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54 Respostas – Caderno de Exercícios capítulo 13 A atividade industrial 1. Questão a: I. A indústria de bens de produção sustenta a atividade de outras indústrias, motivo pelo qual também é co- nhecida como indústria de base. Entre as indústrias de bens de produção, temos as metalúrgicas e siderúr- gicas. Além disso, as indústrias de bens de produção caracterizam-se por transformar recursos naturais em matérias-primas para outras indústrias. II. As indústrias de bens de produção podem ser de dois tipos: indústrias de base e indústrias de equi- pamento. III. Entre as indústrias de base, temos: metalúrgica, side- rúrgica, petroquímica, entre outras. Entre as indústrias de equipamentos encontram-se as produtoras de má- quinas, de motores e de equipamentos para os setores de transporte. Questão b: I. Produzem bens que se destinam diretamente ao con- sumidor. II. Podem ser classificados em bens não duráveis (ou perecíveis) e duráveis. III. Os bens não duráveis ou perecíveis: alimentos das agroindústrias e têxteis em geral; enquanto os bens duráveis são os automóveis e aparelhos eletroele- trônicos. 2. B Esse tipo de indústria produz bens que se destinam diretamente ao consumidor. Seus produtos podem ser classificados em bens não duráveis ou perecíveis (alimentos das agroindústrias e têxteis em geral) e duráveis (automóveis, eletrodomésticos e aparelhos eletroeletrônicos). 3. A Indústrias de bens de produção ou de base respondem pela fabricação de manufaturas que atendem a outras indústrias, possuem elevado gasto energético e intenso uso de matérias-primas. 4. E As indústrias de base sustentam a produção de ou- tras indústrias, como as siderúrgicas e a petroquímica. Já aquelas classificadas como de bens intermediários são especializadas na produção de maquinários, como as mecânicas e de autopeças. As indústrias de bens de consumo não duráveis destinam sua produção di- retamente ao mercado consumidor, e seus produtos caracterizam-se por curto ciclo de duração. As indús- trias de bens de consumo duráveis também destinam sua produção diretamente ao mercado consumidor; no entanto, seus produtos caracterizam-se por longo ciclo de duração. 5. B O grande desenvolvimento tecnológico que caracteriza a Terceira Revolução Industrial proporciona às fábricas redução no número de trabalhadores, também exigin- do deles melhor qualificação e especialização. Esses aspectos estão profundamente presentes no modelo de produção toyotista. 6. B O cartel ocorre quando empresas independentes que atuam na mesma atividade comercial estabelecem acordos que facilitam o seu controle do mercado. 7. C Uma das principais marcas do capitalismo financeiro é a formação de monopólios e oligopólios. O monopólio ocorre quando uma única empresa domina determina- do mercado, controlando a venda de um produto ou serviço. Já o oligopólio ocorre quando duas ou mais em- presas realizam o controle do mercado. No processo de formação dos monopólios e oligopólios, surgem fusões e associações entre empresas, buscando assim ampliar seus domínios sobre os mercados por meio dos cartéis, trustes e holdings. Vale destacar que o cartel ocorre quando empresas independentes que atuam no mesmo ramo estabelecem acordos que facilitam o controle do mercado. O truste ocorre quando empresas se unem, formando uma única organização. Geralmente, essa fusão amplia as condições necessárias para aumentar a produção, permitindo que as empresas, agora unidas, tenham maior poder comercial e conquistem um amplo mercado consumidor. Já a holding ocorre quando existe uma fusão de empresas pelo controle acionário. 8. D O sistema de produção fordista-taylorista está comple- tamente inserido na estrutura produtiva capitalista, nun- ca utilizando meios funcionais extraídos do socialismo- -comunismo, como a gestão pactuada entre industriais e trabalhadores. Respostas – Caderno de Exercícios 4

Respostas Caderno de Exercícios 4 · tempo que poucos centros, chamados de tecnopolos, ... laches, o que favorece a concentração industrial nas ... Com relação às produções,

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capítulo 13

A atividade industrial

1. Questão a:

I. A indústria de bens de produção sustenta a atividade

de outras indústrias, motivo pelo qual também é co-

nhecida como indústria de base. Entre as indústrias de

bens de produção, temos as metalúrgicas e siderúr-

gicas. Além disso, as indústrias de bens de produção

caracterizam-se por transformar recursos naturais em

matérias-primas para outras indústrias.

II. As indústrias de bens de produção podem ser de

dois tipos: indústrias de base e indústrias de equi-

pamento.

III. Entre as indústrias de base, temos: metalúrgica, side-

rúrgica, petroquímica, entre outras. Entre as indústrias

de equipamentos encontram-se as produtoras de má-

quinas, de motores e de equipamentos para os setores

de transporte.

Questão b:

I. Produzem bens que se destinam diretamente ao con-

sumidor.

II. Podem ser classificados em bens não duráveis (ou

perecíveis) e duráveis.

III. Os bens não duráveis ou perecíveis: alimentos das

agroindústrias e têxteis em geral; enquanto os bens

duráveis são os automóveis e aparelhos eletroele-

trônicos.

2. B

Esse tipo de indústria produz bens que se destinam

diretamente ao consumidor. Seus produtos podem

ser classificados em bens não duráveis ou perecíveis

(alimentos das agroindústrias e têxteis em geral) e

duráveis (automóveis, eletrodomésticos e aparelhos

eletroeletrônicos).

3. A

Indústrias de bens de produção ou de base respondem

pela fabricação de manufaturas que atendem a outras

indústrias, possuem elevado gasto energético e intenso

uso de matérias-primas.

4. E

As indústrias de base sustentam a produção de ou-

tras indústrias, como as siderúrgicas e a petroquímica.

Já aquelas classificadas como de bens intermediários

são especializadas na produção de maquinários, como

as mecânicas e de autopeças. As indústrias de bens

de consumo não duráveis destinam sua produção di-

retamente ao mercado consumidor, e seus produtos

caracterizam-se por curto ciclo de duração. As indús-

trias de bens de consumo duráveis também destinam

sua produção diretamente ao mercado consumidor;

no entanto, seus produtos caracterizam-se por longo

ciclo de duração.

5. B

O grande desenvolvimento tecnológico que caracteriza

a Terceira Revolução Industrial proporciona às fábricas

redução no número de trabalhadores, também exigin-

do deles melhor qualificação e especialização. Esses

aspectos estão profundamente presentes no modelo

de produção toyotista.

6. B

O cartel ocorre quando empresas independentes que

atuam na mesma atividade comercial estabelecem

acordos que facilitam o seu controle do mercado.

7. C

Uma das principais marcas do capitalismo financeiro é

a formação de monopólios e oligopólios. O monopólio

ocorre quando uma única empresa domina determina-

do mercado, controlando a venda de um produto ou

serviço. Já o oligopólio ocorre quando duas ou mais em-

presas realizam o controle do mercado. No processo de

formação dos monopólios e oligopólios, surgem fusões

e associações entre empresas, buscando assim ampliar

seus domínios sobre os mercados por meio dos cartéis,

trustes e holdings. Vale destacar que o cartel ocorre

quando empresas independentes que atuam no mesmo

ramo estabelecem acordos que facilitam o controle do

mercado. O truste ocorre quando empresas se unem,

formando uma única organização. Geralmente, essa

fusão amplia as condições necessárias para aumentar

a produção, permitindo que as empresas, agora unidas,

tenham maior poder comercial e conquistem um amplo

mercado consumidor. Já a holding ocorre quando existe

uma fusão de empresas pelo controle acionário.

8. D

O sistema de produção fordista-taylorista está comple-

tamente inserido na estrutura produtiva capitalista, nun-

ca utilizando meios funcionais extraídos do socialismo-

-comunismo, como a gestão pactuada entre industriais

e trabalhadores.

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9. A

A rápida urbanização, realizada sem o devido planeja-

mento espacial no período conhecido como Primeira

Revolução Industrial, fez com que parte da população

operária britânica passasse a viver em condições in-

salubres.

10. B

Implantado por Henry Ford no início do século XX, o

sistema fordista caracteriza-se pela ênfase nas tarefas,

objetivando o aumento da eficiência operacional, mar-

cado pela produção em série. Já o toyotismo caracteri-

za-se pela flexibilização da produção, ou seja, produzir

apenas o necessário, sem a formação de estoques.

11. B

A alienação e a especialização do trabalhador nas

esteiras rolantes representavam a concepção taylorista

de sistematização do trabalho, parte dos métodos de

organização fabril desenvolvidos por Frederick Taylor,

incorporada ao fordismo.

12. D

Os principais tecnopolos japoneses localizam-se na ilha

Honshu, especialmente na área metropolitana que com-

preende Tóquio e Osaka. Um dos principais tecnopolos

nipônicos situa-se ao norte da capital do país, na ci-

dade de Tsukuba, que reúne a Agência de Exploração

Aeroespacial do Japão (JAXA), o Instituto Nacional de

Ciência e Tecnologia Industrial Avançada (AIST) e a

Universidade de Tsukuba.

13. A

Tecnopolos são regiões que concentram setores de

alta tecnologia. As empresas localizadas nesses cen-

tros tecnológicos vinculam-se a grandes universidades,

que oferecem numerosa mão de obra qualificada em

setores de ponta, como informática, biotecnologia e

aeroespacial. Um dos exemplos é o Vale do Silício, lo-

calizado no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

14. C

O estado de São Paulo abriga alguns dos principais

tecnopolos nacionais, destacando-se as cidades de

São José dos Campos, considerada o “tecnopolo

aeroespacial brasileiro”, e São Carlos, cujo parque

tecnológico reúne importantes universidades, como

a Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, a

Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), além de

diversas fundações e centros de pesquisa. Por fim, a

cidade de Campinas, que ficou conhecida como “Vale

do Silício brasileiro”, reúne no mesmo polo tecnológico

unidades de pesquisa e laboratórios da Universidade

de Campinas (Unicamp) e do Centro de Pesquisa e

Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

15. E

A Terceira Revolução Industrial teve como modo de pro-

dução o toyotismo, cujo foco maior era a implantação

de medidas que flexibilizassem a produção. Nesse senti-

do, merece destaque o just in time, ou seja, a produção

justa realizada a partir das necessidades do mercado,

produzindo o necessário, sem sobras ou excedentes.

16. E

A atividade siderúrgica é um ramo de atividade que se

moderniza de acordo com as necessidades do merca-

do. Porém, tal atividade já existia, antes mesmo de a

Terceira Revolução Industrial se iniciar.

17. B

O uso de transporte intermodal e a expansão das redes

imateriais estabelecem uma nova dinâmica na econo-

mia do mundo contemporâneo, alterando também as

noções de distância.

18. D

As inovações do sistema toyotista transformaram as anti-

gas plantas industriais fordistas, adaptadas à produção

verticalizada, em estruturas menores, que concentram

apenas o essencial para a fabricação das mercadorias

que são o foco da empresa. As matérias-primas e os

componentes utilizados na produção de um automó-

vel não são mais produzidos dentro da mesma fábrica,

como no modelo fordista. Esse modelo começou a ser

desenvolvido no Japão após a Segunda Guerra Mundial.

19. B

Uma das marcas da atual estrutura produtiva é a des-

centralização das unidades de produção, ao mesmo

tempo que poucos centros, chamados de tecnopolos,

desenvolvem as inovações tecnológicas.

capítulo 14

As potências industriais tradicionais

1. E

A tradicional indústria estadunidense desenvolve-se na

região Nordeste e próximo aos Grandes Lagos, áreas

com grande oferta de mão de obra, mercado consu-

midor, fácil transporte e abundância em algumas ma-

térias-primas, como carvão e ferro.

2. A

O manufacturing belt engloba o Nordeste e a região

dos Grandes Lagos dos Estados Unidos. Há grandes

concentrações de carvão mineral na região dos Apa-

laches, o que favorece a concentração industrial nas

proximidades.

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3. A

Nas últimas décadas, verifica-se nos Estados Unidos um processo de descentralização industrial, com expansão industrial para o sul do país, incluindo a Costa Oeste.

4. A expansão industrial do Nordeste desenvolveu-se a partir do século XIX e apoiou-se no uso intensivo de mão de obra imigrante e dos recursos minerais e energéticos presentes na região (ferro nos Grandes Lagos, carvão nos Apalaches, etc.). A expansão industrial na costa do Pacífico desenvolveu-se no pós-guerra (segunda metade do século XX) e apoiou-se nos incentivos governamentais, visando à descentralização industrial no país e ao crescimento, no contexto internacional, da importância econômica e comercial da bacia do Pacífico. Com relação às produções, observa-se que, no Nordeste, os setores industriais mais importantes são o siderúrgico, o mecânico e o automotivo e, na costa do Pacífico, o aeronáutico, o bélico e o de informática.

5. B

Los Angeles, São Francisco, Portland e Seattle figuram entre as maiores metrópoles da Costa Oeste dos Estados Unidos e apresentam polos industriais localizados em seus territórios.

6. a) Os Estados Unidos, do ponto de vista geopolítico, se apresentam, na atualidade, como a principal potência do mundo. Sua localização e sua dimensão territorial são fatores fundamentais para fortalecer essa condição. A extensa linha de costa, tanto atlântica quanto pacífica, facilita trocas comerciais com importantes mercados localizados na Europa e na Ásia, e sua grande dimensão territorial, com integração e fluidez, possibilita a presença de recursos naturais, a manutenção de um elevado contingente populacional e a influência sobre o continente americano.

b) A região circundada no mapa foi fundamental para o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos, pois suas reservas de carvão mineral e de minério de ferro, aliadas à concentração populacional, deram ori-gem, no final do século XIX, a um vasto conjunto de complexos industriais tradicionais, conhecido como manufacturing belt. Nas últimas décadas, sua ativi-dade industrial sofreu um relativo declínio quando comparada à de outras regiões do país; porém, o elevado contingente demográfico, detentor de alto poder aquisitivo, e o desenvolvimento de atividades terciárias e administrativas serviram para minimizar os impactos negativos da desindustrialização.

Em relação aos recursos naturais, a presença do gás de xisto em abundância nessa área apresenta-se como uma importante reserva estratégica e promis-sora na matriz energética estadunidense.

7. B

O Canadá possui uma das maiores produções de ener-gia hidráulica do mundo, fato que potencializou seu desenvolvimento industrial, especialmente na região Sudeste, próximo dos Grandes Lagos.

8. A

A área destacada no mapa corresponde à floresta boreal, também denominada taiga, muito utilizada na produção de papel, celulose e madeira.

9. E

O arquipélago japonês, localizado no oceano Pacífico, possui poucos recursos minerais e energéticos. Seu de-senvolvimento econômico está assentado em vultosos investimentos em tecnologia, principalmente aqueles relacionados com o desenvolvimento industrial.

10. D

As indústrias japonesas buscam diminuir os custos, inves-tindo em novas tecnologias com o objetivo de produzir com menor consumo de energia e matéria-prima.

11. C

O Japão possui poucos recursos naturais; no entanto, apresenta grande diversidade de produtos industriali-zados em sua pauta de exportações.

12. O Japão apresenta escassos recursos minerais e energéticos, o que obriga as indústrias, particularmente as de bens de produção, a se estabelecer junto ao litoral. Essa concentração é decorrente da necessidade de as empresas japonesas minimizarem os custos de transporte. Além disso, há poucos espaços desocupados, o que justifica a implantação industrial em pôlderes.

13. a) No plano nacional, desemprego estrutural provocado pela automação do parque industrial.

b) No plano internacional, maior competitividade dos produtos japoneses no mercado externo.

14. Geralmente, os países mais robotizados figuram entre aqueles classificados como desenvolvidos e/ou emer-gentes. A robotização amplia as possibilidades de au-mento da produção e de melhoria na qualidade dos produtos, além de reduzir os custos relacionados à es-cala de produção, gerando produtos com preços mais competitivos e favorecendo, assim, as exportações e a expansão da economia.

15. O porto de Roterdã serve para escoar os produtos industrializados no vale do Ruhr (rio Reno); é bem servido por uma densa rede de transportes ferroviários e rodoviários. Além disso, o porto ficou conhecido como “a porta da Europa”, já que nas últimas décadas manteve-se na posição de maior porto de comércio externo do continente.

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16. A melhor escolha seria: Glasgow (Escócia), situada na zona de alta tecnologia europeia, o que favoreceria a implantação de uma unidade fabril de componentes de informática. Além disso, o mapa indica que é uma área que recebe grandes fluxos de capitais interna-cionais, o que dinamiza a economia local; e Londres (Inglaterra), que seria o local ideal para implantar seu escritório de prestação de serviços, já que é uma grande capital, localizada em um dos eixos de desen-volvimento (A-B) e relativamente próxima dos maiores centros econômicos europeus e pouco distante da nova unidade fabril.

