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RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA: UM PLANO DE AÇÃO INTEGRADO À EMPRESA SOCIAL DISTRIBUIDORA DE GOIÂNIA, GO. SOCIAL RESPONSIBILITY IN THE INCLUSION OF PEOPLE WITH REDUCED MOBILITY: AN ACTION PLAN INTEGRATED TO THE SOCIAL DISTRIBUIDORA COMPANY OF GOIÂNIA, GO. ARTHUR SANTOS PRADO, JEFFERSON MASSATAKA ISHIBASI KASSAOKA, MARCUS VINICIUS NEVES CARVALHO, RAFAEL FREITAS MOURÃO 1 , VALQUÍRIA MARIA DUARTE 2 . RESUMO Este artigo aborda a questão da acessibilidade relacionada a responsabilidade social para a inclusão de pessoas com deficiência em ambientes organizacionais, partindo de um estudo junto a empresa Social Distribuidora situada na cidade de Goiânia GO. A partir do diagnostico realizado na empresa apurou-se que a mesma se encontra adequada a questões legais para atuar com responsabilidade social. Neste sentido, o presente estudo tem por objetivo geral elaborar um plano de ação a fim de sensibilizar a empresa para a inserção desse público na organização. Utilizou-se um estudo de natureza descritiva, exploratória e qualitativa. A partir dos dados obtidos foram levantadas algumas ações que contribuirão no processo de inclusão, tendo em vista que essas ações são constantes e devem ser adequadas com as necessidades que surgirem. Palavras-chaves: Acessibilidade, Responsabilidade Social, Inclusão, Pessoas com deficiência. ABSTRACT This article addresses the issue of accessibility related to social responsibility for the inclusion of people with disabilities in organizational settings, starting from a study with the company Social Distribuidora located in the city of Goiânia - GO. From the diagnosis made in the company, it was found that it is adequate to legal issues to act with social responsibility. In this sense, the present study has as general objective to elaborate a plan of action in order to sensitize the company for the insertion of this public in the organization. A descriptive, exploratory and qualitative study was used. Based on the obtained data, some actions were taken that will contribute to the inclusion process, considering that these actions are constant and should be adequate with the needs that arise. Keywords: Accessibility, Social Responsibility, Inclusion, PCD’s, People with disabilities. 1. INTRODUÇÃO A inclusão social de PCD’s no mercado de trabalho é a busca por uma sociedade mais evoluída, mas para que a inclusão ocorra com êxito o ambiente de trabalho precisa estar preparado para recebê-las de maneira a garantir segurança, conforto e possibilitar um desempenho eficiente, eliminando as barreiras físicas existentes na organização. 1 Graduandos em Engenharia de Produção. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Orientadora Profª Ms° Valquíria Maria Duarte. [email protected]

RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INCLUSÃO DE PESSOAS … · meio da ferramenta 5W2H a fim de sensibilizar a empresa Social Distribuidora na contratação de pessoas com mobilidade reduzida,

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RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM

MOBILIDADE REDUZIDA: UM PLANO DE AÇÃO INTEGRADO À

EMPRESA SOCIAL DISTRIBUIDORA DE GOIÂNIA, GO.

SOCIAL RESPONSIBILITY IN THE INCLUSION OF PEOPLE WITH

REDUCED MOBILITY: AN ACTION PLAN INTEGRATED TO THE SOCIAL

DISTRIBUIDORA COMPANY OF GOIÂNIA, GO.

ARTHUR SANTOS PRADO, JEFFERSON MASSATAKA ISHIBASI KASSAOKA, MARCUS

VINICIUS NEVES CARVALHO, RAFAEL FREITAS MOURÃO1, VALQUÍRIA MARIA DUARTE

2.

