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Membrana Celular e suas propriedades Composição das membranas celulares A membrana celular (também chamada membrana plasmática), que envolve a célula, é uma estrutura fina, flexível e elástica, de 7,5 a 10 nanômetros de espessura. É composta quase totalmente por uma bicamada lipídica, contendo também grande número de moléculas de proteínas localizadas na periferia ou imersas nos lipídios, associados ou não a glicoproteínas e glicolípidios. Bicamada lipídica A bicamada lipídica é um fino filme, formada por uma dupla camada de lipídios contínua por toda a superfície da célula. A dupla camada lipídica básica é composta por: - Um arcabouço de glicerol fosforilado (“cabeça”) solúvel em água, ou seja, é hidrofílica; - E duas “caudas” de ácidos graxos solúvel em lipídios, ou seja, é hidrofóbica. Proteínas Existem dois tipos de proteínas da membrana celular: As proteínas integrais atravessam toda a membrana e estão ancoradas à bicamada lipídica por interações hidrofóbicas. Algumas proteínas integrais são http://resumao-e02.blogspot.com.br/2011/07/dinamica-das-membranas.html Assim, as moléculas de fosfolipídios que têm propriedades hidrofílicas e hidrofóbicas são chamadas de anfipáticas. http://www.euquerobiologia.com.br/2013/12/ membrana-plasmatica-caracteristicas-e.html

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  • Membrana Celular e suas propriedades

    Composio das membranas celulares

    A membrana celular (tambm chamada membrana plasmtica), que envolve a

    clula, uma estrutura fina, flexvel e elstica, de 7,5 a 10 nanmetros de espessura.

    composta quase totalmente por uma bicamada lipdica, contendo tambm grande

    nmero de molculas de protenas localizadas na periferia ou imersas nos lipdios,

    associados ou no a glicoprotenas e glicolpidios.

    Bicamada lipdica

    A bicamada lipdica um fino filme, formada por uma dupla camada de lipdios

    contnua por toda a superfcie da clula. A dupla camada lipdica bsica composta

    por:

    - Um arcabouo de glicerol fosforilado (cabea)

    solvel em gua, ou seja, hidroflica;

    - E duas caudas de cidos graxos solvel em

    lipdios, ou seja, hidrofbica.

    Protenas

    Existem dois tipos de protenas da membrana celular:

    As protenas integrais atravessam toda a membrana e esto ancoradas

    bicamada lipdica por interaes hidrofbicas. Algumas protenas integrais so

    http://resumao-e02.blogspot.com.br/2011/07/dinamica-das-membranas.html

    Assim, as molculas de fosfolipdios que tm

    propriedades hidroflicas e hidrofbicas so

    chamadas de anfipticas. http://www.euquerobiologia.com.br/2013/12/

    membrana-plasmatica-caracteristicas-e.html

  • protenas transmembrana, pois entram em contato com o LEC e LIC. Ex: canais inicos,

    protenas de transporte (Na+ - K+ ATPase). Outras protenas integrais esto ancoradas

    na membrana, mas no a cruzam.

    As protenas perifricas esto ancoradas superfcie da membrana e no a

    penetram. Ligam-se de modo frouxo entre si, no lado intra ou extracelular da

    membrana celular por interaes eletrostticas. As protenas perifricas funcionam

    quase sempre como enzimas ou como controladores do transporte de substncias

    atravs dos poros da membrana celular.

    Carboidratos da Membrana - Glicoclix celular

    Os carboidratos na membrana ocorrem, quase invariavelmente, em

    combinao com protenas ou lipdios, na forma de glicoprotenas ou glicolipdios.

    Estas, por sua vez, podem estar associadas a protenas integrais, a superfcie externa

    da membrana celular, respectivamente, ou at mesmo ao ncleo de pequenas

    protenas, onde so chamados de proteoglicanos.

