do presente Regulamento.
Parágrafo único. Reputar-se-á como não escrita qualquer cláusula restritiva ou
modificativa da obrigação referida neste artigo.
Art. 22. O Certificado de Investimento ou os extratos das contas de depósito com-
provarão a propriedade de número inteiro e/ou fracionário de cotas pertencentes ao condômino,
conforme os registros do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro.
Parágrafo único. Quando for adotada a sistemática de números inteiros de cotas, o
valor residual dos investimentos ou reaplicações será mantido em conta corrente para futuras in-
versões ou ainda, se solicitado, será pago ao condômino em dinheiro.
Art. 23. A emissão das cotas será efetuada em conformidade com o disposto no
regulamento do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro, determinando-se o valor da cota
com base em avaliação patrimonial realizada de acordo com as normas do Plano de Contas de
que trata o parágrafo único do art. 36.
§ 1º Para o cálculo de número de cotas subscritas com os recursos ingressados no
País serão deduzidas, exclusivamente, a corretagem de câmbio e a taxa de captação quando devi-
das.
§ 2º As cotas subscritas serão integralizadas em moeda corrente, na data do in-
gresso dos recursos no País.
§ 3º O valor da cota será calculado diariamente.
Art. 24. As cotas emitidas pelo Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro serão
destinadas, exclusivamente, à subscrição por pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas
ou com sede no exterior, fundos ou outras entidades de investimento coletivo constituídos no ex-
terior, vedada a sua colocação e negociação no mercado interno.
Art. 25. As cotas do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro, relativas a cada
registro de capital estrangeiro, poderão ser transferidas no exterior mediante documento hábil, o
qual só produzirá efeitos perante o Fundo depois de apresentado à instituição administradora de-
vidamente formalizado.
§ 1º Apresentado o pedido de transferência a instituição administradora deverá
efetivá-la no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 2º A instituição administradora poderá suspender os serviços de transferência de
cotas por período não superior a 15 (quinze) dias consecutivos, antecedentes às datas de distri-
buição de resultados, ou de realização da assembléia geral vedada a suspensão desses serviços,
durante o ano, por mais de 90 (noventa) dias.
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CAPÍTULO VII
Do Registro de Recursos Externos Ingressados
Art. 26. Os recursos ingressados no País estarão sujeitos a registro no Banco Cen-
tral do Brasil, para efeito de controle do capital estrangeiro e de futuras remessas para o exterior
de rendimentos, ganho de capital e de retorno do capital investido.
§ 1º O registro será requerido, pela instituição administradora, até o último dia útil
do mês seguinte àquele em que se efetivarem as aplicações;
§ 2º Para obtenção do registro, a instituição administradora deverá apresentar re-
lação global dos investidores, acompanhadas de fichas individuais, discriminando a aplicação de
cada um.
§ 3º A cada subscrição ou aquisição de cota do Fundo corresponderá um registro
distinto, de investimento em moeda estrangeira em nome do condômino observado sempre o va-
lor mínimo previsto no art. 17, inciso IV.
§ 4º O registro deverá ser feito em nome do agente fiduciário, especialmente con-
tratado para este fim, desde que o número de condôminos seja superior a 10 (dez), sem prejuízo
da apresentação da relação de investidores prevista no § 2º deste artigo.
§ 5º O valor do registro de investimento em moeda estrangeira não sofrerá qual-
quer alteração, em virtude da emissão de cotas resultantes de reaplicação de Resultados Acumu-
lados do Fundo, modificando-se o registro apenas na parte relativa ao número de cotas.
§ 6º A relação referida no § 2º será entregue mediante protocolo e os investimen-
tos serão considerados automaticamente registrados, sem prejuízo da responsabilidade da insti-
tuição administradora pela exatidão e propriedade dos documentos encaminhados e das informa-
ções prestadas, o que poderá ser verificado, a qualquer tempo pelo Banco Central do Brasil que,
se for o caso, adotará as providências cabíveis para a regularização do registro e responsabiliza-
ção da administradora.
§ 7º Caberá à instituição administradora requerer ao Banco Central do Brasil a al-
teração de registro de capital estrangeiro, exclusivamente para mudança do nome do investidor
ou do agente fiduciário, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, contados da data da efetivação
da transferência das cotas ou da substituição do agente fiduciário, juntando conforme o caso, a
ficha individual correspondente ao novo investidor estrangeiro ou a relação dos investidores es-
trangeiros.
Art. 26. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 27. O Certificado de Registro do Capital Estrangeiro, emitido pelo Banco
Central do Brasil, é o instrumento hábil para que se efetivem o retorno do capital estrangeiro e as
remessas de resultados ou de ganho de capital obtido no resgate de cotas do Fundo de Investi-
mento - Capital Estrangeiro.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 31
Parágrafo único. As remessas serão processadas pela instituição administradora,
através de bancos autorizados a operar em câmbio, correspondendo, a cada tipo de remessa, fe-
chamento de câmbio distinto.
Art. 27. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 28. Por ocasião das remessas, a instituição administradora deverá entregar aos
bancos intervenientes nas operações de câmbio os documentos a seguir relacionados, devida-
mente formalizados e autenticados, para que, juntamente a 4ª ( quarta) via dos contratos de câm-
bio, sejam encaminhados ao Banco Central do Brasil:
I - no caso de rendimentos:
a) demonstrações financeiras, com base nas quais estiverem sendo distribuídos;
b) documento que autorizar a sua distribuição;
c) prova de recolhimento do imposto de renda;
II - nos casos de retorno de capital e de ganho de capital: comprovante do resgate
de cotas.
Art. 28. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 29. A instituição administradora deverá encaminhar ao Banco Central do Bra-
sil, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da efetivação da remessa, as seguintes informações e do-
cumentos:
I - no caso de rendimentos:
a) valor global remetido;
b) relação discriminativa, contendo os nomes dos condôminos, a quantidade de
cotas possuídas, os valores bruto e líquido do rendimento de cada um, com a indicação do valor e
do número de registro de capital estrangeiro;
II - nos casos de retorno de capital e de ganho de capital:
a) demonstrativo evidenciando o número de cotas resgatadas e os valores de aqui-
sição e resgate;
b) especificação das baixas do registro de capital estrangeiro.
Art. 29. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 30. Na efetivação das transferências previstas no art. 28, os bancos interveni-
entes serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte da instituição administrado-
ra e de acordo com a natureza da remessa, dos dispositivos deste Regulamento, cabendo-lhes,
ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras, inclusive no que tange às
anotações cabíveis nas folhas anexas aos certificados de registro.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 32
Art. 30. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 31. O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente os registros de in-
vestimento em moeda estrangeira efetivados na forma deste Regulamento.
Art. 31. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO VIII
Da Liquidação do Investimento
Art. 32. Os recursos correspondentes a cada investimento ficarão sujeitos a um
prazo mínimo de 90 (noventa) dias de permanência no País, a contar da data de seu efetivo in-
gresso, findo o qual poderá ser retornado o valor apurado na liquidação do investimento.
Art. 32. (Revogado pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Art. 33. A liquidação do investimento será feita mediante o resgate das cotas de
conformidade com o disposto no regulamento do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro.
§ 2º O pedido de liquidação do investimento acompanhado do respectivo certifi-
cado, quando for o caso, será formulado pelo investidor, a qualquer tempo, diretamente ou atra-
vés do agente intermediário à instituição administradora.
§ 3º A liquidação será efetuada em dinheiro, dentro do prazo máximo estabelecido
no regulamento do Fundo, contado da data do recebimento do pedido pela instituição adminis-
tradora.
CAPÍTULO IX
Das Demonstrações Financeiras
Art. 34. O Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro terá escrituração contábil
destacada da relativa à instituição administradora.
Art. 35. O Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro deverá levantar balancete
ao final de cada mês e balanços semestrais, estes em 31 de março e 30 de setembro de cada ano.
Parágrafo único. As demonstrações financeiras semestrais, levantadas nos meses
de março e de setembro, serão auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Va-
lores Mobiliários.
Art. 36. As demonstrações financeiras do Fundo de Investimento - Capital Estran-
geiro estão sujeitas às normas de escrituração expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. O Plano de Contas editado pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios contemplará todas as normas para avaliação dos ativos integrantes do Fundo, bem como para
apropriação de receitas e despesas inerentes aos títulos e valores mobiliários, observando-se,
quanto aos títulos, a orientação do Banco Central do Brasil.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 33
CAPÍTULO X
Dos Aspectos Fiscais
Art. 37. Os rendimentos auferidos pelo Fundo de Investimento - Capital Estran-
geiro estão isentos de imposto de renda na fonte ou na declaração de rendimentos de pessoa jurí-
dica.
Art. 38. Os rendimentos em dinheiro distribuídos pelo Fundo de Investimento -
Capital Estrangeiro a cotistas residentes, domiciliados ou com sede no exterior, ficarão sujeitos
ao imposto de renda na fonte, à alíquota de 15% (quinze por cento).
Parágrafo único. Em se tratando de condôminos residentes, domiciliados ou com
sede em países com os quais o Brasil mantenha acordo destinado a evitar a dupla tributação, a
alíquota de que trata o "caput" deste artigo poderá ser alterada, a pedido do condômino, prevale-
cendo a que for menor.
Art. 39. Atendidas as normas e condições estabelecidas neste Regulamento o pro-
duto da conversão, em moeda estrangeira, dos valores em cruzados obtidos no resgate de cotas
do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro retornará com isenção do imposto de renda, sen-
do o valor em moeda estrangeira determinado pela conversão à taxa de câmbio vigente na data
da remessa.
CAPÍTULO XI
Da Composição da Carteira de Títulos e Valores Mobiliários
Art. 40. Do valor global das aplicações do Fundo de Investimento - Capital Es-
trangeiro, no mínimo 70% (setenta por cento) serão representadas por ações de emissão de com-
panhias abertas adquiridas em bolsas de valores, em mercado de balcão organizado por entidade
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários ou por subscrição.
Parágrafo único. Para o atendimento do limite mínimo disposto no "caput" deste
artigo, admitir-se-á que posições diárias em ações se situem no mínimo em 35% (trinta e cinco
por cento) do valor total das aplicações, desde que a média, a cada 720 (setecentos e vinte) dias
se situe no mínimo em 70% (setenta por cento) do valor total das aplicações.
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Letras do Banco Central e Títulos da Dívida Pública Federal;
II - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas.
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Cotas de fundos de aplicação financeira;
II - Títulos de emissão do tesouro nacional ou do Banco Central do Brasil;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 34
III - Outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 1.819, de 24/4/1991.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND), debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS), certi-
ficados de privatização, outros títulos, valores mobiliários e créditos cuja utilização vier a ser
admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desestatização, bem assim direitos
e opções para a aquisição de referidos títulos e valores mobiliários;
III - Operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92;
IV - Quotas de Fundos de Aplicação Financeira.
(Artigo 41 com redação dada Resolução nº 2.013, de 19/8/1993.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da resolução nº 2.034, de 17.12.93;
II - títulos da dívida agrária (TDA), obrigações do fundo nacional de desenvolvi-
mento (OFND), debêntures de emissão da siderurgia brasileira s.a. (SIDERBRÁS), certificados
de privatização, outros títulos representativos de securitização de dívidas do governo federal e
créditos cuja utilização for admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desesta-
tização, bem "assim direitos e opções para a aquisição de referidos títulos;"
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da resolução nº 2.034, de "17.12.93;"
IV - quotas de fundos de aplicação financeira.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.046, de 19/1/1994.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 35
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - quotas de Fundos de Aplicação Financeira;
V - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.079, de 15/6/1994.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.115, de 19/10/1994.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93;
II - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.246, de 8/2/1996.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas a
partir de 1º.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 36
II - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.330, de 31/10/1996.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública,desde que emitidas a
partir de 01.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
II - ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras com sede no
País, com ações negociadas em bolsas de valores;
III - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.344, de 19/12/1996.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta-
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto em Decreto de 09.12.96 e no art. 1º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
II - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 2º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.384, de 22/05/1997.)