RESUMO

Este artigo aborda a questão da acessibilidade relacionada a responsabilidade social para a inclusão de

pessoas com deficiência em ambientes organizacionais, partindo de um estudo junto a empresa Social

Distribuidora situada na cidade de Goiânia – GO. A partir do diagnostico realizado na empresa apurou-se

que a mesma se encontra adequada a questões legais para atuar com responsabilidade social. Neste

sentido, o presente estudo tem por objetivo geral elaborar um plano de ação a fim de sensibilizar a

empresa para a inserção desse público na organização. Utilizou-se um estudo de natureza descritiva,

exploratória e qualitativa. A partir dos dados obtidos foram levantadas algumas ações que contribuirão no

processo de inclusão, tendo em vista que essas ações são constantes e devem ser adequadas com as

necessidades que surgirem.

Palavras-chaves: Acessibilidade, Responsabilidade Social, Inclusão, Pessoas com deficiência.

ABSTRACT

This article addresses the issue of accessibility related to social responsibility for the inclusion of people

with disabilities in organizational settings, starting from a study with the company Social Distribuidora

located in the city of Goiânia - GO. From the diagnosis made in the company, it was found that it is

adequate to legal issues to act with social responsibility. In this sense, the present study has as general

objective to elaborate a plan of action in order to sensitize the company for the insertion of this public in

the organization. A descriptive, exploratory and qualitative study was used. Based on the obtained data,

some actions were taken that will contribute to the inclusion process, considering that these actions are

constant and should be adequate with the needs that arise.

Keywords: Accessibility, Social Responsibility, Inclusion, PCD’s, People with disabilities.

1. INTRODUÇÃO

A inclusão social de PCD’s no mercado de trabalho é a busca por uma

sociedade mais evoluída, mas para que a inclusão ocorra com êxito o ambiente de

trabalho precisa estar preparado para recebê-las de maneira a garantir segurança,

conforto e possibilitar um desempenho eficiente, eliminando as barreiras físicas

existentes na organização.

1 Graduandos em Engenharia de Produção. [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Orientadora Profª Ms° Valquíria Maria Duarte. [email protected]

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A organização que é boa para seus colaboradores com PCD’s será boa para

todos os colaboradores. Uma sociedade com organizações boas para PCD’s será uma

sociedade saudável, pois terá respeito pelos seres humanos e pelas suas diferenças.

O desenvolvimento deste estudo tem por importância salientar a necessidade de

inclusão de PCD’s no mercado de trabalho, visto que a vida longa dos negócios está

diretamente relacionada à criação de modelos sustentáveis de desenvolvimento para

toda sociedade.

O presente trabalho contribui em três esferas: social, empresarial e acadêmica.

Para as organizações este trabalho contribuirá com subsídios na tomada de decisão do

processo de contratação de pessoas com mobilidade reduzida no quadro de funcionários,

visando o aproveitamento total das habilidades e potencial de trabalho dessas pessoas.

Justifica-se também por seu papel social, uma vez que o objeto de estudo é a inclusão de

PCD’s no mercado de trabalho, visando melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Já as contribuições acadêmicas se relacionam ao planejamento estratégico

desta inclusão sob a visão da engenharia de produção, uma vez que, os ambientes

empresariais devem ser planejados de acordo com as necessidades do processo, visando

produtividade e qualidade.

O foco do estudo é apresentar um plano de ação para inclusão de pessoas com

mobilidade reduzida na empresa Social Distribuidora, entretanto a mesma não possui

obrigatoriedade legal de ter em seu quadro de funcionários pessoas com deficiência.

Dessa forma, o que se entende por responsabilidade social? Qual a relação da

responsabilidade social com a questão de inclusão de PCD’s na empresa? Caso haja

inclusão, quais os principais cuidados a empresa deve adotar na contratação de PCD’s?

Em virtude dos questionamentos supracitados cria-se um plano de ação por

meio da ferramenta 5W2H a fim de sensibilizar a empresa Social Distribuidora na

contratação de pessoas com mobilidade reduzida, mesmo que não haja tal

obrigatoriedade, diante disso, demonstra-se as vantagens da inclusão no ambiente

organizacional.

