RESUMO DAS ATIVIDADES DO INCRA – 1985 / 1994

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INTRODUÇÃO

Quando comparamos o período do governo militar (1964-1984) com o período seguinte (1985-1994), podemos observar grandes diferenças na política de reforma agrária e nos resultados obtidos pelo INCRA. De 1964 a 1985, foram criados 48 projetos de assentamento, numa área de 13.851.395 hectares. A maior parte desses projetos teve por fim a colonização. De 1985 a 1994, foram criados 804 projetos de assentamento, numa área de 7.831.531 hectares. Devido à mudança na política não foram mais criados projetos de colonização oficial depois de 1985. Com a edição do Decreto nº 91.766, de 10 de outubro de 1985, que aprovou a Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) 1985-1989, a reforma agrária passou a ser uma das prioridades absolutas no contexto da política de desenvolvimento do País, visando atender a população de baixa renda. O PNRA restabeleceu o processo de Reforma Agrária, priorizando a execução de oito programas. O programa básico foi o assentamento de trabalhadores rurais. Os programas complementares foram a colonização, a regularização fundiária e a tributação da terra. Os programas de apoio foram os estudos e pesquisas, desenvolvimento de recursos humanos, cadastro rural e apoio jurídico. Definiu-se como objetivo do Assentamento de Trabalhadores Rurais o “reordenamento agrário do País, através da melhor distribuição da terra, podendo utilizar terras obtidas via desapropriação por interesse social, terras públicas da União, as adquiridas e aquelas recebidas através de doações” (ver: AVALIAÇÃO DO PNRA – 1985-1999, MAIO 1990). A criação de novas pequenas propriedades em terras que se encontravam totalmente ociosas ou com baixa utilização na produção agrícola significou, também, a criação de empregos no meio rural e a distribuição da renda em benefício de pequenos agricultores que se encontravam à margem do processo produtivo. O documento de “Avaliação do Plano Nacional de Reforma Agrária – 1985/1989” foi desdobrado em quatro capítulos: aspectos político-administrativos, avaliação dos oito programas, análise da integração interinstitucional e dos recursos financeiros. Somente foram estabelecidas metas para o programa de assentamento, com suas várias ações e atividades. A meta estipulada era de assentar 1.400.000 famílias, em 43 milhões de hectares, em quatro anos. Foram assentadas apenas 89.945 novas famílias no período.

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Vários fatores contribuíram para esse resultado. O primeiro foi a mudança no aparato institucional federal voltado para a política fundiária e a reforma agrária. Em 12-12-1984, o Decreto nº 90.697 aprovou a nova estrutura do INCRA, de acordo com a lei nº 7.231, de 23 de outubro de 1984, transformando-o em “Autarquia Especial”, tendo como objetivos as atividades de zoneamento, cadastro e tributação, distribuição de terras, colonização e execução de projetos de reforma agrária, bem como a promoção de articulações com os órgãos estaduais de terras. Em 23 de janeiro de 1985, foi aprovado o regimento interno. Ao mesmo tempo, foi criado o Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário (MIRAD), na tentativa de vincular o problema agrário diretamente à Presidência da República, com o argumento de se “estruturar devidamente a organização pública federal para a execução dessa tarefa de governo” O MIRAD tinha as mesmas atribuições que o INCRA, o que gerou conflitos internos de difícil superação. Tinha como órgãos vinculados o Grupo Executivo de Terras do Araguaia – Tocantins (GETAT) e o Grupo Executivo de Terras para a Região do Baixo Amazonas (GEBAM). Com a extinção do GEBAM, em maio de 1986, e do GETAT, em maio de 1987, suas atribuições passaram ao INCRA. Nova alteração na estrutura do INCRA ocorreu em 2 de maio de 1986, com o Decreto nº 92.267, que permitiu a criação de escritórios regionais e municipais e extinguiu o Conselho de Diretores, que formava um órgão colegiado de deliberação. A nova alteração na estrutura básica do INCRA não chegou a ser efetivamente implantada. A 14 de maio de 1987, o Decreto nº 94.331, alterou-a de novo, sem no entanto ser efetivada pelo Regimento, pois o Decreto-Lei nº 2.363, de 22 de outubro de 1987, extinguiu o INCRA e criou o Instituto Jurídico das Terras Rurais (INTER), passando as atribuições do INCRA ao MIRAD. Foram estabelecidos também novos critérios para a Política Fundiária Nacional, fixando-se limites para a desapropriação, particularmente, até 1.500 hectares nas áreas de atuação da SUDAM; até 1.000 hectares na SUDECO; até 500 hectares na SUDENE; e até 250 hectares no restante do País. Com a extinção do INCRA, houve a necessidade de reestruturação do MIRAD, que foi efetivada pelo Decreto nº 95.074, tendo como órgão vinculado o INTER. Houve nova alteração em 15 de janeiro de 1989, com a Medida Provisória nº 29, que extinguiu o MIRAD e passou suas atribuições ao Ministério da Agricultura. A Medida Provisória nº 29 perdeu a validade. Com a edição da Medida Provisória nº 39, de 15 de fevereiro de 1989, voltou-se à situação anterior. A lei nº 7.739, de 20 de março de 1989, extinguiu vários ministérios, entre eles o MIRAD.

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Dezessete meses depois de extinção do INCRA, o Decreto Legislativo nº 2, de 29 de março de 1989, rejeitou o texto do decreto-lei nº 2.363. O INCRA foi restabelecido pelo Decreto nº 97.886, de 28 de junho de 1989, com vigência a partir de 31 de março de 1989, mantendo sua estrutura anterior e sendo vinculado ao Ministério de Agricultura.