Art. 41. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto em Decreto de 9 de dezembro de 1996;
II - ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa, observado o
disposto nos arts. 1º e 2º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
III - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
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IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 41 com redação dada pela Resolução nº 2.628, de 6/8/1999.)
Art. 42. Na aplicação dos recursos, serão observados os seguintes critérios de di-
versificação:
I - o total de aplicações em ações de uma única companhia não excederá 5% (cin-
co por cento) do capital votante ou 20% (vinte por cento) do capital total dessa;
II - o total de aplicações em valores mobiliários de uma mesma companhia emi-
tente não excederá 10% (dez por cento) do total das aplicações do Fundo;
III - não serão consideradas, na determinação dos limites de diversificação ora es-
tabelecidos, as ações recebidas em bonificação ou resultantes da conversão de debêntures e as
ações ou debêntures conversíveis provenientes do exercício do direito de preferência, desde que
o excesso seja eliminado no prazo de 6 (seis) meses, que poderá ser prorrogado, quando justifi-
cado e aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários.
IV - A observância dos limites fixados nos incisos I e II será aferida na data de
aquisição das ações, não estando o administrador da carteira obrigado a eliminar qualquer exces-
so verificado posteriormente nas seguintes hipóteses:
a) no caso dos limites referidos no inciso I, se os excessos verificados não decor-
rerem, direta ou indiretamente, de atos imputáveis ao administrador da carteira; e
b) no caso do limite referido no inciso II, se os excessos resultarem de valoriza-
ções ou desvalorizações de valores mobiliários que compõem a carteira.
(Inciso IV incluído pela Resolução nº 1.658, de 26/10/1989.)
Parágrafo único. O não cumprimento dos limites de composição e diversificação
de que trata este Regulamento deverá ser justificado perante a Comissão de Valores Mobiliários,
que, sem prejuízo das penalidades cabíveis, poderá determinar à instituição administradora a
convocação de assembléia geral de cotistas para decidir sobre uma das seguintes alternativas:
I - transferência da administração do Fundo para outra instituição;
II - liquidação do Fundo
Parágrafo 1º. O não cumprimento dos limites de composição e diversificação de
que trata este Regulamento deverá ser justificado perante a Comissão de Valores Mobiliários,
que, sem prejuízo das penalidades cabíveis, poderá determinar à instituição administradora a
convocação de assembléia geral de cotistas para decidir sobre uma das seguintes alternativas:
I - transferência da administração do Fundo para outra instituição;
II - liquidação do Fundo.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 38
(Parágrafo 1º renumerado do parágrafo único pela Resolução nº 1.658, de
26/10/1989.)
Parágrafo 2º O Fundo deve adaptar-se aos requisitos de composição e diversifica-
ção de carteira no prazo máximo de 3 (três) meses a contar da data em que se der o início das
operações. (Incluído pela Resolução nº 1.658, de 26/10/1989.)
Parágrafo 1º. Não estará sujeito aos critérios de diversificação de que trata este ar-
tigo o fundo que, previamente e nos termos da resolução nº 1.832, de 31.05.91, e normas com-
plementares baixadas pela comissão de valores mobiliários, comprovar que todos os seus con-
dôminos são investidores institucionais, tais como fundos de pensão, carteiras próprias de
instituições financeiras, companhias seguradoras e fundos mútuos de investimento constituídos
no exterior. (Incluído pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 2º. Ocorrendo a hipótese de que trata o parágrafo 1º deste artigo, qual-
quer alteração na relação de quotizas do fundo deverá ser imediatamente comunicada à comissão
de valores mobiliários, acompanhada, no caso de ingresso de novo(s) condômino(s), da qualifi-
cação respectiva, nos termos das normas baixadas pela referida comissão. (Incluído pela Resolu-
ção nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 3º. A inobservância do disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo acar-
retará, relativamente ao fundo, a perda automática e definitiva do direito ao tratamento de exce-
ção de que trata o parágrafo 1º anterior. (Incluído pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 4º O Fundo deve adaptar-se aos requisitos de composição e diversifica-
ção de carteira no prazo máximo de 3 (três) meses a contar da data em que se der o início das
operações. (Parágrafo 4º renumerado do parágrafo 2º pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Parágrafo 5º O não cumprimento dos limites de composição e diversificação de
que trata este Regulamento deverá ser justificado perante a Comissão de Valores Mobiliários,
que, sem prejuízo das penalidades cabíveis, poderá determinar à instituição administradora a
convocação de assembléia geral de cotistas para decidir sobre uma das seguintes alternativas:
I - transferência da administração do Fundo para outra instituição;
II - liquidação do Fundo.
(Parágrafo 5º renumerado do parágrafo 1º pela Resolução nº 1.877, de
22/10/1991.)
CAPÍTULO XII
Das Normas Operacionais
Art. 43. Os títulos e valores mobiliários componentes da carteira do Fundo de In-
vestimento - Capital Estrangeiro serão obrigatoriamente custodiadas em instituições financeiras,
em bolsas de valores ou entidades de custódia, desde que autorizadas pela Comissão de Valores
Mobiliários.
Art. 44. É vedado à instituição administradora, em nome do Fundo:
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 39
I - receber depósito;
II - contrair ou efetuar empréstimos, sob qualquer modalidade;
III - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
IV - negociar com duplicatas, notas promissórias ou outros títulos que não os au-
torizados pelo Conselho Monetário Nacional;
V - prometer rendimento predeterminado aos condôminos;
VI - adquirir ou vender fora do pregão das bolsas de valores ações de companhias
abertas registradas para negociação em bolsa, ressalvadas, quanto à aquisição, as hipóteses de
subscrição, bonificação e conversão de debêntures em ações;
VII - aplicar recursos:
a) no exterior;
b) na aquisição de bens imóveis;
c) em títulos ou valores mobiliários de emissão ou coobrigação da instituição ad-
ministradora ou de companhia a ela ligada (Art. 48);
d) na subscrição ou aquisição de ações de sociedades de investimento, ou de cotas
de Fundos de Investimento inclusive as de sua própria emissão;
e) em ações negociadas em segmento de mercado de balcão, não organizado ou
organizado por entidade não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo Único. Excetuam-se do disposto no item VII, alínea C, deste artigo os
casos em que houver prévia e expressa anuência de todos os condôminos do fundo. (Incluído pe-
la Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Art. 45. É vedado à instituição administradora:
I - vender a prestação cotas do Fundo;
II - delegar poderes para gerir e administrar o Fundo, salvo com autorização espe-
cífica da Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 46. Os valores componentes da carteira do Fundo não poderão ser objeto de
locação, empréstimo, penhor ou caução, salvo nos casos expressamente autorizados pelo Banco
Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, nas respectivas áreas de competên-
cia.
Art. 47. É permitido ao Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro realizar ope-
rações nos mercados futuros de câmbio, e índices de ações, e no de opções destes índices.
Art. 48. Entende-se por companhia ligada, para os fins do disposto neste Regula-
mento:
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 40
I - companhia da qual a instituição administradora participe, direta ou indireta-
mente, com mais de 10% (dez por cento) do capital;
II - companhia em que administradores da instituição administradora e seus res-
pectivos cônjuges, companheiros ou parentes até o 2º (segundo) grau participem, em conjunto ou
isoladamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;
III - companhia das quais acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital
da instituição administradora participem, direta ou indiretamente, com mais de 10% (dez por
cento) do capital social;
IV - companhia cujos administradores, no todo ou em parte, forem os mesmos da
instituição administradora, ressalvados os cargos exercidos em órgãos colegiados, previstos no
estatuto ou regimento interno da instituição administradora, desde que seus titulares não exerçam
funções executivas, ouvida previamente a Comissão de Valores Mobiliários;
V - companhia que participe com mais de 10% (dez por cento) do capital da insti-
tuição administradora, direta ou indiretamente;
VI - companhia cujos administradores e seus respectivos cônjuges, companheiros
ou parentes até o 2º (segundo) grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10%
(dez por cento) do capital da instituição administradora, direta ou indiretamente.
Art. 49. Constituirão encargos do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro,
além da remuneração dos serviços de que trata o art. 11, as seguintes despesas, que lhe poderão
ser debitadas pela instituição administradora:
I - taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas,
que recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos ou obrigações do Fundo;
II - despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios e demonstra-
ções financeiras, formulários e informações periódicas, previstas no regulamento do Fundo ou na
regulamentação pertinente;
III - despesas com correspondência do interesse do Fundo, inclusive comunica-
ções aos condôminos;
IV - honorários e despesas dos auditores encarregados da revisão das demonstra-
ções financeiras do Fundo e da análise de sua situação e da atuação da instituição administrado-
ra;
V - emolumentos e comissões pagas por operações de compra e venda de títulos e
valores mobiliários do Fundo;
VI - honorários de advogados, custas e despesas correlatas incorridas em razão de
defesa dos interesses do Fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação, imputada
ao Fundo, se for o caso;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 41
VII - parcela de prejuízos eventuais não coberta por apólices de seguro e não de-
corrente diretamente de culpa ou negligência da instituição administradora no exercício de suas
funções;
VIII - prêmios de seguro, bem como quaisquer despesas relativas à transferência
de recursos do Fundo entre bancos;
IX - quaisquer despesas inerentes à constituição ou liquidação do Fundo ou à rea-
lização de assembléia geral de condôminos;
X - taxa de custódia de valores do Fundo;
XI - taxa de serviços de promoção, divulgação e representação do Fundo devida a
agente intermediário no exterior;
XII - remuneração do agente fiduciário.
Parágrafo único. Outras despesas administrativas e operacionais, imprescindíveis
ao bom funcionamento do Fundo, poderão ser-lhe atribuídas como encargo, desde que previa-
mente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 50. As despesas de propaganda para captação de recursos no exterior não se-
rão imputáveis como encargos do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro, devendo ser con-
sideradas como custo de captação e, portanto, incluídas na comissão de serviços convencionada
para remuneração do agente intermediário.
Art. 51. Os valores em moeda estrangeira correspondentes à captação de recursos
no exterior, deduzidas as comissões de serviços contratados com os agentes intermediários, serão
remetidos para o País, através de ordem de pagamento transmitida, preferencialmente, via telex
ou telegrama, por intermédio de banco autorizado a operar em câmbio, observadas as seguintes
normas:
I - as ordens de pagamento serão expedidas pelos agentes intermediários em favor
da instituição administradora da carteira do Fundo;
II - a negociação das divisas será feita pela instituição administradora, que aplica-
rá o respectivo produto na subscrição ou aquisição de cotas do Fundo, após deduzida a correta-
gem de câmbio, quando devida.
CAPÍTULO XIII
Das Informações
Art. 52. A instituição administradora deverá remeter à Comissão de Valores Mo-
biliários, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o encerramento do período a que se referirem,
sem prejuízo de outros que venham a ser exigidos, os seguintes documentos relativo ao Fundo de
Investimento - Capital Estrangeiro:
I - mensalmente:
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 42
a) balancete;
b) demonstrativo da composição e diversificação das aplicações;
c) demonstrativo de fontes e aplicações de recursos;
II - semestralmente:
a) balanço;
b) exemplares das informações fornecidas aos condôminos, admitida a remessa,
no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o encerramento do período a que se referir, do pare-
cer de auditoria das demonstrações financeiras relativas ao semestre;
c) informações acerca das condições gerais de cobertura por seguro, no caso de
trânsito de títulos;
d) relação das instituições encarregadas da prestação dos serviços de custódia dos
títulos e valores mobiliários integrantes da carteira;
e) relação das demandas judiciais ou extrajudiciais, quer na defesa dos direitos
dos condôminos, quer desses contra a administração do Fundo, indicando a data do seu início e a
solução final.
Art. 53. A instituição administradora deverá, semestralmente, no prazo máximo de
10 (dez) dias após o encerramento do período, divulgar publicamente, através de veículo aprova-
do pela Comissão de Valores Mobiliários, demonstrativo da composição e diversificação das
aplicações.
