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Constituição Federal: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento) II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento) IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento) V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento) VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento) § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

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Constituio Federal:

Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv- lo para as presentes e futuras geraes.

1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:

I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas;(Regulamento)II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico;(Regulamento)(Regulamento)III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo;(Regulamento)IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade;(Regulamento)V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade.(Regulamento) 2 - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com soluo tcnica exigida pelo rgo pblico competente, na forma da lei.

3 - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados.

4 - A Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

5 - So indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por aes discriminatrias, necessrias proteo dos ecossistemas naturais.

6 - As usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas.

1) ResponsabilidadeO meio ambiente tutelado nas trs esferas: civil, administrativa e penal.

No h bis in idem na regra de cumulao de sanes (penais, civis e administrativas) pois as mesmas protegem objetos distintos e esto sujeitas a regimes jurdicos diversos.

Tutela Civil A legislao protege o meio ambiente por meio da ao civil pblica proposta em face do causador do dano, para, se possvel, recuperar a degradao, reconstituir a flora ou a fauna, mediante obrigaes de fazer e no-fazer, ou ressarcir, em pecnia, os danos causados e irrecuperveis a curto espao de tempo

Aspectos da responsabilidade civil ambiental: - Extracontratual: decorre do dever geral de indenizar. Independe de qualquer vinculo com os afetados, o poluidor obrigado a indenizar os danos causados ao meio ambiente em si e a terceiros afetados pela conduta danosa.

- Objetiva: independe da anlise de culpa do agente. Para que possa pleitear a reparao do dano ambiental, o autor deve demonstrar a ao ou omisso do ru, o evento danoso e o nexo de causalidade, de modo que a ausncia de culpa ou, ainda, a licitude da atividade no impedem a reparao. O entendimento que a responsabilidade ambiental objetiva, sob a modalidade do risco integral, pela qual irrelevante a existncia de caso fortuito ou da fora maior como causas de excludente. Ocorrido o dano seja em virtude de uma falha tcnica ou humana, ou por obra de acaso, ou ainda, fora da natureza, deve o empreendedor responder e se possvel voltar-se contra o verdadeiro causador, pelo direito de regresso, quando for o caso de terceiro.

- Solidria: pode-se exigir a reparao de qualquer empreendedor no caso de haver mais um responsvel. Quando h mais de um empreendedor a reparao pode ser exigida de todos ou qualquer um, segundo as regras da solidariedade, cabendo ao que pagar pelo dano, a ao de de regresso contra os outros co-responsveis, ai sim, pela via de responsabilidade subjetiva, em que podero discutir a responsabilidade de cada um.

Tutela Administrativa A tutela administrativa do poder pblico para preservar o meio ambiente realizada pelo poder de polcia e o poder de regulamentar. Ocorrido o desrespeito as regra configurando a infrao administrativa, lavra-se o auto de infrao ambiental apontando-se a regra jurdica violada, ocorrendo a apurao em processo administrativo prprio, poder ser imposta a sano administrava pelo rgo competente, devendo sempre vir prevista em lei, obedecendo ao princpio da legalidade.

Tutela penal Com o advento da Lei 9.605/98, a legislao penal-ambiental anteriormente esparsa, foi sistematizada e criou a figura da responsabilidade da pessoa jurdica.Obs: Competncia Privativa da Unio Somente pode ser exercida pela Unio, salvo mediante edio de Lei Complementar que autorize os Estados a legislarem sobre as matrias relacionadas com as guas, energia, populaes indgenas, jazidas e outros recursos minerais, alm das atividades nucleares de qualquer natureza.

2) MARCO AMBIENTAL NO BRASIL

A promulgao da Lei 6938 de 31 de agosto de 1.981, criando a Poltica Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo conceitos, princpios, objetivos, instrumentos, penalidades, seus fins, mecanismos de formulao e aplicao, e instituindo o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente e o CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, foi um grande marco no trato das questes ambientais no Brasil.

Meio ambiente o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Como se v, pela amplitude do conceito, pode-se afirmar que qualquer manifestao ocorrida nos reinos animal, vegetal e mineral esto includos no meio ambiente.

Obs: O Meio Ambiente pode ser classificado em : Natural ou Fsico; Artificial; Cultural e; do Trabalho.

Degradao da qualidade ambiental - alterao adversa das caractersticas do meio ambiente;

Poluio: A degradao da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a sade, a segurana e o bem estar da populao; b) criem condies adversas s atividades sociais e econmicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condies estticas ou sanitrias do meio ambiente; e e) lancem matrias ou energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos;

Poluidor - A pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel direta ou indiretamente por atividade causadora de degradao ambiental;

Recursos Ambientais - Atmosfera, as guas interiores, superficiais ou subterrneas, os esturios, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

O que o SISNAMA? um conjunto articulado de rgos, entidades, regras e prticas responsveis pela proteo e pela melhoria da qualidade ambiental, estruturando-se por meio dos seguintes nveis poltico-administrativos: - rgo superior Conselho de Governo, que rene a Casa Civil da Presidncia da Repblica e todos os ministros. Tem a funo de assessorar o presidente da Repblica na formulao da poltica nacional e das diretrizes nacionais para o meio ambiente e os recursos naturais. rgo consultivo e deliberativo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Rene os diferentes setores da sociedade e tem carter normatizador dos instrumentos da poltica ambiental. rgo central Ministrio do Meio Ambiente. Tem a funo de planejar, coordenar, supervisionar e controlar as aes relativas poltica do meio ambiente.

