8
APOSTILA 1 Histórico,origem e importância: É utilizada na alimentação humana há 5000 anos, foi originada na China, onde era uma planta rasteira e foi evoluindo através de cruzamentos das sojas selvagens,depois foram domesticadas e melhoradas por pesquisadores chineses.Brasil: Chegou primeiro na Bahia e em São Paulo, onde o primeiro registro de plantio foi em Santa Rosa, RS em 1914, apartir dos anos 40 a soja adquiriu uma importância econômica. 1970: Soja se consolidou no agronegócio brasileiro, obtendo aumento de área e produtividade, produção era concentrada na região Sul. Atualmente: 47% da população nacional na região Centro Oeste e 90% na Centro sul. O Brasil é o 2 maior produtor mundial, e os principais produtores são os estados do MT, Paraná, Rio Grande do Sul.Importância: Responsável pela:-aceleração da mecanização das lavouras brasileiras, -modernização do sistema de transporte, -expansão da fronteira agrícola, -melhorias na dieta alimentar,-impulso na agroindústria nacional Alimentação animal: através de Feno e silagem, rolão de soja, grão e leite de soja Humana: fonte de proteína. Controla níveis de colesterol e triglicerídeos, ingrediente para diversos produtos (massas, bebidas, entre outros)*recentemente também usado no biodiesel APOSTILA 2Taxonomia: divisão:angiospermae família: leguminosae espécie: Glycine Max(L)A soja é uma planta anual, herbácea, ereta com 60 a 90cm de alturaMorfologia: Reserva nutritiva concentrada nos cotilédones composição externa:tegumento,micrópila, hilo, rafe interna: embrião(radícula, hipocótilo, 2 folhas embrionárias e dois cotilédones. Casca: Mantêm as partes internas da semente unidas, protege contra choques e ataque de micro-organismos, regula trocas gasosas e reidratação da semente. Eixo embrionário: composto por radícula, hipocótilo e epicótilo(plúmula), contendo meristema apical, primeiro par de folhas e inicio da primeira folha trifoliada.Germinação: epígea, semente germina ao atingir 50% de umidade, radícula é a primeira a romper a casca, emergência da plântula ocorre de 3 a 7 dias após a semeadura(DAE)Sistema radicular: pivotante, raiz principal e secundárias, crescimento radicular durante todo o ciclo, atingem 30 a 40cm, apresentam nódulos e diferem conforme as cultivares. Caule(haste): Soja apresenta dois tipos de hábitos de crescimento:-determinado: ambiente com alta temperatura no verão e fotoperiodo curto,-indeterminado:latitudes superiores a 35grausFolhas:Primárias: localizadas no 2 nó da haste, abrem entre 5 e 7 (DAE), Trifoliadas: 3 foliolos abrem no 9 e 11 DAE completando sua expansão entre 15 e 17 dias. Inflorescências: Nascem das axilas, geralmente curtas e oculta pelas folhas, inicia-se entre 40 e 70 DAE, planta autógama(autopolinização ocorre quando as flores se abrem ou pouco antes). A sequencia de florescimento varia com o habito de crescimento:indeterminadas:apartir do 4 ou 5 progredindo para cima,determinado:8-10 nó progredindo para cima e para baixo. Fruto(legume ou vagem): frutificação ocorre entre 10 e 15 dias após o inicio do florescimento.Fisiologia: planta C3, nódulos (FBN) são drenos fisiológicos, 10 a 50% do carbono fixado é perdido por fotorrespiração, inicio da fotossíntese 2 a 5 DAE, planta termo e fotosensível. Fenologia: duas fases vegetativa e reprodutivaVegetativa: Ve:emergência:cotilédones acima da superfície do soloVc:Cotiledone:cotilédones completamente abertosV1:primeiro nó: folhas unifolioladas completamente desenvolvidaV2:segundo nó: primeira folha trifoliada completamente desenvolvidaV3:terceiro nó:segunda ‘’ ‘’ ‘’ Vn:enésimo nó: ante enésima folha trifoliada completamente desenvolvida *uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte(acima) não mais se tocam.Reprodutiva: R1: inicio do florescimento:uma flor aberta em qualquer nó do caule

