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Resumo Módulos EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Base de estudos sobre educação ambiental.

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1° BimestreMódulo 01

O que é Educação Ambiental? Definições de Educação AmbientalO conceito de Educação Ambiental varia de interpretações, de acordo com cada contexto, conforme a influência e vivência de cada um. Para muitos, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter basicamente naturalista. Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, embasado na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista). Neste contexto, a Educação Ambiental é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos sócio-ambientais).

Educação para a sustentabilidade Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental podemos dizer que se trata de uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos especialistas, uma Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável é severamente criticada pela dicotomia existente entre "desenvolvimento e sustentabilidade".

Conceitos educação ambiental Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da Educação, orientada para a solução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. A definição oficial de educação ambiental, do Ministério do Meio Ambiente: “Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros”. De acordo com o conceito de educação ambiental definido pela comissão interministerial na preparação da ECO-92 " A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-econômica, política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágios de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro." ( in Leão & Silva, 1995).O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educação Ambiental como um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência critica sobre as questões ambientais, e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental. Algumas reflexões pedagógicas sobre os aspectos teórico-práticos da educação ambiental formal. Este tema será desenvolvido de forma breve com a finalidade de que as equipes de professores nas escolas, através da análise da sua prática pedagógica real e dos pressupostos explícitos ou implícitos que fundamentam a ação docente, identifiquem os elementos favoráveis ou desfavoráveis para a Educação Ambiental. Há uma vasta bibliografia sobre o tema no País (indicada ao final do trabalho), porém vamos apresentar, de forma esquemática, as diversas abordagens, a fim desuscitar a discussão e de buscar saber quais elementos poderiam servir de base para começar a elaborar os pressupostos teórico-práticos que permitam fundamentar a inserção da dimensão ambiental nos currículos escolares. As categorias que utilizaremos nesta caracterização são:- escola;- ensino-aprendizagem;- relação professor-aluno;- metodologia, e- avaliação. Estas são geralmente as categorias consideradas nas análises do fazer pedagógico nas  diversas bibliografias. Acrescentaremos a elas alguns conceitos básicos e relações subjacentes às diversas teorias pedagógicas, consideradas como explicações históricas do fazer educacional na educação formal, estando mais diretamente ligadas à Educação Ambiental tal como ela se apresenta nos PCNs de meio ambiente: - relação entre ser humano-natureza;- relação entre sociedade e cultura;- concepção do conhecimento; e

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- concepção da educação. A intenção é simplesmente, como já expresso: lembrar aos professores essas diversas abordagens, por todos conhecidas, com a finalidade de suscitar uma discussão em relação à sua prática pedagógica e identificar as teorias que, implícita e explicitamente, perpassam suas atividades. Discutiremos, ainda, as diversas modalidades de estrutura curricular que derivam das diversas abordagens pedagógicas. Finalmente, discutiremos as características da Educação Ambiental formal e quais modalidades teórico-metodológicas são importantes para sua concretização em nível escolar. A seguir, fazendo uso de quadros sintéticos, apresentaremos as diferentes abordagens que perpassam a prática real do ensino no Brasil bem como as concepções de currículos que derivam dessas abordagens. A educação ambiental na vertente ecológico-preservacionista 

Relação Ser Humano e Natureza

- Separa “mundo construído” do “mundo natural”- A Natureza é tudo o que está “fora”, não inclui o homem, esquecendo que ele também é uma espécie biológica cujo processo adaptativo requer a transformação do ecossistema- Idealiza e atribui valores estéticos e éticos a uma “Natureza virgem” não violada pelo homem e pela história- Oculta os conflitos surgidos pelas modalidades de uso dos recursos naturais determinados pelo estilo dominante que nega à grande maioria da população acesso aos recursos- Postula a paralisação do desenvolvimento, a manutenção do status que e uma visão catastrófica em relação aos problemas ambientais- Conduz muitas vezes a visões místicas da relação, nas quais a concepção “holística” e “planetária” dos problemas oculta as injustiças sociais e econômicas impostas- O homem é uma entidade abstrata que se distancia da “natureza” também ente abstrato que é culpado de sua destruição- “Valorização do ser mais do que do ter. Abandono da economia produtiva relacionada com o ter e prioridade para a economia relacionada com o modo de vida do ser” (ACOT, 1990).- Procura de uma harmonia universal- A natureza é concebida como valor supremo

RelaçãoSociedade e

Cultura

- A história do homem não pode ser separada da “história da Ecologia”- Interpreta a sociedade e a cultura dentro da visão da Sócio-biologia, efetuando graves reducionismos- Analisa a sociedade com métodos extraídos da Biologia- Visão individualista da sociedade que prescinde de análise histórica- Não considera os aspectos políticos e econômicos derivados do estilo dominante (capitalismo) como causadores da degradação ambiental- A culpabilidade é socializada, porém os benefícios da exploração da natureza são privatizados- Postula uma volta às comunidades “naturais e primitivas”, idealizando-as como se elas fossem sociedades “harmônicas e sem conflitos”. Incentiva uma saída da sociedade de consumo e “voltar a viver” em contato com a “natureza”- Postula uma defesa do “verde pelo verde”. O pensamento verde fica a meio caminho entre a perspectiva transformadora, ou seja, de mudança por meio da ação consciente da sociedade, e a perspectiva de mudança por meio das mudanças dos comportamentos individuais- A ideologia dos ecologistas se caracteriza por um verdadeiro retorno ao Sagrado, na nostalgia de uma aliança mística cujas origens remontam ao Renascimento, e que é autorizado por uma quase identificação da ordem biológica com a ordem social

Conhecimento - A essência do pensamento ecologista é ser um pensamento de amor e de aliança. De amor e de aliança entre os seres humanos; e de amor e aliança entre os homens e a natureza- Não existe uma teoria de conhecimento explícita. Privilegia o conhecimento originário da experiência- Visão imediatista, supostamente “holística”, na qual com uma equívoca consideração da totalidade, esquece a complexidade das inter-relações entre sociedade e natureza- Prioriza o conhecimento popular- Faz a crítica ao conhecimento científico positivista