rgo executor Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA. Est encarregado de executar e fazer executar as polticas e diretrizes governamentais definidas para o meio ambiente. rgos seccionais De carter executivo, essa instncia do SISNAMA composta por rgos e entidades estaduais responsveis pela execuo de programas e projetos, assim como pelo controle e fiscalizao de atividades degradadoras do meio ambiente. So, em geral, as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente.

rgos locais Trata-se da instncia composta por rgos ou entidades municipais responsveis pelo controle e fiscalizao dessas atividades em suas respectivas jurisdies. So, quando elas existem, as Secretarias Municipais de Meio Ambiente.

Sistema Estadual de Meio Ambiente SISEMA

De acordo com o Art. 202, da lei Delegada 180/2011, o SISEMA tem a finalidade de integrar o regime de proteo e defesa do meio ambiente e dos recursos hdricos a cargo do Estado no Sistema Nacional do Meio Ambiente, por meio da articulao coordenada dos seguintes rgos e entidades que o integram: I - a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel - SEMAD; II - o Conselho Estadual de Poltica Ambiental - COPAM; (rgo normativo, colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD,)

III - o Conselho Estadual de Recursos Hdricos - CERH; IV - a Fundao Estadual do Meio Ambiente - FEAM; (Contribuir para a gesto ambiental do Estado por meio do licenciamento, fiscalizao e monitoramento dos empreendimentos industriais, minerrios e de infra-estrutura (saneamento, projetos urbansticos, rodovias, gerao de energia e postos de combustveis), incluindo aes de pesquisa, educao e extenso ambiental.) responsvel pela agenda marrom;

V - o Instituto Mineiro de Gesto das guas - IGAM; ( uma Autarquia estadual responsvel por planejar e promover aes direcionadas preservao da quantidade e da qualidade das guas de Minas Gerais.) responsvel pela agenda azul.VI - o Instituto Estadual de Florestas - IEF; (tem por finalidade executar a poltica florestal do Estado e promover a preservao e a conservao da fauna e da flora, o desenvolvimento sustentvel dos recursos naturais renovveis e da pesca, bem como a realizao de pesquisa em biomassa e biodiversidade.) responsvel pela Agenda Verde.

VII - os ncleos de gesto ambiental das demais Secretarias de Estado;

VIII - a Polcia Ambiental da Polcia Militar de Minas Gerais; IX - os comits de bacias hidrogrficas; e

X - as agncias de bacias hidrogrficas

3) O PODER DE POLCIAH um complexo de rgo federais, estaduais, distritais e municipais que compem o SISNAMA, com atribuies para exercer todos os atos de polcia de meio ambiente, como licenciamento, autorizao, aplicao, execuo de penalidades.

O mbito de repercusso da atividade sobre o meio ambiente determina a competncia: se os efeitos sobre o meio ambiente ocorrem em mbito local, o Municpio ter competncia principal para exerccio do poder de polcia; se a atividade tem impacto em mais de um municpio, o poder de polcia ser, principalmente, do Estado; caso a atividade tenha impacto em mais de um Estado, a competncia ser, principalmente, do rgo federal encarregado do poder de polciaNesse entendimento, a PM MAmb., para exercer o poder de polcia administrativa ambiental, com a adoo das penalidades previstas para as transgresses legislao ambiental, necessita de delegao de competncia, mediante convnio firmado com o rgo competente.Estrutura do policiamento de meio ambiente

Nvel Ttico

a) Diretoria de Meio Ambiente e Trnsito DMAT A DMAT, Unidade de Direo Intermediria, responsvel pelo assessoramento ao Comando da Polcia Militar, tem por misso subsidiar o nvel estratgico na tomada de decises que envolvem os policiamentos de meio ambiente e trnsito urbano e rodovirio nas searas operacional e administrativa, e exercer a coordenao tcnica dessas atividades.b) Regio de Polcia Militar (RPM) e Comando de Policiamento Especializado Cada Regio de Polcia Militar, localizada no interior do estado, tem em sua subordinao uma Companhia Independente de Meio Ambiente e Trnsito Rodovirio. Na regio metropolitana de Belo Horizonte, englobando 40 municpios, o CPE tem em sua subordinao a Companhia PM de Meio Ambiente. O CPE e RPM so responsveis perante o Comando Geral pelas aes e operaes de policiamento de meio ambiente em todo o Estado.

Estrutura de execuo operacional dos policiamentos de meio ambiente e trnsito

a) Companhia de Polcia Militar de Meio Ambiente Cia. PM MAmb Subordinada ao CPE, a Cia PM MAmb tem responsabilidade pelo planejamento e execuo de aes e operaes de policiamento de meio ambiente na Regio Metropolitana da Capital Mineira, subrea coincidente com as circunscries das 1 , 2 e 3 RPM.

