Resumo Luzes e Sombras II

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Nome: Pedro Oliveira 28/03/2014Instituto de Psicologia, TSP I Psicanlise, prof. Maria Angelia Teixeira

Resumo do texto Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanlise

Unindo um amplo interesse pelas manifestaes culturais humanas, como a literatura, ao ingresso numa universidade pautada pela cincia experimental a Faculdade de Medicina -, Sigmund Freud fundou o que, a partir de suas influncias positivistas e materialistas, concebia como mais uma cincia natural: a psicanlise. Curiosamente, esta cincia foi construda com o irracional no horizonte, buscando esclarecer os mecanismos e leis que regem o sistema destinado a reprimir ou mascarar certas ideias, lembranas ou fantasias censurveis da psique humana: o inconsciente. Atravs da combinao de um constante desenvolvimento emprico - trilhado a partir do contato com a psiquiatria dinmica francesa - focado em si e em seus pacientes e de uma intensa reflexo terica, Sigmund vai construir ao longo de uma vida modelos que pretendem dar conta do psiquismo em geral, e que inauguram conceitos que iriam desmistificar a autorregulao integral do ser humano quanto a seus desejos, suas aes e suas certezas. Operando por conceitos como os de recalque e pulso, Freud altera mltiplas noes assertivas de seu tempo, como ocorre por exemplo com a sexualidade: deslocando seu fim do puro funcionalismo para o prazer e, principalmente, identificando na infncia todo um processo libidinal, ele rompe com diversos discursos normativos que tendiam a patologizar e limitar as expresses do homem e da mulher enquanto seres que baseiam sua vida psquica justamente na sexualidade.No entanto, o cerne do aparelho psquico identificado por Freud no inconsciente. A partir do mtodo de associao livre, que consistia na fala livre de seus pacientes, o mdico verificou encadeamentos geradores de sentidos em ideias aparentemente desconexas. Delegando ao psicanalista o papel de interpretar tais sentidos e reformulando sua teoria at o fim do expediente vital, ele inaugurou uma nova concepo de gente, agora cindida entre os grandes sistemas psquicos e, portanto, incapaz de se autoconhecer. Desta mesma gente, Freud tambm se lanou numa investigao social, identificando na lida com o indivduo a necessidade de se debruar tambm sobre a cultura e propor origens e desenrolares na relao pessoa/coletivo, sempre marcada por conflitos e acertos no to aparentes para algum de seu tempo, que foi, principalmente, o sculo XX.