A abordagem metodológica utilizada no estudo tem natureza descritiva,

exploratória e qualitativa. Descritiva, por procurar descrever as características de um

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fenômeno em estudo. De acordo com Gil (1998), a natureza exploratória proporciona

maior familiaridade com o problema, visando torná-lo mais explícito. Na maioria dos

casos, essas pesquisas envolvem “levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas

que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos

que estimulem a compreensão” (GIL, 2008).

Quanto à abordagem utilizada, esta foi qualitativa, pois os métodos de coleta e

análise de dados são apropriados para pesquisa exploratória. Segundo Oliveira (2005), a

abordagem qualitativa é considerada um processo de reflexão e análise de um contexto

com a utilização de técnicas para compreensão detalhada do objeto estudado.

De acordo com Yin (2005),

Os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se colocam

questões do tipo “como” e “por que”, quando o pesquisador tem pouco

controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos

contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real.

Conforme Stake (1995), essa estratégia é definida pelo estudo da

particularidade e da complexidade de um caso simples, trazido ao entendimento em sua

ação, sua atividade e sua interação com as circunstâncias em que acontece. O objeto de

estudo da proposta de inclusão de pessoas com mobilidade reduzida foi a empresa

Social Distribuidora, localizada no município de Goiânia, GO.

2. SEGMENTO DA EMPRESA

Devido à grande diversidade de produtos encontrados em veículos a indústria de

autopeças é caracterizada como um setor heterogêneo. Somente em um modelo de

automóvel são utilizadas mais de 20 mil peças e componentes (Kagami, 1993). E para

Coutinho e Ferraz (1994), a heterogeneidade se expande inclusive a cada produto do

setor, que pode possuir características mais ou menos complexas e tecnológicas.

Criada juntamente com indústria automobilística o setor de autopeças começou a

ser estudado no início do século XX. Segundo Freeman & Perez (1988), durante o

período de 1910 a 1930 que a viabilidade tecnológica automobilística foi testada e

economicamente avaliada. A tecnologia e o conhecimento necessários para se fabricar

automóveis difundiram-se pelo Fordismo, modo de fabricação que visa a produção em

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massa. Segundo Batalha (2008) “Ford foi o primeiro a produzir automóveis em grande

volume e baixo preço, um dos conceitos utilizados por Ford foi o da intercambialidade”.

Ainda sobre os autores, uma importante mudança que impactou fortemente a

indústria automobilística foi à criação do Sistema Toyota de Produção nos anos 50.

Conhecida como produção enxuta, tinha como intuito substituir a atual forma de

produção em massa amplamente utilizada. Seu objetivo era a fabricação em pequenos

volumes e a redução nos custos de produção.

A produção enxuta propôs inovações na forma de organização do trabalho,

no relacionamento entre fornecedores e clientes, no conceito de qualidade de

produtos e processos e qualidade de vida no trabalho. Entre os vários

conceitos que constituem este sistema de produção, pode-se citar: JIT (just-

in-time), células de manufatura, multifuncionalidade, melhoria contínua de

processos, controle de qualidade, qualidade assegurada. (GRAZIADIO,

1998)

De acordo com o Toyotismo as empresas devem se organizar em níveis

piramidais, ou seja, o fornecimento do produto determinará o nível da empresa em seu

segmento produtivo, equiparando o mercado automobilístico a uma pirâmide.

Para Graziadio (1998), no topo da pirâmide estão as montadoras de automóveis,

poucas empresas que dominam o mercado e determinam o ritmo de evolução

tecnológica do setor automobilístico de autopeças. Dessa forma, ainda dito pelo autor,

“os fornecedores de primeiro nível são aqueles que permanecem fabricando

componentes principais e sistemas completos, como motor, freios e direção, os quais

têm mais complexidade tecnológica”.

Segundo Kagami (1993), a relação é estreita e duradoura, os contratos duram

cerca de cinco ou seis anos, desde a fase de projeto do novo carro até o final de seu ciclo

de vida.