A Cia PM MAmb uma unidade independente, sob comando de Major, articula-se em Pelotes15 e Grupos16 de Policiamento de Meio Ambiente (Gp PM MAmb).

b) Companhia de Policia Militar Independente de Meio Ambiente e Trnsito Rodovirio Cia PM Ind MAT Atualmente a PMMG possui 18 (dezoito) Regies de Policiamento, 15 (quinze) delas localizadas no interior do Estado. Cada RPM do interior possui em sua subordinao direta uma Cia. Ind MAT, unidade independente, comandada por Major PM, com atribuio planejar e executar os policiamentos de meio ambiente e trnsito rodovirio na subrea, que coincide com a circunscrio da RPM a que estiver subordinada. As Cias Ind MAT so articuladas em Pelotes e Grupos de policiamento de meio ambiente ( Pel PM MAmb e GP PM MAmb) e trnsito rodovirio ( Pel PM Rv e Gp PM Rv).

Obs: O STJ possui o entendimento de que possvel a responsabilidade penal da pessoa jurdica em crimes ambientais, desde que haja a imputao simultnea do ente moral e da pessoa natural que atua em seu nome ou em seu benefcio. (majoritria).

Infrao administrativa

Art. 70. Considera-se infrao administrativa ambiental toda ao ou omisso que viole as regras jurdicas de uso, gozo, promoo, proteo e recuperao do meio ambiente.

Lei Estadual 15.972/06Art. 16 As infraes a que se refere o art. 15 sero punidas com as seguintes sanes,observadas as competncias dos rgos e das entidades vinculados Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD: I advertncia; II multa simples; III multa diria; IV apreenso dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos de qualquer natureza utilizados na infrao; V destruio ou inutilizao do produto; VI suspenso de venda e fabricao do produto; VII embargo de obra ou atividade; VIII demolio de obra; IX suspenso parcial ou total das atividades; X restritiva de direitos. 1 Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infraes, ser-lhe-o plicadas, cumulativamente, as sanes a elas cominadas. 2 A advertncia ser aplicada quando forem praticadas infraes classificadas como leves. 3 A multa simples ser aplicada sempre que o agente:

I reincidir em infrao classificada como leve;II praticar infrao grave ou gravssima; III obstar ou dificultar ao fiscalizadora. ATENO:A classificao adotada at o momento : EXTINTO (EX) - um txon est Extinto quando no h dvidas de que o ltimo indivduo morreu. Essa s ocorre quando, aps exaustivos inventrios em seu hbitat conhecido e/ou esperado em tempos apropriados (diurno, sazonal, anual), ao longo da sua rea de distribuio histrica, no se registra qualquer indivduo. Os levantamentos devem ser feitos em uma escala de tempo apropriada ao ciclo de vida e forma de vida do txon. EXTINTO NA NATUREZA (EW) - um txon considerado Extinto na Natureza quando se sabe que ele existe somente em cultivo, cativeiro ou em populaes inseridas na natureza, em reas completamente distintas da sua rea de ocorrncia original. AMEAADA: A IUCN, segundo a verso 3.1 (IUCN, 2001), distingue trs nveis de ameaa para as espcies, conforme se segue: Criticamente em Perigo (CR) - um txon considerado Criticamente em Perigo quando corre risco extremamente alto de extino na natureza em futuro imediato. Em Perigo (EN) - txon que no est Criticamente em Perigo, mas corre risco muito alto de extino na natureza em futuro prximo. Vulnervel (VU) - txon que no se enquadra nas categorias Criticamente em Perigo ou Em Perigo, mas corre risco alto de extino na natureza em mdio prazo.Espcies ameaadas so aquelas cujas populaes e habitats esto desaparecendo rapidamente, de forma a coloc-las em risco de tornarem-se extintas.

Atualmente, as principais causas de extino so a degradao e a fragmentao de ambientes naturais, resultado da abertura de grandes reas para implantao de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expanso urbana, ampliao da malha viria, poluio, incndios florestais, formao de lagos para hidreltricas e minerao de superfcie. Estes fatores reduzem o total de habitats disponveis s espcies e aumentam o grau de isolamento entre suas populaes, diminuindo o fluxo gnico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade gentica e, eventualmente, a extino de espcies. Outra causa importante que leva espcies extino a introduo de espcies exticas, ou seja, aquelas que so levadas para alm dos limites de sua rea de ocorrncia original. Estas espcies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausncia de predadores e pela degradao dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados pelas espcies nativas.

Animais Silvestres de acordo com o 3 do Art 29 da LCA, so aqueles pertencentes s espcies nativas, migratrias e quaisquer outras, aquticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Territrio Brasileiro e suas guas jurisdicionais. Exemplos: mico, morcego, quati, ona, tamandu, ema, papagaio, arara, etc. O acesso, uso e comrcio de animais silvestres controlado pelo IBAMA.Amimais aquticos, exceto peixes, crustceos e moluscos, so objetos do crime de caa. Exemplo: baleia, golfinho, peixe boi, lees marinhos e tartaruga.

Os amimais exticos ou domsticos23 no so objetos do crime acima a descrito, considerando que a tutela jurisdicional somente abrange os animais silvestres.

