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Direito do Consumidor – [email protected] Bibliografia: Cláudia Lima Marques – Manual de Direito do Consumidor e Revista de Direito do Consumidor; CDC comentado pelos autores do anteprojeto; Luiz Antônio Rizzato Nunes; Coleção Direito do Consumidor O Brasil teve as ordenações do Reino (Manuelinas, Afonsinas e Filipinas) – compilação de leis portuguesas. Foram aplicada aqui por mais tempo do que em Portugal. Legislações brasileiras por excelência demoraram para surgir. Com a Constituição de 1824 – elaborar-se-ia um Código Civil e um Código Penal. CCom 1850, foi elaborado antes que o próprio CC. Em 1916, Clóvis Bevilaqua instituiu o primeiro CC brasileiro – um código patrimonialista, patriarcal (elegia o homem como a cabeça do casal e da família), foi pensado para um sociedade agrária. Década de 70 – depósito de anteprojeto de um novo CC por Miguel Reale. Este anteprojeto do CC queria atualizar o de 16. Não havia compatibilidade com a sociedade da década de 70. As cidades ganharão predominância em relação ao campo, paridade entre os cônjuges, não diferenciação entre filhos... Ditadura – não era interessante aprovar um CC arrojado, moderno, progressivo. O projeto de Miguel Reale ficou arquivado por muito tempo. Os novos direitos (como o Direito do Consumidor) foram contemplados pela nova Constituição/88 – a constituição cidadã. O nosso constituinte fez uma opção para que fosse criado e consolidado um direito do consumidor. CF Artigo 48 do ADCT – o constituinte ordenou que fosse redigido um CDC. Artigo 5º, inciso XXXII, CF – defesa do consumidor. O CDC faz opção por defender um sujeito considerado vulnerável. **vulnerabilidade não é sinônimo de hipossuficiência. A hipossuficiência é uma vulnerabilidade exacerbada e nunca pode ser determinada a priori. Se for constatada a hipossuficiência pode-se conseguir a inversão do ônus da prova. Artigo 170, CF – aborda a ordem econômica. A livre iniciativa, por exemplo, deve ser equilibrada com a defesa do consumidor. Natureza Jurídica do CDC – artigo 1º - súmula 381 STJ (exceção ao artigo 1º) A súmula diz que é vedado ao julgador conhecer de ofício nos contratos bancários a abusividade de cláusulas. Proíbe que o juiz determine que certa cláusula de contrato bancário seja abusiva. No entanto, o artigo 1º do CDC diz que se tratam de normas de ordem pública, inclusive, por esse motivo, muitos autores consideram que essa súmula 381 do STJ é inconstitucional. Senado: PL 281/2012 – comércio eletrônico; PL 282/2012 – ações coletivas e PL 283/2012 – super endividamento.

Resumo Direito Do Consumidor 1234

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Resumo Prático de Direito do Consumidor

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Direito do Consumidor [email protected]

Bibliografia: Cludia Lima Marques Manual de Direito do Consumidor e Revista de Direito do Consumidor; CDC comentado pelos autores do anteprojeto; Luiz Antnio Rizzato Nunes; Coleo Direito do Consumidor

O Brasil teve as ordenaes do Reino (Manuelinas, Afonsinas e Filipinas) compilao de leis portuguesas. Foram aplicada aqui por mais tempo do que em Portugal. Legislaes brasileiras por excelncia demoraram para surgir. Com a Constituio de 1824 elaborar-se-ia um Cdigo Civil e um Cdigo Penal. CCom 1850, foi elaborado antes que o prprio CC. Em 1916, Clvis Bevilaqua instituiu o primeiro CC brasileiro um cdigo patrimonialista, patriarcal (elegia o homem como a cabea do casal e da famlia), foi pensado para um sociedade agrria. Dcada de 70 depsito de anteprojeto de um novo CC por Miguel Reale. Este anteprojeto do CC queria atualizar o de 16. No havia compatibilidade com a sociedade da dcada de 70. As cidades ganharo predominncia em relao ao campo, paridade entre os cnjuges, no diferenciao entre filhos... Ditadura no era interessante aprovar um CC arrojado, moderno, progressivo. O projeto de Miguel Reale ficou arquivado por muito tempo.Os novos direitos (como o Direito do Consumidor) foram contemplados pela nova Constituio/88 a constituio cidad. O nosso constituinte fez uma opo para que fosse criado e consolidado um direito do consumidor.

