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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Responsabilidade Social e Meio Ambiente Tema 8: Inovações em Sustentabilidade: Tecnologias Limpas e o Futuro do Desenvolvimento Sustentável Autores: Nayra de Moraes Gonçalves e João Luiz de Moraes Höeffel Como citar este material: HOEFFEL, João Luiz de Moraes; GONÇALVES, Nayra de Moraes. Ciências Sociais: Gestão de Alianças Estratégi- cas. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014 Anteriormente, estudamos as inovações em sustentabilidade, enfocando a tecnologia da inovação aplicada ao desenvolvimento de inovações sustentáveis. Neste tema, vamos finalizar a disciplina analisando o papel das tecnologias limpas e as respostas tecnológicas no contexto do desenvolvimento sustentável. Além disso, identificaremos os impasses que a sustentabilidade ainda encontra, e o futuro que podemos esperar para o desenvolvimento sustentável. Alguns especialistas defendem que apenas por meio de normas reguladoras e legislação é que as instituições irão incorporar os pressupostos da sustentabilidade em suas atividades, pois, se as empresas e os governos atuarem voluntariamente, a transição para um tipo de economia socioambientalmente mais responsável pode ocorrer tarde demais. Por outro lado, outro grupo de especialistas defende que a melhor forma para forçar as empresas e os governos a mudarem seus modelos de negócios é a educação dos consumidores e da sociedade. Inovações em Sustentabilidade: Tecnologias Limpas e o Futuro do Desenvolvimento Sustentável Bem-vindo(a) ao oitavo e último tema da disciplina Responsabilidade Social e Meio Ambiente! Nele, entenderemos que, na prática, tanto a legislação como a educação são elementos essenciais para inserir a sustentabilidade na pauta dos negócios organizacionais, tornando as empresas mais responsáveis socioambientalmente. A sustentabilidade, em um contexto organizacional, pode ser vista como um modelo de negócios orientado para a educação, ou seja, uma forma de inovação sustentável que repensa e reinventa as dimensões organizacional, humana e do conhecimento, dentro e fora da organização. Neste sentido, tanto a legislação e as normas regulatórias – voluntárias ou compulsivas – como as inovações e respostas tecnológicas, assim como as tecnologias limpas, são essenciais para gerir um modelo de negócios sustentável.

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Responsabilidade Social e Meio AmbienteTema 8: Inovações em Sustentabilidade: Tecnologias Limpas e o Futuro do

Desenvolvimento Sustentável Autores: Nayra de Moraes Gonçalves e João Luiz de Moraes Höeffel

Como citar este material:

HOEFFEL, João Luiz de Moraes; GONÇALVES, Nayra de Moraes. Ciências Sociais: Gestão de Alianças Estratégi-

cas. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014

Anteriormente, estudamos as inovações em sustentabilidade, enfocando a tecnologia da inovação aplicada ao desenvolvimento de inovações sustentáveis. Neste tema, vamos finalizar a disciplina analisando o papel das tecnologias limpas e as respostas tecnológicas no contexto do desenvolvimento sustentável. Além disso, identificaremos os impasses que a sustentabilidade ainda encontra, e o futuro que podemos esperar para o desenvolvimento sustentável. Alguns especialistas defendem que apenas por meio de normas reguladoras e legislação é que as instituições irão incorporar os pressupostos da sustentabilidade em suas atividades, pois, se as empresas e os governos atuarem voluntariamente, a transição para um tipo de economia socioambientalmente mais responsável pode ocorrer tarde demais. Por outro lado, outro grupo de especialistas defende que a melhor forma para forçar as empresas e os governos a mudarem seus modelos de negócios é a educação dos consumidores e da sociedade.

Inovações em Sustentabilidade: Tecnologias Limpas e o Futuro do Desenvolvimento Sustentável

Bem-vindo(a) ao oitavo e último tema da disciplina Responsabilidade Social e Meio Ambiente! Nele, entenderemos que, na prática, tanto a legislação como a educação são elementos essenciais para inserir a sustentabilidade na pauta dos negócios organizacionais, tornando as empresas mais responsáveis socioambientalmente.

