Resumo Global Geografia 10 e 11

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  • 1

    A posio de Portugal na Europa e no Mundo

    Constituio do territrio nacional

    O territrio nacional

    Portugal Territrio continental

    Territrio insular

    Portugal Continental

    Forma aproximada de um rectngulo;

    Limitado a norte e este Espanha;

    Limitado a sul e oeste Oceano Atlntico;

    Arquiplago dos Aores

    Nove ilhas Trs grupos

    Arquiplago da Madeira

    Organizao administrativa de Portugal

    Territrio portugus Organizado administrativamente Regies Autnomas

    18 Distritos

    Regies autnomas Governos autnomos;

    Capacidade legislativa e administrativa.

    Poder regional Dois rgos principais: Assembleia Legislativa

    Governo Regional

    Portugal Continental 18 Distritos

    Cada distrito Tem uma capital

    D o nome ao distrito

    Governo Civil.

    Outras divises

    Aps a adeso UE Nova diviso territorial Para efeitos estatsticos e da atribuio de fundos comunitrios

    NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais)

    NUT I Portugal continental; Aores; Madeira.

    NUT II Norte, Centro, Alentejo, Lisboa, Algarve, Aores e Madeira.

    NUT III 30 Unidades.

    A posio geogrfica de Portugal

    Localizao perifrica;

    Extremo sudoeste da Europa e da Pennsula Ibrica;

    Cabo da Roca Ponto mais ocidental da Europa.

    A insero de Portugal em diferentes espaos

    Localizao perifrica Antes Isolava o nosso pas do resto do mundo

    Hoje uma fronteira atlntica da Europa

    Nova centralidade Desenvolvimento dos transportes

    Desenvolvimento dos meios de comunicao

    Liga a Europa ao resto do mundo

    Posio geogrfica Novas perspectivas relativamente s relaes internacionais Principalmente nos pases de lngua oficial portuguesa

    Novas perspectivas relativamente ao desenvolvimento econmico, social e cultural.

    Portugal na UE

    Aps a Segunda Guerra Mundial Promover a cooperao econmica e poltica, garantido a Paz

    Cria-se a CECA (Comunidade Europeia do Carvo e do Ao)

    Composta por: Alemanha, Frana, Blgica, Itlia, Luxemburgo e Holanda

    Trs unidades individualizadas:

    Portugal Continental

    Aores

    Madeira

    Grupo Ocidental

    Flores e Corvo.

    Grupo Central

    Terceira, Graciosa, So Jorge, Faial e Pico.

    Grupo Oriental

    So Miguel e Santa Maria.

    Ilha da Madeira Ilha de Porto Santo

    Dividem-se em concelhos

    Dividem-se em freguesias

    Portugal Uma plataforma multimodal de cruzamento de rotas,

    martimas e areas.

  • 2

    Foi bem-sucedida

    Motivou a criao - CEE (Comunidade Econmica Europeia)

    - EURATOM (Comunidade Europeia da

    Energia Atmica)

    Estados-membros Suprimir obstculos comerciais Querem um mercado comum.

    A assinatura do Tratado de Maastricht Criao da U E

    Novas formas de cooperao entre os governos e os estados-membros, nos domnios da defesa e

    assuntos internos.

    A integrao econmica e poltica entre os estados membros da U E Implica tomar decises em conjunto Desenvolvimento de polticas

    comuns (Ex. PAC).

    As relaes da U E com o resto do mundo mudaram Novos acordos comerciais e de cooperao com outros pases Desenvolvendo uma

    poltica externa e de segurana comum.

    Demorou algum tempo Suprimir todos os obstculos ao comrcio entre os estados-membros

    Transformando o espao comunitrio num mercado nico, onde os bens, os servios, as pessoas e capi-

    tais Circulassem livremente

    Tratado de Maastricht Instituio de uma cidadania europeia Cidados dos estados-membros a livre circulao no espao comunitrio,

    trabalhar, residir e votar no pas onde reside.

    U E Vrias adeses Aumenta a sua dimenso

    Hoje constituda por 27 pases

    Portugal aderiu em 1986 Essa adeso tem sido positiva

    Concesso de muitos subsdios

    Abertura a novos mercados

    Participao em programas e projectos comunitrios

    Portugal no mundo

    Superfcie e total de habitantes Relativamente reduzidos

    Impe a sua presena atravs da lngua falada num vasto espao lusfono

    Portugus Lngua oficial de:

    Formam o espao Lusfono

    Elo de ligao histrica e cultural do espao lusfono

    Promove a cooperao entre eles

    Ajuda projeco do nosso pas no contexto internacional

    CPLP (Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa) Tenta promover e defender a lngua Portuguesa transformando-a num instrumento de

    comunicao para ser utilizada na resoluo de questes de cooperao entre os vrios pases-membros.

    Portugal marca presena internacionalmente Comunidades portuguesas

    Comunidades portuguesas no estrangeiro

    Devido emigrao (por causa da insuficincia dos meios de subsistncia no pas natal)

    Comunidades portuguesas Importantes Envio de divisas estrangeiras Equilbrio do dfice da balana comercial e dinamiza

    vrios sectores de actividade.

    Promovem investimento portugus nos pases de acolhi

    mento ou investimento estrangeiro no nosso pas.

    Portugal afirma-se na comunidade internacional atravs da sua participao em vrias organizaes, tais como:

    ONU (Organizao das Naes Unidas)

    Cria condies para haver paz e segurana;

    Zela pelos direitos do Homem;

    Contribuir para o desenvolvimento econmico, tecnolgico, cientfico e cultural.

    OTAN/NATO (Organizao Tratado do Atlntico Norte)

    Estabelece um pacto militar entre os estados-membros, em cada de ataque.

    Conselho da Europa

    Promover os direitos do Homem.

    OCDE (Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento Econmico)

    Reforar a economia dos pases-membros;

    Melhorar a sua eficcia;

    Promover a economia de mercado;

    Desenvolver um sistema de trocas livres e contribuir para o desenvolvimento e industrializao dos pases;

    Resoluo de problemas econ-

    micos e sociais

    Aproximar o nvel vida da m-

    dia europeia

    Brasil Angola Moambique Guin-Bissau So Tom e Prncipe Cabo Verde Timor-Leste

  • 3

    Possibilita a discusso, anlise e definio do modo como as suas polticas econmicas e sociais podem ser desenvolvidas de forma

    mais harmoniosa e eficiente.

    A populao, utilizadora de recursos e organizadora de espaos

    A Populao: evoluo e diferenas regionais

    A Evoluo da populao na segunda metade do sculo XX

    Evoluo da populao portuguesa Irregular

    Dcada de 50 Saldo natural positivo Crescimento pouco significativo

    Dcada de 60 Decrscimo Devido a: Intenso fluxo migratrio

    Reduo da taxa de crescimento natural Introduo de mtodos

    contraceptivos mais eficazes e modernos Decrscimo da natalidade

    Dcada de 70 Maior aumento da populao

    Regresso de portugueses emigrantes das ex-colnias graas ao 25 de Abril

    Regresso de portugueses emigrantes da Europa, afastados pela crise que condicionou a economia

    de muitos pases receptores ou atrados pela melhoria das condies socioeconmicas introduzidas pelo 25 de Abril.

    Dcada de 80 Crescimento praticamente nulo devido: Diminuio da taxa de crescimento natural

    Devido a baixos valores da taxa de natalidade

    Dcada de 90 Crescimento ligeiro Devido imigrao

    Dcada de 00 Saldo natural positivo

    Saldo migratrio positivo

    Dcada de 60 Portugueses Amrica (Brasil)

    Dcada de 60/70 Frana, Alemanha, Luxemburgo e Sua Novos destinos

    Os portugueses emigram Pases em expanso industrial

    poca de reconstruo e desenvolvimento ps II GM Falta de mo-de-obra

    Fugiam da Guerra Colonial, fome, pobreza, isolamento, sistema poltico opressor

    Busca de trabalho e melhores condies de vida

    Longos perodos de tempo (Emigrao permanente) mas com a proximidade do pas receptor h a possibili-

    dade de regresso ao pas

    Dcada de 70 Pases entram em recesso econmica que os obrigou a impor limites imigrao

    25 de abril Melhorou condies de vida

    Reduz Emigrao

    Retorno de milhares de cidados das antigas colnicas e de exilados de outros pases

    Dcada de 80 Movimento migratrio diminui e passa a ser temporrio e sazonal

    Sada (2 metade do sculo XX) de jovens e jovens adultos Consequncias

    Positivas

    Negativas

    Consequncias negativas

    Diminuio natalidade

    Aumento do envelhecimento

    Diminuio do crescimento Efectivo

    Populao activa O interior iniciou o processo de despovoamento

    Situao que ainda no foi invertida

    Consequncias positivas

    Remessa de divisas estrangeiras Equilbrio da balana de pagamentos

    Investimento estrangeiro Desenvolvimento das regies

    Diminuio do desemprego, aumento dos salrios, modernizao tecnolgica de muitos sectores (para ultrapassar falta de mo-de-

    obra)

    Melhores condies de vida

    Crescimento Positivo

    Muitos portugueses regressam a Portugal

  • 4

    Consequncias

    Litorizao: Concentrao da populao na faixa litoral

    Sobrelotao dos equipamentos e infra-estruturas;

    Desordenamento do espao;

    Desequilbrio ambiental;

    Congestionamento;

    Aumenta o desemprego, criminalidade, racismo e xenofobia;

    Surgem bairros degradados.

    Bipolarizao: Crescente centralizao do desenvolvimento em dois aglomerados urbanos, baseada na concentrao de populao e das acti-

    vidades econmicas.

    Despovoamento do interior: Diminuio da populao que vive no interior, geralmente devido aos movimentos migratrios.

    Escassez de infra-estruturas (devido ao reduzido nmero de habitantes);

    Reduzido nmero de bens e servios (devido ao fraco poder econmico da populao);

    Envelhecimento da populao;

    Falta de mo-de-obra (na agricultura, na vigilncia e proteco das florestas).

    Solues

    Litorizao

    Melhoria dos transportes colectivos;

    Planeamento Urbanstico;

    Diminuio da densidade populacional

    Criao de espaos de lazer e de equipamentos que permitem a melhoria da qualidade de vida urbana;

    Reduo das fontes de poluio;

    Despovoamento do Interior

    Melhoria das acessibilidades;

    Qualificao da mo-de-obra;

    Desenvolvimento do turismo;

    Plos de ensino secundrio.

    Causas Humanas

    Factores Favorveis

    > Paz;

    > Prosperidade;

    > Servios;

    > Comrcio;

    > Indstria;

    > Vias de comunicao.