Educação - Privilegia os processos não formais de Educação- Postula uma educação para a preservação da natureza, sem uma análise econômico-social das causas dos problemas ambientais- A formação individual e as mudanças de comportamento em relação à natureza seriam suficientes para reverter os processos de deterioração- Caráter essencialmente ético (sacralização da Natureza)- Confunde Educação Ambiental com ensino de Ecologia

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- Toda e qualquer situação de contato direto da criança com a natureza é considerada como mais formativa que na sala de aula- O centro da desarmonia está na forma como o homem individualmente se relaciona com a natureza. A educação se volta para a questão fundamental: “se o homem muda individualmente, o mundo muda”

Escola - Preconiza que as escolas devem ser pequenas e ter alicerces firmes em suas comunidades, para permitir maior contato entre alunos e professores, entre a escola e o contexto social, e, até, entre os próprios alunos- Tem como referencial o modelo integralizado de sociedade que não aceita o divórcio entre a sala de aula e o mundo- A instituição escolar é vista como reprodutora da sociedade dominante, legitimando o conhecimento científico fragmentado- Muitos autores postulam a desescolorização, uma vez que a instituição escolar isola o homem da natureza

Ensino-Aprendizagem

- Centrado no amor e apoiada no conhecimento da natureza- Enfatiza com muita relevância os elementos afetivos, contemplação e beleza, na procura de uma “harmonia essencial”- Inclui os conteúdos da Ecologia como objeto fundamental do ensino- Destaca os aspectos éticos e comunitários- Destaca os aspectos intuitivos do conhecimento- Resgata o conhecimento popular e muitas vezes o supervaloriza em detrimento do conhecimento científico- Promoção de eventos isolados, demonstrando preocupação com a questão ambiental, aproveitando datas marcadas no calendário escolar

RelaçãoProfessor/Aluno

- Tende a ser uma relação horizontal, amistosa e de educação pelo exemplo combinada com elementos de relação vertical na qual o professor, como interpretador de teorias, impõe visões geralmente reducionistas- Prioriza a formação nos aspectos éticos e estéticos e as mudanças de comportamento das pessoas

Metodologia - Destaca a importância de “sentir” e amar a natureza- Passeios, excursões, atividades extra-escolares, que permitam um maior contato com a natureza.- Trabalho de campo, de reconhecimento de ecossistemas- Promoção de campanhas preservacionistas- Plantio de árvores, construção de hortas escolares, coleções entomológicas e botânicas

Avaliação - Baseada em valores advindos do amor à natureza- Efetuada através da verificação da mudança de comportamento, em relação à preservação da natureza- Memorização dos conhecimentos- Reconhecimento de atitudes afetivas e incorporação de valores morais

 Concepção de currículo que deriva da vertente Ecológico-preservacionistaNão há uma concepção de currículo específica. O currículo vigente é assumido, e são acrescentadas atividades de sensibilização em relação aos problemas ambientais e à preservação da natureza. Organizado em torno dos conhecimentos da Biologia e da Ecologia; as outras áreas de estudo são interpretadas em função deles. Tem como objetivo fundamental a formação individual nos aspectos éticos e estéticos para uma convivência harmônica com a Natureza, sendo estruturado em função de núcleos temáticos que combinam as atividades escolares com as extraescolares, dando ênfase a estas últimas. Utiliza elementos do entorno imediato, reconhecimento de ecossistemas, trilhas ecológicas, visitas a parques e reservas zoológicas, eco museus, hortas escolares, plantio de árvores, coleta seletiva do lixo, entre outros. 3 A educação ambiental na vertente socioambiental - perspectiva crítica 

Relação Ser Humano e Natureza

- Reintegra o homem na natureza, como espécie biológica com características específicas- O homem, para sua subsistência, se apropria da natureza e tem conhecimento dos mecanismos dessa apropriação- Ênfase nas inter-relações dinâmicas, historicamente construídas, de intercâmbio e transformação entre as sociedades humanas e os ecossistemas- O Meio Ambiente se gera e constrói no processo histórico das inter-relações entre sociedade e natureza- Postula uma compreensão dessas inter-relações mediadas pelos estilos de desenvolvimento

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- Trabalha sobre o conceito de desenvolvimento sustentável como eixo central, acrescentando os indicadores de desenvolvimento humano

RelaçãoSociedade e

Cultura

- Produto do processo da evolução histórica da humanidade- Categorias inseparáveis, mutuamente determinantes e determinadas pelas inter-relações entre os substratos naturais e os tipos de organizações sociais e culturais- Não é a sociedade, em seu conjunto, a culpada da degradação ambiental, mas o estilo de desenvolvimento dominante (capitalismo), que produz esgotamento de recursos naturais e exploração do homem pelo homem- Não vê os problemas ambientais como catástrofes inevitáveis, mas como problemas sociais que colocam novos desafios ao conhecimento científico, e limites ao próprio homem à medida que ameaça a sua sobrevivência como espécie- Postula a construção de novas formas sociais de aproveitamento dos recursos (desenvolvimento sustentável) e de novas relações sociais entre os homens- Analisa os problemas ambientais de forma crítica, procurando determinar suas causas reais e não só os efeitos provocados- Reconhece diferenças fundamentais entre os conceitos de mero crescimento econômico e desenvolvimento sustentável- Reconhece o aporte essencial das distintas culturas e o resgate dos conhecimentos e das técnicas tradicionais, em relação aos modos de aproveitamento dos recursos naturais- Aceita, reconhece e valoriza as diversidades culturais- Visão prospectiva que acredita no futuro aberto da sociedade

Conhecimento - Não existe uma teoria do conhecimento explícita- Podem detectar-se fortes ligações com a Epistemologia Genética com ênfase nas implicações histórico-sociais- O fundamento epistemológico da Educação Ambiental deve ser aprofundado no confronto com a própria experiência e com as reflexões dos epistemólogos a respeito- Coloca ênfase nas inter-relações histórico-sociais e no conhecimento científico, como construção social da humanidade (sociogênese, psicogênese)- Faz uma crítica ao paradigma positivista demonstrando que ele, por si só, não consegue explicar os complexos problemas ambientais- Resgata e valoriza o conhecimento e a experiência tradicional e popular- Assinala o papel fundamental da interdisciplinaridade, no nível das ciências, e a teoria de sistemas como instrumentos válidos e necessários ao estudo dos sistemas complexos ambientais