17. D

A mais tradicional região industrial da Alemanha é o Vale do rio Ruhr, que integra a bacia hidrográfica do Reno. Dois fatores principais favoreceram esse grande desenvolvimento socioeconômico: as enormes jazidas de carvão mineral que existiam no Vale do Ruhr e a navegabilidade do rio Reno.

capítulo 15

As potências industriais emergentes

1. A afirmação I é verdadeira, pois na região situam-se três dos denominados Tigres ou Dragões Asiáticos: Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan; a afirmação II não é verdadeira, pois Hong Kong esteve sob dominação britânica e foi devolvido à China em 1997, e Macau esteve sob administração portuguesa e foi devolvido à China em 1999.

2. A

O processo de industrialização dessa região visa, sobretu-do, abastecer mercados externos, fato que leva esses paí- ses a serem chamados de plataformas de exportações.

3. B

Os Tigres Asiáticos começaram o processo de intensa industrialização a partir da década de 1970, fundamen-tado em investimentos estrangeiros. Parte da produção das indústrias nipônicas é realizada nos Tigres Asiáticos, que ainda apresentam custos produtivos menores do que aqueles existentes no Japão. Assim, esses países são classificados como plataformas de exportação, e parte do lucro desse comércio entra na economia ni-pônica na forma de remessa de lucro.

4. a) Termo criado em 2001 designando países emergentes. Corresponde às iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China. Mais recentemente foi incluída a letra S, referente à África do Sul (South Africa). Os Brics representam um quarto da área terrestre, 40% da população

mundial, com regiões dotadas de diversos recursos naturais, e o maior mercado consumidor do planeta. O termo não designa uma organização econômica. No entanto, desde 2006, seus membros realizam encontros periódicos, visando a uma aproximação política e econômica.

b) Com a crise econômica de 2008, os países de indus-trialização antiga sofreram:• redução em seus orçamentos públicos para os

gastos sociais, afetando a prestação de serviços e os auxílios estatais (educação, saúde, previdência social, entre outros);

• redução dos investimentos em pesquisa para o desenvolvimento;

• aumento das pressões políticas para expulsar os imigrantes ilegais;

• aumento dos impostos, afetando o consumo interno;• ampliação das jornadas de trabalho.

A crise, no primeiro momento, pôde gerar vantagens aos países de industrialização recente, como:• entrada de mais investimentos internacionais;• redução de suas dívidas externas;• ampliação do valor de suas moedas nacionais;• amplificação dos gastos com infraestruturas e/ou

com custos sociais;• ampliação do consumo de bens e serviços de to-

das as qualidades.

5. C

A globalização da economia aumentou a concentra-ção de riqueza nos países centrais ao mesmo tempo que possibilitou a ascensão de outros países denomina-dos emergentes. Estes, por suas condições geográficas e seus grandes mercados consumidores, aproveitaram--se da valorização das commodities, exportando em larga escala para atender às demandas mundiais de economias em expansão, importando bens de consu-mo e insumos industriais.

6. B

Brics, acrônimo formado pelas iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, corresponde a um grupo de países emergentes que possui um quarto da área terrestre e 40% da população mundial, com regiões do-tadas de diversos recursos naturais e o maior mercado consumidor do planeta.

7. E

A única afirmativa incorreta é a que afirma que os países que integram o grupo denominado Brics possuem elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Atual mente, parte expressiva da população desses países emergentes possuem precárias condições de sobrevivência, refletindo em seus índices sociais relativamente baixos.

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8. D

Nas últimas décadas ocorreu amplo desenvolvimento tecnológico, especialmente nas áreas de comunicação e transporte, fato que potencializou a descentralização produtiva e fez muitas empresas abandonarem as regiões tradicionais, se instalando em locais que ofereciam maio-res vantagens econômicas. Alguns países, valendo-se dessas facilidades, ampliaram suas cadeias produtivas, tornando-as mais eficientes e flexíveis, bem articuladas aos transportes, atendendo a demandas variadas, o que é condizente com a complexidade atual das relações co-merciais. Os países emergentes fazem parte desse grupo; apesar de estarem bem adiantados em alguns aspectos ligados ao comércio, ainda demonstram déficits internos em áreas sociais, como saúde, educação, infraestrutura e saneamento, áreas que, em geral, são implantadas e apresentam retornos somente a longo prazo. São os desafios comuns enfrentados pelos países que formam o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

9. A

Donbass, na fronteira com a Ucrânia, e Kuzbass, loca-lizada na Sibéria, são conhecidas como algumas das maiores reservas de carvão mineral presentes no território russo, país que figura entre os maiores produtores mun-diais desse hidrocarboneto. Por essas concentrações, as indústrias siderúrgicas são atraídas para essas regiões.

10. D

A Índia, um dos países que compõem o grupo Brics, destaca-se em setores de alta tecnologia, como infor-mática, aeroespacial e medicamentos. O país é grande exportador de softwares para computadores, atividade especialmente desenvolvida em tecnopolos como Ban-galore, cidade localizada na porção meridional do país.

11. C

A Índia tem pequena produção de petróleo, não sendo, portanto, um destaque em sua economia.

12. A

A China, país mais populoso do mundo e detentor do maior mercado consumidor emergente, também se des-taca por ser a segunda maior economia do mundo. O gráfico demonstra que a China tornou-se o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta em 2012. Esse fato decorre principalmente da predominância de termelétricas movidas a carvão mineral na geração de eletricidade, da grande expansão das indústrias, inclusive as poluentes (petroquímica, siderúrgica, etc.), e do rápido e elevado crescimento da frota de veículos.

13. D

Atualmente, a China tem o segundo maior PIB do mun-do, perdendo apenas para os Estados Unidos. Tem uma das maiores produções industriais do mundo, realizadas

nas zonas econômicas especiais (ZEE). Tal crescimento potencializou o uso significativo de combustíveis fósseis. O resultado desse cenário mostra a China como um dos maiores poluidores do mundo. Além disso, registra- -se em solo chinês o crescimento de uma classe média interessada em consumir.

14. Os fatores que impulsionaram o grande avanço da economia chinesa foram:• mão de obra com baixo custo;• fragilidade da legislação ambiental;• disponibilidade de matérias-primas;• política de incentivo às exportações;• disponibilidade de fontes de energia;• crescimento recente do mercado interno;• abertura econômica com entrada de capital es-

trangeiro;• disponibilidade de infraestrutura moderna nas zonas

especiais.

Alguns dos fatores que podem ser considerados como determinantes para o avanço da economia chinesa são: o processo de abertura econômica iniciado na década de 1980, que criou infraestrutura de transportes e energia e m enclaves de produção voltados para exportação (as ZEE); os incentivos fiscais e a oferta de mão de obra abundante, barata e atualmente quali-ficada, que atraem investimentos estrangeiros; e, por fim, a abundância de recursos naturais e energéticos, a legislação ambiental flexível e a elevada poupança interna, que, em conjunto com a grande população absoluta, cria um numeroso mercado consumidor, o qual, associado à uma política neoliberal, amplia a abertura chinesa dos mercados e a integração finan-ceira mundial.

15. B

A China é o país que apresenta a economia que mais cresce nos últimos anos, baseada sobretudo em inves-timentos estrangeiros atraídos pela mão de obra farta e barata e também pelo elevado potencial de mercado consumidor.

16. E

Durante a década de 1980, a China iniciou um processo de abertura econômica, permitindo a penetração de in-vestimentos estrangeiros em regiões determinadas pelo governo, denominadas zonas econômicas especiais (ZEE). No entanto, a abertura verificada na economia não ocorreu no âmbito político, e o poder continua cen-tralizado nas mãos do Partido Comunista.

17. D

A desigualdade social na China ainda hoje é muito acentuada, pois a maior parte de sua população vive em condições precárias.

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18. D

A Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) cor-responde a um dos maiores blocos comerciais em formação no mundo. Conta com a participação de diversos países que, em comum, possuem o fato de serem “banhados” pelo oceano Pacífico. Entre os países que compõem esse bloco temos os Estados Unidos, a China, o Japão, o México, a Austrália e a Rússia. As diferenças econômicas e, por vezes, as divergências políticas dificultam a rápida efetivação desse bloco. Uma das dificuldades é a forte competitividade dos produtos chineses, que chegam a gerar o fechamento de empresas em outros países.

19. D

As maiores reservas de carvão mineral chinês encon-tram-se em sua porção setentrional, especialmente na região denominada Manchúria, destacando-se nessa área a produção siderúrgica próximo às minas carboníferas. Vale destacar que grandes reservas rus-sas localizam-se na porção meridional do país, como demonstrado no mapa. Além disso, a França não se caracteriza como detentora de algumas das maiores reservas carboníferas europeias, ao mesmo tempo que os Estados Unidos não são um grande importador dessa matéria-prima.

20. B

Atualmente classificada como a segunda maior econo-mia do mundo, a China ainda se caracteriza como um país em desenvolvimento e emergente. Sua estrutura político-econômica socialista sofreu profunda abertura no final da década de 1970. A presença da farta mão de obra e o expressivo mercado consumidor são alguns dos fatores que potencializam o crescimento econômico desse país asiático, atraindo os recursos financeiros de grandes investidores de todos os lugares do mundo.

capítulo 16

Atividade industrial no Brasil

1. E

O Estado Novo implantou no Brasil a doutrina política de intervenção estatal sobre a economia e, ao mesmo tempo em que proporcionava estímulo à área rural, apadrinhava o crescimento industrial, ao aplicar fundos destinados à criação de infraestrutura industrial. Foram instituídos, nesse espaço de tempo, o Ministério da Ae-ronáutica e o Conselho Nacional do Petróleo, que, pos-teriormente, no ano de 1953, daria origem à Petrobras.

Fundaram-se, ainda, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), entre outras.

2. Ampliação da indústria de base: no contexto da Segunda Guerra Mundial, os acordos entre os governos brasileiro e estadunidense resultaram na implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), fator de-cisivo para o desenvolvimento da indústria de base no país. Política de substituição das importações: em razão das dificuldades de importação de produtos decorren-tes do envolvimento dos países na guerra (Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos), várias indústrias se desenvolveram no Brasil, visando a produzir o que não se poderia obter mais com o comércio de impor-tação. Processo de urbanização: o desenvolvimento capitalista no Brasil promoveu acentuado processo de urbanização. Em busca de empregos na indústria, milhares de pessoas se deslocaram para os principais centros urbanos do país, o que culminou também na ampliação das desigualdades regionais, uma vez que o processo de industrialização concentrou-se nas regiões Sul e Sudeste, gerando expressivo desequilíbrio entre as regiões brasileiras.

3. C

No Brasil, o processo de substituição específico de im-portações teve início com a crise de 1929, e se prolon-gou até o final da década de 1970, quando ocorreram os choques do petróleo, o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e a crise do endividamento externo brasileiro. Durante esse período, a indústria passou por algumas fases: o processo de substituição de impor-tações, fundamentalmente de bens de consumo não duráveis; o crescimento industrial, prosperidade eco-nômica e a consolidação da indústria leve no Brasil; o projeto industrial planejado e orientado pelo Estado por meio do Plano de Metas.

4. B

Entre os anos 1956-1961, o crescimento econômico se acelerou com a expansão do setor industrial, com in-vestimentos na produção de aço, alumínio, metais não ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamen-tos elétricos. O acelerado processo de industrialização registrado no período, porém, não deixou de acarretar uma série de problemas de longo prazo para a econo-mia brasileira.

O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da emissão monetária e da abertura da eco-nomia ao capital estrangeiro. A emissão monetária (ou emissão de papel moeda) ocasionou um agra-vamento do processo inflacionário, enquanto a aber-tura da economia ao capital estrangeiro gerou uma

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progressiva desnacionalização econômica, porque as

empresas estrangeiras (as chamadas multinacionais)

passaram a controlar setores industriais estratégicos

da economia nacional.

5. C

A ação do Estado investindo em infraestrutura e no de-

senvolvimento de uma indústria de base, ou seja, de

indústrias na área química, de siderurgia e de energia,

criaram as condições necessárias à instalação de in-

dústrias estrangeiras de grande porte no país. Ao Es-

tado coube o papel de garantir as condições para a

acumulação de capital por essas empresas. A indústria

pesada forjada durante o período JK completava o ci-

clo de substituições das importações. Apesar de muito

questionada, essa iniciativa se fez positiva, pois, se o

Estado não investisse capitais no desenvolvimento de in-

fraestrutura, esse investimento somente seria possível via

capital financeiro internacional, gerando, desta forma,

um endividamento ainda maior da economia nacional,

e, se não ocorressem esses investimentos, a entrada de

empresas de grande porte no país seria inviabilizada.

6. C

Na década de 1990 teve início o processo de descentrali-

zação e desconcentração industrial no Brasil, com a ado-

ção do modelo neoliberal preconizado pelo “Consenso de

Washington”, termo que abriga um conjunto de medidas

desenvolvidas por economistas e indicadas pelo FMI para

promover o “ajustamento macroeconômico” dos países

em desenvolvimento que passavam por dificuldades.

7. D

Polos tecnológicos envolvem a elaboração e a imple-

mentação de projetos locais ou regionais de desenvol-

vimento baseados na produção e inovação. Esses pro-

jetos procuram desenvolver inovações organizacionais

que favoreçam um maior capital social e são realizados

a partir de parcerias entre Estado, instituições de ensino

e empresariado. Cooperação é elemento essencial e

base da construção da viabilidade de sistemas de pro-

dução ou inovação, que serão utilizados por diferentes

setores da economia.

8. A somatória que aborda as afirmativas corretas é: 38

(02 1 04 1 32)

As afirmativas incorretas são:

[01]: A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela

hegemonia inglesa.

[08]: As indústrias de bens de produção, também cha-

madas de indústrias de base ou pesadas, são res-

ponsáveis pela transformação de matérias-primas

brutas em matérias-primas processadas, servindo

de base para outros ramos industriais. A indús-

tria siderúrgica faz parte da indústria de bens de

produção.

[16]: A expressão é geralmente empregada para se referir

ao parque tecnológico Porto Digital, no Recife, ao

Parque Tecnológico do Rio, no Rio de Janeiro, ao

Tecnopuc, em Porto Alegre, ao Parque Tecnológi-

co de São José dos Campos, ao Sapiens Parque,

em Florianópolis, e ao polo tecnológico de Campi-

nas, que conta com empresas de alta tecnologia

e universidades, como a Universidade Estadual de

Campinas (Unicamp).

[64]: As usinas termonucleares representam 1,6% da

energia produzida no Brasil e cerca de 30% da

energia consumida no estado do Rio de Janeiro.

A tecnologia utilizada veio para o Brasil da Alema-

nha na década de 1950.

9. E

A desindustrialização também pode ocorrer em países

desenvolvidos, quando a economia se mostra ama-

durecida, ou seja, quando o aumento da demanda

de serviços tende a crescer com o desenvolvimento

econômico, tornando-se maior do que o aumento da

demanda por manufaturados. Dessa forma, a conti-

nuidade do desenvolvimento econômico levará a um

aumento da participação dos serviços no PIB e, a partir

de um certo nível de renda per capita, há uma queda

da participação da indústria no PIB.

10. B

As afirmativas que estão incorretas são:

[III]: O Brasil sofreu um processo de desconcentração

da indústria da região Sudeste para as outras re-

giões do país nos últimos anos. O Brasil vem so-

frendo com uma participação menor no mercado

internacional e com o baixo investimento em novas

tecnologias no setor.

[IV]: A guerra fiscal possibilitou a descentralização das

grandes empresas do Sudeste do Brasil, mas ainda

manteve o desenvolvimento próximo aos grandes

centros, onde são possíveis a mobilidade e o fluxo

da produção.

11. a) O processo de industrialização brasileira de 1930

desenvolveu-se apoiado na substituição das impor-

tações com capital nacional e voltado para a produ-

ção de bens não duráveis para abastecer o mercado

interno. O processo de industrialização brasileira de

1950 desenvolveu-se no contexto internacional de

expansão do capital multinacional. Ocorreu no Brasil

uma grande entrada de empresas estrangeiras vol-

tadas para a produção de diferentes mercadorias,

especialmente de bens de consumo duráveis, o que

sustentou e deu continuidade à política de substitui-

ção de importações.

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b) A industrialização resultou na intensificação do pro-

cesso de urbanização, de desenvolvimento e de

solidificação do centro-sul como a principal área

geoeconômica do país, onde se concentram os

principais polos de desenvolvimento industrial e de

tecnologia, dentre os quais se destacaram os po-

los do eixo industrial São Paulo-Rio-Belo Horizonte.