    Factores Desfavorveis

    > Guerras;

    > Epidemias;

    > Poluio;

    > Pobreza.

    Indicadores Demogrficos

    Taxa de Natalidade: nmero de nados-vivos ocorrido durante um certo perodo de tempo, normalmente o ano, por 1000 habitantes.

    Evoluo Veio a diminuir ao longo dos anos, devido:

    > Acesso ao planeamento familiar;

    > Mtodos contraceptivos;

    > Entrada da mulher no mundo do trabalho;

    > Casamento tardio.

    Taxa de Mortalidade: nmero de bitos que ocorrem, em mdia, por cada mil habitantes, numa dada rea e num determinado perodo de

    tempo.

    Evoluo Veio a diminuir ao longo dos anos, devido:

    > Melhor dieta alimentar;

    > Melhores condies de habitao;

    > Melhores cuidados de sade;

    > Hbitos de higiene;

    > Melhores condies de trabalho.

    Taxa de Mortalidade infantil: nmero de bitos de crianas com menos de um ano ocorrido durante um certo perodo de tempo.

    Evoluo Veio a diminuir ao longo dos anos, devido:

    > Melhores cuidados mdicos durante e aps a gravidez;

    > Vacinao infantil;

    Causas Naturais

    Factores Favorveis

    > Clima Ameno;

    > Solo Frtil;

    > Existncia de gua;

    > Subsolo rico;

    > Relevo suave;

    Factores Desfavorveis

    > Riscos Naturais;

    > Inexistncia de gua;

    > Vegetao Densa;

    > Clima Rigoroso.

  • 5

    > Acompanhamento mdico durante o parto.

    Radiao solar

    A aco da atmosfera sobre a radiao solar

    A energia solar radiante chega at ns sob a forma de ondas electromagnticas com vrios comprimentos de onda, que no seu conjunto for-

    mam o espectro solar.

    No espectro solar h 3 tipos de comprimentos de onda:

    Raios ultravioleta Pequeno comprimento de onda

    Raios luminosos/ luz visvel Maior comprimento de onda

    Raios infravermelhos Comprimento de onda maior que todos os outros

    Constante solar: Quantidade de energia solar recebida no limite superior da atmosfera, exposta perpendicularmente aos raios solares.

    Quase metade da energia solar recebida no limite superior da atmosfera perde-se ao atravess-la devido a 3 processos:

    Absoro

    Reflexo

    Difuso

    Gases absorventes da radiao solar:

    Ozono estratosfrico;

    Vapor de gua;

    Nuvens;

    Poeiras;

    Dixido de carbono.

    Reflexo: Uma parte da energia solar perde.se por reflexo (ao incidir sobre um corpo sofre uma mudana de direco voltando para o espao)

    Radiao Solar chega Terra Passa pela atmosfera Vai diminuindo

    reflectida e absorvida pelas nuvens

    tambm reflectida pela superfcie terrestre

    Albedo Fraco de energia reflectida por um corpo;

    - varivel, dependendo da cor e do tipo dos materiais da cobertura de superfcie ou do ngulo de incidncia dos raios solares

    Se a superfcie for clara o Albedo elevado, reflectindo quase toda a energia que incide nela o que leva superfcie a no

    aquecer muito;

    Se a superfcie for escura o Albedo ser bastante baixo porque a superfcie absorve quase toda a energia que nela incide o

    que leva superfcie aquecer bastante.

    Difuso

    Disperso da radiao solar em todas as direces, provocada por gases atmosfricos e partculas em suspenso.

    Radiao Solar Global: a radiao total que chega superfcie da Tera, resulta da radiao difusa e da radiao solar directa.

    A Terra no acumula energia, tendo por isso uma temperatura mais ou menos constante. Toda a energia que o planeta recebe

    equivalente energia que perde, atingindo assim um equilbrio trmico.

    O vapor de gua e o dixido de carbono tm um papel fundamenta no aquecimento da troposfera, devolvendo Terra uma parte da

    energia que esta reflectiu e mantendo-a numa temperatura constante. Esta funo da atmosfera chama-se efeito de estufa, que evita a perda

    de calor para as camadas altas da atmosfera e o intenso arrefecimento nocturno.

    Acontece devido reteno de calor na atmosfera com ajuda do fenmeno da contra-radiao, ou seja, a radiao ao chegar super-

    fcie terrestre, parte dela, volta para a atmosfera (sendo um processo sem fim) e a radiao acaba por ficar presa na Terra.

    Gases responsveis.

    Metano, clorofluorcarbonetos, dixido de carbono e dixido de enxofre.

    Factores de variao da radiao solar

    Latitude quanto menor for a latitude maior a quantidade de radiao solar, devido menor inclinao dos raios solares.

    Proximidade do mar a influncia da proximidade do mar reflecte-se na nebulosidade (quantidade de cu coberto por nuvens num determi-

    nado momento) que faz com que as regies do litoral, sobretudo a norte do Tejo, recebam a radiao solar com menor intensidade, pois as

    nuvens reflectem e absorvem parte da radiao solar incidente.

    Altitude a altitude influencia o aumento da nebulosidade e em consequncia o nmero de horas de sol descoberto.

    Exposio das vertentes a inclinao dos raios solares determina que: as vertentes voltadas a sul estejam mais expostas ao sol (encostas

    soalheiras), e que como tal tenham maior insolao. As vertentes voltadas para norte tm mais horas de sombra (encostas umbrias), e por isso a

    insolao menor.

    Factores de distribuio da temperatura

    Assim:

    Albedo elevado: nas nuvens e neve;

    Albedo pouco elevado nas florestas densas e em algumas superfcies artificiais (como as que so revestidas com

    alcatro).

  • 6

    Latitude medida que a latitude aumenta a temperatura diminui visto que o ngulo de incidncia no Equador de 90 logo, a rea

    iluminada menor mas a temperatura maior, por isso, medida que a latitude aumenta lgico a temperatura diminuir.

    Proximidade do mar Perto o mar existe uma maior nebulosidade, logo, existe uma maior absoro dos raios solares pelas nuvens e por isso

    a temperatura diminui.

    Altitude A temperatura diminui porque a altitude aumentou.

    Consequncias do efeito de estufa

    Aumento do nvel mdio das guas;

    Mistura de gua salgada com gua doce;

    Morte de espcies animais e de plantas;

    Mais insectos;

    Mais doenas.

    Variao diurna da radiao solar

    A intensidade da radiao solar que atinge a superfcie terrestre varia ao longo do dia natural, uma vez que a inclinao dos raios

    solares tambm varia.

    Nascer do Sol Maior inclinao dos raios solares

    Vai diminuindo assim que o Sol atinge a sua mxima altura

    Maior inclinao Menor quantidade de energia recebida

    Maior espessura de massa atmosfrica atravessada

    Mais superfcie de recepo de energia

    Sol na sua altura mxima Superfcie receptora de energia menor

    Menor camada da atmosfera atravessada

    Maior quantidade de energia recebida

    Variao anual da radiao solar

    Movimento de Translao da Terra

    Inclinao do Eixo da Terra

    Solstcio de junho (vero) Raios solares Hemisfrio norte com menor obliquidade Maior

    quantidade de energia recebida (devido a menor superfcie de recepo e a menor espessura da

    camada atmosfrica atravessada)

    Maior durao do dia natural Perodo de insolao mais longo.

    Solstcio de dezembro (inverno) Maior inclinao dos raios solares no hemisfrio norte

    Menor durao do dia natural Menor recepo de energia solar

    A distribuio geogrfica da radiao solar

    Vero Maiores valores de radiao solar recebida

    Inverno Menores valores de radiao solar recebida

    Valores da radiao solar aumentam do norte para sul e do litoral para o interior

    Devido a: Latitude e proximidade/afastamento do mar

    Latitude: As regies a sul, localizadas a menor latitude, recebem maior quantidade de radiao solar

    dada a menor inclinao dos raios.

    Afastamento/proximidade do mar: a radiao solar recebida aumento do litoral para o interior pois a

    nebulosidade diminui com o afastamento ao mar e a insolao aumenta.

    A distribuio da temperatura no territrio nacional

    A temperatura varia ao longo do ano Meses mais frios Inverno

    Meses mais quentes Vero

    Latitude

    Movimento de translao

    Inclinao do eixo terrestre

    Variao da durao dos dias e das noites

    Variao da inclinao dos raios solares de lugar para lugar

    Devido a:

    No vero Os raios solares incidem com menos inclinao

    Maior durao do dia natural

    Tm influncia na temperatura de forma indirecta porque eles influenciam a durao do dia e da

    noite e a inclinao dos raios solares.

  • 7

    Relevo Factor importante

    Sul Regio mais aplanada Temperaturas mais elevadas

    Norte Maior relevo Temperaturas mais baixas

    Proximidade ao mar Mais perto do mar Temperaturas mais baixas

    Portugal , a nvel europeu o pas com maior nmero de horas de sol por ano, ou seja, a exposio solar (radiao solar directa) deve ser

    valorizada. Essa valorizao passa pelo aproveitamento da radiao solar em sistemas solares trmicos, passivos e fotovoltaicos.

    Valorizao da Radiao Solar

    Vantagens:

    Fonte renovvel

    Os sistemas no emitem rudo nem poluies atmosfricas

    um recurso abundante e quase inesgotvel comparativamente a outros combustveis fsseis;

    A energia fotovoltaica muito variada (desde calculadoras a centrais elctricas);

    econmica aps recuperado o investimento.

    Desvantagens

    Problemas estticos;

    O mercado est pouco desenvolvido e por isso exige custos mais elevados;

    A rea necessria para a instalao pode ser relativamente grande.

    O territrio portugus apresenta um conjunto de condies naturais atractivas ao turismo, sobretudo climticas.

    As reas rurais em mudana

    As fragilidades dos sistemas agrrios

    O peso da agricultura no sector econmico

    Tem vindo a diminuir, porm ainda elevado comparado com a mdia europeia. A importncia da agricultura na economia diminuiu

    uma vez que o peso da agricultura no PIB tambm diminuiu e tambm porque o emprego perdeu importncia no sector primrio.

    A mo-de-obra ainda muito elevada em comparao com a mdia comunitria, apesar de ter havido um decrscimo.

    O espao rural e as paisagens agrrias

    Portugal possui nove regies agrrias: Entre Douro e Minho, Trs-os-Montes, Beira Litoral, Beira Interior, Ribatejo e Oeste, Alentejo,

    Algarve e as duas regies autnomas.