A sustentabilidade, em um contexto organizacional, pode ser vista como um modelo de negócios orientado para a educação, ou seja, uma forma de inovação sustentável que repensa e reinventa as dimensões organizacional, humana e do conhecimento, dentro e fora da organização.

Neste sentido, tanto a legislação e as normas regulatórias – voluntárias ou compulsivas – como as inovações e respostas tecnológicas, assim como as tecnologias limpas, são essenciais para gerir um modelo de negócios sustentável.

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Entre as tecnologias limpas, podemos destacar:

As tecnologias de captura e armazenamento de carbono

Captura e armazenamento de carbono (CCS), ou captura e sequestro de carbono, é um processo que envolve a captura de CO2, evitando que grandes quantidades sejam liberadas para a atmosfera. A tecnologia produzida por grandes plantas industriais permite compactar o CO2 para o transporte, para que depois ele seja injetado profundamente em uma formação rochosa, em um local cuidadosamente selecionado e seguro, onde é armazenado permanentemente.

O processo de captura e armazenamento de carbono envolve três etapas principais:

Captura: é feita a separação de CO2 a partir de outros gases produzidos em grandes instalações de processos industriais, como usinas de carvão e de energia de gás natural, plantas de gás e petróleo, siderúrgicas e fábricas de cimento.

Transporte: uma vez separado, o CO2 é comprimido e transportado via dutos, caminhões, navios ou outros métodos para um local adequado para o armazenamento geológico.

Armazenamento: o CO2 é injetado em formações rochosas subterrâneas profundas, muitas vezes, a uma profundidade de 1 (um) quilômetro ou mais.

Esta é uma tentativa de reduzir a quantidade de CO2 presente na atmosfera. No Brasil, o uso da terra e o desmatamento têm sido as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa; contudo, este cenário está mudando, por causa de uma crescente indústria de petróleo e gás.

Saiba Mais!

Como funciona o controle, a captura e o armazenamento de carbono?

Órgão sediado na Austrália apresenta dados sobre conceitos, processo, projetos e atualidades sobre captura e armazenamento de carbono.

GLOBAL Carbon Capture and Storage (CCS) Institute (site oficial em inglês). Disponível em: www.globalccsinstitute.com. Acesso em: 23 jun. 2014.

A utilização de fontes alternativas de energia, tais como energia solar e energia eólica

Destacaremos, a seguir, as fontes alternativas de energia mais importantes.

A energia eólica é obtida a partir da energia cinética (do movimento) gerada pela migração de massas de ar por meio do contato do vento com as pás do cata-vento. O potencial de energia elétrica a ser produzida está diretamente relacionado à densidade do ar, à área coberta pela rotação das pás e à velocidade do vento.

Já a energia solar é gerada pelo aproveitamento da radiação do Sol como fonte de energia térmica, para aquecimento ou para geração de potência mecânica ou elétrica, ambas mencionadas neste tema.

O desenvolvimento dessas tecnologias ainda é incipiente, pois requer investimentos para a criação de infraestrutura e condições de produção em larga escala, além de depender de condições

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ambientais específicas (como a radiação solar, no caso de energia solar, e a existência de determinada quantidade de massa de ar a uma velocidade considerável, no caso da energia eólica), que, na maioria das vezes, não podem ser controladas.

A utilização de biocombustíveis (produzidos a partir de resíduos agroindustriais) e a produção de carros elétricos no setor de transportes

Entre as opções de biocombustíveis mais conhecidos, temos a produção de energia a partir do biogás, obtido da biomassa contida em dejetos (urbanos, industriais e agropecuários) e em esgotos.

Outro tipo de energia é a geotérmica, obtida pelo calor que existe no interior da Terra, ou seja, dos gêiseres (fontes de vapor no interior da Terra que apresentam erupções periódicas) ou do calor existente no interior das rochas, para o aquecimento da água. A partir dessa água aquecida, é produzido o vapor utilizado em usinas termelétricas.

