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GEP003 – Liderança, Poder e Negociação Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes GRUPO Clarice de Souza - 44442 Leonardo Henrique Balbino - 44920 Mariana Ortega Garcia - 44703 Silvana Biral - 44867 Ubiratan Drimel – 44915

Resumo 7 Hábitos

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GEP003 – Liderança, Poder e Negociação

Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes

GRUPO

Clarice de Souza - 44442

Leonardo Henrique Balbino - 44920

Mariana Ortega Garcia - 44703

Silvana Biral - 44867

Ubiratan Drimel – 44915

São Paulo

2011

ÍNDICE

1. DE DENTRO PARA FORA........................................................................2

2. OS 7 HÁBITOS – UMA VISÃO GERAL.....................................................3

3. HÁBITO 1 – SEJA PROATIVO: PRINCÍPIOS DA VISÃO PESSOAL.............4

4. HÁBITO 2 – COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE: PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA PESSOAL...................................................................................7

5. HÁBITO 3 – PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE: PRINCÍPIOS DO GERENCIAMENTO PESSOAL........................................................................9

6. PARADIGMAS DA INTERDEPENDÊNCIA..............................................12

7. HÁBITO 4 – PENSE GANHA/GANHA: PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA INTERPERSSOAL.........................................................................................13

8. HÁBITO 5 – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO: PRINCÍPIOS DA COMUNICAÇÃO EMPÁTICA................14

9. HÁBITO 6 – CRIE SINERGIA: PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO CRIATIVA15

10. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: PRINCÍPIOS DE AUTORENOVAÇÃO EQUILIBRADA.............................................................16

11. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: NOVAMENTE DE DENTRO PARA FORA................................................................................................16

12. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: PERGUNTAS QUE ME FAZEM COM FREQUÊNCIA.....................................................................................16

13. ANÁLISE CRÍTICA..............................................................................17

1. DE DENTRO PARA FORA

2. OS 7 HÁBITOS – UMA VISÃO GERAL

3. HÁBITO 1 – SEJA PROATIVO: PRINCÍPIOS DA VISÃO PESSOAL

Existem atualmente três teorias do determinismo para explicar a natureza do ser humano: a primeira é o determinismo genético, dizendo que muitas das suas características (nervosismo, ansiedade, humor) estão contidas no DNA da família, e são passadas para as novas gerações; a segunda é o determinismo psíquico, dizendo que seu caráter e personalidade são frutos da educação e experiências com os pais na infância; e a terceira é o determinismo ambiental, dizendo que alguém ou algo à sua volta é responsável pela situação.

A ideia é que todos estão condicionados a reagir de uma forma específica para um determinado estímulo. Mas um princípio fundamental do ser humano é: entre o estímulo e a resposta encontra-se a liberdade de escolha do ser humano. E é essa liberdade de escolha que nos distingue dos outros animais.

Além da autoconsciência, temos a imaginação, que é a capacidade de criar na nossa mente imagens que estão além da nossa realidade presente. Temos a consciência, um entendimento profundo do que é certo ou errado. E a vontade independente, que é a capacidade que temos de agir livre de qualquer influência.

O hábito principal e básico de uma pessoa altamente eficaz é a proatividade, que significa muito mais do que simplesmente tomar a iniciativa. Implica que nós temos responsabilidade total sobre nossas vidas, e que nosso comportamento é consequência das decisões que tomamos, e não do ambiente externo. Nós temos liberdade de iniciativa e responsabilidade suficientes para fazer com que as coisas aconteçam em nossas vidas.

Entenda por responsabilidade como uma habilidade de escolher a resposta. As pessoas proativas não culpam os outros ou as condições externas por seu comportamento. Este é produto de seu livre arbítrio, sua escolha consciente, que está baseada em valores, e não em resultados baseados em sentimentos.

Sendo uma pessoa proativa, nossa vida só se torna consequência do que acontece à nossa volta se deixarmos que esse tipo de fator controle nossa mente, isso devido a uma decisão que tomamos conscientemente ou por omissão. E nesse caso nos tornamos uma pessoa reativa.