Resumo Soja

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Resumo Soja

APOSTILA 1 Histórico,origem e importância: É utilizada na alimentação humana há 5000 anos,

foi originada na China, onde era uma planta rasteira e foi evoluindo através de cruzamentos das sojas selvagens,depois foram domesticadas e melhoradas por pesquisadores chineses.Brasil: Chegou primeiro na Bahia e em São Paulo, onde o

primeiro registro de plantio foi em Santa Rosa, RS em 1914, apartir dos anos 40 a soja adquiriu uma importância econômica. 1970: Soja se consolidou no agronegócio brasileiro, obtendo aumento de área e produtividade, produção era concentrada na região Sul.Atualmente: 47% da

população nacional na região Centro Oeste e 90% na Centro sul. O Brasil é o 2 maior produtor mundial, e os principais produtores são os estados do MT, Paraná, Rio Grande do Sul.Importância: Responsável pela:-aceleração da mecanização das

lavouras brasileiras, -modernização do sistema de transporte, -expansão da fronteira agrícola, -melhorias na dieta alimentar,-impulso na agroindústria nacionalAlimentação animal: através de Feno e silagem, rolão de soja, grão e leite de sojaHumana: fonte

de proteína. Controla níveis de colesterol e triglicerídeos, ingrediente para diversos produtos (massas, bebidas, entre outros)*recentemente também usado no biodiesel APOSTILA 2Taxonomia: divisão:angiospermae família: leguminosae espécie: Glycine Max(L)A soja é uma planta anual, herbácea, ereta com 60 a 90cm de alturaMorfologia: Reserva nutritiva concentrada nos cotilédones composição externa:tegumento,micrópila, hilo, rafe interna: embrião(radícula, hipocótilo, 2 folhas embrionárias e dois cotilédones.Casca: Mantêm as partes internas da semente unidas, protege contra choques e ataque de micro-organismos, regula trocas gasosas e reidratação da semente. Eixo embrionário: composto por radícula, hipocótilo e epicótilo(plúmula), contendo

meristema apical, primeiro par de folhas e inicio da primeira folha trifoliada.Germinação: epígea, semente germina ao atingir 50% de umidade, radícula

é a primeira a romper a casca, emergência da plântula ocorre de 3 a 7 dias após a semeadura(DAE)Sistema radicular: pivotante, raiz principal e secundárias, crescimento radicular durante todo o ciclo, atingem 30 a 40cm, apresentam nódulos e diferem conforme as cultivares.Caule(haste): Soja apresenta dois tipos de hábitos de crescimento:-determinado: ambiente com alta temperatura no verão e fotoperiodo curto,-indeterminado:latitudes superiores a 35grausFolhas:Primárias: localizadas no 2 nó da haste, abrem entre 5 e 7 (DAE), Trifoliadas: 3 foliolos abrem no 9 e 11 DAE completando sua expansão entre 15 e 17 dias.Inflorescências: Nascem das axilas,

geralmente curtas e oculta pelas folhas, inicia-se entre 40 e 70 DAE, planta autógama(autopolinização ocorre quando as flores se abrem ou pouco antes). A sequencia de florescimento varia com o habito de crescimento:indeterminadas:apartir do 4 ou 5 nó progredindo para cima,determinado:8-10 nó progredindo para cima e para baixo. Fruto(legume ou vagem): frutificação ocorre entre 10 e 15 dias após o inicio do florescimento.Fisiologia: planta C3, nódulos (FBN) são drenos fisiológicos, 10 a 50% do carbono fixado é perdido por fotorrespiração, inicio da fotossíntese 2 a 5 DAE, planta termo e fotosensível.Fenologia: duas fases vegetativa e reprodutivaVegetativa: Ve:emergência:cotilédones acima da superfície do soloVc:Cotiledone:cotilédones completamente abertosV1:primeiro nó: folhas unifolioladas completamente desenvolvidaV2:segundo nó: primeira folha trifoliada completamente desenvolvidaV3:terceiro nó:segunda ‘’ ‘’ ‘’ Vn:enésimo nó: ante enésima folha trifoliada completamente desenvolvida *uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte(acima) não mais se tocam.Reprodutiva: R1: inicio do florescimento:uma flor aberta em qualquer nó do caule

Page 2: Resumo Soja

R2: Florescimento pleno:uma flor aberta num dos 2 últimos nós do caule com folha completamente desenvolvida(FCD)R3: Inicio da formação da vagem:Vagem com 5mm num dos últimos nós do caule com FCDR4: Vagem com 2cm num dos 4 últimos nós do caule com FCDR5: Inicio do enchimento do grão: grão com 3mm em vagem num dos últimos 4 nós com FCDR6: Grão cheio ou completo: vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades da vagem em um dos últimos 4 nós com FCDR7: Inicio da Maturação: Uma vagem normal no caule com coloração madura(folhas e

vagens amarelas) R8: Maturação Plena: 95% das vagens com coloração maduraOBS: R5 se divide em:R5.1:10% de granaçãoR5.2:11 a 25% de granaçãoR5.3:26 a 50% de granaçãoR5.4:51 a 75% de granaçãoR5.5:76 a 100% de granação APOSTILA 3 Condições edafoclimáticas - Temperatura ideal: entre 20 e 30oC Emergência: entre 25 e 30oC. Temperatura inferiores a 20oC: retardam a emergência