    Os domnios de carboidratos, ligados superfcie externa da clula, exerce

    vrias funes importantes:

    (1) Muitos deles tm carga eltrica negativa, resultando numa superfcie

    negativamente carregada que repele nions;

    (2) O glicoclix de algumas clulas se une ao glicoclix de outras, assim fixando as

    clulas umas s outras;

    (3) Muitos carboidratos agem como receptores para ligao de hormnios. Ex:

    Insulina;

    (4) Alguns domnios de carboidratos participam de reaes imunes.

    Transportes atravs da membrana celular

    O transporte atravs da membrana celular ocorre, tanto diretamente, atravs

    da bicamada lipdica, como por meio de protenas, resultando em dois processos

    bsicos: difuso ou transporte ativo.

    No entanto, algumas diferenas bsicas entre estes tipos de transportes

    precisam ser levadas em considerao:

    As substncias podem ser transportadas a favor do gradiente eletroqumico

    (downhill) ou contra esse gradiente eletroqumico (uphill).

    - O transporte downhill ocorre por difuso, tanto simples como facilitada, e no

    necessita de aporte de energia metablica.

    - O transporte uphill ocorre por transporte ativo, que pode ser primrio e secundrio.

    Os transportes ativos primrio e secundrio so distinguidos pela sua fonte de energia.

  • - No transporte ativo primrio h necessidade de aporte direto de energia metablica;

    e no secundrio, ocorre utilizao de aporte indireto de energia metablica.

    Os mecanismos de transporte se baseiam na presena ou no de protena

    carreadora.

    - A difuso simples a nica forma de transporte que no mediada por carreador.

    - A difuso facilitada, o transporte ativo primrio e o transporte ativo secundrio

    envolvem protenas de membrana integrais e so chamados de transportes mediados

    por carreador.

    Difuso simples

    o movimento cintico das molculas ou dos ons no qual as molculas vo do

    meio mais concentrado para o meio menos concentrado, ou seja, a favor do gradiente

    de concentrao e pode ocorrer atravs de:

    - Espaos intermoleculares da bicamada lipdica, neste caso as substncias que se

    difundem atravs dela so lipossolveis, ex: oxignio, nitrognio, dixido de carbono e

    lcool. Desta forma, a velocidade de difuso de cada uma dessas substncias atravs

    da membrana diretamente proporcional sua lipossolubilidade.

    - Ou canais aquosos que penetram por toda a espessura da membrana, por meio de

    alguma das grandes protenas transportadoras, porm no h qualquer interao com

    as mesmas. Normalmente, as substncias que percorrem este caminho so as

    hidrossolveis, ex: gua. Como a molcula de gua pequena, esta atravessa com

    grande rapidez as membranas celulares. Todavia, medida que as dimenses das

    molculas insolveis a lipdios aumentam, sua velocidade de penetrao diminui

    acentuadamente, a exemplo: molcula de ureia.

    A intensidade da difuso determinada pela quantidade de substncias

    disponveis, pela velocidade do movimento cintico e pelo nmero e tamanho das

    aberturas na membrana, pelas quais as molculas e os ons podem se mover.

    http://resumosgalois.blogspot.com.br/2009_05_01_archive.html

  • As protenas canais ou canais aquosos possuem duas caractersticas

    importantes:

    (1) So altamente seletivas para o transporte de um ou mais ons ou molculas

    especficas;

    (2) Muitos canais podem ser abertos ou fechados por comportas que so reguladas

    por sinais eltricos (Canais dependentes de voltagem. Exemplo na figura abaixo) ou

    qumicos que se ligam a protenas do canal (Canais dependentes de ligantes).

    Difuso facilitada

    tambm conhecida como difuso mediada por transportador, porque a

    substncia se difunde atravs da membrana usando uma protena transportadora

    especfica para auxiliar. Isto , o transportador facilita a difuso da substncia para o

    outro lado. Ex: glicose e a maioria dos aminocidos.