Esse tipo de pessoa tem sua vida controlada apenas pelo ambiente físico externo. Se o tempo está bom, ela se sente bem. Se ocorre uma mudança, ela muda sua atitude e até sua performance. Sua vida emocional é construída em torno do comportamento dos outros, permitindo que a fraqueza daqueles que estão à sua volta a controle. A linguagem que estas pessoas usam é para tentar absolvê-las de suas responsabilidades, transferindo-as para outros.

Já aquelas que são proativas carregam o tempo dentro de si. Seu comportamento está baseado em valores, e elas avançam graças a isso, independentemente de como está o tempo. Existe influência dos estímulos externos, mas a resposta dos proativos a estes estímulos é uma escolha baseada em valores.

Tomar a iniciativa não significa ser agressivo, desagradável, mas sim reconhecer a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam.

Os proativos normalmente são as pessoas que conseguem os melhores empregos. São aqueles que não esperam que os outros façam com que as coisas aconteçam ou forneçam soluções, e sim por si só fornecem as soluções, e não mais problemas. Aproveitam a iniciativa para fazer o que é preciso para cumprir as tarefas. Usam com excelência seu RI (recursos e iniciativa).

Para que os 7 Hábitos sejam desenvolvidos é necessário iniciativa. O estudo dos outros seis hábitos mostra que é necessário aprimorar seus músculos proativos. Para crescer e obter oportunidades é necessário ser ativo.

Para que possamos melhorar a consciência sobre o grau de proatividade que atingimos, é necessário que possamos perceber com o que nos preocupamos, gastamos nosso tempo e energia. As preocupações podem ser separadas dos assuntos que não temos um envolvimento mental ou emocional maior. Nesse caso é criado um “Círculo de Preocupação”.

Ao olhar dentro deste círculo nota-se que algumas situações podemos interferir, outras não. Portanto, dentro do limite do Círculo de Preocupação, devemos colocar o “Círculo de Influência”, menor que o primeiro.

As pessoas reativas gastam a maior parte do seu tempo e energia no Círculo de Preocupação, reduzindo drasticamente o Círculo de Influência. Seu foco está nos problemas do ambiente, naquilo que não está sob seu controle.

Já as pessoas proativas focam sua energia no Círculo de Influência, fazendo com que este seja apenas um pouco menor que o Círculo de Preocupação. Isso porque a natureza de sua energia é positiva, e se concentram naquilo que podem modificar.

Existem três categorias para os problemas que enfrentamos no dia a dia: os de controle direto, que envolvem nosso próprio comportamento, e são resolvidos quando trabalhamos nossos hábitos. Se encontram dentro do Círculo de Influência, e formam as “Vitórias Particulares” dos Hábitos 1, 2 e 3; os de controle indireto, que envolvem o comportamento dos outros, e são resolvidos quando modificamos os nossos métodos de influência, e formam as “Vitórias Públicas” dos Hábitos 4, 5 e 6; e os de controle inexistente, os quais precisamos assumir a responsabilidade de mudar nossa atitude àquilo que não podemos modificar. Para solucionar os problemas de qualquer natureza, precisamos dar o primeiro passo, que está ao nosso alcance.

Para que possamos determinar em que círculo nossa preocupação se encontra, precisamos distinguir entre o ter e o ser. O Círculo de Influência está cheio de ser: eu sou mais paciente, eu sou mais sábio. Já o Círculo de Preocupação está cheio de ter: se eu tivesse mais tempo, se eu tivesse um chefe mais compreensivo.

Para que possamos ser proativos, é necessário ocorrer uma mudança de dentro para fora: ser diferente, alterando positivamente o que está lá fora. Para que sua situação possa melhorar, trabalhe com o que tem controle: você mesmo. A maneira mais positiva de influenciar uma situação é trabalhar no seu próprio ser.

Mas antes de passar a focar no Círculo de Influência, é necessário refletir em duas coisas do Círculo de Preocupação: as consequências e enganos.

Os princípios governam nosso comportamento. Viver em harmonia com eles traz consequências positivas, mas violá-los causa o inverso. Temos a liberdade de escolher o que vamos fazer frente a determinadas situações, mas com isso acabamos escolhendo também as consequências.