O crime s ocorrer se o agente no possuir licena, autorizao, ou estiver agindo em desacordo com a obtida.Art. 37. No crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua famlia; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ao predatria ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; III (VETADO) IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo rgo competente.O comrcio de animais silvestres permitido pelos artigos 8 e 16 da lei 5.197/1967, evidentemente sob condies e devidamente fiscalizado pelos rgos ambientais. Para o transporte necessria a licena de transporte emitida pelo IBAMA, a nota fiscal que oficializou o comrcio e a Guia de Trnsito Animal GTA do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento; para o transporte internacional exige-se ainda a licena de exportao, emitida pelo IBAMA.O Art. 9 estabelece que o produtor rural ou empresa que comercializar animais silvestres vivos, abatidos, partes e produtos dever possuir Nota Fiscal contendo o nmero de registro junto ao IBAMA, especificao do produto e espcie comercializada, quantidade, unidade de medida e valor unitrio.

Conforme estabelece a Portaria 117-N/97, no Art 13, a pessoa fsica ou jurdica que intencione comprar animais da fauna silvestre brasileira de criadouro comercial ou comerciante registrado no IBAMA, com objetivo de mant-los como animais de estimao, no necessitar de registro junto ao IBAMA. Todavia a manuteno dos animais da fauna silvestre brasileira em cativeiro somente ter reconhecimento legal se o seu proprietrio possuir Nota Fiscal de compra.Criao de PasseriformesO manejo de passeriformes da fauna silvestre brasileira ser coordenado pelo IBAMA, para todas as etapas relativas s atividades de criao, reproduo, comercializao, manuteno, treinamento, exposio, transporte, transferncias, aquisio, guarda, depsito, utilizao e realizao de torneios.CRIADOR AMADOR DE PASSERIFORMES DA FAUNA SILVESTRE BRASILEIRA (CAP): Pessoa fsica que mantm em cativeiro, sem finalidade comercial, indivduos das espcies de aves nativas da Ordem Passeriformes, descritos nos Anexos I e II da IN 15-2010, objetivando a contemplao, estudo e conservao de espcies de pssaros ou para desenvolvimento de tecnologia reprodutiva das espcies, com possibilidade, a critrio do IBAMA, de participao em programas de conservao do patrimnio gentico das espcies envolvidas.

CRIADOR COMERCIAL DE PASSERIFORMES DA FAUNA SILVESTRE BRASILEIRA (CCP): Pessoa fsica ou jurdica que mantm e reproduz, com finalidade comercial, indivduos das espcies de aves nativas da Ordem Passeriformes, descritos no Anexo I da IN 15-2010.

A autorizao para Criao Amadora Passeriformes tem validade anual, sempre no perodo de 01 de agosto a 31 de julho, devendo ser requerida nova licena 30 (trinta) dias antes da data de vencimento;

Fica institudo o mnimo de 1 (uma) e o mximo de 30 (trinta) aves por criador amador.

Fica permitida a reproduo das aves do plantel do criador amador na quantidade mxima de 10 (dez) filhotes por ano, respeitando o nmero mximo de 30 (trinta) indivduos por criador;

O Criador Amador de Passeriformes poder efetuar e receber at 15 (quinze) transferncias de pssaros por perodo anual de autorizao; Cada espcime poder ser transferido 03 (trs) vezes ao longo de sua vida;Introduo de espcie extica no pas (art.31 LCA-crime)

No se constitui crime a introduo espcime extica desde que realizada com licena emitida pelo IBAMA ou rgo ambiental com funo delegada.Maus Tratos e Abusos Contra Animais ( Art 32 LCA-crime)

Art. 32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos: Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa. Pargrafo 1 - Incorre nas mesmas penas quem realiza experincia dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didticos ou cientficos, quando existirem recursos alternativos. Pargrafo 2 - A pena aumentada de um sexto a um tero, se ocorre morte do animal.

Atos de abuso realizar uso errado do animal (Exemplo cavalgar horas sem permitir o descanso do cavalo nem permitir comer e beber gua; lanar galo em rinha, mesmo o vencedor sair ferido, somente para satisfazer o interesse de apostadores); Maus tratos significa insulto, ultraje. (Exemplo: manter cachorro permanentemente fechado em lugar pequeno, sem ventilao e limpeza (FREITAS, 2006, p. 110); Ferir ofender, lesionar ou cortar; Mutilar privar o animal de parte do corpo (SIRVINSKAS, 2004, p. 134). Diferente de artigo 29 desta lei que protege apenas os animais da fauna silvestre brasileira, o artigo 32 protege os animais a silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos.

PROTEO DA FAUNA AQUTICAPara entendimento e aplicao da legislao ambiental deve se entender que a fauna aqutica engloba os animais que habitam o meio aqutico (baleias, golfinhos, peixes, crustceos, moluscos...). Os peixes, os crustceos e moluscos compem a fauna ictiolgica ou ictiofauna, portando uma subdiviso da fauna aqutica.Art. 33. Provocar, pela emisso de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espcimes da fauna aqutica existentes em rios, lagos, audes, lagoas, baas ou guas jurisdicionais brasileiras: Pena - deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. Pargrafo nico. Incorre nas mesmas penasI - quem causa degradao em viveiros, audes ou estaes de aqicultura de domnio pblico;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquticos e algas, sem licena, permisso ou autorizao da autoridade competente; III - quem fundeia embarcaes ou lana detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta nutica.Crimes de Pesca

36 da LCA considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espcimes dos grupos dos peixes, crustceos, moluscos e vegetais hidrbios, suscetveis ou no de aproveitamento econmico, ressalvadas as espcies ameaadas de extino, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Para configurar o crime de pesca, basta a iminncia da captura dos espcimes da ictiofauna, ou seja, o pescador que atira na gua um instrumento de pesca proibido incorre no crime, mesmo que no consiga trazer nada da gua.