    A difuso facilitada difere de modo importante, da difuso simples pelo

    seguinte modo:

    Difuso simples A velocidade da difuso simples, atravs de um canal aberto,

    aumenta em proporo direta concentrao da substncia

    difundida.

    Difuso facilitada A velocidade da difuso tende a um mximo, que chamado de

    Vmx, medida que a concentrao da substncia difundida

    aumenta.

    http://minhaeducacaofisica.blogspot.com.br/2012/03/membrana-plasmatica-funcoes-e-estrutura.html

    http://slideplayer.com.br/slide/40689/

    A figura ao lado mostra que,

    enquanto a concentrao da

    substncia difundida aumenta,

    a intensidade da difuso

    simples continua a aumentar

    proporcionalmente, mas na

    difuso facilitada a velocidade

    de difuso no pode aumentar

    acima do nvel do Vmx.

  • Para compreendermos este questionamento, segue a figura abaixo:

    Essa ilustrao mostra a

    protena transportadora com poro

    suficientemente grande para

    transportar a molcula especfica

    por parte de seu trajeto. Mostra

    tambm um receptor de ligao

    na parte interna da protena

    transportadora. A molcula a ser

    transportada entra no poro e se

    liga. Ento, em frao de segundos,

    ocorre alterao conformacional

    ou qumica na protena

    transportadora, de forma que o

    poro agora se abre para o lado

    oposto da membrana.

    Em razo da ligao do receptor ser fraca, a movimentao trmica da molcula ligada

    faz com que esta se separe e seja liberada no lado oposto da membrana. A velocidade com

    que molculas podem ser transportadas por esse mecanismo nunca pode ser maior do que a

    velocidade com que a molcula de protena transportadora pode se alterar entre suas duas

    conformaes.

    Transporte Ativo

    o transporte de substncias contra seu gradiente de concentrao, podendo

    ocorrer do meio menos concentrado para o mais concentrado. Esse fato requer gasto

    de energia - ATP e protenas integrais que funcionam de modo distinto das de difuso

    facilitada, pois so capazes de transferir energia para a substncia transportada para

    mov-la contra o gradiente eletroqumico. Estas protenas transportadoras so

    chamadas de bombas.

    As substncias envolvidas nesse tipo de transporte geralmente so ons que

    devem ser controlados de maneira intermitente, como o caso de ons sdio (Na+),

    potssio (K+), clcio (Ca2+), hidrognio (H+), cloreto (Cl-), dentre outros.

    Uma dvida...

    Ento, o que limita a

    velocidade da difuso

    facilitada?

    http://www.todaletra.com.br/cat/sem-categoria/

  • O transporte ativo dividido em dois tipos de acordo com a fonte de energia

    usada para causar o transporte: o transporte ativo primrio e o transporte ativo

    secundrio.

    Transporte Ativo Primrio: a energia derivada diretamente da degradao do

    trifosfato de adenosina (ATP) ou de qualquer outro composto de fosfato com alta

    energia. Exemplo: Bomba de Na+-K+ ATPase.

    A bomba Na+-K+ ATPase est presente nas membranas de todas as clulas. Ela

    bombeia Na+ do LIC para o LEC e K+ do LEC para o LIC. Casa on se move contra seu

    respectivo gradiente de concentrao. E desse modo, para cada trs ons Na+

    bombeados para fora da clula, dois ons K+ so bombeados para seu interior.

    Essa bomba a responsvel pela manuteno das diferenas de concentrao

    entre o sdio e o potssio atravs da membrana celular, bem como pelo

    estabelecimento da voltagem eltrica negativa dentro das clulas. Sendo tambm

    considerada a base para a funo nervosa, transmitindo sinais nervosos por todo o

    sistema nervoso.

    Transporte Ativo Secundrio: a energia derivada secundariamente da energia

    armazenada na forma de diferentes concentraes inicas de substncias

    moleculares secundrias ou inicas entre os dois lados da membrana celular, gerada

    originariamente por transporte ativo primrio. Pode ser: co-transporte (simporte) ou

    contratransporte (antiporte ou troca).