Algumas vezes as consequências das nossas escolhas são dispensáveis. Se tivéssemos oportunidade de refazer a escolha, com certeza a opção seria outra. Esses são nossos enganos.

Os proativos reconhecem que os erros do passado não podem ser desfeitos, mas os notam instantaneamente, fazem a correção e aprendem com a situação. Isso faz com que o fracasso se torne um sucesso.

A qualidade dos momentos futuros depende da reação a qualquer erro presente. É necessário reconhecê-lo e corrigi-lo imediatamente para que não ganhe força, fazendo com que retomemos o controle.

Teste o princípio da proatividade durante 30 dias para observar as consequências. Trabalhe somente no Círculo de Influência. Assuma pequenos compromissos e seja fiel a eles. Seja parte da solução, e não o problema. Não culpe os outros ao cometer um erro. Trate de você mesmo. Pense em ser. O que os outros estão ou não fazendo não importa tanto, mas sim a resposta que você escolheu e o que você deveria estar fazendo.

4. HÁBITO 2 – COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE: PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA PESSOAL

Começar com um objetivo em mente significa começar tendo uma compreensão clara do destino. Significa para onde você está seguindo, de modo a compreender melhor onde está agora e dar os passos sempre na direção correta. Apesar de o Hábito 2 se aplicar a múltiplas circustâncias e níveis de vida, a aplicação mais importante de “comece com o objetivo em mente” é iniciar hoje com a imagem, o quadro ou o paradigma do final da sua vida como quadro de referência ou critério a partir do qual todo o resto será examinado.

“Comece com o objetivo em mente” se baseia no princípio de que todas as coisa são criadas duas vezes. Há uma criação mental ou inicial e uma criação física, ou segunda criação, em todas as coisas. Se você pretende ter uma empresa bem sucedida, defina claramente o que está tentando conseguir. Reflita cuidadosamente sobre o produto ou serviço que quer oferecer, em termos de mercado-alvo, e depois organize os elementos – finanças, pesquisa, desenvolvimento, operações, marketing, instalações físicas e assim por diante – para atingir o objetivo. Sua capacidade de começar com o objetivo em mente com freqüência determina se você é ou não capaz de criar uma empresa bem sucedida.

Por princípio, todas as coisas são criadas duas vezes, mas nem todas as primeiras criações acontecem por vontade consciente.

Os dons exclusivamente humanos, como a autoconsciência, a imaginação e a consciência, nos permitem observar as primeiras criações e nos possibilitam assumir o controle de nossa própria criação mental, escrevendo nosso próprio papel. Em outras palavras o Hábito 1 diz: “Você é o criador”. O Hábito 2 é a primeira criação. O hábito 2 se baseia em princípios de liderança pessoal, o que significa que a liderança é a primeira criação. A liderança não é o gerenciamento. O gerenciamento é a segunda criação, e será discutido no Hábito 3. A liderança precisa vir primeiro. Nas palavras de Peter Drucker e Warren Bennis: “ Gerenciar é fazer as coisas do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas.” Nenhum sucesso no gerenciamento consegue compensar o fracasso da liderança. A liderança faz mais falta ainda em nossas vidas pessoais. Estamos nos dedicando a gerenciar com eficácia, a estabelecer e a atingir metas antes de ter esclarecido quais são nossos valores.

A proatividade se baseia no dom exclusivamente humano da autoconsciência. Os outros dons exclusivamente humanos adicionais, que permitem a expansão da proatividade e o exercício da liderança pessoal em nossas vidas, são a imaginação e a consciência. O Hábito 2 estabelece que somos capazes de usar a imaginação e a

criatividade para escrever novos papéis, mais eficazes, mais de acordo com nossos valores mais profundos e com os princípios corretos que lhes dão sentido de forma que para se começar com um objetivo em mente deve-se desenvolver uma missão pessoal, filosofia ou credo. Concentra-se naquilo que a pessoa quer ser (caráter) e fazer (contribuições e conquistas), e nos valores ou princípios nos quais o ser e o fazer estão fundados.

