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RESUMO Direito Norma Direito Norma -> conjunto de regras do comportamento social, necessárias a organização da vida coletiva, sem as quais nem mesmo se imagina a convivência social. Também chamado de Direito Objetivo, compreende as normas estabelecidas para toda uma coletividade. Direito Faculdade -> é a expressão particular de um direito garantido para todos, porém, o exercício de tal poder depende da existência dessa garantia pelo sistema. Direito Fato Social -> Qualifica o direito enquanto primeiro e mais importante manifestação da vida coletiva. Como diziam os romanos ´´Ubis societus ib jus´´(Onde existe sociedade, existe direito). O contrário também é verdadeiro, pois só se pensam em regras jurídicas tendo em vista o bem estar coletivo, ou seja, o agrupamento humano. Direito Justiça -> Indica a prática de se dar a cada um o que é seu. Se o direito tem a missão de organizar a sociedade a partir de regras de comportamentos, a justiça é o parâmetro que deve orientar essa organização, ou seja, não bata qualquer norma, mas a aquela capaz de produzir justiça. Para se falar em autentica justiça, é preciso tratar igualmente os iguais e, desigualmente os desiguais. Direito Ciência -> É a perspectiva que considera o direito enquanto ramo do conhecimento humano, com métodos, técnicas e objeto próprios, que lhe dão identidade no universo das outras ciências. O conteúdo de tal ciência é o fenômeno jurídico, que tem em seu centro as normas, mas também abrange outros elementos a ela associados, como fatores sociais, históricos, morais, políticos, etc. Direito Positivo e Direito Natural O direito positivo é o conjunto de normas das variadas sociedades humanas que refletem a realidade coletiva de cada povo. Caracteriza-se por ser um direito variável no tempo e no espaço; no tempo porque se transforma constantemente com as mudanças da sociedade; no espaço porque cada sociedade elabora suas normas, verificando-se que ao redor do planeta existem diferentes sistemas normativos. Ao lado do direito positivo, ainda existe o direito natural, quem tem caráter abstrato e superior. Tal direito é universal, pois pertence a todos os povos, e imutável, porque é eterno. Essa ordem reúne exigências fundamentais ligadas a dignidade humana, como integridade, direito a vida, a liberdade, etc, por esse motivo abstrato e superior, daí se ramificam as leis do direito positivo. Direito Estatal e Direito Não-Estatal A ordem jurídica é formada por dois níveis fundamentais que coexistem e

RESUMO INTRODUÇÃO AO DIREITO.doc

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RESUMO

Direito   Norma

Direito Norma -> conjunto de regras do comportamento social, necessárias a organização da vida coletiva, sem as quais nem mesmo se imagina a convivência social. Também chamado de Direito Objetivo, compreende as normas estabelecidas para toda uma coletividade.

Direito Faculdade -> é a expressão particular de um direito garantido para todos, porém, o exercício de tal poder depende da existência dessa garantia pelo sistema.

Direito Fato Social -> Qualifica o direito enquanto primeiro e mais importante manifestação da vida coletiva. Como diziam os romanos ´´Ubis societus ib jus´´(Onde existe sociedade, existe direito). O contrário também é verdadeiro, pois só se pensam em regras jurídicas tendo em vista o bem estar coletivo, ou seja, o agrupamento humano.

Direito Justiça -> Indica a prática de se dar a cada um o que é seu. Se o direito tem a missão de organizar a sociedade a partir de regras de comportamentos, a justiça é o parâmetro que deve orientar essa organização, ou seja, não bata qualquer norma, mas a aquela capaz de produzir justiça. Para se falar em autentica justiça, é preciso tratar igualmente os iguais e, desigualmente os desiguais.

Direito Ciência -> É a perspectiva que considera o direito enquanto ramo do conhecimento humano, com métodos, técnicas e objeto próprios, que lhe dão identidade no universo das outras ciências. O conteúdo de tal ciência é o fenômeno jurídico, que tem em seu centro as normas, mas também abrange outros elementos a ela associados, como fatores sociais, históricos, morais, políticos, etc.

Direito Positivo e Direito Natural

O direito positivo é o conjunto de normas das variadas sociedades humanas que refletem a realidade coletiva de cada povo. Caracteriza-se por ser um direito variável no tempo e no espaço; no tempo porque se transforma constantemente com as mudanças da sociedade; no espaço porque cada sociedade elabora suas normas, verificando-se que ao redor do planeta existem diferentes sistemas normativos. Ao lado do direito positivo, ainda existe o direito natural, quem tem caráter abstrato e superior. Tal direito é universal, pois pertence a todos os povos, e imutável, porque é eterno. Essa ordem reúne exigências fundamentais ligadas a dignidade humana, como integridade, direito a vida, a liberdade, etc, por esse motivo abstrato e superior, daí se ramificam as leis do direito positivo.

