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Sergio Barroso de Mello
Fundador e Membro do Conselho
Luís Felipe Pellon
Fundador e Presidente do Conselho
www.pellon-associados.com.br
Tel. 21 3824-7800
Conteúdo Clipping
Boletim do Escritório Pellon & Associados Setembro 2011 Edição 19
No Brasil e no Mundo
RESSEGURO Online
“
” Comentários do advogado
Leonardo J. Burman sobre o funcionamento
do crédito à exportação nos traz importantes
dados históricos. Excelente fonte de consulta!
Um breve relato sobre o objetivo principal do
Resseguro e sua relação com o mercado é o
tema do meu artigo desta edição. E em
entrevista exclusiva para a Revista Cobertura
faço uma avaliação d
Tenham uma boa leitura.
Sergio Barroso de Mello
A história do seguro de crédito à exportação
no Brasil deverá tomar novo rumo. O ritmo
crescente das exportações despertou o
interesse de grandes Seguradores e
Resseguradores.
os impactos dos
atentados de 11 de setembro no mercado
ressegurador.
Quando realizada de forma adequada, a
subscrição assegura que o maior número
possível de pessoas receba um produto de
grande valor por um preço justo e razoável.
Esta questão está muito bem colocada na
matéria dos autores da Swiss Re.
O leitor encontrará ainda
comentários de Franciso Galiza da Rating de
Seguros sobre estudo
Ricardo Trunci nos traz matéria elucidativa
sobre as diferenças entre Apólices de seguro
garantia e Fianças bancárias, assegurando que
o seguro garantia representa a certeza da
conclusão do objeto do contrato. Confira!
da Standard and Poor´s.
Objetivo do ResseguroSergio Barroso de Mello
Fundador e Membro do Conselho
de Pellon & Associados
SEGURO DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO: Breves considerações sobre seu funcionamento e seu efeito na economia nacionalLeonardo J. Burman
Advogado do IRB-Brasil Re, pós-graduado em
Direito Empresarial pela UFF
Novos fatores de risco de subscriçãoAndrew Wibberley - Responsável pela UK & Ireland
Life and Health Underwriting da Swiss Re
David O’Sullivan - Responsável pela Global Life &
Health a Swiss Re
As diferenças entre Apólices de seguro garantia e Fianças bancárias em contratos de construção Ricardo Trunci - Diretor Comercial da J. Malucelli Seguradora
Deve-se Investir em Resseguradora?Rating de Seguros ConsultoriaEstudo “Outlook On Global Reinsurance Industry
Remains Stable As Multiple Catastrophes Fail To Erode
Capital Surplus”, da Standard and Poor´s.
Escritório Pellon & Associados desembarca em Düsseldorf
Lloyd´s processa Arábia Saudita para recuperar perdas
Mercado de seguros em países emergentes deve crescer US$ 900 bilhões até 2015
Resseguradora Mitsui Sumitomo Insurance Company Limited volta a operar
IRB-Brasil Re ingressa na Argentina como ressegurador local
IRB recebe prêmio de Melhor Ressegurador Local
Swiss Re Escolhida Melhor Resseguradora Internacional pelos Corretores Brasileiros
Companhias aprendem com atentado de 11 de setembro
Editorial
Contrato de Resseguro, Sergio Barroso de Mello
Na obra, editada pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg), o autor aponta, nas 463 páginas, as funções, objetivos e bases técnicas do Resseguro, além de características dos contratos, fontes, modalidades, coberturas, obrigações e natureza jurídica desse negócio – além de questões que surgiram após a abertura do mercado de resseguros, em 2008.
Lançamento!
Objetivo do resseguro
Sergio Barroso de Mello
Fundador e Membro do Conselho
de Pellon & Associados
2 RESSEGURO Online
O resseguro tem por objetivo a distribuição dos efeitos econômicos da cobertura
do risco proposto, fracionando-se o seguro, sem alterar a relação segura-
do/segurador, pois o contrato de resseguro é negócio jurídico não relacionado
diretamente com o segurado, mantendo-se o segurador como o único responsável
diante do adimplemento da obrigação assumida ao aceitar o risco segurado.
Leciona Pedro Alvim que “o resseguro tem o mesmo objetivo do co-seguro:
distribuir entre os seguradores a cobertura do risco. Divergem todavia, na sua
estruturação técnico-jurídica. Tanto no co-seguro, como no resseguro há fraciona-
mento do seguro, mas naquele o segurado é o centro de convergência de tantas
relações jurídicas independentes, quantos forem os co-seguradores; neste a [1]relação jurídica entre o segurado e o segurador não sofre qualquer alteração”.
Em verdade, a crescente demanda pela contratação de seguros obriga as entidades
seguradoras, com o transcurso do tempo, a assumir maior número de riscos,
implicando elevada exposição das carteiras de seguro, mercê ao crescente
aumento na concentração dos valores segurados. Significa dizer que as sociedades
seguradoras tornam-se expostas à ocorrência de eventos cobertos pelos seguros,
como também a desvios decorrentes de riscos de flutuações fortuitas, tendo se
verificado estas variações com freqüência cada vez maior e períodos de ocorrência
mais curtos.
RESSEGURO Online 3
Todavia, a bilateralidade do contrato de Americano da Associação Internacional A disparidade quantitativa e qualitativa resseguro, no qual se verifica responsabi- de Direito de Seguro (Cila-Aida), era dos valores segurados que compõem lidade entre ressegurado e ressegurador, esperada uma alteração de preços após o uma carteira de seguros de uma empresa gera obrigações e direitos recíprocos, sinistro, o que não ocorreu.seguradora, unida aos fatores apontados mas não tem o objetivo de potencializar no parágrafo anterior, cuja materializa-direitos indenizatórios do segurado A explicação, diz ele, se deve ao fato de ção pode provocar um prejuízo econômi-diretamente ao ressegurador. que estávamos vivendo em uma época de co grave à capacidade financeira de uma
muita disponibilidade de resseguro e o entidade seguradora, no caso da O resseguro, entretanto, somente poderá aumento de preço não foi percebido de ocorrência de um sinistro de grande ser válido se baseado em um contrato de imediato. “Por vários anos, tivemos magnitude, sem prejuízo do tipo que seguro prévio, meio pelo qual o segura- estabilidade de preços no mercado seja, tem obrigatória e historicamente dor passa a ter obrigações derivadas da internacional. Agora, estamos enfrentan-forçado as seguradoras a contar com as transferência do risco.+ do dificuldades em relação às mudanças coberturas de resseguro, como elemento ____________________ climáticas, pois quando há uma sinistrali-indispensável para a diversificação dos [1] Ob., cit., pág. 356 dade maior a primeira consequência é riscos.
aumento de preço.”