Educação - Privilegia os aspectos formais e não formais da educação, considerando que ambos se complementam- Postula uma educação para a preservação e conservação da natureza, no marco da análise econômico-social e histórica, dos problemas ambientais (contextualização espacial e temporal)- Visa à plena realização do homem, em todos os aspectos, à sua sobrevivência e à melhoria da qualidade de vida- Orientada para a compreensão e solução de problemas sócioambientais- Educação com caráter interdisciplinar, capaz de responder com eficácia às necessidades sociais.- Educação de caráter permanente orientada para o futuro, com a preocupação de construir valores e conhecimentos para a tomada de decisões adequada à preservação do ambiente e da própria sociedade humana- Em síntese, visa à formação de um cidadão democrático, crítico e participativo

Escola - É considerada como uma instituição social pública, de caráter dinâmico e histórico- Considera que, como instituição social ela é contraditória, conflitante, e pode aparecer como um importante espaço de luta para a oposição aos processos de homogeneização cultural (MAC LAREN, APLE)- Importante para a formação do homem do futuro e no desvelamento das ideologias da sociedade dominante e seu estilo de desenvolvimento- Permite o acesso e a apropriação do conhecimento historicamente acumulado como instrumento de emancipação- Não se limita ao espaço isolado de sala de aula, mas que deve servir efetivamente na comunidade como agente de compreensão e procura de soluções aos problemas ambientais concretos (possibilidade de solução, no nível escolar) e de identificação das potencialidades para o desenvolvimento sustentável

Ensino-Aprendizagem

- Centrada em situações-problema, elaboração de diagnósticos ambientais e busca de soluções possíveis- Identificação das potencialidades ambientais num sentido amplo, naturais, culturais e sociais

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- Partir de situações concretas do entorno mais próximo para situações mais globais- Respeita os estágios de evolução cognitiva e se utiliza das “zonas de desenvolvimento proximal”- Deve se fundamentar em uma relação capaz de despertar a curiosidade, a criatividade, a competência e a solidariedade- Enfatiza a análise e a intervenção sobre a realidade física e social que envolve o aluno- Orienta a aprendizagem no sentido da procura de qualidade de vida e da participação social- O trabalho de estruturação deve se apoiar no trabalho do coletivo escolar e procurar a integração das disciplinas, dos professores, integrando as experiências individuais dos aluno.- Ajuda o aluno a construir e ampliar suas representações, multiplicar as oportunidades de investigação, de construção do pensamento e da linguagem, e a compreensão da complexidade das relações sociedade - natureza e o exercício do pensamento complexo- Busca atingir, no mesmo nível, objetivos afetivos, cognitivos, éticos e de habilidades técnicas- Centrada nas inter-relações, usando os conceitos básicos da Ecologia e de outras ciências, com a finalidade de construir uma nova visão do mundo

RelaçãoProfessor/Aluno

- Professor mediador e organizador do processo pedagógico- O professor deverá agir como transmissor de conhecimentos ou orientador de atividades, segundo a necessidade, os temas propostos, os objetivos perseguidos ou momentos específicos do desenvolvimento- Essa relação se caracteriza por ser uma mediação, que deverá permitir o estabelecimento de relações sociais democráticas, onde os elementos de responsabilidade social serão enfatizados- As relações sociais na escola deverão permitir o exercício da prática social inovadora na vida da comunidade, deliberações, discussões, resolução de conflitos, estabelecimentos de consensos, etc., que permitam gerar atitudes de cooperação e respeito- Deverá possibilitar a explicitação e a análise do currículo oculto- Enriquecimento mútuo dos diversos sujeitos sociais envolvidos, professor-professor, professor-aluno, professores e alunos com a comunidade- Relação dialógica, comunicativa, solidária, de construção coletiva do conhecimento- O professor não é passivo, mas também não intervém a priori para impor um modelo- Favorece a visão de conjunto sobre a situação. Propõe outras fontes de informação, colocando os alunos em contato com outras formas de pensar

Metodologia - Vale-se de todo um leque de metodologias existentes dentro dos âmbitos da abordagem pedagógica moderna- Preconiza o enfoque por situações-problema, núcleos de estudo, organização de atividades de pesquisa, projetos entre outros- Utiliza o trabalho em equipe como instrumento essencial para a consecução dos objetivos cognitivos, afetivos e éticos- Utiliza os meios locais e regionais, por exemplo, técnicos ou especialistas que moram na comunidade para a execução dos projetos educacionais- Postula uma dialética multidirecional, decorrente da interação: projeto-aluno-circunstância de tempo e lugar professor- Ao priorizar o estudo das inter-relações complexas postula uma metodologia interdisciplinar e um processo de desenvolvimento transversal no currículo escolar- Orientada para a solução de problemas concretos, identificação de potencialidades ambientais, participação comunitária e exercício da cidadania

Avaliação - Não existe uma proposta definida sobre o processo de avaliação em Educação Ambiental- Pode inferir-se que a avaliação:- Se faça de acordo com o projeto que está sendo executado;- Seja formativa e permanente, considere a avaliação do contexto dos aportes iniciais, do processo e do produto- Ênfase na avaliação de processo- Basear-se em múltiplos critérios, considerando os processos de assimilação e de aplicação a situações novas- Aquisição e consolidação das estruturas cognitivas nos diferentes estágios- Qualitativa em relação à aquisição de valores, conhecimentos e novos comportamentos- Capacidade de tomar decisões, fazer deliberações e discussões consensuais

 Concepção de currículo que deriva da abordagem socioambientalA Educação Ambiental na vertente socioambiental não tem um currículo previamente definido, sendo integrada às diversas disciplinas escolares, e podendo, inclusive, orientar e inserir-se no projeto pedagógico da unidade escolar. Podem ser estabelecidas algumas características que se consideram necessárias ao seu desenvolvimento. Pretende

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favorecer uma educação integral e integradora, que atinja as necessidades cognitivas, afetivas e de geração de competências para uma atividade responsável e ética do indivíduo como agente social comprometido com a melhoria da qualidade de vida. O estudante deve saber situar-se historicamente e ser capaz de  olhar e agir prospectivamente para a construção de um futuro mais equilibrado em relação ao uso dos recursos naturais, e justo quanto às relações entre os homens, eliminando as condições de exploração e pobreza vigentes hoje. MEDINA, Naná Mininni. Amazônia, uma proposta interdisciplinar de Educação Ambiental. Brasília, IBAMA, 1994. 