Em 48 meses o INCRA teve sua estrutura administrativa alterada seis vezes e teve doze presidentes efetivos e interinos. No mesmo período, o MIRAD teve sete ministros. Desse modo, vários fatores contribuíram para o fracasso na condução e na execução da reforma agrária. Entre eles, citamos a falta de integração inter e intra-institucional; as constantes mudanças de direcionamento político-partidário; a instabilidade no quadro de pessoal com constantes remoções e relotações, somando-se a instabilidade econômica cíclica no País e a falta de vontade política para a condução desse programa de governo. Com a institucionalização das Comissões Agrárias, previstas no Capítulo IV do Estatuto da Terra, a Portaria nº 87, de 27 de maio de 1986, e a Portaria nº 465, de 31 de julho de 1986, estabeleciam sua constituição e seu regimento interno, e seriam de caráter consultivo.

Apesar de funcionar em todas as unidades da Federação, as comissões contribuíram pouco para acelerar o processo de reforma agrária. Houve radicalização nas manifestações de proprietários e trabalhadores rurais e os interesses dos membros das comissões se chocaram. Em 1990, apesar das dificuldades inerentes ao processo de ajuste econômico do País, o INCRA registrou progressos em suas ações. Face à carência de recursos, optou-se em dar prioridade às atividades de consolidação e manutenção dos projetos de assentamento e colonização existentes. Em 1991, a limitada dotação orçamentária e o bloqueio substancial de recursos interferiram na execução da programação da reforma agrária. Os desbloqueios ocorreram apenas no final de exercício, impedindo e/ou atrasando, deste forma, a execução da programação em níveis satisfatórios. As ações do INCRA em 1993, ao lado das dificuldades de caráter orçamentário e institucional e pela carência de pessoal, tiveram como estímulo a determinação política de realizar a reforma agrária dentro do contexto legal. Pode-se afirmar que grande parte das metas programadas para o exercício de 1993 foram atingidas, graças à decisão do Governo Itamar Franco em implementar a reforma agrária no país, usando mecanismos inovadores para superar as restrições de natureza institucional e da disponibilidade de recursos.

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Em 1994, a obtenção de terras, tarefa básica do INCRA para promover o assentamento de trabalhadores rurais, alcançou mais de 900 mil hectares decretados de interesse social, para fins de reforma agrária, o que pode ser apontado como um marco na história do órgão. Destacou-se, igualmente, o desenvolvimento de ações que visavam a melhoria dos serviços e da produtividade da instituição:

a) treinamento sistemático de servidores; b) efetiva implantação da informática, buscando modernizar os serviços; c) desenvolvimento de trabalhos em parceria com organismos técnicos

nacionais e internacionais.

Os resultados obtidos, representaram avanços de caráter qualitativo e quantitativo.

RESULTADOS OBTIDOS (1985-1994) Reforma Agrária na Nova República -

I PNRA - 1985/1989 10.537.245 - - Desapropriação de terras e assentamentos -

1990/1992 590.027 199.448 - Desapropriação de terras e assentamentos -

1993/1994 1.461.997 - 105.106

10.537.245

- -590.027

199.448 -1.461.997

- 105.106

-

3.000.000

6.000.000

9.000.000

12.000.000

1985/1989 1990/1992 1993/1994

RESULTADOS OBTIDOS (1985-1994) Por Desapropriação, Aquisição e Arrecadação

Desapropriação Aquisição Arrecadação

5

89.950

38.425

21.763

- 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000

1985/1989

1990/1992

1993/1994

ASSENTAMENTOS REALIZADOS 1985-1994 (Nº de Famílias)

41.987

158.062

123.434

-

40.000

80.000

120.000

160.000

1985/1989 (contratos)

1990/1992 (famílias)

1993/1994 (famílias)

CRÉDITO PARA REFORMA AGRÁRIA 1985-1994 PROCERA

6

DISCRIMINAÇÃO (ha)1985-1994

6.150.068

710.733 106.121

1985/1989 1990/1992 1993/1994

1985/1989 1990/1992 1993/1994

4.629.039

-718.742

49.442 156.63115.433-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

TITULAÇÃO (ha)1985-1994

Nº DOCUMENTOS ÁREA

7

PRINCIPAIS AÇÕES PERÍODO 1985-1989 Obtenção da Terra

O processo de obtenção da terra ocorre por meio dos seguintes procedimentos:

devolutas da União;

a) desapropriação por interesse social; b) discriminação e arrecadação de terras

c) instrumento de compra e venda;

d) doação.

a) Desapropriação por interesse social

A desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária é um dos strumentos jurídicos utilizados para permitir o acesso à terra visando a sua

eis de desapropriação são selecionados e vistoriados, a Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e visitas “in loco”.

indistribuição e redistribuição. Tem, ainda, por finalidade, condicionar o uso da terra à sua função social, promover a justa e adequada distribuição da propriedade e permitir a exploração racional da terra. Os imóveis suscetív

ediante pesquisa no SistemmA desapropriação é precedida de procedimento administrativo que orienta a edição do ato declaratório do Poder Executivo, seguida de ação expropriatória proposta perante a Justiça Federal. A aquisição definitiva do imóvel dar-se-á após a imissão de posse e conseqüente matrícula e registro em cartório.

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No período de 1985 a 1989, foram decretados 10.537.245 hectares, com apacidade de assentar 158.523 famílias. Desse total, 3.155.726 hectares possuíam

issãocim de posse.

ÁREA (ha) CAP. DE ASSENT.NORTE 4.508.205 52.169NORDESTE 2.763.008 56.806SUL 214.144 8.688SUDESTE 488.559 15.456CENTRO-OESTE 2.563.329 25.404

TOTAL 10.537.245 158.523

Por ReÁREAS DESAPROPRIADAS

giões e Capacidade de Assentamento

REGIÃO1985-1989

ÁREAS DESAPROPRIADAS1985-1989

43%

26%

2%5%

24%

NORTE NORDESTE SUL SUDESTE CENTRO-OESTE

Na vigência do PNRA, pode-se afirmar que grande parte das desapropriações se eu em áreas onde existiam tensões e conflitos sociais pela posse de terra, muitas vezes om a

dc ocorrência de mortes violentas, conforme se verifica no documento sobre “Conflitos de Terra”, publicado pelo MIRAD em 1985. À época, foram registrados e confirmados 261 casos de ocorrências com morte, no decorrer de 12 meses, abrangendo uma área total de 431.794 hectares.