OBS: Se o pescador mantm a rede em sua casa, a ao ser atpica, todavia configura infrao administrativa prevista no anexo IV, cdigo 432, do Dec 44.844/98. Se ele vai ao rio e no chega a tirar a rede do porta-malas de seu veculo, no h que se falar em ato antecipatrio da pesca proibida, configurando, entretanto a infrao administrativa do cdigo 432. Ainda est na fase do ato preparatrio. Se ele retira a rede, e na margem do rio, est prestes a lan-la nas guas, j est praticando o ato tendente de retirar peixes de forma vedada, configurando o crime ambiental e infrao administrativa.

OBS: Peixes so vertebrados aquticos, de corpo alongado e revestido de escamas, pele e glndulas mucosas e nadadeiras para locomoo; Crustceos so caranguejos, camares, siris, lagostas etc. Moluscos so os mariscos, caracis, lulas, ostras, polvos etc. Hidrbios so os vegetais que vivem na gua ( algas etc). Claramente esto fora dos atos de pesca os cetceos ou anfbios. No h ato de pesca que possa ser praticado contra tais animais, que sero objeto, sim, do crime do Art 29.

Art. 34 - Pescar em perodo no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por rgo competente: Pena - deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Pargrafo nico. Incorre nas mesmas penas quem:

I - pesca espcies que devam ser preservadas ou espcimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

II - pesca quantidades superiores s permitidas, ou mediante a utilizao de aparelhos, petrechos, tcnicas e mtodos no permitidos;

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espcimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

Perodo de pesca proibida Geralmente a pesca proibida ou limitada no perodo da piracema (perodo da reproduo dos peixes), normalmente na Bacia do Rio So Francisco e demais bacias do Estado de Minas e grande parte do Brasil esta proibio ou limitao ocorre no perodo de 1 de novembro a 28 de fevereiro. O rgo competente, no caso de Minas Gerais o IEF, anualmente edita portarias regulamentando a pesca neste perodo nas bacias hidrogrficas do estado, estabelecendo proibies e restries.Obs: Existem alguns locais em que, independentemente da piracema, a pesca proibida, tais como: lagoas marginais, cachoeiras, corredeiras, barramentos de usinas hidroeltricas, entre outros.Art. 14 - Exceto para fins cientficos, de controle ou de manejo de espcies, autorizados e supervisionados pelo rgo competente, fica proibida a pesca:

I - em todas as suas modalidades:

a) no Rio Pandeiros e nos seus afluentes, em toda a sua extenso;

b) nas lagoas marginais;

II - temporariamente, a critrio do rgo competente, para a categoria profissional, no rio das Velhas e no rio Paraopeba e seus afluentes, das cabeceiras at a desembocadura no rio So Francisco;

III - para as categorias profissional e amadora:

a) a menos de 200m (duzentos metros) a montante e a jusante de cachoeiras e corredeiras;

b) a menos de 200m (duzentos metros) da confluncia do rio principal com seus afluentes;

c) a menos de 300m (trezentos metros) dos barramentos;

d) [...] Pargrafo nico - Incorre nas mesmas penas quem: I - pesca espcies que devam ser preservadas ou espcimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores s permitidas, ou mediante a utilizao de aparelhos, petrechos, tcnicas e mtodos no permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espcimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

Obs: h espcies de peixes que devem ser preservados (ex: ja no rio so Francisco). Ateno: As espcies originrias de aqicultura, desde que devidamente registrada no IEF, no so abrangidas pelas restries da portaria 111/2003.

Tamanhos mnimos dos peixes para captura

Para efeito de mensurao, define-se o comprimento total como sendo a distncia tomada entre a ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal. Os espcimes com amputao de partes do corpo, a parte medida deve ter tamanho mnimo igual ou superior ao definido na tabela de mensurao.

Quantidade de pescado permitido

A quantidade de peixes permitidos para a pesca amadora definida, em Minas Gerais, pela Portaria 37-IEF, 10 de abril de 2003, que estabelece o limite de captura e transporte em 10 kg (dez quilogramas), mais um exemplar de qualquer tamanho acima do mnimo estabelecido pela legislao vigente, por pescador amador licenciado. No perodo da piracema, geralmente esta quantidade tem sido reduzida para 03 kg (cinco quilogramas), mais um exemplar de qualquer tamanho acima do mnimo estabelecido pela legislao vigente. Fora da piracema o pescador profissional no tem limitao de quantidade de pescado e transporte.Aparelhos, petrecho, tcnicas e mtodos no permitidos:

A portaria 18/2008 do IBAMA, de junho de 2008, estabelece normas para o exerccio da pesca na bacia hidrogrfica do rio So Francisco, em seu Art. 2. probe o uso dos seguintes petrechos e aparelhos de pesca: a) rede emalhar com malha inferior a 140 mm (cento e quarenta milmetros); b) rede de tresmalho ou feiticeira; c) rede de emalhar que ocupe toda a coluna d'gua; d) armadilhas tipo tapagem, pari, cercada ou quaisquer aparelhos fixos com o objetivo de veda; e) aparelhos de respirao artificial na pesca subaqutica, exceto para pesquisa autorizada pelo rgo ambiental competente; f) fisga, gancho e garatia no mtodo de lambada; e g) atrativos luminosos.O uso dos seguintes mtodos de pesca, tambm so proibidos pela portaria 18/08-Ibama: a) pesca de batio, batida ou rela; b) lambada; c) arrasto.