No entanto, a industrialização também resultou na

ampliação das desigualdades regionais, que nesse

período ficaram ainda mais evidentes.

12. E

O desenvolvimento das indústrias no Sudeste, com des-

taque para as cidades de Santo André, São Bernardo

do Campo, São Caetano e Diadema, que formam o

chamado ABCD paulista, está diretamente ligado à pro-

dução cafeeira, à infraestrutura herdada e à disponibili-

dade de mão de obra. Contribuíram como fatores atra-

tivos para as novas indústrias que se instalaram próximo

à capital paulista a grande concentração demográfi-

ca (mercado consumidor e mão de obra disponível)

e de capital, a presença de densas redes ferroviária e

rodoviária (infraestrutura de transporte), o aproveita-

mento energético dos cursos de água (hidrelétricas), a

expansão da atividade agropecuária e a proximidade

dos dois principais portos brasileiros, Santos e Rio de

Janeiro, constituindo, assim, o maior parque industrial

da América Latina.

13. D

A proximidade da região Sul com os parceiros comer-

ciais do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), alia-

da ao conjunto de infraestrutura disponível, facilita a

comunicação e a circulação de mercadorias, capitais e

pessoas. Esses fatores têm atraído empresas de diversos

setores. Recentemente foram instaladas indústrias do

setor automobilístico, de autopeças, de suprimento de

informática, de eletrodomésticos e de bebidas, muitas

vezes atraídas também por incentivos fiscais oferecidos

pelos três estados que compõem a região.

14. C

A tabela demonstra a diminuição da atividade indus-

trial no município de São Paulo entre 1994 e 2005. Isso

decorre da deseconomia de aglomeração, ou seja, de

fatores que inibem investimentos (alto valor dos terrenos,

elevados impostos, congestionamentos e mão de obra

mais sindicalizada e com maiores salários). Por sua vez,

paralelamente, ocorre a desconcentração da indústria

movida a guerra fiscal, com várias empresas e novos

investimentos indo em direção ao interior de São Paulo

e a outros estados. Isso se deve a vantagens oferecidas

por municípios e estados, como incentivos fiscais, mão

de obra barata, doação de terrenos e investimentos em

infraestrutura (rodovias e portos).

15. D

As proposições [I] e [III] descrevem fatores da recente

descentralização geográfica das indústrias no Brasil.

A “guerra fiscal” é a disputa entre os governos de es-

tados para atrair as indústrias, praticando a renúncia

fiscal. Outro novo fator de localização das indústrias

tem sido, de fato, a busca de áreas próximas a países

que integram os blocos comerciais, no caso do Brasil,

o Mercosul. A proposição [II] é falsa, pois exigências

dos mercados locais, do Norte ou Nordeste, não foram

fatores motivadores de atração para as indústrias.

16. Resposta: 01 1 04 5 05

As afirmativas incorretas são:

[02]: A região Sul corresponde a quase 20% da produ-

ção industrial no Brasil.

[08]: O percentual do valor da produção industrial em

relação ao total da indústria no estado do Ama-

zonas parece pequeno, mas o estado possui im-

portante polo industrial; a produção da indústria

de base e de eletroeletrônicos do estado sozinho

corresponde a 3,2%.

[16]: PE e BA somam apenas 4,4% do valor total da pro-

dução industrial no país.

17. B

O capital acumulado com a exportação de café na re-

gião Sudeste propiciou o investimento na industrialização

de bens não duráveis para abastecer o mercado interno;

a grande quantidade de trabalhadores da produção

do café foi atraída para trabalhar nas indústrias, que

iniciavam suas atividades; as cidades que abrigaram as

indústrias possuíam uma rede de transportes já desenvol-

vida, uma vez que as infraestruturas eram usadas para

escoar a produção de café das fazendas para os portos;

com a introdução das indústrias, esses mesmos trajetos

passaram a transportar matéria-prima e mercadorias.

Além disso, a entrada no país de um grande número de

imigrantes, predominantemente europeus com experiên-

cia na indústria, impulsionou a industrialização dessa

região com a mão de obra especializada.

18. D

As afirmativas são:

[Verdadeira]: No século XIX, a cafeicultura do vale do

Paraíba criou as condições para que, com a crise de

1929, o capital fosse redirecionado para a atividade

industrial no governo Vargas; nos governos seguintes

essa concentração territorial se consolidou.

[Verdadeira]: Até a década de 1960, a região Sudeste

exercia o papel concentrador da produção industrial.

[Falsa]: A desconcentração das atividades industriais

ocorreu a partir da década de 1990.

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[Verdadeira]: A partir da década de 1990, com a ado-

ção das políticas neoliberais e o desenvolvimento das

redes informacionais, ocorre a desconcentração da

indústria, associada à guerra fiscal.

19. a) A guerra fiscal ou dos lugares é uma competição

de municípios entre si e de estados entre si para

atrair investimentos, utilizando-se de isenções fiscais,

doações de terrenos, oferta de infraestruturas,

alterações de leis (inclusive trabalhistas), entre outras

facilidades negociadas entre os poderes públicos e

as empresas.

b) Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Ge-

rais, Goiás, Bahia, Ceará, Amazonas.

20. D

A instalação de complexos industrial-portuários em

Pecém, Suape e Camaçari integra a infraestrutura me-

lhorada nas duas últimas décadas, o que, com um mer-

cado de consumo crescente e incentivos fiscais, explica

a atração de projetos industriais para a região Nordeste.

21. D

No segmento industrial nordestino há uma hierarquia

entre os principais produtores, sendo que o estado da

Bahia é o primeiro, respondendo nacionalmente por

3,8%, seguido por Pernambuco, com 2,2%, e depois pelo

Ceará, com 1,8%.

22. E

A Sudene falhou porque não ajudou a quebrar o ciclo

econômico intermitente que depende ainda dos fato-

res naturais (climáticos). Sua atuação técnica esteve

subordinada ao clientelismo local, o que transformou

essa autarquia em local propício para negociações

políticas e disputa de verbas entre governantes.

23. E

As afirmativas incorretas são:

[I]: A participação do estado na produção industrial

em Pernambuco se deu por meio de políticas de

incentivos fiscais e da abertura de projetos petro-

químicos na região.

[II]: A industrialização do Nordeste teve início na década

de 1950, com a criação da Sudene e os primeiros

incentivos fiscais, que deslocaram para lá empresas

da região Sudeste.

24. D

Em Salvador destacam-se as indústrias química, petro-

química, informática, automobilística e a agroindústria.

Em Fortaleza se sobressaem as indústrias de vestuário,

alimentícia, metalúrgica, farmacêutica, química e cal-

çadista. E por fim, em Recife, o destaque vai para as

indústrias de alimentos, bebidas, couros e calçados.

25. A somatória das alternativas corretas é: 1 1 8 5 9

As alternativas corretas são:

[1]: A isenção do imposto sobre produtos importados

permite que empresas atuem como montadoras

usando tecnologia internacional.

[8]: A isenção dos impostos de exportação e do Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI) faz com que o

valor dos produtos da região seja competitivo nos

mercados internacional e interno. A exportação é

facilitada pela proximidade com o porto, que escoa

toda a produção rapidamente.

capítulo 17

Transporte e comércio

1. A intermodalidade do transporte traz como consequências

a redução do custo do frete e dos custos de produção,

diminuição do tempo de transporte da mercadoria,

aumento da quantidade de mercadoria transportada por

viagem, a possibilidade de fragmentação da produção

no território e a descentralização da produção dos

grandes mercados consumidores, além da diminuição

da poluição atmosférica.

2. a) O trecho norte do Rodoanel poderá gerar impactos

ambientais, entre os quais o desmatamento de

trechos importantes da Mata Atlântica e da serra

da Cantareira. Entre os impactos sociais está a

desapropriação de áreas residenciais com a

remoção de população para outras áreas.

b) O Brasil é o maior exportador de suco de laranja

concentrado do mundo. A principal produtora é o

centro-oeste do estado de São Paulo, que englo-

ba municípios como São José do Rio Preto, Matão,

Araraquara e Bebedouro. O escoamento do suco

de laranja dá-se principalmente por rodovias, como

Bandeirantes, Anhanguera e Castelo Branco, e, pos-

teriormente, pela Rodovia Anchieta, que dá acesso

à Planície Litorânea, onde está o porto de Santos,

principal porto exportador.

3. B

O presidente Juscelino Kubitschek foi responsável pela

instalação de grandes fabricantes de automóveis no

país, que chegaram ao Brasil durante seu governo.

Um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidente-

mente, o apoio à construção de rodovias. A política

de Kubitschek trouxe ao imaginário popular a sensa-

ção de que a rodovia era um fator de modernidade,

enquanto a “ferrovia virou símbolo do passado”. Hoje,

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o país tem instalados em seu território outros grandes

fabricantes de automóveis. O Brasil é o quinto mais im-

portante país para a indústria automobilística. Grande

parte dessas distorções na matriz dos transportes bra-

sileiros e as ineficiências observadas são explicadas

pelos longos anos de estatização dos portos, ferrovias

e dutos, bem como pelos subsídios implícitos no pas-

sado e que ainda perduram, com menor ênfase, para

o modal rodoviário.

4. B

A matriz I (com predomínio do transporte rodoviário)

é mais poluidora que a matriz II (com predomínio das

modalidades hidro e ferroviária). Além disso, a matriz

II traz maior economia nos fretes, por transportar mais

carga em uma viagem.

5. D

Os portos brasileiros apresentam problemas como mo-

rosidade, custo elevado, burocracia e equipamentos

precários. Quanto à infraestrutura, um dos problemas

mais comuns é a limitação da integração entre os mo-

dais de transportes (rodovia, hidrovia, ferrovia e dutovia)

e suas conexões com o sistema portuário. Rodovias e

ferrovias são os modais que mais chegam aos portos

brasileiros, mas com pouca integração entre si.

6. E

A informatização e a segmentação da produção com

o uso da inovação exploram oportunidades, obrigando

a empresa a adaptar-se a novas situações e exigências

do mercado em que compete. Para tanto, as empresas

precisam investir em pesquisa e no desenvolvimento de

novas tecnologias, visando a inovação e consequente

produção de novos materiais para se manterem com-

petitivas no mercado global (reduzindo custos e aumen-

tando a produtividade).

7. C

A sobrevalorização cambial acresce valor à moeda

interna em relação à moeda estrangeira, o que conse-

quentemente diminui o preço dos produtos importados.

Assim, ao contrário do que é afirmado no item C, há

redução do valor do dólar. Quando há desvalorização

cambial, a quantidade de bens na economia diminui

em decorrência tanto do aumento das exportações

quanto da diminuição das importações. Ao contrário

do que diz o enunciado da questão, uma moeda fraca

fica longe de afetar exclusivamente os preços dos impor-

tados, afeta também todos os preços internos, inclusive

dos bens produzidos nacionalmente. Se a moeda está

enfraquecendo, isso significa, por definição, que passa

a ser necessário ter uma maior quantidade de moeda

para adquirir o mesmo bem.

8. E

A logística visa, conforme enunciado, diminuir as distân-

cias entre a produção e o mercado consumidor, com

investimento nos sistemas de transporte para permitir a

rápida circulação de mercadorias. Paralelamente a isso,

para a produção ser dinâmica, foi também necessário

fragmentar as etapas da produção, separando o ge-

renciamento, a produção e a estocagem de produtos,

na busca por alternativas que tornassem a produção

mais barata (como isenção de impostos e mão de obra

barata) e valorizassem o produto final.

9. C

O setor industrial brasileiro está em crise devido a vários

fatores: alta taxa de juros, baixos investimentos, pouco

avanço tecnológico, alta carga tributária, elevado custo

com transportes, dificuldade para exportar e dificuldade

para competir com produtos importados de baixo custo.

As alternativas incorretas são:

[II]: Embora tenha se verificado, nos últimos anos, um

processo de desconcentração industrial no país,

ainda há forte concentração industrial, especial-

mente na região Sudeste, não sendo essa uma

justificativa para a crise no setor.

[IV]: O Brasil tem feito poucos acordos bilaterais, uma

vez que, por participar do Mercosul, tem priorizado

as relações com os demais países do bloco e as

negociações feitas entre blocos econômicos.

10. A

O estado do Rio Grande do Sul destaca-se no agrone-

gócio com importante produção de soja, trigo, milho,

arroz, erva-mate, uva vinícola, tabaco, couro, lã, carne

bovina, carne de aves e celulose. Parte da produção

destina-se ao mercado interno, inclusive a indústria de

alimentos e calçados, porém, parte significativa tam-

bém destina-se à exportação.

11. C

Entre 2008 e 2009, o fluxo de comércio exterior (exporta-

ções e importações) sofreu uma redução devido à crise

financeira mundial e o consequente desaquecimento

das economias de mercados importantes, como a dos

Estados Unidos e da União Europeia. Em 2009, o Brasil

ficou com a economia praticamente estagnada e apre-

sentou queda nas exportações e importações, embora

o saldo positivo na balança comercial tenha tido uma

pequena melhora.

12. A

As alternativas incorretas são:

[II]: Houve um salto na participação das commodities

agrícolas e minerais nas exportações brasileiras,

principalmente a partir da década de 2000, mas a

participação do país no comércio global é pouco

superior a 1%.

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[IV]: A redução do crescimento da economia chinesa

afeta o Brasil, pois a China é o maior destino das

exportações brasileiras, e, com o desaquecimento

de sua economia, serão reduzidas as exportações

do Brasil devido à desvalorização das commodities,

como soja e minério de ferro.

[V]: O Mercosul não atinge 40% das exportações

brasileiras. Atualmente o Brasil exporta cerca de 11%

de seus produtos para o Mercosul, enquanto somente

a China corresponde ao destino de aproximadamen-

te 20% das exportações do Brasil e os Estados Unidos

recebem cerca de 12% das exportações brasileiras.

13. A

O texto destaca a posição crescente do Brasil como

grande exportador de commodities agrícolas para paí-

ses como a China e como importador de produtos indus-

trializados de maior valor agregado. Observa-se também

o caráter desenvolvimentista da China, estimulando a

industrialização interna com medidas protecionistas.

14. Na atualidade, o Brasil é um produtor médio de petróleo.

O país apresenta autossuficiência na produção

petrolífera, porém exporta parte do petróleo pesado

e importa petróleo leve e também derivados, como

gasolina e diesel, visto que as refinarias nacionais não

produzem o suficiente em relação à demanda. Com a

exploração do pré-sal, a perspectiva é que o Brasil se

torne no futuro um grande exportador de petróleo e de

produtos petroquímicos. Entre os principais importadores

de petróleo, com fluxos superiores a 3 milhões de barris,

estão os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão.

O petróleo é proveniente de regiões exportadoras

tradicionais, como o Oriente Médio, a Venezuela e

nações africanas, como Nigéria, Angola, Líbia e Argélia.

15. D

O Brasil vem reforçando o seu papel de “Global Trader”

– comerciante global – através da busca de novos par-

ceiros comerciais para as exportações do agronegócio,

o que fez reduzir sua dependência em relação a deter-

minados mercados desenvolvidos no mundo.

16. C

O saldo comercial foi crescente até 2006, passando,

então, a sofrer redução devido ao crescimento mais

acelerado das importações em relação às exportações

até o ano de 2008. Em 2009, houve uma queda tanto

das exportações como das importações. Com o início

da recuperação da economia, as compras do exterior,

inclusive de máquinas e equipamentos por empresas

nacionais, além da aquisição de bens de consumo

pela população, subiram mais fortemente, mas as ex-

portações não acompanharam esse movimento na

mesma intensidade, diminuindo o saldo comercial do

Brasil em 2010.

capítulo 18

Turismo como organizador do espaço geográfico

1. a) Os países mais bem colocados são em sua maioria

desenvolvidos. Apesar da crise financeira internacio-

nal, esses países apresentam um setor turístico diver-

sificado, as melhores redes de hotéis, as melhores

infraestruturas, o maior cuidado com o patrimônio

histórico e arquitetônico. A população com renda

per capita e salário elevado estimula um importante

fluxo interno de turistas, além de atrair contingente

importante de turistas estrangeiros.

b) Não aparecem na lista países subdesenvolvidos e emer-

gentes. Entre os fatores sociais limitantes do turismo,

podemos mencionar menor renda per capita e baixo

salário da população, além de problemas estruturais

em setores como transportes e conservação do patri-

mônio histórico.

2. A presença de áreas naturais ainda preservadas propícias

ao ecoturismo ou turismo de aventura; a existência de

praias e dias mais ensolarados; as paisagens naturais

exóticas; as manifestações culturais; os patrimônios

arquitetônicos e paisagísticos de sítios históricos originais,

além de outros atrativos, como o interesse das pessoas por

essas regiões como lugar de descanso ou contemplação.