Saiba Mais!

Atlas de Energia Elétrica do Brasil

O Atlas de Energia Elétrica do Brasil, publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em sua última versão em 2008, na Parte II, Capítulo 5, apresenta dados sobre as fontes renováveis de energia.

Para saber mais, acesse a publicação, cuja referência e link estão disponíveis a seguir:

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Atlas de Energia Elétrica do Brasil. Parte II Fontes Renováveis. Brasília: Aneel, 2008. Disponível em: http://goo.gl/HShsbn. Acesso em: 23 jun. 2014.

Há dificuldade para que essas tecnologias alternativas deslanchem, principalmente por causa da ausência de um sistema de transição das tecnologias tradicionais e da entrada de novas tecnologias no mercado mundial, sendo necessário que os governos se esforcem para implantar um sistema de governança global que possa facilitar o investimento em tecnologias limpas e impulsionar o emprego das tecnologias existentes para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa globalmente.

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A implantação de tecnologias limpas em larga escala demanda um conjunto de ações coordenadas em âmbito político, econômico, cultural, social e ambiental.

Ações Governamentais Nacionais

É importante destacar que não existe uma única tecnologia com potencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, já que as condições geopolíticas, a realidade socioeconômica, tecnológica e cultural são distintas de país para país e/ou de região para região. Por isso, devem ser abordados todos os tipos de tecnologia existentes e disponíveis em diversos setores da economia.

Com relação à eficiência energética, a produtividade de energia pode melhorar de duas formas:

• Gerar determinado nível de benefícios energéticos com menos insumo.

• Usar energia de forma tecnicamente mais eficiente para aumentar a produção, mantendo a utilização da mesma quantidade de insumos energéticos.

O aumento da eficiência energética, contudo, não significa redução no consumo de energia total, pois o desenvolvimento tecnológico – que permite a melhoria da eficiência – também pode levar ao aumento de seu consumo, uma vez que a conservação e a eficiência geram redução nos preços e aumento da demanda.

Para orientar as ações governamentais no Brasil, foi lançado em 2011 o Plano Nacional de Eficiência Energética, cujo objetivo é identificar os instrumentos de ação, captação de recursos, promoção e aperfeiçoamento do marco legal e regulatório referente à eficiência energética, de modo a possibilitar um mercado sustentável, mobilizando a sociedade brasileira ao combate ao desperdício de energia. O documento detalha a redução do consumo de energia por setores, tais como transportes, educação, edificações, prédios públicos, iluminação pública, saneamento e aquecimento solar de água, entre outros, sendo a indústria nacional um dos setores com maior potencial técnico de redução no consumo de energia do país.

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Saiba Mais!Plano Nacional de Eficiência Energética

O Plano Nacional de Eficiência Energética tem como objetivo identificar os instrumentos de ação, captação de recursos, promoção e aperfeiçoamento do marco legal e regulatório referente à eficiência energética, mobilizando a sociedade brasileira ao combate ao desperdício de energia.

Para saber mais, acesse a publicação, cuja referência e link estão disponíveis a seguir:

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético. Departamento de Desenvolvimento Energético. Plano Nacional de Eficiência Energética. Brasília: MME, 2011. Disponível em: http://goo.gl/Bw1ScF .Acesso em: 21 jul. 2014.

Outro exemplo de política pública relacionada à eficiência energética é o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que promove a racionalização do consumo de energia elétrica, o combate ao desperdício e a redução dos custos e dos investimentos setoriais, aumentando a eficiência energética. Criado pelo governo federal em 1985, esse programa é executado pela Eletrobrás, com recursos da empresa, da Reserva Global de Reversão (RGR) e de entidades internacionais.

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Saiba Mais!

Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel)

O site oficial do PROCEL apresenta dados sobre o Programa, que promove a racionalização do consumo de energia elétrica, o combate ao desperdício e a redução dos custos e dos investimentos setoriais, aumentando a eficiência energética.