e o desenvolvimento vegetativo Temperaturas menores ou iguais a 10oC: crescimento vegetativo pequeno ou nulo Floração induzida em temperaturas maiores que 13oC. Temperaturas maiores que 30oC: diminuem a porcentagem de emergência, o crescimentos dos entrenós, o número de nós, a atividade fotossintética e inibem a nodulação Temperaturas maiores que 40oC: distúrbios fisiológicos na floração e diminuem a capacidade de retenção de vagens Umidade 90% do peso da planta Época do ciclo da planta onde a água é mais importante: germinação-emergência e florescimento-enchimento de grãos Déficit hídrico no florescimento: queda prematura de folhas e flores, abortamento de vagens, resultando em queda na produtividade . Fotoperíodo Soja é uma planta sensível ao fotoperíodo: PLANTA DE DIA CURTO

Semeadura “tardia”: planta floresce em 20 a 30 dias (tempo necessário para as mudanças fisiológicas necessárias à indução floral) Escolha da cultivar: depende da região e da época de semeadura Florescimento, geralmente, se dá em condições de 14 a 16 horas de escuro Cultivares de “período juvenil longo”: -Possuem maior adaptabilidade (regional e de época de semeadura) - Utilizada em plantios “tardios” APOSTILA 4 4.Épocas de semeadura Introdução É um dos fatores que mais influencia no

rendimento da soja - A semeadura em épocas inadequadas pode afetar o porte, o ciclo e a produtividade da soja Região Centro-Oeste varia entre meados de outubro a

meados de dezembro Novembro: maior altura de plantas e, por consequência, maior produtividade Áreas mais ao norte da região: novembro a dezembro Semeaduras em dezembro: dar preferência a cultivares de ciclo médio ou semitardio Semeadura em dezembro: pode alcançar redução do rendimento em até 50% em relação à novembro Semeadura em janeiro: grande redução na produtividade Região Sul Época mais

favorável: primeira quinzena de outubro a primeira quinzena de dezembro APOSTILA 5 Cultivares de ciclo precoce: ciclo completo em até 115 dias Cultivares de ciclo semiprecoce: ciclo completo entre 116 e 125 dias

Cultivares de ciclo médio: ciclo completo entre 126 e 140 dias Cultivares de ciclo tardio/semitardio: ciclo completo acima de 140 dias Cultivares de “período juvenil longo”: florescem mais tarde (maior período vegetativo) e são plantas de mais altas. De maneira geral, as cultivares de ciclo precoce são semeadas mais tardiamente que as cultivares tardias/semitardias Grupos de maturação É uma classificação americana que varia de 0 a 10 e é

basicamente comparativa entre as diferentes variedades (quanto maior o número, mais próximo ao equador será sua região de adaptação). APOSTILA 6

Page 3: Resumo Soja

Bom preparo de solo: germinação epígea

Trata-se de uma cultura que apresenta sistema radicular mais desenvolvido (sistema pivotante característico): pode chegar até 30-40 cm de profundidade APOSTILA 7 Semeadura: Realizada de forma totalmente mecanizada em grandes áreas de produção utilizando normalmente a semeadora-adubadora. Apresenta grande plasticidade quanto a resposta ao arranjo espacial das plantas. Fatores observados a instalação da lavoura: Umidade, temp do solo, distribuição de chuvas, época de semeadura, caracteristicas das cultivares. Espaçamento: varias entre 40 e 50 cm, menores q 40 cm tem aspecto positivo no controle de daninhas e negativo qto a realização de tratos culturais. População de plantas: ideal varia em função do local, clima, ano, época de semeadura, cultivar e fert do solo. Fatores que influenciam no desenvolvimento das plantas: altura de plana, fechamento das entrelinhas, camamento das plantas Profundidade de semeadura: varia entre 3 a 5 cm ( em função do tipo de solo ), germinação epígea, cuidados devem ser tomados na colocação do adubo em relação a posição da semente no solo para evitar queimadura da semente Gasto de sementes : Q=P*D*A / G*E*10 quando Q quantidade de semente, P peso de 100 sementes (g) D n° de sementes por metro de fileira A área da lavoura (m2) G poder germinativo(%) E espaçamento entre fileiras (cm) Qualidade da semente: cultivares recomendadas e aptas á região, qualidade fisiólogica, sanitária, tratamento de sementes. Cuidados na semeadura: Mecanismos da semeadura, velocidade de operação, profundidade, posição semente adubo, compatibilidade dos produtos químicos. APOSTILA 8 Análise de solo: conhecer o solo e adaptá-lo às exigências nutricionais da planta de