Pode-se afirmar, em relação à homoge-
Já em relação aos atos terroristas, expõe neidade dos riscos assumidos pelo
Mello, o mercado ficou mais criterioso na segurador, que, enquanto em um caso
aceitação de riscos e/ou na exigência de individualmente considerado não é
sistemas de proteção mais eficazes que possível estabelecer previa e estatistica-
possam evitar sinistros ou amenizar mente a possibilidade de ocorrência e
perdas. “Eu diria que em um primeiro mesmo se vai ocorrer o evento danoso
momento o foco em relação ao terroris-garantido, é possível, por outro prisma,
mo foi cuidar da subscrição, de forma que em um grupo grande de riscos similares,
tanto o seguro como o resseguro fossem descobrir um modelo de comportamento
aceitos com extremo profissionalismo e determinado, ao menos em probabilida-
eficiência.”des.
Dessa maneira, afirma Mello, “foi Por isso que as sociedades seguradoras
possível garantir estabilidade na somente poderão capacitar-se a assumir
REVISTA COBERTURA sinistralidade, capaz de ser coberta com o maior número possível de riscos,
14/09/2011 pequena elevação do preço ou dentro do transferindo, através do resseguro, os
princípio da mutualidade, fundamental efeitos econômicos de sua responsabili-
Presidente do Cila-Aida, Sergio Barroso no sistema de seguro e resseguro a nível dade em cada risco ou parte dele,
de Mello avalia os impactos dos atenta- mundial”, afirma. objetivando alcançar um equilíbrio
dos de 11 de setembroquantitativo de seu compromisso global
Por Karin Fuchs No Brasil- Especificamente no Brasil, o em função da sua carteira de seguros.
presidente do Cila-Aida analisa que não
O mundo nunca mais foi o mesmo depois houve mudança perceptível. Primeira-O resseguro vem a ser a garantia que se
dos atentados de 11 de setembro de mente porque o mercado de resseguros divide e subdivide (ou otimiza os riscos),
2001. Mas, ao contrário do que se no país, na época, era fechado. em termos que permitam dar maior
imaginava, os impactos no mercado de extensão às iniciativas (capacidade de
seguros e resseguros não foram de “Hoje é um pouco diferente, temos um assunção de novos riscos), evitando a
imediato. mercado aberto com dezenas de exposição do segurador a graves
resseguradoras operando, inclusive contingências, de tal sorte que este pode
Na avaliação de Sérgio Barroso de Mello, várias locais que poderiam assumir manter intacta a garantia que oferece ao
presidente do Comitê Ibero-Latino- operações de retrocessão oriundas de público.
Entrevista
mercados fora do Brasil, tanto na América possa ter por atos terroristas no exterior,
Latina, Europa e Estados Unidos.” exatamente pelo modelo de mercado que
aqui vivenciamos.” envolvendo o Brasil.”
Operações essas que Mello acredita que A conclusão na conferência, lembra
não irão ocorrer. “Isso porque, com Mello, é de que o mercado de seguro
exceção de dois ou três, os ressegurado- brasileiro não tem com o que se preocu-
res que aqui operam como locais são de par. “Esses atos de vandalismo ou
capital estrangeiro, cujos riscos no comoção praticado por organizações
exterior são assumidos pelas suas criminosas poderiam, entre aspas, serem
unidades existentes nos países. considerados como terrorismo, não
tinham prejuízos patrimoniais tão
Desta forma, qualquer ressegurador impactantes quanto um terrorismo
internacional que estiver aqui não vai internacional.”
aceitar um risco que esteja nos Estados
Unidos, Europa ou Ásia. Pode acontecer Por fim, o presidente do Comitê do Cila-
de assumir riscos na América Latina, mas Aida, conclui que o Brasil não está nem
não nesses países.” um pouco no olho deste furacão. “Ao
contrário, o mercado de seguros e
Outro ponto analisado por Mello são os resseguros no país está muito longe de
atos de grupos extremistas, como do qualquer espaço e responsabilidade que
Primeiro Comando da Capital (PCC), de possa ter por atos terroristas no exterior,
São Paulo, do Comando Vermelho, do Rio exatamente pelo modelo de mercado
de Janeiro, entre outros. “Esses sim que aqui vivenciamos.”
podem gerar perdas patrimoniais, mas
nada que se compara a uma bomba que
explode em um ato terrorista clássico,
como conhecemos. Inclusive, após o 11
de setembro, eu participei de uma
conferência sobre terrorismo interno
envolvendo o Brasil.”
A conclusão na conferência, lembra
Mello, é de que o mercado de seguro
brasileiro não tem com o que se preocu-
par. “Esses atos de vandalismo ou
comoção praticado por organizações
criminosas poderiam, entre aspas, serem
considerados como terrorismo, não
tinham prejuízos patrimoniais tão
impactantes quanto um terrorismo
internacional.”
Por fim, o presidente do Comitê do Cila-
Aida, conclui que o Brasil não está nem
um pouco no olho deste furacão. “Ao
contrário, o mercado de seguros e
resseguros no país está muito longe de
qualquer espaço e responsabilidade que
..tão somente em caso de
insolvência, decretação de
liquidação ou de falência seja
permitido (não obrigatório) a
efetivação de pagamento
direto pelo ressegurador e,
assim mesmo, quando o
pagamento da parcela
ressegurada não tiver sido
paga pela seguradora e nem
quando o ressegurador já
tenha pago essa parcela à
seguradora.
“
4 RESSEGURO Online
Leonardo J. BurmanAdvogado do IRB-Brasil Re, pós-graduado
em Direito Empresarial pela UFF
www.irb-brasilre.com.br
IRB-Brasil Re
www.irb-brasilre.com.br
Informações adicionais sobre o conteúdo do IRB-Brasil Re podem ser adquiridas através do seguinte endereço:
Loreta Pinheiro de Castro | Assessoria de Comunicação E-mail:
SEGURO DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO: BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE SEU FUNCIONAMENTO E SEU EFEITO NA ECONOMIA NACIONAL
1. Breve relato histórico:
1.1 Histórico geral:
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o seguro de crédito desenvolveu-se
decisivamente devido à necessidade que vários países europeus tinham de
proteger e expandir suas reservas no exterior e estimular o desenvolvimento da
exportação.
Devido à complexidade dos fatores envolvidos na exportação, tais como, depen-
dências da estabilidade monetária e cambial, seriedade do cliente importador e
situação política do país, podem-se supor as surpresas, preocupações e efetivos
prejuízos enfrentados pelo mercado segurador da época.
No início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve início, efetivamente, a
atividade do segurador de crédito em países como a Inglaterra (London Guarantee
and Accidents), EUA (Export Indemnity of Chicago e National Surety), França
(Urbaine Crédit), entre outros.