    O espao rural no uniforme, apresenta uma grande diversidade regional. O aspecto dos campos, a variedade das culturas, o ritmo

    dos trabalhos, a densidade populacional e a intensidade do aproveitamento do solo imprimem ao espao uma fisionomia prpria, que vai

    exprimir-se conforme o modo como os diferentes elementos se combinam em diferentes paisagens agrrias. Elas caracterizam-se por trs ele-

    mentos:

    Morfologia agrria forma e dimenso das parcelas, redes de caminho, disposio dos campos, das florestas e das paisagens no espao

    rural.

    Sistema de Culturas utilizao do solo agrcola que engloba as espcies cultivadas e a forma como se associam assim como as tcnicas

    ligadas s culturas.

    Sistema intensivo ocupao contnua e total do espao

    Sistema extensivo ocupao descontinua do espao

    Povoamento rural modo como as casas ligadas agricultura se distribuem no espao rural. Pode ser aglomerado, disperso ou misto.

    Nas diferentes formas de ocupao do espao agrrio, destacam-se:

    Superfcie agrcola utilizada (SAU) rea ocupada com culturas

    Superfcie florestal rea destinada produo florestal

    Incultos reas abandonadas e degradadas

    O uso da SAU

    A maior parte da rea agrcola est localizada em zonas inapropriadas para a prtica agrcola. Isto um obstculo que impede a agri-

    cultura progredir, principalmente no interior.

    A SAU pode ser ocupada com:

    Culturas temporrias culturas que no esto cultivadas mais do que um ano (como os cereais) ou que so ressemeadas de 5

    em 5 anos (ou menos);

    Culturas permanentes culturas que esto cultivadas durante um longo perodo de tempo. Oferecem vrias colheitas (como os

    pomares, vinha, etc.);

    Pastagens permanentes culturas que esto cultivadas durante mais de 5 anos e que se destinam ao gado e ao pasto;

    Hortas familiares exploraes de pequena dimenso. So cultivadas culturas destinadas ao autoconsumo.

    A percentagem das terras arveis diminuiu. As pastagens permanentes aumentaram ocupando metade da SAU.

    O Alentejo com a SAU mais extensa e as regies autnomas mais o algarve, constituem as regies agrrias onde a SAU ocupa menor

    extenso de territrio.

    Estas irregularidades justificam-se por contrastes de ordem natural e humana.

  • 8

    Naturais

    Os locais de maior relevo so um obstculo agricultura, diminuindo as terras arveis, no s pela morfologia do terreno como tambm

    pela menor qualidade dos solos que se lhe associa e tambm pelas implicaes que tem o clima.

    Humanos

    As fortes densidades populacionais e o povoamento disperso ocupam uma grande parte da SAU, ou seja, h uma menor extenso de

    SAU, como resultado da ocupao do territrio com urbanizao e com infra-estruturas de apoio s populaes, como o caso das redes virias.

    O desenvolvimento econmico das regies pode explicar a desigual distribuio regional da SAU, na medida em que o desenvolvimento indus-

    trial, turstico, comercial, etc., gera maior nmero de empregos e mais bem pagos, responsveis pelo desinteresse da agricultura e que conduz

    ao seu abandono.

    As principais produes

    Produo vegetal

    Cereais

    Trigo Milho Arroz

    Cultura de Sequeiro; Cultura de Regadio; Exige solos alagados e temperaturas elevadas

    Sistema extensivo; Alimentao do gado; Localiza-se perto dos rios (Mondego, Sorraia, Sado, Tejo)

    Produo anual irregular; Cereal com maior volume e valor de pro-duo;

    O seu rendimento tem vindo a aumentar, mas ainda insuficiente.

    Dependente das condies meteorol-gicas;

    No consegues satisfazer as necessida-des do pas;

    A produo no satisfaz necessidades (temos que importar);

    Entre Douro e Minho, Beira Litoral e Ri-batejo e Oeste maiores valores.

    Alentejo tem os maiores valores;

    Trs-os-Montes e Ribatejo e Oeste a se-guir ao Alentejo.

    Batata

    muito importante para alimentao nacional. Beira Litoral, Entre Douro e Minho, Trs-os-Montes e Ribatejo e Oeste apresentam os

    valores mais altos. sensvel a pragas e s condies meteorolgicas. Apresenta uma produo anual irregular.

    Vinha

    As vinhas esto espalhadas um pouco por todo o pas. Grande significado econmico, representando mais de metade do valor das

    exportaes.

    Azeite

    Muito importante. A produo irregular pois condicionada pelo clima. Alentejo, Trs-os-Montes e Alto Douro tm os valores mais

    altos de produo. A produo est a passar por uma crise devido ao elevado preo da mo-de-obra, dificuldade de mecanizao e envelheci-

    mento de muitos olivais.

    Culturas industriais

    Tomate Girassol Beterraba-Aucareira Tabaco

    Finalidade: transformao indus-trial para obter concentrados para exportar;

    Finalidade: produo de leos alimentares;

    As reas de produo tm vindo a aumentar;

    rea e volume tm vindo a aumen-tar;

    Alentejo e Ribatejo e Oeste; Regio do Alentejo e Ribatejo e Oeste;

    Alentejo e Ribatejo e Oeste; Beira interior.

    Excesso de produo levou cria-o de quotas.

    Recentemente introduzido. Recente.

    Fruticultura

    Clima nacional oferece todas as condies. Os citrinos destacam-se, especialmente no sul do pas, de pera rocha, de ma, e frutas

    tropicais, como a banana, o anans e o quivi.

    Horticultura

    Clima oferece todas as condies. As reas mais importantes so o Ribatejo e Oeste e o Algarve.

    Floricultura

    Alto rendimento e encontra-se em expanso, realizada em estufa, o litoral apresenta melhores condies, com destaque o Ribatejo e

    Oeste e a ilha da Madeira.

    Gado bovino

    Aumento significativo. O norte a principal regio de criao de gado bovino devido abundncia de pastagens, cujo desenvolvi-

    mento favorecido pela elevada precipitao e amenidade das temperaturas. A criao de gado bovino para a produo de leite ainda muito

    expressiva nas regies de Entre Douro e Minho e Beira litoral. realizado em sistema intensivo ou misto.

    O aumento da superfcie agrcola dedicada s culturas forrageiras e a introduo de novas tcnicas tm conduzido expanso deste

    gado para outras regies como Alentejo, onde criado em regime extensivo para a produo de carne.

  • 9

    A criao de gado bovino para a produo de leite tem maior importncia nos Aores.

    Gado ovino e caprino

    Adapta-se bem a regies de clima rido (clima seco) e pastagens pobres. Em regime extensivo, domina no interior e no sul do pas para

    a produo de carne e leite. A produo de leite o suporte de desenvolvimento de certas produes regionais de grande qualidade (por

    exemplo o queijo serra da estrela).

    Suinicultura

    Tem registado um aumento significativo, assumindo um lugar de destaque na pecuria nacional. A suinicultura moderna caracteri-

    zada pela criao de animais em regime intensivo, domina na faixa litoral ocidental. Destaca-se a regio do Ribatejo e Oeste.

    Avicultura

    Tem em vista a produo de carne e de ovos, registando um aumento significativo a nvel nacional. Concentra-se na faixa litoral do

    pas.

    A Produo florestal

    A importncia da floresta em Portugal

    Se as reas de incultos e improdutivos forem aproveitadas, o potencial de crescimento da rea arborizada de cerca do dobro.

    Os bens produzidos pela actividade florestal extremamente importante pois suporta uma grande percentagem de exportao. A

    floresta e a actividade florestal so uma importante rea para a nossa economia. Do ponto de vista de transaces para o mercado internacional

    de produtos florestais e de base florestal, os mais importantes so: papel e carto, pasta de papel, cortia, madeira e produtos de resina e mobi-

    lirio.

    A contribuio da floresta para a economia nacional e muito significativa e envolve um grupo de indstrias processadoras de madeira

    e outras indstrias relacionadas com produtos que no a madeira, nomeadamente a transformao de cortia e derivados da resina. Isto d

    emprego directo.

    Hoje, para alm da produo, a floresta encarada como um importante ecossistema para a explorao de outras oportunidades,

    como, por exemplo, o sequestro de carbono, turismo, a caa ou a pecuria.

    Principais espcies da floresta portuguesa

    Pinheiro-bravo, sobreiro e o eucalipto, so as espcies mais representativas e de maior interesse econmico.

    O pinheiro-bravo ocupa a maior rea, sobretudo no centro e norte litoral.

    O sobreiro tem um grande peso econmico e reflecte-se no valor das exportaes de produtos de cortia.

    O eucalipto importante na paisagem portuguesa. O seu ritmo de crescimento torna-o uma espcie muito importante do ponto de

    vista econmico.

    A expanso do eucalipto tem gerado uma forte polmica pois esta espcie, de crescimento rpido e, portanto, muito rentvel econo-

    micamente, conduz ao esgotamento dos solos e das reservas hdricas.

    Caractersticas estruturais da floresta portuguesa

    A maior parte da rea florestal, pertence a pequenos proprietrios no profissionais e a proprietrios que so ao mesmo tempo peque-

    nos agricultores ou ainda a comunidades locais.

    No norte e no centro predominam os proprietrios que possuem parcelas com floresta de pequena e muito pequena dimenso, no

    Ribatejo e Alentejo predominam proprietrios com grandes reas de floresta, enquanto no Algarve a estrutura apresenta caractersticas inter-

    mdias.

    O primeiro factor que condiciona o desenvolvimento florestal est relacionado com a estrutura da propriedade uma vez que so muito

    pequenas e so muito fragmentadas. A propriedade maioritariamente privada.

    A grande maioria dos proprietrios florestais so tambm agricultores e dedicam o seu tempo produo agrcola como forma de

    subsistncia familiar.

    Divido s necessidades econmicas dos pequenos proprietrios, as decises de gesto, nomeadamente sobre a altura ptima de corte,

    nem sempre obedecem a critrios de optimizao econmica e ecolgica dos povoamentos.

    A altura de absentismo que caracteriza o proprietrio florestal, quer pelo xodo rural, envelhecimento e baixa qualificao, quer pela

    ordem sociolgica (atitudes conservativas e imobilistas), dificulta a introduo de novas metodologias de gesto e tcnicas.

    Fogos florestais

    Este problema est historicamente relacionado com a dinmica dos ecossistemas em reas mediterrneas. Nos ltimos anos, tm atin-

    gido dimenses catastrficas. A ausncia de uma gesto florestal, o excessivo parcelamento fundirio, os desequilbrios nos povoamentos, o

    desordenamento da sua implantao e o abandono das reas florestais, conjugadas com o clima, associadas a comportamentos negligentes e

    criminosos, responsveis pela reduo da superfcie florestal portuguesa.