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b) Discriminação e Arrecadação de Terras Devolutas da União

A discriminação é usada pelos governos federal e estadual com o intuito de

parar as terras devolutas daquelas de domínio privado, que são assim identificadas,

terras devolutas da União são destinadas para assentamento de famílias ou à gitimação de posse, entre outras destinações, e localizam-se sobretudo nas regiões

searrecadadas e incorporadas ao Patrimônio da União ou dos Estados e registradas em cartório. AsleNorte e Centro-Oeste.

0

5.496.082

0653.986

0

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

Por RegiõesÁREAS DISCRIMINADAS (ha) 1985-1989

NORTE NORDESTE SUL SUDESTE CENTRO-OESTE

c) Compra e Venda

A aplicação desse instrumento decorre geralmente de oferta feita pelo roprietário da terra e segue, basicamente, o mesmo procedimento administrativo da

am 52 projetos criados, sem a identificação da área tal adquirida.

pdesapropriação por interesse social. Esse instrumento é utilizado nos casos em que é possível um acordo entre as partes. Na avaliação do PNRA constto

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d) Doações

O instrumento da doação depende da disposição das entidades públicas e

rivadas em ceder terras de seu domínio para serem utilizadas no processo de Reforma

o período de 1985 a 1989 representou 2% do total de projetos de Assentamento riados e ocorreu nas Regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Foram criados 10 projetos m áre

pAgrária. Nce as doadas. Assentamento de Trabalhadores Rurais

O principal programa do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) foi o ssentamento de trabalhadores rurais, que contemplou as ações de obtenção e

aracterizado pela plantação de projetos, contou com a participação dos beneficiários nas definições de

de um assentamento há várias atividades, dentre as quais odemos mencionar a organização espacial da área, a infra-estrutura física e social

RA, temos a co-sponsabilidade e a co-participação de diversos órgãos federais, estaduais e municipais,

tos foram aprovados a partir de 1986/1987: a “Política de ssentamento” e a “Co-participação na Reforma Agrária: Proposta de Ação Integrada” m o

metas relativas à btenção de áreas e de 6,4% relativas ao assentamento de famílias.

adistribuição de terra entre pequenos agricultores, complementadas pelas atividades de promoção social e de apoio à produção nas áreas dos assentamentos. O assentamento de famílias de trabalhadores rurais, cimações complementares. Na organização p(estradas, obras comunitárias, habitação, escola, posto de saúde, energia, abastecimento de água, etc.), distribuição da terra e a administração dos projetos. Como parte relevante da estratégia traçada no PNreprincipalmente nas atividades de promoção social (saúde, educação, etc.) e de apoio à produção (assistência técnica, crédito rural, pesquisa agropecuária, armazenamento, comercialização, etc.), cuja implementação ocorre na fase inicial do assentamento e vai até sua consolidação. Dois documenAco objetivo de orientar as práticas do programa básico do PNRA. Como resultado, o PNRA realizou cerca de 10,5% das o

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REGIÃOPROJETOS CRIADOS

(Nº)

ÁREA

(ha)

CAP. DE ASSENT.

(Nº Fam.)

NORTE 108 2.844.593 41.792NORDESTE 193 849.974 24.385SUL 104 114.662 5.597SUDESTE 43 141.306 5.401C. OESTE 67 587.448 12.775

TOTAL 515 4.537.983 89.950

Por ReASSENTAMENTOS 1985-1989 giões e Capacidade de Assentamento

2.844.593

849.974

114.662

141.306

587.448

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000

NORTE

NORDESTE

SUL

SUDESTE

C. OESTE

ÁREAS UTILIZADAS (ha) 1985-1989

Na época da elaboração do PNRA, foi estimado que os beneficiários potenciais a reforma agrária seriam trabalhadores rurais sem-terra, posseiros, parceiros,

suficiência dos recursos técnicos (capacidade operacional), dministrativos e institucionais da União, Estados e Municípios para atender um

darrendatários, assalariados rurais e minifundiários. Juntos, somariam um contigente de 6 a 7 milhões de famílias, devendo-se contemplar 20% deste contingente, ou seja, 1,4 milhões de famílias. Além da inaprograma dessa natureza, há que se considerar os problemas de natureza política que, em conjunto, influíram negativamente na execução do plano e no alcance de resultados significativos para o processo de reforma agrária no País.

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O assentamento significa, na prática, a criação de novas pequenas propriedades agrícolas ou unidades de produção. Desse modo, no período 1985/1989 foram criadas apenas 89.945 novas pequenas propriedades. O PNRA teve como parâmetro básico o número de potenciais beneficiários do programa de reforma agrária, não levando em conta outros fatores como a disponibilidade de terras, a parte de recursos orçamentários e a capacidade operacional do INCRA. Titulação da Terra

No exercício de 1985 foram outorgados 16.459 títulos, com área de 1.265.358 ectares. Desses títulos 10.367 da Titulação Definitiva e 6.092 da Titulação Provisória.

ssentamento de trabalhadores rurais indicarem o instrumento da concessão de uso mo

h No período 1985-1990, apesar de as diretrizes operacionais do programa deaco forma temporária e experimental de acesso à terra, foram adotadas outras modalidades de titulação, como Título de Propriedade, Título de Reconhecimento de Domínio, Termo de Reconhecimento, Autorização de Ocupação, Carta de Anuência, Licença de Ocupação, Título de Usucapião Especial e Contrato de Promessa de Compra e Venda. Desse modo, foram emitidos 49.442 documentos, abrangendo uma área de 4.629.038 hectares.

