Resumo RCNEI 1

7/24/2019 Resumo RCNEI 1

http://slidepdf.com/reader/full/resumo-rcnei-1 1/27

FONTE: http://escolinhadatiamara.blogspot.com.br/2011/06/resumo-do-

reerencial-curricular.html !cesso em 02/11/201".

REFERENCIAL CURRICULARNACIONAL PARA A

EDUCAÇÃO INFANTIL

VOLUME 1

INTRODUÇÃO A educação infantil vem crescendo de forma intensa tanto no Brasil como

no mundo devido à urbanização, a participação cada vez maior da mulher no

mercado de trabalho, uma nova organização familiar e conscientização daimportância das experiências na primeira infância, o que faz aumentar a

necessidade de instituiçes que atendam crianças de zero a seis anos!

A partir da "onstituição #ederal de $%&&, a educação infantil em creches e

pr'(escolas passou a ser um dever do )stado e um direito da

criança *artigo +&, inciso -./! 0 )statuto da "riança e do Adolescente, de $%%,

destaca tamb'm o direito da criança a este atendimento!

entre ambas ' feita apenas pelo crit'rio de faixa et1ria!

A educação infantil ' considerada a primeira etapa da educação b1sica tendo

como finalidade o desenvolvimento integral da criança at' seis anos de idade! CARACTERÍSTICAS DO REFERENCIALCURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃOINFANTIL)ste documento traz todas as referências e orientaçes pedag2gicas para

a implementação de pr1ticas educativas de qualidade que promovam as

condiçes necess1rias para o desenvolvimento integral e de cidadania das

crianças! "onsiderando as caracter3sticas afetivas, emocionais, sociais e cognitivas

das crianças de zero a seis anos, devemos oferecer e experiências que

contribuam para construção da cidadania e que sigam os seguintes princ3pios4

http://escolinhadatiamara.blogspot.com.br/2011/06/resumo-do-referencial-curricular.html






"abe ressaltar que a criança tem direito de viver experiências prazerosas nas

instituiçes sempre respeitando pluralidade e diversidade da sociedade brasileira,

sendo que o 5eferencial traz uma proposta aberta, flex3vel e não obrigat2ria, que

poder1 auxiliar na elaboração ou implementação de programas e curr3culos de

acordo com a realidade de cada grupo, embora sabemos que somente isto nãovai resolver o problema da qualidade da educação, pois envolve questes amplas

ligadas às pol3ticas p6blicas, orçamento, valorização dos profissionais da 1rea e

padres de atendimento que garantam espaço f3sico adequado, materiais em

quantidade e qualidade suficientes e à adoção de propostas educacionais

compat3veis com a faixa et1ria nas diferentes modalidades de atendimento!

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRECRECHES E PRÉ-ESCOLAS

0 atendimento de crianças em creche, nasceu com ob7etivo assistencialistapara atender crianças de baixa renda a fim de resolver problemas ligados à



sobrevivência das crianças, atualmente este conceito vem mudando e ho7e

percebemos a necessidade de educar com o ob7etivo de desenvolver aspectos

f3sicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança!

8o7e em dia as propostas educacionais para educação infantil tem seu foco

no cuidar e educar, no papel do afeto na relação pedag2gica e sobre educar para odesenvolvimento da criança com um ser indivis3vel!

A CRIANÇA A concepção de criança nasce de uma visão hist2rica constru3da ao passar dos

anos e se alterando de acordo com cada grupo social e 'poca, sendo marcada

pelo meio social em que vive e tamb'm o marcando!

As crianças sentem e pensam o mundo de um 7eito muito pr2prio de acorda com

as relaçes que estabelecem com o meio em que vivem! Atrav's das brincadeiras

demonstram seus anseios e dese7os e constroem seus conhecimentos a partir desuas experiências! "ompreender, conhecer e reconhecer o 7eito particular das

crianças serem e estarem

no mundo ' o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais!

EDUCAR)ducar significa , propiciar situaçes de cuidados, brincadeiras e aprendizagens,

orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento

das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros emuma atitude b1sica de aceitação, respeito e confiança! ) o acesso, pelas crianças,

aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural!9este processo, a

educação ter1 como desenvolvimento as capacidades de apropriação e das

potencialidades, corporais ,afetivas, emocionais, est'ticas e 'ticas, na perspectiva

de contribuir para a formação de crianças felizes e saud1vel!

CUIDAR Atrav's do cuidar, significa compreender a criança como parte integrante daeducação embora não podemos deixar de lado os conhecimentos pedag2gicos, o

brincar e educar andam 7untos e são fortes aliados à educação infantil!

0 cuidar tem um significado de valorizar e a7udar no desenvolvimento das

capacidades das crianças!

Bastam o adulto ter sensibilidade de prestar atenção as expresses das crianças,

pois, às vezes não ' somente de comida que as crianças precisam, temos que

ficar de olho ao choro e atitudes, e nessa hora temos que acalm1(los com

paciência e amor!

:ara cuidar ' preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua



singularidade, ser solid1rio com suas necessidades, confiando em suas

capacidades! ;isso depende a construção de um v3nculo entre quem cuida e quem

' cuidado!

Al'm da dimensão afetiva e relacional do cuidado, ' preciso que o professor possa

a7udar a criança a identificar suas necessidades e prioriz1(las, assim como atendê(las de forma adequada! Assim, cuidar da criança, sobretudo dar atenção a ela

como pessoa que est1 num cont3nuo crescimento e desenvolvimento,

compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas

necessidades! -sto inclui interessar(se sobre o que a criança sente, pensa o que

ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de

suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais aut<noma!

BRINCAR As brincadeiras de faz de conta devem permear cotidianamente o universo

institucional tornando uma pratica para as crianças, e a7udando a adquirir seus

conhecimentos, faz parte do professor não intervir nesta atividade, deixando as

crianças desenvolver espontaneamente, como forma independente de suas

criatividades sem influencia do meio, deixando(as criarem suas pr2prias regras e

ter a criatividade de construçes de brinquedos e materiais a ser utilizados!

;entro do referencial a brincadeira espontânea e um importante eixo de

aprendizagem, principalmente como elas interagem com o meio, as pessoas e

absorvendo o conhecimento!)m relação à figura do professor, o 5"9)-, o tem caracterizado como aquele que

disponibiliza as condiçes para que as crianças organizem de forma independente

suas emoçes, sentimentos, conhecimentos e regras sociais, brincando de

maneira espontânea e prazerosa!

Aprener e! "#$%&'(e" )r#en$&&" Atrav's de situaçes organizadas e orientadas de aprendizagem ou mesmo que

dependem de uma intervenção direta permite que as crianças trabalhem diversos

conhecimentos, e estão baseados em propostas, mas essencialmente, na escuda

das crianças, compreendendo o papel desempenham a experimentação e o erro

na construção do conhecimento!