soja (calagem, gessagem e adubação). Método de saturação por bases (calagem). Saturação de bases exigida pela planta de soja: 45-50%. Calagem em áreas de Plantio direto: Primeira aplicação de calcário após estabelecimento do plantio direto:

amostragem de solo na profundidade de 0-20 cm e aplicação de 1/3 da dose recomendada. Em áreas de plantio direto onde já foi realizada calagem em superfície: amostragem do solo na profundidade de 0-10 cm e 10-20 cm e aplicação de 1/3 da dose recomendada OBSERVAÇÃO: a aplicação do calcário deve ser feita em área total, a lanço, sem incorporação. Método de recomendação de gessagem NG = 50% x % argila do solo. Condições: maior que 20 - 30% de saturação de alumínio e menor que 60% de saturação de cálcio e/ou 0,5cmolc dm-3. Fornecimento de nitrogênio (N):

A adubação nitrogenada deve ser eliminada na semeadura da soja, desde que se faça a inoculação adequada das sementes com rizóbio (bactéria fixadora de nitrogênio). Alguns produtores utilizam doses baixas de adubo nitrogenado (entre 10 e 12 kg/ha de N) a fim de dar o “start” no desenvolvimento das plantas. Podem ser utilizados adubos formulados (NPK) desde que a dose de N nunca ultrapasse 20 kg/ha (se for mais barato que os adubos simples) Doses altas de adubo nitrogenado podem ser maléficas ao desenvolvimentos dos nódulos (“toxidez”). Fósforo (P): quando no solo

estiver classificado como Médio ou Bom, usar somente a adubação de manutenção (20 kg de P2O5 para cada 1000 kg de grãos produzidos).De preferência, não fazer aplicação de micronutrientes quando os teores estiverem altos, ou seja, a aplicação só deve ser feita quando os teores no solo estiverem baixos ou médios, a fim de evitar problemas com fitotoxidez. Adubação com Co e Mo: 2 a 3 g de Co ha-1, 12 a 25 g de

Mo ha-1 e via semente ou pulverização foliar, nos estádios de desenvolvimento V3-V5. Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) Fixação biológica é a principal fonte de nitrogênio (N) para a cultura da soja Bactérias do gênero Bradyrhizobium: Bradyrhizobium japonicum. Inoculantes: Comprovação da eficiência agronômica

Page 4: Resumo Soja

segundo protocolos definidos em instruções normativas vigentes no MAPA. Resultados previamente apresentados, discutidos e aprovados pela RELARE (Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola). Cuidados ao adquirir inoculantes:

adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e registrados pelo MAPA, não adquirir e não utilizar inoculantes com prazo de validade vencida certificar-se de que o inoculante esteja armazenado em condições adequadas de temperatura e arejamento transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado, certificar-se de que os inoculantes contenham uma ou duas das quatro estirpes recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079, SEMIA 5080), deve apresentar número equivalente a 109 células/g de inoculante e em caso de dúvida a respeito da qualidade do inoculante, consulte um fiscal do MAPA. Cuidados no momento da inoculação:

fazer a inoculação à sombra e manter a semente inoculada sempre protegida do sol e do calor excessivo, fazer a semeadura logo após a inoculação, especialmente se a semente for tratada com fungicidas e micronutrientes, para melhor aderência dos inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer a semente com 300ml/50 kg de semente de água açucarada a 10% (100 g de açúcar e completar para um litro de água) e a distribuição do inoculante turfoso ou líquido deve ser uniforme em todas as sementes. Métodos de inoculação: Inoculantes turfosos: umedecer as sementes

com solução açucarada ou outra substância adesiva, adicionar o inoculante, misturar bem e deixar secar à sombra. Inoculantes líquidos: aplicar o inoculante sobre as sementes, homogeneizar e deixar secar à sombra. Inoculação no sulco de semeadura.Dose do inoculante utilizada é seis vezes maior que o da inoculação das sementes. Vantagem: reduzir o efeito tóxico do tratamento de sementes com fungicidas e da aplicação de micronutrientes nas sementes sobre a bactéria. Aplicação de micronutrientes nas sementes: Cobalto (Co) e molibdênio (Mo) são

indispensáveis para a fixação biológica de nitrogênio (FBN), 2 a 3 g/ha de Co e 12 a 30 g/ha de Mo e via semente ou em pulverização foliar (estádios V3-V5). Outros cuidados referentes à inoculação de sementes: Aplicação de fungicidas às