Categorias de pescadores

I - Categoria "A" - amadora, realizada com a finalidade exclusiva de lazer ou recreao, autorizada e licenciada pelo rgo competente, permitido o uso de anzol, chumbada, linha, vara ou canio, molinete ou carretilha ou similar, pu, iscas artificiais e naturais e embarcao, subdividindo-se em: a) Subcategoria "A1" - pesca amadora desembarcada, realizada sem o emprego de embarcao, utilizando-se os petrechos previstos no inciso I deste artigo. b) Subcategoria "A2" - pesca amadora embarcada, compreende a Subcategoria "A1", utilizando-se embarcao.

II - Categoria "B" - pesca profissional, praticada como profisso e principal meio de vida, devidamente comprovado, por pescador cadastrado e licenciado no rgo competente, especfica por bacia hidrogrfica no Estado, subdividindo-se em: (hoje a licena da pesca profissional de competncia da Secretaria Especial de Aqicultura e Pesca SEAP, vinculada Presidncia da Repblica) a) Subcategoria "B1" - pesca profissional, exercia por pescador profissional, permitida a utilizao de rede de emalhar, tarrafa, anzol, linha chumbada, vara ou canio, espinhel, caador, pinda ou anzol de galha, molinete ou carretilha ou similar, joo bobo, galo ou cavalinha, embarcao e demais aparelhos a serem normatizados pelo rgos competente. b) Subcategoria "B2" - aprendiz de pesca profissional, exercida com a utilizao dos aparelhos de pesca previstos na Subcategoria "B1", com autorizao dos pais ou responsvel legal.

III - Categoria "C" - subsistncia, praticada por pessoas carentes, nas imediaes de suas residncias, em ambientes de domnio pblico, com a utilizao de anzol, chumbada, linha e canio, destinando-se ao sustento da famlia, normatizada pelo rgo competente.

IV - Categoria "D" - cientfica, praticada com finalidade exclusiva de pesquisa e/ou manejo, por pessoas com qualificao tcnica para tal fim, normatizada e autorizada pelo rgo competente.

V - Categoria "E" - desportiva, realizada para fins de competio, promovida por entidade regularmente constituda, sujeita autorizao e licenciamento do rgo competente, nos termos das normas vigentes.

VI - Categoria "F" - despesca, destinada captura de espcimes da fauna aqutica para fins comerciais e de manejo, sujeita regulamentao do rgo competente.O IEF o rgo responsvel pela emisso de licenas para as categorias de pesca amadora e cientfica em Minas Gerais.OBS: Pesca subaqutica - A Portaria 34 de 25 de maro de 2009 autoriza a prtica da pesca subaqutica, apenas na categoria amadora, no estado de Minas Gerais, inclusive na modalidade embarcada. A pesca subaqutica ser permitida para espcies exticas e nativas, e somente em lagos, represas, e no Rio So Francisco e Rio Grande, respeitada a legislao pertinente, sendo vedado esta modalidade durante noite, das 18:00 s 07:00 horas e, durante o horrio de vero, das 19:00 s 7:00 horas.

OBS: permitido para a pesca subaqutica o uso de espingarda de presso ou arpo de presso e arpo de goma (arbalete), sendo vedado o emprego de aparelhos de respirao artificial.

OBS: O uso da garatia est restrito ao uso em iscas artificiais, sendo proibido a tcnica de lambada.Pesca com explosivos e substncia txicas

Art. 35 - Pescar mediante a utilizao de: I - explosivos ou substncias que, em contato com a gua, produzam efeito semelhante; II - substncias txicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - recluso de um ano a cinco anos.

O artigo 35 visa evitar a pesca predatria j que o uso de explosivos ou substncias que em contato com a gua produzam efeito semelhante ou substncias txicas provoca dizimao de inmeros peixes, com danos irreparveis ao meio ambiente.

CRIMES RELATIVO FLORA

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservao permanente, mesmo que em formao, ou utiliz-la com infringncia das normas de proteo

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetao primria ou secundria, em estgio avanado ou mdio de regenerao, do Bioma Mata Atlntica, ou utiliz-la com infringncia das normas de proteo

A resoluo CONAMA 392/2007 traz as seguintes definies: I - vegetaco primaria: aquela de mxima expresso local com grande diversidade biolgica, sendo os efeitos das aes antropicas mnimos ou ausentes a ponto de no afetar significativamente suas caractersticas originais de estrutura e espcies. II vegetao secundaria, ou em regenerao: aquela resultante dos processos naturais de sucesso, apos supresso total ou parcial da vegetao primaria por aes antrpicas ou causas naturais, podendo ocorrer rvores remanescentes da vegetao primaria.Art. 39. Cortar rvores em floresta considerada de preservao permanente, sem permisso da autoridade competente

OBS: Considera-se rea de preservao permanente aquela protegida nos termos desta lei, revestida ou no com cobertura vegetal, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populaes humanas e situada

Art. 40. Causar dano direto ou indireto s Unidades de Conservao e s reas de que trata o art. 27 do Decreto n 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localizao:

Pargrafo 1 - Entende-se por Unidades de Conservao as Reservas Biolgicas, Reservas Ecolgicas, Estaes Ecolgicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, reas de Proteo Ambiental, reas de Relevante Interesse Ecolgico e Reservas Extrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Pblico.