Confira a seguir:

ELETROBRAS S.A. PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Disponível em: http://www.eletrobras.com/elb/procel/main.asp. Acesso em: 23 jun. 2014.

Ações Globais

Diante de tudo o que foi exposto nesta disciplina até o momento, ainda fica uma indagação sobre o futuro do desenvolvimento sustentável. Pode-se dizer que o futuro do desenvolvimento sustentável demanda governança e planejamento para criar as ferramentas necessárias à transição para a Nova Economia. As recentes crises e catástrofes mundiais têm demonstrado que as mudanças climáticas, o consumismo sem limites e a pouca participação do poder público em relação a essas questões podem piorar efetivamente o cenário ambiental global.

Para tentar tratar esses problemas, algumas ações em âmbito global têm sido realizadas. Uma delas é o Painel de Alto Nível do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre Sustentabilidade Global. Composto por 22 membros e criado pelo Secretário-Geral em agosto de 2010 para formular um novo projeto de desenvolvimento sustentável e de baixo carbono, esse Painel intergovernamental de debates elaborou um relatório que contém 56 recomendações para colocar em prática o desenvolvimento sustentável e integrá-lo às políticas econômicas o mais rápido possível.

O documento intitulado “Pessoas Resilientes, Planeta Resiliente: Um Futuro que Vale Escolher” recomenda que os custos sociais e ambientais sejam integrados da mesma forma como são integrados os preços mundiais e as medidas de atividades econômicas, exigindo um conjunto de indicadores de desenvolvimento sustentável que analise para além da abordagem econômica tradicional do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o relatório recomenda que os governos desenvolvam e apliquem objetivos de desenvolvimento sustentável para mobilizar a ação global e auxiliar no monitoramento do progresso.

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Saiba Mais!

Relatório do Painel de Alto Nível do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre Sustentabilidade Global

Confira, a seguir, o relatório do Painel, que apresenta essas recomendações para colocar em prática o desenvolvimento sustentável e integrá-lo às políticas econômicas dos países o mais rápido possível.

PAINEL DE ALTO NÍVEL DO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE SUSTENTABILIDADE GLOBAL. Povos Resilientes, Planeta Resiliente: um Futuro Digno de Escolha. Nova York: Nações Unidas, 2012. Disponível em: http://goo.gl/feUJUN .Acesso em: 22 jul. 2014.

Aliado a isso, na tentativa de responder a questões que ainda estão pendentes, e com o fim do prazo dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) em 2014, os países reunidos na Conferência Rio+20 viram a necessidade de estabelecer novas metas, que serão apresentadas por meio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Sob a liderança do Pacto Global das Nações Unidas, o setor privado tem contribuído com a sugestão dos principais focos, prioridades e mecanismos de implementação das novas metas, que deverão ter um prazo de 15 anos para serem cumpridas.

Saiba Mais!

Pacto Global da ONU promove consulta on-line sobre Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Confira, a seguir, no site da ONU no Brasil, a divulgação da consulta on-line sobre o tema:

ONU BR – NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. Pacto Global da ONU promove consulta online sobre Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://goo.gl/Utr4Kl. Acesso em: 7 jul. 2014.

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O Futuro

Reavaliando tudo o que foi estudado, muitas perguntas ainda ficam em aberto. Selecionamos algumas delas:

• Como proporcionar qualidade de vida para 9 bilhões de pessoas?

• Qual será o modelo macroeconômico do desenvolvimento sustentável?

• Quais interesses políticos e econômicos devem ser negociados para viabilizar um sistema de governança global?

• O que a parceria das esferas pública e privada pode fazer para aumentar a produtividade dos recursos naturais?

• Como produzir energia sustentável em escala suficiente para suprir demandas domésticas e de organizações privadas e públicas cada vez mais crescentes?

Uma maneira de se responder a essas perguntas, bem como de planejar e aplicar ações sustentáveis consistentes, é saber como as populações consideram culturalmente o meio ambiente, isto é, qual é, de fato, a importância e o impacto desse tema em suas vidas. Paralelamente a isso, também é fundamental conhecer os padrões de comportamento de consumo dessas populações, além de se medir o nível de conhecimento sobre o assunto.