Módulo 02

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Histórico da Educação AmbientalConsiderando-se que educação ambiental é um processo em construção permanente e que, portanto, torna-se um instrumento de aprendizagem em constante movimento, alguns fatos e acontecimentos marcantes na história mundial têm sua importância para o estudo proposto neste texto, como os que agora destacamos.Em 1869, Ernest Haeckel propõe o vocábulo “ecologia” para os estudos das relações entre espécies e seu ambiente. Três anos depois, é criado o primeiro Parque Nacional do mundo, o de Yellowstone, nos Estados Unidos. Desde então, e principalmente após a 2ª Grande Guerra quando do crescimento desenfreado da produção industrial e do conseqüente acirramento da degradação do meio ambiente, começaram a surgir problemas de dimensões globais, que rompiam fronteiras e extrapolavam a regionalidade, como a poluição de rios e mananciais internacionais, a chuva ácida, o buraco na camada de ozônio, o efeito estufa, as ilhas de calor nos grandes centros urbanos, entre outros.Nesse momento, percebeu-se a importância de uma reflexão mais profunda e a necessidade de um trabalho conjunto entre as nações, concentrando recursos financeiros e tecnológicos para a solução dessas questões e/ou para minimização dos impactos desses fenômenos no meio ambiente. Nesse sentido, diversas atitudes passam a ser tomadas, principalmente nos países do hemisfério norte. Algumas delas são emblemáticas, tais como a fundação em 1947, na Suíça, a UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza, a mais antiga instituição ambientalista de que se tem registro.No entanto, ainda não se relaciona diretamente as alternativas de solução aos problemas ambientais a mudança de comportamento e a questão educacional. Só em 1965, foi utilizada pela primeira vez, a expressão “Educação Ambiental” (Environmental Education), durante a “Conferência de Educação”, da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha.

O Clube de Roma e o Crescimento ZeroEm 1968, é fundado o Clube de Roma pelo industrial italiano Aurélio Peccei e pelo químico inglês Alexander King, que agregou 100 empresários, políticos, cientistas sociais, preocupados com as conseqüências do modelo de desenvolvimento predatório adotado pelos países ricos do ocidente e que rapidamente se espalhava por todo o globo terrestre. Em 1971, o Clube encomenda ao MIT – Instituto de Tecnologia de Massachussets, Estados Unidos - um estudo sobre a situação do Planeta.Como resultado é publicado no ano seguinte, um relatório que leva o nome de “Limites do Crescimento”, que recomenda crescimento zero da atividade econômica e da população, como forma de garantir a continuidade da existência da espécie humana do Planeta. Tal documento é duramente criticado, principalmente porque congelava desigualdades e não previa mudanças nos padrões de produção e consumo adotados pela sociedade, nem tampouco propunha uma redistribuição de riquezas entre os países e as diferentes camadas da população.De qualquer modo, foi a primeira vez que um sério instituto de pesquisa, financiado por poderosos empresários do primeiro mundo, apontava a situação a que o Planeta estava exposto. Por fim, o mundo tomava conhecimento, oficialmente, das limitações ambientais ao crescimento. A Conferência de EstocolmoNo mesmo ano da publicação, 1972, e como sua conseqüência direta, aconteceu a Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo, debatendo o tema “Crescimento Econômico e Meio Ambiente”, com a presença de 113 países.Esta Conferência é considerada um marco político internacional para o surgimento de políticas de gerenciamento ambiental. Ali foram propostos novos conceitos como o do Ecodesenvolvimento, uma nova visão das relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento; gerados e criados novos importantes programas como o das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); gerados documentos da relevância da Declaração sobre o Ambiente Humano, uma afirmação de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões relativas à área ambiental e o Plano de Ação Mundial, uma convocação à cooperação internacional para a busca de soluções para os problemas ambientais.