sementes junto com o inoculante ex: Carboxim + Thiram Difenoconazole + Thiram Carbendazin + Captan. Sementes enriquecidas com Mo, aplicação de fungicidas e micronutrientes juntamente com fungicidas, inoculação em áreas com cultivo anterior de soja e inoculação em áreas de primeiro cultivo de soja. APOSTILA 10 Tratos culturais Controle de plantas daninhas: Competição por água, luz e

nutrientes; Competição por espaço oque mudara a arquitetura da planta acarretando uma queda de produtividade ; Associar dois ou mais métodos de controle. Controle cultural: época de semeadura, espaçamento, densidade, adubação, cultivar. Controle mecânico. Controle químico (uso de herbicidas: mais utilizado). APOSTILA 11 Doença-Introdução:Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides e vírus identificadas no Brasil.Perdas anuais causadas por doenças: 15 a 20%.Vazio sanitário: 1º. de julho a 30 de setembro (Ferrugem da soja).Doenças fungicas:ferrugem americana, ferrugem asiatica,antracnose,mancha foliar da alternaria.Doenças bacteriana:fogo selvagem,pústula bacteriano,crestamento bacteriano.causadas por vírus:mosaico comum,queima dos brotos.Causadas por nematóide:nematóide de galhas,nematóide de cisto da soja.Ferrugem da soja :Ferrugem “asiática”e Ferrugem “americana” Sintomas:Minúsculos pontos mais escuros que o tecido da folha, com coloração esverdeada a cinza-esverdeada, com correspondente protuberância (urédia)Urédias adquirem cor castanho-clara a castanho-escura, abrem-se em minúsculo poro, expelindo os esporos hialinos que se acumulam ao redor dos poros e são carregados pelo vento.Quando controlar a ferrugem:Indicado na fase inicial no florescimento (R1)(R2) ou na fase de

Page 5: Resumo Soja

canivetinho(R3),procurar sempre produtos com amplo espectro de ação. Condições favoráveis: ToC entre 18oC e 26, 5oC; umidade relativa alta e chuvas bem distribuídas, com longos períodos de molhamento. Disseminação: Principalmente através da dispersão de uredosporos pelo vento. Controle:Uso de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início da época recomendada,Vazio sanitário.fungo biotrófico : Controle químico (misturas de triazóis + estrobirulinas) Tratamento de sementes: fluquinconazole (Atento®).Doenças de final de ciclo :Mancha parda, Crestamento foliar de cercóspora e mancha púrpura da semente Sintomas:Essas

doenças apresentam sintomas bastante semelhantes: “complexo de doenças de final de ciclo”Pontuações pardas, que evoluem e formam manchas com halos amarelados e centro de contornos angulares, de coloração parda na região adaxial e rosada na região abaxial da folha, com posterior desfolha prematura. Condições favoráveis:

ToC entre 22oC e 30oC; umidade relativa alta e chuvas freqüentes,Ocorrência de veranico durante o ciclo da cultura reduz sua incidência, Desequilíbrios nutricionais e baixa fertilidade do solo tornam as plantas mais suscetíveis. Disseminação: Principalmente através do uso de sementes contaminadas. Controle: Rotação/sucessão com espécies não suscetíveis: milho e milheto, Manejo do solo e adubação equilibrada tratamento de sementes.Mancha “olho-de rã” Sintomas:Lesões apresentam colorações castanho-claras no centro e bordos na região adaxial e cinzas na região abaxial da folha, onde ocorre a esporulação .Os sintomas podem ser observados nas folhas, hastes, vagens e grãos. Controle: Uso de

cultivares resistentes, Diversificação regional de cultivares (capacidade do fungo em desenvolver novas raças). Oídio Sintomas:Presença do fungo nas partes atacadas: cobertura fina de micélios e esporos (conídios) pulverulentos que podem ser pequenos pontos brancos ou cobrir toda a parte aérea da planta, com menor severidade nas vagens. Com o passar dos dias, a coloração branca do fungo muda para castanho-acinzentada. Condições favoráveis: ToC entre 18oC e 24oC, Geralmente, a maior ocorrência se dá na época do início do florescimento. Controle: Fungo biotrófico:

parasita obrigatório, Uso de cultivares resistentes, Controle químico: associado ao controle da ferrugem. Seca da haste e da vagem:Atualmente, essa doenças tem causado o descarte de grande número de lotes de sementes de soja, Maior dano é observado em anos quentes e chuvosos, nos estádios iniciais de formação das vagens e maturação, Geralmente, está associado com a antracnose.Sementes armazenadas em câmara fria mantêm por mais tempo a viabilidade de P. sojae e de Phomopsis spp. Recomenda-se fazer tratamento de sementes. Podridão radicular de fitóftora Sintomas:É uma das doenças mais destrutivas da soja Afeta a cultura em todas as