CFArtigo 48 do ADCT o constituinte ordenou que fosse redigido um CDC.Artigo 5, inciso XXXII, CF defesa do consumidor. O CDC faz opo por defender um sujeito considerado vulnervel. **vulnerabilidade no sinnimo de hipossuficincia. A hipossuficincia uma vulnerabilidade exacerbada e nunca pode ser determinada a priori. Se for constatada a hipossuficincia pode-se conseguir a inverso do nus da prova.Artigo 170, CF aborda a ordem econmica. A livre iniciativa, por exemplo, deve ser equilibrada com a defesa do consumidor.

Natureza Jurdica do CDC artigo 1 - smula 381 STJ (exceo ao artigo 1)A smula diz que vedado ao julgador conhecer de ofcio nos contratos bancrios a abusividade de clusulas. Probe que o juiz determine que certa clusula de contrato bancrio seja abusiva.No entanto, o artigo 1 do CDC diz que se tratam de normas de ordem pblica, inclusive, por esse motivo, muitos autores consideram que essa smula 381 do STJ inconstitucional.

Senado: PL 281/2012 comrcio eletrnico; PL 282/2012 aes coletivas e PL 283/2012 super endividamento.

Quais so os fundamentos dessa disciplina? Necessidade social, econmica. Surge em resposta a uma realidade social e econmica. Revoluo Industrial produo em srie e consumo massificado. Isso operou a despersonalizao das relaes as relaes no so mais paritrias, pessoais. So massificadas e despersonalizadas. Especializao daquilo que se produz. H uma dificuldade cada vez maior de dominar os fatores tcnicos do que estou consumindo, so alheios ao meu entendimento. No daria para continuar usando o CC nessas relaes, porque as partes no so mais livres e iguais e nem que a vontade das partes soberana. Surge um novo tipo de contrato, o de adeso, onde a minha vontade no tem mais a funo criadora de direitos. Diante disso, deve-se dar um tratamento protetivo aos consumidores. uma clara e evidente forma de proteo social e econmica. O consumidor pea elementar no funcionamento da economia. Proteg-lo tambm proteger essa engrenagem. Nasce com o vis claramente protetivo, obviamente no se chama direito do fornecedor, mas do consumidor.1) CF: tambm se fundamenta na CF. Artigo 5, XXXII (rol de direitos fundamentais); artigo 170 (da ordem econmica) o consumidor pea motriz na ordem econmica, essencial; artigo 48 ADCT (em 120 dias deve o Congresso elaborar o CDC) o bero do CDC constitucional, sua criao se d por uma determinao desta.-> Qual o critrio definidor para distinguir direito pblico de privado? A vontade das partes. Se existe um grande espao para a autonomia da vontade estamos falando de direito privada. Se a maior parte das normas so cogentes, impositivas, regras de ordem pblica, estamos diante de direito pblico, de interesse social. 2) CDC: artigo 1 (de ordem pblica e de interesse social) a autonomia da vontade extremamente limitada, os contratos de consumo so dirigidos pelo Estado. principiolgico. Eivado de princpios, inclusive princpios constitucionais. Valorativo e muito prximo aos ideais do constituinte.3) CC/02: possvel aplicar nas relaes de consumo normas do CC? De regra no, mas, apesar de distintos (CDC e CC), ocorre o dilogo das fontes, que vem substituir a ideia da pirmide de Kelsen. Um exemplo muito claro de interveno do CDC nas relaes cveis o princpio da boa-f objetiva. De incio esse princpio s havia nas relaes de consumo. Buscamos, por exemplo, no CC, conceitos gerais que o CDC no traz. Ex.: conceito de capacidade. S buscamos no CC o que o CDC deixa omitido.