3. C

O turismo contribui para atestar o papel central de Dubai

no que tange aos negócios globais contemporâneos,

sendo essa uma atividade que reforça e, ao mesmo

tempo, nutre a centralidade ali existente. Por conta des-

sa importância que Dubai tem atualmente, diversos es-

paços são alterados a fim de atender às demandas

turísticas que surgem. Porém, a rota de escoamento da

produção petrolífera é realizada por navios cargueiros

e não por navios com passageiros; logo, essa rota não

tem importância significativa para a atividade turística.

4. B

Nosso ambiente do dia a dia está cada vez mais padro-

nizado, vivemos em uma sociedade em que a globali-

zação revela-se através dos avanços tecnológicos, das

facilidades de comunicação e de deslocamento de pes-

soas, da integração econômica, política e cultural, que

está completamente inserida nas nossas vidas. O quadro

mostra que os países que lideram o ranking de chegada

de turistas transmitem sua história e cultura através do

patrimônio histórico, dessa forma, o turismo por lugares

históricos vem intensificando o processo e políticas de

preservação do patrimônio histórico dos lugares.

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5. a) A melhora em geral da economia mundial, com o aumento do poder aquisitivo das pessoas, aliada ao desenvolvimento das redes de infraestrutura e aos incentivos governamentais, além da disponibilidade de mais tempo livre, o que possibilita práticas de lazer e a melhora da qualidade de vida das pessoas. Vale a pena salientar que as populações dos países desenvolvidos são as que mais praticam atividades turísticas, pois seus países são aqueles em que os fatores acima atingem grande parte da população.

b) O turismo impõe uma sofisticação dos serviços e redes de infraestrutura (transporte, comunicação, hospedagem), além de valorizar e recuperar áreas de interesse histórico e cultural.

c) Agências de viagem; parques temáticos; redes de hotéis e restaurantes; casas de câmbio.

6. B

Ao analisar a tabela, é possível constatar que a Europa é a região que apresenta o maior número de turistas e a maior receita no mundo, fazendo com que a variação ou o crescimento anual seja relativamente pequeno a cada ano, mesmo representando um crescimento em termos absolutos bastante elevado.

7. D

O turismo é analisado como alternativa para promoção do desenvolvimento econômico, ganhando visibilida-de no cenário mundial. Muito além de um fenômeno econômico, o turismo é uma realidade social que tem se afirmado em numerosos países e uma atividade que abrange diversas atividades econômicas e sociais. A relação clima-turismo é ampla admitindo a correla-ção do clima com o comportamento da sociedade, ou seja, a motivação do turista em deslocar-se para determinado destino turístico está diretamente rela-cionada ao clima do lugar e às demandas sociais de comportamento. Mas o desenvolvimento da atividade e a oferta de diversas modalidades de atrações turísti-cas fazem com que o problema climático anualmente seja atenuado.

8. B

A imagem e o texto remetem à descrição das savanas africanas, com formação arbóreo-arbustiva e presença de animais selvagens vivendo em seu habitat natural, quase não alterado.

9. Resposta das afirmativas: F – V – F – V – V

A primeira afirmativa é falsa, pois não houve, por parte de Portugal, a intenção de restringir a ocupação do atual território do Brasil à faixa litorânea; tendo sido realizadas as chamadas Bandeiras, bem como a exploração de recursos naturais encontrados em regiões mais interiorizadas. O que impediu por muito

tempo a ocupação mais ampla do território foram as dificuldades impostas pelo relevo e pela densa vegeta-ção encontrada à época.

A terceira afirmativa é falsa, pois, ao contrário do que é afirmado, houve sim uma mudança cultural no que diz respeito à apreciação da natureza pela população em geral, um aumento da especulação imobiliária nesses locais, bem como crescimento do número de atividades de lazer praticadas ao longo do litoral.

10. C

A conservação da biodiversidade do planeta não pos-sui apenas uma motivação ética para a humanidade, cujo sistema econômico dominante causou intensa de-vastação dos ecossistemas e extinção de inúmeras es-pécies. É também uma questão de ordem econômica. A biodiversidade é um recurso natural importante para o desenvolvimento de produtos, como novos alimentos, fon-tes de energia, cosméticos, medicamentos, etc. Também é fundamental na proteção do solo, recursos hídricos e estabilidade do clima.

11. C

Além dos eventos e congressos, a presença do maior aeroporto internacional na Região Metropolitana de São Paulo e de toda a infraestrutura e vida cotidiana globalizada atrai para o estado de São Paulo a maior parte dos turistas estrangeiros.

12. B

A afirmativa [I] traz uma correta interpretação sobre os fatores que levaram à queda do número de turistas estran-geiros no Paraná em 2002, o que não está relacionado aos argumentos apresentados nas afirmativas [II] e [III]. A afirmativa IV, por sua vez, apresenta uma importante ca-racterística do turismo internacional no estado do Paraná.

13. A

O relevo cárstico é caracterizado pela estrutura geoló-gica dominada por rochas sedimentares como o cal-cário, cuja dissolução química origina formações como as cavernas. As dolinas, por sua vez, são depressões resultantes do desabamento do teto das cavernas.

14. D

A maioria das ilhas oceânicas do Atlântico é de origem vulcânica, como é o caso do arquipélago de Fernando de Noronha (PE). A posse de ilhas no Atlântico é estra-tégica do ponto de vista econômico e geopolítico para Brasil, uma vez que garante soberania sobre a Zona Econômica Exclusiva (ZEE), rica em recursos naturais.

15. C

O município de Laguna apresenta importância turística e na atividade pesqueira em Santa Catarina, porém não constitui uma cidade portuária. Os portos catarinenses estão em: São Francisco do Sul, Itajaí, Tubarão e Imbituba.

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16. C

Os municípios mencionados correspondem às microrre-

giões de Borborema Potiguar, Seridó Oriental e Pau dos

Ferros.

17. A

A relação correta entre as cidades e as atrações turísti-

cas é apresentada da seguinte forma:

(5) São Francisco do Sul, localizada no litoral norte catari-

nense, foi importante porto por onde desembarcaram

grandes ondas de imigrantes europeus, que iniciaram

o processo de colonização do estado no século XIX.

(4) Garopaba, ao sul da capital catarinense, se trans-

formou em importante polo turístico em função de

suas belezas naturais e prática de esportes náuticos.

(1) São Joaquim, localizado na porção central do es-

tado junto ao Planalto Meridional, se destaca por

atrair turistas nas estações mais frias, quando as

temperaturas chegam a atingir valores negativos

e ocorre, inclusive, precipitação na forma de neve.

(3) Lages, importante centro comercial na porção

centro-oeste do estado, também se destaca pela

grande presença de araucárias, de onde é extraído

o pinhão.

(2) Piratuba, também no litoral catarinense, se destaca

pela descoberta de fontes de águas sulfurosas, que

a transformou em importante estância hidromineral

que atrai muitos turistas o ano todo.

18. a) Canindé e Juazeiro do Norte.

b) O turismo estimula o desenvolvimento do comércio

e de serviços e acelera o aumento da população

local, provocando movimentos migratórios, de mão

de obra especializada, mas também estimula a acul-

turação da população residente, levando-a a dester-

ritorialização, já que a população local é deslocada

para áreas menos valorizadas no estado.

19. D

O país destacado é o Maranhão, onde se encontram du-

nas formadas pelo processo de acumulação eólica, muito

presentes na região denominada Lençóis Maranhenses.

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capítulo 19

Geopolítica: a ordem mundial bipolar e multipolar

1. C

Uma das características mais importantes da Guerra Fria

foi a disputa entre estadunidenses e soviéticos na busca

pela hegemonia planetária, convergindo na corrida

armamentista. As superpotências estabeleceram uma

enorme produção de artefatos bélicos, destacando-se

o desenvolvimento de bombas atômicas.

2. B

O primeiro texto refere-se à política internacional do pós-

-guerra e à criação de uma diplomacia efetivamente

mundial, por meio da Organização das Nações Unidas

(ONU). O segundo, à bipolarização do poder planetário

entre os Estados Unidos e a União Soviética. Finalmente,

o terceiro texto, de Demétrio Magnoli, refere-se à disputa

pela hegemonia mundial entre as superpotências, que

ficou conhecida como Guerra Fria.

3. A

Uma das marcas mais significativas da Guerra Fria

(1945-1989) foi a disputa entre norte-americanos e

soviéticos, que buscavam ampliar suas respectivas

áreas de influência, cada um visando ao poder pla-

netário hegemônico.

4. A

Após a Segunda Guerra Mundial, as rivalidades en-

tre os blocos capitalista e socialista tornaram-se mais

evidentes, liderados, respectivamente, pelos Estados

Unidos e pela União Soviética. No início da Guerra Fria

os soviéticos ampliaram sua área de influência sobre os

países do Leste Europeu, fato que gerou preocupações

aos Estados Unidos, que, na mesma época, lançaram

uma política de contenção ao socialismo denomina-

da Doutrina Truman. Os momentos mais tensos desse

conflito foram o Bloqueio de Berlim (1948) e a Crise dos

Mísseis (1962), que, somados à corrida armamentista,

fundamentada na construção de artefatos nucleares,

tornaram a Guerra Fria um dos momentos mais propen-

sos a um grande conflito mundial.

5. E

Durante a década de 1960, quando estadunidenses

e soviéticos desenvolviam as disputas em busca das

conquistas espaciais, houve o incidente denominado

crise dos mísseis.

6. C

Um dos principais símbolos da Guerra Fria foi o Muro de

Berlim. Construído em 1961, visava dificultar a passagem

de cidadãos entre as duas porções de Berlim – a oci-

dental (capitalista) e a oriental (socialista).

7. As afirmativas são: F – V – V – V

O período histórico posterior à Segunda Guerra Mundial

foi denominado Guerra Fria e caracterizado por profun-

das divergências políticas, militares e econômicas entre

os blocos capitalista e socialista, liderados por Estados

Unidos e União Soviética, respectivamente.

8. D

Com o fim da Guerra Fria e da bipolarização mundial,

os conflitos armados aumentaram principalmente em

países que mantinham o sistema socioeconômico socia-

lista, onde se reacenderam antigas diferenças étnicas

e religiosas entre povos. O fim do socialismo no Leste

Europeu e na União Soviética gerou mudanças políticas

e econômicas que possibilitaram uma abertura para a

expansão de movimentos nacionalistas, como os da

Iugoslávia e da Chechênia, regiões que durante a déca-

da de 1990 apresentaram diversos conflitos separatistas.

9. As afirmativas são: F – V – F – V

A estagnação econômica da União Soviética, principal-

mente na produção de bens de consumo que exigissem

alta tecnologia, foi um dos principais fatores que provo-

caram o seu colapso. Após a abertura econômica pro-

movida pelas políticas de reestruturação, conhecidas

como Glasnost e Perestroika, os países que pertenciam

ao bloco socialista enfrentaram dificuldades na transi-

ção para o capitalismo.

10. D

O fim do bloco socialista no Leste Europeu (1989) e o

processo de independência das repúblicas soviéticas

(1991) caracterizaram o fim da Guerra Fria e o começo

da nova ordem mundial.

11. Na década de 1980, Mikhail Gorbachev assumiu o poder

da URSS iniciando um governo caracterizado por trans-

formações políticas e econômicas. Gorbachev lançou a

Glasnost e a Perestroika, palavras russas que significam,

respectivamente, transparência e reestruturação. Ou seja,

a pretensão de seu governo era iniciar uma abertura po-

lítica, permitindo um maior diálogo entre a população

e o governo, ao mesmo tempo em que realizava uma

reestruturação econômica, ampliando as possibilidades

de produção russa. As reformas econômicas caminharam

lentamente em comparação à abertura social e política,

fato que desencadeou manifestações contrárias ao socia-

lismo e que culminaram no fim dessa estrutura soviética

em 1991.

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12. A consolidação do socialismo soviético durante o gover-no stalinista (1924-53) foi marcada pela prioridade nas questões econômicas e militares, como também pela falta de liberdade política e social.

O governo de Gorbachev (1985-1991) foi no sentido con-trário, promovendo reformas políticas e sociais (Glas-nost) que foram mais intensas que as modernizações econômicas (Perestroika), assim facilitando as manifes-tações populares contrárias ao socialismo, culminando no fim dessa estrutura política na URSS.

13. C

Ocorrida em 1989, a queda do Muro de Berlim foi um dos principais símbolos do fim da Guerra Fria e da ordem bipolar entre os blocos capitalista e socialista. No final da década de 1980 houve um colapso do regime socialista na Alemanha Oriental, permitindo que, posteriormente, a Alemanha se reunificasse. No mesmo período, os paí-ses socialistas do Leste Europeu também abandonaram a estrutura socialista e adotaram o regime capitalista.

14. A

Uma das principais características da nova ordem mun-dial é a expansão da estrutura do sistema capitalista após o fim da Guerra Fria. Outra marca é a formação de diversos blocos econômicos e o surgimento de potên-cias emergentes, fato que permite a muitos analistas afir-marem a existência de uma multipolaridade planetária.

15. B

A Guerra Fria foi marcada pelo declínio do modo de produção socialista e pela fragmentação territorial de vários países, a exemplo da Iugoslávia, Tchecoslováquia e União Soviética. Essas fragmentações decorrem de vários fatores, destacando-se dificuldades econômicas, crises políticas e conflitos étnicos e religiosos.

16. B

A antiga Iugoslávia apresentava grande complexidade étnica, fato que estimulou o desejo separatista das na-ções que a compunham. A crise econômica e política no final da década de 1980 que esse e outros países do Leste Europeu atravessaram foi outro importante fator nesse processo de divisão territorial. A antiga Iugoslávia se dividiu em: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Kosovo. Vale desta-car que, até 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU) não havia reconhecido a independência de Kosovo.

17. B

A partir da década de 1970 ocorreu um avanço tec-nológico reconhecido como Revolução Técnico-Cien-tífico-Informacional ou Terceira Revolução Industrial, potencializando as relações entre mercados e pessoas em escala mundial.

18. A visão de mundo unipolar seria marcada pela liderança hegemônica dos Estados Unidos devido ao seu poder econômico e militar. As evidências que sustentam essa visão são:

• Os Estados Unidos lideram a economia mundial com um PIB de cerca de 18 trilhões de dólares (2016), além do maior orçamento militar, que representa mais de 40% dos gastos nesse setor em todo o mundo.

• De acordo com o mapa, os Estados Unidos são a única potência militar atuante na nova ordem, co-mandando intervenções no Afeganistão (2001) e no Iraque (2003), justificadas pelo combate ao terrorismo após os atentados ao World Trade Center.

• Ainda nessa linha, o líder da Al-Qaeda, o terrorista Osama bin Laden, foi morto numa operação militar estadunidense no Paquistão em 2011.

• Também é possível citar a participação decisiva dos Estados Unidos nas negociações de paz entre Israel e os palestinos e nos embargos que inviabilizam a pro-dução de armas de destruição em massa na Coreia do Norte e no Iraque.

Na visão multipolar, prevalecem outros critérios, como o financeiro, o tecnológico e o comercial. Vários países ou grupos de países exercem algum tipo de influência nas principais questões que envolvem a geopolítica mundial. Desse ponto de vista, podemos citar os seguin-tes argumentos:

• A formação de blocos econômicos como o Nafta (EUA, Canadá e México) ou a União Europeia (27 países), na tentativa de fortalecer o comércio regio-nal entre os membros da organização e aumentar a influência econômica desses países sobre mercados próximos, como a América Latina para os Estados Unidos, ou a África para os europeus.

• A ampliação do G7 (grupo dos 7 países mais desen-volvidos do mundo, com Canadá, Estados Unidos, Japão, Itália, França, Reino Unido e Alemanha) para G20 (incluindo vários países emergentes, como Bra-sil, Rússia, Índia e China) na tentativa de encontrar soluções para a crise financeira que atingiu principal-mente as economias mais ricas em 2008.

• O fracasso da Rodada Comercial de Doha, comanda-da pela Organização Mundial de Comércio (OMC), que não chegou a um acordo para a liberalização do comércio mundial sem que fossem eliminadas as barreiras protecionistas dos países mais ricos.

Em resumo, fica evidente que a nova ordem ainda não apresenta uma situação que permita definir com cla-reza quais serão os fatores que definirão o equilíbrio de poder no sistema internacional, que é cada vez mais complexo e incerto.

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19. D

A globalização é caracterizada pela aceleração dos

fluxos de mercadorias, de capital financeiro, de pes-

soas e de informações graças à modernização das

telecomunicações, da informática e dos transportes.

Esse processo sofreu forte aceleração a partir da dé-

cada de 1970, decorrente dos avanços tecnológicos

(Terceira Revolução Industrial).

