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GUIA DO FACILITADOR DE FORMAÇÃO DE APOIO E CUIDADOS DE PARES PRICIPAIS MÓDULOS GUIA DO FACILITADOR

PRICIPAIS MÓDULOS

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GUIA DO FACILITADOR DE FORMAÇÃO DE APOIO E CUIDADOS DE PARES

PRICIPAIS MÓDULOS

GUIA DO FACILITADOR

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Introdução ......................................................................................................................................................................................1

Finalidade deste conjunto de ferramentas ....................................................................................................................2

Usar o conjunto de ferramentas núcleo e opcional para adaptar a formação ............................................. 5

Capacidades de facilitação ................................................................................................................................................... 7

Antes da formação.................................................................................................................................................................. 15

Como usar os módulos da formação ............................................................................................................................. 17

Módulos principais .................................................................................................................................................................. 19

Introdução aos Módulos Núcleo ......................................................................................................................................20

AGENDA DE FORMAÇÃO DE AMOSTRA PARA OS FACILITADORES ........................................................ 22

1. Introdução ao workshop ...............................................................................................................................................31

2. Avaliação de Pré-formação ........................................................................................................................................ 33

3. Introdução ao programa LINKAGES .......................................................................................................................34

4. Revelações comuns na "Cascata de VIH" ........................................................................................................... 35

5. Introdução à Navegação de Pares .......................................................................................................................... 37

6. Funções e qualidades de um navegador de pares ............................................................................................ 41

7. Considerações especiais em relação ao trabalho com populações-chave ..........................................43

8. Confidencialidade ........................................................................................................................................................... 45

9. Ética na prestação de serviços de pares ..............................................................................................................49

10. A importância de estabelecer limites ....................................................................................................................50

11. Limites e cenários de confidencialidade .............................................................................................................. 53

12. Par com um beneficiário e a primeira reunião .................................................................................................. 54

13. Avaliação posterior — avaliação de admissão, planeamento de ação,

reencaminhamento e vínculo .................................................................................................................................... 56

14. Reuniões de acompanhamento — o Pacote Mínimo de Serviços............................................................58

15. Prevenção, Dignidade e Saúde Positiva .............................................................................................................. 59

16. Introdução à terapia antirretroviral ......................................................................................................................... 61

17. Adesão ao tratamento — a abordagem de Etapas da Vida ......................................................................... 62

18. Prestação de serviços diferenciados ...................................................................................................................... 64

19. Capacidades de comunicação .................................................................................................................................. 66

20. Escuta ativa e aconselhamento ............................................................................................................................... 71

21. Exercício Prático — Ouvir os outros .......................................................................................................................75

22. Introdução à divulgação ............................................................................................................................................. 76

23. Os benefícios e os riscos da divulgação .............................................................................................................. 78

TABLE OF CONTENTS

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24. Implementação de navegação de pares — fluxo de cliente ...................................................................... 80

25. Implementação de navegação de pares — gestão e supervisão .............................................................82

26. IFerramentas adicionais de implementação de navegação de pares .................................................... 85

27. Prática de navegação de par — opcional (pode ser realizada na manhã do quarto dia) .............. 87

APÊNDICE 1. COREMODULE FOLHETOS .................................................................................................................89

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A finalidade deste conjunto de ferramentas é formar indivíduos vivendo positivamente com o VIH de modo a envolver e reter seus pares ) no sistema de cuidados de saúde. Este conjunto de ferramentas evoluiu de diversas iniciativas de incorporar os seus pares em termos de programação para melhorar os resultados de saúde relacionados com o VIH. Estes incluem o estudo -061 da Rede de Estudos de Prevenção do VIH (HPTN) financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (INS); o estudo da Ciência de Implementação de Populações Chave financiado pela USAID na África do Sul, implementado pela FHI 360 e a Universidade Johns Hopkins; e Building Blocks to Peer Success (Building Blocks to Peer Success ), um conjunto de ferramentas para a formação de indivíduos vivendo com VIH e seus pares desenvolvido por um consórcio de parceiros liderado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston.

Os programas liderados por pares podem ajudar a colmatar o fosso entre indivíduos que vivem com VIH e o sistema de saúde, especialmente tendo em conta dois aspectos importantes da epidemia global de VIH:

1. A epidemia de VIH está a crescer rapidamente entre populações chaves (PC), que incluem homens que fazem sexo com outros homens, trabalhadoras de sexo, transexuais e usuários de drogas injectáveis.

2. A terapia antiretroviral pode ter um impacto dramático sobre os resultados de saúde nas PVHIS, ainda que indivíduos PC que vivem com HIV enfrentem desafios, tanto no acesso a tratamento, como na manutenção da aderência.

Este guia de facilitador faz parte de um conjunto de ferramentas com o objectivo de formar os acompanhantes de pares para fornecer um pacote de intervenções para vincular os membros VIH positivo das principais populações aos serviços de apoio e cuidados do VIH, mantendo o seu acesso a cuidados e apoiar a sua aderência à terapia antiretroviral (TARV) para alcançar a supressão viral. Os acompanhantes de pares formados integram uma equipa de fornecedores numa rede de serviços que garantem que os seus beneficiários acedem de uma forma efectiva ao conjunto completo de serviços clínicos e psicossociais disponíveis e manterem uma vida saudável e positiva.

O conjunto de ferramentas inclui as seguintes componentes:

• Guia de Implementação de acompanhamento por pares — Os gestores de programas e acompanhantes de pares podem usar este documento como o ponto de partida para determinar a forma como os seus programas de acompanhamento por pares irá funcionar numa rede de serviço de maior amplitude. Os programas devem desenvolver o seu próprio conjunto de procedimentos padronizados de funcionamento (SOP na sigla em inglês) e algoritmos de fluxo de cliente que acompanham este guia.

• Fichas dos participantes — O Anexo 1 do presente guia do facilitador inclui fichas com informações-chave para cada sessão de formação e um conjunto completo de ferramentas que os navegadores podem usar para desenvolver planos de acção com os seus beneficiários, fornecer apoio e reencaminhamento e monitorar o progresso.

• Apresentações— Estes slides em PowerPoint editáveis foram mantidos simples para que possam ser modificados e adaptados a uma variedade de contextos. As apresentações estão disponíveis em: https://www.dropbox.com/sh/dtglg9inlwwx74r/AAAcG2zXTZ-HBoRUqsWkgf9Aa?dl=0

INTRODUÇÃO

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• Guias e formulários de amostra — Estes documentos podem ser adaptados por formadores do programa, gestores e implementadores para ajudar os educadores de pares a fornecer serviços adequados aos seus beneficiários e monitorar os resultados dos seus beneficiários. Encontram-se disponíveis no Anexo 1 do presente guia do facilitador.

• Termos de amostra de referência para os acompanhantes de pares — Os gestores de programa podem usar os termos de referência (ver Anexo 2) para garantir que os navegadores entendam as suas funções numa rede de serviços.

NOTA: Este conjunto de ferramentas de formação é dividido em módulos, núcleo e opcionais. Os módulos são essenciais para a apoio e cuidados eficazes de pares e recomendados para todos os navegadores na formação. A formação modelo dos núcleos durarão dois ou três dias. Os módulos opcionais podem ser incluídos conforme necessário; o uso de todos os módulos aumentaria a duração desta formação para cinco dias completos. Consistem áreas técnicas nas quais os indivíduos que participam nesta formação não têm qualquer treino (tais como as noções básicas de VIH e SIDA e redução de risco), e lidar com necessidades psicossociais e outras potenciais necessidades. Os programas de cada país podem considerar necessário adaptar os materiais e os módulos da formação ao contexto local. Cada programa do país deverá adaptar ou desenvolver os seguintes módulos para o seu próprio contexto:

• Introdução à organização/programa local

• Operacionalização e implementação do acompanhamento por pares no país

• Protocolos e directrizes nacionais

• Algoritmos de fluxo do cliente

• Questões legais/política chave

Esta formação deve ser implementada de uma forma interativa com uma forte participação dos indivíduos que recebem a mesma. Os facilitadores devem encorajar a discussão aberta e troca de ideias para reduzir qualquer estigma contra populações chaves entre os participantes e para os ajudar a melhor compreensao às necessidades dos seus beneficiários. Os facilitadores devem usar o suplemento dos slides em PowerPoint, o guia de implementação de acompanhamento por pares e as ferramentas incluídas em anexo neste documento. As informações sobre a preparação da formação e as técnicas de facilitação são fornecidas abaixo.

FINALIDADE DESTE CONJUNTO DE FERRAMENTAS1

Este conjunto de ferramentas fornece diversos materiais e instruções sobre como os usar para construir um currículo de formação personalizado para educadores de pares na sua comunidade.

O que é um par? Neste contexto, um par é um indivíduo afectado por ou que vive com VIH positivo, com características semelhantes com os beneficiários a serem cuidados e que não é um profissional de cuidados de saúde com formação clínica. Os acompanhantes de pares que participam nesta formação podem ser escolhidos da

1 Adaptado de Building blocks to peer success: A toolkit for training VIH-positive peers. Boston: Boston University School of Public Health; 2009.

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comunidade de educadores/conselheiros de pares, trabalhadores de saúde comunitários, promotores, agentes comunitários, educadores de tratamento, defensores, e/ou membros da comunidade.

Quem deve usar este conjunto de ferramentas? O público primário do conjunto de ferramentas é composto por formadores experientes e organizações de formação que podem usar estes materiais para projetar, melhorar ou aperfeiçoar a sua própria formação de educadores de pares. Um segundo público — supervisores ou directores de programa e as organizações que oferecem programas de pares — podem usar este conjunto de ferramentas para planear um programa de formação para acompanhante de pares recém-contratados ou para fornecer uma educação contínua para os navegadores existentes. Um terceiro público é composto por financiadores que podem usar o conjunto de ferramentas para ajudar a planear ou financiar as actividades de formação do acompanhante de pares nos seus países ou comunidades.

Princípios básicos Os dois princípios fundamentais baseiam-se na estrutura e conteúdo deste conjunto de ferramentas.

1. Um estilo de aprendizagem interativa. A formação de pares foca-se nos princípios de formação de adultos ao invés de uma instrução tipo palestra. Os pesquisadores apontam que a aprendizagem é mais eficaz quando é autodirigido, participativa, vivenciada e aplicada. As pessoas irão recordar:

• 10% do que leem

• 20% do que ouvem

• 30% do que veem

• 50% do que veem e ouvem

• 70% do que veem, ouvem e dizem

• 90% do que veem, ouvem, dizem e fazem

Os módulos de formação deste conjunto de ferramentas tentam obter um equilíbrio bem-sucedido entre o que as pessoas veem, ouvem e fazem para maximizar o que aprendem.

2. Não existem duas formações iguais. O formador irá adaptar este currículo para adequar o seu próprio estilo de formação e experiência e as necessidades dos seus pares.

Dicas rápidas para desenvolver e implementar uma formação

Avaliar a sua comunidade A avaliação das necessidades é o primeiro passo para desenvolver e implementar um programa de formação de pares eficaz. Uma avaliação das necessidades permite recolher informações sobre as necessidades da população beneficiária alvo e as necessidades organizacionais que devem ser atendidas para implementar um programa de pares com êxito. Uma avaliação das necessidades também ajuda a determinar quais tópicos devem ser abordados na formação, quanto tempo deve ter o programa de formação e os recursos que estão disponíveis.

Existem dois tipos de avaliação de necessidades:

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1. Para organizações: aqueles que já têm programas e os que estão em fase de desenvolvimento.

2. Para os pares: aqueles que já trabalham como pares e os que estão interessados em aprender mais sobre o papel de um par.

Adaptar a formação Com base na sua avaliação de necessidades, identifique quanto tempo tem para realizar a formação e planear a sua agenda de acordo com esse dado. Certifique-se que considera os recursos disponíveis para financiar e apoiar a formação, o que também irá afetar a duração da sua formação.

Use a avaliação de necessidades para desenvolver objectivos específicos e mensuráveis. Estes objetivos de formação vão ajudar a estruturar a sua avaliação da formação.

Em relação à determinação do teor de núcleo para a sua formação, concentre-se nos seguintes critérios:

• As suas expectativas para com os seus educadores de pares e vice-versa

• A experiência e o conhecimento dos navegadores

• As características da população beneficiária dos seus navegadores

• A experiência e o conhecimento dos formadores

Integrar apresentações, quebra-gelos, estimuladores, resumos e encerramentos na sua agenda. Além disso, escolha um local apropriado para realizar a sua formação. É fornecida uma agenda de formação de amostra neste conjunto de ferramentas na página 20.

Recrutar participantes Antes de iniciar o processo de recrutamento, pondere as seguintes questões:

• Como, onde e quando irei recrutar educadores de pares?

• Quantos educadoras de pares serão necessários?

• Quem é o público-alvo para o programa de apoio e cuidados?

• Que recursos e mecanismos tenho para recrutar acompanhantes de pares? (por exemplo, orçamento, coordenadores de comunidade, etc.)

Após ter respondido a estas perguntas, pondere as formas como a sua comunidade PC pode ajudar no processo de recrutamento. Por exemplo, as comunidades PC podem ajudar a divulgar a formação, recomendar participantes para a formação e for necer números de telefone ou e-mails de potenciais participantes.

Selecione os participantes Desenvolva critérios de seleção para os seus acompanhantes de pares antes de começar a escolher os participantes, tais como trabalho prévio com comunidades PC, serológico de VIH, capacidades de comunicação (escrita/oral) e/ou membro PC. Esses critérios podem basear-se nas necessidades da população beneficiária de destino ou as necessidades da sua organização. Se não tiver uma grande quantidade de pares potenciais na sua comunidade, deve ampliar os seus critérios de selecção. Pode implementar a selecção antes de qualquer formação, o que pode envolver um processo de aplicação inicial e uma selecção de acompanhamento realizado pessoalmente ou por telefone.

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Implementar e facilitar a formação Ao implementar e facilitar a sua formação, tenha em mente as seguintes dicas de formação:

• Explicar cuidadosamente cada actividade e rever as instruções com o grupo.

• Fazer as perguntas abertas ao grupo para estimular a discussão.

• Restringir e encerrar uma discussão quando o tópico tiver sido esgotado.

• Dividir o grande grupo de participantes em pequenos grupos para trabalhar em actividades e partilhar ideias.

• Explicar como as lições e mensagens chave se relacionam com o trabalho dos pares.

• Conjugue as actividades com as capacidades anteriormente aprendidas.

• Preste atenção às necessidades dos participantes e faça pausas quando necessário.

• Analise a actividade com os participantes no final de cada actividade e no final de cada dia.

Avaliar a formação Para determinar se a formação esta de acordo com os seus objectivos, realize uma avaliação no final da formação. Esta avaliação ajudará a determinar se a formação esteve de acordo com as necessidades dos participantes e se são necessárias quaisquer melhorias ou alterações em formações futuras.

Existem vários tipos de avaliações. Algumas técnicas de avaliação estão estruturadas para estarem de acordo com os objectivos mensuráveis estabelecidos antes do início da formação. Para este tipo de avaliação é normalmente usado um instrumento ou ferramenta de avaliação. Outras avaliações são "mais suaves", ou mais qualitativas e colocam questões abertas aos participantes da formação para estabelecer os seus senHorantos, ideias, preocupações e sugestões sobre a formação. Pode combinar diferentes métodos de avaliação para obter uma imagem completa da experiência da formação. Além disso, pode realizar uma avaliação a meio da sua formação e novamente no final.

O Anexo 1 deste documento contém um instrumento de avaliação da amostra (ver Formulário de Avaliação de Formação de acompanhamento por pares).

USAR O CONJUNTO DE FERRAMENTAS NÚCLEO E OPCIONAL PARA ADAPTAR A FORMAÇÃO

Determinação do conteúdo núcleo Este conjunto de ferramentas permite aos formadores criar o seu próprio programa de formação de acompanhantes de pares com base nas respostas às seguintes cinco perguntas:

1. Quais são as expectativas dos acompanhantes de pares que serão formados e quais são as expectativas em termos das suas funções?

2. Qual é a experiência e o conhecimento dos navegadores que participarão na formação?

3. Quais são as características da população beneficiária do trabalho dos navegadores?

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4. Quanto tempo tem que realizar a formação?

5. Qual é o conjunto de experiência e capacidade dos formadores?

As sessões de formação deste conjunto de ferramentas foram concebidas para treinar acompanhantes de pares, que irá envolver e reter indivíduos que vivem com VIH em termos de cuidados de saúde, com foco em populações chave. Para implementar o apoio e cuidados de uma forma efectiva, os navegadores deverão formar relacionamentos de apoio com os seus beneficiários e ajudá-los a gerir alguns dos esforços diários que acompanham um diagnóstico de VIH, como compreensão do sistema de saúde, compreensão da finalidade de diferentes tratamentos e exames de laboratório e como funciona o VIH no corpo, lidar com os relacionamentos com amigos, familiares e parceiros e lidar com o estigma. Essas tarefas irão exigir três áreas de "núcleo de competência", incluindo:

1. Conhecimento de VIH (incluindo o ciclo de vida do VIH, medicamentos, aderência, resistência, risco e redução de danos)

2. Capacidade de comunicação (incluindo a capacidade de ouvir, perguntas abertas, estilos de comunicação, conhecimento cultural e comportamentos sem julgamento)

3. Compreensão clara das funções e responsabilidades (incluindo as expectativas de trabalho, limites, confidencialidade, aconselhamento, compreensão do sistema de saúde, trabalhar como parte de uma equipa de gestão de casos, comunicação com fornecedores, disponibilidade para ser um par autocuidado

Os níveis de experiência e conhecimento dos pares que participam numa formação podem variar. Portanto, o projeto de formação deve acomodar indivíduos sem experiência prévia de pares, assim como aqueles com vários anos de experiência, abordando uma ampla gama de níveis de conhecimento. Os formadores podem misturar e combinar conjunto de ferramentas de formação NÚCLEO e OPCIONAL para garantir que o objeto e as sessões atendem às necessidades do programa e dos participantes.

Quais são as características da população beneficiária do trabalho dos acompanhantes de pares?

As características beneficiárias irão influenciar a escolha dos módulos de formação em conecção com o programa. Por exemplo, os navegadores de pares que trabalhem principalmente com homens que fazem sexo com outros homens podem ter a necessidade de se concentrar em questões diferentes em comparação com aqueles que trabalham com trabalhadoras de sexo (que devem abordar questões como planeamento familiar e violência perpetrados pelos clientes). O mesmo é verdadeiro para navegadores que trabalhem com indivíduos transgéneros (por exemplo, compreender a questão das hormonas) ou usuários de drogas injectáveis(por exemplo, o uso da substância e tratamento). As necessidades dos indivíduos recentemente encarcerados, pessoas com alfabetização limitada e pessoas cuja língua materna não é o idioma da formação, são todos factores a considerar ao escolher os módulos e projectar o programa.

Quanto tempo tem que realizar a formação?

É improvável que tenha tempo suficiente para fornecer toda a formação necessária ou requerida pelos pares. (As avaliações dos participantes normalmente incluem afirmações como "Quem me dera que tivéssemos mais tempo...") No entanto, um mínimo de três dias permitir-lhe-á abordar as noções básicas que um acompanhante de pares sem ou com experiência prévia limitada deve começar por trabalhar, desde que o navegador tenha um supervisor ou mentor forte que possa continuar a formação e fornecer supervisão no local de trabalho.

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Qual é o conjunto de experiência e capacidade dos formadores?

Os programas de formação de pares eficazes contam geralmente com uma equipa de formação de um ou dois formadores experientes de um par que é um formador experiente ou um instrutor de formação. Os pares são membros inestimáveis da equipa de formação; têm um vínculo experiencial com os participantes que os gerentes ou outros formadores podem não ter estabelecido. Os formadores de pares experientes podem usar as suas próprias histórias para ajudar os indivíduos a se conectar com e aderir aos cuidados. Os formadores de pares são também modelos e podem modelar as capacidades de valor inestimáveis para os participantes. Os especialistas de conteúdo podem ser trazidos para sessões sobre temas específicos, tais como medicamentos para tratamento, planeamento familiar, questões jurídicas ou confidencialidade, saúde mental ou outras áreas.

Os melhores formadores são aqueles com conhecimento prático e em primeira mão, e experiência com o trabalho com os pares que também têm excelente capacidade de construção de relação e capacidades de facilitação de grupo. A LINKAGES recomenda ter colegas experientes que facilitem conjuntamente alguma da formação de apoio e cuidados dos pares como uma actividade de obtenção de capacitação para os pares, mas também para aumentar a credibilidade, baseando-se nas suas experiências e capacidade para abordar questões e problemas que possam surgir.

CAPACIDADES DE FACILITAÇÃO

Os facilitadores de formação devem possuir uma variedade de capacidades e competências para cumprir o seu papel. Conhecimento sobre o conteúdo e a estrutura do currículo não é o suficiente. A formação exige

ABRIR ENCERRARREDUZIR

Para abrir o conteúdo da discussão com uma pergunta ampla

Para direcionar a discussão sobre uma área de conteúdo especíca

Encerrar a discussão e passar para o próximo conteúdo

Interaction Associates, 1997

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aos facilitadores executar várias tarefas simultaneamente, como ouvir, observar e lembrar-se dos pontos de discussão. Devem comunicar claramente, analisar e sintetizar os pontos-chave, diagnosticar problemas e intervir eficazmente. Também devem fornecer feedback sem criar reações defensivas e aceitar comentários sem reagir defensivamente. E devem desenvolver a confiança do participante, fornecer apoio e incentivo e ter muita paciência.

Esta secção fornece dicas de formação, ideias e princípios, juntamente com capacidades de facilitação específicas que irão facilitar o trabalho de um facilitador. Destina-se a novos formadores ou formadores com pouca experiência.

Fases de liderança de uma discussão: Abrir, reduzir e Encerrar Um dos maiores desafios enfrentados pelos formadores é a liderança em discussões de forma que torna o conteúdo, processo e interações satisfatórias para os participantes. Para tal, um facilitador de formação eficaz faz escolhas conscientes sobre quando abrir, reduzir e encerrar uma discussão.

Uma questão de abertura é uma questão ampla, para envolver os participantes no conteúdo da formação e para ser complementada com diversas ideias ou pontos de vista diferentes. Tais questões exigem mais do que apenas uma resposta de sim ou não. As perguntas de abertura começam com as palavras o quê, porquê e como. Alguns exemplos de perguntas de abertura são "Como estabelece confiança com um par?" ou "Quais são as formas através das quais pode motivar alguém para iniciar o seu TARV?" Os momentos apropriados para perguntas de abertura são:

• Quando pretender criar um novo tópico para gerar interesse, avalie a experiência dos participantes com o tema ou alicie um exemplo do grupo para ilustrar um ponto

• Quando pretender mudar a energia na sala e incentivar uma maior participação

• Quando sentir que falou em demasia e precise de envolver mais participantes

Uma pergunta ou afirmação restrita incide sobre um especto específico do conteúdo para fazer um ponto-chave ou para tornar a discussão mais compreensível para todo o grupo ou relevante para o trabalho dos participantes. Os momentos apropriados para perguntas ou afirmações restritas:

• Imediatamente após a resposta de dois a três participantes a uma pergunta de abertura

• Quando o comentário do participante dirige o formador a um especto específico do próximo material

• Quando a história do participante é relevante para ilustrar uma parte específica do conteúdo

Uma questão, afirmação ou transição de encerramento é usada para resumir os pontos-chave e seguir em frente, a transição para novos conteúdos ou reconhecer a afirmação dos participantes sem iniciar uma discussão maior. Os momentos apropriados para perguntas ou afirmações de encerramento são:

• Quando a discussão não se foca no tópico chave

• Quando todos os pontos-chave foram abordados

• Quando as afirmações dos participantes abordam o conteúdo seguinte

• Quando for altura de fazer uma pausa

• Quando ficou sem tempo

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Como estabelecer, conduzir e analisar exercícios Os exercícios de formação são concebidos para ajudar os participantes a assimilar e integrar a aprendizagem fundamental. Para optimizar o uso de exercícios, é importante estabelecer, conduzir e analisar eficazmente.

Configuração: Etapas-chave para dar instruções

Ficar no meio da sala para obter uma atenção total.

Planear e pedir aos participantes que trabalhem em pequenos grupos, dê-lhes instruções antes da sessão. É difícil que os participantes ouçam após se terem levantado dos seus lugares e estiverem a deslocar-se.

• Definir o contexto: elucidar os participantes sobre o que é o exercício.

• Promover o interesse na actividade.

• Rever as instruções com o grupo.

• Verificar frequentemente a compreensão da actividade.

• Estabelecer prazos.

• Dividir em pequenos grupos ou pares.

• Estabelecer um local de encontro para os pequenos grupos.

Realizar actividades-chave durante o exercício:

• Deslocar-se entre os grupos para manter a concentração. Estabelecer momentos para verificações conforme apropriado.

• Ouvir para se certificar de que os participantes estão a realizar o exercício de uma forma correcta.

• Responder a perguntas, conforme necessário.

• Reunir o grupo para uma análise.

Tipos de perguntas necessárias para gerar uma discussão de análise:

• Perguntar a forma como cada grupo realizou o exercício.

• Perguntar quais os problemas que foram encontrados.

• Avaliar se os participantes compreenderam.

• Perguntar como o exercício relaciona-se com o seu trabalho.

• Encerrar a análise e a iniciar o próximo conteúdo.

Outras capacidades de facilitação A não existência de uma lista pode capturar a complexidade da função de facilitador de formação, mas existem várias capacidades de facilitação de núcleo que cada facilitador de formação deve possuir. Estas incluem:

Configuração da sala As formas mais eficazes para configurar os lugares numa sala de formação são em forma de U e em mesas-redondas em pequenos grupos (por exemplo, quatro ou cinco lugares por mesa). Uma forma de U permite a participantes terem uma visão clara do formador, assim como uns aos outros e permite ao formador aproximar-se dos participantes para fazer contacto visual e ouvir o que dizem. Mesas com pequenos grupos podem reduzir a formalidade, relaxar a configuração e facilitar o trabalho de pequenos grupos..

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Em pé De pé no meio da sala, o formador controla toda a atenção. Os facilitadores podem usar esta técnica ao reunirem o grupo depois de pausas e do almoço, dando instruções para uma actividade, estabelecendo um ponto importante, resumindo a discussão para a encerar.

Sentado Ao sentar-se numa cadeira colocada no meio da sala, o facilitador nivela o campo de interação entre os participantes e si mesmo. Essa técnica é usada ao partilhar histórias pessoais ou experiências profissional num estilo informal e de conversação. Neste caso, o facilitador não dirige toda a atenção, mas pede aos participantes que se juntem a ele numa conversa.

Desvanecer Desvanecer significa mover-se ou desaparecer no plano de fundo. É o que um facilitador faz quando pretende que o grupo interaja uns com os outros durante as actividades, dinâmicas de grupo, quando os participantes estão a apresentar ou a relatar numa actividade para o grupo maior, ou quando é a vez do formador facilitar.

Movimento O facilitador deve movimentar-se na sala para demonstrar energia e entusiasmo sobre o material a ser apresentado. Esta técnica também permite ao facilitador mover-se mais perto de diferentes participantes e fazer conctato visual, o que resulta numa sensação de atenção individual por parte dos participantes e pode levar a níveis mais elevados de participação e a um melhor relacionamento entre o facilitador e o participante. Nota de precaução: ao se deslocar numa sala é importante que não acelere o ritmo ou se torne inquieto, pois pode criar a ideia que o formador está nervoso, ansioso ou com falta de confiança.

Avaliação do grupo Avaliação do grupo inclui contacto visual e análise para determinar se os participantes estão envolvidos no processo e entendem as instruções. Permite ao facilitador avaliar os níveis de participação e linguagem corporal. Alguns participantes são tímidos e podem não comentar muito, mas podem indicar uma disponibilidade para participar através do seu olhar. Ao analisar o grupo, o facilitador pode encorajar os participantes mais silenciosos a falar, acenando ou usando outros sinais não-verbais.

Faça perguntas abertas As perguntas abertas incentivam o diálogo e sugerem que a existência de diversas respostas corretas. Perguntas fechadas eliciam respostas de sim ou não. Perguntas abertas normalmente começam com "o que" ou "como." Por exemplo, em vez de pedir os participantes "gostou da formação de hoje?" (que é uma pergunta fechada), um bom facilitador perguntaria "O que gostou sobre a formação de hoje?" Lembre-se que as perguntas "porquê" podem por vezes ser percebidas como criticismo.

Participação Participar significa prestar atenção às necessidades dos participantes. Alguns exemplos de comportamentos de participação são: fornecer água ou bebidas e aperitivos, minimizar as distrações na sala, tornar o espaço confortável e acolhedor, cumprimentar todos amavelmente e verificar a temperatura na sala. Outro exemplo é usar intervalos na formação para conversar com os participantes mais calados para verificar se a formação está a ser relevante para os mesmos ou para resolver mal-entendidos entre um participante e facilitador ou entre participantes, ou algo que o facilitador tenha notado durante a formação.

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Momento de pausa (Gerir o silêncio) O momento de pausa é o tempo em silêncio na interação do grupo. Isto acontece geralmente quando o facilitador ou um participante coloca uma questão ampla, abertas para o grupo ou quando acontece algo no grupo e os participantes precisam de tempo para processar. É importante que o facilitador permita momentos de silêncio para reflexão e assimilação, para melhorar o foco da discussão e integrar material emocionalmente intenso.

Os facilitadores podem gerir o momento de silêncio, esperando 10 segundos depois de fazer uma pergunta e colocando a pergunta de forma diferente se os participantes não responderem durante esse tempo.

Voltar para trás (Referindo-se ao grupo) Voltar para trás significa que o facilitador volta a colocar uma questão de um participante a essa pessoa ou ao grupo inteiro para estimular a discussão. Por exemplo, alguém do grupo pode perguntar: "Qual é a diferença entre o HIV e a SIDA?" O facilitador responde: "Qual foi a diferença que ouviu?" ou "Qual é a opinião geral?" Esta resposta permite ao facilitador avaliar o nível de conhecimento na sala, mas também permite aos participantes demonstrar os seus conhecimentos, aprender com os outros, expressar pontos de vista alternativos e direcionar a discussão de uma forma que atenda às suas necessidades.

Tato Tato é definido como ter "um sentido apurado sobre o que fazer ou dizer para manter boas relações com os outros, evitar ofensas, ou capacidade e graça em lidar com os outros" (Dicionário Webster). É importante para os facilitadores reconhecer momentos controversos, manter a calma sob pressão, manter a neutralidade à medida que as emoções aquecem e gerir com cuidado sarcasmo ou outras interações indesejáveis no grupo. O oposto de tacto é ser argumentativo, defensivo, ofensivo, rude ou ameaçador e os facilitadores devem evitar esse comportamento, mesmo quando um participante esteja a comportar-se de uma forma rude. Um bom facilitador opta sempre pelo "caminho correcto" e nunca perde a paciência em frente da audiência. Quando o ambiente aquece, o facilitador deve implementar um intervalo e lidar com o participante privadamente.

Bloqueio Bloqueio é intervir para impedir o comportamento contraproducente no grupo. Esta capacidade é usada para proteger os participantes e aumentar o fluxo do processo do grupo. Se um participante continuar a demonstrar comportamento negativo após o bloqueio, o facilitador pode intervir e interromper a sessão enquanto lida com o indivíduo em particular.

Escuta activa Existem quatro componentes de escuta activa: 1) clarificação, 2) parafrasear, 3) reflexão, e 4) resumo.

Clarificação: Para verificar a exactidão do que foi dito, um facilitador pode fazer as seguintes perguntas aos participantes:

• "Entendi correctamente?"

• "O que compreendi foi o que pretendia?"

• "O que quer dizer com isso?"

• "Fale mais sobre isso"

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Parafrasear: Para ajudar o foco de participantes no conteúdo da mensagem chave e se certificar de que é compreendido de uma forma correcta, um facilitador pode parafrasear algo dito por um participante. Por exemplo, se um indivíduo estiver a descrever alguns dos desafios que encontrou após a divulgação de seu estado de HIV no trabalho, o facilitador pode responder, "Então, o que está a tentar dizer é que a divulgação no trabalho tem sido difícil para si, correcto?"

Reflexão: Comunicar a compreensão dos senHorantos expressos permite aos participantes se sentirem compreendidos. Se alguém disser: "Odeio quando a minha irmã vem visitar-me, porque ela diz e faz coisas que me irritam," o facilitador pode responder: "Então, está a sentir-se zangado, certo?" ou "Parece que está a sentir-se muito zangado." Exemplos de perguntas que ajudam a refletir senHorantos:

• "O que sente sobre isso?"

• "Como é que isso o faz sentir?"

• "Que senHorantos ou emoções despertam em si?"

• "Como gostaria de expressar esse senHoranto?"

Resumir: Após uma ampla discussão sobre um tópico, o facilitador pode terminar o tópico, resumindo o que foi dito. Por exemplo, o facilitador diz: "Nesta parte da formação abordámos os estágios de liderar uma discussão, como iniciar uma discussão, restringi-la e depois encerrá-la. Abordámos também como estabelecer, conduzir e analisar exercícios. Que questões têm?"

Contar histórias Contar histórias da sua própria experiência, dando exemplos e analogias, ajuda os indivíduos a assimilar e integra a aprendizagem. O propósito de contar histórias deve ser para ajudar os acompanhantes de pares a entender formas de manter os beneficiários do serviço no atendimento e apoiar a aderência aos regimes de tratamento. As boas histórias afectam os participantes em três níveis:

Emocional: O conteúdo e a entrega da história evoca senHorantos e emociona os indivíduos.

Sensível: Os participantes seguem a história e compreendem o conteúdo se for contado de uma forma lógica, com início, meio e fim.

Vínculo: Os participantes podem estabelecer um vínculo aos valores e crenças subjacentes da história. Os contadores de histórias podem suscitar o envolvimento do participante através de perguntas intermitentes.

Os facilitadores devem escolher histórias e exemplos que são significativos para eles, relevantes para os objectivos do workshop e interessantes para os participantes.

NOTA: Ao contar histórias pessoais, um facilitador não deve "roubar" o momento e monopolizar a conversa. Em vez disso, deve contar a história rapidamente, clarificar o ponto que pretende fazer e seguir em frente.

Capacidades de empurrar, puxar e equilibrar Dar Informações Dar informações (uma capacidade de empurrar) é uma capacidade importante para os facilitadores de formação. Primeiro relaciona-se com o conhecimento do material e a sua partilha de uma forma clara e precisa. Ao dar informações, os facilitadores devem:

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• Usar materiais de apoio visual.

• ComparHorantalizar a informação em partes para uma compreensão mais fácil.

• Apresentar informações numa ordem que fará sentido para os participantes.

• Responder a perguntas sobre tópicos específicos.

• Certificar-se de que a informação dada é clara para os participantes.

Dar Direções Dar direções é uma capacidade de empurrar que os facilitadores usam quando pretendem que os participantes façam algo, como ir para uma página especificada ou criarem pequenos grupos para fazer uma actividade específica. Ao dar direções, os facilitadores devem:

• Fazê-lo de modo convidativo ou solicitante. (Dar direções não é o mesmo que dar ordens.)

• Usar recursos visuais e repetir as vezes necessárias para garantir que a tarefa é entendida.

• Verificar se há entendimento após dar direções e durante toda a actividade.

• Se a criação de pequenos grupos ou a realização de qualquer outra actividade que envolva o movimento físico, certifique-se que dá as direções antes dos participantes começarem a levantarem-se dos seus lugares.

Obter informações Obter informações dos participantes (com uma capacidade de puxar) significa o uso de perguntas abertas, gerir o silêncio e referir-se ao grupo enquanto ouve cuidadosamente os comentários e perguntas dos participantes. As capacidades de puxar também incluem prestar atenção ao comportamento não-verbal dos participantes. Ao usar esta capacidade, o facilitador deve:• Relaxar o participante para que não se foque em outros pensamentos.

• Que dê toda a atenção para o que o outro indivíduo está a dizer.

• Evitar prever o que o indivíduo pretende dizer depois de ouvir as primeiras palavras ou frases.

• Que dê reforço verbal e não verbal.