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A Conferência também constituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser comemorado no dia 05 de junho de cada ano. A partir dela, a atenção mundial foi direcionada para as questões ambientais, especialmente para a degradação ambiental e a poluição interfronteiras, popularizando o conceito da dispersão, de grande importância para evidenciar o fato de que a poluição não reconhece limites políticos ou geográficos e afeta países, regiões e pessoas para muito além do ponto em que foi gerada. A posição brasileiraO Brasil, a esta época em plena vigência do regime militar, havia adotado o chamado modelo econômico “nacional-desenvolvimentista”, onde o crescimento a qualquer custo era visto como ferramenta fundante para o progresso e para a melhoria da qualidade de vida da população e vinha acumulando sucessivos índices positivos de crescimento do Produto Interno Bruto.Era a década do “milagre brasileiro” e os investimentos governamentais em grandes obras eram consideradas prioritários, a rodovia Transamazônica, a Ponte Rio - Niterói, a Usina de Energia Nuclear de Angra, entre outros, ampliavam a infra-estrutura que, por sua vez, possibilitava o crescimento desenfreado que exigia ainda mais infra-estruturas de base. Novas estradas, novos portos, novas fronteiras agrícolas, imensos conjuntos habitacionais e assim consecutivamente. Não era de se estranhar, portanto que, diante das discussões em Estocolmo, os representantes brasileiros não tenham reconhecido a gravidade dos problemas ambientais.Mesmo enfrentando discordâncias, a Conferência de Estocolmo representou um avanço nas negociações mundiais e tornou-se o marco para o entendimento dos problemas planetários e para a emergência de políticas ambientais em muitos países, adotando o slogan “Uma Única Terra” e propondo a busca de uma nova forma de desenvolvimento para o mundo. No mesmo Plano de Ação, foi recomendado o desenvolvimento de novos métodos e recursos instrucionais para a Educação Ambiental e a capacitação de professores. Congresso de BelgradoTrês anos mais tarde, o Congresso de Belgrado propõe a discussão de nova ética planetária para promover a erradicação da pobreza, analfabetismo, fome, poluição, exploração e dominação humanas. Censurava o desenvolvimento de uma nação à custa de outra e propõe a busca de um consenso internacional. Sugeriu também a criação de um Programa Mundial em Educação Ambiental. Como resultado, a UNESCO cria, então, o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), que até os dias de hoje tem continuamente atuado na EA internacional e regionalmente. O PIEA mantém uma base de dados com informações sobre instituições de EA em todo o mundo, além de projetos e eventos que envolvem estudantes, professores e administradores. A Conferência de TbilisiA reunião internacional que de fato revolucionou a EA foi a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, promovida pela UNESCO e realizada em Tbilisi, na Geórgia em 1977. Embora o evento fosse governamental, participantes não-oficiais se fizeram presentes, marcando posições e interferindo nas discussões. Conseguiram grandes avanços e estratégias e pressupostos pedagógicos foram adicionados aos seus documentos.A declaração final de Tbilisi estabelece os princípios orientadores da EA e remarca seu caráter interdisciplinar, crítico, ético e transformador. Anuncia que a EA deveria basear-se na ciência e na tecnologia para a tomada de consciência e adequada compreensão dos problemas ambientais, fomentando uma mudança de conduta quanto à utilização dos recursos ambientais. Nosso Futuro ComumDurante toda a década subsequente, a humanidade buscou conhecimentos e acordos para propor uma nova sociedade, de caráter local e global.Em 1983, por decisão da Assembleia Geral da ONU, foi criada a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD. Presidida pela então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, tinha como objetivo analisar a interface entre a questão ambiental e o desenvolvimento e propor um plano de ações.Essa Comissão, chamada de Comissão Brundtland, circulou o mundo e encerrou seus trabalhos em 1987, com um relatório chamado “Nosso Futuro Comum”. E é nesse relatório que se encontra a definição de desenvolvimento sustentável mais aceita e difundida em todo o Planeta: “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades”.Segundo a Comissão, o desafio era trazer as considerações ambientais para o centro das tomadas de decisões econômicas e para o centro do planejamento futuro nos diversos níveis: local, regional e global. Conferencia de MoscouA conferência seguinte foi a de Moscou (capital da antiga União Soviética), que reuniu cerca de trezentos educadores ambientais de cem países. Visou fazer uma avaliação sobre o desenvolvimento da EA desde a Conferência de Tbilisi, em todos os países membros da UNESCO. A EA, nessa conferência não-governamental, reforçou os conceitos consagrados pela de Tbilisi, a saber, a Educação Ambiental deveria preocupar-se tanto com a promoção da

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conscientização e transmissão de informações, como com o desenvolvimento de hábitos e habilidades, promoção de valores, estabelecimento de critérios padrões e orientações para a resolução de problemas e tomada de decisões. Portanto, objetivar modificações comportamentais nos campos cognitivo e afetivo. Rio-92A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), oficialmente denominada de “Conferência de Cúpula da Terra” e informalmente de Eco-92 ou Rio-92, foi realizada no Rio de Janeiro entre 03 e 14 de junho de 1992, 20 anos após a Conferência de Estocolmo e teve grande importância para reforçar e ampliar essa nova abordagem ambiental, que já vinha sendo discutida em documentos anteriores.Fez história ao chamar a atenção do mundo para uma questão nova na época: a compreensão de que os problemas ambientais estão intimamente ligados às condições econômicas e à justiça social. Reconheceu a necessidade de integração e equilíbrio entre as questões sociais e econômicas para a sobrevivência da vida humana no Planeta. Reuniu 103 chefes de estado e um total de 182 países e centenas de organizações da sociedade civil cuja ação teve relevante impacto ao demonstrar claramente os limites da exploração dos recursos naturais. A Conferência aprovou cinco acordos oficiais internacionais: a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; a Declaração de Florestas; a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas; a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Agenda 21, um documento que propõe novos modelos políticos para o mundo em busca do desenvolvimento sustentável. Paralelamente, as organizações não governamentais reunidas no Fórum Internacional das ONGS edos Movimentos Sociais, finalizaram e aprovaram o Tratado de Educação Ambiental para SociedadesSustentáveis e Responsabilidade Global.Assim, no âmbito governamental e no da sociedade civil, o conceito de sustentabilidade ganha força e esta nova visão implica na implantação de um modelo de desenvolvimento que garanta a manutenção da Vida no Planeta sob todos os aspectos. Carta Brasileira para a Educação AmbientalParalelamente à Rio-92, o governo brasileiro, através do Ministério da Educação e Desporto – MEC organizou um workshop, no qual foi aprovado um documento denominado “Carta Brasileira para a Educação Ambiental”, enfocando o papel do estado, estimulando, em particular, a instância educacional como as unidades do MEC e o Conselho de Reitores Quadro-síntese do histórico da Educação Ambiental no mundo ANO / ACONTECIMENTOS SÉCULO XIX1869 Ernst Haeckel propõe o vocábulo “ecologia” para os estudos das relações entre as espécies e seu ambiente.1872 Criação do primeiro parque nacional do mundo “Yellowstone”, USA. SÉCULO XX1947 Funda-se na Suíça a UICN- União Internacional para a Conservação da Natureza1952 Acidente de poluição do ar em Londres provoca a morte de 1600 pessoas1962 Publicação da “Primavera Silenciosa” por Rachel Carlson1965 Utilização da expressão “Educação Ambiental” (Enviromental Education) na “Conferência de Educação” da Universidade de Keele, Grã-Bretanha.1966 Pacto Internacional sobre os Direitos Humanos - Assembléia Geral da ONU1968 Fundação do Clube de Roma1972 Publicação do Relatório “Os Limites do Crescimento” - Clube de Roma1972 Conferência de Estocolmo - Discussão do Desenvolvimento e Ambiente, Conceito de Ecodesenvolvimento. Recomendação 96 Educação e Meio Ambiente1973 Registro Mundial de Programas em Educação Ambiental - USA1974 Seminário de Educação Ambiental em Jammi, Finlândia – Reconhece a Educação Ambiental como educação integral e permanente.1975 Congresso de Belgrado - Carta de Belgrado estabelece as metas e princípios da Educação Ambiental1975 Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA1976 Reunião Sub-regional de EA para o ensino Secundário Chosica, Peru. Questões ambientais na América Latina estão ligadas às necessidades de sobrevivência e aos direitos humanos.1976 Congresso de Educação Ambiental em Brasarville, África, reconhece que a pobreza é o maior problema ambiental.1977 Conferência de Tbilisi – Geórgia. Estabelece os princípios orientadores da EA e remarca seu caráter interdisciplinar, critico, ético e transformador.1979 Encontro Regional de Educação Ambiental para América Latina em San José, Costa Rica.