    A agricultura nacional e a PAC

    As primeiras medidas da PAC surgem em 1962, numa altura em que os pases comunitrios estavam extremamente dependentes do

    exterior relativamente ao aprovisionamento de produtos agro-alimentares.

    Primeiros objectivos:

    Aumentar a produo agrcola;

    Melhorar nvel de vida;

    Assegurar preos razoveis;

    Proteger os produtos comunitrios do exterior.

  • 10

    Para a sua concretizao foram implementadas medidas para a modernizao do sector ao nvel das tcnicas e das tecnologias, para

    apoiar a investigao cientfica, para garantir o escoamento dos produtos e respectivos preos no mercado.

    Porm, os resultados excedem as expectativas pois a produo disparou, tornando-se excedentria, levando a uma crise de superpro-

    duo. As assimetrias continuavam a intensificar-se assim como o baixo nvel de vida continuava. Ao mesmo tempo, havia problemas ambientais

    devido utilizao excessiva de qumicos para aumentar a produo.

    Eram necessrias alteraes. As primeiras medidas tomadas foram em 1984, com a introduo do sistema de quotas na produo com

    o grande objectivo de definir um limite de produo relativamente aos produtos excedentrios.

    O set-aside previa a retirada de uma pequena parte de terras da rea de produo de cereais (que era excedentrio) em exploraes

    que ultrapassem um certo valor. A retirada das terras arveis foi garantida atravs da atribuio de um subsdio compensatrio de valor idntico

    ao que seria obtido caso as terras estivessem cultivadas. O agricultor era pago para no produzir.

    Em 1992 d-se uma reforma da PAC devido aos apoios que eram dados aos agricultores (pensavam que era em excesso). E a, o principal

    objectivo da PAC mudou, agora o que interessava era o produto e no o produtor.

    1993 novos objectivos

    Reduzir produo;

    Reduzir preos dos produtos;

    Diminuir encargos comunitrios;

    Incentivar prticas agrcolas ambientalmente menos agressivas;

    Apoiar as exploraes familiares.

    Medidas da nova PAC

    Reduo da produo por hectare;

    Apoio reconverso da produo;

    Incentivos financeiros a prticas agrcolas pouco poluentes (agricultura biolgica)

    A PAC de 1992 foi um xito. Porm a evoluo registada nos anos seguintes conduziu a PAC numa nova reforma: a Agenda 2000.

    Medidas da Agenda 2000

    Reforar a competitividade;

    Promover um bom nvel de vida;

    Criar posto de trabalho;

    Definir uma nova poltica de desenvolvimento rural;

    Melhorar a qualidade e a segurana dos alimentos.

    A agenda 2000 ir criar condies para o desenvolvimento de uma agriculta multifuncional, sustentvel e competitiva.

    Poltica de desenvolvimento rural

    A PAC tem dois pilares: o primeiro consiste em garantir os preos ao produtor e conceder ajudas por hectare e por cabea de gado; o

    segundo d suporte a outras funes, como a produo de produtos de qualidade, seguros alimentares. A aplicao de uma poltica de desen-

    volvimento rural essencial para a criao de uma agricultura sustentvel.

    O impacte da PAC na agricultura portuguesa

    Desde a adeso EU e mesmo depois das medidas de apoio (com o intuito de aumentar a rapidez de modernizao e tornando mais

    competitivo), proporcionadas pela PEDAP, o sector continua em crise.

    As transformaes do sector agrrio

    - redimensionar as estruturas fundirias: aumentar a dimenso para que seja possvel racionalizar a utilizao dos solos, introduzir a mecanizao,

    diminuir custos de produo.

    - promover o associativismo: organizao dos agricultores em cooperativas ou associaes para garantir os seus direitos, o acesso ao crdito,

    melhorar as redes de comercializao e armazenamento, o acesso a formao profissional ou o escoamento dos produtos.

    - incentivar a especializao produtiva: introduzir ou desenvolver novas culturas;

    - aumentar o nvel de instruo e qualificao profissional;

    - rejuvenescer a populao agrcola.

    Novas oportunidades

    O espao rural portugus deve ser valorizado de forma a promover o desenvolvimento econmico e social.

    As reas rurais, as que se localizam no litoral, junto a grandes centros urbanos, apresentam um forte dinamismo econmico, proporci-

    onado por esta proximidade. Representam reas densamente povoadas. A agricultura praticada moderna, voltada para o mercado e pela

    pluriactividade da mo-de-obra.

    As reas rurais no interior do pas, apresentam graves problemas, tais como: envelhecimento da populao, despovoamento, baixo

    nvel de instruo e de qualificao, oferta insuficiente de servios e equipamento, baixo nvel de vida da populao.

  • 11

    Estas fragilidades contribuem para a diminuio da populao activa, para o abandono das actividades ligadas ao sector, para a desvi-

    talizao continua destas reas, com cada vez menos capacidade em atrair populao e em fix-la.

    O espao rural tem de deixar de ser considerado exclusivamente como espao de produo e passar a ser entendido como espao de

    regulao (preservar recursos e qualidade ambiental), de informao (manuteno da identidade e do patrimnio cultural) e de suporte (lazer

    e turismo, qualidade de vida).

    O turismo

    A actividade turstica encarada como potencializadora do desenvolvimento das regies e que produz efeitos ao nvel de outras acti-

    vidades: impulsiona a construo civil; promove o desenvolvimento da restaurao e da hotelaria; contribui para a dinamizao do sector dos

    transportes; incentiva o desenvolvimento dos servios; estimula o artesanato; contribui para a preservao do patrimnio.

    O turismo balnear tem grande expresso uma vez que favorecido pelas condies climticas do pas e pela extenso e diversidade da

    costa.

    Porm comeou a existir um maior desejo de um maior contacto com a natureza e ento nascem os turismos de habitao, rural e agro-

    turismo.

    Turismo de habitao

    Turismo de espao rural

    Turismo de aldeia/casas de campo

    Agro-turismo

    Hotis rurais

    Principais vantagens do turismo:

    Diversificao das actividades econmicas e da oferta turstica;

    Promoo e conservao dos recursos humanos e naturais das reas rurais;

    Melhoria da qualidade de vida.

    O turismo rural potencia os recursos endgenos contribuindo para assegurar a melhoria da qualidade de vida e para estimular proces-

    sos de desenvolvimento sustentvel, promovendo uma oferta turstica mais respeitadora do patrimnio natural e humano.

    A indstria

    O crescimento do sector secundrio faz-se sentir nos distritos do litoral, onde mais fcil recrutar mo-de-obra, onde abundam servios

    de apoio indstria e onde os transportes e as comunicaes se apresentam mais desenvolvidos. Comeam, ento a acentuar-se as assimetrias

    regionais. Nas reas rurais, existe a persistncia de uma agricultura tradicional, de baixo rendimento e produtividade, incentiva o xodo rural e

    a emigrao. Progressivo envelhecimento da populao e despovoamento. Nos distritos mais industrializados do litoral a oferta de trabalho

    maior.

    Lisboa e porto tm a maior concentrao industrial, o que se traduz na existncia de numerosos postos de trabalho e onde o sector

    secundrio regista o maior peso no contexto econmico nacional.

    Regies do interior, Aores e Madeira menos industrializados.

    A implantao da actividade industrial ajuda fixao da populao contribuindo para o declnio do xodo rural, e ajuda a inverter o

    processo de despovoamento. Pode contribuir para a reduo do envelhecimento da populao.

    Os servios

    Os distritos do litoral tm valores mais elevados. Os mais baixos so nas regies autnomas e no interior.

    A implantao e a diversificao dos servios nas reas rurais so fundamentais pois melhoram a qualidade de vida e so um suporte

    ao desenvolvimento das actividades ligadas ao turismo e indstria.

    A silvicultura

    A floresta pode ser um sector a valorizar como espao de lazer e turismo. A sua gesto implica o desenvolvimento de numerosas

    actividades ligadas quer produo quer manuteno.

    Energias Renovveis

    O aproveitamento dos recursos naturais para produo de energias renovveis pode constituir uma mais-valia para as reas rurais pois

    cria riqueza, gera emprego, ajuda preservao do ambiente, pois tratam-se de energias limpas, diminui a despesa publica (menos importaes

    com combustveis fosseis).

    Produtos regionais de qualidade

    Os produtos locais obtidos atravs de sistema de produo amigos do ambiente podem constituir uma importante oportunidade para

    as reas rurais, na medida em que so uma fonte de rendimento e podem projectar a sua imagem no exterior, devendo, por isso, ser valorizados.

    O sistema de certificao dos produtos conduz sua proteco, na medida em que promove o interesse pea sua aquisio e, ao

    mesmo tempo, incentiva a sua produo e sensibiliza para a necessidade de preservar e transmitir s geraes mais jovens os processos de

    produo tradicionais frequentemente j cados em desuso e prestes a perder-se.

    As reas urbanas: dinmicas internas

    Espao rural-espao urbano

    Distinguir espao urbano de espao rural cada vez mais complicado. O crescimento populacional e o aumento da mobilidade tm

    levado difuso espacial da populao, das actividades econmicas e do modo de vida urbano, que se vo, expandindo para o espao rural.

    Definir Cidade

  • 12

    No h critrios universais para definir cidade pois variam de pais para pais e s vezes, at mesmo dentro do prprio pas.

    Os critrios mais utilizados so a populao absoluta, a densidade populacional e a distribuio da populao activa por sectores de

    actividade.

    Densidade Populacional nas cidades, geralmente, o valor elevado;

    Populao absoluta o total de habitantes de um aglomerado constitui um dos critrios mais utilizados;

    Distribuio da populao por sectores de actividade segundo este critrio, um aglomerado populacional s pode ser considerado

    cidade se a maior parte da populao estiver empregue no sector secundrio ou tercirio.

    Porm, as cidades apresentam alguns aspectos comuns:

    Todas as cidades possuem um grande nmero de equipamentos sociais e culturais (hospitais, escolas, transportes pblicos,

    cinemas, teatros, etc.);

    Forte concentrao de imoveis;

    O preo do solo elevado;

    Movimento intenso de pessoas e veculos;

    Exercem influncia econmica, cultural, social e poltico-administrativa na rea envolvente, de acordo com a importncia das

    suas funes, escala local, regional, nacional ou mesmo internacional.