fases de desenvolvimento,Apodrecimento de plântulas em pré e pós-emergência, tombamento de plântulas ou podridão radicular e de haste em plantas adultas. Condições favoráveis: Alto teor de umidade do solo, principalmente após chuvas pesadas na fase de emergência, Temperaturas iguais ou superiores a 25oC Controle: Uso de cultivares resistentes , Tratamento de sementes cultivares com alta resistência ,Rotação de culturas. Podridão branca da haste ou mofo branco Sintomas:É uma

das doenças mais antigas da soja e ocorre em diversas regiões produtoras, principalmente no cerrado,Manchas aquosas que evoluem para coloração castanho-clara e abundante formação de micélio branco e denso. Condições favoráveis: Fase

do ciclo da cultura mais vulnerável: floração plena até início de formação de vagens Temperaturas entre 10 e 21 oC e alta umidade relativa. Controle: Evitar entrada do fungo na área , Rotação/sucessão de culturas, Eliminar plantas hospedeiras do fungo, Controle de espaçamento/população de plantas. Podridão de carvão Sintomas:Lesões no colo da planta são de coloração marrom-avermelhada e superficiais, diferindo das causadas por R. solani que são profundas, Radículas

infectadas apresentam escurecimento, Folhas ficam cloróticas, secam e ficam marrom. Condições favoráveis: Condições de déficit hídrico.Controle: Controle bastante

difícil: fungo polífago e é habitante do solo Manejo do solo, Evitar a entrada do fungo na área. Nematóides das galhas Sintomas:Manchas com reboleiras nas lavouras,

Page 6: Resumo Soja

onde as plantas de soja ficam pequenas e amarelas,Folha “carijó”: manchas cloróticas ou necrose entre nervuras nas raízes atacadas, observa-se galhas com números e tamanhos variados. Controle: Todas as medidas devem ser executadas antes da semeadura, ou seja, nada pode ser feito após a cultura instalada,Coleta de solo e sistema radicular da soja, Rotação/sucessão de cultura com culturas não ou más hospedeiras, Utilização de cultivares resistentes APOSTILA 12 PRAGAS - Pragas que atacam as folhas: Lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis)

Encontrada em todos os locais de cultivo; Lagarta desfolhadora mais comum dessa cultura; Ataca as lavouras entre novembro e janeiro; A mariposa possui coloração cinza, marrom ou bege, com uma listra transversal escura ao longo das asas; Processo reprodutivo ocorre à noite. Controle: Devem ser controladas quando forem encontradas, em média, 20 lagartas grandes (> 1,5 cm) por metro linear, ou com menor número ou a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15% tão logo apareçam as primeiras flores; Controle com Baculovírus: considerar limites máximos de 20 lagartas pequenas (no fio) ou 15 lagartas pequenas e 5 lagartas grandes por metro linear; Em condição de seca prolongada, reduzir esses níveis à metade; Controle químico: profenofós (Curacron® ou Curyom®). . Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens): Nos últimos anos, esta lagarta tem aumentado sua frequência nas lavouras de soja, causando danos significativos; O adulto apresenta coloração marrom-acinzentada, com duas manchas prateadas no primeiro par de asas; O processo reprodutivo ocorre à noite. Controle: Controle mais difícil que o da lagarta-da-soja porque é menos suscetível aos produtos químicos em geral (uso de doses maiores); Tem o hábito de ficar no terço médio e inferior da planta, dificultando que o produto aplicado entre em contato com elas; Controle químico: profenofós (Curyom®). Coleópteros desfolhadores: Aracanthus mourei, Maecolaspis calcarifera, Diabrotica speciosa e Cerotoma sp.: Menos importantes que a lagarta-da-soja e

lagarta falsa-medideira; Mais importante no sul de país, principalmente no Paraná; Controle: a base de Fipronil. Pragas que atacam vagens e grãos: Percevejos sugadores de sementes - Nezara viridula - Chamado de percevejo verde; Mais

comum no sul do país; Espécie que não se adapta tão bem a climas quentes; Adulto é totalmente verde, entre 12 e 15 mm; Espécie polífaga. Piezodorus guildinii - Chamado de percevejo verde pequeno; Tem ampla distribuição geográfica em todas as tradicionais áreas de cultivo de soja no Brasil; Adulto é verde-amarelo, com 10 mm; Espécie menos polífaga que o N. viridula. Euschistus heros - Chamado de percevejo