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1980 Seminário Regional Europeu sobre EA , para Europa e América do Norte. Assinala a importância do intercâmbio de informações e experiências.1980 Seminário Regional sobre EA nos Estados Árabes, Manama, Bahrein. UNESCO - PNUMA.1980 Primeira Conferência Asiática sobre EA Nova Delhi, Índia1983 Formação da Comissão Brundtland1987 Divulgação do Relatório da Comissão Brundtland, Nosso Futuro Comum.1987 Congresso Internacional da UNESCO - PNUMA sobre Educação e Formação Ambiental em Moscou, URSS. Realiza a avaliação dos avanços desde Tbilisi, reafirma os princípios de Educação Ambiental e assinala a importância e necessidade da pesquisa, e da formação em Educação Ambiental .1988 Declaração de Caracas, Venezuela, sobre Gestão Ambiental na América. Denuncia a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento.1989 Primeiro Seminário sobre materiais para a Educação Ambiental em Santiago, Chile.1989 Declaração de HAIA, preparatória da RIO 92, aponta a importância da cooperação internacional nas questões ambientais.1990 Conferência Mundial sobre Ensino para Todos, satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, Jomtien, Tailândia. Destaca o conceito de Analfabetismo Ambiental1990 ONU Declara o ano 1990 como Ano Internacional do Meio Ambiente.1991 Reuniões preparatórias da Rio 92.1992 Conferencia sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, UNCED, Rio/92 – Criação da Agenda 21.Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis.1992 FORUM das ONG’s - compromissos da sociedade civil com a Educação Ambiental e o Meio Ambiente.1992 Carta Brasileira de Educação Ambiental. Aponta as necessidades de capacitação na área. MEC.1993 Congresso Sul-Americano - continuidade Eco/92 - Argentina1993 Conferência dos Direitos Humanos. Viena.1994 Conferência Mundial da População. Cairo1994 I Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental. Guadalajara, México.1995 Conferência para o Desenvolvimento Social. Copenhague. Criação de um ambiente econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o desenvolvimento social.1995 Conferência Mundial da Mulher (Pequim, China)1995 I Conferência Mundial do Clima (Berlim, Alemanha)1996 Conferência Habitat II (Istambul, Turquia)1996 II Conferência Mundial do Clima (Genebra, Suíça)1997 II Congresso Ibero-americano de EA . Junho (Guadalajara, México)1997 Conferência sobre Educação Ambiental (Nova Delhi, Índia)1997 Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade, Thessaloniki, Grécia. Rio + 5 Sessão especial da Assembléia Geral da ONU realizada en Nova York.1997 III Conferencia das Partes (Quioto, Japão) onde foi proposto. O PROTOCOLO DE QUIOTO, acordo para diminuição dos gases efeito estufa.1999 Conferência Mundial do Clima (Bonn, Alemanha)2000 Conferência Mundial do Clima (Haia, Holanda)2001 I FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (Porto Alegre, Brasil)2002 Rio + 10 (Joanesburgo, África)2002 II Fórum Social Mundial ( Porto Alegre, Brasil)2002 VIII Conferência Mundial do Clima, adoção da Declaração de Déli sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável ( Nova Déli, Índia)2003 III Fórum Social Mundial (Porto Alegre, Brasil) I Conferencia Brasileira de Meio Ambiente2004 IV Fórum Social Mundial (Índia)2004 V Fórum de Educação Ambiental ( Goiânia, Brasil)  BRASIL/IBAMA – Como o Ibama exerce a educação ambiental. Coordenação Geral de Educação Ambiental – Brasília: Edições IBAMA, 2002.BRASIL/IBAMA – Diretrizes para Operacionalização do Programa Nacional de Educação Ambiental. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1996.BRASIL/IBAMA – Pensando e praticando a educação ambiental na gestão do meio ambiente. Brasília: Edições IBAMA, 2000.BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Educação ambiental legal. Secretaria de Educação Fundamental, Coordenação Geral de Educação Ambiental, Brasília: MEC, 2002.BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental – temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1998.BRASIL/MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – I Conferência Nacional de Educação Ambiental. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal – MMA e Ministério da Educação e do Desporto – MEC, 1997.DUAILIBI, Miriam; ARAUJO Luciano. Oficina de Educação Ambiental para Gestão. Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, 1995.

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Módulo 03Conceitos de Educação Ambiental

Na Conferência de Tbilisi (1977), a Educação Ambiental foi definida como “uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques multidisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade”.

No entanto, os que convivem com a EA se depararam com uma surpreendente diversidade sob o guarda-chuva dessa denominação. Atualmente, podemos encontrar uma gama imensa de conceitos, práticas e metodológicas que, por sua vez, ora se subdividem, ora se antagonizam, ora se mesclam. Não é, pois, tarefa fácil analisar, qualificar e adjetivar a educação ambiental. Suas práticas têm sido categorizadas de muitas maneiras: Educação Ambiental popular, crítica, política, comunitária, formal, não formal, para o desenvolvimento sustentável, para a sustentabilidade, conservacionista, socioambiental, ao ar livre, entre tantas outras.

 Os princípios básicos da educação ambiental:

 É fundamental que a EA esteja calcada em princípios básicos, por isso, a seguir, uma seleção dos mais relevantes:

- Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e nos criados pelos seres humanos, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético);

- Constituir um processo educativo contínuo e permanente, começando pelos primeiros anos de vida e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal;

- Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;

- Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e internacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;

- Trabalhar com o conhecimento contextual, com estudos do meio.