    Frequentemente centro urbano e cidade so empregues com o mesmo sentido, o que pode ser errado, uma vez que ao conceito de

    centro urbano se associa unicamente ao critrio ligado a um determinado total de habitantes, enquanto ao conceito de cidade se prendem,

    para alm de critrios ligados a um certo numero de habitantes, outros de caracter funcional (predomnio de actividades ligadas aos sectores

    secundrio e tercirio), politico e administrativo e tambm oferta de determinados bens e servios, proporcionada pela existncia de certos

    equipamentos. Logo um centro urbano pode no ser uma cidade.

    Os transportes e a organizao do espao urbano

    A tendncia para o aumento da taxa de urbanizao, e o despovoamento do interior , em grande medida, resultado da evoluo dos

    transportes, que veio melhorar as acessibilidades em todo o territrio nacional.

    Ao aumentar a mobilidade, aumenta tambm o nmero de ligaes entre as cidades o restante territrio.

    A organizao interna das cidades pode ser alterada como resultado de novas acessibilidades criadas no interior do tecido urbano. O

    crescimento dos subrbios e o despovoamento dos centros de algumas cidades podem ser explicados por alteraes associadas aos transportes.

    Tambm, geralmente, a renda locativa (preo do solo) aumenta de forma proporcional ao aumento da acessibilidade dos lugares e, com ela, a

    especulao fundiria, assim como o surgimento de reas de solo expectante.

    A organizao das reas urbanas

    A distribuio das actividades no espao urbano assim como a residncia da populao no se processam ao acaso. Podemos encontrar

    regularidades espaciais nessa distribuio podendo individualizar-se reas funcionais, quer dizer, reas que apresentam uma certa homogenei-

    dade da funo dominante e que se destacam das restantes por apresentarem caractersticas prprias. A individualizao destas reas resulta

    da variao do preo do solo, o qual, depende da acessibilidade.

    Quanto menor for a distncia ao centro maior ser o preo do terreno, uma vez que no centro onde se cruzam todos os eixos de

    comunicao, constituindo a rea de maior acessibilidade no interior do espao urbano e por isso, mais atractiva para as actividades do sector

    tercirio, que a tendem a instalar-se. Da concentrao de actividades resulta uma grande competio pelo espao, verificando-se, uma procura

    maior do que oferta. Criam-se condies para a especulao fundiria com a subida dos preos do solo.

    medida que aumenta a distancia ao centro, a acessibilidade diminui, diminuindo tambm a procura do solo pelas actividades tercirias

    e, o seu preo. As outras actividades (nomeadamente a indstria e a funo residencial) instalam-se mais longe do centro.

    Alm da distncia ao centro, h outros factores que podem condicionar a ocupao do solo, existindo reas muito afastadas do centro

    mas que so objecto de grande procura, assistindo-se assim subida do preo dos terrenos. Como causas disto podemos apontar as boas vias

    de comunicao, bom servio de transportes pblicos, meio ambientalmente bem conservado, etc.

    As reas tercirias

    CBD (central Business District) Caracteriza-se por um elevado grau de acessibilidade uma vez que e para a que todos os transportes convergem.

    Torna-se muito atractiva para o sector tercirio, especialmente tercirio superior, cuja rentabilidade depende da existncia de uma clientela

    numerosa.

    O CBD considerado o centro financeiro pois aqui onde se concentram grandes sedes bancrias, de companhias de seguros, de

    escritrios das grandes empresas e comrcio grossista e retalho, geralmente muito especializado. tambm vulgar encontrar aqui restaurantes,

    hotis, salas de espectculos, muitas actividades administrativas e escritrios de profisses liberais.

    A procura destas reas faz com que o solo se revele escasso, dificuldade que ultrapassada, em parte, pela construo em altura, um

    dos aspectos mais caractersticos das reas mais centras das cidades.

    O plano vertical vulgar observar-se a ocupao do rs-do-cho pelo comrcio, e os ltimos pisos, por vezes, destinados residncia e

    os pisos intermdios a escritrios e armazns.

    O plano horizontal revela reas de forte especializao no interior do CBD: destacam-se o centro financeiro, a rea de comrcio a

    retalho, a rea de comrcio grossista, a rea de hotis e restaurao.

    Em muitas cidades assiste-se descentralizao de muitas actividades tercirias do centro para outras reas da cidade, motivada pela

    enorme concentrao de actividades nessa rea, falta de espao, valores excessivos dos preos dos terrenos, congestionamento do trfego

    urbano, dificuldades de deslocao e estacionamento. Esta tendncia reforada pelo aumento da acessibilidade a outras reas da cidade,

    associada construo de novas vias de comunicao e transportes pblicos mais eficazes.

  • 13

    As reas centrais tm registado um progressivo despovoamento, resultado da perda da funo residencial. Os mais jovens actualmente

    procuram na periferia habitaes com mais espao, mais modernas e inseridas em meios ambientalmente mais agradveis e a preos mais

    convidativos.

    Esta tendncia reforada pela evoluo das vias de comunicao, modernizao e desenvolvimento dos transportes pblicos e maior

    capacidade de aquisio de veculos particulares que, permitem aumentar a distncia entre o trabalho e a residncia. Assim, os residentes das

    reas centrais so idosos e/ou grupos sociais de fracos recursos econmicos. As habitaes encontram-se em pssimo estado, completamente

    degradadas e oferecem uma pssima qualidade de vida, sem qualquer tipo de segurana, populao que nelas habita.

    A populao bastante flutuante, isto , durante o dia, h um transito intenso de pees e veculos e, durante a noite, despovoamento.

    Porm, assiste-se a novos fenmenos a nvel da animao cultural e nocturna nas grandes cidades, como restaurantes, cafs, bares, lojas, ateliers

    e galerias de arte, que tm atrado para o centro os jovens, contribuindo para o seu dinamismo e ajudando, em parte, a combater o abandono.

    As reas residenciais

    A distribuio e organizao das reas residenciais, revela fortes contrastes, que evidenciam a classe socioeconmica dos seus residen-

    tes. O preo do solo, o desenvolvimento dos transportes pblicos, as caractersticas ambientais so alguns factores que contribuem para a indi-

    vidualizao de reas residenciais diferenciadas.

    Classes mais favorecidas Classes mdias Classes menos favorecidas

    Locais mais agradveis Ocupa maior parte do espao Espaos degradados

    Pouco poludas Crescente expanso para a periferia, principal-mente os jovens

    Alguns so ilegais bairros de lata

    Espaos verdes e de lazer Materiais de construo de qualidade inferior Falta de qualidade dos materiais de construo

    Boas (e muitas) vias de comunicao Perto do comrcio Fraca acessibilidade

    Preo do solo muito elevadas Blocos de habitao plurifamiliares uniformes do ponto de vista arquitectnico

    Construo econmica, arquitectura simples, muito semelhantes

    As residncias inserem-se em bairros de moradias unifamiliares ou em edifcios de vrios andares

    Bem servidas de transportes pblicos, com equipa-mentos sociais e diversificados (escolas, por exem-plo)

    Bairros de habitao social construdos pelo estado para tirar pessoas das barracas

    Aspecto arquitectnico cuidado Falta de qualidade dos materiais de construo

    Materiais de construo de boa quali-dade

    Parte mais central da cidade pessoas com me-nos posses e habitaes muito degradadas

    Grandes superfcies Pequenas habitaes

    Comercio pouco concentrado e por ve-zes de luxo

    A implantao da indstria

    Durante muito tempo a cidade era a rea preferencial das indstrias, o que se justificava pela abundncia de mo-de-obra, infra-estru-

    turas, equipamentos e servios de apoio produo que a se concentravam. Porm, as indstrias so mais exigentes actualmente, pois querem

    terrenos mais vastos, para se poderem expandir, h demasiada poluio nas cidades e h dificuldades do trnsito urbano e estes factores levam

    deslocao para a periferia das aglomeraes. No interior das cidades apenas se localizam indstrias no poluentes, pouco exigentes em

    espao, consumidoras de matrias-primas pouco volumosas e que para sobreviver necessitam de bastantes clientes, de grandes acessibilidades.

    A expanso urbana

    O crescimento das cidades caracteriza-se numa primeira fase designada por fase centrpeta, pela concentrao de populao e das

    actividades econmicas no seu interior. Esta situao vai conduzir alterao das condies de vida urbana. A falta de habitao, a poluio

    sonora e atmosfrica, a falta de espaos verdes e de lazer, e o aumento do trnsito so exemplos de alguns problemas com que a populao

    passa a debater-se. Assiste-se ento, deslocao da populao e das actividades econmicas para a periferia das aglomeraes urbanas. Este

    movimento corresponde fase centrfuga do crescimento das cidades, isto , fase de desconcentrao urbana.

    Os subrbios e as reas periurbanas

    O espao da periferia vai sendo ocupado de forma tentacular uma vez que a expanso faz-se ao longo das vias de comunicao,

    urbanizando-se progressivamente, segundo o processo de suburbanizao.

    A deslocalizao da populao e das actividades econmicas, resulta de um conjunto de factores, nomeadamente o desenvolvimento

    dos transportes pblicos suburbanos, e o aumento dos automveis particulares, responsveis por uma maior mobilidade.

    Como factores de atraco para a instalao de actividades econmicas e populao, temos o facto de existir uma maior disponibilidade

    de terrenos na periferia assim como um valor mais reduzido do solo.

    O crescimento dos subrbios traduz-se com frequncia em problemas econmicos e sociais e na diminuio da qualidade de vida,

    podendo salientar-se: crescimento muito rpido e desordenado; intensificao dos movimentos pendulares (e da resulta o aumento do consumo

    de energia, da poluio e desperdcio de tempo); destruio de solos com boa aptido agrcola; aumento da construo clandestina.

    Os subrbios, cujo crescimento inicial resultou da funo residencial, comearam a desenvolver-se devido implementao de vrias

    actividades econmicas tendo em vista responder s necessidades da populao.

    A construo de vias de comunicao modernas, que ligam os centros urbanos dos subrbios entre si e ao centro principal, e o aumento

    da taxa de motorizao, fazem aumentar as relaes de complementaridade entre eles.

    Esta nova realidade sobrepe-se por completo antiga ideia que se tinha dos subrbios.

    O crescimento das cidades para alm dos seus limites torna cada vez mais difcil estabelecer as fronteiras do espao urbano e do espao

    rural. Para alm dos subrbios, existem reas onde actividades e estruturas urbanas se desenvolvem e misturam-se com outras de caracter rural,

    processo de periurbanizao.

    Estes espaos caracterizam-se pelo declnio da actividade agrcola; fragmentao da propriedade agrcola; implementadas actividades

    ligadas indstria; incremento de actividades ligadas ao comrcio e aos servios; baixas densidades.