    Co-transporte: ocorre quando todos os solutos so

    transportados no mesmo sentido atravs da membrana celular.

    Quando o sdio transportado para o LEC por transporte ativo

    primrio, em geral cria-se um amplo gradiente de concentrao

    desses ons; formando, desse modo, um reservatrio de energia

    http://maxaug.blogspot.com.br/2013_04_01_archive.html

    http://slideplayer.es/slide/1030822/

  • que sempre tentar difundir o sdio em excesso fora da clula para o LIC. Sob

    condies apropriadas, essa energia da difuso do sdio pode empurrar outras

    substncias junto ao sdio, atravs da membrana celular por meio de protena

    transportadora. O co-transporte est envolvido em vrios processos fisiolgicos

    relevantes, particularmente no epitlio absortivo do intestino delgado e do tbulo

    renal. Por exemplo, os co-transportes de Na+- glicose e de Na+ -

    aminocido.

    Contratransporte: ocorre quando os solutos se movem em sentidos

    opostos atravs da membrana celular. O Na+ se move para o LIC por meio

    do carreador a favor de seu gradiente eletroqumico; os solutos que so

    contratransportados ou trocados pelo Na+ se movem para o LEC. Ex:

    Contratransporte de Na+- Ca+2 e de Na+- H+.

    Osmose

    um tipo de transporte passivo onde ocorre o fluxo de gua atravs de uma

    membrana semipermevel, devido a diferenas das concentraes de solutos. As

    diferenas de concentrao de solutos impermeveis estabelecem diferenas de

    presso osmtica (a presso na qual a gua forada a atravessar a membrana), e essa

    diferena faz a gua fluir por osmose.

    A osmose da gua no a difuso da gua: a osmose ocorre devido diferena

    de presso, enquanto a difuso ocorre devido diferena de concentrao (ou

    atividade) da gua.

    A osmose no influenciada pela natureza do soluto, mas pelo n de partculas:

    - Quando duas solues contm a mesma quantidade de partculas por unidade de

    volume, mesmo que no sejam do mesmo tipo, exercem a mesma presso osmtica,

    por isso so chamadas Isotnicas.

    - Quando se comparam solues de concentraes diferentes, a que possui mais

    soluto e, portanto, maior presso osmtica chamada hipertnica, e a de menor

    concentrao de soluto e menor presso osmtica hipotnica.

    http://slideplayer.es/slide/1030822/

    http://sesi.webensino.com.br/sistema/webensino/aulas/repository_data//SESIeduca/ENS_MED/ENS_MED_F01_BIO/037_BIO_ENS_ME

    D_01_04/desafios_do_percurso.html

    Isotnica Hipotnica Hipertnica

  • Esquematizado...

    COMPOSIO DAS MEMBRANAS CELULARES

    Bicamada lipdica

    Protenas

    Carboidratos

    TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA CELULAR

    Difuso simples

    Difuso facilitada

    Transporte Ativo Primrio

    Transporte Ativo Secundrio

    Solues

    Poro hidroflica (Cabea)

    Poro hidrofbica (Cauda)

    Molculas

    Anfipticas

    Integrais

    Perifricas

    Glicoprotenas

    Glicolipdios

    Proteoglicanos

    Transporte Passivo

    Espaos intermoleculares

    Canais aquosos ou protena canal

    Transporte Ativo

    Co-transporte (Simporte)

    Contratransporte (Antiporte ou troca)

    Osmose

    Isotnicas

    Hipertnicas

    Hipotnicas

  • Referncias bibliogrficas

    GUYTON, Arthur C; HALL, John E. Tratado de fisiologia Mdica. 12 edio.

    Elsevier, 2011. Captulo 2 A clula e suas funes. Capitulo 4 O transporte de

    substncias atravs das membranas celulares.

    COSTANZO, Linda C. Fisiologia. 3 edio. Elsevier, 2007. Capitulo 1 Fisiologia

    Celular.