CAPÍTULO XIV
Das Disposições Finais
Art. 54. Aplica-se à instituição administradora e a seus administradores e gerentes
diretamente responsáveis pelo administração do Fundo de Investimento - Capital Estrangeiro o
disposto no Capítulo V da Lei nº 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da Lei nº 6.385, de 07.12.76,
independentemente de outras sanções legais eventualmente cabíveis.
Art. 55. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a instituição administradora
que descumprir este Regulamento fica responsável pelo recolhimento integral do imposto de
renda incidente na fonte sobre os rendimentos e ganho de capital que auferir ou creditar, inclusi-
ve imposto suplementar de renda.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 43
(Regulamento Anexo III revogado, a partir de 30/6/2006, pela Resolução nº 3.349, de 23/2/2006.)
REGULAMENTO ANEXO III À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA A
CONSTITUIÇÃO E A ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRA DE TÍTULOS E VALORES MO-
BILIÁRIOS MANTIDA NO PAÍS POR ENTIDADES MENCIONADAS NO ART. 2º DO DE-
CRETO-LEI Nº 2.285, DE 23.07.86.
CAPÍTULO I
Da Autorização
Art. 1º Dependerá de prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários, ob-
servadas as precondições estabelecidas por esta autarquia, ouvido o Banco Central do Brasil, a
constituição e a administração de carteira de títulos e valores mobiliários mantidas no País por
entidades mencionadas no art. 2º do Decreto-lei nº 2.285, de 23.07.86;
Art. 2º Atendidas as precondições fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários,
a autorização de que trata o art. 1º dependerá de apresentação:
I - do registro da entidade estrangeira no órgão regulador de seu país de origem,
e/ou de seus atos constitutivos;
II - de comprovante de admissão dos valores mobiliários de emissão da entidade à
negociação em mercado de balcão organizado ou em bolsa de valores do país de sua origem;
III - de exemplar de prospecto a ser utilizado na distribuição dos valores mobiliá-
rios de emissão da entidade destinados à captação de recursos para aplicação no mercado de ca-
pitais brasileiro;
IV - de informações sobre as instituições estrangeiras responsáveis pela adminis-
tração da carteira e pela distribuição no exterior dos valores mobiliários emitidos pela entidade
estrangeira;
V - da indicação da instituição administradora brasileira e de seu registro no órgão
regulador competente no exterior, se for o caso;
VI - da indicação da instituição administradora brasileira custodiante dos títulos e
valores mobiliários componentes da Carteira e comprovação de que atende aos requisitos da le-
gislação estrangeira aplicável no que se refere a custódia, quando for o caso;
VII - dos objetivos e políticas de investimento e o prazo de permanência dos re-
cursos investidos, observadas as disposições deste Regulamento.
A Comissão de Valores Mobiliários poderá dispensar as exigências contidas nos
itens II, III e IV, em função das características da entidade pretendente.
Art. 3º A Comissão de Valores Mobiliários deverá se manifestar ate 30 (trinta) di-
as após a apresentação do pedido.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 44
Parágrafo único. O prazo de 30 (trinta) dias poderá ser interrompido uma única
vez, caso a Comissão de Valores Mobiliários solicite documentos e informações adicionais.
CAPÍTULO II
Da Administração
Art. 4º A administração da Carteira deverá ser exercida, em conjunto, por banco
de investimento ou sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliá-
rios, sediados no País e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários à prática da atividade
prevista no art. 23 da Lei nº 6.385, de 07.12.76, e instituição estrangeira, observadas as condi-
ções estabelecidas em contrato.
§ 1º A instituição administradora brasileira deverá manter departamento técnico
especializado em análise de títulos e valores mobiliários ou contratar esses serviços com entidade
habilitada pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2º A administração da Carteira ficará sob a supervisão e responsabilidade direta
de diretor da instituição administradora brasileira.
§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários, em função das características da entida-
de autorizada, poderá permitir que ela própria seja a instituição estrangeira responsável pela ad-
ministração da Carteira.
Art. 5º A instituição administradora brasileira deverá apresentar patrimônio líqui-
do não inferior ao estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 6º As instituições administradoras poderão, isoladamente e mediante prévio
aviso de 6 (seis) meses, rescindir o contrato de administração, ficando obrigadas, no mesmo ato,
a comunicar sua intenção à Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá descredenciar a instituição ad-
ministradora brasileira se esta deixar de cumprir as normas vigentes.
§ 1º O processo de descredenciamento terá início mediante notificação da Comis-
são de Valores Mobiliários à instituição administradora brasileira, com indicação dos fatos que o
fundamentem e do prazo, não inferior a 15 (quinze) dias, para apresentar defesa.
§ 2º A decisão da Comissão de Valores Mobiliários que descredenciar a institui-
ção administradora brasileira deverá ser fundamentada, cabendo recurso ao Conselho Monetário
Nacional sem efeito suspensivo no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de recebimento da
comunicação expedida pela Comissão.
Art. 8º Caberá ao Banco Central do Brasil requerer à Comissão de Valores Mobi-
liários o descredenciamento da instituição administradora brasileira que descumprir as normas de
registro de capital estrangeiro e de recolhimento do imposto de renda devido na remessa de ren-
dimentos.
Art. 9º Na hipótese de descredenciamento da instituição administradora brasileira
fica a instituição estrangeira, ou na falta desta a titular da Carteira, obrigada a requerer à Comis-
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 45
são de Valores Mobiliários, autorização para a instituição substituta no prazo de 15 (quinze) dias
úteis a contar do conhecimento da decisão da Comissão e apresentar o competente contrato de
administração.
Art. 10. A instituição administradora a ser substituída deverá permanecer no exer-
cício de suas funções até sua efetiva substituição, pela instituição autorizada.
Art. 11. A Comissão de Valores Mobiliários deverá comunicar imediatamente ao
Banco Central do Brasil a substituição da instituição administradora brasileira.
Art. 12. As instituições administradoras terão poderes para exercer todos os direi-
tos inerentes aos títulos e valores mobiliários integrantes da Carteira inclusive o de ações e o de
comparecer e votar em assembléias gerais ou especiais, podendo igualmente, abrir e movimentar
contas bancárias, adquirir e alienar livremente títulos e valores mobiliários, transigir, praticar,
enfim, todos os atos necessários à administração da Carteira, observadas as limitações deste Re-
gulamento e o estabelecido no contrato de administração.
Art. 13. Compete privativamente à instituição administradora brasileira:
I - proceder ao registro de capital estrangeiro;
II - processar as remessas de rendimentos, ganho de capital e o retorno do capital
investido;
III - recolher o imposto de renda incidente sobre os rendimentos remetidos para o
exterior;
IV - fornecer as informações relativas a:
a) composição e valorização da Carteira;
b) remessa de rendimentos, ganho de capital e liquidação parcial ou total do inves-
timento, se for o caso;
V - processar a escrituração contábil da Carteira.
Art. 14. As instituições administradoras perceberão pela prestação de seus servi-
ços de gestão e administração remuneração a ser fixada em contrato.
CAPÍTULO III
Do Contrato
Art. 15. O contrato de administração deverá conter, obrigatoriamente, cláusulas
que especifiquem:
I - autorização da Comissão de Valores Mobiliários;
II - os serviços que as instituições administradoras prestarão, os quais deverão es-
tar em estrita consonância com as normas vigentes nos respectivos países de origem;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 46
III - as responsabilidades assumidas por cada uma das instituições administrado-
ras, respeitadas as normas deste Regulamento;
IV - a remuneração dos serviços de cada instituição administradora e a forma de
seu pagamento;
V - as condições de substituição de cada instituição administradora;
VI - o diretor da instituição administradora brasileira responsável pela administra-
ção da Carteira;
VII - outras despesas e encargos.
CAPÍTULO IV
Do Registro de Recursos Externos Ingressados
Art. 16. Os recursos ingressados no País estarão sujeitos a registro no Banco Cen-
tral do Brasil, para efeito de controle do capital estrangeiro e de futuras remessas para o exterior
de rendimentos, ganho de capital e de retorno do capital investido.
Parágrafo único. O registro será requerido pela instituição administradora brasilei-
ra, até o 5º (quinto) dia útil subseqüente ao ingresso do capital.
Art. 16. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 17. O Certificado de Registro de Capital Estrangeiro, emitido pelo Banco
Central do Brasil, é o instrumento hábil para que se efetivem o retorno do capital estrangeiro e as
remessas de rendimentos provenientes dos títulos e valores mobiliários componentes da Carteira
e de ganho de capital decorrentes de sua valorização.
Parágrafo único. As remessas serão processadas pela instituição administradora
brasileira, através de bancos autorizados a operar em câmbio, correspondendo, a cada tipo de
remessa, fechamento de câmbio distinto.
Art. 17. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 18. Por ocasião das remessas, a instituição administradora brasileira deverá
entregar aos bancos intervenientes nas operações de câmbio os documentos a seguir relaciona-
dos, devidamente formalizados e autenticados, para que, juntamente com a 4ª (quarta) via dos
contratos de câmbio, sejam encaminhados ao Banco Central do Brasil:
II - nos casos de rendimentos provenientes dos títulos e valores mobiliários com-
ponentes da Carteira:
b) documento que autorizou a distribuição;
c) prova de recolhimento do imposto de renda;
III - nos casos de ganho de capital, demonstrativo da valorização da Carteira;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 47
IV - no caso de retorno de capital, comprovação da liquidação parcial ou total do
investimento.
Art. 18. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 19. A instituição administradora brasileira deverá encaminhar ao Banco Cen-
tral do Brasil, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da efetivação da remessa, as seguintes informa-
ções e documentos:
I) nos casos de rendimentos:
a) valor global remetido;
b) relação discriminativa dos rendimentos auferidos;
II - nos casos de retorno total ou parcial do capital ou de ganho de capital:
a) valor remetido;
b) especificação das baixas do registro de capital estrangeiro, se for o caso.
Parágrafo único. Na apuração do ganho de capital deverá ser considerado o valor
do investimento registrado e os rendimentos provenientes dos títulos e valores mobiliários da
Carteira que tenham sido reinvestidos, observadas as normas referentes a escrituração contábil
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 19. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 20. Na efetivação das transferências previstas no art. 17, os bancos interveni-
entes serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte da instituição administrado-
ra brasileira e de acordo com a natureza da remessa, dos dispositivos deste Regulamento, caben-
do-lhes, ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras, inclusive no que
tange às anotações cabíveis nas folhas anexas aos certificados de registro.
Art. 20. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 21. O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente os registros de in-
vestimentos em moeda estrangeira efetivados na forma deste Regulamento.
Art. 21. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO V
Da Contabilização da Carteira
Art. 22. Os recursos investidos na Carteira estarão sujeitos às normas de escritura-
ção expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, que será auditada por auditor independente
registrado na Comissão, observando-se, quanto aos títulos, a orientação do Banco Central do
Brasil.
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CAPÍTULO VI
Dos Aspectos Fiscais
Art. 23 Estão isentos de imposto de renda na fonte:
a) os rendimentos pagos ou creditados à Carteira pelos emitentes dos títulos e va-
lores mobiliários que a compõem;
b) o ganho de capital auferido em sua negociação.
§ 2º Incidirá o imposto de renda à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre os
rendimentos referidos na letra "a" do "caput" deste artigo quando de sua remessa ao exterior.
§ 3º Se a titular da Carteira estiver sediada em país com o qual o Brasil mantenha
acordo destinado a evitar a dupla tributação a alíquota de que trata o parágrafo anterior poderá
ser alterada, a pedido, prevalecendo a que for menor.
Art. 24. Atendidas as normas e condições estabelecidas neste Regulamento, o ga-
nho de capital auferido na liquidação total ou parcial do investimento está isento de imposto de
renda.
CAPÍTULO VII
Da Composição da Carteira de Títulos e Valores Mobiliários
Art. 25. Do valor global das aplicações da Carteira no mínimo 70% (setenta por
cento) serão representados por ações de emissão de companhias abertas adquiridas em bolsas de
valores, em mercado de balcão organizado por entidade autorizada pela Comissão de Valores
Mobiliários ou por subscrição.