- Concentrar-se nas situações ambientais atuais, mas levando em conta, a perspectiva histórica, resgatando os saberes e fazeres tradicionais;

- Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e global para prevenir e resolver os problemas ambientais;

- Considerar, de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento;

- Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;

- Destacar a complexidade dos problemas ambientais e, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver os problemas;

- Utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar-se e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, estimulando o indivíduo a analisar e participar na resolução dos problemas ambientais da coletividade;

- Estimular uma visão global (abrangente/holística) e crítica das questões ambientais;

BRASIL/IBAMA – Como o IBAMA exerce a educação ambiental. Coordenação Geral de Educação Ambiental – Brasília: Edições IBAMA, 2002.BRASIL/IBAMA – Diretrizes para Operacionalização do Programa Nacional de Educação Ambiental. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1996.BRASIL/IBAMA – Pensando e praticando a educação ambiental na gestão do meio ambiente. Brasília: Edições IBAMA, 2000.

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BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Educação ambiental legal. Secretaria de Educação Fundamental, Coordenação Geral de Educação Ambiental, Brasília: MEC, 2002.BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental – temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.BRASIL/MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – I Conferência Nacional de Educação Ambiental. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da AmazôniaLegal – MMA e Ministério da Educação e do Desporto – MEC, 1997.DUAILIBI, Miriam; ARAUJO Luciano. Oficina de Educação Ambiental para Gestão. Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, 1995. 

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Módulo 04

Agenda 21Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

 O que é a Agenda 21?

A Agenda 21 é um documento gerado a partir da Rio Eco-92 para implantação global, prevendo, em mais de 40 tópicos, as possibilidades de desenvolvimento sustentável para o planeta, onde se possa gerar desenvolvimento sem prejuízos à qualidade de vida do ser humano e às condições ambientais. Pode-se resumir essa filosofia no encaminhamento das condições de vida do planeta para um ambiente justo e saudável, com o equilíbrio perfeito entre o ser humano, a natureza e a economia, sem prejudicar o desenvolvimento e a qualidade de vida, e sem degradar o ambiente planetário. Esse mesmo documento prevê a implantação da Agenda 21 nacional, que deverá ser implementada, em cada país, observando-se suas características peculiares e, ainda, a Agenda 21 local que, em tese, deve ser implementada em cada cidade ou localidade onde exista um núcleo humano com necessidades de crescimento e de sustentabilidade ambiental e econômica, sem prejuízo da qualidade de vida e da degradação dos ecossistemas.

As bases lógicas para a implementação das Agendas por país e por localidade são óbvias: não se poderá construir um mundo sustentável, saudável e com um ambiente protegido, sem que as respectivas ações nesse sentido tenham início nas bases dos habitantes que dominam o planeta e são capazes de transformá-lo para melhor ou pior, ou seja, os seres humanos. Daí a adoção do tão alardeado slogan: "pensar globalmente e agir localmente". A soma das boas ações locais vai produzir uma globalização condizente e correspondente.

As agendas locais - Estados, municípios, regiões e comunidades - têm, portanto, papel fundamental na elaboração da agenda nacional. Partindo-se do microcosmo para o macrocosmo pode haver participação ativa de todas as comunidades, de todos os habitantes na criação de um plano de sustentabilidade maior e mais abrangente. Afinal, o ser humano, individualmente, é a célula da sociedade, que, por sua vez, forma uma nação, um país, e o planeta.

1. A humanidade se encontra em um momento de definição histórica. Defrontamo-nos com a perpetuação das disparidades existentes entre as nações e no interior delas, o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do analfabetismo, e com a deterioração contínua dos ecossistemas de que depende nosso bem-estar. Não obstante, caso se integre as preocupações relativas a meio ambiente e desenvolvimento e a elas se dedique mais atenção, será possível satisfazer às necessidades básicas, elevar o nível da vida de todos, obterem ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um futuro mais próspero e seguro. São metas que nação alguma pode atingir sozinha; juntos, porém, podemos - em uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.

 2. Essa associação mundial deve partir das premissas da resolução 44/228 da Assembléia Geral de 22 de

dezembro de 1989, adotada quando as nações do mundo convocaram a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e da aceitação da necessidade de se adotar uma abordagem equilibrada e integrada das questões relativas a meio ambiente e desenvolvimento.

 3. A Agenda 21 está voltada para os problemas prementes de hoje e tem o objetivo, ainda, de preparar o mundo

para os desafios do próximo século. Reflete um consenso mundial e um compromisso político no nível mais alto no que diz respeito a desenvolvimento e cooperação ambiental. O êxito de sua execução é responsabilidade, antes de tudo, dos Governos. Para concretizá-la, são cruciais as estratégias, os planos, as políticas e os processos nacionais. A cooperação internacional deverá apoiar e complementar tais esforços nacionais. Nesse contexto, o sistema das Nações Unidas tem um papel fundamental a desempenhar. Outras organizações internacionais, regionais e sub-regionais também são convidadas a contribuir para tal esforço. A mais ampla participação pública e o envolvimento ativo das organizações não-governamentais e de outros grupos também devem ser estimulados.

 4. O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 acerca de desenvolvimento e meio ambiente exigirá um fluxo

substancial de recursos financeiros novos e adicionais para os países em desenvolvimento, destinados a cobrir os custos

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incrementais necessários às ações que esses países deverão empreender para fazer frente aos problemas ambientais mundiais e acelerar o desenvolvimento sustentável. Além disso, o fortalecimento da capacidade das instituições internacionais para a implementação da Agenda 21 também exige recursos financeiros. Cada uma das áreas do programa inclui uma estimativa indicadora da ordem de grandeza dos custos. Essa estimativa deverá ser examinada e aperfeiçoada pelas agências e organizações implementadoras.

 5. Na implementação das áreas pertinentes de programas identificadas na Agenda 21, especial atenção deverá

ser dedicada às circunstâncias específicas com que se defrontam as economias em transição. É necessário reconhecer, ainda, que tais países enfrentam dificuldades sem precedentes na transformação de suas economias, em alguns casos em meio à considerável tensão social e política. 

6. As áreas de programas que constituem a Agenda 21 são descritas em termos de bases para a ação, objetivos, atividades e meios de implementação. A Agenda 21 é um programa dinâmico. Ela será levada a cabo pelos diversos atores segundo as diferentes situações, capacidades e prioridades dos países e regiões e com plena observância de todos os princípios contidos na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Com o correr do tempo e a alteração de necessidades e circunstâncias, é possível que a Agenda 21 venha a evoluir. Esse processo assinala o início de uma nova associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.