Direito Estatal e Direito Não-Estatal

 

A ordem jurídica é formada por dois níveis fundamentais que coexistem e se complementam, denominados direito Estatal e direito Não-Estatal. O primeiro é composto das regras gerais formalmente produzidas pelo poder público, isto é, pela grande estrutura institucional, política e jurídica, denominada Estado. O direito não-estatal é composto pela regulamentação dos variados grupos e seguimentos sociais, que definem regras internas de comportamento e funcionamento. Essas regras são subordinadas as Estatais, havendo uma hierarquia entre as duas, por isso o direito não-estatal está proibido de contrariar as regras do direito estatal. Exemplos de regras do direito não-estatal são as regras de cada condomínio, empresa, igreja, etc.

Fontes do direito

 

1-conceito

 

Existem duas formas de fontes, as matérias, que são responsáveis pela construção do direito, e as formais, que exteriorizam o direito elaborado a partir das fontes materiais.

a) Fontes Materiais (fato social e valor)

 

São os fatores que levam a criação do direito, sendo assim sua matéria prima, que correspondem ao fato

social e ao valor. O fato social é qualquer acontecimento que coloca em risco a convivência social, ou seja, é qualquer fato de grande relevância que compromete a vida social se não for regulamentado em lei. Já o valor, se caracteriza por ser a interpretação dada pela sociedade aos fatos, segundo parâmetros éticos reinantes e que definem o modo como a lei tratará o fato, condenando-o, permitindo-o, ou exigindo-o.

Estruturas dos procesos do Estado brasileiro

 

-Plauto Federal:

 

-Poder executivo -> Presidente, vice-presidente e ministros de Estado.

-Poder legislativo -> Congresso nacional (Senado e Câmara dos deputados)

-Poder Judiciário -> STà Supremo Tribunal Federal

                                   Supremo Tribunal Federal e Supremo tribunal de Justiça dividem o trabalho.

-Plauto Estadual:

 

-Poder Executivo -> Governador e vice-governos dos Estados e Secretarias Estaduais.

-Poder Legislativo -> Assembléia Legislativa (Deputados Estaduais).

-Poder judiciário -> Tribunal de justiça e juízes de direito (Justiça Comum).

Plauto Municipal:

 

-Poder Executivo -> Prefeito e vice-prefeito municipais.

-Poder Legislatio -> Câmara Municipal (vereadores)

-Poder Judiciário -> Não há.

Lei :

 

a)      Acepções do termo lei (amplíssima, amplo executiva)

Amplíssima -> ´´Jus Scriptum / Jus non scriptum´´ direito escrito e não escrito (costumes da sociedade)

Ampla -> Qualquer regra escrita.

Técnico -> Leis são apenas tipos de regras que exigem alguns requisitos : Lei complementar e Lei ordinária.

A palavra lei pode ser aplicada sobre significados diferentes conforme a abrangência e aplicação que se pretende dar a ela.

Numa acepção amplíssima, a lei é  um gênero que reúne todas as regras jurídicas, escritas ou não. O direito escrito é qualquer regra produzida formalmente e prevista em textos; já o direito não escrito é composto por costumes jurídicos que são práticas gerais consideradas obrigatórias pela sociedade, por exemplo o cheque pré-datado.

Em uma acepção Ampla, lei significa toda regra jurídica escrita.

O sentido técnico aplica-se apenas para certos tipos de normas, qualificadas por determinadas características e que estão representadas no direito brasileiro por lei complementar e lei ordinária.

Conceito técnico de lei -> Norma geral, abstrata e permanente, produzida pelo poder legislativo segundo um procedimento determinado, expressa em uma fórmula escrita e que cria direitos e obrigações na ordem infraconstitucional.

Norma Abstrata -> Por esse aspecto a lei tenta ser o mais abrangente possível, de modo que quanto mais objetiva, mais fatos abrangerá, e quanto mais detalhada sua redação, menos fatos ela abarcará. Exemplo: o homicídio é determinado apenas como ´´matar alguém´´, de modo que pode abranger várias situações.

Norma Permanente -> Como regra geral a lei é elaborada por um prazo indeterminado, valendo em caráter perene enquanto os fatos, que ela regulamenta, existirem. Em duas hipóteses o ordenamento jurídico prevê limitações de tempo à lei : lei de vigência excepcional e a lei de vigência temporária. No primeiro caso, a norma é elaborada par atender certos casos extraordinários ou emergenciais ( guerras, calamidade pública, etc.), de modo que, encerrado o evento, a lei perde a validade. A lei excepcional normalmente apresenta o caráter da ultratividade, o qual, mesmo depois da lei perder a validade, pode julgar fatos ocorridos anteriormente, quando ainda estava em vigor, por exemplo, o caso de desertores de guerra. Já a lei de vigência temporária tem um período pré-determinado para a produção de seus efeitos, nesse sentido conta com uma data de início e uma data final de vigência, sendo criada para situações de conveniência social e não emergências. É muito usada no meio tributário, quando se criam leis de incentivo fiscal para certas atividades por certos períodos.