• Procure compreender através de perguntas ou reformulando o que foi dito pelos participantes

Capacidades de equilíbrio As capacidades de equilíbrio envolvem dar e receber feedback, mantendo sempre uma perspectiva não crítica, definindo o clima, mantendo a conversação no tópico e gerir o tempo.• Dar e receber feedback são um acto de equilíbrio. Os facilitadores eficazes corrigem a desinformação e

dão, ao mesmo tempo, uma resposta confirmativa a um participante, sabem como dar feedback e como o receber e aplicá-lo. Por exemplo, se alguém fornecer algum tipo de desinformação, o facilitador pode dizer, "Obrigado John por partilhar isso. No entanto, acho que a resposta é na verdade X."

• Manter uma perspectiva sem criticismo é mais um acto de equilíbrio. Para aprender, os indivíduos precisam de se sentir seguras e dispostas a participar numa sessão. Parte desta segurança está correlacionada com o facto de saberem que os seus valores e crenças serão respeitadas. Ao permanecer livre de criticismo, os facilitadores eficazes equilibram muitas capacidades ao mesmo tempo. Aplicam as capacidades que aprenderam, tais como evitar rótulos e em vez disso, usar linguagem que descreve o comportamento. Também dão feedback de confirmação a todos os participantes mesmo quando os seus próprios valores diferem dos valores dos participantes. Por exemplo, "Obrigado John por partilhar as suas ideias sobre este assunto. É importante entender que nem todos terão as mesmas crenças. Quando somos confrontamos com pensamentos e ideias diferentes das nossas, é preciso ouvir e não tentar mudar as ideias dessa pessoa ou o seu estilo de vida. Esforçamo-nos para dar opções mas não são a diretiva."

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• Gerir o tempo é encontrar um equilíbrio entre as necessidades do grupo, aproveitando os momentos de ensino e permanecer dentro do horário. Gerir o tempo inclui ter o acordo do grupo no início, final e intervalos, sendo responsável por iniciar e terminar as sessões no tempo previsto, certificando-se de que todos os itens importantes da agenda encaixam no horário e chegar a acordo com os participantes sobre o tempo e questões de conteúdo.

Lidar com situações difíceisHaverão situações em que os "locutores" do grupo não irão ouvir os outros ou terão os seus próprios objetivos. Deve reconhecer as suas ideias, mas se estas não forem relevantes para a discussão, responda com "isso é um bom ponto, mas agora estamos focados nesta questão. Talvez possamos abordar essa questão durante o intervalo ou no final da sessão." Pode usar a técnica de "Estacionamento" (por exemplo, colocar observações/pontos de devem ser abordados antes da conclusão da reunião/formação num bloco de cavalete) para reconhecer tais observações e avançar para o tópico relevante.

Se tiver um grupo com os níveis de capacidade amplamente variados, pode ser difícil conceber uma formação que atenda às necessidades de todos os participantes. Através da interação e diálogo, todos podem aprender uns com os outros. Inicie a formação através do reconhecimento das diferentes capacidades e conhecimentos entre os participantes e estabelecendo regras que deixe claro que todas as ideias e perguntas devem ser respeitadas.

Às vezes pode ser tenha que ir para além do currículo. Um exercício pode correr mal ou um tópico pode estimular um debate emocional. Tente ler o seu público e ajustar a formação para atender às necessidades dos participantes.

Facilitar a formação de pares Visto que a formação não é apenas sobre o trabalho potencial ou efetivo de um par, mas também sobre a sua vida, certos exercícios ou comentários podem provocar lembranças dolorosas (transferência). Os formadores devem estar cientes dessas possibilidades e terem a capacidade de estabelecer um vínculo entre esses participantes e o tópico da formação. As memórias dos formadores que também são pares podem também ser desencadeadas por histórias contadas pelos participantes da formação (contratransferência) e devem ter a capacidade e experiência de gerir esses senHorantos enquanto realizam a formação.

Também deve considerar as necessidades de saúde dos participantes que vivem com VIH. Dependendo da sua saúde, pode haver a necessidade de mais pausas, um tempo de descanso, um lugar para guardar medicamentos e uma forma de responder a quaisquer exigências nutricionais ou de sequenciação em relação à medicação.

Finalmente, uma formação de pares deve acomodar os diferentes níveis de alfabetização. Se um exercício requer leitura, pode pedir voluntários para ler em voz alta. Se estiver a formar indivíduos para os quais o inglês é uma segunda língua, é importante evitar gírias ou expressões coloquiais que podem ser difíceis de entender.

Nota sobre apresentações em PowerPoint

As apresentações em PowerPoint opcionais são fornecidas como parte do conjunto de ferramentas, mas lembre-se que um fluxo constante de slides em cada sessão pode desanimar os participantes. A LINKAGES recomenda encontrar formas alternativas de apresentar informações, sempre que possível, incluindo o uso folhas de bloco de cavalete, cartões e atividades originais. Quase todas as sessões neste conjunto de ferramentas podem ser apresentadas sem o uso de um projetor.

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ANTES DA FORMAÇÃO

Os workshops de formação bem-sucedidos requerem uma preparação extensiva. Os facilitadores devem assegurar-se de que as etapas a seguir são feitas com antecedência:

1. Leia o Guia Facilitador de Formação de navegadoras de pares e os slides em Powerpoint suplementares e reveja todas as ferramentas de apoio e cuidados no conjunto de ferramentas.

2. Leia completamente este manual de formação como preparação para a formação.

3. Certifique-se de que acompanhantes de pares irão participar na formação nos dias/hora correcta.

4. Prepare cópias do Guia do Facilitador de Formação de navegadores de pares e dos anexos para os participantes poderem levar esta informação para casa ler em casa.

5. Prepare todos os materiais (para jogos e exercícios) necessários para as sessões, assim como apresentações em PowerPoint (PPT na sigla em inglês) e outros folhetos.

6. Entre em contacto com os indivíduos de recurso local necessários para as sessões (por exemplo, indivíduos com VIH e clínicos) e garanta que estão preparados para participar no dia e hora estabelecida; peça a um voluntário que conte a sua história na Sessão 15, Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva (pode ser no início da formação).

7. Reveja legislação, políticas e leis de direitos humanos relevantes em relação a trabalho sexual, relações homossexuais e uso de drogas.

8. Obtenha um directório de serviços relevante para o programa (se possível).

9. Obtenha um algoritmo de fluxo de cliente visual que demonstre como os beneficiários usam a continuidade do serviço, e onde e de que forma os acompanhantes de pares desempenham um papel.

10. Tenha aperitivos (doces, chocolates) para encorajar os participantes a responder às questões colocadas nas sessões.

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Cada sessão consiste no seguinte formato:

MATERIAIS: Os materiais necessários para realizar a sessão (por exemplo, folhas de bloco de cavalete, marcadores, slides em PowerPoint suplementares e folhetos); e ações preparatórias para garantir que a sessão corra bem

PROCESSO: Instruções passo a passo sobre como implementar as actividades e executar as sessões

NOTAS: Informações adicionais que ajudarão a construir o seu conhecimento e orientar as suas discussões e exercícios

Principais pontos que deve ter em mente como um facilitador:

Recomendado:

• Leia o módulo de formação completamente antes do workshop.

• Seja flexível. O agendamento pode mudar dependendo das necessidades dos participantes.

• Use métodos de ensino diferentes para aumentar a participação e manter o interesse.

• Certifique-se de que todos os materiais de ensino, incluindo folhetos e gráficos, são preparados antes de cada sessão.

• Solicite e honre os conhecimentos e a experiência dos participantes locais.

• Incentive os seus pares a participar e a fazer apresentações.

• Certifique-se de que, no final da formação, os participantes desenvolvem planos de acção cde acompanhamento individual ou organizacional.

• Lembre-se que é um workshop participativo e que o seu papel é o de FACILITAR!

Não recomendado:

• Deixar que um indivíduo domine a discussão

• Falar mais do que os participantes

• Permitir que distrações tais como telemóveis e conversas entre os participantes

• Falar para os participantes, ao invés de com os participantes como parte de uma discussão

• Ler directamente as apresentações em PowerPoint (é melhor se preparar correctamente e usar os slides de apresentação como cartões para elaborar os pontos relevantes).

Nº DA SESSÃO. TÍTULO DA SESSÃO

Hora ObjetivosDURAÇÃO EM MINUTOS O que o facilitador espera alcançar não final da sessão

COMO USAR OS MÓDULOS DA FORMAÇÃO

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MÓDULOS PRINCIPAIS

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INTRODUÇÃO AOS MÓDULOS NÚCLEO

Esse conjunto de ferramentas de formação é dividido em módulos núcleo e opcionais. Os módulos núcleo nas páginas seguintes são essenciais para o navegador de pares eficazes e recomendadas para todos os navegadores na formação. A formação sobre os modelos núcleo durarão dois ou três dias, dependendo das experiências e a formação prévia dos participantes.

Existem 27 módulos núcleo, incluindo uma introdução para o workshop de formação no início e uma parte prática orientada e avaliação pós-formação no final. Os módulos abordam diversos tópicos que introduzem a cascata de serviços de VIH e a sua relevância do programa de navegadores de pares, as funções e responsabilidades dos navegadores de pares, associação e reuniões iniciais e subsequentes com os beneficiários, vínculo, reencaminhamento, fluxo de cliente gestão e supervisão. Os módulos também abrangem diversas capacidades necessárias para uma apoio e cuidados eficaz, incluindo alfabetização de tratamento, diferentes prestações de serviços, capacidades de aconselhamento e comunicação e divulgação ao parceiro.

Os programas de cada país podem considerar necessário adaptar os materiais e os módulos da formação ao contexto local. Cada programa do país deverá adaptar ou desenvolver os seguintes módulos para o seu próprio contexto:

• Introdução ao programa LINKAGES

• Operacionalização e implementação do acompanhamento por pares no país

• Protocolos e directrizes nacionais

• Algoritmos de fluxo do cliente

• Questões legais/política chave

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AGENDA DE FORMAÇÃO DE AMOSTRA PARA OS FACILITADORES

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um a

com

panh

ante

de

par

es (P

N)

6.2

Funç

ões

e Re

spon

sabi

lidad

es d

os P

OW

s,

PNs

e C

Ms

• At

ivid

ade

de g

rupo

de

pequ

ena

dim

ensã

o•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

14:0

0

7. C

onsi

dera

ções

esp

ecia

is

em re

laçã

o ao

trab

alho

com

po

pula

ções

-cha

ve

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m e

nten

der

algu

ns d

os d

esaf

ios

espe

cífic

os d

os

mem

bros

da

popu

laçã

o ch

ave

não

aces

so a

os s

ervi

ços.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• PP

T 7

opci

onal

. Con

side

raçõ

es e

spec

iais

em

rela

ção

ao

trab

alho

com

pop

ulaç

ões-

chav

e

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Ativ

idad

e de

gru

po d

e pe

quen

a di

men

são

14:4

5 8.

Con

fiden

cial

idad

e•

Os

part

icip

ante

s de

vem

com

pree

nder

a

impo

rtân

cia

de, e

técn

icas

par

a, m

ante

r a

conf

iden

cial

idad

e.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• PP

T 8

opci

onal

. Con

fiden

cial

idad

e•

Folh

etos

:

▶8.

1 Est

udo

do C

aso

Ghi

slai

ne

▶8.

2 Ex

empl

o de

Aco

rdo

de C

onfid

enci

alid

ade

• C

aso

de e

stud

o•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

15:2

0

Inte

rval

o pa

ra c

afé/

chá

15:4

0

9. É

tica

na p

rest

ação

de

serv

iços

de

pare

s•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ser

cap

azes

de

des

crev

er o

que

é é

tica.

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m s

er c

apaz

es

de id

entif

icar

pad

rões

étic

os u

sado

s

não

seu

trab

alho

.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• Fo

lhet

os:

9.1 P

adrõ

es É

tico

s pa

ra a

com

panh

ante

s de

par

es

▶9.

2 Có

digo

de

Étic

a e

Com

prom

isso

de

Conf

iden

cial

idad

e

• Ac

tivid

ade

de g

rupo

de

pequ

ena

dim

ensã

o•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

16:2

0

10. A

impo

rtân

ia d

e es

tabe

lece

r lim

ites

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m e

nten

der a

im

port

ânci

a, n

eces

sida

de e

util

idad

e

da e

xist

ênci

a de

lim

ites

prof

issi

onai

s.•

Os

part

icip

ante

s en

tend

erão

qua

ndo

e

com

o us

ar li

mite

s pr

ofis

sion

ais

com

os

ben

efic

iário

s.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

pap

el g

igan

te•

Mar

cado

res

• PP

T 10

opc

iona

l. A

impo

rtân

cia

de e

stab

elec

er li

mite

s•

Folh

etos

:

▶ 10

.1 Es

tabe

lece

r Lim

ites

10.2

Est

abel

ecer

Res

post

as C

have

a L

imite

s

• Ac

tivid

ade

de g

rupo

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o

Page 28: PRICIPAIS MÓDULOS

24 |

NAV

EGAÇ

ÃO D

E PA

RES

Gui

a Fa

cilit

ador

de

Form

ação

de

Apo

io e

cui

dado

s Lo

cal —

MÊS

AN

OH

ORA

TÓPI

COO

BJET

IVO

SM

ATER

IAIS

MÉT

OD

O16

:40

Re

sum

o•

Resp

osta

a q

uest

ões.

• Re

aliz

ar u

ma

aval

iaçã

o di

ária

.•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

DIA

DO

IS9:

00

Aq

ueci

men

to•

Reve

r con

ceito

s ch

ave

do D

ia 1.

• Tr

ansm

itir e

nerg

ia p

ara

as a

tivid

ades

do

dia

.

• D

inam

izad

or d

e G

rupo

9:10

11

. Lim

ites

e ce

nário

s de

co

nfid

enci

alid

ade

• O

s pa

rtic

ipan

tes

pode

rão

reso

lver

pr

oble

mas

de

cená

rios

da v

ida

real

qu

e e

pode

m e

nfre

ntar

com

o um

ac

ompa

nhan

te d

e pa

res.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• Fo

lhet

o 11

. Cen

ário

s de

Con

fiden

cial

idad

e e

Lim

ites

(cor

tar p

apéi

s em

cen

ário

s in

divi

duai

s)

• At

ivid

ade

de g

rupo

de

pequ

ena

dim

ensã

o•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

9:40

12

. Par

com

um

ben

efic

iário

e

a pr

imei

ra re

uniã

o•

Os

part

icip

ante

s de

verã

o en

tend

er

o pl

ano

de fu

ndo,

mis

são,

val

ores

e

obje

tivos

das

org

aniz

açõe

s re

leva

ntes

(c

onfo

rme

aplic

ável

) e o

pap

el d

o ac

ompa

nham

ento

por

par

es n

ão

cont

exto

pro

gram

átic

o ge

ral.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• Po

wer

poin

t (PP

T) 12

opc

iona

l. Pa

res

e a

Prim

eira

Re

uniã

o

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Exer

cíci

os d

inâm

ico

10:10

In

terv

alo

para

caf

é/ch

á

10:3

0

13. A

valia

ção

post

erio

r av

alia

ção

de a

dmis

são,

pl

anea

men

to d

e aç

ão,

reen

cam

inha

men

to e

ncul

o

• O

s pa

rtic

ipan

tes

terã

o um

a vi

são

ge

ral d

o pr

oces

so d

a ad

mis

são

e os

di

vers

os s

ervi

ços

de a

poio

que

pod

em

forn

ecer

aos

seu

s be

nefic

iário

s em

re

uniõ

es s

ubse

quen

tes.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• PP

T 13

opc

iona

l. A

dmis

são

— P

lane

amen

to d

e Ac

ão —

Re

enca

min

ham

ento

— V

íncu

lo•

Folh

etos

:

▶13

.1 A

dmis

são

— P

lano

de

Acão

Reen

cam

inha

men

to —

Vín

culo

13.2

Fer

ram

enta

de

Aval

iaçã

o de

Adm

issã

o

▶13

.3 F

erra

men

ta d

e Pl

ano

de A

cão

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Ativ

idad

es d

e gr

upo

de

pequ

ena

dim

ensã

o

11:4

0

14. R

euni

ões

de

acom

panh

amen

to o

Pac

ote

Mín

imo

de S

ervi

ços

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m e

nten

der o

s tip

os e

spec

ífico

s de

ser

viço

s qu

e irã

o po

ssiv

elm

ente

ofe

rece

r dur

ante

as

visi

tas

regu

lare

s de

aco

mpa

nham

ento

co

m o

s se

us b

enef

iciá

rios.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• PP

T 14

opc

iona

l. O

Pac

ote

Mín

imo

de S

ervi

ços

• Fo

lhet

o 14

. O P

acot

e M

ínim

o de

Ser

viço

s

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o

Page 29: PRICIPAIS MÓDULOS

25 |

NAV

EGAÇ

ÃO D

E PA

RES

Gui

a Fa

cilit

ador

de

Form

ação

de

Apo

io e

cui

dado

s Lo

cal —

MÊS

AN

OH

ORA

TÓPI

COO

BJET

IVO

SM

ATER

IAIS

MÉT

OD

O12

:00

Al

moç

o

13:0

015

. Pre

venç

ão, D

igni

dade

e

Saúd

e Po

sitiv

a•

Os

part

icip

ante

s de

vem

com

pree

nder

a

impo

rtân

cia

da p

reve

nção

ent

re o

s in

diví

duos

que

viv

em c

om V

IH e

os

seus

pa

rcei

ros,

acon

selh

amen

to d

e re

duçã

o de

risc

o pa

ra a

quel

es q

ue v

ivem

com

VI

H e

o re

spei

to d

os d

ireito

s se

xuai

s de

to

dos

os in

diví

duos

.•

Os

part

icip

ante

s de

vem

com

pree

nder

as

que

stõe

s es

pecí

ficas

par

a os

cas

ais

sero

disc

orda

ntes

e a

mel

hor f

orm

a de

ab

orda

r ess

a si

tuaç

ão.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• PP

T 15

opc

iona

l. Pr

even

ção

— D

igni

dade

— S

aúde

Po

siti

va•

Folh

eto

15. P

reve

nção

— D

igni

dade

— S

aúde

Pos

itiv

a

• H

istó

ria p

esso

al

sobr

e vi

ver c

om V

IH

(vol

untá

rio)

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Ativ

idad

e de

gru

po d

e pe

quen

a di

men

são

14:0

0

16. I

ntro

duçã

o à

tera

pia

antir

etro

vira

l•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ent

ende

r o

bási

co d

a te

rapi

a an

tiret

rovi

ral

(TAR

V) e

ser

em c

apaz

es d

e ex

plic

ar

com

o fu

ncio

na

• Fo

lhas

de

bloc

o de

trip

é•

Mar

cado

res

• PP

T 16

opc

iona

l. In

trod

ução

à T

erap

ia A

ntire

trov

iral

• Fo

lhet

o 16

. Int

rodu

ção

à Te

rapi

a A

ntire

trov

iral

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Exer

cíci

os d

inâm

icos

14:4

017

. Ade

são

ao tr

atam

ento

a a

bord

agem

de

Etap

as

da V

ida

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m e

nten

der

porq

ue é

impo

rtan

te in

icia

r e

perm

anec

er e

m tr

atam

ento

• O

s pa

rtic

ipan

tes

sabe

m c

omo

usar

a

abor

dage

m d

e Et

apas

da

Vida

pa

ra a

poia

r os

bene

ficiá

rios

a ad

erir

cons

iste

ntem

ente

aos

seu

s re

gim

es d

e tr

atam

ento

• Bl

oco

de p

apel

gig

ante

• M

arca

dore

s•

Apr

esen

taçã

o PP

T 17

. Ade

são

ao tr

atam

ento

— a

ab

orda

gem

de

Etap

as d

a V

ida

• Fo

lhet

o 17

. Ade

são

ao tr

atam

ento

— a

abo

rdag

em d

e Et

apas

da

Vid

a

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Exer

cíci

os d

inâm

icos

15:3

0 I

nter

valo

par

a ca

fé/c

15:5

0

18. P

rest

ação

de

serv

iços

di

fere

ncia

dos

• O

s pa

rtic

ipan

tes

deve

m e

nten

der o

co

ncei

to d

e pr

esta

ção

de s

ervi

ços

dife

renc

iado

s.•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ent

ende

r com

o us

ar u

ma

abor

dage

m d

e en

treg

a de

se

rviç

os d

ifere

ncia

dos

para

opt

imiz

ar o

ap

oio

aos

seus

ben

efic

iário

s.

• Fo

lhas

de

bloc

o de

cav

alet

e•

Mar

cado

res

• Fi

ta a

desi

va•

PPT

18 o

pcio

nal.

Pres

taçã

o de

Ser

viço

s D

ifere

ncia

dos

• Fo

lhet

os:

18.1

Cuid

ados

Dife

renc

iado

s JU

MBL

E

▶18

.2 F

orne

cim

ento

de

Serv

iços

Dife

renc

iado

s

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o•

Activ

idad

e de

gru

po

16:5

0

Dia

2 —

Res

umo

• Re

ver o

s co

ncei

tos

prin

cipa

is d

o D

ia 2

.•

Reso

lver

qua

isqu

er q

uest

ões

pend

ente

s nã

o Es

taci

onam

ento

.

• D

iscu

ssão

de

Gru

po

Page 30: PRICIPAIS MÓDULOS

26 |

NAV

EGAÇ

ÃO D

E PA

RES

Gui

a Fa

cilit

ador

de

Form

ação

de

Apo

io e

cui

dado

s Lo

cal —

MÊS

AN

OH

ORA

TÓPI

COO

BJET

IVO

SM

ATER

IAIS

MÉT

OD

O

Dia

Trê

s9:

00

Aque

cim

ento

• Re

ver o

s co

ncei

tos

prin

cipa

is d

o D

ia 2

.•

Tran

smiti

r ene

rgia

par

a as

act

ivid

ades

do

dia

.

• D

inam

izad

or d

e G

rupo

9:10

19. C

apac

idad

es d

e co

mun

icaç

ão•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ent

ende

r o

obje

tivo

e os

ben

efíc

ios

de u

ma

boa

com

unic

ação

.•

Os

part

icip

ante

s de

vem

sab

er

desc

reve

r e u

sar a

lgum

as c

apac

idad

es

para

mel

hora

r a c

omun

icaç

ão c

om o

s se

us b

enef

iciá

rios.

• Fo

lhas

de

pape

l gig

ante

• M

arca

dore

s•

Folh

etos

:

▶19

.1 Ilu

são

de Ó

tica

19.2

Exe

rcíc

io d

e Ca

ixa

Regi

stad

ora

19.3

Cap

acid

ades

de

Com

unic

ação

19.4

Tip

os d

e Co

mun

icaç

ão

▶19

.5 D

efin

ição

de

Escu

ta A

ctiv

a —

Bar

reir

as à

Co

mun

icaç

ão E

ficaz

19.6

Est

raté

gias

de

Com

unic

ação

Efic

azes

19.7

Est

raté

gias

de

Escu

ta A

c ti

va

▶19

.8 Q

uest

ões

Abe

rtas

— F

echa

das

— F

ocad

as

▶19

.9 P

araf

rase

ar

• Ac

tivid

ade

de g

rupo

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o

10:10

Inte

rval

o pa

ra c

afé/

chá

10:3

020

. Esc

uta

ativ

a e

acon

selh

amen

to•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ser

cap

azes

de

dem

onst

rar a

impo

rtân

cia

de

com

unic

ar c

lara

men

te c

om o

s ou

tros

.•

Os

part

icip

ante

s de

vem

ent

ende

r co

mo

é fá

cil n

ão e

nten

der o

que

est

á a

ser t

rans

miti

do p

or o

utro

s e

irão

disc

utir

o qu

e is

so s

igni

fica

para

a

com

unic

ação

.

• Fo

lhas

de

pape

l gig

ante

• M

arca

dore

s•

Dev

em s

er a

nexa

dos

quat

ro c

artõ

es d

e no

tas

para

se

para

r as

folh

as d

o bl

oco

do p

apel

gig

ante

com

a

segu

inte

esc

rita:

O q

ue é

aco

nsel

ham

ento

?

▶O

que

não

é a

cons

elha

men

to?

Obj

ectiv

os d

o ac

onse

lham

ento

Abor

dage

m c

entr

ada

não

clie

nte

(par

a ac

onse

lham

ento

)•

Folh

etos

:

▶20

.1 Té

cnic

as d

e Co

mun

icaç

ão Ú

til

20.2

Obs

tácu

los

de

Com

unic

ação

• Ex

ercí

cio

de g

rupo

• G

rupo

de

disc

ussã

o de

gr

ande

dim

ensã

o

11:15

21. E

xerc

ício

Prá

tico

— o

uvir

os o

utro

s•

Os

part

icip

ante

s de

vem

pra

ticar

di

fere

ntes

tipo

s de

cap

acid

ades

de

com

unic

ação

.

• Fo

lhet

o 21

. Lis

ta d

e Ve

rific

ação

de

Entr

evis

ta•

Activ

idad

e de

gru

po•

Gru

po d

e di

scus

são

de

gran

de d

imen

são

Page 31: PRICIPAIS MÓDULOS

27 |

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1. INTRODUÇÃO AO WORKSHOP

Hora Objetivos

30 min

• Permita ao facilitador e aos participantes que se conheçam.• Explore as expectativas em relação à formação.• Estabeleça regras básicas.• Reveja a agenda.

MATERIAIS:

□ Folheto 1. Agenda da Formação PN

□ Cadernos para cada participante, canetas

□ Cartões de nome

□ Cartões de nota (diversas cores)

□ Papel gigante

□ Fita adesiva

PROCESSO:

1. Dê as boas-vindas aos participantes e agradeça a sua participação. Mencione de que haverá tempo durante todo a formação para fazer perguntas e pergunte se há alguma dúvida antes de iniciar a formação.

2. Familiarize os participantes com o local e reveja a programação geral da reunião diária, incluindo os horários de início e de término e de almoço e de intervalo. Mencione que o horário de intervalo e de almoço podem alterar ao longo do dia, dependendo do tempo das sessões e o interesse dos participantes.

3. Inicie a sessão afirmando o propósito do programa de formação e reveja a agenda de formação com o grupo.

4. Utilize um quebra-gelo para os participantes se apresentarem e se conhecerem mutuamente. Veja em baixo os dois quebra-gelos sugeridos.

5. Realize uma sessão de expectativas. Coloque um ou dois papéis do bloco de papael gigante na parede com o título "Expectativas." Peça aos participantes para escreverem as suas expectativas para a formação em cartões de notas amarelos e em seguida, afixá-los sobre as folhas do bloco de papel gigante na parede. Após todos terem contribuído, reveja as expectativas, pedindo aos participantes para lerem as suas próprias notas ou lendo-as pessoalmente da parede.

6. Estabeleça regras básicas. Peça o grupo para debater as regras básicas para a semana. Alerte se necessário (por exemplo, não poderão usar telemóveis na sala, computadores não são permitidos e respeito pelo horário de início e fim). Recorde as regras numa folha de intitulada "Regras" e certifique-se de que a folha permanece visível durante toda a semana.

7. Configure o Estacionamento. Escreva "Estacionamento" numa folha de papel doe papel gigante e explique que qualquer assunto que requeira mais discussão será incluído não final. Não se esqueça de voltar ao Estacionamento não final da semana e abordar todos os itens na lista.

Page 36: PRICIPAIS MÓDULOS

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RES

NOTAS: Quebra-gelo Opcional 1:

• Divida os participantes em pares com alguém que não conhecem.

• Dê cerca de 2 minutos para os participantes falarem com o seu parceiro e descubra cinco coisas sobre ele/a. Estas informações podem incluir o nome, de onde vêm, a sua comida preferida, seu passatempo ou experiência, a sua viagem de sonho, etc.

• Após estes 2 minutos, cada par é convidado a vir para a frente da sala e apresentarem-se um ao outro ao grupo.

Quebra-gelo Opcional 2:

• Os participantes estão num círculo e dizem os seus nomes, de onde vêm, alguma experiência relacionada com o material de formação e um fato interessante sobre si mesmos. Para uma experiência mais bem-humorada, pode perguntar a cada um que imagine que tipo de aparelho ou item de cozinha melhor os representa naquele dia e porquê (por exemplo, um liquidificador, uma colher de pau ou uma panela).

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RES

2. AVALIAÇÃO DE PRÉ-FORMAÇÃO

Hora Objectivos

20 min• Avalie o conhecimento base dos participantes.• Avalie o impacto da formação.

MATERIAIS:

□ Folheto 2. Avaliação de Pré-Formação do acompanhamento por pares

PROCESSO:

1. Explique que irá realizar uma avaliação pré-formação para aprender mais sobre o conhecimento dos participantes e o conhecimento obtido durante a formação.

2. Distribua uma cópia do Folheto 2, Avaliação de Pré-formação de acompanhamento por pares a cada participante. Peça aos participantes para abrirem os seus cadernos numa folha em branco e escrevam as respostas às perguntas o melhor que puderem. Explique que terão cerca de 10 a 15 minutos para completar o pré-teste.

3. Quando os participantes completarem a avaliação, peça-lhes para guardarem os seus testes. Se houver tempo, pode voltar a estas questões não final da formação.

NOTAS:

O pré-teste permite aos participantes avaliarem o seu conhecimento antes da formação. As perguntas abrangem toda a formação, incluindo os módulos núcleo e opcionais. O pré-teste irá preparar os participantes a terem mais atenção às áreas que podem ser menos familiares. Pode ser necessário ajustar o conteúdo do pré-teste, dependendo dos módulos que falará durante a formação. Pode recolher as respostas dos participantes e entregá-la não final da formação e rever as respostas nesse momento.

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3. INTRODUÇÃO AO PROGRAMA LINKAGES

Hora Objectivos

20 min• Os participantes deverão entender o plano de fundo, missão, valores

e objectivos das organizações relevantes (conforme aplicável) e o papel de navegador de pares não contexto programático geral.

MATERIAIS:

□ Apresentação em PowerPoint 3 opcional. Introdução ao programa LINKAGES (o modelo deve ser preenchido para cada contexto local)

□ Folhetos:

▶ Materiais organizacionais opcionais e outros folhetos relevantes conforme determinado pela organização

PROCESSO:

1. Apresente os objectivos, missão e contexto do programa/organização, através do método mais apropriado (por exemplo, uma apresentação em PowerPoint, discussão ou organograma).

2. Discuta brevemente o papel do acompanhamento por pares como parte de uma rede abrangente de serviços. (Entrará em mais detalhes durante as sessões 24 e 25.)

3. Pergunte se alguém tem dúvidas e responda às mesmas.

NOTAS:

Esta sessão é uma oportunidade para a LINKAGES mencionar o contexto e uma justificativa para o papel do navegador de pares, como parte da rede de serviços. O conteúdo será diferente para cada organização/formação. É fornecido em baixo um resumo de amostra com o material que deve ser incluído. O objectivo desta introdução é garantir que os participantes compreendam onde se encaixam não contexto da resposta nacional/local e a sua relação com as organizações, agências e/ou equipas governamentais com quem vão trabalhar.

I. A cascata LINKAGES

II. Epidemiologia local e a resposta nacional

III. Breve resumo dos objectivos e organizações relevantes

IV. Justificação do acompanhamento por pares não contexto local

V. Papel do navegador de pares como parte da rede de serviços abrangente

NOTA: Os facilitadores podem criar slides em PowerPoint e folhetos adicionais com as informações relevantes que devem ser incluídas neste conjunto de ferramentas.

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4. REVELAÇÕES COMUNS NA "CASCATA DE VIH "

Hora Objetivos

70 min• Os participantes devem compreender a Cascata de VIH e a função

dos navegadores de pares em ligar e apoiar os beneficiários na continuação de serviços.

MATERIAIS:

□ Apresentação em PowerPoint 4 opcional. A Cascata VIH

□ Folheto 4. O Puzzle da Cascata de VIH — Peças do jogo

Vai precisar de uma cópia das peças pré-cortadas, colocadas num envelope para cada grupo de cinco a oito participantes. Idealmente estas peças são impressas do PowerPoint na forma de folhetos com dois slides por página, e cortados ao longo das linhas e laminados para reutilização.

□ Fita adesiva

PROCESSO:

1. Realize o Puzzle da Cascata de VIH (30 minutos).

a. Divida os participantes em grupos de quatro ou cinco indivíduos.

b. Entregue a cada grupo um envelope com um conjunto completo de peças de puzzle.

c. Explique que o puzzle, quando montado, representa a cascata de tratamento do VIH .

d. Peça aos grupos para montarem o puzzle da melhor forma possível (note que a ordem é importante). Peça-lhes para indicarem onde os beneficiários podem "revelar" a cascata usando as peças de puzzle de gota de água.

2. Peça a um grupo que apresente o seu puzzle.

3. Confirme se os outros grupos construíram os seus puzzles de uma forma diferente.

4. Volte a juntar o grupo e use o slide em PowerPoint na Cascata de VIH para passar por cada fase e enfatizar as áreas onde os navegadores de pares podem desempenhar um papel importante.

5. Resuma a sessão e responda a quaisquer perguntas.

NOTAS:

Os facilitadores podem usar esta sessão para apresentar e enfatizar as áreas onde os beneficiários podem "cair" da cascata de serviço. Também pode servir como uma introdução para as diversas formas como os nacegadores de pares podem oferecer apoio aos seus beneficiários para se manterem na rede. Os participantes devem ter a oportunidade de debater livremente. Os facilitadores podem mencionar que funções e capacidades serão fornecidas durante a formação.

Verifique o puzzle na página seguinte.

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1. Identi�car populações chave

2. Abordar

populações chaves

Proximidade,

ligação/promoção dos

AT/ e educação do VIH

Serviços de prevenção

Testes e prevenção contínua do VIH

- nas KP, resultados do VIH

atempados

3. Testar populações chave

4. Diagnosticar

PLHIV

Retidos nos cuidados;

determinação da

elegibilidade na TARV

5. Registar em

cuidados m

édicos

6. Iniciar a TA

RV

Iniciação atempada

na TARVAdesão à TARV

7. Manter

a TARV

8. Suprimir as

cargas virais

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5. INTRODUÇÃO AO ACOMPANHAMENTO POR PARES

Hora Objectivos

30 min

• Os participantes devem entender os termos "pares", "navegador" e "acompanhante de pares."

• Os participantes devem começar a compreender como o acompanhamento por pares se relaciona na rede de serviço.

MATERIAIS: □ Apresentação em PowerPoint 5 opcional. Introdução ao acompanhamento por pares

□ Folheto 5. Introdução ao acompanhamento por pares

PROCESSO:1. Pergunte aos participantes o significado de "par", "navegador" e "acompanhante de pares." Incentive a

discussão e use as definições e a perguntas sugeridas em seguida para ajudar a esclarecer.

2. Esclareça as diferenças entre educadores de pares, acompanhantes de pares e gestores de processo.

3. Comece por discutir o acompanhamento por pares não contexto da região, país, e/ou programa onde está a realizar a formação.

4. Enfatize que os acompanhantes de pares são mais conselheiros do que instrutores ou professores e, em alguns casos, podem ter inúmeras funções para ajudar a gerir os cuidados dos beneficiários do seu serviço. note que irá abordar responsabilidades e funções específicas a próxima sessão e que as irar referir novamente não Folheto 5, Introdução ao acompanhamento por pares.

NOTAS:Definição de pares:

• Um indivíduo que partilha características semelhantes com os outros, tais como o estatuto de VIH-positivo, idade, estado social, capacidade, profissão ou preferência sexual. Por exemplo:

▶ Numa escola — os alunos podem ser pares

▶ Numa indústria/empresa — os empregados podem ser pares

▶ Num hospital — os enfermeiros podem ser pares

• Da mesma forma, homens que têm relações sexuais com homens são pares um do outro (embora nem todos os homens que têm relações sexuais com homens se identifiquem como gays). Os indivíduos que prestam serviços sexuais em troca de dinheiro ou outro tipo de apoio também são pares um do outro.

Pergunte: De que outras formas podem dois indivíduos serem pares?

• Importante: um par é suscetível a uma melhor compreensão de diversas experiências dos seus pares do que alguém que não passou por experiências ou com características semelhantes

Pergunte: Como podem os acompanhantes de pares funcionar dentro da rede de serviço não programa/país X?

• Importante: Os participantes devem começar por ponderar os seus papéis.

2 Adapted from Building blocks to peer success: A toolkit for training VIH-positive peers. Boston: Boston University School of Public Health; 2009.