marrom; Bem adapta em regiões de clima quente; Adulto é marrom-escuro, com dois prolongamentos laterais do pronoto, em forma de espinhos; Espécie menos polífaga que os demais percevejos que atacam a soja. Controle: Controle deve ser iniciado quando forem encontrados 2 percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5 cm por metro; Em campo de produção de sementes, o nível deve ser reduzido para 1 percevejo por metro; Controle químico: deltametrina (Decis®). Lagarta das vagens: Spodoptera latifascia e S. eridania: Ocorrência esporádica; Além dos grãos e vagens, também podem atacar folhas;Os adultos são mariposas de cor cinza, com uma mancha preta no primeiro par de asas. Controle: a partir de 10% de vagens atacadas. Broca das vagens (Maruca testulalis) - Surtos esporádicos: PR, SP e MT; Broqueia

vagens, axilas, haste e pecíolos, podendo danificar inflorescências, semelhantes aos danos causados pela broca-das-axilas. Pragas que atacam plântulas, hastes e pecíolos: Tamanduá ou bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus) - Vem ganhando

importância pelos danos causados em lavouras de soja dos estados do PR, SC e RS e, mais recentemente, BA, GO, MT e MS; Mais comum em áreas de cultivo mínimo e plantio direto; O adulto raspa o caule e desfia os tecidos atacados; As larvas causam galhas na haste. Controle: praga de difícil controle; Rotação de culturas é a técnica mais eficiente, mas sempre associada co outras técnicas; Uso de plantas-isca e controle químico na bordadura da lavoura; Rotação com culturas não hospedeiras:

Page 7: Resumo Soja

milho, milheto, sorgo ou girassol. Controle mecânico: revolvimento do solo. Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus) - Corta e broqueia o colo da planta, no início do desenvolvimento (até 30-40 dias); Inseto polífago. Broca das axilas (Epinotia aporema) - Conhecida como broca-das-axilas; Penetra no caule através da axila dos

brotos terminais da soja, situada na base do pecíolo, unindo os três folíolos por uma teia; Preferência por clima mais ameno das região sul do Brasil. Controle: quando a lavoura apresentar em torno de 25 a 30% de plantas com ponteiros atacados. Pragas que atacam raízes: Corós: Inclui várias espécies de coleópteros, cujas larvas são

rizófagas; Região Centro-Oeste, norte do PR, SP, Triângulo Mineiro, MT, MS e GO; PR: Phyllophaga cuyabana; MS: Lyogenis suturalis; Ataque é caracterizado por reboleiras, com plantas amareladas, murchas e sem raízes secundárias. Controle: praga de difícil controle; Controle deve ser integrado, afim de permitir a convivência da cultura com o inseto; Evitar cultivo de culturas na safrinha (ex: milho); Na região Centro-Oeste e PR: plantio entre outubro e novembro; Controle químico difícil: geralmente a proteção é somente inicial;Aração profunda do solo nas horas mais quentes do dia. Percevejo castanho da raiz - Três espécies mais importantes: Scaptocoris castanea, S. carvalhoi e S. buckupi; Era esporádica até a década de 90

quando os problemas na cultura da soja começaram a ser mais frequentes; Praga de hábito subterrâneo; Ninfas e adultos atacam as raízes; Ataques mais frequentes: Região Centro-Oeste, SP e MG, além de registros isolados no PR e RO. Controle: praga de difícil manejo, sem método eficiente de controle; não há produto registrado; controle químico não tem se mostrado viável. Helicoverpa armigera - A ocorrência dessa praga foi detectada no cerrado no ano agrícola 2012/2013; Praga polífaga: milho, soja e algodão, além de outras culturas como: tomate, feijão comum, feijão caupi, milheto, sorgo, pimentão, café e citros. Identificação dessa praga é bastante complexa: Identificação pela EMBRAPA (espécie exótica quarentenária). Helicoverpa armigera em soja: O que fazer? Monitorar semanalmente sua lavoura com o pano-de-batida; Aplicar inseticidas apenas quando a população de pragas atingir o nível de ação recomendado e usar apenas os inseticidas legalmente recomendados para controle da praga; Preferir utilizar inseticidas seletivos como vírus, bactérias e os inseticidas “fisiológicos” antes de utilizar outra opção mais agressiva; Rotacionar inseticidas com diferentes modos de ação a cada aplicação que for necessária para reduzir a seleção de insetos resistentes; Aplicar inseticidas utilizando uma boa tecnologia de aplicação (boas condições climáticas, pressão, volume, bico adequados etc); Não aplicar inseticidas preventivamente; Não aplicar inseticidas em baterias de aplicação ou em aplicações calendarizadas ; Evitar o uso de inseticidas não seletivos na lavoura (aqueles que matam todos os insetos, inclusive os benéficos). Características da Helicoverpa armigera e seus hábitos na cultura da soja - É

