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Universidade Federal do Pará – UFPA Instituto de Letras e Comunicação – ILC Faculdade de Comunicação – FACOM Disciplina: Teorias da Comunicação Docente: Célia Trindade Amorim Discentes: Felipe Matheus Soares Ferreira Nobre George Luiz Miranda Da Silva, João Victor Rocha Micuanski Jobson Murilo Barbosa Marinho, Sergio do Espirito Santo Ferreira Junior Tarcizio Pereira Macedo

Resumo Agenda-Setting e Newsmaking

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Page 1: Resumo Agenda-Setting e Newsmaking

Universidade Federal do Pará – UFPAInstituto de Letras e Comunicação – ILCFaculdade de Comunicação – FACOM

Disciplina: Teorias da ComunicaçãoDocente: Célia Trindade Amorim

Discentes: Felipe Matheus Soares Ferreira NobreGeorge Luiz Miranda Da Silva,João Victor Rocha Micuanski

Jobson Murilo Barbosa Marinho,Sergio do Espirito Santo Ferreira Junior

Tarcizio Pereira Macedo

Universidade Federal do ParáBelém, PA

2013

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Agenda-setting

A agenda-setting (WOLF, 2009) trata-se de uma tendência conceptual-metodológica

de pesquisa do âmbito da comunication research, cuja hipótese, em suma, postula que a

produção e veiculação de informações pela mídia influi na maneira de o público exposto a

elas ver a realidade, ou seja, na construção de sua realidade social. Isso se dá pela

configuração dos assuntos tratados, que, conforme sejam tratados na agenda da mídia, passam

a integrar a agenda do público.

Nesse hipótese, considera-se que há efeitos oriundos da ação da mídia, mas estes não

estão relacionados ao momento de exposição às mensagens (como no caso dos “efeitos

limitados”). Antes, trata-se de “efeitos cumulativos” e cognitivos, cuja expressão se dá em

longo prazo e colaboram na reestruturação de uma imagem social e na relação com os

assuntos.

Assim, a representação da mídia vai definir, não o que os indivíduos devem pensar,

mas os temas e assuntos sobre os quais eles devem pensar algo e sobre os quais vão construir

as significações referentes à realidade. E a “ordem do dia” e hierarquização dos assuntos e

temáticas são um fator de relevância, pois a importância e hierarquia que eles assumem para o

público é decorrente da configuração deles nos meios de comunicação de massa.

A agenda-setting, apesar dos pressupostos em sua hipótese, teve as suas pesquisas

desenvolvidas no âmbito empírico com uma profusão de metodologias e parâmetros de

análise, pouco correlacionados (conforme Wolf aponta, isso se constitui uma ‘deficiência’,

que se deva posteriormente corrigir por meio de uma formulação de avaliação, dados e

ponderações teóricas globais da mídia).

E algumas conclusões dessas pesquisas apontam para caminhos complementares ou

refutadores de alguns postulados da hipótese (WOLF, op. cit.). Entre eles: 1) a capacidade de

fixar sentidos, ou seja, de construir um quadro cognitivo de referência completo, capaz de

destacar a ‘relevância’ dada (pela mídia de massa) ao assunto e de influenciar na percepção do

assunto pelo público, varia de meio para meio, sendo a televisão menos eficaz nesse sentido,

por fornecer informações fragmentárias da realidade, de sentido planificado, e mídia

impressa, mais eficaz, por conseguir veiculá-las de uma forma bem mais substancial sua

importante e seu sentido; 2) além de cognitivos e cumulativos, os efeitos estariam

condicionados a alguns fatores intra e interpessoais, como a relação do grupo com os temas, a

identificação do individuo com ele, os conhecimentos a respeito, e a própria aceitação da

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abordagem midiática realizada; 3) o efeito de agenda varia conforme os níveis de

conhecimento e os públicos destinatários das mensagens da mídia.

Referências bibliográficas

WOLF, Mauro. O estudo dos efeitos a longo prazo. In: Teorias das comunicações de massa. Tradução de Karina Jannini. 4. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

WOLF, Mauro. Da sociologia dos emissores ao newsmaking. In: Teorias das comunicações de massa. Tradução de Karina Jannini. 4. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.