ÁREAS TITULADAS Por Reg

ÁREA (ha) QUANT. TÍTULOSNORTE 2.212.774 23.820NORDESTE 329.076 4.221SUL 270.929 11.890SUDESTE 2.233 325CENTRO-OESTE 1.814.026 9.186

TOTAL 4.629.038 49.442

iões

REGIÃO 1985-1989

ÁREAS TITULADAS (ha)1985-1989

47,80%

7,11%5,85%0,05%

39,19%

NORTE NORDESTE SUL SUDESTE CENTRO-OESTE

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Programas Complementares Colonização

Dentro da Política de Integração Nacional, a partir da década de 70 a Amazônia tornou-se a nova fronteira agrícola do País. Foram criados, como dito anteriormente, o PIN e o PROTERRA, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento espacial integrado.

A ação colonizadora ao longo da Transamazônica se deu inicialmente comintrodução dos Projetos de Colonização de Altamira, Itaituba e Marabá, que se transformaram depois em cidades importantes da região.

A partir de 1985, a colonização foi incluída no Programa Nacional de ReformAgrária (PNRA) como programa complementar, constituindo-se em uma alternativapara a ocupação de espaços vazios. Nas diretrizes operacionais estabeleceu-se não criar novos projetos de colonização oficial, mas sim investir maciçamente em infra-estrutura física e social e na consolidação dos projetos já existentes.

Durante a vigência do PNRA, apenas 34 projetos foram emancipados, conformvemos no quadro abaixo.

a

a

e

ÁREA

(ha)

Nº

PROJ.

ÁREA

(ha)

Nº

PROJ.

ÁREA

(ha)

Nº

PROJ.

ÁREA

(ha)

Nº

PROJ.

972.862 6 2.622.658 11 17.359 39

STE 692.888 14 101.763 13 5.830 1 800.481 28

UL .269 7 57.582 4 77.271 22 160.122 33

UDESTE 56.993 5 7.600 5 0 0 64.593 10

OEST 27

137

PROJ. ASSENT. RÁPIDOTOTAL

PROJETOS DE COLONIZAÇÃO 1985-1989 Por Regiões

COL. OFICIAL - EM EXEC. COL. OFICIAL - EMANCIPADOS

REGIÃO

NORTE 13.764.368 22 .888

NORDE

S 25

S

C. E 439.532 9 434.907 6 300.430 12 1.174.869

TOTAL 14.979.050 57 1.574.714 34 3.006.189 46 19.559.953

17.359.888

800.481

160.122

64.593

1.174.869

0 4.000.000 8.000.000 12.000.000 16.000.000 20.000.000

NORTE

NORDESTE

SU

TOTAL DE ÁREAS COLONIZADAS (ha) 1985-1989

Fonte: INCRA – Diretoria da Assentamento - 1990

C. OESTE

SUL

DESTE

14

Regularização Fundiária Incluída no PNRA como programa complementar, a regularização fundiária é o instrumento utilizado pelo poder público para identificar as áreas legalmente tituladas, as ocupadas e as devolutas. Visa, fundamentalmente, o esclarecimento das situações dominiais e possessórias, reconhecendo os títulos legítimos e as ocupações incidentes em terras devolutas e a reincorporação ao patrimônio público de terras irregularmente ocupadas. A jurisdição do INCRA neste programa foi reduzida a partir de novembro de 1987, com o Decreto-Lei nº 2.375, que revogou o Decreto-Lei nº 1.164/71, retornando as áreas nele definidas à jurisdição dos Estados. Nesse sentido, os Estados executaram, no período 1985/1989, a identificação fundiária de 8,9 milhões de hectares e foram discriminados 6,1 milhões de hectares. Crédito Rural Nos termos previstos no PNRA foi criado, em 30 de janeiro de 1986, o Programa Especial de Reforma Agrária (PROCERA), por meio do voto nº 46/85, no âmbito do Conselho Monetário Nacional, designando como administrador o Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional (BNDES). Os agentes financeiros são: os Bancos Estaduais, o BASA e o Banco do Brasil. O crédito foi concedido para aplicação na produção, com vistas à consolidação e estabilização da unidade produtiva. No período 1986-1989, o PROCERA atendeu 399 projetos de assentamento e de colonização. Foram realizados 428 atendimentos e assinados 41.987 contratos.

17.405

15.000

18.000

RELIZAÇÕES DO PROCERA 1985-1989Por Nº de Contratos Realizados

6.000

9.000

12.0007.661

6.2967.172

3.453

3.000

0

NORTE NORDESTE SUL SUDESTE CENTRO-OESTE

15

Cadastro e Tributação A atuação da Diretoria de Cadastro e Tributação, em 1985, foi marcada principalmente pela participação na elaboração do Plano Nacional de Reforma Agrária e

ela vasta produção de informações cadastrais destinadas a apoiar a confecção dos

com conseqüente cobrança judicial dos 2 mil maiores evedores de 1983 e 1984, totalizando aproximadamente 4 mil cobranças.

pPlanos Regionais. Ainda em 1985, foram iniciados os trabalhos para cobrança administrativa e inscrição em Dívida Ativa,d Plano Nacional de Reforma Agrária - PNRA Por meio do Decreto nº 91.766, de 10 de outubro de 1985, foi aprovado o Plano Nacional de Reforma Agrária – PNRA, apresentado pelo Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário – MIRAD, para o período de 1985-1989, abrangendo 1.400.000 famílias beneficiárias, devendo ser executado pelo INCRA mediante Planos Regionais de Reforma Agrária, em áreas prioritárias.