RELAO DE CONSUMOO que caracteriza uma relao de consumo? Consumidor; fornecedor e um bem ou servio.1) consumidor: quem pode ser classificado como consumidor? Regra geral todos ns somos consumidores em potencial. Artigo 2 CDC pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza (no precisa ter comprado o produto ou servio, posso apenas utilizar) produtos ou servios como destinatrio final. De regra o consumidor aquele que compra para se satisfazer, para seu proveito prprio. 1.1) maximalista: todo aquele que retira do mercado um bem ou um servio. Praticamente todas as relaes seriam de consumo. Independente da finalidade. Basta que eu retire o bem ou servio que sou consumidor.1.2) finalista: para ser consumidor, alm de adquirir, a finalidade, o destino deve ser no econmico. Adquirir para satisfaes pessoais. Se adquirir com finalidade econmica no seria consumidor. Por um tempo foi essa a corrente adotada pela doutrina. Compro um computador para exercer minha profisso, diante disso no seria consumidora.1.3) finalista aprofundado: consumidor todo aquele que retira do mercado um bem ou servio como destinatrio final, mas que dentro desse conceito caberia tanto a finalidade pessoal como a finalidade econmica. Porque o bem aqui tipicamente de consumo. O computador que comprei, independente do que vou fazer com ele, ainda que para aperfeioar minha atividade econmica, sou consumidora mesmo assim. 1.4) coletividade: o artigo 2, nico traz outro tipo de consumidor. Consumidores por equiparao. A coletividade de pessoas indeterminveis. Ex.: propaganda abusiva ou enganosa veiculada na televiso, atinge a coletividade de consumidores, mesmo aqueles que nem compraram aquele produto. Pelo simples fato de se esporem a essa publicidade abusiva, so consumidores por equiparao. Entes despersonalizados entram aqui tambm, como a massa falida, o condomnio, esplio...1.5) vtimas: artigo 17. Vtimas do fato do produto ou servio, do acidente de produto. 1.6) prticas: artigo 29. Todas as pessoas expostas s prticas comerciais. Oferta, publicidade, etc.2) fornecedor: artigo 3 CDC. Bastava dizer toda pessoa fsica ou jurdica. Podemos, inclusive, em determinados casos, utilizar o CDC contra o Estado. Conceito amplo.3) produto: mvel ou imvel, material ou imaterial. Pode ser durvel ou no durvel (artigo 3, 1, CDC). Produto durvel no perde existncia pelo consumo. Se desgasta, pode estragar, mas no perde sua existncia pelo ato de consumir. Produto no durvel perde a existncia pelo consumo. Medicamentos, alimentos, cosmticos. Artigo 4, inciso II, alnea d o Estado deve garantir o mnimo de durabilidade (durao razovel), pois se notou que o mercado de fornecedores vem a cada dia programando seus produtos para uma durabilidade menor (obsolescncia programada). Obsolescncia perceptiva no quero mais usar pois no est mais na moda ou porque j tem melhores.4) servio: artigo 3, 2, CDC toda atividade colocada no mercado de consumo mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, salvo as de natureza trabalhista. A remunerao pode ser direta ou indireta. Qualquer das duas pode dar ensejo a uma relao de consumo. Se um estabelecimento est oferecendo estacionamento gratuito aos clientes, isso est embutido nos produtos oferecidos. a. gratuito: de regra no existe servio gratuito, mas servio com remunerao direta ou indireta.b. pblico: artigo 22 CDC servio pblicos remunerados mediante imposto (remunerao indireta) no so passveis de se enquadrar no CDC (servios pblicos prprios). Servios pblicos imprprios, com remunerao direta (por meio de taxa ou tarifa) incide o CDC, ex.: gua e luz. Se eu parar de pagar a luz, podem parar de fornec-la mediante notificao. Mas isso comporta excees. Se for um hospital, mesmo que inadimplente a administrao pblica no pode cortar os servios pblicos essenciais, pois estes devem ser contnuos. Analisar as caractersticas do caso concreto para contrapor com a dignidade da pessoa humana.