RESSEGURO Online 5
Desde então, insuflados também pelo Seguro de Crédito à Exportação e, citamos principalmente a mora do
aumento de riscos de incidentes políticos conseqüentemente, as instituições devedor público por prazo igual ou
no comércio internacional, houve um financeiras que financiarem ou, refinan- superior a cento e oitenta dias do
enorme e progressivo crescimento no ciarem suas exportações. vencimento (prazo de caracterização do
número de países que vêem a implanta- sinistro), a rescisão arbitrária pelo
ção e o estímulo do seguro de crédito à O Seguro de Crédito à Exportação possui devedor público e a moratória geral
exportação como importante instrumen- a estrutura de funcionamento semelhan- decretada pelas autoridades do país do
to promotor de seu comércio, auxiliar de te aos demais tipos de seguro e, como tal, devedor.
sua balança comercial. tem função de indenizar o segurado, cujo
crédito não foi recuperado. Não obstante, tal ramo do Seguro de
1.2 Histórico brasileiro: Crédito à Exportação manteve-se
No entanto, o Seguro de Crédito à modesto e, resumia-se, na prática, às
Instituído pela Lei n.º 6.704, de 26 de Exportação é mais que um simples atividades desenvolvidas pelo IRB
outubro de 1979 e regulamentado pelo seguro. Antes de tudo, é um instrumento Brasil Resseguros S/A, e, basicamente,
Decreto n.º 3.937, de 25 de setembro de de prevenção, uma vez que a análise relacionadas com operações envolvendo
2001, com alterações introduzidas pela financeira dos importadores é, em si, recursos de governo.
Lei nº 10.659, de 22 de abril de 2003 e Lei uma ferramenta comercial muito eficaz
n.º 11.281 de 20.02.2006, o Seguro de na seleção e concentração de esforços de Desinteresse do mercado privado em
Crédito à Exportação foi tido como um vendas para desenvolvimento de atuar no ramo, falta de confiabilidade
meio prático e eficiente para afastar diferentes mercados, inclusive o e tradição dos exportadores, custos
surpresas indesejáveis na balança brasileiro. envolvidos, podem explicar a pouca
comercial nacional (seja por motivos expressão desta modalidade de cobertu-
econômicos, políticos ou extraordinári- 2 Garantia da União para riscos comerci- ra de risco no país.
os) e, assim, atrair com mais segurança e ais e para riscos políticos e extraordinári-
força o investimento privado em nosso os: Outra questão deve-se, muitas vezes, a
país. opção da própria empresa em assumir o
A partir de 1979, a garantia da União, risco do negócio e embutir no custo do
Como definição, o artigo 1º do Decreto para riscos comerciais e para riscos projeto eventual hipótese de sinistro
n.º 3.937, de 25 de setembro de 2001 políticos e extraordinários, manteve-se motivado por alterações políticas
dispõe, verbis: “O seguro de Crédito à possível, mediante autorização do inesperadas.
Exportação SCE tem por objetivo segurar Ministério da Fazenda.
as exportações brasileiras de bens e Independente de outros critérios
serviços contra riscos comerciais, Hoje, conforme disposto na Lei n.º 11.281 analisados, importante à observação de
políticos e extraordinários que possam de 20.02.2006, a União poderá, por enfoque atuarial no sentido de que a
afetar as transações econômicas e intermédio do Ministério da Fazenda, Seguradora estuda a distribuição dos
financeiras a operações de crédito à conceder garantia de cobertura dos mercados de destino na composição de
exportação”. riscos comerciais e dos riscos políticos e sua carteira total.
extraordinários assumidos em virtude do
O Seguro de Crédito à Exportação garante Seguro de Crédito à Exportação. Assim, o valor do prêmio do seguro de
a indenização por perdas líquidas Riscos Políticos deve ser diretamente
definitivas que possam ocorrer em Sobre o chamado “riscos políticos e proporcional ao risco país (relacionado
conseqüência do não recebimento de extraordinários”, já previsto desde o ao investiment grade). Ou seja, quanto
créditos concedidos aos importadores no Decreto 3.937 de 2001, fazem-se válidos maior o risco país, logicamente, maior o
exterior. Constitui-se, portanto, num alguns comentários. valor do prêmio do seguro em questão.
importante instrumento de apoio à
exportação. Os artigos do mencionado Decreto
declaram, taxativamente, as hipóteses
Assim, o exportador poderá obter o incluídas em tal cobertura. Dentre outras,
6 RESSEGURO Online
3 - Criação da Seguradora brasileira de Hoje no Brasil, além da SBCE, foi criada Mesmo com deficiências e ainda
Comércio Exterior SBCE: também a Seguradora de Crédito do reduzida utilização no Brasil, o Seguro
Brasil S.A. SECREB , sendo a mais nova de Crédito à exportação tem sido
Seguindo modelos internacionais (export seguradora de crédito à exportação no determinante para o sucesso de opera-
credit agencies ECAs5), o Brasil criou a Brasil, que tem como acionista o Consor- ções de exportação, ajudando, e muito, à
Seguradora Brasileira de Comércio cio Internacional de Aseguradores de fortificação da nossa Economia.+
Exterior (SBCE), em 1997, e o Fundo de Crédito S.A. - CIAC, cujos sócios são a
Garantia das Exportações (FGE), em CESCE Compañía Española de Seguros Bibliografia:
1999. de Crédito a la Exportación S.A. (perten-
cente ao Governo Espanhol), a Münche- Reuters, abril de 2006, matéria
A Seguradora brasileira de Crédito à ner Rückversicherungs Gesellschaft - assinada por Denise Luna e divulgada
Exportação S/A é uma companhia Munich Re, Banco Santander Central no site www.ccfb.com.br
privada, constituída sob forma de Hispano S.A. e o BBVA - Banco Bilbao
sociedade anônima, que tem por Vizcaya Argentaria S.A. www.aeb.org.br Associação de
finalidade exclusiva explorar a atividade Comércio Exterior do Brasil
de SCE. Atualmente, é a única empresa 4 - CONCLUSÕES:
autorizada a operar com o SCE no Brasil. Blumenschein, Fernando. Mercado
No Brasil, um conjunto de iniciativas de financiamento e seguro à expota-
O modelo adotado, embora com adotadas ao longo dos anos 90 reformu- ção no Brasil. Publicações Seriadas
acionista estrangeiro, conta com a lou o sistema público de financiamento e FGV-SP (2002)
maioria do capital nacional e com a seguro à exportação. Tem-se hoje, pelo
participação de dois importantes bancos menos em tese, um quadro caracterizado
públicos, o Banco do Brasil e o BNDES. pela oferta de um amplo leque de
mecanismos de apoio financeiro às
Hoje, a SBCE teria participação no exportações com condições de suprir a
mercado ao redor de 78%. demanda dos exportadores.
A SBCE, vem sendo de fundamental A história do seguro de crédito à exporta-
importância para o sucesso de inúmeras ção no Brasil deverá tomar novo rumo. O
operações financiadas com recursos do ritmo crescente das exportações
governo e pela crescente expansão de despertou o interesse de grandes
empresas atuantes no seguro de crédito à Seguradores e Resseguradores.
exportação.