Floresta (sentido amplo) a formao vegetal geralmente densa, em que predominam as rvores ou espcies lenhosas de grande porte. um gnero que engloba espcies: selva, floresta (strito sensu), mata e o bosque; Selva uma comunidade arbrea to densa, que a luz penetra s escassamente em seu interior, e suas rvores so muito altas, com copas que se tocam, formando um teto; Mata a formao vegetal constituda de rvores de pequeno e mdio portes; tambm um agrupamento de rvores homogneas da mesma espcie- ex mata de araucria. Empregado freqentemente com sinnimo de floresta, ex mata Atlntica. Bosque significa uma floresta no muito extensa, nem muito densa.

Por outro prisma, o art 250, caput e 1 , II, letra h, do Cdigo Penal, tipifica a conduta de causar incndio, expondo a perigo a vida, a integridade fsica ou o patrimnio de outrem. Tutela-se a incolumidade pblica, com aumento de pena se o incndio ocorrer em lavoura, pastagem, mata ou floresta. O Art 41 protege o bem ambiental. Se o incndio ocorrer em mata ou floresta, sem perigo vida, a integridade fsica ou ao patrimnio de pessoas, haver apenas o crime do art. 41 da LCA, atendendo ao princpio da especificidade.OBS: Em algumas peculiaridades locais ou regionais que justifiquem o emprego do fogo, em prtica agropastoril ou florestal, este poder ser autorizada pelo IEF, autorizao esta que denominada Autorizao de Queima Controlada. No Estado de Minas Gerais o uso de fogo regulamentado pela Portaria 122 IEF, de 22 de setembro de 2004, nesta portaria esto regras, obrigaes e cuidados que devem ser tomados durante a queima controlada. A queima controlada sem autorizao do rgo ambiental competente ou aquela realizada sem tomar as precaues adequadas, configuram infraes administrativas, prevista nos cdigos 321 e 322 anexo III do Decreto 44.844/08.Art. 42 - Fabricar, vender, transportar ou soltar bales que possam provocar incndios nas florestas e demais formas de vegetao, em reas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:Art. 44 - Extrair de florestas de domnio pblico ou consideradas de preservao permanente, sem prvia autorizao, pedra, areia, cal ou qualquer espcie de minerais:

Art. 45 - Cortar ou transformar em carvo madeira de lei29, assim classificada por ato do Poder Pblico, para fins industriais, energticos ou para qualquer outra explorao, econmica ou no, em desacordo com as determinaes legais:

O termo madeira de lei surgiu no sculo XVIII, ainda no Brasil Colnia, quando as rvores que produziam madeira nobre, de boa qualidade, s podiam ser derrubadas pelo governo

OBS: O Estado de Minas Gerais atravs do IEF tem procurado estabelecer mecanismos rgidos de controle e fiscalizao do consumo, comrcio, transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais, com isso visando diminuir desmate ilegal. Hoje o principal mecanismo de controle para o consumo, transporte e armazenamento de produtos e subprodutos a Guia de Controle Ambiental Eletrnica (GCA eletrnica),

Vale ressaltar que as aes que configuram a prtica deste crime, vender, expor venda, ter em depsito, transportar, guardar, receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvo e outros produtos de origem vegetal, sem licena vlida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente, exceto nos casos de transporte interestadual que a competncia do IBAMA, os demais caso o rgo competente para autorizar no Estado de Minas Gerais o IEF.

OBS: Guia de Controle Ambiental Eletrnica GCA-Eletrnica A Guia de Controle Ambiental Eletrnica - GCA instituda pela Portaria n 17, de 26 de fevereiro de 2009 a licena obrigatria para o controle do transporte, armazenamento e consumo de produtos e subprodutos florestais no Estado de Minas Gerais, de origem nativa ou plantada, contendo as informaes sobre a procedncia desses produtos e subprodutos, gerada por sistema eletrnico disponvel no site do IEF na Internet.

OBS: Esto dispensados da obrigao de uso de GCA- eletrnica o transporte dos seguintes produtos e subprodutos:

X - madeira e lenha in natura e carvo vegetal de origem plantada;A iseno prevista no inciso X do art. 14 no isenta o consumidor de carvo vegetal de origem plantada a realizar o lanamento das informaes da Guia de Transporte de produtos e subprodutos florestais no Sistema de Controle de Atividades Florestais - CAF pela GCA eletrnica.A emisso da Guia de Transporte ser opcional. Para a colheita e comercializao de madeira in natura de florestas plantadas, faz - se necessrio, previamente, o uso da Declarao de Colheita e Comercializao - DCC.