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Definição de Navegador:

• "Um indivíduo que direcciona a rota ou o curso de um navio, aeronave ou outros meios de transporte, especialmente através de instrumentos e mapas." — Definição do Google

Definição de acompanhante de pares: Um par que desempenha o papel de navegador

• Não contexto de um programa de VIH/SIDA, os acompanhantes de pares são muitas vezes VIH positivo, modelos que usam medicação e que entendem e podem transmitir claramente como aceder e utilizar os serviços essenciais para indivíduos s que vivem com VIH e os seus parceiros, entes queridos e filhos.

Enfatize que a responsabilidade é primeiramente ouvir, e em seguida ajudar; ajudar com problemas, mas não dizer aos pares o que fazer. É importante fazer a ponte entre indivíduos que vivem com VIH e os sistemas de serviço social e médicos. É aqui que os acompanhantes de pares desempenham um papel importante, como a ponte.

Diga: Pode refletir sobre o que deve um acompanhante de pares fazer. A resposta baseia-se nas necessidades individuais de cada par com quem pode entrar em contato. Porque os acompanhantes de pares, geralmente, vivem com VIH, às vezes, o seu papel mais importante é na partilha do seu estado de VIH com os pares com quem se encontram. Isto permite aos pares saberem que não estão sozinhos. Os acompanhantes de pares devem ser capazes de ouvir atentamente os outros e ajudá-los a resolver os seus problemas. Fazem-não através da partilha das suas próprias experiências e aprendem com as experiências dos outros.

Explique como um par serve como uma ponte entre os beneficiários e os serviços.2

Diga: Como acompanhantes de pares, somos os indivíduos que podem responder a perguntas sobre cuidados de saúde, medicamentos, sintomas e serviços e, às vezes, só ouvir o que os outros têm a dizer sobre estas questões. Os acompanhantes de pares também podem ser solicitados a explicar quem faz parte da equipa de cuidados de saúde e quem terá a informação sobre o seu estado de VIH. Os acompanhantes de pares não são médicos e nunca devem dar conselhos médicos. Podem informar os pares sobre os locais e recursos onde obter tratamento e assistência médica. Como vê, os acompanhantes de pares são uma parte muito importante de prestação de cuidados de saúde.

Um princípio básico para o acompanhamento por pares baseia-se no princípio de que os indivíduos sejam capazes de resolver os seus próprios problemas, se tiverem essa oportunidade.

Uma filosofia básica: Na maioria das vezes, os indivíduos são melhor servidos por uma relação que ofereça apoio à sua própria capacidade e tomada de decisões.

O objectivo: Ajudar os seus pares a encontrar as suas próprias soluções para os seus problemas, e não resolva os seus problemas você mesmo.

As suas ferramentas: As ferramentas disponíveis para este processo são as capacidades de escuta activa, para resolver problemas e a sua própria experiência com as questões pessoais e culturais.

É importante para os acompanhantes de pares que sejam confiados, especialmente quando os seus pares possam precisar de divulgar informações confidenciais para si. Vamos discutir as formas como ser um bom

3New York State Department of Health AIDS Institute. Case management definition. 2013 November – [cited 8 May 2017]. Available from: https://www.health.ny.gov/diseases/aids/providers/standards/casemanagement/definitions.htm

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acompanhante de pares e aprender a comunicar uns com os outros para oferecer o melhor serviço que possível. Lembre-se de que ouvir é o começo de uma comunicação eficaz. Conversamos e comunicamos com os outros todos os dias. O que lhes dizemos depende do nosso relacionamento.

Pergunte: Como acha que deve ser um bom acompanhante de pares?

As respostas podem incluir o seguinte:

• É alguém como quem posso falar

• Ouve

• Oferece apoio e encorajamento

• Não faz promessas falsas

• Trabalha em conjunto para resolver problemas e aprender sobre as questões

• Faz perguntas em nome dos pares

• É confiável

• Sabe como escrever um relatório

• Sabe como ouvir e ter compaixão

• Tem o desejo de ajudar

• Não dá conselhos e não julga

Num cenário ideal, os acompanhantes de pares trabalham como parte de uma equipa multidisciplinar que aborda a variedade das possíveis necessidades de um indivíduo que vive com VIH+ pode ter durante a sua vida. As necessidades do indivíduo irão variar, mas podem incluir necessidades legais, relacionadas com violência, com base em género, uso de substância, saúde mental, psicossocial, diagnóstico, clínicas e outras. Através da abordagem de gestão de casos, uma equipa de indivíduos trabalha colaborativamente para discutir e priorizar as necessidades dos beneficiários, partilhando a responsabilidade de garantir que são correspondidas.

A composição da equipa irá variar em cada país/programa com base nas capacidades e nos recursos disponíveis. A equipa pode consistir de um gerente de caso formado, um clínico (enfermeira/médico), uma assistente social e um conselheiro psicossocial, além de um acompanhante de pares. Em ambientes onde os recursos são limitados, a equipa pode incluir somente um acompanhante de pares, um médico e um supervisor de equipa de apoio e cuidados. Recomenda-se que a equipa de gestão de caso se reúna semanalmente para discutir os problemas de casos individuais e desenvolver soluções para garantir os resultados ideais para cada beneficiário.

Em alguns casos, os navegadores podem assumir algumas das funções do pessoal em instalações como parte de um acordo de mudança de tarefa desenvolvido entre uma organização de base comunitária ou não-governamental e um local de serviço público. Cada programa deverá considerar todos os recursos humanos disponíveis na rede de serviço e de acordo com os vários fornecedores onde o apoio e cuidados pode melhorar a captação, retenção e acesso ao serviço. Deve definir claramente as funções e responsabilidades de cada membro da equipa para garantir o sucesso do processo de gestão e acompanhamento por pares.

Os gestores de caso passam geralmente por uma formação profissional e têm uma experiência substancial não apoio dos indivíduos em serviços numa rede. A gestão de processo é um processo de várias etapas para garantir

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o acesso oportuno e coordenação de serviços médicos e psicossociais a um indivíduo que vive com VIH, e (em alguns modelos) um sistema de apoio para a sua família e entes queridos. Pode envolver todas ou algumas das seguintes actividades: planeamento de serviços, implementação de plano de serviço, coordenação, orientação clínica, monitoramento e acompanhamento, vídeo conferência, intervenção de crise, advocacia para serviços, consulta com fornecedores, apoio psicossocial, aconselhamento de apoio e educação dos beneficiários.3

Os acompanhantes de pares colaboram com fornecedores da rede de cuidados para apoiar os beneficiários a se inscreverem nos cuidados e para aceder e usar os serviços necessários para manter uma vida saudável e atingirem os seus objectivos relacionados com a saúde. As suas funções podem incluir reencaminhamentos a clínicas, psicossocial, e outros serviços de apoio e cuidado, acompanhamento a reuniões (incluindo apoio com transporte), apoio a aderência, compromissos de rotina, seguimento a compromissos falhados, e monitoramento dos compromissos perdidos para seguimento. Geralmente lidam com uma carga de trabalho de 20 a 40 indivíduos com VIH, consoante o estado da epidemia na área, a qualidade dos serviços de saúde e o número de indivíduos de alta-necessidade, a quem fornecem apoio.

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6. FUNÇÕES E QUALIDADES DE UM ACOMPANHANTE DE PARES

Hora Objetivos

45 min• Os participantes devem entender as suas funções básicas como

acompanhantes de pares formados e as qualidades que irão melhorar o seu trabalho.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ blocos de notas

□ Fita adesiva

□ Cadernos

□ Apresentação em PowerPoint 6 opcional. Funções e qualidades de um acompanhante de pares

□ Folhetos:

▶ 6.1 Funções e qualidades de um acompanhante de pares

▶ 6.2 Funções e responsabilidades dos POWs, PNs e CMs

PROCESSO:1. Coloque um papel gigante na parede intitulado de "Funções" e outro intitulado de "Qualidades."

2. Divida os participantes em pares e peça-lhes para refletir sobre as funções e as qualidades principais de um acompanhante de pares. Durante os debates de ideias, peça para registar as funções em cartões cor-de-rosa e as qualidades em cartões verde e colocar os cartões sobre os papéis do bloco de papel gigante na parede

3. Usar os cartões colocados na parede pelos participantes, permite uma discussão de grupo sobre as funções de um acompanhante de pares:

a. Que funções realiza um acompanhante de pares? Quais são funções não desempenhadas por um navegador?

b. Quais são as qualidades de um bom acompanhante de pares?

c. Qual das funções é-lhe mais naturalmente? Qual pode ser mais desafiador?

d. Quem do grupo é um novo acompanhante de pares e quem tem mais experiência como um navegador?

4. Se necessário, use o PowerPoint 6.1, As Funções e Qualidades de um acompanhante de pares, reveja as funções e qualidades dos acompanhantes de pares e o pacote mínimo de serviços, ou trabalhe com o que o grupo fornecido sobre as folhas do bloco de papel gigante e anote os itens adicionais que não foram abordados não exercício.

5. Distribua bocados de papel do caderno, e peça a cada participante que escreva as qualidades que possuem e as que não possuem ou precisam de melhorar.

6. Pergunte se alguém quer apresentar o que escreveu.

7. Peça a todos os participantes que coloquem as suas folhas nas suas pastas pessoais.

8. Reveja estes pontos:

a. Os navegadores de ponto têm um número de funções e responsabilidades com as quais devem-se comprometer para alterar as vidas dos seus beneficiários de uma forma positiva.

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b. Um acompanhante de pares é como um amigo que sabe como dar boas orientações em diversas áreas e que sabe onde encontrar ajuda adicional.

c. Os acompanhantes de pares devem ter algumas qualidades básicas as quais o irão ajudar não seu trabalho. Também se devem esforçar para melhorar as qualidades nas quais consideram passíveis de melhoria.

9. Distribua os folhetos 6.1, As Funções e as Qualidades de um acompanhante de pares e 6.2, As Funções e as Qualidades de um Trabalhador de Apoio de Pares, acompanhante de pares e Gestor de Caso.

10. Resuma a sessão.

NOTAS:Um acompanhante de pares é um: • Amigo

• Interlocutor

• Educador de saúde

• Facilitador para cuidados de saúde

• Guia

• Treinador

• Defensor

• Recurso de comunidade

Um acompanhante de pares não é um: • Gestor de caso

• Perito médico

• Conselheiro de abuso de drogas

• Especialista em saúde mental

• Recurso permanente ou solução a longo prazo

Qualidades de um bom acompanhante de pares:• Torna-se disponível

• Está comprometido com as metas e objectivos do projeto

• É sensível aos valores da comunidade

• É responsável para com a comunidade

• É tolerante e respeitoso em relação às ideias e comportamentos dos outros

• É um bom ouvinte

• Tem boas capacidades comunicativas e interpessoais

• É autoconfiante

• Tem qualidades de liderança

• Está disposto a aprender e experimentar não campo

• Compromete-se a estar acessível a membros da comunidade em tempos de crise

• Tem a capacidade para criar um novo grupo de pares e delegar/atribuir responsabilidades

• Partilha responsabilidades

• Sabe como estabelecer limites e evitar o stress

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7. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS EM RELAÇÃO AO TRABALHO COM POPULAÇÕES-CHAVE

Hora Objetivos

45 min• Os participantes devem entender alguns dos desafios específicos

dos membros da população chave não acesso aos serviços.

MATERIAIS:

□ Folhas de bloco de cavalete

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 7 opcional. Considerações especiais em relação ao trabalho com populações-chave

PROCESSO:1. Escreva os seguintes títulos em quatro folhas de papel diferentes do bloco de cavalete:

a. Facilitadores e barreiras legais

b. Estigma, discriminação, violência e segurança

c. Idioma

d. Mobilidade

2. Comece bpor perguntar ao grupo porque é importante fornecer serviços relacionados com e específicos para VIH para populações chave. As possíveis respostas incluem: elevados riscos associados com a transmissão e aquisição do VIH, o aumento da incidência de VIH entre populações chave/a concentração de novas infeções entre as populações chave e maiores níveis de estigma e discriminação e os seus efeitos sobre o acesso aos serviços

3. Permita uma breve discussão sobre a epidemiologia de VIH entre as populações chave não contexto local. Sempre que possível, obtenha a prevalência local recente e/ou os dados de incidência desagregados por grupo de PC. No caso destes lados locais não estarem disponíveis, obtenha os dados regionais. Idealmente, deverá apresentar uma tabela ou um gráfico que exiba o número estimado de novas infeções por população chave do número total de novas infeções, enfatizando que as populações chave são desproporcionalmente afectadas pelo VIH. São fornecidos alguns slides de amostra na apresentação em PowerPoint opcional para esta sessão.

4. Peça aos participantes para se dividirem em quatro grupos e forneça a cada um quatro folhas do bloco de papel gigante com termos escritos. Pergunte a cada grupo para gastar cerca de 10 minutos discutindo o que deve ser considerado na prestação de serviços e suporte para os membros das principais populações baseadas os termos/temas escritos em suas folhas.

5. Volte a reunir os grupos em plenário e peça a um indivíduo de cada grupo que discuta brevemente a conclusão do seu grupo. Pergunte se os outros grupos têm algo a acrescentar e repita o processo para o restante dos grupos. Use as notas seguintes para adicionar o que não foi mencionado.

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NOTAS:Os membros de PC enfrentam desafios diferentes para aceder os serviços de e relacionados com VIH, em comparação com outros beneficiários de serviço. É importante manter as seguintes questões em mente ao trabalhar com populações chave.

Facilitadores e barreiras legais

Leis, regulamentos e políticas podem ser barreiras ao acesso a um serviço eficaz. Ao oferecer apoio a populações chave, é importante estar ciente as possíveis barreiras legais e políticas locais, como leis anti sodomia, leis contra trabalho sexual, sanções para o transporte de parafernália de drogas (ou seja, agulhas e seringas), e outros actos criminalizados. As políticas também podem ser altamente localizadas (por exemplo, algumas instalações têm códigos de vestuário que podem ser usados para impedir que os membros de PC acedam aos serviços). Por outro lado, muitos indivíduos incluindo membros de PC podem não estar cientes dos seus direitos individuais sob as leis locais. Os navegadores serão mais eficazes na ajuda aos seus beneficiários se tiverem uma compreensão básica da proteção e políticas de direitos humanos locais. Como parte do seu trabalho, os navegadores devem saber como encaminhar os beneficiários para serviços de ajuda jurídica sem custo ou custo reduzido.

Estigma, discriminação, violência e segurança

O estigma e discriminação (S&D) para com as populações chave é algo comum. Também existem provas que demonstram esse estigma em instalações de saúde, sendo particularmente comum nos serviços de aplicação da lei, criando barreiras significativas ao acesso a serviços e correção por abuso. As provas globais sugerem que as populações chave têm um risco elevado de violência e abuso e que estas experiências são comuns. O abuso pode assumir várias formas, incluindo abuso físico, sexual, psicológico e económico. As populações chave podem ter experiencia em violência, assédio, e/ou chantagem dos seus parceiros domésticos ou sexuais, clientes do trabalho sexual, autoridades, membros da comunidade e até mesmo familiares.

Ao prestar serviços de apoio e cuidados e, especialmente ao realizar visitas domiciliares, é essencial garantir a segurança do beneficiário. Os navegadores e os líderes do programa devem consultar e sensibilizar a polícia e os funcionários relacionados antes de prosseguir com as atividades de envolvimento da comunidade. O programa também deve ter um sistema de resposta de emergência que inclui serviços uniformizados, liderança local, organizações de base comunitária e agentes bilaterais.

Idioma e termos

Muitos termos comumente usados para descrever as populações chave são depreciativos ou desatualizados. Os membros da população chave podem preferir termos específicos. Também é importante notar que os acompanhantes de pares podem encontrar barreiras linguísticas durante o seu trabalho com algumas populações chave, especialmente trabalhadores sexuais que migraram de outras localidades ou países. Ao comunicar com as populações chave, os navegadores devem adotar os termos preferidos pelos membros dessa população chave e evitar quaisquer termos que podem ser considerados como críticos.

Populações escondidas e mobilidade

Algumas populações chave, particularmente os trabalhadores sexuais são altamente móveis. Outros, devido ao alto risco de ou estigma real, permanecem escondidos e preferem não estar associados a um centro de acolhimento ou programa focado em PC. Este pode ser o caso, por exemplo, com alguns homens que fazem sexo com outros homens que não se consideram homossexuais ou bissexuais. Os navegadores devem ser adaptáveis, ágeis e considerarem formas de ajudar os beneficiários que mudaram de local, a serem acompanhados, efectivamente, se assim o desejarem.

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8. CONFIDENCIALIDADE

Hora Objectivos

35 min• Os participantes devem compreender a importância de, técnicas

para manter a confidencialidade.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 8 opcional. Confidencialidade

□ Folhetos:

▶ 8.1 Estudo do Caso Ghislaine

▶ 8.2 Exemplo de Acordo de Confidencialidade

PROCESSO:1. Explique que abordar sobre o estabelecimento de uma relação de confiança com os beneficiários,

a importância de manter a confidencialidade e de um comportamento ético. Na sessão seguinte, realizará um exercício para explorar o estabelecimento de limites.

2. Peça aos participantes para ler o folheto 8.1, Estudo do Caso Ghislaine.

3. Obtenha respostas para as questões de confidencialidade seguintes.

4. Afirme as respostas e siga as notas do Facilitador.

5. Distribua e reveja o folheto 8.2, Acordo de Confidencialidade de Amostra, de acordo com as notas do facilitador seguintes.

6. Resuma a sessão.

NOTAS:4

Pergunte: O que é confidencialidade?

• Manter informações protegidas de indivíduos não autorizados

• Assegurar que a informação é acessível apenas a indivíduos autorizados

• Refere-se a um princípio ético associado com várias profissões: informação "privilegiada"

• Confiar em outro indivíduo com informações que não serão partilhadas com outros

A maioria dos governos estabeleceu leis para manter e proteger os direitos e interesses dos clientes. Podem existir padrões para troca de dados que protegem a confidencialidade e a segurança dos registros de saúde. As regras de privacidade ou confidencialidade regulam a forma como a informação é partilhada. Quando um beneficiário se envolve com um serviço de saúde, farmácia ou serviço social, deve geralmente ser informado do seu direito a confidencialidade e a política e procedimentos relacionados com a libertação das suas informações pessoais. Muitas vezes um beneficiário assina um formulário onde declara que leu e compreende os seus direitos.

4Adaptado de Blocos de construção para o sucesso de pares: Um conjunto de ferramentas para a formação de pares VIH positivo. Boston: Escola da Universidade de Saúde Pública de Boston; 2009.

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[Os facilitadores devem ter uma compreensão básica dessas leis e devem incluir uma visão geral básica sobre estas leis nesta secção]

Pergunte: Porque é a confidencialidade importante? (Solicite entre três a cinco respostas.)

Pergunte: Que tipo de informações deve um beneficiário manter confidencial? (Solicite entre três a cinco respostas.)

Lembre os participantes sobre o Estudo do Caso Ghislaine.

Pergunte: Quais eram as preocupações para Ana sobre confidencialidade, e que solução foi dada por Ghislaine? O que poderia ter feito diferentemente?

Pergunte: Mencione alguns possíveis problemas de confidencialidade que possam surgir não seu trabalho.

• O estado de VIH do beneficiário é revelado por um funcionário do hospital a um conhecido do beneficiário.

• Um beneficiário revela informações sobre si mesmo que o/a coloca em grande risco de danos físicos.

• Um membro do programa discute o nome e o estado de um beneficiário em frente de outros funcionários.

• Um beneficiário recusa-se a iniciar o TARV, e o seu parceiro sexual é um amigo seu.

• Um beneficiário que vive com o VIH pode intencionalmente infectar outros.

• Conhece bem a pessoa atribuída como seu beneficiário.

Os acompanhantes de pares devem estar cientes das várias formas como a confidencialidade dos beneficiários pode ser comprometida, inclusive pessoalmente, por telefone, através de e-mail e mensagens de texto e manuseio de documentos impressos. É importante entender os acordos de confidencialidade estabelecidos com fornecedores e instalações da rede. Os navegadores podem às vezes trabalhar fora do local e interagir em nome dos beneficiários do serviço com diversos indivíduos, que pode aumentar o risco de violação da confidencialidade das informações dos beneficiários.

Os acompanhantes de pares também podem ter acesso a dados, incluindo registros de papel e, potencialmente, eletrónicos. Os facilitadores devem, para esta formação, verificar com o programa local a possibilidade de discutir em detalhes as políticas e os procedimentos para proteger a confidencialidade dos seus beneficiários ao aceder arquivos em papel e eletrónicos do beneficiários.

Pergunte: Quais são as possíveis consequências da quebra de confidencialidade?

• O funcionário pode ser repreendido, advertido ou ser despedido da agência.

• O beneficiário pode ficar envergonhado.

• O beneficiário perderá a confiança na agência e não acompanhante de pares.

• O beneficiário pode processar o acompanhante de pares e a agência.

• Uma organização/agência poderia ser multada ou criminalmente penalizada.

Resuma a discussão, analisando brevemente os pontos-chave e, em seguida, partilhe com os participantes que geralmente cada organização apresenta um documento que é assinado pelo beneficiário e o acompanhante de pares. Este formulário é um acordo entre o beneficiário e o par, determinando que as suas discussões serão confidenciais. Tais acordos ajudam a construir a confiança e a tornar a confidencialidade formal.

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Distribua o Acordo de Confidencialidade de Amostra. Saliente que as organizações pedem geralmente aos beneficiários que assinem um acordo na sua primeira reunião, quando explicam as funções de um acompanhante de pares. Esta etapa deve ser executada na primeira reunião com o beneficiário. Se não for assinado um acordo aquando a primeira de reunião com o seu beneficiário, deve obter um acordo verbal.

Note que cada organização que trabalha com beneficiários tem uma política ou acordo de confidencialidade obrigatória para os seus funcionários. É uma boa ideia rever as políticas com o seu supervisor antes de iniciar o seu trabalho como um acompanhante de pares.

Pergunte: Quando é aceitável quebrar a confidencialidade? Quais são os passos a seguir?

Reveja rapidamente as três vezes em que a confidencialidade pode ser quebrada e os passos a seguir. É uma boa ideia rever estas políticas com o seu supervisor antes de iniciar o seu trabalho como um acompanhante de pares.

1. Se um beneficiário for suicida:

Há uma técnica chamada PPR — perguntar, persuadir, referir. Se se sentir confortável, pode perguntar ao beneficiário o seguinte:

• É suicida ou já pensou em se magoar?

• Tem um plano de como o faria?

• Como o faria?

Se acha que um beneficiário é suicida, peça imediatamente a ajuda do seu supervisor da agência em que está a trabalhar.

Chame uma equipa de emergência se o beneficiário precisar de assistência imediata, mesmo se tiver dúvidas.

2. Se o beneficiário ameaçar um acto de homicídio ou planear seriamente magoar alguém:

Peça imediatamente a ajuda do seu supervisor da agência em que está a trabalhar.

3. Se um beneficiário partilhar que está a abusar fisicamente uma criança ou um adulto dependente:

Peça imediatamente a ajuda do seu supervisor da agência em que está a trabalhar.

Resumo

Feche com estes pontos-chave:

• A confidencialidade é uma parte importante de um relacionamento de acompanhante de pares-beneficiário

• Existem diversas razões que determinam que o navegador deve fazer tudo o que pode para manter a confidencialidade do beneficiário, incluindo a construção de confiança e apoio.

• Um beneficiário pode querer manter diversos pontos confidenciais (por exemplo, o estado de VIH, experiência de violência doméstica, onde vive, história sexual) e os acompanhantes de pares devem ser conscientes.

• Existem momentos em que a confidencialidade de um beneficiário pode ter que ser quebrada para sua própria segurança ou a segurança de outros, por exemplo quando o beneficiário está a seriamente a ameaçar cometer suicídio, homicídio ou abuso.

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NOTAS: Os beneficiários terão a opção de escolher receber mensagens de texto, mensagens de voz e/ou e-mails. Os PNs nunca devem remover materiais com informações de identificação dos beneficiários dos locais do programa. Quando os PNs se encontram com os beneficiários não exterior, não devem ter à vista algo que contenha as informações de contacto dos seus beneficiários, incluindo nomes, números ou endereços. Se um beneficiário fornecer uma alteração de informações de contacto durante a reunião com um acompanhante de pares não campo, o navegador deve pedir ao beneficiário para se dirigir ao local de serviço (ou chamar o navegador mais tarde não local) para actualizar o registo de contacto oficial do local.

Visto que os PNs interagem muitas vezes com a equipa da instalação, o programa deve ter acordos com os locais dos serviços sobre a partilha de informações dos beneficiários [se já estabelecidos, partilhe-os aqui. Caso contrário, refira que os acordos serão desenvolvidos como parte do seu trabalho]. Deve ser sempre pedido aos beneficiários o consenHoranto para cada nível de partilha entre os fornecedores e os locais de serviços.

Os PNs podem ser membros da mesma comunidade que os seus beneficiários de serviço e, portanto, podem encontrá-los em cenários sociais. Devem ter cuidado em abordarem os beneficiários do serviço durante estas situações e a não revelar a participação do beneficiário não programa a qualquer indivíduo sem o consenHoranto expresso do beneficiário. Os navegadores e beneficiários do serviço podem ter uma relação preexistente ou podem partilhar conhecidos. Deve ser garantido que o navegador e o beneficiário estão confortáveis na sua relação de trabalho. Se necessário, pode fazer sentido retribuir navegadores se os limites da relação estiverem pouco claros ou estressados.

Verifique com o programa local para se informar sobre quais são exactamente as consequências de uma falha de confidencialidade. Com base na gravidade da violação, as ações podem incluir uma advertência, repreensão, despedimento, acção judicial ou outras medidas com base em leis e políticas locais. O programa também pode ter sistemas de apoio para auxiliar não caso de risco de segurança.

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9. ÉTICA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PARES

Hora Objectivos

40 min

• Os participantes devem ser capazes de descrever o que é ética.• Os participantes devem ser capazes de identificar padrões éticos

usados não seu trabalho.

MATERIAIS: □ Folhas de papel gigante

□ Marcadores

□ Folhetos:

▶ 9.1 Padrões Éticos para acompanhantes de pares

▶ 9.2 Código de Ética e Compromisso de Confidencialidade

PROCESSO:1. Escreva as perguntas seguintes m 3 pedaços de papel (um para cada grupo):

a. O que é a ética?

b. Porque é importante?

c. Nomeie alguns padrões éticos que devem ser seguidos pelos pares durante a realização do seu trabalho com os beneficiários?

2. Introduza a actividade explicando que os participantes serão atribuídos em pequenos grupos para debater uma lista de ética e normas que devem ser seguidas pelos acompanhantes de pares.

3. Atribua os participantes em três grupo, contando até três, até todos os participantes estarem num grupo. Atribua um espaço na sala para cada grupo. Peça aos participantes para se dirigirem para os seus grupos atribuídos nos respetivos espaços.

4. Dê a cada grupo um pequeno pedaço de papel que contém três perguntas. Pergunte a cada grupo para nomear um porta-voz e um registador.

5. Instrua os grupos a usar o papel para debaterem respostas relacionadas com a questão. Informe que os grupos terão cerca de 10 minutos para terminar esta actividade.

6. Volte a juntar todo o grupo e peça a cada porta-voz para rever o trabalho do seu grupo. Faça perguntas abertas para permitir que transmitam o que pensam sobre os padrões éticos que os educadores de pares devem cumprir.

7. Resposta potencial de debate: A ética representa os princípios que regem a conduta moral e práticas certa e erradas.

8. Distribua dois exemplares do folheto 9.1, Padrões éticos para acompanhantes de pares, e o Folheto 9.2, Compromisso de Confidencialidade. Reveja ambas as folhas com os participantes. Pergunte se há dúvidas e peça que assinem uma cópia de cada documento para si próprios e uma cópia para ser mantida pelo programa. Recolha e coloque as cópias do programa numa pasta.

9. Resuma a sessão. Explique aos participantes que padrões éticos ajudam os novos educadores de pares na gestão de relações entre o beneficiário e os pares.

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10. A IMPORTÂNCIA DE ESTABELECER LIMITES

Hora Objectivos

20 min

• Os participantes devem entender a importância, necessidade e utilidade da existência de limites profissionais.

• Os participantes entenderão quando e como usar limites profissionais com os beneficiários.

MATERIAIS: □ Folhas de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 10 opcional. A importância de estabelecer limites

□ Folhetos:

▶ 10.1 Estabelecer Limites

▶ 10.2 Estabelecer Respostas Chave a Limites

PROCESSO:1. Peça aos participantes que formem duas filas com cerca de 300 cm entre elas e fiquem de frente uns para

os outros. Designe uma fila como A e a outra como B. Os pares serão criados juntando o par com o indivíduo directamente à sua frente.

2. Refira que a fila A irá caminhar lentamente em direção à B. Informe a fila B que deverão estar parados e, quando se sentirem desconfortáveis sobre o quão próximo a fila A estiver, devem levantar as mão com as palmas viradas para os parceiros da fila A.

3. Enfatize que não existe uma distância "certa" ou "errada": é uma questão de conforto pessoal. Haverão alguns risos, mas incentive o grupo a realizar este exercício em silêncio e para tomarem atenção aos seus senHorantos.

4. Repita a actividade, mas misture os pares para que a fila B se aproxime de um indivíduo diferente na fila A.

5. Depois do segundo grupo de pares ter realizado o exercício, peça a todos para voltarem aos seus lugares e processem o que aconteceu através de perguntas como:

• Como se sentiu ao fazer parte da fila B e ter o poder de impedir o outro indivíduo?

• Como se sentiu ao fazer parte da fila A e não ter esse poder?

• O que tem isto a ver com ser um acompanhante de pares?

• Quem tem o poder de estabelecer limites na relação entre beneficiário e navegador?

• Estamos a analisar limites físicos, mas que outros tipos de limites são importantes definir?

• Como se sentiria se um beneficiário definisse limites que estão mais distantes do que gostaria?

• Como se sentiria se os seus limites estivessem mais próximos que os seus? Quais são as formas seguras de partilhar os nossos limites?

5 Adaptado de Building blocks to peer success: A toolkit for training VIH-positive peers. Boston: Boston University School of Public Health; 2009.

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6. Através desta discussão, observamos que os acompanhantes de pares enfrentam muitos desafios. Para evitar o stress, devemos criar limites e limitações para nós mesmos.

Pergunte: O que é um limite e o que significa definir limites?

• Um limite é uma linha divisória entre si e qualquer outro indivíduo que representa os limites físicos e emocionais.

• Os limites asseguram que os outros vão ultrapassar os limites.

• Os limites permitem sentir-se seguro e saudável.

• Os limites permitem que os outros sintam-se seguros ao pé de si.

• Os limites definem directrizes de relação para que os outros tenham a noção de como se devem comportar ao pé de si.

7. Dê aos participantes o folheto Criar Limites e informe-os que podem, se preferirem, tirar notas. Reveja o folheto Criar Limites e pergunte os participantes o que fariam. Se necessário, use uma resposta chave.

Pergunte: Nomeie algumas formas de definir limites com os beneficiários?

Dicas para definir limites:

• Transmita claramente o que faria e o que não faria.

• Evite justificar, racionalizar ou desculpar-se pelos seus limites.

• Não pode definir um limite e preocupar-se ao mesmo tempo com os senHorantos dos outros.

• Defina um limite sem sentir-se culpado.

• Prepare-se para impor um limite após ser definido.

• Cumpra. O que dizemos deve ser o que fazemos.

• Prepare-se para a eventualidade de os outros ficarem irritados quando definir um limite.

Pergunte: O que pode fazer quando alguém ultrapassa os seus limites?

• Informar — Diga ao indivíduo o que está a fazer com o uso de da palavra "Eu."

• Pedido — Informe-os sobre o que pretende.

• Tome uma posição — Elucide-os sobre o facto de que o seu comportamento está a ultrapassar os seus limites e que não o aprecia ou que é desrespeitoso.

• Pausa — Afaste-se brevemente da situação por razões de segurança.

• Pausa Extra — Pare a relação até o indivíduo alterar o comportamento indesejável.

8. Resumindo: Resuma lembrando aos participantes que a responsabilidade dos acompanhantes de pares não é convencer os indivíduos que devem alterar os comportamentos que acreditam que estão errados ou que sejam contrários aos seus próprios valores, mesmo se forem arriscados. A nossa responsabilidade é ter certeza de que os indivíduos tenham as informações necessárias, tenham a oportunidade de desenvolver as capacidades de que precisam e o apoio para explorar as suas próprias crenças e valores, para que possam tomar decisões certas. Quanto mais deixarmos os nossos valores pessoais influenciarem o nosso trabalho, o mais provável é que "fechemos a porta" a alguém. Os beneficiários são mais propensos a confiar em nós e aprender connosco se nos virem como alguém sem criticismo.

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Reconheça que, evitar o julgamento é—e continuará a ser—um desafio difícil. Estamos aqui porque nos preocupamos com a saúde dos nossos beneficiários, e é difícil ver alguém a agir de uma forma incorrecta. Mas teremos mais chances de ajudar os nossos beneficiários se oferecermos apoio e manter essa porta aberta, ao invés de tentar mudar os indivíduos.

NOTAS:5 Os beneficiários do serviço podem ser vulneráveis e criar dependências emocionais, financeiras e outro tipo de dependências. Também podem expressar um atracção sexual para com os seus navegadores, e/ou um navegador pode descobrir que tem um interesse emocional ou sexual por um ou mais beneficiários. O pessoal do programa, incluindo os navegadores, deve estar preparado para esta possibilidade e deve compreender que as relações sexuais com os beneficiários são estritamente proibidas.

Cada navegador deve designar horas de trabalho claras com os seus beneficiários de serviço. Alguns navegadores podem pretender estar disponíveis aos beneficiários do serviço por telefone a qualquer hora, dia ou noite. Essa abordagem deve ser discutida e decidida pelo navegador em conjunto com o supervisor, tendo em conta questões como horário, locais de reunião aceitáveis, cansaço, disponibilidade de supervisão clínica e segurança pessoal. Alguns navegadores podem considerar que limitar a sua disponibilidade para um horário de trabalho estabelecido num local fixo durante dias específicos da semana é mais fácil de gerir do que estar disponível todos os dias. Os acompanhantes de pares devem minimizar o tempo de viagem e os custos o máximo possível.

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11. LIMITES E CENÁRIOS DE CONFIDENCIALIDADE

Hora Objetivos

30 min• Os participantes poderão resolver problemas de cenários da vida real

que e podem enfrentar como um acompanhante de pares.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Folheto 11. Cenários de Confidencialidade e Limites (cortar papéis em cenários individuais)

PROCESSO:1. Introduza a actividade, explicando que os participantes serão divididos em pequenos grupos para debater os

cenários onde a confidencialidade ou limites podem ter sido quebrados.

2. Distribua os Cenários de Limites e Confidencialidade (deverá cortar o papel em tiras separadas).

3. Atribua os participantes em grupos de três ou quatro e atribua um espaço na sala para cada grupo.

4. Dê a cada grupo um pedaço de papel com o seu número de cenário e as perguntas correspondentes (as perguntas estão não folheto de Cenários de Limites e Confidencialidade).

5. Peça a cada grupo para nomear um porta-voz e um registador e informe o grupo que terão cerca de 10 minutos para realizar essa atividade.

6. Volte a juntar todo o grupo e peça a cada porta-voz para rever o trabalho do seu grupo.

7. Pergunte questões abertas para obter todas as opiniões sobre as questões e as discussões que surgem a partir das respostas do grupo.

8. Resuma a sessão e responda a quaisquer perguntas dos participantes

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12. PAR COM UM BENEFICIÁRIO E A PRIMEIRA REUNIÃO

Hora Objetivos

30 min• Os participantes entenderão como será a associação com os seus

beneficiários e os passos recomendados para a primeira reunião.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 12 opcional. Associação e a Primeira Reunião (consulte a nota não Passo 12 em baixo)

PROCESSO:1. Explique os procedimentos específicos do país ou do programa para associar os beneficiários a um

navegador. Visto que variam por país, os facilitadores devem consultar os gerentes ou supervisores antes desta sessão para garantir que entendam como será feita a associação. Suscite perguntas e forneça respostas conforme necessário antes de seguir em frente. A presença de um representante do programa na sala pode ser útil para esta sessão caso hajam perguntas específicas sobre a associação.