  • 14

    A rurbanizao

    Nos pases mais desenvolvidos, assiste-se a uma nova forma de expanso urbana, conhecida por rurbanizao. Trata-se de uma forma

    de progresso urbana mais difusa que, invadindo meios rurais, no se traduz, na urbanizao contnua do espao. Constitui uma nova tendncia

    de deslocao da populao urbana para o campo, em busca de condies de vida melhores do que as que se podem encontrar nas cidades e

    nos subrbios.

    As reas Metropolitanas

    A deslocao da populao e das actividades econmicas para espaos perifricos conduzem ao processo de suburbanizao.

    As reas metropolitanas so amplas reas urbanizadas, que englobam uma grande cidade, que exerce um efeito de atraco sobre as

    restantes aglomeraes urbanas. Neste espao desenvolve-se um sistema de inter-relaes entre a cidade principal e as cidades envolventes que,

    por sua vez, tambm esto ligadas.

    As cidades e os centros urbanos das reas metropolitanas formam um sistema policntrico, ligado por relaes de complementaridade,

    que reforam a coeso do territrio e promovem maior eficcia de funcionamento e dinamismo econmico.

    As reas metropolitanas so bastante atractivas devido ao seu dinamismo (que atrai populao e emprego).

    O dinamismo funcional e territorial assenta numa grande rede de transportes multimodal (vrios transportes), onde so efectuados

    inmeros fluxos de pessoas e bens.

    Os movimentos pendulares atingem o seu mximo nas horas de ponta e que traduzem uma organizao territorial nova, em que no

    se encontra qualquer coincidncia entre o local de trabalho e o local de residncia.

    A expanso dos subrbios traduz na perda demogrfica das reas centrais da cidade principal. A deslocao da populao para os

    subrbios acompanhada pela descentralizao de actividades ligadas aos sectores secundrio e tercirio.

    As reas metropolitanas de lisboa e do porto so fortemente industrializadas, e registam uma grande concentrao de populao e

    actividades do sector tercirio.

    As reas metropolitanas de Lisboa e do Porto

    rea Metropolitana do Porto

    - Relativamente jovem;

    - Saldo natural superior mdia nacional e europeia;

    - Percentagem de idosos inferior mdia nacional e europeia;

    - Maioritariamente sector tercirio. Mo-de-obra empregue na indstria bastante elevada;

    - Nveis de instruo muito baixos;

    - Predominam indstrias de bens de consumo (presena dominante do mobilirio);

    - Empresas de pequena dimenso, onde as tecnologias mais inovadoras vo entrando mais lentamente;

    - As indstrias tendem a dispersar-se pela rea metropolitana, intercalando-se com os espaos agrcolas;

    - Tem-se registado um incremento dos servios, nomeadamente ligados ao ensino superior e investigao cientfica;

    - Tm existido iniciativas, ao nvel do turismo, para dar mais visibilidade ao porto e sua regio, tendo como referncia o seu patrimnio cultural

    e arquitectnico;

    - Menores movimentos pendulares. Pouca populao trabalha fora do concelho onde mora.

    rea Metropolitana de Lisboa

    - A distribuio da populao tem reflectido grandes alteraes (perda de populao residente em Lisboa a o aumento em concelhos perifricos).

    Como causa disto: crescente terciarizao do concelho de Lisboa, que se associa ao aumento do preo do solo, dificultando a aquisio de

    habitao, ao aumento do trnsito urbano e degradao ambiental;

    - O concelho de lisboa o que exerce maior atraco sobre os trabalhadores de outros concelhos -> intensos movimentos pendulares;

    - O sector tercirio o que emprega mais populao;

    - Regio mais industrializada do pas;

    - Forte concentrao de indstrias de bens de equipamento;

    - Muitas indstrias de capital intensivo que necessitam de mo-de-obra muito qualificada;

    - Grande dimenso de empresas concentram-se na periferia de Lisboa.

    Problemas urbanos

    Congestionamento Transportes

    - Construo de infra-estruturas de parques de estacionamento acessveis juntos s estaes ou entada das cidades;

    - Melhoria dos transportes pblicos (ferrovirio, rodovirio) em qualidade e quantidade;

    - Impondo restries circulao no interior da cidade (catalisador, por ex.);

    - Construo de interfaces para que as deslocaes sejam mais rpidas e menos cansativas.

    Saturao das infra-estruturas sociais e fsicas- sociais (sade, educao, justia); Infra-estruturas fsicas (gua, energia, sane-

    amento)

    - melhor planeamento das urbanizaes para que haja uma melhor deciso na construo e localizao destas infra-estruturas bem como a

    adequao da sua dimenso ao n de residentes;

    Habitao

    Degradao centro histrico

    - Alterar o regime de arrendamento no centro antigo das cidades;

    - Revitalizao atravs de programas de Reabilitao Ex. PRAUD (RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH).

    Bairros Clandestinos

    - Implementar programas (ex. PER);

  • 15

    - Sua legalizao e recuperao.

    Bairros de Lata

    - Impedir construo.

    Sociais

    Envelhecimento

    - Atraco da populao jovem para o centro oferecendo habitao a preos acessveis ou reabilitando prdios com essa funo.

    Solido idosa

    - Trabalho social de apoio domicilirio.

    Apoio s crianas e jovens

    - Centro de ocupao de tempos livres.

    Pobreza (sem-abrigo)

    - Aes sociais de acompanhamento e encaminhamento para os centros de apoio/ocupao.

    Minorias tnicas

    - Apoio social.

    Doenas Sociais (stress, fadiga)

    - Melhoria das acessibilidade e apoio social s famlias.

    Segurana

    - Policia de proximidade e cmaras de vigilncia

    Ambiente

    Poluio do ar e gua doenas e poluio dos ecossistemas

    - Controlo sobre as indstrias poluentes, transportes pblicos elctricos, gs etc.;

    - Construo de espaos verdes, espaos de lazer;

    - Melhorar a qualidade da construo das casas poupana de energia;

    - Proibio da circulao rodoviria em certas reas da cidade;

    - Recolha de dados ambientais para actuao;

    - Sensibilizao Dia Europeu sem carros;

    - Facilidade no transporte de bicicletas nos transportes pblicos.

    Resduos

    - Estaes de tratamento, incineradoras e aterros.

    Revitalizao dos Centros Urbanos

    - Requalificao e Renovao urbana;

    - ex: programa POLIS.

    Patrimnio Edificado

    - Programas adequados sua preservao.

    Urbanizao desequilibrada

    - Planeamento utilizando os correctos instrumentos PMOT PDM, PP, PU.

    Programa Polis- Objectivo melhorar as condies de vida nas cidades, atravs de intervenes nas vertentes urbanstica e ambiental, com o fim

    de aumentar a atractividade e a competitividade de polos urbanos com papel relevante no sistema urbano nacional.

    A rede urbana e as novas relaes cidade-campo

    As caractersticas da rede urbana

    As aglomeraes urbanas no territrio

    O crescimento urbano no pra de aumentar.

    As cidades que integram as reas metropolitanas, continuam a atrair pessoas, oferecendo pessoas e melhores condies de vida.

    As reas rurais do interior continuam a despovoar-se, envelhecimento demogrfico acentuado e a perder dinamismo, aprofundando-

    se os contrastes com o litoral.

    O interior do pas apresenta um nmero de cidades muito inferior ao litoral e algumas delas com dimenses populacionais reduzidas.

    Estas disparidades, que tambm se observam entre o norte e o sul do pas, reflectem os contrastes na repartio das actividades econmicas e

    na distribuio da rede de acessibilidades e transportes.

    Tal como no continente, os Aores e a Madeira os principais aglomerados populacionais localizam-se junto ao litoral, prximos dos

    portos martimos, que so fundamentais para a ligao com o exterior. Porm, as ilhas tm o seu caracter acidentado do relevo que se reflecte

    em dificuldades acrescidas nos transportes e nas comunicaes, assim como em solos mais pobres e difceis de trabalhar, no incentiva fixao

    da populao no interior.

    A reorganizao da rede urbana

    O papel das cidades mdias

    As cidades de mdia dimenso, por causa das funes que desempenham e por causa das oportunidades que oferecem, podem con-

    tribuir para a dinamizao do territrio onde se inserem, reduzindo as assimetrias regionais e melhorando a qualidade e nvel de vida.

  • 16

    Investir nas cidades mdias poder constituir uma estratgia para promover a implantao de actividades econmicas, valorizando os

    recursos regionais e preservando o equilbrio do ambiente, ajuda fixao da populao e, assim, ao crescimento do pas, travando o despovo-

    amento, o envelhecimento e a estagnao das reas mais deprimidas.

    Simultaneamente, pode contribuir para atenuar o crescimento das grandes aglomeraes que se debatem actualmente com o excesso

    de populao, face s infra-estruturas e equipamentos que dispem, de que resultam graves problemas sociais, econmicos e ambientais.

    Em 1994, foi criado o PROSIURB com o objectivo de definir uma poltica de reordenamento do sistema urbano nacional, a fim de

    atenuar as assimetrias. Pretendia-se promover aces de qualificao urbana e ambiental, tendo em vista a valorizao das cidades mdias e de

    centros urbanos da rede complementar.

    Assim, foram construdas infra-estruturas essenciais, ligadas por exemplo, ao saneamento bsico ou recolha e tratamento de resduos,

    equipamentos de apoio actividade produtiva e equipamentos colectivos, ligados ao desporto, lazer e cultura, assim como foram levadas a cabo

    inmeras aces de reabilitao e renovao urbana.

    O atenuar do crescimento das grandes aglomeraes

    A diminuio das assimetrias e o reforo da coeso e da solidariedade internas passam pela reorganizao da rede urbana, de que resulta o

    desenvolvimento de uma rede policntrica, constituda por centros de grande, pequena e mdia dimenso distribudos de forma mais equili-

    brada e ligados entre si de forma articulada por relaes de complementaridade.

    Esta reorganizao tem de passar pela melhoria das acessibilidades e no incentivo pblico e privado ao investimento em actividades

    que potenciem o desenvolvimento econmico regional. Isto leva a um aumento da capacidade de atraco das cidades mdias e a sua rea de

    influncia para contextos regionais mais alargados, ajudando, assim, a intensificar as relaes entre o meio rural e o meio urbano.

    Apesar das melhorias, a rede urbana nacional continua a ser bastante desequilibrada e pouco eficiente.

    A insero na rede urbana europeia

    Os centros urbanos so os que dinamizam as regies onde estes se inserem e essa dinamizao maior se a sua capacidade de atraco for

    tambm elevada.