Parágrafo único. Para o atendimento do limite mínimo disposto no "caput" deste
artigo, admitir-se-á que posições diárias em ações se situem no mínimo em 35% (trinta e cinco
por cento) do valor total das aplicações, desde que a média, a cada 720 (setecentos e vinte ) dias,
se situe no mínimo em 70% (setenta por cento) do valor total das aplicações.
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
II - Letras do Banco Central e Títulos da Dívida Pública Federal;
III - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas.
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - Cotas de fundos de aplicação financeira;
II - Títulos de emissão do tesouro nacional ou do Banco Central do Brasil;
III - Outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 49
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 1.819, de 24/4/1991.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND), debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS), certi-
ficados de privatização, outros títulos, valores mobiliários e créditos cuja utilização vier a ser
admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desestatização, bem assim direitos
e opções para a aquisição de referidos títulos e valores mobiliários;
III - Operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92;
IV - Quotas de Fundos de Aplicação Financeira.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.013, de 19/8/1993.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da resolução nº 2.034, de 17.12.93;
II - títulos da dívida agrária (TDA), obrigações do fundo nacional de desenvolvi-
mento (OFND), debêntures de emissão da siderurgia brasileira s.a. (SIDERBRÁS), certificados
de privatização, outros títulos representativos de securitização de dívidas do governo federal e
créditos cuja utilização for admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desesta-
tização, bem assim direitos e opções para a aquisição de referidos títulos;
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - quotas de fundos de aplicação financeira.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.046, de 19/1/1994.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de "17.12.93;"
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 50
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de "17.12.93;"
IV - quotas de Fundos de Aplicação Financeira;
V - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.079, de 15/6/1994.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
II - Títulos da Divida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.115, de 19/10/1994.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplicados
nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93;
II - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.246, de 8/2/1996.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas a
partir de 1º.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
II - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 51
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.330, de 31/10/1996.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis ou aplica-
dos nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas a
partir de 01.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
II - ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras com sede no
País, com ações negociadas em bolsas de valores;
III - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.344, de 19/12/1996.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta-
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto em Decreto de 09.12.96 e no art. 1º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
II - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 2º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.384, de 22/5/1997.)
Art. 26. Os recursos remanescentes poderão ser mantidos disponíveis em conta
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observado o dis-
posto em Decreto de 9 de dezembro de 1996;
II - ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa, observado o
disposto nos arts. 1º e 2º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
III - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 52
(Artigo 26 com redação dada pela Resolução nº 2.628, de 6/8/1999.)
Art. 27. Na aplicação dos recursos, serão observados os seguintes critérios de di-
versificação:
I - o total de aplicações em ações de uma única companhia não excederá 5% (cin-
co por cento) do capital votante ou 20% (vinte por cento) do capital total dessa;
II - o total de aplicações em valores mobiliários de uma mesma companhia emi-
tente não excederá 10% (dez por cento) do total das aplicações da Carteira;
III - não serão consideradas, na determinação dos limites de diversificação ora es-
tabelecidos, as ações recebidas em bonificações ou resultantes da conversão de debêntures e as
ações ou debêntures conversíveis provenientes do exercício do direito de preferência, desde que
o excesso seja eliminado no prazo de 6 (seis) meses, que poderá ser prorrogado, quando justifi-
cado e aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 27. (Revogado pela Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
CAPÍTULO VIII
Das Normas Operacionais
Art. 28. Os títulos e valores mobiliários componentes da Carteira serão obrigatori-
amente custodiados em instituições financeiras, em bolsa de valores ou em entidades de custódia,
desde que autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários, atendido o disposto no inciso VI
do art. 2º.
Art. 29. É vedada a utilização dos recursos da Carteira de modo a que, direta ou
indiretamente, represente operações ou obrigações decorrentes de:
I - empréstimo sob qualquer modalidade;
II - fiança, aval, aceite ou coobrigação sob qualquer outra forma;
III - negociação com duplicatas, notas promissórias ou outros títulos que não os
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional;
IV - aquisição ou venda fora do pregão das bolsas de ações de companhias abertas
registradas para negociação em bolsa, ressalvadas, quanto à aquisição, as hipóteses de subscri-
ção, bonificação e conversão de debêntures em ações;
V - aplicação no exterior;
VI - aquisição de bens imóveis;
VII - aquisição de títulos ou valores mobiliários de emissão ou coobrigação da
instituição administradora ou de companhia a ela ligada (Art. 32);
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 53
VIII - subscrição ou aquisição de ações de sociedades de investimento ou de cotas
de fundos de investimento;
IX - aquisição de ações negociadas em segmento de mercado de balcão não orga-
nizado ou organizado por entidade não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo Único. Excetuam-se do disposto no item VII deste artigo os casos em
que houver prévia e expressa anuência de todos os participantes da entidade autorizada a consti-
tuir, no país, carteira de títulos e valores mobiliários na forma deste regulamento. (Incluído pela
Resolução nº 1.877, de 22/10/1991.)
Art. 30. Os valores componentes da Carteira não poderão ser objeto de locação,
empréstimo, penhor ou caução, salvo nos casos expressamente autorizados pela Comissão de
Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil, nas respectivas áreas de competência.
Art. 31. É permitida a aplicação de recursos da Carteira em operações nos merca-
dos futuros de câmbio, de índices de ações, e de opções destes índices.
Art. 32. Considera-se ligada, para efeito do disposto no Regulamento, a compa-
nhia:
I - da qual a instituição administradora participe, direta ou indiretamente, com
mais de 10% (dez por cento) do capital;
II - da qual administradores da instituição administradora e seus respectivos côn-
juges, companheiros ou parentes até o 2º (segundo) grau participem, em conjunto ou isoladamen-
te, com mais de 10% (dez por cento) do capital direta ou indiretamente;
III - da qual participe com mais de 10% (dez por cento) do capital da instituição
administradora, direta ou indiretamente;
IV - cujos administradores e seus respectivos cônjuges, companheiros ou parentes
até o 2º (segundo) grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10% (dez por
cento) do capital da instituição administradora, direta ou indiretamente;
V - da qual acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital da instituição
administradora participem, direta ou indiretamente, com 10% (dez por cento) ou mais do capital
social;
VI - cujos administradores, no todo ou em parte, forem os mesmos da instituição
administradora, ressalvados os cargos exercidos em órgãos colegiados, previstos no estatuto ou
regimento interno da instituição administradora, desde que seus titulares não exerçam funções
executivas, ouvida previamente a Comissão de Valores Mobiliários.
CAPÍTULO IX
Das Informações
Art. 33. A instituição administradora brasileira deverá remeter à Comissão de Va-
lores Mobiliários, mensalmente, no prazo de 10 (dez) dias após o encerramento do período, os
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 54
seguintes documentos relativos à Carteira, sem prejuízo de outros que venham a ser exigidos:
II - demonstrativo da composição e diversificação das aplicações;
III - demonstrativo de fontes e aplicações de recursos.
Art. 34. A instituição administradora brasileira deverá, semestralmente, divulgar
publicamente os demonstrativos referidos no art. 33, no prazo de 10 (dez) dias após o encerra-
mento de cada semestre.
CAPÍTULO X
Das Disposições Finais
Art. 35. A titular da Carteira e a instituição administradora estrangeira deverão
manter no País representante com poderes para receber citações judiciais, bem como comunica-
ções ou intimações expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do
Brasil.
Art. 36. Aplica-se às instituições administradoras e aos administradores e gerentes
da instituição brasileira responsáveis pela administração da Carteira o disposto no Capítulo V da
Lei nº 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da Lei nº 6.385, de 07.12.76, independentemente de outras
sanções legais eventualmente cabíveis.
Art. 37. Sem prejuízo das penalidades cabíveis nos termos do artigo anterior, a
instituição administradora brasileira que descumprir as disposições deste Regulamento fica res-
ponsável pelo recolhimento integral do imposto de renda incidente na fonte sobre os rendimentos
e ganho de capital auferidos, inclusive o imposto suplementar de renda.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 55
REGULAMENTO ANEXO IV À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA A
CONSTITUIÇÃO E A ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRA DE VALORES MOBILIÁRIOS
MANTIDA NO PAÍS POR INVESTIDORES INSTITUCIONAIS, TAIS COMO FUNDOS DE
PENSÃO, CARTEIRAS PRÓPRIAS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, COMPANHIAS
SEGURADORAS E FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO CONSTITUÍDOS NO EXTE-
RIOR. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
CAPÍTULO I
Da Autorização
Art. 1º. Dependerá de prévia autorização da comissão de valores mobiliários a
administração de carteira de valores mobiliários mantida no país por investidores institucionais
estrangeiros, tais como fundos de pensão, carteiras próprias de instituições financeiras, compa-
nhias seguradoras e fundos mútuos de investimento constituídos no exterior, ou outras entidades
de investimento coletivo devidamente registradas no órgão equivalente à comissão de valores
mobiliários do país de origem ou em entidade supranacional controladora do investimento. (In-
cluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 2º. A Autorização de que trata o art. 1º deste regulamento dependerá de apre-
sentação:
I - Do registro do investidor institucional estrangeiro, conforme caracterizado no
artigo anterior, no órgão regulador de seu país de origem, e/ou de seus atos constitutivos;
II - De assunção irrestrita da instituição administradora no Brasil, como responsá-
vel única por todos os atos que Praticar direta ou indiretamente em nome do investidor, Princi-
palmente no que diz respeito aos arts. 14, 16, 17, 21 e 24 deste regulamento;
III - De termo de assunção de responsabilidade fiscal e cambial irrestrita pelos
atos praticados em nome e por conta do investidor.
(Artigo 2º incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 3º. A comissão de valores mobiliários deverá se manifestar sobre o pedido de
autorização de que trata o art. 1º deste regulamento no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar
da data de sua apresentação.
Parágrafo 1º. O prazo de 30 (trinta) dias poderá ser interrompido uma única vez,
caso a comissão de valores mobiliários requisite documentos e informações adicionais.
Parágrafo 2º. A falta de manifestação da comissão de valores mobiliários, após 30
(trinta) dias da apresentação do pedido, implicará na sua aprovação.
(Artigo 3º incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 56
CAPÍTULO II
Da Administração
Art. 4º. A administração da carteira deverá ser exercida por instituição, em funci-
onamento no país, autorizada pela comissão de valores mobiliários à prática da atividade prevista
no art. 23 da lei nº 6.385, de 07.12.76.
Parágrafo 1º. A instituição administradora deverá manter departamento técnico
especializado em análise de valores mobiliários, ou contratar esses serviços com entidade habili-
tada pela comissão de valores mobiliários.
Parágrafo 2º. A administração da carteira ficará sob a supervisão e responsabilida-
de direta de diretor da instituição administradora.
(Artigo 4º incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 5º. A instituição administradora poderá, a critério do investidor institucional
estrangeiro, a qualquer momento, ser substituída, desde que sejam a comissão de valores mobili-
ários e o Banco Central do Brasil comunicados até 15 (quinze) dias após a transferência. (Incluí-
do pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 6º. A comissão de valores mobiliários poderá descredenciar a instituição ad-
ministradora se esta deixar de cumprir as normas vigentes.
Parágrafo Único. O processo de descredenciamento terá início mediante notifica-
ção da comissão de valores mobiliários à instituição administradora, com indicação dos fatos que
o fundamentem e do prazo, não inferior a 15 (quinze) dias, para apresentação de defesa.
(Artigo 6º incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 7º. Caberá ao Banco Central do Brasil e ao departamento da receita federal
requerer à comissão de valores mobiliários o descredenciamento da instituição administradora
brasileira, que descumprir as normas aplicáveis ao capital estrangeiro e de recolhimento dos tri-
butos devidos. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 8º. Na hipótese de descredenciamento da instituição administradora, ficará o
titular da carteira obrigado a indicar à comissão de valores mobiliários a instituição substituta, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar do conhecimento da decisão da comissão, e apresentar o
competente contrato de administração. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 9º. A instituição administradora a ser substituída deverá permanecer no exer-
cício de suas funções até sua efetiva substituição, pela instituição indicada, respondendo por to-
das as obrigações assumidas durante seu período de gestão. (Incluído pela Resolução nº 1.832,
de 31/5/1991.)