2. Apresente o processo para a primeira reunião com um beneficiário com o auxílio das notas fornecidas em seguida. Viabilize uma discussão sobre o processo e responda a perguntas, conforme necessário. [NOTA: PowerPoint 12, Associação e a Primeira Reunião, tem um slide de espaço reservado para os procedimentos/etapas do programa local para a associação de navegadores e beneficiários. Este slide deve ser preenchido antes da apresentação, se for usado para orientar a discussão.]

3. Lembre os participantes que é importante estabelecer uma relação de confiança nesta fase, para não sobrecarregar os beneficiários e tratá-los com respeito. Note que haverão módulos sobre capacidades de escuta activa e aconselhamento nesta formação e que estas capacidades são essenciais para as primeiras reuniões e as subsequentes.

4. Realize uma actividade dinâmica, dividindo os participantes em pares, onde um serve como acompanhante de pares e o outro como um novo beneficiário. Pergunte aos pares para praticarem as etapas básicas para a primeira reunião, dando cerca de 10 minutos para esta actividade e, em seguida, troque (20 minutos para ambos).

5. Resuma a sessão.

NOTAS:Associação Cada programa pode determinar como melhor combinar os beneficiários com os navegadores com base nas preferências dos beneficiários, composição da equipa, regulamentos locais e recursos disponíveis. Alguns beneficiários podem precisar de tempo após um teste de despiste do VIH positivo para ajustar ao seu estado de saúde antes da reunião com um navegador. Outros podem desejar apoio imediato de um navegador que possa responder a perguntas e ajudá-los a entender melhor o que implica um diagnóstico positivo.

Idealmente, os programas devem ter um gerente de caso ou coordenador disponível para trabalhar com os beneficiários logo após o diagnóstico para avaliar as suas necessidades, discutir as opções disponíveis e em conjunto, determinar um navegador apropriado (tendo em consideração as capacidades, pontos fortes e quantidade de casos). Antes de associar alguém com um navegador, é importante obter o consenHoranto de

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cada beneficiário para garantir que está ciente do seu diagnóstico positivo e serão partilhados alguns detalhes pessoais como parte do processo. Os navegadores em centros de acolhimento ou nas mesmas instalações que oferecem testes, podem ser directamente associados aos indivíduos não mesmo dia, ou após um dia, dependendo da sua preferência.

A primeira reunião

A primeira reunião de apoio e cuidados deverá centrar-se na construção de uma relação com o beneficiário. Os navegadores devem ser cautelosos em não serem demasiado rápido ou tentarem referir todos os pontos imediatamente. Os beneficiários irão muitas vezes indicar através de uma comunicação verbal ou não verbal o quão confortáveis estão e a quantidade de informação que pretendem discutir durante a primeira sessão. Se necessário, os navegadores podem ter a necessidade de planear um dia e hora para uma segunda reunião para iniciar a discussão sobre apoio, prioridades e necessidades do beneficiário.

No mínimo, os navegadores podem pretender o seguinte na primeira reunião:

1. Apresentarem-se.

2. Explicar a sua função.

3. Dar apoio emocional e encorajamento, conforme necessário.

4. Discutir a iniciação do tratamento e reiterar as mensagens de literacia de tratamento abordadas na sessão de aconselhamento pós-teste.

5. Fornecer informações de contacto.

6. Acordar num dia, hora e lugar para a próxima reunião.

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13. AVALIAÇÃO POSTERIOR—AVALIAÇÃO DE ADMISSÃO, PLANEAMENTO DE AÇÃO, REENCAMINHAMENTO E VÍNCULOHora Objetivos

70 min• Os participantes terão uma visão geral do processo da admissão

e os diversos serviços de apoio que podem fornecer aos seus beneficiários em reuniões subsequentes.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de cavalete

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 13 opcional. Admissão — Planeamento de Acção — Reencaminhamento — Vínculo

□ Folhetos:

▶ 13.1 Admissão — Planeamento de Acão — Reencaminhamento — Vínculo

▶ 13.2 Ferramenta de Avaliação de Admissão

▶ 13.3 Ferramenta de Plano de Acão

NOTA: Poderá querer dividir esta sessão em várias sessões ou faça pequenas pausas entre os exercícios.

PROCESSO:1. Explique que na segunda ou terceira reunião, os navegadores podem desejar começar a explorar as

necessidades específicas dos seus beneficiários e desenvolver planos para responder a essas necessidades. Note que alguns beneficiários podem demorar a sentirem-se confortáveis para iniciarem esta fase, e que navegadores devem ser pacientes e adotarem o ritmo confortável para os seus beneficiários.

2. Iniciar uma discussão sobre as necessidades dos beneficiários individuais e a importância de os priorizar. Pode usar a hierarquia da pirâmide de necessidades (Hierarquia de Necessidades de Maslow) fornecido não Folheto 13.1 Admissão — Planeamento de Acão — Reencaminhamento — Vínculo, como um exemplo. Explique que as necessidades físicas imediatas, como habitação ou segurança, têm normalmente precedência sobre as necessidades emocionais.

3. Peça aos participantes para se dividirem em pequenos grupos de cinco a seis pessoas cada. Usando a hierarquia de necessidades de amostra, peça a cada grupo para debater os tipos de necessidades que acham que os seus beneficiários tenham e colocá-las ao longo de uma pirâmide de hierarquia desenhada nas folhas do bloco de papel gigante. Dê 10 a 15 minutos para este exercício. Volte a reunir os grupos em plenário e peça um porta-voz de um grupo para apresentar. Peça se os outros grupos têm necessidades ou categorizações diferentes e permita comentários e perguntas.

4. Peça aos participantes para lerem o 13.2, A Ferramenta de Avaliação de Admissão. Explique que a avaliação de admissão é um auxílio de trabalho que pode ajudar a guiar uma discussão com um beneficiário sobre as suas necessidades específicas e a melhor forma de as priorizar. Use o Folheto 13.1, Admissão — Planeamento de Acção — Reencaminhamento — Vínculo, para discutir os elementos-chave da avaliação e directrizes para fazer perguntas.

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5. Peça aos participantes que formem grupos de três. Note que cada grupo irá realizar uma actividade dinâmica, onde um participante serve como um navegador, outro como um beneficiário e o terceiro como observador. Explique que o beneficiário irá reunir-se com o navegador pela segunda vez, e que deve inventar o seu próprio cenário de vida, incluindo as circunstâncias que possam exigir a assistência de um navegador para garantir que as suas necessidades de serviço relacionadas com VIH sejam atendidas. Enquanto o beneficiário demora alguns momentos para pensar num cenário, o navegador e o observador devem rever a Ferramenta de Avaliação de Admissão. Dê 5 minutos aos grupos para se prepararem e responda a possíveis perguntas antes de começar. Instrua os grupos que terão 20 minutos para realizar a actividade. Enquanto o fazem, desloque-se pela sala, observe à distância, dando espaço para os grupos praticarem.

6. Volte a reunir os grupos em plenário e comece por pedir aos "beneficiários" para dar a sua opinião sobre o processo. Pergunte como se sentiram e o que funcionou correctamente não processo. Convide os "navegadores" para fazer o mesmo, e em seguida os observadores. Anote observações nas folhas do bloco de papel gigante sobre o que funcionou bem. Faça um intervalo breve, se necessário, antes de prosseguir.

7. Peça aos participantes para lerem o Folheto 13.3, A Ferramenta de Planeamento de Acão. Explique que o plano de ação prevê uma estrutura que observa os potenciais problemas enfrentados por um beneficiário, com base na avaliação de necessidades e desenvolve passos acionáveis para resolver essas necessidades. Explique que também existem espaços para registrar objetivos prioritários e reencaminhamentos imediatos. Na segunda página da ferramenta, há uma tabela que serve como um plano de acção para o beneficiário e o navegador. O beneficiário e o navegador podem, em conjunto, definir passos acionáveis, realistas e acordar quando podem ser completados. Também pode ajudar a observar os possíveis desafios que o beneficiário pode enfrentar e formas de superar esses desafios. NOTA: será usado um processo semelhante, mas mais extensivo para desenvolver um plano de adesão ao tratamento.

8. Peça aos participantes para se dividirem novamente nos seus grupos de três pessoas. Explique que vão continuar com o seu exercício dinâmico, agora com a Ferramenta de Plano de Acção como um guia. Os navegadores devem, com base nos cenários do exercício anterior, devem trabalhar com os seus beneficiários para chegar ao acordo sobre as questões-chave que precisam de ser abordadas, reencaminhados imediatamente (para quem/onde/quando), objectivos prioritários, e ações específicas (página 2 do plano). Note que os navegadores devem, não mínimo, assegurar que os beneficiários:

• Tenham os compromissos necessários de diagnósticos e médicos agendados

• Estejam cientes do local dos seus compromissos, quem irão encontrar e o que será feito

• Tenham formas para comparecer aos seus compromissos a horas, incluindo transporte, tempo fora do trabalho, se necessário, creche, etc.

• Sejam lembrados dos seus compromissos, 24 horas antes

• Comparecerem aos seus compromissos a horas apropriadas

• Sejam contactados caso não comparecerem a uma consulta (24 horas)

Dê 10 a 15 minutos para esta parte da actividade.

9. Após os grupos terem terminado, volte a reuni-los em plenário e permita uma discussão como a descrito na etapa 6 acima. Registe as principais observações sobre o que funcionou e responda a quaisquer perguntas antes de passar para a próxima sessão.

10. Resuma a sessão.

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14. REUNIÕES DE ACOMPANHAMENTO—O PACOTE MÍNIMO DE SERVIÇOS

Hora Objectivos

20 min• Os participantes devem entender os tipos específicos de serviços

que irão possivelmente oferecer durante as visitas regulares de acompanhamento com os seus beneficiários.

MATERIAIS: □ Papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 14 opcional. O Pacote Mínimo de Serviços

□ Folheto 14. O Pacote Mínimo de Serviços

PROCESSO:1. Comece por mencionar que cada beneficiário terá necessidades diferentes, mas a maioria dos beneficiários

irá requerer visitas mais frequentes nas fases iniciais de apoio.

2. Distribua o Folheto 14, O Pacote de Serviços Mínimos e inicie uma discussão sobre o pacote. Introduza cada serviço mostrado em negrito e pergunte aos participantes o que acham que o serviço implica. Use as notas seguintes, adicione o que não foi mencionado na discussão.

3. Use a apresentação em PowerPoint, ou folhas do bloco de cavalete e marcadores, para direcionar a discussão conforme apropriado.

4. Responda a perguntas conforme necessário e resuma a sessão.

NOTAS:Na primeira sessão, os beneficiários e os navegadores podem decidirem conjunto quando será a sua próxima sessão e a frequência e hora das sessões posteriores. Inicialmente, é provável que as reuniões com os beneficiários sejam mais frequentes (ou seja, uma vez por semana) para ajudar a adaptar-se a um diagnóstico de VIH, comparecer a compromissos, obter receitas e abordar os desafios e necessidades imediatas. As primeiras visitas também tendem a ser as mais intensas, particularmente para os beneficiários com necessidades diversas e complexas. Durante estas sessões os navegadores devem incentivar, apoiar e ajudar a construir as capacidades dos seus beneficiários em responder às suas necessidades, fornecer reencaminhamentos e direcionar para os serviços disponíveis e acompanhar para garantir que os beneficiários acedam a esses serviços. Podem rever e actualizar os planos de acção dos beneficiários, conforme o caso.

Com o passar do tempo, as reuniões tornam-se menos frequentes (ou seja, uma vez por mês). Nas reuniões subsequentes, os navegadores e os beneficiários podem rever os planos de acção, solucionar os problemas de aderência e garantir que as consultas médicas e afins são mantidas. Depois dos beneficiários iniciarem o TARV, os navegadores podem verificar se os seus beneficiários se ajustaram correctamente à sua medicação de rotina e estão a aderir aos seus regimes. [NOTA: O aconselhamento de aderência será discutido numa sessão separada.] Os navegadores devem continuar a acompanhar os beneficiários do serviço que identificam poucos ou nenhuns objectivos na avaliação inicial, para ajudar com as necessidades emergentes.

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15. PREVENÇÃO, DIGNIDADE E SAÚDE POSITIVA

Hora Objectivos

60 min

• Os participantes devem compreender a importância da prevenção entre os indivíduos que vivem com VIH e os seus parceiros, aconselhamento de redução de risco para aqueles que vivem com VIH e o respeito dos direitos sexuais de todos os indivíduos.

• Os participantes devem compreender as questões específicas para os casais serodiscordantes e a melhor forma de abordar essa situação.

Preparação! Deve preparar-se atempadamente e encontrar um voluntário que está disposto e interessado em partilhar a suas experiências com o seu diagnóstico de VIH. Se não encontrar um participante que esteja interessado, pode precisar de contratar ou pedir a um voluntário VIH-positivo da comunidade para participar na sessão. Consulte o Passo 2 seguinte.

MATERIAIS: □ Folhas de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 15 opcional. Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva

□ Folheto 15. Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva

PROCESSO:1. Explique que estará a falar sobre experiências de indivíduos que vivem com VIH e como os ajudar a irem

da sua resposta imediata a receber um diagnóstico de VIH para a prevenção da transmissão futura, iniciar o TARV, aderência ao TARV e viver uma vida saudável.

2. História do participante: Peça aos participantes não início da formação, se há alguém que queira ser voluntário e partilhar a sua experiência de aprendizagem ou o seu diagnóstico de VIH e o que aconteceu depois. Pode sugerir que qualquer indivíduo interessado venha ter consigo durante o intervalo para discutir as implicações e para garantir que o voluntário sinta-se confortável. Durante a sessão, peça ao voluntário para partilhar a sua história, centrando-se nas suas experiências relacionadas às respostas de amigos, familiares e parceiro e na apoio e cuidados na rede de serviços. Pode usar o seguinte:

• Como foi quando soube do seu estado de VIH positivo?

• Por que experiências passou durante esse período?

• Como tem lidado com os desafios que enfrentou?

• Onde ou de quem recebeu apoio?

• Como se sente hoje em comparação com quando foi diagnosticado?

Pergunte: O que foi partilhado por este indivíduo em relação à sua experiência de viver com VIH?

3. Apresente os principais conceitos de Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva. (Pode usar a apresentação em PowerPoint opcional ou Folheto 15, Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva, para direcionar a discussão, mas espere pelo final da sessão para dar o folheto ao grupo).p.)

Diga: Abordagens de Prevenção, Dignidade e de Saúde Positivas procuram aumentar a autoestima,

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confiança e a capacidade dos indivíduos VIH positivo de cuidarem de si próprios e evitar transmitir oVIH a outros. A percepção de risco pode ser alterada após melhorar a sua situação de saúde; o reforço das mensagens de prevenção é uma parte importante do trabalho com os beneficiários PVHS. Os acompanhantes de pares devem fornecer informações precisas aos seus beneficiários sobre:

a. Risco de transmissão sexual

b. Métodos adequados de proteção e fornecimento de suprimentos, incluindo:

• Preservativos e lubrificantes

• Seringas e agulhas limpas

c. Serviços disponíveis incluindo:

• Tratamento antiretroviral

• Apoio psicossocial de funcionários com formação

• O reencaminhamento para outros serviços relevantes na comunidade (apoio para prevenção e resposta a violência, reabilitação de drogas/álcool, diagnóstico e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, saúde mental)

4. Peça aos participantes que formem grupos de três e peça a cada grupo para discutir e apontar as suas ideias sobre uma das seguintes perguntas.

a. O que devem os indivíduos que vivem com VIH saber sobre prevenção da transmissão do VIH?

b. Quais são algumas mensagens-chave para a prevenção de indivíduos que vivem com VIH para indivíduos VIH negativo?

c. Quais são alguns dos problemas que os casais serodiscordantes devem considerar?

d. Quais são alguns dos serviços essenciais que a PVHS precisa para manter uma vida saudável e garantir a prevenção da transmissão posterior?

Depois de alguns minutos, peça aos grupos que se juntem e pergunte a um membro do grupo para relatar as questões levantadas. Certifique-se de todos os pontos são abordados com base nas informações do folheto.*

5. Distribua o Folheto 15, Prevenção — Dignidade — Saúde Positiva e recomendamos que os participantes revejam os princípios da abordagem não seu próprio tempo.

6. Resuma a sessão. Os acompanhantes de pares têm um papel importante não apoio aos seus beneficiários para auxiliar numa vida de forma positiva e com dignidade, ajudar a prevenir a transmissão futura aos seus parceiros sexuais e (para as pessoas que injectam drogas) pares e aceder a serviços de encaminhamento e prevenção relevante nas suas comunidades.

NOTA: Embora seja provável que a maioria, das pessoas na sala, viverem com VIH, tenha cuidado ao perguntar aos participantes que se identificam como indivíduos que vivem com VIH. Se um participante tiver divulgado o seu estado não início da formação, os facilitadores podem perguntar-lhe em particular se gostaria de partilhar algumas das suas experiências durante esta actividade.

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16. INTRODUÇÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL

Hora Objectivos

40 min• Os participantes devem entender o básico da terapia antiretroviral

(TARV) e serem capazes de explicar como funciona.

Preparação! Reveja o Folheto 16, Introdução à Terapia Antiretroviral, e certifique-se de que está confortável com as suas informações e conceitos. O folheto funciona como notas detalhadas para esta sessão.

MATERIAIS: □ Folhas de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 16 opcional. Introdução à Terapia Antiretroviral

□ Folheto 16. Introdução à Terapia Antiretroviral

PROCESSO:1. Forneça cópias do Folheto 16, Introdução à Terapia Antiretroviral, a cada participante e explicar que irá

abordar os pontos principais do folheto durante esta sessão.

2. Use folhas do bloco de papel gigante ou a apresentação em PowerPoint opcional, Introdução à Terapia Antiretroviral, para apresentar e discutir os fundamentos do TARV e diagnósticos associados. Para se preparar para esta sessão, deverá rever as informações não Folheto 16, IIntrodução à Terapia Antiretroviral. Também pode usar o folheto como um guia na discussão.

3. Peça aos participantes as questões restantes que ainda têm e tente responder da melhor forma possível. Certifique-se de colocar questões não Estacionamento, se não tiver as respostas durante as discussões.

4. Exercícios dinâmicos: Peça aos participantes para se dividirem em grupos de três. Peça cada grupo para selecionar um indivíduo para explicar aos outros dois o que são ARVs e como funcionam, como se estivessem a explicar a um beneficiário. Incentive os indivíduos não papel de beneficiários a fazerem perguntas comuns, mesmo se as respostas foram desafiantes.

5. Discussão plenária: Pergunte aos grupos como correu a sessão. Foi fácil? Foi desafiante? Onde precisam de mais apoio ou prática? Que respostas precisam de obter para responder a perguntas comuns?

NOTAS:Esta sessão é uma visão geral do TARV e não pretende ser clinicamente exaustiva. Os acompanhantes de pares devem saber o básico, mas os beneficiários devem ser reencaminhados aos seus fornecedores de serviços clínicos para obter detalhes. Os facilitadores devem medir a que nível os aprendizes de acompanhantes de pares estão interessados em aprender de uma forma mais aprofundada sobre o TARV e ajustar esta sessão em conformidade. Os facilitadores também podem achar necessário rever os conceitos básicos de VIH antes de uma discussão sobre o TARV.

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17. ADESÃO AO TRATAMENTO — A ABORDAGEM DE ETAPAS DA

Hora Objectivos

50 min

• Os participantes devem entender porque é importante iniciar e permanecer em tratamento.

• Os participantes sabem como usar a abordagem de Etapas da Vida para apoiar os beneficiários a aderir consistentemente aos seus regimes de tratamento.

MATERIAIS:

□ Bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 17. Adesão ao tratamento — a abordagem de Etapas da Vida

□ Folheto 17. Adesão ao tratamento — a abordagem de Etapas da Vida

PROCESSO:1. Comece por rever a razão pela qual é importante que os beneficiários permaneçam nos seus regimes

de tratamento. Pergunte se alguém gostaria de partilhar a sua experiência de aderência a apoio ou aconselhamento a alguém que viva comVIH ou que lide com outra doença crónica.

2. Apresente a Apresentação em PowerPoint 17, Adesão ao Tratamento — Abordagem de Etapas de Vida e inicie uma discussão sobre o modelo e as diversas etapas.

3. Exercícios dinâmicos: Divida os participantes em grupos de dois. Peça a um membro de cada grupo para escolher duas etapas que tenha enfrentado ou ainda enfrenta desafios em aderir ao seu regime. Peça a outro membro que esteja a realizar um exercício dinâmico de sessão de aconselhamento com o seu "beneficiário" que use a abordagem de Etapas de Vida e peça-lhe para inventar estratégias para superar essas barreiras.

4. Plenário: Inicie uma discussão sobre as observações e as reações a esta abordagem, e como os participantes imaginam o uso da abordagem para apoiar os seus beneficiários.

NOTAS:Esta sessão abrange uma das funções mais importantes do acompanhante de pares e que pode ter o efeito mais forte nos resultados dos beneficiários. A abordagem coloca os beneficiários na posição de impulsionadores e com capacidade de identificar e abordar as barreiras por si próprios. A ferramenta Etapas de Vida é totalmente fornecida com o Conjunto de Ferramentas de acompanhamento por pares LINKAGES. Se possível, pode ser mais eficaz realizar exercícios dinâmicos através com a ferramenta na sua totalidade o que garantirá que acompanhantes de pares tenham mais experiência em aconselhamento através das etapas.

Aderência ao Tratamento

“Adesão ao tratamento" significa o consumo da medicação do VIH quando e como suposto. A adesão ao tratamento é importante porque afecta a forma como os medicamentos para o VIH diminuem a carga viral. O quão mais uma carga viral inferior for, o mais saudável será. Deve ser feita uma aderência total para combater o VIH com êxito.

Uma aderência total significa tomar a dose prescrita da medicação ao mesmo tempo, todos os dias, pelo menos 95% do tempo.

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A aderência também ajuda a prevenir a resistência aos medicamentos. Se pular uma dose da sua medicação, o vírus pode começar a produzir mais de si mesmo. Ao pular muitas doses, pode desenvolver estirpes de VIH resistente aos medicamentos que actualmente consome — e possivelmente até mesmo a medicamentos que ainda não consumiu. Tal situação resultará em menos opções de tratamento.

• Quando um paciente desenvolve resistência à sua primeira linha de tratamento, o regime pode ser alternado para um regime de TARV de segunda linha. Geralmente, não existem outros regimes disponíveis após uma terapia de segunda linha.

Pontos que podem ajudar os beneficiários em termos de aderência:

• Desenvolvimento de um plano de tratamento.

• Compreender a importância da aderência.

• Aprender os possíveis efeitos secundários e como os gerenciar.

• Discutir as barreiras do consumo da medicação com o seu acompanhante de pares, para que possam trabalhar numa solução.

• Criar um horário para o consumo dos medicamentos com base em rotinas diárias, o que podem tornar mais fácil lembrar-se e manter o regime. Por exemplo, tomar a medicação à mesma hora a cada dia e mantê-la não mesmo sítio. Usar aplicações de lembretes.

• No início de cada semana, colocar a medicação da semana numa caixa organizada. Usar o organizador para ajudar a planear para a semana e ajustar para possíveis mudanças na rotina, tais como feriados ou férias.

• Verificar a quantidade da medicação e obter o suficiente para durar entre as suas deslocações à clínica.

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18. DIFFERENTIATED SERVICE DELIVERY

Hora Objectivos

60 min

• Os participantes devem entender o conceito de prestação de serviços diferenciados.

• Os participantes devem entender como usar uma abordagem de entrega de serviços diferenciados para optimizar o apoio aos seus beneficiários.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Fita adesiva

□ Apresentação em PowerPoint 18 opcional. Prestação de Serviços Diferenciados

□ Folhetos:

▶ 18.1 Cuidados Diferenciados JUMBLE

▶ 18.2 Fornecimento de Serviços Diferenciados

PROCESSO:1. Comece a sessão perguntando aos participantes questões sobre as necessidades do beneficiário.

Pergunte: Acha que as necessidades do beneficiário são suscetíveis de mudar ao longo do tempo? É possível que um indivíduo inicie o processo de apoio e cuidados com uma necessidade de apoio mínimo e, ao longo do tempo, precisar de muito mais apoio? Em que situação pode o beneficiário precisar de mais apoio? Devem os navegadores fornecer tempo e apoio igual para cada beneficiário? Porquê? Porque não?

2. Explicar os conceitos de prestação de serviços diferenciados através dos pontos seguintes. Use a apresentação em PowerPoint ou um bloco de cavalete e marcadores para viabilizar uma discussão. No discuta as tabelas de cuidados diferenciados visto que serão a base para o exercício seguinte.

3. Cuidados Diferenciados JUMBLE: Peça aos participantes para se dividirem em duas equipas. Dê a cada equipa um conjunto de tabelas em branco dos Cuidados diferenciados JUMBLE e colunas pré-cortada (página 2 do Folheto 18.1). As tabelas irão servir como modelos sobre como as equipas devem desenvolver as suas próprias tabelas através de uma folha de papel gigante (veja abaixo). Explique que as equipas terão 20 minutos para conceber as suas próprias tabelas na folha de papel gigante (em formato grande) e determinar como preencher as tabelas usando as opções impressas previamente. Note que alguns cartões Jumble são duplicados pois aparecem em mais do que uma tabela. Avise os participantes que podem não ter a certeza onde colocar os cartões e que terá a oportunidade de discutir os resultados como um grupo após terminarem o exercício. Pergunte se há dúvidas, forneça respostas e comece o exercício.

4. Plenário: Reúna os grupos e peça a um dos grupos para apresentar a sua tabela. Pergunte ao outro grupo se colocaram algo diferente na sua tabela e dê-lhes a oportunidade de explicar. Viabilize uma discussão sobre as tabelas usando os padrões SOP na sigla em inglês alterados para o contexto local e responda a quaisquer dúvidas ou preocupações. Use as tabelas concluídas não Folheto 18.2, Prestação de Serviços Diferenciados, para orientar a discussão e assegurar que as tabelas são adequadamente preenchidas.

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5. Distribua uma cópia do Folheto 18.2, Prestação de Serviços Diferenciados a cada participante e pergunte se há alguma dúvida.

6. Resuma a sessão.

NOTAS:As notas não Folheto 18.2, Prestação de Serviços Diferenciados servem como as notas detalhadas para esta secção.

Fases clínicas do VIH/SIDA e Definição de Caso da OMS

As fases clínicas e a definição de caso de VIH para situações com recursos limitados foi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde em 1990 e revistas em 2007. As fases clínicas baseiam-se em conclusões clínicas que guiam o diagnóstico, avaliação e gestão do VIH, e não exigem uma medida de carga viral ou uma contagem de células CD4. Os estágios clínicos são categorizados de 1 a 4, progredindo da infecção primária do VIH à SIDA avançada. Estes estágios são definidos por sintomas ou condições clínicas específicas. Para obter uma lista completa de condições e sintomas do Estágio 3 e 4, consulte o seguinte website:

https://aidsetc.org/guide/VIH-classification-cdc-and-who-staging-systems.

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19. CAPACIDADES DE COMUNICAÇÃO

Hora Objectivos

60 min

• Os participantes devem entender o objetivo e os benefícios de uma boa comunicação

• Os participantes devem saber descrever e usar algumas capacidades para melhorar a comunicação com os seus beneficiários.

MATERIAIS: □ Tripe e papel gigante

□ Marcadores

□ Folhetos:

▶ 19.1 Ilusão de Óptica

▶ 19.2 Exercício de Caixa Registadora

▶ 19.3 Capacidades de Comunicação

▶ 19.4 Tipos de Comunicação

▶ 19.5 Definição de Escuta Activa — Barreiras à Comunicação Eficaz

▶ 19.6 Estratégias de Comunicação Eficazes

▶ 19.7 Estratégias de Escuta Activa

▶ 19.8 Questões Abertas — Fechadas — Focadas

▶ 19.9 Parafrasear

PROCESSO:1. Quebra-gelo Nº 1: Distribua o Folheto 19.1, Ilusão Óptica a cada participante e pergunte aos participantes

o que veem. As respostas podem variar de uma jovem a olhar de lado a uma idosa a olhar para a frente. O ponto desta actividade é que nem todos vemos a mesma coisa, e nesse caso, pode haver mais de uma interpretação razoável. A comunicação é a chave para nos entendermos mutuamente.

2. Quebra-gelo Nº 2: Distribua o Folheto 19.2, Exercício de Caixa Registadora a cada participante. Peça-lhes para ler as instruções e dê-lhes 5 minutos para completar o exercício em pares. Depois de terminarem o exercício, peça aos participantes para revelarem quantas perguntas responderam com "?" (o que significa sem informação suficiente). Informe-os que a resposta para a pergunta Nº 3 é falsa e Nº 6 é verdadeira, e que o resto das respostas são "não há informação suficiente." Discutia com o grupo a razão. Diga: Como seres humanos, às vezes preferimos preencher os espaços em branco em vez de fazer perguntas para obter um entendimento claro sobre o que está a acontecer. Este exercício ajuda a demonstrar a importância de usar as nossas capacidades de comunicação para obter mais informações e os riscos de fazer suposições.

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3. Continue a sessão explicando que a comunicação envolve a partilha de informação através de ouvir e comentar.

Diga: Para uma boa comunicação, deve usar:

• Olhos — ter atenção às expressões faciais, fazer contacto visual

• Ouvidos — estar atento e se concentrar não que está a ser dito; ser imparcial e não formar uma opinião, apenas ouvir

• Boca — refletir, reconhecer a reação do orador e resumir o que foi dito. Mente — para absorver toda a informação

• Coração — Ouvir com sensibilidade e compaixão

4. Distribua o Folheto 19.3, Capacidades de Comunicação a cada participante.

5. Diga: Vamos abordar seis capacidades de comunicação específicas que podemos usar em qualquer situação, com qualquer um. Enquanto avançamos pode querer completar a sua folha de Capacidades de Comunicação. A primeira capacidade de comunicação é afirmar.

Pergunte: O que significa "afirmar"? Permita aos participantes darem uma ou duas respostas. Afirmar é uma confirmação positiva. Ao afirmar algo que alguém fez ou disse, está a apoiar e a incentivar. Isto é simples, mas muitos de nós esquecemo-nos de o fazer.

Pergunte Deem alguns exemplos de declarações de afirmação. Permita que os participantes deem três ou quatro respostas e escreva-as num bloco de cavalete. Os exemplos incluem:

• "Isso é bom."

• "Ainda bem que perguntou isso."

• "Veio ao lugar certo."

• "Boa pergunta."

• "Está não caminho certo."

• "Pensou muito nisto."

6. A segunda capacidade refere-se a Perguntas abertas.

Pergunte: O que é uma pergunta aberta?

Perguntas abertas são perguntas que não podem ser respondidas com "Sim" ou "Não". Porque é que são úteis? Recebemos muito mais informação; os participantes entendem as informações que estão a aprender; e as perguntas abertas são uma ferramenta poderosa de ensino.

Pergunte: Deem alguns exemplos de perguntas abertas que usaria ao conhecer alguém e de onde veem?

Quando os participantes mencionarem as perguntas, se fizerem uma pergunta fechada, simplesmente responda "Sim" ou "Não" e continue. Quando fizerem perguntas abertas, escreva a primeira palavra da pergunta não bloco de cavalete, até obter a lista seguinte:

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• Quando

• Onde

• Como

• Quem

• Porquê

• Conte-me mais... Além disso, conta, mesmo que isso não é uma pergunta, porque ele ainda provoca mais informações.

Diga aos participantes que estas são geralmente as palavras iniciais das perguntas abertas. Pretendemos que os nossos pares se sintam confortáveis em falar e esclarecer, quando necessário, portanto usamos perguntas abertas tanto quanto possível, tais como:

• O que gostaria de partilhar?

• Partilhe um pouco sobre como se está a sentir.

• Diga-me como o/a posso ajudar.

• Não tenho a certeza se entendi o que quer dizer. Pode esclarecer

Pergunte: E perguntas de "porquê"? Quais são as possíveis conotações negativas dessas perguntas?

Mesmo se forem perguntas abertas, as perguntas de "porquê" podem ser sentidas como críticas.

Por exemplo: "Porque é que isso o/a assusta?"

Pergunte: Como deveria colocar esta pergunta?

(Por exemplo: "O que o/a assusta?")

Explique: Vamos praticar alterando algumas perguntas de "porquê".

Peça aos participantes para ouvir cada pergunta e pensarem numa maneira diferente de a colocar. Pergunte se alguém tem ideias sobre como podem reformular a pergunta com um formato diferente. Use os exemplos 'Ainda Melhores' em baixo de cada pergunta de 'porquê', se necessário, para ajudar os participantes a pensarem em alternativas. As perguntas de 'porquê' podem ser listadas não papel não papel gigante com alternativas escritas ao lado ou em baixo.

• "Porque está a sentir-se frustrado/a?" Ainda Melhor: O que o/a está a fazer sentir frustrado/a?

• "Porque é que não quer fazer isso?" Ainda Melhor: Quais são as razões que o/a levam a não querer fazer isso?

• "Porque está aqui?" Ainda Melhor:O que o/a trouxe aqui hoje?

• "Porque é que não quer ir ao hospital?" Ainda Melhor: Quais são as razões que o/a levam a não querer ir ao hospital?

• "Porque é que não quer voltar para a sua família na vila?" Ainda Melhor:Quais são as razões que o/a levam a não querer voltar para a sua vila?

6Adapted from Building blocks to peer success: A toolkit for training VIH-positive peers. Boston: Boston University School of Public Health; 2009.

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Pergunte: Quais são alguns termos que não devemos usar pois darão respostas sim ou não e muito pouca informação?

• Pode

• Poderia

• Devo

• Consegue

• Você faz

• Você é

7. A próxima capacidade é Escuta Activa.

Pergunte: O que acha que significa ouvir de uma forma activa?

Usar os seus olhos, ouvidos, boca, coração e linguagem corporal para ouvir. Isto é especialmente importante se alguém estiver a demonstrar alguns sentimentos fortes, incluindo sentimentos de choque, tristeza, raiva, frustração ou angústia.

Pergunte: Se um beneficiário que tenha um (ou mais) destes sentimentos, o quão fácil seria para ele/ele absorver novas informações, resolver problemas ou definir objectivos?

Não seria muito fácil. Então, o que podemos fazer para o/a ajudar a libertar-se desses sentimentos, para que seja mais aberto? Uma maneira simples e eficaz de ajudar alguém a relaxar é nomear o sentimento, dizendo algo como, "você parece estar __________ (chateado(a)/frustrado(a)/triste," etc.).

Pergunte: Porquê funciona?

Deixamos a pessoa saber é normal ter sentimentos; damos-lhe permissão para expressar esses sentimentos e relaxar, se necessário..

Pergunte: Então, porque pode ser difícil ouvir de uma forma activa?

Tendemos a querer "consertar" a situação quando alguém está a experimentar sentimentos desconfortáveis. Mas às vezes o que é mais útil é deixar a pessoa falar e ajudá-la neste processo.

8. A próxima capacidade refere-se a Mensagens não-verbais.

Pergunte: o que são mensagens não-verbais?

• Postura: Deixe o seu corpo demonstrar que está interessado ao sentar-se e inclinando-se em direção ao orador.

• Posicionamento igual: se o orador estiver de pé, também esteja de pé. Se o orador estiver sentado, também deve-se sentar.

• Expressão facial: Lembre-se que os sentimentos são reflectidos nas expressões faciais.

• Gestos: a sua linguagem corporal revela muito sobre como interpreta uma mensagem, portanto fique atento quando envia sinais que podem fazer com que o orador acredite que está zangado, com pressa ou aborrecido, etc.

Também é importante lembrar que diferentes culturas têm diferentes estilos de linguagem corporal.

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Por exemplo, em muitas culturas é considerado rude fazer contacto visual com alguém que é mais velho que você.

9. A próxima capacidade aborda a Expressão de Pensamentos e Sentimentos.

Pergunte: Como podemos expressar pensamentos e sentimentos de uma forma que apoie os nossos beneficiários?

• Ser abertos e honestos: isso vai ajudar a construir a confiança.

• Fale claramente: não murmure e não fale muito baixo. Se não souber como expressar algo, descreva o que pretende dizer para que você e o beneficiário possam sentir uma compreensão partilhada da sua pergunta ou preocupação.