De acordo com Graziadio (1998),

Em posições inferiores da cadeia de suprimentos estão as empresas que

produzem subsistemas, componentes, peças originais e equipamentos que

fazem parte dos sistemas principais. Muitas das pequenas e médias empresas

de autopeças se encontram nesse patamar, onde grande parte delas dedica-se

ao suprimento de peças e componentes para o mercado de reposição.

De acordo com Pinheiro (2010), as primeiras entradas de automóveis no Brasil

datam de 1871, importado por Francisco Antônio Pereira da Rocha em Salvador na

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Bahia. Já o primeiro automóvel movido a explosão do Brasil foi um presente de Santos

Dumont no ano de 1891, sendo um dos primeiros modelos da marca francesa Peugeot.

Para Guimarães (1980), até a 2° Guerra Mundial o mercado automobilístico

brasileiro foi suprido principalmente por importações provenientes dos Estados Unidos

da América, e a grande expansão dos produtores norte-americanos resultou já na década

de 20 na instalação de linhas de montagem no país (Ford em 1919, General Motors em

1924 e international Harvester em 1926). Este quadro só foi alterado no pós-guerra com

o aumento da importação de veículos europeus e instalações de novas linhas de

montagem.

Segundo Pontes et al. (2002), o marco referencial da indústria pode ser

estabelecido com a fundação da Associação Profissional da Indústria de Peças para

Automóveis e Similares ocorrida em 1951. E em 1956 o impulso definitivo com a

criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), programa do governo

com objetivo de implantar a indústria automobilística brasileira.

Ainda dito por Pontes et al. (2002), problemas internacionais surgiram e

afetaram o mercado nacional em meados dos anos 80, como por exemplo o choque do

petróleo de fins de 1973 e auge em 1974, culminando em endividamento externo

somado ao aumento dos juros internacionais. O setor seguiu debilitando, e a solução

encontrada se deu com a abertura da economia em 1990 resultando em atração de

capital externo e atualização tecnológica.

Para Almeida et al (2006), a abertura econômica dos anos 90 acarretou na

reestruturação da configuração industrial brasileira, recuperação da demanda e como um

período de retomada de investimentos para o setor automobilístico. Dessa forma, abriu

– se as portas para as empresas tomarem iniciativas junto ao mercado atual.

A Social Distribuidora iniciou suas atividades em 28 de fevereiro de 2000 por

seu proprietário William Fernandes do Amaral. Instalada em uma estrutura com sede

própria de 700 m², a empresa teve seu início na atividade de Distribuição de

Autopeças no mercado do Estado de Goiás. Um ano após a inauguração, a

organização começou a conquistar o mercado regional, agregando o Estado do Mato

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Grosso. Dessa forma houve a necessidade de aumento na sua estrutura de área

construída para 10 000 m² visando atender todo o mercado emergente.

Dado o exposto, com o aumento da demanda, novos produtos foram agregados

ao portfólio da empresa, que atualmente atinge cerca de 25.000 itens ativos. Diante

disso, para melhor atendimento dos seus clientes, a empresa busca estar em crescente

melhoria, realizando visitas e solicitando informações, visando à expansão de seus

negócios através de oportunidades e melhoria do processo.

3. ACESSIBILIDADE

De acordo Tavares Filho et al. (2002), acessibilidade é a possibilidade de

alcance à utilização com segurança e autonomia dos espaços mobiliários e

equipamentos urbanos, das edificações, transportes e sistema de comunicação para

pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Refere-se à existência

de barreiras que são interpostas às pessoas com necessidades especiais, o espaço físico e

digital.

Segundo Sassaki (2000), o termo acessibilidade surgiu para designar a

condição de acesso das pessoas com deficiência no seguimento de reabilitação física e

profissional. Dessa forma, possibilitam às mesmas viver de forma independente e

participar plenamente de todos os aspectos da vida. Em contrapartida, “não é a

existência de uma lesão ou da incapacidade que faz com que uma pessoa seja deficiente,

mas sim, a forma como a sociedade possibilita meios para sua inclusão e o seu direito

de estar no mundo” (VASCONCELOS, 2010).