Selo de Origem Florestal (SOF) e Selo de Origem Florestal para Exportao (SOFEX)

Os Selos de Origem Florestal (SOF) para carvo de uso domstico e o Selo de Origem Florestal para Exportao (SOFEX), regulamentados pela Portaria 98-IEF, de 16 de julho de 2004, so fornecidos pela Associao Brasileira de Produtores de Eucalipto para uso Domstico (ABEPD) aos empacotadores, com autorizao do IEF, mediante prova de origem do carvo vegetal utilizado e o volume.

Documento de Origem Florestal (DOF) O Documento de Origem Florestal DOF, institudo pela Portaria n253 de 18 de agosto de 2006, do Ministrio do Meio Ambiente - MMA, representa a licena obrigatria para o controle do transporte interestadual de produto e subproduto florestal de origem nativa, inclusive o carvo vegetal nativo. O DOF acompanhar, obrigatoriamente, o produto ou subproduto florestal nativo, da origem ao destino nele consignado, por meio de transporte individual: rodovirio, areo, ferrovirio, fluvial ou martimo.

OBS: Entendem-se como florestas objeto de especial preservao as descritas no art. 225, 4, da Constituio Federal/88, a Floresta Amaznica brasileira, Mata Atlntica, Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira.

RESERVA LEGAL: Art. 14 Considera-se reserva legal a rea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, ressalvada a de preservao permanente, representativa do ambiente natural da regio e necessria ao uso sustentvel dos recursos naturais, conservao e reabilitao dos processos ecolgicos, conservao da biodiversidade e ao abrigo e proteo da fauna e flora nativas, equivalente a, no mnimo, 20% (vinte por cento) da rea total da propriedade.

Desmate Documento Autorizativo para Interveno Ambiental (DAIA)

Para realizao de interveno ambiental relativa flora, o IEF emite o Documento Autorizativo para Interveno Ambiental (DAIA)O prazo de validade do DAIA emitido para acobertamento de interveno ambiental de competncia do IEF, ser de at um ano. Est dispensada da autorizao ou licena do rgo ambiental estadual competente, a limpeza de rea em propriedades rurais e a extrao de lenha em regime individual ou familiar, para consumo domstico.Lei Federal 9.605/98 - Art. 51 - Comercializar motoserra ou utiliz-la em florestas e nas demais formas de vegetao, sem licena ou registro da autoridade competente: Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa. Neste caso so duas condutas previstas como crime: comercializar e utilizar, sendo que para o exerccio ambas condutas h necessidade de licena ou registro expedidos por rgo competente.

Do Licenciamento Ambiental e da Autorizao Ambiental de FuncionamentoCompete ao COPAM estabelecer, por meio de Deliberao Normativa, os critrios para classificao dos empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente, especificando quais sero passveis de Licenciamento Ambiental ou de Autorizao Ambiental de Funcionamento AAF

Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto ambiental no significativo ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nvel estadual, mas sujeitos AAF, pelo rgo ambiental estadual competente

Competncia para licenciar

Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA, rgo executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de mbito nacional ou regionalOutorga para uso de gua

Modalidades de outorga

Autorizao - Obras, servios ou atividades desenvolvidas por pessoa fsica ou jurdica de direito privado, quando no se destinarem a finalidade de utilidade pblica (prazo mximo de 5 anos).

Concesso - Obras, servios ou atividades desenvolvidas por pessoa jurdica de direito pblico, quando se destinarem a finalidade de utilidade pblica (prazo mximo de 20 anos).

A quem solicitar a outorga

As outorgas em guas de domnio do Estado so obtidas junto ao IGAM (Lei 13.199/99)

As outorgas em guas de domnio da Unio so emitidas pela ANA (Lei 9.984/2000)

Lei Federal 9.605/98 Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificao ou monumento urbano: (Redao dada pela Lei n 12.408, de 2011) 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artstico, arqueolgico ou histrico, a pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de deteno e multa. (Renumerado do pargrafo nico pela Lei n 12.408, de 2011)

2o No constitui crime a prtica de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimnio pblico ou privado mediante manifestao artstica, desde que consentida pelo proprietrio e, quando couber, pelo locatrio ou arrendatrio do bem privado e, no caso de bem pblico, com a autorizao do rgo competente e a observncia das posturas municipais e das normas editadas pelos rgos governamentais responsveis pela preservao e conservao do patrimnio histrico e artstico nacional. (Includo pela Lei n 12.408, de 2011)

As aes incriminadas so: pichar e conspurcar. Pichar o ato de escrever ou desenhar nomes, mensagens, propagandas, protestos etc. Conspurcar sujar, manchar, macular.PARCELAMENTO DE SOLO Lei Federal 6.766/79

Exige providncia, que onerosa, inclusive porque demanda a transferncia 35% (trinta e cinco por cento) como reas de logradouros pblicos, reas institucionais, reas verdes e outras ao domnio pblico.A diferena bsica entre loteamento e desmembramento que, no primeiro, abrem-se novas vias e logradouros pblicos, enquanto no segundo no.

Todo loteamento seja com finalidade urbana ou rural, somente passa a existir no mundo jurdico depois de registrado e inscrito no Cartrio de Registro de Imveis competente, porquanto o registro imobilirio condio sine qua non da prpria existncia legal de qualquer loteamento.