A importância do Seguro de Crédito à
O modelo atual , mesmo com a presença Exportação é, portanto, enorme e muito
estrangeira, foi conceitualmente previsto positivo para o comércio exterior, tendo
como empresa de maioria de capital em vista a estabilidade deste incentivo às
privado nacional, mas com participações exportações e o acúmulo de experiências
de bancos públicos, visando incorporar à no ramo específico.
filosofia operacional da empresa
aspectos culturais próprios, além das Não obstante, questiona-se a necessida-
forças e conceitos de importantes de de ampliar e solidificar a gama de
agentes de crédito do governo, à parte do coberturas de riscos, como para produ-
aspecto lucro. Ao mesmo tempo, visava, ção, participação em concorrências,
sabiamente, resguardar as questões variações cambiais, rescisão arbitrária do
inerentes à estratégia de política importador, riscos de montagem, dentre
comercial exportadora. outras.
A SBCE, vem sendo de
fundamental
importância para o
sucesso de inúmeras
operações financiadas
com recursos do governo
e pela crescente
expansão de empresas
atuantes no seguro de
crédito à exportação
“
RESSEGURO Online 7
Swiss Re publications
www.swissre.com
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Marisa Silva | Swiss Re - Communications E-mail: [email protected]
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R
Andrew Wibberleyesponsável pela UK & Ireland Life
and Health Underwriting da Swiss Re
fatores subscriçãoNovos de risco de
R
David O’Sullivanesponsável pela Global Life & Health
Underwriting da Swiss Re
Sempre que ocorre uma mudança significativa no nosso ambiente empresarial,
surgem novas oportunidades assim como desafios. A recente resolução do Tribunal de
Justiça da União Europeia (TJUE) sobre descriminação por razões de género apresenta
um desses desafios, mas também uma oportunidade para o setor responder de forma
inovadora.
Embora a lógica por trás do primeiro parecer da Advogada-Geral Kokott sobre o caso
Test Achats não tenha sido comentada na resolução final do TJUE, uma vez que o TJUE
não criticou o uso do gênero como fator de risco, mas sim concluiu que a própria
Diretiva era inconsistente, vale a pena evocar o parágrafo 62 do seu parecer:
“A esperança de vida dos segurados… sofre grande influência de circunstâncias
económicas e sociais e dos hábitos de cada indivíduo (por exemplo, o tipo de atividade
profissional exercida e a sua duração, o meio familiar e social, os hábitos alimentares, o
consumo de estimulantes e/ou drogas, as atividades recreativas e a prática de
desporto)."
8 RESSEGURO Online
ambiente de vendas, podendo haver diferenças entre países
quanto ao que as pessoas consideram sensato revelar como
parte do processo de aquisição de seguros
Verificável por prova independente:
Para aumentar a probabilidade de uma boa declaração para
determinada pergunta, deve haver uma possibilidade real de
identificar a omissão na declaração. Por conseguinte, é
preferível dispor de um método independente de verificação
da declaração na subscrição ou na fase de pedido de Isso sublinha a opinião defendida por alguns comentadores
reembolso, caso seja necessáriode que as seguradoras preferem utilizar parâmetros
genéricos como o género para prever a esperança de vida, em
Comprovado noutros mercados: detrimento de fatores mais específicos relevantes para as
Durante muitos anos os diferentes mercados têm feito modernas tendências sociais.
perguntas diferentes. Embora nem sempre sejam
imediatamente transferíveis, pode haver conhecimentos Independentemente de acharmos que esta é uma visão justa,
aplicáveis que nos sirvam como atalho para uma abordagem ou não, da abordagem ao setor, a incerteza atual é uma
privilegiada num novo mercadooportunidade para reconsiderarmos os limites da subscrição
e revermos esses aspectos. Como o número de opções que
Negociável: temos para subscrever deverá sofrer uma redução, temos de
A abordagem empregue deve fazer sentido e parecer justa ter a certeza que vamos fazer o melhor uso daqueles fatores
tanto para os clientes que respondem às perguntas como de risco que nos são facultados.
para aqueles que devem fazê-las – sejam médicos,
O novo fator de risco ideal intermediários ou os próprios comerciais de uma empresa. O
ideal seria entender e aceitar intuitivamente a relação entre o
Há certos critérios que devem estar presentes quando se fator de risco e o seguro e assim não exigir mais
introduz um novo fator, ou um fator revisto, no processo de esclarecimentos
subscrição.
Ao considerar os méritos dos fatores mencionados acima, é
Indicador significativo de mortalidade / morbidade: um engano procurar pelo novo fator de risco perfeito. Isso
O indicador deve justificar o seu papel no processo sendo impede qualquer aperfeiçoamento ou diferenciação no
suficientemente forte na previsão do evento segurado para modo como as companhias avaliam o risco.
assim ter um impacto significativo no preço
Uma avaliação honesta dir-nos-ia que muitas das atuais
Não coberto por processo de subscrição já existente: perguntas que fazemos ou exames médicos que realizamos
Este não deve duplicar a tarefa já desempenhada por uma não alcançariam os 100% em todas as categorias sugeridas,
questão ou teste existente - deve trazer, tanto quanto mas são partes integrantes do processo de subscrição
possível, novas informações para o subscritor estabelecido. Por exemplo, sabemos que os clientes, em
geral, não declaram o verdadeiro consumo de álcool e uso de Baseado em provas: drogas, mas isso não nos impede de colocar essas perguntas e Mais do que nunca, devemos ter clara a exigência de justificar de considerar as declarações quando as mesmas são feitas.as nossas decisões utilizando um fundamento baseado em
provas. Todo e qualquer fator de risco tem de estar Possíveis novos fatores de risco
comprovadamente vinculado ao episódio segurado que
pretende prever Esta lista não é exaustiva, mas pretende proporcionar uma
reflexão e discussão. Todos esses fatores de risco têm algum
Expectativa de uma boa declaração por parte do cliente: impacto sobre a mortalidade e/ou morbidade. O desafio
É necessária uma expectativa de declaração realista. Isto não consiste em saber se correspondem aos critérios
se refere apenas às perguntas a serem feitas, mas também ao mencionados acima de forma convincente.
RESSEGURO Online 9
mas provas sobre tais novos fatores de risco em seguros são,
por definição, limitadas.
Poderão também ser levantadas questões sobre proteção de
dados dependendo de como essas provas são recolhidas. Por
exemplo, se tentarmos tranquilizar o cliente utilizando outras
bases de dados, teremos de ser cuidadosos para não
esbarrarmos em apreciações de ordem jurídica ou social
sobre a forma como estamos a recolher dados.