Art. 10. A comissão de valores mobiliários comunicará imediatamente ao Banco
Central do Brasil e ao departamento da receita federal a substituição da instituição administrado-
ra. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 57
Art. 11. A instituição administradora poderá ter, a critério do investidor instituci-
onal estrangeiro, poderes para exercer todos os direitos inerentes aos valores mobiliários inte-
grantes da carteira, inclusive o de ação e o de comparecer e votar em assembléias gerais ou espe-
ciais, podendo, igualmente, abrir e movimentar contas bancárias, adquirir e alienar livremente
valores mobiliários, transigir, praticar, enfim, todos os atos necessários à administração da cartei-
ra, observadas as limitações deste regulamento e o estabelecido no contrato de administração.
(Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 12. Compete privativamente à instituição administradora:
I - Praticar todos os atos relativos ao registro de capital estrangeiro junto ao Banco
Central do Brasil e efetuar todas as operações de câmbio inerentes aos investimentos de que trata
este regulamento;
II - Providenciar as remessas de rendimentos, ganhos de capital e o retorno do in-
vestimento;
III - Recolher os tributos incidentes sobre as operações e os rendimentos e ganhos
de capital;
IV - Fornecer as informações relativas à remessa de rendimentos, ganhos de capi-
tal e liquidação parcial ou total do investimento, se for o caso;
V - processar a escrituração contábil da carteira;
VI - Efetuar a guarda de todo e qualquer documento comprobatório do cumpri-
mento das obrigações fiscais, cambiais e perante à comissão de valores mobiliários, até cumprido
o respectivo prazo prescricional;
VII - Prestar toda e qualquer informação, bem como fornecer todo e qualquer do-
cumento à comissão de valores mobiliários, ao Banco Central do Brasil ou ao departamento da
receita federal, no que se refere aos investimentos de que trata este regulamento.
(Artigo 12 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 13. A instituição administradora perceberá, pela prestação dos serviços de
gestão e administração, remuneração a ser livremente contratada entre as partes. (Incluído pela
Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
CAPÍTULO III
Do Registro de Recursos Externos Ingressados
Art. 14. Após a competente autorização por parte da comissão de valores mobiliá-
rios, para a constituição da carteira detida por investidor institucional estrangeiro, os recursos in-
gressados no país estarão sujeitos a registro no Banco Central do Brasil para efeito de controle
do capital estrangeiro e de futuras remessas para o exterior de rendimentos, ganhos de capital e
de retorno do investimento.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 58
Parágrafo Único. O registro será requerido pela Instituição administradora até o 5º
(quinto) dia útil subseqüente ao ingresso dos recursos no país.
(Artigo 14 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 14. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 15. O certificado de registro de capital estrangeiro, emitido pelo Banco Cen-
tral do Brasil, é o instrumento hábil para que se efetivem o retorno do capital estrangeiro e as
remessas de rendimentos ou ganhos de capital provenientes dos valores mobiliários.
Parágrafo Único. As transferências serão processadas pela instituição administra-
dora, através de bancos autorizados a operar em câmbio, correspondendo, a cada tipo de remes-
sa, fechamento de câmbio distinto.
(Artigo 15 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 15. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 16. Por ocasião das remessas, a instituição administradora deverá entregar à
instituição interveniente nas operações de câmbio os documentos a seguir relacionados, devida-
mente formalizados, para que, juntamente com a 4ª (quarta) via dos contratos de câmbio, sejam
encaminhados ao Banco Central do Brasil.
I - Nos casos de rendimentos provenientes dos valores mobiliários componentes
da carteira:
A - Documento que autorizou a distribuição;
B - Prova de recolhimento dos tributos devidos.
II - Nos casos de ganho de capital, demonstrativo da realização do investimento;
III - No caso de retorno do investimento, comprovação de sua liquidação parcial
ou total.
Parágrafo Único. Além dos documentos citados neste artigo, a instituição admi-
nistradora deverá apresentar à instituição interveniente demonstrativo contábil de apuração de re-
sultados, especificando a natureza das remessas.
(Artigo 16 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 16. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 17. A instituição administradora deverá encaminhar ao Banco Central do Bra-
sil, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da efetivação da remessa, além do documento mencionado
no parágrafo único do artigo anterior, as seguintes informações e documentos:
I - Nos casos de rendimentos:
A - Valor global remetido;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 59
B - Relação discriminada dos rendimentos auferidos.
II - Nos casos de retorno total ou parcial do investimento ou de ganho de capital:
A - Valor remetido;
B - Especificação das baixas do registro de capital estrangeiro, se for o caso.
(Artigo 17 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 17. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 18. Na efetivação das transferências previstas no art. 15, as instituições inter-
venientes nas remessas serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte da insti-
tuição administradora, e de acordo com a natureza da remessa, do disposto neste regulamento,
cabendo-lhes, ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras, inclusive no
que tange às anotações cabíveis nos certificados de registro. (Incluído pela Resolução nº 1.832,
de 31/5/1991.)
Art. 18. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente os registros de in-
vestimentos em moeda estrangeira efetivados na forma deste regulamento. (Incluído pela Reso-
lução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 19. (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO IV
Da Contabilização da Carteira
Art. 20. Os recursos investidos na carteira, que será auditada por auditor indepen-
dente registrado na comissão de valores mobiliários, estarão sujeitos às normas de escrituração
expedidas por aquela comissão, observando-se, quanto aos títulos, a orientação do Banco Central
do Brasil. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
CAPÍTULO V
Das normas Operacionais
Art. 21. Os valores mobiliários integrantes da carteira serão obrigatoriamente cus-
todiados na instituição administradora, ressalvada a hipótese de, por determinação do investidor
institucional estrangeiro, a custódia vir a ser transferida para outra instituição custo diante, devi-
damente credenciada na comissão de valores mobiliários. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de
31/5/1991.)
Art. 22. É vedada a utilização dos recursos da carteira de modo que, direta ou in-
diretamente, represente operações ou obrigações decorrentes de:
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 60
I - Aquisição ou venda, fora do pregão das bolsas de valores, de ações de compa-
nhias abertas registradas para negociação em bolsa, ressalvadas, quanto à aquisição, as hipóteses
de subscrição, bonificação e conversão de debêntures em ações;
II - Aquisição de ações negociadas em segmento de mercado de balcão não orga-
nizado ou organizado por entidade não autorizada pela comissão de valores mobiliários;
III - Aquisição de ações que resultem, direta ou indiretamente, na transferência do
controle de empresas ou entidades direta ou indiretamente controladas por pessoas físicas domi-
ciliadas no país, para pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no exterior.
(Artigo 22 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 23. Os valores mobiliários componentes da carteira não poderão ser objeto de
locação, empréstimo, penhor ou caução, salvo nos casos expressamente autorizados pela comis-
são de valores mobiliários. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
CAPÍTULO VI
Das Informações
Art. 24. A instituição administradora deverá remeter à comissão de valores mobi-
liários, mensalmente, até o 5º (quinto) dia útil após o encerramento do período, informações rela-
tivas ao fluxo de entrada e saída de recursos. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
CAPÍTULO VII
Dos Aspectos Fiscais
Art. 25. Estão isentos de imposto de renda na Fonte:
A - Os rendimentos pagos ou creditados à carteira pelos emitentes dos títulos e va-
lores mobiliários que a compõem;
B - O ganho de capital auferido em sua negociação.
Parágrafo 1º. Incidirá o imposto de renda à alíquota de 15% (quinze por cento)
sobre os rendimentos referidos na alínea "a" deste artigo, quando de sua remessa ao exterior.
Parágrafo 2º. Se o titular da carteira estiver sediado em país com o qual o Brasil
mantenha acordo destinado a evitar dupla tributação, a alíquota de que trata o parágrafo anterior
poderá ser alterada, a pedido, prevalecendo a que for menor.
(Artigo 25 incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 26. Atendidas as normas e condições estabelecidas neste regulamento, o ga-
nho de capital auferido na liquidação total ou parcial do investimento estará isento de imposto de
renda, sendo o valor em moeda estrangeira determinado pela conversão à taxa de câmbio vigente
na data da remessa. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 61
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 27. Os recursos ingressados no país, nos termos deste regulamento, porventu-
ra não destinados a aplicações em valores mobiliários, deverão obrigatoriamente destinar-se à
aquisição de quotas de fundos de aplicação financeira. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de
31/5/1991.)
Art. 27. Os recursos ingressados no país nos termos deste regulamento, porventura
não destinados à aquisição de valores mobiliários, deverão obrigatoriamente destinar-se à aplica-
ção em:
I - Títulos da dívida agrária (TDA), obrigações do fundo nacional de desenvolvi-
mento (OFND), debêntures de emissão da siderurgia brasileira s.a. (SIDERBRÁS), certificados
de privatização, outros títulos, valores mobiliários e créditos cuja utilização vier a ser admitida
para pagamento no âmbito do programa nacional de desestatização, bem assim direitos e opções
para a aquisição de referidos títulos e valores mobiliários;
II - Outros títulos de renda fixa, observado o máximo de 25% (vinte e cinco por
cento) do valor da carteira;
III - Operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de mercadorias e de futuros caracterizadas como "HEDGE" cambial;
IV - Quotas de fundos de aplicação financeira;
V - Outras modalidades de investimento expressamente autorizadas pela comissão
de valores mobiliários ou, em se tratando de ativos financeiros que não valores mobiliários, pelo
Banco Central do Brasil em conjunto com a referida comissão.
Parágrafo Único. A aquisição dos títulos, valores mobiliários e créditos de que tra-
ta o item I deste artigo:
a - Ficará condicionada à respectiva utilização para pagamento no âmbito do pro-
grama nacional de desestatização;
b - Sujeitar-se-á, no que couber, a regulamentação baixada pelo Banco Central do
Brasil em conjunto com a comissão de valores mobiliários relativamente à respectiva negociação
em bolsa de valores ou mercado de balcão.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 1.867, de 23/9/1991.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários, deverão obrigatoriamente destinar-se à
aplicação em:
I - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND), debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS), Certi-
ficados de Privatização, outros títulos, valores mobiliários e créditos cuja utilização vier a ser
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 62
admitida para pagamento no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, bem assim direi-
tos e opções para a aquisição de referidos títulos e valores mobiliários;
II - Operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por
bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Reso-
lução nº 1.935, de 30.06.92;
III - Quotas de Fundos de Aplicação Financeira;
IV - Outras modalidades de investimento expressamente autorizadas pela Comis-
são de Valores Mobiliários ou, em se tratando de ativos financeiros que não valores mobiliários,
pelo Banco Central do Brasil em conjunto com a referida Comissão.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.013, de 19/8/1993.)