)ssa intervenção do professor ' necess1ria para que as crianças dentro daeducação infantil possam, em situaçes de interaçes sociais ou sozinhas, ampliar



suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos c2digos sociais e das

diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e

id'ias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas,

da construção de ob7etos e brinquedos etc!

0 professor para atingir sua meta dever1 considerar a singularidade de cadacriança e suas diferenças de idades, h1bitos, costume, valores, crenças,

etnias,etc!

= a interação com crianças da mesma idade e de idades diferentes

em situaçes diversas como fator de promoção da aprendizagem

e do desenvolvimento e da capacidade de relacionar(se>

= os conhecimentos pr'vios de qualquer natureza, que as crianças

71 possuem sobre o assunto, 71 que elas aprendem por meio de

uma construção interna ao relacionar suas id'ias com as novas

informaçes de que dispem e com as interaçes que

estabelece>

= a individualidade e a diversidade>

= o grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que

devam ser significativas e apresentadas de maneira integrada

para as crianças e o mais pr2ximas poss3veis das pr1ticas sociaisreais>

= a resolução de problemas como forma de aprendizagem!

INTERAÇÃO? importante frisar que as crianças se desenvolvem em situaçes de interação

social, nas quais conflitos e negociação de sentimentos, id'ias e soluçes são

elementos

indispens1veis!"abendo ao professor propiciar situaçes de conversa, brincadeira, ou

de aprendizagem orientadas que garantam a troca entre as crianças de forma que

possam expressar(se e demonstrar seus pensamentos e o ambiente sempreacolhedor a7uda essa interação!



0 âmbito social oferece, portanto, ocasies 6nicas para elaborar estrat'gias de

pensamentos e ação!

DIVERSIDADE E INDIVIDUALIDADE0 professor tem a tarefa de individualizar as situaçes de aprendizagem às

crianças, e levar em consideração suas capacidades, afetivas, emocionais, sociais

e cognitivas assim como seus conhecimentos socioculturais 71 adquiridos! @emos

plane7ar e oferecer uma variada experiência aonde as crianças possam responder

sua individualidades!

;evemos considerar as diferença entre as crianças e propiciar uma educação

baseada em condiçes diversas de aprendizagem e desenvolvimento respeitando

a cada uma em seu aspecto global!

APRENDI*AGEM SIGNIFICATIVA ECONHECIMENTOS PRÉVIOS

0 professor tem que considerar como ponto de partida para sua ação educativa

0s conhecimentos que as criança 71 possuem, como sua experiências sociais,

efetivas e cognitivas!;etectar os conhecimentos pr'vios das crianças não ' f1cil

mas implica ao professor estabelecer estrat'gias did1ticas para fazê(lo!

uantos menores, mais dif3cil detectar esses conhecimentos, uma vez que não os

fazem verbalmente, temos que ter uma observação mais minuciosa!

0s gestos, movimentos corporais, sons produzidos, expresses faciais, as

brincadeiras e toda forma de expressão, representação e comunicação devem ser

consideradas como fonte de conhecimento para o professor sobre o que a criança

71 sabe! "om relação às crianças maiores, podem(se tamb'm criar situaçes

intencionais nas quais elas se7am capazes de explicitar seus conhecimentos por

meio das diversas linguagens a que têm acesso!

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

9as situaçes de aprendizagem o problema adquire um sentido importante quando

às crianças buscam soluçes e discutem umas com as outras! 9ão se tratando de

situaçes que se permitam aplicar o que se sabem, mas produzir novos

conhecimentos a partir da interação com novos desafios, nesse processo o



professor deve aplicar diferentes situaçes e soluçes para uma socialização de

resultados!

PRO+IMIDADE COM AS PR,TICAS

SOCIAIS REAIS

A pr1tica educativa deve buscar situaçes de aprendizagens que reproduzam

contextos cotidianos nos quais, por exemplo, escrever, contar, ler, desenhar,

procurar uma informação etc! tenha uma função real! -sto ', escreve(se para

guardar uma informação, para enviar uma mensagem, contam(se tampinhas para

fazer uma coleção etc!

);"A5 "5-A9CAD "0E9)")DD-;A;)D )D:)"-A-D

As pessoas que apresentam necessidades especiais *portadores de deficiência

mental,

*Auditiva, visual, f3sica e deficiência m6ltipla, e portadores de altas habilidades/

representam $F da população brasileira e possuem, em sua grande maioria, uma

vasta experiência de exclusão que se traduz em grandes limitaçes nas

possibilidades de conv3vio social e usufruto dos equipamentos sociais *menos de

GF têm acesso a algum tipo de atendimento/, al'm de serem submetidas a

diversos tipos de discriminação! A oferta de educação especial, dever

constitucional do )stado, tem in3cio na faixa et1ria de zero a seis anos, durante a

Heducação infantilI!

A )ducação )special, termo cunhado para a educação dirigida aos portadores de

deficiência, de condutas t3picas e de altas habilidades, ' considerada pela

"onstituição brasileira, como parte insepar1vel do direito à educação!

9o mundo inteiro tem se observado iniciativas no sentido da inclusão cada vez

maior

das crianças com necessidades especiais nos mais diversos espaços sociais!

A qualidade do processo de integração depende da estrutura organizacional da

instituição, pressupondo propostas que considerem4



# grau de deficiência e as potencialidades de cada criança>

= idade cronol2gica>

= disponibilidade de recursos humanos e materiais existentes na

comunidade>

= condiçes socioecon<micas e culturais da região>= est1gio de desenvolvimento dos serviços de educação especial

71 implantado nas unidades federadas!

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Degundo a J;B dispe, no t3tulo .-, art! K+ que4 HA formação de docentes

para atuar na educação b1sica far(se(1 em n3vel superior, em curso de

licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de

educação, admitida, como formação m3nima para o exerc3cio do magist'rio na

educação infantil e nas quatro primeiras s'ries do ensino fundamental, a oferecida

em n3vel m'dio, na modalidade 9ormalI! "onsiderando a necessidade de um

per3odo de transição que permita incorporar os profissionais cu7a escolaridade

ainda não ' a exigida e buscando proporcionar um tempo para adaptação das

redes de ensino, esta mesma Jei dispe no t3tulo -L, art! &M, N OP que4 Hat' o fim da

d'cada da )ducação somente serão admitidos professores habilitados em n3vel

superior ou formados por treinamento em serviçoI!

;e acordo com a J;B, o 5eferencial utiliza a denominação Hprofessor de

educação infantilI para designar todos osQas profissionais respons1veis pela

educação direta das crianças de zero a seis anos!