• Faça a distinção entre factos, crenças e sentimentos. Por exemplo, qual das seguintes afirmações são o que? "O melhor regime de médico para todos os beneficiários é..." (crença) "Estou tão contente que está a tomar os seus medicamentos." (sentimento) "A maioria das pessoas que vivem com VIH experimentam..." (facto)

10. A última capacidade refere-se à Comunicação Sem Que a Outra Pessoa Se Sinta "Errada"

Pergunte: Como o fazemos?

• Expresse as preocupações de uma forma não crítica: fale sobre as suas perguntas ou preocupações sem culpar os outros. Por exemplo, pode estar zangado por o seu beneficiário não ter aparecido três vezes seguidas. Em vez de lhe dizer que está a ser irresponsável, pergunte-lhe o que o/a impediu de comparecer.

• Use afirmações "Eu". Ao invés de dizer, "Você não explicou isso muito bem," diga, "Não entendi o que disse. Por favor explique outra vez."

11. Se tiver tempo, aborde os folhetos restantes para esta sessão com os participantes. Pode querer dar-lhes tempo para ler cada folheto e, em seguida, preencha os exercícios nos Folhetos 19.8 e 19.9 em conjunto (dependendo do interesse e da capacidade do grupo). Se possível, aborde cada um dos conjuntos de capacidades adicionais e responda a quaisquer perguntas. Deverá rever estas capacidades para o exercício prático na sessão seguinte.

12. Resuma a sessão: Usar estas capacidades pode inicialmente parecer artificial e estranho, mas com a prática, irá ser mais fácil. A prática é importante! Praticar com crianças é uma ótima maneira de experimentar as capacidades, pois é menos provável de ficar inseguro. Teremos a oportunidade de praticar estas capacidade noutra sessão.

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20. ESCUTA ATIVA E ACONSELHAMENTO

Hora Objectivos

45 min

• Os participantes devem ser capazes de demonstrar a importância de comunicar claramente com os outros.

• Os participantes devem entender como é fácil não entender o que está a ser transmitido por outros e irão discutir o que isso significa para a comunicação.

MATERIAIS: □ Folhas de bloco de papel gigante

□ Marcadores

□ Devem ser anexados quatro cartões de notas para separar as folhas do bloco de papel gigante com a seguinte escrita:

▶ O que é aconselhamento?

▶ O que não é aconselhamento?

▶ Objectivos do aconselhamento

▶ Abordagem centrada não cliente (para aconselhamento)

□ Folhetos:

▶ 20.1 Técnicas de Comunicação Útil

▶ 20.2 Travões de Comunicação

PROCESSO:1. Introduza a sessão observando que os acompanhantes de pares devem ter boas capacidades escuta activa e

aconselhamento para responder às necessidades dos seus beneficiários.

2. Cole os quatro cartões de notas em quatro papéis do bloco de diferentes e viabilize um grupo de discussão sobre cada um, registe as opiniões do grupo. Consulte as notas seguintes sobre aconselhamento para garantir que os elementos críticos de aconselhamento são abordados.

3. Inicie o Jogo do Telefone.

O JOGO DO TELEFONE 6• Pense numa afirmação para usar não jogo, ou use a seguinte: "A tia de Yolanda partilhou a sua receita de

torta de batata-doce secreta comigo."

Diga: Vamos fazer uma actividade chamada o Jogo do Telefone. Alguns de vocês podem já conhecer ou ter jogado este jogo. Vou sussurrar uma afirmação não ouvido do/a (NOME DA PRIMEIRA PESSOA). Ele ou ela vai sussurrar a afirmação não ouvido do/a (NOME DA SEGUNDA PESSOA) e assim por diante. [NOTA: Designe um sentido horário ou anti-horário.] O truque é que uma pessoa pode transmitir somente uma vez a afirmação. Não são permitidas repetições! Seja o que for que ouviram, devem repetir essa afirmação o melhor que consigam para a próxima pessoa. A última pessoa será (Nome da última pessoa). Quando essa pessoa ouvir a afirmação, deve dizê-la em voz alta.

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• Comece o jogo. Sussurre: "A tia de Yolanda partilhou a sua receita de torta de batata-doce secreta comigo" (ou outra afirmação) não ouvido da primeira pessoa. A primeira pessoa sussurra que ouviu não ouvido da segunda pessoa. Isto continua em círculo até a última pessoa ouvir a afirmação.

• Peça à última pessoa para dizer em voz alta o que ouviu. Em seguida diga a frase original. Compare o que a última pessoa ouviu com a afirmação original.

4. Discuta a actividade.

• Como é que foi isso que a/o (última pessoa) ouviu "..." quando a firmação original era "..."?

• Quantas vezes é que as mensagens mudam desta forma na vida cotidiana?

• Que regras do jogo foram responsáveis pelas mudanças na afirmação? (respostas possíveis: sussurrar, sem repetição)

• Quando as pessoas estão mesmo a prestar atenção a si, como é que sabe que o estão a fazer?

• Quais são as formas como se sentam?

• Quais são as formas como falam? Quais são as formas como olham para si?

• Como é que isso o/a faz sentir?

5. Inicie uma discussão sobre as capacidades de comunicação. (20 minutos) Para uma comunicação eficaz, o porta-voz e o ouvinte devem participar de uma forma activa. Pergunte: Quais são algumas razões pelas quais não pode sempre dar atenção total a um porta-voz? [NOTA: Anote as ideias dos participantes nas folhas do papel gigante.]

As respostas possíveis incluem:

• Falta de tempo para ouvir o transmitido por um indivíduo

• Multitarefas — fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo

• Existem outras tarefas que parecem mais importantes

• Interfcerência de criticismo — não concorda com o que a pessoa fez ou está a dizer

• Objectivos pessoais — pretende introduzir a sua solução

Diga: Quais os riscos que estas "barreiras de comunicação" para os pares que tenta educar?

As respostas possíveis incluem:

• Os ouvintes sentem-se alienados.

• Não se sentem apoiados.

• A confiança pode ter sido quebrada.

Diga: Vamos faladar durante alguns minutos... sobre como ser um comunicador eficiente. Pense em alguém que considere um "bom" comunicador.

[Dê 30 a 60 segundos aos participantes para dar um exemplo, 60 segundos para discutir cada uma das questões seguintes.]

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Pergunte: Mencione os aspectos feitos correctamente por esta pessoa. Como é que sentiu quando este indivíduo o/a ouviu?

Pergunte: Descreva a forma como estava disposto a partilhar algo sobre si ou os seus problemas com esta pessoa.

Pergunte: Quais são algumas capacidades de comunicação que valoriza nesta pessoa? [Escreva as respostas não papel gigante.]

As respostas possíveis incluem:

• Atencioso aos sentimentos

• Sem criticismo

• Disponível

• Justo

• Interessado

Diga: Já discutimos a importância das boas capacidades de comunicação. Vamos passar mais tempo a praticar o ato de ouvir e presença e prestar atenção ao que ajuda e ao que bloqueia a comunicação com outros.

6. Distribua os Folhetos 20.1 Técnicas de Comunicação Úteis e 20.2 Bloqueios das Capacidades de Comunicação e discuta estes aspetos, se houver tempo.

Diga: É importante que os educadores de pares desenvolvam boas capacidades de escuta. É fácil cometer erros em comunicações claras.

7. Resuma a sessão.

NOTAS:Aconselhamento é:

• O processo que ocorre quando um beneficiário e o conselheiro têm tempo para explorar as dificuldades, que pode incluir os sentimentos estressantes ou emocionais do beneficiário.

• O ato de ajudar o beneficiário a ver as coisas com mais clareza, possivelmente de um ponto de vista diferente. Isto pode permitir que o beneficiário se concentre em sentimentos, experiências ou comportamento, com o objetivo de permitir uma mudança positiva.

• Uma relação de confiança. A confidencialidade é fundamental para um aconselhamento com sucesso. Os conselheiros profissionais devem normalmente explicar a sua política de confidencialidade e ética profissional. Podem, não entanto, ser exigidos por lei a divulgar informações, se acreditarem que existe um risco de vida.

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Aconselhamento não é:

V Dar conselhos

V Criticar

V Tentar resolver os problemas do beneficiário

V Esperar ou incentivar um beneficiário a comportar-se de uma maneira idêntica ao conselheiro quando confrontado com um problema semelhante na sua própria vida

V Se envolver emocionalmente com o beneficiário

V Visualizar os problemas de um beneficiário da sua própria perspectiva, com base não seu próprio sistema de valores

O aconselhamento eficaz reduz a confusão e permite aos beneficiários tomar decisões que resultem numa mudança positiva nas suas atitudes e/ou comportamentos. Não é dar conselhos ou agir em nome de outra pessoa. O objetivo final do aconselhamento é permitir que o beneficiário faça as suas próprias escolhas, as suas próprias decisões e agir em conformidade com as mesmas.

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21. EXERCÍCIO PRÁTICO — OUVIR OS OUTROS

Hora Objectivos

30 min• Os participantes devem praticar diferentes tipos de capacidades de

comunicação.

MATERIAIS: □ Folheto 21. Lista de Verificação de Entrevista

PROCESSO:1. Peça aos participantes para se dividirem em grupos de três. Informe-os que irão praticar, entrevistando-

se uns aos outros, integrando muitas das técnicas de comunicação que foram discutidas nos exercícios anteriores. Lembre os participantes que estas capacidades são difíceis e este é um espaço seguro para praticar.

2. Distribua cópias do Folheto 21, Lista de Verificação da Entrevista a todos os participantes. Explique que cada um terá uma oportunidade de ser o entrevistador, o entrevistado e o observador. Os grupos devem decidir quem irá desempenhar cada papel não primeiro exercício.

3. Explique o seguinte:

• Apenas o observador precisa de usar o folheto.

• O papel do entrevistador é descobrir informações sobre a vida do entrevistado. O entrevistador pode perguntar sobre a sua história, paixões, inspirações, desafios, o que tem de superar, etc. O entrevistador deve tentar usar as técnicas de ouvir de uma forma activa que foram discutidas e podem verificar a lista de verificação da entrevista. (Reconheça que podem usar todas ou apenas algumas das técnicas discutidas hoje.)

• O papel do entrevistador é responder às perguntas do entrevistado. Sempre que o entrevistador fizer uma pergunta fechada, o entrevistado deve responder com "sim" ou "não."

• O papel do observador é acompanhar a entrevista e anotar na Lista de Verificação da Entrevista se o entrevistador está a usar as técnicas de ouvir de uma forma activa e anotar exemplos do uso dessas técnicas.

• Os entrevistadores terão 3 minutos para realizar a entrevista. Em seguida, o observador e o entrevistado terão 1 minutos para comentar a entrevista ao entrevistador. Os participantes devem rodar os papéis até que todos tenham sido o entrevistado, o entrevistador e o observador.

4. Volte a reunir os participantes não grupo maior e obtenha feedback sobre como correu o exercício.

Para os entrevistadores: O quão difícil foi usar as técnicas de ouvir de uma forma activa?

Para os entrevistados: Sentiu que estava a ser ouvido pelo seu entrevistador?

Para os observadores: Quais foram algumas das formas que o entrevistador teve sucesso em fazer com que o entrevistado se sentisse confortável e o incentivou a partilhar?

Para todos: Que estratégias de ouvir de uma forma activa o faz sentir confortável para usar durante a sua comunicação com os beneficiários? Quais considera que ainda devem ser trabalhadas?

Resuma a sessão.

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22. INTRODUCTION TO DISCLOSURE

Hora Objectivos

45 min• Os participantes deverão discutir os conceitos básicos de divulgação

do VIH.

MATERIAIS: □ Papel gigante

□ Folheto 22. Contar

PROCESSO:1. Prepare-se atempadamente, escrevendo o seguinte em quatro folhas de bloco de cavalete diferentes

e coloque-as na parede para que todos os participantes consigam vê-las (cada uma das seguintes letras corresponde ao que deve ser escrito numa folha de papel única):

a. Quem, O Quê, Onde, Quando, Como

b. Papel do acompanhante de pares: a) Ouvir b) Apoiar; c) Incentivar; d) Sugerir; e) Fornecer; f) Partilhar as suas próprias experiências

c. Divulgação insegura: a) Pressão por parte de um amigo ou ente querido; b) Sob a influência de drogas ou álcool; c) não honesto consigo mesmo sobre a situação; d) Precisava de algo; e) Situação violenta

d. Divulgação Segura: a)Você escolhe: o local, a hora….; b) Está sóbrio, calmo; c) Tem o número de telefone/informação para oferecer se houverem perguntas e está pronto para responder e/ou discutir o VIH; d) Tem alguém com quem falar que o pode apoiar; e) Reflectiu cuidadosamente; f) Levou o seu tempo; g) Tem uma relação de confiança com outro indivíduo; h) Sabe porque queria/precisava de divulgar o seu estado a esta pessoa.

2. Conduza uma breve discussão sobre a importância de uma divulgação ponderada.

Diga: "Divulgação" significa contar a alguém o seu estado de VIH. As conversas sobre a divulgação do VIH são importantes, e como acompanhantes de pares, deve estar preparado e consciente de como pode ajudar os seus beneficiários com este processo. A quem contar e como contar pode ser uma decisão pessoal e complexa, com a qual o beneficiário irá provavelmente precisar de ajuda. No existe uma forma ideal de contar a alguém, assim como não há nenhuma forma de saber qual será a sua reação. No pode dizer aos seus beneficiários a quem devem ou não contar, mas pode oferecer apoio e recursos que os podem ajudar não processo. Pode fornecer algumas perguntas aos seus beneficiários às quais devem responder antes de divulgarem. (Verifique a Etapa 3 para as perguntas, conforme marcado na folha do bloco de cavalete.)

3. Reconheça as palavras da pergunta que escreveu não papel gigante e note que estas são todas as perguntas específicas a considerar na divulgação do estado. Reveja as funções de poio do acompanhante de pares.

4. Inicie uma discussão sobre uma divulgação segura versus uma divulgação não segura, usando o papel gigante pré-escritas.

5. Distribua uma cópia do Folheto 22, Contar a cada participante. Peça aos participantes para escreverem as suas respostas para as duas primeiras perguntas somente na folha de trabalho. Peça o grupo para dividir em pares e peça a uma pessoa em cada par para contar ao seu parceiro uma experiência de divulgação segura e a outra pessoa para contar ao seu parceiro uma experiência de divulgação não segura.

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Informe que cada pessoa terá cerca de 2 minutos para partilhar uma história. Enquanto uma pessoa fala, a outra pessoa deve praticar ouvir sem interrupções. Lembre os participantes da importância da segurança e que cada um deve partilhar somente aquilo que sentem confortáveis em partilhar. Comece o exercício, e depois de 5 minutos, peça aos pares para trocarem e repetir. Após mais 5 minutos, peça-lhes para parar.

6. Reúna o grupo e conduza uma discussão, fazendo as seguintes perguntas:

• Foi fácil ou difícil partilhar a experiência boa? Porquê?

• Foi fácil ou difícil partilhar a experiência má? Porquê?

Enfatize que não está preocupado sobre o que aconteceu, mas como aconteceu. Ou seja, não está a pedir para partilhar suas histórias com o grupo, mas para reflectirem sobre o que fizeram que ajudou a tornar essa situação numa boa experiência para a pessoa contar a história.

Enfatize que uma divulgação segura requer mais tempo e trabalho por parte de um indivíduo do que uma divulgação não segura. .

Reconheça que todos fizemos escolhas que sentíamos que eram correctas e aquelas que teríamos feito de uma forma diferente, em relação a divulgar algo em determinados momentos das nossas vidas. Isto aplica-se a outros tipos de informações pessoais, não apenas em relação ao VIH.

7. Peça ao grupo para olhar seus folhetos de "Contar" e para escrever suas respostas para as duas últimas perguntas na planilha.

8. Termine lembrando o grupo que tomar decisões sobre a divulgação é muito idêntico com outras decisões nas nossas vidas, temos excelentes ferramentas para tomar decisões correctas, assim como os seus beneficiários. Note que irá discutir os benefícios e os riscos da divulgação na próxima sessão.

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23. OS BENEFÍCIOS E OS RISCOS DA DIVULGAÇÃO

Hora Objectivos

45 min• Os participantes deverão identificar os benefícios e os riscos da

divulgação.

MATERIAIS: □ Papel gigante

□ Folhetos:

▶ 23.1 VIH e Divulgação

▶ 23.2 Quem Precisa Saber Que é VIH+

▶ 23.3 Divulgação a Entes Queridos

▶ 23.4 Os Benefícios e Riscos da Divulgação

PROCESSO:1. Pergunte aos participantes quais são alguns dos benefícios da divulgação. Permita que sejam

dadas respostas.

• Divulgar o seu estado a outros pode tirar a pressão e aliviar o stress. Isto pode ajudar a se sentir saudável.

• Apoio emocional

• Alívio do fardo do sigilo

• Estabelecer uma relação com outras pessoas que vivem com VIH

• Controlar a própria divulgação nos seus próprios termos

2. Pergunte aos participantes para nomear alguns dos riscos de divulgação, especialmente para as populações chave. Dê algum tempo para obter respostas e certifique-se de que aborda os seguintes pontos.

• O potencial de estigma, violência e abandono, muitas vezes causado pelos indivíduos mais próximos

• Rejeição, discriminação e perda de privacidade e confidencialidade

• Para os membros das populações chaves em particular, a confidencialidade da informação médica, incluindo o estado de VIH, é essencial para a protecção dos direitos humanos, porque muitas vezes enfrentam riscos elevados, se os seus parceiros domésticos, famílias ou comunidades descobrirem que sãoVIH positivos.

• Os indivíduos que vivem com VIH também podem enfrentar um sentimento significativo de culpa acreditam-se que podem ter infectado um parceiro sexual.

3. Pergunte: Quais são as funções de um acompanhante de pares ao apoiar um beneficiário na divulgação?

As respostas podem incluir:

• Ouça as preocupações e medos.

• Reafirme que não tem de divulgar.

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• Ajude não processo do beneficiário sobre se deve ou não divulgar e o que o que espera obter.

• Faça sugestões não directivas em vez de dizer ao beneficiário o que fazer e como fazê-lo.

• Evite o uso de questões jurídicas e táticas de intimidação para persuadir o beneficiário a divulgar.

• Incentive o beneficiário a reduzir o seu risco de perigo.

Pergunte: Qual é a melhor coisa a fazer quando alguém lhe diz que pretende divulgar para alguém? [As respostas possíveis incluem: perguntar se a pessoa tem um lugar privado onde a divulgação pode ocorrer, se se sente seguro/a em divulgar e preparar a pessoa para possíveis reações.]

Diga: Os acompanhantes de pares devem encorajar os seus beneficiários a considerar várias coisas antes de divulgar a alguém. Estas incluem:

• O que mais precisa da pessoa a quem está a contar? Peça ao beneficiário que pense como o facto dessa pessoa saber pode ajudar ou piorar a situação.

• A quem se sente mais confortável a contar? Peça ao beneficiário para pensar em alguém que o/a possa apoiar sem criticismo enquanto lida com os seus próprios sentimentos.

• Que importância tem a privacidade para si? Peça ao beneficiário para considerar como a pessoa a quem está a considerar divulgar para lidar regularmente com as informações confidenciais de outros.

• Prepare para reações. Peça ao beneficiário para considerar se a pessoa pode ficar perturbada. O beneficiário também pode fornecer informações escritas sobre o VIH para a pessoa.

• Onde contar? Peça ao beneficiário para escolher um lugar que é confortável e oferece bastante privacidade.

• Quais são alguns dos riscos? Peça aos beneficiários para reflectir sobre os riscos associados com a divulgação, como a divulgação a determinado indivíduo que possa tornar-se violento.

4. Reveja brevemente os folhetos fornecidos nesta sessão e responda a quaisquer perguntas. Note que o último folheto é uma brochura que pode ser fornecida aos beneficiários para os ajudar na tomada de decisões na divulgação.

5. Resume. A divulgação é uma escolha pessoal e todos têm experiências únicas ao fazê-lo. Os acompanhantes de pares devem respeitar as decisões dos seus beneficiários sobre a divulgação.

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24. IMPLEMENTAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO POR PARES

Hora Objectivos

60 min

• Os participantes devem entender como os beneficiários utilizam de uma forma eficaz a continuidade dos serviços.

• Os participantes terão uma compreensão básica de colaboradores chave na rede de serviço.

Preparação! É essencial ter uma compreensão clara do fluxo de cliente para o programa antes de facilitar esta sessão. A LINKAGE recomenda que todos os programas desenvolvam um diagrama que descreva claramente como os beneficiários usam a continuidade do serviço. Será útil ter esse diagrama com antecedência nesta sessão para ajudar a esclarecer o fluxo de cliente durante as discussões.

MATERIAIS: □ Folhas de papel gigante

□ Marcadores

□ Projecto local de Directório de Serviços [se desenvolvido/disponível — preferível cópia para todos os participantes]

□ Diagrama de fluxo de cliente — formato grande [Cada programa deve ter desenvolvido com antecedência um algoritmo de fluxo de cliente específico do país/programa de formação que inclui os principais fornecedores de serviços e esclarece a forma como os beneficiários se deslocam entre serviços nas instalações e na comunidade]

PROCESSO:1. Peça aos participantes que formem grupos de três ou quatro e forneça a cada grupo uma folha de papel

gigante e marcadores.

2. Instrua cada grupo a criarem uma lista dos principais instalações e fornecedores de serviços que um beneficiário pode precisar aceder a qualquer momento, dependendo da necessidade clínica, de diagnóstico, psicossocial, jurídica, prevenção da violência, resposta entre outras.

3. Explique que, quando os grupos terminarem a sua lista, devem criar um diagrama de fluxo de cliente visual que mostra como um beneficiário de serviço, uma vez diagnosticado com VIH, pode usar a rede. Dê cerca de 20 a 30 minutos para esta parte da sessão e apoie conforme necessário para orientar cada grupo.

4. Quando os grupos terminarem o seu rascunho de diagramas, peça a um grupo voluntário para apresentar o seu exemplo de fluxo de cliente. Agradeça ao grupo pela apresentação e pergunte se alguém tem alguma pergunta para o grupo. Continue com as perguntas seguintes.

a. Existem outros serviços que outros grupos sugeriram que gostaríamos de incluir neste diagrama de fluxo de cliente? Se sim, o que sugeriam?

b. Todos os grupos têm uma forma diferente de criar o diagrama de fluxo de cliente? Se sim, o que foi diferente não seu exemplo? [Use o Directório de Serviços e o diagrama de fluxo de cliente específico do país/programa para preencher quaisquer serviços-chave que possam não ter sido incluídos.]

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c. Com que fornecedores de serviço não nosso modelo deve ter acordos formais para ajudar a facilitar o encaminhamento e vínculo aos serviços?

d. Quais são algumas das principais funções que discutimos que os acompanhantes de pares desempenham para garantir eficazmente que os beneficiários usem esses serviços?

5. Use o diagrama de fluxo de cliente do programa, se necessário, para ajudar a esclarecer quaisquer potenciais elementos ausentes, ou para esclarecer o apoio e cuidados dos beneficiários, como utilizam a rede de serviços.

6. Resuma a sessão.

NOTAS:Uma implementação eficaz do acompanhamento por pares requer o estabelecimento de diversos elementos antes da sua iniciação. Um desses elementos é a compreensão clara de como beneficiários irão circular través dos cuidados contínuos, a partir do memento em que são diagnosticados através da manutenção contínua da adesão ao tratamento e supressão viral. Os facilitadores devem ter um esquema visual deste fluxo de cliente para orientar as discussões.

Os facilitadores também devem estar cientes de que devem ser estabelecidos acordos formais, ou já terem sido estabelecidos, com locais de reencaminhamento, incluindo clínicos, psicossociais e outros, para garantir que a função do acompanhante de pares não processo é claramente compreendida e determinar até que ponto os navegadores terão acesso às informações dos beneficiários. Os facilitadores devem enfatizar que a confidencialidade é extremamente importante ao longo da continuação, desde mensagens, a manter registos, à discussão de casos em reuniões de gestão de processos.

Em alguns casos, os navegadores podem basear-se em centros de acolhimento ou escritórios da organização com base na comunidade. Outros podem basear-se nas instalações do sector público. Os facilitadores devem saber de antemão onde os navegadores estarão baseados e devem incorporar essa informação nesta sessão.

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25. IMPLEMENTAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO POR PARES — GESTÃO E SUPERVISÃO

Hora Objectivos

40 min

• Os participantes devem entender as suas funções específicas na rede de serviços disponíveis aos seus beneficiários, incluindo o papel de um navegador na equipa de gestão de casos e o processo de supervisão clínica.

Preparaçã! Os facilitadores deverão trabalhar com o programa para modificar a apresentação em PowerPoint para esta sessão com informações actualizadas do locais. Embora a apresentação tenha uma estrutura e muitas secções estejam preenchidas, está incompleta.

Também pode ser útil fornecer um calendário de reuniões regulares possíveis, incluindo quem as conduzirá, onde serão realizadas, por quanto tempo e o que será abordado.

MATERIAIS: □ Papel gigante

□ Marcadores

□ Apresentação em PowerPoint 25 opcional. Implementação de acompanhamento por pares — Gestão e Supervisão [NOTA: INCOMPLETO! Para ser modificado com base não contexto local.]

PROCESSO:1. Comece por voltar a enfatizar que o acompanhamento por pares é um conjunto de serviços de apoio que

se englobam na continuação de cuidados e tratamento para pessoas que vivem com VIH. Os serviços são para ajudar os beneficiários a criarem ligações e a permanecem dentro da rede, aderir ao seu tratamento e, finalmente, obter a supressão viral.

2. Reveja o conceito de gestão de caso e discuta a composição da equipa de gestão de processos não contexto do programa local [NOTA: Isto varia por país/programa e deverá ser determinado e esclarecido com antecedência nesta sessão].

3. Explique que o acompanhante de pares é um membro da equipa de gestão de casos, associado a uma organização baseada na comunidade (e em alguns casos numa instalação). Se possível use um diagrama visual para mostrar como os acompanhantes de pares se incorporam na equipa. Note que os navegadores funcionam, de certa forma, independentemente em relação ao pessoal das instalações clínicas e não clínicas. Podem conhecer ou conversar com os beneficiários do serviço nos seus próprios horários, fora do horário de funcionamento das instalações onde o programa está a colaborar ou a apoiar.

4. Explique que, da mesma forma que qualquer posição numa equipa, é importante que cada membro saiba o que é esperado numa base diária, semanal e mensal. Note que o grupo já abordou as responsabilidades e as funções do acompanhante de pares e os procedimentos operacionais recomendados, para garantir que os beneficiários recebam o apoio necessário com base em modelos de cuidados diferenciados e necessidades individuais.

5. Introduza o conceito de supervisão de apoio e explique que envolve uma supervisão clínica e operacional. Viabilize uma discussão durante alguns minutos sobre as diferenças entre uma supervisão clínica e operacional.

6. Inicie uma discussão sobre como o acompanhamento por pares será operacionalizado não contexto local, em termos de supervisão de apoio, reuniões semanais e mensais, relatórios e outras questões importantes.

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[NOTA: O conteúdo desta discussão irá depender dos procedimentos operacionais específicos para a supervisão operacional e clínica dos acompanhantes de pares não contexto local. Os facilitadores deverão rever os procedimentos de operação padrão local e os horários estabelecidos das reuniões com supervisores e equipas de gestão de casos e entre os acompanhantes de pares, além de relatar]. Use as notas seguintes para orientar a adaptação das notas de discussão para esta secção.

NOTAS:Cada programa deve ter procedimentos operacionais padrão (SOP na sigla em inglês) para a apoio e cuidados em vigor antes desta formação, ou desenvolvidos pouco depois de garantir que cada membro da equipa de gestão de casos (incluindo o navegador) compreende as suas funções em termos de serviços de aconselhamento, encaminhamento, ligação, inscrição, retenção em cuidados e prestação de serviços profissionais, tais como a reabilitação de drogas e saúde mental). Os SOPs devem explicar claramente o processo para determinar como e quando os beneficiários do serviço são atribuídos a um navegador, as regras de compromisso, as expectativas em termos de privacidade e confidencialidade, colaboração específica em locais de referência e as normas da reunião, referência, apoio, acções de acompanhamento e periodicidade. Os facilitadores devem rever estes SOP na sigla em inglês antes da realização desta sessão de formação. Os SOP na sigla em inglês podem ser introduzidos por supervisores depois dos navegadores terminarem esta formação inicial em sessões de pequenos grupos nos locais onde os navegadores serão baseados.

Supervisão

Cada programa deve ter um sistema para supervisão de navegadores que inclui a supervisão clínica e operacional. O desempenho deve ser monitorado através dos procedimentos e normas de garantia de qualidade estabelecidos com base não pacote mínimo de serviços e devem ser revistos regularmente.

Cabe aos programas individuais determinar a agenda para a gestão de casos regulares, supervisão e reuniões iniciais. Os programas também devem determinar um plano de supervisão clínica de emergência, não caso da existência de uma crise (ver 3.3.a do Guia de Implementação do acompanhamento por pares para obter mais informações). Os SOP na sigla em inglês devem delinear a forma como os navegadores podem gerir as suas horas, locais apropriados para reuniões, e como os horários serão monitorados. Idealmente, a supervisão clínica estará disponível durante os dias da semana e o horário normal quando os navegadores encontram-se com os seus beneficiários de serviço, mas isto irá depender de cada contexto local. A prioridade para os horários e os locais de reunião deve ser a segurança dos navegadores e dos seus beneficiários de serviço.

Supervisão operacional

Os navegadores irão beneficiar de um local base onde se possam encontrar com os supervisores, outros navegadores e beneficiários de serviço, obter produtos, registar informações e coordenar eventos. Este local base pode ser um escritório da organização baseada na comunidade, um centro de acolhimento ou uma instalação de tratamento do governo. Cada local ou grupo de local deve ter um coordenador designado que supervisiona a implementação geral do apoio e cuidados. O coordenador pode ser responsável pelo seguinte (se um gestor de caso não for atribuído for o responsável):

• Corresponder navegadores com beneficiários de serviço elegíveis

• Assegurar que todos os serviços são fornecidos em conformidade com os SOPs

• Apoiar os navegadores com o vínculo com os prestadores de serviços de referência

• Garantir que os dados do programa são recolhidos, registados e relatados de uma forma apropriada

• Estabelecer reuniões de supervisão regulares

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O coordenador deve estar familiarizado com todos os serviços disponíveis na comunidade, pontos específicos de cada local e os SOP na sigla em inglês em termos da apoio e cuidados. Deve estar pronto para ajudar os navegadores a abordar questões relacionadas com os detalhes operacionais do seu trabalho, tais como o agendamento, reembolso por viagens para reuniões, gestão de informações de referência e ligação com pontos específicos. Os coordenadores devem manter um calendário diário para monitorar todas as reuniões entre o navegador e o beneficiário, quer sejam não ou fora do local.

Gestão do caso e supervisão clínica

Cada programa deve ter os seus próprios procedimentos e estrutura de supervisão clínica e da gestão de casos e acordos com as instalações de saúde pública e os seus líderes com base nos serviços e recursos humanos disponíveis. Os enfermeiros ou outros fornecedores designados podem servir como supervisores clínicos imediatos para os navegadores. Devem ajudar os navegadores a estabelecer limites com os seus beneficiários de serviços e desenvolver métodos para lidar com situações de crise. Também podem ajudar a garantir que existe apoio clínico disponível para os navegadores em situações quando é necessária uma assistência por um profissional de saúde mental licenciado.

O gestor de caso, ou outro indivíduo atribuído (como um supervisor ou acompanhante de pares líder), pode ser responsável por organizar reuniões semanais de gestão de casos para rever casos, discutir os desafios e as soluções. As reuniões semanais de gestão de caso podem ser realizadas em grupos. Durante as reuniões, os navegadores podem partilhar uma visão geral rápida das actividades de cada caso que estão a gerir, com a intenção de revisão de todos os casos. Os programas podem optar por realizar mais debates aprofundados de casos desafiadores ou com sucesso uma vez por mês, ou mais frequentemente, se desejado.

Os programas também podem requerer sessões individuais semanais ou quinzenais entre os supervisores e os navegadores. Estas sessões podem ser uma oportunidade para os supervisores se verificarem os seus navegadores, proporcionar incentivos e apoio e ajudá-los a lidar com problemas pessoais, inclusive stress, esgotamento e quaisquer outras preocupações que surgirem do trabalho.

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26. FERRAMENTAS ADICIONAIS DE IMPLEMENTAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO POR PARES

Hora Objectivos

40 min• Os participantes terão acesso ao Guia de Implementação de

acompanhamento por pares e a algumas das ferramentas e recursos para os ajudar no o seu trabalho (em situações ainda não abordadas).

Preparação! Se os SOP na sigla em inglês locais forem desenvolvidos para a aplicação da acompanhamento por pares, é fundamental incluí-los nesta sessão, se já não tiverem sido abordados. Se os SOP na sigla em inglês ainda não tiverem sido desenvolvidos, os facilitadores devem perguntar aos líderes do programa quando serão desenvolvidos e devem referir o seu desenvolvimento durante a formação.

MATERIAIS: □ Cópias do Guia de Implementação de acompanhamento por pares LINKAGES

□ Diretório de Serviços locais (entregue na sessão 24)

□ Folhetos (cópias dos anexos do Guia de Implementação):

▶ 26.1 Lista de Verificação de Aconselhamento de Aderência — Visita Inicial

▶ 26.2 Lista de Verificação de Aconselhamento de Aderência — Visita de Acompanhamento

▶ 26.3 Ferramenta para a Transição de Serviços de Apoio e cuidados

PROCESSO:1. Inicie a sessão com uma visão geral muito breve do Guia de Implementação de acompanhamento por

pares. Explique que, em conjunto com os folhetos fornecidos nesta formação, que oferecem informações e diretrizes sobre as diversas capacidades necessárias dos acompanhantes de pares, o Guia de Implementação serve como um mapa para a execução de tarefas de rotina pelos navegadores, para apoiar os seus beneficiários e como parte de uma equipa de gestão de casos. São fornecidas mais informações nas notas abaixo.

NOTA: O guia e os procedimentos de operação padrão associados (SOP na sigla em inglês) irão variar para programas e países diferentes. Cada programa deve desenvolver os seus próprios SOP na sigla em inglês e os acompanhantes de pares devem conhecê-los bem como parte do seu trabalho. Os facilitadores devem certificar-se que obtêm e treinam o guia local atualizado e os SOP na sigla em inglês para garantir que os seus participantes iniciantes aprendem o que será implementado não seu contexto local.

2. Explique que os acompanhantes de pares serão responsáveis por oferecer apoio a 20 a 40 indivíduos que vivem com VIH. O processo para estabelecer uma relação com os beneficiários irá geralmente começar depois ou logo após o beneficiário ter sido diagnosticado com VIH. Em alguns programas, os acompanhantes de pares também podem desempenhar funções de trabalhadores apoio e/ou conselheiros leigos e examinadores e podem conhecer o beneficiário antes do seu diagnóstico. O processo específico deve ser esclarecido com base não contexto local.

3. Lembre os participantes que o papel principal do acompanhante de pares é identificar as necessidades do beneficiário em termos de cuidados de saúde e/ou outros serviços e ajudar o beneficiário a adquirir esses serviços.

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4. Reveja como serão os primeiros e os subsequentes encontros de acompanhamento por pares. Refira os participantes diretamente para a Secção 3.2 do Guia de Implementação de acompanhamento por pares, que fornece uma visão geral de cada uma das etapas necessárias para as primeiras visitas.

a. O primeiro encontro é uma oportunidade para conhecer o seu beneficiário e é geralmente realizada numa instalação ou centro de acolhimento (DIC). As reuniões subsequentes podem ser agendadas independentemente conforme necessário e podem realizar-se fora da instalação ou do DIC.

b. Os navegadores de pares irão trabalhar com os seus beneficiários na primeira reunião para completar uma Avaliação de Admissão e desenvolver um Plano de Acão.

c. Nas visitas subsequentes, os navegadores de par podem ter de trabalhar com os beneficiários para prestar aconselhamento de aderência através da abordagem de Etapas de Vida e listas de verificação de aderência, abordar outras questões que requerem apoio do navegador, fornecer os reencaminhamentos necessários ou acompanhar os seus beneficiários a um local de serviço.

5. Apresente e discuta o Diretório de Serviços. Note que é a função do navegador, em colaboração com o pessoal do programa, ajudar a garantir que o diretório está atualizado.