Vale destacar que uma das consequências da globa-

lização foi a descentralização das funções produtivas

cada vez mais presente em certos países emergentes.

Outro importante aspecto é que, apesar da grande

difusão tecnológica, parte significativa da população

mundial, especialmente a concentrada em países

subdesenvolvidos, não tem acesso à rede mundial de

comunicação (internet). Além disso, no final do século

XX e nos primeiros anos do século XXI, houve uma ex-

pansão das práticas neoliberais, que defendem, entre

outros aspectos, a redução da participação do Estado

na regulação da economia.

20. C

Dentre os principais fatores que contribuíram para a

divisão territorial da Iugoslávia ao longo da década

de 1990, destacam-se a crise econômica do socialis-

mo real e as rivalidades étnicas e religiosas. Após o fim

dos regimes socialistas na Europa, quatro repúblicas

iugoslavas – Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina e

Macedônia – declaram-se independentes, assim de-

cretando o fim da antiga Iugoslávia. Sérvia e Montene-

gro permaneceram unidas politicamente, formando a

Nova Iugoslávia. Lideranças político-militares de origem

sérvia não aceitaram essa divisão territorial, iniciando

uma guerra civil que prosseguiu até 1995, quando a

forte pressão internacional levou a um cessar-fogo e

ao reconhecimento interno da nova divisão territorial.

21. C

O fragmento refere-se à antiga Iugoslávia, país que

ao longo do século XX agregou diferentes povos sob

a mesma administração política. No início da década

de 1990, as dificuldades econômicas e políticas que

esse país enfrentava, somadas à grande diversidade

étnica, potencializaram sua fragmentação, surgindo,

a partir disso, novos países: Sérvia, Croácia, Eslovênia,

Macedônia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Kosovo.

22. D

Uma das principais consequências dos conflitos trans-

corridos nos territórios que compunham a antiga Iu-

goslávia foi o grande fluxo migratório, com milhares de

pessoas buscando refúgio em países localizados na

porção ocidental do continente. Importante destacar

que o mapa destaca que o maior fluxo migratório ocorre

a partir de 1989, período em que a Iugoslávia enfrenta-

va seu processo de fragmentação acompanhado de

diversas tensões e conflitos armados.

capítulo 20

Problemas geopolíticos da Ásia

1. E

No Oriente Médio, a região caracterizada pela aridez

climática e consequente déficit hídrico, o controle das

águas ganha contornos geopolíticos. Nesse sentido,

tanto a nascente do rio Jordão (as colinas de Golã)

como os aquíferos da região fazem parte de importan-

tes negociações entre israelenses, palestinos e sírios

(além de outros). Como as alternativas colocam ape-

nas pares de países conflitantes, a única proposição

correta é a [E].

2. C

A área em destaque no mapa corresponde ao Curdis-

tão. Essa região ocupa espaços territoriais de cinco

países: Turquia, Síria, Iraque, Irã e Armênia. Seus habi-

tantes são os curdos, o maior povo apátrida do mundo

contemporâneo, formado por 25 milhões de pessoas.

Uma parcela dessa população luta pela criação

de um Estado, o chamado Curdistão Independente.

Dado o envolvimento de inúmeros países nessa com-

plexa questão territorial, não se vislumbra, a curto ou

médio prazo, nenhuma solução conciliatória. Vale

lembrar ainda que centenas de milhares de curdos

vivem exilados na Europa, sobretudo em países ricos

como a Alemanha.

3. a) 1. Colinas de Golã – fronteira com a Síria e controle

das nascentes do rio Jordão.

2. Cisjordânia – ampliar o domínio sobre as águas

do rio Jordão.

3. Gaza – diminuir a unidade entre os palestinos.

4. Sinai – proteger-se do Egito (que na ocasião apre-

sentava divergências políticas com Israel) e ter maior

acesso ao canal de Suez e aos recursos naturais da

península do Sinai, especialmente o petróleo.

b) Golã – controle de Israel não reconhecido pela Síria.

Praticamente não existem negociações entre os dois

países.

Cisjordânia – aumentou o poder de atuação da

Autoridade Palestina, que passou a administrar al-

gumas cidades dessa região, predominantemente

ocupadas por palestinos, juntamente com o governo

israelense.

Gaza – aumentou o poder de atuação da Autoridade

Palestina, que passou a administrar essa região em

2005.

Sinai – devolvida ao Egito no acordo de Camp David

(1979).

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4. D

O primeiro-ministro de Israel, citado no enunciado da questão (Binyamin Netanyahu), pertence a um partido conservador que tem posição contrária à criação de um Estado Palestino independente. Um dos principais problemas nas discussões envolve a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia. Outro ponto de discórdia relaciona-se aos ataques realizados por grupos palestinos como o Hamas.

5. As afirmativas são: F – V – F – F – F – V – V

Os conflitos entre árabes e israelenses vinculam-se às disputas iniciadas na década de 1940, não tendo relação direta com a Primavera Árabe, manifestações ocorridas em diversos países do Oriente Médio e norte da África a partir de 2010. Esse território foi controlado no início do século XX pelos britânicos, que negociaram com a Organização das Nações Unidas (ONU) seu processo de divisão em 1947. Vale destacar que o território disputado por palestinos e judeus é pobre em petróleo.

6. B

A área destacada possui grande instabilidade geo-política nos últimos anos, especialmente relacionada a ataques feitos pelo grupo libanês Hezbollah, que se posiciona contrário ao Estado de Israel.

7. A

Os rios Tigre e Eufrates nascem na Turquia e atravessam terras da Síria e do Iraque, desaguando no golfo Pérsico. A Turquia, por controlar as áreas a montante desses rios, tem maiores vantagens geopolíticas e econômicas na uti-lização dos recursos hídricos dessa região, denominada Mesopotâmia. Vale destacar que os curdos, apesar de habitarem essa região, não possuem o controle sobre ela.

8. a) Com a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel conseguiu anexar diversos territórios, entre eles as colinas de Golã e a Cisjordânia, conquistando, assim, o domínio das nascentes e extensa faixa das margens do rio Jordão, importantes para as culturas agrícolas do país.

b) O clima árido da região, que contribui para a escas-sez de chuvas, e o desvio das águas do rio Jordão para projetos de irrigação agrícola, são fatores que agravam o problema hídrico na bacia do rio Jordão.

c) Os territórios da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e as colinas de Golã são regiões anexadas na Guerra dos Seis Dias que não foram devolvidas por Israel. Mesmo sendo áreas autônomas, Cisjordânia e Faixa de Gaza ainda são territórios ligados parcialmente a Israel.

9. A

O grande crescimento econômico que a China apresen-tou nas últimas décadas possibilitou o seu fortalecimento geopolítico e reforçou o desejo chinês de retomar o pleno controle sobre Taiwan. A separação entre a República

Popular da China e Taiwan ocorreu em 1949, quando Mao Tsé-tung liderou a Revolução Socialista e a oposição política a esse movimento se refugiou na ilha taiwanesa, na ocasião, recebendo apoio geopolítico dos Estados Unidos. No entanto, atualmente a China tem pressiona-do os governos dos Estados Unidos para considerarem Taiwan como parte do território chinês, conforme sinaliza o “Consenso de 1992” e o conceito de “China única”.

10. A importância de Hong Kong para a China fundamenta--se no recebimento de investimentos estrangeiros, ampliando a circulação financeira no território chinês. Por outro lado, Hong Kong depende da China em relação ao mercado consumidor, favorecendo as empresas instaladas nessa ilha, que reexportam produtos ao restante do território chinês.

O retorno da ex-colônia inglesa à China possibilita a Taiwan utilizar Hong Kong como porta de entrada da China continental para comercialização entre as “duas Chinas”. Como Hong Kong é considerada uma Região Administrativa Especial, autônoma em relação aos as-suntos econômicos, pode atuar como um entreposto entre as duas.

11. E

Desde o início da década de 1970, a ONU aprovou a participação da República Popular da China, reconhe-cida como legítima representante do povo chinês. Assim, Taiwan foi obrigada a se retirar dessa organização. Vale destacar que a China continental não reconhece a au-tonomia da ilha, dificultando suas ações na busca de um reconhecimento internacional de sua independência.

12. a) Taiwan, também chamada de Formosa, compõe o grupo de países denominados “Tigres Asiáticos”, destacando-se pelo grande crescimento econômico fundamentado na produção de bens de consumo para exportação.

b) No final da década de 1940, quando a China Conti-nental implantou o regime socialista, a ilha taiwanesa manteve-se capitalista, constituindo um governo au-tônomo, sendo considerada “a China” rebelde pelo governo socialista. A República Popular da China tem uma posição bastante consolidada em relação a Taiwan, pois considera essa região como parte de seu território. Logo, não há possibilidade do estabe-lecimento de nenhuma relação diplomática entre Taiwan e outros países, além de nenhum acesso a organismos internacionais, visto que não possui o re-conhecimento da ONU como estado independente.

13. D

A cidade destacada é Hong Kong, que por mais de um século foi controlada pelos britânicos, sendo retomada pelo governo chinês no final da década de 1990, porém, na condição de região administrativa especial.

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14. As altas montanhas tibetanas possuem nascentes que formam importantes bacias hidrográficas chinesas, como a do rio Yang-tsé. Além disso, essa região faz divisa com Índia e Nepal, países que contestam parte dessas fronteiras políticas. Vale destacar ainda que a autonomia plena do Tibete poderia desencadear um efeito dominó, incentivando outras minorias étnicas presentes na China a buscar semelhante independência.

15. B

A Guerra da Coreia (1950-1953) ocorreu durante a Guer-ra Fria, caracterizada pelas disputas entre os blocos capitalista e socialista, liderados por Estados Unidos e União Soviética, respectivamente.

16. As afirmativas são: F – V – V – V – F

Oficialmente, a guerra entre as Coreias não foi encer-rada, e não foram firmados acordos que garantam a estabilidade fronteiriça. Apesar de a Coreia do Norte apresentar fraco desenvolvimento econômico, o país possui grandes investimentos em armamentos, desta-cando-se como detentor de artefatos bélicos nucleares. Vale ressaltar que o governo norte-coreano não tem pleno controle da estrutura produtiva do país, pois há presença de um complexo industrial localizado na cidade de Kaesong, que conta com investimentos de empresas sul-coreanas.

17. D

Entre as diferenças culturais de indianos e paquista-neses, destaca-se a religiosa, sendo majoritariamente hindus e islâmicos, respectivamente.

18. a) No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a península coreana sofreu ocupação militar dos EUA e da URSS. O objetivo dessa ação era retirar as tropas japonesas que, desde o início do século XX, controlavam a Coreia. Os soviéticos ocuparam a porção setentrional da península, enquanto os estadunidenses, a parte meridional. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, começaram as rivalidades entre EUA e URSS, as quais resultaram no período denominado Guerra Fria. As animosidades entre as duas superpotências nortearam a atual divisão política da península coreana: a porção setentrional, influenciada pelos soviéticos, adotou a estrutura sociopolítica socialista e foi denominada República Democrática da Coreia. Já a porção meridional, sob influência estadunidense, adotou o capitalismo e passou a se chamar República da Coreia.

b) A Coreia do Sul faz parte do Tratado de Não Prolife-ração Atômica (TNP), pelo qual os países signatá-rios desenvolveriam tecnologia nuclear apenas para fins pacíficos e seriam passíveis da fiscalização da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Os únicos membros do TNP que podem manter um arsenal nuclear são EUA, Rússia, China, Inglaterra e França. A Coreia do Norte fez parte do TNP até 2003, quando deixou o acordo e passou a desenvolver artefatos bélicos nucleares. Na última década, o governo norte-coreano realizou três testes atômicos, sempre gerando grande apreensão internacional em relação a esse poder bélico e seus objetivos.

c) Os dois países apresentam diferenças significativas em relação ao comércio externo. A Coreia do Sul possui uma industrialização sólida, que apresentou forte crescimento a partir da década de 1970, estrutu-rando-se como uma plataforma de exportação. Hoje ela se caracteriza pela produção de tecnologia e de bens de consumo duráveis, produzidos por empre-sas mundialmente conhecidas, como Samsung, LG e Hyundai. Esses produtos representam grande par-cela das exportações, além de possuírem alto valor agregado. Já a Coreia do Norte se caracteriza por seu isolamento geopolítico e econômico, além de um grande atraso tecnológico, tendo como pauta de exportação produtos minerais e agropecuários, de baixo valor agregado, e equipamentos militares. Vale ressaltar que outra diferença importante é o destino das exportações. Enquanto a Coreia do Norte apre-senta uma forte dependência do mercado chinês, a Coreia do Sul possui maior variedade de mercados, com destaque para os países mais desenvolvidos.

19. E

Por exclusão, a única alternativa possível é a [E], que faz alusão às recentes ameaças da Coreia do Norte de lançar mísseis de médio alcance sobre o território da Coreia do Sul e o mar do Japão, criando instabilidade na região.

20. C

Localizada na região formada por altas montanhas, a Caxemira é habitada majoritariamente por população muçulmana, sendo dividida entre Índia, Paquistão e China. A maior parte de seu território é controlada pela Índia. No entanto, em decorrência da similaridade reli-giosa, parte expressiva da população manifesta desejo de vincular-se ao Paquistão.

21. A

Detentores de bombas atômicas, Índia e Paquistão, des-de a década de 1940, possuem rivalidades relacionadas ao controle da Caxemira, região predominantemente controlada pelo governo de Nova Délhi.

22. C

A região montanhosa da Caxemira é rica em recursos hídricos, detendo as nascentes dos rios Indo e Gan-ges. Vale destacar que as rivalidades entre indianos e

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paquistaneses na disputa por essa região começaram após a independência, conquistada frente a Coroa Britânica, em 1947.

23. B

A Caxemira, indicada no mapa 1, é predominantemente controlada pela Índia, onde destacam-se manifesta-ções separatistas perpetradas pela população muçul-mana. Já o mapa 2 destaca as colinas de Golã, que, embora pertencentes originariamente à Síria, estão sob domínio israelense desde a Guerra dos Seis Dias (1967). As duas regiões têm nascentes de importantes rios, o que torna fundamental possuir o controle desses locais.

24. a) Uma das maiores preocupações mundiais a respeito das tensões entre indianos e paquistaneses fundamenta-se no fato de os dois países possuírem artefatos bélicos nucleares. Caso ocorra outro conflito entre eles, essas armas podem ser utilizadas, transformando um conflito local em uma tensão de importância global.

b) Sob a perspectiva econômica, a Caxemira tem gran-de importância em decorrência da localização das nascentes dos rios Indo e Ganges, garantindo sobe-rania sobre importantes recursos hídricos. Além disso, a região tem fronteira com diversos países, sendo uma passagem entre a Ásia Central e a Meridional.

25. E

A região da Caxemira ocupa um vale fértil, habitado pre-dominantemente por mulçumanos. Desde 1947, quando o Paquistão e a Índia conquistaram a independência da metrópole britânica, ocorrem guerras envolvendo a disputa pela Caxemira.

26. C

Índia e Paquistão, países com habitantes majoritariamente hindus e islâmicos respectivamente, possuem tensões na disputa da Caxemira desde a década de 1940. A preocu-pação sobre a Caxemira reside no fato de que a Índia e o Paquistão são detentores de tecnologia nuclear para fins bélicos, o que, se aliado aos governos nacionalistas, pode levar a um confronto com maiores reverberações e proporções em nível mundial. Vale salientar que a região da Caxemira que está localizada no território indiano é habitada majoritariamente por adeptos do islamismo enquanto no restante da Índia a população é predomi-nantemente hindu.

27. E

A afirmação de Huntington, embora criticada por diver-sos intelectuais, pode ser utilizada para explicar alguns dos conflitos que têm marcado as últimas décadas, embasados em diferenças culturais e religiosas. A inde-pendência das colônias britânicas na Ásia Meridional (no fim da década de 1940) originou países como Índia,

Paquistão, Sri-Lanka, entre outros, e ampliou antigos conflitos da região. Na Índia, esses conflitos opõem a maioria hindu e a minoria muçulmana. No Paquistão ocorre o oposto, pois vivem em confronto a maioria muçulmana e a minoria hindu. A região de Caxemira, localizada na fronteira entre esses dois países, é um dos locais onde essa situação tem maior intensidade, com constantes escaramuças, inclusive com a ameaça de uso de armas atômicas.