PERFIL PROFISSIONAL :ara trabalhar com )ducação -nfantil ' necess1rio que o professor tenha

uma competência polivalente, ou se7a, trabalhar com conte6dos de naturezas

diversas que abrangem desde cuidados b1sicos essenciais at' conhecimentos

espec3ficos provenientes das diversas 1reas do conhecimento, portanto '

necess1rio que o professor reflita sua pr1tica, mantenha di1logo com as

fam3lias e a comunidade e atrav's da pr1tica direta com as crianças a observação,

o registro, o plane7amento e a avaliação!

ma proposta curricular de qualidade depende de todo corpo docente e

discente das instituiçes! A construção de um pro7eto educativo deve ser um

processo constante e historicamente contextualizado e com professores que

este7am comprometidos com as pr1ticas educacionais, capazes de responder às



demandas familiares e das crianças, relacionadas com os cuidados e

aprendizagens infantis!

ORGANI*AÇÃO DO REFERENCIAL

CURRICULAR NACIONAL PARA AEDUCAÇÃO INFANTIL

0s fatos apontam que a maioria das criança como um ser social, psicol2gico e

hist2rico e sua referencia dentro do construtivismo aponta o universo da criança

como ponto de partida, e defendo uma educação democr1tica e transformadora da

realidade transformando cidadãos cr3ticos e preparados para uma

educação dentro do conhecimento infantil!

0 ob7etivo de tornar vis3vel uma poss3vel forma de articulação, a estrutura do 5"9para a )ducação -nfantil relaciona ob7etivos gerais e espec3ficos, conte6dos e

orientaçes did1ticas numa perspectiva de operacionalização do processo

educativo!

:ara tanto estabelece uma integração curricular na qual os ob7etivos gerais para a

educação infantil norteiam a definição de ob7etivos espec3ficos para os diferentes

eixos de trabalho! ;esses ob7etivos espec3ficos decorrem os conte6dos que

possibilitam concretizar as intençes educativas! 0 tratamento did1tico que busca

garantir a coerência entre ob7etivos e conte6dos se explicita por meio das

orientaçes did1ticas!

)ssa estrutura se apoia em uma organização por idades R crianças de zero a três

anos e crianças de quatro a seis anos R e se concretiza em dois âmbitos de

experiências R #ormação :essoal e Docial e "onhecimento de Eundo R que são

constitu3dos pelos seguintes eixos de trabalho4 -dentidade e autonomia,

Eovimento, Artes visuais, E6sica, Jinguagem oral e escrita, 9atureza e sociedade,

e Eatem1tica!

"ada documento de eixo se organiza em torno de uma estrutura comum, na qual

estão explicitadas4 as id'ias e pr1ticas correntes relacionadas ao eixo e à criança e

aos

seguintes componentes curriculares4 ob7etivos> conte6dos e orientaçes did1ticas>

orientaçes gerais para o professor e bibliografia!

Or&n#.&'/) p)r #&e



A Jei de ;iretrizes e Bases da )ducação 9acional de $%%K, explicita no art! G,

cap3tulo --, seção -- que4 HA educação infantil ser1 oferecida em4 - ( creches ou

entidades equivalentes para crianças de at' três anos de idade> -- ( pr'(escolas,

para as crianças de quatro a seis anosI!

A opção pela organização dos ob7etivos, conte6dos e orientaçes did1ticas por et1rias e não pela designação institucional R creche e pr'(escola R pretendeu

tamb'm

considerar a variação de faixas et1rias encontradas nos v1rios programas de

atendimento nas diferentes regies do pa3s, não identificadas com as

determinaçes da J;B!

Or&n#.&'/) e! 0!#$)" e e#2)"

)sta organização visa a abranger diversos e m6ltiplos espaços de elaboração deconhecimentos e de diferentes linguagens, a construção da identidade, os

processos de socialização e o desenvolvimento da autonomia das crianças que

propiciam, por sua vez, as aprendizagens consideradas essenciais! 0s âmbitos

são compreendidos como

dom3nios ou campos de ação que dão visibilidade aos eixos de trabalho educativo

para que o professor possa organizar sua pr1tica e refletir sobre a abrangência das

experiências que propicia às crianças

0 5"9 para a )ducação -nfantil define dois âmbitos de experiências4 #ormação

:essoal e Docial e "onhecimento de Eundo! ? preciso ressaltar que estaorganização possui um car1ter instrumental e did1tico, devendo os professores ter

consciência, em sua pr1tica educativa, que a construção de conhecimentos se

processa de maneira integrada e global e que h1 inter(relaçes entre os diferentes

âmbitos a serem trabalhados com as crianças!

0 âmbito de #ormação :essoal e Docial refere(se às experiências que favorecem,

prioritariamente, a construção do su7eito! 0 trabalho com este âmbito pretende que

as instituiçes possam oferecer condiçes para que as crianças aprendam a

conviver, a ser e a estar com os outros e consigo mesmas em uma atitude b1sica

de aceitação, de respeito e de confiança! )ste âmbito abarca um eixo de trabalhodenominado -dentidade e autonomia!

0 âmbito de "onhecimento de Eundo refere(se à construção das diferentes

linguagens pelas crianças e às relaçes que estabelecem com os ob7etos de

conhecimento!

;estacam(se os seguintes eixos de trabalho4 Eovimento, Artes visuais, E6sica,

Jinguagem oral e escrita, 9atureza e sociedade, Eatem1tica!

)stes eixos foram escolhidos por se constitu3rem em uma parcela significativa da

produção cultural humana que amplia e enriquece as condiçes de inserção das

crianças na sociedade!



C)!p)nen$e" 3%rr#3%4&re"OB5ETIVOS

0s ob7etivos explicitam intençes educativas e estabelecem capacidades que ascrianças poderão desenvolver como conseqSência de açes intencionais do

professor!

0s ob7etivos auxiliam na seleção de conte6dos e meios did1ticos!

As capacidades de ordem f3sica estão associadas à possibilidade de apropriação e

conhecimento das potencialidades corporais, ao auto conhecimento, ao uso do

corpo na expressão das emoçes, ao deslocamento com segurança!

As capacidades de ordem cognitiva estão associadas ao desenvolvimento dos

recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e

comunicação envolvendo resolução de problemas!

As capacidades de ordem afetiva estão associadas à construção da auto(estima,

às atitudes no conv3vio social, à compreensão de si mesmo e dos outros!

As capacidades de ordem est'tica estão associadas à possibilidade de produção

art3stica e apreciação desta produção oriundas de diferentes culturas!

As capacidades de ordem 'tica estão associadas à possibilidade de construção de

valores que norteiam a ação das crianças!

As capacidades de relação interpessoal estão associadas à possibilidade de

estabelecimento de condiçes para o conv3vio social! -sso implica aprender aconviver com as diferenças de temperamentos, de intençes, de h1bitos e

costumes, de cultura etc!