6. Apresente e descreva as listas de verificação de aconselhamento de aderência. Explique que as listas de verificação devem ser utilizadas como guias juntamente com a ferramenta de aderência Etapas de Vida, para se assegurar que todas as necessidades relacionadas com a aderência são cumpridas. Existe uma lista de verificação para a reunião inicial e uma que deve ser usada nas reuniões subsequentes. Os acompanhantes de pares podem realizar a abordagem Etapas de Vida com seus beneficiários na primeira, segunda ou terceira visita, ou podem continuar a fazê-lo durante algumas outras visitas, se necessário.

7. Apresente e discuta a Ferramenta para Transição de Serviços de Apoio e cuidados. Este formulário é particularmente relevante para programas cujos financiamentos poderão terminar em breve. Todos os acompanhantes de pares devem estar cientes de que em algum momento, podem estar a fazer uma visita oficial final com os seus beneficiários, e há passos importantes que devem ser cumpridos para garantir que os seus beneficiários são preparados de uma forma eficaz.

8. Dê tempo para os participantes verificarem os formulários e fazerem perguntas conforme necessário. Explique que terão a oportunidade de praticar o uso dos formulários num exercício simulado na próxima sessão, caso tenha sido concedido tempo para a prática opcional de acompanhamento por pares.

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27. PRÁTICA DE APOIO E CUIDADOS DE PAR — OPCIONAL (PODE SER REALIZADA NA MANHÃ DO QUARTO DIA)Hora Objectivos

90-180 min• Os participantes praticaram vários elementos de acompanhamento

por pares com base nas capacidades e ferramentas fornecidas na formação.

MATERIAIS:

□ Diversos cartões de notas

□ Canetas e marcadores

□ Apresentação em PowerPoint opcional: 27. Avaliação Pós-formação

PROCESSO:1. Peça a cada participante para, durante 5 minutos, escrever um exemplo de cenário num cartão, com base

num tópico abordado durante a formação (uma visita inicial com um navegador de par, apoio de aderência, uso de substâncias, violência, discriminação, etc.). Recolha os cartões.

2. Divida os participantes em grupos de dois ou três e entregue um cartão do cenário a cada grupo. Peça aos grupos para lerem o cenário, escolherem as funções e realizarem um exercício dinâmico, onde um navegador de parse encontra com um beneficiário para realizar qualquer ação ou atividade requerida pela situação. Lembre os participantes que aprenderam vários conjuntos de capacidades ao longo da semana e têm várias ferramentas à sua disposição para guiar o processo. Note que poderá ajudar e apoiar conforme necessário, na preparação para e durante os exercícios dinâmicos.

3. Se tiver tempo, dê a cada grupo um novo cartão e peça para alterarem as funções e repetir o processo.

4. Troque os cartões entre os grupos, se tiver tempo.

5. Desloque-se durante os exercícios dinâmicos para responder a quaisquer perguntas.

6. Volte a reunir os grupos em plenário e discuta como correram as sessões de prática.

7. Com base não grupo e na natureza do workshop:

a. Resume a semana.

b. Opcional: Reveja as perguntas de Avaliação de Pré-formação usando a apresentação em PowerPoint opcional: 27. Avaliação Pós-formação

c. Forneça as suas informações de contato.

d. Garanta que os participantes preenchem as avaliações.

e. Realize uma cerimónia de certificação.

f. Agradeça aos participantes e anfitriões conforme apropriado.

NOTÅS:Esta sessão é importante para os participantes começarem a sentir-se confortáveis em sessões de aconselhamento e para praticar o que aprenderam. Esta sessão vai desafiar os participantes a reflectirem sobre situações realistas para os seus pares e depois abordá-las, aplicando muitas das técnicas apresentadas nos últimos dias, da melhor forma possível. Pode limitar a duração dos cenários, ou permitir que mantenham um cenário, se o exercício dinâmico estiver a correr bem.

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APÊNDICE 1. CORE MODULE FOLHETOS

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FOLHETO 1. SAMPLE TRAINING AGENDA

LINKAGESAGENDA DE FORMAÇÃO DE APOIO E CUIDADOS

CIDADE, PAÍS

Dia 1, Mês Dia, Ano

8:30 AM Registo

9:00 Introdução ao workshop

9:30 Avaliação pré-formação

9:50 Introdução ao programa LINKAGES

10:10 Intervalo

10:30 Revelações comuns na "Cascata de VIH"

11:40 Introdução ao acompanhamento por pares

12:10 PM Almoço

1:15 Funções e qualidades de um acompanhante de pares

2:00 Considerações especiais em relação ao trabalho com populações-chave

2:45 Confidencialidade

3:20 Intervalo

3:40 Ética na prestação de serviços de pares

4:20 A importância de estabelecer limites

4:40 Resumo

Dia 2, Mês Dia, Ano

9:00 AM Aquecimento e resumo do dia anterior

9:10 Limites e cenários de confidencialidade

9:40 Par com um beneficiário e a primeira reunião

10:10 Intervalo

10:30 Avaliação posterior — avaliação de admissão, planeamento de ação,

encaminhamento, vínculo

11:40 Reuniões de acompanhamento — o Pacote Mínimo de Serviços

12:00 PM Almoço

1:00 Prevenção, Dignidade e Saúde Positiva

2:00 Introdução à Terapia Antiretroviral

2:40 Adesão ao tratamento — a abordagem de Etapas da Vida

3:30 Intervalo

3:50 Prestação de serviços diferenciados

4:50 Dia 2 — Resumo

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Dia 3, Mês Dia, Ano

9:00 AM Aquecimento e resumo do dia anterior de Introdução ao workshop

9:10 Capacidades de comunicação

10:10 Intervalo

10:30 Escuta ativa e aconselhamento

11:15 Exercício Prático — Ouvir os outros

11:45 Introdução à divulgação

12:30 PM Almoço

1:30 Os benefícios e os riscos da divulgação

2:15 Implementação de acompanhamento por pares — fluxo de cliente

3:15 Intervalo

3:35 Implementação de acompanhamento por pares — gestão e supervisão

4:15 Ferramentas adicionais de implementação de acompanhamento por pares

4:55 Resumo

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FOLHETO 2. AVALIAÇÃO DE PRÉ-FORMAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO POR PARES

Nome: ________________________________________________ Data: _______________

Por favor circule a resposta correta, ou preencha as lacunas de acordo com as instruções.

1. VERDADEIRO OU FALSO: Os acompanhantes de pares devem pertencer à comunidade de população chave que servem.

2. VERDADEIRO OU FALSO: Os acompanhantes de pares não têm de ter o VIH.

3. VERDADEIRO OU FALSO: Um acompanhante de pares é igual a um gestor de caso.

4. Circule qual dos seguintes representa o tipo de relações de homens que têm relações sexuais com homens:

a. Relações monógamas a longo prazo com um parceiro principal

b. Relações abertas com um parceiro principal

c. Namorar ou relações casuais

d. Relações situacionais do mesmo sexo: homens que vivem/trabalham não exército, internatos, prisões, etc.

5. Por favor forneça as definições para o seguinte:

Orientação sexual

Identidade de género

6. Quais fluidos corporais podem transmitir o VIH?

a. Sangue

b. Sémen/ejaculação precoce

c. Fluidos vaginais

d. Leite materno

7. Nomeie os três sintomas mais comuns de infeções sexualmente transmissíveis:

a.

b.

c.

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8. Quais são as três informações que os clientes devem saber sobre uma "Prevenção positiva"?

a.

b.

c.

9. Quais dos seguintes são serviços essenciais que os acompanhantes de pares devem garantir a indivíduos com o VIH (PLHIV)?

a. Tratamento antiretroviral (TARV)

b. Apoio psicossocial de funcionários com formação

c. Aconselhamento de adesão

d. Referência para os serviços competentes

10. VERDADEIRO OU FALSO: O PrEP é principalmente para homens gays.

11. VERDADEIRO OU FALSO: Todos os preservativos masculinos podem ser usados com qualquer lubrificante para consumo humano, baseado em água ou óleo.

12. O que são duas classificações de lubrificantes?

a.

b.

13. Nomeie as cinco classes diferentes de drogas antirretrovirais (ARV) aprovadas para uso ão tratamento do VIH:

a.

b.

c.

d.

e.

14. VERDADEIRO OU FALSO: Uma carga viral "Normal" está abaixo dos 40 a 75 cópias.

15. VERDADEIRO OU FALSO: Os efeitos secundários a curto prazo do TARV podem incluir anemia, diarreia, tonturas, fadiga, dores de cabeça, náuseas e vómitos, dores e problemas nervosos e erupção cutânea.

16. VERDADEIRO OU FALSO: "Adesão ao tratamento" significa o consumo da medicação quando e como suposto.

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17. VERDADEIRO OU FALSO: O aconselhamento é a mesma coisa que dar conselhos.

18. VERDADEIRO OU FALSO: Uma das finalidades da "reflexão" é incentivar o seu beneficiário continuar a conversar.

19. Nomeie três tipos de violência baseada em género:

a.

b.

c.

20. Quais os tipos de problemas de saúde mental enfrentados pelos seus clientes? (Circule todas as opções aplicáveis).

a. Ansiedade

b. Depressão

c. Problemas sexuais

d. Transtornos alimentares

e. Tendências suicidas

21. Qual dos seguintes é um direito humano básico? (Circule todas as opções aplicáveis).

a. Direito ao trabalho

b. Direito à privacidade

c. Direito à educação

d. Direito à vingança

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FOLHETO 5.1 INTRODUÇÃO AO ACOMPANHAMENTO POR PARES

Um PAR é um indivíduo que partilha características semelhantes com os outros, tais como a idade, estado social, capacidade, profissão ou preferência sexual.

Um NAVEGADOR apoia alguém que saiba como e onde aceder e utilizar os serviços e a agir para garantir resultados positivos para a sua saúde e bem-estar.

Um programa de VIH, os acompanhantes de pares (PN) são normalmente VIH positivo, modelos que usam medicação e que entendem e podem transmitir claramente como aceder e utilizar os serviços essenciais para indivíduos s que vivem com VIH e os seus parceiros, entes queridos e filhos.

Os programas podem utilizar os acompanhantes de pares e educadores de pares (PE). Embora possam parecer semelhantes, estas posições têm funções distintas:

• Tanto o PN, como o PE podem aproximar-se da comunidade e identificar, avaliar e referir clientes com base nas suas necessidades sociais e de saúde.

• Os PN passam por uma formação adicional para garantir que podem ajudar os seus clientes a navegar e a permanecerem na rede de serviço para garantir resultados positivos e saudáveis. A formação adicional permite aos PN terem um conhecimento especializado sobre serviços baseados na instalação e na comunidade, capacidades de aconselhamento e um entendimento das possíveis necessidades dos seus clientes.

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FOLHETO 6.1 FUNÇÕES E QUALIDADES DE UM ACOMPANHANTE DE PARES

Funções de um acompanhante de pares

Embora os serviços específicos possam variar de acordo com as necessidades de um determinado programa, |é essencial que todos os acompanhantes de pares estabelecerem uma relação de confiança com os seus clientes sem julgamento ou preconceito. As funções e responsabilidades dos acompanhantes de pares podem incluir o seguinte:

1. Consultar e criar um vínculo entre os beneficiários a serviços clínicos, psicossociais e outros serviços.

2. Estabelecer ligações com outros prestadores de serviços de saúde e sociais, conforme necessário.

3. Apoiar os beneficiários para aderir aos seus regimes de tratamento e para cumprir os seus compromissos.

4. Fornecer aconselhamento e apoio emocional.

5. Dar opiniões e apoio aos membros da equipa.

6. Manter a confidencialidade das informações sobre o beneficiário, incluindo a orientação sexual e estado médico.

Em geral, os acompanhantes de pares devem trabalhar com cada indivíduo para ajudar a identificar áreas de maior necessidade, desenvolver um plano de ação para satisfazer essas necessidades e estabelecer as competências necessárias para que o cliente possa continuar a abordar as suas necessidades futuras.

Qualidades de um bom acompanhante de pares

• Torna-se disponível

• Está comprometido com as metas e objetivos do projeto

• É sensível aos valores da comunidade

• É responsável par com a comunidade

• É tolerante e respeitoso em relação às ideias e comportamentos dos outros

• É um bom ouvinte

• Tem boas capacidades comunicativas e interpessoais

• É autoconfiante

• Tem qualidades de liderança

• Está disposto a aprender e experimentar no campo

• Compromete-se a estar acessível a membros da comunidade em tempos de crise

• Partilha responsabilidades

• Sabe como estabelecer limites e evitar o stress

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FOLHETO 6.2 FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS TRABALHADORES COMUNITÁRIOS, NAVEGADORES E GESTORES DE CASOS

Função Trabalhador comunitário Navegador Gestor

de caso

Base

ado

na c

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Representa uma ou mais populações chave P OpcionalRealiza uma proximidade com a comunidade P

Fornece produtos, incluindo preservativos, lubrificantes e/ou equipamento de injeção segura

P P

Serve como um modelo VIH positivo que aderiu ao tratamento Opcional PreferidoRealiza um entrevista motivacional P P P

Identifica e avalia a saúde e necessidades de apoio social dos beneficiários do serviço

P P

Estabelece ligações entre os beneficiários de serviços aos serviços de teste de despistagem do VIH

P [Para parceiros/famílias]

Vincula os beneficiários de serviço a outros serviços de apoio social e clínico

P P P

Acompanha o progresso dos beneficiários de serviço em relação aos seus objetivos

P P

Fornece orientação pós-teste de despistagem sobre os serviços de despistagem e clínicos disponíveis

Opcional P P

Base

ado

em in

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açõe

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Realiza uma avaliação detalhada de admissão do cliente Opcional P

Oferece apoio a beneficiários de serviço VIH positivo para concluir a referência a serviços clínicos

P P

Fornece o acompanhamento de rotina aos beneficiários do serviço

P P

Apoia os beneficiários do serviço em manter a adesão ao tratamento

P P

Apoia os beneficiários do serviço a fazer consultas médicas P P

Fornece orientação e experiência de vida positiva e prevenção para parceiros sexuais

P P

Revê casos de trabalho para identificar e localizar os beneficiários do serviço que se perderam em termos de acompanhamento, em coordenação com a equipa clínica

P P

Fornece apoio psicossocial, aconselhamento de apoio e educação aos beneficiários

P P

Fornece orientação clínica, monitorização e acompanhamento P

Realiza intervenções em casos de crise e reuniões de casos P

Defende serviços e realiza consultas com prestadores P

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FOLHETO 8.1 ESTUDO DE CASO DA GHISLAINE

A Ghislaine é um navegador de par infetado com VIH.

Ana, uma profissional sexual, foi recentemente diagnosticada VIH positiva e foi referida a Ghislaine pela assistente social Carrine numa clínica médica local.

A Carrine refere os seus clientes a Ghislaine quando precisam de um navegador de par, e por vezes, coordenam em conjunto os cuidados médicos para os seus clientes mútuos. A Carrine é a assistente social de Ana. A Carrine também é a assistente pessoal da Ghislaine — e por vezes ajuda a Ghislaine. A Ghislaine e Carrine têm, portanto, dois tipos diferentes de relação. A Carrine é assistente social da Ghislaine e também são colegas.

A Carrine referiu a Ana a Ghislaine quando estava grávida de alguns meses. A Ana foi recentemente diagnosticada VIH positivo. A Ghislaine e a Ana encontraram-se pela primeira vez após a consulta inicial na clínica de VIH da Ana. A Ghislaine explicou a Ana o processo de defesa dos pares durante uma reunião privada, e divulgou o seu próprio estado de VIH. A Ana começou a chorar quando soube que Ghislaine também tinha VIH. A Ghislaine compreendeu os sentimentos da Ana, porque já esteve na mesma situação. Também lhe assegurou que não estava sozinha, e que muitas mulheres têm vivas preenchidas depois de receberem este diagnóstico.

Durante a primeira reunião, a Ghislaine aprendeu as necessidades da Ana: 1) apoio emocional; 2) educação e informação; e 3) apoio não comparecimentos aos seus compromissos. A Ghislaine partilhado com a Ana o que poderia fornecer. A Ana disse que gostaria de receber essa ajuda da Ghislaine. A Ghislaine sugeriu reuniões/contato pelo menos uma vez por semana. A Ana concordou. A Ghislaine preencheu um formulário de admissão e consentimento com a Ana. A Ana acordou por escrito que a Ghislaine poderia falar com a Carrine e o médico da Ana, para ajudar a coordenar os seus cuidados médicos. Marcaram uma reunião de acompanhamento para a semana seguinte. Decidiram que a Ana se encontraria com a Ghislaine não centro de acolhimento antes de uma consulta médica para falarem. Em seguida, a Ghislaine iria acompanhar a Ana à sua consulta médica para dar apoio moral e para ajudar a fazer perguntas do médico.

Após reunião com a Ana, a Ghislaine contactou a assistente social Carrine, para a informar que a reunião correu bem e que iria ajudar a Ana, em termos de apoio emocional, informações e consultas médicas. A Carrine agradeceu-lhe e perguntou se a Ana também tinha mencionado a sua situação instável. A Ghislaine disse que não. A Carrine disse a Ghislaine que a Ana pode requerer ajuda para encontrar um lugar seguro para ficar, se for expulsa da casa onde mora com a sua mãe, avó e irmãos. A Carrine explicou que a Ana e a sua mãe discutem e a ameaçou que a iria expulsar de casa. A Carrine disse que estava a considerar ter um encontro com a Ana e a mãe dela, na esperança de mediar o conflito e incentivar a mãe a permitir que a Ana permaneça na casa até o nascimento do bebé. Depois disso, a Carrine poderia encontrar outra situação de habitação para a Ana e seu bebé. A Ghislaine, questionou-se sobre o pai do bebé e perguntou a Carrine sobre o pai. A Carrine respondeu que a Ana lhe tinha dito que o pai não estava presente. A Ghislaine sentiu-se sobrecarregada com tudo o que precisa de fazer para ajudar a sua nova cliente.

Na sua próxima reunião, a Ghislaine e a Ana falaram um pouco mais sobre o VIH, gravidez e os medos da Ana. A Ghislaine mencionou a Ana que a Carrine a informou sobre a sua situação problemática de habitação. "Ela disse-lhe isso?" Disse a Ana. "Ela queria que eu soubesse, não caso de precisar de mim para a ajudar a encontrar um lugar seguro para ficar," respondeu a Ghislaine. Ana pareceu relaxar e disse: "Oh, Ok." Em seguida, Ana pediu a Ghislaine se "conta tudo à Carrine. "não lhe conto tudo e ela também não," afirmou a Ghislaine. "O que eu e você falamos é confidencial." "A sério?" perguntou a Ana. "A sério," respondeu a Ghislaine.

Então, a Ana contou a Ghislaine sobre o seu namorado inconstante (o pai da criança que estava à espera), que era muito possessivo e às vezes "batia-lhe." Partilhou que a sua mãe o "odeia" e o proibiu de entrar em sua casa. A Ana discute com a sua mãe, que desaprova porque ouve muitas vezes a Ana a falar com o namorado ao telefone. Algumas vezes, a Ana chegou a trazê-lo para sua casa sem ninguém saber. A Ghislaine sente as suas emoções a ficarem mais fortes mas permanece calma com a Ana. Fica sempre protetora dos clientes quando lhe mencionam violência doméstica, porque passou por muitos problemas quando deixou um marido que era abusivo. Faz uma nota mental para falar com a Carrine, a sua colega próxima, supervisora e terapeuta, sobre o seu próprio apoio emocional.

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FOLHETO 8.2 EXEMPLO DE ACORDO DE CONFIDENCIALIDADE

Como um beneficiário de _____________ e um participante em ____________ programa de acompanhamento por pares, irá receber apoio profissional, respeitoso e confiável.

O apoio profissional de pares significa que o seu acompanhante de pares irá manter uma relação confidencial consigo. Não irá partilhar informações pessoais sobre si com terceiros de ___________ sem o seu consentimento. Há, não entanto, uma exceção a essa regra. A confidencialidade pode ser dispensada se a sua segurança ou a segurança de alguém próximo de si estiver em risco. Se surgirem questões de segurança, pode contatar o seu gestor de caso ou de outro profissional para questões de auxilio. Na maioria dos casos, o acompanhante de pares irá avisá-lo se planear contatar o seu gestor de caso.

O apoio profissional com respeito significa que o seu acompanhante de pares irá honrar a sua privacidade. Pode optar por partilhar muitos tópicos pessoais com o seu acompanhante de pares; não entanto, só tem de partilhar informações pessoais se, e quando se sentir confortável.

Às vezes, o navegador pode oferecer conselhos ou sugestões, mas é você que sabe o que é melhor para si.

Apoio de par confiável significa que pode esperar que o seu acompanhante de pares cumpra o apoio oferecido. Será pontual e irá ouvir os seus problemas durante o tempo que passarem juntos. O tempo juntos pode incluir aconselhamento, visitas de acompanhamento ao médico, visitas a sua casa, telefonemas de acompanhamento e outras atividades decididas por si e pelo seu navegador pares.

Como um cliente da nossa organização, é incentivado a falar com o seu acompanhante de pares se tiver dúvidas, preocupações ou reclamações sobre o programa.

Ao assinar abaixo, você e o seu acompanhante de pares concordam com as orientações anteriormente mencionadas. Também reconhece que compreende as normas da relação entre o acompanhante de pares e o beneficiário.

Beneficiário:

Nome Impresso _______________________________

Assinatura ________________________________ Data ___________

Acompanhamento por pares:

Nome Impresso _______________________________

Assinatura ________________________________ Data ___________

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FOLHETO 9.1 PADRÕES ÉTICOS PARA ACOMPANHANTES DE PARES

Estes princípios podem incluir, mas não estão limitados a:

Propriedade O acompanhante de pares deve manter elevados padrões de conduta pessoal na sua capacidade como um acompanhante de pares.

Competência e Desenvolvimento Profissional

O acompanhante de pares esforçar-se para se tornar e permanecer proficiente não desempenho da sua função profissional.

Integridade O acompanhante de pares deve agir em conformidade com os padrões da integridade profissional.

Privacidade dos Interesses do Beneficiário

A principal responsabilidade do navegador de pare é para com os direitos e as necessidades dos beneficiários, assim como a saúde e o bem-estar geral. O acompanhante de pares devem tentar promover a máxima autodeterminação e a autonomia dos beneficiários.

Confidencialidade e Privacidade

O acompanhante de pares deve respeitar a privacidade dos beneficiários e manter todas as informações obtidas durante o serviço profissional em sigilo.

Respeito, Imparcialidade e Cortesia

O acompanhante de pares deve tratar os beneficiários e os colegas com respeito, cortesia, justiça e boa-fé.

Serviço Comunitário O acompanhante de pares deve ajudar nos serviços de educação e de tratamento disponíveis ao público.

Compromissos de Emprego O acompanhante de pares comprometem-se a compromissos assumidos para com a organização empregadora.

Manter a Integridade O acompanhante de pares deve defender e transmitir os valores, ética, conhecimento e missão do programa de acompanhamento por pares.

Desenvolver Conhecimento O acompanhante de pares deve assumir a responsabilidade pela sua educação e formação contínua para fornecer serviços de pares de alta qualidade.

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FOLHETO 9.2 CÓDIGO DE ÉTICA E COMPROMISSO DE CONFIDENCIALIDADE DO ACOMPANHANTE DE PARES

Valorizo o meu papel como um acompanhante de pares e, para cumprir esse papel, irei:

1. Respeitar as diferenças individuais, incluindo as escolhas feitas por outros, que podem diferir das minhas.

2. Agir como um modelo, fazendo escolhas positivas e sendo fiel a mesmo.

3. Honrar todas as formas de diversidade.

4. Manter a confidencialidade.

5. Não permitir que os meus deveres de acompanhante de pares coloque a minha saúde emocional e física em risco.

6. Não entrar numa relação, ou tornar-me sexualmente ativo com um beneficiário.

7. Não coagir ou chantagear um beneficiário.

8. Aprender o máximo possível sobre as questões que afetam os meus pares.

9. Oferece apenas as informações que estou qualificado para oferecer, com a maior precisão possível.

10. Cumprir a minha palavra e as minhas promessas.

11. Encontrar-me com os clientes não momento de vida onde estão, e começar a caminhar para uma cura e mudança positiva.

12. Aceitar a supervisão e apoio de outros.

Valorizar e saber quem sou...

Sou um navegador, um ajudante que se preocupa, um indivíduo e um modelo a seguir.

Sou um acompanhante de pares.

NOME PRÓPRIO — APELIDO (IMPRESSO)

ASSINATURA DATA

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FOLHETO 10.1 ESTABELECER LIMITES

COMO ESTABELECER LIMITES COMO É O QUE O POSSO FAZER?

Comunique honestamente com os clientes.

Cumpra as suas promessas atempadamente.

Aborde as suas limitações.

Procure apoio do seu supervisor.

Refira, refira, refira.

Não faz mal não saber.

Não se sinta pressionado a partilhar sempre a sua história.

Seja profissional.

Ponha os seus valores pessoais de lado.

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FOLHETO 10.2 CRIAR LIMITES – SOLUÇÕES

COMO CRIAR LIMITES COMO É QUE O POSSO FAZER?

Comunicação aberta com os beneficiários.Informe os beneficiários sobre o que podem esperar de você e o que é que você espera deles desde o início e seja objetivo.

Cumpra as suas promessas atempadamente.Limite a remarcação ou cancelamento de compromissos assumidos com o seus beneficiários.

Aborde as suas limitações.

Informe os beneficiários sobre o que é capaz de fazer e o que não pode fazer. Partilhe com eles o seu papel de educador de pares logo não primeiro encontro. Diga-lhes qual o seu horário e de que forma o podem contactar.

Procure apoio do seu supervisor.

Se não souber o que fazer ou o que é apropriado, contacte outros colegas de trabalho e pares. Tenha sempre à mão o número do supervisor para emergências.

Referências, referências, referências.

Você não pode fazer tudo, certifique-se que tem uma lista de referências abrangente e atualizada. Certifique-se que está pessoalmente familiarizado com as referências antes de lhes reencaminhar os beneficiários. Aproveite para visitar organizações e encontrar contactos para essas referências. Siga as referências.

Não saber é perfeitamente aceitável.Diga ao beneficiário que não sabe mas que vai informar-se. Lembre-se, trata-se de um processo de aprendizagem.

Não se sinta pressionado a partilhar sempre a sua história.

Partilhe o que é adequado, necessário e dentro da sua zona de conforto.

Seja profissional. Seja organizado, oportuno, eficiente e cumpridor.

Descarte os seus valores pessoais. (Com base nas discussões)

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FOLHETO 11. LIMITES E CENÁRIOS DE CONFIDENCIALIDADE

Cenário 1

Leia o cenário seguinte e responda às perguntas que se seguem.

O Anson frequenta a clínica FPATT para serviços que o educador de pares visita frequentemente para trabalho. Você vê-o pelos corredores da clínica e reconheceu-o como alguém que provavelmente está a receber tratamento de VIH, mas nunca falou com ele. Você, o educador de pares, vai a uma festa de despedida de um amigo, e ao entrar não restaurante, vê o Anson.

• O que deve fazer?

• O que deve dizer e quando?

• É uma questão de limites ou confidencialidade?

Cenário 2

Leia o cenário seguinte e responda às perguntas que se seguem.

Acabou uma sessão educacional com o seu cliente, a Sarah. À medida que ela sai, pergunta-lhe, "Pode emprestar-me 30 dólares para comprar comida para os meus filhos? Prometo devolver-lhe para a semana quando receber."

• Como devo lidar com esta situação?

• O que acontece a seguir.

• É uma questão de limites ou confidencialidade?

Cenário 3

Leia o cenário seguinte e responda às perguntas que se seguem.

A FPATT recebe uma referência de uma policlínica de um cliente chamado Frances Leon que gostariam de ser atribuído a um acompanhante de pares. Assim o fez. O nome é familiar, mas não tem a certeza se o conhece. Encontra-se com o Frances e começam a estabelecer uma relação de trabalho de pares. O seu supervisor não sabe que o Frances é um membro da sua igreja e que o seu parceiro contratou o Frances para limpar a sua casa.

• Qual é o problema desta situação?

• Quais são os passos a tomar com este cliente?

• É uma questão de limites ou confidencialidade?

Cenário 4

Leia o cenário seguinte e responda às perguntas que se seguem.

A polícia chega à clínica, e você é a primeira pessoa que vêem. Perguntam se o Justin Love, um paciente da clínica, está lá porque eles têm um mandado de prisão.

• Qual é o problema desta situação?

• O que deve fazer?

• É uma questão de limites ou confidencialidade?

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FOLHETO 13.1 ADMISSÃO — PLANEAMENTO DE AÇÃO — REFERÊNCIA — VÍNCULO

Na segunda reunião, pode começar a explorar a situação e as suas necessidades e situação específica do beneficiário. Provavelmente deverá realizar uma avaliação de admissão para beneficiários recentemente diagnosticados, se ninguém tiver a responsabilidade de o fazer. A ferramenta é concebida para recolher informações sobre o beneficiário que ajudará a identificar e priorizar um plano de ação com base numa hierarquia de necessidades (ver Figura 1). Por exemplo, explique que as necessidades físicas imediatas, como segurança pessoal, têm normalmente precedência sobre as necessidades emocionais.

É fornecida uma ferramenta de admissão com o Folheto 13.2, Avaliação de Admissão. O formulário fornecido serve para guiar uma conversa, ao invés de servir como uma ferramenta de recolha de dados. A avaliação deve incluir informações sobre:

• Necessidades básica de saúde

• Transportes

• Alojamento

• Emprego

• Nutrição

• Estado de saúde atual

• Acesso e utilização dos cuidados de saúde (incluindo cuidados e tratamento do VIH)

• Comportamentos de risco do VIH e parceiros atuais

• Desafios psicossociais atuais ou recentes

• Questões atuais e recentes de abuso de substâncias

Cada beneficiário tem os seus próprios pontos fortes, recursos, necessidades e desafios. Quando abordados com perguntas pertinentes, os beneficiários são frequentemente capazes de identificar o que pode os pode impedir de aceder a serviços de VIH e a serviços relacionados. Na segunda reunião, pode trabalhar com o seu beneficiário para identificar as principais barreiras ao acesso de serviços clínicos e não clínicos e os facilitadores podem ajudá-lo a superar essas barreiras. Deve dar atenção às seguintes questões:

• O que é que o beneficiário já sabe?

• Quais são as atitudes e crenças do beneficiário?

• Quão preparado está o beneficiário para resolver os seus desafios/necessidades?

Pode usar as seguintes orientações para ajudá-lo na sua conversa:

Imagem 1. Hierarquia de Necessidades de Maslow

Imagem1.HierarquiadeNecessidadesdeMaslow

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1. Fazer perguntas em aberto sobre a perspetiva do beneficiário em relação à sua infeção e tratamento e o que precisa ou pode ter.

2. Gerir a quantidade de informação que o beneficiário pode/quer receber. (Os beneficiários que são diagnosticados apenas receberam um teste de despistagem do VIH potencialmente alterador de vida e podem estar a processar uma quantidade substancial de novas informações; podem se sentir sobrecarregados pelo excesso de informações.)

3. Fornecer informações em resposta a objetivos, preocupações e problemas discutidos.

4. Certificar-se de que o beneficiário entende o significado das informações fornecidas.

5. Realizar a avaliação de admissão (se não já realizada).

6. Trabalhar com o beneficiário para estabelecer prioridades de tratamento e cuidados com o VIH e agendar compromissos médicos e de testes de despistagem do VIH, conforme necessário.

7. Avaliar se o beneficiário tem um apoio social adequado.

8. Discutir outras opções e necessidades de referência.

9. Delinear um plano de ação para o futuro imediato (se já tiver sido determinado com o gestor de caso). Veja em seguida mais orientações sobre planeamento de ação.

10. Lidar com reações emocionais do beneficiário (e as suas próprias).

Modificado por: Quality Assurance Measures for Voluntary Counseling and Testing Services, IMPACT/AIDSMARK. Junho de 2001

Revisão do plano de ação

Avaliar as necessidades do beneficiário pode levar tempo, e alguns beneficiários podem sentir-se mais confortáveis em discuti-las depois das duas primeiras sessões. Na segunda ou terceira reunião, pode trabalhar com o seu beneficiário para desenvolver estratégias para garantir que pode aceder aos serviços necessários. As informações recolhidas durante a avaliação podem auxiliar diretamente o desenvolvimento de um plano de ação. O Folheto 13.3, Ferramenta de Plano de Ação fornece uma estrutura para identificar todas as possíveis necessidades de um beneficiário. O navegador, em conjunto com o seu beneficiário, pode priorizar as necessidades que devem ser tratadas imediatamente e as que podem ser posteriormente resolvidas. Se está a desenvolver um plano de ação durante a sua segunda, terceira ou quarta visita, deve começar por rever a avaliação de admissão do seu beneficiário.

Durante o desenvolvimento do Plano de Ação, os navegadores devem apoiar o seu beneficiários, ajudando-o a identificar as suas próprias necessidades. Pode fazer sugestões, mas os objetivos e as priorizações devem basear-se na identificação e decisão do beneficiário. Em alguns casos, as barreiras e as necessidades do beneficiário podem estar pouco relacionadas com um teste de despistagem do VIH; os navegadores devem respeitar as escolhas dos beneficiários do serviço e fazer o seu melhor para os apoiar. Devem ajudar cada beneficiário a desenvolver objetivos e metas realista a curto e longo prazo e determinar as medidas adequadas e prazos para os atingir. O navegador e o beneficiário podem discutir os possíveis obstáculos para alcançar estas metas e objetivos e planear formas de os superar.

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Vínculo com cuidados e tratamento

Uma das suas principais funções é ajudar a garantir que os seus beneficiários estão vinculados de uma forma eficaz a serviços de cuidados e de tratamento. O vínculo aos serviços devem seguir os procedimentos de operação padrão (SOP) para o seu programa. Deve, no mínimo, assegurar que os seus beneficiários:

• Tenham os compromissos necessários de diagnósticos e médicos agendados

• Estejam cientes do local dos seus compromissos, quem irão encontrar e o que será feito

• Tenham formas para comparecer aos seus compromissos a horas, incluindo transporte, tempo fora do trabalho e, se necessário, uma creche

• Sejam lembrados dos seus compromissos, 24 horas antes de ocorrem

• Comparecerem aos seus compromissos a horas apropriadas

• São contactados (no espaço de 24 horas) sobre consultas a que não compareceram

O plano de ação que desenvolve com o seu beneficiário pode resolver possíveis obstáculos para estes compromissos iniciais. O aconselhamento de adesão e abordar questões complexas como a violência com base em género e saúde mental, serão discutidos em outras sessões.

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AÇÃO

DE

PARE

S

FOLHETO 13.3 RECURSO DE PLANO DE AÇÃOL1

Que problemas que devem ser abordados foram identificados pelo beneficiário para assegurar que ele/ela pode aderir eficazmente ao seu regime de tratamento e manter uma vida positiva?

□ Cuidados de saúde e/ou ajuda médica (saúde geral, dentária, ocular...etc.) ________

□ Alimentação/nutrição

□ Resposta à e/ou prevenção de violência

□ Aconselhamento de saúde mental

□ Adesão (consumo apropriado da medicação de VIH) e/ou monitorização de carga viral/CD4

□ Tratamento e cuidados de VIH

□ Transportes

□ Serviços de abuso de substâncias

□ Assistência financeira

□ Alojamento

□ Emprego/rendimento

□ Aptidão física

□ Educação

□ Vestuário

□ Serviços legais

□ Opções de saúde complementares (tratamentos tradicionais, acupuntura, massagem, terapia erval, etc.)

□ Outros serviços ____________________

Referências imediatas:

Necessidades/Objetivos Prioritários:

1Deve ser concluído em conjunto com as Etapas de Vida da Recurso de Adesão a terapia antiretroviral (TARV)

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AÇÃO

DE

PARE

S

O beneficiário irá... Data de Conclusão O navegador irá... Data de Conclusão

1. 1.

2. 2.

3. 3.

O que poderia tornar difícil alcançar os meus objetivos:

O meu plano para superar estas dificuldades inclui:

A minha confiança que possa atingir o meu objetivo:

1 2 3 4 5

Não confiante Neutro Muito Confiante

A Próxima Consulta

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112

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AÇÃO

DE

PARE

S

FOLHETO 14. O PACOTE MÍNIMO DE SERVIÇOS O pacote mínimo de serviços que pode ocorrer durante uma sessão de apoio e cuidados:

• Construção da relação: Procure sempre estabelecer um bom relacionamento com o beneficiário. O estabelecimento de um bom relacionamento é muito importante para o sucesso da relação, particularmente durante as primeiras visitas.