Metas do PNRA da Nova República para o quadriênio 1985-1989 (*)

PERÍODO FAMÍLIAS ASSENTADAS

1985/1986 150.000

1987 300.000

1988 450.000

1989 500.000

TAL 1.400.000 TO

150.000

300.000

450.000

500.0001989

METAS DO PNRA 1985-1989

1988

- 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000

1985/1986

1987

enquadramento no orçamento (*) Adotou-se em todos os períodos o ano civil em lugar do ano agrícola pelas facilidades de

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PERÍODO 1990-1994 Em 1990, face à carência de recursos priorizou-se as atividades de consolidação e manutenção dos projetos de assentamento e colonização existentes, evitando-se abrir novas frentes de trabalho. Nesse ano foi iniciado o processo de privatização da Usina Caxangá em Pernambuco, depois de solucionados os problemas legais que se arrastavam desde a desapropriação da área. Destaca-se também a instalação de estações de trabalho, destinadas a dar suporte de computação gráfica aos registros cadastrais, com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Plano Plurianual para o período 1991-1995, aprovado pela lei 8.173/91, estabeleceu como meta de assentamento:

ANO FAMÍLIAS1991 97.000 1992 50.000 1993 20.000 1994 60.000

META DE ASSENTAMENTO

O plano teve como diretriz o assentamento de agricultores em terras conomicamente viáveis e a participação dos governos Estaduais e Municipais, referencialmente com base em organizações cooperativas.

legal de pequena e média propriedade bem como de

rçamento, registrou-se a limitada dotação e o bloqueio de

ep Na época, os entraves na execução da reforma agrária eram de ordem jurídica, orçamentária e administrativa. A inexistência de lei complementar dispondo sobre o procedimento contraditório especial para o processo judicial de desapropriação, a usência de conceituaçãoa

propriedade produtiva, constituiu em obstáculo intransponível para obtenção de terras por meio da desapropriação.

Em relação ao o recursos, que só eram liberados no final do exercício.

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Outro obstáculo foi a carência de pessoal, agravada pela política de

isponibilidade adotada pela reforma administrativa que atingiu 40% dos servidores.

Em 1992, dois fatores principais levaram o governo a instituir o “Programa da Terra”:

a) ais referentes à óveis rurais,

b) a depender da prévia apreciação do Congresso Nacional (Art. 165, parágrafo 4º da Constituição Federal).

se mostrou inviável pelas guint

quanto ao valor avaliado pelo INCRA e o valor da terra

ia efetivada em TDA. Em 24 de junho de 1992, também foi editado o Decreto nº 577, que dispôs sobre

expropriação de terras onde forem encontradas culturas ilegais de plantas

e desenvolvimento, com o objetivo de conjunturalmente combater a fome, a iséria, a seca no Nordeste, o desemprego, a violência e a desigualdade regional.

mil deveriamil fam Denescentrali itucional, a participação, o planejamento scendente, a capacitação, estudos e avaliações e a reestruturação do INCRA.

d

a ausência de regulamentação dos dispositivos constitucionreforma agrária, que impedia a União de desapropriar imconforme entendimento do Poder Judiciário em diversos julgados; a ausência de um Plano Nacional de Reforma Agrária, cuja aprovação passou

O Decreto nº 433, de 24 de janeiro de 1992, disciplinou o Instituto da Compra e Venda de imóveis rurais. Esse dispositivo no entanto se es razões:

• total descrédito dos Títulos da Dívida Agrária (TDA) no mercado; • as terras ofertadas pelos proprietários em grande parte não serviam para as

atividades agrícolas; • havia divergências

no mercado; • a exigência de prévia quitação dos débitos do ITR, em dinheiro, era

necessária para viabilizar a compra, que ser

apsicotrópicas, estabelecendo procedimentos e competências para o Ministério Público, a Polícia Federal e o INCRA. No período de 1993-1994, foi proposto um “programa emergencial de Reforma Agrária”, que tinha como diretriz básica a sua vinculação na construção de um novo

odelo dmm

As metas globais eram de o governo federal assentar 80 mil famílias. Outras 40 m ser assentadas pelos governos estaduais. Em 1993, a meta era assentar 120

ílias de trabalhadores rurais.

tro das diretrizes operacionais para execução do programa, temos a zação, a convergência instd

a

18

A reestruturação do INCRA, requerida para uma ação mais efetiva e eficiente os propósitos da instituição, foi efetivada pelo Decreto nº 966, de 27 de outubro de

1993, e a reforma agrária dezembro de 1993, do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária s p

a reestruturação foram criadas as Unidades

Em 1994, o processo de descentralização das atividades recebeu atenção

o , temos a consolidação das principais realizações no período 1990-

dens jando em 1994, um dinamismo maior para o órgão executor d.

O Regimento Interno do INCRA foi aprovado pela Portaria nº 912, de 16 de

.

rincipais finalidades do INCRA passaram a ser: A

a) a promoção e execução da reforma agrária, visando corrigir a estrutura fundiária do País, no interesse de seu desenvolvimento econômico e social;

b) promoção, coordenação, controle e execução da colonização; c) promoção de medidas necessárias à discriminação de terras devolutas e

destinação das terras públicas da União, visando sua incorporação àprodução e ao desenvolvimento econômico e social do País.

As ações do INCRA, em 1993, tiveram impulso com a determinação política do governo Itamar Franco de realizar a reforma agrária dentro do contexto legal; com os vanços na legislação pela regulamentação dos dispositivos constitucionais sobre a a

desapropriação de áreas; com a disposição dos governos estaduais em co-participar das ações e com a participação mais efetiva dos segmentos sociais interessados na questão.

Dentro desse contexto, com Avançadas, que, em termos práticos, significaram a interiorização do aparato administrativo do INCRA, aproximando-o dos seus beneficiários finais (os trabalhadores rurais) e encurtando os canais de comunicação. prioritária e criou condições para uma maior participação dos governos estaduais e prefeituras no atendimento às famílias assentadas.