As organizações possuem grande influência na transformação da sociedade,

pois as mudanças internas repercutem diariamente na vida dos colaboradores, suas

famílias e na comunidade com a qual a empresa está relacionada, desta forma, os

conceitos de acessibilidade estão diretamente ligados com a responsabilidade social

praticada pelas empresas. Além da motivação ética e determinação legal, as

organizações que adotam uma política inclusiva em relação a PCD’s conquistam

benefícios significativos com esta atitude, um dos ganhos mais importantes é o da

imagem, os ganhos podem ser vistos no ambiente de trabalho, visto que as organizações

inclusivas reforçam o espírito de equipe de seus funcionários, fortalecendo a cooperação

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em torno dos objetivos em comum e destacando seus valores coletivamente, ressalta-se

que com um clima organizacional assim, é possível obter ganhos de produtividade.

Desta forma, de acordo com Dal’Col et al. (2012) o termo Responsabilidade Social não

é recente, em 1920 a ideia de as empresas participarem do bem-estar coletivo já era

defendida. Devido ao crescimento industrial não foi possível evitar danos à qualidade de

vida do homem e ao meio ambiente, devido a tais danos, a pressão da sociedade levou

as empresas de todos os portes, organizações não governamentais e o governo a

assumirem a responsabilidade e solucionar os problemas ocasionados pela implantação

da atividade industrial.

Segundo Srour (1998) a responsabilidade social “reflete em síntese a

constituição de uma cidadania organizacional no âmbito interno da empresa e a

implementação de direitos sociais no âmbito eterno”. Para Ashley (2006) pode ser

definida como compromisso que determinada organização tem com a sociedade, por

meio de atitudes que a afetem positiva e coerentemente no que se referem ao seu papel

especifico na sociedade e à sua prestação de contas para com ela.

De acordo com Morcelli (2016) a responsabilidade social é considerada por

muitos uma influenciadora na imagem da empresa, sendo assim, quando as práticas

sociais são bem conduzidas elas garantem a consolidação e destaque da organização

perante os stakeholders, afetando de forma positiva ou negativa essa relação. A atuação

das empresas deve estar voltada principalmente para as práticas sociais, econômicas e

ambientais, envolvendo direitos humanos dos colaboradores e dos demais stakeholders,

a proteção ambiental envolvimento comunitário, relação com os fornecedores e clientes

e o monitoramento do desempenho.

Segundo Antunes Filho (2008), um dos maiores desafios de hoje para as

empresas brasileiras na área de gestão de pessoas é desenvolver uma ação eficiente para

a inclusão das pessoas com deficiência no seu ambiente de trabalho. Dessa forma, é

decisão da empresa realizar um trabalho de responsabilidade social que envolva os

aspectos de inclusão e que seja progressista.

4.2. Leis e normas de proteção à acessibilidade de PCD’s no Brasil

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, por meio do Art.

203, assegura aos portadores de deficiência a promoção da integração ao mercado de

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trabalho, bem como a habilitação e reabilitação de PCD’s e a promoção de sua

integração à vida comunitária.

De acordo com Normann (2004), só é possível igualar algo que é desigual

quando existem formas para compensar tais desigualdades. Este é o sentido das leis de

proteção às PCD’s, como, de resto, as que protegem as minorias raciais e os idosos.

Baseado em políticas públicas, a inclusão de PCD’s no mercado de trabalho passou a

ser um direito legal, independentemente do tipo de deficiência que a pessoa apresente.

Diante disso, é desejável que a sociedade em geral e o governo trabalhem em

conjunto no sentido de eliminar as barreiras existentes no processo de inclusão.

(TEIXEIRA, 2014)

Lei Federal nº 10.098/2000

A Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e

critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de

deficiência, mediante a supressão de obstáculos nas vias e espaços públicos, no

mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de

comunicação (BRASIL, 2017b, web).

O capítulo IV desta lei trata da acessibilidade nos edifícios públicos ou

privados de uso coletivo (como as indústrias), estabelecendo critérios para inclusão

adequada de trabalhadores PCD’s.