Perspectivas futuras
A capacidade de subscrição é essencial não só para o nosso
setor como para todos aqueles a quem proporcionamos um
serviço de grande importância. Quando realizada de forma
adequada, a subscrição assegura que o maior número
possível de pessoas receba um produto de grande valor por
um preço justo e razoável.
A Swiss Re está empenhada em estudar ainda mais essas
novas ideias e trabalhar com os clientes para descobrir como
vamos continuar a avaliar honestamente e da melhor forma
os riscos que nos são apresentados – e avançar com uma
abordagem de subscrição capaz de evoluir de forma a
responder a todos os desafios que teremos pela frente.+A Swiss Re reconhece vários graus de mérito e de dificuldade
em todas as possibilidades supramencionadas e outros
fatores de risco similares. Para nós, isto é visto como uma área
onde a diferenciação saudável deve ser encorajada, uma vez
que diferentes fornecedores e grupos de afinidade poderão
aceder mais facilmente a novos fatores de risco, como por
exemplo dados bancários ou inscrição num ginásio.
Pode muito bem acontecer que os testes, em particular em
torno da expectativa de uma boa declaração, variem
significativamente dependendo do método de venda. Isso irá
fazer mexer o ponteiro e mostrar qual das soluções acima
funciona melhor para diferentes companhias em diferentes
contextos. Tal solução deverá ser antes uma combinação de
fatores de risco que se torna numa ferramenta de diagnóstico
realmente poderosa ao invés de respostas isoladas a
perguntas num modelo de subscrição mais avançado.
É claro que quaisquer novos fatores de risco que introduzimos
também poderão estar sujeitos a desafios de caráter jurídico
e regulatório. Em particular, teremos de demonstrar que
nossas decisões não são discriminatórias e que são baseadas
em provas. Este é um desafio que devemos ser capazes de
encarar dada a quantidade de pesquisas gerais nestas áreas,
Principais considerações
Possíveis perguntas sobre número de acidentes, quilómetros percorridos,pontos por infrações na carta de condução ou prémio de seguro automóvel
Quanto recebe um candidato (em relação à sua idade)
Classe profissional ou tipo de profissão
Nível mais alto de escolaridade obtido
Pergunta já feita em todas as propostas – podemos dar melhor utilidade às respostas? Uma simples pergunta - possivelmente alargando o leque de atividadesarriscadas a uma pergunta mais generalizada sobre passatempos e afrequência dos mesmos - ou comprovando através do cartão demembro de um ginásio
Relação entre o tempo extralaboral nos últimos 12 meses e amorbidade/mortalidade futura
Indagar mais a fundo, prognosticando aqueles mais jovens que parecem saudáveis mas que futuramente deverão apresentar IMC, PA ou colesterol elevados
Considere dar crédito a um bom histórico familiar de parentescom grande longevidade
Fator de risco negativo reconhecido, em particular nos homens Pode indicar insolvência ou boa gestão de bens a longo prazo –indicadores negativo e positivo de mortalidade futura
Fator de risco
Condução
Ordenado
Profissão
Escolaridade
Código postal
Exercício físico
Tempo extralaboral
Dieta
Bom histórico familiar
Morar sozinho
Histórico de créditos
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Gerência Jurídica Seguros e Resseguros
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As diferenças entre Apólicesde seguro garantia e Fiançasbancárias em contratos de construção
Ricardo TrunciDiretor Comercial
J. Malucelli Seguradora
RESSEGURO Online 11
Embora as fianças bancárias sejam utilizadas como garantias em contratos de
construção, alguns detalhes mostram não ser a melhor hipótese para tal.
A fiança bancária é uma garantia em dinheiro para o dono do projeto, sem
promessa de desempenho por parte do contratante.
A apólice de seguro garantia, por sua vez, além de aportar esta garantia para o
dono do projeto, também pode representar a certeza da conclusão do objeto
do contrato.
Quem é Protegido
O seguro garantia de performance é obtido por uma construtora e é um contrato que
liga as três partes (o dono do projeto, a empresa construtora contratada e a
seguradora).
Além da garantia financeira, o dono do projeto está protegido em caso de não
cumprimento por parte da empresa contratada - em outras palavras, se o trabalho não
for concluído ou fugir do padrão estabelecido.
Processo
No processo de pré-qualificação da empresa e do contrato,
começam a aparecer as diferenças positivas em prol do seguro
garantia.
Para emitir a apólice a seguradora realiza avaliações
detalhadas em toda a operação da construtora, como sua
saúde financeira, operações, capacidade de se endividar para
concluir sua carteira de obras, qualificação de sua equipe,
mercado onde atua e legislações.
O banco, para emitir a fiança bancária, foca na liquidez da
empresa (ou da garantia colateral apresentada) para o caso de
ser necessário recuperar o valor que possa vir a ser pago à
empresa contratante.
Outro ponto que se mostra vantajoso para o contratante ao se
optar pelo seguro garantia é no caso de ocorrer a situação onde
a reclamação se concretize.
No caso do seguro garantia existirão várias opções, como, por
exemplo, o financiamento da própria construtora para concluir
o projeto (no caso de um problema financeiro desta).
Outra opção é a própria seguradora assumir a conclusão do
contrato, por exemplo, através da contratação de outra
empresa construtora.
Influência sobre endividamento
A atividade de construção demanda sempre fortes
financiamentos, e isto pode determinar a capacidade da
empresa em concluir o contrato.
Enfim, como comprovado em vários campos dos negócios, a
A contratação de uma apólice de seguro não afeta de forma especialização leva a aprimoramentos que são revertidos em
alguma a capacidade de endividamento para financiar a benefícios para toda estrutura envolvida.
atividade. De forma complementar a isto, considerando o
padrão de exigência da seguradora que fornece a apólice, esta O filósofo alemão Max Weber disse que “Apenas a mais
pode ser vista como uma qualificação adicional à empresa. rigorosa especialização trará resultados que permanecem”. E
neste caso as seguradoras têm desenvolvido sistemas e
Ao obter uma fiança bancária a empresa usa uma parte de sua controles que, por priorizar a antecipação de cenários,
capacidade de endividamento, inclusive com lançamento possibilitam que os investimentos sejam cada vez mais
contábil desta obrigação. acertados. E garantidos.+
O quadro a seguir expõem as principais diferenças entre estas
duas formas de garantias:
Seguro garantia
· Um acordo entre três partes, que são o
tomador (contratado), o segurado (contratante) e a seguradora.
· Uma apólice de seguro garantia
de performance
protege o segurado da não
execução do objeto do contrato e dos
aumentos de custos advindos de um
problema com o tomador.
Fiança bancária
· A fiança bancária é uma garantia
financeira para o contratante.
·
O desempenho do contratado não
tem influência na obrigação do banco em pagar a carta de fiança.