As capacidades de inserção social estão associadas à possibilidade de cada

criança perceber(se como membro participante de um grupo de uma comunidade

e de uma sociedade!

CONTE6DOS As diferentes aprendizagens se dão por meio de sucessivas reorganizaçes do

conhecimento, e este processo ' protagonizado pelas crianças quando podem

vivenciar experiências que lhes forneçam conte6dos apresentados de forma não

simplificada e associados a pr1ticas sociais reais! ? importante marcar que não h1

aprendizagem sem conte6dos!

Euitas das pautas culturais e saberes socialmente constitu3dos são aprendidos por

meio do contato direto ou indireto com atividades diversas, que ocorrem nas

diferentes situaçes de conv3vio social das quais as crianças participam no âmbito

familiar e cotidiano!

9essa perspectiva, este 5eferencial concebe os conte6dos, por um lado, como a

concretização dos prop2sitos da instituição e, por outro, como um meio para queas crianças desenvolvam suas capacidades e exercitem sua maneira pr2pria de



pensar, sentir e ser, ampliando suas hip2teses acerca do mundo ao qual

pertencem e constituindo(se em um instrumento para a compreensão da realidade!

0s conte6dos abrangem, para al'm de fatos, conceitos e princ3pios, tamb'm os

conhecimentos relacionados a procedimentos, atitudes, valores e normas como

ob7etos de aprendizagem! A explicitação de conte6dos de naturezas diversasaponta para a necessidade de se trabalhar de forma intencional e integrada com

conte6dos que, na maioria das vezes, não são tratados de forma expl3cita e

consciente!

0s conte6dos conceituais referem(se à construção ativa das capacidades para

operar com s3mbolos, id'ias, imagens e representaçes que permitem atribuir

sentido à realidade!

0s conte6dos procedimentais referem(se ao saber fazer! A aprendizagem de

procedimentos est1 diretamente relacionada à possibilidade de a criança construir

instrumentos e estabelecer caminhos que lhes possibilitem a realização de suasaçes!

0s conte6dos atitudinais tratam dos valores, das normas e das atitudes! "onceber

valores, normas e atitudes como conte6dos implica torn1(los expl3citos e

compreendê(los como pass3veis de serem aprendidos e plane7ados!

Or&n#.&'/) )" 3)n$e7)" p)r 4)3)"

Dão apresentados nos diversos eixos de trabalho, organizados por blocos! )ssa

organização visa a contemplar as dimenses essenciais de cada eixo e situar os

diferentes conte6dos dentro de um contexto organizador que explicita suas

especificidades por um lado e aponta para a sua HorigemI por outro! :or exemplo,

' importante que o professor saiba, ao ler uma hist2ria para as crianças, que est1

trabalhando não s2 a leitura, mas tamb'm, a fala, a escuta, e a escrita> ou, quando

organiza uma atividade de percurso, que est1 trabalhando tanto a percepção do

espaço, como o equil3brio e a coordenação da criança!

"abe ao professor organizar seu plane7amento de forma a aproveitar aspossibilidades que cada conte6do oferece, não restringindo o trabalho a um 6nico

eixo, em fragmentando o conhecimento!

Se4e'/) e 3)n$e7)"0s conte6dos aqui elencados pretendem oferecer um repert2rio que possa auxiliar

o desenvolvimento das capacidades colocadas nos ob7etivos gerais! 9o entanto,

considerando as caracter3sticas particulares de cada grupo e suas necessidades,

cabe ao professor selecion1(los e adequ1(los de forma que se7am significativospara as crianças!



In$er&'/) )" 3)n$e7)"0s conte6dos são compreendidos, aqui, como instrumentos para analisar a

realidade, não se constituindo um fim em si mesmo! :ara que as crianças possam

compreender a realidade na sua complexidade e enriquecer sua percepção sobreela, os conte6dos devem ser trabalhados de forma integrada, relacionados entre

si!

ORIENTAÇÕES DID,TICAS

0s conte6dos estão intrinsecamente relacionados com a forma como são

trabalhados com as crianças! De, de um lado, ' verdade que a concepção de

aprendizagem adotada determina o enfoque did1tico, ' igualmente verdade, deoutro lado, que nem sempre esta relação se explicita de forma imediata! A pr1tica

educativa ' bastante complexa e são in6meras as questes que se apresentam no

cotidiano e que transcendem o plane7amento did1tico e a pr2pria proposto

curricular! .êm como apoiar o trabalho do professor, as orientaçes did1ticas

situam(se no espaço entre as intençes educativas e a pr1tica! As orientaçes

did1ticas são subs3dios que remetem ao Hcomo fazerI, à intervenção direta do

professor na promoção de atividades e cuidados alinhados com uma concepção

de criança e de educação!

"ada documento de eixo cont'm orientaçes did1ticas gerais e as espec3ficas aosdiversos blocos de conte6dos! 9as orientaçes did1ticas gerais explicitam(se

condiçes relativas à4 princ3pios gerais do eixo> organização do tempo, do espaço

e dos Eateriais> observação, registro e avaliação!

Or&n#.&'/) ) $e!p)

A rotina representa, tamb'm, a estrutura sobre a qual ser1 organizado o tempo

did1tico, ou se7a, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças! A rotinadeve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situaçes de aprendizagens

orientadas!

Atividades permanentes A escolha dos conte6dos que definem o tipo de atividades permanentes a serem

realizadas com freqSência regular, di1ria ou semanal, em cada grupo de crianças,

depende das prioridades elencadas a partir da proposta curricular! "onsideram(se

atividades permanentes, entre outras4



= brincadeiras no espaço interno e externo>

= roda de hist2ria>

= roda de conversas>

= ateliês ou oficinas de desenho, pintura, modelagem e m6sica>

= atividades diversificadas ou ambientes organizados por temas ou materiaisà escolha da criança, incluindo momentos para que as crianças possam ficar

sozinhas se assim o dese7arem>

= cuidados com o corpo!

DeqSência de atividades

Dão plane7adas e orientadas com ob7etivo de promover uma aprendizagem

especifica e definida, são com intenção de oferecer desafios com diferentes graus

de complexidade possibilitando as crianças a resolver problemas a partir de

diferentes proposiçes!

:ro7etos de trabalho

Dão con7untos de atividades que trabalham com conhecimentos espec3ficosconstru3dos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um

problema com resolução de um produto final, sua duração pode variar conforme

seu ob7etivo e o desenvolvimento das crianças! Alguns pro7etos como fazer uma

horta ou uma coleção, podem durar um ano inteiro, ao passo que outros, como,

por exemplo, elaborar um livro de receitas, pode ter uma duração menor!