Art. 27. Os recursos ingressados no país nos termos deste regulamento, porventura
não destinados à aquisição de valores mobiliários, observado o disposto no art. 3º da resolução nº
2.034, de 17.12.93, deverão obrigatoriamente destinar-se à aplicação em:
I - títulos da dívida agrária (TDA), obrigações do fundo nacional de desenvolvi-
mento (OFND), debêntures de emissão da siderurgia brasileira s.a. (SIDERBRÁS), certificados
de privatização, outros títulos representativos de securitização de dívidas do governo federal e
créditos cuja utilização for admitida para pagamento no âmbito do programa nacional de desesta-
tização, bem "assim direitos e opções para a aquisição de referidos títulos;
II - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por bol-
sas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na resolu-
ção nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da resolução nº 2.034, de 17.12.93;
III - quotas de fundos de aplicação financeira;
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela comissão de valores mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.046, de 19/1/1994.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários, observado o disposto no art. 3º da Resolu-
ção nº 2.034, de 17.12.93, deverão obrigatoriamente destinar-se à aplicação em:
I - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
II - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por bol-
sas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Resolu-
ção nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
III - quotas de Fundos de Aplicação Financeira;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 63
IV - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.079, de 15/6/1994.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários, observado o disposto no art. 3º da Resolu-
ção nº 2.034, de 17.12.93, deverão ser aplicados nas seguintes alternativas de investimento, iso-
lada ou cumulativamente:
I - operações realizadas nos mercados de liquidação futura administrados por bol-
sas de valores ou de mercadorias e de futuros, observadas as condições estabelecidas na Resolu-
ção nº 1.935, de 30.06.92, e no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93;
II - Títulos da Dívida Agrária (TDA), Obrigações do Fundo Nacional de Desen-
volvimento (OFND) e debêntures de emissão da Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS);
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.115, de 19/10/1994.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observa-
do o disposto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93, poderão ser mantidos disponíveis ou
aplicados em outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto, pelo
Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.(Redação dada pela Resolução
nº 2.246, de 8/2/1996.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porven-
tura não destinados à aquisição de valores mobiliários de emissão de companhias abertas, obser-
vado o disposto no art. 3º da Resolução nº 2.034, de 17.12.93, poderão ser mantidos disponíveis
ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas a
partir de 01.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
II - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.330, de 31/10/1996.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porven-
tura não destinados à aquisição de valores mobiliários de emissão de companhias abertas, obser-
vado o disposto no art. 3º da Resolução nº. 2.034, de 17.12.93, poderão ser mantidos disponíveis
ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - debêntures conversíveis em ações de distribuição pública, desde que emitidas a
partir de 01.11.96, com prazo de vencimento igual ou superior a 3 (três) anos;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 64
II - ações sem direito a voto de emissão de instituições financeiras com sede no
País, com ações negociadas em bolsas de valores;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.344, de 19/12/1996.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observa-
do o disposto em Decreto de 09.12.96 e no art. 1º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97, poderão
ser mantidos disponíveis em conta-corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investi-
mento, isolada ou cumulativamente:
I - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 2º da Resolução nº 2.384, de 22.05.97;
II - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.384, de 22/5/1997.)
Art. 27. Os recursos ingressados no País nos termos deste Regulamento, porventu-
ra não destinados à aquisição de valores mobiliários de emissão de companhias abertas, observa-
do o disposto em Decreto de 9 de dezembro de 1996, poderão ser mantidos disponíveis em conta
corrente ou aplicados nas seguintes alternativas de investimento, isolada ou cumulativamente:
I - ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa, observado o
disposto nos arts. 1º e 2º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
II - operações realizadas com derivativos em mercados organizados, observado o
disposto no art. 3º da Resolução nº 2.628, de 6 de agosto de 1999;
III - outras modalidades de investimento expressamente autorizadas, em conjunto,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Artigo 27 com redação dada pela Resolução nº 2.628, de 6/8/1999.)
Art. 28. O investidor institucional estrangeiro titular da carteira deverá manter, no
país, representante com poderes para receber citações judiciais, bem como comunicações ou in-
timações expedidas pela comissão de valores mobiliários, pelo Banco Central do Brasil ou pelo
departamento da receita federal. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de 31/5/1991.)
Art. 29. A instituição administradora responde solidária e ilimitadamente perante
o departamento da receita federal, o Banco Central do Brasil e a comissão de valores mobiliários,
no que diz respeito a todas as obrigações tributárias do investidor. (Incluído pela Resolução nº
1.832, de 31/5/1991.)
Art. 30. Aplica-se à instituição administradora e aos seus administradores o dis-
posto no capítulo V da lei nº 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da lei nº 6.385, de 07.12.76, inde-
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 65
pendentemente de outras sanções legais eventualmente cabíveis. (Incluído pela Resolução nº
1.832, de 31/5/1991.)
Art. 31. Sem prejuízo das penalidades cabíveis, nos termos do artigo anterior, a
instituição administradora que descumprir as disposições deste regulamento ficará responsável
pelo recolhimento integral dos tributos devidos. (Incluído pela Resolução nº 1.832, de
31/5/1991.)
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 66
REGULAMENTO ANEXO V À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA OS
INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ESTRANGEIROS EFETUADOS PELO MECANISMO DE
"AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) E "INTERNATIONAL DEPOSITARY RE-
CEIPTS" (IDR).
Art. 1º. Os recursos ingressados no país para aquisição de ações emitidas por em-
presas brasileiras, com a finalidade de integrar programas de "AMERICAN DEPOSITARY RE-
CEIPTS" (ADR) e"INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR) ficarão sujeitos às
normas constantes deste regulamento.
Art. 2º. Qualificam-se para fins de registro nos programas de ADR/IDR os recur-
sos ingressados no país para aquisição,tanto no mercado primário quanto no secundário, de ações
de companhias abertas registradas perante a comissão de valores mobiliários, à qual competirá o
exame e a aprovação prévia dos contratos firmados entre a companhia emissora, o banco custo-
diante e o banco emissor.
Parágrafo 1º. Entende-se como banco custodiante a instituição integrante do sis-
tema financeiro nacional credenciada pela comissão de valores mobiliários a prestar serviços de
custódia de ações para o fim específico de emissão de ADR/IDR.
Parágrafo 2º. Entende-se por banco emissor a instituição financeira que, com base
nas ações custodiadas no país, emitir os correspondentes ADR/IDR, no exterior.
Parágrafo 3º. A emissão de ADR/IDR lastreada na compra de ações junto a bolsas
de valores brasileiras deverá ser previamente aprovada pela comissão de valores mobiliários, as-
sim como os programas que envolvam a colocação primária de ações no exterior.
Parágrafo 4º. Os contratos referidos no "caput" deste artigo deverão conter cláusu-
la estipulando a obrigatoriedade de fornecimento à comissão de valores mobiliários e ao Banco
Central do Brasil, pelos bancos custodiante e emissor, a qualquer tempo, de quaisquer informa-
ções relativas aos títulos emitidos.
CAPÍTULO I
Do Registro dos Recursos Externos Ingressados
Art. 3º. Os recursos ingressados no país estarão sujeitos a registro no Banco Cen-
tral do Brasil, para efeito de controle de capital estrangeiro e de futuras remessas, para o exterior,
de rendimentos, retorno e de ganhos de capital.
Parágrafo 1º. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo banco custodi-
ante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores.
Parágrafo 2º. O Registro dos recursos externos ingressados será considerado efe-
tuado quando da emissão do respectivo certificado pelo Banco Central do Brasil, tendo como re-
ceptora do investimento a empresa brasileira emitente das ações.
Parágrafo 3º. A cada ingresso de divisas no país, para aquisição de ações pelo me-
canismo de ADR/IDR, corresponderá acréscimo no registro de investimento em moeda estran-
geira em nome do banco emissor do ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 67
Parágrafo 4º. Nos casos de bonificação em ações, o registro de capital estrangeiro
será alterado apenas no que tange à quantidade de ações detida pelo investidor e ao valor e cons-
tituição do capital social da empresa brasileira.
Art. 4º. O certificado de registro de capital estrangeiro emitido pelo Banco Central
do Brasil é o instrumento hábil para se efetivar as remessas de dividendos, do produto da aliena-
ção de direitos de subscrição de ações ou outros direitos inerentes às ações, bem como a título de
retorno e ganhos de capital.
Parágrafo 1º. As remessas serão processadas pelo banco custodiante, através de
bancos autorizados a operar em câmbio, correspondendo, a cada tipo de remessa, fechamento de
câmbio distinto.
Parágrafo 2º. Exceto no que concerne aos dividendos e bonificações em dinheiro,
as demais remessas para o exterior deverão ter como limite o valor de alienação, em bolsa de va-
lores, das ações ou dos direitos a elas inerentes, deduzidas as despesas correspondentes.
Art. 5º. Por ocasião das remessas, o banco custodiante deverá entregar aos bancos
intervenientes nas operações de câmbio cópia dos documentos a seguir relacionados, devidamen-
te formalizados:
I - No caso de dividendos e do produto da alienação de direitos de subscrição ou
outros direitos inerentes às ações:
A - Ata da reunião dos órgãos de administração em que tenha sido autorizada a
distribuição de dividendos ou bonificação em dinheiro, ou que tenha gerado outros direitos, ob-
servado, no que tange a rendimentos apurados em balanços intermediários, o limite estabelecido
no parágrafo 1º do art. 204 da lei nº 6.404, de 15.12.76;
B - Demonstrações financeiras da empresa brasileira emissora das ações a que se
refere o investimento estrangeiro, com base nas quais os dividendos ou as bonificações em di-
nheiro estiverem sendo pagos;
C - Comprovante de alienação dos direitos de subscrição de ações ou outros direi-
tos em bolsa de valores; e
D - Prova de recolhimento do imposto de renda.
II - Nos casos de retorno e de ganho de capital:
A - Comprovante de alienação das ações em bolsa de valores; e
B - Demonstrativo evidenciando o número de ações alienadas e os valores de
aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver.
Parágrafo 1º. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer a necessidade de apre-
sentação de outros documentos para fins de comprovação dos valores objeto de remessa.
Parágrafo 2º. Deverão os bancos intervenientes nas remessas encaminhar ao Ban-
co Central do Brasil / departamento de capitais estrangeiros (FIRCE), até o final do expediente
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 68
do dia útil seguinte ao da liquidação do câmbio, os documentos entregues pelo banco custodiante
na forma deste artigo, juntamente com cópia do contrato de câmbio respectivo ou indicação dos
dados que o identificam.
Art. 6º. O banco custodiante deverá encaminhar ao Banco Central do Bra-
sil/departamento de capitais estrangeiros (FIRCE), dentro de 5 (cinco) dias, a contar da efetiva-
ção de cada remessa, as seguintes informações e documentos para fins de controle e, quando ca-
bível, atualização do registro:
I - Nos casos de dividendos ou alienação de direitos de subscrição ou outros direi-
tos inerentes às ações:
A - Demonstrativo evidenciando os direitos e os valores de aquisição e venda,
bem como a apuração dos valores bruto e líquido da remessa, com indicação do número do certi-
ficado de registro de capital estrangeiro correspondente; e
B - Nos casos de remessas decorrentes de alienação de direitos de subscrição e ou-
tros direitos, demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda ou por bolsa de va-
lores, indicando os preços médios de venda e as quantidades dos direitos e das ações negociadas
nos 15 (quinze) pregões imediatamente anteriores à data de alienação, nas duas bolsas onde os
direitos e as ações tiverem sido mais negociados.
II - Nos casos de retorno e de ganhos de capital:
A - Demonstrativo evidenciando o número de ações alienadas e os valores de
aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver;
B - Indicação das baixas que devam ser efetuadas no registro de capital estrangei-
ro; e
C - Demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda ou por bolsa
de valores, indicando os preços médios de venda e a quantidade de ações negociadas nos 15
(quinze) pregões imediatamente anteriores à data de alienação, nas duas bolsas onde a ação tiver
sido mais negociada.
Art. 7º. Na efetivação das remessas previstas no art. 5º Deste regulamento, os
bancos intervenientes serão responsáveis pela verificação do cumprimento, por parte do banco
custodiante e de acordo com a natureza da transferência, dos dispositivos deste regulamento, ca-
bendo-lhes, ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras ao exterior, in-
clusive no que tange às anotações cabíveis nas folhas anexas ao certificado de registro.
CAPÍTULO II
Do Resgate de ADR/IDR
Art. 8º. Os investidores estrangeiros que detenham ADR/IDR poderão resgatá-los
a fim de:
I - Efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações correspondentes aos
ADR/IDR resgatados;
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 69
II - Retirar as ações do banco custodiante, passando à condição de investidor dire-
to, nos termos e condições do anexo IV da resolução nº 1.289, de 20.03.87, quando se tratar de
investidor institucional ou outras entidades de investimento coletivo;
III - Retirar as ações do banco custodiante, passando à condição de investidor di-
reto, nos termos das regras gerais estabelecidas para investimentos sob a lei nº 4.131, de
03.09.62, e regulamentação subseqüente, quando se tratar de qualquer outro investidor estrangei-
ro que não atenda aos requisitos do anexo IV da resolução nº 1.289, de 20.03.87, observado o
disposto no parágrafo 2º deste artigo.