Análise
· A seguradora avalia todas as operações
da empresa que deseja emitir uma
apólice. Além da saúde financeira são
pesquisados a experiência, organização, fluxo de trabalho, estrutura física e de
pessoal e tudo o que pode influenciar a
capacidade de desempenho da empresa
no contrato em questão.
·
O banco examina a liquidez do
que foi ofertado como garantia
colateral no caso de ter que pagar
a fiança emitida. Basicamente avalia a capacidade de ser
reembolsado.
Afetação da capacidade de endividamento
· Uma apólice de seguro garantia não diminui a capacidade do contratante em
levantar fundos para financiar sua
operação, ao contrário, pode ser vista
como um reforço de crédito.
·
Para emissão de uma fiança algum ativo líquido específico fica
como colateral para o banco. A
fiança aparece no balanço como
passivo e reduz a capacidade de financiamento da empresa.
Vigência
· A apólice é válida pelo período do contrato e alguma extensão combinada.
·
A fiança bancária tem data específica. Pode conter cláusula
de renovação automática, mas
pode perder a validade enquanto
o contrato ainda está vigente.
Custo
· Em todo mercado, taxas entre 0,80% e
2,50%. ·
Em todo Mercado, taxas entre
1,50% e 4,50%.
Procedimento no caso de problemas
· O aviso de incapacidade de conclusão do
contrato faz com que a seguradora inicie
o processo. Com isto as possibilidades são:
· A seguradora financiar a empresa para
que ela conclua o projeto;
· A Seguradora assume a responsabilidade
para completar o contrato até o valor
previamente estabelecido;
· A seguradora contrata uma nova
empresa para concluir o contrato;
· A Seguradora paga ao segurado o valor
da apólice.
·
O banco paga a fiança bancária.
·
Não existe nenhuma cláusula de
complementação do contrato
pelo banco, a empresa deverá
gerenciar sozinha a continuidade do contrato.
12 RESSEGURO Online
Contribuição:
Rating de Seguros
CONSULTORIA
Francisco Galiza www.ratingdeseguros.com.br
http://twitter.com/ratingdeseguros
RESSEGURO Online 13
Deve-se Investir em
Resseguradora?
Do ponto de vista do acionista, investir em uma resseguradora equivale à aplicação em
qualquer outro ativo ou investimento. Existem riscos, retornos, expectativas, etc.
Para avaliar esse aspecto, a Standard and Poor´s acaba de divulgar o estudo “Outlook
On Global Reinsurance Industry Remains Stable As Multiple Catastrophes Fail To Erode
Capital Surplus”.
Ver...
Uma das conclusões é que a avaliação do segmento não é necessariamente
desfavorável. Entretanto, sucessivos desastres naturais (entre outros fatores) têm
desanimado os investidores. Este, por sinal, é um desafio a ser enfrentado. Como atrair
novos capitais?
Abaixo, a evolução do indicador econômico “Price-to-Book Ratio”. Esta variável
compara o valor da empresa (a partir das cotações na Bolsa de Valores), dividido pelo
seu valor registrado contabilmente.
Como se observa, em dados desde 1990, a média das resseguradoras mundiais foi de
1,3. Atualmente, o número é 0,9.
http://static.ow.ly/docs/OutlookOnGlobalReinsuranceIndustryRemains
StableAsMultipleCatastrophesFailToErodeCapitalSurplus_kgs.pdf
16
Fotografia.folha.uol.com.br
clippingSetembro 2011
14 RESSEGURO Online
E vai fornecer assessoria jurídica a negócios alemães no Brasil e brasileiros na
União Europeia.
Fiel à filosofia de não se acomodar na posição de liderança em assessoria
jurídica conquistada e consolidada na atividade de seguros ao longo de uma
trajetória iniciada nos anos 1990, o escritório Pellon & Associados pôs em
andamento vários projetos para ampliar o seu campo de atuação, que incluem
a internacionalização da banca e, no mercado interno, a intensificação das
atividades em outras áreas do mercado segurador. Nos planos estão a
regulação de sinistros, a previdência e a capitalização.
No mercado interno, presidente da Pellon & Associados, Luís Felipe Pellon diz
que a regulação de sinistro ganhou ainda mais importância com a abertura do
resseguro, exigindo do mercado local adequação à forma de trabalhar das
resseguradoras estrangeiras. "É muito mais detalhada, confusa e até mais
cuidadosa do que a brasileira", conta, lembrando que nenhum aspecto passa
sem análise, todas as questões das coberturas são bem discutidas. Diante da
nova realidade do mercado criada com a abertura do resseguro, Pellon julga
imprescindível a presença de um advogado na equipe de regulação. "Nós
temos desenvolvido esse trabalho com muito sucesso, participando de vários
sinistros", assinala. No exterior. Já o lado multinacional começa a ganhar
formatação pela Alemanha, onde, em Düsseldorf, a empresa brasileira acaba
de abrir o escritório Pellon & Associados Europe, sob o comando do sócio José
Talarico. "Seremos a ponte entre investidores alemães e europeus que
desejam operar no Brasil e das empresas brasileiras que buscam mercados na
Europa", conta Talarico.
Luis Felipe Pellon diz que as perspectivas são boas e prevê que a investida
internacional impulsione em até 30% a receita do escritório. O interesse
europeu, em especial alemão, vem no rastro do crescimento econômico e das
oportunidades de negócios propiciadas pela Copa do Mundo, em 2014, e pelos
Jogos Olímpicos, em 2016. Os investimentos previstos para os dois grandes
eventos esportivos são da grandeza de US$ 50 bilhões. Segundo Luis Felipe
Pellon, as áreas prediletas dos alemães são serviço, industrial e infraestrutura.
E a tendência é de estreitamento dos laços comerciais entre os dois países, o
que tende a favorecer a investida da Pellon & Associados. É que os alemães
planejam realizar em 2013 o Ano da Alemanha no Brasil.Fonte: Portal Fator
Escritório Pellon & Associados
desembarca em Düsseldorf
Fotografia.folha.uol.com.br
RESSEGURO Online 15
Lloyd´s processa Arábia Saudita para
recuperar perdas.