Para escrever uma missão pessoal, precisa-se começar pelo centro do Círculo de Influência, no qual residem nossos paradigmas mais básicos que usamos para observar o mundo. Aqui utillizamos o dom da imaginação para criar mentalmente o objetivo desejado, dando sentido e propósito a nossas tentativas iniciais, fornecendo a substância para uma contribuição pessoal escrita. O que estiver no centro de nossa vida será a fonte de nossa segurança, orientação, sabedoria e poder. Na condição de uma pessoa centrada em princípios vê-se as coisas diferentemente, age-se diferentemente e pensa diferentemente. Como possui um grau mais elevado de segurança, orientação, sabedoria e poder, que fluem de um centro mais sólido e imutável, conta-se com a base de uma vida altamente proativa e eficaz.

A autoconsciência leva a examinar nossos próprios pensamentos. Isso é significativo para a criação de uma missão pessoal porque os dons humanos específicos que nos permitem praticar o Hábito 2 – imaginação e consciência – são funções primárias do lado direito do cérebro. Compreender como lidar com esta capacidade aumenta significativamente nossa habilidade de primeira criação.

Um dos problemas fundamentais das organizações, incluindo as famílias, é que as pessoas não se comprometem com as determinações que outras pessoas fazem para suas vidas. Elas simplesmente não as aceitam. Sem envolvimento não há comprometimento e, sem o envolvimento significativo, não aceitam as metas. Uma meta eficaz concentra-se nos resultados e não em atividades. Ela estabelece onde se deseja chegar e durante o processo o ajuda a determinar onde está. Ela lhe dará as informações importantes sobre como chegar lá, e avisa quando isso acontecer.ela unifica seus esforços e energias. E, finalmente, ela se traduz em atividades diárias, de modo que você torna-se proativo. Comanda sua própria vida, faz com que aconteçam a cada dia, coisas que lhes permitirá honrar sua missão pessoal.

5. HÁBITO 3 – PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE: PRINCÍPIOS DO GERENCIAMENTO PESSOAL

Para começar a trabalhar no Hábito 3, que é o lado prático dos Hábitos 1 e 2, o exercício da vontade independente que torna possível o gerenciamento pessoal eficaz, é interessante elaborar uma resposta curta para estas duas perguntas: o que você poderia fazer, e não está fazendo no momento, que causaria uma grande diferença positiva na sua vida pessoal se fosse feito de maneira constante? E o que em sua vida profissional teria o mesmo efeito?

O gerenciamento eficaz é fazer primeiro o mais importante, ter disciplina, vontade de fazer direito. Já a liderança é o que resolve o mais importante. Se você é eficaz em se auto gerenciar, a disciplina é um produto da vontade independente. Você segue seus próprios valores fundamentais e subordina seus sentimentos e humores a eles.

A essência do Hábito 3, primeiro o mais importante, é um denominador comum do sucesso que supera todos os outros fatores (trabalho duro, boa sorte, relacionamento). Apesar disso todos são importantes.

Há uma nova geração da administração que defende que o desafio não é administrar o tempo, e sim a pessoa. Não se deve focar a atenção nas coisas e no tempo, e sim em melhorar os relacionamentos e em obter resultados, ou seja, a manutenção do equilíbrio P/CP.

Esse foco dessa nova geração é identificado na Matriz do Gerenciamento do Tempo como o segundo quadrante. Essa matriz é composta por atividades urgentes e não urgentes no eixo horizontal, e importantes e não importantes no eixo vertical. No quadrante II as atividades são aquelas importantes, mas não urgentes. Estas exigem mais proatividade. Precisa-se agir para que as coisas aconteçam.

Entende-se por uma atividade urgente aquela que necessita de atenção imediata, e normalmente não são nada importantes. Reagimos a essas atividades. Já as atividades importantes estão relacionadas com resultado e contribuem com nossa missão, valores e metas. Agimos para desenvolver essas atividades. Mas para saber diferenciar o que é ou não importante é necessário praticar o Hábito 2.