N Anexo 1994. 1

Obtenção de Terras regularização fundiár Faconsolidação e manutenção dos projetos de assentamento e colonização existentes,

Em 1990, a estratégia adotada foi a de acelerar o processo deia, como etapa essencial à futura emancipação das áreas sob a tutela do INCRA.

e à carência de recursos orçamentários, foram priorizadas as atividades de cevitando-se abrir novas frentes de trabalho.

19

O INCRA, no período 1990-1994, obteve uma área de 2.356.578 hectares. Nessa rea foi possível criar 370 novos projetos de assentamento, que, somados aos já á

existentes, elevaram a 578 o total de projetos sob a responsabilidade do INCRA, com 60.188 famílias beneficiadas.

OBTENÇÃO DE TERRAS (ha) 1990-1994

566.337

23.690

199.448

659.145

907.958

200.000

600.000

800.000

1.000.000

400.000

-1990 1991 1992 1993 1994

Desapropriação por interesse social

Em 1991, a obtenção de terras se deu por meio da desapropriação por interesse cial e a aquisição por compra e venda, totalizando uma área de 23.690 hectares.

Em 1992, a ausência de regulamentação dos dispositivos constitucionais pertinentes à reforma agrária, impediu a União de desapropriar imóveis rurais, conforme entendimentos do Poder Judiciário. Em 1993, o procedimento da desapropriação por interesse social foi regulamentado e disciplinado pela lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993. A lei complementar nº 76, de 6 de julho de 1993, dispôs sobre o procedimento contraditório especial, do rito sumário, permitindo-se, em 48 horas, a imissão na posse do imóvel expropriado, acelerando-se o processo judicial.

Em 1990, o INCRA foi imitido na posse de 46 imóveis, perfazendo uma área total de 566.337 hectares. so

20

Com o objetivo de estabelecer e padronizar o procedimento da obtenção de terras, foi editada a Instrução Normativa nº 8, “Sistemática de Desapropriação por Interesse Social”.

As atividades relacionadas à desapropriação de imóveis incluem as tarefas de seleção e vistoria de imóveis, avaliação de benfeitorias e terra nua, perícias, ajuizamento e acompanhamento das ações no âmbito do judiciário. No exercício de 1993, foram vistoriados e selecionados imóveis rurais que totalizaram 591.961 hectares, cujos processos foram encaminhados à Presidência da República para assinatura de decreto, correspondendo a uma capacidade de assentamento de 14.438 famílias, o que representava 72% da meta prevista para 1993. Deste total, 554.039 hectares foram decretados de interesse social para fins de reforma agrária pela Presidência da República, correspondendo a uma capacidade de assentamento de 13.825 famílias.

Em 1994, a desapropriação atingiu 907.958 hectares com decreto, orrespondendo a 150 imóveis, beneficiando 22.656 famílias.

ram ajuizadas 124 ações de desapropriação, correspondendo a 813.684 hectares.

c Quanto às áreas com imissão de posse, dos 237 decretos editados neste ano, fo

566.337

23.690

-

554.039

907.958

- 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000

1990

1991

1992

1993

APROPRIAÇÃO (ha) 1990-1994

DES

1994

Compra e Venda Em 1992, foram vistoriados e avaliados 188 imóveis rurais abrangendo um total de 2.620.792 hectares. Apenas 21 tiveram suas aquisições autorizadas pelo Conselho de Diretores do INCRA, abrangendo uma área de 199.448 hectares.

21

Regularização Fundiária Em 1991, a regularização fundiária não teve destaque no Plano Plurianual. Houve arrecadação sumária nos Estados de Mato Grosso e Paraná, abrangendo uma rea total de 85.000 hectares.

u 55% na meta fixada no rograma da Terra, com a emissão de 6.270 documentos, abrangendo uma área de

á Em 1992, o segmento regularização fundiária alcançoP625.733 hectares. Esses números refletem o estado de sucateamento em que se encontravam os projetos fundiários do INCRA.

REGIÃO Nº DO DOCUMENTO ÁREA (ha)NORTE 4.078 358.552 NORDESTE 81 6.482 SUDESTE - - SUL 978 17.046 C. OESTE 1.133 243.653

TOTAL 6.270 625.733 Durante o ano de 1993, foram discriminados 106.121 hectares, arrecadados 105.106 hectares e emitidos 12.456 títulos.

-

85.000

625.733

106.121

-

- 200.000 400.000 600.000 800.000

1990

1991

1992

1993

LARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 1990-1994Discriminação (ha)

REGU

1994

22

Assentamento de Trabalhadores Rurais Em 1990, duas importantes ações foram iniciadas. A primeira se refere à

plantação do primeiro centro de seleção e treinamento para capacitação de eneficiários da reforma agrária, em Bajé, Rio Grande do Sul, por meio da Portaria nº

ectares.

Em 1992, foram assentadas 22.878 famílias de trabalhadores rurais. Também ram c

Outras ações foram executadas por empresas privadas e por órgãos públicos, por eio de contratos e convênios, como a construção de estradas e de obras comunitárias e

demarcação topográfica dos lotes e áreas comuns.

ncionar a organização espacial da área emarcação do perímetro das parcelas e áreas comuns), a implantação da infra-

strutura física (estradas, obras comunitárias, escolas, postos de saúde, etc.), e a istribuição de terras entre os beneficiários, que desenvolveram suas atividades rícol

imb970, de 30 de outubro de 1990. A segunda se refere à constituição de uma comissão deemancipação de projetos, que à época, identificou 37 projetos emancipados.

O INCRA se imitiu na posse de 46 imóveis rurais, em área de 58.554 hectares,estimando-se que foi possível atender 956 famílias.