Mercado de seguros em países
emergentes deve crescer US$ 900
bilhões até 2015
capacidade de conceber, planejar e financiamento, logística e operações da
executar os ataques de 11 de setem- Al Qaeda, além de suporte ideológico
bro", diz a companhia de seguros em para uma jihad global, há 20 anos. Até
Devido aos atentados de 11 de setem- sua ação. Com essa medida judicial, a hoje, esses braços do governo saudita
bro às torres do World Trade Center em companhia quer "recuperar os valores continuam dedicados a promover os
Nova York, o governo Bush atacou dois pagos a seus segurados" (US$ 215 objetivos da Al Qaeda e suas metas
países, o Afeganistão e o Iraque. Por milhões) cobrando aqueles que, "em operacionais, além de continuar a
causa dos US$ 215 milhões que teve de virtude de suas condutas intencionais, exercer um papel singular na propaga-
desembolsar para fechar acordos com arcam com a responsabilidade primária ção de ideologias antiocidentais". E
as famílias das vítimas dos atentados, a pelos danos resultantes dos ataques de acrescenta: "Sob a direção do governo
sucursal americana da companhia 11 de setembro". saudita, essas organizações vêm criando
inglesa de seguros Lloyd's concentrou a visão de que a sociedade ocidental,
seu ataque em um só, a Arábia Saudita. A petição inicial de 154 páginas, sob a liderança dos Estados Unidos, está
Nesse país, estão – e estavam – os segundo a Courthouse News Service, conduzindo um "ataque cultural
verdadeiros responsáveis pelos ataques contém a história da Al Qaeda, desde ocidental" (ghazu fikari, em árabe)
às torres gêmeas, diz a Lloyd em uma sua criação para lutar contra a ocupação coordenado contra o Islã (...) como um
ação judicial que moveu em um tribunal soviética do Afeganistão, suas raízes predicado para a conquista de territóri-
federal da Pensilvânia, EUA, segundo ideológicas que antecederam aquela os muçulmanos pelo Ocidente".
noticiam a agência de notícias jurídicas guerra, seus objetivos, táticas, formas De acordo com o jornal Pittsburg
Courthouse News Service, e outras com que desenvolveu e manteve seus Tribune-Review, alguns tribunais já
publicações. fundos e infraestrutura, à forte ligação decidiram que cidadãos americanos
(até hoje) com a Arábia Saudita. Bin podem processar jud ic ia lmente
Na lista de acusados, está o Reino da Laden era saudita, assim como o eram governos estrangeiros em casos
Arábia Saudita, além de bancos, 15 dos 19 envolvidos nos sequestros relacionados a terrorismo. Fonte:
instituições beneficentes e sauditas dos aviões que derrubaram as torres Consultor Jurídico
influentes do país: o Banco Comercial gêmeas – outros dois eram dos
Nacional, o Banco e Companhia de Emirados Árabes Unidos, um era do
Investimento Al Rajhi, a Alta Comissão Líbano e outro do Egito.
Saudita para Assistência para a Bósnia e
Herzegovina, o Comitê de Assistência "Apesar de a Al Qaeda haver criado
Conjunta Saudita para Kosovo e instituições de caridade para servirem Um levantamento publicado na edição
Chechênia, a Sociedade Crescente de fachada para suas atividades, a sua de setembro da revista América
Vermelho Saudita (o equivalente à Cruz transformação em uma sofisticada rede Economia, da Spring Editora, aponta
Vermelha no mundo muçulmano), o global de terrorismo foi financiada, que o mercado de seguros em países
príncipe Salman Bin Abdul Aziz Al Saud, acima de tudo, pelo suporte maciço que emergentes deve crescer entre US$ 600
o presidente do Banco Rajhi Suleiman recebeu de supostas instituições bilhões e US$ 900 bilhões até o ano de
Abdel Aziz Al Rajhi e o funcionário do beneficentes, atuando como agentes e 2015. Este crescimento, em especial no
Banco Rajhi Yassin Al Qadi. Na ação, a alter egos do governo do Reino da Brasil, é impulsionado pelo aumento do
companhia responsabiliza formalmente Arábia Saudita, muitas das quais poder de consumo da classe média, o
o governo do Reino da Arábia Saudita e trabalharam com as lideranças da Al crescimento do número de pequenas e
os demais acusados pelos atentados. Qaeda durante a jihad (guerra santa) no médias empresas e a grande demanda
"Inexistente o apoio financeiro dos Afeganistão", afirma a Lloyd's na por obras de infraestrutura devido aos
patrocinadores e partidários materiais petição. Declara ainda: "Os agentes grandes eventos esportivos dos
da Al Qaeda, incluindo os acusados aqui governamentais [no rol de acusados] próximos anos (Copa do Mundo em
nomeados, a Al Qaeda não teria tido a têm sido os principais canais de 2014 e Jogos Olímpicos em 2016). Entre
16 RESSEGURO Online
2005 e 2010, a arrecadação de segura- Sumitomo Seguros voltou a operar seguradoras, brokers e governos da
dos no país cresceu de R$ 94 bilhões normalmente.Fonte: Planeta Seguro África do Sul e Angola. Segundo seu
para R$ 184 bilhões, um aumento de presidente, Leonardo Paixão, "a
95%. A maior parte dos seguros no ampliação da atuação internacional da
mercado nacional é o pessoal e empresa mostra a disposição ara
corresponde a 30% do total. As competir em novos mercados, aprovei-
modalidades que mais se destacam são: O IRB-Brasil Re já pode atuar na tando o conhecimento de resseguro
vida, acidentes pessoais, garantia Argentina como resseguradora local. O acumulado ao longo dos 72 anos de
estendida e os chamados microssegu- Ministério da Economia e Finanças história da empresa".Fonte: Revista
ros, com contribuição mensal a partir de Públicas do país publicou na terça-feira Apólice
R$ 3,50. Na sequência aprecem os (30) a Resolução nº 36.045, com
seguros de automóveis (23%), patrimo- autorização, que é válida a partir
nial (9%) e outros (38%). Algumas hoje, 1º de setembro. Segundo no
seguradoras desenvolveram novos publicada pela companhia, "a presença
produtos em função do crescimento das da empresa no mercado argentino vinha
pequenas e médias empresas. Os crescendo desde junho passado, ainda
seguros são voltados a bares, restauran- na qualidade de ressegurador admiti-
tes, hotéis e pousadas, consultórios, do". O comunicado ainda informa que
escritórios, escolas, bufês, padarias, nesse período, foram mantidos contatos
cafeterias, floriculturas, pet shops, com os principais brokers e seguradoras
clínicas de estética e lavanderias. As do mercado e foram fechados negócios
coberturas preveem, por exemplo, com duas seguradoras da Argentina.
perdas e danos causados a vacinas por Contudo, como a maioria dos contratos
problemas de refrigeração, prejuízos tem data de renovação em 1º de julho
por problemas hidráulicos em lavanderi- de cada ano, em 2011 houve limitação
as e interrupção do acesso online de de tempo para analisar e celebrar
floriculturas com venda pela internet. negócios.
Fonte: Redação
Em 2012 o IRB-Brasil Re completará um
ciclo de atuação na Argentina e terá
condições de participar, como ressegu-
rador local, das discussões para
renovação de todos os contratos. A
A Superintendência Nacional de Seguros intenção da companhia é atuar princi-
Privados (Susep) revogou a portaria palmente no segmento de facultativos.
retroativa à 16/08/11, que suspendia o O potencial do mercado argentino de
cadastro da Mitsui Sumitomo Insurance resseguros é de US$ 1,1bilhão de
Company Limited como resseguradora prêmios por ano, sendo que a principal
admitida no Brasil. Conforme edição de seguradora detém 20% deste montante.