28. E

A Caxemira, região historicamente disputada entre Ín-dia, China e Paquistão, é majoritariamente controlada pelo governo de Nova Délhi. No entanto, sua população é predominantemente islâmica, possuindo grupos que reivindicam sua anexação ao território paquistanês.

capítulo 21

Geopolítica: problemas geopolíticos na África

1. B

De acordo com o gráfico “PIB per capita”, somente a Líbia apresenta números superiores aos da média mundial. Chama atenção também o fato de três países (Zimbábue, República Democrática do Congo e Libéria) apresentarem renda anual inferior a US$ 2 por dia. O autoritarismo, citado na afirmação II, não se restringe aos países indicados no gráfico, pois encontramos na América Latina, na Ásia e na própria África outros países em que não ocorrem eleições livres e periódicas.

2. Muitos conflitos africanos têm relação direta com o processo de colonização. No final do século XIX, algu-mas potências europeias partilharam esse continente interessadas, sobretudo, em adquirir matérias-primas e escoar a produção excedente para as terras africa-nas (Conferência de Berlim 1884-1885). Nessa divisão, os europeus estabeleceram fronteiras que aglutinaram diferentes grupos étnicos no mesmo território. A estra-tégia dessa ação ficou conhecida como “dividir para dominar”, ou seja, adquirir áreas com diferentes grupos étnicos, ao mesmo tempo em que estendia tratamento privilegiado para certos grupos em detrimento de outros. Os grupos étnicos que eram favorecidos aproximavam--se dos colonizadores, auxiliando estes no domínio do território e na fiscalização das outras etnias. Assim os europeus ampliaram as desigualdades e as rivalidades entre muitos povos que habitavam as mesmas áreas administradas pelos colonizadores. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) resultou no enfraquecimento das

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metrópoles europeias, reordenando o sistema de poder mundial definido com a bipolarização dos EUA e URSS, cuja hegemonia se estabelecia a partir da superiori-dade militar. Os colonizadores reduziram sua influência na África, fato que potencializou a luta daqueles que desejavam a independência, iniciando um processo histórico conhecido como descolonização. Nas dé-cadas de 1950 e 1960, a maioria dos países africa-nos conquistou a independência política; no entanto, a maioria das fronteiras criadas pelos colonizadores foi mantida, assim surgindo Estados com diferentes nações que disputam o poder político e econômico. Além disso, a colonialidade se expressa pela estrutura econômica semelhante à do período de domínio das metrópoles, com os países africanos fundamentados na exportação de matérias-primas.

3. A maioria das fronteiras desse continente mantém a divisão estabelecida pelos colonizadores europeus durante o século XIX e essa divisão territorial aglutinou diversas nações no mesmo território. Portanto, muitos países africanos têm conflitos envolvendo o choque de interesses de grupos étnicos diferentes que habitam o mesmo Estado. Mesmo após os processos de independência dos países africanos, as divisões territoriais foram mantidas.

4. As afirmativas são: F – V – V – V – F – F

Continente predominante rural, a África ainda hoje sofre consequências econômicas e geopolíticas de-correntes do Período Colonial. Entre elas destaca-se a profunda dependência do mercado externo, fato que fragiliza a economia de seus países, que figu-ram entre os mais pobres do planeta. Além disso, as fronteiras dos países dessa região foram traçadas se-guindo interesses das metrópoles que partilharam o continente no final do século XIX, fato que ainda hoje potencializa conflitos.

5. B

O processo de descolonização africana transcorrido após a Segunda Guerra Mundial manteve, em sua maior parte, as fronteiras estabelecidas pelos colonizadores, aglutinando diferentes etnias sob a mesma adminis-tração política. Esse fato potencializa conflitos e gera instabilidade política, marcada por frágeis democracias alternadas por golpes de Estado.

6. D

Vários conflitos africanos relacionam-se ao processo de descolonização, que manteve muitas das fronteiras estabelecidas pelos colonizadores, assim agregando diferentes etnias sob o mesmo Estado.

7. Sob o lema “Dividir para dominar”, as metrópoles eu-ropeias partilharam o continente africano, colocando

povos de diferentes etnias sob a mesma administração territorial, muitas vezes estimulando rivalidades entre eles. Após a independência, boa parte dessas frontei-ras foi mantida, fato que manteve o acirramento das rivalidades étnicas que, com as dificuldades econô-micas, figuram entre os países como catalisadores de conflitos nesse continente.

8. D

A África é um continente com grande complexidade étnica, detentor de milhares de nações. Os colonizadores partilharam a África seguindo critérios econômicos, muitas vezes desprezando sua grande diversidade humana. Com a descolonização, a maioria dessas fronteiras foi mantida, gerando países com grande complexidade humana, fato que potencializa conflitos. Os textos indicam que uma possível solução para essas tensões seria reforçar o pertencimento nacional, revisando o processo herdado com a descolonização.

9. A

O continente africano é palco de diversos conflitos, sen-do Darfur um dos mais comentados nos últimos anos. Localizada na porção oeste do Sudão, em territórios do antigo Estado de Rabah, a província de Darfur tem vio-lentos conflitos entre grupos étnicos locais, favoráveis ao separatismo, e milícias, notadamente de base religiosa islâmica, supostamente armadas pelo governo suda-nês. O conflito teve início em 2003 e deixou milhares de mortos e mais de dois milhões de refugiados.

10. D

Há décadas, a Somália enfrenta conflitos internos, envol-vendo grupos locais, muitas vezes vinculados a grupos extremistas como o Estado Islâmico, gerando grande instabilidade econômica e social ao país.

11. D

Grupo extremista que atua na Nigéria, o Boko Haram visa combater os valores ocidentais, defendendo a imposição do Sharia (leis islâmicas) para toda a so-ciedade.

12. C

A porção setentrional do Sudão abriga a população islâmica, que controla politicamente o país desde a década de 1950, quando conquistou a independência. Os cristãos, concentrados na porção meridional, não aceitam esse domínio, e por décadas lutaram pela se-paração do território. Em 2005 houve um acordo de paz entre o governo e as facções rebeldes, permitindo que a região sul tivesse maior autonomia política. Passados cinco anos, o governo sudanês permitiu um plebiscito sobre a independência da porção meridional, vencen-do aqueles que optaram pela divisão do país. Em 2011, a Organização das Nações Unidas oficializou o surgimento de um novo país africano: Sudão do Sul.

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As tensões entre tútsis e hutus, cujas origens remontam ao processo de colonização belga, resultou na disputa de poder envolvendo os territórios de Ruanda.

14. B

As históricas disputas étnicas, envolvendo tútsis e hutus em Ruanda, eclodiram em um grande conflito no início da década de 1990. O questionamento presente no tex-to reforça as dificuldades em se implantar um governo compartilhado entre grupos étnicos rivais e mostra um país caracterizado por reduzidos direitos políticos.

15. B

O apartheid foi um regime racial segregacionista, vigen-te na África do Sul entre 1948 e 1994.

16. A

Desde 2003 o Sudão tem conflitos na porção oeste de seu território, na região de Darfur. O principal motivo desse problema são as precárias condições sociais e econômicas de Darfur, que motivaram a população local a exigir maior autonomia. O governo sudanês é acusado de apoiar o envio de milícias armadas, deno-minadas janjaweed, que massacraram a população local. Estimativas indicam que os conflitos geraram mais de 300 mil mortos e cerca de 2,5 milhões abandonaram a região de Darfur, migrando para países vizinhos.

17. A

A partir de 2010, a Primavera Árabe caracterizou-se pelas manifestações populares favoráveis à democra-cia em países árabes do norte da África e do Orien-te Médio, marcados por governos autoritários. Essas manifestações culminaram na queda dos ditadores da Tunísia, do Egito e da Líbia. Na Síria, eclodiu uma guerra civil entre o governo de Bashar Al Assad e gru-pos sunitas.

18. C

A questão exigiu conhecimentos sobre o apartheid e suas consequências para a sociedade sul-africana. Dentre as proposições, a única incorreta é a IV, já que a democracia multirracial não implicou a solução dos problemas sociais.

19. Um dos aspectos que demonstra a referida contradição é a diversidade multicultural desse país, onde a maioria da população é negra (77%), seguida de brancos (12%), mestiços (8,5%) e asiáticos (2,5%). Além disso, a população negra possui grande diversidade étnica (22% zulus, 18% xhosa, 13% sothos, 10% tswanas e 14% outros). Outro aspecto é a grande distinção entre as classes sociais, sendo a maioria dos negros muito pobre, contrastando com os mestiços e asiáticos de classe média e os brancos de classes média e alta.

20. a) Deflagrada a partir de 2010, a Primavera Árabe caracterizou-se por manifestações populares contrárias a governos autoritários presentes em alguns países do norte da África e do Oriente Médio. Dentre os fatores que mais geraram descontentamentos populares, destacam-se:

• regimes corruptos e autoritários;

• altos índices de desemprego;

• elevação dos preços dos alimentos e outros pro-dutos básicos;

• contato da população árabe com turistas euro-peus que difundiram os ideais de democracia na região;

• cerceamento da liberdade da população;

• repressão, corrupção e cobrança de propinas pela polícia;

• ditaduras por tempo prolongado;

• aumento da miséria/pobreza;

• desigualdade/má distribuição de renda;

• pouca ou nenhuma representação política po-pular;

• injustiça política e social dos governos;

• alta militarização dos países árabes;

• falta de infraestrutura;

• concentração dos benefícios econômicos nas mãos de uma minoria;

• lutas por melhores condições de vida;

• exigências por reformas políticas.

b) A deposição de chefes de Estado em decorrência da Primavera Árabe ocorreu na Líbia, no Egito e na Tunísia.

21. a) A charge se refere a fatos relacionados às recentes mudanças políticas ocorridas na Líbia, inseridas no contexto da chamada Primavera Árabe. A partir de 2011, alguns países da África Setentrional (Tunísia, Egito e Líbia) e do Oriente Médio (Síria, Iêmen, Bahrein e Jordânia) apresentaram manifestações populares contrárias aos seus respectivos governos autoritários. Na Líbia houve a deposição do presidente Muamar Kadafi e a ascensão política de movimentos insurgentes que, ao longo dos conflitos armados contra as tropas do governo, receberam apoio dos EUA e de nações da União Europeia, que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e passaram a exercer forte influência na região, interessados, sobretudo, nas reservas petrolíferas locais.

b) O autor da charge destaca três diferentes situações nas recentes transformações políticas da Líbia. Na imagem da esquerda, nota-se a representação do ex--presidente Muamar Kadafi segurando uma bandeira

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branca, parcialmente rasgada, tendo ao fundo cha-mas e fumaça. Essas informações valorizam a ideia de um governo desgastado e sem forças político- -militares que lhe permitissem manter-se no poder. Na imagem central, observa-se a representação de um jovem insurgente satisfeito pela vitória conquistada frente às tropas do governo, empunhando a nova bandeira do país, identificando, assim, a conquista do poder político nacional. Já a imagem da direita conclui a leitura da charge com a representação do presidente norte-americano Barack Obama em-punhando uma bandeira alusiva aos EUA e à União Europeia, assim, identificando o controle realizado pelas tropas da Otan, que, segundo o autor, estão controlando os poços de petróleo desse país.

22. D

Ricos em gás natural e petróleo, alguns países do norte da África e do Oriente Médio envolveram-se em tensões sociais denominadas Primavera Árabe. Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Bahrein e Iêmen viram eclodir manifestações contrárias a governos autoritários que, em alguns casos, resultaram em deposição dos governantes e em profun-das mudanças políticas.

23. a) O termo “Primavera” foi utilizado em outros momentos da história como referência a aspirações populares relacionadas a mudanças políticas e sociais. Exemplos disso foram a “Primavera dos Povos”, movimento ocorrido na Europa no século XIX, e a “Primavera de Praga”, na década de 1960.

No final de 2010 e início de 2011, alguns países árabes, como Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein, Iêmen e Síria, apre-sentaram revoltas populares denominadas pela mídia como “Primavera Árabe”. Essas manifestações se ca-racterizaram pela insatisfação popular diante de um cenário permeado por governos autoritários de longa data, desigualdades econômicas e tensões étnicas.

b) Na área destacada pelo círculo, ocorreu a criação de uma nova fronteira, originando o mais novo Estado soberano do continente africano, o Sudão do Sul. Esse novo país, que obteve reconhecimento da ONU, surgiu a partir da finalização de anos de conflitos étnicos (entre muçulmanos apoiados pelo governo central do norte e católicos e animistas do sul), que ressaltaram a disputa pelas jazidas de petróleo exis-tentes na região.

24. D

A utilização dos veículos aéreos não tripulados (drones) é justificada pelo governo norte-americano como uma das principais estratégias de combate ao terrorismo. Segundo esse governo, os países destacados no mapa têm atuações de organizações ligadas a grupos terroris-tas como o Al-Qaeda e/ou conflitos envolvendo grupos étnico-tribais.

25. C

A Primavera Árabe caracteriza-se pelas manifestações populares contrárias a governos autoritários, eclodindo a partir de 2010 em diversos países do norte da África e do Oriente Médio, como Tunísia, Egito, Líbia, Iêmen, Bahrein e Síria.

capítulo 22

Questões geopolíticas na América Latina

1. Resposta: 1 1 2 1 4 1 8 5 15

A América do Sul é bem diversificada em suas caracte-rísticas físicas, políticas, econômicas e sociais. Sobre os pontos da questão, podemos afirmar que estão corretas todas as alternativas. A Guiana Francesa é o único território continental pertencente a um país de outro continente, a França. A ilha Bonnair é um território dependente e perten-cente aos Países Baixos. E as ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul são territórios autônomos pertencentes ao Reino Unido, assim como Aruba, que pertence aos Países Baixos. Bem distantes do continente, os países da América do Sul também conquistaram alguns territórios, como os exemplos dados, ilha de Páscoa (que pertence ao Chile) e Galápagos (território pertencente ao Equador). Pela ca-racterística de sua ocupação, as maiores concentrações de cidades estão ao longo da costa litorânea. Os centros urbanos, os quais apresentaram, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, extraordinários índices de cres-cimento, não somente em tamanho, mas a proporção da população em cada país se expandiu de modo conside-rável. Os principais fatores que justificam essa expansão são: a expulsão das pessoas do espaço rural, resultado da mecanização do campo e da concentração de terras, além da industrialização realizada, predominantemente, pela instalação de empresas multinacionais estrangei-ras. O resultado desse processo, em muitos casos, foi a formação de grandes centros urbanos chamados de me-

trópoles, com uma área urbana que abrange o espaço de várias cidades.

2. E

Criada em 2004 pelos então presidentes de Cuba (Fidel Castro) e da Venezuela (Hugo Chávez), a Alba – Aliança Bolivariana para as Américas – surgiu com forte influên-cia de doutrinas de esquerda e com a intenção de ser uma alternativa à forte política estadunidense para a região. Mais do que uma integração política e econô-mica, a criação da Aliança visava o bem-estar social da população dos países-membros. A proposta surgiu em um momento em que a Venezuela, que detém enormes reservas de petróleo, atravessava um momento econô-

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mico extremamente crítico com crises de produção de petróleo, devido à queda de seu preço no mercado in-ternacional. Além disso, a Venezuela possuía um governo com forte viés autoritário e uma das metas desse gover- no era aumentar sua influência regional. O então presiden-te Hugo Chávez (falecido em 2013) promoveu inúmeras mudanças constitucionais que expressavam a tendência de controle sobre a população e suas instituições.

3. A

Condições naturais favoráveis e grande dependência econômica em vários níveis fizeram com que os países latino-americanos se especializassem em exportações de produtos agropecuários e minerais, ou seja, maté-rias-primas, no processo de Divisão Internacional do Trabalho. Já os países asiáticos, devido às carências regionais e ao grande contingente populacional, têm a tendência de consumir grande parte desses produtos, tornando-se mercados consumidores emergentes.

4. B

A América Latina apresenta uma característica de ele-vados níveis de criminalidade, inclusive em países com peso econômico, como Brasil, México e Argentina, cujo índice de urbanização é elevadíssimo. As práticas de combate ao tráfico de drogas em alguns países latino--americanos existem, mas não foram suficientes para derrubar os índices de criminalidade na região.

5. B

As afirmativas são:

[Verdadeira] O México é um país industrializado, de economia diversificada, porém subdesenvolvido, cuja balança comercial é baseada na exportação mineral e energética.

[Verdadeira] Ao entrar no bloco Nafta, passou a receber as indústrias internacionais, chamadas de maquilado-

ras, cujo objetivo é a montagem final do produto.

[Falsa] O lago Maracaibo é a área de produção de petróleo localizada na Venezuela. O México é, sim, um grande produtor de petróleo, com destaque para as reservas no golfo do México.