• Educação de saúde geral: Ajudar a melhorar o conhecimento do beneficiário sobre os fatores associados com a sua própria saúde. Por exemplo, se um beneficiário informar que tem uma doença crónica, como diabetes ou asma, pode partilhar informações sobre essa condição.

• Aconselhamento e educação no VIH: Fornecer educação sobre o VIH, por exemplo como o vírus é transmitido, gestão da medicação e a forma como lidar com questões psicossociais de viver com o VIH.

• Treino em comunicação com prestadores de serviços e médicos: Fornecer informações sobre como e onde procurar uma consulta. Ajudar os indivíduos a se tornarem autossuficientes, autónomos e proativos na busca de cuidados e responder às suas necessidades e comunicar clara e assertivamente com os seus prestadores de serviços.

• Apoio aos beneficiários do serviço na adesão aos seus regimes de tratamento: Apoiar o beneficiário a ter uma autoeficácia na adesão ao tratamento através da abordagem Etapas de Vida. Pode combinar aconselhamento, objetivos, dicas e estratégias, incluindo avaliação e revisão do plano de adesão ao tratamento e/ou entrega de medicação. Pode auxiliar o beneficiário a se juntar a um grupo de apoio de pares. Os navegadores podem fornecer conselhos práticos sobre medicação, sugestões, lembretes e ferramentas organizacionais com as quais trabalharam pessoalmente ou terceiros.

• Lembrete de compromisso: Entrar em contato com os beneficiários do serviço para os recordar de uma próxima reunião agendada ou um próximo encontro com outros serviços. Use o método de contato preferido do beneficiário.

• Acompanhar os beneficiários aos compromissos: O acompanhamento pode incluir consultas para cuidados do VIH, tratamento do abuso de substância, saúde mental, exames médicos, diagnósticos ou serviços de apoio social a violência baseada no género, legais ou outras questões.

• Apoio para saúde positiva, dignidade e prevenção: Ajudar a aumentar a autoestima, confiança e capacidade dos beneficiários do serviço em tomarem conta de si próprios e evitar transmitir o VIH a terceiros.

• Fornecimento de produtos: Fornecer preservativos, lubrificantes e equipamentos de injeção estéril, como necessário. Os navegadores devem, sempre que possível, estabelecer vínculos com intervenções apoiados por doadores para uma previsão das necessidades de preservativos, lubrificantes, agulhas, seringas e assegurar a disponibilidade de um fornecimento regular através de distribuição gratuita, marketing social ou outras formas em estabelecimentos comuns e locais de prestação de serviço.

• Ajuda com subsídios sociais: Auxiliar os beneficiários do serviço na compreensão e aplicação de subsídios sociais aplicáveis, oportunidades de bem-estar e outros possíveis apoios.

• Ajuda com serviços legais: Auxiliar os beneficiários na identificação e a entrar em contato com indivíduos e agências de serviço jurídico, como apropriado.

• Resposta a crises: Ajudar os beneficiários a obter serviços imediatos (saúde, habitação ou saúde mental). Nota: os navegadores não têm como objetivo, nem são formados para, agirem como linhas diretas ou gestores de crise para os beneficiários e devem desencorajar os beneficiários do serviço a assumirem ou agirem como se o fossem. (Os limites devem ser esclarecidos desde o início.) No entanto, pode haver situações em que um beneficiário entra em contato com um navegador para assistência de emergência e o navegador pode ajudar a conectar a ele ou ela a ajuda apropriada.

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AÇÃO

DE

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S

FOLHETO 15. PREVENÇÃO, DIGNIDADE E SAÚDE POSITIVA

Abordagens de Prevenção, Dignidade e de Saúde Positivas procuram aumentar a autoestima, confiança e a capacidade dos indivíduos com VIH de cuidarem de si próprios e evitar transmitir o VIH a outros. A perceção de risco pode ser alterada após melhorar a sua situação de saúde; o reforço das mensagens de prevenção é uma parte importante do trabalho com os beneficiários VIH positivo. Os acompanhantes de pares devem fornecer informações precisas aos seus beneficiários sobre:

• Risco de transmissão sexual

• Métodos adequados de proteção e fornecimento de suprimentos, incluindo:

▶ Preservativos e lubrificantes

▶ Seringas e agulhas limpas

• Serviços disponíveis incluindo:

▶ Tratamento antiretroviral — A Organização Mundial da Saúde recomenda que indivíduos com VIH devem começar o tratamento assim que possível.

▶ Apoio psicossocial de funcionários com formação

▶ O encaminhamento para outros serviços relevantes na comunidade (prevenção e apoio para prevenção e resposta a violência, reabilitação de drogas/álcool, diagnóstico e tratamento de infeções sexualmente transmissíveis, saúde mental)

Casais serodiscordantes

Um casal serodiscordante significa que uma pessoa está infetada e a outra não. Os casais serodiscordantes devem ter informações sobre as suas opções de redução de riscos e os acompanhantes de pares podem ter uma função importante a ajudar os casais a evitarem uma infeção posterior. Os navegadores devem estar cientes de que alguns indivíduos podem ser relutantes em participar no aconselhamento com um parceiro, e pode levar algum tempo e apoio adicional para envolver os parceiros. Também devem estar cientes de que muitos casais enfrentam desafios em manter o uso de preservativo consistente durante períodos quando a carga viral ainda é detetável no indivíduo infetado. Para mais informações sobre a prevenção do VIH para casais serodiscordantes, consulte a nota de rodapé 1.1

Para parceiros de indivíduos que injetam medicação, é importante desenvolver um plano para uma injeção segura (incluindo equipamento de injeção para diabéticos e para mulheres transexuais que injetam hormonas). Indivíduos que injetam substâncias também devem desenvolver planos de redução do risco de transmissão sexual com os seus parceiros. Para mais informações sobre a prevenção do VIH para consumidores de droga e os seus parceiros, consulte a nota de rodapé 2. 2

1 http://www.catie.ca/en/pif/spring-2015/VIH-prevention-within-serodiscordant-couples-changing-paradigm 2https://www.cdc.gov/globalaids/resources/prevention/docs/toolkit-for-implementing-programs-for-people-who-use-drugs.pdf

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AÇÃO

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S

A importância de uma carga viral indetetável

É importante que os navegadores promovam os benefícios individuais e comunitários dos seus beneficiários para alcançar e manter uma carga viral indetetável. Os navegadores podem querer considerar as seguintes mensagens de encorajamento e precaução::3

• Pode viver uma vida mais saudável e mais longa. . Usar o procedimento do TARV para obter uma carga viral indetetável significa que existe menos VIH no seu corpo. Menos VIH significa menos danos ao seu sistema imunológico, permitindo que fique mais saudável e viva mais tempo.

• Pode reduzir o risco de transmissão do VIH. Os estudos têm demonstrado que indivíduos que vivem com VIH e que usam o TARV podem reduzir a probabilidade de transmitir o vírus aos seus parceiros VIH negativo de 92 a 96 porcento. Portanto, quantos mais indivíduos estiverem em tratamento eficaz e com o seu vírus controlado, mais novas infeções de VIH são impedidas.

• "Indetetável" não significa "curado". Uma carga viral indetetável significa que existem poucas cópias do vírus presentes no sangue que os testes de monitorização atuais são incapazes de o detetar. No entanto, mesmo com uma carga viral indetetável, um indivíduo VIH positivo ainda tem o vírus.

• Não é impossível transmitir o VIH. A sua carga viral pode variar entre testes de monitorização. Isto pode acontecer sem motivo conhecido ou quando tiver uma infeção sexualmente transmissível, como clamídia ou gonorreia, ou quando não toma as doses do TARV. A chance de transmitir o vírus pode ser maior durante estes momentos da carga viral. Além disso, os testes de carga viral monitoram somente a quantidade de VIH no sangue, não a quantidade no sémen ou fluido vaginal. Ainda não é conhecido quanto vírus precisa de estar presente nos fluidos corporais para ser possível uma transmissão.

Serviços adicionais

Além de apoio em cuidados clínico, no TARV e psicossocial, os navegadores também devem ajudar os beneficiários a aceder aos outros serviços relevantes na comunidade, incluindo a prevenção e apoio à violência e doméstica, e com base em género, na reabilitação de drogas/álcool tratamento e diagnóstico de ITS, apoio legal e de órfãos e crianças vulneráveis.

PrEP and PEP

Os navegadores devem estar familiarizados com a PrEP (profilaxia de pré-exposição) e PEP (profilaxia pós-exposição). São métodos de prevenção de VIH que incluem o consumo de medicamentos antirretrovirais antes do teste de despistagem do VIH. Estes tratamentos podem não estar disponíveis em todas as áreas.

A PrEP é cada vez mais recomendada para quem tem um alto risco de contrair VIH. Engloba uma pílula diária que consista de dois medicamentos antirretrovirais que impedem que o indivíduo contraia VIH.

A PEP é usada por indivíduos que tenham experienciado uma exposição de alto risco. Envolve tomar uma combinação de três medicamentos logo que possível após a exposição (preferencialmente dentro de duas horas e antes de 72 horas). Os regimes e diretrizes podem variar por país, estado ou instalação. É importante que o navegador compreenda a diretiva da área/instalação onde trabalha.

3http://betablog.org/fact-sheet-undetectable-viral-load/

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AÇÃO

DE

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S

FOLHETO 16. INTRODUÇÃO AO TRATAMENTO ANTIRETROVIRAL

Visão geral do tratamentoTARV significa "Terapia Antiretroviral." Envolve tomar uma combinação de medicamentos para o VIH (chamado de regime do VIH) todos os dias. Embora não haja cura para o VIH, o TARV pode ajudá-lo a viver uma vida mais longa e mais saudável e reduzir o risco de transmissão do VIH quase a zero, se eficaz.

Existem atualmente cinco classes diferentes de aprovados medicamentos para o VIH. Cada uma ataca o vírus em pontos diferentes do seu ciclo de vida. As pessoas recebem geralmente três medicamento diferentes de duas classes diferentes. É fundamental um regime de três medicamentos para um tratamento eficaz do VIH; tomar apenas um medicamento tem pouco efeito para impedir que o VIH o prejudique.

Tomar mais de um medicamento também protege contra a resistência de medicamentos do VIH. Quando o VIH se reproduz, pode fazer cópias de si mesmo que são imperfeitas — e estas mutações podem não responder aos medicamentos que toma para controlar o VIH. Quando toma três tipos diferentes de medicamentos, o VIH no seu corpo terá menos provável de fazer novas cópias mutantes que resistem aos seus medicamentos para o VIH. Hoje, a maioria das clínicas podem oferecer três medicamentos num único comprimido.

Como funcionam os medicamentos do VIH: tipos principais de medicamentos Como todos os seres vivos, o VIH precisa de se reproduzir para sobreviver. O VIH reproduz-se dentro de células CD4 do corpo, que envolve diversas fases. Os medicamentos do VIH funcionam ao interferir com algumas dessas fases.

CLASSES DE MEDICAMENTOS APROVADOS

Inibidores de entradaOs inibidores de ligação bloqueiam a conexão do VIH à célula CD4. O T-20 é um tipo de inibidor de ligação chamado de inibidor de fusão.

Os inibidores do CCR5 bloqueiam a ligação a um coreceptor chamado de CCR5.

Os PIS impedem que o VIH seja cortado em proteínas menores e de ser reagrupados em novas partículas infeciosas.

Estes tipos de medicamentos bloqueiam a mudança do VIH de um único filamento de ARN, para uma cadeia dupla de ADN.

Nuclear e não-nuclear (NRTIs e NNRTIs)

Inibidores de Integrase (INIs)Os INIs bloqueiam a integração do VIH no ADN da célula

Inibidores de Protease (Pis)

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AÇÃO

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S

Diferentes medicamentos funcionam em diferentes fases do ciclo de vida do VIH. O VIH utiliza células CD4 como fábricas para fazer centenas de cópias de si mesmo.

• Os inibidores de entrada funcionam, impedindo que o VIH entre na célula CD4.

• O trabalho nuclear e não-nuclear funciona parando dentre o principais formas VIH de se reproduzir no interior da célula CD4.

• Os inibidores de integrase funcionam impedindo que o VIH seja integrado no ADN da célula CD4 (material genético).

• Os inibidores da protease impedem que qualquer novo VIH seja cortado em proteínas menores e mais gerenciáveis.

• Os inibidores de germinação e maturação impedem que qualquer novo VIH seja capaz de continuar para infetar outras células CD4. Nenhuma destas formas está atualmente aprovada.

Diretrizes do país local para iniciar o tratamento

Consulte os funcionários do programa ou clínica local para uma visão geral dos regimes específicos dos medicamentos usados no contexto do país onde está a receber a formação, e para descobrir se o programa usa as etapas WHO ou a orientação WHO mais recente sobre a iniciação imediata de tratamento para todos os que são diagnosticados.

Diagnósticos TARV

Os seguintes testes de diagnóstico podem ser disponíveis/prescrito para os seus beneficiários após um diagnóstico positivo. Esta informação ajudará a saber quais os tipos de testes que serão usados.

• Teste de CD4 — envolve obter uma amostra de sangue e a contagem do número de células do sistema imunológico específico, para verificar como o sistema imunológico do corpo está a funcionar depois que ter sido infetado com o VIH. Em certos países que ainda não estão a implementar o teste e o início (no qual todos os diagnósticos positivos, iniciam o tratamento assim que possível), este teste pode ser usado para determinar quando os clientes devem ser iniciar o tratamento.

• Teste de carga viral — usa uma amostra de sangue para medir a quantidade de VIH no sangue de um individuo, para verificar se o TARV está a funcionar. Em geral, a carga viral será declarada "indetetável", se for abaixo das 40 a 75 cópias numa amostra de sangue. Mesmo se o teste de carga viral determinar que o vírus é "indetetável", ou com uma quantidade demasiado baixa para contar, um cliente diagnosticado com o VIH, terá este vírus durante toda a vida, e há sempre a possibilidade de o transmitir a terceiros. Os programas variam em termos da frequência e pontos no tempo, aquando o teste das cargas virais. Consulte o seu supervisor de programa para aprender mais sobre o quão frequentemente os seus beneficiários deverão se submeter a testes de carga viral.

• Teste de creatinina — o teste de creatinina avalia a função renal antes do início do TARV.

• Podem ser necessários outros testes antes e depois que um cliente ter iniciado o TARV. As diretrizes e as instalações de saúde do país local terão mais informações sobre esse tópico.

1 http://betablog.org/fact-sheet-undetectable-viral-load/

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AÇÃO

DE

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S

A importância de uma carga viral indetetável

É importante que promova os benefícios individuais e comunitários dos seus beneficiários para alcançar e manter uma carga viral indetetável. Pode querer considerar as seguintes mensagens de encorajamento e precaução:1

• Pode viver uma vida mais saudável e mais longa. Usar o procedimento do TARV para obter uma carga viral indetetável significa que existe menos VIH no seu corpo. Menos VIH significa menos danos ao seu sistema imunológico, permitindo que fique mais saudável e viva mais tempo.

• Pode reduzir o risco de transmissão do VIH. Os estudos têm demonstrado que indivíduos VIH positivo e que usam o TARV podem reduzir a probabilidade de transmitir o vírus aos seus parceiros VIH negativo de 92 a 96 porcento. Portanto, quantos mais indivíduos estiverem em tratamento eficaz e com o seu vírus controlado, mais novas infeções de VIH são impedidas.

• "Indetetável" não significa "curado". Uma carga viral indetetável significa que existem poucas cópias do vírus presentes no sangue que os testes de monitorização atuais são incapazes de o detetar. No entanto, mesmo com uma carga viral indetetável, um indivíduo VIH positivo ainda tem o vírus.

• Ainda é possível transmitir o VIH. A sua carga viral pode variar entre testes de monitorização. Isto pode acontecer sem motivo conhecido ou quando tiver uma infeção sexualmente transmissível, como clamídia ou gonorreia, ou quando não toma as doses do TARV. A chance de transmitir o vírus pode ser maior durante estes momentos da carga viral. Além disso, os testes de carga viral monitoram somente a quantidade de VIH no sangue, e não a quantidade no sémen ou fluido vaginal. Ainda não é conhecido quanto vírus precisa de estar presente nos fluidos corporais para ser possível uma transmissão.

Efeitos secundários da medicação

Após iniciar o TARV, alguns indivíduos têm dores de cabeça, problemas estomacais, fadiga ou dores. Estes efeitos secundários geralmente desaparece no espaço de alguns dias a um mês. As reações graves ou anormais que aparecem depois de iniciar ou alterar uma medicação, devem ser imediatamente comunicadas a um provedor.

Os efeitos secundários a curto prazo podem incluir: anemia (anormalidade nas células vermelhas do sangue), diarreia, tonturas, fadiga, dores de cabeça, náuseas e vómitos, dores e problemas nervosos e erupção cutânea.

Os efeitos secundários a longo prazo podem incluir: lipodistrofia (um problema da forma como o corpo armazena e redistribui a gordura), resistência à insulina (pode resultar em anormalidades nos níveis de açúcar no sangue e, possivelmente, diabetes), anomalias lipídicas (aumento de colesterol ou triglicérides), diminuição da densidade óssea e acidose láctica (um acúmulo de lactato, produto de resíduos celular no organismo que pode causar problemas que vão desde dores musculares até insuficiência hepática).

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FOLHETO 17. ADESÃO AO TRATAMENTO — A ABORDA-GEM DE ETAPAS DA VIDA

Adesão ao tratamento" significa o consumo da medicação do VIH quando e como suposto. A adesão é importante porque afeta a forma como os medicamentos para o VIH diminuem a sua carga viral. O quão mais uma carga viral inferior for, o mais saudável será. Deve ser feita uma aderência total para combater o VIH com êxito. Isto significa tomar a dose prescrita da medicação ao mesmo tempo, todos os dias, pelo menos 95% do tempo.

O apoio e aconselhamento de adesão é uma das funções mais importantes dos acompanhantes de pares.

A aderência também ajuda a prevenir a resistência aos medicamentos. Se pular uma dose da sua medicação, o vírus pode começar a produzir mais de si mesmo. Ao pular muitas doses, pode desenvolver estirpes de VIH resistente aos medicamentos que atualmente consome — e possivelmente até mesmo a medicamentos que ainda não consumiu. Tal situação resultará em menos opções de tratamento. Quando um indivíduo desenvolve uma desenvolve resistência à sua primeira linha de tratamento, pode ser alterado para um regime de TARV de segunda linha; no entanto, mudar para uma terceira linha de tratamento pode não ser eficaz.

Etapas de Vida para a Adesão

A abordagem de Etapas de Vida fornece uma maneira sistemática para apoiar o seu beneficiário a identificar as barreiras para a adesão e desenvolver um plano e um plano de apoio para responder a estas barreiras aquando o seu surgimento. Existem 13 etapas que se concentram em enfrentar os obstáculos comuns durante a adesão. Pode enfrentar estas numa sessão de terapia longa (uma a três horas), ou ao longo de várias sessões. Por favor consulte o manual de Etapas de Vida para obter instruções completas sobre o desenvolvimento e manutenção dos planos para cada beneficiário.

Etapa de Vida1 Educar em relação à adesão.2 Plano de transporte para a clínica.3 Plano para manter as datas de consulta e obtenção de medicação.4 Formular uma agenda diária de medicação.5 Plano para armazenar medicamentos.6 Plano para a obtenção de medicamentos quando fora de casa.7 Identificar apoios sociais.8 Identificar a motivação para a adesão e criar uma associação com lembretes.9 Plano para lidar com os efeitos secundários da medicação.

10 Plano de comunicação com a equipa de tratamento.11 Preparação para o consumo da medicação quando o indivíduo consome substâncias (por exemplo,

drogas, álcool).12 Preparação para lidar com deslizes na adesão.13 Rever todos os planos.

Cada Etapa de Vida segue um formato típico, conhecido como A-B-C:

A. Identificar o objetivo da adesão.

B. Identificar as barreiras para atingir o objetivo.

C. Traçar um plano e um plano auxiliar para superar a barreira.

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FOLHETO 18.1 CUIDADOS DIFERENCIADOS JUMBLE

Cuidados diferenciados para indivíduos que vivem com VIH positivo, mas ainda não iniciaram o TARV

Beneficiários de serviços Novos e existentes

Necessidade reduzida Necessidade elevada

Cuidados diferenciados para beneficiários do TARV

Beneficiários de serviço Novos

TARV estável/ Necessidade reduzida

TARV instável/ Necessidade elevada

Beneficiários de serviço existentes

TARV estável/ Necessidade reduzida

TARV instável/ Necessidade elevada

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AÇÃO

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Após 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente 1 vez a cada 3 meses.

Referir os beneficiários de serviço com efeitos secundários a um prestador de serviços clínicos; reavaliar o estado de saúde logo após a referência.

A cada 6 meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente.

1-2 Meses (ou 3 se necessário): Acompanhamento por telefone ou pessoalmente a cada 1-2 semanas.

Até a iniciação do TARV: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente pelo menos 1 vez por mês após as reuniões iniciais e classificar se o cliente está definido como com necessidade reduzida.

Até a iniciação do TARV: Tente acompanhar sempre que necessário para garantir que as necessidades básicas são correspondidas e o beneficiário não está perdido para realizar a verificação (ou seja, semanalmente).

Ligar ao beneficiário 1 dia antes da cada compromisso; ligue 24 horas depois de um compromisso perdido para reagendar/apoiar.

Ligar ao beneficiário 1 dia antes da cada compromisso (acompanhe se necessário); ligue 24 horas depois de um compromisso perdido para reagendar/apoiar.

Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4. Referir os beneficiários de serviço com efeitos secundários a um prestador de serviços clínicos; reavaliar o estado de saúde logo após a referência.

Ligar ao beneficiário não dia anterior a cada data de compromisso.

Após 2 ou 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente 1 vez a cada 2-3 meses até o beneficiário ter 2 medidas consecutivas de carga viral indetetável.

Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4.

Objetivo: 2 medidas consecutivas de virais indetetáveis

Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4.

Objetivo: 2 medidas consecutivas de virais indetetáveis

1-3 meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente 1 vez por mês após as reuniões iniciais.

1-3 meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente a cada 1-2 semanas; fornecer o acompanhamento aos compromissos como necessário.

Ligar ao beneficiário não dia anterior a cada data de um compromisso; Ligue 24 horas depois de um compromisso perdido.

Após 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou pessoalmente 1 vez a cada 2-3 meses

Ligar ao beneficiário não dia anterior a cada data de um compromisso; Ligue 24 horas depois de um compromisso perdido.

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FOLHETO 18.2 FORNECIMENTO DE SERVIÇOS DIFERENCIADOS

A prestação de serviços diferenciados é uma abordagem centrada no cliente, que simplifica e adapta os serviços para refletirem as preferências e expectativas de cada beneficiário, reduzindo os encargos desnecessários no sistema de saúde. Ao fornecer serviços diferenciados, os programas podem concentrar-se nos recursos mais necessários para os beneficiários e fornecer cuidados individualizados a todos os beneficiários.

Dependendo dos recursos e da política local, alguns beneficiários podem estar em tratamento, enquanto outros podem ainda não estar. O apoio necessário dos beneficiários também varia. Alguns exigirão um suporte mínimo, se existirem, e podem ser classificados como com uma necessidade reduzida. Outros podem exigir um apoio mais intenso e/ou frequente e podem ser classificados como com uma necessidade elevada. A determinação da classificação de um indivíduo com uma necessidade elevada versus uma necessidade reduzida baixo-contra alta-necessidade pode ser feita durante a avaliação de admissão com base no desenvolvimento de planos de ação individuais. As necessidades podem aumentar ou diminuir ao longo do tempo, dependendo das questões emergentes ou mudanças nas circunstâncias.

Beneficiários que ainda não iniciaram o TARV

Os beneficiários que ainda não aderiram à Terapia Anti-retroviral (TARV) podem experienciar diversos problemas que devem ser abordados para os ajudar a gerir um teste de despistagem do VIH, saúde e circunstâncias relacionadas. Por exemplo, um beneficiário que ainda não iniciou o TARV pode ser classificado como tendo uma necessidade elevada se for dependente de uma substância, sem abrigo, enfrente violência, desnutrido, desempregado ou com dificuldades em marcar consultas. Os beneficiários com uma necessidade elevada podem ter de se encontrarem mais frequentemente com os acompanhantes de pares e podem exigir várias referências e acompanhamentos ou uma verificação frequente.

Beneficiários do TARV

Da mesma forma, os beneficiários do TARV podem ter diversas necessidades, dependendo das suas circunstâncias. A World Health Organization (WHO) desenvolveu um sistema de classificação para os indivíduos em tratamento que determina se o seu tratamento é estável (necessidade reduzida) ou instável (necessidade elevada).

A WHO define os indivíduos aderentes ao TARV como estável se tiverem TODAS as características seguintes.1

• Aderente ao TARV durante pelo menos um ano, E

• Sem reações adversas a medicamentos que exija um acompanhamento regular, E

• Sem doenças ou gravidez atual, E

• Boa compreensão sobre adesão vitalícia, E

• Prova um tratamento com sucesso: Duas medidas consecutivas de carga viral indetetável (ou, na ausência de monitorização da carga viral, aumento da contagem de CD4 ou contagem de CD4 acima de 200 células/mm3 e medidas objetivas de adesão)

1 Waldrop G, et al. Pacientes estáveis e pacientes com doença avançada: definições de consenso para apoiar a escala sustentada da terapia antiretroviral. Trop Med Int Health 2016;21(9):1124-30. doi: 10.1111/tmi.12746.

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AÇÃO

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SA WHO define os indivíduos em tratamento TARV como instável se tiverem as características seguintes:

• Contagem de CD4 < 200 CD4 células/mm3 OU Fase 3 e 4 da WHO a definir a doença

Pode ter um misto de beneficiários novos e aqueles já envolvidos na rede de serviço. Entre esses indivíduos, alguns não estarão em tratamento por diversas razões, e alguns irão iniciar o tratamento. As tabelas abaixo fornecem direções recomendadas sobre a frequência e os tipos de apoio que os beneficiários novos e os já existentes podem exigir, com base nos resultados do tratamento instável versus estável e necessidade elevada ou reduzida. Os facilitadores devem consultar as diretrizes nacionais para adaptarem estes SOP ao contexto local.

TABELA 2. ABORDAGEM DE CUIDADOS DIFERENCIADOS PARA BENEFICIÁRIOS DE SERVIÇOS NOVOS E EXISTENTES NO TARV

Abordagem de cuidados diferenciados para beneficiários com VIH mas que ainda não iniciaram o TARV

Beneficiários de serviços

Novos e existentes

Necessidade reduzida Necessidade elevada

Até a iniciação do TARV: Acompanhamento por

telefone ou pessoalmente pelo menos 1 vez por mês

após as reuniões iniciais e classificar o cliente como

com necessidade reduzida.

Até a iniciação do TARV: Tente acompanhar sempre

que necessário para garantir que as necessidades

básicas são correspondidas e o beneficiário não

está perdido para realizar a verificação (ou seja,

semanalmente).

Ligar ao beneficiário 1 dia antes da cada compromisso;

ligue 24 horas depois de um compromisso perdido

para reagendar/apoiar.

Ligar ao beneficiário 1 dia antes da cada compromisso

(acompanhe se necessário); ligue 24 horas depois de

um compromisso perdido para reagendar/apoiar.

Cuidados diferenciados para beneficiários do TARV

Beneficiários

de serviço novos

TARV estável/Necessidade reduzida TARV instável/Necessidade elevada

1-3 meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente 1 vez por mês após as reuniões iniciais.

1-3 meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente a cada 1-2 semanas; fornecer o

acompanhamento aos compromissos como necessário.

Após 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente 1 vez a cada 3 meses.

Referir os beneficiários de serviço com efeitos

secundários a um prestador de serviços clínicos;

reavaliar o estado de saúde logo após a referência.

Ligar ao beneficiário no dia anterior a cada data

de um compromisso; Ligue 24 horas depois de um

compromisso perdido.

Após 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente 1 vez a cada 2-3 meses.

Ligar ao beneficiário no dia anterior a cada data

de um compromisso; Ligue 24 horas depois de um

compromisso perdido

Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4. Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4.

Beneficiários de serviço existentes

Objetivo: 2 medidas consecutivas de virais indetetáveis

Objetivo: 2 medidas consecutivas de virais indetetáveis

TARV estável/Necessidade reduzida TARV instável/Necessidade elevada

A cada 6 meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente.

1-2 Meses (ou 3 se necessário): Acompanhamento por

telefone ou pessoalmente a cada 1-2 semanas.

Ligar ao beneficiário no dia anterior a cada data de

compromisso.

Após 2 ou 3 Meses: Acompanhamento por telefone ou

pessoalmente 1 vez a cada 2-3 meses até o beneficiário

ter 2 medidas consecutivas de carga viral indetetável.

Acompanhamento de carga viral/diagnóstico CD4. Referir os beneficiários de serviço com efeitos

secundários a um prestador de serviços clínicos;

reavaliar o estado de saúde logo após a referência.

TABELA 1. ABORDAGEM DE CUIDADOS DIFERENCIADOS PARA BENEFICIÁRIOS DE SERVIÇOS NOVOS E EXISTENTES NO TARV

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AÇÃO

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HANDOUT19.1OpticalIllusion

FOLHETO 19.1 ILUSÃO DE ÓTICA

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AfirmaçãoVerdadeiro

(V)Falso

(F)

Sem informação

suficiente (?)1. Um homem apareceu depois do proprietário ter desligado as

luzes da loja.V F ?

2. O ladrão era um homem. V F ?

3. O homem não exigiu dinheiro. V F ?

4. O homem que abriu a caixa registadora foi o proprietário. V F ?

5. O proprietário agarrou o conteúdo da caixa registadora e fugiu. V F ?

6. Alguém abriu uma caixa registadora. V F ?

7. O homem que exigiu o dinheiro fugiu depois de ter pegado não conteúdo da, caixa registadora.

V F ?

8. A caixa registadora continha o dinheiro mas a história não refere quanto.

V F ?

9. O ladrão exigiu o dinheiro do proprietário. V F ?

10. A história diz respeito a uma série de eventos em que são referidas apenas três pessoas: o proprietário da loja, um homem que exigiu dinheiro e um membro da polícia.

V F ?

FOLHETO 19.2 FOLHA DE EXERCÍCIO CAIXA REGISTADORA

A HISTÓRIA

Um empresário tinha acabado de desligar as luzes numa loja quando apareceu um homem e exigiu dinheiro. O proprietário abriu uma caixa registadora. O conteúdo da caixa registadora foi levado pelo homem, que fugiu. Foi imediatamente notificado um membro da polícia.

Instruções: Leia as seguintes afirmações sobre a história e circule a resposta mais provável para cada uma.

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CAPACIDADE O QUE É? EXEMPLO

AFIRMAR

Questões abertas-fechadas

Escuta ativa

Não verbal

Expressar sentimentos e pensamentos

Comunicar sem fazer com que os outros se sintam "errados"

FOLHETO 19.3 CAPACIDADES DE COMUNICAÇÃO

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FOLHETO 19.4 TIPOS DE COMUNICAÇÃO

• Verbal — Comunicação através da linguagem

• Não-verbal — Comunicação para além da linguagem. As mensagens mais poderosas são frequentemente transmitidas através de dicas não-verbais, e não através de palavras. Setenta a 90 por cento da nossa comunicação é não verbal. Os exemplos de comunicação não-verbal incluem:

▶ Linguagem corporal (por exemplo, braços cruzados)

▶ Contato visual

▶ Tensão muscular (Os músculos do pescoço ou o maxilar estão tensos, os punhos cerrados?)

▶ Postura

▶ Maneirismos (por exemplo, mexer no cabelo, roer as unhas)

▶ Proxémica (distância quando comunicam. Nos EUA, as pessoas estão entre 18 polegadas a 2 pés uns dos outros; Ficamos desconfortáveis se esse limite for quebrado. A proxémica varia de cultura para cultura.)

• Para verbal — Comunicar não pelo que diz, mas como diz. Os exemplos de comunicação para verbal incluem:

▶ Tom de voz/qualidades de voz (a voz é monótona?)

▶ Taxa de expressão (fala rápido ou lento)

▶ Cadência/ritmo da voz

▶ Volume

▶ Inflexão

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FOLHETO 19.5 DEFINIÇÃO DE ESCUTA ATIVA — BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ

Escuta ativa

A escuta ativa é uma forma de se concentra inteiramente no que está a ser partilhado. Confirma a compreensão do conteúdo da mensagem e as emoções e sentimentos subjacentes da mensagem para assegurar que essa compreensão está correta.

Ouvir ativamente não é:

• Concordar rapidamente com um beneficiário antes de terminar o que está a dizer

• Julgar

• Fazer perguntas de seguimento que são sobre a sua própria informação

• Assegurar o beneficiário que a situação "não é assim tão má"

• Aconselhar com base na sua experiência pessoal e em profissionais

Barreiras à boa comunicação

• Ouvir é apenas parte da mensagem

• Não ouvir corretamente

• Ouvir com preconceito ou uma ideia específica

• Reagir emocionalmente

• Assumir

• Sotaques

• Barreiras físicas

• Barreias culturais

• Barreiras religiosas

• Barreira de tempo

• Distrações/interrupções

• Não esperar pela resposta/feedback

• Falta de sensibilidade a emoções

• Mau tom, volume ou enfase

• Acabar a frase da outra pessoa

• Não reconhecer os desejos, sentimentos, emoções e experiência do outro

• Saltar de tópico em tópico

• Ser falso

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FOLHETO 19.6 ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EFICAZES

• Fazer contato visual (como muitos sinais não-verbais, isto é culturalmente específico. Em algumas culturas, o contato visual direto é considerado um sinal de desrespeito.)

• Use a linguagem corporal atentamente: sente-se ligeiramente para a frente com uma postura relaxada.

• Tenha cuidado com os seus gestos.

• Mantenha-se no tópico.

• Não seja falso, seja quem é.

• Tenha uma sensibilidade cultural.

• Foque-se na outra pessoa.

• Determine o que a outra pessoa já sabe e preencha as lacunas.

• Sorria e acene.

• Não monopolize a conversa.

• Construa uma boa relação.

• Procure privacidade.

• Cria uma atmosfera sem distrações e interrupções.

• Seja caloroso e entusiasta.

• Mostre interesse.

• Aparente ser inteligente e alerta.

• Faça perguntas abertas.

• Use abordagens e capacidades de ouvir o que lhe é dito.

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FOLHETO 19.7ESTRATÉGIAS DE ESCUTA ATIVA

• Foque-se na outra pessoa.

• Use a linguagem corporal atentamente: sente-se ligeiramente para a frente com uma postura relaxada.

• Use dicas verbais como "hum-hmmm," "claro", "ah" e "sim."

• Faça perguntas abertas.

Use perguntas com propósito para obter uma resposta mais definitiva sobre o que faria com uma pergunta aberta.

Por exemplo:

Conselheiro: "Onde passa a maioria do seu dia?"

Cliente: "Não sei — é difícil dizer."

Questões com propósito: "Ok, por exemplo ontem. Foi um dia normal para si? O que fez de manhã?"

Use as perguntas da lista de limpeza para obter informações específicas sobre algo, fornecendo uma série de escolhas e para obter informações que ainda não conseguiu obter através das questões abertas ou com propósito.

Por exemplo:

Conselheiro: "Que efeitos secundários teve com os medicamentos do VIH que toma?"

Cliente: "Não tenho a certeza quais são da doença e os que são dos medicamentos."

Questão da lista de limpeza: É bom distinguir entre os efeitos secundários e os sintomas da doença, portanto permita-me listar os efeitos secundária causados por [NOME DO MEDICAMENTO]. Teve... [LISTA DE POSSÍVEIS EFEITOS SECUNDÁRIOS]...?"

Sonde para obter mais informações, usando perguntas abertas ou afirmações para obter informações adicionais.

Por exemplo: "Diga-me o que sabe sobre o VIH."

Faça perguntas esclarecedoras para ajudar a interpretar o que o outro indivíduo está a partilhar.

Por exemplo:

Cliente: "Oh, sabe que não tenho um endereço fixo. Vivo aqui e ali."