Lei Federal nº 8.213/1991

A Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991 dispõe sobre os Planos de Benefícios da

Previdência Social e dá outras providências (BRASIL, 2017a, web).

De acordo com Teixeira (2014), a Lei nº 8.213 é mais conhecida como a Lei de

Cotas, uma vez que define que todas as empresas privadas com mais de 100 (cem)

funcionários devem preencher entre 2% e 5% de suas vagas com beneficiários

reabilitados ou PCD’s. A Lei de Cotas classifica a deficiência em quatro grupos:

auditiva, física, intelectual e visual, podendo ser considerada múltipla, no caso de

implicar em mais de uma.

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Para Pereira (2011), “a importância desta Lei consiste na colocação de pessoas

com necessidades especiais no mercado de trabalho, integrando-os socialmente”.

Embora, mesmo com a existência da Lei das Cotas, muitas barreiras precisam ser

rompidas, sejam elas arquitetônicas ou humanas.

ABNT NBR 9050/2015

As normas técnicas brasileiras são elaboradas pela ABNT, uma entidade

privada sem fins lucrativos, fundada em 28 de setembro de 1940, sendo considerada de

utilidade pública por meio de diversos instrumentos legais. (ABNT, 2017)

A NBR 9050/2015 trata da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos, estabelecendo critérios e parâmetros técnicos a serem

observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural

e de edificações às condições de acessibilidade. Esta norma é voltada para que

arquitetos e projetistas possam criar ambientes acessíveis.

A norma está dividida em três partes:

a) Primeira parte: apresenta a norma, os propósitos, traz a sua aplicação e

a definição de termos usados no documento como acessibilidade,

deficiência e desenho universal;

b) Segunda parte: apresenta os parâmetros antropométricos da norma,

como área de cadeira de rodas, medidas de alcance mínimo e máximo,

área de transferência e aproximação, entre outros, necessários para

formulação dos parâmetros técnicos.

c) Terceira parte: apresenta os parâmetros técnicos e as determinações

para os elementos espaciais.

4. DISCUSSÕES E RESULTADOS

As empresas exercem um papel de formadores de valores sociais na

comunidade. Com o propósito de aperfeiçoar as práticas profissionais, a visita técnica

como atividade complementar visa o encontro do acadêmico ao universo corporativo,

garantido aos participantes uma formação mais ampla por meio de hipóteses, teses e

teorias verificadas na pratica.

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Dessa forma, contatou-se a empresa Social Distribuidora no dia 16 de fevereiro

de 2017 por identificar fatores predominantes de responsabilidade social já praticados

pela organização. Para formulação do estudo, realizou-se uma visita técnica na empresa

no dia 23 de fevereiro de 2017 às 8:00 horas aos cuidados de Vinícius Moura – Gerente

Administrativo e Juliana Rodrigues – Auxiliar de Escritório. No qual se fez necessário à

utilização de um checklist (anexo) de verificações, no intuito de uma melhor análise do

conteúdo e interpretação das ideias levantadas. Considerando todos os dados coletados

de maneira que não se perdesse nenhum elemento essencial e pertinente ao assunto, o

que torna a coleta de dados mais assertiva. A Figura 1 abaixo, apresenta a faixada da

empresa e os responsáveis pela visita técnica juntamente com os autores do artigo.

Figura 01 – Faixada da empresa Social Distribuidora e responsáveis pela visita técnica

com os autores.

Fonte: Autores (2017)

O intuito da visita técnica foi de observar, apontar, medir e descrever pontos de

melhoria em relação e acessibilidade em geral. Durante a visita, observou-se o interesse

da empresa em contribuir de forma eficiente com o estudo proposto, guiando por meio

de suas instalações físicas, evidenciando que a estrutura da organização atende os

critérios e normas estabelecidos para receber pessoas com mobilidade reduzida, sejam

elas clientes ou visitantes.