? importante que os desafios apresentados se7am poss3veis de serem enfrentados

pelo grupo de crianças! m dos ganhos de se trabalhar com pro7etos ' possibilitar

às crianças que a partir de um assunto relacionado com um dos eixos de trabalho,

possam estabelecer m6ltiplas relaçes, ampliando suas id'ias sobre um assuntoespec3fico, buscando complementaçes com conhecimentos pertinentes aos

diferentes eixos!

A realização de um pro7eto depende de v1rias etapas de trabalho que devem ser

plane7adas e negociadas com as crianças para que elas possam se enga7ar e

acompanhar o percurso at' o produto final! 0 que se dese7a alcançar 7ustifica as

etapas de elaboração! 0 levantamento dos conhecimentos pr'vios das crianças

sobre o assunto em pauta deve se constituir no primeiro passo! 0s conhecimentos

constru3dos pelas crianças devem permear todo o trabalho, podendo incluir relatos

escritos, fitas gravadas, fotos, produção das crianças, desenhos etc! 0s pro7etos



contêm seqSências de atividades e podem(se utilizar atividades permanentes 71

em curso!

A caracter3stica principal dos pro7etos ' a visibilidade final do produto e a solução

do problema compartilhado com as crianças! Ao final de um pro7eto, pode(se dizer

que a criança aprendeu porque teve uma intensa participação que envolveu aresolução de problemas de naturezas diversas! Domam(se a todas essas

caracter3sticas mais uma ligada ao car1ter l6dico que os pro7etos na educação

infantil têm! De o pro7eto ' sobre castelos, reis, rainhas, as crianças podem

incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo, e o

produto final pode ser um baile medieval! 81 muitos pro7etos que envolvem a

elaboração de bonecos do tamanho de adultos, outros a construção de circos, de

maquetes, produtos que por si s2 71 representam criação e diversão para as

crianças, sem contar o prazer que lhes d1 de conhecer o mundo!

Or&n#.&'/) ) e"p&') e "e4e'/))" !&$er#&#"

A organização dos espaços e dos materiais se constitui em um instrumento

fundamental para a pr1tica educativa com crianças pequenas! -sso implica que,

para cada trabalho realizado com as crianças, deve(se plane7ar a forma mais

adequada de organizar o mobili1rio dentro da sala, assim como introduzir materiaisespec3ficos para a montagem de ambientes novos, ligado aos pro7etos em curso!

O"er8&'/)9 re#"$r) e &8&4#&'/):)r!&$#8&

A observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o

professor dispe para apoiar sua pr1tica! :or meio deles o professor pode registrar

contextual( mente, os processos de aprendizagem das crianças> a qualidade dasinteraçes estabelecidas com outras crianças, funcion1rios e com o professor e

acompanhar os processos de desenvolvimento obtendo informaçes sobre as

experiências das crianças na instituição!

Dão v1rias as maneiras pelas quais a observação pode ser registrada pelos

professores!A escrita ', sem d6vida, a mais comum e acess3vel! 0 registro di1rio

de suas observaçes, impresses, id'ias etc! pode compor um rico material de

reflexão e a7uda para o plane7amento educativo! 0utras formas de registro tamb'm

podem ser consideradas, como a gravação em 1udio e v3deo> produçes das

crianças ao longo do tempo> fotografias etc!



A Jei de ;iretrizes e Bases da )ducação, sancionada em dezembro de $%%K,

estabelece, na Deção --, referente à educação infantil, artigo G$ que4 H!!! a avaliação

far(se(1 mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o

ob7etivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamentalI!Ainda no Brasil

h1 pr1ticas na educação infantil que possuem um entendimento equivocado daavaliação nessa etapa vem gerando s'rios problemas, com conseqSências

preocupantes, sobretudo, para as crianças de determinadas camadas da sociedade! A

mais grave ' a existência das chamadas Hclasses de alfabetizaçãoI que conferem à

educação infantil o car1ter de termina idade! Dão classes que atendem crianças a

partir de seis anos, retendo(as at' que este7am alfabetizadas! )ssas classes não

ingressam na primeira s'rie do ensino fundamental, at' que tenham atingido os

padres dese71veis de aprendizagem da leitura e escrita! A essas crianças têm

sido vedado, assim, o direito constitucional de serem matriculadas na primeira

s'rie do ensino fundamental aos sete anos de idade!9este documento, a avaliação ' entendida, prioritariamente, como um con7unto de

açes que auxiliam o professor a refletir sobre as condiçes de aprendizagem

oferecidas e a7ustar sua pr1tica às necessidades colocadas pelas crianças! ? um

elemento indissoci1vel do processo educativo que possibilita ao professor definir

crit'rios para plane7ar as atividades e criar situaçes que gerem avanços na

aprendizagem das crianças! @em como função acompanhar, orientar, regular e

redirecionar esse processo como um todo!

A avaliação tamb'm ' um excelente instrumento para que a instituição possa

estabelecer suas prioridades para o trabalho educativo, identificar pontos que

necessitam de maior atenção e reorientar a pr1tica, definindo o que avaliar, como e

quando em consonância com os princ3pios educativos que elege!

OB5ETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃOINFANTIL

A pr1tica da educação infantil deve se organizar de modo que as criançasdesenvolvam as seguintes capacidades4

desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada

vez mais independente, com confiança em suas capacidades e

percepção de suas limitaçes>

= descobrir e conhecer progressivamente seu pr2prio corpo, suas

potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando

h1bitos de cuidado com a pr2pria sa6de e bem(estar>

= estabelecer v3nculos afetivos e de troca com adultos e crianças,

fortalecendo sua auto(estima e ampliando gradativamente suas



possibilidades de comunicação e interação social>

= estabelecer e ampliar cada vez mais as relaçes sociais,

aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de

vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo

atitudes de a7uda e colaboração>= observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade,

percebendo(se cada vez mais como integrante, dependente e

agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes

que contribuam para sua conservação>

= brincar, expressando emoçes, sentimentos, pensamentos,

dese7os e necessidades>

= utilizar as diferentes linguagens *corporal, musical, pl1stica, oral

e escrita/ a7ustadas às diferentes intençes e situaçes de

comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,expressar suas id'ias, sentimentos, necessidades e dese7os e

avançar no seu processo de construção de significados,

enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva>

= conhecer algumas manifestaçes culturais, demonstrando

atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e

valorizando a diversidade!

A INSTITUIÇÃO E O PRO5ETOEDUCATIVO

0 5"9 prope um di1logo com programas e pro7etos curriculares de instituiçes

de educação infantil, nos estados e munic3pios! )ste di1logo supe atentar para

duas dimenses complementares que possam garantir a efetividade das

propostas4 uma de natureza externa> outra, interna às instituiçes!