Afirmação esclarecedora: "Diga-me um pouco mais sobre o que quer dizer por aqui e ali."

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Parafraseie o que a outra pessoa disse.

Por exemplo:

Cliente: "Eu tenho tanta coisa para fazer — consultas médicas, trabalho, tomar conta das crianças. Não sei como vou conseguir."

Parafrasear: "Está a se sentir oprimido por todas as coisas que estão a acontecer na sua vida agora."

Imite ou reflita o que a outra pessoa disse.

Por exemplo:

Cliente: "Porque contaria a um dos meus parceiros que sou VIH positivo? Deixe-os descobrir da mesma forma que descobr — ao ficar doente."

Afirmação de imitação: "Parece que está com raiva porque ninguém o informou que foi exposto ao VIH."

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FOLHETO 19.8 QUESTÕES ABERTAS — FECHADAS — FOCADAS

As perguntas fechadas eliciam respostas de sim ou não. Começam por:

• Fez, Faz, São, Foi, Tem, Poderia, Seria e Teria

As perguntas abertas não podem ser respondidas por sim ou não. Começam por:

• Quem, O Quê, Quando, Onde, Porquê e Como

O objetivo das perguntas abertas é facilitar o compromisso com o cliente para seja honesto com o navegador. Usar tais perguntas pode ajudar a melhorar a relação entre o cliente e o navegador e ajudar o navegador a obter mais informações.

No exercício seguinte, torne as perguntas fechadas em perguntas abertas.

1. Fechada: Mora com alguém? Abrir: Conte-me sobre onde vive e com quem.

2. Fechada: Já esteve muito doente antes:

Abrir: __________________________________________________________________

3. Fechada: Trabalha?

Abrir__________________________________________________________________

4. Fechada: Teve efeitos secundários ao tomar a sua medicação?

Abrir __________________________________________________________________

Questões com propósito

Neste exercício, adicione uma pergunta com propósito que o acompanhante de pares (PN) possa usar para obter mais informações.

1. PN: Como passa a maioria do seu tempo?

Cliente: Não sei, é difícil dizer.

Questões com propósito: ________________________________________________________

2. PN: Com quem tem contato regularmente?

Cliente: Ah, acho que com algumas pessoas no abrigo e também com outras pessoas que encontro no café de vez em quando.

Questões com propósito: ________________________________________________________

3. PN: Como se tem sentido recentemente?

Cliente: Muito mal.

Questões com propósito: ________________________________________________________

4. PN: Que tipo de trabalho faz?

Cliente: Um pouco disto, um pouco daquilo. Luto. O que tiver de ser feito.

Questões com propósito: ________________________________________________________

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FOLHETO 19.9 PARAFRASEAR

Como fazê-lo?

Repita o significado do que o seu cliente diz, mas use palavras diferentes.Parafrasear deve começar com "Você" para refletir o que o cliente está a expressar.

1. Cliente: Não sei onde arranjei esta tosse horrível. Só fumo um cigarro depois de cada refeição.

Parafrasear: ______________________________________________________________

2. Cliente: Sinto-me pior quando faço exercício; prefiro não fazer nada.

Parafrasear: ______________________________________________________________

3. Cliente: Tive sempre cuidado. Não deveria ter contraído esta infeção. Culpo o meu namorado.

Parafrasear: ______________________________________________________________

4. Cliente: O meu patrão acabou de me despedir embora tenha sido apenas a segunda vez que me atrasei esta semana.

Parafrasear: ______________________________________________________________

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FOLHETO 20.1 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO ÚTIL

1. Usar o silêncio

2. Aceitar um SimSim Um Humm. Entendo o que disse.

3. Dar reconhecimento. É difícil falar com alguém que não conhece.

Olá Jane. Já falámos antes.

4. Oferecer Estarei lá às 3. Estou interessado no que tem a dizer.

5. Iniciar com algo amplo: Há algo que gostaria de falar?

Onde gostaria de começar?

6. Oferecer dicas gerais. Continue. E agora? Conte-me.

7. Colocar o evento numa sequência ou num momento

O que parece levar a...? Isto foi antes ou depois de...? Quando é que isto aconteceu?

8. Fazer comentários A sua voz parece estar a tremer quando fala sobre...Faz-me sentir desconfortável quando...

9. Incentivar a descrição de perceçõesDiga-me quando se sentir ansioso. O que está a acontecer. O que acontece quando ele perde o controlo?

10. Incentive a comparação Foi algo do tipo...? Teve experiências parecidas?

11. Volte a afirmar (especialmente útil quando não consegue identificar o sentimento)

Beneficiário: O meu advogado não acredita quando ele me bateu e eu estava grávida. Navegador: O meu advogado não acredita em mim.?

12. Concentração Este ponto parece-me algo em que nos deveríamos debruçar.

13. ExplorarConte-me mais sobre… Pode descrever melhor?=

14. Dar Informações A linha é respondida 24 horas por dia. O meu objetivo em estar aqui é...

15. Procure clarificação Não compreendo. O que pensa ser o principal do que me contou?

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FOLHETO 20.2 TRAVÕES DE COMUNICAÇÃO

1. Direcionar, ordenar: Dizer a alguém para fazer algo de uma forma que não lhe permite outra escolha.

2. Avisar, ameaçar: Dizer a outra pessoa que terão determinadas consequências se um comportamento continuar.

3. Lição de moral, pregação: Dizer a outra pessoa o que deve fazer.

4. Persuadir, discutir: Tentar influenciar outra pessoa com fatos, informações e lógica.

5. Aconselhar, recomendar: Fornecer respostas a um problema.

6. Avaliar, criticar: Dar uma interpretação negativa do comportamento de alguém.

7. Louvar: Dar uma interpretação positiva do comportamento de alguém.

8. Apoiar, simpatizar: Tentar fazer com que a outra pessoa não se sinta assim ou negar os sentimentos de alguém.

9. Diagnosticar: Analisar o comportamento de uma pessoa e dizer que já entenderam o comportamento..

10. Desviar, ignorar: Mudar de assunto ou não falar sobre o problema apresentado por outra pessoa.

11. Brincar, assediar: Tentar evitar falar sobre o problema através de risos ou tentar distrair a outra pessoa.

12. Superioridade: Tentar ter mais problemas que a outra pessoa, respondendo com um problema seu ainda pior.

13. Frases a Evitar: Os exemplos incluem: "Não se preocupe, podia ser pior." "Anime-se." "Porque é que se sente mal sobre isso?"

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FOLHETO 21. LISTA DE VERIFICAÇÃO DE ENTREVISTA

O entrevistador usou:

Questões abertas-fechadas? Sim _____ Não _____

Comentários __________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

Comunicação não verbal apropriada? Sim _____ Não _____

Comentários __________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

Parafrasear? Sim _____ Não _____

Comentários ___________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

Questões com propósito? Sim _____ Não _____

Comentários ___________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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FOLHETO 22.1 DIVULGAÇÃO

1. Uma boa experiência que tive ao divulgar a uma pessoa que tenho o VIH...

2. Uma má experiência que tive ao divulgar a uma pessoa que tenho o VIH...

3. Algo que faço bem ao decidir a quem contar...

4. Algo que vou mudar sobre divulgar o meu estado de VIH no futuro...

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FOLHETO 23.1 PREPARAR-SE PARA A DIVULGAÇÃO

"Divulgação" significa contar o seu estado de VIH a terceiros. A quem contar e como fazê-lo pode ser uma decisão pessoal e complexa.

Não existe uma forma ideal de contar a alguém, assim como não há nenhuma forma de avaliar a sua reação. Mas será útil fazer algumas perguntas a si mesmo antes de divulgar:

1. A quem quero contar e porque quero fazê-lo?

2. O que estou pronto a partilhar ou estão prontos para o ouvir?

3. Como é que a divulgação me irá afetar e às pessoas à minha volta?

4. Pense sobre as pessoas a que pode pedir apoio, como familiares, amigos ou colegas de trabalho.

5. Pense na relação com esses indivíduos e as vantagens e desvantagens de divulgar.

6. Determine as questões que possam ter, que poderão afetar o seu apoio. Por exemplo, o indivíduo tem algum problema de saúde? Posso confiar nesse indivíduo?

7. Observe a atitude e conhecimento desse indivíduo sobre o VIH. Tem alguns medos ou preconceitos sobre o VIH?

8. Pense na razão de querer divulgar a este individuo. Que tipo de apoio pode receber desse indivíduo?

9. Decida, para cada um, se essa pessoa deve saber agora, mais tarde, ou se talvez irá contar.

Decida a quem contar pode demorar o tempo que for.

Não há nenhuma forma correta.

É uma decisão pessoal somente sua.

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138

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DE

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FOLHETO 23.2 QUEM PRECISA SABER QUE É VIH POSITIVO

Não tem que contar a todos que tem o VIH. Deve contar às pessoas que pode ter exposto ao VIH, para que possam ser testados e procurar cuidados médicos, se necessário.

Essas pessoas poderiam ter sido contatos sexuais ou com quem partilhou agulhas. Se não quiser contar pessoalmente, este programa pode ajudá-lo a divulgar aos seus contatos sem usar o seu nome.

Em alguns países, existem leis que exigem que divulgue o seu status de VIH antes de se expor conscientemente ou transmitir o VIH a terceiros.

Tem de divulgar aos médicos e outros profissionais da saúde para garantir que recebe os cuidados apropriados. O seu médico também deve saber como foi infetado para determinar se está em risco de outras doenças, como a hepatite C para quem injeta drogas e outras doenças sexualmente transmissíveis, para mulheres que contraíram o VIH através de relações sexuais.

Quem não precisa de ter esta informação Não tem que contar ao seu empregador que tem o VIH. Se o fizer, lembre-se que, quando estiver a trabalhar, o seu empregador não pode legalmente discriminá-lo. Pode estar protegido por leis locais sob um os atos de deficiência ou outros.

A quem pode querer divulgar Os beneficiários optam, muitas vezes, por divulgar o seu estado à família e amigos. Para muitos, aqueles mais próximos podem proporcionar apoio emocional e prático.

Algumas pessoas decidem ser mais públicas e usar as suas histórias para ajudar terceiros através da comunicação social ou do governo. Outros podem divulgar para fins educacionais a vizinhos, membros da comunidade e grupos religiosos, estudantes e professores nas escolas, outros indivíduos com VIH ou a prestadores de cuidados de saúde.

Muitos encontram um senso de propósito e maior autoestima através de contar a sua história.

Pode querer considerar quanto da sua história está pronto para partilhar. Muitas pessoas quererão saber como contraiu o VIH. Se decidir não partilhar esta informação, tenha uma resposta pronta, como, "Isso importa?" ou simplesmente afirme que não está pronto para falar sobre isso.

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139

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AÇÃO

DE

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FOLHETO 23.3 DIVULGAÇÃO A ENTES QUERIDOS

Divulgação e relações

Pessoas que procuram relações têm dificuldades em saber quando divulgar. Devo contar no primeiro encontro ou apenas se a relação estiver a ficar séria? Embora não haja uma resposta correta, quanto mais tempo esperar, mais difícil a divulgação se torna.

Esteja ciente de que tantos os homens, como as mulheres, estão em risco de violência na divulgação do seu estado de VIH, especialmente mulheres grávidas. Se está preocupado que o seu parceiro se possa tornar violento, considere ter a discussão com um terceiro neutro presente: um navegador, um defensor de VIH ou um profissional de saúde.

Em relações próximas, e de acordo com os estudos, viver com um segredo, como o VIH, pode ser emocionalmente mais prejudicial do que a rejeição que poderia resultar da divulgação. Muitas pessoas que têm mantido o seu estado em segredo por muito tempo, afirmam sentir uma sensação de alívio depois de divulgarem. As organizações de base comunitária e outros locais de apoio psicossocial podem oferecer recursos para orientar os indivíduos através do processo de divulgação.

Divulgar a crianças

Para indivíduos que estejam a considerar contar aos seus filhos, é importante que se perguntem a si próprios o porquê de o querem fazer:

• Ficarão zangados por terem mantido um segredo?

• Suspeitam de algo?

• Está doente?

As crianças podem reagir à notícia de VIH na família de muitas maneiras diferentes. As crianças mais velhas podem ficar zangadas por ter mantido um segredo. As crianças mais jovens podem querer voltar a brincar com os seus brinquedos. As verdades parciais podem ser úteis ao contar a crianças. Pode decidir contar apenas da forma como considera apropriado para a sua idade.

Não se esqueça que as crianças também precisam de apoio. Se puder, dê-lhes um nome de outro adulto com quem possam falar — talvez uma tia ou um avô.

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violência; pense na sua segurança pessoal, especialm

ente se houver um

histórico de violência física na relação. Procure apoio e recursos antes de divulgar. Se antecipar um

a resposta violenta, deve atrasar a divulgação e reconsiderar. Em

tais situações, pode pedir ajuda a um

assistente social, gestor de casos de VH

ou acompanhante de pares a

identificar os recursos necessários.

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empregador. Considere as suas razões para

a divulgação e como afetaria o seu trabalho e a sua

saúde. A divulgação limitada pode ser o ideal para

si. Um

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falar e pedir ajuda, pode manter o VIH

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manter um

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Se necessário, considere formas de aum

entar as suas fontes de apoio, tais com

o grupos de apoio e atividades sociais ou voluntárias. M

uitas comunidades

oferecem um

a variedade de programas de apoio

social para aqueles que vivem com

o VIH.

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emoções para divulgar, pode ajudar a encontrar as

palavras certas. Anote-as e pratique algumas vezes.

Considere o seguinte:

• O

que mais precisa da pessoa a quem

está a contar? Pense com

o o facto dessa pessoa saber pode ajudar ou piorar a sua situação.

• A

quem se sente m

ais confortável a contar? Escolha alguém

que possa apoiá-lo sem

julgamento ao lidar com

os seus próprios sentim

entos.

• Esta pessoa irá respeitar a sua privacidade? Pense com

o essa pessoa lida regularmente com

as inform

ações confidenciais dos outros.

• Com

o irá reagir essa pessoa? Se houver probabilidades de ficar zangado, forneça inform

ações escritas sobre o VIH. D

iga à pessoa que o VIH

é uma doença controlável.

• O

nde será o melhor lugar para contar a

outra pessoa? Pode escolher um lugar que é

confortável e oferece bastante privacidade.

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• A sua saúde estiver em

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ente ao médico

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OA divulgação pode resultar em

violência; pense na sua segurança pessoal, especialm

ente se houver um

histórico de violência física na relação. Procure apoio e recursos antes de divulgar. Se antecipar um

a resposta violenta, deve atrasar a divulgação e reconsiderar. Em

tais situações, pode pedir ajuda a um

assistente social, gestor de casos de VH

ou acompanhante de pares a

identificar os recursos necessários.

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querer contar

ao seu

empregador.

No

entanto, os consultores jurídicos têm, m

uitas vezes, precauções sobre a divulgação das condições m

édicas a um

empregador. Considere as suas razões para

a divulgação e como afetaria o seu trabalho e a sua

saúde. A divulgação limitada pode ser o ideal para

si. Um

exemplo disto pode ser, "Tenho de ter alguns

intervalos, porque tenho que tomar m

edicamentos

em determ

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entos durante o dia."

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OIO

O apoio de terceiros é um

aspeto importante de viver

bem com

o VIH. Q

uando tem pessoas na sua vida, pode

falar e pedir ajuda, pode manter o VIH

em perspetiva e

manter um

estado de espírito positivo.

Se necessário, considere formas de aum

entar as suas fontes de apoio, tais com

o grupos de apoio e atividades sociais ou voluntárias. M

uitas comunidades

oferecem um

a variedade de programas de apoio

social para aqueles que vivem com

o VIH.

Pode querer evitar que o seu filho saiba por outra pessoa. Se decidir contar ao seu filho:

• Faça-o quando estiver em

ocional e fisicamente

estável para o ajudar a se ajustar.

• Partilhe inform

ações corretas, tanto verbais como

escritas, com base no que o seu filho sabe sobre

o VIH.

• Identifique outros indivíduos que possam

ajudar o seu filho.

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uando o seu filho está infetado:

• A divulgação aos funcionários da escola é um

a decisão individual, m

as pode prevenir uma

possível divulgação acidental do seu filho.

• A divulgação a um

a escola pode resultar na inclusão do estado de VIH

no registo escolar do seu filho (exceto se os registos m

édicos forem

mantidos separados).

• A divulgação à escola irá resultar na divulgação do estado de VIH

da mãe.

• A divulgação a "grupos de brincadeiras" ou am

igos pode resultar numa oportunidade de

compreensão e apoio.

• A divulgação a estes grupos pode resultar no m

esmo problem

a que na escola.

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AÇÃO

DE

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FOLHETO 26.1 LISTA DE VERIFICAÇÃO DE ACONSELHAMENTO DE ADERÊNCIA — INICIAL

Data:________________ Beneficiário UIC:__________________ DOB:___________________

Nome do Navegador:__________________________________

OBJETIVO: O objetivo desta lista de verificação é orientar os acompanhantes de pares que trabalham com beneficiários do serviço a apoiar a adesão aos seus regimes de tratamento e consultas clínicas e de testes de despistagem. Depois de executar as etapas iniciais desta página, os navegadores devem usar a Ferramenta de Aconselhamento de Adesão às Etapas de Vida (fornecida com o Guia de Implementação de acompanhamento por pares) com os seus beneficiários para desenvolver planos de ação detalhado para abordar os possíveis entraves à adesão. Pode usar a segunda página do guia quando/onde os navegadores/beneficiários não tiverem tempo suficiente para realizar o processo completo de desenvolvimento de um plano de ação de Etapas de Vida.

____ Estabelecer um bom relacionamento.

• Verificar o bem-estar do beneficiário.

• Discutir a manutenção de saúde e como é viver com o VIH; oferecer aconselhamento, conforme necessário.

• Enfatizar que o beneficiário pode fazer perguntas a qualquer momento.

____ Definir e discutir a adesão à medicação.

• Explicar que a adesão significa o nível de adesão de um indivíduo ao regime prescrito.

• Enfatizar o processo colaborativo e assumir um papel ativo no tratamento.

• Analisar a possibilidade da não-aderência levar à resistência do consumo de medicação.

____ Discutir o regime do TARV do beneficiário.

• Rever a prescrição e a orientação do médico.

____ Discutir os efeitos secundários possíveis.

• Rever as expectativas dos efeitos secundários; Enfatizar que normalmente diminuem com o tempo.

____ Discutir a importância de uma comunicação clara com o médico do beneficiário.

• Enfatizar a importância de uma comunicação contínua sobre os efeitos secundários.

• Rever a importância de fazer perguntas para que seja possível fazer as melhores decisões sobre a medicação.

____ Implementar a Ferramenta de Aconselhamento de Aderência de Etapas de Vida.*

*Se não houver tempo suficiente para abordar a Ferramenta de Aconselhamento de Adesão de Etapas de Vida, prossiga para a próxima página e use a lista de verificação como um guia.

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143

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AÇÃO

DE

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S

____ Criar um calendário de medicação diária (plano de adesão do beneficiário).

• Desenvolver um plano de adesão concreto, simples, através das ferramentas adequadas (por exemplo, caixas de comprimidos).

• Discutir quando as doses serão tomadas em diferentes circunstâncias (por exemplo, em casa, no trabalho, aquando a utilização de substâncias, se aplicável).

• Rever as restrições alimentares e certificar-se de que o plano incluí os medicamentos específicos.

____ Desenvolver estratégias de lembrete.

• Abordar especificamente o envolvimento do parceiro e/ou outros indivíduos que oferecem apoio.

• Sugerir e discutir as estratégias de lembrete (por exemplo: relógio, temporizador, notas, fitas colocadas em casa).

____ Discutir a privacidade e apoio social, da comunidade e da família.

• Discutir quem tem conhecimento do estado de VIH do beneficiário e a forma como podem ajudar na adesão.

• Se necessário, criar estratégias sobre como o beneficiário pode manter o seu estado de VIH privado e continuar com a adesão.

____ Abordar os entraves possíveis à adesão.

• Discutir os entraves possíveis à adesão e maneiras de superá-los.

____ Abordar o que fazer quando o beneficiário não tomar uma dose.

• Enfatizar que, embora o objetivo é uma adesão plena, ninguém é perfeito.

• Discutir como voltar ao caminho certo assim que possível, após se ter esquecido de tomar uma dose.

____ Discutir o comparecimento a consultas e informações de contato.

• Discutir a forma como o beneficiário irá comparecer a consultas futuras; se necessário, criar estratégias sobre os possíveis entraves à sua comparência (por exemplo, transporte).

• Certificar-se de que o beneficiário do serviço tem as informações de contato, no caso de emergências ou possíveis perguntas.

____ Rever o que foi abordado e responder às perguntas do beneficiário

• Que perguntas tem sobre o seu regime?

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AÇÃO

DE

PARE

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FOLHETO 26.2 LISTA DE VERIFICAÇÃO DE ACONSELHAMENTO DE ADESÃO — VISITA DE ACOMPANHAMENTO

Data:________________ Beneficiário CIU:__________________ DOB:___________________

Nome do Navegador:__________________________________

OBJETIVO: O objetivo desta lista de verificação é orientar os acompanhantes de pares que trabalham com beneficiários do serviço a apoiar a adesão contínua aos seus regimes de tratamento e consultas clínicas e de teste de despistagem. Os navegadores podem rever o progresso/desafios com base nos planos de aconselhamento de adesão de Etapas de Vida desenvolvidos numa sessão anterior e/ou usar a lista seguinte.

____ Continuar a estabelecer um bom relacionamento.

• Incentivar o beneficiário a iniciar a sessão com quaisquer dúvidas ou preocupações.

• Enfatizar que o beneficiário pode fazer perguntas a qualquer momento.

____ Questionar a experiência do beneficiário em termos de adesão.

• Confirmar que o beneficiário compreende a importância da adesão a medicação.

• Confirmar que os beneficiários do serviço compreende a relação entre adesão e resistência.

• Responder a quaisquer perguntas e corrigir mal-entendidos; consulte um médico se necessário.

• Enfatizar que o TARV não deve ser partilhada com os outros.

____ Discutir os efeitos secundários.

• Perguntar ao beneficiário de serviço se experienciou algum efeito secundário ou se tem alguma dúvida.

• Ajudar o beneficiário a eliminar ou reduzir os efeitos secundários; consulte um médico se necessário.

____ Rever o estado da comunicação entre o paciente e o médico do beneficiário.

• Certificar-se que o beneficiário se sente confortável em falar com o seu médico sobre o tratamento.

• Se existirem problemas, ajude o beneficiário a melhorar a comunicação.

____ Rever o regime do TARV do beneficiário.

• Se o beneficiário ainda não estiver familiarizado com o regime ou houve uma alteração do mesmo, deve rever as indicações de cada medicamento — a sua aparência, o seu nome, o que faz e como é consumido.

• Responder a quaisquer perguntas relacionadas sobre o regime do TARV; consulte um médico se necessário.

____ Rever o calendário da medicação diária do beneficiário.

• Ajustar o plano de adesão, conforme necessário.

____ Rever as estratégias de lembrete.

• Questionar sobre a eficácia das estratégias de lembrete usadas, incluindo o apoio dos parceiros.

• Sugerir alternativas e novas abordagens, conforme o caso.

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AÇÃO

DE

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S

____ Rever o papel do apoio social, da comunidade e da família e avaliar a privacidade.

• Discutir a forma como os amigos e a família do beneficiário do serviço, o está a ajudar ou a dificultar o processo de adesão.

• Determinar se os problemas de privacidade estão a influenciar negativamente a adesão.

• Sugerir alternativas e novas abordagens, conforme o caso.

____ Discutir as novas barreiras ao processo de adesão.

• Determinar se sugiram novas barreiras ao processo de adesão; ajudar na sua resolução.

____ Abordar situações de doses perdidas.

• Perguntar ao beneficiário do serviço a forma como lidou com as doses perdidas.

• Discutir formas de lidar com situações semelhantes no futuro; consulte um médico se necessário.

____ Discutir o comparecimento a consultas.

• Se o beneficiário estiver a ter problemas em comparecer a consultas, deve discutir algumas estratégias alternativas.

• Certificar-se de que o beneficiário tem as informações de contato, no caso de emergências ou perguntas.

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AÇÃO

DE

PARE

S

FOLHETO 26.3 FERRAMENTA PARA A TRANSIÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO E CUIDADOSCIU: __________________________ Navegador: __________________________

Data de Inscrição: _________________ Primeira visita: ______________________

Última visita:_______________________ Número Total de Encontros: ______

Plano de Acão de Apoio e cuidados

Necessidades:

□ Cuidados de Saúde □ Educação □ Seguro de Saúde

□ Transporte □ Emprego/Rendimento □ Vestuário

□ Cuidados de Saúde Ótica □ Serviços legais □ Habitação

□ Aconselhamento de saúde mental □ Serviços de abuso de substâncias

□ Assistência Financeira □ Alimentação/Nutrição □ Aptidão Física

□ Cuidados de Saúde Dentária □ Recuperação de Violência □ Outros Serviços

Serviços do VIH:

□ Adesão (tomar a medicação de uma forma adequada) □ Tratamento e Cuidados do VIH e/ ou Monitorização da Carga Viral/ CD-4

□ Opções Complementares de Saúde (terapia erval/acupuntura/massagens)

Revisão do Plano de Ação

Realizações: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos e desafios restantes: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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AÇÃO

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Referências:

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A lista anterior das minhas realizações, objetivos futuros e possíveis desafios na realização dos meus objetivos futuros, foi discutida com o meu navegador. Também recebi uma lista de referências para serviços e apoio que posso utilizar para me ajudar na superação de alguns dos meus futuros desafios. Entendo que a minha participação neste programa e contato com o meu navegador termina a ___________.

_________________________ _________ _________________________ __________

Beneficiário Data Navegador Data

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ANEXO 2. ACOMPANHANTE DE PARES TERMOS

DE REFERÊNCIA

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AÇÃO

DE

PARE

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Resumo

Os acompanhantes de pares são definidos como modelos VIH positivo que tomam medicação, estão envolvidos na comunidade e partilham a sua experiência com as populações com quem trabalham. Têm normalmente a mesma formação que os educadores de pares, com uma formação adicional para garantir que possuem o conhecimento especializado de todos os serviços relevantes com base em instalações e na comunidade disponíveis para os seus clientes. Os acompanhantes de pares ajudam, em colaboração com um gestor de caso baseados em instalações, 20 a 40 clientes para identificar e superar os obstáculos que interferem com a consecução de objetivos pessoais relacionados com a saúde e a garantir que usufruem e permanecem na rede de serviços de VIH.

Os acompanhantes de pares são empregados a tempo inteiro e o seu trabalho pode incluir maioritariamente as seguintes características: educação e sensibilização da comunidade, referir o teste de despistagem do VIH, encontrar casos, aconselhamento pré e/ou pós-teste, referências para serviços clínicos, psicossociais e outros de cuidados médicos e apoio, acompanhamento a consultas, incluindo apoio a questões de transporte, apoio de adesão, lembretes regulares de compromissos, acompanhamento de compromissos falhados e rastreio de indivíduos perdidos durante o acompanhamento. Embora os serviços específicos possam variar de acordo com as necessidades de um determinado programa, é essencial que os acompanhantes de pares estabelecerem uma relação de confiança com os seus clientes sem julgamento ou preconceito.

Funções e responsabilidades específicas:

1. Identificar, abordar e mobilizar clientes para os testes de despistagem de VIH, Como educadores de pares formados, os acompanhantes de pares sabem como aceder a redes ou grupos sociais de indivíduos que podem estar em risco de contrair e transmitir o VIH e/ou outras ITS. Apoiam-se nessas redes para identificar indivíduos na comunidade, adotando uma comunicação de comportamento inovadora e estratégica e fornecendo-lhes produtos essenciais incluindo preservativos, lubrificantes e/ou equipamento de injeção segura e enfatizar a importância de saber o seu estado de VIH.

2. Referir clientes a serviços de testes com bases em instalações e na comunidade. Os acompanhantes de pares ajudam a garantir que os clientes em risco são referidos e acedem aos serviços de teste de despistagem do VIH (AT) de uma forma eficaz. Com base nos serviços disponíveis, isto pode incluir referências a testes móvel dentro da comunidade, a locais de teste estáticos ou instalações públicas ou comunitárias, ou prestação de AT com base na comunidade, através de uma abordagem de "teste de triagem" (ou seja, AT oral com referência para testes de confirmação numa instalação, para indivíduos com um diagnóstico positivo). Os acompanhantes de pares também apoiam os clientes para obterem AT, incluindo acompanhamento, e/ou apoio para transporte, conforme necessário. Idealmente, os acompanhantes de pares fornecem aos clientes um diretório de serviços disponíveis, e/ou orientação sobre onde os clientes podem aceder a mais informações por telefone, internet, ou pessoalmente, em centros de acolhimento ou outros locais adequados.

3. Fornecer aconselhamento pós-teste de despistagem do VIH adaptado e apoio aos clientes. Os acompanhantes de pares entendem que cada indivíduo tem um conjunto único de circunstâncias e requer um apoio adaptado às suas necessidades. Os acompanhantes de pares são qualificados na prestação de comunicação estratégica comportamental, mensagens motivacionais e apoio com base no estado serológico dos seus clientes. Para indivíduos VIH negativo, os acompanhantes de pares devem enfatizar a rotina de testes e um uso consistente de preservativos e lubrificantes com os seus parceiros sexuais. Para indivíduos com um diagnóstico de VIH positivo, ou que já têm conhecimento do seu estado, os acompanhantes de pares devem apoiar de uma forma ativa e relevante sobre uma vida positiva, incluindo acompanhamento de apoio e cuidados médicos de rotina.

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AÇÃO

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4. Referir os clientes a serviços de psicossociais, clínicos e outros serviços de apoio. Os acompanhantes de pares devem ter um conhecimento sobre os serviços de saúde, psicossocial e outros serviços de apoio disponíveis na sua área e outras. Mantêm um diretório de serviços atual, boa relações com os funcionários da clínica e de apoio, e ajudar a garantir que os serviços referidos aos clientes não são estigmatizantes e são adequados e confidenciais. Os acompanhantes de pares apoiam indivíduos com VIH recentemente identificados no acesso a serviços de diagnóstico clínicos e para iniciar o tratamento. Também se certificam que os clientes estão cientes da existência de grupos de apoio de pares, serviços de ajuda jurídica, de apoio psicológico e de gestão de casos.

5. Colaborar com outros prestadores de serviços de saúde e sociais, conforme necessário. Os acompanhantes de pares apoiam os clientes a estabelecer uma relação honesta e de confiança com os seus prestadores de serviços, ajudando-os a superar as barreiras de comunicação, transporte e outras. Organizam e participam regularmente a grupos de apoio do programa (ou seja, semanalmente) para clientes VIH positivo, ajudam os facilitadores do grupo e a introduzir temas de discussão. Os acompanhantes de pares podem colaborar diretamente com o médico, assistente social, gestor de caso, educadores de saúde, provedores de apoio legal e ou outros fornecedores dos seus clientes para garantir que acedem efetivamente a todos os serviços adequados e pertinentes disponíveis na comunidade. Apoiam os seus clientes para manterem o uso dos serviços.

6. Apoiar os clientes na adesão aos seus regimes de tratamento. Os acompanhantes de pares trabalham em conjunto com os gestores de casos, para apoiarem os seus clientes a serem autónomos na adesão ao tratamento. Aplicam uma combinação de aconselhamento, metas, dicas, sugestões e estratégias, incluindo o desenvolvimento de planos de adesão ao tratamento, tendo em consideração todos os possíveis desafios e barreiras. Podem fornecer conselhos práticos sobre medicação, sugestões, lembretes e ferramentas organizacionais com as quais trabalharam. O apoio pode incluir chamadas/mensagens regulares, acompanhamento aos compromissos, avaliação e ajuste dos planos de adesão e entrega de medicamentos, conforme necessário.

7. Fornecer aconselhamento e apoio emocional. Os acompanhantes de pares trabalham em conjunto com gestores de casos, assistentes sociais, e/ou conselheiros psicossociais para apoiarem e fornecerem um aconselhamento básico aos seus clientes durante a sua adaptação aos serviços, aderem ao tratamento e têm uma vida positiva com o VIH. Também são capazes de reconhecer e referir adequadamente os clientes com problemas de saúde mental, violência baseada no género, infeções sexualmente transmitidas e planeamento familiar, conforme necessário. Servem como modelos, utilizando a sua experiência pessoal com o diagnóstico do VIH, tratamento, adesão e na sua capacidade de superar barreiras para viver com dignidade e de uma forma positiva. A sua função como um modelo e conselheiro requer um misto de humildade e orgulho, evitando tornar-se demasiado distantes, profissionais ou 'especialistas'. Também os obriga a serem honestos sobre os desafios de viver com o VIH, Os acompanhantes de pares são hábeis em compreender casos complexos e entendem quando referir os clientes a serviços de apoio e aconselhamento profissional melhorado.

8. Dar opiniões e apoio aos membros da equipa. Os acompanhantes de pares são posicionados de uma forma única para receber informações diretamente dos clientes sobre os desafios no acesso aos serviços, violação da confidencialidade e opiniões positivas e negativas sobre os serviços prestados no âmbito da rede. Para garantir os padrões da melhor prática internacional está em consonância com a continuação de serviços de cuidados médicos em termos de qualidade e acessibilidade, os acompanhantes de pares consolidam e relatam as perceções do cliente em fóruns do provedor de continuidade de tratamento regular. Também podem, como base na sua experiência com a população de cliente, fornecer um apoio técnico nas conceção/nova conceção de intervenções com base na instalações e na comunidade para garantir que são culturalmente relevantes e satisfazem as necessidades dos seus clientes de uma forma apropriada e estratégica.

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Qualificações pretendidas:

• Conhecimento: Os candidatos devem ter um bom conhecimento sobre o VIH e ITS e a vulnerabilidade das populações chaves de contraírem estas infeções. Devem ter o conhecimento sobre o contexto de vida das populações chaves e os fatores principais que as afetam no acesso ou adoção dos serviços de VIH e ITS. Devem estar familiarizados com as diretrizes nacionais e internacionais sobre a prevenção, testes de despistagem, cuidados e tratamento do VIH para populações chaves. Devem poder identificar centros de saúde de adequados para as populações chave para referir os clientes aos serviços.

• Experiência: É preferido mas não requerido fornecer pelo menos um ano de serviços de educação de pares e psicossocial a populações chave ou indivíduos com VIH. São aceites candidatos com experiência de trabalho como trabalhadores comunitários para o sistema nacional de navegador de saúde de pares.

• Capacidades/Competências: Os acompanhantes de pares devem ter boas capacidades de comunicação e interpessoais. Também devem dominar as diversas ferramentas necessárias no seu trabalho diário, incluindo o uso de formulários, ferramentas de avaliação e recursos escritos.

• Educação: É requerida a conclusão do Ensino Primário e uma formação básica sobre o VIH.

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AÇÃO

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FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO POR PARES

Para os participantes na Formação de acompanhante de pares

Data: ___________________

Formador(es): _________________________________

Por favor indique o seu nível de acordo com as informações seguintes:

ConcordoCompletamente Concordo Neutro Não

concordoDescordo

Completamente

1. A formação esteve de acordo com as minhas expectativas. ○ ○ ○ ○ ○2. Conseguirei aplicar o conhecimento adquirido. ○ ○ ○ ○ ○3. Os objetivos para cada tópico foram identificados e seguidos. ○ ○ ○ ○ ○4. O conteúdo foi organizado e fácil de seguir. ○ ○ ○ ○ ○5. Os materiais distribuídos foram pertinentes e úteis. ○ ○ ○ ○ ○6. O(s) formador(es) tinha(m) conhecimento. ○ ○ ○ ○ ○7. A qualidade do ensino foi boa.

○ ○ ○ ○ ○8. O formador cumpriu os objetivos da formação. ○ ○ ○ ○ ○9. Fui incentivado a participar e a interagir. ○ ○ ○ ○ ○10. Foi dado o tempo necessário para perguntas e discussão. ○ ○ ○ ○ ○Como avalia a formação?

11. O que gostou mais na formação?

12. Que aspetos da formação podem ser melhorados?

13. Por favor, partilhe os seus comentários ou elabore nas respostas anteriores:

Excelente Boa Média Pobre Muito pobre

○ ○ ○ ○ ○

OBRIGADO PELA SUA PARTICIPAÇÃO!