Em 1991, foram criados 76 novos projetos de assentamento, permitindo a criação de 14.591 novas unidades familiares de produção, para uma área de 784.980 h fo riados 127 projetos de assentamento. ma Com a co-participação e a integração interinstitucional, outros órgãos das esferas federal, estadual e municipal também participam diretamente das ações na prestação de serviços de sua atribuição, como saúde, educação, assistência técnica, entre outras. Em 1993, registrou-se um contingente de 325.187 famílias assentadas emprojetos de assentamento e colonização, em uma área de mais de 25 milhões de hectares. A característica principal de assentamento de trabalhadores rurais foi à criação de novas pequenas propriedades agrícolas em terras que, na maioria das vezes, encontravam-se ociosas ou com baixa utilização para a produção agrícola. O assentamento significou a incorporação de novas terras ao processo produtivo do País, com a conseqüente criação de empregos, distribuição de renda, diminuição do êxodo rural, erradicação de focos de tensão social e aumento da oferta de alimentos e matérias-primas. Nos projetos de assentamento, em 1993, foram desenvolvidas diversas atividades, dentre as quais pode-se me(dedag as, seja individualmente, apenas com a força de trabalho familiar, seja de forma comunitária.

23

Em 1993, foram criados 37 novos projetos de reforma agrária com área total de

famílias em áreas com imissão de osse recente, totalizando 7.613 famílias beneficiadas com acesso à terra nos projetos de

1994, foram criados 84 novos projetos e assentadas 12.850 famílias. Foram ssentadas ainda, 1.300 famílias em dois projetos já criados, totalizando 14.150 famílias

No quadro abaixo, vemos o assentamento de famílias e os projetos criados de

165.091 hectares, beneficiando 4.268 famílias, somando-se às 2700 famílias assentadas em projetos já criados anteriormente, bem como 645passentamento. Emaassentadas. 1990 a 1994. Foram assentadas, no período, 60.188 famílias, em 370 projetos.

AT DE 1990 1991 1992 1993 1994 TOTAL

ASSENTAMENTOS:

IVIDA

e Famílias Assentadas 956 14.591 22.878 7.613 14.150 60.188

0

AMÍLIAS 1990-1994

ASSENTAMENTO DE F

- Nº d

- Nº de Projetos Criados 46 76 127 37 84 37

956

14.591

22.878

7.613

14.150

-

5.000

10.000

15.0

20.000

25.000

00

1990 1991 1992 1993 1994

ASSENTAMENTO DE FAMÍLIAS1990-1994

Titulação No Anexo 1, temos o número total de documentos emitidos no período 1990-1994. Em 1990 foram produzidos 102.886 documentos.

ados.

O Sistema de Controle e Emissão de Títulos teve início em 1985. Até aquela data, haviam sido expedidos cerca de 1 milhão de documentos, que ainda não haviam sido process

24

Em 1991. o INCRA expediu 34.704 títulos, dos quais 15.594 definitivos e os emais

Em 1992, foram expedidos 19.041 documentos de titulação em uma área de

d provisórios. 1.154.239 hectares. Em 1993, foram emitidos 15.433 títulos, correspondendo a uma área de 718.742 hectares.

-102.886

-34.704

-19.041

718.74215.433

--

- 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000

1990

1991

1992

1993

1994

TITULAÇÃO 1990-1994 Por Área e Nº de Documentos

Área Titulada Documentos Expedidos

Crédito

Em 1990, a sistemática anteriormente adotada com os recursos descentralizados

Para a reativação do programa de forma mais racional foram desenvolvidas, no

ção com o Ministério da Economia e o Banco do Brasil;

riando as Comissões Estaduais do PROCERA; • Elaboração do voto a ser aprovado pelo Conselho Monetário Nacional

o da minuta de convênio a ser assinado com o BB após aprovação do voto do CMN;

Elaboração do fluxograma operacional.

do INCRA para o BNDES foi modificada. exercício de 1990, as seguintes atividades:

• Negocia• Levantamento da demanda de recursos para o programa, nos 26 Estados; • Portaria c

(CMN), credenciando o Banco do Brasil como agente financeiro; • Elaboraçã

• Reformulação do Regulamento do Fundo; •

25

Em 1990, foram beneficiadas 11.074 famílias com Crédito para Implantação, apesar da escassez de recursos. Foi identificada uma demanda de 364 projetos do INCRA, 40.335 famílias, e 137 projetos dos Estados , com 10.191 famílias para serem atendidas pelo Programa Especial de Crédito para Reforma Agrária (PROCERA), no momento em que aguardavam aprovação do voto para implementação do programa. Em 1991, o Crédito de Implantação e o PROCERA foram insuficientes, prejudicando consideravelmente a produção e a produtividade agrícola. No que se refere ao PROCERA, foram liberados recursos destinados a 587 projetos, beneficiando 107.087 famílias. Em 1992, o Crédito de Produção beneficiou 449 famílias. Ainda, 1.238 famílias foram beneficiados com créditos de habitação, 5.580 famílias com crédito de fomento e 5.766 com crédito de alimentação. Em 1993, o crédito para reforma agrária foi concedido sob duas modalidades básicas, o de produção e o de implantação, sendo este último subdividido em crédito de alimentação, de fomento e de habitação. O crédito de produção beneficiou 76.134 famílias; já o crédito para implantação tendeu outras 12.244.

O crédito para implantação, compreendendo as modalidades de fomento, limen

No gráfico abaixo, temos a consolidação dos resultados alcançados nesta atividade:

a Em 1994, o PROCERA - crédito de produção, atendeu 47.300 famílias. a tação e habitação beneficiou 25.121 famílias.

CRÉDITO PARA REFORMA AGRÁRIA 1990-1994

100.0

1

00

20.000

11.074

50.526

107.087

18.217449

12.244

76.13480.000

40.000

60.000 47.300

25.12112.584

-

20.000

1990 1991 1992 1993 1994

IMPLANTAÇÃO (nº fam.) PRODUÇÃO - PROCERA

26

Organização Territorial Os trabalhos de Organização Territorial referem-se à elaboração e implantação dos planos de parcelamento, incluindo aí os estudos necessários ao dimensionamento

as parcelas e execução dos trabalhos topográficos de medição e demarcação. d Em 1991, foram demarcadas 2.675 parcelas, tendo ficado em fase de execução a demarcação de 39.897 parcelas. Obras e Serviços Em 1990, foram aprovados 68 projetos básicos para obras de infra-estrutura

Quanto aos serviços de topografia, foram tomadas providências no sentido de encerra

.878 hectares e 7.552 km.