uma praga extremamente agressiva, que costuma ficar posicionada nas flores e vagens da soja e se multiplica muito rapidamente; Em condição de campo é praticamente impossível identificar a Helicoverpa armigera e separá-la da H. zea ou até mesmo da Heliothis virescens. Níveis de dano: quando controlar a Helicoverpa armigera em soja? Indicadores de amostragem e de quando os inseticidas devem ser aplicados vêm da literatura internacional; Métodos de monitoramento disponíveis: armadilha para adultos, pano-de-batida para lagartas médias e grandes e exame visual das plantas para detecção de ovos ou lagartas pequenas; Estádio vegetativo: visitas periódicas à lavoura, pelo menos uma vez na semana (4 lagartas pequenas/m ou 30% de defolha); Estádio reprodutivo (R1 – R6): vistorias na lavoura devem ser feitas duas vezes por semana (época de maior importância de ataque da praga) (2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 10% de vagens danificadas). APOSTILA 13 COLHEITA: Introdução: -Ponto de colheita estádio V8, quando 95% das vagens

estiverem maduras; -Umidade da semente (16-20%); -É realizada praticamente mecanicamente (grandes áreas planas e sistema radicular profundo). Regulagens no

Page 8: Resumo Soja

corte e alimentação: Barra de corte e navalha: -Altura de corte; -Curso e folga da

navalha. Molinete: -Altura; -Posição horizontal; -Ângulo dos dedos; -Velocidade. Sem fim de alimentação (caracol): -Folga até o fundo da plataforma; -Posição horizontal; -Posição dos dedos retráteis; -Velocidade.Esteira (Elevador de palhas): -Tensão da esteira; -Altura do rolo frontal. Regulagens no Mecanismo de trilha: Paralelismo

entre o cilindro e o côncavo; Folga entre o cilindro e o côncavo (folga); Velocidade do cilindro (rpm). Importante! As regulagens da velocidade do cilindro e da folga entre este e côncavo devem ser feitas ao mesmo tempo e são opostas.Regulagens de separação: Inclinação do pente côncavo; Posição das cortinas retardadoras. Regulagens de limpeza: Abertura da peneira Inferior, superior e da extensão da PS; Velocidade do vento; Inclinação dos defletores. Regulagens no Transporte e Armazenamento de grãos: Tensão das correntes dos elevadores (folga lateral);

Abertura da calha no fundo do depósito de grãos (velocidade de alimentação do sem-fim do tubo de descarga). Fatores que afetam a eficiência da colheita: Mau preparo do solo; Inadequação da época de semeadura, do espaçamento e da densidade populacional; Cultivares não adaptadas à região; Ocorrência de plantas daninhas; Retardamento da colheita; Umidade inadequada. Tipos de perdas e onde elas ocorrem: Principais causas das perdas: Subestimação da importância econômica das

perdas e a consequente falta de monitoramento (ou avaliação com metodologia inadequada) das perdas durante todos os dias de colheita; Má regulagem e operação da colheitadora. TIPOS: Perdas antes da colheita; Perdas causadas pela plataforma de corte; Perdas por trilha, separação e limpeza. OBSERVAÇÃO: 80-85% das perdas:

plataforma de corte da colhedora; 12%: mecanismos internos da colhedora (trilha, separação e limpeza); 3%: deiscência natural das vagens. Perdas na pré-colheita: Antes de iniciar a colheita, realizar pelo menos três medições contando os grãos soltos e os presente em vagens no solo. Perdas na plataforma de corte: Utiliza-se uma armação de ferro ou madeira com a largura da colhedeira e comprimento suficiente para atingir 2m2; Colher normalmente com a máquina, parar e funcionar até que toda a palha tenha saído; Retroceder a máquina (menor comprimento da máquina); Colocar a armação na área colhida, contar os grãos (ou colocar na caneca medidora de perdas) e subtrair aos grãos perdidos na pré-colheita. Perdas na trilha, saca-palhas e peneiras: Colocar a armação atrás da colhedora e contar os grãos, determinando a perda total na colheita; Subtrair o resultado do valor encontrado nas perdas de pré-colheita e da plataforma de corte; O picador de palhas deve estar desligado. Pós colheita:

Limpeza: para retirada da impurezas. Secagem: umidade para armazenamento deve estar entre 11 e 13% de umidade. Armazenamento: o método mais utilizado pelo produtores de soja é o armazenamento a granel em silos; O armazenamento em sacos é pouco utilizado (mais comum para vendas de sementes); Cuidados devem ser observados no que diz respeito à condições ideais de armazenamento (umidade e temperatura amenas).