Norma Jurídica -> Toda lei técnica é necessariamente regra do direito, e nunca uma regra moral, religiosa, ou de outra natureza. A conduta humana é governada, no meio social, por duas esferas normativas : as regras jurídicas e não-jurídicas. As jurídicas são produzidas e reconhecidas pelo Estado, já as não jurídicas provêm da própria sociedade, e tem caráter moral, religioso, ou de costumes da mesma. A norma jurídica normalmente é mais severa do que a não-jurídica, aplicando multas, prisões, enquanto a não-jurídica representa, por exemplo, a exclusão do grupo, a autopunição(arrependimento), etc. O próprio Estado que aplica as sanções jurídicas provem da sociedade ou do próprio infrator.

É importante saber que a esfera jurídica muitas vezes se entrelaça com a não-jurídica, ou seja, é transformada em norma jurídica uma norma não-jurídica que entende que a punição moral apenas não seria suficiente para tal fato. Também acontece de normas jurídicas se transformarem em simples normas não-jurídicas.Isso acontece quando o fato não apresenta mais gravidade que lhe faça merecer punição pelo direito.

Norma Geral -> As normas nunca podem ser criadas para um indivíduo, e sim para um universo de pessoas. Esse universo varia de acordo com a origem da lei na estrutura Estatal. A lei pode ser Federal, Estadual, ou Municipal.A federal tem caráter nacional, a Estadual se aplica apenas no próprio estado em que foi criada, e a municipal destina-se a coletividade humana da cidade em que foi criada. Uma lei não pode interferir na outra, não existe hierarquia entre elas, porém uma não pode interferir em assuntos de outra.

Norma produzida pelo poder legislativo

 

É do poder legislativo que se criam as leis técnicas, outras muito se assemelham destas, porém não são consideradas como tais principalmente por serem criadas por outros poderes. Isso ocorre porque dentro do poder legislativo, a lei é amplamente discutida, ou seja, não é imposta por uma autoridade. Outro fator, é de o poder legislativo ser o representante da vontade popular, e a quem se confere o poder de elaborar as principais leis do sistema jurídico.

Norma produzida segundo um parcelamento determinado

 

Trata-se do roteiro formal exigido para a criação de uma lei, o qual exige a apresentação de um projeto de lei e aprovação ou veto do mesmo. Esse processo se denomina processo legislativo, que exige um projeto de lei, que é normalmente apresentado pelos próprios legisladores, mas também pode vir de outros poderes (presidente da República, presidente do STF). Após a apresentação de tal projeto, ele é examinado por certas comissões, para verificação de seu conteúdo e para também verificar se não viola a Constituição Federal. Após a averiguação do projeto, se autorizado, o projeto segue para discussão da casa legislativa. Sua aprovação dependerá de um ´´quorum´´(número mínimo de votos) definido conforme a espécie da lei a ser criada. No plano Federal essa votação tem uma peculiaridade, ocorrendo em cada uma das casas do congresso nacional, ao passo que nos outros planos a votação é única. Depois de aprovada, a lei segue para sanção ou veto do chefe do poder executivo. Se a lei for vetada, total ou parcialmente, a lei volta para o poder legislativo, o qual manterá ou derrubará o veto. Se o poder legislativo derrubar o veto, o poder executivo é obrigado a sancionar a lei. Após a aprovação, a lei deve ser publicada, para que ninguém alegue não conhece-la, após a publicação entra em vigor a ´´vacatio legis´´, que é o período entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Esse período normalmente é de 45 dias, porém, pode ser alterado. Esse período pode ser anulado ou prolongado, de acordo com a necessidade da lei. Após esse período a lei entra em vigor.

Norma expressa em uma fórmula escrita

A lei escrita assumiu importância especial ao longo da história do direito, substituindo as leis que a antecederam, baseadas em costumes. As leis escritas assumiram papel principal nos sistemas de origem romana, pois é mais clara e objetiva, e mais acessível. Isso garante mais segurança no direito, pois os costumes são imprecisos e obscuros. A lei escrita apresenta a seguinte estrutura, que é variável: artigo(elemento indispensável), parágrafo, inciso, alínea e número. Todos com caráter complementar.

Norma que cria direitos e obrigações na ordem infraconstitucional

 

A lei técnica deve estar abaixo da constituição, ou seja, na esfera infraconstitucional. Os direitos representam o poder individual que permite as pessoas invocar a lei a seu favor. Quanto a obrigação, destaca-se que ela é diferente do dever. Obrigação é toda imposição de caráter econômico, envolvendo despesas, como dar sustento aos filhos, pagar impostos, etc. Já o dever tem uma natureza moral, cívica, política, etc., como votar a partir dos 18 anos, prestar o serviço militar, educar moralmente os filhos, etc.