Em 1992, foram realizados 204.693 quilômetros de Poligonais, em uma área de

física e social.

r 55 processos administrativos com vários tipos de pendências, abrangendo uma área de 322 675.389 hectares, com a demarcação de 7.650 lotes. Projeto Nordeste No âmbito do Projeto Nordeste, foi criado um programa fundiário – o Projeto de Desenvolvimento do Sistema Fundiário Nacional (PDSFN) – que foi negociado comBanco Mundial. O programa abrangia todos os Estados da região Nordeste e a parte mineira da SUDENE. As principais realizações no projeto foram relacionadas `a discriminação, redistribuição de terras e identificação cadastral.

o

Até setembro de 1990, havia 99 projetos, correspondendo a 317.610 hectares e a .929 famílias. A identificação cadastral compreendeu 527.774 hectares e 9.250 cupantes. Nesta tarefa, pode-se dizer que neste ano foram alcançadas 17% da área rogramada e 5% dos beneficiários.

Em 1991, o Projeto Nordeste promoveu à identificação cadastral de 3.406 cupações sobre uma área de 96.038 hectares. As ações discriminatórias cobriram uma

.662.354 hectares.

7op oárea de 196.224 hectares com 2.512 ocupações. Foram entregues 68.576 títulos definitivos, correspondentes a uma área de1

27

Projetos Agroindustriais

a) PACAL O Projeto Agrocanavieiro Abrahan Lincoln (PACAL), localizado no município

de álcool, embora apresentasse graves problemas de liquidez. de Medicilândia – PA, teve uma previsão de produção de 75.260 sacas de açúcar e 1.176,400 litros

b) Caxangá A Unidade Agroindustrial Caxangá – UNAICA, teve em 1990, elaborada

rogramação para sua privatização. p Cadastro

Em 1990, o INCRA estabeleceu como prioritária a implantação de uma base adastral moderna e ativa, que contasse com instrumentos de atualização permanentes e

foram adotadas as providências necessárias ao cumprimento das isposições da lei nº 8.022, estabelecendo-se os contatos necessários com o

decorrentes.

O ano de 1990 marcou o início do desenvolvimento do Projeto de

Dessa forma, no âmbito da manutenção e atualização cadastral foram remetidas

Em 1991, foram mantidos os cadastros de 5,3 milhões de imóveis rurais e alizada atualização cadastral de 450 mil imóveis.

Em 1992, foram recadastrados 3.407.189 imóveis rurais e realizadas 130 mil tualizações cadastrais.

Em 1993, o Cadastro Rural foi totalmente reformulado, com vistas a apoiar as

cconfiáveis para subsidiar a tomada de decisão em todas as áreas envolvidas com a elaboração e a execução das políticas agrícola e agrária. Paralelamente, dDepartamento da Receita Federal (DRF) para viabilizar a emissão do ITR/90 e normatizar os procedimentos administrativos daí Cabe ressaltar que, apesar da atribuição de tributação ter sido transferida para o DRF, o INCRA continuou atuando junto àquele órgão no sentido de rever as bases de cálculo para ajuste das alíquotas do imposto.

Recadastramento de Imóveis Rurais, a partir do qual foi possível a modernização do Sistema de Informações do INCRA. ao SERPRO 420.609 Declarações de Propriedade (DPs). re a

ações de obtenção de terras, identificando áreas com a utilização de técnicas de sensoriamento remoto para interpretação do uso da terra, visando sua classificação como produtiva ou improdutiva.

28

anutenção da base de dados do cadastro, com as

formações coletadas no recadastramento de 1992, abrangendo 3.200.000 imóveis

cadastros estaduais. Desse modo, temos 5.146.999 óveis cadastrados, abrangendo uma área total de 639.026.991 hectares.

umas atividades foram iniciadas, no período, para a implantação do cadastro ráfico, como o desenvolvimento de técnicas de Banco de Dados, sensoriamento remoto processamento gráfico, com vistas à montagem da malha fundiária do País. Na imeir

as as “Estatísticas Cadastrais nuais – 1992”, bem como estudos para revisão dos índices de rendimento fixados pelo

Foi desenvolvida a criação e minrurais, além da atualização cadastral de 140.000 imóveis, bem como a introdução do Sistema de Consulta “on-line” dos im Alggepr a etapa, foram criadas unidades-piloto para tratamento das informações gráficas (base cartográfica, plantas de imóveis e aquisição de imagens de satélite). Na área de análises estatísticas, foram publicadAINCRA, para fins de classificação de imóveis rurais.

CADASTRO RURAL 1990-1994

420.609

-450.000

- 130.000

3.407.189

1.000.000

3.500

3.000.000

.000 3.200.000

2.500.000

1.500.000

2.000.000

140.000 - -500.000

-1990 1991 1992 1993 1994

Atualização Cadastral - Imóveis Recadastramento Fiscalização Foi prevista para o exercício de 1990 a abertura de 2.500 processos administrativos fiscais e 250 vistorias “in loco”. Com o advento da lei 8.022 houve um redimensionamento das metas, tendo em vista que a atividade de fiscalização foi transferida para a Receita Federal. Desse modo, priorizou-se a regularização dos 1.029

rocessos administrativos instaurados em exercícios anteriores, abrangendo a área de p7.990.231 hectares. ITR – 90 Durante o exercício de 1990 foram emitidos 4.553.816 certificados de cadastro / guias de pagamento.

29