Em primeiro momento, observou-se os conceitos de acessibilidade nos

ambientes internos da organização. A figura 2 apresentam ambientes internos da

empresa que são acessíveis a PCD’s.

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Figura 02 – Banheiro e Refeitório acessível à PCD

Fonte: Autores (2017)

Dessa forma, com auxílio do anexo I identificou-se que as instalações se

encontram adequadas de acordo com as normas de acessibilidade, incluindo os

ambientes externos. A Figura 3 apresenta rampas de acesso a recepção e refeitório em

conformidade com a NBR 9050/2015.

Figura 03 – Rampas de acesso a recepção e refeitório

Fonte: Autores (2017)

Dado o exposto, os dados foram analisados e estudados, a fim de que as

informações interpretadas sejam utilizadas na elaboração objetiva do plano de ação por

meio da ferramenta 5W2H.

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5. PLANO DE AÇÃO

A ferramenta 5W2H surgiu na indústria automobilística japonesa durante

estudos sobre gestão de qualidade. De acordo com Daychoum (2007) a metodologia

5W2H consiste em realizar perguntas com intuito de obter informações primordiais para

o apoio ao planejamento de uma forma geral. Para Nakagawa (2014), o 5W2H “como

ferramenta, ganhou mais popularidade com a disseminação das técnicas de gestão da

qualidade e, posteriormente, com a gestão de projetos”.

A terminologia 5W2H origina-se dos termos da língua inglesa What (o que),

Who (quem), Why (por que), Where (onde), When (quando), How (como) e How

much/How many (quanto custa).

A ferramenta pode ser aplicada para colocar em prática uma decisão simples na

organização, servindo de base no planejamento, como por exemplo:

Planejamento de Qualidade – Identificando quais os padrões de qualidade

que são relevantes para o projeto e determinando como satisfazê-los,

envolvendo as considerações de quando, como, quanto e onde atuar.

Planejamento das Aquisições – Identificando quais as necessidades do

projeto que podem ser mais bem atendidas através da contratação de produtos

ou serviços fora da organização, envolvendo as considerações de quando,

como, o que, quanto e onde contratar.

Planejamento de Recursos Humanos – Identificando quais as necessidades do

projeto que podem ser mais bem atendidas através da utilização dos recursos

humanos disponíveis dentro da organização ou considerações de quando,

como, quem, quantos e onde contratar.

Planejamento de Riscos – Identificando quais os riscos a serem considerados

quando implementar uma ação de contingência e quanto disponibilizar para a

mitigação ou transferência de riscos. (DAYCHOUM, 2016, p.117)

Dependendo de sua necessidade outras aplicações podem ser desenvolvidas.

Vergara (2006), descreve ainda que o 5W2H é utilizado principalmente na padronização

e mapeamento de processos e na criação de planos de ação.

Não há uma regra específica ou perguntas prontas para a aplicação do plano de

ação 5W2H, os pontos importantes dependerão de cada projeto, atividade ou membros

do grupo. Para Daychoum (2016) é importante conhecer os processos, ou seja, conhecer

como os produtos são planejados, produzidos e entregues. A ferramenta estabelece uma

ação a ser realizada (what), uma justificativa dos motivos desta ação estar sendo

executada (why), os responsáveis pela execução do plano de ação (who), onde cada

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procedimento deverá ser executado (where), um cronograma de quando os

procedimentos acontecerão (when), explicação de como serão realizados os

procedimentos para atingir os objetivos pré-estabelecidos (how) e a limitação de quanto

custará cada procedimento e o custo total do que será realizado (how much).

Desta forma serão desenvolvidos os planos de ação baseados nos estudos para

sensibilização da empresa quanto à contratação de pessoas com mobilidade reduzida. O

Quadro 1 apresenta os planos de ação, que tem por intenção propor treinamentos

específicos para inclusivos para os gestores e da área de RH, bem como palestras para

conscientização dos colaboradores quanto a inclusão de PCD’s no ambiente

organizacional e a criação de um banco de currículos, visando a assertividade e na

seleção dos profissionais.