Parágrafo 1º. No prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis do resgate dos ADR/IDR,
ou da remessa ao exterior do produto da alienação das ações, o banco custodiante solicitará ao
Banco Central do Brasil a competente atualização do certificado de registro de capital estrangei-
ro.
Parágrafo 2º. Os investidores que se enquadrarem no anexo IV da resolução nº
1.289, de 20.03.87, poderão, igualmente, optar pelo investimento direto nos termos do item III
deste artigo, devendo apresentar, por ocasião do pedido de registro de que trata o art. 10 deste
regulamento, compromisso no sentido de que as respectivas ações não integrarão, em hipótese
alguma, carteira constituída nos termos do mencionado anexo IV.
Art. 9º. Os valores apurados com a venda das ações objeto de resgate de
ADR/IDR, a que se refere o item I do art.8º Deste regulamento, poderão, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, a contar do resgate de ADR/IDR, ser remetidos ao exterior ao amparo do certificado
de registro referido no art. 4º, observadas as disposições deste regulamento.
Parágrafo Único. Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias a que se refere este arti-
go, o investidor e o investimento deverão enquadrar-se nas disposições dos itens II e III do art. 8º
deste regulamento.
Art. 10. Nos casos a que se referem os itens II e III do art. 8º deste regulamento,
deverá o administrador da carteira ou o investidor estrangeiro (ou a empresa brasileira receptora
do investimento), conforme o caso, solicitar ao Banco Central do Brasil/departamento de capitais
estrangeiros (FIRCE), no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados do resgate, o registro do investi-
mento direto relativo às ações correspondentes aos ADR/IDR cancelados.
Parágrafo 1º. O valor de registro, em moeda estrangeira, do investimento detido
diretamente pelo investidor estrangeiro em conseqüência do resgate dos ADR/IDR, será calcula-
do mediante aplicação da seguinte fórmula:
VR = (QA X PMB)/TC, sendo que:
VR = Valor do novo registro de capital estrangeiro;
QA = Quantidade de ações detidas diretamente pelo investidor estrangeiro em
conseqüência do resgate dos ADR/IDR;
PMB = PREÇO Médio das ações nas duas bolsas de valores em que a ação tiver
maior número de negócios na data do resgate, ou, se não tiver havido negociação desses títulos
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 70
nessa data, a sua cotação média nos 15 (quinze) pregões imediatamente anteriores, nas mesmas
duas bolsas;
TC = Taxa de câmbio de venda da moeda ingressada no país ou, à opção do inves-
tidor, do dólar dos estados unidos, divulgada na data do resgate através do sistema de informa-
ções Banco Central (SISBACEN), transação ptax800 /opção 5/taxas para contabilidade; na hipó-
tese de emprego da cotação média do PMB Nos últimos 15 (quinze) pregões, adotar-se-á a média
das taxas de câmbio de venda divulgadas, pelo mesmo sistema, nos dias que tenham servido de
referência para o estabelecimento do PMB.
Parágrafo 2º. O pedido de registro do investimento deverá estar acompanhado de
demonstrativo dos cálculos referidos no parágrafo 1º deste artigo, elaborado ou certificado por
bolsa de valores ou por instituição que a integre.
CAPÍTULO III
Das Despesas
Art. 11. As empresas brasileiras emitentes de ações que integrem programas de
ADR/IDR poderão ressarcir as despesas efetivamente incorridas pelas instituições financeiras es-
trangeiras envolvidas no processo, desde que usuais no mercado internacional e previamente
aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela comissão de valores mobiliários.
Parágrafo 1º. O valor das despesas a que se refere este artigo poderá, a critério do
Banco Central do Brasil, ser remetido simultaneamente ao ingresso dos recursos captados no ex-
terior por intermédio do programa de ADR/IDR.
Parágrafo 2º. Qualquer remessa ao exterior dependerá de prévia autorização do
Banco Central do Brasil/departamento de capitais estrangeiros (FIRCE), por intermédio de certi-
ficado de autorização para remessa (CAR) ou de certificado de registro (CR), conforme o caso.
Parágrafo 3º. Para fins de registro de capital estrangeiro, nos termos do capítulo i
deste regulamento, será considerado o valor dos recursos efetivamente ingressados no país.
Art. 12. A empresa brasileira e o banco custo diante pactuarão livremente a remu-
neração a ser paga a este último pelos serviços prestados de acordo com o presente regulamento.
CAPÍTULO IV
Dos Aspectos Fiscais
Art. 13. Fica estendido o tratamento fiscal previsto no art. 1º do decreto-lei nº
2.285, de 13.07.86, aos bancos estrangeiros emitentes de ADR/IDR, bem como aos respectivos
adquirentes no exterior, desde que estes últimos sejam entidades que tenham por objetivo a apli-
cação de recursos nos mercados de capitais e das quais participem pessoas físicas ou jurídicas re-
sidentes, domiciliadas ou com sede no exterior, inclusive fundos e entidades de investimento co-
letivo.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 71
Parágrafo Único. Nos termos deste artigo, os ganhos de capital auferidos na alie-
nação de ações correspondentes aos ADR/IDR resgatados nos termos do item i do art. 8º e do art.
9º deste regulamento estão isentos de pagamento de imposto de renda.
Art. 14. A Eventual diferença verificada em moeda estrangeira entre o valor origi-
nalmente ingressado e aquele calculado na forma do parágrafo 1º. do art. 10 deste regulamento
estará isenta do pagamento do imposto de renda sobre o ganho de capital.
Parágrafo 1º. Na hipótese do item III do art. 8º deste regulamento, o imposto inci-
dirá, no caso de futura venda das ações para fontes adquirentes situadas no país, sobre o valor
que exceder o montante do registro do investimento estrangeiro em questão.
Parágrafo 2º. No caso de resgate de ADR/IDR a fim de efetuar, no mercado brasi-
leiro, a alienação das ações correspondentes, nos termos do item i do art. 8º e do art. 9º deste re-
gulamento, e em se tratando de investidores estrangeiros que não tenham por objetivo a aplica-
ção de recursos nos mercados de capitais, aplicar-se-á o disposto nos arts. 10 e 14 e respectivos
parágrafos para a apuração do valor do novo registro de investimento estrangeiro, bem como pa-
ra o cálculo do eventual ganho de capital no caso de venda das ações para fontes adquirentes si-
tuadas no país.
Art. 15. Os dividendos e as bonificações em dinheiro atribuídos aos investidores
residentes, domiciliados ou com sede no exterior, detentores de ações abrangidas por programas
de ADR/IDR, bem como valores referentes a alienação de direitos de subscrição de ações ou ou-
tros direitos inerentes às ações, ficam sujeitos ao imposto de renda na fonte à alíquota de 15%
(quinze por cento).
Parágrafo Único. Em se tratando de investidores residentes, domiciliados ou com
sede em países com os quais o Brasil mantenha acordo destinado a evitar a dupla tributação, a
alíquota do imposto de renda ficará automaticamente alterada, prevalecendo a que for menor.
CAPÍTULO V
Disposições Finais
Art. 16. O banco custodiante responde solidária e ilimitadamente perante o depar-
tamento da receita federal, o Banco Central do Brasil e a comissão de valores mobiliários no que
diz respeito a todas as obrigações previstas neste regulamento, inclusive aquelas de natureza tri-
butária.
Art. 17. Aplica-se ao banco custodiante e aos seus administradores responsáveis
pelas funções previstas neste regulamento, o disposto no capítulo V da lei nº 4.595, de 31.12.64,
e no art. 11 da lei nº 6.385, de 07.12.76, independentemente de outras sanções legais cabíveis.
Art. 18. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o banco custodiante que des-
cumprir este regulamento fica responsável pelo recolhimento integral dos tributos considerados
devidos.
(Anexo V incluído pela Resolução nº 1.848, de 31/7/1991.)
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 72
REGULAMENTO ANEXO V À RESOLUÇÃO Nº 1.289, DE 20.03.87, QUE DISCIPLINA OS
INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ESTRANGEIROS EFETUADOS PELO MECANISMO DE
"DEPOSITARY RECEIPTS" (DR'S). (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Art. 1º. Para os efeitos deste regulamento, entende-se por:
I - "DEPOSITARY RECEIPTS" ou DR'S, os certificados representativos de ações
ou outros valores mobiliários que representem direitos a ações, emitidos no exterior por institui-
ção depositária, com lastro em valores mobiliários depositados em custódia específica no Brasil;
II - Instituição custodiante, a instituição, no país, autorizada pela comissão de va-
lores mobiliários a prestar serviços de custódia para o fim específico de emissão de "DEPOSI-
TARY RECEIPTS";
III - Instituição depositária, banco depositário ou banco emissor, a instituição que,
no exterior, e com base nos valores mobiliários custodiados no Brasil, emitir os correspondentes
"DEPOSITARY RECEIPTS";
IV - Empresa patrocinadora, a companhia aberta no Brasil emissora das ações ou
valores mobiliários objeto do programa de "DEPOSITARY RECEIPTS" e signatária de contrato
específico com instituição depositária.
(Artigo 1º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 2º. Os recursos ingressados no país para aquisição de valores mobiliários
emitidos por companhias abertas no Brasil, com a finalidade de integrar programas de "DEPO-
SITARY RECEIPTS" ficarão sujeitos às normas constantes deste regulamento. (Redação dada
pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 3º. Qualificam-se para fins de registro nos programas de "DEPOSITARY
RECEIPTS" os recursos ingressados no país para aquisição, tanto no mercado primário quanto
no secundário, de ações ou outros valores mobiliários que representem direitos a ações, desde
que negociados em bolsas de valores e de emissão de companhias abertas registradas na comis-
são de valores mobiliários, à qual competirá o exame e a aprovação prévia dos programas de
"DEPOSITARY RECEIPTS".
Parágrafo 1º. São documentos necessários à caracterização dos programas de
"DEPOSITARY RECEIPTS" os contratos firmados pela instituição depositária e pela instituição
custodiante e, nos casos de programas patrocinados, pela empresa emissora dos valores mobiliá-
rios que sirvam de lastro à emissão dos "DEPOSITARY RECEIPTS", sem prejuízo de outros
documentos ou informações, a critério da comissão de valores mobiliários.
Parágrafo 2º. Será considerada para cada programa uma única espécie ou classe de
valores mobiliários.
Resolução n° 1.289, de 20 de março de 1987 73
Parágrafo 3º. Os contratos referidos no parágrafo 1º deste artigo deverão estipular
a obrigatoriedade de fornecimento, por parte dos signatários, à comissão de valores mobiliários e
ao Banco Central do Brasil, a qualquer tempo e no prazo que vier a ser determinado, de quais-
quer informações e documentos relativos aos programas aprovados e aos títulos emitidos.
(Artigo 3º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
CAPÍTULO II
Do registro dos Recursos Externos
Art. 4º. Os recursos movimentados na forma deste regulamento estarão sujeitos a
registro no Banco Central do Brasil, na forma da legislação em vigor, para fins de acompanha-
mento e controle do capital estrangeiro.
Parágrafo 1º. O registro de capital estrangeiro será requerido pela instituição cus-
todiante, em nome da instituição depositária, esta última na qualidade de agente dos investidores.
Parágrafo 2º. O registro dos recursos externos ingressados será efetuado na forma
que vier à ser definida pelo Banco Central do BRASIL e vincular-se-á à empresa emissora, à
quantidade e ao valor mobiliário objeto do programa de "DEPOSITARY RECEIPTS".
Parágrafo 3º. O Banco Central Do Brasil tomará as providências necessárias para
que os procedimentos de registro atendam às características e à dinâmica do mercado internacio-
nal de "DEPOSITARY RECEIPTS".
(Artigo 4º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 4º (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO II-A (Incluído pela Resolução nº 3.845, de 23/3/2010.)
Da manutenção dos recursos no exterior
Art. 4º-A A companhia emissora e o ofertante vendedor domiciliados ou com se-
de no País poderão manter no exterior o produto da alienação de depositary receipts em distri-
buições primárias, secundárias ou em vendas realizadas no exterior, respeitado o disposto neste
Regulamento, no que couber.
Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto na regulamentação específica para o
ingresso no País do valor obtido com a alienação de que trata o caput sem que haja ocorrido a
devida contratação de câmbio, a instituição custodiante deverá considerar, para fins de atualiza-
ção do registro do investimento no Banco Central do Brasil, que a companhia emissora ou o
ofertante vendedor optaram por manter os correspondentes recursos no exterior.
(Artigo 4º-A incluído pela Resolução nº 3.845, de 23/3/2010.)
Art. 4º-B Para efeito do disposto nos arts. 10 a 12 deste regulamento, o registro
em nova modalidade de investimento, relativo aos valores mobiliários correspondentes ao resga-
te de depositary receipts, fica condicionado à realização de operação simultânea de câmbio, na
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forma da regulamentação baixada pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pela Resolução nº
3.845, de 23/3/2010.)
Art. 4º-C A faculdade conferida pelo art. 4º-A não se aplica aos Programas de
depositary receipts de instituições financeiras a que se refere a Resolução nº 3.760, de 29 de ju-
lho de 2009. (Incluído pela Resolução nº 3.845, de 23/3/2010.)
CAPÍTULO III
Das Transferências de Recursos para o Exterior
Art. 5º. O registro de capital estrangeiro no Banco Central Do Brasil será o ins-
trumento hábil para se efetuar as remessas de valores decorrentes de direitos pagos em dinheiro,
bem como do produto da alienação de direitos e do retorno e ganhos de capital.
Parágrafo 1º. Os contratos de câmbio de remessas para o exterior decorrentes da
venda, no país, dos valores mobiliários objeto das operações de que trata a alínea "A" do item I
do art. 7º deste regulamento não poderão ser liquidados antes do ingresso efetivo dos recursos
correspondentes à liquidação financeira da operação realizada no exterior.
Parágrafo 2º. Exceto no que concerne a rendimentos pagos em dinheiro, as remes-
sas para o exterior terão como limite o valor da alienação, em bolsa de valores, dos valores mobi-
liários ou dos direitos a eles inerentes, deduzidas as despesas correspondentes.
Parágrafo 3º. Em se caracterizando irregularidade na alienação a que se refere o
parágrafo anterior, a instituição responsável pela venda responderá solidária e ilimitadamente pe-
rante o Banco Central do Brasil pela operação de câmbio ilegítima.
(Artigo 5º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 5º (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
Art. 6º. O Banco Central do Brasil definirá os documentos necessários à compro-
vação dos valores objeto de transferências para o exterior. (Redação dada pela Resolução nº
1.927, de 18/5/1992.)
Art. 6º (Revogado pela Resolução nº 2.337, de 28/11/1996.)
CAPÍTULO IV
Da Constituição e Alterações do Registro de Capital
Art. 7º. A constituição do registro de capital estrangeiro nos termos deste regula-
mento, bem como suas alterações posteriores, terão como fatos geradores:
I - De acréscimos, os seguintes eventos:
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A - Distribuições primárias, secundárias e vendas no exterior, quando do recebi-
mento dos recursos pela companhia emissora ou pelo OFERTANTE vendedor, no valor da dis-
tribuição ou da venda;
B - Aquisição de valores mobiliários no mercado brasileiro, quando da liquidação
financeira da operação, pelo valor ingressado no país, observado o disposto no parágrafo 2º do
Art. 8º Deste regulamento;
C - Transferência ou deposito na custódia específica para emissão de "DEPOSI-
TARY RECEIPTS", de valores mobiliários objeto de investimento estrangeiro registrado no
Banco Central do Brasil sob outra modalidade de registro, pelo valor resultante da aplicação da
fórmula prevista no art. 12 deste regulamento, observado o disposto no parágrafo 3º do art. 8º
deste regulamento;
D - Bonificações e capitalizações, pelo valor proporcional do aumento do capital
e, se for o caso, pelo aumento da quantidade de ações constante do registro.
II - De reduções, o resgate ou cancelamento de "DEPOSITARY RECEIPTS" com
o fim de:
A - Efetuar no mercado brasileiro a alienação das ações correspondentes aos
"DEPOSITARY RECEIPTS" resgatados, com a conseqüente remessa dos recursos ao exterior;
B - Retirar as ações ou valores mobiliários da conta de custódia do programa, pas-
sando seu proprietário à condição de investidor, nos termos e condições das demais modalidades
de investimento estrangeiro, observado o disposto nos arts. 11 e 12 deste regulamento.
Parágrafo Único. Nos casos de desdobramentos ou grupamentos de ações, o regis-
tro de capital estrangeiro será alterado apenas no que tange à quantidade de ações.
(Artigo 7º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 8º. No prazo de até 5 (cinco) dias úteis da data de cada movimentação da con-
ta de custódia, a instituição custodiante providenciará junto ao Banco Central Do Brasil a compe-
tente atualização do registro de capital estrangeiro.
Parágrafo 1º. Deverá ser previamente informada ao Banco Central Do Brasil e à
comissão de valores mobiliários a realização de distribuições secundárias no exterior referidas na
alínea "A" do item I do art. 7º deste regulamento.
Parágrafo 2º. As aquisições no mercado brasileiro referidas na alínea "B" do item
I do art. 7º deste regulamento estão restritas às aquisições em bolsas de valores, em distribuições
públicas de valores mobiliários e às aquisições no exercício de direitos dos valores mobiliários
detidos, vedado o registro de aquisições por preço não referenciado ou inferior ao praticado em
bolsas de valores.
Parágrafo 3º. Os casos de transferência de ações para a custódia específica de que
trata a alínea "C" do item I do art. 7º deste regulamento sujeitam-se à prévia e expressa autoriza-
ção do Banco Central do Brasil, aplicando-se ao investimento original as disposições previstas
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para cancelamento do registro e liquidação de cada modalidade de investimento, inclusive no
que diz respeito ao recolhimento dos tributos devidos.
(Artigo 8º com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 9º. A Instituição custodiante poderá acatar depósito na custódia do programa
de valores mobiliários em circulação e de propriedade de residentes, domiciliados e com sede no
país, para o fim de alienação, no exterior, sob a forma de "DEPOSITARY RECEIPTS". (Reda-
ção dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 10. O produto da alienação dos valores mobiliários decorrentes de resgate de
"DEPOSITARY RECEIPTS", poderá, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data do res-
pectivo resgate, ser remetido ao exterior ao amparo do registro referido no art. 5º, observadas as
disposições deste regulamento e demais normas vigentes.
Parágrafo Único. Entende-se por data de resgate aquela em que a instituição cus-
todiante baixa o valor mobiliário da custódia do programa.
(Artigo 10 com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 11. Nos casos de não utilização da faculdade prevista no art. 10, o investidor
poderá solicitar o enquadramento do investimento nas disposições da alínea "B" do item II do
art. 7º deste regulamento, observadas as condições para registro na nova modalidade de investi-
mento, contando-se os prazos da data de resgate dos "DEPOSITARY RECEIPTS". (Redação da-
da pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 12. O valor, em moeda estrangeira, do registro em outra modalidade de inves-
timento decorrente do resgate de que trata a alínea "B" do item II do art. 7º deste regulamento,
será calculado mediante aplicação da seguinte fórmula:
VR = (QA X PMB)/TC
VR = Valor do novo registro de capital estrangeiro;
QA = Quantidade de valores mobiliários detida pelo investidor estrangeiro em
conseqüência do resgate dos "DEPOSITARY RECEIPTS";
PMB = Preço médio ponderado pelas respectivas quantidades dos valores mobili-
ários na bolsa de valores em que tiver havido maior volume de negócios na data do resgate, ou,
na ausência de negociação desses títulos nessa data, a sua cotação média nos 15 (quinze) pregões
imediatamente anteriores, na mesma instituição;
TC = Taxa média de câmbio da moeda ingressada no país ou, à opção do investi-
dor, do dólar dos estados unidos, divulgada pelo Banco Central do Brasil.
(Artigo 12 com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
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CAPÍTULO V
Das Responsabilidades
Art. 13. A instituição custodiante, a instituição depositária, a sociedade corretora
de valores mobiliários e o banco operador de câmbio respondem perante o Banco Central Do
Brasil, a comissão de valores mobiliários e o departamento da receita federal por qualquer irre-
gularidade nas operações previstas neste regulamento, inclusive aquelas de natureza tributária,
sem prejuízo das responsabilidades imputáveis às companhias emissoras dos valores mobiliários
que sirvam de base às emissões dos "DEPOSITARY RECEIPTS". (Redação dada pela Resolu-
ção nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 14. Aplica-se à instituição custodiante e aos seus administradores responsá-
veis pelas funções previstas neste regulamento o disposto no capítulo V da lei nº 4.595, de
31.12.64, e no art. 11 da lei nº 6.385, de 07.12.76, independentemente de outras sanções legais
cabíveis. (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 15. Caberá à instituição custodiante manter atualizado e à disposição do Ban-
co Central Do Brasil registro confrontando as movimentações da conta de custódia do programa
e os respectivos contratos de câmbio. (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 16. A instituição custodiante comunicará ao Banco Central do Brasil as reti-
radas de custódia para os fins previstos na alínea "B" do item II do art. 7º deste regulamento.
(Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 17. A Instituição custodiante ficará responsável perante o Banco Central Do
Brasil pelo processamento e controle das alienações previstas no art. 9º deste regulamento, inclu-
sive no que diz respeito ao ingresso dos recursos correspondentes. (Redação dada pela Resolução
nº 1.927, de 18/5/1992.)
CAPÍTULO VI
Das Despesas
Art. 18. A empresa patrocinadora de programa de "DEPOSITARY RECEIPTS"
poderá ressarcir, em moeda nacional ou moeda estrangeira, as despesas efetivamente incorridas
pelas instituições estrangeiras envolvidas no processo, desde que usuais no mercado internacio-
nal e previamente aprovadas pelo Banco Central Do Brasil.
Parágrafo Único - As remessas para ressarcimento de despesas no exterior depen-
derão de autorização do Banco Central do Brasil e da aprovação da comissão de valores mobiliá-
rios, conforme disposto no art. 92 da lei nº 8.383, De 30.12.91.
(Artigo 18 com redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Art. 18. As transferências de recursos para o exterior, para fins de ressarcimento
de despesas incorridas pelas instituições estrangeiras envolvidas no processo de lançamento de
depositary receipts, devem ser cursadas na forma da regulamentação cambial em vigor. (Reda-
ção dada pela Resolução nº 3.845, de 23/3/2010.)
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Art. 19. A remuneração pelos serviços prestados pela instituição custodiante na
forma deste regulamento será livremente pactuada e constará do contrato respectivo. (Redação
dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
CAPÍTULO VII
Dos aspectos fiscais
Art. 20. De acordo com as disposições do art. 2º do decreto-lei nº 2.285, de
23.07.86, aplica-se aos investidores estrangeiros, bem como às instituições custodiantes e deposi-
tárias, na qualidade de representantes dos investidores estrangeiros, o tratamento tributário pre-
visto no art. 32 da lei nº 8.383, de 30.12.91. (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de
18/5/1992.)
Parágrafo 1º. Nos termos deste artigo, a eventual diferença entre o valor original-
mente registrado no programa de "DEPOSITARY RECEIPTS" e aquele calculado na forma do
art.12 deste regulamento estará isenta do pagamento do imposto de renda sobre o ganho de capi-
tal. (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
Parágrafo 2º. Nos casos em que no valor de alienação possam ser identificados os
rendimentos, conforme definido na alínea "A" do parágrafo 3º do art. 32 da lei nº 8.383, de
30.12.91, o montante dos rendimentos deverá ser destacado para efeito de tributação, quando da
remessa ao exterior. (Redação dada pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)
CAPÍTULO VIII
Disposições Finais
Art. 21. O Banco Central do Brasil e a comissão de valores mobiliários, dentro de
suas respectivas esferas de competência, ficam autorizados a expedir normas complementares e
adotar as medidas julgadas necessárias à execução do disposto neste regulamento. (Redação dada
pela Resolução nº 1.927, de 18/5/1992.)