PRINCPIOS E DIREITOS1) dignidade: um valor do estado brasileiro. Est acima dos demais princpios. Garantia de direitos fundamentais. Instrumento de efetivao dos direitos fundamentais. Artigo 4, CDC. 2) vida: proteo vida, sade e segurana dos consumidores. Padres mnimos de qualidade. No pode ser colocado no mercado de consumo produto nocivo ou perigoso. Nocivo -> faz mal do ponto de vista biolgico. Perigoso -> pode trazer algum prejuzo, em potencial. Esses produtos no podem ser colocados no mercado, como regra. A delimitao que o sistema protetivo vem com mais fora no sentido de assegurar informao adequada, ostensiva, precisa, sobre todos os componentes que podem gerar perigo ou risco. Artigos 8 e 9 CDC. Tolera-se certa nocividade e certa periculosidade desde que acompanhado de informao clara e precisa.a. informao: dever de informao clara, ostensiva e precisa. Artigo 10 CDC recall. 3) transparncia: alm de informao. informao reta, leal e adequada. o que motiva o dever de informar de forma clara. H muitas vezes uma disparidade de informaes.4) harmonia: o CDC na verdade visa atingir igualdade material. Reconhece a desigualdade e, portanto, protege o consumidor, mas o faz na tentativa de harmonizar. Ele pr relaes de consumo saudveis. Harmonia entre interesses econmicos, desenvolvimento e direitos fundamentais.5) boa-f: objetiva e subjetiva. Subjetiva -> avaliar o ntimo da psique do agente, a intencionalidade dele. Boa f se presume, o que significa que para derrub-la preciso produzir prova em contrrio. Nas relaes de consumo avalia-se a boa f em seu vis objetivo -> impe deveres de conduta exteriores. No importa a inteno do agente, mas os deveres anexos, dever de conduta, que esto implcitas em todos os contratos consumeristas. Dever de informao; cooperao; lealdade; sigilo; confiana (proteger as legtimas expectativas).6) equilbrio: reconhecendo a disparidade entre consumidor e fornecedor.7) vulnerabilidade: artigo 4, inc. I, CDC todo consumidor vulnervel? uma presuno absoluta, independente das circunstncias fticas. Todo consumidor vulnervel sim, mas nem todo consumidor hipossuficiente. Para avaliar a hipossuficincia devemos avaliar se h de fato uma disparidade econmica, tcnica, jurdica, social, cultural...8) conservao: dos contratos e das relaes de consumo. Continuidade das relaes. um princpio que protege o fornecedor e o consumidor. A doutrina fala em atividade. Preservar e no quebrar essa relao de interesse tanto do consumidor quando do fornecedor.9) solidariedade: entre fornecedores. Posso exigir do comerciante, do fabricante, do distribuidor... toda a cadeia de fornecedores responde solidariamente. 10) preveno e reparao: se no for possvel prevenir, reparar os danos sofridos. Necessidade de educar os consumidores, informando. Para prevenir qualquer dano. A reparao vem para reconstituir.

NUS artigo 6, inc. VIII, CDC possibilidade de inverso do nus probatrio.1) regra: artigo 333, CPC. nus esttico. Quem alega prova.2) teoria da carga dinmica das provas: de origem italiana. Apesar da regra geral do CPC, pode o juiz, dependendo do caso concreto, distribuir de forma diferente os nus probatrios. Quem detm melhores condies de produzir a prova, a produza. Essa teoria inspirou a ideia da inverso do nus da prova. Tem vis protetivo e filosfico na maior parte das vezes o fornecedor quem tem mais condies para produzir a prova.3) inverso: o consumidor alega e o fornecedor prova. Mas uma possibilidade! No algo inerente. Deve ser pedido pelo consumidor (requerer a inverso), diferente da teoria acima citada, que pode ser feita de ofcio pelo juiz. Provar um dos requisitos, que alternativamente (um ou outro) devem estar presentes para que haja a inverso: verossimilhana ou hipossuficincia. Verossimilhana: indcios, aparncia de verdade que vou dar ao juiz na minha petio inicial. Hipossuficincia: situao de desvantagem sob o ponto de vista tcnico, econmico, jurdico, social... ento inicialmente o consumidor vai produzir provas, da verossimilhana ou da hipossuficincia. A verossimilhana verificada sumariamente pelo juiz. O arcabouo probatrio leva a entender que aquilo que se est alegando verdade. No caso da hipossuficincia a disparidade deve ser tanta de modo que no tenha liberdade consensual. A disparidade tcnica tambm esteia a hipossuficincia no caso concreto. No h rol exaustivo, hipossuficincia disparidade relevante, seja em qualquer aspecto relevante para a relao de consumo. a. publicidade: quando o tema for publicidade a inverso do nus ocorre ope legis. Sob a veracidade daquilo que se veicula em uma publicidade o nus, de plano, do fornecedor. Artigo 38, CDC. 3.1) momento: qual o momento processual de inverso do nus probatrio? H divergncias. Como encargo do magistrado ele que vai definir o momento. Correntes: 1-no despacho inicial (quando juiz recebe e manda citar o ru, deciso interlocutria) no a corrente majoritria, pois entende-se que muito cedo para inverter o nus probatrio; 2-na sentena (s ao fim o juiz inverte) tambm no corrente majoritria, extremamente minoritria, pois muito tarde; 3-no despacho saneador (o que acontece no momento que antecede o incio da instruo probatria) essa a corrente majoritria! Inicia a fase de instruo (produo de provas) e o magistrado decide se vai inverter ou no o nus da prova.Se o consumidor no pedir para inverter o nus o MP pode pedir, pois o juiz no pode de ofcio inverter. 3.2) inverso econmica: o nus pode ser invertido, mas possvel que o aspecto econmico no o seja. A regra quem pede paga, mesmo o nus estando invertido. A inverso do nus probatrio no implica diretamente em inverso econmica. Se o consumidor pede ele paga, se o fornecedor pede ele paga, se o MP pede ou o prprio magistrado pede, o custeio dela caber quele que possui interesse processual na produo daquela prova. Se o nus est invertido, de quem o interesse processual? Do fornecedor! Neste caso tambm h inverso do nus econmico. Se o nus no est invertido o interesse o consumidor.