06/09/2011, do Diário Oficial da União, Além da Argentina, o IRB-Brasil Re
por meio da Portaria SUSEP Nº 4.186, de deverá partir para novos negócios em
5 de setembro de 2011, o prazo para outros países do Mercosul. A companhia
atualização cadastral da resseguradora também está de olho no continente
junto à SUSEP foi prorrogado até 31 de África, onde já manteve contatos
outubro de 2011. Desta forma, a Mitsui pessoais com executivos ligados a
IRB-Brasil Re ingressa na Argentina
como ressegurador local
IRB recebe prêmio de Melhor
Ressegurador Local
Resseguradora Mitsui Sumitomo
Insurance Company Limited volta
a operar
a
de
ta
O IRB-Brasil Re foi eleito, por cerca de dois
mil corretores de seguros, o Melhor
Ressegurador Local no II Prêmio Melhores
do Seguro, da Revista Apólice. O diretor
comercial, José Farias, compareceu ao
evento para representar o IRB. Segundo
ele, a percepção deste grupo de profissio-
nais sobre a importância do IRB no
mercado demonstra que as iniciativas de
aproximação contínua da empresa com
seus clientes e, conseguintemente, com os
corretores tem surtido efeito e nos
gratifica muito.
A cerimônia, apresentada por Marisa
Orth, aconteceu no dia 31 de agosto, em
São Paulo, e reuniu mais de 350 pessoas,
entre corretores de seguros, seguradores,
empresas e entidades do setor. Ao todo,
foram entregues 32 prêmios em duas
modalidades diferentes: cases de sucesso
e pesquisa entre corretores. O Prêmio
Melhores do Seguro visa estimular,
promover e reconhecer o trabalho de
personalidades, empresas e produtos que
mais contribuíram para o desenvolvimento
técnico e mercadológico do setor de
seguros brasileiro e que tiveram atuação
destacada no 2º semestre de 2010 e no 1º
semestre dei 2011. Fonte: Revista Apólice
Swiss Re Escolhida Melhor
Resseguradora Internacional
pelos Corretores Brasileiros
Corretores elegeram a Swiss Re como a
melhor resseguradora internacional em
todo o país, na pesquisa realizada pela
Revista Apólice, em conjunto com a
consultoria CVA Solution.
.De acordo com o Diretor Regional de
Resseguros da Swiss Re, Rolf Steiner: "É
muito gratificante receber o reconheci-
mento dos corretores, indicando que
estamos no caminho certo”. Além disso,
no momento de receber o prêmio, João
Dias, Gerente de Operações no Brasil,
informou que: “Há algumas semanas,
Swiss Re formalizou o pedido de registro
de resseguro local na SUSEP, o que a
empresa considera como o próximo
passo na contínua dedicação aos
clientes e ao mercado de seguros
brasileiro”.
Cerca de dois mil corretores participa-
ram da pesquisa e elegeram, além da
Swiss Re, as empresas de maior
destaque nos diversos ramos que
englobam áreas como: Seguros,
Resseguros, Previdência, Capitalização,
Planos de Saúde e Odontológicos.
Desenvolvido pela Revista Apólice, o
Prêmio Melhores do Seguro visa
estimular, promover e reconhecer o
trabalho de personalidades, empresas e
produtos que mais contribuíram para o
desenvolvimento técnico e mercadológi-
co do setor, e que tiveram atuação
destacada no 2º semestre de 2010/ 1º
semestre 2011. Fonte: Revista Apólice
Companhias aprendem com atentado de
11 de setembro
estudo, o atentado demonstrou que a
presença de uma indústria de seguros
forte, com um quadro regulamentar
O atentado terrorista do dia 11 de adequado e supervisionado é vital para o
setembro de 2001, ocorrido nos Estados bem-estar público, especialmente quando
Unidos, ensinou às seguradoras e as sociedades se deparam com eventos
resseguradoras a importância da extremos. Com isso, aprendeu-se que o
percepção, subscrição e precificação de setor de seguros pode reagir de uma
riscos, conforme estudo publicado pela forma flexível quando confrontado com
Geneva Association para marcar os 10 eventos impensáveis e de grande escala
anos do episódio. Segundo a publicação, Outro destaque foi que o setor tem
estas lições vão muito além do seguro despertado para a importância da
contra terrorismo e fizeram com que o segurança do contrato na condução do
setor ficasse ainda mais resistente para negócio. Resultou também em uma
suportar outros eventos "impensáveis". grande melhoria na qualidade de algumas
Entre as principais "lições aprendidas" práticas de negócios, como na subscrição
destacadas pelo estudo está a prova de dos riscos comerciais e privados.
que o sistema global de diversificação do
risco através de transferência para o Por sua vez, os resseguradores têm
resseguro funciona. As perdas seguradas redobrado seus esforços para preparar-se
relacionadas ao evento foram absorvidas para o "impensável". Além de aumentar
com sucesso, com empresas europeias as capacidades tradicionais, estão atentos
assumindo a maior parte das reivindica- ao controle de acumulação e à precifica-
ções. Os modelos de negócios nacional e ção baseada em riscos. Já os intermediári-
global de seguradoras e resseguradoras os estão dando mais ênfase na análise de
foram essencialmente validados. cenários qualitativos e no planejamento.
Essas iniciativas também envolvem novas
Outro ponto destacado foi o capital de formas de terrorismo, como a pirataria
base da indústria mundial de seguros e marítima destinada a interromper rotas
resseguros, que foi restabelecido de comércio vital e cyber ataques em
rapidamente. Essa percepção fez com que grande escala. No entanto, apesar de
as resseguradoras acelerassem a criação existirem avanços na modelagem de
de um modelo de negócios mais flexível e perdas esperadas, a própria natureza do
disciplinado baseado na "gestão do ciclo", terrorismo e da interação dinâmica entre
levando a um nivelamento de preços e as políticas governamentais e o compor-
capacidade. tamento terrorista ainda não permitiram
Houve também um reconhecimento uma modelagem de risco baseada em
sobre os limites dos mecanismos de probabilidade satisfatória.
mercado e maior interesse do público De acordo com o estudo, os efeitos do
sobre proteções. Parcerias público- atentado atingiram de forma limitada a
privadas foram desenvolvidas, combinan- regulação e supervisão de seguros nos
do a imposição solidária de requisitos, EUA e em outros lugares. No entanto,
através de seguro obrigatório, com um contribuiu para a aceleração dos
esquema equilibrado de partilha de desenvolvimentos regulatórios nacional e
perdas. Estas parcerias têm provado internacionais já em curso. Fonte: Revista
serem ferramentas para a difusão do Apólice
seguro contra terrorismo.Segundo o
RESSEGURO Online 17
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