O quadrante I da matriz lida com as atividades urgentes e importantes, que precisa de resultados e atenção imediata. São conhecidas como crises ou problemas. Enquanto o foco está neste quadrante, as coisas se tornam cada vez mais sérias e acabam dominando a pessoa. O alívio das pessoas que que tratam apenas destes problemas está no quadrante IV, onde estão as atividades não urgentes e não importantes.

O quadrante III trata das atividades que são urgentes, só que menos importantes. Muitas pessoas vivem neste quadrante e pensam que estão no quadrante I. Mas as urgências destas atividades normalmente estão baseadas nas prioridades de expectativas dos outros.

As pessoas eficazes ficam afastadas dos quadrantes III e IV, pois tratam de atividades sem importância. Além disso diminuem o tamanho do quadrante I, pois dedica mais tempo ao quadrante II, que está no centro do gerenciamento pessoal eficaz. Elas se voltam para as oportunidades que surgem, e não para os problemas. Enfrentam as crises do quadrante I, mas estas são numericamente menores.

Analisando as respostas às questões dadas no início deste capítulo, elas são importantes, urgentes? Provavelmente se encaixam no quadrante II, e você não as realiza porque não são urgentes. A eficácia das nossas ações dá um salto qualitativo quando focamos nas atividades deste quadrante.

Se você praticar e cultivar a proatividade e focar nas atividades do quadrante II sua eficácia aumentará e seus problemas diminuirão, pois estará pensando por antecipação, preventivamente.

As atividades dos quadrantes I e III fazem imposições, pois são urgentes. Portanto para dizer sim às atividades do quadrante II será necessário ser proativo para dizer não para outras atividades aparentemente urgentes. Mesmo quando o urgente é bom, o bom pode afastá-lo do que é ótimo.

O gerente quadrante II deve observar seis critérios importantes: coerência, que indica a existência de harmonia, unidade e integridade entre a visão e a missão; equilíbrio, identificando os diversos papéis da vida e mantendo-os à sua frente; foco no quadrante II, que exige instrumentos que o ajude a dedicar o tempo às atividades deste quadrante, no qual o segredo não é priorizar a agenda, mas sim agendar as prioridades; uma dimensão humana, pois deve-se lidar com pessoas, e não apenas de planos; flexibilidade, da qual o instrumento de planejamento deve ser seu escravo, nunca seu senhor; portátil, pois seu instrumento de planejamento deve ser fácil de carregar, estando com ele a maior parte do tempo, pois a qualquer momento pode querer revisar sua missão pessoal e visualizar as informações importantes.

A organização do quadrante II envolve quatro atividades-chave: identificando os papéis, na qual é necessário pensar nos papéis que desempenha na vida, podendo considerar apenas uma semana, marcando as áreas que você se vê gastando mais tempo; estabelecendo metas, na qual se estabelece dois ou três resultados que se pretende conseguir em cada um dos papéis, sendo que pelo menos uma dessas metas deve refletir atividades do quadrante II; planejando, na qual pode-se registrar cada meta a um dia específico da semana, seja na condição de item prioritário ou como tarefa específica; adaptando-se diariamente, na qual o planejamento diário torna-se um questão de adaptação diária, de priorizar atividades e responder a eventos de modo proveitoso. Entretanto deve haver cuidado nessa adaptação, pois se corre o risco de dar prioridade ou conquistar coisas que não queria ou das quais não precisava.

Apesar de organizar com cuidado sua semana, pode precisar readaptar sua agenda a valores mais altos, pois está centrado em princípios. E devido a isso terá uma sensação de tranquilidade se você já conseguiu integrar totalmente o Hábito 2 à sua vida.

A chave para o gerenciamento eficaz é a delegação de poderes. Se delegamos poderes ao tempo, pensamos em eficiência. Se delegamos poderes a outras pessoas, pensamos em eficácia.

Quando nossas responsabilidades são transferidas para outras pessoas, suas energias são transferidas a elas. Um produtor faz de tudo para atingir os resultados, mas quando se organiza e trabalha por meio de outras pessoas e sistemas, torna-se um gerente. Enquanto um produtor pode investir uma hora de seu trabalho para produzir uma unidade de produto, um gerente pode investir uma hora para produzir dezenas de unidade por meio da delegação eficaz.