C)n#'(e" e2$ern&"

As particularidades de cada proposta curricular devem estar vinculadas

principalmente

às caracter3sticas socioculturais da comunidade na qual a instituição de educação

infantil est1 inserida e às necessidades e expectativas da população atendida!

"onhecer bem essa população permite compreender suas reais condiçes de

vida, possibilitando eleger os temas mais relevantes para o processo educativo de

modo a atender a diversidade existente em cada grupo social!



C)n#'(e" #n$ern&"

As creches e pr'(escolas existentes no Brasil se constitu3ram de forma muito

diversa ao longo de sua hist2ria, se caracterizando por uma variedade de

modalidades de atendimento! 81 creches funcionando em per3odo integral entre &

e $+ horas por dia, que atendem o ano todo sem interrupção> outras fecham para

f'rias> h1 creches de meio per3odo> h1 creches que atendem +O horas por dia> h1

pr'(escolas funcionando de G a O horas e h1 inclusive as que atendem em per3odo

integral!Ao se pensar em uma proposta curricular deve(se levar em conta não s2 o

n6mero de horas que a criança passa na instituição, mas tamb'm a idade em que

começou a freqSent1(la e quantos anos ter1 pela frente! A elaboração da proposta curricular de cada instituição se constitui em um dos

elementos do pro7eto educativo e deve ser fruto de um trabalho coletivo que re6na

professores, demais profissionais e t'cnicos! 0utros aspectos são relevantes para

o bom desenvolvimento do pro7eto pedag2gico e devem ser considerados,

abrangendo desde o clima institucional, formas de gestão, passando pela

organização do espaço e do tempo, dos agrupamentos, seleção e oferta dos

materiais at' a parceria com

as fam3lias e papel do professor!

AMBIENTE INSTITUCIONAL0 ambiente de cooperação e respeito entre os profissionais e entre esses e as

fam3lias favorece a busca de uma linha coerente de ação! )m se tratando de

crianças tão pequenas, a atmosfera criada pelos adultos precisa ter um forte

componente afetivo! As crianças s2 se desenvolverão bem, caso o clima

institucional este7a em condiçes de proporcionar(lhes segurança, tranqSilidade e

alegria! Adultos amig1veis, que escutam as necessidades das crianças e, com

afeto, atendem a elas, constituem(se em um primeiro passo para criar um bomclima! As crianças precisam ser respeitadas em suas diferenças individuais,

a7udadas em seus conflitos por adultos quesabem sobre seu comportamento,

entendem suas frustraçes, possibilitando(lhes limites claros! 0s adultos devem

respeitar o desenvolvimento das crianças e encora71(las em sua curiosidade,

valorizando seus esforços!

FORMAÇÃO DO COLETIVOINSTITUCIONAL

)laborar e implantar um pro7eto educativo requer das equipes de profissionais das



instituiçes um grande esforço con7unto! A direção da instituição tem um papel

chave

neste processo quando auxilia a criação de um clima democr1tico e pluralista!

;eve

incentivar e acolher as participaçes de todos de modo a possibilitar um pro7etoque

contemple a explicitação das divergências e das expectativas de crianças, pais,

docentes e

comunidade!

0 coletivo de profissionais da instituição de educação infantil, entendido como

organismo vivo e dinâmico ' o respons1vel pela construção do pro7eto educacional

e do

clima institucional!

ESPAÇO PARA FORMAÇÃOCONTINUADA

0 coletivo, segundo as caracter3sticas apontadas acima, não pode prescindir da

formação continuada que deve fazer parte da rotina institucional e não pode

ocorrer de

forma espor1dica! 8ora e lugar especialmente destinado à formação devempossibilitar o encontro entre os professores para a troca de id'ias sobre a pr1tica,

para supervisão, estudos sobre os mais diversos temas pertinentes ao trabalho,

organização e plane7amento da rotina, do tempo e atividades e outras questes

relativas ao pro7eto educativo!

ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS

MATERIAIS

A estruturação do espaço, a forma como os materiais estão organizados, a

qualidade e adequação dos mesmos são elementos essenciais de um pro7eto

educativo! )spaço f3sico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e mobili1rios

não devem ser vistos como elementos passivos, mas como componentes ativos do



processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela

instituição! "onstituem(se em poderosos auxiliares da aprendizagem!

VERSATILIDADE DO ESPAÇO0 espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condiçes para que as

crianças possam usufru3(lo em benef3cio do seu desenvolvimento e aprendizagem!

:ara tanto, ' preciso que o espaço se7a vers1til e perme1vel à sua ação, su7eito às

modificaçes propostas pelas crianças e pelos professores em função das açes

desenvolvidas! ;eve ser pensado e rearran7ado, considerando as diferentes

necessidades de cada faixa et1ria, assim como os diferentes pro7etos e atividades

que estão sendo desenvolvidos!

OS RECURSOS MATERIAIS5ecursos materiais entendidos como mobili1rio, espelhos, brinquedos, livros, l1pis,

pap'is, tintas, pinc'is, tesouras, cola, massa de modelar, argila, 7ogos os mais

diversos, blocos para construçes, material de sucata, roupas e panos para brincar

etc! devem ter presença obrigat2ria nas instituiçes de educação infantil de forma

cuidadosamente plane7ada!

0s brinquedos constituem(se, entre outros, em ob7etos privilegiados da educação

das crianças! Dão ob7etos que dão suporte ao brincar e podem ser das maisdiversas origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor! :odem ser comprados

ou fabricados pelos professores e pelas pr2prias crianças> podem tamb'm ter vida

curta, quando inventados e confeccionados pelas crianças em determinada

brincadeira e durar v1rias geraçes, quando transmitidos de pai para filho! 9essa

perspectiva, as instituiçes devem integr1(los ao acervo de materiais existentes

nas salas, prevendo crit'rios de escolha, seleção e aquisição de acordo com a

faixa et1ria atendida e os diferentes pro7etos desenvolvidos na instituição.

ACESSIBILIDADE DOS MATERIAIS0utro ponto importante a ser ressaltado diz respeito à disposição e organização

dos materiais, uma vez que isso pode ser decisivo no uso que as crianças venham

a fazer deles! 0s brinquedos e demais materiais precisam estar dispostos de

forma acess3vel às crianças, permitindo seu uso aut<nomo, sua visibilidade, bem

como uma organização que possibilite identificar os crit'rios de ordenação!



SEGURANÇA DO ESPAÇO E DOSMATERIAIS

:ara as crianças circularem com independência no espaço, ' necess1rio um bom

plane7amento que garanta as condiçes de segurança necess1rias! ?

imprescind3vel o uso de materiais resistentes, de boa qualidade e testados pelo

mercado, como vidros e espelhos resistentes, materiais el'tricos e hidr1ulicos de

comprovada efic1cia e durabilidade!

CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE

GRUPOS DE CRIANÇAS As diferenças que caracterizam cada fase de desenvolvimento são bastante

grandes, o que leva, muitas vezes, as instituiçes a 7ustificar os agrupamentos

homogêneos por faixa et1ria! )sta forma de agrupamento est1 relacionada muito

mais a uma necessidade do trabalho dos adultos do que às necessidades da

criança!

9ão h1 uma divisão r3gida, mas ' comum que bebês fiquem em um mesmo grupo

at' conseguirem andar! As crianças que 71 andam bem e estão iniciando o controle

dos esf3ncteres costumam ser concentradas em outro agrupamento! Ap2s aretirada das fraldas,as crianças costumam ser agrupadas por idade, isto ', em

turmas de três, quatro, cinco e seis anos de idade!

@ão importante quanto pensar nos agrupamentos por faixa et1ria ' refletir sobre o

n6mero de crianças por grupos e a proporção de adulto por crianças! uanto

menores as crianças, mais desaconselhados são os grupos muito grandes, pois h1

uma demanda de atendimento individualizado! At' os $+ meses, ' aconselh1vel

não ter mais de K crianças por adulto, sendo necess1ria uma a7uda nos momentos

de maior demanda, como, por exemplo, em situaçes de alimentação! ;o primeiro

ao segundo ano de vida, aproximadamente, aconselha(se não mais do que &

crianças para cada adulto, ainda com a7uda em determinados momentos! A partir

do momento no qual as crianças deixam as fraldas at' os G anos, pode(se

organizar grupos de $+ a $T crianças por adulto! uando as crianças adquirem

maior autonomia em relação aos cuidados e interagem de forma mais

independente com seus pares, entre G e K anos, ' poss3vel pensar em grupos

maiores, mas que não ultrapassem +T crianças por professor!

ORGANI*AÇÃO DO TEMPO



A rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de

desenvolvimento e aprendizagem! 5otinas r3gidas e inflex3veis desconsideram a

criança, que precisa adaptar(se a ela e não o contr1rio, como deveria ser>

desconsideram tamb'm o adulto, tornando seu trabalho mon2tono, repetitivo e

pouco participativo!

AMBIENTE DE CUIDADOS

A instituição necessita criar um ambiente de cuidado que considere as

necessidades das diferentes faixas et1rias, das fam3lias e as condiçes de

atendimento da instituição!

"omo as crianças pequenas se caracterizam por um ritmo de crescimento e

desenvolvimento f3sico variado os cuidados devem incluir o acompanhamentodeste processo!

A organização dos momentos em que são previstos cuidados com o corpo, banho,

lavagem de mãos, higiene oral, uso dos sanit1rios, repouso e brincadeiras ao ar

livre, podem variar nas instituiçes de educação infantil, segundo os grupos et1rios

atendidos, o tempo de permanência di1ria das crianças na instituição e os acordos

estabelecidos com as fam3lias! As atividades de cuidado das crianças se

organizam em função de suas necessidades nas +O horas do dia! -sto exige uma

programação con7unta com as fam3lias para divisão de responsabilidades,

evitando(se a sobreposição ou a ausência de alguns dos cuidados essenciais!

PARCERIA COM AS FAMÍLIAS

As caracter3sticas da faixa et1ria das crianças atendidas, bem como as

necessidades atuais de construção de uma sociedade mais democr1tica e

pluralista apontam para a importância de uma atenção especial com a relação

entre as instituiçes e as fam3lias!

.ises mais atualizadas sobre a instituição familiar propem que se re7eite a id'iade que exista um 6nico modelo! )nfoques te2ricos mais recentes procuram

entender a fam3lia como uma criação humana mut1vel, su7eita a determinaçes

culturais e hist2ricas que se constitui tanto em espaço de solidariedade, afeto e

segurança como em campo de conflitos, lutas e disputa!

Re"pe#$) &)" 8;r#)" $#p)" ee"$r%$%r&" :&!#4#&re"



"onstate(se que as fam3lias independentes da classe social a qual pertencem se

organizam das mais diversas maneiras! Al'm da fam3lia nuclear que ' constitu3da

pelo pai, mãe e filhos, proliferam ho7e as fam3lias mono parentais, nas quais

apenas a mãe ou o pai est1 presente! )xistem, ainda, as fam3lias que se

reconstitu3ram por meio de novos casamentos e possuem filhos advindos dessasrelaçes! 81, tamb'm, as fam3lias extensas, comuns na hist2ria brasileira, nas

quais convivem na mesma casa v1rias geraçes eQou pessoas ligadas por

parentescos diversos! ? poss3vel ainda encontrar v1rias fam3lias coabitando em

uma mesma casa! )nfim, parece não haver limites para os arran7os familiares na

atualidade!

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A pluralidade cultural, isto ', a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores

etc! que caracterizam a população brasileira marca, tamb'm, as instituiçes de

educação infantil! 0 trabalho com a diversidade e o conv3vio com a diferença

possibilitam a ampliação de horizontes tanto para o professor quanto para a

criança! -sto porque permite a conscientização de que a realidade de cada um '

apenas parte de um universo maior que oferece m6ltipla escolhas! Assumir um

trabalho de acolhimento às diferentes expresses e manifestaçes das crianças e

suas fam3lias significa valorizar e respeitar a diversidade, não implicando a adesão

incondicional aos valores do outro! "ada fam3lia e suas crianças são portadoras de

um vasto repert2rio que se constitui em material rico e farto para o exerc3cio do

di1logo, aprendizagem com a diferença, a não discriminação e as atitudes não

preconceituosas! )stas capacidades são necess1rias para o desenvolvimento de

uma postura 'tica nas relaçes humanas! 9esse sentido, as instituiçes de

educação infantil, por interm'dio de seus profissionais, devem desenvolver a

capacidade de ouvir, observar e aprender com as fam3lias!"ompreender o que acontece com as fam3lias, entender seus valores ligados a

procedimentos disciplinares, a h1bitos de higiene, a formas de se relacionar com

as pessoas etc! pode auxiliar a construção con7unta de açes!

E"$&e4e3#!en$) e 3&n&#" e3)!%n#3&'/)



)xistem oportunidades variadas de incluir as fam3lias no pro7eto institucional! 81

experiências interessantes de criação de conselhos e associaçes de pais que são

canais abertos de participação na gestão das unidades educacionais!

)m geral a troca de informaçes ' di1ria com as fam3lias, principalmente quando

h1 cuidados especiais que a criança este7a necessitando! Assim, para que oprofessor não fique sobrecarregado pela necessidade de dar atenção às fam3lias e

crianças ao mesmo tempo, o plane7amento deste momento R em con7unto com

os pais e a a7uda de outros funcion1rios R ' fundamental para o relacionamento

de todos os envolvidos!