Quadro 1 – Planos de ação por meio da aplicação da ferramenta 5W2H

Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão de PCD’s promove não apenas o cumprimento da legislação, mas

também a construção de uma cultura de valorização da diversidade humana entre os

colaboradores da empresa.

O propósito desse estudo foi apresentar um plano de ação por meio da

ferramenta 5W2H com finalidade de sensibilizar a empresa Social Distribuidora para a

contratação de pessoas com mobilidade reduzida, uma vez que a mesma não possui

obrigatoriedade legal.

Pode-se constatar, a partir dos resultados deste trabalho que a empresa estudada

está apta a receber profissionais com deficiência, visto que a estrutura e os ambientes

internos da empresa foram projetados visando a acesso irrestrito para os diferentes tipos

de pessoas. Com isso afirma-se que acessibilidade e inclusão são duas palavras que

caminham juntas neste processo de responsabilidade social das empresas.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO I - Check List NBR9050/2015

1. Estacionamento

a) Qual a quantidade de vagas total do estacionamento?

b) Existem nas áreas externas ou internas da edificação, vagas reservadas para

pessoas com deficiência? Quantas?

c) Estas vagas estão conforme determina NBR 9050/2015? Possuem sinalização

vertical e horizontal?

2. Acessos externos

a) Existem vias, passeios ou calçadas exclusivas para pedestres? Possuem piso com

superfície regular, firme, estável e antiderrapante?

b) Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres com largura mínima

recomendável de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20m.

c) Faixas livres estão completamente desobstruídas e isentas de interferências, tais

como vegetação, mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbana

aflorados (postes, armários de equipamentos, e outros), orlas de árvores e

jardineiras, rebaixamentos para acesso de veículos, bem como qualquer outro

tipo de interferência ou obstáculo que reduza a largura da faixa livre?

d) Existem rampas? Estão de acordo com a norma? Possuem corrimão?

e) As escadas possuem largura (vão livre inclusive do guarda corpo) de 1,50m,

sendo o mínimo admissível 1,20m e com sinalização tátil de alerta no início e

término da escada.

f) Portas (correr, sanfonada, abrir, ...), inclusive de elevadores, têm um vão livre

mínimo de 0,80m e altura mínima de 2,10m?

3. Locais para treinamento

a) Apresenta local para reunião de maneira que possam ser utilizados por pessoa

portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida?

b) Localização em rotas acessíveis, próximos a circulação principal,

preferencialmente próxima ou integradas às demais instalações.

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c) Mesa com altura livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso acabado e superfície

superior com altura entre 0,75m e 0,85m. Possui espaço sob o tampo que

permite avançar até no mínimo 0, 50m?

d) Faixa livre de circulação entre mesas e demais mobiliários de 90 cm e áreas de

manobra para acesso as mesmas com piso em superfície regular, firme, estável e

antiderrapante.

4. Refeitório

a) Apresenta refeitório acessível com acessórios de maneira que possam ser

utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida?

b) Quantidade de mesas e quantas são adaptadas para acessibilidade.

c) Balcão de autosserviço com altura entre 0,75m e 0,85m do piso.

d) Bebedouro com altura livre de no mínimo 0,73m do piso e altura máxima de

0,90m, permitindo avançar sob o mesmo 0,50m, situado em rota acessível.

5. Acessos internos

a) Apresenta rota acessível da portaria até local do posto de trabalho e as demais

áreas de apoio (banheiros, refeitório, sala de treinamento).

b) Verificar dimensão dos corredores, escadas, rampas, corrimão, espaço para

manobra cadeira de rodas. Tipo de piso.

6. Sanitários

a) Apresenta sanitário / vestiário masculino e /ou feminino acessível com

acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de

deficiência ou com mobilidade reduzida? Quantidade.

7. Rota de fuga

a) Apresenta rota de fuga acessível (trajeto a ser seguido pelo indivíduo no caso de

necessidade urgente de evacuação do local) para casos emergenciais?