A delegação restrita de poderes apenas ordena, focalizando os métodos. Já a delegação administrativa tem foco nos resultados, e dá liberdade para as pessoas escolherem o método de produção, tornando-as responsáveis pelos resultados.

Essa delegação pressupõe compreensão e comprometimento mútuo com referencia a cinco áreas: resultado desejados, criando uma visão clara do que precisa ser obtido, focando em resultados e no que fazer; orientação, estabelecendo parâmetros para a pessoa que irá executar a tarefa sem delegar métodos, mas mostrando as restrições mais notáveis, mostrando os becos sem saída e as armadilhas, mas deixando que a pessoa aprenda com os próprios erros; recursos, identificando os recursos que a pessoa pode utilizar na execução; acompanhamento, estabelecendo os parâmetros de avaliação de desempenho e definindo quando deverão ser feitos; consequências, definindo o que vai acontecer a partir do resultado da avaliação, independente se for bom ou ruim, podendo incluir recompensas, diferentes tarefas profissionais e as consequências naturais ligadas à missão da empresa.

A delegação administrativa pode ser aplicada a qualquer pessoa e em qualquer situação, lembrando que com pessoas imaturas a orientação deve ser maior, exigindo menos resultado, e o acompanhamento deve ser feito com maior frequência. Com pessoas mais maduras pode-se focar mais em resultados, dando menos orientações e fazendo checagens mais espaçadas.

A medida que você desenvolve um paradigma quadrante II, aumenta sua capacidade de viver e organizar cada dia melhor sua vida em relação às suas prioridades.

Todos os 7 Hábitos estão nesse quadrante, lidando fundamentalmente com atividades importantes que podem trazer grandes melhorias na vida pessoal e profissional se praticadas regularmente.

6. PARADIGMAS DA INTERDEPENDÊNCIA

7. HÁBITO 4 – PENSE GANHA/GANHA: PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA INTERPERSSOAL

8. HÁBITO 5 – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO: PRINCÍPIOS DA COMUNICAÇÃO EMPÁTICA

9. HÁBITO 6 – CRIE SINERGIA: PRINCÍPIOS DA COOPERAÇÃO CRIATIVA

10. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: PRINCÍPIOS DE AUTORENOVAÇÃO EQUILIBRADA

11. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: NOVAMENTE DE DENTRO PARA FORA

12. HÁBITO 7 – AFINE O INSTRUMENTO: PERGUNTAS QUE ME FAZEM COM FREQUÊNCIA

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13. ANÁLISE CRÍTICA

a) Leonardo Henrique Balbino

Os 7 Hábitos seguem a ideia da mudança “de dentro para fora”. Em nosso dia a dia, muitas vezes praticamos algum dos hábitos sem ao menos conhecê-los, e sem termos chegado a ele seguindo uma sequência lógica.

Mas vale dizer que o primeiro hábito, que fala sobre a proatividade, é a base para todos os outros. Não é por acaso que o autor parece tê-lo colocado exatamente nesta posição, pois é aí que a nossa mudança “de dentro para fora” se inicia, pois é preciso querer mudar, ser proativo, agir sobre nosso círculo de influência.

Durante minha ainda breve vivência profissional, já encontrei muitas pessoas que me desestimularam durante um período porque disseram que, mesmo com anos e anos de empresa, não foram recompensadas em nenhum momento pelo seu esforço. Mas aos poucos pude perceber que o hábito básico, da proatividade, não era algo comum em suas vidas. Mesmo ainda não conhecendo este hábito como descrito no livro, pude perceber que estas pessoas estão fazendo simplesmente o que julgam ser necessário, e não o que realmente é necessário, e por isso não são recompensadas como julgam que deveriam ser. Já aquelas que percebi que são pessoas de atitude, que procuram resolver problemas, são recompensadas de alguma forma.