9o entanto, a participação das fam3lias não deve estar su7eita a uma 6nica

possibilidade! As instituiçes de educação infantil precisam pensar em formas mais

variadas de participação de modo a atender necessidades e interesses tamb'm

diversificados!

0s pais, tamb'm, devem ter acesso à4filosofia e concepção de trabalho da instituição>

= informaçes relativas ao quadro de pessoal com as qualificaçes

e experiências>

= informaçes relativas à estrutura e funcionamento da creche

ou da pr'(escola>

= condutas em caso de emergência e problemas de sa6de>

= informaçes quanto a participação das crianças e fam3lias em

eventos especial

In34%"/) ) 3)n<e3#!en$) :&!#4#&r n) $r&&4<) e%3&$#8)

? poss3vel integrar o conhecimento das fam3lias nos pro7etos e demais atividades

pedag2gicas! 9ão s2 as questes culturais e regionais podem ser inseridas nasprogramaçes por meio da participação de pais e demais familiares, mas tamb'm

as questes afetivas e motivaçes familiares podem fazer parte do cotidiano

pedag2gico! :or exemplo, a hist2ria da escolha do nome das crianças, as

brincadeiras preferidas dos pais na infância, as hist2rias de vida etc! podem tornar(

se parte integrante de pro7etos a serem trabalhados com as crianças!

A3)4<#!en$) &" :&!=4#&" e &"3r#&n'&" n& #n"$#$%#'/)

A en$r&& n& #n"$#$%#'/)



0 ingresso das crianças nas instituiçes pode criar ansiedade tanto para elas e

para seus pais como para os professores! As reaçes podem variar muito, tanto

em relação às manifestaçes emocionais quanto ao tempo necess1rio para seefetivar o processo!

A entrevista de matr3cula pode ser usada para apresentar informaçes sobre o

atendimento oferecido, os ob7etivos do trabalho, a concepção de educação

adotada! )sta ' uma boa oportunidade tamb'm para que se conheça alguns

h1bitos das crianças e para que o professor estabeleça um primeiro contato com

as fam3lias!

Acolher os pais com suas d6vidas, ang6stias e ansiedades, oferecendo apoio e

tranqSilidade, contribui para que a criança tamb'm se sinta menos insegura nos

primeiros dias na instituição! 5econhecer que o os pais são as pessoas que maisconhecem as crianças e que entendem muito sobre como cuid1(las pode facilitar o

relacionamento! Antes de tudo, ' preciso estabelecer uma relação de confiança

com as fam3lias, deixando claro que o ob7etivo ' a parceria de cuidados e

educação visando ao bem(estar da criança! uando h1 um certo n6mero de

crianças para ingressar na instituição, pode(se fazer uma reunião com todos os

pais novos para que se conheçam e discutam con7untamente suas d6vidas e

preocupaçes!

Os primeiros dias

9o primeiro dia da criança na instituição, a atenção do professor deve estar

voltada para ela de maneira especial! )ste dia deve ser muito bem plane7ado para

que a criança possa ser bem acolhida! ? recomend1vel receber poucas crianças

por vez para que se possa atendê(las de forma individualizada! "om os bebês

muito pequenos, o principal cuidado ser1 preparar o seu lugar no ambiente, o seu

berço, identific1(lo com o nome, providenciar os alimentos que ir1 receber, e

principalmente tranqSilizar os pais! A permanência na instituição de alguns ob7etos

de transição, como a chupeta, a fralda que ele usa para cheirar, um mordedor, ou

mesmo o bico da mamadeira a que ele est1 acostumado, a7udar1 neste processo!

:ode(se mesmo solicitar que a mãe ou respons1vel pela criança venha alguns

dias antes, a7udar a preparar o berço de seu bebê!

)ste per3odo exige muita habilidade, por isso, o professor necessita de apoio e

acompanhamento, especialmente do diretor e membros da equipe t'cnica uma vez

que ele tamb'm est1 sofrendo um processo de adaptação! 0s professores

precisam ter claro qual ' o papel da mãe *ou de quem estiver acompanhando acriança/ em seus primeiros dias na instituição! 0s pais podem encontrar



dificuldades de tempo para viver este processo por não poderem se ausentar

muitos dias no trabalho! 9este caso, seria importante que pudessem estar

presentes, ao menos no primeiro dia, e que depois pudessem ser substitu3dos por

algu'm da confiança da criança!

Re!&ne>&!en$) en$re )" r%p)" e3r#&n'&

0 remane7amento das crianças para outras turmas parece inevit1vel,

principalmente nas creches, em função da grande demanda por vagas! 8avendo

realmente necessidade de enfrentar esta situação, todo cuidado ' pouco!

S%"$#$%#'/) e pr):e"")re""onsiderando(se a importância dos v3nculos estabelecidos com os adultos nessa

faixa et1ria, a substituição dos professores deve ser pensada e plane7ada com

atenção e antecedência, preparando as crianças para essa situação! -nfelizmente,

em muitas instituiçes, a rotatividade de adultos ' uma realidade! uando isso

ocorre, ' bom que esta transição se7a feita paulatinamente com o professor antigo

cedendo gradativamente o lugar para o novo!

P&""&e! p&r& & e"3)4&"om a sa3da das crianças, as fam3lias enfrentam novamente grandes mudanças! A

passagem da educação infantil para o ensino fundamental representa um marco

significativo para a criança podendo criar ansiedades e inseguranças! 0 professor

de educação infantil deve considerar esse fato desde o in3cio do ano, estando

dispon3vel e atento para as questes e atitudes que as crianças possam

manifestar! @ais preocupaçes podem ser aproveitadas para a realização de

pro7etos que envolvam visitas a escolas de ensino fundamental> entrevistas com

professores e alunos> programar um dia de permanência em uma classe deprimeira s'rie! ? interessante fazer um ritual de despedida, marcando para as

crianças este momento de passagem com um evento significativo! )ssas açes

a7udam a desenvolver uma disposição positiva frente às futuras mudanças

demonstrando que, apesar das perdas, h1 tamb'm crescimento!

A3)4<#!en$) e :&!=4#&" 3)!ne3e""#&e" e"pe3#&#"



Algumas fam3lias enfrentam problemas s'rios ligados ao alcoolismo, violência

familiar ou problemas de sa6de e desnutrição que comprometem sua atuação

7unto às crianças!

Apenas quando a sobrevivência f3sica e mental est1 seriamente comprometida

pela conduta familiar, ou quando a criança sofre agressão sexual, ' poss3velpensar em uma ação mais en'rgica para a interrupção imediata do comportamento

agressor, admitindo(se, em casos extremos, o encaminhamento de crianças para

instituiçes especializadas longe do conv3vio familiar!

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Resumo RCNEI 1