 Os capítulos seguintes podem ser obtidos nos seguintes sítios.http://www.ibot.sp.gov.br/pesquisa_cientifica/restauracao_ecologica/agenda_21.pdfhttp://www2.prsc.mpf.mp.br/sedes/prm-itajai/gerco/volume-vhttp://www.mma.gov.br/sitio/ Capítulo 2COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA ACELERAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO E POLÍTICAS INTERNAS CORRELATASCapítulo 3 COMBATE À POBREZACapítulo 4 MUDANÇA DOS PADRÕES DE CONSUMOCapítulo 5 DINÂMICA DEMOGRÁFICA E SUSTENTABILIDADECapítulo 6 PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DAS CONDIÇÕES DA SAÚDE HUMANACapítulo 7 PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS ASSENTAMENTOS HUMANOSCapítulo 8 INTEGRAÇÃO ENTRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO NA TOMADA DE DECISÕESCapítulo 9 PROTEÇÃO DA ATMOSFERACapítulo 10 ABORDAGEM INTEGRADA DO PLANEJAMENTO E DO GERENCIAMENTODOS RECURSOS TERRESTRESCapítulo 11 COMBATE AO DESFLORESTAMENTOCapítulo 12 MANEJO DE ECOSSISTEMAS FRÁGEIS: A LUTA CONTRA A DESERTIFICAÇÃO E A SECACapítulo 13 GERENCIAMENTO DE ECOSSISTEMAS FRÁGEIS: DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL DAS MONTANHASCapítulo 14 PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRÍCOLA SUSTENTÁVELCapítulo 15CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICACapítulo 16MANEJO AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL DA BIOTECNOLOGIACapítulo 17PROTEÇÃO DOS OCEANOS, DE TODOS OS TIPOS DE MARES - INCLUSIVE MARES FECHADOS E SEMIFECHADOS - E DAS ZONAS COSTEIRAS, E PROTEÇÃO, USO RACIONAL E DESENVOLVIMENTO DE SEUS RECURSOS VIVOS

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Capítulo 18PROTEÇÃO DA QUALIDADE E DO ABASTECIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS: APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS INTEGRADOS NO DESENVOLVIMENTO, MANEJO E USO DOS RECURSOS HÍDRICOSCapítulo 19MANEJO ECOLOGICAMENTE SAUDÁVEL DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS TÓXICAS, INCLUÍDA A PREVENÇÃO DO TRÁFICO INTERNACIONAL ILEGAL DOS PRODUTOS TÓXICOS E PERIGOSOSCapítulo 20 MANEJO AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL DOS RESÍDUOS PERIGOSOS, INCLUINDO A PREVENÇÃO DO TRÁFICO INTERNACIONAL ILÍCITO DE RESÍDUOS PERIGOSOSCapítulo 21MANEJO AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E QUESTÕESRELACIONADAS COM OS ESGOTOSCapítulo 22MANEJO SEGURO E AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL DOS RESÍDUOS RADIOATIVOSCapítulo 23SEÇÃO III. FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS GRUPOS PRINCIPAISPREÂMBULOCapítulo 24AÇÃO MUNDIAL PELA MULHER, COM VISTAS A UM DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL E EQÜITATIVOCapítulo 25A INFÂNCIA E A JUVENTUDE NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELCapítulo 26RECONHECIMENTO E FORTALECIMENTO DO PAPEL DAS POPULAÇÕES INDÍGENASE SUAS COMUNIDADESCapítulo 27FORTALECIMENTO DO PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS:PARCEIROS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELCapítulo 28INICIATIVAS DAS AUTORIDADES LOCAIS EM APOIO À AGENDA 21Capítulo 29FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS TRABALHADORES E DE SEUS SINDICATOSCapítulo 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIACapítulo 31A COMUNIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICACapítulo 32

FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS AGRICULTORES

Capítulo 33SEÇÃO IV. MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO RECURSOS E MECANISMOS DE FINANCIAMENTOCapítulo 34TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL,COOPERAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONALCapítulo 35A CIÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELCapítulo 36PROMOÇÃO DO ENSINO, DA CONSCIENTIZAÇÃO E DO TREINAMENTOCapítulo 37MECANISMOS NACIONAIS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTOCapítulo 38ARRANJOS INSTITUCIONAIS INTERNACIONAISCapítulo 39INSTRUMENTOS E MECANISMOS JURÍDICOS INTERNACIONAISCapítulo 40   INFORMAÇÃO PARA A TOMADA DE DECISÕES

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AnexoDECLARAÇÃO DO RIO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

 

Agenda 21 Escolar - Implantação 

Porque Agenda 21 Escolar?A escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos momentos de

instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições, estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que a freqüenta, sendo, por isso, também responsável pela avaliação crítica e física dos problemas sociais, pessoais e ambientais dos ramos dela derivados, e pela busca de auxílio em sua solução.

 A escola é à base de formação do cidadão.

A escola é a responsável pela educação que influenciará na vida profissional, social e pessoal do aluno e em sua convivência familiar. A escola influencia e é influenciada pelos movimentos que agitam o seu entorno, como festividades, violência familiar e social, decisões da coletividade, desenvolvimento agrário, industrial e comercial, etc. Além disso, em muitas comunidades, a escola é o órgão ao qual os cidadãos recorrem, como se fosse um organismo de ajuda, apoio e resolução de problemas familiares ou sociais.

Desnecessário, por óbvios, destacar outros pontos de importância da escola na comunidade.  Portanto, nada mais útil e proveitoso do que se começar um processo de elaboração de Agenda 21 dentro do âmbito de atuação direta e indireta da escola.

 Agenda 21 Escolar

1. O que é a Agenda 21 Escolar? A Agenda 21 escolar é a formatação do texto base da Agenda 21 local para aplicação no meio de influência da

escola, tanto nos recintos escolares, como no meio familiar e social onde tal influência é exercida. Visa da mesma forma que as demais agendas, a sustentabilidade social e econômica, atendendo às necessidades humanas para uma vida digna e a proteção do meio ambiente, tanto o ambiente utilizado pelos cidadãos, como formados pelos ecossistemas da região.

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