Resumo PEB

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  • 7/24/2019 Resumo PEB

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    Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

    Faculdade de Cincias Econmicas - FCE

    Departamento de Economia e Relaes Internacionais - DERI

    Desenvolvimento Scio-Econmico (ECO02249)

    Prof. Dr. Ricardo Dathein

    Resumo para entregar no. 3

    Alunx: Jlia Ribeiro

    Resumo de Tecnologia e Desenvolvimento Econmico

    A tecnologia papel-chave ao desenvolvimento: com isso, deve-se analisar se ela serve comofator de convergncia ou divergncia do desenvolvimento entre pases do Sistema

    Internacional (SI) alm disso, numa tica intra-nacional, deve-se analisar o papel da

    tecnologia na distribuio de renda nacional, atravs da distribuio e desigualdade nos

    salrios.

    1. Crescimento, Tecnologia e Comrcio Internacional

    Cepal discorda de Solow e de seu modelo, o qual no coloca a tecnologia como um fator de

    crescimento: para os cepalinos, o progresso tcnico algo difundido lenta e gradualmente,colaborando polarizao de estruturas produtivas no SI (por um lado, o Centro - produo

    homognea e centralizada - e por outro, a Periferia - heterognea e especializada, tendo

    poucos setores na sua matriz produtiva). Tecnologia e estrutura produtiva esto intimamente

    ligadas. Periferia, a heterogeneidade contribui negativamente para a difuso tecnolgica,

    visto que h discrepncias entre os setores produtivos e lentido no processo de difusotecnolgica isso, aliado especializao da regio, contribui maioria da mo-de-obra

    ligada a setores de baixa produtividade, produzindo 3 tendncias de crescimento econmico:

    i) tendncia de desequilbrio externo (elasticidade-renda de suas exportaes relativamentemenor do Centro), ii) sub-emprego estrutural (extensa massa de reserva de mo-de-obra em

    setores de baixa produtividade, aliada incorporao de tecnologia em setores modernos

    (intensivos em capital), faz com que o subemprego se torne tendncia de longo-prazo), iii)

    tendncia de deteriorao dos termos de troca (incapacidade da regio de reter os frutos doprogresso tcnico). Por fim, para a Cepal, a soluo est na industrializao, partindo de

    tecnologias mais simples s mais complexas.

    A teoria keynesiana dialoga, de certa forma, com a teoria cepalina: para a primeira, ocrescimento se deve Demanda Efetiva, que depende do comrcio e de investimentos,

    determinantes ao emprego e renda. Porm, os modelos keynesianos falham em explicar a raiz

    do progresso tcnico e da competitividade internacional, o que coberto pela teoria

    schumpeteriana: importante destacar as formas em que o progresso tcnico difundido, oque depende das caractersticas do paradigma e da trajetria das tecnologias, relacionadas :

    i) oportunidade tecnolgica, ii) cumulatividade, iii) contedo tcito, iv)contedo especfico

    ou localizado. Dessa forma, um olhar schumpeteriano especializao faz com que se d

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    importncia crucial dinmica da tecnologia, associada s caractersticas do paradigma e da

    trajetria sua, ao crescimento e evoluo dos mercados.

    2. Salrios, Distribuio de Renda e Crescimento

    Considerando a segunda tica sobre o crescimento, Kalecki tem um papel importante: o deformulao da distribuio de renda no nvel de produto na economia: considerando que omercado apresenta condies imperfeitas de competio, os setores econmicos no tm

    possibilidade de operarem em suas plenas e otimizadas funes produtivas. Dessa forma,

    infere-se que h a ociosidade de recursos utilizados na economia, aos quais o lucro de uma

    empresa pode ser afetado negativamente, enquanto o salrio positivamente (no necessria essa relao). Alm disso, outro fator que colabora negativamente ao aumento do

    nvel dos salrios o grau de monoplio da indstria (quanto mais concentrada, maior o

    mark-up).

    Analisando essa questo, o modelo de Becker coloca que a abertura econmica pode trazer

    efeitos diferentes s exportaes e s importaes, no podendo ser sempre favorvel ao

    crescimento: para ter sucesso, o efeito sobre as exportaes deve superar o efeito sobre as

    importaes.

    Alm disso, relacionando a questo ainda sobre Kalecki com a questo do crescimento

    econmico, o modelo de Cimoli coloca que no possvel haver crescimento positivo mesmo

    com diminuio dos salrios reais num pas perifrico: uma queda nos salrios reais no ter

    impacto positivo sobre suas exportaes, considerando a diferena de produtividade muitosignificativa Centro-Periferia.

    Por fim, o autor colocar que os dois modelos acima (Becker e Cimoli) apresentamque a mudana tecnolgica pode ser a sada para que se tenha aumento real nos salrios em

    conjunto com um crescimento positivo na economia nacional: a tecnologia a varivel que

    explica a baixa resposta das exportaes s mudanas nos preos relativos, e a alta resposta

    das importaes ao aumento da renda nacional. Segundo o autor, se a tecnologia permitisseampliar as exportaes a partir da qualidade/diversificao, sem depender de diferenciais de

    salrios para competir, o espao para crescer se amplia.