OFERTA E PUBLICIDADE1) oferta1.1) conceito: toda informao suficientemente precisa veiculada por qualquer forma direcionada ao consumidor. A oferta, de regra, direcionada, especfica, no para veiculao ao pblico em geral, pois isso publicidade. Qualquer forma a oferta pode se dar verbalmente, por escrito, de modo tcito, com apresentao de determinado item ao consumidor. Suficientemente precisa informao que traz caractersticas gerais do produto e preo. O preo pode ser trazido de modo direto ou indireto. a. vinculao: obriga o fornecedor ao cumprimento daquilo que ofertou. O consumidor pode exigir o cumprimento especfico daquilo que foi ofertado.b. integrao: integra o contrato de consumo. As informaes prestadas no momento da oferta integram o contrato de consumo, pois foram decisivas para a vontade de contratar. O fornecedor pode se retratar, voltar atrs? No! Uma vez ofertado vincula-se e no h possibilidade de retratao, salvo em hiptese de erro crasso (ex.: televiso com preo de 3 reais, erro na digitao dos zeros relembra o princpio da boa-f objetiva, que o consumidor tambm deve observar). O consumidor pode limitar ao estoque, por exemplo, no pode disponibilizar um estoque irrisrio, mas isso deve ser visto caso a caso, produto a produto. No caso concreto deve-se observar a norma e os princpios. 2) dever informar: as informaes prestadas pelo fornecedor devem ser precisas, claras, ostensivas. Artigo 31, CDC. Rol no exaustivo entre outros dados! 3) reposio: A oferta vincula e opera efeitos mesmo aps sua veiculao. Uma vez ofertado determinado produto, o fornecedor se obriga a manter assistncia tcnica e peas de reposio enquanto durar a fabricao e, depois, por tempo razovel. Tempo razovel aquele que acompanha a esperada durao do produto. Mesmo que o carro no seja mais fabricado, espera-se que tenham peas de reposio pois ainda circulam muitos veculos desse modelo. 4) ausentes: a oferta feita entre ausentes (critrio possibilidade de aceitao imediata), com lapso temporal exemplo: por e-mail. a. fornecedor: o CDC diz que o fornecedor deve veicular de modo claro seus dados de identificao, endereo, CNPJ... preciso saber de modo claro quem que est me ofertando determinado produto.5) chamada onerosa artigo 33, nico. A oferta no pode ser onerosa ao consumidor.6) solidariedade: o fornecedor responde solidariamente com seus prepostos (funcionrios). Perante o consumidor o fornecedor responsabiliza-se pelos atos de seus prepostos.7) recusa por parte do fornecedor: escolha do consumidor e alternativamente exigir o cumprimento especfico; aceitar outro produto ou servio semelhante em substituio; rescindir o contrato e exigir perdas e danos.8) publicidade X oferta: toda publicidade tambm oferta, ento todas as regras da oferta se aplicam para a publicidade. Mas nem toda oferta publicidade, pois a oferta de regra direcionada, no tem o intuito de divulgao ampla como a publicidade (panfletagem, comercial, outdoor...). A publicidade ainda tem algumas regras especficas. Artigo 30, CDC.8) publicidade e propaganda: o cdigo no faz essa distino, se refere apenas publicidade e a CF somente propaganda. Publicidade tem fins comerciais, propaganda tem fins ideolgicos, polticos. O objeto de regramento do CDC a publicidade fins comerciais. Propaganda tem carter poltico.8.1) meios de controle: a publicidade sofre duplo controle. Controle da inciativa privada e controle estatal (por meio do Judicirio). CONAR conselho dos profissionais de publicidade e propaganda, pela via administrativa, rgo de classe. 8.2) vinculao: vincula e integra ao contrato tambm, assim como a oferta. Toda publicidade deve ser facilmente identificada como tal. No se pode fazer publicidade camuflada, subliminar. Ainda que o merchandising seja uma prtica reiterada e aceita socialmente, deve-se informar que aquilo se trata de merchandising.8.3) identificao8.4) prova informaes8.5) enganosaa. omissob. embalagem8.6) abusivaa. discriminatriab. medo superstio c. violnciad. ambientale. crianaf. pergioso8.7) nus da prova