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Saiba Mais!

O que o brasileiro pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável?

Esta publicação traz os resultados de uma pesquisa realizada entre os anos 2009 e 2012 pelo Ministério do Meio Ambiente, demonstrando a percepção dos brasileiros em relação ao meio ambiente e apresentando dados importantes sobre os hábitos de consumo da população.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável: Pesquisa nacional de opinião: principais resultados. Rio de Janeiro: Overview, 2012. Disponível em: http://goo.gl/3ZBjyd . Acesso em: 21 jul. 2014.

Reflita sobre estas questões e em como você, como indivíduo, pode contribuir para a construção de um futuro mais sustentável. Depois, partilhe suas conclusões com outras pessoas e as coloque em prática!

Eficiência energética: consiste na relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização, ou seja, usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de serviço energético.

Fontes alternativas de energia: são fontes de energia que se apresentam como alternativa ao uso das fontes convencionais, tais como petróleo, gás natural, hídrica e carvão mineral.

Inovação sustentável: aplicar a inovação com vistas à sustentabilidade, ou seja, buscando conciliar benefícios econômicos, ambientais e sociais, criando valor agregado para a sociedade.

Tecnologias Limpas: conjunto complexo de técnicas, artes e ofícios capazes de modificar e/ou transformar o ambiente natural, social e humano, com base nos princípios da sustentabilidade, por meio da utilização de meios de produção que gerem menor poluição ambiental e menor consumo de energia em relação às tecnologias tradicionalmente usadas nas indústrias.

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Instruções

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Sobre a sustentabilidade em contexto organizacional, afirma-se:

I. Relaciona-se a um modelo de negócios que não precisa, necessariamente, envolver a educação.

II. Relaciona-se à inovação sustentável, que repensa e reinventa as dimensões organizacional, humana e do conhecimento.

III. A existência de legislação e de normas regulatórias é suficiente para seu desenvolvimento e aplicação.

IV. Envolve a utilização e o desenvolvimento de inovações e respostas tecnológicas, por exemplo, as tecnologias limpas.

Considerando as afirmações, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:

a) V – V – V – V.

b) V – V – V – F.

c) V – V – F – V.

d) F – V – V – V.

e) F – V – F – V.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 2

A eficiência energética:

a) Pode melhorar a produtividade de energia gerando determinado nível de benefícios energéticos com a mesma quantidade de insumos.

b) Mantém a utilização da mesma quantidade de insumos energéticos e diminui o volume de produção.

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c) Pode gerar redução nos preços da energia.

d) Gera uma redução no consumo de energia.

e) Pode gerar diminuição da demanda.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 3

O futuro do desenvolvimento sustentável envolve muitos desafios e requer investimentos nas áreas de eficiência energética, na utilização de fontes alternativas de energia e tecnologias limpas, além do desenvolvimento de inovações voltadas à sustentabilidade. Exige, também, mudanças nos hábitos de consumo, ou os avanços conquistados nas áreas mencionadas serão inúteis.

Considerando essas afirmações, pode-se dizer que:

a) As duas afirmações estão corretas, e a primeira contradiz a segunda.

b) As duas afirmações estão corretas, e a primeira complementa a segunda.

c) As duas afirmações estão corretas, e a segunda contradiz a primeira.

d) As duas afirmações estão corretas, e a segunda complementa a primeira.

e) As duas afirmações estão corretas, mas elas não apresentam uma relação.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 4

O que são tecnologias limpas? Cite exemplos.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 5

O desenvolvimento das tecnologias limpas ainda é incipiente e encontra muitas dificuldades. Explique as razões e cite exemplos.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

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No decorrer desta disciplina, aprendemos conceitos básicos relacionados ao meio ambiente, sua importância para os seres humanos e para o Planeta, os principais impactos que o afetam, bem como a responsabilidade dos seres humanos. Neste sentido, aprendemos os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, e como eles podem ser aplicados na prática, em consonância com a importância de as organizações atuarem de forma responsável socioambientalmente, por meio da adoção de modelos de negócios sustentáveis, de tecnologias limpas e inovações em sustentabilidade. Identificamos qual é o perfil necessário aos profissionais em sustentabilidade, além da importância dos empregos verdes e da Nova Economia.