6. A somatória das alternativas corretas é 51 (01 1 02 1 16 1 1 32 5 51).

As afirmativas incorretas são:

[04]: O Consenso de Washington surgiu no final da déca-da de 1980 apresentando um conjunto de medidas receitadas a países com problemas econômicos muito usado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), com forte influência neoliberal. Entre as me-didas, sugeriu-se que os países subdesenvolvidos, principalmente os da América Latina, deveriam adotar a redução da intervenção do Estado na economia, abrindo espaço para as privatizações,

abertura comercial e juros elevados, como forma de impulsionar seu crescimento econômico. Po-rém, na década de 1990, essas políticas condu-ziram a um baixo crescimento econômico e alto desemprego em vários países da região.

[08]: O México está situado na porção Norte do conti-nente americano, é dominado por planaltos de grande altitude e cadeias montanhosas. As pla-nícies apresentam sua menor extensão territorial; são elas as litorâneas e na península de Yucatán. O crescimento econômico e o aumento das ex-portações mexicanas se deram após a entrada do país no bloco do Nafta (Área de Livre-Comércio da América do Norte), quando recebeu investimentos dos Estados Unidos, através de transnacionais. No entanto, com a economia atrelada à norte-ame-ricana, a crise nos Estados Unidos em 2008 desa-queceu a economia do México.

7. E

As diferenças econômicas e sociais entre o México e os Estados Unidos são expressivas. Ainda que geogra-ficamente o México se localize na América do Norte, assim como os Estados Unidos, ele não é um país de-senvolvido. Enfrenta dificuldades estruturais para lidar com questões de ordem social, política, econômica e financeira, além de apresentar os mais variados graus de dependência. Vale ressaltar que o México faz parte da América Latina e sua capital não está localizada na fronteira com os EUA.

8. B

No ano de 2002 a oposição ao governo cubano apre-sentou ao então presidente Fidel Castro plano para a redemocratização do país e teve o apoio da União Europeia, que acreditou no movimento de mudanças necessárias e exigidas pela população.

9. D

Cuba foi submetida à pressão de embargos econô-micos na forma de duas leis principais: a Lei Torricelli, de 1992, e a Lei Helms-Burton, de 1996. Essas leis difi-cultavam a articulação econômica de empresas que tinham ou queriam estabelecer negócios em Cuba, já que esse país não contava mais com o auxílio soviético. O descongelamento das relações diplomáti-cas entre EUA e Cuba resultou na liberação do comér-cio Estados Unidos-Cuba para determinados produtos, como bens de produção e intermediários. Esse acon-tecimento tem uma relevância notória exatamente por terem sido publicamente declaradas as intenções de reaproximação. Contudo, a história da relação entre Cuba e Estados Unidos, desde os anos 1960 até agora, é marcada por várias contradições, tanto de um lado quanto de outro.

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Haiti e Cuba são países da América Central Insular (ilhas) que tiveram histórico semelhante em suas colonizações: ambos os países foram ocupados pelos espanhóis a princípio, e tiveram seus territórios explorados para pro-dução de cana-de-açúcar. O Haiti foi ocupado pelos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XX e passou por vários períodos de ditadura após o fim da Segunda Guerra Mundial. Em 2004 a ONU foi chamada a intervir no país, onde as tropas brasileiras exercem um papel de liderança até os dias de hoje. Já Cuba foi dominada pelos Estados Unidos por um curto período (1898-1902), depois instaurou-se no país um governo pró-Estados Unidos, que fixou no território cubano a base naval de Guantánamo, mantida até hoje. Em 1959, o país teve relativo sucesso numa revolução socialista, comandada por Fidel Castro e Che Guevara, que ins-tauraram no país um regime de economia planificada sob comando do Estado. Em pouco tempo, Cuba se aliou à União Soviética e conseguiu enfrentar o bloqueio econômico e político que os Estados Unidos impuseram à ilha. Teve significativos progressos na parte social na década de 1970. Desenvolveu tecnologia na área da medicina, e os serviços sociais, como saúde e educa-ção, apresentaram índices de países desenvolvidos. Com o fim da União Soviética, em 1991, o país enfrentou grandes crises, mas vem se recuperando satisfatoria-mente, principalmente devido ao turismo.

11. A

As afirmativas incorretas são:

[II]: O país sofreu uma revolução para a independência em 1804.

[III]: É considerado o país mais pobre do continente americano. Um terremoto no Haiti no início do ano de 2010 praticamente acabou de desestruturar a economia do país, que agora vive uma dura reconstrução.

12. Em consequência do terremoto ocorrido no país em 2010, que vitimou mais de 200 mil pessoas, destruiu moradias e devastou boa parte da infraestrutura, aliado ao bom relacionamento entre o Haiti e o Brasil, decorrente da liderança brasileira nas forças de paz da ONU, no país desde 2004, o ingresso dos haitianos no território brasileiro foi favorecido. Outro fator que explica a chegada de um grande número de haitianos ao Brasil foi o crescimento da economia brasileira, com geração de empregos a partir da década de 2000, o que atraiu muitos imigrantes para o país em função das oportunidades de trabalho na indústria e na construção civil. Os fluxos migratórios de meados do século XX foram de imigrantes dos países subdesenvolvidos para países desenvolvidos, a exemplo dos mexicanos em direção aos Estados Unidos, onde a mão de obra barata se

desloca à procura de emprego. Já o fluxo dos africanos em direção à União Europeia ocorre devido a conflitos étnicos e religiosos, perseguições políticas, fatores climáticos, etc.

13. E

A Colômbia, maior produtora mundial de esmeraldas, tem as maiores reservas de carvão mineral da América Latina, além de exportar petróleo e ouro; mas essa não é a principal atividade econômica do país, que vem ao longo dos últimos anos se intensificando e ga-nhando importância. O Plano Colômbia foi destinado oficialmente para combater a produção e o tráfico de cocaína, com o propósito de desestruturar as guerri-lhas de esquerda, como as Farc, com ajuda financeira e militar dos EUA ao governo colombiano. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são um grupo guerrilheiro que trabalha com extorsão, tráfico de drogas e sequestros. Na íntegra do texto mencio-nado na questão, é possível verificar a veracidade das afirmativas I, III e IV, além de sinalizar que ocorreu o processo mostrado na afirmativa II.

14. A

Colômbia e Venezuela são países vizinhos e dividem uma história comum, pois alcançaram sua indepen-dência sob a liderança do espanhol Simón Bolívar e tornaram-se uma só nação, a Grã-Colômbia, que foi dissolvida no século XIX. Além dos laços culturais e geo- gráficos, desde essa época, as relações entre os dois países oscilam entre a cooperação e o enfrentamento bilateral. A Colômbia atravessa um conflito interno entre o governo (de direita e apoiado pelos Estados Unidos) e as guerrilhas de esquerda, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A Venezuela, por sua vez, apresenta um governo de esquerda e crítico da influência dos Estados Unidos na região da América Latina. Portanto, Colômbia e Venezuela, apesar de se-rem importantes parceiros comerciais, vêm passando por alguns conflitos, apresentam divergências geopo-líticas relevantes e várias tensões na zona de fronteira nos últimos anos, devido à atuação da guerrilha, de contrabandistas e de imigrantes.

15. D

O mapa destaca a forte produção de drogas, que atende ao mercado global e capitaliza as guerrilhas e organizações que são contra o governo e operam por meio da violência na Colômbia.

16. C

A Guerra das Malvinas teve origem na invasão das ilhas pela Argentina, contra a pequena base local inglesa, contando com a distância da Inglaterra para enviar possíveis reforços. Além dos motivos apresentados na

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alternativa [C], a invasão tinha claro interesse do gover-no militar argentino em ganhar apoio e prestígio da po-pulação, a partir da mobilização nacionalista em torno da guerra, ou seja, o patriotismo. O fracasso argentino no conflito apressou o fim do regime militar portenho um ano e meio depois (a guerra piorou ainda mais a situação econômica argentina) e significou um severo golpe para o moral do país.

17. a) O eixo do Amazonas corresponde ao mapa 1: Colôm-bia, Peru, Equador e Brasil, com a criação de uma re-de eficiente de transportes entre a bacia Amazônica e o litoral do Pacífico, com vista à exportação. O eixo do Mercosul-Chile refere-se ao mapa 2, abrangendo o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Chile com o intuito de promover a integração energética, com ênfase nos gasodutos e na construção de hidrelétricas. O eixo Peru-Bolívia-Chile-Brasil corresponde ao mapa 3 e objetiva a criação de um eixo de transportes envolvendo os países em questão, com a conexão portuária peruana no oceano Pacífico, permitindo a expansão do comércio desses países com a Ásia.

b) O eixo Peru-Bolívia-Chile-Brasil é caracterizado por atravessar, por meio de uma rodovia interoceânica construída entre Brasil e Peru, diferentes domínios morfoclimáticos (a Amazônia, a cordilheira dos Andes e desertos litorâneos), com o objetivo de estimular o comércio exterior entre os países desse eixo, princi-palmente de produtos agropecuários e recursos mi-nerais. Para o Brasil, esse eixo será um facilitador das exportações de produtos para a Ásia e a Oceania por meio dos portos do oceano Pacífico.

18. a) As organizações criminais transnacionais praticam contrabando de armas, tráfico de seres humanos, agenciamento de imigrantes ilegais, comércio de minerais ou gemas preciosas, produtos industriais de venda controlada e falsificados, produtos derivados da biodiversidade e transgênicos, obras de arte e arqueológicas.

b) O tráfico internacional de drogas, principalmente de cocaína, é o grande financiador dos grupos guerri-lheiros e paramilitares na Colômbia. Além disso, os traficantes trabalham com ambos atores para que o objetivo seja alcançado: produção e comercialização das drogas.

Os guerrilheiros estão localizados em sua maioria nas zonas rurais do país, submetendo muitos cam-poneses, com o uso da violência, ao cultivo de coca, controlando indiretamente a produção da matéria--prima.

Os narcotraficantes também possuem vínculos com grupos paramilitares, latifundiários e outros capitalis-tas, pois se interessam pela facilitação e “lavagem” de dinheiro resultante da comercialização da droga.

Diferente dos guerrilheiros, os grupos paramilitares são associações civis, armadas e com estrutura se-melhante à militar, com fins político-partidários, reli-giosos ou ideológicos, que usam táticas e técnicas militares para alcançar os objetivos. Na Colômbia, esses grupos paramilitares tentam expulsar guerri-lheiros e camponeses com o uso da força, sendo financiados por latifundiários e narcotraficantes.

19. A

Um dos impactos da globalização e das novas tecnolo-gias é a padronização cultural e de hábitos de consumo, que estimula migrações do campo para a cidade e desestrutura as culturas originais, especialmente as dos grupos étnicos mais vulneráveis, como povos indígenas e mestiços dos países andinos na América do Sul. Além disso, impacta as sociedades dos países subdesenvol-vidos, como pode ser observado na migração de boli-vianos em direção a países como o Brasil em busca de oportunidades de emprego em áreas urbanas.

20. A somatória das alternativas corretas é 28 (04 1 08 1 16 5 5 28).

As afirmativas incorretas são:

[01]: O comércio informal tem aumentado sua partici-pação no PIB brasileiro, devido ao aumento do desem-prego e problemas econômicos.

[02]: As atividades ilegais, dentro da informalidade, aumentam em países cujos sistemas social, judiciário e prisional são precários e não coíbem o crescente po-der paralelo; neste caso, a afirmativa cabe aos países subdesenvolvidos.

capítulo 23

A Organização das Nações Unidas

1. A

A dificuldade da aplicação do conceito na prática dentro dos países ocorre pois, apesar dos avanços em relação ao conceito de desenvolvimento sustentável (conciliação entre economia, inclusão social e conservação do meio ambiente) no mundo de maneira geral, este ainda esbarra nas questões do capitalismo globalizado, na busca pelo lucro e nas brechas das legislações de locais onde as empresas possam se instalar para ganhar mais, ou mesmo ações de países buscando benefícios para a nação, como protecionismos, que entram em contradição com os princípios da sustentabilidade.

2. C

Os projetos de reflorestamento com introdução de es-pécies novas ou endêmicas aumentam a biomassa,

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trazendo benefícios; através das interações ecológicas

das espécies. Também há um resultado econômico

dessa combinação dado a partir do aproveitamento

mais eficiente dos recursos naturais, pela otimização

do uso da energia solar, pela reciclagem de nutrientes,

pela manutenção da umidade do solo e pela proteção

do solo contra a erosão e a lixiviação, permitindo a re-

produção e diversificação das espécies com custos

mais baixos.

3. a) Do ponto de vista geopolítico e militar, a questão da

soberania sobre territórios e seus recursos naturais

é importante para o desenvolvimento de um país.

Assim, a delimitação das áreas e zonas marítimas é

fundamental para as nações com litoral, como é o caso

do Brasil. Exercendo influência no oceano Atlântico, o

Brasil pode se impor contra outras potências da região.

b) A soberania sobre esse território garante ao Brasil

acesso a recursos naturais, como petróleo, gás

natural, sal, e o desenvolvimento da atividade pes-

queira. Por isso sua denominação de Amazônia

Azul. O litoral também possibilita o desenvolvimento

do setor de transporte de cabotagem e marítimo

além do turismo.

4. D

Há um desequilíbrio entre os países na tentativa de

alcançar as metas estabelecidas, muitos países nem

sequer apresentam avanços no processo. Muitas vezes

as nações estão esbarrando em entraves culturais e

interesses econômicos dos países e das empresas.

5. A

O Plano de Partilha proposto pela ONU em 1947 definiu o

território dos dois estados nacionais: a área de número 1

pertenceria a Israel, a área 2, à Palestina, e Jerusalém,

na área 3, seria uma zona internacional sob tutela da

ONU. A região desde então é alvo de conflitos e guerras,

disputando a soberania e a legalidade da existência

dos estados de Israel e da Palestina.

6. E

Esta importante conquista tem por objetivo reduzir o

preço dos alimentos e diminuir a fome no mundo, que

está entre os objetivos principais da ONU, promovendo

assim a diminuição da desigualdade entre os países. O

fim dos subsídios (apoio financeiro a agricultores locais)

e do protecionismo dos países desenvolvidos (Estados

Unidos, membros da União Europeia e Japão) favorece

as exportações agrícolas dos países subdesenvolvidos

e emergentes, que podem vender os seus produtos em

um mercado mais amplo e por um preço competitivo.

7. D

Em 2011, o presidente da Palestina Mahmoud Abbas ini-

ciou uma campanha para o reconhecimento do Estado

Palestino na ONU, embora parte do território da Cisjordânia

ainda esteja ocupada por Israel e haja forte animosidade

entre Palestina e Israel. Houve apoio de 138 dos 188 países.

Esse cenário revela um avanço na resolução pacífica da

questão entre os países, mas de fato não muda a situação

da Palestina, pois, para ser um Estado, outras questões

precisam estar resolvidas na região, como um acordo

com Israel sobre os limites do território palestino, a saída de

judeus que se encontram em acampamentos nas áreas

reivindicadas pelos palestinos, o domínio sobre Jerusalém

Oriental e o retorno de refugiados palestinos. No entanto,

a Palestina poderá agora participar das assembleias e de

decisões da ONU como observador.

8. D

Foram os militares separatistas e oficiais de baixa paten-

te descontentes com o governo que lideraram o golpe

de Estado no Mali, por divergências principalmente em

relação às ações do governo para conter os tuaregues

no norte do país. A Al-Qaeda do Magreb islâmico atua-

va no norte do país, onde praticava uma interpretação

radical da lei islâmica, tendo a oposição de muçulma-

nos moderados. A crise política, o crescimento do fun-

damentalismo e o separatismo tuaregue motivaram a

intervenção militar da França com autorização da ONU.

Posteriormente, o quadro melhorou quando houve a re-

alização de eleições presidenciais e o enfraquecimento

dos fundamentalistas.

9. E

Embora o petróleo tenha grande importância econômi-

ca para os países da região, ele não se constitui como

a causa dos conflitos. A causa dos conflitos é a ma-

nutenção de governos de ordem secular associada à

forte recessão que atingiu os países nos últimos anos,

resultando em elevada inflação e desemprego. Mas o

Oriente Médio, área de maior concentração de jazidas

de petróleo, configura-se como uma região de extrema

importância econômica e geopolítica, e esse é o moti-

vo pelo qual as grandes potências temem conflitos ou

impedem que eles aconteçam, se posicionando de

acordo com interesses do país.

10. B

O Conselho de Segurança da Organização das Nações

Unidas (ONU) é formado por 15 países, dos quais 10 são

rotativos (mandato de 2 anos) e 5 permanentes – estes

com poder de veto. A maioria dos permanentes foram

os vencedores da Segunda Guerra Mundial: Estados

Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.