    A afirmao internacional exige a existncia de cidades que exeram funes de nvel superior, que lhes permita desempenhar um

    papel com relevncia a nvel econmico, tecnolgico, cultural e cientfico.

    Portugal no possui nenhuma cidade com capacidade de afirmao a esse nvel, nem mesmo Lisboa ou o Porto.

    A hierarquizao das cidades na rede internacional avaliza-se atravs de alguns critrios: total de populao, o numero de feiras e

    exposies de cariz internacional, trfego areo, desenvolvimento de actividades de caracter cultural, presena de sedes de multinacionais, etc.

    As cidades portuguesas no apresentam capacidade de afirmao na rede internacional. Como principal causa: tradicionalmente o

    nosso territrio bastante perifrico (a populao centraliza-se na periferia), porm isto pode alterar-se com a melhoria dos transportes e das

    telecomunicaes. A localizao geogrfica pode ser uma vantagem, se o nosso pas passar a funcionar como uma espcie de porta de comu-

    nicao entre a Europa e o resto do Mundo. O nosso territrio pode transformar-se numa plataforma intercontinental de prestaes de servios

    (ao nvel dos transportes) capaz de atrair investimentos, pessoas e actividades.

    Para o nosso pas conseguir afirmar-se a nvel internacional temos que continuar a investir, de forma a tornar as cidades nacionais mais

    atractivas e dinmicas. As cidades mdias devem continuar a ser objecto de programas e projectos inovadores para aumentar a sua dinmica e

    o seu papel potencializador na regio, reforando assim a coeso nacional. A rede de transportes deve tambm continuar a ser melhorada de

    maneira a que haja uma maior ligao entre os centros de rede nacional e os de rede internacional.

    As parcerias entre as cidades e o mundo rural

    As complementaridades funcionais/ as estratgias de cooperao

    O espao urbano e o espao rural apresentam complementaridades funcionais.

    A cidade, sempre foi vista pela populao rural como um local de comrcio, concentrao de servios especializados (nas reas da

    sade, educao ou justia) ou ainda locais de difuso de cultura ou de oferta de trabalho.

    Em oposio, temos o campo, que so extremamente importantes para a dinmica urbana como reas produtoras de bens alimentares

    e como reserva de mo-de-obra.

    Com a evoluo verificada ao nvel dos meios de transporte e com os melhoramentos das respectivas redes, as relaes tm-se intensi-

    ficado (isto nota-se ainda mais nas regies urbanas e rurais mais prximas).

    Actualmente, as reas rurais so procuradas tambm pela paisagem, espao lazer, habitao e pelas oportunidades de emprego nos

    mais variados servios ou at mesmo na indstria.

    O crescimento harmonioso do pas passa pela reduo das disparidades internas e estas pelo desenvolvimento das reas rurais, que

    desejam ser mais equipadas e infra-estruturadas, de forma a oferecer condies de vida mais atractivas e com mais qualidade sua populao.

    tambm fundamental promover a implantao de servios e potencializar os recursos endgenos, de modo a aumentar a dinmica economia

    destes espaos.

    A valorizao dos espaos rurais, a diminuio das assimetrias e o desenvolvimento do pas assentam numa articulao eficiente entre

    polticas de ordenamento do territrio e de conservao da natureza, de desenvolvimento rural, de desenvolvimento regional e de desenvolvi-

    mento urbano.

    Nas grandes cidades, tem-se assistido, nos ltimos anos, realizao de feiras de produtos biolgicos e abertura de lojas da especiali-

    dade.

    Problemas Urbanos

    habitual afirmar que a cidade atrai populao devido s condies de vida que oferece.

    Saturao das infra-estruturas

    Muitos dos problemas decorrem do prprio crescimento das cidades.

    A saturao das diferentes infra-estruturas, das redes de transporte, dos servios pblicos, etc., que comeam a ficar sem capacidade de

    resposta s necessidades da populao

  • 17

    Estes problemas geram outros:

    Perda de tempo devido s esperas nas filas de trnsito e de outros servios

    Maiores consumos de energia

    Aumento das despesas dos cidados

    Problemas de sade (nervosismo e stress)

    Produtividade profissional, vida familiar, educao dos jovens de forma negativa

    A ausncia de planeamento ou o planeamento desadequado Falta de qualidade de vida Criam situaes de insatisfao na populao,

    tanto do ponto de vista funcional como paisagstico e psicolgico, uma vez que os locais onde vivemos e trabalhamos influenciam a forma como

    nos sentimos, pensamos e agimos.

    Solues:

    Construo de novos parques de estacionamento;

    Construo de estradas;

    Aumentar a eficcia dos transportes pblicos.

    Degradao da paisagem urbana

    O arrendamento dos prdios nas reas mais antigas da cidade Sua degradao pois no garantido rendimento suficiente para que

    procedam sua recuperao.

    Incapacidade das autarquias para gerir a situao dos edifcios desabitados leva ao seu envelhecimento e degradao tornando-se um perigo

    real de derrocada e incndio.

    Colocar marquises e equipamentos para os quais os edifcios no estavam preparados fazem surgir uma paisagem urbana desfigurada e

    pouco atractiva.

    Intruso de edifcios novos sem qualquer enquadramento arquitectnico, relativamente aos edifcios j existentes.

    Solues:

    Intensa reabilitao urbana;

    Restaurar as reas urbanas mais degradadas.

    Envelhecimento demogrfico

    Na cidade Os mais idosos

    Novas geraes Adquirem habitaes, geralmente nas reas suburbanas

    Este envelhecimento demogrfico levanta graves problemas sociais de abandono e solido

    Solues:

    Repovoamento das reas atraindo populao atravs de incentivos como o IAJ (Incentivo ao Arrendamento Jovem) pagando rendas aos

    jovens com menos de 30 anos.

    Pobreza

    Mais escondida Idosos com penses de reforma muito baixas e a viver em habitaes degradadas;

    Mais visvel Bairros de habitao precria;

    Nmero crescente dos sem-abrigo Criminalidade e a insegurana dos cidados;

    Solues:

    Promoo da capacidade empresarial local e de oportunidades de emprego

    Problemas Ambientais

    A componente ambiental importante no contexto da qualidade de vida urbana. um dos aspectos que ajuda a explicar a tendncia de

    sada das grandes cidades

    Presso ambiental devido:

    Actividades econmicas;

    Movimento e modo de vida caracterstico do espao urbano.

    Emisses de poluentes atmosfricos so causadas:

    Fontes domsticas e industriais;

    Trfego motorizado.

    Comprometendo a qualidade do ar que se respira nas cidades

    Solues:

    Construo de equipamentos de deposio e de tratamento dos lixos (aterros sanitrios, incineradoras e ETARs);

    Aumento dos espaos verdes;

    Melhoria dos espaos verdes j existentes.

    A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

    A crescente interaco espacial tem como suporte a rede de transporte e os vrios meios de transporte que tm sofrido algumas alteraes.

    Aumento da mobilidade Desenvolve o comrcio e as actividades produtivas (nvel regional e nvel internacional);

    Diminui as assimetrias regionais Melhores condies de vida;

  • 18

    Ajudou expanso de novas formas de organizao do espao (como por exemplo, o crescimento dos

    subrbios perto das grandes cidades).

    A competitividade dos diferentes meios de transporte

    Principais redes de transporte utilizadas nas ligaes:

    Rede rodoviria;

    Rede ferroviria;

    Rede area;

    Rede martima.

    Para se escolher um modo de transporte temos de ter em conta vrios factores:

    Custo do transporte;

    Tipo de mercadorias a transportar:

    Distncia a percorrer;

    Tempo gasto no percurso;

    Tipo de trajecto a percorrer.

    Em Portugal o trfego:

    Interno de mercadorias e de passageiros feito atravs do transporte rodovirio;

    Internacional de mercadorias feito essencialmente atravs da via martima (e depois, rodovirio).

    Transporte Rodovirio

    Tem registado um aumento significativo em Portugal (tanto nos veculos pesados como nos ligeiros.

    Devido a: Subida do nvel mdio de vida da populao;

    Desenvolvimento do comrcio e das actividades produtivas.

    Adequado para custas e mdias distancias;

    Grande flexibilidade Permite transporte porta a porta Elimina a necessidade de transbordo.

    Mais rpido e cmodo.

    Evoluo tecnolgica Aumento da capacidade de carga e de especializao para o transporte de mercadorias diversificadas Dimi-

    nuio dos custos de transporte e aumento da competitividade face a outros meios.

    Apesar dos progressos (que melhoraram as acessibilidades do pas) H aspectos negativos.

    Aumento excessivo do trfego (centros urbanos);

    Congestionamento mais frequente (horas de ponta);

    Elevado consumo de combustvel;

    Aumento da poluio;

    Aumento do desgaste psicolgico;

    Dificuldade em estacionar.

    A crescente utilizao dos transportes rodovirios, principalmente particulares Aumentou consumo combustveis fsseis Aumento

    da poluio atmosfrica.

    Elevada sinistralidade.

    Transporte ferrovirio

    Foram perdendo competitividade (no transporte de passageiros e no de mercadorias) com a afirmao dos transportes rodovirios;

    menos utilizado nas ligaes nacionais e internacionais;

    Aspectos negativos:

    Itinerrios fixos Menos flexibilidade;

    Exigncia de transbordo;

    Retira comodidade;

    Aumenta custo de transporte Perda de tempo e aumento da mo-de-obra utilizada;

    Elevados encargos ao nvel da manuteno e funcionamento de infra-estruturas e equipamentos (em comparao com o rodovirio)

    Aspectos positivos:

    Economicamente vantajoso no transporte de mercadorias pesadas e volumosas;

    Longas e mdias distncias;

    Maior capacidade de carga (em comparao com o transporte rodovirio);

    Menor consumo de energia e menor poluio;

    Baixa sinistralidade;

    Evoluo tecnolgica Aumento da velocidade mdia;

    Muito confortvel no transporte de passageiros.

    Transporte martimo

    Em Portugal, a maior parte do comrcio externo feita atravs da via martima;

    Isto deve-se localizao geogrfica do nosso pas; cruzamento das grandes rotas martimas e enorme extenso da linha de costa

    (que sempre favoreceu o contacto com mar).

    Torna o transporte ferrovirio mais competitivo face ao

    transporte areo.

  • 19

    Aspectos positivos:

    Vantajoso economicamente no transporte de mercadorias pesadas e volumosas;

    Muitas das vezes o nico transporte que consegue estabelecer ligaes intercontinentais;

    A crescente especializao Mais atractivo D a possibilidade de transportar vrios tipos de mercadorias;

    Por exemplo: transporte de mercadorias em contentores.