Para de fato finalizarmos, verificamos qual é o futuro do desenvolvimento sustentável e entendemos que muitos desafios ainda permanecem. Assim, esta é uma oportunidade para refletirmos sobre as nossas ações, seja em âmbito individual ou coletivo, e tentarmos aplicar mudanças em nossos hábitos que sejam benéficas para o meio ambiente e para a sociedade.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Atlas de Energia Elétrica do Brasil. Parte II. Fontes Renováveis. Brasília: Aneel, 2008. Disponível em: http://goo.gl/4g1RQJ. Acesso em: 23 jun. 2014.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável: Pesquisa nacional de opinião: principais resultados. Rio de Janeiro: Overview, 2012. Disponível em: http://goo.gl/7dv7od .Acesso em: 21 jul. 2014.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético. Departamento de Desenvolvimento Energético. Plano Nacional de Eficiência Energética. Brasília: MME, 2011. Disponível em: http://goo.gl/3EZi5J. Acesso em: 21 jul. 2014.

ELETROBRAS S.A. PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Disponível em: http://www.eletrobras.com/elb/procel/main.asp. Acesso em: 23 jun. 2014.

GLOBAL Carbon Capture and Storage (CCS) Institute. Disponível em: http://goo.gl/WSsOCM .Acesso em: 23 jun. 2014.

ONU BR – NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. Pacto Global da ONU promove consulta online sobre Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://goo.gl/dqxXP6. Acesso em: 7 jul. 2014.

ONU BR – NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. PAINEL DE ALTO NÍVEL DO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE SUSTENTABILIDADE GLOBAL. Povos Resilientes, Planeta

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Resiliente: um Futuro Digno de Escolha. Nova York: Nações Unidas, 2012. Disponível em: http://www.onu.org.br/docs/gsp-integra.pdf. Acesso em: 22 jul. 2014.

PEREIRA, A. C.; SILVA, G. Z.; CARBONARI, M. E. E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011.

Questão 1

Resposta: E

Questão 2

Resposta: C

Questão 3

Resposta: D

Questão 4

Resposta: São tecnologias desenvolvidas segundo um conjunto complexo de técnicas, artes e ofícios que geram menos danos ambientais, por exemplo, por meio da utilização de meios de produção que geram menor poluição ambiental e menor consumo de energia do que as tecnologias tradicionalmente utilizadas. Entre as tecnologias limpas podem-se citar as tecnologias de captura e armazenamento de carbono, a utilização de fontes alternativas de energia, tais como a energia solar e a energia eólica, a utilização de biocombustíveis (produzidos a partir de resíduos agroindustriais) e a produção de carros elétricos no setor de transportes.

Questão 5

Resposta: O desenvolvimento das tecnologias limpas ainda é incipiente, pois requer investimentos para a criação de infraestrutura e condições de produção em larga escala, além de depender de condições ambientais específicas (como a radiação solar, no caso de energia solar, e a existência de determinada quantidade de massa de ar a uma velocidade considerável, no caso da energia eólica, por exemplo), que na maioria das vezes não podem ser controladas. Há dificuldade para que essas tecnologias alternativas deslanchem, principalmente por causa da ausência de um sistema de transição das tecnologias tradicionais e da entrada das novas tecnologias no mercado mundial, sendo necessário que os governos se esforcem para implantar um sistema de governança global que possa facilitar o investimento em tecnologias limpas e impulsionar o emprego das tecnologias

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existentes para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa globalmente. A implantação de tecnologias limpas em larga escala demanda um conjunto de ações coordenadas em âmbito político, econômico, cultural, social e ambiental.