11. B

A Carta das Nações Unidas permite que os membros

permanentes do Conselho de Segurança possam usar o

seu direito de veto, podendo assim bloquear as decisões

do Conselho de Segurança, mesmo que nas votações o

número mínimo de nove votos favoráveis em quinze pos-

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síveis seja atingido. Esse sistema, utilizando o veto, ficou desacreditado devido ao grande número de utilizações desse direito por parte dos membros permanentes, prin-cipalmente os Estados Unidos. Embora tenha utilizado poucas vezes o seu poder de veto, a China se envolveu recentemente em situação muito relevante para o direito internacional e para o funcionamento efetivo da ONU. A Rússia, por outro lado, utilizou muito mais o seu direito ao veto ao longo da história. Era uma prática comum soviéti-ca utilizar o veto para impedir a entrada na organização de países que não mantinham relações diplomáticas com a União Soviética. Esses posicionamentos unilaterais colocam em dúvida o prestígio da organização.

12. B

A Libéria é um país fundado por colonos vindos dos Esta-dos Unidos. Sua população, basicamente composta de ex-escravos. Localizado na porção ocidental do continen-te africano, o país enfrentou entre 1980 e 1990 conflitos internos entre tribos e uma guerra civil, que resultaram na redução da população, sendo necessária a intervenção das tropas de paz da ONU para possibilitar a restauração da ordem no país. As principais atividades econômicas do país são a agricultura e a extração de minério de ferro e de diamantes. No ano de 2015, uma forte epidemia de Ebola assolou o país, acarretando expressivas perdas hu-manas. A falta de mão de obra para os trabalhos parou a frágil economia do país, e a Libéria passou a receber ajuda humanitária (médica e alimentar).

13. D

Os membros permanentes do Conselho de Segurança podem usar o seu direito de veto e, dessa forma, bloque-ar as decisões do Conselho de Segurança, mesmo que nas votações o número mínimo de nove votos favoráveis em quinze possíveis seja atingido.

14. a) Os cinco países integraram a base aliada durante a Segunda Guerra Mundial e foram responsáveis pela criação da ONU e do Conselho de Segurança. A necessidade de manter o equilíbrio das decisões tomadas por esse conselho no período pós-guerra (momento histórico em que se observou o curso da Guerra Fria e a bipolaridade do mundo) originou a possibilidade de um país vetar alguma medida, o que na prática anula uma decisão ainda que esta seja aprovada pelos demais membros do Conselho.

b) Após a crise econômica de 2008 houve um aumento das medidas protecionistas em relação ao comércio internacional. Mas, diante das reivindicações por parte do G20, especialmente, pelo grupo de países emergentes, que se articulou para proteger alguns interesses econômicos comuns, houve uma ligeira diminuição de barreiras protecionistas. Vale ressaltar que algumas medidas protecionistas, as quais os

países desenvolvidos prometeram eliminar, às vezes não são cumpridas, o que gera diversos conflitos na OMC, órgão responsável pela fiscalização das negociações em escala internacional.

c) Um dos maiores êxitos do Mercosul é a intensificação das relações comerciais entre os países-membros do bloco, principalmente entre o Brasil e a Argentina, que é nosso maior mercado consumidor de produtos industrializados. Destaque-se também a expansão do bloco com a entrada da Venezuela e de países associados, como o Chile. Como entraves a essa or-ganização, podemos destacar os desníveis de produ-ção econômica entre os participantes, com variados graus de dependência econômica e tecnológica, fa-zendo com que os países-membros tomem medidas às vezes protecionistas a fim de barrar o problema da entrada facilitada das mercadorias brasileiras.

15. A

Os solos são formados pelo intemperismo das rochas e pela matéria orgânica provenientes da cobertura vege-tal presente sobre eles. Quando submetidos a práticas que fragilizam sua manutenção e resultam em perdas, comprometem-se os biomas e consequentemente a produção alimentícia. A ação antrópica intensifica, am-plifica e acelera o processo de degradação, porém os processos são naturais.

16. D

A teoria Reformista foi elaborada em resposta à teoria Neomalthusiana. Segundo ela, uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas consequência do subdesenvolvimen-to. Retrata os fatores que geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Na questão, a fome é resul-tado dos abusos de poder econômico, o que remete à teoria Reformista, que defende reformas socioeconômi-cas como meio de elevar a qualidade de vida e reduzir a pobreza, o que resultaria na queda da natalidade.

17. B

A recente epidemia do ebola atingiu a África Ocidental, principalmente Guiné, Serra Leoa e Libéria, países com saúde pública e saneamento básico precários e com baixíssimo acesso aos serviços básicos, fatores que faci-litaram a disseminação da doença. O ebola é um vírus que causa uma doença altamente contagiosa e com elevada letalidade; sua expansão resultou do contato humano com animais das florestas equatoriais e tropicais africanas. Foi com o apoio e o auxílio da ONU e de ONGs internacionais que o quadro pôde ser controlado.

18. B

O Banco Mundial é composto por duas instituições: Ban-co Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Associação Internacional de Desenvolvimento

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(AID). Teve como missão inicial, até então chamado so-mente de Bird, financiar a reconstrução dos países de-vastados pela Segunda Guerra Mundial. Com o tempo, a missão evoluiu para o financiamento do desenvolvimento dos países mais pobres e o auxílio financeiro.

19. D

Índia, Paquistão e Israel são países não signatários do tratado, ou seja, não assinaram e não aderiram ao Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares – os dois primeiros admitem que já realizaram inclusive testes nucleares, enquanto Israel nunca o fez, mas também nunca negou que tenha armas nucleares. A Índia critica o monopólio nuclear perpétuo que o tratado represen-ta, dizendo que ele legitima as armas existentes, não exige que sejam destruídas e não reconhece o direito de outras nações as possuírem.

20. DA única afirmativa incorreta é a [III], pois a proibição de armas nucleares não fere o direito de autodefesa das nações não nucleares. O tratado é um esforço interna-cional para evitar a disseminação de armas nucleares e para viabilizar o uso pacífico de tecnologia nuclear da forma mais ampla possível. Mas, paradoxalmente, apoia--se na desigualdade de direitos, uma vez que congela a chamada geometria do poder nuclear em nome da conjuração do risco de destruição da civilização.

capítulo 24

Brasil no Sistema Internacional

1. D

O Brasil se estabeleceu nos últimos anos como uma po-tência regional na América do Sul. Sua economia diversi-ficada, condições geográficas privilegiadas, grande área litorânea e uma rede de portos, além do fato de fazer divi-sa com a maioria dos países do continente, permitem ao Brasil exercer influência política junto aos demais países, possuindo, dessa forma, um papel de liderança. Em suas relações, o Brasil busca desenvolver as infraestruturas e os mecanismos necessários para o desenvolvimento econômico do país e da região como um todo.

2. A

As migrações de brasileiros são ocasionadas pela busca de melhores condições de vida e de empregos com melhores remunerações. Os movimentos mais significati-vos se deram ao longo das décadas de 1980 e 1990. Os maiores deslocamentos ocorreram no continente ameri-cano, especialmente para os Estados Unidos, que ainda atraem grande contingente de brasileiros em busca do

“sonho americano“, mesmo que seja para desenvolver atividades pouco valorizadas. O segundo continente que recebe mais imigrantes brasileiros é a Europa, prin-cipalmente por causa das origens imigratórias do Brasil e de maiores perspectivas de emprego; a Ásia recebe o terceiro maior fluxo de emigrantes brasileiros, principal-mente o Japão, para onde se dirigem os descendentes de japoneses, os dekasegui, para trabalhar na indústria.

3. C

Um dos objetivos da política energética mundial é a redução das emissões de CO2. Os biocombustíveis são uma das alternativas para o setor de transportes, e o Brasil é líder na produção de etanol extraído da cana- -de-açúcar; no entanto, é o segundo maior produtor de etanol, perdendo para os Estados Unidos (que produz etanol a partir do milho). O preconceito existente em relação à importação do etanol brasileiro não se jus-tifica, pois esse produto apresenta o melhor balanço ecológico e não diminui a produção de gêneros ali-mentícios. Os critérios exagerados à sustentabilidade da produção são usados como pretexto para proteger seus próprios produtores contra a importação de produtos brasileiros com preço mais competitivo. Um dos princi-pais argumentos para frear a expansão da produção de cana-de-açúcar é aquele que diz que esse cultivo causará um desmatamento da vegetação nativa brasi-leira. No entanto, o Brasil é o país que apresenta a maior disponibilidade de terras não cultivadas atualmente, o que aumenta o interesse dos produtores em cultivar cana-de-açúcar no país.

4. A soma das alternativas corretas é 09 (01 1 08 5 09).

As afirmativas incorretas são:

[02]: A Argentina, em razão da longa crise cambial e econômica, não conseguiu derrubar as barreiras tarifárias das relações comerciais dentro do bloco.

[04]: A deposição do presidente Fernando Lugo, em 2012, foi considerada uma afronta ao Protocolo de Ushuaia, que defende a democracia nos países- -membros do bloco; em razão disso, o Paraguai foi suspenso pelos signatários do Mercosul.

[16]: O Chile, desde 1996, e o Equador, desde 2004, são membros associados, ou seja, participam das reu-niões, mas não têm poder de voto dentro do bloco. A Venezuela ingressou no bloco como membro- -pleno em 2012.

5. As afirmativas são: F – V – V – F – V.

[Falsa]: A Colômbia é um país associado; a Costa Rica, que é um país da América Central, e o sul-americano Suriname não integram o bloco.

[Verdadeira]: O FoCEM tem como objetivo aprofundar o processo de integração regional por meio da redução

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das assimetrias e do incentivo à competitividade, ao desenvolvimento e ao ajuste estrutural das economias dos países-membros.

[Verdadeira]: As alterações nos trâmites dos acordos estabelecidos pelo bloco afetam o comércio e as tarifas dos países envolvidos.

[Falsa]: Apesar dos esforços do presidente Fernando Lugo, o Congresso do Paraguai não aprovava a ade-são plena da Venezuela, o que só foi possível com a suspensão do país do bloco em 2012.

[Verdadeira]: O acordo de livre-comércio entre a Palesti-na e o Mercosul é um acordo extrarregional, que estreita relações comerciais entre os países do bloco e parceiros no Oriente Médio, ampliando entendimentos no mundo árabe. Essa parceria representa um importante apoio político do bloco à questão geopolítica da Palestina.

6. D

Para o Brasil, a integração da América do Sul é impor-tante, uma vez que o país pretende ser uma potência regional com influência nos demais países, num amplo esforço de abertura econômica, liberalização comercial e melhor inserção na economia mundial. O processo de integração não é concebido com um fim em si, mas como um instrumento para participação mais ampla no mercado global. A grande extensão territorial brasileira aliada às fronteiras com a maioria dos países da região representa uma abertura para negociar, destacando-se como investidor e apresentando relações comerciais re-levantes com os países vizinhos, a exemplo da Argentina e Venezuela. A criação do Mercosul (Mercado Comum do Sul: bloco econômico) e da Unasul (União das Na-ções Sul-Americanas: bloco diplomático) são iniciativas para fomentar o comércio, a integração física, a coope-ração diplomática e a mediação de conflitos.

7. D

Os líderes políticos dos países da América do Sul, através da Unasul, tentam promover melhorias nas condições de integração no subcontinente. Os objetivos dessa organi-zação vão além dos aspectos econômicos, pois visam: dinamizar as participações das nações no contexto inter-nacional, melhorar as relações regionais dos países, como forma de resistir ao unilateralismo dos países mais desen-volvidos em questões globais complexas, oferecendo propostas alternativas de comércio e de relações sociais.

8. C

Como um grupo de cooperação diplomática e eco-nômica, o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) criou estes mecanismos financeiros para alavancar projetos de infraestrutura em países emergentes e sub-desenvolvidos. Fazem concorrência ao Banco Mundial e ao FMI, ambos criados na Conferência de Bretton Woods, que impôs o dólar americano como moeda de

reserva no mundo. Do ponto de vista geopolítico, signi-fica que as potências emergentes querem maior auto-nomia em relação às potências mundiais consolidadas.

9. D

A Cúpula dos Brics reunida em 2014 criou o Novo Banco de Desenvolvimento ou Banco dos Brics, com o objetivo de ampliar o poder do agrupamento de países emer-gentes frente à geopolítica mundial, fazendo concor-rência e sendo via alternativa às estruturas financeiras do FMI e do Banco Mundial, que impõem a política dos países desenvolvidos como forma de conduzir a eco-nomia mundial em benefício próprio através de rígidas regras regulatórias, não levando em conta as questões locais dos países emergentes.

10. a) As matrizes energéticas da Índia, da Rússia, da China e da África do Sul se caracterizam pelo uso de combustíveis fósseis, muito em razão de seu modelo econômico, com grande demanda de petróleo e carvão mineral. O Brasil, exceção, tem como matriz energética o uso de energias renováveis, como a hidrelétrica e a eólica, em razão das características físicas do território, além da biomassa, como o etanol.

b) Brasil e Rússia são países populosos, enquanto Índia e China, também populosos e densamente povoados, correspondem os dois a quase 40% da população mundial, o que lhes dá vantagens competitivas em razão de constituírem um grande mercado consumidor.

c) A participação dos países como grandes produtores do mercado agropecuário e mineral é muito impor-tante para todos os países do Brics, em especial para o Brasil. A questão da segurança alimentar e o preço dos produtos agropecuários são uma preocupação, principalmente, da China. Em 2010, ambos se reuni-ram para discutir como melhorar as relações comer-ciais entre eles e com os demais países do mundo.

11. a) Os principais produtos exportados pelo Brasil para a China são commodities (produtos básicos/semimanufaturados), cujo valor é cotado nas bolsas de valores, como soja, minério de ferro, petróleo, celulose e açúcar.

b) O comércio brasileiro com a Argentina é predominan-temente de produtos manufaturados, com destaque para máquinas, veículos, produtos metalúrgicos e eletroeletrônicos. Diferentemente do comércio do Brasil com os países asiáticos e a União Europeia, as exportações brasileiras para os parceiros da América Latina são predominantemente de produtos industria-lizados. O aumento das exportações de produtos ma-nufaturados para os vizinhos sul-americanos do Brasil se deu por conta da instituição do Mercosul, que tem permitido maior comércio entre os membros-plenos

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e também com os membros associados do bloco.

Com a adesão ao Mercosul, os países adotaram a

Tarifa Externa Comum (TEC), que tem o intuito de

ativar maior circulação de mercadorias e serviços,

adequando as tarifas entre os países.

12. C

A China vem crescendo apesar das crises econômicas

e já é a maior economia do mundo por paridade de

poder de compra, o maior produtor industrial e o maior

exportador de produtos manufaturados. Nesse pano-

rama, a questão energética para a China é de suma

importância para manter o crescimento econômico,

uma vez que o país depende muito de carvão mineral e

petróleo. O Brasil tornou-se exportador de petróleo para

a China e as estatais chinesas entraram no consórcio

de exploração do campo de Libra, o maior do pré-sal.

Todavia, a China investe bastante em energias renová-

veis como hidrelétricas, energia eólica e energia solar

com o objetivo de reduzir gradativamente a poluição

atmosférica que se tornou um grande problema em seus

centros urbanos e industriais.

13. a) O estabelecimento das redes empresariais que expli-

cam a mobilidade das empresas brasileiras depende

em grande parte da ação do Estado. Como o Brasil

está emergindo como potência regional na América do

Sul, existe um empenho por parte do Estado brasileiro

em promover acordos comerciais, uniões aduaneiras

e uma política financeira que favoreça a mobilidade

das empresas brasileiras na América do Sul, tais como

acordos preferenciais no Mercosul, financiamentos

do BNDES e acordos diplomáticos multilaterais. Como

economia emergente, o Brasil vem aumentando sua

importância e influência na América do Sul.

b) As redes sociais se estabelecem entre os migrantes

e suas comunidades nacionais e regionais de ori-

gem, atuando na orientação dos fluxos e facilitando

a inserção dos imigrantes (mercado de trabalho,

informações, sociabilidade, etc.) no país de destino.

14. D

O G-20 comercial é um grupo de países formado em

2003 durante a convenção da OMC em Cancún, no

México, com representantes de todos os continentes. O

número de participantes pode variar, já tendo chegado

a contar com 23 países no total. Seu principal objetivo

é abrir espaço para negociações em assuntos da agri-

cultura mundial e eliminar as barreiras impostas à circu-

lação das mercadorias junto aos países desenvolvidos.

15. C

Ao analisar a permeabilidade das fronteiras e a pre-

sença dos brasileiros no Paraguai, o texto assinala a

questão geopolítica criada pela produção agrícola. As

terras foram vendidas pelo governo aos produtores do

país vizinho, que alavancaram os números na produção

e agora são vistos com maus olhos pelos paraguaios. A

produção agrícola associada aos brasileiros também

está presente em outros países.

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