    Maior segurana;

    Maior rapidez das operaes de carga e descarga.

    Aspectos negativos:

    Menor velocidade mdia;

    Exigncia de transbordo.

    Adeso de Portugal UE Perdeu alguma importncia Comrcio Externo nacional Via terrestre (especialmente rodovirio uma

    vez que h uma rede viria muito densa e em bom estado);

    Continua a destacar-se no transporte de petrleo, cereais, carvo, cimento, etc. e nas ligaes com as regies autnomas.

    Transporte Areo

    Vocacionado para o transporte de passageiros Por ser rpido, cmodo e seguro.

    A sua utilizao tem vindo a aumentar Viagens longas e mdias.

    No muito utilizado no transporte de mercadorias Fraca capacidade de carga e os elevados custos de transporte.

    Indicado para mercadorias leves, pouco volumosas, e de grande valor unitrio e perecveis.

    Aspectos negativos:

    Poluio (afecta as pessoas que vivem/trabalham perto do aeroporto),

    Enorme custo de energia Saturao do espao areo Menos segurana.

    Em Portugal a sua utilizao tem vindo a aumentar especialmente os voos internacionais

    Quebrou o isolamento das regies autnomas.

    Entre as restantes regies do pas o transporte areo pouco significativo devido concorrncia dos transportes ferrovirio e rodovirio;

    ao fraco dinamismo econmico na maior parte delas; e a falta de infra-estruturas.

    Transporte multimodal

    Utilizao do transporte rodovirio (no transporte de mercadorias) Excessiva Problemas ambientais e enormes encargos econmi-

    cos.

    O transporte multimodal uma soluo para diminuir a utilizao do rodovirio. H uma certa parte do percurso que pode viajar por

    outro meio de transporte, como o ferrovirio.

    Vantagens

    Menos trnsito nas vias rodovirias;

    Menos poluio e consumo de energia;

    Menos tempo de deslocao.

    Visto que o nosso comrcio externo essencialmente com a Europa Projectos de ligao s redes transeuropeias Objectivo: articu-

    lao entre os vrios meios de transporte Utilizao combinada de transportes complementares.

    A distribuio espacial das redes de transporte

    Rede Rodoviria Nacional

    Uma das redes principais com menor densidade e distribui-se com bastantes irregularidades.

    Contrastes na densidade da rede de estradas e na intensidade de trfego Assimetrias regionais Norte e Sul; litoral e interior.

    Norte e Litoral:

    Mais populao e mais desenvolvidas;

    Bem servidas de estradas;

    Maior volume de trfego.

    Interior e Sul:

    Menos populao e economicamente menos dinmicos;

    Rede rodoviria pouco densa;

    Menor volume de trfego.

    Rede de estradas Importante Factor de desenvolvimento e de equilbrio no acesso da populao a bens e servios Esforo para

    a aumentar e modernizar desde a adeso UE.

    1985 Implementado um novo Plano Rodovirio Nacional (apoiado por financiamentos comunitrios)

    Construo de centenas de estradas e modernizao de estradas j existentes.

    Acessibilidade melhorou (especial ao interior e aos pases europeus)

    1998 Aprovado novo PRN 2000

    Rede de estradas Nova estrutura.

  • 20

    Rede Fundamental; Rede Complementar; Estradas Nacionais.

    Rede Fundamental Constituda por 9 Itinerrios Principais (IP) onde esto includas as auto-estradas

    Asseguram a ligao entre os principais centros urbanos e com os principais portos,

    aeroportos e fronteiras.

    Permite uma ligao mais rpida ao centro da Europa.

    Rede complementar Estradas que fazem a ligao entre a Rede Fundamental e os centros urbanos; asseguram a ligao dentro das

    reas metropolitanas de Lisboa e Porto.

    Os itinerrios complementares (IC) permitem estabelecer ligaes intermdias.

    Inclui as estradas nacionais (EN) divididas em duas categorias: estradas regionais (ER) e estradas municipais

    (EM). As estradas municipais ligam as sedes de concelho s diferentes freguesias e povoaes entre si.

    Rede Ferroviria Nacional

    Registou um grande declnio Falta de investimento.

    Falta de qualidade, maior tempo de deslocao, falta de segurana e comodidade.

    Tem sido feito um esforo para tentar inverter a situao Melhoria de algumas vias (electrificao e duplicao); substituio de alguns

    veculos mais antigos por outros mais cmodos, rpidos e seguros; modernizao da sinalizao.

    Investimentos feitos:

    Linha do Norte, linhas suburbanas que servem as reas metropolitanas, e na Linha da Beira Alta (principal ligao ferroviria com a

    Europa).

    A sua distribuio no regular.

    A densidade de passageiros e mercadorias muito mais concentrado na linha do norte e nas linhas suburbanas.

    Est dividida em Rede Principal, Rede Complementar e Rede Secundria.

    Rede Principal Linhas rentveis que podem vir a ser privatizadas;

    Rede Complementar Linhas de utilizada pblica, mas pouco rentveis economicamente, cuja manuteno e funcionamento so

    da competncia do Estado.

    Rede Secundria Linhas que so de interesse local e regional e cuja manuteno e funcionamento da responsabilidade das

    autarquias locais.

    As linhas mais importantes so: a Linha do Norte que assegura a ligao entre os principais centros urbanos do pas e percorre a regio

    mais densamente povoada, mais industrializada e desenvolvida, e a Linha da Beira Alta, principal ligao com o resto da Europa.

    O transporte de passageiros essencialmente suburbano (tendo uma posio de destaque nas reas metropolitanas).

    No transporte de mercadorias tem um papel pouco relevante (quer no trfego interno como internacional).

    Plano de Modernizao e Reconverso dos Caminhos-de-ferro

    Tentar ultrapassar alguns problemas do transporte ferrovirio Torna-lo mais competitivo.

    Foram realizadas intervenes ao nvel da melhoria das infra-estruturas e da introduo de veculos mais modernos.

    Melhor qualidade, mais segurana rentabilidade.

    Melhores ligaes nacionais e internacionais.

    A Rede Nacional de Portos

    Portos portugueses Grandes potencialidades ao nvel da localizao geogrfica. No cruzamento de importantes rotas martimas e,

    algumas partes com guas muito profundas Acostagem de navios de grande calado (utilizados em longos percursos).

    Enfrenta problemas que lhe tiram a competitividade e importncia:

    Elevados custos da mo-de-obra;

    Excesso de burocracia;

    Morosidade na movimentao da carga;

    Equipamento de carga e descarga desactualizado;

    Elevados custos de estadia dos navios;

    Deficiente articulao com as restantes redes de transporte.

    Os portos necessitam de uma urgente reestruturao que leve sua modernizao e adequao s exigncias do trfego actual, nome-

    adamente no que se refere ao transporte intermodal, assim como diminuio dos custos de explorao.

    Portos nacionais mais importantes:

    Porto de Lisboa:

    o porto mais importante de Portugal;

    Constitudo por vrios terminais especializados;

    Equipado com modernas infra-estruturas de carga e descarga. Possui os terminais mais importantes ao nvel de trfego de conten-

    tores, cereais, petrleo e carvo;

    Bastante utilizado pelos navios de cruzeiro;

    Para aumentar a sua eficcia e competitividade Obras previstas para melhorar as ligaes terrestres e aumentar o parque de

    contentores.

  • 21

    Porto de Sines:

    Constitudo por terminais vocacionados para produtos petrolferos, petroqumicos, carbonferos e de carga geral.

    Um dos melhores portos de Portugal para a recepo de navios de grande calado;

    Bem servido de infra-estruturas rodovirias e ferrovirias Asseguram ligaes rpidas ao resto do pas.

    Porto de Leixes:

    Insere-se numa regio de forte dinamismo industrial;

    Envolvido por uma rea densamente urbanizada Condiciona o seu desenvolvimento e expanso;

    Esto previstas obras com o objectivo de melhorar a sua acessibilidade (por terra e mar) assim como a sua modernizao.

    A Rede Nacional de Aeroportos

    O transporte interno de passageiros no interior diminuto e s tem expresso entre o territrio continental e as regies autnomas.

    O transporte de cargas por via area irrelevante;

    Principais aeroportos:

    Aeroporto de Lisboa:

    Maior parte do trfego de passageiros e mercadorias.

    Apesar dos investimentos Est com graves problemas Ligados ao progressivo aumento do trfego de passageiros e mercado-

    rias; impossibilidade de ampliao, condicionado pelo crescimento do crescimento de Lisboa.

    Est previsto um novo aeroporto perto da Capital.

    Aeroporto de S Carneiro:

    Segundo aeroporto mais importante;

    Tem sofrido bastantes obras de ampliao e a sua acessibilidade foi melhorada com a construo de um ramal de ligao da rede

    do metropolitano do Porto.

    Aeroporto de Faro

    Vocacionado para voos internacionais;

    Terceiro aeroporto mais importante de Portugal;

    Trfego de passageiros Maior parte so turistas que visitam o Algarve em frias;

    Trfego de mercadorias pouco significativo.

    Politica Comum de Transportes

    Revitalizar o caminho-de-ferro;

    Reforar a qualidade do transporte rodovirio;

    Promover o maior uso do transporte martimo e fluvial;

    Promover o transporte intermodal;

    Reforar a segurana rodoviria;

    Desenvolver transportes urbanos de qualidade.

    Objectivo Criao de uma rede transeuropeia que integre as redes de transportes ferrovirios, rodovirios, areos e martimos;

    Criar um espao sem fronteiras, melhorando as ligaes entre as regies mais perifricas e as regies centrais, mais desenvol-

    vidas.

    dada partculas ateno rede rodoviria que se pretende que venha a ligar mais fortemente estradas e auto-estradas e que permita

    aumentar a interconexo com outros modos de transporte, promovendo o transporte intermodal.

    No transporte ferrovirio est prevista a construo de grandes eixos transeuropeus, sendo prioritria a construo de uma rede de alta

    velocidade.

    No transporte areo, dada especial importncia unificao dos sistemas de controlo da navegao area.

    S com uma rede transeuropeia que a UE conseguir ter um espao sem fronteiras, onde todos os pases se interligam facilmente,

    permitindo o desenvolvimento mais equilibrado e harmonioso das vrias regies, elimina assim as assimetrias existentes.

    Portugal e Espanha tm projectos para construir quatro corredores rodovirios, ferrovirios e rodoferrovirios de ligao Europa.

    A utilizao da via martima no transporte de mercadorias uma alternativa ao transporte rodovirio, atravs das chamadas auto-estra-

    das do mar.

    A revoluo das telecomunicaes e o seu impacte nas rela