A prática do hábito 2 parece não ser algo fácil. Nosso tempo é algo precioso, e por isso temos que gastá-lo com coisas que achamos ser importantes. E é exatamente aí que pensamos duas vezes antes de dedicar o tempo para realmente escrever uma “missão” para a nossa vida. E isso se torna ainda mais difícil quando pensamos em escrever uma “missão” considerando toda a família, reunindo todos para uma discussão deste assunto. Neste ponto a proatividade é muito necessária para a prática deste hábito, pois pessoalmente não me vejo ainda agindo como o autor, que chega até a expor de forma clara em sua casa a missão da família. Creio que esta ação é o ponto máximo em que uma pessoa pode chegar ao trabalhar o hábito 2, pois conseguiu embutir por completo em sua vida as ideias discutidas nesse ponto.

Mas creio que a prática do hábito 3 não depende apenas de nós mesmos. No dia a dia da empresa posso perceber que muitas vezes, mesmo querendo dar ênfase maior para as atividades do quadrante II (não urgentes, mas importantes), os superiores não pensam da mesma forma, e sempre estão querendo que se “apague os incêndios”, trabalhando nos quadrantes I e III, apenas realizando atividades urgentes, e que muitas vezes não são importantes. E tudo isso porque muitas vezes estamos vivenciando uma “delegação restrita” de tarefas, nas quais não temos a independência de fazer algo com o os recursos que julgamos necessários. E por isso sempre ouvimos falar que “falta pessoal”, pois como diz o autor, um produtor investe uma hora de seu trabalho e produz uma peça, mas um gerente investe essa mesma hora e acaba

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produzindo 50 peças, pois “a chave para o gerenciamento eficaz é a delegação de poderes”.

Os hábitos 4 e 5 parecem estar inteiramente inter-relacionados. Isso porque penso que para atingirmos o ganha/ganha em qualquer momento da nossa vida, precisamos compreender as necessidades do outro e explanarmos as nossas necessidades. E como o autor mostra em seu livro, penso que realmente devemos seguir exatamente essa sequência: primeiro compreender para depois ser compreendido. Com a simples história do diálogo entre pai e filho no livro, pôde-se comprovar que relacionamentos podem ser fortificados, ganhando a confiança do próximo, seguindo esses passos, praticando o hábito 5.

A sinergia, descrita no hábito 6, chama muita atenção pois mostra que podem ser encontradas novas soluções, muito melhores que as originais, porque as pessoas estão pensando no ganha/ganha. Não pensam apenas em si, mas no conjunto como um todo.

Recentemente pude passar por ume experiência pessoal desse tipo, em que precisava achar uma solução para uma situação com minha esposa. As soluções iniciais traziam algum tipo de benefício, mas sempre tinham tendência mais positiva para uma pessoa ou outra. Após um tempo pensando e discutindo sobre o assunto, conseguimos achar uma solução “ótima” que trouxe benefícios para ambos. Obviamente ambos tiveram que “abrir mão” de alguma coisa, desviar um pouco do plano individual de cada um, mas isso não foi considerado como um efeito negativo frente às novas possibilidades da solução encontrada.

No hábito 7 novamente voltamos a uma das questões citadas no hábito 2: o tempo. Precisamos criar o equilíbrio entre quatro dimensões, e creio que uma delas seja muito crítica para muitos, inclusive para mim: a física.

Meu trabalho “exige” que eu seja sedentário (pelo menos quando estou na empresa), pois na maior parte do tempo preciso estar sentado, de frente a um computador. E exatamente por isso, como todos sabem, isso deveria ser compensado fora da empresa, com a prática de exercícios. Mas, sempre diz-se que o “tempo” é o problema. E analisando a situação, mesmo de forma superficial, pode-se notar que esse não é o verdadeiro problema. Precisa-se na verdade trabalhar o hábito 1 neste ponto, da proatividade, pois alguns minutos diários com certeza trarão grandes benefícios futuros em relação à saúde.

De forma geral, o autor me passou muita credibilidade em relação às suas ideias expostas no livro, pois praticando algumas das mesmas em certos momentos pude notar grande diferença em minha vida pessoal e profissional. Mesmo porque algumas experiências ocorreram no passado, antes de conhecer o livro, e analisando pude perceber que seguiam as recomendações aqui dadas.

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